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105 Ano 11 Outubro 2009 TEXTOS: ENTREVISTA: Deputado Leonardo Quintão Dr. Amaro César Dra. Márcia Andrade REPORTAGEM: Cooperativismo 20 Anos

Revista Movimento - outubro 2009

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Revista Movimento

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TexTos:

ENTREVISTA:Deputado Leonardo Quintão

Dr. Amaro César Dra. Márcia Andrade

REPORTAGEM: Cooperativismo

20 Anos

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EXPEDIENTEREvIsTa MOvIMENTOCnpj: 03379370/0001-70Endereço: Av. Brasil, 3.277 - sala 6Diretora: Lena TrindadeConselho Editorial: Márcio Aguiar, Lena Trindade e Adolpho Camposjornalista Responsável:Francisco Luiz Teixeira - Profissional : 1305/MGColaboradores: Adolpho Campos, Darlan Corrêa, José Orlando de Andrade, Zenólia de Almeida, Cláudia Giacomini, Paulo Greco e Marcos Mendes.Revisão: Tarciso AlvesDiagramação: Alderson Cunha (Kila)Foto Capa: Marquinho SilveiraFotos: Ramalho Dias, Marquinho Silveira, Lena TrindadeImpressão: Lastro EditoraAs opiniões emitidas em artigos assinados e declarados são de total responsabilidade de seus autores.

CONTATO COmerCiAl: [email protected] (33) 3271-9240 | 9974-8892 | 8403-1434

www.rvmovimento.com.br

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10 Matéria da Capa

12 Qualquer Coisa

14 José Orlando

18 Zenólia de Almeida

22 Adolpho Campos

24 Suruba

26 Entrevista

36 Darlan Corrêa

54 Empresas e Negócios

62 Marcos Mendes

64 Reportagem

66 Receita

Amigos leitores, chegamos à edição 105, e a revista

Movimento segue firme na sua trajetória, vencendo dificul-

dades, com muito trabalho e otimismo.

Numa cidade como Governador Valadares, onde as

iniciativas não costumam durar muito tempo, e os sucessos

não são, diríamos, abundantes, orgulhamo-nos de estar

vencendo obstáculos com gana e determinação.

Ao falarmos de sucesso e de iniciativas vitoriosas, te-

mos que lembrar as cooperativas de nossa cidade: de

crédito, de produção agropecuária, de serviços de saúde,

todas elas colecionando êxitos. Estamos destacando sua

atuação, na reportagem sobre o Dia C - Dia de Cooperar,

uma iniciativa de conjunto das cooperativas valadarenses.

(Leia nas páginas 59 a 61)

Sucesso também é a palavra presente na caminhada

política do nosso entrevistado desta edição, o deputado

Leonardo Quintão (confira nas páginas 24 a 26).

O leitor pode conferir ainda o talento de nossos cola-

boradores, Darlan Correia, Marcos Mendes, José Orlando,

Paulo Grecco, Zenólia Almeida...

As seções permanentes estão presentes e a capa foca

dois profissionais, igualmente de muito sucesso, o casal

Dr. Amaro e Drª. Márcia, que fala de sua experiência e

trajetória profissional nas páginas 10 e 11

Divirtam-se, e até a próxima.

Deputado leonardo Quintão

EDITO RIAL

Construindo lideranças

A mensageira

Slow Life

Sinais

Deputado Leonardo Quintão

Aí vem Dr. narigão...

A “nova” cara do Brasil

O sucesso das Cooperativas em Valadares

Renato Fraga teve a gentileza de agendar a entrevista

com o deputado federal Leonardo Quintão, que veio a Vala-

dares, a convite da Associação Comercial, visitar a Expo-

leste.

Do aeroporto, os dois foram para o apartamento do

casal Lena e Adolpho que, juntamente com os entrevista-

dores Lincoln Byrro, Paula Greco e Márcio Aguiar, já os

aguardavam.

Leonardo tinha consigo algumas anotações, uma relação

de benefícios conseguidos para Valadares, que ele não

chegou a consultar detalhadamente, tendo em vista o dina-

mismo com que a entrevista se desenrolou, e o clima de

descontração do bate-papo, que se estabeleceu poucos

minutos de iniciado.

A sensação que ficou, terminada a entrevista, é a de

que ele conquistou a todos com o seu carisma, seu jeito,

ao mesmo tempo simples e confiante, com que desenvolve

seus raciocínios.

Os leitores da Movimento, na entrevista (páginas 26 a

32) terão a oportunidade de conhecer um pouco mais des-

se político que teve algo como 530 mil votos para a Prefei-

tura de Belo Horizonte, e cuja trajetória política impressiona

a todos.

Boa leitura.

Márcio Aguiar

Paula Greco

Lincoln Byrro Neto

En

tr

Ev

ista

:

60 Turismo

Tibau do Sul

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A maior estrutura para o tratameto do câncer atendendo Valadares e as cidades da região.

Todo dia dezenas de pessoas saem de suas cidades para se tratar de

câncer em um grande centro. Agora, essa realidade está mudando. Muitos desses

pacientes estão fazendo seu tratamento na Oncoleste. Uma grande estrutura

projetada para atender aos pacientes da região e, que possui, uma

equipe de profissionais da saúde com alta capacidadade técnica.

Mas o melhor de tudo é ver que, perto de sua família e de seus

amigos, o paciente responde melhor ao tratamento, porque o amor dessas

pessoas não está longe do grande centro.

Fale com seu médico. Previna-se!

A maior estrutura para o tratameto do câncer A maior estrutura para o tratameto do câncer atendendo Valadares e as cidades da região.

Todo dia dezenas de pessoas saem de suas cidades para se tratar de

câncer em um grande centro. Agora, essa realidade está mudando. Muitos desses

pacientes estão fazendo seu tratamento na Oncoleste. Uma grande estrutura

projetada para atender aos pacientes da região e, que possui, uma

equipe de profissionais da saúde com alta capacidadade técnica.

Mas o melhor de tudo é ver que, perto de sua família e de seus

amigos, o paciente responde melhor ao tratamento, porque o amor dessas

pessoas não está longe do grande centro.

Fale com seu médico. Previna-se!

Oncoleste, prevenção e tratamento do câncer.

Dra. Eusana Lemes Milbratz

Dra. Ana BeatrizCopolliDr. Célio Cardoso

Rua 20, nº 155, Santos Dumont - Tel.: (33) 3271.1237 - Valadares - email: [email protected]

Page 7: Revista Movimento - outubro 2009

A maior estrutura para o tratameto do câncer atendendo Valadares e as cidades da região.

Todo dia dezenas de pessoas saem de suas cidades para se tratar de

câncer em um grande centro. Agora, essa realidade está mudando. Muitos desses

pacientes estão fazendo seu tratamento na Oncoleste. Uma grande estrutura

projetada para atender aos pacientes da região e, que possui, uma

equipe de profissionais da saúde com alta capacidadade técnica.

Mas o melhor de tudo é ver que, perto de sua família e de seus

amigos, o paciente responde melhor ao tratamento, porque o amor dessas

pessoas não está longe do grande centro.

Fale com seu médico. Previna-se!

A maior estrutura para o tratameto do câncer A maior estrutura para o tratameto do câncer atendendo Valadares e as cidades da região.

Todo dia dezenas de pessoas saem de suas cidades para se tratar de

câncer em um grande centro. Agora, essa realidade está mudando. Muitos desses

pacientes estão fazendo seu tratamento na Oncoleste. Uma grande estrutura

projetada para atender aos pacientes da região e, que possui, uma

equipe de profissionais da saúde com alta capacidadade técnica.

Mas o melhor de tudo é ver que, perto de sua família e de seus

amigos, o paciente responde melhor ao tratamento, porque o amor dessas

pessoas não está longe do grande centro.

Fale com seu médico. Previna-se!

Oncoleste, prevenção e tratamento do câncer.

Dra. Eusana Lemes Milbratz

Dra. Ana BeatrizCopolliDr. Célio Cardoso

Rua 20, nº 155, Santos Dumont - Tel.: (33) 3271.1237 - Valadares - email: [email protected]

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ara fugir do stress e da agitação urbana, as pessoas buscam os sítios e condomínios rurais, cada vez mais presentes em cidades agitadas como Governador Valadares. É neste cenário que o empresário rural Roberto Cezar de Almeida vislumbrou as perfeitas condições para um bom empreendimento em sua

propriedade na região de Santo Antônio do Pontal. Ele não precisou de muitos argumentos para atrair a atenção do arquiteto Adolpho Campos e dos empresários Alberto Monte Alto e Sérgio Sobreira, parceiros em diversos lançamentos imobiliários. Os argumentos para essa iniciativa são muitos, que vão desde a proximidade do centro da cidade, culminando com a beleza bucólica e o grande potencial turístico daquela região. O publicitário Sérgio Sobreira se surpreendeu com o encanto do local já desde o trevo da BR 116, rumo ao Pontal, percorrendo os 9km de estrada tranqüila e cercada de verde.

Segundo ele, aquele é um dos acessos mais atraentes quando se pensa em escapar do stress do dia a dia urbano.

Chegando às Quintas do Pontal, um conjunto de 26 chácaras independentes, medindo cerca de 20.000 m2 cada, depara-se um cenário perfeito para reunir a família e os amigos, a menos de 15 minutos do centro da cidade.

Dentro desse mesmo conceito, em um imenso vale que se projeta em frente às Quintas do Pontal, esse mesmo grupo já planeja o que será uma verdadeira inovação, quando se pensa em habitação de lazer, em Gov. Valadares.

Alí está sendo projetado o mais arrojado complexo de habitação rural da região, reunindo o que há de mais moderno e criativo nesse segmento.

Grupo empresarial aposta em qualidade de vida

FOTOS DO LOCAL

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Novo Acesso Com a perspectiva iminente da extensão da av. Minas Gerais, muita

coisa vai mudar para melhor. Com a nova obra, o acesso para o Pontal ficará significativamente reduzido, sem ter que passar pelo stress da BR 116. O projeto executivo da obra já se encontra pronto em Brasília aguardando a liberação de recursos do DENIT. E nesse contexto as Quintas do Pontal vão se consolidando, contando ainda com excelente infraestrutura programada pelos empreendedores, como calçamento, água do SAAE e energia na porta, além de melhoramento significativo no entroncamento. Todas essas iniciativas, somadas às oportunidades que se apresentam, fazem das Quintas do Pontal um empreendimento único em Governador Valadares, especialmente para aqueles que não abrem mão de conforto e tranquilidade nos seus melhores momentos.

(33) 3271-7906

FOTOS DO ACESSO

Page 10: Revista Movimento - outubro 2009

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ais completa expressão da alegria, um sorriso genuíno tem a capacidade de iluminar tudo à sua volta. Se os olhos são o espelho da alma, o sorriso é a porta através da qual ela se revela ao mundo. Rir é uma arte, e exercitá-la faz bem ao corpo e ao coração. Rir da vida, de si mesmo; rir com os amigos, rir por um sonho conquistado; às vezes rir para não chorar e seguir sorrindo pelo que vale a pena.

E é composta de sorrisos a matéria-prima essencial da história que há 20 anos vem sendo construída – literalmente a quatro mãos – pelo casal de odontólogos na Proodonto Ortodontia. Uma história que, mais que conta-bilizada pelos mais 6.000 atendimentos realizados neste período, pode ser contada através da qualidade proporcionada a cada um desses sorrisos que se tornaram mais bonitos, mais cristalinos, mais fáceis de se repetir.

Falar na história da Proodonto é contar sobre um lugar em que o conhe-cimento científico vem junto com a valorização do ser humano; que por trás de toda técnica bem aplicada estão as mãos, os olhos e o trabalho de muitas pessoas, gente que, mais do que tratar, faz questão de cuidar de quem chega em busca de mais saúde e qualidade de vida.

Para contar essa história é preciso falar de profissionais que se pautam pela ética, pela honestidade, primam pelo respeito, educação e gentileza no convívio com os pacientes, e acreditam que o bom atendimento transcende o profissionalismo e se completa com uma dose extra de atenção personali-zada. E que sabem que, além dos aparelhos ortodônticos, um belo sorriso se restaura com bom humor e carinho.

Uma história que reflete a competência e a personalidade de seus pro-tagonistas – Dra. Márcia e Dr. Amaro – e que se renova a cada bom resultado alcançado, a cada sorriso que se torna novo e saudável. E que por isso mes-mo, passadas duas décadas, mostra-se cheia de energia para prosseguir por muitos outros anos, tantos quanto vierem.

A história da Proodonto é a história da dedicação, da vitória obtida por acreditar que sempre é possível fazer mais e melhor, que a qualidade reside em cada pequeno detalhe e que trabalhar – e viver – com alegria é o primei-ro e decisivo passo para o sucesso. Um sucesso que merece ser brindado, aplaudido e comemorado com o melhor dos sorrisos.

Uma história contada em sorrisos

Av. Minas Gerais, 883 - Ed. Monterrey - Centro - Gov. Valadares - Tel.: (33) 3271-2975

Proodonto Ortodontia

Page 11: Revista Movimento - outubro 2009

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ais completa expressão da alegria, um sorriso genuíno tem a capacidade de iluminar tudo à sua volta. Se os olhos são o espelho da alma, o sorriso é a porta através da qual ela se revela ao mundo. Rir é uma arte, e exercitá-la faz bem ao corpo e ao coração. Rir da vida, de si mesmo; rir com os amigos, rir por um sonho conquistado; às vezes rir para não chorar e seguir sorrindo pelo que vale a pena.

E é composta de sorrisos a matéria-prima essencial da história que há 20 anos vem sendo construída – literalmente a quatro mãos – pelo casal de odontólogos na Proodonto Ortodontia. Uma história que, mais que conta-bilizada pelos mais 6.000 atendimentos realizados neste período, pode ser contada através da qualidade proporcionada a cada um desses sorrisos que se tornaram mais bonitos, mais cristalinos, mais fáceis de se repetir.

Falar na história da Proodonto é contar sobre um lugar em que o conhe-cimento científico vem junto com a valorização do ser humano; que por trás de toda técnica bem aplicada estão as mãos, os olhos e o trabalho de muitas pessoas, gente que, mais do que tratar, faz questão de cuidar de quem chega em busca de mais saúde e qualidade de vida.

Para contar essa história é preciso falar de profissionais que se pautam pela ética, pela honestidade, primam pelo respeito, educação e gentileza no convívio com os pacientes, e acreditam que o bom atendimento transcende o profissionalismo e se completa com uma dose extra de atenção personali-zada. E que sabem que, além dos aparelhos ortodônticos, um belo sorriso se restaura com bom humor e carinho.

Uma história que reflete a competência e a personalidade de seus pro-tagonistas – Dra. Márcia e Dr. Amaro – e que se renova a cada bom resultado alcançado, a cada sorriso que se torna novo e saudável. E que por isso mes-mo, passadas duas décadas, mostra-se cheia de energia para prosseguir por muitos outros anos, tantos quanto vierem.

A história da Proodonto é a história da dedicação, da vitória obtida por acreditar que sempre é possível fazer mais e melhor, que a qualidade reside em cada pequeno detalhe e que trabalhar – e viver – com alegria é o primei-ro e decisivo passo para o sucesso. Um sucesso que merece ser brindado, aplaudido e comemorado com o melhor dos sorrisos.

Uma história contada em sorrisos

Av. Minas Gerais, 883 - Ed. Monterrey - Centro - Gov. Valadares - Tel.: (33) 3271-2975

Proodonto Ortodontia

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A pobre América Latina, com sua fragilidade política, seu

atraso institucional sistêmico, cuida de criar, ao longo

do tempo, falsos lideres, todos populistas.

Peron e Getulio Vargas são as matrizes dos mais recen-

tes “lideres” latino americano, de esquerda (mais freqüen-

tes) ou de direita: Hugo Chaves, Evo Morales Álvaro Uribe

etc.

As populações em geral aspiram ter um líder. O brasi-

leiro não é exceção também quer ter um.

Sente tanta falta de um líder que assumiu o Lula como

tal. O pior é o Lula acreditar nisso.

O “líder” latino americano se confunde com a figura de

“pai dos pobres”.

Voltemos no tempo. FHC fez um ótimo governo do pon-

to de vista institucional: patrocinou o Plano Real com a

conseqüente estabilização da economia; fortaleceu a de-

mocracia e suas instituições; fez aprovar a lei de Respon-

sabilidade Fiscal; promoveu a independência do Banco

Central, e criou o Proer- tão criticado pelo PT- um instrumen-

to importantíssimo que agora na crise esta sendo reconhe-

cido ate pelos países de 1º Mundo. Com tudo isso, FHC

não soube ser um líder, deixou-nos órfãos.

Talvez como Gide ele pediria aos brasileiros: “Não me

compreendam tão depressa.”

Quando vou a Belo Horizonte pego um taxi e pergunto:

“como vai a cidade, o prefeito?” Me dizem: Vai bem.

Até o ano passado diziam: “Vai bem, o Fernando Pimen-

tel é bom prefeito. Mas falam sem exclamação (d’aprés Nelson

Rodrigues).

Nossa capital tem tido bons prefeitos já há algum tem-

po, tais como Patrus Ananias e Célio de Castro.

Fernando Pimentel, o último deles é um exemplo de

bom administrador sem carisma. E pior: juntou-se a Aécio

Neves e pavimentou a eleição de outra figura sem nenhum

carisma: Marcio Lacerda.

A cidade vai bem, mas o belo horizontino se sente órfão

de líder.

Mas eu quero falar é de Valadares, que já teve o Moru-

bixaba, Hermírio, Fassarella. Sim, o Fassarella - a quem

homenageio - ao mesmo tempo cordial e distante, com seu

jeito manso e agregador - todo líder é agregador - e que

mexeu com o imaginário

de muito gente. E temos

o Mourão.

Eles foram prefeitos

que independente da

maior ou menor compe-

tência mexiam com o co-

ração do valadarense.

Entretanto os dois,

Fassarella e Mourão não

criaram espaço e condi-

ções para a formação de

novas lideranças.

E agora? E amanhã?

Estamos órfãos. Pre-

cisamos construir lideran-

ças - verdadeiras - para a

cidade para os valadaren-

ses. Um líder se constrói?

Penso que sim, não como construíram Collor e o Obama;

falo em construir lideranças sólidas, autênticas, não artifi-

ciais.

Não sou dos que sentem falta de líderes, mas o vala-

darense em geral sente. Pergunte ao povo. Nesse momen-

to de nossa trajetória, com a cidade como que se apagan-

do, se extinguindo, talvez ele seja necessário: Necessário

para desencadear um processo de desenvolvimento, como

fazem os verdadeiros líderes.

Necessário para tirar-nos dessa letargia, desse imobi-

lismo suicida.

Se não formos capazes de construir lideranças que tal

construirmos idéias?!

QUALQUERQUALQUERCOISA

Construindo lideranças

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JOSÉ ORLANDO De ANDRADe

A maioria das pessoas não escreve cartas. Nem recebe,

é claro.

Mas, as cartas estão na mesa, ou melhor, no espaço

através do tempo.

Mensagens que nos chegam o tempo todo assinadas por

não sei quem. É preciso prestar muita atenção.

A grande mensageira é a luz. É a mais rápida de todas.

Ela nos traz noticias

desde a criação e agora

acompanhada de foto-

grafias.

Essa mensageira

nos acompanha desde

o nosso nascimento até

a nossa morte, por den-

tro e por fora. Mas, um

dia ela vai apagar, a de

dentro e a de fora. E é

aí que mora a Filosofia,

desde Sócrates até o Zé

da Bé de Pará de Mi-

nas.

Se sentarmos para

observar qualquer épo-

ca da História, veremos

que os mitos sempre

estiveram presentes:

Deus, os deuses, os

anjos, os diabos, os

monstros, as lendas,

enfim, os estereótipos

do espiritualismo huma-

no. Espiritualismo este

que vagueia entre a

mensageira e a sua au-

sência, ou seja, a escu-

ridão.

Portanto, a espiritu-

alidade é inerente do

homem, e é aí que te-

mos um problema: ela é uma necessidade, mas também é

um mistério e o homem, desde os primórdios até os dias de

hoje, tenta resolvê-lo através da fé, que, principalmente, de-

pois da teoria de Darwin, parece-me uma trava na busca do

conhecimento espiritual.

Há muitos anos, lá no Abaeté, eu presenciei a cena de

dois meninos de dois anos, gêmeos, louros de olhos azuis,

acenando com muita alegria para um mendigo débil mental,

que retribuía do mesmo modo. Nunca esqueci aquilo. O que

extrair dali? Não sei, mas não me digam que foi um ato divino.

Não senhor. Foi um ato humano, de esplendor humanístico,

mas humano.

Nos dias de hoje, observando essa imensa discussão

sobre Deus, ateísmo, religiões, Estado laico, não me impres-

siono. Resguardo-me na humildade perante tamanho desa-

fio.

É preciso buscar o

caminho do homem,

a mensageira que

apaga e acende eter-

namente. Ela é eter-

na, o homem não.

Mas, não f ique

triste por isso. Obser-

ve as estrelas com

bastante atenção, as

de dentro e as de

fora. Você não sente

que sempre esteve

lá?

Blood Mary

Semana que vem

vou trocar meu san-

gue por Blood Mary.

Espero, após o fato,

rejuvenescer as artri-

tes mentais e emocio-

nais.

Voltar a ser jovem

importante como Yana

Mary, Hosmany Ra-

mos, Cuattrin, Rainier,

Fábio Júnior, Vander-

léia, Temucorda, Vitro-

las, Clores Lage, Pina

Morano, Parajara e

Adolpho Campos.

Artistas são fundamentais na vida. Vida que segue inde-

pendente deles.

Eu não quero nem ser “star”, mas somente o direito de

“peidar” arte, qualquer que seja ela.

Vou morrer de vida. Vou morrer dos seus olhos azuis, seu

encanto que acabou comigo lá em Matozinhos.

Seu encanto é quase baiano.

Vou viver de novo um pouco do seu corpo gostoso, more-

no, cheio de Blood Mary.

A Mensageira

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Área de Concentração: Estudos Territoriais

Linha de Pesquisa:1-Território, migrações e cultura2- Território, sociedade e saúde

Número de vagas: 20Duração do Curso: 24 meses

Mensalidade: R$ 950,00

Público Alvo: Graduados das Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Letras e Artes, Ciência Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde e Ciências Agrárias, que atendam ao edital de seleção (disponível em www.univale.br).

Inscrições: Até 30 de outubro/2009Provas: 09 de novembro/2009

Informações: (33) 3279.5577 - 3279.5567www.univale.br

Page 17: Revista Movimento - outubro 2009

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O sucesso de uma viagem começa com a escolha de uma boa agência de turismo. E quem

gosta de viajar e faz questão de bom atendimento e serviços de qualidade conhece bem o significado das três letrinhas que formam a palavra VIP: Very Important People (em português: pessoa muito importante).

Pois é exatamente assim que os empresários Ciene Ribeiro e Eduardo Braga, proprietários da ClasseVip Turismo, enxergam seus clientes: como pessoas muito importantes, cujas necessidades de viagem, sejam

todo o prazer de viajar com aClasse vip turismo

Av. Minas Gerais, 426 - Centro - Governador ValadaresTel.: (33) 3271-3356 / 9922-1018 | [email protected]

elas a negócios ou a passeio, vêm em primeiro lugar. Cuidados que podem ser observados nos detalhes, como atendimento bilíngüe (português e inglês) e ambiente climatizado.

Desde fevereiro deste ano à frente da agência de viagem, eles deram um novo nome e conceito ao empreendimento, proporcionando aos seus clientes uma grande variedade de serviços, com preços e condições de pagamentos que se encaixam nos mais diferentes orçamentos.

A ClasseVip Turismo coloca à disposição de seus clientes passagens áreas nacionais e internacionais, pacotes turísticos nacionais e internacionais para viagens individuais e grupos, além de cruzeiros marítimos nacionais e internacionais. Desde os destinos mais procurados, como Porto Seguro e Caldas Novas, passando pela October Fest, Festa do Peão, de Barretos, e outros eventos do calendário turístico brasileiro, até viagens menos convencionais, oferecendo diferentes opções de parcelamento e também o seguro de viagem.

Além disso, a Classe Vip tem serviço de agendamento nos consulados para obtenção de vistos para Estados Unidos e Canadá; e também agendamento na Polícia Federal para quem precisa tirar seu passaporte, além de serviço de van com saídas diárias para o aeroporto de Confins.

Tudo isso com um único objetivo: dar ao cliente toda a comodidade e agilidade que ele precisa e merece. Afinal, nada é melhor que viajar na ClasseVip.

Os empresários Ciene Ribeiro e Eduardo Braga

Ciene e Eduardo com equipe de trabalho, Bruno e Paula

Page 18: Revista Movimento - outubro 2009

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Pense em um brinquedo bacana, capaz de agradar em cheio nesse Dia das Crianças. Seja para menino ou menina, de qualquer faixa etária, pode saber que

este presente perfeito vai estar na Graffite, que tem a maior variedade em brinquedos da cidade.A nova loja – um amplo espaço na Av. Minas Gerais, quase em frente ao Mergulhão – reflete toda a qualidade e diversidade de produtos que a empresa oferece. Ambientes climatizados (nas três lojas) e a facilidade de estacionamento garantem mais comodidade e conforto aos clientes.

Com 45 anos de tradição em bons produtos e preços baixos, e três lojas muito bem localizadas na cidade, a empresa oferece aos seus clientes o que há de mais moderno em:

*móveis e equipamentos para escritório*suprimentos de informática*malas e bolsas*brinquedos*papelaria.

Em todos estes segmentos, a Graffite trabalha com as mais variadas marcas, praticando sempre o melhor preço da região. Além do

varejo, nos três endereços centrais, a empresa possui um centro de distribuição localizado no Distrito Industrial voltado para o mercado atacadista.No segmento de móveis e equipamentos, a Graffite dispõe inclusive de profissionais que projetam a distribuição do mobiliário e montam todo o ambiente. Em uma iniciativa de grande responsabilidade social, na nova loja, uma parceria com artistas plásticos consagrados da cidade mantém exposição permanente de trabalhos desses artistas como opções decorativas para ambientes de trabalho e domiciliares.

Quem quer qualidade, escolhe a Graffite

Av. Minas Gerais, 945 - Centro - Tel.: (33) 3271-8827Bárbara Heliodora, 486 - Centro - Tel.: (33) 3212-5700

GV Shopping - Tel.: (33) 3271-4042

Page 19: Revista Movimento - outubro 2009

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CLÁUDIA GIACOMINIMestre em OrtodontiaEspecialista em Prótese e Oclusão DentáriaPós-graduada em OrtodontiaPós-graduada em Odontologia do Sono

Uns dormem outros... nem tanto

Não há quem consiga dormir direito quando tem um parceiro que ron-ca. Relatos dão conta de que, em

casos extremos, as paredes do quarto chegam a vibrar devido ao estrondoso som. O inconveniente pode ser pivô de separação, quando não, a opção tem sido dormir em quartos separados.

Estima-se que a cada 10 pessoas que roncam 9 são homens e somente uma é mulher. O motivo parece ser hormonal e constitucional. A distribuição da gordura masculina é diferente nas mulheres, pois acumula-se na região central do tronco. Mas as mulheres também roncam, às vezes tão alto quanto eles, e a probabili-dade aumenta após o período da meno-pausa, possivelmente pela perda relativa dos hormônios femininos.

O ronco pode ser leve (o som é baixo), moderado (som percebido através de uma parede), alto (pode ser ouvido de uma distância longa). A estatística mais utili-zada é que 30% da população mundial ronca (ronco primário e como sintoma de Apnéia/Hipopnéia).

O ROncO

Ronco é um dos principais sinais da Síndrome da Apnéia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono, que é caracterizada pela com-pleta obstrução da passagem do ar pelas vias aéreas. Ocorre inúmeras vezes du-rante o sono e leva, com isso, a uma fragmentação do sono e diminuição da

oxigenação. Como a concentração de oxigênio diminui, o sangue passa pelo pulmão para captar esse oxigênio e levá-lo para os outros órgãos e tecidos, tor-nando essa missão menos eficiente. O coração precisa aumentar a freqüência cardíaca, para dar conta da sua tarefa.

Como consequência, o indivíduo apre-senta hipersonolência diurna, deteriora-ção da capacidade intelectual (memória fraca, dificuldade de concentração, etc.), podendo gerar, também, hipertensão ar-terial e alterações da freqüência cardía-ca.

O aleRta

Antigamente, roncar era visto como sinônimo de sono profundo e até de boa saúde. Mas isso é uma lenda popular. O ronco é justamente o contrário: mostra que alguma coisa pode estar errada, já que não é normal. Tirando o aspecto ge-nético - quando o indivíduo herda dos pais ou avós uma alteração no aparelho respi-ratório -, o ruído pode indicar que a pessoa deve ficar atenta aos vícios que possui, e com a própria saúde. O ronco é uma patologia, um aviso de que algo está er-rado. E somente há pouco tempo as pessoas começaram a perceber isso.

tRataMentO

Muitas vezes os indivíduos acham que não existe tratamento e se acomodam, tornando o ronco uma rotina. Mais impor-tante que o diagnóstico é a consciência de que existe tratamento.

Os aparelhos intraorais têm sido o tratamento de eleição para os diagnósticos de ronco primário (sem envolvimento de apnéia) e de apnéia leve à moderada.

Os aparelhos devem estar bem adap-tados, avançando a mandíbula do pacien-te gradativamente, até eliminar totalmen-te os ruídos.

O uso é feito enquanto o indivíduo está dormindo. E o ronco é eliminado tornando o ato de dormir bem menos barulhento.

Av. JK, 1240 - Vila Bretas | (33) 3277-8451Rua da Mica, 91 - São Raimundo | (33) 3278-1725Rua Oswaldo Cruz, 193 - Centro | (33) 3271-6792

Especializada em cuidar de você

Dra. Claudia Giacomini

cuRiOsidade

Uma pesquisa feita pela Universi-dade de Surrey, no Reino Unido, reve-la que as mulheres perdem até cinco horas de sono por semana, devido ao ronco do parceiro.

Aparelho A-test*

Page 20: Revista Movimento - outubro 2009

20

Além da beleza, a opção por uma cirur-

gia plástica envolve questões como saúde,

auto-estima, e por isso mesmo deve ser

fruto de um criterioso planejamento. Antes

de mais nada é preciso ter em mente que

não existe mágica ou milagre, e o processo

de recuperação, como o de qualquer outra

cirurgia, inclui inchaço, dores, hematomas,

sem falar em alimentação controlada,

cintas compressoras, faixas, gesso e cura-

tivos. Por isso mesmo, alguns cuidados são

essenciais para garantir e até ampliar o

bom resultado da cirurgia.

Fazer drenagem linfática é um desses

cuidados. A partir do quarto ou quinto dia,

especialmente no primeiro mês, ela é um

grande benefício, desde que realizada por

profissionais capacitados. Exercícios físi-

cos também são benéficos, desde que

iniciados no tempo certo, sob orientação

médica e obedecendo um ritmo gradativo.

Não é – nunca – o caso de sair do centro

cirúrgico para a academia. Geralmente, no

caso de lipoaspirações, em torno de quatro

semanas após o procedimento já é possível

começar a se exercitar. A maior parte das

cirurgias prevê um período entre 60 e 90

dias antes de começar a atividade física.

A liberação para malhar é uma decisão do

médico.

Uma vez liberada, é hora de escolher o

tipo de exercício. E alguns deles proporcio-

nam benefícios bem específicos. As op-

ções são muitas, como o Power Jump, que

utiliza minitranpolins elásticos para séries

que incluem saltos, movimentos de corrida

e movimentos de braço, perna e tronco. O

equipamento amortece boa parte do im-

pacto sobre joelhos e tornozelos, e os

exercícios realizados beneficiam os mem-

bros inferiores, além de queimar até 500

calorias em uma aula.

Outra opção é o Body pump, que utiliza

barras e anilhas (pesos redondos com um

furo no meio) para trabalhar todos os mús-

culos do corpo, com técnicas de levanta-

mento de peso e elevado número de repe-

tições para garantir um corpo magro e

modelado, além de melhorar o sistema

cardiorepiratório, aumentar a resistência e

previnir o enfraquecimento dos ossos.

Quem gosta de mais “ação”, pode optar

pelo Body Combat, atividade que usa os

movimentos de boxe e artes marciais, gi-

ros, pulos e balanços do corpo, além de

socos e chutes. Os que não temem esforço

complementam a atividade com séries dos

clássicos abdominais, que feitos de forma

correta, ajudam a emagrecer, melhoram o

condicionamento físico, dão agilidade e

ainda desenvolvem tronco e braços sem

proporcionar, no entanto, um aumento

exagerado da musculatura.

Seja qual for a escolha, uma coisa há

de ser observada. Todo exercício deve ser

recomendado, orientado e acompanhado

por profissionais especializados, para que

posso ser obtido o máximo proveito, sem

riscos de lesões. Afinal, nada combina mais

com beleza do que a saúde.

Exercite sua belezaATIVIDADE FÍSICA NO PÓS CIRÚRGICO É ESSENCIALPARA POTENCIALIZAR RESULTADOS

Page 21: Revista Movimento - outubro 2009

21

Page 22: Revista Movimento - outubro 2009

22

ARQUITeTURA

SinaisEm maio último, Peter Zunthor foi a Buenos Aires receber

o mais importante prêmio de arquitetura, o “Pritzker”, uma espécie de Nobel da arquitetura.

Zunthor é um arquiteto suíço que vive e trabalha há mais de 30 anos em Haldenstein, uma minúscula vila suíça.

Incluir Peter Zunthor nesse panteão da arquitetura é uma ruptura com a linha das premiações recentes, como Jean Nouvel, Zaha

Hadid, Herzog & Meuron e Rem Koolhas entre outros *, que realizam em ge-ral, interferên-cias monumen-tais e visioná-r ias em suas obras.

Zunthor é um artesão da

arquitetura, com intervenções minuciosas, em espaços deli-mitados. Essa ruptura já vinha se mostrando e se cristalizando quando Paulo Mendes da Rocha recebeu o Pritzker em 2006. Nosso arquiteto paulista (na realidade, capixaba) faz uma ar-quitetura sóbria, limpa e precisa, sem ornamentos.

Os critérios de Pritzker devem ter sido influenciados pelo mo-mento da crise econômica. “Back to basics” ou “Less is more.”

No mundo inteiro, diversas cidades tinham passado a adotar a arquitetura como marketing: primeiro Paris, depois Dubai, Kuala Lampur, etc, etc.

Edificações pantagruélicas se espalharam pelo planeta, e tanto a escala humana, como o conceito de boa arquitetura foram deixados à margem. Alguma coisa me parecia errada. Era uma bolha.

Com a crise surgiram as primeiras fissuras do modelo.

Dubai evidencia tais fissuras. Inúmeros canteiros de obras paralisados, hotéis desertos, inclusive o famoso Burj Al Araf em forma de veleiro de vidro. No Hotel Atlantis, construído numa ilha artificial, ao custo de 1,5 bilhão de dólares, o teto do saguão está caindo aos pedaços. Dizem que Dubai é como uma miragem: você acha que avistou água, mas quando chega perto vê que é só areia.

Segundo Johann Hari “Dubai é como uma metáfora viva do mundo globalizado neoliberal, que pode estar desmoronando”.

Os sinais da mudança de rumo estão ficando claros. Um pequeno exemplo: a revista “Projeto Design”, especializada em arquitetura, que vinha embalada nessa tendência de somente valorizar arquitetura midiática, na edição de junho-09, começou a se redimir. Traz uma entrevista com o jovem arquiteto para-guaio - sim, paraguaio - Solano Benitez, vencedor do concurso BSI Swiss Architetural Award de 2008. Seu principal mérito: pesquisa, muita pesquisa com materiais tradicionais (tijolos, inclusive) que ele usa em seus projetos sempre muito criativos. A edição traz, também, na contramão do “Star System”, três pequenos centros culturais em cidades do interior do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, com arquitetura precisa, correta e plena de boas idéias.

“AU”, outra publicação sobre arquitetura, tem seguido o mesmo caminho. Espero que seja uma mudança de rumo que tenha vindo para ficar.

Quando a crise passar, não se trataria de voltar ao estágio em que estávamos, mas sim de dar um passo, de verdade, à frente. No auge, pecamos pelos excessos. Quando em baixa, corrige-se.

(*)Niemeyer em 1988 e Paulo Mendes da Rocha em 2006 receberam a honraria.

“Ontem não é uma etapa que teríamos ultrapassado, é uma pedra de velhos caminhos repisados pelos anos; faz parte irremediavelmente de nós, que a carregamos conosco, pesada e ameaçadora.” Beckett

Adolpho Campos

Page 23: Revista Movimento - outubro 2009

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Page 24: Revista Movimento - outubro 2009

24

adjetivO: bom, excelente, forte, supimpa. Sf: grande cacete, bengalão. S. chulo: namoro escandaloso. S. chulo: orgia sexual em que participam mais de duas pessoas; surubada, bacanal.

SURUBAadOlphO caMpOs

palocci x Francenildo

Um leitor da Folha acha, ao contrário do ministro Marco

Antônio Mello, que o Supremo Tribunal Federal esteve cor-

reto ao livrar Antônio Palocci de ser processado criminalmen-

te pela quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo

Costa. Segundo o leitor, o caseiro, sim, é quem deveria ser

severamente punido por quebrar o Código de Ética dos ca-

seiros, revelando segredos sobre farras e arranjos de que

Palocci participava “naquela” casa em Brasília. “A Justiça

foi leniente com o caseiro”, afirma ele.

internet i

Esqueça os sites de relacio-

namento, Orkut etc. Saia do

Twitter, vá se encontrar com al-

guém de carne e osso.

internet ii

Por falar em computador, deu

na coluna do José Simão:

Aviso na internet: Se você re-

ceber um e-mail intitulado “Fotos

de Dilma Roussef Nua” não

abra!

Pode realmente conter fotos

da Dilma Roussef nua.

Marcelo d2

Um tal Jorge, amigão há mui-

tos anos de Marcelo D2, conta que

quando o amigo ainda era um

desconhecido, e lhe mostrava uma

boa música, ele dizia: “Esta mú-

sica vai pegar.”

E Marcelo D2, animado: “Você

acha?”

- “Ah vai! Vai pegar uns 20 anos

de cadeia.”

imodéstia

Frank Lloijd Wright, o grande arquiteto, projetou o

paradigma dos museus, o Guggenheim de Nova York.

Durante um processo lhe perguntaram quem era e o

que fazia. Ele teria dito: “Eu sou o melhor arquiteto do

mundo.”

O juiz: “É muito modesto.”

Wright: “É que eu jurei dizer a verdade, só a verda-

de, e nada mais que a verdade”.

lei desrespeitadaTem edificações no centro da ci-

dade com 4 pavimentos ocupando

quase 100% do terreno, infringindo a

legislação.

Quero isonomia nos meus próxi-

mos projetos.

Mas abro mão da isonomia na

hora de pagar propina.

Minha homenagem à Tereza Fabiana, Frederico, Robenízio e colegas da Glopau que nada têm a ver com essa história

De um cara com expressão de tédio, ao amigo, num bar

quase vazio:“Tem dia que de noite

é foda!”

Page 25: Revista Movimento - outubro 2009

25

ADOLPHO CAMPOS BetO saRtORi

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terremoto

O Centro Sísmico Nacional detecta um terremoto iminente no interior do Ceará. Envia telegrama à delegacia de policia de Icó.

- Urgente! Possivel movimento sísmico na zona. Muito perigoso: Richter 7. Epicentro a 10 km da cidade. Tomem medidas e informem resultados.

Uma semana depois, o Centro Sísmico recebeu um telegrama com a resposta :

- Aqui é a policia de Icó. Movimento sísmi-co totalmente desarticulado. Richter tentou se evadir e foi abatido a tiros.

Desativamos as zonas e todas as prosti-tuas estão presas. Epicentro, Epifania, Epiclei-son e os outros irmãos estão detidos. Não respondemos antes porque teve um terremo-

to da porra aqui.

Mineirinho

O mineiro foi fazer exame de próstata. Durante o procedimento ele disse:

- Num tô guentando, dotô, vô gritá!- Melhor não. A recepção está lotada de

pacientes e vai ficar mal pra você.E continuamos o exame.- Dotô, eu vô gritá!O médico, impaciente apelou:- Grita, então!E o mineirinho:

- Ô, trem bão, sô!

Outra do duke

pré-sal

Nosso atraso é desanimador! Agora, temos

de novo, no episódio do Pré-sal, aquele nacio-

nalismo idiota que é sinônimo de retrocesso.

Samuel Johnson já dizia que patriotismo é o

“último refúgio dos canalhas.”

Woodstock - 40 anos

Vi, dia desses, na TV o depoimento

de um velho hipye sobre o Festival de

Woodstock que completou 40 anos:

“Quem diz que esteve em Woodstock, e

se lembra de alguma coisa que aconte-

ceu lá, não esteve em Woodstock.”

populações

Leio no jornal que, segun-

do o IBGE, Ipatinga deve alcan-

çar no próximo censo 262 mil

habitantes. Já tem, ou terá em

breve, população maior que a

de Valadares. Ruim para Ipa-

tinga, bom para nós. Aumentar

população não traz vantagem

alguma. Fiquei sabendo, tam-

bém, que as populações de

Salvador e Fortaleza ultrapas-

saram a de Belo Horizonte.

Bom para BH, grandes popu-

lações só trazem aumento de

violência, com bolsões de

pobreza.

Segundo Millor “pobre

transa muito.”

escócia

O whisky Johnnie Walker, que começou a ser

fabricado ainda no século XIX na Escócia, já era.

Agora, só paraguaio, carinhosamente chamado

de Juanito Caminante.

poupança

O Governo resolve taxar as maio-

res poupanças. Sobrou para a Mu-

lher Melancia, Mulher Jaca, Valeska

Popozuda...

Frase de Peessedebista (Tucano)

“Vingança é um sentimento vil, mas, ainda assim, assistir

o PT defendendo o Sarney não tem preço.”

Page 26: Revista Movimento - outubro 2009

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Márcio – deputado, a sua origem... sabemos que é evangélico, político...Mas como começou seu projeto político, de onde você vem?

adolpho – Onde nasceu?Leonardo – Nasci em Brasília e depois

morei em Coronel Fabriciano, até os 9 anos.

Meu pai sempre participou da política local,

sempre ajudando, à época, o Carlos Cota,

Tancredo Neves... Na época da candidatura de

Tancredo ao governo de Minas, meu pai traba-

lhou muito lá na região, com o Carlos Cota. E

eu cresci nesse ambiente, vendo a política.

Me lembro que, tendo algo em torno de sete

anos de idade, de ter dito: “Ô, pai, quando eu

crescer quero ser político”. Aí eu cresci (risos)

e virei político (risos).

adolpho – vamos fazer uma cronologia. em Fabriciano, até os 9 anos...

Leonardo – Então me mudei para Belo

Horizonte, onde morei até os 16 anos. Me

mudei depois para os Estados Unidos, onde

morei até os 24 anos. Fiz High School, traba-

lhei num banco...

adolpho – você só fez graduação?Leonardo – Só graduação. Estudei um ano

na Suécia, depois de graduado, mas não foi

uma pós-graduação – era uma especializa-

ção.

adolpho – isso tem que ficar bem claro, porque essa história de currículo acadêmi-co, ultimamente, está dando muito proble-ma (risos). a dilma e o serra que o digam. Mas, e aí, deputado?

Leonardo – Voltei no ano de 1999. Em

2000 me casei e me candidatei a vereador,

em Belo Horizonte. E ganhei...

Márcio – sem um embasamento políti-co... sem um trabalho?

Leonardo – O pessoal votou em mim porque

fui pra rua pedir voto...meu pai, muito conhe-

cido, me ajudou muito. Tive, em Belo Horizon-

te, 9.887 votos.

adolpho- Onde era a sua base? Zona sul?

Leonardo – E não tinha base. Dividi a cida-

de em suas várias regionais, e montei um

núcleo político em cada uma delas. Tive 1.500

votos em uma, 700 na outra...

lincoln – Foi um trabalho ligado à igreja, pelo fato de você ser evangélico?

Leonardo – Não foi muito, não. Eu não era

muito conhecido nas igrejas, não sou pastor

e nem meu pai é. Meu pai é Batista, e eu sou

Presbiteriano. Ganhei aquela eleição porque

pedi voto. E eu não sabia das dificuldades da

política.

adolpho – tem aquela frase filosófica: “sem saber que era impossível, fui lá e venci”.

Leonardo – Acho que é isso. Depois me

candidatei a deputado estadual e tive 60 mil

votos.

adolpho – Foi em seguida?Leonardo – Em seguida. Dois anos de ve-

reador, e nova candidatura. E fiz do mesmo

jeito de quando fui candidato a vereador: co-

mecei a andar por Minas Gerais pedindo voto.

Fui deputado estadual por quatro anos e me

candidatei a deputado federal, vou me candi-

datar de novo, e depois me candidatarei a

prefeito de Belo Horizonte.

adolpho – sua candidatura a prefeito de Belo horizonte, com a quantidade enorme de votos que você teve, mudou seu patamar político, não?

Leonardo – Eu nunca tinha tido exposição

na mídia. Como candidato a prefeito de Belo

Acho que todo político tem que sonhar em ser

presidente da República. E eu sonho ser.

leonardoQuintão

Page 27: Revista Movimento - outubro 2009

27

Horizonte, eu tive 500 e poucos mil vo-

tos, no primeiro turno, e no segundo

turno, mesmo com todo trabalho político

que o adversário fez, tive 530 mil votos.

Aumentei minha votação no segundo

turno, em cerca de 30 mil votos.

lincoln – a sociedade reclama uma renovação no plano político, tendo em vista principalmente o desgaste da classe política tradicio-nal. você está formando uma nova geração, com sua formação profissional em outro país, outra experiên-cia... a sociedade anseia por uma nova forma de fazer política. como você se en-xerga nesse processo, mes-mo que, eventualmente, tenha que usar ferramentas da política tradicional?

Leonardo – Vejo assim: se

for necessário, para ganhar,

mentir, usar de artimanhas do

poder econômico, eu não vou

fazer. Não vou mentir para ga-

nhar. Não vou fazer acordos

políticos ilegítimos, ou que não

possa cumprir. E foi assim na

eleição em Belo Horizonte. E,

politicamente, quem ganhou

aquela eleição fui eu. Se você

olhar a estrutura política que eu

tinha, comparada à do prefeito

eleito... Ele gastou 30 milhões

de reais. Eu gastei R$3,5 mi-

lhões. E eu não tinha apoio da

Prefeitura, do governo do Estado, e do

governo federal, como ele teve...

Márcio – Mas alguns ministros te apoiaram...

Leonardo – O Hélio Costa me apoiou.

O governo federal, no segundo turno,

apoiou o Márcio Lacerda. O Hélio Costa

me apoiou desde o primeiro momento.

Ele abriu meu programa eleitoral. Era

uma campanha difícil, e eu sabia o que

iria enfrentar. Enfrentei e enfrento de

novo, sem medo. Pode vir do jeito que

vier. Agora, eu não menti para ganhar

eleição, não falei que ia fazer “Corta

Caminho”, que ia fazer vários túneis em

Belo Horizonte... E nada disso vai ser

feito. Então, o povo vai ver isso. Agora

estou lutando por Belo Horizonte na

questão do metrô. Criei, na Câmara,

sendo da Comissão de Transportes, uma

subcomissão para analisar todo o trans-

porte de passageiros, sobre trilhos, no

Brasil. Estou me tornando um especialis-

ta em metrô. Visitei o metrô do Rio, de

São Paulo... e agora vamos visitar Brasí-

lia, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba,

e na semana que vem vou para a Coréia,

visitar o trem-bala de lá.

adolpho – as obras do metrô de Belo horizonte começaram em 1981...

Márcio – a única coisa que sai a toque de caixa, mesmo, é a sede ad-ministrativa do governo...

Leonardo – Aquilo é um exemplo

clássico de prioridade administrativa. O

governo do Estado priorizou aquela obra,

e isso mostra que dinheiro tem. É uma

obra que vai juntar toda a administra-

ção...

Márcio – R$ 1,2 bilhão...Leonardo – R$ 1,5 bilhão...

adolpho – Mas não é uma coisa que dá para comparar, porque aquela obra também é necessária. e também R$ 1,5 bilhão não resolve o problema do metrô...

Leonardo – Ajuda bem! As duas linhas

que faltam estão orçadas em R$ 3,5 bi-

lhões, mas com R$ 1,4 bilhão o metrô

passa a transportar mais 300

mil passageiros. Agora, não dá

mesmo para comparar, e espe-

ro que a sede administrativa

venha trazer mais eficiência

para o governo.

(Paula Greco chega atrasa-

da, e o Lincoln e o Márcio fazem

para ela um retrospecto da en-

trevista até aquele momento).

Lincoln acrescenta:

lincoln: começamos a falar de política, e o deputa-do, agora, depois da campa-nha vitoriosa em Belo hori-zonte, é uma grande lideran-ça, até em nível nacional...

Leonardo – Hoje, no PMDB

mineiro tem o Hélio Costa, e eu

já falei: se o Hélio Costa não

quiser ser candidato ao governo

mineiro, eu quero (risos). E a

gente bota o PMDB no segundo

turno. Ganhar tá na mão de

Deus. Se me derem oportunida-

de, eu vou.

lincoln – e coligação com o pt, vai ter?

Leonardo – Vai. O PT vai nos

apoiar, vai apoiar o Hélio Cos-

ta.

Márcio – peraí: mas e se o patrus sair candidato?

Leonardo – Não sai, não. O presiden-

te Lula é quem vai decidir a questão em

Minas Gerais. E já está decidido.

Márcio – e o pMdB vai apoiar o (a) candidato (a) do lula à presidência?

Leonardo – Vai apoiar o candidato do

Lula. Minas Gerais é, hoje, o estado mais

importante para o PT. Se o PMDB de Mi-

nas não apoiar o presidente Lula, abre-se

se o hélio costa não quiser ser candidato

ao governo mineiro, eu quero.

Page 28: Revista Movimento - outubro 2009

28

uma dissidência no partido de 70%. Se

não houver acordo em Minas, vários

outros estados abrem dissidência. Mi-

nas é o fiel da balança. Lula já conversou

com Patrus, semana passada, chamou

o Pimentel e já falou: “Minas Gerais eu

é que vou decidir”. Agora, se Hélio Cos-

ta for vice da Dilma, aí podemos apoiar

o PT em Minas, provavelmente com o

Patrus.

lincoln – patrus tem mais chance que o pimentel?

Leonardo – Patrus agrega mais.

Chega o Ramalho, para fazer fotos;

Márcio- vamos falar de Governador valadares?

Leonardo – Valadares! Em Valadares

eu tive 1.500 votos, quando fui eleito

deputado estadual, e comecei a traba-

lhar pela cidade...

lincoln – O sogro (Renato Fraga) ajudou?

Leonado – Ajudou. Mas naquela

época o Renato foi candidato a deputado

federal e havia um acordo com o Jayro

Lessa. E acordo político tem que ser

cumprido. Então, quem me arrumou

esses votos foi minha sogra (risos). Logo

após isso, o Jayro tinha falado que ia se

afastar da política, e o “Seu” Renato

passou a não ter aquele compromisso,

e passou a me ajudar. E o Jayro é meu

amigo pessoal, grande pessoa, grande

figura. Mas eu consegui para Valadares

a obra do IML, uma demanda antiga, e

pela qual eu lutei, e ela aconteceu, com

a doação pela Univale, do terreno. Foi

um trabalho meu. Consegui também

recursos da ordem de R$ 300 mil para a

Ibituruna (a estrada). Conseguimos, tam-

bém, R$ 200 mil para o Hospital Munici-

pal. Então, para 1.500 votos, penso que

foi bom (risos). Depois, com o apoio do

“Seu” Renato, passamos para 7.500

votos, para deputado federal. Aí, aumen-

ta a responsabilidade. Conseguimos

aumentar o Pró-Hosp, equipamentos de

Raio X, temos sempre ajudado o Hospital

Samaritano, conseguimos o credencia-

mento da Oncologia... e agora estamos

tendo a oportunidade de alavancar o

projeto do Estádio Universitário. Esse

estádio vai trazer muito emprego, muito

evento para a cidade. Esse projeto é “a

menina dos meus olhos”. Nós vamos

conseguir os recursos. A pedido do Almyr

e do Edison Gualberto, já conseguimos

os recursos iniciais, com o dinheiro já na

conta. Consegui, agora, para o Hospital

Municipal, R$ 1,5 milhão, uma emenda

que, estou certo, vai ser liberada. Vamos

credenciar o Samaritano, na área de

cardiologia, e na área de implante cocle-

ar (ouvido biônico).

Renato faz uma descrição do proce-

dimento.

lincoln – voltando ao assunto do estádio, para o qual o leonardo con-seguiu os recursos, entendemos que, no momento, é um grande projeto, e quero ressaltar que é uma arena mul-tiuso, com um foco muito grande na questão da inclusão social. isso vai dar uma dimensão maior para a cida-de.

Leonardo – Nós vamos conseguir

esse “trem” aqui...

adolpho – O projeto prevê 2.800 metros quadrados destinados à aca-demia, para fazer laboratórios de nu-trição, de fisioterapia, de direito espor-tivo...

Leonardo – Valadares pode se tornar

um centro de excelência no esporte. Isso

traz eventos, com hotéis lotados, sem-

pre... Qualquer investimento desse tipo

traz retorno para o comércio, o que acaba

revertendo em impostos, para o poder

público. Veja o caso de Ipatinga: o time

foi colocado na primeira divisão.

adolpho – estivemos com o vice-governador, ontem, o lincoln, o toni-nho coelho, o edison Gualberto, e o pleito era que Governador valadares se torne uma das sub-sedes da copa de 2014. ele viu o pleito com muita sim-patia e disse que vai haver um seminá-rio em outubro, em Belo horizonte, para tratar dessa questão. pretendemos ir com uma comitiva até lá, para defender Governador valadares, e esperamos contar com o seu apoio...

Leonardo – Vou lá com vocês. Acho a

idéia fantástica. Mais uma vez, uma idéia

inovadora do nosso companheiro Edison

Gualberto. E ele é do PMDB (risos). Se

trabalharmos bem esse projeto do Está-

dio, isso pode ajudar muito Governador

Valadares.

Márcio – já que você falou em pMdB, você não acha que está pas-sando da hora de o sarney se afastar do senado?

Leonardo – O presidente Sarney já

deu sua contribuição. Eu, na idade dele,

já estaria aposentado...

Márcio – tomando conta dos “Ma-rimbondos de Fogo” dele...(risos)

Leonardo – A vida pública exige de-

mais das pessoas, e devemos aproveitar

um pouco a vida. Quando eu tiver 70 anos

quero estar cuidando do “Seu” Renato

(risos).

Márcio – se o sarney não tivesse o presidente lula, ele já teria sido afas-tado...

Leonardo – Se ele não tivesse o Lula

ele não seria o presidente do Senado

(risos). Acho que, avaliando a história do

Sarney, ele tem mais méritos do que

deméritos...

adolpho – Mas não precisava levar “cartão vermelho” com aquela idade provecta (risos)...

Leonardo – O PMDB, como um grande

partido que é, devia ter candidato a pre-

sidente da República... e na próxima aí...

estou na fila, também...

Márcio – você já tem 35 anos?Leonardo – Vou fazer no ano que vem.

Já posso ser candidato ao Senado. A vida

é muito curta. Já aprendi a ser vereador,

deputado estadual, e já aprendi o que

esse projeto (estádio) é “a menina dos meus olhos”. nós vamos

conseguir os recursos

Page 29: Revista Movimento - outubro 2009

29

precisava aprender em Brasília. Se me derem oportunida-

de, não vou decepcionar. Agora, se for necessário ficar

velho para governar, aí eu não quero.

adolpho – li no jornal que você está processando o tom cavalcanti...É isso mesmo?

Leonardo – O processo está tramitando...

Márcio – eu vi o tom cavalcanti, no you-tube, te imitando. como profissional, ele não pode?

Leonardo – O problema é que sei o que estava por trás

disso. Sei com quem ele esteve no dia da gravação, tenho

fotos. Uma pessoa muito importante, do cenário político

de Minas Gerais, dando gargalhada. Mas, enfim, eu perdi.

Perdi e ganhei...

Márcio – você não deve estar com pressa...Leonardo – Estou com muita pressa! (risos) Imagina

eu sendo prefeito de BH, o tanto que vou poder ajudar

minha querida Valadares...imagina só sendo governa-

dor...

Márcio – como prefei-to de Belo h o r i z o n t e você não vai poder ajudar muito vala-dares...

Leonardo

– Demais da

conta. Basta-

ria eu dar cin-

co telefone-

mas: “Ô, de-

putado, você

vai ajudar Va-

ladares”. Por-

que Valada-

res, Ipatinga,

Coronel Fabriciano são cidades que estão no meu coração.

Em Valadares tenho meu sogro, minha sogra, minha es-

posa, e as pessoas que sempre me acolheram tão bem.

Vou ajudar Valadares, sempre.

Márcio – Qual era a sua coligação em Belo hori-zonte?

Leonardo – Era a maior que tinha: o PMDB e o PPS,

somente. A coligação do Márcio Lacerda tinha mais de 20

partidos.

lincoln – na realidade, e a gente vê pela trajetória dele, é que o leonardo tem carisma, empatia com o público... e é o fato novo, as pessoas te viam como um fato novo na política. por isso, o perigo de você, daqui a pouco, fazer a mesma política antiga, e tirar da sua imagem o fato novo...

adolpho – Me parece que, na realidade, o lincoln está é te cobrando...

Leonardo – A verdade conquista. Falar a verdade, em

qualquer lugar cabe, seja ela boa de ouvir ou não. Ela é

imbatível.

Page 30: Revista Movimento - outubro 2009

30

Márcio – Quem era seu marquetei-ro?

Leonardo – Eu não tinha dinheiro para

pagar marqueteiro. Tinha uma pessoa que

ficava comigo, me acompanhava, mas ela

não é marqueteira. Eu falava assim: “Liga

essa câmera aí, hoje vou falar de saúde”.

E falava de saúde. E eu conheço bem Belo

Horizonte.

Márcio – Mas faltou.Leonardo – Faltou foi dinheiro para

contratar marqueteiro (risos).

lincoln – vamos pra Brasília um pouquinho. como você está vendo este momento político... pré-sal?

Leonardo – Um momento bom para o

país. A Petrobras descobriu petróleo a

7.000 mil metros de profundidade... Isso

é um orgulho para o país, né? Isso nos

dá uma garantia estratégica para o de-

senvolvimento do país, muito importante.

Podemos nos tornar um país mais justo.

Acho que 60 dias para discutir isso no

Congresso pouco. Até porque é um pro-

jeto que vai durar sete anos para explorar

o petróleo.

adolpho – O que você acha da Ma-rina silva?

Leonardo – A Marina, eu acho que é

uma excelente candidata. Todo partido

deveria ter candidato.

paula – principalmente o pMdB...Leonardo – Principalmente o PMDB.

Márcio – tem nomes no pMdB? Leonardo – Tem, rapaz, claro que tem.

Tem eu (risos). Eu me candidato. Põe

qualquer cidadão para falar a verdade pro

povo, conhecendo gente, querendo ajudar

gente, e tendo sido pelo menos vereador,

pode se candidatar a presidente da Re-

pública. O Lula foi torneiro mecânico. Não

se trata de ter experiência administrativa.

Se você precisa de doutor, você contrata;

se precisa de economista, contrata o

melhor. Na política você tem que gostar

é de gente.

Márcio – Qual a sua avaliação do governo lula?

Leonardo – Avaliação boa. Acho que

poderia estar fazendo mais. Acho que

lento. Agora, ele cuida do pobre, e pobre

você tem que cuidar dele.

Márcio – você acha que o serra vai dar chance para o aécio?

Leonardo – Depende da habilidade

dele (Aécio). Não sou do PSDB, mas diria

que São Paulo é metade do país...

adolpho – como você avalia o go-verno do aécio?

Leonardo – Bom. É um bom governo.

adolpho – e como você avalia a possibilidade do anastasia, politica-mente, chegar ao governo?

Leonardo – Ele é uma grande pessoa.

Qualquer um que for apoiado pelo gover-

nador Aécio tem chance. E o vice-gover-

nador Anastasia é uma pessoa de sensi-

bilidade política. Não passou pelos Par-

lamentos, mas é pessoa de muitos méri-

tos. Uma pessoa do bem, e uma pessoa

importante no governo. Já o Aécio tem

uma habilidade muito grande, porque

passou pelo Parlamento. Foi candidato a

prefeito de Belo Horizonte...

Márcio – neto de tancredo ne-ves...

Leonardo – Sim. Neto do Tancredo

Neves. E eu sou filho do Chapelão...(ri-

sos)

adolpho – leonardo, você tendo sido candidato a prefeito de Belo hori-zonte e, segundo você, com sua vitória eleitoral, seu trânsito em Brasília me-lhorou?

Leonardo – Demais da conta. Hoje,

sou gente lá (risos). Hoje estou partici-

pando de dois projetos importantíssimos

para o país: primeiro essa questão do

transporte sobre trilhos, de passageiros,

nas regiões metropolitanas. Segundo,

um novo Código Minerário. Já estou

discutindo toda a estrutura do DNPM.

Pedi uma audiência pública, vou criar um

grupo de trabalho na Câmara, para fa-

zermos um novo código mineral para o

Brasil. Nosso código é de 1940. Quero

encerrar esse mandato com essas duas

contribuições, principalmente. Outra

coisa que quero fazer, e já falei para o

Michel Temer: vamos criar uma comis-

são especial para analisar a indústria de

cartões de crédito do país. O que os

cartões de crédito estão fazendo com o

povo e com os comerciantes é muito

ruim. E é um duopóllio onde dois cartões

detêm 95% do mercado brasileiro. Nós

vamos mudar essa questão de cartão

de crédito no Brasil. A gente começa a

falar e vai se lembrando. É coisa demais:

estou participando ainda de duas CPIs,

a CPI da Dívida Pública e da CPI da Con-

ta de Energia. Ainda tem o nosso Esta-

tuto de Igualdade Racial. Estou traba-

lhando pra danar, sô!

lincoln – O problema que vejo nisso é a pressão dos lobbys...

Leonardo – Mas a maior pressão é

do povo. Quem trabalha contra o povo

está fadado a perder.

Márcio – a gente percebe corren-tes religiosas na política. evangélico vota em evangélico, católico vota em católico, o crivella é candidato apoia-do pela universal... O que você acha disso?

Leonardo – Isso é democracia. É

válido. Agora, eu não estou indo por aí

na minha carreira política. Tenho minha

fé, sou presbiteriano, mas em campanha

política nenhuma minha você vai ouvir

eu falar que sou evangélico. Na campa-

nha a prefeito de Belo Horizonte eu nem

mencionei isso. Minha fé é minha. Agora,

antes de falar na TV, eu orava a Deus.

lincoln – Quem é seu grande ídolo na política? Quem você admira?

Leonardo – Na política? Admiro mui-

to o Lula. Ainda sou novo, não lembro do

Getúlio, do Juscelino... Agora, você go-

vernar hoje é muito mais difícil do que

antigamente, quando você podia fazer

tudo. Hoje tem Ministério Público, Tribu-

nal de Contas da União, tem o Ibama.

adolpho – É a democracia.

O presidente sarney já deu sua contribuição. eu, na idade dele, já estaria

aposentado...

Page 31: Revista Movimento - outubro 2009

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Márcio – saiu uma estatística re-cente que aponta valadares como a segunda cidade mais violenta, entre os adolescentes do Brasil, proporcio-nalmente. depois de Foz do iguaçu. a solução para isso seria abaixar a idade de responsabilidade criminal, ou inves-tir maciçamente em educação?

Leonardo – Investir em educação,

em qualificação. Fazer o que estamos

querendo fazer com esse espaço mul-

tiuso (Estádio) aqui. Dar atividade para

o jovem. O grande problema que eu vejo

é o desarranjo familiar...

paula – valadares tem uma situa-ção sui generis, tendo em vista a emigração. e não tem, na verdade, uma ocupação para a juventude. não existe uma política para a juventu-de.

adolpho – penso que o leonardo falou, aqui, uma coisa importantíssi-ma. a família, aqui no Brasil, está se dissolvendo...

Leonardo – Acho que o governo devia

investir, agora, na família. Políticas de

valorização da família. Em Belo Horizon-

te estou participando de um projeto

junto com a CDL, onde coloquei R$ 4

milhões. Estamos qualificando 35 mil

jovens em Belo Horizonte. Qualificação

profissional. O jovem quer um emprego

e, para ter, tem que se qualificar. Se você

der condição para uma pessoa ela vai.

Oportunidade, profissão.

paula – e existe mercado de traba-lho?

Leonardo – Tem. Falta mão-de-obra

qualificada no Brasil.

Márcio – Fiz uma pesquisa na inter-net, antes de vir para a entrevista. e vi lá que o Márcio lacerda, na campa-nha, te argüiu com relação ao diploma de economista. sobre a regularização do seu diploma.

Leonardo – Realmente, eu não fiz isso,

porque inclusive eu não exerço a profis-

são de economista. Nem tenho a inten-

ção. Tentei fazer isso na UFMG, mas tinha

que fazer dois semestres lá. Mandei meu

diploma para o Consulado de Miami, eles

carimbaram meu diploma, depois de ve-

rificar na Faculdade se ele era verdadeiro.

Hoje, tenho o diploma carimbado, e no

último debate eu o entreguei para o Már-

cio Lacerda. Sou formado em economia,

de fato. A coisa foi tão pesada que eles

contrataram “arapongas” aqui no Brasil,

grampearam todos os meus telefones,

contrataram uma agência de espionagem

para atuar aqui no Brasil e nos Estados

Unidos. Eles têm um dossiê enorme da

minha vida. Só acharam essa questão do

diploma. Sou um santo! (risos)

adolpho – O Márcio, antes da en-trevista, falou comigo que ia te pergun-tar quantas bundas você ia chutar – (referência à frase dita por leonardo na campanha) – (risos)...

Leonardo – Ah, rapaz, esse negócio

de chutar bunda (risos) se refere mais a

uma expressão que se usa muito nos

Estados Unidos. Sou muito extrovertido

e, numa Convenção em Ipatinga, estava

ao telefone e disse mesmo: “Vamos

chutar a bunda dos corruptos, dos la-

drões, dos bandidos”. Então, usaram

isso, e de fato me atrapalhou. Mas não

foi isso que me derrotou. Quem me der-

rotou foi a “máquina”.

Márcio – não vejo máquina como grande cabo eleitoral.

todos – Que é isso Márcio? Márcio – O Fassarella e o Mourão

perderam com a máquina na mão.

eu não tinha dinheiro para pagar

marqueteiro... eu falava assim: “liga essa

câmera aí, hoje vou falar de saúde”.

Page 32: Revista Movimento - outubro 2009

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paula – a máquina tanto pode aju-dar como derrubar.

Leonardo – Você acha que a Dilma

teria a votação que ela apresenta nas

pesquisas, sem a máquina? É a máqui-

na.

adolpho – pensei que o leonardo ia falar que os números da dilma nas pesquisas se devem à sua simpatia... (risos)

Leonardo – Simpatia ela não tem ne-

nhuma.

adolpho – O leonardo está olhando o relógio. deputado, você teria alguma coisa, em especial, para falar?

Leonardo – Valadares, é o seguinte:

vou apoiar, aqui, a Univale no que precisar,

especialmente no que se refere à Educa-

ção a Distância, e este projeto que é a

“menina dos meus olhos”, do espaço

multiuso que é o Estádio, a Arena Multiu-

so. Vou trabalahr por isso. Vou apoiar

também a saúde com a prefeita e com o

Hospital Samaritano. O Samaritano vai

“estourar” nos próximos dois ou três

anos. Será o melhor hospital da região.

Estou trazendo mais recursos para Vala-

dares do que qualquer outro político.

lena – por que alguns deputados conseguem mais verbas, e outros não? O leonardo Monteiro também tem conseguido...

Leonardo – O Leonardo trabalha mui-

to...

adolpho – como é o seu relaciona-mento com ele?

Leonardo – Excelente. Gosto muito

dele. Agora, eu tenho uma peculiaridade:

sou votado em grandes centros, Belo

Horizonte, Valadares, Ipatinga. Então, fica

mais fácil ajudar Valadares, não tenho que

dividir muito minhas verbas. Agora, tem

que ter projeto. Você vai pedir recursos

para o governo: “Tem projeto”? Projeto

malfeito não serve. Agora, este projeto

aqui da Arena Multiuso (Estádio) é o me-

lhor possível. Não sei quem fez (olhando

pro Adolpho) (risos)...

adolpho – O edison Gualberto, que é vice-presidente da assembléia da

FpF, o toninho coelho, presidente da assembléia, o lincoln Byrro, presidente do conselho de curadores, e eu estive-mos com o vice-governador anastasia, numa agenda curta mas proveitosa, pro-videnciada pelo subsecretário Mourão, para falarmos do estádio. levamos uma “boneca” do livro que estamos produzin-do para “vender” o estádio, e o vice-go-vernador ficou bem impressionado. nós dissemos para ele que Governador vala-dares não tem uma âncora, e o vale do Rio doce está empobrecendo, e que a cidade precisa desse estádio até para elevar a autoestima do valadarense. Me parece que ele gostou da idéia.

Leonardo – Vou com vocês no Simpósio

para tentarmos fazer de Valadares uma das

subsedes da Copa. Veja bem: tem o Leonar-

do Monteiro, o Leonardo Quintão e, se cada

um de nós colocar R$ 2 milhões ou R$ 3

milhões por ano, a gente faz essa obra. Tem

deputados estaduais que podem entrar

nisso, outros federais. Vamos dar o pontapé

inicial. Ano que vem vocês podem contar

com mais R$ 1,5 milhão meus.

Márcio – diz o leonardo Monteiro que vai colocar R$ 1,5 milhão.

Leonardo – Só aí, R$ 3 milhões. Tem

deputados estaduais, tem a prefeita, que é

amiga da Dilma, tem o Mourão, que é amigo

do governador...

adolpho – leonardo, ando, como va-ladarense, muito preocupado com nossa cidade. se você fosse prefeito de vala-dares, qual seria seu foco, em que você investiria prioritariamente para a cidade

sair desse imobilismo?Leonardo – Temos que ter alguma coisa

para atrair atividades para cá. Temos que

ter pessoas qualificadas para gerir a cida-

de. Eu investiria na qualificação técnica...

Márcio – você acha que tem possi-bilidade de vir, ainda, o projeto da ara-cruz?

Leonardo – Tem. Tem sim. A crise afe-

tou muito a Aracruz. E o povo não está

bobo, não. O pobre é muito mais esperto

do que a classe média. A classe média é

influenciada por informação errada, que

chega pra ela. Qualquer coisa que a classe

média lê no jornal ela acredita. O povo vê

e fica matutando. A classe média, não. Lê

e diz “Que absurdo! Quintão chuta a bun-

da” (risos). Perdi em Belo Horizonte na

classe média. No primeiro turno tive 38%

dos votos da classe média, no segundo

turno tive 17%. Mas se eu fosse prefeito

de Valadares, a primeira coisa que ia fazer

era colocar o Renato Fraga do meu lado.

adolpho – O Renato tem uma grande capacidade de gestão.

lincoln – acho que o Brasil está precisando de pessoas com essa garra que o leonardo está nos mostrando aqui. parabéns. acho que a geração que está chegando precisa de políticos as-sim, mais ousados. acho que o caminho está aberto.

Leonardo – Acho que todo político tem

que sonhar em ser presidente da Repúbli-

ca. E eu sonho ser. Outra coisa: Valadares

me deu uma das coisas mais preciosas,

depois do meu compromisso com Deus,

que é a minha esposa. A família do Rena-

to, quem conhece, vê a bênção de Deus

sobre eles. Sou muito feliz por Deus ter

me dado esse presente, e através do amor

que tenho pela Polyana, e pelo “Seu”

Renato e a Dona Carmen, só posso ser

bom. Conheci minha esposa depois que

vim num casamento de um primo aqui em

Valadares, e a sogra dele falou: “Tenho

uma moça boa demais pra te apresentar”.

Naquela época, eu era galã, 17 anos, e

fui pegar um livro em Belo Horizonte, e

nunca mais devolvi o livro. E sempre vou

ajudar Valadares, por essa família mara-

vilhosa: “Seu” Renato, Dona Carmen, a

Polyana. O laço afetivo que tenho com

Valadares é muito grande. Tudo que Vala-

dares me pedir eu vou fazer. E, para en-

cerrar: peço seu voto.

e eu sou filho do chapelão...

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DARLAN CORRêA

Quando a minha segunda filha nasceu, a primeira

estava com um ano e nove meses. Ficava muito

difícil para Stela, com a Juju grudada no peito, cuidar

da maior. Foi então, que a Biju grudou no pai! Tive que as-

sumir papel de pai com mais afinco. Era só chegar em casa,

tomar um banho e, pronto, lá vinha o grudinho... Dessa

época, temos várias fotos dela montada na minha barriga

(que não era tão espetacular...).

O que fazer para distrair aquela criança? Foi então que

eu comecei a inventar estórias. A primeira foi da menininha

que encolhia quando chorava, até ficar do tamanho de uma

formiguinha. Tiro e queda! Era só começar o chorôrô que eu

lembrava da “menininha que encolheu” e ela parava de

chorar... Descobri o poder das estórias! Depois vieram es-

tórias para comer, dormir, tomar banho, tomar remédio...

Não parou mais!

Quando a Juju chegou à idade de ouvir estórias, foi fácil

para ela: enganchou-se também na minha barriga, e pronto!

Tal um pai canguru, eu ficava horas com as duas penduradas

e ouvindo estórias.

Todas as vezes que aparecia um primo ou colega da

escola, lá ia eu contar estórias: “Mas tem que ser inventa-

da, tá, Pai?” E eu apelava para tudo: piratas, ETs, vampiros,

bruxas, gigantes caolhos, anões assassinos... Valia tudo

para distrair a criançada.

Virei um tio muito popular e o contador de estórias oficial

da família.

Durante muito tempo, as meninas dispensaram aniver-

sários caros em casas de festas.

Elas preferiam passar o fim de semana com cinco ou

seis amiguinhas lá em casa, desde que eu, de madrugada,

contasse alguma estória de terror!

Aquela geração hoje está na faculdade (Biju, Juju, Maria

Tereza, Mônica, Pim, Lívia, Alice, Vanessa...) ou se formou,

como o meu afilhado Pedro.

Esta galera vivia me cobrando: “Pô tio, você fica fazendo

livro de contos e crônicas...

Por que não publica um livro infantil?”. Sempre namorei

esta idéia, mas não tinha nada registrado. As estórias in-

ventadas eram orais, nunca as escrevi. Acho até que não

eram tão boas... Na verdade, o que importava era a forma

de contar, com muita gesticulação, caras e vozes... No fim,

claro, um final feliz!

No início deste ano, levei à Editora Univale uma estória

em versos de um garotinho que adoeceu. O Brian, como

sempre, me deu a maior força: “Temos sim um livro infantil!”.

Ficou um impasse: eu não tinha coragem e talento para

ilustrar o livro. Ousei fazê-lo nos livros anteriores, mas um

livro infantil é coisa séria! Tem que ter magia! O desenho é

tão importante quanto o texto. Então o Brian teve a brilhan-

te idéia: “Vamos dar o texto para os alunos da Escola de

Design Gráfico da Univale ilustrar”. Então a professora

Fernanda La Noce e seus pupilos talentosos entraram no

circuito. Bingo!!!!!

Como num filme infantil, a estória foi se materializando

na minha frente!

Agora o livro está pronto: DR. NARIGÃO E SEU AVIÃO

AZUL E DOURADO. Meu primeiro livro infantil, lindamente

ilustrado, graças ao talento dos alunos da Univale.

Acho que a meninada vai gostar!

Leve seu filho ao lançamento. Será no dia 22 de outubro

na Livraria Leitura, às 19h. Vou ficar esperando!

Aí vem Dr. Narigão...

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Foi um sucesso o lançamento da nova coleção da marca Arte do Corpo, especializada em moda praia e fitness. Muita gente foi con-ferir de perto a qualidade do trabalho da empresária Selma Car-valho. E quem esteve por lá confirmou o que as clientes já sabem: impossível não se encantar com a beleza das peças. Biquínis, maiôs, tops e roupas de ginástica de muito bom gosto, caimento perfeito para o corpo da mulher brasileira, e padrão de moda e tendência internacional.

Rua Bárbara Heliodora, 265 - Centro - Governador Valadares

Fone: (33) 3275-3898 / 8413-5510

Lançamento Verão Arte do Corpo

Arte do CorpoModa Praia e Fitness

Ana Tereza e Mila

Alessandra Coelho

Aline Gomes e Ana CarolinaNildéia

Gilvan SparksJamille Lopes Aline Gomes e Luciana

Aline, Ângela e Selma Carvalho Leatrícia Andréia

Selma e Dáustria Furbino

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Quando a intenção é dizer “sim”,o cenário é perfeito.

Josias e seu staffLetícia, Débora e Evelin

Josias, Ap. José Correia, Pr. Alenice e Sílvia

Tatiana Amaro Sílvia, Josias e Bebel Tostes Kiara e Hugo de Paula Josias e Benenice Magalhães

Eliane Salomão e Ana Clara

Josias e Micheline XiblerSílvia, Josias e Pier Angeli

Lena Trindade, Josias, Sílvia, Luíza e Lucas Benício Reis e Almiza

aladares acaba de ganhar uma nova casa de noivas. Josias Noivas Ateliê chega para fazer a diferença, trazendo como marca o talento e o bom gosto do Hair Stylist Josias e seu primoroso staff.“Quando a intenção é dizer sim, o cenário é perfeito”

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Minoru Izawa e Marluce

Dr. Rosângelo Miranda e Juliana, Ricardo Cláudia Starling e Marcos Sampaio

Márcio Aguiar e Sayonara Calhau

Maikon Altera e Joel Lima

Flávio Dsamu e Marcelo Bueno

Zé do Carmo e Elisa Costa

Janderson Lima e Pedro

Marcelo Bueno e Lídia

Mayer Lana e Sara, Andréia Lacerda José Roberto e Mônica Machado Sr. Matusalém Sampaio e Cecília

Pedro Vieira e a filha Luiza, e Vera

Adaílson Cunha e Marta Débora, Ana Lúcia e Marcos Mendes

Sayonara Calhau “bombou” de novo com sua tradicional

festa Aplauso. As fotos mostram o prestígio da colunista.

Aplauso – 2009

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Tininho Machado e Juliana, Bianca

Alexandre e Ana Angélica Mírian Santiago

Gabriel Milbratz e Eusana

Lélio Gimenez, Vanessa e Flávio

Edvaldo Filho e Augusto Barbosa Marcos Almada Pier Angeli

Gilberto Hastenreiter Aldenir, Leon Denis e José G.Sales Shirley Calhau Paulo Augusto e Flávia Reges Salomão e Iraceli Sampaio

Francisco Silvestre e Tânia

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A linda Izabella Bicalho festejou seus 16 anos, festa preparada com todo carinho e esmero pela mãe, a advogada Adriana Bicalho. O Salão de Festas do Edifício Júlio Cipriano ganhou decoração im-pecável de Maristela Chisté, transformando-se em um verdadeiro pedacinho da Índia, onde Adriana e Dr. Alcyr Nascimento recebiam os convidados, junto com Izabella. Um barman preparava drinks e coquetéis para a moçada, e a pista de dança ferveu. O motivo indiano esteve presente também nos trajes dos convidados, todos vestidos a caráter, completando a magia da noite.

Os 16 anos de Izabella Bicalho

Os anfitriões Adriana Bicalho, a aniversariante Izabella e Alcyr Nascimento

Sâmmya Bicalho

Izabella e Cláudia

Adriana, Izabella e Renato Nascimento

Letícia e Paula

Izabella e Ingrid (Balada 10)

Brenda Hastenreiter e João Paulo

Laylla, Sâmmya e Genesis Kallebe Vieira

Adriana BicalhoLaís e Yara A aniversariante com os amigos Sâmmya Bicalho e Manu Bruna e Rayanny

As irmãs Sâmmya Bicalho e Izabella

Gilberto Hastenreiter e Giselle

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a agradabilíssima residência do casal Mirian e célio cardoso ficou ainda mais charmosa decorada por Mirian, para receber muitos amigos em torno do seu aniversário.

Marta, Mirian e Eusana Raquel Faria, Mirian e Priscila Marieta, Lincoln e os anfitriões

Alessandra e Roninho Amaral

Dr. Ronaldo Ramos e Rosário

Lena Trindade e Mírian Jaqueline Célio Cardoso e Mírian Patrícia Leandro Magali Leandro Marum Godinho e Marli

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cirurgião e político Marcílio Alves e Risoná casaram a filha, a cardiogeriatra Anna Rosalyna, que se uniu ao jovem empresário Rodrigo Barbosa, filho de Paulo Barbosa e Rosa, do Grupo Beija Flor. Cerimônia na Catedral de Santo

Antônio e animadíssima recepção no salão de festas do Filadélfia prestigiadas pela sociedade e pela classe médica valadarenses, com a presença de familiares dos noivos, que vieram de Recife, Natal e Goiânia.

Paulo Filho e Roberta Antônio Barbosa e Irene Eduardo Borges e Carmelita

Carlos Simões e Stela

Alexandre Coelho e Cristina

Dr. José Luiz e JaquelineEntrada de Rosalyna acompanhada do pai, Dr. Marcílio Alves

Dr. Ashley e Riviane, Vanessa Lage e Bruno Dutra

Cassiano Cazé e Leyde

Anna Laura e Thiago, Vanessa e Maurício, João Luiz e Poliana Valdir e Rosineide

Bruno Heringer eCatarina Matos

Roque Cazé e Daniele Desidério Matias e Odila

Rosalyna, Fernanda e Sandra Machado

Dr. Márcio Silveira e NormaDr. Dinaldo, Carlos Simões, Emanoel Poer e Dr. Aroldo Os noivos com Sérgio Simões e Mariângela

Maria Barra e Dr. Marcílio A elegância de Risoná AlvesOs noivos com os acompanhantes

Dep. Leonardo Monteiro e Miraci

Sílvio Alves e Salete

Dr. Marcílio e RisonáPaulo Barbosa e Rosa

Ana Rosalyna eRodrigo Barbosa

Marcílio Cazé e Renata

Marcello Cazé e Candice

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Aconteceu... A Movimento registrou.

A Magnífica Reitora da Univale, Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho, recebeu o título de Cidadã Valadarense em concorrida cerimônia na Câmara Municipal. Após a cerimônia a autora do projeto, Dilene Dileu, demais vereadores, autoridades, familiares e convidados brindaram em coquetel na Univale.

A secretária executiva da Fundação Percival Farquhar Suelen Silva casou-se na Catedral de Santo Antônio com Odilberto Neves. Um click da Movimento registrou o momento de rara felici-dade do casal.

Com a classe e prestígio de sempre, a empresária Ana Paula Machado lançou a nova coleção Primavera/Verão da marca Arezzo, cuja campanha é ancorada pelas beldades Juliana Paes e Cléo Pires.

ana angélica e as filhas iara e Olívia

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ana angélica e as filhas iara e Olívia

busca da qualidade no atendimen-

to tem sido um dos fatores que têm

impulsionado o Memorial Park

Cemitério Jardim a crescer e a cada

dia representar com dignidade a imagem

da cidade e, sobretudo, a satisfação de

seus clientes, uma vez que são nos mo-

mentos mais difíceis que percebemos a

importância de sermos bem atendidos. É

a hora em que percebemos se a empresa

que optamos para nos prestar esse dolo-

roso serviço realmente se importa com

nosso bem-estar, ou apenas nos consi-

dera como mais um consumidor.

Contando atualmente com 4 capelas

velório, amplas, arejadas, com sala de

repouso e suíte com roupas de cama e

banho, além de ar-condicionado, o Memo-

rial Park inova ao oferecer também a seus

clientes TV a cabo e frigobar nas suítes,

visando ainda mais o conforto e a como-

didade de seus clientes. “Sabemos que

não vamos tirar a dor da perda daqueles

que contam conosco, mas procuramos

amenizar ao máximo o desconforto pro-

vocado por tal situação”, diz o gerente

administrativo Adílson Ferreira da Silva. E

esse desconforto também pode ser ame-

nizado não apenas pelo bom serviço

prestado, como também pela beleza ím-

par do local, que conta com muito verde,

flores, pássaros, fonte com peixes orna-

mentais e fácil estacionamento. Além

disso, o sepultamento é realizado por

profissionais devidamente uniformizados,

com terno, o que demonstra nossa serie-

dade e respeito nesse momento tão

crucial. Esses são apenas alguns dos

itens oferecidos pelo Memorial Park Ce-

mitério Jardim para ajudar a amenizar

tamanha dor.

Entendemos que a última homenagem

ao nosso ente amado tem que ser digna

e respeitosa, e nos honramos por nos

escolher na prestação desse serviço.

(33) 3271-3635 ou 3277-1411

Faça-nos uma visita sem compromisso ou solicite uma visita de nosso representante. Temos preços e condições de pagamentos que cabem em qualquer orçamento. Financiamento

próprio em até 40 vezes no carnê, ou em 10 vezes sem juros no cheque ou cartão VISA.

Memorial ParkUm monumento erguido à saudade

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ANIV

ERSÁ

RIOS

DE

SETE

MBR

O

Débora Di Spirito recebeu legião de amigas para comemorar seu níver

Biba, filha de Maria Helena Homaidan, preparou surpresa para a mãe, em uma reunião festiva para comemorar o aniversário dela.

O gentleman Gerson preparou festa surpresa para sua amada Ilma Barbosa, que mostrou todo seu prestígio, recebendo o top da sociedade.Beatriz Bicalho

Márcio Rezende e Marisa, a aniversariante Beatriz Bicalho, Dona Quequeta e Paulo Bicalho

Maria Perim, Maria Helena, e Penha Vasconcelos

Nelson e Maria Helena Luciana Leão e a aniversariante

A aniversariante Ilma Barbosa e Gérson

Penha Lucca, Maura Avelar e Cristina

Regino Cruz e Márcio José Lucca Penha Lucca, Chico Simões e Emi

Diva Ferreira e Alzira Leal

O brinde das amigas Sônia Leão, Ilma e Maria Bretas

Heloísa Lucca e Elaine

D. Anita Byrro, Quequeta Bicalho e Zenólia Almeida

Sônia Miranda e Débora Di Spirito

Adriana e Salete Neves Fátima Simões

Vanessa e Kelly Costa

Ana Cláudia

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AD LASTRO

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Pizza em Pedaços inaugura a 3ª unidade

Prestigiado pelos clientes, amigos e familiares, o casal Etevani Gonçalves e Sheila, juntamente com o irmão dela, Gilberto Júnior, inaugurou a

terceira unidade da rede Pizza em Pedaços, atestando o sucesso do empreendimento. A nova pizzaria, um espaço amplo e confortável, fica na Avenida Brasil, bem no centro da cidade, e conta com uma área especial-mente planejada para diversão da criançada, além das qualidades que já são marca registrada, como a varie-dade de sabores e a rapidez no atendimento, sempre com aquele gostinho especial a cada pedaço.

Av. Brasil, 3673 - Centro - Governador ValadaresTel.: (33) 3271-4033Do tamanho exato da sua fome!3

Gilberto Júnior, Sheila e Etelvani Gonçalves

Sheila e a mãe Rogéria

Alejandro e Daniella Cuatrin

Turma de amigos: Maycon, Wilker, Guilherme, Niltinho Gírius e filho

Pastor Mauro e esposa, Sr. Gilberto Luis

Weverton, Wilce e Júnior

Pastor Sebastião Arsênio e Esposa Etelvani e Sheila com filhos Victor, Lucas e Igor

Júnior, Sheila e Etelvani Alisson e Margarete Etelvani e Tidim

Play ground para a criançada Patrícia e Caio

Norberto e Cleonice e filhos Bruno e Sávio Giacomine

Sheila e Tathy Mattos

Ramy Augusta e Neilton

Wemerson e namorada, Rodrigo e Samy Saulo e Esposa Damian e Silvia Cuatrin

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eMpReSAS e NeGóCIOS

O grupo Cheverny amplia sua

participação no mercado de au-

tomotivos na região. Sob o co-

mando do arrojado Paulo Henri-

que Picchioni, em quatro meses

de atividade, já contabiliza várias

novas agências da Citroën em

Minas Gerais. A primeira foi em

Pouso Alegre, seguida pela novís-

sima loja de Montes Claros. Com

a aquisição das concessionárias

de Governador Valadares e Ipa-

tinga, e juntando-se ao empreendimento de Varginha, já são cinco lojas espalhadas

pelo estado, todas dentro do padrão de qualidade da marca. Em Valadares, a admi-

nistração da Citroën cabe aos dedicados Alberto Luiz e Thiago Nepomuceno.

tindolelêQuem tem filho,

sobrinho, afilhado

ou “coruja” os pim-

polhos dos amigos

sabe o quanto está

cada vez mais fofa

e sof is t i cada a

moda infantil, que

deixa as crianças

fashion da cabeça

aos pés. E quando se trata de deixar estes

pezinhos na moda, a Tindolelê, das empre-

sárias Simone Coelho e Flávia Placides,

tem as opções mais bacanas para meni-

nos e meninas que já pisam firme em

matéria de charme e bom gosto.

Empresário Paulo Henrique Picchioni

O gerente Alberto Luiz e sua equipe de vendas

citroën sob nova direção

As empresárias Simone Coelho e Flávia Plácides

O grupo Coelho Diniz não para de crescer. Nos próximos dias, é a

região da Ibituruna que ganha sua mais nova opção em compras, com

a inauguração do supermercado da Vila Isa. Enquanto isso, no “pé” do

viaduto Mr. Simpson, as obras do futuro Hipermercado da rede seguem

a todo vapor. Pelo tamanho da construção e da área destinada a esta-

cionamento, dá para perceber a qualidade e a magnitude do empreen-

dimento, que mostra a força da marca Coelho Diniz na cidade.

coelho dinizAgora em Valadares, um novo conceito em

viagens a Boutique do Turismo. Em espaço mo-

derno e aconchegante para atender com exclusi-

vidade, com direção de Lara Freitas e Gilvan

Soares, ela oferece os melhores destinos, com

tarifas reduzidas e excelentes condições de pa-

gamento. Venha conferir!

Boutique do turismo

Lara Freitas e Gilvan Soares

Page 55: Revista Movimento - outubro 2009

55

Quem precisa de banners, troféus em acrílico e inox, placas de inauguração ou de homenagem, adesivos e personalização de veículos, tem ende-reço certo onde encontrar o que quer, com preço competitivo, bom atendimento e qualidade 3M. Na Braz Silk Comunicação Visual quem garante tudo isso é o empresário Tenilson.

congresso & FórumEspecialista em Direi-

to Administrativo Munici-

pal, o advogado Alexan-

dre Salmen participou,

em Belo Horizonte, do III

Congresso Brasileiro de

Direito Municipal e 1º

Fórum Brasil-França de

Direito Administrativo,

onde estiveram presen-

tes grandes nomes do Direito Administrativo Muni-

cipal Brasileiro, como o Ministro do Supremo Tribu-

nal Federal - STF, Eros Grau, com quem Alexandre

teve a oportunidade de conversar sobre a instituição

por ele presidida, considerada o “Guardião da Au-

tonomia Municipal”.

Na Haifa - Fei-to à mão é possí-vel encontrar pe-ças ar tesanais confeccionadas com fibras natu-ra is, pa lha de café, cerâmica, papel reciclado, vidros, madeira, ferro, alumínio e acrílico. Também encantam as flo-res de escama de peixe e de conchas, porta-jóias, caixas e diver-sos artigos para presente. A loja trabalha, com exclusividade, com o artista plástico Isnaldo Reis, que executa peças em PVC, apresentando um design moderno e arrojado. Ela apóia um projeto social do designer Beto Kelner, projeto este profissionalizante para comunidades ca-rentes, que aprendem o oficio-arte de confec-cionar as várias peças elaboradas com fio de alumínio, com mix de acessórios, decoração, bordados e utilitários – Gatos de Rua.

Os empresários Bruno Maikel e Suellen Ribeiro Maikel.

Av. Minas Gerais, 1335 - N. Sra. das Graças - Tel.: (33) 3212-3296 | (33) 9985-0634www.quatropatasgv.com.br | email: [email protected]

Taxi DogTratamento OdontológioAnestesia inalatória

Pet Shop Máquina de secar animais

Radiologia e UltrasonografiaAquário Consultório

Estacionamento próprioDr. Bruno Silva Fernandes Recepção

O Centro Cultural Liceu promove, no dia 24 de

outubro, das 8h às 18h, o evento “Diez Horas de

Español”, com um dia de imersão na língua espa-

nhola, através de cursos e oficinas de música,

dança, fonética, literatura, gramática, história e

gastronomia, entre outras atividades desenvolvi-

das por alunos e professores. A partir das 15h30,

haverá também apresentações e exposição de

trabalhos abertas ao público.

Dr. Alexandre Salmen e o Ministro do STF, Eros Grau

no visual

A empresária Zuleika Guerrieri tem mui-

tos motivos para comemorar, agora em

outubro, os 11 anos da Mega Piter, uma loja

que se apresenta diferenciada desde a or-

ganização do espaço físico, com seções de

enxovais e móveis para bebê, moda infantil

e infanto-juvenil, além de roupa e acessórios

para adultos. E enquanto a “gente grande”

faz compras, a “gente pequena” pode se

divertir no parquinho, com os bichinhos, os

dançarinos, saborear um algodão doce e

ainda tatuar – de brincadeira – seus heróis

preferidos, com a Tia Soninha.

haifa - artesanato feito à mão

Mega piter

liceu

Page 56: Revista Movimento - outubro 2009

56

ZeNóLIA De ALMeIDAMembro da Academia Valadarenses de Letras

Slow Life é uma opção de vida. Oficialmente citada no relatório do Ministério do Meio Ambiente do Japão no ano de 2003, foi adotada pela cidade de Kake-

gawa em 2002. A declaração que se segue esclarece e jus-tifica seus objetivos:

“No final do Século XX, o Japão valorizava e buscava um estilo de vida ‘rápido, barato, conveniente e eficiente’, que proporcionasse prosperidade econômica. Porém, esse estilo também causou problemas tais como a desumanização, do-enças sociais e poluição ambiental. Desejamos avançar no conceito de Slow Life, para alcançar estilos de vida calmos, relaxados e confortáveis, e passar de uma sociedade de produção e consumo em massa para uma sociedade não agitada, mas que valoriza os bens e valores do coração”. (...) “A vida humana dura aproximadamente 700.800 horas (considerando uma expectativa média de vida de 80 anos). Desse tempo, dedicamos algo como 70.000 horas trabalhan-do (considerando 40 anos de trabalho). As 630.000 horas remanescentes são utilizadas em outras ati-vidades, tais como alimentar-se, estudo e lazer, incluindo 230.000 horas dormindo. Até agora, as pessoas usualmente focam suas vidas nessas 70.000 horas dedicadas ao trabalho, devotando suas vidas aos seus empregos, Todavia, com o Movimento Slow Life, devemos agora dedicar mais atenção às 630.000 horas em que estamos fora de nossos trabalhos, a fim de atingir verdadeira felicidade e paz mental”. (**)

A partir de uma visão holística da sociedade, o Slow Life busca manter a vida saudável, a autoconfiança, o respeito aos recursos naturais e a sustentabilidade do planeta. Sua prática alcança várias áreas da cultura com o objetivo de um definiti-vo retorno aos valores essenciais que orientam e dão sentido à vida: família, amigos, local onde vivemos, etc. Ao valorizar o prazer de viver com delicadeza e sem pressa o nosso coti-

diano, o Slow Food contrapõe-se ao fast food (estilo de vida que surgiu na América), que valoriza a velocidade e atende às exigências da vida moderna aceitando o domínio do relógio, cujo ponteiro não se detém a nos esperar. Em outras palavras, a ordem é desacelerar.

Para minha família e amigos, sempre fui uma pessoa ‘apressadinha’. Na verdade, tenho pouca ou nenhuma paciên-cia com quem caminha devagar, formula movimentos pausa-dos, age calmamente, sem atropelos. Confesso que já tentei ser mais paciente, mas herdei de minha mãe o atabalhoamen-

to e a pressa, tal como se o mundo não fosse esperar por mim...

Ao fazer uma releitura do passado, me vejo em meio a rodopios de horários e compromissos sempre cumpridos na íntegra, numa entrega total e sem reservas. Assim levei a vida até que, recentemente, a saúde me cobrou os acelera-dos anos vividos priorizando o trabalho, esque-cendo de mim mesma...

Ao reduzir minhas atividades neste ano de 2009, inicialmente pensei tal como se expressou o poeta Car-los Drummond de Andrade: “Stop. A vida parou ou foi o auto-móvel?” Refletindo, percebi que a vida não parou. Pararam as exigências descabidas de um trabalho sem horário, com dedi-cação total e exclusiva, tal como sempre aconteceu, também, durante minha vida na Universidade. Não posso culpar ninguém; assumo que é exclusivamente minha a culpa, só minha, porque, em tudo que faço, não sou parte, sou inteira...

Confesso que estou me esforçando para aprender a lição. Tal como os adeptos do Slow Life, não quero mais guiar a vida, quero deixar a vida me guiar, pois, querendo ou não, “la nave va”…

Slow Life (*)

“A vida é aquilo que acontece

enquanto fazemos planos para o futuro”.

(John lennon).

(*) Slow Life: Desacelerar para se reconectar a si mesmo, às pessoas e ao lugar em que se vive.

(**) Texto extraído do “Simplicity and Social Change”, Schu-macher College (Inglaterra).

Page 57: Revista Movimento - outubro 2009

57

Mais uma vez, a Universidade Presi-

dente Antônio Carlos (Unipac/GV) se

fez presente na 12ª Mostra Empre-

sarial do Leste Mineiro (Expoleste), que ocor-

reu de 9 a 13 de setembro, para apresentar

os cursos oferecidos pela instituição. O Quizz

foi uma das atrações do estande, que chamou

a atenção dos visitantes. Ao participar do jogo,

com perguntas de conhecimentos gerais, as

pessoas ganhavam brindes como canetas,

squeeze e porta-retrato, com fotografia impres-

sa na hora.

Somando a participação de alunos da Uni-

versidade e da Escola do Sebrae foram quase

600 pessoas desenvolvendo várias ações du-

rante a Feira. “A seriedade do compromisso

firmado entre a Universidade e os nossos alu-

nos desperta neles o sentimento de pertencer

de fato à instituição”, ressalta o diretor-geral

da Unipac/GV, Prof. Ms. Rogério Vieira Primo.

Cada curso teve uma participação espe-

cial. Um espetáculo à parte ficou por conta de

40 alunos do curso de Educação Física da

Unipac/GV, que, devidamente caracterizados

com chapéu, coloriram a Feira ao embalo de

um samba. O público que passou pelo estan-

de também recebeu sessões de massagens

e aplicação de cosméticos pelos alunos dos

cursos de Farmácia e Enfermagem.

O estande da Unipac/GV também foi palco

de ações solidárias. Estudantes do curso de

Engenharia de Produção da Unipac/GV fizeram

a entrega de pouco mais de uma tonelada de

alimentos à Casa de Recuperação Dona Zul-

mira. E os alunos da Escola do Sebrae também

marcaram presença. A participação deles se

deu no estande com informações, além de

terem orientado os visitantes que participavam

do Quizz.

Unipac/GV atrai grande público na Expoleste 2009

Prof. Giovanne, Vereador Chiquinho, Profa. Simone e o Diretor Prof. Rogério Primo

Prof. Giovanne Carvalho, Prefeita Elisa Costa e o Diretor-Geral Prof. Rogério Primo

A impactante apresentação dos alunos de Educação Física Quizz Unipac e Sebrae - Criatividade e Sucesso

Prof. Giovanne, Prof. Rodlon, Profa. Harúzea, Rogério Primo e Profa. Etna

Profa. Alexsandra e alunos de Administração

Grande Movimentação no Stand

Prof. Cláudio, Prof. Danilo, Rogério Primo e alunos - ação curso Farmácia

Alunos da Escola do Sebrae

Alunos do Curso de Farmácia e Enfermagem Prof. Giovanne e Profa. Mariáurea

Futuros empreendedores da Escola do Sebrae, coordenando o Quizz

Os publicitários Éber, Robson e Luís Gustavo

Prof. Humberto, Rogério Primo e alunos - entrega solidária - Eng. de Produção

Diretor Rogério Primo, Prof. Giovanne e alunos da Escola do Sebrae

Profa. Rosely Oliveira e os alunos do curso de Educação Física Elaine Cristina e Prof. Paulo

Diretor Rogério Primo e Prof. José Francisco

Page 58: Revista Movimento - outubro 2009

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Page 59: Revista Movimento - outubro 2009

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Page 60: Revista Movimento - outubro 2009

TURISMO

por Paula Greco

Em um país com mais de 7.000 km de

litoral, ainda é possível, em pleno sé-

culo 21, encontrar recantos pouco

explorados, praias de beleza selvagem, onde

a interferência do homem ainda é pequena,

e, sobretudo, respeitosa. Um bom exemplo é

o município de Tibau do Sul, no Rio Grande

do Norte, uma mistura de paisagens, cores

e formas de tirar o fôlego do turista.

Esta mistura inclui areias fofas e brancas,

conchas, pedras e coqueirais, molhes e reci-

fes. Um pedaço preservado de Mata Atlântica

se junta ao rio e ao mar, em contraste com

gigantescas falésias que abrigam praias de

rara beleza, formando alguns dos mais belos

cartões-postais do país.

Apesar do perfil de paz e tranqüilidade, o

pequeno município – de pouco mais de 6.000

habitantes – é de fácil acesso e fica a cerca

de 80 km da capital, Natal. Desde vans até

táxis, o que não faltam são opções de trans-

porte para chegar a essa maravilha natural.

O local conhecido e freqüentado, sobretudo,

pelos praticantes de esportes como surfe,

kitesurf, fliynboat, caiaque e adeptos de ou-

tras aventuras ao ar livre, entre passeios de

barco, de buggy, de bike, rapel, cavalgadas e

caminhadas.

Grande parte da orla é Área de Proteção

Ambiental (APA), sob a responsabilidade do

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente do Rio

Grande do Norte (Idema-RN), e é considerada

pelo IBAMA como área de extrema importân-

cia biológica, prioritária para a conservação

da biodiversidade dos mamíferos marinhos.

Por isso, em alguns pontos das praias de

Tibau é possível observar e até nadar lado a

lado com golfinhos.

O aGitO MORa aO ladO

Que ninguém vá a Tibau do Sul esperando

agito ou noitadas. O negócio lá é sossego e

harmonia com a natureza. A cidade encanta

pela simplicidade e hospitalidade genuína do

seu povo, transformando-se no lugar ideal

para se ir com a família ou com os amigos,

para se refrescar com uma bebida gelada e

provar um peixinho fresco.

A praia de Malembá, bela e intocada, é

deserta por excelência. Junto ao mar aberto,

é reta, com recifes, ondas fracas, areia clara

e fofa. Boa para pesca, tem sido muito pro-

curada ultimamente para kitesurf. Outras

praias praticamente desertas cultuadas pelos

surfistas e turistas de aventura são as do Giz

e da Bóia.

Já a Lagoa de Guaraíras oferece a possi-

Tibau do Sul:Um espetáculo da natureza

Page 61: Revista Movimento - outubro 2009

61

Tibau do Sul:

bilidade de conhecer os manguezais, os viveiros de

camarões, fazer observação de golfinhos na maré

alta, ver os pescadores tarrafeando e comer um

peixinho frito no ponto de encontro dos pescadores.

O cinematográfico pôr-do-sol às margens da lagoa é

um deleite para os românticos.

Na Cacimbinha, a atração é a vista belíssima do

alto das falésias. Areias brancas e fofas, conchas,

pedras e dunas, com acesso feito por escadarias. A

melhor vista geral da região é parada obrigatória,

antes de se chegar a Pipa. Isso mesmo, a “Ibiza” do

Nordeste, uma das mais badaladas e agitadas praias

brasileiras, é, na verdade, o mais famoso distrito de

Tibau do Sul, distante cerca de oito quilômetros da

cidade. Em poucos minutos, é possível ir da calmaria

à “tempestade”, sem perder a beleza do cenário.

suRpResa GastROnÔMica

A proximidade da badalada Praia da Pipa com a

supersossegada e quase intacta Tibau do Sul não é

a única surpresa local. Na verdade, na faixa de 8km

entre os dois locais é que se concentra a estrutura

turística da cidade, com pousadas ecologicamente

corretas e restau-

rantes, a maior par-

te deles primando

pela simplicidade e

dedicação à culiná-

ria regional. E é aí

que se destaca uma

outra surpresa.

Ins ta lado em

uma antiga casa de

fazenda, o Camamo

tem um ambiente

aconchegante, ro-

mântico e bastante

exclusivo. São ape-

nas oito lugares na

casa e os privilegia-

dos freqüentadores de cada noite são contemplados

com louça inglesa, talheres alemães, taças austría-

cas, xícaras japonesas e acessórios de design italia-

no. Tudo muito exótico, tal qual a comida do chef

pernambucano Tabeu Lubambo, o dono do local,

que serve pessoalmente seus clientes, oferecen-

do-lhes um autêntico “ritual exótico gastronômi-

co”, a começar pelo ambiente onde, apesar do

requinte, imperam a descontração e a informali-

dade.

O cardápio é um caso a parte, e inclui drinks

exóticos, como caipirosca de flor de cactus, ba-

tinga, Marguerita de murici. Os pratos são de

impressionar qualquer gourmet. Só para exempli-

ficar, no menu Confiance é possível degustar

salada com dois tipos de alface, roquefort, pêra,

castanha de caju,

agr ião picante,

balsâmico, mel de

engenho, pimenta

rosa; Creme de

manga gelada com

camarões; Ostras

gratinadas com

gorgonzola, maje-

ricão e Contreau;

Camarões com

fios de alho poró,

mel de caju pican-

te, arroz com gen-

gibre, castanha e

passas de caju;

Blinnis de fiviado de lagosta, coco e cinco espe-

ciarias. Para acompanhar, somente o melhor vi-

nho. No mínimo, uma noite inesquecível.

Page 62: Revista Movimento - outubro 2009

62

MARCOS MeNDeS

A renda dos 10% mais pobres aumentou 34% nos últi-

mos quatro anos. A dos 10% mais ricos, 12,2%. A

taxa de desemprego de 7,2% é a mais baixa em 12

anos. O fosso que separa ricos e pobres caiu 9,17% nos

últimos 12 anos. A taxa de 1,89 filho por mulher é a mais

baixa da história. Em 1940, era de 6,16. Os dados acima

fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostragem de Do-

micílios (Pnad) divulgada pela imprensa nacional em meados

de setembro.

Com renda maior, o brasileiro passa a ter mais conforto

em casa, e em cada três casas brasileiras uma tem com-

putador e 23,8% têm acesso à internet. O número de lares

com PC aumentou 4,7% em 2008, são quase 18 milhões

de lares. Porém, a desigualdade digital brasileira ainda é

grande. Dos quase 18 milhões de casas com acesso ao

computador, 56% está na região sudeste, a região norte

tem 17% e a nordeste apenas 15,7%.

Do total de residências com computador no país, 23,8%

tinham acesso à internet no ano passado. Mas a desigual-

dade continua: a região sudeste apresenta o maior número

de domicílios conectados, com 31,5%, a região sul tem

28,6%, o centro-oeste 23,5%, o nordeste 11,6% e a região

norte, 10,6%.

Relacionado à telefonia as posições se invertem. A região

norte lidera com 49% dos lares que utilizam somente o

celular. Na sequência vem a região centro-oeste com 47,7%,

a nordeste com 43,9%, a região sul com 40,8% e a sudes-

te com 29,3%. Os dados revelam que a telefonia fixa está

longe dos lares nas regiões mais pobres.

Em relação aos serviços básicos o Brasil tinha, em 2008,

30,3 milhões de domicílios ligados à rede de esgoto, uma

participação de 1,4% maior que no ano anterior. Na região

norte apenas 9,5% das famílias contam com o serviço, que

teve redução de 0,5 % em 2008. A água tratada chega a 83,9%

dos lares brasileiros. Já a energia elétrica continuava a ser o

serviço público com maior alcance no país com 98,6%.

Para manter um novo padrão de vida as famílias brasi-

leiras têm encolhido cada vez mais. A taxa de fecundidade

é a menor da história do Brasil. Na década de 90 a taxa era

2,85, em 2008 foi de 1,89 filhos por mulher.

Quanto à renda, segundo a PNAD, em 2008, 52% dos

brasileiros ganhavam até um salário mínimo e 9,5 milhões

de famílias não têm nenhum rendimento ou ganham até um

quarto do salário mínimo, o que não chega a R$120,00

mensal.

Na educação, 88% das crianças estudam o ensino fun-

damental na escola pública, assim como 86,5% dos alunos

do ensino médio estão matriculados na rede pública. Quan-

to ao ensino superior, 76,3% de todos os universitários

brasileiros são alunos de instituições particulares.

Os dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasi-

leiro de Geografia e Estatística – IBGE foram levantados até

setembro do ano passado, portanto, antes da crise finan-

ceira mundial. Naquele cenário a economia brasileira apre-

sentava recordes na criação de empregos, crédito sem

restrição e investimentos em todos os setores.

Espera-se que a crise não tenha alterado muito os dados

apurados no ano passado, porque a desigualdade brasilei-

ra é severa e o fosso entre as classes sociais no Brasil

ainda permanece abissal.

A “nova” cara do Brasil

* Marcos Mendes é jornalista, professor da Univale e assessor de comunicação da Câmara Municipal

Page 63: Revista Movimento - outubro 2009

63

Page 64: Revista Movimento - outubro 2009

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RepORTAGeM

por Adolpho Campos

Sabemos que as cooperativas em Gover-nador Valadares são um caso de suces-so. Todas elas. Sejam de crédito, de

produtos agropecuários ou de profissionais da saúde.

Agora elas estão se unindo num trabalho de voluntariado, o Dia C - Dia de Cooperar, inicia-tiva do Sistema OCEMG - SESCOOP/MG, com o apoio das cooperativas de Minas Gerais.

O dia 17 de outubro é o Dia C. Trata-se de um conjunto de ações desenvolvidas por uma ou mais cooperativas com o fim de incentivar o envolvimento dos cooperados, colaboradores e familiares em atividades voluntárias na comu-nidade. Segundo dados da ONU, o Brasil tem, hoje, 40 milhões de voluntários.

Com iniciativas como o Dia C, um dia reser-vado para fazer o bem, em que equipes de vo-luntários realizarão atividades que ajudem a transformar para melhor a vida das pessoas, o número de voluntários em nossa cidade tende a crescer significativamente.

parceria da univale

A Univale - Universidade Vale do Rio Doce já desenvolve há algum tempo o projeto Balcão da Cidadania, quando disponibiliza toda uma estrutura para atendimento ao público em geral, com emissão de documentos de identidade, carteira de trabalho, casamentos coletivos e outras ações, envolvendo voluntários.

Houve, então, uma proposta para que esse projeto se transformasse em Balcão da Coope-ração e Cidadania, envolvendo as Cooperativas de Valadares. A Univale se juntou a um projeto maior, onde o Dia C (17 de outubro) vai ser o

início de um conjunto de ações que vai culminar, no dia 24 de outubro com o Balcão da Coope-ração e Cidadania.

Com isso, Valadares vai contar com uma semana inteira de ações, envolvendo volunta-riado.

cooperativistas do Futuro

A reportagem ouviu o Agente de Controle Interno da AC Credi, Tiago Antunes, que é o coordenador da Comissão da Cooperativa.

Ele nos falou do projeto Cooperativistas do Futuro, inicialmente desenvolvido pela AC Credi, e que foi incorporado por todas as Cooperativas da cidade, passando a contar, agora, com o apoio do conjunto delas. Segundo ele, nos dias 17 de outubro na Praça dos Pioneiros e 24 de outubro no Unicentro, o projeto Cooperativistas do Futuro, que é coordenado pela Agente Coo-perativista Mirian Abelha, vai promover Oficinas de Artes em conjunto com a Casa da Menina, que já faz parte do projeto.

Durante a semana, de 17 a 24 de outubro, outro projeto com foco no esporte, e de início adotando o tênis, será desenvolvido com a participação de todas as cooperativas.

Esse projeto já tem parceiros importantes como o Clube Aeté, e sua a abrangência inicial são os bairros da região denominada Niterói Valada-rense, tais como Vila Isa, São Raimundo etc.

Mais uma vitória

Todas essas ações visando o incremento do voluntariado é mais uma vitória das coope-rativas de Governador Valadares.

O SUCESSO DAS COOPErAtIVAS EM

VALADArESAC Credi, Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce, Credicoop, Sicoob Crediriodoce, Unicred e

Unimed se unem para o Dia C

Page 65: Revista Movimento - outubro 2009

65

Ouvimos o diretor financeiro da Sicoob - Cre-

diriodoce, Silas Dias Costa, sobre o Dia C.

Silas fala com muito entusiasmo sobre coo-

perativismo em geral, pois tem consigo a cultura

do cooperativismo.

Conta-nos que conheceu no Rio Grande do

Sul - estado onde, segundo ele, foi criada a 1ª

Cooperativa de Crédito do Brasil, em 1902 - um

belíssimo programa, “União faz a vida”, que tem

um viés educativo e que está, hoje, presente em

cerca de 10 mil escolas do estado. Segundo ele,

a idéia embutida no programa é provocar a crian-

ça e o adolescente para eles próprios tomarem

as iniciativas depois de se conscientizarem da

importância do cooperativismo, e não simples-

mente ensinar cooperativismo.

Quando surgiu a iniciativa do Dia C, pensou

em formatar algo semelhante, mas havia o pro-

blema crucial da falta de tempo para tal. Mas, do

seu ponto de vista, esse projeto deve ser reto-

mado.

A idéia imediata é que as cooperativas firmem,

no Dia C, um protocolo de compromisso de juntas

desenvolverem um programa sócio-educacional

para a cooperação.

Ele aplaude a idéia do programa “Cooperati-

vistas do Futuro”, que deverá ser adotada pelo

conjunto das cooperativas, mas quer mais.

No campo ambiental, pretende que se faça

um acordo entre promotoria do Meio Ambiente,

IEF, Supran, Policia Florestal e as entidades re-

presentativas do setor rural, para simplificação

do processo de regularização ambiental, inclusive

da Reserva Legal das propriedades rurais.

Nesse mesmo segmento, ele conta que con-

seguiram a adesão do Consórcio Baguari, que no

Dia C vai doar 1.000 mudas para distribuir para

a comunidade.

A REVISTA MOVIMENTO OUVIU DIRETORES DAS

COOpERATIVAS

F alamos com o Sr. Guilherme Olinto Rezende,

presidente da Cooperativa Agropecuária Vale

do Rio Doce, um entusiasta do projeto:

Guilherme destaca a importância de, pela

primeira vez, as Cooperativas estarem se unindo

para ações conjuntas. Ele espera que isso seja

uma postura permanente.

Diz que a Cooperativa que preside já firmou

parcerias com a Emater, IEF, IBAMA etc. A inten-

ção é focar na questão ambiental. Assim, a

Emater, no Dia C, vai instalar tendas na Praça dos

Pioneiros para palestras abertas ao público, e vai

distribuir sementes, entre outras atividades.

Também, no Dia C, se dará a assinatura de

protocolo de intenções entre IEF e IBAMA com

cerca de 50 produtores rurais, para fornecimento

de mudas e insumos, com acompanhamento

técnico, visando o reflorestamento.

Gilmar Oliveira, gerente geral da Cooperativa

Agropecuária Vale do Rio Doce, que esteve pre-

sente na entrevista de Guilherme, acrescentou

que no 17 de outubro, às 8h30, sairá uma carre-

ata do Parque de Exposições com destino à

Praça dos Pioneiros, onde se darão as ações do

Dia C. Gilmar fala com entusiasmo da adesão ao

projeto, das TVs Univale, TV Leste, Inter TV, TV

Rio Doce, e das emissoras de rádio da cidade.

O diretor ddministrativo da AC Credi, Ivo Tás-

sis, considera que a importância maior de

iniciativa da Ocemg ao criar o Dia C, para nós

valadarenses, foi ter demonstrado de forma

clara todo o potencial das cooperativas e sua

capacidade de se aglutinar, promovendo a in-

tercooperação, que é um dos pilares do coope-

rativismo.

Como Governador Valadares é uma cidade-

pólo, haverá uma irradiação da força do coope-

rativismo para cerca de 70 cidades, já que a

Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce atua

em 63 localidades, a Sicoob Crediriodoce, em

18 cidades, a AC Credi em 12, etc.

Espera-se que, com a criação do Dia C,

surjam ações contínuas e autossustentáveis

que melhorem as vidas dos pessoas, comenta

Ivo, que completa:

“Essas ações contínuas e autossustentáveis

são muito mais viáveis quando as cooperativas se

unem como agora. E então passa a haver o inter-

câmbio de recursos, já que cada uma tem ferra-

mentas próprias, peculiares de suas ações”.

Essas ações contínuas e auto-sustentáveis são

muito mais viáveis quando as cooperativas se unem como agora. E então passa a haver o

intercâmbio de recursos, já que cada uma tem ferramentas próprias,

peculiares de suas ações.

Ivo de Tassis Silas Dias Costa

Guilherme Olinto Rezende

Page 66: Revista Movimento - outubro 2009

66

ReceitaCarne Suíça6 bifes

½ xícara de chá de farinha de trigo

½ colher de chá cada, de: mangericão, folhas de orégano,

folhas de tomilho e sal.

¼ colher de chá cada, de: pimenta (vermelha) em pó,

páprica, pimenta

3 colheres de sopa de óleo de açafroa

1 xícara de chá de cogumelos em fatias

1 xícara de chá de pimentão verde em rodelas

1 xícara de chá de cebola em rodelas

2 xícaras de chá de tomates picados

½ xícara de chá de água

½ colher de chá de molho inglês

Modo de preparo:

Peça ao açougueiro para preparar e amaciar

os bifes ou bata-os com batedor de carne até

ficar fino.

Misture a farinha com os temperos e passe

os bifes na farinha temperada.

Numa frigideira grande aqueça o óleo e doure

os bifes. Retire e coloque numa caçarola grande.

Refogue os cogumelos, pimentão verde e cebola

no óleo. Acrescente o tomate, água e molho inglês.

Cozinhe em fogo brando por 5 minutos. Despeje

sobre os bifes, tampe e asse em forno pré-aquecido

a 180º C por 1 a 1 hora e meia.

Retire do forno e sirva com pilaf de arroz.

Bom apetite!

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