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Revista Fecomércio PR - nº 70

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2 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

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P A L A V R A D O P R E S I D E N T E

Darci PianaPresidente do SistemaFecomércio Sesc SenacParaná

REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIOSESC SENAC PARANÁ

www.fecomerciopr.com.br www.sescpr.com.br

www.pr.senac.br

FECOMÉRCIO41 3883-4500 | 41 3883-4530

[email protected]

Presidente do SistemaFecomércio Sesc Senac

Darci Piana

Diretor Regional do SescPaulo Cruz

Diretor Regional do SenacVitor Monastier

Coordenação Geral – NCMNúcleo de Comunicação e Marketing

Walter Xavier

Coordenação SescPaulo Schubert

Diretor Regional Adjunto

Coordenação SenacIto Vieira

Diretor de EducaçãoProfissional e Tecnologia

Editor e Jornalista ResponsávelJoão Alceu Julio Ribeiro

Reg. 0293/DRT-PR

ReportagensJoão Alceu J. Ribeiro, Karen Bortolini,Silvia Bocchese de Lima, Paula Diniz,

Karla Santin e Karina Mikowski

FotosNilson Santana – Reg. 3394/DRT-PR

Ivo José de Lima

RevisãoSilvia Bocchese de Lima, Karen Bortolini,

Karla Santin e Karina Mikowski

Arte e DiagramaçãoVera Andrion

Impressão - CTPGraciosa Gráfica – CuritibaTiragem 10 mil exemplares

Sou um dos ardorosos defen-

sores da máxima que pre-

ga: menos governo, mais li-

berdade para investir.

E por ter essa crença, defendo que

muitas das iniciativas que hoje são dos

governos, passem para a iniciativa pri-

vada.

Saúde, educação e segurança são

as atividades que nossos governantes

deveriam ter como fundamentais. E in-

vestir nelas para atender ao cidadão.

Outras atividades podem ser assu-

midas pelos empresários, em forma de

parceria, quando for necessária partici-

pação do poder público.

Estamos, Sistema Fecomércio Sesc

Senac Paraná e Prefeitura de Curitiba,

dando um exemplo de quando a inicia-

tiva privada pode colaborar com o po-

der público. Estamos entregando aos

paranaenses e ao mundo mais uma

obra patrimônio do Estado, que estava

abandonada e degradada.

Através do Sesc, recuperamos o an-

tigo Paço Municipal, que já foi prefeitu-

ra, museu e – sabe-se agora – merca-

do público e câmara municipal, trans-

formando-o no Paço da Liberdade. Será

utilizado pelo Sesc como um centro ir-

radiador de cultura, de lazer e de pre-

servação histórica.

É por crer na livre iniciativa que fize-

mos essa parceria. É por acreditar que

podemos usar recursos da sociedade

para beneficiar a própria sociedade, que

assinamos este convênio com o Prefeito

Beto Richa.

Trabalhamos em conjunto para de-

monstrar que o empreendedor pode,

sim, fazer obras que estejam sob res-

ponsabilidade do poder público.

O que precisamos, agora, é que o

poder público, em todas as esferas –

municipal, estadual e nacional – com-

preenda essa parceria como uma via

de duas mãos: menos carga tributária

sobre as empresas e sobre o cidadão,

para que tanto empresa quanto empre-

endedor possam retribuir realizando

obras e participando ativamente da

construção da nação.

Creio, firmemente, na livre iniciativa.

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4 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Palavra do Presidente ...................................................................... 3

O pinhão na culinária do Paraná ..................................................... 5

Reforma Tributária ........................................................................... 6

Paço da Liberdade ........................................................................... 8

Senac Cataratas ............................................................................ 14

Certificação de Sindicatos ............................................................. 16

Comércio na Páscoa ...................................................................... 18

Triathlon ......................................................................................... 20

8 PAÇO DA LIBERDADE: UM PRESENTE AO PARANÁ

ÍNDICESenac Cascavel .............................................................................. 22

Dia Internacional da Mulher ........................................................... 23

A história que o Paraná não conhece ............................................ 26

Colégio Sesc São José .................................................................. 28

Unidade Móvel de Gastronomia .................................................... 30

Paranaenses na Esem ................................................................... 32

Senac Empresa ............................................................................. 34

Casa Londres ................................................................................. 36

30 UNIDADE MÓVEL DEGASTRONOMIA14 SENAC CATARATAS 23 HOMENAGEM ÀS

MULHERESEMPREENDEDORAS

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 5www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

O título já diz quase tudo:

“Pinhão Indígena – A Culi-

nária do Paraná”, de He-

lena Menezes, é o primeiro livro patro-

cinado pelo Senac PR e traz em suas

páginas uma extensa pesquisa sobre

a história do pinhão, como símbolo e

como ingrediente, além de outros pra-

tos típicos da culinária do Estado.

Mas, além disso, a obra também

apresenta grande valor educacional.

Já durante sua realização, o livro deu

aos alunos do Restaurante-escola do

Senac a oportunidade de trabalhar

com uma imensa gama de pratos à

base de pinhão, em cardápios que fo-

ram elaborados para quatro terças te-

máticas. Futuramente, será ainda uma

referência sobre o assunto.

A autora explica que a idéia veio de

um trabalho de pesquisa do pinhão

na culinária, que começou nas biblio-

tecas e culminou no intercâmbio de

informações sobre o uso da semente

em receitas que já frequentavam as

mesas de muitos paranaenses. “O

complexo gastronômico do Senac é o

melhor capacitado para explorar o po-

tencial de uma gastronomia regional

baseada na árvore símbolo e torná-

la conhecida no Brasil”, diz Helena.

A culinarista diz também que a tro-

ca de informações e receitas entre ela

e outras pessoas do ramo da gastro-

nomia foi espontânea. “Vi surgir com

elas, um orgulho paranaense que im-

pulsionou a pesquisa. Pude várias ve-

zes ouvir histórias de antigos mora-

dores, principalmente dos Campos

Gerais, onde as florestas de araucári-

as estão melhor preservadas”. Este

intercâmbio de receitas e experiênci-

as durou 18 anos, tempo em que He-

lena atuou como chefe de cozinha.

Durante essas pesquisas, histó-

rias curiosas e “causos” não deixa-

riam de aparecer. A mais surpreen-

dente foi a de um homem de Rorai-

ma, que em visita a Curitiba, provou

a paçoca de amendoim salgada e

confirmou que era uma receita para-

naense. Ele contou com saudade

que seus dois avós já falecidos, pa-

terno e materno, sabiam fazê-la,

aprenderam com seus parentes in-

dígenas nascidos no Paraná e envi-

ados para trabalhar nas minas ge-

rais, fato mencionado no livro.

O presidente do Sistema Feco-

mércio Sesc Senac, Darci Piana, pre-

senteou o Ministro da Previdência

Social, José Pimentel, com um

exemplar do livro, por ocasião da sua

visita a Curitiba, onde realizou uma

reunião na sede da Fecomércio PR.

“Esperamos que a obra ajude a le-

var essa parte tão importante da cul-

tura paranaense, a sua gastronomia,

a muitos lugares do Brasil. Os pra-

tos feitos com pinhão carregam con-

sigo grande parte da história do Pa-

raná e este livro também tem a mis-

são de transmitir essa história para

gerações futuras”, diz Piana.

O pinhão naculinária do ParanáLivro traz a história da semente e seuuso através dos tempos

O VICE-PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO ARI BITTENCOURT; O PRESIDENTE DO SISTEMAFECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA; O MINISTRO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, JOSÉPIMENTEL E O DIRETOR REGIONAL DO SENAC PR,VITOR MONASTIER, NA ENTREGA DOLIVRO AO MINISTRO EM VISITA AO RESTAURANTE-ESCOLA DO SENAC PR.

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6 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Faça seus cálculos: se um

caderno custa R$ 10, onde

estão embutidos R$ 1,80

(18%) de ICMS (Imposto sobre Circu-

lação de Mercadorias e Serviços) e

essa alíquota é reduzida para 12%. O

imposto cai para R$ 1,20. São R$ 0,60

de diferença, na compra de apenas um

caderno, que pode ser vendido ao con-

sumidor por R $ 9,40. Imagine isso, ago-

ra, em centenas de produtos da cha-

mada “cesta básica de consumo”, que

inclui mais de 95 mil itens. De centavo

em centavo, a economia é enorme.

Esse é o cálculo mais simples para

se compreender a minirreforma tribu-

tária promovida pelo Governo do Es-

tado do Paraná, e que entra em vigor

de forma ampla a partir de abril, abran-

gendo produtos que vão de televiso-

res a têxteis.

“A Federação do Comércio do Pa-

raná, juntamente aos sindicatos que

a compõem, tem, constantemente,

apresentado pleitos ao Governo do

Estado do Paraná visando à redução

da carga tributária incidente sobre as

atividades do comércio”, diz o diretor

de planejamento da Fecomércio PR,

Dieter Lengning. “Quando a proposta

foi discutida nas audiências públicas,

a Federação se fez presente para le-

var sua visão favorável ao processo.

Na última audiência realizada em Cu-

ritiba essa visão foi referendada pelo

presidente Darci Piana”, completa.

O governador Roberto Requião foi

enfático ao assinar o documento que

confirma a redução do imposto: “Não

Reforma tributáriaSe o consumidor consome mais, o comércio vende mais e a indústria produz

iríamos, em hipótese alguma, deixar

o empresariado paranaense em con-

dições inferiores de competição”.

A Fecomércio também promoveu

reuniões com os vários setores empre-

sariais do Estado, representados pela

Ocepar, Faep, Fiep, Faciap, Fetrans-

par, além de líderes empresariais do

comércio varejista, colhendo informa-

ções e subsídios de suporte ao proje-

to, acreditando que ele não só favore-

ce os estabelecimentos comerciais,

mas também o consumidor. E se o con-

sumidor sai ganhando, acaba promo-

O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA, COM O GOVERNADOR ROBERTOOMBROS DOS EMPRESÁRIOS.

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 7www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

beneficia toda cadeia de consumo

vendo a movimentação da engrena-

gem da economia.

“Maior poder de compra do con-

sumidor, com preços de produtos

mais acessíveis, proporciona maior

consumo. Isso faz com que o comér-

cio venda mais, a indústria produza

mais e todos saem ganhando,

inclusive o governo, que compen-

sa a redução da alíquota pela

maior quantidade de produtos

vendidos”, analisa o presidente

do Sistema Fecomércio Sesc Se-

nac, Darci Piana, um dos gran-

des estimuladores da medida,

estudada e analisada juntamen-

te ao secretário da Fazenda, He-

ron Arzua.

Com peso menor sobre os

ombros, o empresário, tanto do

comércio quanto da indústria ou

da área de serviços, pode pla-

nejar melhor sua atividade. E

uma consequência direta pode

ser o aumento na geração de

emprego, porque quanto maior

movimento, mais consumidor e

maior necessidade de ter al-

guém atrás do balcão para aten-

der à demanda. Porém, para

que isso aconteça, é importante

– ressalta o secretário – que os

empresários repassem o des-

conto no imposto para o preço

final do produto.

Para Arzua, a medida não tem,

isoladamente, dimensão sufici-

ente para solucionar todas as di-

ficuldades do comércio ou da eco-

nomia de um modo geral. O que se

espera é um efeito multiplicador virtuo-

so, após a redução das alíquotas. Tam-

bém é possível que a medida parana-

ense tenha desdobramentos em ou-

tros estados e que, na hipótese de apro-

vação da reforma tributária do ICMS em

mais. Esse é o objetivo da redução de alíquotas do ICMS no Estado

âmbito nacional, influencie na adoção

das alíquotas nacionais uniformes, o

que está previsto para acontecer ape-

nas por volta de 2021.

Enquanto isso, o Ipardes (Institu-

to Paranaense de Desenvolvimento

Econômico e Social), estrutura meto-

dologia para fazer acompanhamento

dos preços e verificar se a redução

da alíquota do imposto se refletiu no

preço final dos produtos. Segundo o

Instituto, a variação dos 95 mil itens a

partir de abril – quando a lei entra em

vigor na sua totalidade – será acom-

panhada como subproduto da pes-

quisa do IPC (Índice de Preços ao

Consumidor), que é calculado com

base em metodologia desenvolvida

em parceria com a Fipe (Fundação

Instituto de Pesquisas Econômicas).

ArrecadaçãoApesar de a redução do imposto

incidir em um número grande de itens,

ela não irá gerar perda de arrecada-

ção para o Estado. Segundo o Secre-

tário, “um elemento que norteou o pro-

jeto foi que a redução e a elevação de

alíquotas tivesse impacto neutro na

arrecadação, ou seja, para que a mo-

dulação nas alíquotas não implicasse

em perda ou ganho de receita do pon-

to de vista do Estado. Para tanto, a

quantidade de produtos eleitos para a

redução de alíquota e o seu corres-

pondente impacto na arrecadação é

que balizou quanto seria necessário

elevar nas alíquotas dos itens previa-

mente selecionados”.

REQUIÃO: MENOR CARGA TRIBUTÁRIA SOBRE OS

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8 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Ao relatar o

cuidado de um

escritor com a

língua, Olavo

Bilac demons-

tra sua paixão

por escrever, a

preocupação

com a métrica

e rima e também o trabalho minucio-

so de um joalheiro em sua obra. En-

tretanto, a matéria-prima em desta-

que, agora, não são palavras, nem

versos e, tão pouco, metais, embora

a dedicação e cuidado com os deta-

lhes sejam os mesmos. Trata-se do

trabalho de mais de 50 restaurado-

res, que como o dedicado ourives,

cuidaram, cada um nas suas espe-

cialidades, de um dos mais impor-

tantes prédios de Curitiba, o Paço

da Liberdade, uma obra de riqueza

ímpar e com variedade de estilos.

O trabalho de restauro foi resul-

tado de uma parceria do Sistema Fe-

comércio Sesc Senac Paraná e da

Prefeitura de Curitiba. Coube ao po-

der público ceder o espaço e ao Sesc

as obras de revitalização do prédio

que já abrigou o gabinete de 42 pre-

“Invejo o ourives quando escrevo:Imito o amorCom que ele, em ouro, o alto relevoFaz de uma flor.(...)Quero que a estrofe cristalina,Dobrada ao jeitoDo ourives, saia da oficinaSem um defeito.”

8 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA, E O PREFEITO DECURITBA, BETO RICHA, QUANDO DA ASSINATURA DO CONVÊNIO QUE POSSIBILITOU AREFORMA DO PRÉDIO.

]Profissão de Fé – Olavo Bilac ]

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feitos e foi sede do Museu Parana-

ense. O imóvel estava desocupado

desde 2002 e foi preciso mais de

um ano e meio de obras para que

no aniversário da capital paranaen-

se, na comemoração dos seus 316

anos, todo o Estado recebesse de

presente, um novo espaço para a

cultura e para as artes.

No local, funcionará a Unidade

Paço da Liberdade Sesc Paraná, um

centro cultural inovador, que vai pos-

sibilitar a reflexão e o debate de ar-

tistas, o desenvolvimento de talen-

tos e divulgação de trabalhos. “No

Paço, o processo de fomento da pro-

dução artística estará intimamente

ligado à formação contínua, através

de cursos de curta e longa duração,

oficinas pedagógicas, debates e

workshops com artistas renomados”,

informa o diretor regional do Sesc

Paraná, Paulo Cruz.

A parceria com a Prefeitura não

foi apenas nas obras de revitaliza-

ção. O prefeito de Curitiba, Beto Ri-

cha, salienta que o Sesc passa a

ser responsável pelo projeto cura-

torial e pelas ações culturais e pro-

gramações artísticas. Já a Prefeitu-

ra, através da Fundação Cultural,

participará de ações culturais espe-

cíficas.

“A iniciativa do Sistema Feco-

mércio Sesc Senac é ímpar. A insti-

tuição está fazendo um trabalho

exemplar e o poder público está re-

alizando a sua parte, transforman-

do a região do Paço em um local

mais aprazível, atraente e seguro

para as famílias e para os visitan-

tes da cidade”, avalia o prefeito.

EntornoAlém da preocupação de manu-

tenção de um imóvel histórico para

Curitiba, viu-se a necessidade de re-

cuperação, também, do seu entorno.

Novos parceiros aderiram ao proje-

to, e o Serviço Brasileiro de Apoio às

Micro e Pequenas Empresas (Se-

brae-PR), concluiu o diagnóstico no

entorno do Paço da Liberdade, reali-

zando um censo empresarial, atra-

vés da entrevista com empresários e

consumidores, avaliando o nível dos

empreendimentos localizados na re-

gião. “Chamamos empresas e insti-

tuições para que juntos pudéssemos

analisar o diagnóstico e construirmos

um plano de ações. Não podemos

trabalhar de forma desconectada.

Precisamos direcionar as ações e os

recursos para atendermos à neces-

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 9www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Nils

on S

anta

na

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10 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

sidade de melhoria do entorno do

Paço da Liberdade”, avalia a gestora

Projeto Varejo, do Sebrae-PR, Walde-

res de Lourdes Bello.

A gestora salienta que o relatório

mostrou oportunidades para novos

empreendimentos na região. Embo-

ra a pesquisa tenha revelado que 49%

dos visitantes consomem algum pro-

duto e que a maioria busca por ali-

mentos e bebidas, o consumidor foi

enfático ao afirmar que seriam impor-

tantes outras opções de lanchonetes,

restaurantes e, também, o comércio

de artesanato.

Para Beto Richa, o objetivo des-

sas ações é estimular a ocupação

do centro de Curitiba. “Queremos que

as pessoas voltem a morar e consu-

mir na região central”, diz o prefeito e

compromete-se com a revitalização

das ruas Riachuelo e São Francisco,

Praça 19 de dezembro, Passeio Pú-

blico e com a região do Terminal Gua-

dalupe. “Estamos trabalhando em

um plano global para o centro expan-

dido e nossa ideia é consolidar uma

parceria com a sociedade para que

isto se concretize. A cooperação do

Sistema Fecomércio Sesc Senac

nos mostrou isso: com a participa-

ção de todos, conseguimos transfor-

mar a cidade”, avalia Beto Richa.

De acordo com o arquiteto Abrão

Assad, responsável pelos projetos Ar-

quitetônico de Reciclagem e de Ar-

quitetura de Interiores da edificação,

a plena reabilitação do local propici-

ará, também, a revitalização do seu

entorno. “Sua privilegiada localização,

no coração da cidade, aliada a uma

programação adequada, transforma-

rá este local na ‘sala de visitas’ de

Curitiba”, acredita Assad.

ArquiteturaA riqueza dos detalhes encontra-

das em cada ambiente do Paço da

Liberdade foi resultado do trabalho e

talento dos antigos artesãos euro-

peus que moravam na cidade no iní-

cio do século passado. O arquiteto

revela que os imigrantes alemães e

poloneses destacaram-se na marce-

naria presente na obra e que os tra-

balhos com pedras e cantarias, são

próprios da cultura italiana. Ele expli-

ca que a construção é neoclássica,

formada por uma junção de estilos.

Humberto Fogassa, arquiteto respon-

sável pela obra de restauração, a

classifica como “eclética”, de-

tendo detalhes em estilo

art-nouveau.

10 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR

AS PINTURAS DO PRÉDIO DO PAÇO DA LIBERDADE SÃO ATRIBUÍDAS A ARTISTAS COMOJOÃO GHELFI, JOÃO ORTALI E ANACLETO GAUBACCIO.

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Para Assad, este edifí-

cio é um dos mais impor-

tantes de Curitiba, sendo

único prédio curitibano

com tombamento nas três

instâncias: municipal, esta-

dual e federal e enfatiza que

a ação do Sesc-PR em res-

taurá-lo é digna de louvor.

As escavações na obra

revelaram o piso do antigo

Mercado Municipal de Cu-

ritiba e, para resgatar a his-

tória curitibana, Fossaga in-

forma que foram construí-

das quatro vitrines para que

o público possa visualizar

este bem arqueológico.

AmbientesSegundo Assad, o aspecto mais

delicado na reutilização dos espaços

já existentes foi conciliar esses am-

bientes com a inclusão de equipa-

mentos funcionais, que proporcio-

nassem conforto e acessibilidade.

Em seu projeto, fez um detalhamen-

to do mobiliário, iluminação cênica e

funcional, além do tratamento paisa-

gístico. “Desenvolver um projeto de

reciclagem em arquitetura é desafia-

dor e este grau de responsabilidade

se acentua quando a edificação é tom-

bada. Nesta equação, os componen-

tes novos e originais, o antigo e o mo-

derno, apresentam-se com clareza e

em perfeita harmonia”, informa Assad.

Nos quatro pavimentos do prédio,

serão desenvolvidas atividades inter-

dependentes, com eixos teórico e

prático. Paulo Cruz, diretor regional

do Sesc PR, revela que o espa-

ço térreo, denominado de

“Interação”, será

composto de recepção, biblioteca,

sala de leitura, livraria, café cultural e

musical, além de uma plataforma di-

gital de Internet para consultas e pes-

quisas de trabalho.

A palavra chave do segundo pavi-

mento é “Trabalho” e é composto por

salão de exibição áudio visual, pa-

lestras e debates de filmes culturais,

temáticos, educativos e minicinema,

salas de aulas multiuso e laboratóri-

os de produção eletrônica. No tercei-

ro andar, em homenagem ao prefeito

responsável pela edificação do pré-

dio, há a “Sala Cândido Abreu”, onde

seu gabinete foi reconstruído e repre-

senta a estima e a gratidão da comu-

nidade curitibana, que sabe guardar

e valorizar sua memória. Os móveis

formam um conjunto harmonioso por

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 11

O PRÉDIO ABRIGOU O GABINETE DE 42 PREFEITOS E FOI SEDE DO MUSEU PARANAENSE.

UMA DAS QUATRO VITRINES QUE POSSIBILITA AO PÚBLICO VISUALIZAR O PISO DO ANTIGO MERCADOMUNICIPAL DE CURITIBA.

Page 12: Revista Fecomércio PR - nº 70

12 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

serem em estilo manuelino. Este era

o estilo em voga naquela época e, ago-

ra, pode-se reagrupá-los no mesmo

espaço original. Além deste ambien-

te, haverá salas de debates, interação,

conferência e apresentações cultu-

rais, camarim e estúdio de gravação.

Como o objetivo do Paço da Li-

berdade é o resgate, desenvolvimen-

to e difusão da arte em todas as suas

expressões, o quarto pavimento é de-

nominado de “Expressão” – um am-

plo salão para abrigar exposições ar-

“Está sendo uma honra entre-garmos a Curitiba o Paço da Li-berdade em pleno aniversário dacidade. Este local será, dentro depouco tempo, um marco cultural.Todos estamos trabalhando – Fe-comércio, Sesc e Senac – , paracolocá-lo no lugar que merece es-tar, em destaque”. A opinião é dopresidente do Sistema Fecomér-cio Sesc Senac, Darci Piana, oprincipal articulador da reforma,em conjunto com o prefeito BetoRicha. Da visão dos dois empre-endedores surgiu o convênio quepossibilitou entregar ao Sesc arestauração do prédio histórico ea sua posterior utilização comocentro cultural.

“Envolvemos mais de duzen-tos profissionais na restauraçãodo prédio, que é um marco na his-tória da cidade e, por extensão,do Paraná”, continua Piana, en-tusiasmado com a repercussãoe com o gabarito do trabalho re-alizado. A partir da assinatura doconvênio, técnicos do Sesc, doSenac e da Fecomércio foramenvolvidos nos trabalhos que nãose resumiram ao prédio em si,mas também na formulação deestratégias de revitalização do en-torno, levando aos empreendedo-res do comércio de bens, servi-ços e turismo, ações de estí-mulo para a melhoria nãoapenas da parte física

tísticas e culturais. “Esta unidade do

Sesc já nasceu distinta das demais,

trata-se de um ponto turístico de gran-

de visibilidade. O Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac está proporcionando

aos empresários do comércio de

bens, serviços e turismo, a oportuni-

dade de presentear a cidade de Curi-

tiba, no seu aniversário, com um es-

paço cultural que resgatará e difundi-

rá a cultura e a história do Paraná”,

conclui o diretor regional do Sesc PR,

Paulo Cruz.

12 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR

A CONSTRUÇÃO NEOCLÁSSICA REVELA VARIEDADES DE ESTILOS E A RIQUEZA DOTRABALHO DOS ARTESÃOS DO INÍCIO DO SÉCULO XX.

Page 13: Revista Fecomércio PR - nº 70

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 13www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

dos prédios, como também na for-mação profissional de trabalhado-res e gestores.

“O investimento que estamosfazendo no Paço Municipal –agora Paço da Liberdade – sig-nifica dizer que todos os empre-endedores do comércio de bens,serviços e turismo estão, atravésde suas entidades representati-vas, devolvendo à sociedade cu-ritibana um prédio de valor ím-par na nossa história. Resgata-mos um patrimônio que estavaabandonado, e entregamos parausufruto de todos, com a reali-zação de várias ações culturais”,explica Darci Piana.

Para o empresário, Curitibajá é um centro irradiador de cul-tura, reconhecida nacional e in-ternacionalmente. “Com a res-tauração do Paço e os investi-mentos no seu entorno, quere-mos trazer o cidadão de voltapara o centro da cidade, possi-bilitando a ampliação do comér-cio da região. Vamos desenvol-ver não apenas ações culturais,através do Sesc, mas tambémprojetos de qualificação do tra-balhador, através do Senac, e doempreendedor, em parceria como Sebrae. A parceria com a pre-feitura vai possibilitar ampliar a

segurança na região e a recu-peração dos prédios históri-

cos ou não, do local”.

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 13

DETALHE EXTERNO DO PRÉDIO DO PAÇO DA LIBERDADE.

A entrega aos paranaenses desta jóia histórica que é o Paçoda Liberdade, não apenas restaurado, mas funcional como polode cultura e arte, é um exemplo eloquente do que o entendimentoe o sentido de parceria entre o setor público e o privado podemfazer em benefício da comunidade.

É também um exemplo que sintetiza a própria razão de ser doSesc. Um profundo sentido social, que se traduz na preservaçãode uma referência da memória da cidade de Curitiba, na criaçãode mais espaço para as manifestações artísticas, culturais, edu-cativas e na contribuição para a revitalização do espaço urbano.

Ao valorizar essas dimensões, o projeto faz uma ponte unindopassado, presente e futuro. É com iniciativas assim que ajuda-mos a reafirmar o sentido de cidadania e a construir uma socie-dade mais forte, que se conhece e se respeita.

Parabéns ao Sistema Fecomércio Sesc Senac e à prefeiturade Curitiba por este belo exemplo de trabalho coordenado quevem do Paraná.

ANTONIO OLIVEIRA SANTOS –Presidente da Confederação Nacional do Comércio

de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

Um exemplo a ser seguido

Page 14: Revista Fecomércio PR - nº 70

14 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 200914 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

O HOTEL CASSINO IGUAÇU FOI CONSTRUÍDO

EM 1939 E FOI GERENCIADO INICIALMENTE

POR UM CASAL DE ARGENTINOS, SUBSTITUÍ-

DOS NO FINAL DA DÉCADA DE 40 POR JOSÉ

ACYLINO E ROSA CIRILO DE CASTRO. ATÉ

1946, O HOTEL TINHA UM CASSINO, MAS COM

A PROIBIÇÃO DO JOGO NO BRASIL NO

GOVERNO DUTRA, SUAS INSTALAÇÕES

PASSARAM A SER UTILIZADAS APENAS PARA

ATENDER À DEMANDA HOTELEIRA. NELE

HOSPEDARAM-SE PERSONALIDADES ILUS-

TRES COMO MOISÉS LUPION, GETÚLIO

VARGAS E JUSCELINO KUBITSCHECK. NOS

ÚLTIMOS ANOS, O PRÉDIO ABRIGOU INSTITUI-

ÇÕES LIGADAS AO SETOR DE TURISMO E,

ANTES DA REFORMA, FUNCIONAVA NO LOCAL

O ESCRITÓRIO REGIONAL DA SECRETARIA DE

ESTADO DO TURISMO E PARANÁ TURISMO.

Novo Senacem Foz doIguaçu

Page 15: Revista Fecomércio PR - nº 70

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 15www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 15www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

“Esta obra trará grande benefício

para a estrutura hoteleira de Foz do

Iguaçu, que é a segunda maior do

País. O município passa a contar ago-

ra com uma escola de formação de

mão-de-obra qualificada. E isto signi-

fica melhores salários para quem tra-

balha e atendimento excepcional, que

certamente trará mais turistas para Foz

do Iguaçu”. A afirmação foi feita pelo

governador do Estado, Roberto Re-

quião, depois de ter feito visita ao Cen-

tro de Educação Profissional – Senac

Cataratas, quando ainda estava em

obras. O prédio – o antigo Hotel Cas-

sino – tem 2,4 mil metros quadrados

de área construída e será entregue à

comunidade paranaense ainda nes-

te primeiro semestre.

A reforma do prédio está sendo

possível graças a uma parceria en-

tre o Governo do Estado – que in-

vestiu R$ 1,5 milhão – e o Sistema

Fecomércio Sesc Senac, represen-

tado pelo braço institucional de edu-

cação profissional, o Senac (Serviço

Nacional de Aprendizagem Comer-

cial), que colocou outros R$ 450 mil

para adaptações estruturais, além

de R$ 1,25 milhão em equipamen-

tos. A partir da sua inauguração, jo-

vens e trabalhadores de Foz do Igua-

çu e de todo o Estado terão à dispo-

sição cursos profissionalizantes vol-

tados para o setor de hotelaria, tu-

rismo e gastronomia.

“Todos os espaços do Senac Ca-

taratas estão sendo projetados de

forma a atender essa demanda por

cursos que vão formar profissionais

para a hotelaria, o turismo e a gas-

tronomia brasileira”, acentua o pre-

sidente do Sistema Fecomércio Sesc

Senac, Darci Piana, um dos entusi-

astas da nova unidade do Senac no

Estado. “Foz do Iguaçu é o nosso

maior pólo de atração turística, e a

partir dele vamos disseminar para o

resto do mundo nossos profissio-

nais, reconhecidamente qualificados

para atender a esse setor em suas

diferentes áreas”, diz o empresário.

“Queremos nos aprofundar nos

cursos de gestão nas áreas de comér-

cio e turismo, além de dar oportunida-

de à formação de profissionais empre-

endedores, com a implantação de em-

presas pedagógicas como salões de

beleza, restaurantes, lanchonetes e la-

boratórios de podologia, entre outros”,

acrescenta o Diretor Regional do Se-

nac, Vitor Monastier. “Com isso, acres-

centa ele, vamos proporcionar aos

nossos alunos uma vivência profissio-

nal, ao mostrar a dinamicidade de uma

empresa no seu dia-a-dia”, conclui.

De acordo com o secretário do

Turismo, Celso de Souza Caron, esta

foi a melhor destinação que o gover-

no poderia dar ao imóvel, que é parte

do patrimônio histórico de Foz do

Iguaçu. “O centro de formação e ca-

pacitação de mão-de-obra para o

setor turístico vai atender à demanda

da região, além de contribuir com o

desenvolvimento local”, disse.

A REFORMA DO PRÉDIO JÁ FOI CONCLUÍDA E O LOCAL PASSA AGORA PELO PROCESSO DE MONTAGEM DE EQUIPAMENTOSCOMPLEMENTARES, INSTALAÇÃO DO AR-CONDICIONADO E DO MOBILIÁRIO.

Page 16: Revista Fecomércio PR - nº 70

16 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

“Foi uma abertura de novos ho-

rizontes. Os sindicatos vão

crescer muito mais a partir

de agora”, a frase, em tom de satis-

fação, é de Carlos Nascimento, pre-

sidente em exercício do Sindicato do

Comércio Varejista de Foz do Igua-

çu. Ele se referia à realização de

mais uma etapa do Segs (Sistema

de Excelência em Gestão Sindical),

programa desenvolvido pela CNC

(Confederação Nacional do Comér-

Certificação de sindicatosPrimeira etapa do Sistema de Excelência em Gestão Sindical jámudou a vida das entidades

cio de Bens, Serviços e Turismo) em

todo o País e que teve 25 entidades

participantes no Paraná. No fim de

fevereiro, esses sindicatos recebe-

ram a certificação por participação

no programa.

Quem compartilha com ele a

mesma visão de “abertura” proporci-

onada pelo programa é o também

presidente de sindicato, Gélcio Miguel

Schibelbein, que administra o Sesfe-

par (Sindicato dos Estabelecimentos

de Serviços Funerários do Estado do

Paraná). Diz ele: “Estamos muito con-

tentes por termos participado, apren-

demos muita coisa sobre como de-

senvolver melhor o sindicato e cuidar

mais do associado”.

A certificação ocorreu ao fim do

ciclo 2008, nível 1, treinamento intitu-

lato “Rumo à excelência na gestão

sindical”. E os resultados foram ex-

celentes, segundo confirma Leonar-

do Fonseca, da CNC, que esteve em

Acima: CLAUDINEI HERREIRO, PRESIDENTE DO SINDILOJAS UMUARAMA; ANTÔNIO CARLOS PARIETI, PRESIDENTE DO SINCAP; GÉLCIOMIGUEL SCHIBELBEIN, PRESIDENTE DO SESFEPAR; UZIER DE CARVALHO, REPRESENTANTE DO SINCOVAL; PAULO CÉSAR NAUIACK,PRESIDENTE DO SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS DO PARANÁ; CESAR LUIZ GONÇALVES, PRESIDENTE DO SIMACO; ZILDOCOSTA, PRESIDENTE DO SINDITIBA; CARLOS RODRIGUES DO NASCIMENTO, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DO SINDICATO DO COMÉRCIOVAREJISTA DE FOZ DO IGUAÇU; ANTONIO EDSON GRUBER, PRESIDENTE DO SINDILOJISTAS CASCAVEL; NELCIR ANTÔNIO FERRO,PRESIDENTE DO SINFARMA; DANILO TOMBINI, PRESIDENTE DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MEDIANEIRA E LEONARDOFONSECA, ASSESSOR TÉCNICO DA CNC.Abaixo: ARI FARIA BITTENCOURT, PRESIDENTE DO SINDILOJAS CURITIBA; DIÓGENES SZPAK, REPRESENTANTE DO SINDILOJAS UNIÃO DAVITÓRIA; RUBERLEI GOMES CARNEIRO, PRESIDENTE DO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA PONTA GROSSA; NICOLAU BULCACOVJÚNIOR, PRESIDENTE DO SINDIOPTICA/PR; JOÃO ODORICO DE SOUZA, PRESIDENTE DO SINDICOMAR; LUÍS CARLOS FAVARIN, PRESIDENTEDO SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE IVAIPORÃ; VALDECI APARECIDO DA SILVA, PRESIDENTE DO SIMATEC; DARCI PIANA,PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO/PR; LILIANA RIBAS TAVARNARO, REPRESENTANTE DO SECOVI/PR; NELSON JOSÉ BIZOTO, PRESIDENTE DOSINDICATO EMPRESARIAL DO COMÉRCIO DE CAMPO MOURÃO E REGIÃO; UMBERTO MARINEU BASSO, PRESIDENTE DO SINDCCAL; OSNEIJOSÉ SIMÕES SANTOS, REPRESENTANTE DO SIVANA; CARLOS ALBERTO MACHADO, REPRESENTANTE DO SINDIPLAN E GUILHERMECASTRO, ASSESSOR TÉCNICO DA FECOMÉRCO PR.

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 17www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

tendemos que a re-

lação entre sindica-

to e associado é

uma via de mão du-

pla”, completa.

A CNC desenvol-

veu o Segs com o

propósito de manter

a sustentabilidade

dos sindicatos dian-

te das ameaças do

mercado. Ele é com-

posto de ci-

clos de avalia-

ção, aprendi-

zado e aperfei-

çoamento da

gestão das Federações e dos sindi-

catos filiados ao Sicomércio. A Fede-

ração do Comércio do Paraná tam-

bém participou dos cursos e recebeu,

no dia 22 de janeiro, sua própria cer-

tificação. O título foi entregue ao pre-

sidente do Sistema Fecomércio Sesc

Senac, Darci Piana, pelo presidente

da CNC, Antonio Oliveira Santos, du-

rante a reunião de diretoria da enti-

dade, na cidade do Rio de Janeiro.

O presidente Darci Piana mani-

festou-se sobre a importância, tanto

do PDLS quanto do Segs. Segundo

ele, “já havia dito que a história vai

registrar, dentro de poucos anos, os

resultados que vamos obter com a re-

alização destes programas. Os sin-

dicatos – e a própria Federação – pre-

cisam estar preparados para as mu-

danças que estão ocorrendo, de for-

ma rápida e urgente, nas relações en-

tre o capital e o trabalho, por isso é

tão importante a realização destes

cursos”.

ndicatos

DARCI PIANA RECEBE O CERTIFICADO DAS MÃOS DE ANTONIO OLIVEIRA SANTOS.

Curitiba para acompanhar a verdadei-

ra “premiação” dos sindicatos partici-

pantes. Segundo ele, “o balanço foi

muito positivo. A expectativa é maior

para esse ano. O ciclo de 2009 deve

ter 35 sindicatos participando”, informa.

Juntamente ao presidente do Sis-

tema Fecomércio Sesc Senac, Darci

Piana, Fonseca passou às mãos de

representantes dos sindicatos o cer-

tificado emitido pela CNC, durante a

100ª reunião de diretoria da Federa-

ção do Comércio do Paraná. A certifi-

cação é resultado de um programa ini-

ciado em outubro do ano passado

que foi complementado pelo Projeto

de Desenvolvimento de Lideranças

Sindicais (PDLS), promovido pela Fe-

comércio PR desde 2007.

O Segs é composto por inúmeras

etapas e as entidades certificadas es-

tão apenas começando. Fonseca ex-

plica que os ciclos são anuais e o des-

te ano começa com um novo treina-

mento porque o guia utilizado foi rees-

truturado, com al-

gumas mudan-

ças quanto às

perguntas e con-

ceitos. Nos dias

19 e 20 de março os

representantes dos

sindicatos participa-

ram de um treinamen-

to para entendimento

do novo guia e o próxi-

mo passo é uma auto-

avaliação. Já estão pla-

nejados encontros em

Curitiba, Londrina e

Cascavel para a reali-

zação de oficinas sobre

esses critérios.

Schibelbein também aponta mu-

danças. “Agora fazemos reuniões de

diretoria quinzenais e estamos pro-

curando melhorar para atender o as-

sociado que é nosso cliente e, as-

sim, ajudá-lo a atender melhor ao cli-

ente dele. A nossa visão mudou, en-

AGORA FAZEMOS

REUNIÕES DE DIRE-

TORIA QUINZENAIS

E ESTAMOS PROCU-

RANDO MELHORAR

PARA ATENDER O

ASSOCIADO– Gélcio Miguel Schibelbein –

“ “

Page 18: Revista Fecomércio PR - nº 70

18 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Há quem não acredite

nele, mas será o Coelhi-

nho da Páscoa quem

aquecerá o comércio em tempos de

crise. A tradição dos ovinhos é de lon-

ga data e, independente dos demais

setores, os chocolates têm garantida

sua saída das prateleiras. Uma curio-

sidade é que a venda de outros produ-

tos, não só alimentícios, também au-

mentará. A data comemorada nacional-

mente movimentará não só o comér-

cio em geral, mas também o setor in-

dustrial, gerando contratações tempo-

rárias a muitos desempregados.

O consultor econômico da Feco-

mércio, Vamberto Santana, diz que as

vendas na Páscoa apresentam forte

concentração nos chocolates e deri-

vados, mas que, a idade do presente-

ado influencia na hora da compra.

“Esse é um fator que estimula a ven-

da de outros produtos”, avalia o espe-

cialista. No entanto, ele aponta uma

estimativa de crescimento considerá-

vel nas vendas no varejo de brinque-

dos e roupas para crianças, pois há

pais que preferem alternativas aos

doces, comprovando a movimentação

no comércio de outros produtos.

Uma avaliação da Fecomércio, re-

sultante do contato com lojas do seg-

alavancar vendas na data. É o caso

das empresas de perfumaria, bebi-

das e telefonia. “Elas oferecem pro-

dutos com um apelo grande ao pre-

sente e ofertam alternativas a quem

não consome as guloseimas”, ex-

plica. Um exemplo disso são os ce-

lulares dentro de ovos, como ela

mesma cita. Há também quem co-

loque outros produtos dentro de ces-

tas. “Todos aproveitam esse mo-

mento doce da Páscoa”, comenta

Débora.

Dados da Associação Brasileira

da Indústria de Chocolates, Cacau,

Amendoim, Balas e Derivados (Abi-

cab) revelam que a Páscoa de 2009

vai gerar mais de 25 mil vagas para

temporários, em todo o País. Dessas,

70% para a comercialização e os ou-

tros 30% para a produção de ovos. A

instituição aponta, ainda, que a con-

tratação será maior em algumas em-

presas do que a do ano passado.

Para o presidente da Associação,

Getulio Ursulino Neto, “as indústrias

focaram no aumento da eficiência das

linhas de produção para poder inves-

tir mais em ajudar o varejista a ven-

der e auxiliar o consumidor na esco-

lha mais adequada aos seus ansei-

os e necessidades”.

mento de chocolates, apontou um

crescimento de vendas variável entre

10% a 12% no produto para essa Pás-

coa, se comparado ao ano passado.

De acordo com o consultor econômi-

co, há indicativos que levam a prever

esses dados. “O comércio percebe

fatores estimulantes à compra. Per-

cebe que esse é um bom momento

para vender mais, logo, as indústrias

produzem mais, e os contratos tem-

porários de mão-de-obra também au-

mentam”, diz. Um dos estímulos apon-

tados por Santana é o período do ano

em que acontece a Páscoa e aumen-

to do valor do salário mínimo. “O con-

sumidor tem um fôlego nessa época,

pois não tem grandes gastos com

material escolar nem outra data co-

memorativa e, com o aumento do sa-

lário, pode programar melhor seu di-

nheiro”, pondera.

Contratos temporáriosA diretora comercial da Pró-Even-

tos – uma das líderes em contrata-

ção temporária no segmento – , Dé-

bora Mattos de Macedo, informa que

as empresas que mais recrutam

neste período são as indústrias de

chocolate, mas que outros segmen-

tos também veem a possibilidade de

Páscoa movimenta não apenasData comemorativa gera 25 mil vagas temporárias e fabricantes focam em

Page 19: Revista Fecomércio PR - nº 70

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 19www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Comércio otimistaEste é o primeiro grande momen-

to de vendas do ano para o comércio

de chocolates. Neste ano, duas van-

tagens podem impulsionar o comér-

cio, conforme apontam grandes re-

des varejistas. A primeira está relaci-

onada com o calendário, pois a Pás-

coa acontecerá no dia 12 de abril,

segunda semana do mês, o que pos-

sibilita mais tempo de exposição dos

produtos nos supermercados. “A ex-

posição correta dos ovos de choco-

late é um ponto importantíssimo”,

defende Larissa Diniz, gerente de tra-

de marketing da Kraft Foods Brasil.

Ela acredita que a “vitrine” dos produ-

tos é um segredo de sucesso nesta

Páscoa. Além da exposição, o vare-

jista precisa estar atento às condi-

ções de armazenamento. O ideal é

que a temperatura esteja entre 18 e

22ºC, a umidade relativa do ar de no

máximo 70%, e o mais distante pos-

sível de produtos ou materiais que

exalam cheiros fortes.

A outra vantagem é a forte tradi-

ção de se dar chocolates nessa data.

Em 2008, foram comercializadas 22,9

mil toneladas de produtos para Pás-

coa, segundo a Abicab. O presidente

da Associação Paranaense de Super-

mercados (Apras), Everton Muffato,

afirma que a expectativa de vendas

em lojas do varejo para esse ano

supera 10% a do ano anterior. Mas

não só os chocolates ganharão des-

taque no consumo. Demais produ-

tos típicos da ocasião também terão

mais saída como é o caso de azei-

tes, peixes e vinhos.

não apenas o comércio de chocolatess e fabricantes focam em ponto de venda

Page 20: Revista Fecomércio PR - nº 70

A junção de garra, determi

nação, comprometimen-

to, segurança e planeja-

mento resultaram na 21º Edição do

Sesc Triathlon Circuito Nacional, eta-

pa Caiobá. O evento, já tradicional no

litoral paranaense e reconhecido na-

cionalmente, reuniu 670 atletas pro-

fissionais e amadores, o que garan-

tiu sucesso em mais um ano de reali-

zação. A movimentação foi grande no

município de Matinhos. Atletas, famili-

ares e demais envolvidos no Triathlon

deram um impulso no comércio local,

não só nos dias 14 e 15 de fevereiro,

datas do simpósio técnico e realiza-

ção das provas, respectivamente,

mas, na semana antecedente.

Os vencedores na Categoria Elite

foram Fábio Carvalho, de Santos (SP),

que fez o percurso de 1.500 metros

de natação, 40 quilômetros de ciclis-

mo e 10 quilômetros de corrida, em

1h52m55s, e Mariana Ohata, de São

Carlos (SP), que fez o mesmo trajeto

em 2h07m36s. Bruno Matheus, tam-

bém de Santos, ficou em segundo lu-

gar; João Alfredo Morgado, de Curiti-

ba, em terceiro. No feminino, em se-

gundo lugar ficou Vanessa Gianinni,

de Campinas (SP); e em terceiro lu-

gar Gisele Rodrigues Bertucci, de Flo-

rianópolis (SC). A prova aconteceu

com largada na Praia Mansa de Cai-

obá, percorreu ruas da cidade de Ma-

tinhos, incluindo a Alexandra e Aveni-

da Atlântica, beira-mar, e foi concluída

na praça central da Cidade.

O vencedor da categoria amador,

masculino, foi Edmilson Pereira, de

Blumenau (SC), que cumpriu o traje-

to em 59m06s. No feminino, a vence-

dora foi Priscila da Silva Rocha, de

Santos (SP) com o tempo de

20 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR

Sesc Triathlon, em sua 21.ª edição, levou

Uma grande

OS VENCEDORES NA CATEGORIA ELITE FORAM FÁBIO CARVALHO, DE SANTOS (SP), E MARIANA OHATA, DE SÃO CARLOS (SP).

março | abril 2009

1h11m34s, ressaltando que para

amadores o trajeto é a metade do

percorrido pelos profissionais.

Estavam presentes durante a re-

alização das provas o presidente do

Sistema Fecomércio Sesc Senac,

Darci Piana, o diretor regional do

Sesc, Paulo Cruz, o governador do

Estado do Paraná, Roberto Requião,

o vice-governador Orlando Pessuti, o

prefeito do município de Matinhos,

Eduardo Dalmora, entre outras auto-

ridades. Toda a prova foi transmitida

ao vivo pela TV Paraná Educativa, que

teve seu set montado na praça de Cai-

obá, o que possibilitou maior proxi-

midade com os atletas e equipe téc-

nica. Além da Educativa, jornalistas

da grande imprensa eletrônica e im-

pressa fizeram cobertura do Triathlon.

Para o diretor da Divisão de Es-

portes, Lazer e Turismo, e coorde-

Page 21: Revista Fecomércio PR - nº 70

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 21www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

grande público a Caiobá

festa do esporte paranaense

nador técnico do Sesc Triathlon, Mar-

cus Vinicius Mello, cada edição do Tri-

athlon é um aprendizado. “Aprende-

mos com as necessidades locais,

com os atletas, com os parceiros,

com a equipe de trabalho, e é esse

aprendizado que nos faz crescer a

cada ano”, diz. Um exemplo desse

crescimento, conforme cita Mello, foi

o aumento de participantes nessa

edição. “Trabalhamos com um limite

de segurança. Essa é a capacidade

da praça”, explica. O número limite

de inscrições nesse ano foi atingido

cinco horas depois de abertas.

A qualidade no atendimento a atle-

tas e público também é um ponto po-

sitivo do evento. “Há um diferencial

no tratamento desde a chegada no

simpósio até à premiação”, conta Me-

llo. Ele parabeniza a equipe de cola-

boradores por ter contribuído para o

êxito de todas atividades realizadas,

desde a montagem de estruturas, até

a organização de cerimoniais. Se-

gundo ele, é essa soma de forças

que garante o bom resultado.

ComércioDe acordo com Piana, um dos ob-

jetivos do Sesc Triathlon é dar um

maior suporte aos empresários do

comércio, serviços e turismo, pois a

vinda do grande público esperado

movimenta bastante os setores lo-

cais. O prefeito de Matinhos concor-

da com Piana e destaca o turismo

como um ponto importante. “Temos

pessoas vindas de várias partes do

Brasil, que acabam conhecendo nos-

so litoral”, comenta.

O presidente da Associação Co-

mercial das Indústrias de Matinhos

(Acima) afirma que o número de tu-

ristas é grande, e isso aquece o co-

mércio na rede hoteleira, em restau-

rantes e lojas. “Em um período em

que os veranistas estão voltando do

litoral, o movimento volta com o Tria-

thlon”, afirma. Um exemplo disso é o

Hotel Parque Balneário Caiobá, que,

na segunda semana de fevereiro re-

cebeu sua capacidade máxima de

hóspedes. “O hotel lotou. Hospeda-

mos atletas e pessoal da organiza-

ção”, conta o gerente Paulo César

Arias Fernandes. Nesta época do ano

a média é de 20 quartos ocupados,

e, na semana no Triathlon, a marca

pulou para 80. Após o evento a queda

foi considerável, e, de acordo com

Fernandes, ficaram apenas seis apar-

tamentos com hóspedes.

ALGACI TÚLIO, DA TV EDUCATIVA, GOVERNADOR, ROBERTO REQUIÃO,PRESENÇA MARCANTE NO TRIATHLON E DARCI PIANA.

À frente do pódio: O VICE-PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO,ARI BITTENCOURT; O PREFEITO DE MATINHOS, EDUARDODALMORA; O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIOSESC SENAC, DARCI PIANA; O VICE-GOVERNADOR DOPARANÁ, ORLANDO PESSUTI E DIRETOR REGIONAL DOSESC PARANÁ, PAULO CRUZ.

Page 22: Revista Fecomércio PR - nº 70

22 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

“Cascavel está crescendo e

com ela cresce a deman-

da de educação profissional”. Esse

é um dos pontos levantados por An-

tonio Edson Gruber, presidente do

Sindicato dos Lojistas e do Comér-

cio Varejista de Cascavel e Região

(Sindilojista), para ressaltar a im-

portância das obras que estão

sendo realizadas no Centro de

Educação Profissional (CEP) da ci-

dade. “A revitalização irá oferecer

mais flexibilidade na realização dos

cursos, já que permitirá melhor

aproveitamento do espaço e que

mais pessoas sejam atendidas.”

A partir do segundo semestre

deste ano, a população de Casca-

vel contará com um Senac total-

mente renovado, já que as obras

contemplarão 100% dos espaços

pedagógicos. Externamente, está

sendo construída uma estrutura

para abrigar materiais de trabalho

da equipe de limpeza e jardina-

gem, que servirá de depósito e for-

necerá algumas vagas cobertas

para automóveis. A previsão de tér-

mino dos trabalhos é no início de

agosto.

Dentro do CEP serão trocados

os pisos de todas as salas e a pin-

tura será refeita, além da climatiza-

ção naquelas que ainda não pos-

suem ar-condicionado. A adminis-

tração ganhará um novo layout e o

prédio será adaptado para o aces-

so de pessoas com deficiência. A

biblioteca será modernizada, rece-

berá pontos de Internet e os alu-

nos dos cursos de cabeleireiro e

depilação terão novas salas para

as aulas práticas. A segunda etapa

da revitalização, ainda sem data

prevista, envolverá a troca de equi-

pamentos e mobiliário.

Maria Elice Sasso Fontana, di-

retora em exercício do Senac em

Cascavel, diz que as mudanças

trarão mais conforto para o clien-

te. “Iniciamos esse processo com

a reforma do Instituto de Beleza-

escola no ano passado e a revita-

lização irá permitir que o Senac

ofereça ambientes ainda melho-

res para os alunos e instrutores

aqui de Cascavel, principalmente

em relação às salas de aulas que

serão mais claras e amplas. Além

disso, a nova biblioteca terá uma

acervo mais completo e terminais

de computador. A revitalização au-

mentará ainda mais a qualidade

dos nossos serviços”.

Senac em Cascavelterá cara novaObras aumentarão a capacidade deatendimento do CEP

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versidade Federal do Paraná ce-

derá uma equipe de estudantes de Fi-

sioterapia e Educação Física para dar

suporte aos atletas.

A chegada será na Praça de Caio-

bá e a premiação acontecerá logo

após o término da competição, duran-

te evento solene, no Ginásio de Es-

portes do Sesc Caiobá.

À frente do departamento, Tânia

desenvolveu projetos visando ao in-

centivo e fortalecimento das ativida-

des culturais da cidade e promoveu

eventos na ocasião dos 50 anos do

município e do Cinquentenário da

Revolta dos Posseiros. “Com este

trabalho, ela conseguiu resgatar a

história dos pioneiros que coloniza-

ram o Sudoeste do Estado”, avalia Eli-

zabeth Lobo Elpo, diretora executiva

da CMEG.

Tânia salienta a importância do

estudo da história do Paraná pelos

paranaenses. “Infelizmente, o Sul pro-

jetou-se com a cultura gaúcha e sobre

a história do nosso Estado dispomos

de muito pouca biografia. Estudamos

tanto sobre a História Geral e tão pou-

co sobre a do Paraná”, avalia Tânia.

O presidente do Sistema Feco-

mércio Sesc Senac, Darci Piana, elo-

giou a ação de todas as câmaras e

salientou que o Paraná está sendo

exemplo a ser copiado pelo Sistema,

em Santa Catarina. Ele ressaltou que

o trabalho das CMEGs é despertar

nas empresárias paranaenses uma

visão ampla sobre o mercado e so-

bre a necessidade constante de apri-

moramento e qualificação.

Tendo como enfoque a gestão de

pessoas e motivação, Leila Navarro

e José Maria Gasalla, palestraram às

mais de mil mulheres empreende-

doras, vindas de 18 cidades parana-

enses.

PALESTRAGPC=7C. A junção de letras e nú-

meros mais parece uma fórmula ma-

temática, mas segundo Gasalla, este

é o segredo para uma administração

de sucesso. Ele acredita que a Ges-

A determinação e a garra

constantes para vencer

desafios fazem as histó-

rias das empreendedoras do Para-

ná semelhantes entre si. Para home-

nagear aquelas que se destacaram

pelo tempo de atuação e sucesso em

seus empreendimentos, o Sistema

Fecomércio Sesc Senac, através da

Câmara da Mulher Empreendedora

e Gestora de Negócios do Paraná

(CMEG), entregou troféus a 16 mu-

lheres de todo o Estado.

Durante o evento, realizado em co-

memoração ao Dia Internacional da

Mulher, em Curitiba, cada câmara ho-

menageou uma empresária do muni-

cípio sede e todas entregaram uma

honraria especial à Tânia Maria Penso

Ghedin, atual Diretora do Departamen-

to de Cultura de Francisco Beltrão, por

ser uma empreendedora cultural.

Homenagemàs mulheres empreendedoras

ATLETAS LARGANDO PARA A NATAÇÃO. NESTE ANO, UM TAPETE COM SENSOR SERÁ IMPLANTADO TAMBÉM NA AREIA.

PRESIDENTE PIANA FALA ÀS INTEGRANTES DAS CÂMARAS DA MULHER EMPREENDEDORAE GESTORA DE NEGÓCIOS.

ELIZABETH LOBO SALIENTOU AIMPORTÂNCIA DO TRABALHO REALIZADOPELAS CÂMARAS, EM TODO PARANÁ.

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24 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

tão Por Confiança (GPC) só é possí-

vel quando são adotados comporta-

mentos que fazem os outros acredita-

rem em você, ou seja, os 7Cs: consci-

ência própria e do outro como seres

humanos; clareza ao dizer o que es-

pera do outro; cumprimento da pala-

vra dada; comprometimento com o

que se propõe a fazer; coerência na-

quilo que fala e faz; consciência e ma-

nutenção de valores e identidade e co-

ragem para ser único.

Segundo Leila, as atuais crises

são desencadeadas pela carência de

confiança e ela acredita que esta é a

chave para relacionamentos bem su-

cedidos. Os palestrantes instigaram

as empresárias a transformarem as

crises emocionais, financeiras e fami-

liares em oportunidades de aprendi-

zado e crescimento.

CMEGCom as instalações das Câmaras

das Mulheres na capital e em municí-

pios do interior, as empresárias para-

naenses passaram a desenvolver ati-

vidades conjuntas, visando a ações de

responsabilidade sócio-ambiental e

à capacitação constante.

Apucarana foi a primeira cidade a

receber a Câmara da Mulher, em de-

zembro de 2006 e, desde então, ou-

tras 14 cidades foram contempladas.

Hoje, são mais de cinco mil empre-

sárias filiadas em todo o Paraná, en-

gajadas em diversos projetos.

Tendo pouco mais de nove me-

ses de criação, Nadir Maciel, presi-

dente da CMEG, em Ivaiporã, conta

que a câmara já realizou na cidade

mais de 20 eventos e já se somam

135 mulheres, visando agora, à parti-

cipação dos municípios vizinhos, liga-

dos ao sindicato. Em Umuarama, a

câmara passa a desenvolver, em par-

ceria com o Sebrae, o projeto “Varejo

Mais” e o “Mulher Empreendedora”.

Para 2009, Elizabeth revela que em

abril, haverá a instalação da CMEG em

Londrina e outros quatros municípios

também serão contemplados.

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1. A presidente da Câmara da MulherEmpreendedora de Francisco Beltrão,VÂNIA LÚCIA ROSA FAUST; a diretora doDepartamento de Cultura da Prefeitura deFrancisco Beltrão, TÂNIA MARIA PENSOGHEDIN e o presidente do SistemaFecomércio Sesc Senac, DARCI PIANA.

2. A presidente da Câmara da Mulher de Foz doIguaçu, CAMILA DAMIM e a empresária IRACIPISSINI SOSSELLA.

3. A presidente da Câmara da Mulher deCastro, ERIKA MUELLER MEZZADRI DEOLIVEIRA e a empresária homenageada,MITSUKO MAEDA.

4. A presidente em exercício da Câmara dePonta Grossa, TALITA GRAEF e a empresáriaMAGDA CLAIRA SCHEIDT DE PAULA.

5. A presidente da Câmara da Mulher deCornélio Procópio, LUIZA SUGUIAMA DEOLIVEIRA e a empresária EUSLAYNE DEOLIVEIRA MARQUES.

6. A presidente em exercício da Câmara daMulher de Toledo, ANE PRISCILABRANDALIZE KREUZ e a empresária LENIDA SILVA.

7. A presidente da Câmara da Mulher deFrancisco Beltrão, VÂNIA LÚCIA ROSAFAUST e a empresária MÁRCIA KRINDGES.

8. A presidente da Câmara da Mulher deMaringá RAQUEL DE ALMEIDA COSTA e aempresária FLORA ACÁCIA DOS SANTOS.

9. A presidente da Câmara da Mulher deMarechal Cândido Rondon, CLECI DELCIGÜTTGES e a empresária, OLIDESSCHNEIDER.

10. A presidente da Câmara da Mulher dePrudentópolis em exercício, ROSIANEPIZZALOTTO BINI e a empresária MARIAITÁLIA DAL SANTOS.

11. A empresária GLORIA LEITÃO SIMÕESe a presidente da Câmara da Mulher deCuritiba, JOY LADY MICHELS ROSSI.

12. A presidente da Câmara da Mulher deCascavel, ADRIANA DAL PONTE MOCELINe a empresária LENITA HEDEL.

13. A presidente da Câmara da Mulher deIvaiporã, NADIR MACIEL e a empresáriaHELENA BOSCARDIN.

14. A presidente da Câmara da Mulher deUmuarama, JANE MARCIA BITENCOURTe a empresária ELZIRA DE LIMA ARAÚJO.

15. A presidente da Câmara da Mulher deMedianeira, ELZA ALVES e a empresáriaMARGARET CAOVILA.

16. A presidente da Câmara da Mulher deApucarana, AIDA SANTOS ASSUNÇÃO e aempresária homenageada MARILÉIA GIRALDI.

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26 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Tornar a história do Para-

ná conhecida dos para-

naenses. Este é objetivo

da parceria firmada entre o Sistema

Fecomércio Sesc Senac, a Associa-

ção Comercial do Paraná e a Junta

Comercial do Paraná, que custeou a

produção de cinco mil cópias em

DVD, do filme “O Preço da Paz” (2003),

que serão distribuídas em escolas,

bibliotecas e universidades.

O filme, produzido por Maurício

Appel, com roteiro de Walter Ne-

grão e direção de Paulo Mo-

relli, conta a história do

Barão do Serro Azul e sua

atuação no conflito que en-

volveu Curitiba e seus habitan-

tes durante a Revolução Federa-

lista.

O elenco do filme é formado por

artistas de renome no cenário nacio-

nal e internacional. Herson Capri no

papel de Barão do Serro Azul; Giulia

Gam, a Baronesa e Lima Duarte,

como Gumercindo Saraiva, líder dos

maragatos, que lutavam pela revolu-

ção. A produção conta ainda com a

participação de Camila Pitanga, José

de Abreu e Danton Mello.

Considerado pelos comerciantes

de Curitiba com herói e pelo governo

brasileiro como traidor da pátria, o Ba-

rão jamais chegou a ser julgado. Se

isso tivesse ocorrido, há 114 anos, qual

seria o resultado? Herói ou traidor?

JulgamentoA sessão de julgamento está

aberta! No banco dos réus, Ildefonso

Pereira Correia, o Barão do Serro Azul,

Barão do Serro Azul:

será julgado sobre os atos cometi-

dos em terras paranaenses, em

1894, durante a Revolta Federalista.

A acusação salienta que o réu foi

um traidor da pátria, ao patrocinar os

revoltosos do Rio Grande do Sul, com

dinheiro arrecadado junto aos comer-

ciantes, concedendo um empréstimo

de guerra e agindo contrário ao go-

verno do Marechal Floriano Peixoto.

Este seria o provável início do jul-

gamento a que seria submetido o

Barão do Serro Azul, no Rio de Ja-

neiro. Segundo relatos históricos,

antes de chegar a então capital bra-

sileira, o barão foi morto a tiros, no

km 65 da Estrada de Ferro Parana-

guá-Curitiba, por ordem do general

Ewerton Quadros.

Libelo de DefesaO filme “O Preço da Paz” é um li-

belo de defesa, ou seja, uma apre-

sentação dos fatos que ocorreram

em Curitiba, durante a revolta. Appel

revela que o filme foi baseado no li-

vro “A última viagem do Barão do Ser-

ro Azul”, de Túlio Vargas e lançado no

setor comercial, em 2003.

Appel revela que

a produção já foi pre-

miada com três Kikitos,

no Festival de Gramado,

em 2003 e também rece-

beu o Troféu Barroco, na

Mostra de Cinema de Tira-

dentes, em 2004.

O produtor defende que o

Barão do Serro Azul foi um em-

preendedor. Possuía um engenho de

erva-mate e como comerciante, tor-

nou-se o maior exportador paranaen-

se deste produto e de pinho para os

países platinos. Ildefonso Pereira

Correia também contribuiu a consoli-

dação de Curitiba e sua moderniza-

ção, instalando na capital, o telégrafo

e uma indústria gráfica. Appel lembra

que o Barão foi condecorado diversas

vezes, ainda em vida e, durante a visi-

ta do imperador Dom Pedro II, o casal

do Serro Azul causou simpatia ao mo-

narca. Mesmo após a morte do Ba-

rão, Appel defende que ele continua a

empreender. “Com a produção deste

filme, acredito que o Barão do Serro

Azul traz ao Paraná mais uma indús-

tria, a cinematográfica”, enfatiza.

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TestemunhasDe acordo com o presidente do

Sistema Fecomércio Sesc Senac,

Darci Piana, o filme proporciona ao pa-

ranaense um encontro com sua pró-

pria história. “Muitos curitibanos, pa-

ranaenses e o Brasil desconhecem

quem foi o Barão do Serro Azul e o que

ele representou para a construção do

nosso Estado e da nossa capital”,

acentua. Ele revela que as estruturas

do Sesc e do Senac vão disseminar

ainda mais essa história, levando para

salas de aula e para as ações que

são desenvolvidas nas unidades es-

palhadas pelo interior do Estado.

O diretor regional do Sesc, Paulo

Cruz, acrescenta que a instituição

contribuirá para que a obra cinema-

tográfica seja trabalhada em seus

aspectos culturais, de linguagem e

mesmo da história do Paraná. “Que-

remos proporcionar aos estudantes

e ao cidadão paranaense, o conheci-

mento de suas raízes”, diz o diretor.

Com a divulgação do filme pela RPC

e pelos parceiros, Cruz acredita que

será despertado no espectador o de-

sejo de conhecer, ainda mais, a his-

tória do Estado.

Para Appel, o filme vem ao encon-

tro do que a Baronesa do Serro Azul

escreveu ao Barão de Ladário, um ano

e meio após a morte do seu esposo,

quando enfatizou que haveria um dia

em que os verdadeiros acontecimen-

tos sobre a Revolução Federalista vi-

riam à tona. “Um dia, há de haver quem

se incumba de dar à América, para es-

carmento (segundo dicionário Hou-

aiss, escarmento é uma advertência

pelo prejuízo e pela punição recebi-

da) desta geração, uma pintura fiel e

minuciosa desses incríveis suces-

sos, que encheram de mágoa e de

santa revolta até a alma dos mais in-

diferentes, que fizeram esquecer de

todos os males, os insignificantes

males da revolução”, diz a carta.

VeredictoCom a assinatura do Presidente

da República, Luiz Inácio Lula da Sil-

va, sancionando a Lei nº 11.863, em

dezembro de 2008, o Barão de Serro

Azul é declarado inocente. Seu nome

passa a fazer parte do Livro de Aço

dos Heróis da Pátria, depositado no

Salão Principal do Panteão da Liberdade

e da Democracia, em Brasília.

herói ou traidor?

LÍLIAN VARGAS, VIÚVA DE TÚLIO VARGAS, AUTOR DO LIVRO QUE INSPIROU O PRODUTOR DO FILME; MAURÍCIO APPEL, PRODUTOR DE “OPREÇO DA PAZ”; A JORNALISTA JURIL CARNASCIALI; O VICE-GOVERNADOR ORLANDO PESSUTI; O EX-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃOCOMERCIAL DO PARANÁ, JONEL CHEDE; A PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ, AVANI TORTATO SLOMP RODRIGUES; OPRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA ACOMPANHADO DO PRESIDENTE DA JUNTA COMERCIAL DO PARANÁ,JULIO MAITO FILHO.

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28 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Educação e empregabilida-

de de mãos dadas. Esta

é a proposta do modelo

educativo do Colégio Sesc São José.

Criado através de uma parceria entre o

Sistema Fecomércio Sesc Senac e a

Associação Franciscana de Ensino

Senhor Bom Jesus, o colégio oferta, em

seu primeiro ano de atividade, 174 va-

gas gratuitas a alunos nos períodos ma-

tutino, vespertino e noturno, durante os

três anos do Ensino Médio. As bolsas

de estudo incluem a gratuidade do en-

Educação para omercado de trabalhoAluno recebe educação de qualidade e é preparadopara o trabalho no comércio

sino, material didático e uniforme.

O diferencial do colégio começa

por seu plano de estudos. De acordo

com a diretora da divisão de Educa-

ção e Cultura do Sesc PR, Marússia

de Souza Santos Fernandes, a pro-

posta de ensino é preparar o aluno

também para o mercado de trabalho.

O plano de estudos inclui as discipli-

nas curriculares estabelecidas por lei,

além de conteúdos específicos de pre-

paração para a carreira do comércio,

princípios do mundo comercial e pre-

paração para a vida. “As disciplinas

mostrarão a ampla variedade de cam-

pos de trabalho disponíveis no setor

do comércio, processos de negocia-

ção, construção social do conhecimen-

to e os alunos terão a oportunidade de

aplicar e colocar em ação o método

científico, estimulando a aprendizagem

permanente”, destaca Marussia.

O diretor regional do Sesc PR,

Paulo Cruz, salienta que a parceria

será contínua e serão ofertados aos

alunos, capacitação, educação, cultu-

FREI CLAUDINO GILZ, INTEGRANTE DA DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE ENSINO SENHOR BOM JESUS; O DIRETOR REGIONALDO SENAC PR, VITOR MONASTIER; O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA E O DIRETOR REGIONAL DOSESC PR, PAULO CRUZ, ACOMPANHARAM O INÍCIO DA PRIMEIRA AULA.

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 29www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

ra, saúde e lazer. Ao Senac caberá a

capacitação dos alunos para o traba-

lho no comércio e ao Sesc, o acesso

aos serviços da instituição. Integrante

da diretoria da associação, Frei Clau-

dino Gilz, destaca que tanto o Sesc

quanto o Colégio São José contribuem

na construção de uma sociedade mais

igualitária. “Há anos, as duas casas têm

se colocado à disposição para a cons-

trução de sonhos e todo o empenho é

dado à educação para que os jovens

sejam bem sucedidos, inclusive do pon-

O PRESIDENTE DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC, DARCI PIANA,ENTREGA À ALUNA MARIA LUANE PRADO DE LARA, UM KIT COM OSMATERIAIS DIDÁTICOS QUE SERÃO UTILIZADOS DURANTE ESTE ANO,NAS AULAS NO COLÉGIO SESC SÃO JOSÉ.

HÁ ANOS, AS DUAS

CASAS TÊM SE

COLOCADO À DIS-

POSIÇÃO PARA A

CONSTRUÇÃO DE

SONHOS E TODO O

EMPENHO É DADO À

EDUCAÇÃO PARA

QUE OS JOVENS

SEJAM BEM SUCE-

DIDOS, INCLUSIVE

DO PONTO DE VISTA

ECONÔMICO.– Frei Claudino Gilz –

to de vista econômico”, enfatiza o frei.

Camila Fernandes, aluna do colé-

gio, revela a satisfação em ter sido

uma das selecionadas. “Moro no bair-

ro Fazendinha, e não me incomodo

em ter que acordar mais cedo para

estudar no centro. Todo o meu esfor-

ço vai valer a pena. Esta é uma opor-

tunidade que nem todos têm”, desta-

ca a adolescente.

O presidente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac, Darci Piana, enfati-

zou que o Colégio Sesc São José pri-

mará pela qualidade do ensino capa-

citando os alunos para competirem

com igualdade em vestibulares e no

mercado de trabalho. “O Sesc assu-

miu um desafio de ampliar ainda mais

o seu compromisso e atuação junto à

sociedade. Destinaremos maiores in-

vestimentos em ações gratuitas com

caráter educativo. Temos a missão de

ofertar um ensino de qualidade. Que-

remos ser modelo a ser seguido no

Paraná e no Brasil e isso será graças

a esta parceria”, conclui Piana.

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30 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Durante os séculos XVIII,

XIX e parte do século XX,

grupos de homens per-

correram os caminhos de Viamão, no

Rio Grande do Sul, atravessaram San-

ta Catarina e o Paraná, até chegarem

à cidade paulista de Sorocaba, levan-

do gado e mulas. Os caminhos per-

corridos pelas mulas eram sinuosos,

e os grupos faziam diversas paradas

antes de chegar ao seu destino.

Esses caminhos ficaram conheci-

dos como Rota dos Tropeiros, e as pa-

radas deram origem a diversas cidades.

Hoje, essas localidades têm muita his-

tória para contar sobre esse movimen-

to que promoveu a maior parte do po-

voamento do planalto paranaense,

além de fazer a ligação comercial en-

tre o extremo Sul e o resto do País.

UNIDADE MÓVELO Senac PR sabe que a Rota dos

Tropeiros é um importante patrimônio

para a história e o turismo do Estado.

Por isso realizará ações de qualifica-

ção profissional em cidades da Rota,

por meio de cursos gratuitos na Uni-

dade Móvel de Gastronomia. O rotei-

ro, que começou neste mês na cidade

de Rio Negro, inclui ainda Campo do

Tenente em abril, Lapa em maio e

Palmeira, no mês de junho.

O diretor regional do Senac PR,

Vitor Monastier, diz que a iniciativa foi

muito bem recebida pelos municípios.

“O Senac está sempre atento às de-

mandas do turismo e da gastronomia

paranaenses e está também ciente de

que na Rota dos Tropeiros foram ins-

talados um número significativo de

pousadas, restaurantes e outros esta-

belecimentos turísticos. Prestaremos

um serviço que, certamente, irá quali-

ficar o atendimento a este segmento

30 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

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por meio do convênio com as prefeitu-

ras locais que, de pronto, aplaudiram

a idéia.”

Cada cidade possui características

e encantos próprios. Rio Negro tem

como principal atração o Seminário

Seráfico São Luiz de Tolosa, que foi

construído entre 1918 e 1923 e tem

forte ligação com a história e a cultura

do município. O seminário encontra-

se dentro de um parque eco-turístico

que possui várias atrações, além de

uma lanchonete.

O secretário de educação do mu-

nicípio, James Karson Valério, diz que

os cursos da Unidade Móvel vão auxi-

liar na transformação de trabalhado-

res em empreendedores para a cida-

de. “Acredito que a principal meta é

qualificar, de maneira efetiva, para que

o comércio local possa demonstrar

mais qualidade nos serviços que pres-

ta”. Ele ainda conta que existe em Rio

Negro um Clube dos Tropeiros que

promove reuniões, festas, concursos

de poesias, tudo para promover o tro-

peirismo.

Campo do Tenente, por sua vez,

tem como um dos principais pontos

turísticos a capela do Mosteiro Trapis-

ta, que tem o formato de uma pirâmi-

de. Nela, os monges residentes rea-

lizam vigílias e orações. O prefeito

Celso Wenski explica que, tanto o mu-

nicípio quanto a região têm deman-

da para diversos tipos de cursos e

que está ansioso com a ida da Uni-

dade Móvel para a cidade. “Ela deve

atender a muitas das nossas neces-

sidades de qualificação no segmen-

to de gastronomia e turismo.”

OPORTUNIDADES“Essa ação é muito relevante, pois

a possibilidade de qualificar as pesso-

as lhes dá a oportunidade de buscar

melhores chances de trabalho, e para

o município isso é extremamente po-

sitivo”, explica o prefeito de Lapa, Pau-

lo Furiati. Lá, o visitante encontra, en-

tre outras atrações, um centro históri-

co, com 14 quadras plenamente con-

servadas e o Parque Estadual do Mon-

ge, “que será reestruturado e reinau-

gurado no final desse ano”, diz.

Em Palmeira, o turismo está forte-

mente ligado à história e cultura do

município. Segundo Antônio Elves

Cocheva, secretário de Indústria, Co-

mércio e Turismo, as principais atra-

ções turísticas estão espalhadas pela

cidade, tanto na zona rural como ur-

bana. A igreja matriz, no centro, é cons-

truída em estilo barroco colonial. Ain-

da, no centro, estão o museu históri-

co e a Capela Bom Jesus. Na zona

rural também existem várias atrações

como a Colônia Santa Bárbara e o

Memorial Polonês.

“As principais necessidades da ci-

dade incluem, principalmente, a opor-

tunidade de qualificação aos jovens,

aqueles que estão em busca de seu

primeiro emprego, pois sem uma qua-

lificação específica e sem a experiên-

cia profissional, a inserção em uma

vaga no mercado de trabalho torna-

se bastante difícil. Nos últimos tem-

pos, temos percebido que as empre-

sas instaladas no município estão ne-

cessitando, cada vez mais, de profis-

sionais capacitados para preenchi-

mento de vagas”, diz Cocheva.

Os cursos oferecidos pela Unida-

de Móvel, além de fomentar a ativida-

de turística dessas localidades, tam-

bém têm como objetivo deixar uma

marca permanente nos municípios por

onde vai passar, traduzida em mais

pessoas qualificadas e capazes de

movimentar a economia local por meio

de suas próprias conquistas.

ROTEIRO DO NORTE PIONEIRO

UNIDADE MÓVEL DE INFORMÁTICA E GESTÃOO roteiro é diferente, mas o objetivo é o mesmo, levar qualificação profissional paramunicípios que não possuem um Centro de Educação Profissional do Senac.A Unidade Móvel de Informática e Gestão está percorrendo cidades do norte pioneirodo Paraná, oferecendo cursos gratuitos que promovem a inclusão digital, a auto estimaprofissional e aumentam as chances de integrantes da população encontrarem suacolocação no mercado, movimentando a economia local.Bandeirantes foi a primeira cidade, em fevereiro. Neste mês, é a vez de Santa Mariana e,em abril, a Unidade Móvel segue para Congonhinhas.

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32 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

“Todos ficamos muito felizes,

apesar da falta que ela nos fará. Des-

de que soubemos que ela foi selecio-

nada iniciou a comemoração. A torci-

da dos amigos foi grande e fizemos

até uma festa de despedida. Sei que

ela tem um objetivo e fico feliz de es-

tar sendo cumprido”, afirma Maria

Lourdes Hamulak, mãe da aluna Ana

Beatriz Paulovski, 15 anos, uma das

11 paranaenses selecionadas para

ingressar na Escola Sesc de Ensino

Médio (Esem), no Rio de Janeiro.

O grupo de

alunos partiu, no

início de março

para o Rio de Ja-

neiro, local onde

estudarão. Eles per-

manecerão afastados

da suas cidades na-

tais por, no mínimo

dois anos, quando es-

tarão na primeira e se-

gunda séries do Ensi-

no Médio, na escola-

residência mantida

pelo Sesc, integrante

do Sistema Fecomer-

cio Sesc Senac, no bairro de Jacare-

paguá. Todas as despesas dos sele-

cionados são custeadas pela entida-

de, desde a moradia, alimentação e o

transporte de ida e volta à cidade de

origem.

A concorrência pelas vagas foi

grande. Ao todo, foram 220 inscritos.

Todos eles fizeram prova escrita em

uma primeira etapa. A segunda fase,

que contou com a participação de 50

pré-selecionados, foi uma entrevista

individual com os pais e alunos, para

avaliar se o candidato se adaptaria

com o sistema implantado pelo colé-

gio, incluindo o projeto de ensino inte-

gral (dois turnos), e se ele estaria pre-

parado para enfrentar a distância de

casa. Por fim, somente 11 foram es-

colhidos e ganharam a oportunidade

de ingressar no Esem. As cidades do

Parará contempladas com o progra-

ma de ensino foram Francisco Bel-

trão, Cornélio Procópio, Paranavaí,

Cascavel, Jacarezinho, Marechal Cân-

dido Rondon e Lon-

drina. Essa é a se-

gunda turma que o

Estado envia ao Rio

de Janeiro. No ano

de 2008, foram se-

lecionados 13 ado-

lescentes.

Os alunos sele-

cionados em cada

cidade beneficiada

pelo progra-

ma vão resi-

dir em uma

comunidade

acolhedora,

com segurança e integralmente vol-

tada ao conhecimento. A instituição

recebe jovens de todo o País. Anual-

mente, ingressam 160 alunos novos,

sempre na primeira série do ensino

médio, e cursam o terceiro ano na

cidade natal. “Eles voltam com gran-

de preparo para o mercado de traba-

lho e prontos para enfrentar um vesti-

bular de qualquer instituição, federal

ou pública”, frisa a diretora de Educa-

ção e Cultura do Sesc Paraná, Ma-

rússia de Souza Santos Fernandes

Por mais que haja a distância, os

pais dos integrantes da nova turma

aprovam a decisão dos filhos. “Ele

estudou muito e passou no teste. Fico

muito satisfeito em saber que ele tem

grande interesse pelos estudos. Isso

já é uma grande realização, uma con-

quista. Acredito que o melhor cami-

nho para o crescimento é a escola”,

comemora o pai de Fábio Henrique

Machado, Claudinei Ferreira Macha-

do. Ele disse que incentiva sempre o

filho ao crescimento pessoal e pro-

fissional. “Estou certo de que ele está

ingressando em uma instituição, com

uma excelente estrutura. Agradeço a

Deus e ao Sesc por essa oportuni-

dade”, complementa o pai.

Ao chegar a Jacarepaguá, cada

um dos alunos receberá um note-

book para usar para os estudos,

pesquisa, e para se comunicarem

com os pais e amigos via internet. A

turma receberá orientações sobre

como fazer bom uso da rede. O con-

teúdo acessado é constantemente

fiscalizado pela equipe técnica. Si-

tes de conteúdo inadequado aos jo-

vens são bloqueados, para evitar o

envolvimento a assuntos imperti-

nentes à educação.

Conhecendo o EsemA estrutura e metodologia de en-

sino do Esem são de alta qualida-

de. O complexo é composto por uma

vila de quatro prédios, onde há os

dormitórios. Todos os andares con-

tam com sala de estudo e copa de

apoio, em cada um deles reside um

Estudantes paranaenses selecionados para a

ELES VOLTAM COM

GRANDE PREPARO

PARA O MERCADO

DE TRABALHO– Diretora de Educação e Cultura

do Sesc Paraná, Marússia deSouza Santos Fernandes –

“ “

Page 33: Revista Fecomércio PR - nº 70

S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 33www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

professor e sua família. Os demais

professores e suas famílias também

moram na comunidade escolar, mas

em outra vila. O conjunto esportivo

conta com um ginásio de esportes,

piscina semiolímpica, campo de fu-

tebol e quadras poliesportivas, sa-

las de dança, ginástica e muscula-

ção. Além dos esportes, o Esem in-

centiva a cultura através de cursos

de música, teatro, fotografia, pintura

es selecionados para a ESEM no Rio de Janeiro

ALUNOS APROVADOS NA ESEM RUMO AO RIO DE JANEIRO.acima: FÁBIO HENRIQUE MACHADO, LEANDRO SILVÉRIO NONATO FILHO, EZEQUIEL ERIC FREIRE, A ANALISTA DE APOIO OPERACIONAL,ELISA RODEIRO, DUÍLIO DALLA COSTA NETO, BRUNA PEREIRA E ANA CLARA FERREIRA.Abaixo: FELIPE MATHEUS JARGAS, ANA BEATRIZ PEDROSO, LAURA FREIRE, PATRÍCIA SATIE MAEDA E JANAÍNA PATRÍCIA MALACARNE.

e artes plásticas. Há um cuidado

grande também com alimentação.

Todo o cardápio é elaborado por nu-

tricionistas, que propõem refeições

de qualidade, atendendo às neces-

sidades alimentares.

Os pais recebem periodica-

mente a avaliação dos filhos, para

que façam o acompanhamento. Ma-

rússia explica que, como a Escola

recebe alunos vindos de vários lu-

gares do país, é comum que suas

culturas sejam diferentes. Para que

todos estejam no mesmo ritmo de

aprendizado é feito um nivelamento

nos primeiros meses. “É comum

que no primeiro bimestre o rendi-

mento acadêmico caia um pouco.

Isso é normal durante a adaptação,

porém o aluno tem condições de re-

cuperar facilmente, pois contamos

com aulas de apoio”, explica.

Page 34: Revista Fecomércio PR - nº 70

Com custos vantajosos em rela-

ção aos cursos abertos – até 40%

mais baratos – e particularmente fle-

xíveis, os treinamentos fechados ma-

ximizam os investimentos na qualifi-

cação de equipes. A analista de edu-

cação profissional do Senac, Márcia

Wolaniuk Carvalho, ressalta que a

“principal vantagem dos programas in

company é apresentar uma solução

exclusiva, adaptada de acordo com as

necessidades e características da

empresa e dos participantes”.

Além dos cursos abertos minis-

trados em todos os Centros de Edu-

cação Profissional, o Senac desen-

volve planos customizados de con-

sultoria, assessoria e educação cor-

porativa a organizações públicas, pri-

vadas e do terceiro setor. Em 2008, a

instituição realizou 73 mil atendimen-

tos através do Programa Senac na

Empresa.

Como investir em treinamentosApenas destinar verbas para a

área de capacitação interna não é su-

ficiente. Sem planejamento, um trei-

namento pode representar perda de

tempo, dinheiro e energia.

O primeiro passo, segundo Már-

cia, é fazer um diagnóstico das ne-

cessidades e expectativas da orga-

nização. “É com base nestes itens

que a instituição que irá ministrar o

curso poderá montar um programa

com conteúdos que venham a atingir

os objetivos da empresa”, afirma.

Após constatar problemas de re-

lacionamento entre os encarregados

de produção e as equipes sob sua

coordenação, a Globoaves, empresa

que atua na produção e abate de

aves, decidiu realizar seu primeiro

treinamento na modalidade in com-

pany. “Muitos desses profissionais vi-

eram da área operacional e não es-

tavam preparados para atuar como

líderes. Por isso era preciso capaci-

tá-los para exercer a função de en-

carregado, tais como planejar as ati-

vidades diárias, treinar pessoas, de-

legar funções e, principalmente, sa-

ber se relacionar com os liderados”,

revela a supervisora de recursos hu-

manos, Elenice Balbinotti.

Ao longo de 2008, a Globoaves

desenvolveu o Programa de Desen-

volvimento de Líderes, que contou com

o apoio do Senac Cascavel. 93 cola-

boradores que exercem cargos de

chefia da linha de produção participa-

ram de treinamentos sobre liderança

e gestão de pessoas, administração

de conflitos e desenvolvimento de

competências interpessoais de equi-

pes. Concluídas as atividades, a em-

presa verificou que os funcionários es-

tavam mais comprometidos com os

resultados, além da melhora no cli-

ma organizacional e diminuição do tur-

nover. “Após várias reuniões com os

Page 35: Revista Fecomércio PR - nº 70

profissionais do Senac, formatamos

um programa com a cara da empre-

sa, focado em nossa realidade. O trei-

namento atingiu o objetivo proposto,

o que acabou refletindo também na

produtividade”, avalia Elenice.

Pelo mesmo caminho seguiu a

A. J. Rorato, indústria do ramo move-

leiro localizada em Araruna, no Norte

do Paraná. A empresa havia acaba-

do de desenvolver o “Manual do Co-

laborador”, com as diretrizes da or-

ganização, sua visão, missão, obje-

tivos e normas do programa de qua-

lidade, o PRQ, que começava a ser

implantado. A orientação e o treina-

mento dos colaboradores fazem-se

necessários para o programa entrar

em prática efetivamente. Mas era pre-

ciso que o curso estivesse ajustado

aos aspectos abordados no manual

recém criado.

Mais uma vez, a opção escolhida

foi a educação corporativa por meio

da contratação de instituição de ensi-

no especializada. Nesse caso, o Se-

nac Campo Mourão. Para começar,

foram realizadas 20 turmas do curso

de “Gestão de pessoas, mudanças e

resultados”, que qualificaram 600 co-

laboradores do setor de produção da

A. J. Rorato. Esse número correspon-

de à metade dos funcionários da em-

presa, a que opera no turno da ma-

nhã. O contraste entre o turno matuti-

no, que já havia participado do treina-

mento, e o noturno foi evidente, de

acordo com a gerente de recursos hu-

manos, Cristina Soares Rorato. “Per-

cebemos uma clara mudança nas ati-

tudes dos colaboradores, que passa-

ram a demonstrar mais respeito com

os colegas, a valorizar o emprego e a

ter mais responsabilidade sobre o

produto final”, relata. Não demorou

muito e os efeitos da atividade desen-

volvida pelo RH surpreenderam posi-

tivamente o departamento financeiro.

O índice de falhas foi reduzido, a pro-

dutividade aumentou e, consequente-

mente, os lucros também.

Page 36: Revista Fecomércio PR - nº 70

36 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

Como não conse

guiu vender os

três quadros que

ficaram expostos por uns dois

meses, Miguel Bakun trocou

dois deles por meia dúzia de

cuecas.

Hoje, essa afirmação pode

parecer absurda, mas foi exa-

Após algum tempo de expo-

sição e vendidas algumas

obras, o, à época, ainda desco-

nhecido Guido Viaro foi se acer-

tar com Jorge Wallbach. Como

este não quis cobrar aluguel

pelo uso de sua “vitrine-galeria”,

o desconhecido artista Guido Vi-

aro deu-lhe, então, como con-

trapartida, dois quadros entre os

que restaram da exposição.

Certamente por ter passado

por ali durante esta primeira “ex-

posição”, um outro interessado

acabou procurando Wallbach

com o mesmo objetivo. Esse

atendia, em seu atelier, pelo

nome de Theodoro De Bonna.

Ele também expõe suas

obras ali na vitrine da Casa

Londres, por algum tempo, ven-

de alguns quadros e depois

será acertar com o dono do es-

tabelecimento, que já estava se

tornando uma “galeria de arte”.

Jorge Wallbach, da mesma for-

ma como fez com o expositor

JORGE WALLBACH

(À ESQUERDA) E

DOIS AMIGOS NA

PORTA DA CASA

LONDRES NO FIM

DOS ANOS 50.

36 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

tamente isso que aconteceu,

segundo relato que fez, no fim

dos anos 70, Jorge Santos

Wallbach, proprietário da anti-

ga Casa Londres, que funcio-

nou por mais de seis déca-

das na Rua XV de Novembro,

entre as ruas Monsenhor Cel-

so e Barão do Rio Branco.

A Casa Londres, para

Jorge Wallbach, talvez tenha

sido a primeira “Galeria de

Artes” de Curitiba, pois não ha-

via, pelos anos 20, 30 e 40, um

local específico para a exposi-

ção de obras de arte. Como a

loja possuía, na entrada, duas

vitrines em forma de cunha, com

vestuários formais de um lado e

esportivos de outro, acabou atra-

indo a atenção de um senhor si-

sudo, que indagou ao proprietá-

rio da casa se poderia expor ali

seus quadros. Essa conversa

deu-se lá pelos anos 30. O inte-

ressado atendia pelo nome de

Guido Viaro.

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 37www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

anterior, nada quis receber pela

cessão do espaço. De Bonna,

então, deixa-lhe duas obras

como forma de pagamento pelo

uso daquela vitrine estratégica.

E assim a “galeria” da Casa

Londres foi chamando a aten-

ção de vários pintores da épo-

ca, que procuravam esse espa-

ço privilegiado da Rua XV de No-

vembro para expor suas obras.

E Jorge Wallbach foi vendo sua

pinacoteca crescer cada vez

mais, de uma forma inusitada.

Viaro voltou, De Bonna também.

Até que um dia, no final dos

anos 50, apareceu um sujeito

estranho querendo expor seus

quadros. Uma meia dúzia. Esse

senhor, com sotaque carregado,

atendia pelo nome de Miguel

Bakun. Como a vitrine estava com

a “agenda de exposições” em

aberto, Jorge Wallbach cedeu-lhe

o espaço. Suas obras ficaram ex-

postas por um bom tempo, mas

ninguém se interessou, talvez por

ser um desconhecido e seus

quadros mostrarem um expres-

sionismo fora do convencional.

Depois de algumas sema-

nas em exposição, sem vender

nenhuma obra, o autor procurou

o dono da loja e, como precisa-

va de dinheiro para sobreviver,

propôs-lhe trocar alguns quadros

por roupas. Negócio fechado:

dois quadros em troca de cami-

sas, calças e meia dúzia de cu-

ecas. Fica difícil imaginar que

Miguel Bakun, um ícone da pin-

tura paranaense, cujas obras va-

lem atualmente uma fortuna,

chegou a trocar seus quadros

por meia dúzia de cuecas.

Não só de Bakun, mas qual-

quer obra de um desses lendá-

rios pintores, que expuseram na

“vitrine-galeria” da Casa Lon-

dres, vale, atualmente, milhares

de reais.

E, assim, Jorge Santos Wall-

bach se tornou um “mecenas”

involuntário das artes plásticas

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em Curitiba, cedendo seu es-

paço de comércio tradicional

de roupas e armarinhos, para

a venda de obras de arte. Cor-

dato, discreto, respeitado no

seu ramo de comércio, Jor-

ge Wallbach foi pegando

gosto pelas obras de arte.

Comprando ou recebendo

como forma de pagamento,

ele deixou para seus herdei-

ros, quando faleceu, em janei-

ro de 1985, dezenas de obras

de autores famosos. Além dos

já citados, ele tinha em sua

coleção quadros de Ander-

sen, Frysleben, Kurt Boyger,

entre outros.

A Casa Londres fechou

suas portas no começo dos

anos 70, após mais de 60

anos de funcionamento, ten-

do se tornado uma referência

no comércio de roupas, alfai-

ataria e armarinhos de boa

qualidade. A Casa Londres

vestiu várias gerações.

Page 38: Revista Fecomércio PR - nº 70

38 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C PR março | abril 2009

A inserção de pessoas

portadoras de necessi

dades especiais no

mercado formal de trabalho ainda

apresenta muitas dificuldades no

País, inclusive no Paraná. Não por

falta de vagas, pelo contrário. As em-

presas estão com vagas abertas,

aguardando os interessados, cujo

número é insuficiente. E se já está

difícil encontrar esses trabalhadores,

a questão da capacitação é outro

agravante.

Em Araucária, uma parceria entre

o Senac, Risotolândia/Risa, Prefeitu-

ra, Apae, Ministério Público do Traba-

lho e Secretaria de Estado do Traba-

lho, Emprego e Promoção Social, irá

capacitar 20 jovens com funciona-

mento intelectual inferior à média atra-

vés do curso de aprendizagem em

Auxiliar de Cozinha.

A Risotolândia/Risa assinou um

termo de comprometimento e já con-

tratou os alunos na modalidade de

aprendizes, com carteira assinada e

salário mensal. Após a conclusão do

curso eles passarão a fazer parte do

corpo funcional efetivo.

O presidente da Risotolândia/

Risa, Carlos Gusso considera o con-

vênio de extrema importância em fun-

ção das dificuldades que a empresa

vem encontrando para recrutar pes-

soas com deficiência capacitadas

para o trabalho e até mesmo aque-

las sem qualquer experiência. “Nós

temos que colocar nosso dever soci-

Inserção social pelo trabalhoCurso de Aprendizagem do Senac resgata pessoas com capacidadeintelectual inferior à média

al à frente de tudo.

Devemos sentir

que são pessoas

especiais e mere-

cem oportunidades

como as demais”,

completa Gusso.

A carga horária

do curso, de 800

horas, será dividida

entre as disciplinas

teóricas ministra-

das pelo Senac e a

prática profissional

na empresa. Como

se trata de uma tur-

ma para pessoas

com deficiência, al-

gumas atividades

práticas, indispen-

sáveis à formação

de um auxiliar de

cozinha e que ofe-

recem certo nível de

periculosidade e

risco aos alunos,

serão realizadas

em ambiente peda-

gógico monitorado.

A preocupação

em manter as com-

petências funda-

mentais da profissão foi uma cons-

tante durante a estruturação do cur-

so. Isso porque mesmo com algu-

mas limitações, a pessoa com qual-

quer deficiência é capaz de realizar

suas atividades profissionais. Dian-

te de suas especifi-

cidades, o Senac foi

convidado a apre-

sentar o projeto

como case durante a

I Conferência Nacio-

nal da Aprendizagem

Profissional, realiza-

da no ano passado

em Brasília.

Para o assessor

da Secretaria de

Estado do Traba-

lho, Emprego e Pro-

moção Social, José

Stczaukoski, a atua-

ção do Senac para

a inserção da pes-

soa com deficiência

no mercado formal

de trabalho é funda-

mental. “Para equi-

paração das oportu-

nidades, ainda é

preciso quebrar o

paradigma da dis-

criminação. Existe

um preconceito

muito sutil na so-

ciedade como um

todo. Também te-

mos muitos entra-

ves nas políticas governamentais,

que deveriam ser mais inclusivas. Só

assim vamos atingir um patamar

onde não precisaremos mais brigar

por direitos que a constituição já con-

cede há muito tempo”.

SÓ FAZIA BOLO DE

BARRO QUANDO

CRIANÇA, AGORA

VOU APRENDER A

FAZER COMIDA DE

VERDADE.”– Diego Smaha Zubek, 18 anos,aprendiz em auxiliar de cozinha –

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