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para o seu bem-estar FARMÁCIA SAÚDE Publicação Mensal | 191 | AGOSTO ‘12 CORAçãO SINAIS NO FEMININO ENVELHECIMENTO VIVER MAIS COM SAúDE BEBA áGUA PELOS SEUS RINS

Revista Farmácia Saúde 191

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Revista Farmácias Portuguesas 191

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para o seu bem-estar

FARMÁCIA

SAÚDEPublicação Mensal | 191 | AGOSTO ‘12

CorAção

SinaiS no feminino

EnvElhECimEntoViVer maiS com Saúde

BEBA águA

peloSSeuS rinS

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FARMÁCIA

Publicação Mensal | 191 | AGOSTO ‘12

para o seu bem-estar

FARMÁCIA

14 EnvElhECimEntoo desafio das sociedades modernas é atribuir às pessoas idosas o lugar a que têm direito. numa lógica de diálogo entre gerações, mas também de promoção do envelhecimento activo. É esse o mote do ano europeu para o envelhecimento activo e Solidariedade entre Gerações, que se assinala em 2012.

04 oStEoArtroSE o desgaste da cartilagem deixa os ossos menos protegidos e afecta a mobilidade de quem sofre de osteoartrose.

06 EDitoriAl o futuro na corda bamba

08 DoEnçAS CArDÍACAS Quando se pensa em doença cardíaca pensa-se com mais probabilidade no masculino. mas a verdade é que o coração da mulher também corre riscos. Surgem é mais tarde e com sintomas mais discretos.

10 CriAnçAS feridas ligeiras e picadas de insectos são alguns dos episódios característicos das brincadeiras dos mais pequenos. para que o final seja feliz, bastam alguns cuidados que ajudam a evitar e a ultrapassar estes contratempos.

12 AntioXiDAntES os antioxidantes “estão na moda”. e percebe-se porquê: ao combaterem os radicais livres, agentes do envelhecimento precoce e de associação a diversas doenças.

20 rinS um dos quatro elementos da natureza, a água é fundamental à vida. no entanto, existe uma pequena parte de nós para a qual a água, mais do que essencial, é vital: são os rins, verdadeiros filtros naturais.

24 Suor todos transpiramos, mas há pessoas que suam mais do que outras. e pessoas a quem o suor incomoda muito, perturbando mesmo a sua vida social.

26 Diálogo Do ConSumiDor

28 proDutoS

30 inSpirE, EXpirE

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A saúde das articulações é indispen-sável para a qualidade de vida de to-dos nós, independentemente da ida-de. É que só articulações saudáveis e funcionais permitem que os movi-mentos se façam com segurança e equilíbrio, garantindo a mobilidade e a autonomia.Todavia, é natural que as articulações se ressintam do envelhecimento do organismo. Acontece, nomeadamen-te, haver um desgaste da cartilagem, a camada esponjosa que protege a extremidade dos ossos e que, quando saudável, funciona ao mesmo tem-po como lubrificante e amortecedor das articulações. Na prática isto sig-nifica que é graças à cartilagem que os ossos não tocam uns nos outros, fazendo-se os movimentos – do braço ou da perna, por exemplo - com toda a naturalidade.Acontece, porém, que esta camada se vai desgastando com o passar do tempo, perdendo as suas proprie-dades protectoras. E pode tornar-se tão fina que afecte a mobilidade das

articulações, significando isto que os seus movimentos ficam menos flui-dos e podem ser, com frequência, acompanhados de dor. A dor é, aliás, um dos sintomas da osteoartrose, doença que se caracteriza pela perda gradual da integridade da cartilagem.Este é um problema que acontece com maior incidência em pessoas acima dos 50 anos, o que se explica devido ao uso já prolongado das arti-culações e consequente desgaste da cartilagem. Contudo, pode verificar--se em pessoas mais novas. É no Outono-Inverno que as queixas se acentuam, sobretudo em dias frios e húmidos, obrigando, muitas vezes, à toma de medicamentos para alívio da dor (analgésicos). Ora, em matéria de saúde, o melhor é sempre prevenir e, neste caso, tam-bém. Têm sido desenvolvidos estudos que apontam para a eficácia de duas substâncias naturais no combate ao desgaste da cartilagem. Trata-se do sulfato de glucosamina e do sulfa-to de condroitina, que fazem parte

da matriz da articulação e que tam-bém existem na natureza. Assim, a glucosamina é extraída do marisco, sabendo-se que faz parte do exos-queleto (vulgarmente conhecido por casca) do caranguejo, do camarão e da lagosta, enquanto a condroitina é extraída a partir de cartilagens ani-mais, nomeadamente da cartilagem de tubarão. Juntas, contribuem para melhorar a saúde das articulações favorecendo a regeneração das mes-mas, reduzindo o inchaço e atenuan-do a dor e podendo, por isso, exercer uma acção na prevenção e tratamen-to sintomático da osteoartrose. Esta é uma boa notícia para quem sofre de dores articulares. Todavia, como qualquer suplemento, este só deve ser tomado com aconselhamen-to de um profissional de saúde: cabe ao farmacêutico ou ao médico avaliar se existe, ou não, o risco de interac-ção com medicamentos ou outros produtos de saúde que estejam a ser tomados. Em nome da segurança e da saúde.

O desgaste da cartilagem deixa os ossos menos protegidos e afecta a

mobilidade de quem sofre de osteoartrose. A dor é

um sintoma comum mas há soluções que atenuam

este problema

Articulações sem dor

osteoartrose •••

“Já não tenho dores nos joelhos!”

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Pelo Punho do farmacêutico

DR. PAulO DuARTE

editorial

A cada dia que passa, estamos um pouco mais longe, um pouco mais afastados do modelo de distribuição que durante anos a fio permitiu aos portugueses um acesso mais fácil aos medicamentos. Tudo isto tem a ver com os novos tempos. Tempos em que o Estado corta nas suas des-pesas com o sector da saúde. Tempos em que os medicamentos começam a esgotar. Tempos em que os doen-tes, cada vez com menos dinheiro disponível nos seus orçamentos fa-miliares, mesmo com a drástica re-dução do preço dos medicamentos, ainda têm de suportar o peso acres-cido das taxas moderadoras. Neste verdadeiro ciclone que varre o País, cada vez há mais farmácias que não resistem à crise e abrem falência. E não é à falta de alertas, nem tão pouco de estudos que dão conta da situação absolutamente crítica por que passa esta actividade… Primeiro foi a Autoridade da Concorrência, de-pois a universidade de Aveiro e, ago-ra, um estudo conduzido pelo Prof.

Pedro Pita Barros, da Nova School of Business & Economics. Toda a gen-te reconhece que, a continuarmos assim, outra alternativa não resta às farmácias que não seja fechar as portas. Toda a gente reconhece que assim é – excepto o Estado. Perante tudo isto, pergunta-se: como é que é possível continuar a servir o utente, quando uma farmácia – considerada média – tem margem de lucro nega-tiva nos medicamentos que vende? Mais: a maioria das farmácias por-tuguesas já não consegue cobrir os seus custos fixos. Olhemos para este ano de 2012 – o que vemos? Desde logo, continuam a diminuir os medi-camentos dispensados nas farmá-cias e a despesa pública do Servi-ço Nacional de Saúde (SNS). Só no acumulado de Janeiro a Junho de 2012, o mercado reduziu 8,4%, e em igual período a despesa do SNS com medicamentos desceu 7,1%. Já em Agosto, foram conhecidos os números da despesa com medica-mentos genéricos: em 2011 a re-

dução drástica da despesa (-19,9%) foi assumida pelo sector privado, enquanto que o sector público não tem qualquer redução. Por falar em genéricos, entre as raríssimas no-tícias positivas que os portugueses tiveram, há a destacar o novo regi-me de prescrição por DCI, em vigor desde 1 de Junho de 2012, que veio, de facto, contribuir para a redução dos encargos das famílias com me-dicamentos. Tirando esta medida, que as farmácias sempre sauda-ram, pouco mais nos anima… Aliás, as nossas preocupações crescem a cada dia. Não tenhamos ilusões: a dificuldade real do nosso sistema de distribuição em garantir aos portu-gueses, como acontecia no passa-do, o acesso aos medicamentos é um sinal muito sério que estamos a caminhar para o abismo… Quantos estudos, quantas análises, quantas falências serão ainda necessárias para mudar de rumo e continuar a garantir o acesso aos medicamen-tos em Portugal?

o futuro na corda bambaSucedem-se os estudos que alertam para uma realidade preocupante: mais farmácias vão continuar a ir à falência. Quantos estudos, quantas análises, quantas falências serão ainda necessárias para mudar de rumo e continuar a garantir o acesso aos medicamentos em Portugal?

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FARMÁCIA

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Coração no feminino

A doença cardíaca é associada com mais frequência ao género mascu-lino do que ao feminino, o que pode alimentar a ideia de que as mulhe-res estão mais protegidas. Mas na verdade as doenças cardiovascula-res são a principal causa de morte também entre as mulheres, mais do que as doenças oncológicas. Na origem desta menor sensibilida-de para o impacto da doença cardía-ca na qualidade de vida e na sobre-vivência das mulheres pode estar o facto de os problemas acontecerem mais tardiamente do que nos ho-mens e, de além disso, os sintomas serem mais subtis.

Dor e opressão no peito, espalhan-do-se para o braço esquerdo, é um dos sintomas mais conhecidos da doença cardíaca. Nos homens é mesmo o mais frequente. Mas nas mulheres manifestam-se outros sinais que não são, de imediato, associados ao coração: dificuldade em respirar, náuseas ou vómitos, sensação de indigestão, fadiga, an-siedade são alguns deles. Ora estes sinais podem ter muitas outras cau-sas, desde logo stress e até depres-são, pelo que não se pensa no co-ração em primeiro lugar. Em conse-quência, a doença pode acabar por ser ignorada e diagnosticada mais

tarde do que nos homens. Aliás, nas mulheres, a doença surge numa fase mais avançada da vida do que nos homens, muitas vezes as-sociada à menopausa. A explicação reside nas hormonas femininas, no-meadamente nos estrogénios, que parecem ter um efeito protector so-bre o coração e as artérias. Durante a idade adulta, as mulheres estão, pois, mais salvaguardadas da do-ença cardíaca, aumentando o risco com a “chegada” da menopausa. Há uma menor produção hormonal, as-sociada ao declínio da fertilidade fe-minina, o que aumentará a vulnera-bilidade do coração aos factores de

Quando se pensa em doença cardíaca pensa-se com mais probabilidade no masculino. Mas a verdade é que o coração da mulher também corre riscos. Surgem é mais tarde e com sintomas mais discretos.

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FARMÁCIA

doenças cardíacas •••

Coração no feminino risco. Homens e mulheres passarão, assim, a ter probabilidades semelhantes de doença cardíaca.Ainda assim, não é uma fatalidade. Antes pelo contrário, esta diferença em relação aos homens pode ser uma vantagem para as mulheres pois têm os anos anteriores à menopausa – a maior parte da vida, afinal, para reduzirem o risco de doença cardíaca. Há factores que não podem ser modifi-cados: é assim com a hereditariedade, na medida em que a doença cardíaca tende a predominar em certas famílias, nomeadamente devido à genética, mas também devido aos comportamentos adquiri-dos. Sabe-se que membros de uma mesma família tendem a praticar o mesmo tipo de alimentação, a ter a mesma relação com o exercício físico e a exibir hábitos idênticos, como fumar (ou não). Mas há outros factores que podem ser alterados, no-meadamente os que estão associados ao estilo de vida (ver caixa). Em matéria de doença cardíaca não há risco zero. Nem para homens nem para mulheres. Quer eles, quer elas, podem e devem zelar pela saúde do co-ração.

prevenir o riscoA saúde do coração está ao alcance de todos nós e passa, essencialmente, pela adopção de um estilo de vida saudável, independentemente do género. Assim:

Alimente-se de uma forma equilibrada – limite o con-sumo de gorduras saturadas e aumente o de fibras, incluindo a cada refeição uma dose de legumes e de frutas;

Pratique actividade física - troque o elevador pelas escadas, ande a pé ou de bicicleta, nade; não é preci-so ir ao ginásio, o que é preciso é que se comprometa cerca de 30 minutos por dia;

Controle o peso – emagreça o risco, medindo o seu índice de massa corporal e estabilizando os quilos adequados para a sua estatura;

Apague os cigarros – o fumo do tabaco contém subs-tâncias tóxicas que entram na circulação sanguínea, afectando a sua saúde cardiovascular;

Vigie a pressão arterial, o colesterol e a glicemia – estes são factores de risco importantes: se os seus valores excederem os normais, consulte um médico; se já toma medicamentos, respeite a terapêutica;

Aprenda a gerir o stress – faça pausas para relaxar: ler um livro, fazer uma sesta, tomar um banho de es-puma ou conversar com os amigos previnem os esta-dos ansiosos e depressivos.

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atenÇÃoà pequenada! Com o início do ano lectivo agendado para meados de Setembro e com o bom tempo a manter-se, o mais prová-vel é que, mesmo em aulas, os finais de tarde e os fins-de-semana convidem a muita brincadeira no exterior.E quando os miúdos andam mais sol-tos, a diversão e a curiosidade juntam--se e podem significar algum risco. É que, mais ou menos inofensivos, os acidentes espreitam por entre as brin-cadeiras. É uma possibilidade a que os adultos devem estar atentos, acompa-nhando de perto os movimentos das crianças.

picadas pelo arNo Verão, os insectos, assim como as crianças, parecem estar também mais despertos. As picadas nos mais peque-nos são, nesta época, mais frequentes. As reacções podem ser mais ou menos exuberantes, sendo que nos casos de vermelhidão e inchaço poderá recor-rer ao aconselhamento farmacêutico. Habitualmente, as picadas de insectos provocam apenas uma pequena man-cha na pele, erupção e, por vezes, ligei-ra sensação de dor. Nestes casos bas-

ta lavar o local da picada com água e sabão, para evitar infecções; recorrer a compressas frias ou gelo, para aliviar a dor e reduzir o inchaço; e se necessário utilizar um anti-histamínico em creme. Para evitar estas picadas, são óptimos recursos os repelentes para colocar na pele, ou os eléctricos para “livrar” de insectos todas as divisões da casa.

arranhões esfoladelas e cia.No campo ou na praia, as alturas cons-tituem um desafio a vencer: trepam às árvores, escalam rochas, sobem, descem, pulam... Nada os detém, tan-ta é a energia. O que torna inevitáveis as quedas e, com elas, os arranhões e as esfoladelas. limpar muito bem a ferida é o essencial, para minimizar o risco de infecção – primeiro, água para lavar, depois um anti-séptico (sem ál-cool) para desinfectar. O mais prová-vel é a hemorragia ser insignificante. Pode todavia acontecer que o sangue não estanque, o que torna necessário pressionar a ferida com compressas estéreis e protegê-la com um penso apropriado. Mas, de um modo geral, o melhor é que as feridas sarem ao ar li-

vre. Pode também acontecer que o gol-pe seja profundo e exija alguns pontos para o suturar. Neste caso é importan-te que se procure um local onde sejam prestados cuidados de enfermagem. Convém, sempre, verificar a validade da vacina anti-tétano.Tempo de férias é também tempo de piqueniques. À sombra das árvores, fazem-se churrascos e organizam-se jogos, o que, quando há crianças por perto, obriga a uma atenção redobrada. É que elas correm entregues à brinca-deira e podem esbarrar no grelhador. Mãos e rosto são as zonas do corpo mais vulneráveis a estas queimaduras. E se houver carvão aceso há ainda o perigo de se libertarem fagulhas, que podem atingir os olhos. Arrefecer a pele deve ser a primeira preocupação, passando a zona atingi-da por água corrente, tépida ou fria, de modo a evitar um choque térmico e que a queimadura se agrave. Aqui convém chamar a atenção para uma ideia er-rada: a de que a manteiga alivia; nada disso, só ajuda a “empolar” a pele, cau-sando precisamente o efeito contrário. Já sabe: manteiga não, água sim.Já se sabe que no final das férias é muito provável que haja uma ou outra cicatriz para exibir aos amigos de escola.

crianças •••

Feridas ligeiras e picadas de insectos são alguns dos episódios

característicos das brincadeiras dos mais pequenos. Para que o final

seja feliz, bastam alguns cuidados que ajudam a evitar e a ultrapassar

estes contratempos.

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antioxidantes •••

Os radicais livres são produzidos no nosso organismo e resultam, em par-te, dos processos metabólicos que sustentam a vida, principalmente da respiração celular. Nem todos são pre-judiciais – estão envolvidos no combate às bactérias e vírus – mas quando são produzidos em excesso podem danifi-car as células saudáveis. E as causas deste excesso de produção de radicais livres são silenciosas: o fumo do taba-co, a poluição, as radiações solares, o álcool, alguns medicamentos, uma alimentação rica em gorduras e pobre em vitaminas. A solução encontra-se no nosso próprio corpo,com um mecanismo de defesa apro-priado para combater este efeito: os antioxidantes.

o poder dos antioxidantesÉ à alimentação que vamos buscar os antioxidantes de que o organismo necessita, principalmente vitaminas e sais minerais. As principais fontes de antioxidantes são a fruta e os le-gumes, daí a importância de serem

dar vida aos anos

Os antioxidantes “estão na moda”. E percebe-se porquê: ao

combaterem os radicais livres, agentes do envelhecimento

precoce e de associação a diversas doenças, das cardiovasculares às

oncológicas, revelam o segredo mais procurado da humanidade – o

aumento da longevidade.

ingeridos a todas as refeições. O re-comendado é ingerir diariamente cinco porções destes alimentos: três peças de fruta e 200 gramas de le-gumes ou duas peças de fruta e 300 gramas de legumes, dependendo dos gostos de cada um... As vantagens destes alimentos são inúmeras: possuem níveis mínimos de gorduras e um elevado teor de fi-bras, ao mesmo tempo que conferem uma sensação de saciedade, o que leva a um menor consumo de ali-mentos gordos e ricos em açúcares entre refeições. As suas proprieda-des antioxidantes fazem deles bons aliados no prolongamento da juven-tude e oferecem proteção contra do-enças cardiovasculares e oncológi-cas, bem como cataratas, Parkinson e Alzheimer, que são algumas das doenças relacionadas com o excesso de radicais livres.Apesar de o benefício dos alimentos naturais ser significativamente supe-rior, pode-se ainda recorrer, apenas como complemento, aos suplemen-tos vitamínicos, embora nunca sem aconselhamento de um profissional de saúde.

outras abordagens de sucessoA fruta e os legumes são as principais fontes de antioxidantes, mas não as únicas. Existem vários alimentos va-liosos para a nossa saúde, que nos dotam de nutrientes fundamentais. O importante para a obtenção do neces-sário equilíbrio nutricional é variar, não privilegiando uns alimentos em detrimento de outros. Assim, o Be-tacaroteno pode ser encontrado nos brócolos, agrião e demais vegetais de folha verde, cenoura, batata-doce e abóbora; a Vitamina C nas laranjas, kiwi, morangos e frutos silvestres, brócolos, espinafres, manga, tomate, pimento e uvas; a Vitamina E no óleo gérmen de trigo, amendoim, nozes, amêndoas, sementes e óleo de giras-sol, milho, brócolos, espinafres, óleo de soja e azeite; o licopeno no toma-te, melancia e goiaba; os Flavonoides nas uvas, vinho tinto, chá, azeite e azeitonas; o Selénio em cereais pouco refinados, frutos secos, atum e ovo; o, finalmente, o Zinco em ostras, cere-ais integrais, marisco e carne.

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ENVELHECIMENTOA SOLUÇÃO PARA O

PODE ESTAR AQUI

O equilíbrio está

na nossa natureza

*An An antiin�ammatory and reactive oxygen species suppressive e�ects of an extract of Polygonum cuspidatum containing resveratrol. Ghanim H, Sia CL, Abuaysheh S,

Korzeniewski K, Patnaik P, Marumganti A, Chaudhuri A, Dandona P. J Clin Endocrinol Metab. 2010 Sep;95(9):E1-8. Epub 2010 Jun 9.PMID: 20534755 [PubMed - indexed for

MEDLINE] Related citations

*Resveratrol attenuates adenosine diphosphate-induced platelet activation by reducing protein kinase C activity. Yang YM, Wang XX, Chen JZ, Wang SJ, Hu H, Wang HQ. Am J

Chin Med. 2008;36(3):603-13.PMID: 18543392 [PubMed - indexed for MEDLINE] Related citations

*Mitochondrial Protection by Resveratrol. Ungvari Z, Sonntag WE, de Cabo R, Baur JA, Csiszar A. Exerc Sport Sci Rev. 2011 Mar 3. [Epub ahead of print] PMID: 21383627 [PubMed

- as supplied by publisher]

*A Resveratrol and Polyphenol Preparation Suppresses Oxidative and In�ammatory Stress Response to a High-Fat, High-Carbohydrate Meal.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21289251> Ghanim H, Sia CL, Korzeniewski K, Lohano T, Abuaysheh S, Marumganti A, Chaudhuri A, Dandona P.

*J Clin Endocrinol Metab. 2011 Feb 2. [Epub ahead of print]PMID: 21289251 [PubMed - as supplied by publisher]Related citations

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?db=pubmed&cmd=link&linkname=pubmed_pubmed&uid=21289251>

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investigador da Universidade de Harvard.

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O desafio das sociedades modernas é atribuir às pessoas idosas o lugar a que têm direito. Numa lógica de diálogo entre gerações, mas também de promoção do envelhecimento activo. É esse o mote do Ano Europeu para o Envelhecimento Activo e Solidariedade Entre Gerações, que se assinala em 2012.

Vida para além da idade

“Preocupado porque está a envelhe-cer? Preocupado com o seu lugar na sociedade aos 60, aos 70 ou aos 80? Há muito para fazer depois dos 60 – e a sociedade está a tomar cada vez mais consciência e a apreciar o contributo que as pessoas idosas podem ter. É isso o que significa o envelhecimento activo – aproveitar mais da vida à medida que fica mais

velho, quer seja no trabalho, em casa ou na comunidade. E isso pode ajudá-lo, não apenas como um indi-víduo, mas à sociedade no seu todo”.Esta é a mensagem de abertura do site na internet dedicado ao Ano Eu-ropeu para o Envelhecimento Activo e Solidariedade entre Gerações, que se assinala este ano, 2012. uma ini-ciativa destinada a aumentar a cons-

ciência para o contributo que as pes-soas idosas podem dar à sociedade, visando encorajar os decisores políti-cos e parceiros relevantes a todos os níveis a agirem no sentido de criarem melhores oportunidades para o en-velhecimento activo e para o reforço da solidariedade entre gerações.E o que é o envelhecimento activo? Significa, na interpretação da Co-

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FARMÁCIA

envelhecimento •••

missão Europeia, envelhecer com saúde e como membro da socieda-de de pleno direito, sentindo-se pre-enchido na profissão, independente na vida quotidiana e envolvido como cidadão. O desafio é tirar o máximo partido das potencialidades de cada um mesmo numa idade avançada.São três as áreas em que este Ano Europeu se propõe promover o envelhecimento activo. uma de-las é o emprego: à medida que a esperança de vida aumenta em toda a Europa, a idade da reforma também aumenta, mas – alerta a organização da iniciativa – muitas pessoas receiam não serem capazes de manter os actuais empregos ou encontrar outro emprego até conseguirem reformar-se com uma pensão decente. Daí a necessidade de “dar aos trabalhadores mais velhos melhores oportunidades no mercado de trabalho”.

A participação na sociedade é ou-tra das áreas em foco. O ponto de partida é a convicção de que a re-forma não significa inutilidade. O contributo das pessoas mais velhas à sociedade, como cuidadores de outros, nomeadamente os cônju-ges ou os netos, é pouco valoriza-do, bem como o seu papel como vo-luntários. O que este Ano Europeu se propõe é precisamente valorizar estes papéis. Finalmente, a independência. É um facto que a saúde declina à medi-da que se envelhece, mas há muito que pode ser feito para contrariar e para lidar com este declínio. Pe-quenas mudanças no ambiente po-dem fazer uma grande diferença na qualidade de vida, com os promoto-res do Ano Europeu a defenderem a importância de os idosos serem responsáveis pela sua própria vida tanto quanto possível.

mente sã em corpo são“Mente sã em corpo são” é uma expres-são com origem latina e que simboliza, mais do que nunca, o grande desafio do envelhecimento. Quando se pensa em envelhecimen-to é muito provável que se pense logo em saúde, isto é, em doenças. Porque é um facto que, com o avançar da idade, o corpo muda, fica mais frágil, menos resistente.E é igualmente um facto que a proba-bilidade de desenvolver doenças au-menta, sendo frequente que os idosos sofram de vários problemas em simul-tâneo. Mas também acontece que ho-mens e mulheres cheguem à terceira idade “sãos como um pêro”, como se costuma dizer.Seja como forte, é preciso zelar pela saúde do corpo e da mente. No que

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envelhecimento •••

mais anos com saúdeAcrescentar vida aos anos é o de-safio numa altura em que a ciência prolongou a esperança de vida e ajudou a manter controladas do-enças que outrora eram fatais. E é um desafio que se vence seguindo algumas recomendações. Assim:

• Faça uma alimentação equilibra-da – Com mais frutas, vegetais e cereais e menos gorduras, menos sal e menos açúcar, além de líqui-dos em abundância;

• Proteja os ossos da osteoporose – Com o cálcio fornecido pelos ali-mentos (lacticínios e peixe, entre outros) e com exercício físico, para fortalecer músculos, articulações e ossos;

• Previna o risco de quedas – Or-ganizando a casa à prova de aci-dentes (sem tapetes e fios sol-tos e outros objectos no meio do caminho, com barras de apoio e luzes de presença, por exemplo), usando calçado anti-derrapante e, se necessário, apoios à marcha (bengala);

• Treine a memória – Falando com outras pessoas, lendo e fazendo exercícios como palavras cruza-das, evocando acontecimentos do passado;

• Evite o isolamento – Mantendo bom relacionamento com fami-liares e amigos, saindo de casa, envolvendo-se na comunidade;

• Previna a doença – Indo ao mé-dico regularmente, fazendo os exames de rotina recomendados;

• Construa a autonomia – Fazendo planos, organizando o dia-a-dia, ocupando os tempos livres.

respeita ao corpo, é essencial pra-ticar uma alimentação saudável. É certo que as necessidades nutricio-nais mudam, pois um corpo que gas-ta menos energia também precisa de menos calorias. Mas isso não deve ser uma desculpa para descurar a alimentação. Frutas, vegetais e ce-reais são indispensáveis, devendo predominar nas refeições. Pelo con-trário, as gorduras, o sal e o açúcar devem ser consumidos com muita moderação. Aumentar a ingestão de líquidos é essencial, para prevenir o risco de desidratação. Tanto mais que com o avançar da idade é possível que se vá perdendo a sensação de sede. E os líquidos também ajudam a diluir as substâncias químicas que circulam no sangue em consequência da toma de medicamentos.

Devem ser feitas refeições leves, vá-rias vezes ao dia, mas sem que haja grandes intervalos entre cada uma delas.Para a saúde do corpo contribui tam-bém a actividade física. O envelheci-mento torna os movimentos e os re-flexos mais lentos e o andar menos seguro, mas isso não significa que os dias tenham de ser passados em casa. A mobilidade pode não ser a de outros tempos, mas nada impede que se saia para um passeio e que se exercitem músculos e articulações. Andar ao ar livre fortalece o corpo: o coração fica mais resistente, a res-piração mais fácil, os ossos mais fortes e o peso mantém-se dentro dos limites saudáveis. Além de que se espairece a mente, dissipando as sombras do isolamento e de uma possível depressão.

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O nome não deixa margem para dúvidas sobre os propósitos da ANEPES - Associação Nacional dos Enfermeiros Promotores do Envelhecimento Saudável. Criada em 2008, esta associação está vo-cacionada para o apoio à pessoa e à família no processo de envelheci-mento.E porque valoriza a partilha de co-nhecimentos e experiências, inte-grou a Plataforma Saúde em Diálo-go, uma associação sem fins lucra-tivos que representa doentes cróni-

envelhecimento •••

E, a propósito de mente, o contacto com outras pessoas é essencial nes-ta etapa da vida. Manter as amizades de sempre ou fazer novas amizades é meio caminho andado para escapar ao isolamento e à tristeza. E com os outros, não importa que idade se tem, aprende-se sempre, descobrem-se novos interesses, partilham-se vi-vências.Tal como o corpo, a mente também se treina: ler, jogar às cartas, fazer puzzles, costurar, experimentar no-vas receitas de cozinha, dedicar-se à jardinagem são actividades que esti-mulam o sistema nervoso. O diálogo entre gerações faz igual-mente parte do envelhecimento ac-tivo. Na família, cuidando dos netos, por exemplo, ou na comunidade, nomeadamente fazendo voluntaria-do em escolas ou bibliotecas. Todos saem a ganhar com a partilha de vi-vências.

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Rins •••

Dizer que a água é sinónimo de saúde parece ser já um lugar--comum. Desde cedo, na escola, ensinam-se todas as funções des-de líquido “miraculoso” e aquilo que, claramente, justifica todos os benefícios associados: é que o corpo humano é constituído 50 a 60 por cento de água, no caso de um adulto, e cerca de 75 por cen-to, no caso de um recém-nascido. A água é essencial para garantir muitas das nossas funções vitais como sejam regular a temperatu-

um dos quatro elementos da natureza, a água é fundamental à vida. No entanto, existe uma pequena parte de nós para a qual a água, mais do que essencial, é vital: são os rins, verdadeiros filtros naturais que, quando estimados, contribuem para o bom funcionamento do corpo humano.

filtros naturais

ra corporal, remover os resíduos do nosso metabolismo, hidratar a pele, lubrificar as articulações e transpor-tar os nutrientes até às células atra-vés da circulação sanguínea, entre outros.Em pleno Verão, a água torna-se ain-da mais necessária, sobretudo, para os rins, que sem ela não cumpririam todas as suas funções.Estes dois órgãos, em forma de feijão dispostos simetricamente no nosso abdómen, podem parecer pouco im-portantes, mas são fulcrais para uma

vida saudável. São eles os respon-sáveis pela filtragem dos resíduos transportados pelo sangue, eli-minados depois através da urina. Controlam a quantidade de água presente no organismo e são tam-bém produtores de algumas hor-monas que controlam, por exem-plo, a pressão arterial e a produção de glóbulos vermelhos. Com um papel tão importante, qualquer alteração no seu funcio-namento pode dar origem a pro-blemas de saúde mais complicados

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que são, muitas vezes, silenciosos. Na verdade, à excepção dos cálculos renais, conhecidos por “pedra no rim”, as patologias renais apenas se manifestam quando já há danos.Por isso nunca a palavra “prevenção” fez tanto sentido. Para um eficaz funcionamento dos rins e, logo, para se viver em saúde, é necessário tratá--los bem através da ingestão regular de água e de uma alimentação regrada.

Saúde pela águaNum adulto, a quantidade de água ingerida diaria-mente não deve ser inferior a um litro e meio, para que se mantenha o equilíbrio hídrico, por exem-plo, de uma pessoa sedentária que viva num clima temperado como o português.Cumprir este princípio parece, por vezes, uma tarefa complicada mas, contas feitas, basta-rão entre seis a oito copos de água ao longo do dia: ao acordar e ao deitar e sempre antes de cada refeição. No final, o resultado deve-rá ser urina clara – um dos sinais de uma boa saúde renal. um cenário contrário tenderá, no entanto, a ser sinónimo de problemas. Esperar que se sinta sede é um mau princípio, já que essa informação demora a ser transmitida pelo cérebro e, quando essa alerta é dado, significa que o corpo já está em défice hídrico. um dos sinais de desi-dratação é a existência de uma urina mais escura e em menor quantidade, que prova de que os rins não estão a funcionar correctamente e os resíduos tóxicos não estão a ser eliminados devidamente. Por esta razão, é preciso ter consciência de que a saúde está mesmo na água.

Sal significado de “mal”É também sabido que o consumo excessivo de sal nada tem de benéfico, seja para que órgão for. Para os rins, se consumido com moderação, cerca de cinco a seis gramas por dia, tal como a água, pode ajudar a um bom funcionamento.Contudo, o excesso prejudica o equilíbrio hídrico do organismo e uma das provas mais simples dos seus malefícios está relacionada com a “tensão” arterial. O sal é um factor de risco da hipertensão arterial que, por sua vez, é um factor de risco das doenças renais. A verdade é que a hipertensão danifica os vasos sanguíneos dos rins, impedin-do-os de expelir os resíduos através da urina e de regular o equilíbrio hidro-electrolítico do nosso organismo. E, aqui, ganha todo o sentido uma lição que deve ser estudada e bem aprendida: reduzir o sal no tempero da comida, eliminar alimentos

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Rins •••pré-cozinhados e enlatados, bem como muitos produtos de charcutaria, que habitualmente têm excesso de sal. Es-tes são os primeiros passos para um bom funcionamento dos rins e para o bem-estar de todo o corpo.

prevenção e atençãoVigiar alguns sinais de alerta será sem-pre importante para controlar a saúde dos rins. Mãos e pés inchados; altera-ções no aspecto na urina; urgência em urinar, sobretudo à noite; dificuldade em urinar ou urina menos abundante e perda de apetite e de peso são alguns dos indicadores da necessidade de re-correr ao aconselhamento de um pro-fissional de saúde. Atenção redobrada deve ser dada, também, às doenças que ameaçam os rins como a hiperten-são arterial, gota, otites, hipertrofia da próstata e infecções urinárias. A pre-venção passa por vigiar e tratar estas patologias, fazer análises regulares, sempre que se justifique, beber muita água, reduzir a ingestão de álcool, dei-xar de fumar e urinar com frequência,

evitando a retenção da urina na be-xiga, pois pode favorecer o apareci-mento de infecções urinárias.

diga-me o que come…Saber o que se come ajuda a perce-ber como está a sua saúde renal. É que para o bom funcionamento dos rins existem alimentos a privilegiar e outros a evitar. Cenouras, couve, espinafres, pêssegos, melão, bró-colos, e tantos outros alimentos ri-cos em vitamina A são bons amigos dos rins, pois esta vitamina está ale-gadamente associada ao bom fun-cionamento dos rins, contribuindo para a prevenção da formação de cálculos renais. No lado oposto, a evitar ou consumir apenas em do-ses moderadas, todos os alimen-tos com elevado teor proteico e/ou muito ricos em sal e colesterol. No entanto, é necessário reter que o segredo de uma boa saúde renal passa não pela total supressão de determinados alimentos, mas pelo seu consumo moderado.

Cenouras, couve, espinafres, pêssegos,

melão, brócolos, e tantos outros

alimentos ricos em vitamina A são bons

amigos dos rins

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Quando o suor é demais…

Todos transpiramos, mas há pessoas que suam mais do que outras. E pessoas a quem o suor incomoda muito, perturbando mesmo a sua vida social. São pessoas com hiperidrose

A transpiração é uma função vital do nosso organismo, na medida em que funciona como um regulador da tem-peratura interna: na prática, permite ao corpo perder calor e recuperar o equilí-brio térmico. Assim sendo, transpirar é natural. Mas a verdade é que no Verão parecemos dar mais pela transpiração, na medida em que o calor aperta no exterior, obrigan-do o organismo a produzir mais suor.É o sistema nervoso simpático que “co-manda” este processo, regulando as glândulas que são responsáveis pela produção de suor. Estas glândulas exis-tem em praticamente todo o corpo, po-dendo libertar até dois litros de suor por hora ainda que, em média, a produção de suor ronde os 100 ml por dia. Apesar de terem em comum a produção de suor, existem dois tipos de glândulas sudoríparas. umas, chamadas écrinas, distribuem-se por todo o corpo, apesar de estarem presentes em maior quan-tidade nas palmas das mãos e dos pés. Só não existem nas unhas, nos lábios e nos genitais. Reagem ao calor, mas

também aos estímulos psíquicos, liber-tando uma solução aquosa, rica em sal e amoníaco que quase não se vê e não tem cheiro.As que dão má fama à transpiração são outras. São as glândulas apócrinas, que se localizam sobretudo junto aos genitais e nas axilas. É na puberdade que estas glândulas se desenvolvem e são elas as responsáveis pelo odor pró-prio de cada pessoa.O cheiro desagradável do suor está associado a estas glândulas. Vejamos como. O suor é composto principal-mente por água, alguns sais minerais, como o cloreto de sódio, e algumas substâncias orgânicas e produtos do nosso metabolismo. Estas substâncias são posteriormente degradadas pelas bactérias, presentes nas axilas e nos genitais, onde encontram um ambiente mais propício ao seu desenvolvimento – calor e humidade, utilizando os nu-trientes libertados com a transpiração para se “alimentarem”, degradando--os. O resultado pode ser a libertação de odores menos agradáveis…

uma doençaque embaraçaEste cenário pode acontecer a qual-quer pessoa em qualquer altura. Mas há pessoas que suam em abundância e constantemente. São pessoas que apresentam o rosto constantemente salpicado ou que têm as mãos perma-nentemente húmidas ou até que sur-gem com a parte superior do vestuário manchado aqui e ali.A um primeiro olhar podem ser rotula-das de pouco higiénicas, mas a verdade é que a higiene pode ter pouco ou nada a ver com essa transpiração excessiva: pode ser uma situação de hiperidrose. Na origem desta desordem está uma disfunção do sistema nervoso cuja cau-sa ainda não é totalmente conhecida. A hiperidrose pode afectar todo o cor-po ou restringir-se a regiões como as mãos, pés, axilas e face .Homens e mulheres parecem sofrer de igual forma deste distúrbio, que pode começar a manifestar-se ainda na in-

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FARMÁCIA

suor •••

fância e que tem impacto ao nível psi-cológico e social. A hiperidrose pode trazer consequências negativas do ponto de vista emocional, social e até no desempenho de algumas funções básicas do dia-a-dia.Daqui pode resultar a tentação de estar sempre a lavar as mãos, to-mar banho ou mudar de roupa com frequência. Mas, ainda que a higiene ajude, não resolve o problema. O ideal é consultar um especialista – neste caso, um endocrinologista que pode recomendar alguns cuidados e tratamentos que podem ajudar a con-trolar a transpiração excesso, embo-ra não haja propriamente um medica-mento que actue directamente sobre a hiperidrose.Nas situações mais graves, após ava-liação médica cuidada, pode haver lugar a cirurgia, destinada a suprimir os estímulos nervosos às glândulas sudoríparasO importante é que, perante os sinto-mas de uma transpiração mais abun-dante que o normal, se procure ajuda médica, antes que o problema afecte a qualidade de vida.

À prova de suorO suor é natural, mas nada melhor do que garantir que o nosso cheiro não incomoda os outros. O mesmo é dizer que o melhor é usar deso-dorizante. Alternativas há muitas, em spray, stick, roll-on ou creme. Em caso de transpiração mode-rada, podem ser usados desodo-rizantes da linha do perfume que

se aplica diariamente. À base de alguns agentes bactericidas e sais de alumínio, são eficazes na dimi-nuição do odor da transpiração, ao mesmo tempo que reduzem o nú-mero de bactérias e as impedem de degradar os componentes do suor. Deixam uma fragrância envolvente e costumam ser eficazes por cinco a seis horas consecutivas.Já para os casos de transpiração mais abundante, são preferíveis os anti-transpirantes, que contêm in-gredientes que actuam nos canais das glândulas sudoríparas, con-trolando a saída do suor. A sua ac-ção mantém-se normalmente por 24 horas. Apesar de reduzirem a quantidade de suor, não interferem no processo de arrefecimento do corpo.Para os pés, tal como para as axilas, pode ser necessário um produto que regule a produção de suor. Cui-dados como evitar meias e calçado sintético e a prática de uma higiene rigorosa contribuem para prevenir a proliferação de bactérias e fungos, evitando também os maus odores.

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o que é a malária?

A malária ou paludismo é uma infec-ção devida a um parasita microscópi-co denominado Plasmodium que se transmite através da picada do mos-quito Anopheles fêmea. No organismo humano, os parasitas multiplicam-se no fígado e infectam depois os glóbu-los vermelhos. Os sintomas consistem em febre elevada (40º C ou mais) dor de cabeça intensa, vertigens, delírio e confusão, que aparecem regra geral 10 a 15 dias depois da picada do mosqui-to. Em 2010, a malária causou cerca de 655000 mortes, sobretudo em crianças africanas. O paludismo vitima predo-minantemente as populações locais mas afecta os turistas que se dirigem para zonas de alto risco, incluindo as crianças e as grávidas. Não é por acaso que são insistentes as recomendações para que as pessoas que viajam prin-cipalmente para as regiões tropicais, África subsariana, América Central e do Sul mas também o Sudeste Asiático se devam prevenir recorrendo a uma consulta de saúde do viajante. Em ter-mos gerais, estas consultas trazem múltiplos benefícios, pois contribuem para o controlo de doenças infecciosas

(caso da poliomielite, sarampo e malá-ria, protegem os viajantes internacio-nais contra doenças infecciosas endé-micas dos países de destino e reduzem a importação de doenças infecciosas para o nosso país.Estima-se em 300 milhões o número de pessoas que anualmente sofrem de malária.Não existe, por ora, a vacina para a pre-venção da malária.

como se previne?A prevenção do paludismo assenta em dois princípios de base: proteger-se contra as picadas dos mosquitos e to-mar um tratamento preventivo adap-tado ao local onde se vai trabalhar ou gozar férias (o paludismo trata-se com medicamentos que bloqueiam a acção do parasita, são os medicamentos anti-palúdicos ou quimioprofilaxia).Proteger-se contra as picadas dos in-sectos é o mesmo que os manter à dis-tância. As medidas essenciais da pre-venção exigem alguma disciplina para que a tomada de precauções tragam bons resultados, como sejam:• Evite sair ao amanhecer e ao entar-

decer, altura do dia em que é maior a concentração de insectos;

• Evite andar ao ar livre com roupas muito coloridas e largas: prefira peças mais justas ao corpo que cubram braços e pernas (assim é menor o risco de atrair insectos ou de ficarem alojados dentro das pe-ças de vestuário);

• Evite locais com muita vegetação, próximo de rios, lagos e barragens ou onde encontre ninhos de insec-tos;

• Não use cosméticos ou perfumes com cheiros activos, porque atraem os insectos;

• Mantenha alimentos e bebidas ta-padas;

• Aplique um repelente de insectos na pele (os repelentes evitam a aproxi-mação dos insectos, oferecem pro-tecção por algumas horas, compre com aconselhamento farmacêuti-co);

• usar, sempre que possível, mosqui-teiros impregnados com insecticida e fumigar as divisões da casa onde habita com insecticida de acção residual (considera-se a melhor forma de dissuadir a presença dos mosquitos que são os vectores da infecção).

Importa desenvolver este assunto dos repelentes de insectos, já que a utiliza-

prEvEnção E trAtAmEnto DA mAláriA:Saiba tirar partido do aconselhamento farmacêutico

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FARMÁCIA

ção segura e efectiva destes produtos deve ter em conta algumas precau-ções de manuseamento, tais como: não exceder as doses recomendadas; não aplicar debaixo da roupa, em pele lesada, nos olhos ou mucosas; se utili-zar protector solar concomitantemente com o repelente, este deve ser o último a ser colocado sobre a pele; aplicar o repelente apenas ao ar livre, não va-porizando directamente para a face, seguindo sempre as instruções do fabricante; lavar bem as mãos a cada aplicação.Por definição, estes repelentes evitam a aproximação dos insectos, proporcio-nam uma protecção duradoura e são efectivos contra uma grande varieda-de de insectos em todas as condições climatéricas e têm aspecto e textura agradáveis. Observe-se que os repe-lentes sintéticos são normalmente pesticidas para uso humano e preci-são de autorização prévia da Direcção-Geral de Saúde para a sua comerciali-zação. Apresentam-se em gel, creme, aerossol e leite corporal.Em que consiste a terapêutica contra a malária? A posologia no adulto é de um comprimido por dia. A dose diária deve ser tomada com alimentos ou leite para assegurar a máxima absor-ção, todos os dias à mesma hora. Caso ocorram vómitos até uma hora após a toma, a dose deve ser repetida o mais rapidamente possível. Deve ter-se em conta a profilaxia contra a malária: iniciar-se nas 24 a 48 horas prévias à entrada numa região endémica de ma-lária; continuar durante o período de estadia, não devendo o tratamento ul-trapassar os 28 dias; continuar durante 7 dias após o abandono da região. No caso de omissão de uma dose, o medi-camento deve ser tomado o mais rapi-damente possível. Mas há um conjunto de factores a con-siderar antes de tomar um medica-mento antimalárico:• Alergias: o medicamento não deve

ser tomado por pessoas com hi-persensibilidade a certos princípios activos, motivo pelo qual um utente responsável deve prevenir o profis-sional de saúde antes da prescrição;

• Gravidez: a segurança da adminis-

tração não está estabelecida e o ris-co potencial é desconhecido;

• Aleitamento: estes medicamentos não devem de ser administrados na mulher à amamentar;

• Interacções: certos tratamentos po-dem ser desaconselhados, o médi-co seguramente que esclarecerá o doente e prescreverá as alternativas que considerar mais interessantes.

Estes medicamentos, como quaisquer outros, podem apresentar efeitos se-cundários, os mais frequentes são a dor abdominal, dores nas costas, diarreia, náuseas, vómitos ou dores musculares e menos frequentes mani-festam-se por desconforto abdominal, indigestão ou perda de apetite. Como em todas as situações em que surjam reacções adversas graves, o médico deve ser informado e consultado.E quais são as regras da quimioprofi-laxia do paludismo? É ao médico que compete decidir quanto à natureza do tratamento preventivo adaptado ao seu caso e ao local para onde vai trabalhar ou viajar. Não esqueça a regra de ouro de nunca reutilizar o resto de um trata-mento anterior ou medicamentos usa-dos por qualquer outra pessoa. Estes medicamentos são melhor tolerados ou absorvidos quando são tomados durante ou após a refeição e engolidos com bastante água. É também ao mé-dico com compete informar a duração do tratamento após o seu regresso de férias ou local de trabalho. É comum que o medicamento comece a ser to-mado uma semana antes, continue durante toda a estada e prolongar-se durante mais um mês após o regresso. Esclareça-se que nenhuma terapêuti-ca é completamente eficaz para evitar infecção. Caso sobrevenha febre ele-vada numa zona infestada de malária, deve ser examinado de imediato pelo médico.

como tirar partido do aconselhamento farmacêuticoNa farmácia, pode dispor de informa-ção sobre como manter os insectos à distância, a melhor escolha de repe-

lentes e os cuidados de âmbito gené-rico a ter quando viaja para destinos internacionais (composição da farmá-cia básica, recomendações de higiene alimentar e sanitária, a necessidade de beber muitos líquidos, evitar certas ex-posições solares, o uso de protectores solares, a escolha de vestuário adequa-do, etc.). Junto do seu farmacêutico poderá ob-ter todos os esclarecimentos sobre medicamentos antimaláricos. Não esqueça que na selecção do medica-mento antimalárico são tidas em conta as condições particulares do indivíduo, nomeadamente patologias, a existên-cia ou não de condições particulares, a região para onde vai viajar e o tem-po de permanência na região endémi-ca da malária. Por isso, esclareça-se muito bem sobre os medicamentos que está a tomar, quais as alergias de que sofre, podem ser elementos muito importantes para a prescrição médica. Se por acaso julga que a prevenção da malária pode ser feita através de re-médios à base de ervas, vitamina B1 aparelhos electrónicos que prome-tem afastar os mosquitos, informe--se junto do seu farmacêutico sobre a completa inutilidade de tais produtos métodos ou aparelhos, indesejáveis na profilaxia da malária. Além disso, o seu farmacêutico dar-lhe-á conse-lho que reforce a terapêutica institu-ída antes de se iniciar a viagem e lhe dirá que é de extrema importância o cumprimento rigoroso do plano de quimioprofilaxia indicado pelo médico.Por último, não se esqueça que o seu farmacêutico o pode ajudar para a sua consulta de saúde do viajante. Existem centros de vacinação internacional em vários pontos do país, há informação disponível no Portal de Saúde sobre saúde em viagem (www.min-saude.pt/portal) e quanto à prevenção de do-ença há informações úteis no Portal da Saúde Pública (www.saudepubli-ca.web.pt). Se tiver dificuldade em conectar-se ou precisar de esclare-cimentos suplementares não hesi-te em pedir mais aconselhamento farmacêutico para viajar com todo o conforto e segurança.

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FARMÁCIA

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Impactos respiratórios dos incêndios florestais

Jaime Pina

Fundação Portuguesa do Pulmã[email protected]

Inspire, ExpireConselhos da Fundação Portuguesa do Pulmão

Os incêndios florestais são uma reali-dade crescente e devem ser integrados no âmbito do aquecimento global, em curso. Na metade norte do continen-te americano e na Europa os verões têm sido marcados por este tipo de incêndios, com intensidade crescente. E, neste contexto, Portugal ocupa um lugar de destaque, pois é o país do sul da Europa com maior percentagem de mata ardida.Estes incêndios são verdadeiras ca-tástrofes naturais com implicações a vários níveis. Destroem a fauna e a flora locais, por vezes de forma irre-versível, permitindo a sua substituição por espécies não autóctones, quantas vezes infestantes. Degradam os solos, desnudando-os de vegetação e permi-tindo que as chuvas arrastem o solo arável, por vezes de forma definitiva - os incêndios florestais são importantes agentes de desertificação. libertam para a atmosfera milhões de toneladas de gazes com efeito de estufa, contri-buindo para o aquecimento global, criando, assim, condições para novos incêndios florestais.Também ao nível da saúde das po-pulações os incêndios têm um efeito nefasto. Se bem que todas as pessoas possam sentir-se afetadas pela polui-ção produzida na sequência dos fogos florestais, o problema é mais acen-tuado nos chamados grupos de ris-co: crianças, idosos e doentes do foro

respiratório. Que impactos se podem esperar da inalação desta forma de po-luição atmosférica? Os doentes asmá-ticos desencadeiam crises de asma; os doentes com DPOC apresentam exa-cerbações da sua doença, muitas vezes com descompensação da função respi-ratória; os doentes insuficientes respi-ratórios crónicos sofrem agravamento da sua insuficiência. Em todas as pes-soas mas, sobretudo nos referidos gru-pos de risco, verifica-se um importante acréscimo do número de infecções do aparelho respiratório - sinusites, bron-quites e pneumonias com importantes impactos sanitários.Neste contexto, é expectável que se ve-rifique um maior número de episódios de urgência hospitalar, de internamen-tos e de mortalidade por descompen-sação cardiorespiratória.Os bombeiros, grupo profissional que se encontra na primeira linha do com-bate aos fogos florestais, são particu-larmente afectados por esta forma de poluição. Para além das intoxicações agudas, devidas à inalação do fumo dos incêndios, este grupo profissional apre-senta maior percentagem de sintomas respiratórios e de alterações da função respiratória que a população, em ge-ral. Muitas vezes irão permanecer com grande sensibilidade brônquica, res-pondendo com episódios de obstrução a todas as agressões dos brônquios - é a chamada síndroma de disfunção rea-

tiva das vias aéreas. Perante esta rea-lidade impõe-se a pergunta: que fazer para evitar os impactos desta forma de poluição atmosférica? Algumas atitu-des impõem-se:Se puder abandone o local onde se se está a desenrolar o incêndio.O uso de equipamento de protecção respiratória - máscara - deve ser im-plementado de imediato.Não deixe o fumo entrar na sua habi-tação. Feche as janelas, calafete as frinchas e só a ventile após o problema estar resolvido.Beba líquidos.Não manipule outros produtos tóxicos, tais como tintas, vernizes, detergentes ou desinfectantes.Não fume, nem permita que se fume perto de si.Sem estiver sob tratamento respirató-rio, cumpra o esquema que lhe foi pro-posto pelo seu médico, sem esquecer a eventual medicação SOS.Se for um doente insuficiente respira-tório crónico, sob tratamento com oxi-génio, é altura de o fazer de acordo com as instruções que lhe foram dadas pelo seu médico.Na sequência do desordenamento ter-ritorial, os incêndios florestais são uma realidade inexorável. Estar preparado para evitar ou minimizar os respectivos efeitos na saúde das pessoas é uma ex-celente atitude. Proteja-se.

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