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HMC revista SAIBA MAIS SOBRE O HERPES Edição 6 – outubro 2014 PARA O CORAÇÃO NÃO PARAR DE BATER A prática esporádica pode ser mais perigosa que o sedentarismo físicos: Exercícios

Revista HMC - outubro 2014

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Confira a edição de outubro da Revista HMC.

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Page 1: Revista HMC - outubro 2014

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SAIBA MAIS SOBRE O HERPES

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PARA O CORAÇÃO NÃO PARAR DE BATER

A prática esporádica pode ser mais perigosa que o sedentarismo

físicos:Exercícios

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EXPEDIENTE

A REVISTA HMC é uma publicação do Hospital Marcelino Champagnat, produzida pela Diretoria de Marketing e Comunicação do Grupo Marista. Tiragem: 10 mil exemplares

GRUPO MARISTA DIRETOR DA ÁREA DE SAÚDE Álvaro Luis Lopes Quintas

HOSPITAL MARCELINO CHAMPAGNAT

DIRETOR-GERAL Claudio Enrique Lubascher

CHEFE DO CORPO CLÍNICO Ademir Antonio Schuroff

GERENTE MÉDICO Marco Antônio Pedroni

GERENTE DE QUALIDADE Bianca Piasecki

GERENTE DE ENFERMAGEM Jhosy Gomes Lopes

GERENTE ADMINISTRATIVO Cris Adriano Carvalho

Av. Pres. Affonso Camargo, 1399, Cristo Rei, Curitiba – PR Telefone: (41) 3087-7600 Email: [email protected]

Site: www.hospitalmarcelino.com.br

DIRETORIA DE MARKETING E COMUNICAÇÃOStephan Younes

EDIÇÃO Eduardo Correa (MTB 6037)

PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê

EDIÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃOO2 Design

ILUSTRAÇÃO DE CAPA Caco Neves

REVISÃO DE TEXTO Ana Izabel Armstrong

IMAGENS Shutterstock

COMENTÁRIOS, SUGESTÕES E CRÍTICAS

[email protected]

No mês de outubro, temos um agradecimento especial a fazer aos profissionais que dedicam suas vidas a

salvar outras vidas. No dia 18, é comemorado o Dia do Médico e não poderíamos deixar de registrar nosso

profundo agradecimento a todo o corpo clínico do HMC.

Esta edição também traz um alerta importante aos atletas de fim de semana, tema da nossa matéria

de capa. Ouvimos especialistas em Ortopedia e Cardiologia para saber os riscos para quem não pratica

atividades físicas com frequência. Aquela partidinha de futebol ou corrida leve podem não ser tão

inofensivas quando parecem.

Na editoria Em Dia, o tema é o herpes. Conheça as diferentes formas de manifestação desse vírus e

os cuidados que devemos ter. Estima-se que aproximadamente 90% da população brasileira já teve

contato com a forma mais comum do vírus.

Em Por Dentro da Técnica, o assunto é uma alternativa de tratamento para a insuficiência cardíaca. Saiba

como funcionam os dispositivos popularmente chamados de coração artificial.

Você sabe o que é humanização hospitalar? Entenda esse conceito e a importância de sua aplicação no

ambiente hospitalar, garantindo um ambiente mais humanizado para pacientes e profissionais de saúde.

E na editoria Perfil, vamos mergulhar no mundo lúdico da Literatura Infantil e saber como é importante

trazermos elementos da infância para a vida adulta. A entrevistada é a curitibana Marilza Conceição, que

dedica-se à Educação há mais de 30 anos. Hoje é coordenadora da Regional do Paraná da Associação de

Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, mas muitos a reconhecem como Bruxa Mila, moradora

por muitos anos da Casa Encantada do Bosque Alemão.

Boa leitura!

Claudio Enrique LubascherDiretor-geral do Hospital Marcelino Champagnat

Um brinde a quem salva vidas

2 Revista HMC

EDITORIAL

Page 3: Revista HMC - outubro 2014

10Capa

4Você sabia?

6Em dia

20Perfil

9Qualidade

23Curtas

Para realmente fazer bem à

saúde, a prática de exercícios físicos

precisa ser regular

16Por dentro da técnica

3Revista HMC

ÍNDICE

Page 4: Revista HMC - outubro 2014

ALERGIA À TECNOLOGIA?

Um episódio recente envolvendo um menino de 11 anos, nos Estados Unidos, gerou um artigo de alerta que foi publicado na revista Pediatrics. A criança apresentava um quadro de urticária aguda causado por um tablet. Não se trata de uma nova doença dos tempos modernos. A reação do garoto foi causada pelo níquel, um dos metais que mais provocam alergias e que estão na composição de muitos aparelhos eletrônicos. Apesar de não trazer grandes riscos à saúde, a coceira pode ser muito desconfortável e exigir tratamento com esteroides e antibióticos, caso as erupções na pele infeccionem. O garoto, que usava o tablet diariamente, melhorou após colocar uma capa protetora no equipamento.

ESTRESSE X METABOLISMO

À MODA ANTIGA

Lápis e papel na mão. Essa ainda é a melhor forma de aprender. Uma pesquisa publicada na revista científica Trends in Neurosciense and Education mostrou o que acontece no cérebro dos pequenos em fase de alfabetização quando são estimulados a traçar letras de fôrma manualmente, cobrir uma linha pontilhada para formar letras, ou identificar as letras no teclado do computador. A ressonância magnética comprovou que as crianças que escreveram as letras manualmente ativaram uma diversidade maior de áreas cerebrais e mais intensamente que as dos outros dois grupos. E não só os menores aprendem melhor. Artigo publicado na revista Psychological Sciense mostrou que universitários que anotavam o conteúdo das aulas à mão absorviam mais do que os que usavam notebooks.

SÍNDROME DE ALICE

Imagine estar conversando com alguém e, de repente, ter a

impressão de que a pessoa vai ficando distante, cada vez menor. Por um instante parece que você

está vivendo a história de Alice no País das Maravilhas. Infecções,

enxaquecas, estresse e alguns remédios podem desencadear

os eventos de micropsia (quando os objetos parecem menores) ou

macropsia (quando os objetos parecem maiores). Foi baseado

nessa descrição que o psiquiatra britânico John Todd batizou a

condição de Síndrome de Alice, em 1955. Esses episódios, que

duram de alguns minutos a uma hora, desaparecem sozinhos e

costumam deixar de existir na vida adulta. Ainda que cause estra-

nheza, estudos com ressonância magnética realizados em portado-res da síndrome não identificaram

quaisquer danos após os surtos.

Uma rotina estressante pode ter consequên-cias que vão além da esfera psicológica. Uma pesquisa da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, realizada com 58 mulheres, comprovou a ligação entre o es-tresse e o ganho de peso. O metabolismo de quem passa por momentos estressan-tes desacelera, diminuindo a capacidade de queimar calorias. No estudo, após uma refeição padrão, as mulheres que relataram ter sofrido mais estresse no dia anterior gastaram 104 calorias a menos do que as outras participantes. De acordo com os pesquisadores, no período de um ano, essa quantidade de calorias pode represen-tar cinco quilos a mais na balança. Além disso, a pesquisa também constatou níveis maiores de insulina nesse grupo, que con-tribui com o acúmulo de gordura corporal. Portanto, antes de descontar no chocolate, o ideal é correr para a esteira.

4 Revista HMC

VOCÊ SABIA?

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BOA NOITE!

Ter uma boa noite de sono é o que todos de-sejam depois de um dia intenso de atividades. Mas há inúmeros fatores que podem auxiliar ou prejudicar a qualidade do sono, como ilumina-ção do quarto, barulhos e umidade do ar. Pensando em medir quão bom é o sono e o que é possível fazer para melhorá-lo, uma startup britânica desenvolveu o Sense, um pequeno dispositivo capaz de registrar os mais variados dados durante a noite e enviá-los para seu smartphone. O aparelho emite cores para alertar sobre o ambiente. Se está verde, o quarto está em boas condições para dormir; se estiver vermelho ou alaranjado, é melhor consultar o app para saber o que mudar. Saiba como o Sense funciona em www.hello.is.

FLATULÊNCIAS BOVINAS

Em uma tentativa de reduzir o metano produzido pelo gado, segundo maior emissor de gases do efeito estufa, cientistas colombianos propõem uma dieta mais balanceada para os bovinos. Pastagens mais jovens, inclusão de certos óleos e arbustos na alimentação poderiam reduzir consideravelmente as emissões. Um ruminante adulto, por exemplo, pode gerar gás metano equivalente ao CO2 gerado em um dia por um carro, isso porque liberam os gases pelo arroto (média de dois arrotos por minuto) e também por meio das flatulências. O estudo foi conduzido pelo professor Juan Carulla, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Nacional (UN).

MUUUUIIIITO SAL

Ao analisar 291 produtos de 90 marcas diferentes, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) constatou

que 9,2% deles possuem teor de sódio diferente do que está descrito nas embalagens. Dez tiveram

variação superior aos 20% permitidos pela legislação brasileira. No levantamento do Idec, a grande vilã foi a salsicha, mas há outros campeões de sódio presentes,

como o queijo parmesão, o macarrão instantâneo, a mortadela, a maionese, as bolachas, os salgadinhos

de milho, o hambúrguer bovino e a batata frita. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda

a ingestão de, no máximo, seis gramas diárias de sal, o equivalente a 2,4 gramas de sódio. O brasileiro

consome o dobro dessa quantia, principalmente por meio dos alimentos industrializados.

FOLGA PARA OS OLHOS

Já está em processo de desenvolvimento telas que se ajustam ao grau de visão dos seus usuários. Ou

seja, quem depende de óculos ou lentes de contato para enxergar com perfeição poderia dispensá-

los frente a esses dispositivos. Pesquisadores da Universidade de Berkely, da Microsoft e do

MIT estão unidos em torno do projeto, que por enquanto foi testado apenas em telas de celulares. A técnica consiste em distorcer as imagens da tela de tal modo que, quando o usuário olha o visor, as imagens se tornam claras para ele. Se outra pessoa olhar o mesmo monitor, verá imagens distorcidas.

5Revista HMC

Page 6: Revista HMC - outubro 2014

Está na hora de falar sobre o herpes

EM DIA

odo mundo já ouviu falar em herpes. E, se boa parte das estatísticas estiverem corretas, quase todo mun-do (ou, pelo menos, 90%

da população brasileira, segundo estimativas)

já teve contato com o Herpes simplex vírus, o respon-sável pelas in-cômodas feridas que, vez ou ou-tra, aparecem na região dos lábios

na forma mais fre-quente da doença.

O herpes – o correto é mesmo “o herpes”, no masculino, e não “a herpes” ou “as herpes” – é uma infecção na pele caracterizada pelo apa-recimento de pequenas vesículas (ou bolhas) agrupadas e cheias de líquido que, quando es-touram, formam feridas. O primeiro sintoma, geralmente, é uma ardência ou coceira ou, ain-da, uma hipersensibilidade na região afetada, seguidas de um eritema (ou vermelhidão) e o surgimento das bolhas. Em geral, o ciclo do herpes tipo 1 é de cinco a sete dias, surgindo e desaparecendo sozinho. “Mas há casos em que as crises duram de duas a seis semanas. Em outros, a recorrência das crises ocorre em intervalos curtos de tempo, a cada mês ou de dois em dois meses”, diz a dermatologista do Renata Falkenbach Von Linsingen Zaniolo.

por Fernando Oliveira

6 Revista HMC

Page 7: Revista HMC - outubro 2014

“SABEMOS DE ALGUNS FATORES

QUE INFLUENCIAM O APARECIMENTO

DO HERPES. A PREDISPOSIÇÃO

GENÉTICA, COMBINADA COM A

BAIXA IMUNIDADE DO ORGANISMO, É O

PRINCIPAL DELES.”ELEOLINA LARA KALED

NETA, DERMATOLOGISTA

Embora muita gente tenha o vírus, nem todo mundo chega a desenvolver as tão temidas lesões que, além da boca, podem atingir outras partes do corpo, como outras áreas do rosto e a região lombar baixa, nos

casos mais comuns do herpes tipo 1 (HSV-1), e também nos órgãos

genitais, no caso do herpes tipo 2 (HSV-2) ou herpes

genital. Isso porque, para desenvolver a do-ença, muitos fatores precisam estar com-binados. “Sabemos de alguns fatores que influenciam o aparecimento do herpes. A predispo-

sição genética, com-binada com a baixa

imunidade do organis-mo, é o principal deles.

Outras causas frequentes para o desenvolvimento das

lesões são o estresse, o tabagismo, a exposição prolongada ao sol e a mens-truação nas mulheres, por exemplo. Mas algumas pessoas vão desenvolver a doen-ça de maneira recorrente, outras de forma não tão frequente, outras apenas uma vez na vida e, ainda, um grupo de pessoas nem evidenciará os sintomas. Tudo vai depen-der de como esses fatores se combinam e como afetam cada tipo de pessoa”, expli-ca a também dermatologista Eleolina Lara Kaled Neta.

Grande parte das vezes, as lesões de herpes do tipo 1 desaparecem mesmo sem tratamento. Mas há formas de combater a doença, diminuindo o ciclo da crise quan-do identificada logo no começo, ou mesmo como forma de prevenção em casos em que o herpes é mais recorrente, diminuindo a frequência com que aparecem as lesões. Embora haja a indicação de pomadas para as feridas, o tratamento mais eficaz ainda é com antirretroviral, medicação de uso oral capaz de combater a ação do vírus.

No entanto, o tratamento não cura o her-pes. “O medicamento só é capaz de tornar as crises menores e diminuir a recorrência da doença, mas não elimina o vírus do or-ganismo. Com a utilização prolongada do antirretroviral como forma de profilaxia ou prevenção, o paciente pode ficar sem mani-festar o herpes por um longo período. Em alguns casos, ele pode, inclusive, não voltar

a ter lesões, mas isso não significa que o ví-rus foi eliminado”, sinaliza Eleolina.

FORMAS DE CONTÁGIOAs lesões do herpes surgem quando o ví-

rus passa a se replicar. Se não há lesões, é porque o sistema imunológico é capaz de deixar o vírus latente. No entanto, se fatores externos alterarem a imunidade, o vírus vol-ta a se replicar e é aí que surgem as crises. “É comum que as lesões do herpes do tipo 1 apareçam como ferimentos visíveis, mas a maioria das pessoas acaba desenvolvendo lesões assintomáticas, ou seja, sem os sin-tomas característicos da doença. Por vezes, não têm um ferimento visível, só a ardência normal. Isso já significa que o vírus está se replicando e neste estágio é que se dão as contaminações”, comenta Renata.

A forma mais comum de contágio do her-pes do tipo 1 é pelo contato direto com a lesão ou com objetos utilizados pelo doente e a pessoa não infectada. “Geralmente, as pessoas acabam se contaminando quando ainda são crianças, mas dificilmente desen-volverão a doença nessa idade. Na maioria das vezes, as primeiras lesões só vão apare-cer na adolescência, quando o corpo come-ça a mudar e ficamos mais propensos aos fatores que desencadeiam a replicação do vírus”, diz Talitha Chaves, dermatologista.

Já o herpes simples do tipo 2, que atin-ge os órgãos genitais, é uma doença sexu-almente transmissível (DST). Embora as características das lesões do herpes genital se assemelhem às do herpes simples tipo 1, e a farmacologia seja a mesma para o trata-mento de ambos os casos, o herpes tipo 2

7Revista HMC

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VOCÊ SABIA?O herpes simples é um dos vírus com

maior prevalência na história da huma-nidade. Considerado o “Pai da Medicina”,

Hipócrates (460-370 a.C) foi um dos primeiros a relatar erupções cutâneas de

herpes na Grécia Antiga.

costuma apresentar crises mais longas e lesões mais doloro-sas, que podem aparecer na mucosa e na pele dos órgãos sexuais (na vulva das mulheres e, princi-palmente, na glande dos homens), nádegas e ânus.

No herpes genital, as bolinhas que estouram e formam feridas do herpes do tipo 1 vão gerar úlceras, que são lesões superficiais mas com pequenas depressões na pele. Uma das características dessas úlceras é que elas são muito dolorosas. “É importante desta-car a dor desses ferimentos nos órgão geni-tais para diferenciar as lesões do herpes de outras doenças que também causam úlce-ras nessa região, como a sífilis. Nesse caso,

as úlceras são assintomáticas e não dolorosas diferentes das

que surgem com o herpes”, destaca Eleolina.

O tratamento do her-pes genital é indispensá-vel, principalmente em alguns grupos de risco, como mulheres grávidas.

Abortos espontâneos são uma das consequências da

doença em gestantes, que tam-bém podem transmiti-la para os

bebês durante o parto normal, geran-do lesões muitas vezes graves e fatais. Em-bora o herpes do tipo 1 e do tipo 2 sejam os mais comuns, há outras formas de herpes que também causam lesões, mas que só um médico dermatologista poderá identificar e prescrever o tratamento.

O tra-tamento de

herpes genital é indispensável, princi-palmente em alguns

grupos de risco, como mulheres

grávidas.

A ocorrência das lesões de herpes no organismo costuma acontecer sempre nas mesmas regiões. Isso porque o vírus fica la-tente nos linfonodos ou gânglios linfáticos, pequenos órgãos espalhados pelo corpo que produzem anticorpos na defesa do or-ganismo contra vírus e bactérias. Quando o vírus se replica em um desses gânglios por uma baixa da imunidade, ele gera lesões. Por isso, elas sempre voltam a acontecer no mesmo lugar – o que não exclui a possibi-lidade de a pessoa apresentar as lesões em diferentes partes do corpo.

O beijo pode ser a primeira porta de en-trada do vírus, já que os lábios são a região mais comum de aparecimento da doença. Caso uma pessoa infectada entre em con-tato com outra que esteja com lesões, ela pode desenvolver a doença depois. “Na hora em que você entra em contato com uma pessoas com lesões, entra em contato com os vírus dessa pessoa e aciona o seu sistema imune, que pode ser capaz de lu-tar contra eles, ou despertar os vírus que estavam latentes no seu corpo”, explica a dermatologista Talitha Chaves.

O beijo pode ser a porta de entrada do vírus, já que os lábios são a região mais comum de aparecimento da doença Thalita Chaves, dermatologista

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QUALIDADE

Humanização hospitalar, uma proposta de assistência à saúde por meio do atendimento e da melhoria do ambiente hospitalar

Do “bom dia” à estrutura adequa-da para colaboradores e pacien-tes: esses são exemplos de práti-cas que devem fazer parte do dia a dia dos hospitais por meio da

humanização hospitalar. É a busca de novos valores que fundamentem os modos de gerir e de cuidar, ou seja, uma nova proposta de assistência à saúde por meio da reformula-ção do modelo de atendimento.

Há a necessidade da compreensão do ser humano, diante de tantos processos me-canizados, fazendo com que os pacientes sintam que o seu tratamento é individua-lizado, humanizado. Diante do desafio do profissional da saúde de cuidar da fragili-dade e da dor do outro, a humanização é necessária para criar um clima favorável de acolhimento das necessidades de todos.

A humanização deveria ser intrínseca em relação ao atendimento hospitalar. Por isso, o objetivo desse trabalho de resgate é qualificar e entender o ser humano na sua totalidade, com um bom atendimento, dig-

no tanto para o paciente quanto para os profissionais da saúde.

Aliado com a comunicação em Saúde, o trabalho multiprofissional representa um fator importante diante do desafio. Os vários profis-sionais precisam se comunicar para discutir a situação do paciente. Um pode ter a informa-ção de que o outro precisa. Desse modo, tere-mos uma excelência no atendimento.

Na prática hospitalar, profissionais da Saú-de com diferentes formações atendem a um único paciente simultaneamente. Há a visão do médico, do fisioterapeuta, do enfermeiro, e de todos os profissionais que englobam a prática diária, cada uma delas fundamental para tornar o ambiente humanizado, o que define-se como “clínica ampliada”.

Um exemplo disso é a fisioterapia, que en-volve a questão do toque no paciente. Essa proximidade faz com que o paciente revele coisas da sua vida, fundamentais para seu tratamento e que não revelou para nenhum outro profissional.

Valorização da individualidade

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exercícios físicos: ajuda ou atrapalha?

Prática eventual de

Parece que a simples menção de “atividade física” desperta de um suspiro de amor a uma reação de ódio em quem a ouve – sentimentos em graus diversos que se estendem e fortificam pelos pisos de academias de ginástica, quadras esportivas e pistas de parques. Ao trazer esse tema para a capa da revista, nosso desafio é incentivar quem está ali no extremo negativo a percorrer alguns – quem sabe muitos – passos em direção ao movimento constante, saudável e seguro.

por Michelle Thomé

10 Revista HMC

CAPA

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A tividade física é definida por qualquer movimento do corpo gerado pela musculatura esquelética que produza um gasto de energia maior do que em repouso. Portanto, ao sair da cama cedinho, tomar café e ir para o trabalho começamos uma série de atividades físicas, certo? Certo. Mas isso é muito, muito pouco se tivermos em mente bem-

-estar, musculatura alongada e fortalecida, e condicionamento físico. Para sentir os benefícios na pele, nos músculos e na mente, são necessários

no mínimo 30 minutos por dia, pelo menos, três vezes por semana. E para quem está parado há tempos, começar com uma caminhada leve é bastante positivo, pois significa sair da inércia. Aqui temos motivo a celebrar: a saída do status de sedentário. Se você completar meio ano de atividade física, é hora de comemorar de novo, pois as estatísticas mostram que 50% das pessoas que iniciam alguma atividade desistem até seis meses depois.

Dar o primeiro passo mudou a vida de Marcelo Xavier Rea. No final de 2012, Marcelo estava completamente fora de forma. Com 123 quilos, estava diagnosti-cado obeso tipo 3 com indicação para cirurgia bariátrica, quando foi a uma con-sulta com um médico cardiologista, que solicitou que ele fizesse uma reflexão profunda sobre o que estava fazendo com seu corpo. “Foi a partir desse convite para refletir que tomei a decisão de fazer algo para mim”. E a vida de Marcelo, diretor administrativo e financeiro de uma empresa, em Curitiba, começou a mu-dar. Para melhor. "Iniciei pedalando, para evitar impactos, e, à medida que fui emagrecendo, passei a correr também”.

Marcelo sempre fez atividades físicas, desde menino em Londrina, interior do Paraná, mas sem a regularidade necessária. “Eu fazia algo nos fins de semana e tinha histórico de desistência frequente. Era comum largar tudo logo após ter co-meçado a me exercitar, principalmente nas atividades dentro de academia”, revela.

Hoje ele sabe que para fazer atividade física, são necessárias orientações es-pecializadas de educador físico, nutricionista, cardiologista e fisioterapeuta. “Aprendi a buscar orientação profissional especializada e hoje frequento cons-tantemente cardiologista, endocrinologista, nutricionista e fisioterapeuta”. Além disso, Marcelo tem orientador físico para musculação na academia, corrida de rua e na esteira, ciclismo outdoor e spinning indoor, natação e pilates.

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Assim como Marcelo, quem tem um ritmo de treinamento de três a quatro vezes por se-mana, contemplando força muscular, alonga-mento e equilíbrio, está em dia com seu cor-po. Vamos dar mais um exemplo inspirador de tomada de consciência sobre a necessida-de de levar a sério a atividade física: a ma-ringaense Jane Yoshie Kambara, de 50 anos.

Jane não praticava atividade física como uma rotina até 2007. “Foi quando ingressei em uma academia com aulas de musculação e ginástica localizada, que passei a gostar e adotar a atividade física no meu dia a dia”, relembra. Em 2010, Jane começou a correr na rua. “Encontrei na corrida a atividade que mais me dá prazer. Desde então, não parei mais”. A empolgação – com a performance e os resultados da corrida – resultou em duas lesões: “Na primeira vez, torci o tornozelo; na segunda, foi um problema no joelho”, conta a analista de sistemas.

Jane procurou ajuda médica especializa-da para tratar das duas lesões e chegou a ser aconselhada a parar de correr para evitar novos acidentes. “Mas eu não me confor-mei com essa indicação e sabia que tinha como continuar correndo se tomasse algu-mas precauções”.

A dor trouxe o aprendizado da necessi-dade de fortalecimento e alongamento mus-cular. Atualmente, Jane tem aulas de pilates duas vezes por semana, exercícios aeróbios de duas a três vezes na semana na academia

e mantém a corrida de rua de uma a duas vezes por semana.

O histórico de lesões de Jane alerta para a prática de atividade física sem acompanha-mento profissional adequado, o que é comum de acontecer com os chamados pseudoatletas, os atletas somente de final de semana. “Os atletas de fim de semana são pessoas muito expostas às lesões ortopédicas’, afirma o or-topedista Alcy Vilas Boas Jr. Quem faz ativi-dade física somente no final de semana não tem musculatura fortalecida nem propriocep-ção, que é a noção que o corpo tem em relação ao espaço. “A propriocepção só é estimulada pela atividade constante e sua ausência faz com que o sedentário e o pseudoatleta se ma-chuquem mais facilmente com uma torção de joelho, por exemplo”, alerta o especialista em cirurgia do joelho e Medicina Esportiva.

“Tudo tem que ser progressivo para sig-nificar uma mudança. Não adianta sair cor-rendo de uma hora para outra”, avisa o orto-pedista, que aos 50 anos é triatleta, Ironman e faz pilates duas vezes por semana. Vilas Boas tem duas advertências importantes e um conselho que merece ser lido mais de uma vez:

1. Melhor não fazer esporte nenhum do que apenas uma vez por semana. É um erro pensar "pelo menos, faço alguma coisa", pois o risco de lesão é altíssimo e o coração não está acostumado.

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CAPA

Page 13: Revista HMC - outubro 2014

2. É muito mais saudável atividade três ve-zes por semana por meia hora do que duas horas de futebol em uma noite na semana.

3. Se tiver pouca chance de fazer atividade física (por exemplo, apenas uma vez por se-mana), escolha alongamento. Se puder duas vezes, invista também em fortalecimento. E, se puder três, acrescente aeróbico.

O tradicional futebol uma vez por semana pode parecer inocente, mas não é, se essa for a única atividade física semanal. Vilas Boas explica que, na prática do futebol do pseudoa-tleta, é comum ocorrerem lesões dos membros inferiores, como entorse no tornozelo, lesões ligamentares no joelho ou meniscais. E como todas as lesões demandam tempo de tratamen-to para melhoria, se houver uma lesão de liga-mento que precisa de cirurgia, por exemplo, o camisa dez certamente será afastado de suas atividades rotineiras por um tempo.

“A insuficiência muscular do sedentário faz com que uma volta no Parque Barigui, em Curi-tiba, de menos de quatro quilômetros, com o cachorro seja suficiente para que dores apare-çam”, afirma Vilas Boas. Ou seja: devemos ter noção de como está nosso corpo antes de colo-car o pé no acelerador e nem um passeio com o cachorro deve ser desconsiderado.

O que dizer então, doutor Vilas Boas, ao corredor de final de semana? “A ele faltam força muscular e alongamento e esses dois fa-tores juntos levam à dor na face anterior do joelho. Além disso, quem não faz atividade física regularmente costuma ter sobrepeso. Então, o corpo é pressionado por seu próprio peso, gerando mais dores. Portanto, o pseu-doatleta de fim de semana pode ter uma lesão

mecânica ou insidiosa na articulação do joe-lho ou no tendão de Aquiles”.

E agora um recado para a turma do pedal eventual e sem orientação profissional: “Rece-bo pacientes com dor na articulação patelofe-mural depois de pedalar por algumas horas. Depois de algumas perguntas, descubro que a causa da dor é a má regulagem do banco da bicicleta”, revela Vilas Boas. O costume de re-gular o banco pela altura dos pés no chão é um erro, pois o banco fica baixo, prejudicando o joelho. “É preciso regular a partir do calcanhar no ponto mais baixo do pedal”, indica.

Falando em pedal, lembra do Marcelo? Hoje está muito feliz com 94 quilos (quase 30 quilos mais magro) e sua meta é eliminar mais sete a nove quilos de gordura nos próxi-mos meses e continuar sentindo os benefícios de cuidar de si mesmo. "Cheguei a velejar por alguns anos, jogo bola com amigos, mas sem-pre tive uma paixão muito grande por pas-seios de bicicleta. Ao longo dos últimos 15 anos, fiz várias saídas e viagens de cicloturis-mo, nas quais fiz boas amizades. Com a deci-são em 2012 de fazer mais para minha saúde, comecei a colocar objetivos ou desafios dife-rentes que pudessem me motivar”, relata.

A guinada da vida de Marcelo é estimu-lante para ele e seus amigos e desejamos que seja para você, leitor. Automotivado, com o apoio da família, a companhia dos amigos e a orientação profissional, ele fez a Audax 100km e a Audax 200km (provas de ciclismo de longa duração) e agora se prepara para uma prova de Sprint Triathlon ainda neste ano e um audacioso Audax 300km para o próximo ano. Ufa! Ainda bem que ele parou de fugir da academia.

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NO SALTO

Você é do time feminino que usa salto alto a semana toda e, no fim de semana, coloca tênis para caminhar no parque ou rasteira para caminhar na praia? Se é, deve compartilhar daquela dor chatinha que aparece depois da caminhada.Pois bem! Isso tem uma explicação: a falta de alongamento faz com que apareçam dores nos pés quando colocamos os pés inteiros no chão. E a in-dicação do ortopedista Alcy Vilas Boas Jr. é que a panturrilha seja alongada constantemente como forma preventiva.

1 Repita uma estrutura de sucessoOlhe para seu passado e busque uma ins-

piração em algum tipo de estrutura que deu certo e que pode repetir. Por exemplo: se é disciplinado nas aulas de violão, perceba que elementos fizeram essa atividade dar certo e como aplicar esses elementos na ati-vidade física. Muitas pessoas conseguem o que querem estipulando metas. Se é o seu caso, coloque uma meta de ganho de massa muscular ou de perda de peso.

2. Especifique o que precisaAs metas “perder cinco quilos”, “baixar

o colesterol”, “reduzir a pressão arterial”, etc., podem parecer monstruosas e inatin-gíveis. Há muitos caminhos para se chegar ao alcance de um objetivo. Conversar com um profissional – dos bons –, como um educador físico ou um fisioterapeuta, vai ajudá-lo a entender que tipo de atividade é a ideal para o cumprimento da sua meta e com que frequência.

3. Busque cooperaçãoLembra das peladas de futebol no cam-

pinho no final da rua ou das partidas de

caçador na quadra da escola? Quando crianças, naturalmente nos reunimos pelas atividades físicas e nos abastecemos dupla-mente desse momento: pelo social e pelo exercício. Então, procure um amigo, uma vizinha... Alguém que o anime a praticar a atividade e seja bom de papo!

4. Nutra-seEntre não fazer nada e pedalar saudavel-

mente por uma hora três vezes por semana, há um longo caminho. E este caminho tem várias etapas. Celebrar cada pequena conquista, re-gistrar o momento ou saborear a minivitória ajudam a nutrir esta caminhada e a fortificar uma mudança de estilo de vida.

5. Pense fora da casinhaO objetivo é colocar o corpo em movi-

mento e de uma maneira saudável e segura, certo? Se você odeia ir para academia, não adianta nada se obrigar a fazer isso. É preci-so sentir-se bem com o exercício. Então que tal buscar uma aula de trapézio, neopilates ou dança de salão?

5 ATITUDES PARA NÃO FUGIR DA ATIVIDADE FÍSICA PERIÓDICA

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CAPA

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O CORAÇÃO VALE OUROAlexandre tem 31 anos, trabalha no que gosta e faz atividade física pelo menos três vezes na sema-na, com duração de uma hora, variando entre corrida e musculação. Somente por essa dedicação, é um exemplo positivo para esta reportagem. Mas vamos explorar aqui outra habilidade desse curitibano: a experiência profissional como cardiologista. Portanto, quem responde às perguntas a seguir é o doutor Alexandre de Loyola e Silva Avellar Fonseca.

Quais os riscos de fazer atividade física somente no final de semana?Essa é uma pergunta muito comum nos consultórios de cardiologia. Já é de conhecimento de todos que a prática de atividade física regular tem efeito benéfico no aspecto cardiovascular. Porém, a dúvida surge quando essa prática é irregular, como por exemplo, atividade física somente no final de semana. Os dados na literatura comprovam que existe benefício cardiovascular muito grande só pelo fato de o paciente deixar de ser sedentário, mesmo com a prática de pouca atividade física. Logo, não devemos coibir a pessoas de praticarem atividade física. Devemos, entretanto, alertar os pacientes que é fundamental uma avaliação médica antes de qualquer prática de exercício físico, para evitar complicações, como lesões osteomusculares ou eventos cardíacos, mais comuns em pacientes que não realizam atividade física regularmente e que resolvem praticar atividade de moderada a alta intensidade (como tênis, futebol ou natação) repentinamente.

Com que frequência recomenda atividade física?Recomendo pelo menos 150 minutos semanais de exercícios físicos aeróbicos combinados com exercício de resistência muscular (musculação), com o objetivo de promoção e manutenção da saúde. Para os pacientes sedentários, o início da prática de atividade física deve ser com parcimônia, aumentando gradualmente a duração e a frequência dos exercícios físicos na semana. A meta é atingir uma regularidade na prática de atividade física para redução do risco cardiovascular.

Como convencer alguém a se cuidar mais e correr menos risco a saúde?Não é uma tarefa fácil, mas é possível. Em primeiro lugar, é fundamental haver uma boa relação médico-paciente, algo que vem se perdendo ultimamente. Somente o fato de o paciente confiar em seu médico, aumenta a chance de aderência às orientações e tratamento instituídos. Em segun-do lugar, os médicos devem expor aos pacientes todos os benefícios decorrentes de uma alimen-tação saudável, da prática de atividade física, do bem-estar psicossocial, e orientar sobre os riscos causados pelo sedentarismo, má alimentação, tabagismo e obesidade, esta última, a pandemia do século XXI.

Do ponto de vista cardiológico, que atividades podem ser mais perigosas ou mais seguras?Não existe atividade mais perigosa ou mais segura, pois certos exercícios físicos que podem ser seguros para uns, podem não ser seguros para outros. O que existe é exercício de baixa, mo-derada ou alta intensidade. O importante é saber individualizar caso a caso. Para isso, é ideal que toda pessoa candidata à prática de atividade física seja submetida a uma avaliação médica, com objetivo de detectar fatores de risco, doenças cardiovasculares subjacentes, doenças pul-monares ou do aparelho locomotor. O eletrocardiograma também é fundamental na avaliação inicial. Exames mais específicos – como teste ergométrico e teste cardiopulmonar – devem ser particularizados. Ao realizar essa avaliação, o cardiologista pode prescrever adequadamente o exercício físico para o seu paciente.

É fundamental uma avaliação médica antes de qualquer prática de exercício físico. Alexandre de Loyola e Silva Avellar Fonseca, cardiologista

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POR DENTRO DA TÉCNICA

Para o coração não parar de bater

O Hospital Marcelino Champagnat (HMC) iniciou, neste ano, um novo capítulo no tratamento da insuficiência cardíaca, doença crônica que incapacita o coração

de realizar sua principal função, a de bombe-ar o sangue para todo o corpo. Agora, ele faz parte de um pequeno grupo de centros mé-dicos do Brasil preparados para a realização da cirurgia de implante de dispositivos de assistência ventricular (DVAs). No Paraná, o HMC é o primeiro hospital a realizar o proce-dimento, capaz de aumentar a sobrevida de pacientes no estágio avançado da doença.

Popularmente chamados de “coração artificial”, os DAVs são bombas mecânicas que funcionam como propulsores do san-gue que chega aos ventrículos (as câmaras do coração que bombeiam o sangue quan-do se contraem). Eles começaram a ser utilizados há, pelo menos, 20 anos para o tratamento da miocardite, como se chama a inflação do miocárdio (o músculo do co-ração), mas foi nos últimos dez anos que sua utilização como suporte na fase avan-çada da insuficiência cardíaca ganhou for-ça, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.

Dispositivo de Assistência Ventricular (DAV) é uma alternativa de tratamento para a insuficiência cardíaca

por Fernando Oliveira

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No Brasil, os DAVs começaram a apare-cer no fim da década passada. Os primeiros modelos eram extracorpóreos (com as bom-bas fixadas do lado de fora do corpo) e uti-lizados como ponte para melhora, por um curto período de tempo, até uma possível reabilitação da função cardíaca. Hoje, os modelos disponíveis no país podem ser im-plantados tanto externa como internamen-te e são utilizados não só como ponte para melhora, mas também como ponte para transplante (enquanto o paciente aguarda o transplante de coração), ponte para decisão (para uma possível estabilização das fun-ções cardíacas até que se decida qual a me-lhor forma de tratamento) ou mesmo, como terapia de destino, ou seja, por um longo período de tempo quando não há indica-ção de transplante ou melhora possível. No entanto, essa última modalidade ainda é exceção no país. “A preferência ainda é pelo transplante de coração no Brasil, por isso a utilização do dispositivo como ponte

para melhora ou decisão em grande parte dos casos”, afirma Lídia Zytynski Moura, cardiologista e decana adjunta da Escola de Medicina da PUCPR.

Via final de todas as doenças do coração, a insuficiência cardía-ca prevalece com a idade – o que não exclui casos em todas as fases da vida, inclusive crianças. O número de pacientes com a doença tem au-mentado nos últimos anos, principalmente por causa do envelhe-cimento da população geral. “Mas o que temos visto é que a melhora na prevenção e no tratamen-to de doenças do coração elevou a expectativa de vida desses pacientes. Se antes eles morriam durante o tratamento da

A melhora na prevenção e no tratamento de doenças do coração elevou a expectativa de

vida desses paciente. Lídia Zytynski Moura, cardiologista

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doença inicial, hoje eles sobrevi-vem, aumentando os casos de insuficiência cardíaca avan-çada”, explica a cardiolo-gista. Um dos grupos que mais aumentaram nes-te sentido nos últimos anos foi o de pacientes pós-quimioterapia. “A oncologia cresceu e os pacientes que antes mor-riam em decorrência do câncer, agora sobrevivem e começam a perceber as conse-quências da ação dos quimiote-rápicos no coração”, revela.

Até a chegada dos DAVs no Brasil, o tra-tamento da insuficiência cardíaca parava no transplante de coração, uma solução que, nos últimos dez anos, beneficiou 271 pessoas em todo o Brasil, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). “Esse é o caminho natural da doença”, atesta Lídia. “O paciente chega ao consultório com o quadro de insuficiên-cia cardíaca e é medicado. Por um tempo, ele vai ter um período de estabilidade, até chegar a uma fase de transição, em que o transplante é a única solução. O que antes acontecia era um número maior de óbitos em fases anteriores da doença. Hoje, ele chega à fase final e não há coração para todo

mundo, por isso as esperanças se voltam para os dispositi-

vos, principalmente para os pacientes que não têm indicação para o trans-plante”, revela.

Segundo a cardiolo-gista, nos Estados Uni-dos e em alguns países da Europa, os implantes

dos DAVs já respondem por metade dos proce-

dimentos realizados em centros de transplante. “Nos

EUA, é possível que haja um nú-mero maior de dispositivos em rela-

ção ao transplante por causa da diminuição no número de doações nos últimos anos”, diz. O Brasil logo deve se equiparar ao res-tante do mundo. “Os centros habilitados para o transplante de coração por aqui serão credenciados para o implante dos DAVs. Al-guns convênios médicos já possibilitam ao paciente a possibilidade do implante e logo teremos um programa federal de dispositivos de curta duração, bem como um programa estadual para o Paraná. A nossa vantagem em relação a outros países que utilizam o dispositivo há anos é iniciar esses tratamen-tos por aqui quando o conhecimento sobre os DAVs já está consolidado, sabendo o que funciona e o que não funciona acerca do pro-cedimento”, conclui Lídia.

Até a chegada dos DAVs no Brasil, o tratamento parava no transplante de coração.

POR DENTRO DA TÉCNICA

Nos EUA e em parte da Europa, os implantes dos DAVs já respondem por metade dos procedimentos realizados. Lídia Zytynski Moura, cardiologista

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Quando o coração enfraquece

A insuficiência cardíaca (ou insu-ficiência cardíaca congestiva) é uma das doenças que mais internam no Brasil e uma das principais causas de morte no país. Ela é caracterizada por uma disfunção ventricular, isto é, os ventrículos que bombeiam o sangue para o corpo deixam de cumprir a sua função. “Ou melhor, deixam de bom-bear o sangue de forma adequada, ou porque não se contraem mais como deveriam, ou porque não relaxam como deveriam”, explica o cardiolo-gista do Hospital Marcelino Cham-pagnat, André Bernardi.

Via final do coração doente, a insu-ficiência cardíaca está diretamente as-sociada, na grande maioria dos casos, a doenças preexistentes no coração. De acordo com o Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (BREATHE) da Sociedade Brasileira de Cardiolo-gia, as doenças isquêmicas do coração, resultantes do entupimento de veias e artérias, como é o caso do infarto, são a principal causa de disfunções ven-triculares no Brasil. “São essas doen-ças que a hipertensão, o tabagismo, sedentarismo e obesidade causam e que é maior causa de morte no mun-do”, revela Bernardi. A própria hiper-tensão aparece em segundo lugar, se-guida por outras doenças do coração (como a miocardite) e, por fim, a do-ença de Chagas – ainda prevalente em

algumas regiões do país, como o norte do Paraná, o sudoeste do Rio Grande do Sul e em estados como Minas Ge-rais e Bahia, por exemplo. “Ou seja, a evolução de um quadro de hiper-tensão, infarto ou mesmo diabetes, além de outras doenças, é o enfraque-cimento do coração com o passar do tempo, isto é, insuficiência cardíaca”, comenta o cardiologista.

Os sintomas clássicos da insu-ficiência cardíaca são simples: falta de ar e inchaço nas per-nas. Mas as consequências da doença afetam todo o corpo. “É uma doença sistêmica, até porque é o coração batendo normalmente que mantém to-dos os órgãos ativos e a nós, vivos. Se ele deixa de funcio-nar adequadamente, o restante do corpo também fica compro-metido. É isso que faz com que o paciente com insuficiência cardíaca seja um dos mais com-plexos da Cardiologia, porque o médico precisa vê-lo na sua inte-gralidade e não apenas focar no co-ração enfraquecido”, revela Bernardi.

Até pouco tempo atrás, as formas de tratamento incluíam apenas a me-dicação de uso contínuo e o trans-plante de coração como solução fi-nal. Os DAVs vieram auxiliar nesse sentido. “Embora a medicação tenha resultados excelentes, ela pode não segurar um paciente por muito tempo por causa da magnitude do próprio problema. Por isso, há a necessidade de um reforço no tratamento. Além disso, nem todo paciente com insu-ficiência cardíaca pode se candidatar ao transplante, por questões de saúde que só a equipe médica pode decidir. Nesse sentido, o DAV se torna uma solução cada vez mais possível para esses pacientes, que podem ter gran-des benefícios. No entanto, os dispo-sitivos ainda são caros e os pacientes precisam ser bem selecionados antes de passar pelo procedimento”, atesta o médico.

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Marilza ConceiçãoUm lembrete de que nossa criança está viva

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A curitibana Marilza Conceição dedica-se à Educação há mais de 30 anos. Hoje é coordenadora da regional do Paraná da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, mas muitos a reconhecem como Bruxa Mila, moradora por muitos anos da Casa Encantada do Bosque Alemão; outros leram seus livros ou viram o curta-metragem com a atriz Letícia Sabatella, que foi inspirado em sua obra. Marilza envolve-se pela Literatura Infantil desde menina, quando começou a ler , revelando-se uma talentosa contadora de histórias. Aos 56 anos, tem muita história para escrever e contar. Permita-se alguns minutos de contato com sua criança e inspire-se ao ler esta entrevista.

> QUANDO ESTAMOS MERGULHADOS NO TRABALHO, NO DIA A DIA, PARECE QUE NOS ESQUECEMOS DE OLHAR PARA OS LADOS. COMO MUDAR ISSO?

Há atitudes simples que podem pro-porcionar bem-estar e contato conosco, como uma boa companhia. Caminhada é uma delas. E quem desejar fazer um registro, pode levar a câmera fotográ-fica para treinar o olhar, recuperando aquele de quando era criança. Poderá redescobrir as pétalas e os pistilos das flores, enquanto sente o perfume; ob-servar os diferentes tons de verde da vegetação do caminho; os raios de sol dourando as pedras e o mar de brilhos, e outros olhares. É uma aventura que nos reabastece por vários dias. Tam-bém é salutar amar, viajar, nadar, rir, dançar de rebolar mesmo, treinando o jogo de cintura de que precisamos lan-çar mão no dia a dia. E descansar com um bom livro, que nos ensina a pensar com mais poesia na vida.

> QUAL A SUA MENSAGEM PARA ESSE ADULTO, QUE SE CONSIDERA SEM TEMPO PARA NADA ALÉM DAS OBRIGAÇÕES DE TRABALHO?

Tempo é questão de preferência e amor- próprio é necessidade básica. Então, criar um tempo só para nós é, no míni-mo, saudável. Uma das formas de con-seguir momentos de paz é com leitura. A leitura é o maior exercício de liber-dade que podemos exercer em nossas vidas. Ao abrir um livro, entramos num universo desconhecido, de que podemos gostar ou não, mas é só tro-car de livro. É maravilhoso vislumbrar horizontes, ouvir vozes nos falando de amores, de dramas, de aventuras e de todas as sensações que povoam a alma humana, nos dando repertório para li-dar com tudo isso.

> O QUE O CONTATO COM O UNIVERSO LÚDICO TRAZ PARA A VIDA ADULTA?

A curiosidade; a percepção dos cheiros e dos gostos; a audição mais consciente, que percebe a voz interior, aquela que fil-tra barulhos em volta e ruídos do pensa-mento; a constatação de que somos sem-pre aprendizes; a noção de que o tempo é todo nosso e é desnecessário o esforço para esticá-lo; que pouco importa saber todas as respostas; que, muitas vezes, é bem melhor ser feliz do que ter razão; a capacidade de olhar e ver, de ouvir e escutar, de rir e respirar; deitar e sentir o brilho das estrelas dentro dos olhos. Adulto que permanece em contato com sua alma infantil apreende as coisas e age sem grandes discursos, pois a fala, muitas vezes, é desnecessária. Basta o exemplo. Sentir é melhor do que pensar e gralhar, digo, falar.

> COMO SURGIU O SEU INTERESSE PELA LITERA-TURA INFANTIL?

Meus pais, nascidos no Estado de São Paulo, casaram-se e vieram para Curi-tiba, onde se estabeleceram. Nasci e cresci na casa da Travessa Agnelo, sob o nº. 19, o melhor lugar do mundo, na mi-nha infância. Imaginação era o meu brinquedo favorito. Tudo virava o que eu queria que virasse: árvore em avião, janela em portal para o jardim encanta-do. E eu me embrenhava entre gerânios e glicínias numas aventuras parecidas com as de Peter Pan. Bastava desejar e pisar para que o gra-mado virasse uma ilha, bonecas se tor-nassem filhas e os pés de couve, meus alunos. Onde me sentisse em casa, vira-va castelo ou minha casinha. E todo esse repertório veio dos livros, que ainda amo. A casa maravilhosa da infância, de

PERFIL

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madeira com pingadeiras, quintal com pomar, jar-dim com flores, não existe mais. Há três torres em seu lugar. E o nome da rua, mudou para Avenida Nossa Senhora da Luz. Mal sabem os moradores que estão em cima de um universo encantado, que nem é cobrado no valor do condomínio. Tive mãe professora e a leitura sempre fez parte da minha rotina. Vê-la lendo foi o exemplo fun-damental para que eu me interessasse por leitu-ra de livros de Literatura. Minha mãe colaborou com a minha criatividade.

> QUAL A SUA RELAÇÃO COM A EDUCAÇÃO?Tornei-me professora e pesquisei a Pedagogia do Imaginário, na qual fundamentei minha do-cência. Especializei-me em Práticas Pedagógicas para a Educação Infantil, pensando em poesia, e mantendo o olhar mediador, que garantiu às crianças a aprendizagem dos conteúdos exigidos pelo currículo. Em 30 anos de dedicação ao ensino das Séries Iniciais e Ensino Fundamental, incentivei as crianças ao hábito da leitura literária. Avalio mi-nha trajetória com otimismo e alegria.Componho canções para crianças, nos ritmos que trago da década de 1960. Em dias de domin-go meu pai, ao violão, me chamava: - "Marilza, venha cantar!" E é nesse ritmo bossa nova, iê, iê, iê, que meu coração bate, inspirando a escrita. Grande parte das minhas ideias surge nas cami-nhadas matutinas, quando sinto o cheiro da pri-mavera que se aproxima, observando a intenção da árvore nas primeiras flores de Ipê. Como é bom viver na minha cidade. Curitiba, eu amo você!

> E A HABILIDADE DE CONTAR HISTÓRIAS SURGIU DE QUE MANEIRA?

Tornei-me contadora de histórias ainda menina, quando diariamente inventava contos inéditos para os meus irmãos. Anos depois, os contos po-voaram o cantinho mágico das histórias, debaixo da árvore da escola, o lugar predileto dos meus alunos. Mais tarde, as histórias pipocaram na infância das minhas filhas, inspiradas no amor. Foi quando vivenciei literatura com afetividade.Histórias, por vezes, tornam-se rebeldes, como agora, que decidiram pular para os livros. Que-rem viajar nas mãozinhas de muitas crianças, para novos lugares, ajudando a criar a infância feliz que o imaginário proporciona. Carregam personagens que falam do que vai no nosso co-ração. Por muitas vezes, ouvi alguém me dizer: “Como foi que você adivinhou que era isso que eu sentia?” Sou o resultado de tudo o que já li e leio e do

que aprendo na convivência com os outros. Sou aprendiz, porque gosto e me faz feliz.

> QUE OBRAS SUAS ESTÃO DISPONÍVEIS AOS LEITORES?O livro O balé da chuva (Editora Insight) serve como exemplo, quando me refiro à literatura e afetividade. É uma prosa poética que virou peça de teatro e filme de curta metragem. As primas (Editora InVerso) é uma novela infan-tojuvenil que narra as férias de verão das crian-ças na praia. Durante 6 anos, fiz parte do quadro de conta-doras de histórias do Bosque Alemão e minha personagem chamava-se Bruxa Mila. Com a apo-sentadoria, deixei o Bosque e precisei encontrar outra personagem. Foram dias angustiantes, pois tive pena de me desfazer da bruxinha atrapalha-da, engraçada e inventadeira de histórias. Num belo dia, a ideia veio de maneira espetacular: Mila tocou com a varinha de condão em si mes-ma e transformou-se numa menina. Fiquei feliz por continuar com a personagem, agora repagi-nada, que me permite continuar a contar his-tórias para crianças de todas as idades. E Mila, esperta como ela só, já passou para o livro, com uma aventura: O ovo do bolo (Editora Insight), que relata a aventura de Mila ao receber como herança um livro de receitas.

PERFIL

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SIMPÓSIO DE CARDIOLOGIA

No dia 15 de agosto, aconteceu o III Simpósio de Cardiologia do HMC. O evento foi destinado a médicos clínicos cardiologistas, hemodinamicistas, cirurgiões cardíacos e médicos-residentes de Cardiologia ou Hemodinâmica, e ministrado pelos especia-listas do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina da USP, Dr. Fernando Bacal, Dr. Roberto Costa e Prof. Fábio Jatene.Durante o Simpósio, foram discutidas as novas tecnologias e procedimentos utilizados no diagnóstico e no tratamento de doenças cardiovasculares. Entre os temas abordados estão, manejo de insuficiência cardíaca avançada, o papel da ressin-cronização biventricular e os dispositivos de assistência ven-tricular. Representando o HMC, o cardiologista Dr. José Carlos Moura Jorge coordenou o evento, que teve como moderadora a car-diologista coordenadora do curso de Medicina da PUCPR, Lídia Zytynski Moura.

DE OLHO NAS OLIMPÍADAS

O HMC será referência em atendimento médico para os 35 atle-tas da Confederação Brasileira de Canoagem que, em setembro, iniciou os treinos no Parque do Iguaçu para as Olimpíadas de 2016. No dia 24 de julho, o ortopedista William Yousef apre-sentou o hospital para Vinícius Cunha e Gustavo Borges (esq. para dir.), representantes do patrocinador dos atletas, BNDES, e o Presidente da Confederação, João Tomasini Shwertner.

CURTAS

FOCO NA NUTRIÇÃO

HOSPITAL MARCELINO CHAMPAGNAT CONQUISTA NOTA MÁXIMA EM AVALIAÇÃO DA UNIDAS

O HMC conquistou nota máxima em avaliação realizada pela UNIDAS – União Nacional das Ins-tituições de Autogestão em Saúde. Avaliado na categoria de alta complexidade, o HMC recebeu nota A. Além disso, o hospital foi o pioneiro no exame em que analisa os recursos físicos, huma-nos, materiais, normas, rotinas e indicadores de uma instituição de saúde. Para o diretor do HMC, Claudio Lubascher, ser escolhido como piloto foi o reconhecimento do trabalho que o hospital vem fazendo há 3 anos. “Estamos no caminho, sempre priorizando a ex-celência e destaque no cenário paranaense”, dis-se Lubascher. O diretor acrescentou ainda que a classificação como alta complexidade faz parte do posicionamento estratégico do negócio, que busca o reconhecimento como referência em procedimentos complexos.

No dia 26 de setembro, a Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do HMC participou do 2º. Simpósio Interdisciplinar de Nutrição Clínica, realizado em Curitiba. A equipe do hospital foi premiada como a que teve maior participação e melhores resultados no que se refere a indi-cadores de qualidade em Terapia Nutricional.

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