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Revista Fecomércio PR - nº 77

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Revista Fecomércio PR - nº 77

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REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PARANÁ www.fecomerciopr.com.brwww.sescpr.com.brwww.pr.senac.br

FECOMÉRCIO Rua Visconde do Rio Branco, 931, 6º andarCEP 80410-001 Curitiba Paraná41 3883-4500 | 41 3883-4530 [email protected]

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac ParanáDarci Piana

Diretor Regional do Sesc ParanáPaulo Cruz

Diretor Regional do Senac ParanáVitor Monastier

Coordenação Geral – NCMNúcleo de Comunicação e Marketing Walter Xavier

Editor e Jornalista Responsável João Alceu Julio RibeiroReg. 0293/DRT-PR

Reportagens João Alceu J. Ribeiro, Karen Bortolini, Silvia Bocchese de Lima, Karla Santin e Karina Mikowski

Fotos Ivo José de LimaCapa Kandyany ProduçõesRevisão Silvia Bocchese de Lima, Karen Bortolini, Karla Santin e Karina Mikowski

Arte e Diagramação Vera Andrion

Impressão – CTP Graciosa Gráfica – CuritibaTiragem 10 mil exemplares

ANo X Nº 77 MAIo | JuNho 2010

PAlAVRA DO PRESIDENTE

Satisfeito, mas não realizado!“O senhor se sente realizado?” Ouvi

essa pergunta, há algum tempo, quan-

do recebia um título de Cidadão Ho-

norário. Na hora, respondi que me sentia sa-

tisfeito, mas nunca realizado. Fiquei, depois,

pensando na pergunta e na resposta.

Na verdade, o ser humano nunca, na minha

opinião, deveria se sentir realizado. Porque pre-

cisamos de desafios, precisamos de realizações,

de nos completarmos enquanto cidadão ou em-

preendedor.

E é assim que me sinto. Satisfeito.

Tenho desenvolvido minhas atividades

como empreendedor e como dirigente das enti-

dades pelas quais passei – desde o Sindicato de Autopeças até o Sebrae/

PR e agora o Sistema Fecomércio Sesc Senac – atuando neste sentido.

O de buscar uma realização que eu sei não vou conseguir atingir, porque

assim como eu mesmo procuro fazer com que as pessoas que me cercam

se sintam satisfeitas, mas nunca realizadas.

Há, ainda, muito trabalho a ser feito. Defendia isso enquanto presi-

dente do Conselho do Sebrae, quando levamos para o interior do Estado

o programa VarejoMais, que dá ferramentas ao empreendedor do comér-

cio de bens, serviços e turismo para enfrentar a competição do mundo

globalizado.

Tenho consciência de que a sociedade merece todo e qualquer esfor-

ço que possamos fazer em seu benefício. Por isso tenho procurado fazer

com que as unidades do Sesc, do Senac e a própria Fecomércio ampliem

seus atendimentos, levando ao trabalhador e ao empreendedor do Pa-

raná, as ações de transformação social e qualificação para o trabalho de

forma transparente, com qualidade.

Os títulos que recebi – foram vários até agora, todos devidamente

guardados em minha casa e no meu coração – servem para que me sinta

ainda mais empenhado na busca desta realização. Repito a resposta que

pronunciei naquele momento: estou satisfeito, porque vejo os resultados

do trabalho que realizamos em todos os recantos do Estado. Mas não

estou realizado.

Para isso falta muito.

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 3 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Presidente do sistema Fecomércio sesc senac Paraná, darci Piana

4 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

03 Satisfeito, mais não realizado! Palavradopresidente

05 Troféu Guerreiro do Comércio

09 Você se mexeu, e o Estado mexeu junto! DiadoDesafio2010

12 Sinfarma, cuidado especial com o associado

14 Histórias de recuperação ProgramadereabilitaçãodoINSSprepara trabalhadoresacidentadosparaareinserção nomercadodetrabalho

16 De repente, Femucic!

23 Capacitação para hotelariaeturismo Senacpromoveciclodecapacitação noHotelShow2010,emFozdoIguaçu

28 Impresso e On line sãotemasdoAutores&Ideias

30 Apucarana presta homenagem a Darci Piana

33 Gripe H1N1 Oscuidadosdevemcontinuar!

34 Investimento em pessoas ProgramadeDesenvolvimentode GestoresdoSistemaFecomércio SescSenaccompletaseuciclo

36 Incentivo fiscal CuritibareduzalíquotadoISS pararepresentantescomerciais

38 Projeto Crescer Iniciativaestámudandoavida decentenasdecriançasemArapongas

40 A folha de salários e redução da carga tributária

42 Comércio globalizado

44 Aprender para trabalhar BeneficiáriosdoprogramaBolsaFamíliaobtêm fontesderendaadicionaisapartirdecursos dequalificaçãoprofissionaldoSenac

44 Arraial do Comércio Festasjuninasmovimentamovarejoparanaense

48 Reflexos da Olimpíada do Conhecimento

50 Senac na Copa, Paraná no Mundo!

52 Trabalho infantil Semináriodiscuteaerradicaçãodotrabalhoinfantil eosimpactosqueosafezeresprecocesincidem sobreasaúdedecriançaseadolescentes

54 Abrindo caminhos! NegociadoresdoMercosulcortamarestase antecipametapasparaumacordodelivre comérciocomaUniãoEuropeia

56 Senac Londrina dá exemplo e modifica a vida de jovens Cursodeaprendizagemmostraqueaarticulação entreeducação,formaçãoetrabalhoéo caminhoparaatransformaçãosocial

58 Uma nova casa FederaçãodasEmpresasdeTransportede CargasdoEstadodoParanáinaugurasede

62 Amor à profissão TécnicosdeEnfermagemcontam históriascomoventesdededicação

64 Rádio como antigamente MaringáFMtrazdevoltaoauditórioparaouvintes, tãopopularnasdécadasde1940a1950

66 Empresas aprendem a adequar gerência de resíduos GrandesgeradoresderesíduosimplantamPlanode Gerenciamentoedescobremnovasopçõesderenda

69 Evolução do Sistema Fecomércio Sesc Senac

74 Paulo Cruz se despede, após 32 anos de Sesc Paraná

Senac Londrina realiza curso de maquiagem com ex-BBB Dicesar

REVISTA DO SISTEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PR

ano X nº 77 maio | junho 2010

índice

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 5 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana:

José Augusto Pinto

Sindicato do Comércio Varejista de Campo Largo:

José RiPkA RibeiRo (in memorian)

Sindicato Empresarial do Comércio de Campo Mourão e Região:

MARco AuRélio WeileR

Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças

e Acessórios para Veículos de Cascavel:

Ailton RodRigues

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejista de

Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens, Tintas e de

Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Cascavel:

Antônio edson gRubeR

Sindicato do Comércio Varejista de Produtos

Farmacêuticos do Oeste do Paraná:

cARlos Aloise beclA

Sindicato do Comércio Varejista de Castro:

VieMAR AndRusck RodRigues

Sindicato do Comércio Varejista de Cornélio Procópio:

João FRAncisco VilelA de cARVAlho

Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração, Incorpo-

ração e Loteamento de Imóveis e dos Edifícios em Condomínios Residenciais e

Comerciais do Paraná:

MARcos de Assis MAchAdo

Sindicato das Empresas de Processamento

de Dados do Estado do Paraná:

JAMel nAsceR Abdul FARRAá

Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Paraná:

eliAnA MARiA coRRêA tRAMuJAs

Como forma de reconhecimento

e para valorizar o trabalho árduo de

empresários que superam diariamen-

te as dificuldades e contribuem para o

desenvolvimento econômico de suas

cidades, do Estado e do Brasil, a Fede-

ração do Comércio do Paraná promove

a quinta edição do Troféu Guerreiro do

Comércio.

Neste ano, 54 empresários dos sin-

dicatos filiados à Fecomércio, que se

destacaram em suas atividades comer-

ciais e de serviços, receberão a home-

nagem, no dia 16 de julho, no Estação

Convention Center, em Curitiba.

Darci Piana, presidente do Sistema

Fecomércio Sesc Senac, acredita que

estes empreendedores do comércio

de bens, serviços e turismo são ba-

talhadores, verdadeiros guerreiros, daí

o motivo do nome da homenagem.

“Estes empresários são homens e mu-

lheres que todos os dias batalham na

manutenção e crescimento de seus

negócios, ao mesmo tempo em que

proporcionam bem-estar aos seus co-

laboradores e clientes”, enfatiza.

Confira a relação de todos os em-

presários que serão homenageados na

quinta edição do prêmio e, na próxi-

ma publicação da Revista Fecomércio,

acompanhe as imagens da entrega da

premiação.

6 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Homenageados do guerreiro do ComérCio 2010

Sindicato das Empresas de Locadoras de Veículos Automo-

tores, Equipamentos, e Bens Móveis do Estado do Paraná:

Valmor Weiss

Sindicato do Comércio Atacadista de

Gêneros Alimentícios do Estado do Paraná:

Douglas Horn BorcatH

Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná:

Zacarias aBDallaH ZaHDi

Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista

de Materiais de Construção no Estado do Paraná:

ariaDne Pansolin BrioscHi

Sindicato do Comércio Varejista de Adornos e Acessórios

de Objetos de Arte, de Louças Finas e de Material Ótico,

Fotográfico e Cinematográfico de Curitiba e Região

Metropolitana:

murilo reffo

Sindicato do Comércio Varejista de Calçados

de Curitiba e Região Metropolitana:

orlanDo miguel esPolaDor

Sindicato do Comércio Varejista de Carnes

Frescas no Estado do Paraná:

ruDinei noVareZZi

Sindicato do Comércio Varejista de Flores e

Plantas de Curitiba e Região Metropolitana:

erick JoHannes steltenPool

Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios,

Minimercados, Supermercados e Hipermercados de Curiti-

ba, Região Metropolitana de Curitiba e Litoral do Paraná:

alceu José tissi

Sindicato do Comércio Varejista de Maquinismos,

Ferragens, Tintas e de Material Elétrico de Curitiba:

aVram fiseloVic

Sindicato do Comércio Varejista de Produtos

Farmacêuticos do Estado do Paraná:

geralDo Vieira Balam

Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças

e Acessórios para Veículos no Estado do Paraná:

eDmunDo kösters

Sindicato dos Armazéns Gerais no Estado do Paraná:

italo lonni Junior

Sindicato dos Despachantes do Estado do Paraná:

roBerto ramos Do PraDo

Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços

Funerários do Estado do Paraná:

cassiano DalleDone Zancan

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio

Varejista de Maquinismos, Ferragens, Tintas, Material

Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos de Curitiba

e Região Metropolitana:

osValDo nascimento Júnior

Sindicato dos Permissionários em Centrais de

Abastecimento de Alimentos do Estado do Paraná:

Jeri marcio raBelo Da silVa

Sindicato das Empresas Locadoras de Bilhar

no Estado do Paraná:

Jussara tulio lucca

Sindicato dos Institutos de Beleza e Salões de Cabeleirei-

ros, Centros de Estética e Similares de Curitiba e Região:

iValDo De lima

Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Foz do Iguaçu:

clauDino roDigHero

Sindicato do Comércio Varejista de Francisco Beltrão:

celi Dos santos Benetti

Sindicato do Comércio Varejista de Guarapuava:

Jamel HosHi

Sindicato do Comércio Varejista de Irati:

eDna aPareciDa lukaVy

Sindicato do Comércio Varejista de Ivaiporã:

mauro merigue

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8 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0 8 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-

ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,

Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos

de Jacarezinho:

MARCELO OLIVEIRA DA SILVA

Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região:

ADEMAR VEDOAtO

Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Foto-

gráfico e Cinematográfico no Estado do Paraná:

WMIRSSOn CLAytOn ALVES DE GOuVEIA

Sindicato do Comércio Varejista de Produtos

Farmacêuticos de Londrina:

JOSÉ ROBERtO FORtInI

Sindicato dos Salões de Cabeleireiros, Institutos

de Beleza e Similares do Estado do Paraná:

ROSE MARIA MARChEttO GOuVEIA

Sindicato do Comércio Varejista de

Marechal Cândido Rondon:

JOãO ADOLFO LOREnzI

Sindicato do Comércio Varejista de Ferragens, Tintas, Ma-

deiras, Materiais Elétricos, Hidráulicos e Materiais

de Construção de Maringá e Região:

REnAtO tAVARES

Sindicato do Comércio Varejista de Produtos

Farmacêuticos de Maringá:

LAIS SOuzA

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do

Comércio Varejista de Maringá e Região:

KEnJI uEtA

Sindicato do Comércio Varejista de Medianeira:

JOSÉ MARtInS CuStóDIO

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio

Varejista de Gêneros Alimentícios de Paranaguá:

MOhAMAD AKL zAhRA

Sindicato do Comércio Varejista de Paranavaí:

ILGA nIEhuES FERnAnDES

Sindicato do Comércio Varejista de Pato Branco:

nELVO ODy

Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa:

CARLOS GLApInSKI

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio

Varejista de Gêneros Alimentícios de Prudentópolis:

LuIz ALBERtO OpuChKEVItCh

Sindicato do Comércio Varejista de Santo

Antônio da Platina:

CESAR MARtInS

Sindicato do Comércio Varejista de Toledo:

MARCOS CEzAR SAnChES

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-

ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,

Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos

de Umuarama:

AntônIO CARLOS BItEnCOuRt

Sindicato dos Lojistas do Comércio e do Comércio Varejis-

ta de Gêneros Alimentícios, de Maquinismos, Ferragens,

Tintas e de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos

de União da Vitória:

ELIEzER DA COStA tEIxEIRA

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Você se mexeu, e o

Estado mexeu junto!

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Ao compararmos com a te-

oria do Efeito Borboleta,

embasada na ideia de que

uma atitude pode provocar mudanças

no curso natural das coisas, e refletir

no outro hemisfério, o Dia do Desafio

mostrou que essa reação em cadeia

pode ser possível. O resultado disso

foi o próprio slogan do projeto: Você

se mexe e o mundo mexe junto! A in-

tenção da iniciativa, que é incentivar

a qualidade de vida através da prática

de atividades físicas, mobilizou mais

de 20 países e intensamente o Estado

do Paraná, no dia 26 de maio. No Bra-

sil, o Dia do Desafio é coordenado pe-

los Departamentos Regionais do Sesc,

que se responsabilizam pela equipe de

trabalho, programação, registros de

participação, estrutura e divulgação

do projeto.

O Dia do Desafio no Paraná mobi-

lizou a participação de 5.265.390 pes-

soas, que praticaram 15 minutos de

variados exercícios físicos e registraram

a atividade através do 0800 643 6690

e pelo site www.sescpr.com.br. O de-

sempenho no Estado pode ser conferido

pelos 87,7% de vitória das cidades par-

ticipantes, o que significa uma represen-

tatividade de 52,19% em todo o Paraná.

A disputa do Dia do Desafio acon-

tece entre cidades de porte semelhan-

te, levando-se em conta o número de

habitantes dos municípios, registrado

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). A cidade que mobi-

lizar o maior número de pessoas e fizer

o registro, vence o desafio. Segundo o

gerente da Divisão de Esportes e La-

zer do Sesc Paraná, Otton Bernardelli,

o maior prêmio não é somente para a

cidade vencedora, pois todas são be-

neficiadas ao participar. “No Paraná,

foram 347 municípios participantes e

toda essa população ganha ao buscar

a melhoria na qualidade de vida”, diz.

A ideia é que esta seja uma por-

ta para o início da prática regular de

uma atividade física, e que desperte

em cada cidadão a vontade da busca

de um estilo de vida mais saudável,

fugindo do sedentarismo. “Este é um

evento de mobilização social, que bus-

ca a transformação no estilo de vida

ao estimular a prática de um esporte

sistemático”, define o diretor do Sesc

Paraná, Paulo Cruz, que além de ges-

tor de projetos esportivos, participou

do Dia do Desafio e pratica atividades

físicas frequentemente. Ele afirma

ainda, que os resultados potencializa-

dos se devem também à mobilização

da equipe de colabores do Sesc e às

grandes parcerias que foram firmadas,

como a realizada entre a entidade e a

Prefeitura de Curitiba.

A capital paranaense acompanhou

os resultados positivos do Estado. Ao

competir com Caracas (Venezuela),

Curitiba atingiu 790.914 participações,

contra os 18.582 registros da venezue-

lana. No ano passado, Curitiba concor-

reu com Houston (E.U.A.), e venceu

com 62,25%, contra 18,99%. O secre-

tário de Esportes e Lazer de Curitiba,

Rudimar Fedrigo, que participou das

atividades realizadas na Boca Maldita,

concordou que a parceria entre as en-

tidades contribui para o sucesso des-

ses dados, e acrescentou que quem

ganha com essa junção é a população.

O Sesc se mexe e você mexe junto!

“Todos os colaboradores das uni-

dades de serviço do Sesc Paraná fi-

Os cOlabOradOres dO sistema FecOmérciO sesc senac praticaram 15 minutOs de atividade Física na bOca maldita, em curitiba

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 11 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

caram envolvidos de forma direta ou

indireta no Dia do Desafio”, afirmou o

diretor da Divisão de Esportes e Lazer,

Marcus Vinicius Mello. Ele conta que a

equipe foi composta por cerca de duas

mil pessoas e que vários setores foram

mobilizados desde o processo de sen-

sibilização - momento em que ocorreu

a divulgação do projeto, bem como ex-

plicações da sua importância em em-

presas, colégios e na comunidade em

geral -; até o dia 26 de maio.

Além desse pessoal, foram capa-

citados cerca de 800 acadêmicos de

Educação Física para desenvolver as

atividades, que aconteceram em áreas

a céu aberto, unidades de serviço do

Sesc, escolas e empresas da indústria

e comércio. “Contamos também com

o apoio dos sindicatos do comércio de

bens serviços e turismo, filiados à Fe-

comércio PR e com a participação de

colaboradores desta Federação e do

Senac Paraná”, frisou Mello.

Para ele, os resultados apontados

pelo Sesc refletiram que a sensibiliza-

ção à população foi eficiente. “O mais

importante deste projeto é a reflexão

da comunidade sobre a importância

do exercício físico, e constatamos que

mais de cinco milhões de pessoas no

Estado perceberam isso ao participar.

E ser consciente que se estes 15 mi-

nutos de atividades físicas forem fre-

quentes, o indivíduo apresentará um

melhor condicionamento, melhor cir-

culação sanguínea, enfim, um organis-

mo mais saudável”, frisa Mello.

As Ações do diA do desAfio tAmbém se estenderAm às empresAs

Estados participantes no Brasil, em 2010: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Países participantes, em 2010: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Ilhas Falkland, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

A representatividade de um

setor muitas vezes vai além

da defesa de seus interes-

ses. Preocupado também com o bem

estar e a saúde de seus associados,

recentemente, o Sindicato do

Comércio Varejista de Produtos

Farmacêuticos do Oeste do Pa-

raná (Sinfarma) aderiu ao Plano

Poupa Saúde, um dos benefícios

de livre adesão oferecido pela

entidade. A iniciativa partiu do

Sindicato dos Lojistas e do Co-

mércio Varejista de Cascavel

e Região (Sindilojas), que vem

oferecendo os serviços aos seus

filiados e colaboradores. Graças

ao formato do programa, quali-

dade e eficiência logo foi adota-

do também pelo Sinfarma.

O Poupa Saúde é um pouco

diferente dos demais planos con-

vencionais, por ser de livre ade-

são e autogestão, ou seja, quem

controla o uso é o próprio cliente, con-

forme os serviços e atendimentos que

necessita. Funciona de forma semelhan-

te a uma poupança: o cliente investe

em saúde mensalmente a quantia que

lhe convir, de acordo com as opções

oferecidas. O presidente do Sinfarma,

Nelcir Ferro, explica que o uso aconte-

ce conforme o serviço que utilizar e a

verba excedente permanece guardada.

Justamente contrário de um plano con-

vencional onde há pagamento mensal

independente do consumo.

O usuário pode optar pela cate-

goria Bronze, que inclui atendimento

ambulatorial, consultas e exames, e a

Prata e Ouro, que além desses servi-

ços oferece internamento e cobertura

de cirurgias.

Atuação do SinfarmaCom base territorial de 49 municí-

pios do Oeste do Paraná, são repre-

sentadas pelo Sinfarma as empresas

do comércio de produtos farmacêuti-

Sinfarma, cuidado especial com o associado

presidente do sinfarma, nelcir ferro

12 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

cos, farmácias, drogarias, floras me-

dicinais, ervanários, perfumarias e

comércio de cosméticos e produtos de

higiene pessoal. Fundado em 13 de

março de 1990, este sindicato atende

cerca de 600 farmácias da região.

O presidente do Sinfarma, empos-

sado ainda em 2003, conta que ao se

associar, o empresário passa a ter be-

nefícios como o suporte em negocia-

ções referentes à Convenção Coletiva

entre farmacêuticos e empregados.

Recebe também consultoria trabalhista

e comercial da assessoria do sindicato.

Recentemente, o Sinfarma conquis-

tou a redução da taxa de anuidade do

Conselho Regional das Farmácias.

Favorável à Lei Municipal nº. 5463,

em vigor desde 7 de abril de 2010, que

permite venda de produtos de conveni-

ência, o presidente Nelcir Ferro, conside-

ra que a determinação, partida do Poder

Legislativo de Cascavel, contribui para

o comércio do setor na região. “Esses

produtos atraem mais clientes para os

estabelecimentos, pois ampliam as op-

ções de oferta”, afirma. Apesar da nova

lei, todas as farmácias permanecem

adequadas às resoluções estaduais da

Vigilância Sanitária Municipal.

Em parceria com o Sistema

Parceiro do Sistema Fecomércio

Sesc Senac, o Sinfarma conta com

o apoio das três casas integrantes.

Ferro conta que este é

o quinto ano que uma

empresa associada ao

sindicato recebe a pre-

miação do Guerreiro do

Comércio. Ele considera o

agraciamento um impor-

tante reconhecimento ao

trabalho desempenhado

pelos empresários representados pelo

Sinfarma.

“Contamos com o Senac para ca-

pacitação e qualificação profissional.

Um exemplo é o Treinamento de Caixa

e o curso de Gestão Empresarial, que

será oferecido nos dias 12, 13, 14, e

15 de julho, que acontecerá na sede

do sindicato”, relata Ferro. O curso é

voltado para o micro e pequenos em-

presários, gestores ou administradores

de farmácias, com carga de 14 horas.

Do Sesc, os associados e seus colabo-

radores contam com as atividades cul-

turais, educacionais, esportivas e de

lazer desenvolvidas constantemente

na região.

“Como pessoa experiente no seg-

mento, sempre tive a intenção de am-

pliar e promover o desenvolvimento

no setor. Após a filiação à Federação

do Comércio, tivemos a possibilidade

de participar mais ativamente, prin-

cipalmente com o surgimento da Câ-

mara Setorial do Comércio Varejista

de Produtos Farmacêuticos do Estado

do Paraná, da qual sou membro”, diz o

presidente do Sinfarma. A instituição,

fundada há cerca de três anos, promo-

ve encontros e discussões acerca de

problemas do setor, apoiados pelo pre-

sidente do Sistema Fecomércio Sesc

Senac, Darci Piana.

Diretoria Do Sinfarma: Gestão até 2014PresidenteNelcir Antonio Ferro

Vice-PresidenteRubin Wendland

Secretário GeralFausto Gonçalves Batista

1º SecretárioWashington Luis Langanke Gaspar

TesoureiroAntonio Braz de Pádua Beiral

1º TesoureiroNeide Coutinho Damasceno Campestrini

Diretor ComercialFlávio Junior Borges

Diretor SocialGianne Sulbacher Dacome

CoNSeLho FiSCAL: efetivos:ildo Antonio da SilvaCarlos Aloise BeclaJunior Carlos da Campo

Suplentes:eberson Antonio Chmielodair Couto da SilvaCarlos Maran

DeLeGADoS RePReSeNTANTeS: efetivos:Nelcir Antonio FerroRubin Wendland

Suplentes: Guinter hoffmannCelso Bevilacqua

Empresários indicados pelo Sinfarma que receberamprêmio Guerreiro do Comércio2006 – Rubin Wendland – Farmaútil 2007 – Almir Gaspar – Farmácia Iguaçu 2008 – Flávio Borges – Farmácia Estrela 2009 – Fausto Gonçalves Batista – Farmácia do Fausto 2010 – Carlos Aloise Becla – Farmácia Globo

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14 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Alessandra de Fátima Ótica,

de 32 anos, era professo-

ra de Educação Infantil,

em 2007, quando perdeu um de seus

principais instrumentos de trabalho: a

voz. Um problema nas cordas vocais a

afastou das salas de aula por mais de

dois anos. Exames médicos constata-

ram a impossiblidade de seu retorno

para a mesma função. Em abril do ano

passado ela foi encaminhada ao Pro-

grama de Reabilitação Profissional, na

Gerência Executiva do INSS em Curi-

tiba. Hoje, ela está empregada como

Monitora de Alunos no Colégio Marista

Santa Maria e garante: "Estou muito

feliz! Eu me achei ali!".

A história de Alessandra se con-

funde com a de várias outras pessoas

que vêm suas vidas modificadas de um

momento para outro, em razão de um

acidente de trabalho.

É o caso também do mecânico

Ananias Teixeira Guimarães Sobrinho,

que aos 19 anos sofreu um acidente

de trabalho que resultou na amputa-

ção de uma das pernas. Graças à recu-

peração promovida pelo Programa de

Reabilitação Profissional, hoje, aos 53

anos, ele trabalha como ascensorista

do Shopping Müeller, cargo obtido por

meio da ação da Equipe de Reabilita-

ção Profissional do INSS, em Curitiba.

Alessandra e Ananias são o exemplo

de centenas, milhares de outras pessoas

que são atendidas

pelo INSS neste pro-

grama, um dos 17

benefícios e serviços

oferecidos pela Pre-

vidência Social aos

seus contribuintes.

O Programa de Rea-

bilitação Profissional

é um dos menos co-

nhecidos pelos usu-

ários do INSS e pela

população em geral.

O objetivo desse

serviço é oferecer

ao segurado incapa-

citado para o traba-

lho – por motivo de

doença ou acidente

– meios de reeduca-

ção ou readaptação

para que possa re-

tornar ao mercado

de trabalho, promo-

vendo sua reinser-

ção social.

Uma parte do

trabalho dos ser-

vidores que atuam

nas equipes de

Reabilitação Profis-

sional é manter contato com as em-

presas de origem do segurado empre-

gado – para verificar a possibilidade

de retorno do segurado na mesma

função ou em uma nova – e também

com outras organizações – para esta-

belecer parcerias para treinamentos e

disponibilização de vagas. O acompa-

nhamento do reabilitando, quando de

Histórias de recuperaçãoPrograma de reabilitação do INSS prepara trabalhadores acidentados para a reinserção no mercado de trabalhoMaria Cristina Pires Mendes de Oliveira, especial para a Revista Fecomércio

AnAniAs: retorno Ao trAbAlho grAçAs à reAbilitAção

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 15 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

seu retorno ao trabalho, para verificar

a adequação do posto à sua capacida-

de residual, é outro pólo de atuação

destes servidores.

Um dos apoios para que este tra-

balho resulte em sucesso, e o usuário

volte ao trabalho, está no Artigo 93, da

Lei nº 8213, de 1991. Este artigo es-

tabelece que toda empresa que tenha

em seu quadro mais de 100 funcioná-

rios está obrigada a preencher de 2%

a 5% dos seus cargos com beneficiá-

rios reabilitados ou pessoas portadoras

de deficiência, habilitadas à função. É

justamente a inclusão dos reabilitados

no texto da Lei que muitos empresá-

rios desconhecem.

O que é um “beneficiário reabilitado”?

É segurado da Previdência Social

que passou pelo Programa de Reabili-

tação Profissional do INSS, que incluiu

ou não o recebimento e a adaptação

de próteses ou órteses, e participaram

de cursos de capacitação ou treina-

mentos para que possam vir a desen-

volver novas funções compatíveis ao

seu potencial laborativo, dentro da

empresa em que já atuava anterior-

mente ou em uma nova organização.

Ao final de todo esse processo, o be-

nefício é cessado e o participante re-

cebe um certificado que o habilitará a

concorrer a uma das vagas para bene-

ficiários reabilitados.

Todo segurado da Previdência Social

tem direito a esse serviço, independente

de carência. Se, após avaliação médico-

pericial, o usuário for encaminhado ao

Programa de Reabilitação Profissional,

ele estará obrigado a submeter-se ao

que for prescrito pela equipe que o aten-

de, sob pena de suspensão do benefício

que esteja recebendo.

TreinamentoOutra opção, de responsabilidade

social, que os empresários da iniciativa

privada muitas vezes desconhecem é a

possibilidade de firmar acordo com o INSS

abrindo vagas para os reabilitandos re-

alizarem um treinamento em serviço.

Dependendo da função que irá

exercer, o segurado não precisa de

uma capacitação formal, em sala de

aula, mas sim de um espaço na em-

presa onde possa aprender, de for-

ma prática, as rotinas do cargo, sem

a criação de vínculo empregatício ou

funcional (neste período).

NúmerosNas cinco Gerências Executivas do

INSS no Paraná (Cascavel, Curitiba,

Londrina, Maringá e Ponta Grossa), 43

servidores compõem as Equipes Técni-

cas de Reabilitação Profissional, entre

médicos, terapeutas ocupacionais, psi-

cólogos, assistentes sociais, sociólo-

gos, técnicos e enfermeiros.

Em todo o Estado, mais de dois mil

segurados encontram-se, atualmente,

cumprindo o Programa de Reabilitação

e outros dois mil aguardam para iniciá-

lo, ainda em 2010. A previsão é que

ao longo deste ano, 155 órteses e/ou

próteses sejam entregues a reabilitan-

dos ou reablilitados, que por doença

ou acidente de trabalho sofreram lesão

em um dos sentidos – a perda da au-

dição é a mais comum – ou perderam

um dos membros.

Os índices de sucesso na recolo-

cação profissional desses segurados

variam bastante de uma gerência

para outra. Em Curitiba, 60% dos que

cumpriram o programa, em 2009, por

meio de treinamentos na empresa de

origem ou na comunidade, retornaram

ao mercado de trabalho.

Nas gerências do interior, este índice

pode cair. Um dos diferenciais que pro-

vocam essa queda refere-se ao número

de grandes empresas instaladas nas res-

pectivas regiões, mas também devido à

baixa escolaridade dos reabilitandos –

em sua maioria, trabalhadores rurais,

o que prolonga a duração do programa

– e à dificuldade de aceitação, nas em-

presas privadas, em receber beneficiá-

rios reabilitados.

Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência,habilitadas, na seguinte proporção:

I – até 200 empregados ........... 2% II – de 201 a 500 ..................... 3% III – de 501 a 1.000 ................. 4% IV – de 1.001 em diante ........... 5%

leinº 8.2313/91

de repente, Femucic!

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16 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Há quem diga que o ser

humano vive em constan-

te transformação, que ele

muda a cada dia conforme o que ab-

sorve no meio em que vive, com o que

aprende... Quem foi ao teatro Calil Ha-

ddad, em Maringá, na 32ª Edição do

Femucic voltou para casa com uma ba-

gagem cultural diferente e uma visão

ampliada sobre as raízes do País tradu-

zidas nos gêneros, ritmos musicais e

manifestações literárias. Este panora-

ma foi conferido entre os dias 19 e 22

de maio, nas 56 músicas apresentadas

e elementos provenientes da Literatura

de Cordel, como contos de “causos”,

xilogravuras e declamação de cordéis.

O Femucic, Mostra de Música da

Cidade Canção, ganha a cada ano um

aprimoramento, notável ao público e

carrega em sua essência a ideia de

disseminar a música brasileira como

um todo. Para isso, busca atingir à

comunidade não somente durante

os espetáculos, mas nos projetos em

paralelo que vem sendo estruturados

para alcançar a comunidade. O resul-

tado do Femucic 365 Dias foi conferido

no tema de abertura apresentado em

todas as noites. A iniciativa consiste

em oficinas de formação e reciclagem

para músicos, realizadas desde mar-

ço, na unidade de Maringá e voltada

para pessoas que já tiveram iniciação

musical. Outra ação concomitante é o

Femucic nas Escolas, que traz a alunos

da rede pública e privada um contato

com a música, através de palestras e

apresentações feitas por composito-

res e intérpretes participantes. “Nossa

principal intenção é difundir a cultura,

e consolidá-la na mente das pessoas.

Este é um processo de mudança, de

transformação em relação à cultura

musical como um todo. Percebo que

o Femucic vem sendo cada vez mais

assimilado pela comunidade, com o

suporte desses novos projetos”, disse

o gerente executivo do Sesc Maringá,

Antônio Vieira.

Os espectadores, muitos deles

formadores de opinião, ficaram sur-

presos com a estrutura, a produção,

e com as qualidades musical e técni-

ca. “Além de ser mais numeroso, o

público deste ano foi mais exigente.

Isso foi percebido pela reação da

plateia, que estava educada para

esse tipo de proposta. A recepti-

vidade e interesse dos presentes

também foram notáveis”, afirma

Vieira.

Representaçãonacional

A 32ª Edição contou com 895

inscrições, oriundas de 24 estados

e do Distrito Federal. Dessas, foram

selecionadas 56, representando 18

estados brasileiros, mesmo número

de Departamentos Regionais do Sesc

envolvidos com o Femucic. “Este pro-

jeto atende às expectativas nacionais

da instituição. Ele é um resultado da

produção de cada Estado, que propõe

uma reflexão acerca da música brasi-

leira”, pondera o gerente executivo.

Para Vieira, o Femucic é um sonho

que se transforma em realidade, pois

em único local há a possibilidade de

unir a musicalidade e todo o Brasil, gra-

ças à compreensão de sua importância

por parte do Departamento Nacional

do Sesc, dos departamentos regionais

e suas unidades de serviço. Este é um

dos principais motivos de seu crescimen-

to contínuo. “O Sesc oferece a condição

ideal para a realização da mostra, como

toda a estrutura técnica, pessoal, local,

o que resulta nesta qualidade plástica

Trecho do cordel declamado por BeTo BriTo, nas

noiTes de aBerTura

São trinta e duas ediçõesNessa terra de meu DeusMaringá é arte puraVi aqui os sonhos meusSe tornar realidadeQue beleza de cidadeFeliz são os filhos teus

Só não gosto do adeusQuando tenho que partirPenso logo na saudadeDo povo bom a sorrirÉ tão grande o coraçãoQue a cidade-cançãoAbraça quem quiser vir

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 17 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Fran

cisc

o S

ales

Dan

tas

que percebemos”, avalia.

Ressaltando que o evento conta com a

parceria da Rede Paranaense de Comu-

nicação e com a Prefeitura de Maringá.

A mostra, que é de caráter não com-

petitivo, passou a ser um espaço para

mostrar a produção nacional e criações

profissionais. Os maiores vencedores do

Femucic são a cultura popular e a baga-

gem que cada músico, colaborador ou

espectador leva junto de si. “O Femucic

tem a intenção de mostrar uma paisa-

gem musical do que acontece nesse as-

pecto, buscando sempre uma imagem

musical brasileira. Além do enfoque cul-

tural, traz um viés pedagógico muito for-

te. As oficinas, por exemplo trabalham

a teoria, o estudo dos instrumentos, as

formas musicais e sua interpretação”, diz

o diretor geral do evento, Dirceu Saggin.

A 32º Edição do Femucic foi dedi-

cada à ex-assessora jurídica do Sesc

Paraná e uma das idealizadoras deste

projeto, Luiza Elizabeth Basaglia.

Cordel “Esta é uma forma de difundirmos

uma arte não muito compreendida”,

disse o diretor geral do Femucic, Dir-

ceu Saggin, ao justificar o motivo da

presença de elementos da Literatura

de Cordel nesta edição. Ele destacou

a importância em se ter um contato

com manifestações culturais de raiz.

A inserção dos cordéis no Femucic

agregou valor à mostra e trabalhou

em paralelo com esse resgate e va-

lorização da pluralidade de cren-

ças, valores e costumes do país.

Making ofPara que o músico e sua

produção se apresentem de

melhor forma ao público, é

necessário o empenho de uma equipe

composta por profissionais de várias

áreas. O trabalho começa muito antes

da semana da mostra, quando compo-

sitor e intérpretes enviam sua canção

para ser avaliada. Posteriormente, há

um processo de seleção do repertório

das apresentações, definido o número

das canções e verificada a necessidade

específica de cada intérprete para sua

produção musical.

Este é o momento em que começa

o envolvimento com a banda de apoio,

composta por profissionais que acom-

panham os músicos. É hora de estu-

dar cifras, melodias para que cheguem

em Maringá prontos para o ensaio e

repasse de som com os intérpretes.

Os selecionados que levam as bandas

passam por um tratamento especial

durante no palco e no momento de

gravação das músicas para o CD do

festival, que acontece na Cidade Can-

ção, no próprio teatro, às tardes da

semana do evento.

Durante esses dias, trabalham em

conjunto: direção geral, responsável

pela coordenação de toda a equipe;

direções de palco e cena; produção,

encarregada pelos transportes dos

músicos; equipes de sonorização, ilu-

minação e vídeo; gerência de Cultura

do Sesc Paraná e comissão organiza-

dora do evento; assessoria de comuni-

cação e técnicos do teatro.

Chegada a primeira noite da mos-

tra, todos os envolvidos apresentam

o resultado desse trabalho intenso

durante a apresentação dos músicos.

O trabalho não acaba com o encer-

ramento do evento, pois nos dias se-

guintes são selecionadas as músicas

que compõem o repertório do CD e do

DVD. Nesta etapa elas passam por um

processo de mixagem e masterização,

uma a uma. A previsão é que o 15º CD

e o segundo DVD fiquem prontos no

mês de agosto e serão distribuídos pe-

los departamentos regionais do Sesc

em todo o Brasil.

18 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

“O Femucic tem a intenção de mostrar uma paisagem musical do que acontece nesse

aspecto, buscando sempre uma imagem musical brasileira.“

– Dirceu Saggin – Diretor geral do evento

Fran

cisc

o S

ales

Dan

tas

Repertório do 15º cd Femucicágua e Vida – João Pessoa / PBCompositora: Vó MeraIntérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos Anágua de iaraiemanjá – Joinville / SCCompositores: Chico Saraiva e Makely KaIntérprete: Ana Paula da Silva

cantiga de lua – Guarulhos / SPCompositor e Intérprete: Amauri Falabella choro clássico – Curitiba / PRCompositor: Waltel BrancoIntérprete: Fabrício Mattos

choro Pro Joaquim – Maringá / PRCompositor: Geraldinho do CavacoIntérpretes: Geraldinho do Cavaco e Grupo

coco de Roda em Paraíba em 1966 – João Pessoa / PBCompositora: Vó MeraIntérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos conseiêro de deus – Araguari / MGCompositor e Intérprete: Luiz Salgado

elétrico – Pato Branco / PRCompositor: Diego GuerroIntérpretes: Diego Guerro e Grupo Jangadeiro de Aparecida – Teodoro Sampaio / SPCompositor: Pedro CarreiroIntérprete: Pedro Carreiro e Fabiano

Justificação – Cuiabá / MTCompositores: Paulo Monarco e Zeca BarretoIntérprete: Paulo Monarco lição de Vida – Salvador / BACompositor: Reginaldo R. De SouzaIntérprete: Juliana Ribeiro e Grupo

Meu Jamaxim – Boa Vista / RRCompositores: Bebeco Pujucan e George FariasIntérprete: Keyla Castro

o lado sul do Real – Sorocaba / SPCompositor e Intérprete: João Leopoldo

Parulices – São Bernardo do Campo / SPCompositor e Intérprete: Fernando Deghi

Quem Foi que disse – Maringá / PRCompositora e Intérprete: Marie Tenório

Rainha dos Menestréis – Vitória da Conquista / BACompositor e Intérprete: Roberto Bach

samba Para ná – Curitiba / PRCompositor e Intérprete: André Prodóssimo

são João – Brasília / DFCompositores e Intérprete: Túlio Borges e Anthony Brito

Valsa de inverno – Curitiba / PRCompositor: Daniel MigliavaccaIntérpretes: Daniel Migliavacca, Vinicius Chamorro e Vina Lacerda

Repertório do 2º dVd FemucicAnágua de iaraiemanjá – Joinville / SCCompositores: Chico Saraiva e Makely KaIntérprete: Ana Paula da Silva choro clássico - Curitiba / PRCompositor: Walte BrancoIntérprete: Fabricio Mattos

choro Pro Joaquim – Maringá / PRCompositor: Geraldinho do CavacoIntérpretes: Geraldinho do Cavaco e Grupo

coco de Roda em Paraíba em 1966 – João Pessoa / PBCompositora: Vó MeraIntérpretes: Vó Mera e Seus Netinhos

conseiêro de deus – Araguari / MGCompositor e Intérprete: Luiz Salgado

elétrico – Pato Branco / PRCompositor: Diego GuerroIntérpretes:Diego Guerro e Grupo

Feliz – Curitiba / PRCompositor: Daniel MigliavaccaIntérpretes: Daniel Migliavacca, Vinicius Chamorro e Vina Lacerda Jangadeiro de Aparecida – Teodoro Sampaio / SPCompositor: Pedro CarreiroIntérprete: Pedro Carreiro e Fabiano Justificação – Cuiabá / MTCompositores: Paulo Monarco e Zeca BarretoIntérprete: Paulo Monarco

Meu Jamaxim – Boa Vista / RRCompositores: Bebeco Pujucan e George FariasIntérprete: Keyla Castro

Moleque tinhoso – Ananindeua / PACompositores: Ivan Cardoso e Mário MouzinhoIntérprete: Ivan Cardoso

navegares – São Bernardo do Campo / SPCompositor e Intérprete: Fernando Deghi

o choro do laço – Vera Cruz / RSCompositor: Marcelo Paz CarvalhoIntérprete: Tiago Souza e Grupo

o lado sul do Real – Sorocaba / SPCompositor e Intérprete: João Leopoldo

Parulices - São Bernardo do Campo / SPCompositor e Intérprete: Fernando Deghi

Pedra da gaivota – Curitiba / PRCompositor e Intérprete: André Prodóssimo

Quem Foi que disse – Maringá / PRCompositora e Intérprete: Marie Tenório

Rainha dos Menestréis – Vitória da Conquista / BACompositor e Intérprete: Roberto Bach

samba Para ná – Curitiba / PRCompositor e Intérprete: André Prodóssimo sonhos Vãos – Belém / PACompositores: Carla Sueli Cabral da Silva e Marcelo Wagner Ramos Rodrigues Intérprete: Patrícia Bastos

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20 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Femucic no comércioO Femucic não foge à essência de

muitos projetos desenvolvidos pelo

Sesc, que apresentam um forte envol-

vimento com o comerciário e comer-

ciante. Nos dias do evento foi regis-

trado um intenso movimento na rede

hoteleira, restaurantes, lojas e demais

empresas do comércio, movimentando

20% a mais do que o costume.

Todos os músicos participantes,

equipes de trabalho e visitantes, que

foram à cidade para conferir a mostra,

usufruíram dessa estrutura da cidade,

como confirma o presidente do Sindi-

cato do Comércio Varejista de Maringá

(Sivamar), Amauri Donadon. “Os res-

taurantes e hotéis se preparam para

atender esse público. Além dos produ-

tos de necessidade diária, estes visitan-

tes fizeram compras em shoppings, por

exemplo. É difícil sem sair de Maringá

sem fazer alguma compra”, relatou o

presidente ao comentar que é comum

também a aquisição de roupas, pois na

cidade há muitas peças de inverno.

Já nos restaurantes, os trabalhado-

res como gerentes, garçons e demais

atendentes ficam preparadas para vol-

tar mais tarde para casa. Muitos mú-

sicos e espectadores do festival saem

após assistirem às apresentações para

confraternizações ou jantares. O re-

sultado é uma movimentação maior

no caixa e estabelecimentos fechados

mais tarde. “O comércio ganha muito

com o Femucic, temos uma maior ar-

recadação de impostos, os empregos

são mantidos, os comissionados re-

cebem mais, e isso reflete no desen-

volvimento econômico da cidade”, fri-

sa Donadon. Segundo ele, os setores

beneficiados foram: alimentício, calça-

dista, farmacêutico, de conveniência,

hoteleiro e de material de construção.

O gerente do Hotel Cidade Verde,

Cláudio Crepaldi, onde ficou hospeda-

da a maioria dos envolvidos no Femu-

cic, revela que durante três dias, 100%

dos leitos foram ocupados, no entanto

o movimento foi intenso no período de

15 a 24 de maio. Nos demais dias do

ano, 60% das vagas são preenchidas.

Em Maringá, os sindicatos que

atendem o comércio do município e

de outras 18 cidades das redondezas

são o Sivamar, o Sindicato do Comércio

Varejista de Ferragens, Tintas, Madei-

ras, Materiais Elétricos, Hidráulicos e

Materiais de Construção (Simatec), e

o Sindicato do Comércio Varejista de

Produtos Farmacêuticos (Sincofarma).

Arq

uivo

Siv

amar

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Com uma rabeca e uma caixa re-

cheada da cultura nordestina, o artista

e músico Beto Brito, visitou e encantou

alunos das escolas públicas de Marin-

gá. Brinquedos, vestimentas, instru-

mentos musicais e livros foram reti-

rados um a um de uma grande caixa,

apresentando aos estudantes objetos

típicos do nordeste brasileiro e da li-

teratura de cordel, além de músicas

próprias do repertório das festas de

São João.

Esta atividade fez parte do projeto

Femucic nas Escolas, uma ação parale-

la ao Femucic e realizada uma semana

antes da mostra. Ao todo, foram nove

escolas visitadas, o que proporcionou

a 2.252 alunos do Ensino Fundamental

de Maringá a interação com músicos

de diferentes regiões do Brasil.

Vó Mera e Seus Netinhos também

participaram do projeto e na avalia-

ção da direção da Escola Municipal

Pioneira Mariana Viana Dias, foi uma

experiência enriquecedora. “As apre-

sentações emocionaram as crianças,

principalmente quando Vó Mera acon-

selhou aos alunos com relação ao res-

peito que os mesmo devem ter com

os pais e com os mais velhos e, tam-

bém, quando permitiu que as crianças

tocassem os instrumentos musicais do

grupo”, testemunha a direção.

O grupo Nós em Voz, formado por

oito cantores de Curitiba, realizou um

concerto didático em quatro escolas

maringaenses, onde puderam explicar

a divisão de vozes em um coro e apre-

sentaram trava línguas para os alu-

nos. “Ficamos surpresos com o grupo

de coral, que nos mostrou na prática

a distribuição segundo a tessitura de

suas vozes. Além disso, relacionaram-

se muito bem com os alunos, que ti-

veram a oportunidade de cantar um

pouco a diversidade da música popu-

lar brasileira”, salientou Claudinéia Mi-

guelino de Lima, do Centro Integrado

de Apoio à Criança e ao Adolescente

Borba Gato. Além desses artistas, as

escolas também receberam os músi-

cos Fabrício Mattos, Geraldo Júnior,

Felipe Müller, Daniel Migliavacca e Ro-

berto Bach.

Para o técnico do Sesc, Emersonn

Amaral, um dos integrantes da Comis-

são Organizadora do Femucic, o pro-

jeto estabelece o primeiro contato dos

alunos com a música, e leva valores

musicais através de concertos, pales-

tras e interação com as crianças.

Femucic vai às escolas

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22 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Não é apenas em maio, mês de realiza-

ção do Festival de Música da Cidade Canção,

pelo Sesc Paraná, que as estradas levam

cultura e música a Maringá. Prova disso é

o projeto “Femucic 365 Dias”, uma oficina

de percussão, voltada para os ritmos e à

música nacional, que explorou instrumen-

tos típicos da percussão brasileira.

Vinte e cinco músicos começaram no

projeto em março deste ano, entre eles,

profissionais e iniciantes, mas 12 alunos

que reuniam, na avaliação do oficineiro,

Vina Lacerda, facilidade para o estudo,

disponibilidade e vontade, foram os esco-

lhidos para participar do tema de abertura

do Femucic 2010, apresentado em todas

as noites do festival. “Queríamos trazer a

linguagem musical para estas pessoas e

promover o contato com a teoria e desen-

volver a simbologia e a anotação musical

e gráfica, com o intuito de escrever as me-

lodias percussivas e entender como fun-

ciona a música e sua matemática”, revela

Lacerda.

O projeto veio com a ideia de seme-

ar informações culturais e musicais em

Maringá, não apenas na semana do fes-

tival e restrito ao espaço do teatro, aliado

à diretriz do Sesc que é permitir, através

de ações culturais, a expressão e a ma-

nifestação de diferentes formas de arte,

estimulando a criatividade, capacidade e

habilidades artísticas. “Este é o objetivo

do 'Femucic 365 Dias', estar nas escolas,

e nos mais diversos locais, trazendo um

estudo formatado da música”, informa o

professor.

Aliado à proposta inserir a Literatura

de Cordel no Femucic deste ano, o proje-

to trouxe instrumentos musicais próprios

do nordeste, como o alfaia, um tambor

que é ícone do ritmo brasileiro maracatu.

E foi com o alfaia que estes 12 músicos,

acompanhados por baquetas, e apresen-

tando-se em pé, brincaram com a lingua-

gem musical, com seus tambores com

volumes fortes. “Trouxemos a linguagem

da percussão formal, aliada a diversos

ritmos brasileiros, mostrando a escrita da

percussão. Com isso, fizemos uma ligação

com o tema de abertura. Todos os alunos

tiveram acesso às partituras, tendo um

mapeamento gráfico da música”, enfatiza.

E para dar continuidade ao projeto, a

instituição adquiriu instrumentos de per-

cussão e, em breve, inaugurará um novo

espaço cultural em Maringá.

365 dias de muita música

Femucic 22 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 23 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br Femucic S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 23 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Capacitação para hotelaria e turismoSenac promove ciclo de oficinas pedagógicas no Hotel Show 2010, em Foz do Iguaçu

Pau

lo W

ilson

Ver

a

24 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Os participantes do Hotel

Show, evento que se con-

solida tornando-se tradicio-

nal em Foz do Iguaçu, puderam estar

lado a lado e aprender com profissionais

qualificados do Senac Paraná.

O diferencial do evento foram as

oficinas e palestras de qualificação e

atualização, totalmente gratuitas, nas

áreas de hotelaria e hospitalidade.

As palestras e as oficinas pedagó-

gicas aprofundaram conhecimentos

nas áreas de recepção, serviços de ca-

mareira e de restaurante, tudo sob o

acompanhamento atento e detalhista

do diretor regional do Senac Paraná,

Vitor Monastier. A coordenadora de

educação do Senac, Lucymara Car-

pim, acentuou o tom educacional ao

proferir a palestra master sob o tema

“Qualificação Profissional: Oportuni-

dade de Sucesso”. Para ilustrar ainda

mais a explanação, o grupo de teatro

Sou Arte, de Campo Mourão apresen-

tou esquetes bem humoradas visando

sensibilizar os participantes a respeito

de demandas da hotelaria e como o

Senac pode contribuir para a forma-

ção de profissionais qualificados para

o setor.

A importância do Hotel Show para

o segmento hoteleiro e turístico foi

ressaltada pelo vice-presidente do Sin-

dicato dos Hotéis, Restaurantes, Ba-

res e Similares de Londrina e Região

(Sindihotéis), Alzir Bocchi. Segundo

ele, o evento “configura-se como um

dos mais importantes para a rede

hoteleira do Paraná, pois reúne as

novidades em equipamentos e novos

materiais de consumo, com facilidades

de compra”. E, para estudantes e pro-

fissionais, oferece a oportunidade úni-

ca de participar de cursos e palestras

de instituições reconhecidas como o

Senac. “O Senac hoje é uma grife na-

cional que leva a atualização para boa

formação de mão de obra de nossos

estabelecimentos. Essas palestras são

verdadeiras aulas, que levam à profis-

sionalização dos trabalhadores da ho-

telaria e gastronomia”, afirma Bocchi.

Ciclo de OficinasPedagógicas

Durante o Ciclo de Oficinas Peda-

gógicas, certificadas pelo Senac, em-

presários, trabalhadores e estudantes

puderam se atualizar e até mesmo

repensar seus conceitos sobre três

setores fundamentais da hotelaria:

recepção, serviços de camareira e de

restaurante.

O primeiro ponto foi discutido na

oficina “Excelência no Atendimento – Da

recepção ao retorno do hóspede”, com o

supervisor do Restaurante-escola do Se-

nac Curitiba, Lúcio Marcelo Chrestenzen,

que destacou o conceito do bem rece-

ber, a simpatia no cumprimento ao hós-

pede, o conceito histórico e como a ho-

telaria mudou nos últimos anos. “Como

hoje tudo é tão rápido, o profissional de

hotelaria precisa estar atento aos dife-

rentes estilos de clientes e saber se por-

supervisor do restaurante-escola do senac curitiba, lúcio Marcelo chrestenzen

Pau

lo W

ilson

Ver

a

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 25 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

tar adequadamente em cada situação”,

explica Chrestenzen. E, para finalizar o

tópico, serão levantados questionamen-

tos acerca da Copa do Mundo de 2014

e os preparativos necessários. “A Copa

já começou e precisamos estar prontos

para ela. Por mais que seja um even-

to pontual, o verdadeiro legado será o

grande número de turistas que virá de-

pois. Mas claro que isso irá depender de

como iremos atendê-los durante este

evento”, afirma o supervisor.

Com a sala de aula lotada, prin-

cipalmente por camareiras, a palestra

“Camareira, o brilho na hotelaria”,

ministrada por Luciani Guimaro Dias,

gerente de hospedagem do Grande

Hotel São Pedro e docente nos cursos

de graduação e pós-graduação em ho-

telaria do Senac São Paulo, esclareceu

dúvidas e teve a participação ativa dos

presentes. “É uma profissão que vem

sendo valorizada. E palestras como

essa servem para conscientizar sobre

sua real importância, que vai além de

limpar o quarto ou arrumar uma cama.

As camareiras repassam informações

estratégicas ao setor de governança

e também aos demais setores de um

hotel”, explica Luciani. A camareira,

por adentrar na intimidade do hóspe-

de, é capaz de constatar, por exemplo,

que ele gosta de uvas, ao observar

as cascas da fruta em sua lixeira. De

posse de tal informação, a equipe de

alimentos e bebidas pode inserir uvas

na fruteira do quarto. É um detalhe

simples, mas demonstra ao cliente

uma atenção especial. A personaliza-

ção, segundo Luciani, tem sido o cami-

nho adotado pelo setor hoteleiro para

conquistar e fidelizar sua clientela. “O

que diferencia um hotel de outro não é

mais a estrutura, que é bastante pare-

cida entre os estabelecimentos. O que

distingue mesmo é o serviço oferecido

e a camareira está inserida nesse pro-

cesso”, pondera a palestrante.

Para completar o Ciclo de Oficinas

Pedagógicas foi realizado o workshop

“Serviço de Restaurante – Como en-

cantar o cliente!”, que teve como ins-

trutores os participantes da Olimpíada

do Conhecimento 2010, Gilberto Perei-

ra Dias e André Carlos Crestani. Além

de relatar a experiência no maior even-

to de educação profissional da América

Latina, eles apresentaram técnicas do

serviço de garçom e do slow food, um

movimento que vem ganhando força e

resgata o prazer de saborear as refei-

ções. E esse pode ser um diferencial

para os restaurantes e, especialmente,

os hotéis, que complementariam seus

serviços ao oferecer opções diversifi-

cadas de alimentação.

A escolha dos temas abordados

nas oficinas partiu de uma pesquisa

elaborada pelo Senac em parceria

com a Federação Nacional de Ho-

téis, Restaurantes, Bares e Similares

(FNHRBS). No estudo, feito com 716

proprietários de hotéis e restauran-

tes, em sete capitais brasileiras, 40%

apontou dificuldades na contratação

de recepcionistas. A maioria dos en-

trevistados, 71%, também afirmou

que encaminharia funcionários para

cursos de camareira e arrumadeira

e 32% relatou dificuldades na con-

tratação de garçons. De acordo com

Alzir Bocchi, estas são as áreas mais

importantes de um hotel porque en-

volvem praticamente toda a estadia

do cliente, o que, por consequência,

influencia diretamente em seu possí-

vel retorno. “Afinal, este é o grande

objetivo de qualquer hotel. Se não

encontrar boa cama e boa comida,

o hóspede não volta, pois ele deseja

um excelente atendimento. E o Se-

nac proporciona tudo isso aos esta-

belecimentos hoteleiros paranaen-

ses, através de seus cursos, muitos

deles gratuitos”, reitera.

Até a Copa de 2014A realização de grandes eventos

no Brasil como a Copa do Mundo em

2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016

reforça a necessidade de capacitação

Luciani Guimaro Dias, Gerente De hospeDaGem Do GranDe hoteL são peDro e Docente nos cursos De GraDuação e pós-GraDuação em hoteLaria Do senac são pauLo

Pau

lo W

ilson

Ver

a

26 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

de profissionais na área de hotelaria. Em

muitas cidades-sede, existe uma oferta

hoteleira já estabelecida, com número

satisfatório de leitos para acomodar os

visitantes, conforme avalia Alzir Boc-

chi. A construção de novos hotéis em

quantidade pode representar, inclusi-

ve, uma superoferta futura. A alter-

nativa, neste caso, é a renovação

e reforma dos estabelecimentos

existentes.

Convicto, o vice-presidente do

Sindihotéis, afirma que o Paraná

está bastante preparado para

a Copa, mas faltam cursos de

aperfeiçoamento do atendi-

mento, como os de idiomas

para taxistas e recepcionis-

tas, tradutores e normas de

etiqueta. “Em termos de estrutura física,

estamos bem. Nosso ponto fraco está na

recepção. Temos a obrigação de fazer

uma boa acolhida aos hóspedes interna-

cionais. Não se trata de conhecer todas

as culturas, mas um pouco de cada uma,

ou pelo menos, aprender a lidar com a

diversidade cultural e de costumes. Por

isso a qualificação e o aperfeiçoamento

dos profissionais envolvidos na cadeia

produtiva do turismo é primordial”, re-

força.

Quatro anos pode parecer um pra-

zo extenso. Cabe lembrar, porém, que

conhecimento se constrói, e isso não

acontece de uma hora para outra. “Se

começarmos agora tenho certeza de que

em 2014 teremos sucesso absoluto, com

uma mãozinha do Senac, é claro”, finali-

za Alzir Bocchi.

Demonstração Dos serviçõs De garçom realizaDa pelo instrutor anDré Crestani, que foi partiCipante Da olimpíaDa Do ConheCimento 2010

Pau

lo W

ilson

Ver

a

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28 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

impresso e on line são temas do Autores & Ideias Novo projeto cultural do Sesc promove discussões sobre temáticas atuais

Os veículos impressos, assim

como jornais, revistas e

periódicos estão perdendo

espaço para os meios eletrônicos? Exis-

te uma fórmula de atratividade para a

leitura impressa? Quais são as causas

da queda da procura por impressos? Por

que a Internet tem conquistado tanto

espaço? O relatório E-Books: The Next

Killer Application, do pesquisador e dire-

tor de papéis gráficos da Europa, Sampo

Timonen, revela que a mídia impressa

teve uma queda de leitura em 57%, en-

tre 1999 e 2009.

Timonem ainda alerta que a de-

manda de notícias em papel tende a

cair a 98%, até 2015. Esta preocupa-

ção, de nível nacional, envolve de for-

ma pontual os meios de comunicação

brasileiros. O veterano jornalista e es-

critor Ricardo Noblat, que sempre es-

teve atento a esse assunto fez diversas

publicações on line e impressas discu-

tindo esse tema. Segundo ele, a indús-

tria da comunicação está assustada e

disputa hoje com os meios digitais. A

saída de Noblat é uma reinvenção ur-

gente dos moldes da imprensa.

Para levantar e debater essas

questões, o Sesc Paraná promoveu

a temática Literatura On line, no seu

novo projeto de cultura, o Autores &

Ideias. A iniciativa traz palestras so-

bre ciberespaço e literatura durante a

programação de 2010, e como com-

plemento oferece oficinas na progra-

mação. “A programação sempre trará

temas atuais e de interesse público,

que envolvam a literatura, e convida-

rá autores de obras sobre o assunto”,

explica o coordenador do Autores &

Ideias, Márcio Norberto.

Este é o primeiro projeto sistemáti-

co na área da literatura, e contempla as

unidades do Sesc em Curitiba (Esquina),

Londrina, Maringá, Cascavel e Pato Bran-

co. A programação iniciou em maio e se

estende mensalmente, até novembro,

nestes municípios. Nesta primeira etapa

foi realizado o Ciclo de Autores com os

convidados Daniel Galera e Daniel Pelli-

zari. Ambos relataram suas experiências

nos universos eletrônico e impresso, e

abordaram o tipo de literatura que sur-

giu na Internet. As obras deles estão dis-

poníveis tanto na grande rede como em

livrarias. Em paralelo, foram oferecidas

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 29 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

oficinas para criação de blogs. Norberto

explica que o propósito é aliar a cultura à

educação. “Esta reflexão é fundamental

para os jovens, que estão despertando

hoje o interesse pela literatura e a pro-

ximidade com os meios de comunicação

e o ciberespaço”, diz. A participação em

todas as atividades é gratuita.

“A revolução digital é um tema que

está modificando a própria forma como

nos relacionamos com os livros e a li-

teratura. Todos sentimos na pele essa

transformação, mas para entender o

que acontece é necessário discutir sobre

isso”, avalia Galera. Para ele, o Autores

& Ideias contribui ao levantar a literatu-

ra on line e estendê-la a outras cidades,

pois este fenômeno é universal.

Segunda etapaA etapa do Autores & Ideias, que

acontece em junho, aprofunda ainda

mais o estudo da relação entre a web e

seu “leitornauta”, bem como os novos

veículos adaptados para esse meio. A

programação traz uma mesa-redonda

com os autores André Czarnobai, po-

pularmente conhecido como Cardoso,

e Julio Dario Borges que discutirão

como a crítica literária se beneficia

deste cenário e se a publicação eletrô-

nica é um meio eficiente para viabilizar

produtos culturais sem custos de im-

pressão e distribuição.

Na opinião de Cardoso, os e-books

certamente são uma alternativa de me-

nor custo que os impressos, no entan-

to não acredita que haja um aumento

imediato na busca desse formato. “É

inegável que as pessoas leem mais por

causa do computador, dos celulares e

da Internet, mas isso não significa que

elas estejam lendo mais ficção”, acre-

dita o autor. Ele ainda avalia que o livro

vem ganhando muita força como obje-

to de luxo e símbolo de resistência aos

excessos da tecnologia.

Para o escritor a literatura se bene-

ficia com esse cenário através de seus

bons leitores ou interessados, e que o

meio muitas vezes não garante a qua-

lidade do conteúdo da mensagem. “É

necessária uma relação entre diversos

elementos para que a literatura seja

beneficiada ou prejudicada. Basta mu-

dar apenas uma dessas variáveis e o

resultado obtido já não é mais o mes-

mo. A tecnologia sem ser contextuali-

zada não ajuda nem atrapalha”.

Por isso, a discussão sobre esse

assunto pode ajudar a ampliar a visão

dos envolvidos, como leitores, escri-

tores e editores. “Sair da nossa zona

de segurança e enxergar velhas estru-

turas e situações por ângulos novos

sempre é positivo, e ajuda na constru-

ção de novas formas de pensar e agir”,

conclui Cardoso.

A ementa do Autores & Ideias para

junho ainda prevê opções de progra-

mação paralela que acontecem nas

unidades do Sesc, como workshop de

Edição de Conteúdos para a Internet,

Oficina de Webdesign, edição de foto-

grafia na web, publicação em Fotolog

e Flickr, e sala de leitura de revistas,

coletivos e periódicos na Internet. Para

conhecer a programação completa

consulte uma das unidades do Sesc

envolvidas no Autores & Ideias.

Shi

gueo

Mur

akam

i

30 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

A primeira vez que o presi-

dente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac foi a Apuca-

rana, no interior do Paraná, foi no ano

de 1968. “Fui representante comercial

nesta cidade e grande parte do que eu

tenho hoje ganhei aqui”, lembrou Darci

Piana durante a homenagem que re-

cebeu no dia 30 de abril. O título de

Cidadão Honorário foi um projeto da

vereadora Telma Reis que foi aprovado

na Câmara Municipal por unanimidade.

“Nossas atitudes são marcas e está

em nosso poder fazer e mudar a histó-

ria. Foi o que Darci Piana fez em nossa

cidade, não apenas preocupado com

obras físicas, mudou nossa história.

Seus atos sempre foram espelhos de

sua consciência”, diz Telma. A verea-

dora afirma que a maior honraria que

o município pode oferecer foi um re-

conhecimento à conduta do presidente

do Sistema Fecomércio.

Luiz Fernando Mamede Mendes,

Apucarana presta homenagem a Darci PianaPresidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná recebe também Moção de Aplauso em Foz do Iguaçu

Reunião de diRetoRia Realizada em apucaRana. na mesa HumbeRto maRineu basso, antônio WaldemaR GaRcia, aRi FaRia bittencouRt, João caRlos de oliveiRa (pReFeito municipal), daRci piana, seGismundo mazuRek, luis FeRnando mamede mendes, valteR peGoReR e aída santos assunção (da esqueRda paRa a diReita).

Jair

Ferr

eira

/ Bel

a Fa

cce

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 31 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

presidente do Sindicato do Comércio

Varejista de Apucarana, compartilha

da opinião de Telma. “Diversas difi-

culdades ambientais tornaram o novo

Senac em Apucarana uma obra quase

impossível, mas o presidente Piana

disse que havia assumido um compro-

misso, e que ele não seria abandona-

do, uma verdadeira atitude de quem

tem raízes na cidade”, coloca Mendes.

O novo Senac em Apucarana é

uma solicitação antiga dos moradores

da cidade e um compromisso assumi-

do pelo Sistema Fecomércio. “Muitos

jovens que ainda não têm emprego

vão passar por ali, se preparar e con-

quistar sua cidadania. O Senac é um

grande investimento por conta do co-

nhecimento que irá disseminar e uma

grande conquista de todos nós, Siste-

ma e município”, aponta Piana.

A previsão de término da obra é

no mês de agosto e o novo Centro de

Educação Profissional do Senac deve

ser inaugurado ainda este ano. “O Sis-

tema Fecomércio trabalhou e trabalha

pelo bem da classe comerciária e da

população em geral. Transforma rea-

lidades nas cidades e está deixando

sementes que vão dar muitos frutos e

nossa juventude aguarda ansiosamen-

te o novo Senac”. As palavras são do

prefeito de Apucarana, João Carlos de

Oliveira.

As homenagens incluíram ainda

um vídeo gravado com amigos do pre-

sidente em Apucarana relembrando os

tempos em que trabalhavam juntos e

uma placa, oferecida por toda a po-

pulação apucaranense parabenizando

Darci Piana pelo título. Para o presi-

dente da Câmara Municipal, Mauro

Bertoli, “as ações do Sistema Feco-

mércio contribuem para o desenvol-

vimento social, cultural e econômico

de nossa cidade e Apucarana sente-se

honrada de ter sido escolhida para re-

ceber essas ações”.

Reunião da Federação em Apucarana

Além de receber o título de Cida-

dão Honorário, o presidente do Siste-

ma Fecomércio também levou à cidade

as reuniões de conselho e diretoria da

Federação do Comércio do Paraná. Fo-

ram realizadas no Cine-Teatro Fênix a

Assembléia Geral Ordinária do Conse-

lho de Representantes da Fecomércio

PR e a 112ª Reunião de Diretoria.

Elas contaram com a presença do

prefeito João Carlos de Oliveira; do

vice-prefeito Antônio Waldemar Gar-

cia, do ex-prefeito Valter Pegorer, do

presidente do Silvana, Luiz Fernando

Mamede Mendes e da presidente da

Câmara da Mulher Empreendedora e

Gestora de Negócios em Apucarana,

Aída Assunção dos Santos, entre ou-

tras autoridades e diretores do Siste-

ma Fecomércio, incluindo o coronel

da 5ª Divisão Militar, Tsuyoshi Harada,

que fez uma pequena palestra sobre

mobilização nacional e pediu o apoio

dos empresários presentes.

O prefeito falou sobre a importân-

cia da parceria do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac Paraná com a cidade

e como sua presença contribui para a

geração de empregos. Foram apresen-

tados pelos diretores regionais do Se-

nac, Vitor Monastier, e do Sesc, Paulo

Cruz, os resultados do primeiro semes-

tre de ambas as instituições. O Senac

PR, entre os meses de janeiro e março

já realizou mais de 20 mil matrículas,

em 96 municípios. O Sesc, no mesmo

período, realizou quase 600 eventos e

atendeu uma média de 340 mil pesso-

as por mês.

Valter Pegorer, um dos grandes

apoiadores do Sistema Fecomércio em

Apucarana, falou aos presentes sobre

essa parceria. “A gente passa e os re-

sultados ficam. O Senac é fruto do so-

O títulO recebidO pOr darci piana. À sua direita, O prefeitO jOãO carlOs Oliveira e O presidente da câmara municipal, maurO bertOli. À esquerda, a vereadOra telma reis, autOra da prOpOsta. aO fundO, Os vereadOres jOsé airtOn de araújO e sebastiãO ferreira martins

Jair

Ferr

eira

/ Bel

a Fa

cce

32 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

nho de muita gente, explicitados pelos

futuros alunos que querem aprender a

andar com suas próprias pernas”, disse

o ex-prefeito.

Foz do IguaçuA Câmara de Vereadores de Foz do

Iguaçu também prestou homenagem a

Darci Piana, por todas as realizações

do Sistema Fecomércio Sesc Senac no

município, com uma Moção de Aplau-

so, proposta pela vereadora Nanci Ra-

fagnin Andreola. “O Sistema Fecomér-

cio realiza inúmeros projetos em prol

do progresso tanto do nosso município

quanto do Paraná e eu acho que te-

mos que valorizar as pessoas em vida.

Darci Piana é um homem digno, um

exemplo de coragem”, diz a vereadora.

Nanci ainda ressalta a aceitação de

sua proposta. “A moção foi assinada

unanimemente e recebida com muita

alegria não só pela Câmara de Verea-

dores como pelos empresários de Foz

e representantes da sociedade”, con-

ta. Darci Piana recebeu a homenagem

em sessão da Câmara realizada no dia

15 de junho. “Fico sensibilizado com a

homenagem dos vereadores e da so-

ciedade de Foz do Iguaçu. O Sistema

Fecomércio Sesc Senac Paraná muito

já realizou na cidade e muito ainda vai

realizar”, disse o empresário.

Em 2007, foi inaugurado o Sesc

e, desde então, oferece à população

do município os serviços de seu bra-

ço social. O Senac, que já funcionava

em Foz do Iguaçu, recebeu em 2009

um novo Centro de Educação Profis-

sional, especializado em turismo, ho-

telaria e gastronomia, atividades de

extrema importância para o segundo

polo turístico do País. O Senac Cata-

ratas é resultado da restauração do

antigo Hotel Cassino.

Além disso, o Sistema Fecomér-

cio realiza grandes eventos na cidade

como a Maratona Internacional de Foz

do Iguaçu que está em sua quarta edi-

ção e recebe mais de 550 atletas, além

de público de mais de 6 mil pessoas.

Outro evento de grande porte é o en-

contro da Câmara da Mulher Empre-

endedora e Gestora de Negócios que

reuniu, em 2010, cerca de 1400 em-

presárias de todo o Estado.

A vereAdorA NANci rAfAgNiN ANdreolA, o presideNte do sistemA fecomércio sesc seNAc pArANá, dArci piANA, e o presideNte dA câmArA muNicipAl de vereAdores de foz do iguAçu, cArlos JuliANo Budel

Divulgação

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O alerta precisa ser mantido! Bons hábitos de higiene e a etiqueta da Gripe H1N1

são essenciais para que os números de infectados e óbitos em virtude do vírus não sofram acréscimo. E a rotina higiênica que acompanhou a população em 2009 trouxe, também, a redução da incidência de casos de meningite, diarreia e conjuntivi-te. Quem confirma estes dados é o Secretário de Estado da Saúde, Carlos Moreira Júnior, que em entrevista à Revista Fecomércio apresentou um panorama da cobertura vacinal no Paraná contra a Gripe H1N1.

Moreira Júnior revela que o Paraná foi o Estado Brasileiro que mais vacinou o público preconizado pelo Ministério da Saúde: crianças de seis meses a cinco anos incompletos, gestantes, portadores de doenças crô-nicas, trabalhadores de saúde e adul-tos jovens entre 20 e 39 anos. Com a campanha de vacinação, iniciada em março deste ano e realizada até junho, o Estado vacinou 5,1 milhões de pessoas, chegando a 85% de apli-cação das vacinas recebidas. A meta agora, é vacinar profissionais ligados

à educação. “Embora tenhamos conseguido estes índices e tenha-mos tomado a vacina, precisamos manter os cuidados básicos, como por exemplo, lavar as mãos, cobrir a boca e nariz com lenço descartável ao tossir e espirrar. Os hábitos de higiene devem fazer parte do nosso coti-diano”, revela Moreira Júnior.

Parceiro das ações de cuida-dos com a saúde do comerciário, seus dependentes e da comunida-de em geral e com base no Proto-colo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, do Ministério da Saúde, o Sesc de-senvolveu o Protocolo de Orien-tações contra a Gripe A H1N1. O documento traz dados e definição sobre a doença, fatores de risco, medidas preventivas e orientações para os diversos serviços e setores da instituição.

Este protocolo, criado em abril deste ano, contém fundamentos que nortearão as ações de preven-ção, através de exercício de práticas democráticas, direcio-

nadas aos colaboradores e

frequentadores das Unidades de Serviços. Independente da área de ação o importante é exercitar a

“etiqueta da gripe”.

Gripe H1N1Os cuidados devem continuar!

Etiqueta da Gripe

● Lave as mãos frequentemente com água e

sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar;

● Após a lavagem e secagem das mãos, aplique o

álcool gel (com 70% de álcool etílico) nas palmas

das mãos em quantidade suficiente para cobrir

toda a superfície. Friccione bem as palmas, dor-

sos e dedos até a secagem espontânea do álcool;

● Evite tocar os olhos, boca e nariz após contato

com superfícies;

● Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca

com um lenço preferencialmente descartável ou

use o antebraço ao invés das mãos;

● Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e

objetos de uso pessoal;

● Mantenha o ambiente ventilado no trabalho,

residência e transporte coletivo;

● Evite ambientes fechados e com aglomeração

de pessoas;

● Não use medicamentos sem orientação médica.

A automedicação pode ser prejudicial à saúde e

● Ao sentir os sintomas da gripe (febre acima de

38ºC, tosse, dificuldade respiratória, dor de cabe-

ça, muscular e nas articulações), procure auxílio

médico para diagnóstico e tratamento.

33 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

34 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

“Atualização profissional e a

troca de experiências devem

ser sempre prioridade dentro

das empresas”, afirma Joil Baptistel,

gerente de Planejamento e Estatística

do Sesc Paraná. Ele está se referindo

ao Programa de Desenvolvimento de

Gestores que, entre os meses de outu-

bro de 2009 e maio de 2010, ofereceu

sete módulos de reciclagem, atualiza-

ção e transmissão de conhecimentos e

habilidades, voltados às atividades do

gestor para gestores do Sistema Feco-

mércio Sesc Senac Paraná.

Desenvolvido em parceria com a

FAE, o programa abordou temas como

planejamento estratégico, gestão de

projetos, logística e relacionamento

Investimento em pessoasPrograma de Desenvolvimento de Gestores do Sistema Fecomércio Sesc Senac completa seu ciclo

Gestores do sesc e do senac foram reunidos no treinamento

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interpessoal. Antonio Carlos Langner,

Coordenador de Recursos Humanos do

Senac, acredita que todos os módulos

são aplicáveis à realidade dos gesto-

res. “Eles foram escolhidos com uma

visão das principais necessidades que

enfrentamos, já que a nossa realidade

abrange várias especialidades”, diz.

Os colegas concordam. Para José

Dimas Fonseca, gerente executivo do

Sesc em Foz do Iguaçu, “na maioria

dos módulos, nós os participantes, pu-

demos ampliar conhecimentos de áre-

as que conhecíamos e descobrir novos

focos de ação para aplicação diária”.

Vanise Melgar Talavera, da assessoria

jurídica do Senac, diz: “essa oportu-

nidade dentro da nossa própria casa

permite que nos desenvolvamos de

uma maneira voltada especificamente

para as necessidades da instituição”.

O treinamento trouxe ainda a pos-

sibilidade de contato com as realidades

de outras áreas da empresa. “Ele foi

muito oportuno, sobretudo como inte-

gração de todos os gestores, notada-

mente entre o Sesc e Senac que são

duas casas separadas e finalmente pu-

deram se conhecer melhor e compar-

tilhar ideias e comportamentos”, co-

menta Francisco Costa e Silva, gerente

executivo do Sesc Odontologia. Tadeu

Moreira, diretor do Senac em Parana-

vaí completa, “pudemos adquirir uma

visão abrangente do nosso negócio”.

Como reuniu todos os gestores do

Paraná, a ação também cumpre um

importante papel de integração dentro

do Sistema Fecomércio. “Eu tive a gra-

ta satisfação de conhecer pessoas do

Senac que muito me enobreceram do

ponto de vista de saber que nosso uni-

verso é muito maior por conta dessas

relações, ainda que o Sesc e o Senac

sejam duas instituições distintas, pro-

piciou este estreitamento, um

melhor entendimento do que

efetivamente é o Sistema. Para

mim isso foi muito valioso”, diz

o gerente executivo do Sesc em

Londrina, Cilas Fonseca Vianna.

A diretora do Centro de Edu-

cação Profissional do Senac em

Guarapuava, Marta Gavanski

Harmatiuka, ressalta que os

ensinamentos e experiências

adquiridos serão naturalmente

transmitidos aos colaborado-

res que estão em contato com

os participantes do programa.

“Enquanto parte da equipe você

contribui e compartilha conheci-

mentos o tempo todo, e quando você

compartilha você aprende cada vez

mais”, diz Marta.

Conhecimento, aprimoramento e

novas habilidades são só parte do re-

sultado de cerca de 200 horas de trei-

namento divididas em 100 horas pre-

senciais e 100 horas de conteúdo EaD.

“Além de entrosamento com os inte-

grantes do Sistema, é uma oportunida-

de valiosa para fazer uma autoanálise

de sua gestão, trocar ideias, assimilar

novos conhecimentos e atualizar-se”,

afirma Arsenio Vicente Ross, diretor do

Senac em Toledo.

Andreia Patricia Rinaldo, geren-

te executivo do Sesc em Apucarana,

acredita que existe um ganho direto

para os participantes do treinamento,

mas que a empresa também tem um

grande retorno. “Muito mais que os

gestores, quem ganha realmente é a

instituição, pois podemos dar à empre-

sa o que ela espera, força capaz de aju-

dá-la na tarefa de maximizar resultados,

minimizar custos e otimizar os recursos

humanos disponíveis”, explica.

“A proposta é o início de uma mu-

dança de comportamento e também

uma oportunidade para aqueles gesto-

res que ainda não perceberam as mu-

danças pelas quais já passamos e as

que ainda vamos enfrentar. As organi-

zações a cada dia terão que se adaptar

ao mercado, não podemos achar que

as nossas necessidades virão ao nosso

encontro e sim temos que ir em bus-

ca do novo, para atendermos todos os

nossos objetivos e compromissos com

a sociedade”, coloca Marcio Renaldin,

gerente executivo do Sesc Portão.

O saldo do Programa de Desenvol-

vimento de Gestores é muito positivo

e deixa as portas abertas para que se

repita e se expanda. “Deve ser am-

pliada para toda a equipe, e para to-

das as áreas de atuação, pois todos

assumem importantes funções como

produtores de conhecimento e prota-

gonistas dos processos de mudanças

e ações da instituição”, diz João Gor-

la, gerente executivo do Sesc Londri-

na Aeroporto. “Esta iniciativa deve ser

estendida, abrangendo os diversos

setores da Instituição, com oportu-

nidades para outros colaboradores”,

concorda Tadeu Moreira.

1º módulo | ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA MODERNA

2º módulo | PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E FERRAMENTAS

3º módulo | GESTÃO DE PROJETOS

4º módulo | LOGÍSTICA E SUPRIMENTOS

5º módulo | FERRAMENTAS DE GESTÃO DE PESSOAS E ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL

6º módulo | ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

7º módulo | RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E POSTURA CORPORATIVA

36 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

A Prefeitura de Curitiba san-

cionou uma lei que in-

centiva os representan-

tes comerciais manter ou abrir suas

empresas na capital paranaense. A

Lei Complementar nº 76, publicada

no Diário Oficial Municipal, em 25 de

maio, reduziu pela metade a alíquota

do Imposto Sobre Serviços (ISS) inci-

dente sobre os serviços de represen-

tação comercial, composição gráfica,

corretagem de seguros e recauchu-

tagem de pneus. Dessa forma, esses

segmentos que até então pagavam

5% de ISS passarão a pagar 2,5%. A

redução do imposto começou a vigorar

em 1º de junho.

Após dois anos de reivindicações

junto à Secretaria de Finanças da Pre-

feitura de Curitiba, o presidente do

Sindicato e do Conselho Regional dos

Representantes Comerciais do Paraná

(CoreSin/PR e Core/PR, respectivamen-

te), Paulo César Nauiack, comemora.

“Esta é uma forma de atrair mais em-

presas e solidificar as que já estão aqui

instaladas. A redução de 2,5% pode

parecer pequena, mas para muitos

representantes comerciais é de suma

importância e pode significar a sobre-

vivência de muitos deles”, diz.

Apesar de um dos quatro Ps do

conhecido Composto de Marketing (Produto, Preço, Promoção e Ponto de

Venda) indicar que o ponto de venda

influencia o consumo, alguns tipos de

Incentivo fiscalCuritiba reduz alíquota do ISS para representantes comerciais

MoMento da assinatura da lei coMpleMentar que reduz iMpostos para representantes coMerciais, eM solenidade presidida pelo prefeito luciano ducci, e a presença do presidente do sindicato e do conselho regional dos representantes coMerciais do paraná, paulo césar nauiack.

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 37 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

serviços desfrutam de certa mobilida-

de geográfica. Essas empresas podem,

inclusive, manter sua localização fora

do mercado principal sem que isso

interfira na dinâmica e no volume da

sua atividade. Por causa dos custos

decorrentes da antiga alíquota de 5%,

muitos escritórios de representação

comercial se instalaram ou transferi-

ram suas sedes para outros municípios

da Região Metropolitana onde o ISS

é menor, como Almirante Tamandaré

ou Araucária. Essa situação provoca

um recuo no crescimento da repre-

sentação comercial na economia local,

e menor arrecadação do tributo pela

Prefeitura de Curitiba.

“Essa lei possibilita aos represen-

tantes comerciais, que estejam atu-

ando em nossa cidade, estabelecerem

sua empresa aqui e que realizem a

arrecadação de impostos em Curitiba.

A assinatura desse projeto é muito im-

portante para a cidade, para os cor-

retores e representa mais empregos”,

afirma o prefeito Luciano Ducci.

A proposta, encaminhada pelo ex-

prefeito Beto Richa, foi defendida nas

comissões da Câmara Municipal pelos

vereadores João Claudio Derosso, João

do Suco e Sabino Picolo, que contribu-

íram para sua aprovação no legislativo

municipal por maioria absoluta.

“Conheço esses segmentos e via

a dificuldade deles. O projeto para a

redução do imposto foi bem elabora-

do, bem pensado tecnicamente. Hou-

ve um grande estudo, tanto por parte

dos segmentos beneficiados, quanto

da prefeitura”, justifica João do Suco.

Derosso fala que a briga fiscal tem

feito muitos municípios da Região Me-

tropolitana de Curitiba baixar o ISS,

levando da Capital a sede das empre-

sas. “O grande chamariz, no entanto,

é Curitiba. O retorno das empresas é

muito importante, ainda mais em uma

cidade que tem na prestação de servi-

ços o foco de seus negócios”, analisa

o vereador.

A Lei Complementar nº 40, com al-

terações introduzidas em 2005, já con-

cedia a alíquota reduzida do ISS para

o segmento de limpeza, conservação

e vigilância. O vereador Sabino Picolo

lembra que na época, com a isenção

de 50% do imposto, as empresas re-

tornaram para Curitiba e recolheram

mais que o dobro no ano seguinte. “É

preciso modernizar a tributação, bai-

xando a alíquota, mas não perdendo

a arrecadação. Este é, na verdade, o

anseio de 65% da população, segundo

uma pesquisa divulgada recentemen-

te, que deseja a revisão dos impostos

com baixa da carga tributária”, diz.

Equilíbrio das contasA redução do imposto pela metade

não deverá trazer prejuízos aos cofres

públicos. A expectativa é que o retorno

e a abertura de novas empresas res-

gate o equilíbrio das finanças munici-

pais. Para se ter uma ideia, somente

em 2009, a atividade de representação

comercial recolheu aproximadamente

R$ 4,6 milhões em ISS. De acordo com

o secretário de Finanças de Curitiba,

Luiz Eduardo Sebastiani, nos primeiros

meses haverá, de fato, uma queda na

arrecadação, que será recuperada em

seguida, a exemplo de medidas seme-

lhantes adotadas para outros setores

econômicos. “No primeiro momento

pode haver um desequilíbrio nas finan-

ças, porém, uma redução de alíquota

traz a impulsão da base tributária, ou

seja, novos investimentos são propi-

ciados por esse abatimento. E no caso

dos representantes comerciais essa

recuperação será muito rápida porque

haverá o retorno dos profissionais que

se instalaram na Região de Metropoli-

tana”, explica o secretário.

Estudos da Prefeitura de Curitiba

preveem que a receita do ISS dos se-

tores de corretagem de seguros, com-

posição gráfica, recauchutagem de

pneus e de representação comercial

dobre em 2011, chegando a R$ 9 mi-

lhões. E para 2012, a estimativa é de

que a soma a ser atingida ultrapasse

R$ 12 milhões.

Saindo da informalidadeO Paraná conta com aproximada-

mente 45 mil representantes comer-

ciais. Só na Região Metropolitana de

Curitiba são perto de 15 mil, boa parte

sem registro. “E o que nós estamos

buscando com essa redução tributária

é trazer para a formalidade parte des-

ses que estão na informalidade”, expli-

ca Paulo Nauiack.

Segundo o presidente do Core/PR

e do CoreSin/PR, a questão tributária

é um inibidor, pois são poucos os que

têm condições de montar uma estru-

tura fora do município. Apesar de 70%

dos representantes comerciais serem

pessoas jurídicas, em geral os escritó-

rios são pequenos, com dois ou três

funcionários.

“O grande representante comer-

cial, este sim, tem como levar sua sede

para outro município. A grande massa

do segmento é formada por peque-

nos representantes, aqueles que tra-

balham com as grandes indústrias ou

mesmo com os atacadistas, com uma

retirada mensal de R$ 2 a R$ 3 mil.

É esse quem precisa será beneficiado

pela lei”, justifica. Nauiack prevê, inclu-

sive, um aumento no número de asso-

ciados ao Sindicato e ao Conselho dos

Representantes Comerciais, em virtu-

de da legalização de novas empresas,

motivada pela redução do ISS.

38 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Uma fila de meninos se orga-niza no refeitório de onde já se sente um cheirinho

bom de comida caseira. “As crianças que ficam aqui no período da manhã vão para a escola depois de almoçar, e as do período da tarde almoçam assim que chegam. Além disso, todas fazem um lanche”, conta Cleide Pennacchi, esposa de Paulo Hermínio Pennacchi, idealizador e presidente de um projeto que busca auxiliar no desenvolvimen-to de muitos jovens de baixa renda de Arapongas, interior do Paraná.

“Eu faço parte do Lions Clube há 38 anos e a primeira entidade cons-truída e mantida pelo clube foi a Apae. "Depois foi construído um orfanato que funcionou por 27 anos, a Casa do Bom Menino. Um dia, conheci um pro-jeto social em Caxias do Sul-RS e me inspirei nele para oferecer uma opor-tunidade semelhante a centenas de crianças, foi assim que nasceu o Proje-to Crescer”, conta Pennacchi.

O esquema é de contraturno esco-lar, ou seja, aulas complementares e de reforço que podem significar, para muitos desses meninos e meninas, a chance de uma vida melhor. O maior objetivo é oferecer ferramentas para que essas crianças possam descobrir seus potenciais, aumentando sua au-toestima e permitindo que enxerguem o futuro por outra perspectiva.

Nas salas e corredores de instala-ções simples, mas com tudo que é ne-cessário para alcançar esse objetivo: biblioteca, sala de informática, com boas máquinas conectadas à Internet, campo de futebol, vestiários com ar-mários – as crianças recebem cami-

setas do projeto para usar enquanto estão em aulas – e um currículo que inclui além de reforços, como portu-

guês e matemática, aulas que desen-volvem outras aptidões, como música, esportes e jogos intelectuais.

Projeto CrescerIniciativa está mudando a vida de centenas de crianças em Arapongas

EsportE, paulo pEnnacchi junto a grupo dE mEninos

Festa, meninas recebem ovos de chocolate na páscoa

AulA de informáticA nA cAsA do Bom menino

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S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 39 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Enquanto casa-lar, a Casa do Bom Menino era basicamente um local tem-porário para crianças que poderiam ser adotadas. “Mas o número de atendidos variava demais, às vezes 60, às vezes apenas quatro ou cinco. Aí nós conhe-cemos um projeto que nos inspirou a criar o Crescer”, lembra Cleide. Em 2004, o espaço foi transformado em escola e hoje atende 263 meninos com idades entre 10 e 15 anos.

“O modelo começou lá em Caxias do Sul, no projeto Florescer, e numa outra iniciativa que conhecemos em Astorga-PR, o projeto Piá em Astorga, mantido pela prefeitura, entre outras ações. Isso virou um sonho nosso, oferecer oportunidades semelhantes às crianças de Arapongas”, relembra Pennacchi. No início, as vagas eram para os melhores alunos de colégios públicos. “Depois percebemos que a chance poderia ser ainda mais impor-tante para os outros. Então o candi-dato pode até ser repetente, mas não pode repetir o ano enquanto estiver no projeto”, completa o empresário.

Os candidatos devem, preferencial-mente, vir de famílias que têm até três salários mínimos de renda, e esse limi-te não costuma ser ultrapassado, ape-nas em algumas exceções, quando a família tem mais membros e mais pes-soas trabalham. “Mas nós analisamos caso a caso e levamos muito a sério a questão da renda, para que possamos sempre atingir quem realmente preci-sa”, explica Marisa Padovezi Ferreira Bazana, diretora do Projeto Crescer.

Além disso, são feitas reuniões peri-ódicas com os pais e com coordenado-res ou diretores das escolas regulares que as crianças frequentam. Isso para que as informações possam ser sempre cruzadas, permitindo que as instituições se ajudem, aos pais e, principalmente, auxiliem no desenvolvimento do aluno. “Nós levamos tudo em conta, a assidui-

dade, as notas. Quem reprovar na esco-la sai do projeto. Isso incentiva a criança a se esforçar e se dedicar”, completa Marisa.

MeninasNo crescer, meninos e meninas es-

tudam em espaços separados. Como estão em idade de pré-adolescência e adolescência, isso evita alguns trans-tornos e faz com que os resultados sejam mais eficazes. Elas, que somam hoje 87 jovens, estudam em salas ce-didas pela Universidade Norte do Para-ná (Unopar), seguindo o mesmo horá-rio dos meninos na Casa, das 7h30 às 11h15 e das 13h às 16h45. O número reduzido se explica pelo fato de que as mães preferem que suas meninas fiquem em casa, cuidando dos irmãos mais novos ou ajudando nos deveres.

O projeto é mantido unicamente por doações de colaboradores, sejam elas financeiras, em produtos de con-sumo de todos os tipos ou em traba-lho voluntário. O que essas doações não alcançam do orçamento anual é complementa-do com um baile, realizado em par-ceria com a Apae. Cleide comenta que “o evento lota todos os anos, até porque, temos o apoio do Lions que é mantenedor da Casa do Bom Me-nino e também da Apae. Essas são as duas instituições que o clube trabalha com bastante afinco aqui na cidade”.

Os esforços de administradores, educadores e voluntários trazem re-sultados diariamente e já que têm contato direto com a instituição fre-

quentemente, pais de alunos trazem histórias de como seus filhos estão mudando desde que ingressaram no projeto. “Eles mudam e acabam afe-tando pais e irmãos também. Aqui eles aprendem que podem repetir a comida quantas vezes quiserem, mas que não podem deixar no prato para jogar fora, por exemplo. Aprendem a não fazer bagunça na área de refeição, porque outro grupo vem em seguida. A disci-plina é muito importante aqui”, cometa Cleide.

A ideia é contribuir não só para o ensino, mas também para o trato com a vida, ética, cidadania e civilidade. As crianças não ficam nas ruas quando estão fora da escola, e encontram um ambiente de incentivo para seu desen-volvimento. “O Crescer é a menina dos nossos olhos. Os nossos jovens sempre nos mostram e confirmam que, ofere-cendo uma oportunidade, ela não será desperdiçada. Nosso objetivo agora é

multiplicar essa inicia-tiva por todo o país”, coloca Pennacchi.

E ele completa. “O projeto cresce ano a ano. Com as parcerias em universidades essa é uma grande possibi-lidade, porque essas instituições têm muito espaço ocioso durante o dia, e muita estru-tura que pode ser uti-lizada para as nossas aulas. Em Arapongas, a Unopar tem capaci-dade para 2,5 mil alu-

nos e somente duas turmas em aula durante o dia. E isso acontece em todo o país aumentando para inúmeras as

possibilidades de multiplicação desse

tipo de inciativa”.

Paulo Pennacchi, Presidente e idealizador do Projeto crescer

40 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

De tempos em tempos,

ressurge, nos meios de comu-

nicação, a simplória e surrada

proposta de desoneração da

folha de pagamento de salá-

rios, mediante a transferên-

cia, para o faturamento, da

base de cálculo de incidência

das contribuições previdenci-

árias devidas pelas empresas.

Por não considerar to-

dos os ângulos da questão,

tal proposta é tecnicamente

inadequada e segue direção

oposta a do aperfeiçoamento do nosso sistema previdenciário. Sob

o ângulo da tributação das empresas, a proposta não soluciona o

problema. Apenas “muda o sofá de lugar”, pois, evidentemente,

não se poderia admitir, neste momento, a redução da receita pre-

videnciária.

A modificação da base de cálculo da contribuição previdenciá-

ria do empregador beneficiaria uma parte das empresas, ou seja,

as que tenham muitos empregados, mas prejudicaria as que te-

nham poucos assalariados, como as de alta tecnologia. As micro e

pequenas empresas e as empresas de serviços profissionais tam-

bém seriam muito prejudicadas. Além disso, a proposta não pode-

ria ser estendida ao empregador-pessoa física, uma vez que este

não possui faturamento, o que obrigaria a criação de duas bases

de cálculo da contribuição.

Logicamente, tem de haver uma relação direta entre a inci-

dência da contribuição e sua base de cálculo, pelo simples fato de

que a aposentadoria tem de ser proporcional aos salários recebi-

dos pelo beneficiário do seguro social. Logo, é o salário a base de

cálculo adequada para o cálculo das contribuições previdenciárias.

Já o faturamento da empresa pode ser base de cálculo para os

tributos sobre a renda, a produção e as vendas (IR, CSLL, IPI,

ICMS e ISS), mas, nada tem a ver com o cálculo das contribuições

previdenciárias.

O mais grave, no entanto, é que a citada proposta segue ca-

minho inverso ao do aperfeiçoamento da Previdência Social, por

impossibilitar a substituição do atual sistema de repartição ou so-

lidariedade imposta - em que os empregados em atividade e seus

empregadores financiam os aposentados e pensionistas -, pelo sis-

tema de capitalização, no qual cada empregado possa ter, a exem-

plo do exitoso FGTS, uma conta vinculada para acolher, mês a mês,

as contribuições próprias e as do empregador e receber correção

monetária e juros capitalizáveis.

Os técnicos oficiais sempre criticaram essa solução, sob a ale-

gação de que não haveria recursos, na conta de cada empregado,

para financiar a aposentadoria e a pensão, mas isso porque não

consideram dois fatores: a) a elevação da idade para a aposenta-

doria, que se revela indispensável, mesmo na sistemática atual; b)

a exclusão dos trabalhadores rurais e outros que nunca contribu-

íram para a Previdência e cujas aposentadorias e pensões devem

constituir encargos de assistência social custeados pela Cofins.

Afora isso, a implantação do regime de capitalização depende

da implementação do Fundo de que trata o art. 250 da Constituição

e art. 68 da Lei de Responsabilidade Fiscal e que acolheria a receita

das contribuições, aplicando os recursos no mercado financeiro, a

exemplo do que ocorre com a Previ e outros fundos privados de

previdência, hoje com expressivos ativos.

Em síntese, a proposta de alteração da base de cálculo da

contribuição previdenciária deve ser incluída no rol dos projetos

inadmissíveis, pois cria imenso tumulto nas atividades empresa-

riais, sem contribuir com um centavo sequer para a solução da

questão previdenciária, além de dificultar, ainda mais, a adoção de

uma solução definitiva.

A desoneração da folha de salários das empresas é um obje-

tivo a ser atingido, mas pela efetiva redução da carga tributária e

não pelo artifício da mudança da base de cálculo das contribuições

previdenciárias. Com tal objetivo, o Governo poderia, desde logo,

promover a extinção da Contribuição Social ao Salário-Educação,

uma vez que a despesa pública da União, com a manutenção e o

desenvolvimento do ensino, é atendida pela vinculação constitu-

cional de 18% da receita proveniente dos impostos federais (Cons-

tituição, art. 212), e extinguir, ainda, a Contribuição ao PIS, que,

desde a Carta de 1988 (art. 239), deixou de formar patrimônio dos

trabalhadores, para financiar, em parte, o seguro-desemprego, que

pode ser custeado pela receita da Cofins.

A folha de salários eredução da carga tributária

Antonio Oliveira SantosPresidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

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S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 41 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

42 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

A balança comercial externa

brasileira amargou que-

das expressivas em 2009.

A corrente de comércio registrada foi

de U$ 281 bilhões, com redução de

24,3% sobre 2008, quando atingiu U$

371 bilhões. E no Paraná, a situação

foi semelhante. Os embarques pa-

ranaenses somaram U$ 11,2 bilhões

em 2009, valor 26,3% menor que o

registrado no mesmo período do ano

anterior, segundo dados divulgados

pelo Ministério do Desenvolvimen-

to, Indústria e Comércio Exterior. As

aquisições tiveram uma redução ainda

maior, de 34%, e fecharam o ano com

U$ 9,6 bilhões. Esta retração confirma

os efeitos diretos da crise financeira

mundial, que levou a uma depreciação

dos preços internacionais de commo-

dities agrícolas e minerais e queda da

demanda por bens.

Foi diante deste cenário, pouco fa-

vorável, que a Câmara do Comércio Ex-

terior da Federação do Comércio do Pa-

raná deu início aos seus trabalhos para

promover e fortalecer o comércio inter-

nacional. O órgão executivo intermedia

as relações entre empresas do comércio

de bens, serviços e turismo do Estado

com os demais países do mundo.

A aproximação da Câmara da Fe-

comércio com as demais câmaras de

comércio exterior sediadas em Curitiba

foi o primeiro movimento. Atualmen-

te, o órgão mantém contato frequen-

te com cerca de 20 câmaras. “Pro-

porcionamos reuniões entre elas pra

que ideias sejam trocadas e formada

uma rede de relações. Os encontros

permitem que demandas e assuntos

dos países representados possam ser

levantados e que seus interesses co-

muns ganhem força para sua defesa.

Desta forma estamos estimulando o

comércio internacional”, salienta o di-

retor da Câmara do Comércio Exterior

da Fecomércio, Rui Lemes.

Periodicamente, a Fecomércio re-

cebe comitivas de empresários de ou-

tros países para rodadas de negócios,

que têm gerado excelentes oportuni-

dades para empreendedores brasilei-

ros e visitantes, sobretudo na impor-

tação de produtos vindos do exterior.

Países como a Polônia, cujas vendas

para o Brasil caíram quase à meta-

de, passando de U$ 530 milhões em

2008 para U$ 272 milhões em 2009,

vislumbram, a patir destas reuniões,

grandes chances de recuperar o flu-

xo do comércio. "Em função da crise

houve uma queda brutal na importa-

ção de nossos produtos pelo Brasil,

mas através dos consulados e enti-

dades como a Fecomércio, buscamos

Comércio globalizadoCâmara do Comércio Exterior da Fecomércio coloca empresários de diversos países para negociar

Rui Lemes, diRetoR da câmaRa de coméRcio exteRioR, em encontRo ReaLizado na fecoméRcio.

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 43 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

incrementar os negócios entre os dois

países, elevando os números da ba-

lança comercial", afirmou a diretora do

Departamento de Economia da região

de Wielkopolska (Polônia) Beata Lo-

zinska, durante o encontro promovido

pela Fecomércio, em maio deste ano.

Apesar do grande número de imi-

grantes poloneses no Paraná, a cônsul

da Polônia em Curitiba, Dorota Joanna

Barys, considera que o Estado possui

ainda relativamente poucos contatos

com seu país. "Através dessas missões

empresarias, dentro de alguns anos

teremos tantos investimentos polone-

ses aqui quanto de brasileiros lá fora,

que trarão benefícios para todos. Para

o Brasil, a Polônia poderá servir como

uma porta de entrada para a União Eu-

ropeia", avalia. Dorota lembra que as

relações entre os dois países não são

apenas comerciais e se estendem para

a área cultural. Em 2009, o Sistema

Fecomércio Sesc Senac, a Representa-

ção Central da Comunidade Brasileiro-

Polonesa do Brasil (Braspol) e o Sin-

dicato do Comércio Varejista de Irati

realizaram, em Irati, um jantar em ho-

menagem aos 140 anos da imigração

polonesa no Brasil. E, em parceria com

o Consulado da Polônia promoveu um

espetáculo de pianistas em homena-

gem aos 200 anos de nascimento do

compositor polonês Frederic Chopin.

Bons negócios no MercosulA rodada internacional de negó-

cios entre Brasil e Argentina, ocorrida

em abril deste ano, sob a coordena-

ção da Câmara de Comércio Exterior

da Fecomércio, comprova que quando

se colocam empreendedores frente a

frente, o que sai é negócio. De acor-

do com Rui Lemes, o evento fechou

com balanço positivo para 90% dos

participantes. “Vários empresários

fecharam negócios ou então deixa-

ram tudo muito bem encaminhado

para negociações futuras”, considera.

Corroboram essa avaliação os sócios-

gerentes da Cielos Pampeanos, uma

fábrica familiar de alfajores, Silvia

Chus e Ricardo Vittore. Há um ano, os

empresários exportam o tradicional

doce argentino para o Brasil, mas o

mercado consumidor está concentra-

do em São Paulo. “Viemos para essa

rodada de negócios para posicionar

nosso produto aqui em Curitiba e Sul

do Brasil. Estamos muito contentes

porque tivemos grande aceitação de

nossa mercadoria e obtivemos exce-

lente retorno, até mais do que espe-

rávamos”, afirma Ricardo Vittore.

Aproximadamente 190 empresários

de ambos os países participaram do

evento multissetorial, a maioria ges-

tores de médias empresas. E a missão

inversa, de brasileiros rumo a Buenos

Aires, já está sendo programada pelo

Consulado Argentino para este segundo

semestre. “Nosso parceiro número um,

em Curitiba, é a Fecomércio. Estas ini-

ciativas de reuniões bilaterais entre as

câmaras nos permitem saber o que os

países querem comercializar. Uma inter-

câmara, como a da Fecomércio, pode

gerar resultados excelentes”, expõe o

cônsul da Argentina no Paraná, Héctor

Gustavo Vivacqua. Ele cita que 40% de

tudo o que é exportado pela Argentina

ao Brasil é dirigido ao Estado paranaen-

se. “O Paraná é o 18º parceiro comercial

da Argentina, mais do que países como

a França. Por isso a aliança estratégica

com a Fecomércio. Este Estado possui

uma estrutura muito similar a Argentina.

A indústria dos dois países se comple-

menta. Aqui nos sentimos mais cômo-

dos para fazer negócios”, explica.

Vizinhos, os membros do Merco-

sul encontram na Câmara de Comércio

Exterior da Fecomércio uma forte con-

tribuição para o aprofundamento do co-

mércio. “As relações com a Federação do

Comércio são ótimas. Nós encontramos

muita boa vontade, muita colaboração

e estamos agradecidos por essa genti-

leza com que fomos recebidos desde o

princípio”, expressa a cônsul geral do Pa-

raguai no Paraná, Lourdes Bogado Ins-

fran. As atividades entre as instituições

deverão ser intensificadas com reuniões

agendadas para o próximo semestre.

“O comércio bilateral é bastante

próspero e movimentado. Nós estamos

trabalhando para reforçar a impotação e

exportação e, sobretudo, para estabele-

cer contato com as cadeias produtivas

dos dois países. Queremos nos aproxi-

mar do empresariado para divulgar as

possibilidades de investimento em nos-

so país e também promover os produtos

paraguaios”, almeja Lourdes. O Paraguai

possui uma grande produção industrial

nos setores alimentício, agroindustrial e

têxtil. A cônsul cita, ainda, o sistema da

Maquila, uma legislação que facilita os

investimentos de empresas estrangeiras

no país, desde que 25% da composição

dos produtos seja paraguaia, principal-

mente no caso da mão de obra. Assim,

uma indústria pode estabelecer sua sub-

sidiária e desfrutar da isenção quase to-

tal de impostos, ou melhor, de simbólico

1%. Mas esses produtos precisam retor-

nar ao país sede da empresa. Para se-

rem comercializados no Paraguai, uma

tarifação adicional é aplicada.

Aproximar, comercialmente, países

separados pela geografia através da

diplomacia e de sua representativida-

de, este tem sido o objetivo da Câma-

ra de Comércio Exterior da Fecomér-

cio. Sua missão é abrir estradas para

que o comércio passe, minimizando as

barreiras para que os exportadores e

importadores possam atuar.

44 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Criado em 2003, o Bolsa Fa-mília é um programa de transferência de renda com

condicionalidades do Governo Federal, para combater e reduzir a pobreza. Repassa a famílias pobres e extrema-mente pobres (com renda mensal per capita de até R$ 140,00) benefícios que variam conforme o número de crianças e adolescentes atendidos e do grau de pobreza de cada família. Em todo o Bra-sil, mais de 11 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família.

O programa recebe o apoio do Ban-co Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento. E ainda tem sido recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para adoção em outros países em desenvolvimento. Tem inspirado cidades como Nova Ior-que, que implantou recentemente um programa que dá dinheiro para as fa-mílias pobres que mantêm seus filhos na escola ou fazem exames de saúde.

No entanto, o Bolsa Família está longe de ser integralmente aceito pela sociedade brasileira. Entre as críticas, está a de que geraria dependência e acomodação de seus beneficiários na busca de um emprego formal.

“Não há nenhuma evidência, entre os mais diversos estudos encomenda-dos sistematicamente a organismos internacionais, de que as famílias se acomodam ou deixam de procurar

emprego, pelo contrário. Se isso acon-tece, as razões são outras e dizem

respeito ao campo da subjetividade, da situação conjuntural e às vezes do

Aprender para trabalharBeneficiários do programa Bolsa Família obtêm fontes de renda adicionais a partir de cursos de qualificação profissional do Senac

SENAC OFERECE UMA VARIEDADE GRANDE DE CURSOS PARA APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL.

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próprio emocional das famílias”, expli-ca a ministra do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome, Márcia Lopes, em entrevista exclusiva à Revista Fe-comércio.

Comodismo, porém, não é o que têm demonstrado os beneficiários do Paraná, onde 467.303 famílias rece-bem a ajuda mensal do Governo, que em maio superou os R$ 37,5 milhões. O Senac PR, por meio de seus Centros de Educação Profissional em todo o Es-tado, tem realizado parcerias com as Secretarias de Ação Social e Centros de Referência de Assistência Social (Cras), de diversos municípios, para qualifica-ção profissional de pessoas beneficia-das pelo Bolsa Família. São realizados cursos gratuitos como Aperfeiçoamento em Serviços Domésticos, Confecção de Sabonetes, Preparo de Pães e Bolachas, Criação e Montagem de Bijuterias e di-versos outros. Todos eles com o obje-tivo de capacitar os participantes para uma profissão ou, ainda, lhes permitir o desempenho de uma atividade gera-dora de renda. Como resultado, muitos participantes já estão empregados ou encontraram uma forma de ganhar um dinheiro extra.

O secretário de Ação Social do mu-nicípio paranaense de Bandeirantes, Valbeti Palugan, relata que algumas participantes dos cursos da área da beleza abriram até salão e que agora têm sua renda com o que aprenderam nas aulas. Divulgação, na opinião do secretário, é o ponto chave. É preciso conscientizar os beneficiários sobre as vantagens de ter um certificado, uma profissão. Somada à visitação de resi-

dências, feita por agentes sociais, os cursos são anunciados nas rádios lo-cais. Em apenas quatro ou cinco dias as vagas são completadas e há fila de espera por novos cursos. “O Senac de Cornélio Procópio é excepcional. Te-mos bom contato, os professores são excelentes, capacitados e sensíveis à situação dos alunos, que são bastante retraídos”, avalia Valbeti.

MERCADO DE TRABALHOAlém de definir quais treinamentos

serão realizados, a Secretaria de Ação Social auxilia a inserção dos participantes no mercado de trabalho. Empresários de grandes empresas do município são con-sultados sobre possíveis vagas em seu quadro funcional. Foi assim que José Gabriel do Valle, proprietário da rede Super Mix contratou, há oito meses, um dos alunos do curso de Cortes e Emba-lagem de Carnes para Supermercados. “O curso serviu para ver quem estava interessado em trabalhar em açougue, que é algo bem complexo. O profissional precisa, ao mesmo tempo, saber ma-nusear o corte da carne e atender bem ao cliente. Por isso é preciso se capa-citar”, afirma o empresário. Para ele, o açougue é uma verdadeira indústria, em que o produto in natura é separado e embalado, gerando peças distintas co-mercialmente. E como praticamente não existe mão de obra qualificada, o curso do Senac forneceu a base da ocupação aos participantes.

Quem também contratou uma das participantes dos cursos do Senac, em parceria com o Cras, foi Aliciane Maria de Oliveira Correia, de São Jerônimo

da Serra. Sua atual empregada do-méstica frequentou as aulas do curso Aperfeiçoamento em Serviços Do-mésticos. “Estou muito satisfeita com a parte da limpeza e cuidado com as roupas. Estava difícil de achar alguém assim e agora encontrei”, diz Aliciane, que percebe o diferencial entre o tra-balho de sua contratada em relação às outras empregadas domésticas que já teve, sobretudo nos quesitos respon-sabilidade e economia nos insumos de limpeza.

Com turmas realizadas desde 2009 e tantas outras programadas, a coor-denadora do Cras de São Jerônimo da Serra, Teresa Cristina Santos Derusso, sabe que os cursos estão fazendo a diferença na vida das famílias atendi-das pelo programa de transferência de renda. “O Senac é bem conceituado e isso motiva os beneficiários do Bolsa Família a realizarem os cursos, pois são voltados para qualificação”, conta.

Na opinião da ministra Márcia Lo-pes, as parcerias com instituições de ensino favorecem a especialização dos beneficiários para o mercado de tra-balho, uma vez que seria muito difícil para os Cras desenvolverem cursos es-pecíficos para cada ocupação. “O Mi-nistério sempre buscou e compreende que é fundamental a participação de todo o Sistema “S”. Eles são nossos parceiros em programas como o Mesa Brasil, desenvolvido pelo Sesc, e en-tendemos que essas parcerias podem ser ampliadas porque o sistema “S” é um conjunto forte, bem estruturado, que está em grande parte dos municí-pios brasileiros”, complementa.

Matrículas.... 8.506 Turmas....349. Cidades....56

Cursos do Senac destinados aos beneficiários do programa Bolsa Família

janeiro de 2009 a maio de 2010

46 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Bandeirolas, chapéus de pa-

lha, comidas típicas. Tudo

isso ao som do animado

forró e músicas de quadrilha. Mesmo

com toda a modernidade, as festas ju-

ninas em homenagem aos três santos

católicos – Santo Antônio, São João

e São Pedro – são um dos mais for-

tes traços do folclore brasileiro. E o

comércio aposta nas festividades po-

pulares para aumentar o faturamento

nos meses de junho e julho.

Os produtos juninos mais vendi-

dos, tais como pipoca, canjica, amen-

doim, cachaça, vinhos, gengibre, ca-

nela, cravo, milho-verde e batata-doce

registram aumento médio de cerca de

20% nas vendas, neste período do

ano, segundo estimativa do presiden-

te do Sindicato do Comércio Varejista

de Gêneros Alimentícios, Minimerca-

dos, Supermercados e Hipermercados

de Curitiba, Região Metropolitana de

Curitiba e Litoral do Paraná (Sindimer-

cados), Pedro Zoanir Zonta.

Para o presidente do Sindicato do

Comércio Atacadista de Gêneros Ali-

mentícios do Estado do Paraná (Sin-

caPR), Paulo Pennacchi, a sinergia

entre as festas juninas e a Copa do

Mundo impulsionou ainda mais o co-

mércio. “Acreditamos que a união des-

sas duas comemorações, que fazem

fortemente parte da cultura brasileira,

projete uma expectativa de crescimen-

to nas vendas de doces em geral, no

Paraná, de 30% a 40%”, detalha. Por

ser o produto mais procurado para as

duas festas, a pipoca vai, literalmente,

estourar nesses meses.

Doces juninosAs festas juninas são, de fato,

um período açucarado, tanto para

quem consome quanto para quem

comercializa. Pennacchi observa que

a elevação do consumo de doces tra-

dicionais, principalmente de deriva-

dos de milho e amendoim, pode até

dobrar. “Além dos produtos do ‘trade

doceiro’, vários outros tomam caro-

Arraial do comércioFestas juninas movimentam o varejo paranaense

46 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

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na nessas festividades, como balões,

produtos descartáveis e produtos de

decoração de festas”.

“Além do consumo habitual em

cantinas e bares, nos meses de junho

e julho as famílias passam a consumir

mais doces, pois os arraiais nas esco-

las, entre amigos e familiares fazem

parte da tradição cultural, mesmo no

Sul do Brasil”, avalia o empresário Val-

deci Hatsumura, da empresa atacadis-

ta Campestre Distribuidora. O empre-

sário explica que a procura por doces

é grande o ano inteiro, mas as festas

juninas resgatam as guloseimas “cai-

piras”, desbancando produtos como os

chicletes e outros que não fazem parte

da cultura brasileira.

O fortalecimento do poder aquisi-

tivo das classes C e D também deve

possibilitar um maior consumo de uma

maneira geral. No entanto, Pennacchi

lembra da exigência, por parte desses

consumidores, de maior variedade de

produtos e principalmente de melhor

qualidade.

Os doces tradicionalmente brasilei-

ros têm ultrapassado fronteiras. O presi-

dente do SincaPR destaca que a paçoca

e o pé de moleque, doces típicos das

festas juninas, são bastante consumidos

fora do Brasil, principalmente nos países

da América Latina e no Japão, conforme

dados da Associação Brasileira da Indús-

tria de Chocolate, Cacau, Amendoim,

Bala e Derivados (Abicab).

Tudo enfeitadoPara entrar no clima das festas ju-

ninas, o comércio varejista “se veste”

com artigos típicos da época, como

chapéus, bandeirolas e barracas de

palha. Vale até vendedora com vesti-

do colorido e camisas xadrez, lenços

e bigodes postiços para os homens.

A instrutora do curso de Decoração

de Interiores do Senac, Lia Dutra dos

Santos, acentua que é comum que as

lojas mais populares, de calçados, mó-

veis e confecção façam uso da temáti-

ca junina para atrair os clientes. “Esses

recursos motivam as vendas. Por se

tratar de um tema festivo comum no

Brasil todo, é um recurso válido para

chamar a atenção para os produtos

comercializados”, analisa. E até mes-

mo as lojas mais refinadas introduzem

elementos das festas juninas em suas

vitrines, mas fazem uma releitura,

adotando uma decoração junina mais

sofisticada.

Emprego e solidariedade O presidente do Sindimercados, Pe-

dro Zoanir Zonta, acredita que toda essa

movimentação gera diversos postos de

trabalho, sobretudo as vagas indiretas,

uma vez que as indústrias investem em

degustações, abordagens e reforçam o

quadro de promotores de vendas.

E além de promover, ainda que

indiretamente, novos empregos, as

festas juninas vêm se mos-

trando como uma excelente

oportunidade de captação

de recursos para instituições

de caridade, igrejas e ONG’s,

que realizam a venda de pro-

dutos caseiros típicos, como

bolos, quentão e pipoca em

seus arraiais beneficentes.

“As festas juninas consti-

tuem uma oportunidade de

negócios para todo o vare-

jo, pois ampliam o universo

de clientes corporativos, que

anteriormente eram somente

as escolas e empresas, movi-

mentando ainda mais a eco-

nomia nessa época sazonal”,

completa Zonta.

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48 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Quase três meses após a

grande final da Olimpí-

ada do Conhecimento e

do Worldskills América, ocorrida em

maio, no Rio de Janeiro, muita coisa

mudou na vida dos jovens competido-

res do Senac. Dos cinco alunos, três

conseguiram um emprego por terem

em seus currículos todo o preparo e a

participação no evento. Os demais, só

não estão no mercado de trabalho por-

que optaram por concluir seus estudos

neste momento. Já a dupla do Centro

de Educação Profissional (CEP) de Pon-

ta Grossa, Adriele Biauki e Alexandre

Ladwig, trouxe na bagagem, além da

experiência, um desejado e merecido

adereço: a medalha de bronze na ocu-

pação de Técnico em Enfermagem.

“A Olimpíada do Conhecimento

agregou muita vivência. Amadureci

bastante e conheci várias pessoas”,

avalia Fabiane Aquino Costa, aluna

do Centro de Educação Profissional

de Maringá, que competiu na ocupa-

ção de Cabeleireiro. Por conta de sua

dedicação no período preparatório e

envolvimento com a equipe do Senac,

ela foi convidada para ser instrutora da

área de beleza da instituição. Fez os

testes e no dia anterior a esta entrevis-

ta, havia ministrado sua primeira aula

sozinha. “Deu super certo, pensei que

ia tremer um pouco, mas as aulas de

oratória fizeram a diferença”.

Fabiane diz que usou os exercícios

de respiração que aprendeu para se

acalmar durante o voo para o Rio de

Janeiro, sua primeira viagem de avião.

No salão da família, onde trabalha aos

sábados, sua mãe espalhou, orgulho-

sa, a novidade entre os clientes, que

passaram a procurar mais seus ser-

viços como cabeleireira. “Vou investir

em propaganda do salão, mencionar

que participei da Olimpíada, colocar o

certificado que recebi na parede, mon-

tar um book com as fotos e um mural

com as notícias que saíram na época”,

planeja. E faz questão de afirmar que

pretende continuar por muito tempo

no Senac, pois considera extremamen-

te gratificante ensinar outras pessoas.

O competidor na categoria de Ser-

viços de Restaurante, André Carlos

Crestani, está trabalhando no Café do

Paço (Paço da Liberdade, unidade do

Sesc, em Curitiba), no espaço admi-

nistrado pelo Senac. Ele é instrutor da

disciplina de prática profissional super-

visionada do curso de Garçom e Prepa-

ro de Bebidas à base de Café. Na sole-

nidade de entrega dos certificados aos

participantes da Olimpíada do Conheci-

mento, pelo CEP de Curitiba, realizada

no dia 18 de maio, André agradeceu

pela oportunidade e aos professores

pelo apoio, especialmente o instrutor

Gilberto Pereira Dias, conside-

rado por ele como um “pai-

zão”. “Tudo o que sei hoje

devo aos instrutores e ao

Senac”, diz.

SaúdeUma funcionária ca-

rinhosa com os pacien-

tes e bastante disposta.

Essa é a avaliação da

bioquímica Rafaela Mo-

reira Krubniki, do La-

boratório Oscar Perei-

ra, em Ponta Grossa,

sobre Adriele, contra-

tada há dois meses.

“O fato de ter parti-

cipado nas Olimpí-

adas, pesou a seu

favor. Sem dúvida

ficamos interessa-

dos em saber do

preparo que ela

teve e tam-

bém de seu

d e s e m p e -

nho”, relata

Rafaela.

Ve s t i n d o

a camiseta da

competição, a téc-

nica de enfermagem contou sobre a

premiação recebida e como foi parti-

Reflexos da Olimpíada do ConhecimentoParticipantes da maior competição de educação profissional das Américas contam o que mudou em suas vidas

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cipar do maior evento das

Américas em qualificação

profissional. “A Olimpíada

do Conhecimento repre-

sentou muita coisa. A

medalha é o reconhe-

cimento de tudo o que

aprendi, de tudo o

que passei e de onde

eu vim para chegar

até aqui. Estou orgu-

lhosa”, expõe Adrie-

le. A jovem de 19

anos morava na

zona rural de São

João do Truinfo.

Ajudava a famí-

lia na lavoura de

fumo, até quan-

do teve uma

forte reação

alérgica que

lhe trouxe problemas

nas mãos. Resolveu ir

para Ponta Grossa es-

tudar e buscar uma

vida melhor.

Vencedora do

3º lugar na ocu-

pação de técni-

co em enferma-

gem, ela conta

que não foi fácil.

Os treinamentos

eram árduos. Nas pro-

vas, o clima era tenso. A aluna

percebeu que mesmo como todo

o apoio e a grande plateia ob-

servando, a execução das tare-

fas dependia exclusivamente

de seus conhecimentos e dos

de seu colega Alexandre. A dupla

precisava demonstrar as técnicas

correspondentes à profissão enquan-

to descreviam, usando um microfone

de lapela, cada passo dado. Para falar

bem em público, os representantes do

Senac receberam aulas de oratória e

exercícios de relaxamento. “As aulas

de oratória modificaram o jeito de me

expressar. Minha mãe fala que mudei

tanto na aparência, quanto no modo

de agir. Hoje tenho outra visão em re-

lação a mim mesma, à minha vida. Por

causa das dificuldades que passei

eu era uma pessoa desani-

mada e depois disso me

tornei mais otimista”,

revela.

Além de atuar

na coleta de sangue

e atendimento aos

pacientes, Adriele

participa das ações

voluntárias do labora-

tório e realiza palestras de

orientação e profilaxia em cre-

ches, asilos e instituições de caridade.

Ela venceu a timidez e algumas bar-

reiras familiares. Ganhou a confiança

do pai, que na época não queria que

a filha saísse do sítio. O resultado da

Olimpíada mostrou a ele que o esforço

valeu a pena, deixando-o certamente

muito orgulhoso. “Esta é, sem dúvi-

da, uma das melhores fases da minha

vida. Eu não esperava por tudo isso”,

confessa contente.

Pódio Técnico em enfermagem

50 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Ninguém começa a cons-

trução de uma casa pelo

telhado. Antes mesmo de

iniciar a edificação é preciso arrumar o

terreno, ter em mãos os projetos, libe-

rações e alvarás, e dispor de acessos

pavimentados e com a infraestrutura

adequada. Além disso, é necessária

a captação de recursos, escolha de

materiais ideais e contratação de mão

de obra qualificada. Para cada uma

dessas ações são essenciais planeja-

mentos antecipados. O mesmo deve

acontecer com o Brasil e o Paraná nos

preparativos para receber a Copa do

Mundo Fifa em 2014. Afinal, serão 12

as cidades brasileiras que serão sedes

dos jogos do mundial, e uma delas, é

Curitiba, que será beneficiada com o

evento e, principalmente, com a hos-

pedagem, alimentação e serviços às

delegações e turistas vindo do próprio

Brasil e dos mais diversos países.

Este é o momento para começar

a planejar e colocar a mão na massa.

Para isso, o Senac dá o pontapé inicial

nas ações que nortearão os próximos

anos da instituição, através do Progra-

ma Nacional de Educação Profissional

Senac na Copa 2014. “Todo o Brasil

já vem sendo impactado pelo advento

da Copa, em especial a cadeia produ-

tiva do turismo, para a qual historica-

mente, nós do Senac, desenvolvemos

diversas ações de ponta e com a qual

estabelecemos parcerias importantes

para a economia nacional”, salienta o

diretor-geral do Senac Nacional, Sid-

ney Cunha. Ele acrescenta, ainda que

o Senac enxerga este evento como

uma excelente oportunidade para

ratificar o seu papel junto à socie-

dade brasileira, confirmando sua

vocação como a principal insti-

tuição profissional para o setor

do comércio de bens, serviços e

turismo.

Tendo como alvo estas opor-

tunidades, o Senac Minas foi o

preconizador deste programa,

idealizado pelo diretor regional

Sebastião Antônio dos Reis e Silva,

que foi adotado pelo Departamento

Nacional do Senac. Os outros regio-

nais, até mesmo os que não sediarão

jogos do campeonato, foram incen-

tivados a formar uma grande equipe

e seguir o modelo mineiro, inclusive

utilizando o slogan e a logomarca. No

Paraná, o programa virá incrementar

o projeto de cursos e ações para a

Copa do Mundo que a direção regional

já vinha elaborando.

Em visita à capital paranaense,

onde apresentou o programa aos di-

retores, gestores e colaboradores do

Sistema Fecomércio Sesc Senac, e

aos representantes do Sebrae e do

Sescoop, Reis e Silva ressaltou que

este é um momento único para todo

o Sistema “S” se fortalecer. “O Siste-

ma está preparado para receber esta

Copa. Acredito na efetivação dos nos-

sos programas que vem acontecendo

ao longo de anos. Hoje, temos know-how para poder atender a estas de-

mandas sem nenhuma dificuldade.

Estamos preparados para responder

às necessidades dos empresários nos

seus diversos segmentos econômi-

cos”, enfatiza Reis e Silva.

Para cumprir as diretrizes de sus-

tentabilidade ambiental, econômica e

cultural; educação flexível e inclusi-

va, fortalecer a marca da instituição

e estreitar as relações com o merca-

do, o Programa Nacional de Educação

Profissional Senac na Copa 2014 é

dividido em quatro linhas: Estrutura

e Gestão; Educação Profissional; Co-

municação e Divulgação e Ação de

Relação com o Mercado. (veja o box)

Senac na Copa, Paraná no MundoPara golear em 2014, o trabalho precisa começar agora!

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Linhas de Projetos

Estrutura e GestãoPara alcançar os resultados

desejados com o programa,

o Senac aposta no trabalho

em equipe, contando com

a participação e o entrosa-

mento de todo o Sistema.

A instituição pretende (re)

qualificar seus docentes, por

meio de programas presen-

ciais e à distância. Também

será necessário qualificar os

profissionais de atendimento.

Educação ProfissionalAtravés da Educação Profis-

sional, o Senac continuará atendendo com

excelência e criatividade às demandas por

cursos e já iniciou o processo de mapea-

mento interno para saber se as programa-

ções vão corresponder às necessidades do

mercado, principalmente as do turismo.

Haverá, também, incremento na oferta de

programações online de curta duração,

produção compartilhada de material didá-

tico e capacitação de voluntários.

Comunicação e DivulgaçãoO Senac acredita que a comunicação é

o caminho para dar a devida visibilidade

nacional às suas ações de educação pro-

fissional e que uma boa estratégia de co-

municação e divulgação será fundamen-

tal. Já foi desenvolvida uma identidade

visual para o programa e será elaborado o

Plano de Comunicação Nacional.

Ação de Relação com o MercadoO Senac ouvirá os diversos segmentos

do setor do comércio de bens, serviços

e turismo para promover articulações e

parcerias.

Senac ParanáO Senac Paraná com um portfo-

lio de 566 cursos, está preparado

para atender, com excelência, as

novas demandas em educação pro-

fissional, especialmente em capaci-

tação, requalificação e voluntaria-

do. Para isso, a instituição realizará

uma série de pesquisas para fazer

um cruzamento entre as compe-

tências demandadas pelo mercado

e a gama de cursos ofertados pela

instituição. De acordo com o dire-

tor regional do Senac Paraná, Vitor

Monastier, as possíveis demandas

encontradas poderão ser trabalha-

das de forma presencial, à distância

ou através de cursos corporativos. E

este projeto abordará, entre outras

coisas, desenvolvimento, convivên-

cia com outros povos, etiqueta in-

ternacional e capacitação de massa.

“Estamos aliados neste projeto e eu

tenho certeza que se todos trabalha-

rem, Curitiba e o Paraná serão gran-

des receptivos da Copa do mundo.

Com este evento, tende-se a ter um

crescimento econômico no País e,

também, pessoal, pelo contato que

teremos com as diferentes etnias.

Haverá integração internacional

sem sair de casa. Porém o grande

desafio que teremos é investimento

e profissionalismo”, diz Monastier.

De posse deste programa e de

bons “pedreiros”, o Paraná será uma

bela e hospitaleira casa.

A Copa da vezEmbora aconteça no continente

Africano, a Copa do Mundo 2010

movimenta, e muito, o comércio

aqui no Brasil. De acordo com a As-

sessoria Econômica da Federação

do Comércio do Paraná (Fecomér-

cio/PR), o campeonato mundial de

futebol, aliado à comemoração do

Dia dos Namorados, Festas Juninas

e a chegada do frio agiram como

elementos de incen-

tivo às vendas sobre

os diversos ramos

do comércio.

No caso espe-

cífico da Copa do

Mundo, houve aque-

cimento das vendas

de televisores, fil-

madoras, bebidas

em geral, além é

claro, dos produtos

verdes e amarelos,

que vão de camise-

tas, chapéus, ban-

deiras, bonés, brinquedos às famo-

sas vuvuzelas africanas (ou cornetas

brasileiras).

E o otimismo do empresário do

comércio de bens, serviços e turis-

mo do Paraná, segundo pesquisa

realizada pela Fecomércio/PR é pa-

lavra de ordem dos empreendedo-

res, uma vez que 83% considera o

primeiro semestre deste ano como

favorável às vendas.

SebaStião antônio doS ReiS e Silva

52 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Está longe de ser uma brinca-

deira de criança os números

apresentados pelo Instituto

Paranaense de Desenvolvimento Eco-

nômico e Social (Ipardes) referentes

ao trabalho infanto-juvenil no Paraná.

Somente em 2007, 36.458 crianças

paranaenses, entre 10 e 13 anos, de-

senvolveram algum tipo de trabalho

infantil e destas, aproximadamente

5.400 deixaram de frequentar as salas

de aula por trabalharem. E trabalho in-

fantil só é aceito quando for em uma

brincadeira inocente de criança. Ali ela

pode ser professora, dona de casa,

mecânico, pedreiro, exercer a profis-

são que desejar e brincando, contri-

buir para o seu desenvolvimento físico,

psíquico, moral e social.

O trabalho precoce

penaliza crianças

e adolescentes, incidindo sobre eles

riscos à saúde e, principalmente, su-

primindo sua infância. Porém, o cená-

rio fica ainda pior quando se verifica

que o mercado de trabalho paranaen-

se absorve como mão de obra 216.798

adolescentes entre 14 e 17 anos.

Implantado há uma década, o

Estatuto da Criança e do Adolescen-

te (ECA), assegura a menores de 18

anos, o direito de proteção à vida e à

saúde, através de políticas sociais pú-

blicas que permitam o nascimento e o

desenvolvimento sadio, em condições

dignas de existência.

Para discutir a necessidade de ex-

tirpar o trabalho infantil, o Sesc Para-

ná e o Ministério do Trabalho, com o

apoio do Serviço Nacional de

Aprendizagem Rural do

Estado do Paraná (Se-

nar), Câmara da Mu-

lher Empreendedora

e Gestora de

Negócios (CMEG), Fórum de Erradi-

cação do Trabalho Infantil no Paraná

(FETI-PR), Federação dos Trabalhado-

res na Agricultura do Estado do Paraná

(Fetaep) e comunidade, promovem,

em três municípios do Estado (Guara-

puava, Pato Branco e Foz do Iguaçu),

o I Seminário de Erradicação do Tra-

balho Infantil, nos meses de junho e

julho.

De acordo com a Analista de Apoio

Operacional, Patrícia Manica, o objeti-

vo do Sesc, como empresa comprome-

tida com a sociedade, é trazer à pauta

este tema que interfere no desenvol-

vimento social, em especial na vida

das crianças e adolescentes. “O Sesc

entende que toda a sociedade tem o

compromisso de lutar pelos direitos

dos mais vulneráveis, e está mobilizan-

do gestores municipais, empresários,

professores e multiplicadores no com-

bate a toda forma de trabalho infantil,

tendo como pressuposto que a infor-

mação e a conscientização

são o melhor caminho para

anular esta prática”, salienta

Patrícia.

Trabalho InfantilSeminário discute a erradicação do trabalho infantil e os impactos que os afazeres precoces incidem sobre a saúde de crianças e adolescentes

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Fernanda Matzenbacher, auditora

fiscal do Trabalho da Superintendência

Regional do Trabalho e Emprego no Pa-

raná, e uma das palestrantes do semi-

nário, salienta que o Estado está entre

as dez unidades federativas com o maior

índice de crianças trabalhando na área

rural e de adolescentes exercendo traba-

lhos em atividades perigosas, insalubres

e penosas, como oficinas e olarias. Ela

revela que existe uma relação entre o

exercício de trabalho precoce, baixo ren-

dimento e evasão escolar. “É necessário

dar a crianças e adolescentes o direito

de optar por uma profissão que virá a

desenvolver na idade adulta, possibili-

tando a ela passar pelo processo educa-

cional. Todo e qualquer trabalho infan-

til realizado por menores de 16 anos é

proibido pela legislação”, enfatiza.

CenárioO Ipardes revela, ainda, que a

proporção média de ambas as faixas

etárias (10 a 13 anos e 14 a 17 anos),

no Paraná, é de 16,9% superior ao

volume nacional de 14%. Ou seja, o

Paraná situa-se entre os cinco esta-

dos com a proporção mais elevada do

trabalho infanto-juvenil em relação à

faixa etária.

De acordo com Patrícia, é possível

destacar, como características princi-

pais do trabalho infanto-juvenil, a in-

cidência sobre o setor rural; trabalho

realizado em locais perigosos

e com jornadas extensas e

exploração sexual infantil.

No Paraná, o trabalho

infantil e juvenil está

presente em todas as

atividades do setor

agrossilvopastoril, com

destaque para as cultu-

ras de milho, café, fumo,

olericultura, mandioca e

criação de bovinos.

A auditora fiscal do trabalho

também enfatiza que os setores do co-

mércio, indústria, serviços domésticos

e construção civil também absorvem

uma parcela dos trabalhadores infantis

e que é nessas duas últimas funções

em que ocorre uma expressiva evasão

escolar, possivelmente em razão das

horas trabalhadas e da exigência física

e mental das crianças.

Embora o cenário ainda não seja

o desejável, o relatório divulgado pela

Organização Internacional do Trabalho

(OTI) em 2006, aponta o Brasil como

destaque pelas ações de combate ao

trabalho infantil e o Sesc é um dos agen-

tes nesta transformação social.

Agende-se: I Seminário de Erradicação do Trabalho Infantil

Guarapuava:30/06 PatoBranco:09/07 FozdoIguaçu:30/07

Vagaslimitadas.Inscriçõeseprogramaçãonositewww.sescpr.com.br

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 53 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

54 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Quando o presidente do Bra-

sil Luiz Inácio Lula da Silva

sentou-se à mesa de ne-

gociações com dirigentes europeus, em

Madrid, na Espanha, em maio passado,

para aprofundar as tratativas quanto

a um acordo de livre comércio entre a

União Europeia e o Mercosul, um grupo

de negociadores representando empre-

endedores e trabalhadores dos dois con-

tinentes já haviam preparado o terreno.

Depois de encontros realizados em Bue-

nos Aires (Argentina), esses negociado-

res, entre eles o presidente do Sistema

Fecomércio Sesc Senac Paraná, Darci

Piana (coordenador brasileiro do Fórum

Econômico e Social do Mercosul), os

pontos controversos haviam sido elimi-

nados e os de interesse dos dois blocos

econômicos devidamente “costurados”.

Não foi fácil, porém. Há muitas di-

vergências entre os países europeus

e os sul-americanos. As principais in-

cluem questões que envolvem o meio-

ambiente e os indígenas. Ao contrá-

rio dos países da Europa, os países

da América do Sul possuem grandes

extensões e diversidade econômi-

ca que dificultam chegar a consenso

sobre suas diferenças. “Os encontros

realizados em Buenos Aires foram de

fundamental importância para que pu-

déssemos chegar a Madrid com alguns

pontos devidamente definidos e de

consenso entre os países do Mercosul”,

relata Darci Piana.

O presidente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac Paraná, Darci Piana, é

o negociador da Confederação Nacio-

nal do Comércio de Bens, Serviços e

Turismo (CNC). Assumiu como Coorde-

nador Empresarial da Seção Brasileira

do Fórum Consultivo Econômico-Social

do Mercosul e passou a se preocupar

com os resultados da negociação que

ocorreriam no denominado “Sexto En-

contro da Sociedade Civil Organizada

União Europeia – América Latina”, que

se realizaria em maio de 2010.

Passo a passoAo retornar da capital espanhola

com documentos de consenso devi-

damente assinados, Darci Piana con-

siderou que o encontro havia sido

produtivo e que “dentro em breve, um

acordo de livre comércio deve ser con-

Abrindo caminhos!Negociadores do Mercosul cortam arestas e antecipam etapas para um acordo de livre comércio com a União Europeia

O presidente dO sistema FecOmérciO sesc senac paraná, darci piana, na mesa de negOciações cOm empresáriOs brasileirOs e eurOpeus em madrid (espanha)

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 55 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

cretizado”. Ele sabe, porém, que não

será fácil. Ainda há muito chão para

ser percorrido até um documento final.

Foi justamente isso que explanou,

depois, o subsecretário de Integra-

ção Econômica Americana e Mercosul

da Argentina, embaixador Eduardo

Sigal, para quem “o acordo não será

alcançado em duas ou três reuniões

ou com voluntarismo, porque há sen-

sibilidades particulares de ambos os

lados”. Essas “sensibilidades” são as

diferenças que existem entre a União

Europeia e os países do Mercosul,

algumas tão particulares que serão

negociadas país por país.

Por conhecer essas “sensibilidades”

é que Darci Piana concorda com o mi-

nistro Pablo Grinspun, diretor-geral de

Mercosul do Ministério de Relações Ex-

teriores da Argentina, país que detém a

presidência pro-tempore do bloco regio-

nal, que afirmou: “a única maneira de

avançar em um acordo de livre comércio

é se aproximando ao que estipula a Or-

ganização Mundial do Comércio (OMC)

sobre o substancial de comércio”.

É justamente esse “substancial de

comércio” citado pelo diretor argentino

que se enquadra na fala do assessor

especial da Presidência da República

brasileiro, o ministro Marco Aurélio

Garcia. Em material distribuído pela

Agência Brasil, ele disse que a UE “pre-

cisa entender que não fechará com o

Mercosul acordos de livre comércio

semelhantes aos já assinados com o

Chile, Peru e Colômbia, países com es-

trutura industrial menos desenvolvida

do que a brasileira”. Segundo ele, os

europeus precisam “moderar um pou-

co seu apetite no terreno industrial”.

Darci Piana vê outros entraves na

concretização rápida de um acordo de

livre comércio, que poderia andar de

maneira diferente se as negociações

tivessem começado antes. A crise

econômica que afeta alguns países da

Europa chegou para atrapalhar as ne-

gociações, porque praticamente “em-

purra” os governos do bloco europeu

a tomarem medidas protecionistas. O

governo brasileiro entende, porém,

que é preciso “enfrentar a tentação” e

rejeita a criação de barreiras à impor-

tação, que podem agravar ainda mais

os problemas da região.

A comitiva do Mercosul que partici-

pou das negociações em Madrid este-

ve formada por Carlos Reistaino - Dire-

tor da Câmara Argentina de Comércio;

Lúcia Maduro – Representante da CNI

do Brasil; Darci Piana – Coordenador

Empresarial da Seção Brasileira do Fó-

rum Consultivo Econômico-Social do

Mercosul; Jorge Zorrigueta – Direto-

ria da UIA (União Industrial Argenti-

na); Jayme Quintas Perez – Assessor

Econômico da CNC; Valdir Vicente de

Barros – Coordenador dos Trabalhado-

res da Seção Brasileira do Fórum Con-

sultivo Econômico-Social do Mercosul

e diretor da UGT do Brasil; Adeilson

Ribeiro Teles – Secretário da CUT; Ale-

xandre Rocha Santos Padilha – Minis-

tro de Estado chefe da Secretaria de

Relações Institucionais da Presidência

da República.

Grupo de neGociadores brasileiros (da esquerda para a direita): adeilson ribeiro teles – secretário da cut; lúcia Maduro – re-presentante da cni do brasil; alexandre rocha santos padilha - Ministro de estado chefe da secretaria de relações institucio-nais da presidência da república; JayMe quintas perez – assessor econôMico da cnc e darci piana – coordenador eMpresarial da seção brasileira do fóruM consultivo econôMico-social do Mercosul

56 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Os cursos de aprendizagem

assumem importância es-

tratégica no quadro das

políticas de educação, formação pro-

fissional e emprego. Favorecem a in-

serção de jovens, entre 14 e 24 anos,

no mercado de trabalho, integrando

competências curriculares e o poten-

cial formativo das empresas.

O Senac Londrina dá o exemplo

de que essa articulação entre edu-

cação, formação e trabalho promove

uma verdadeira transformação social

e contribui com as políticas públicas

educacionais. Desde o ano passado,

está em andamento a primeira turma

de Aprendizagem em Serviços Admi-

nistrativos em Instituições de Saúde

do Senac Paraná. Com término das

aulas previsto para julho de 2011, os

27 jovens matriculados estão inseridos

no mercado de trabalho em empresas

da área de saúde, parceiras da institui-

ção no desenvolvimento do programa.

“Esta oportunidade está trazen-

do um crescimento e um aprendiza-

do significativo na minha vida. Estou

aprendendo a me relacionar melhor

com as pessoas, percebi a importância

do trabalho”, afirma a aluna Adriana

Dansinger. Quando entrou no progra-

ma, estava desempregada e o mesmo

lhe deu condições para ajudar no orça-

mento familiar. Ela relata estar muito

satisfeita com o conteúdo do curso,

bem como com a conduta do Senac

enquanto instituição de ensino profis-

sionalizante. Acredita que esta expe-

riência promoverá ótimas oportunida-

des profissionais.

E, se para algumas empresas, a

contratação de jovens pode trazer cer-

tos receios, a Histocom Atividades Mé-

dicas Ltda., onde a Adriana trabalha,

se mostra bastante satisfeita em sua

primeira experiência nesse sentido.

“Até então nunca tivemos um apren-

diz e tem sido muito bom participar do

programa. A jovem se identifica com

as atividades, tem se esforçado para

aprender e a empresa, por sua vez,

procura acompanhá-la e orientá-la nas

atividades propostas. Estamos satis-

feitos com o programa desenvolvido

pelo Senac”, avalia o coordenador da

Senac Londrina dá exemplo e modifica a vida de jovensCurso de aprendizagem mostra que a articulação entre educação, formação e trabalho é o caminho para a transformação social

Aprendiz AdriAnA dAnsinger, contrA-tAdA pelA empresA Histocom AtividAdes médicAs ltdA.

Jéssica amanda Lemes de PauLa reaLiza a Prática ProfissionaL na associação evangéLica Beneficente (HosPitaL evangéLico)

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 57 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

aprendiz na Histocom, Frank Suono.

Conforme explica a técnica de

educação profissional do Senac, Ma-

riza Pinheiro, o programa foi desen-

volvido para atender uma demanda

específica na área de saúde. As em-

presas precisavam se adequar a Lei

Federal nº 10.097/00, que determina

a contração de aprendizes, mas, aci-

ma de tudo, ansiavam em exercer sua

função coletiva. “Percebemos grande

adesão das empresas que cumprem

o seu papel enquanto formadoras de

profissionais. O Senac, mais uma vez

atendendo sua meta para qualificação

profissional, aliada à inserção no mer-

cado de trabalho, mobilizou-se para

atender à demanda dos empresários

em busca de profissionais capacita-

dos”, justifica.

Os cursos de aprendizagem agem,

determinantemente, para o aumento

das qualificações profissionais e esco-

lares dos jovens, permitindo o pros-

seguimento de seus estudos. Dessa

forma, programas como o do Senac,

amenizariam a lamentável situação

Aprendiz dAniel estevAn souzA, em seu trAbAlho, no hospitAl do CorAção

diretor do Centro de eduCação Profissional de londrina, sidnei loPes de oliveira

descrita em uma publicação lançada,

em junho, pelo Movimento Todos Pela

Educação e o Instituto Unibanco. O

estudo diz que entre 2000 e 2008 o

País não conseguiu atrair para os ban-

cos escolares uma taxa média de 18%

de jovens entre 15 e 17 anos. Com

dificuldades para colocar seus adoles-

centes no Ensino médio, o Brasil vive

o risco de um verdadeiro “apagão” de

mão de obra nos próximos anos, já

que a evolução da escolaridade repre-

senta a possibilidade de acesso a me-

lhores ofertas de emprego. Hoje, são

necessários 12 anos para completar

toda a Educação Básica – Ensino Fun-

damental mais o Médio. No entanto,

a escolaridade média dos jovens bra-

sileiros é 9,1 anos de estudo.

“Este curso está sendo bom para

todas as partes. É bom para o Senac,

que cumpre sua missão, e bom para a

empresa que contrata o aprendiz. Pois

além de cumprir as exigências legais,

ela também assume seu pa-

pel social e qualifica seus fu-

turos colaboradores”, opina

o diretor do Centro de Edu-

cação Profissional de Londri-

na, Sidnei Lopes de Oliveira.

E continua, que acima de

tudo, os maiores beneficia-

dos são os jovens. Junto à

teoria do ensino profissio-

nalizante, eles vivenciam a

prática nas instituições de

saúde, possibilitando-lhes

uma ótima oportunidade de

iniciar uma carreira profissio-

nal. Sidnei destaca também

que 100% dos aprendizes

que frequentam o curso es-

tão trabalhando e recebem

uma bolsa de estudos da

empresa contratante.

58 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Instituições de saúde apoiadoras do Programa de Aprendizagem do Senac Londrina:Associação Evangélica Beneficente, Clínica Ortopédica de Londrina, Hoftalon Cento de Estudos,

IHEL – Instituto de Hematologia, Instituto do Câncer, Irmandade Santa Casa, Nefroclínica,

Salva Vidas SOS, Uniodonto de Londrina, Urolit Serviços Médicos,

LabMed – Laboratório Médico de Londrina Ltda,

Hospital Araucária, Hospital do Coração de Londrina, Histocom Nefrologia,

Oralmed – Dental Méd. Assis. Odontológica, Clinilab Centro de Patologias

Apoio dos Conselheiros do Senac Paraná em Londrina

O Programa de Aprendizagem

conta com a participação ativa dos

conselheiros do Senac Paraná em Lon-

drina, que realizam desde a sugestão

de ações para a área de saúde, até

a intermediação de contatos com as

instituições do setor. “Este curso é de

grande importância para a cidade. Su-

geri que o Senac local ofertasse cur-

sos nesta área porque Londrina é um

centro médico de referência no País

e necessita de capacitação”, relata o

conselheiro Sergio Gilberto Bonocielli.

Outro conselheiro, Márcio Américo

Strini, reforça a importância da quali-

ficação para atender a área médica do

município. “O Senac precisa ampliar

a oferta de ações como esta na área

da saúde, pois têm papel relevante na

qualificação e desenvolvimento das

pessoas. Além do mais, Londrina se

configura como referência nacional no

segmento, que é um dos que mais em-

pregam na cidade”.

“O Senac, por ser uma ‘grife’, refe-

rência em educação profissional, pode

ser um grande parceiro das institui-

ções de saúde, atuando na capacita-

ção destes profissionais. É por isso que

apoio as negociações que visam pro-

mover ações educacionais para este

setor também”, complementa o conse-

lheiro Alzir Bocchi, referindo-se ao fato

de fazer parte da presidência do Sindi-

cato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e

Similares de Londrina e Região.

Sergio gilberto bonocielli

Márcio AMérico Strini

Alzir Bocchi

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 59 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

uma nova casaFederação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná inaugura sede

60 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

“Todos devem ter a dignidade

de um endereço porque quem não

tem, pouco pode fazer pelos outros”.

Essas foram as palavras do Coronel

Sérgio Malucelli, Diretor Executi-

vo da Federação das Empresas de

Transporte de Cargas do Estado do

Paraná (Fetranspar), por ocasião da

inauguração da nova sede da entida-

de. O prédio da Rua 24 de maio tem

cerca de 450 m2 de área construída

e é resultado de um investimento de

aproximadamente R$ 700 mil.

O presidente da Fetranspar, Luiz

Anselmo Trombini, diz que é o come-

ço de uma nova fase para a Federa-

ção, “passamos a fase de luta pela

sede e agora temos novos desafios”,

aponta. Ele ainda ressalta que o novo

espaço é muito importante para a con-

solidação das entidades envolvidas e

fortalecimento da união entre elas. “A

união permitiu essa conquista e ago-

ra abrimos a casa para dar o suporte

necessário ao setor de transportes. É

o começo de um novo tempo e de am-

pliação dos serviços que oferecemos

aos nossos associados”, diz Trombini.

A idéia, a partir de agora, é concre-

tizar a federação mais jovem do Para-

ná, que tem apenas 17 anos de vida.

“Precisamos mostrar para o pessoal

do interior que os sindicatos devem se

unir, para brigar por seus interesses”,

coloca Trombini. A Fetranspar é com-

posta de nove sindicatos localizados

em Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapu-

ava, Maringá, Curitiba, Dois Vizinhos,

Toledo e Francisco Beltrão e o setor de

transporte de carga movimenta mais

de 70% da economia paranaense em

seus caminhões. “Precisamos de uma

representatividade forte para brigar

pelos nossos interesses”, explica o pre-

sidente da Fetranspar.

Para o presidente do Sistema Fe-

comércio Sesc Senac, Darci Piana,

essa organização das entidades é

fundamental. “A Fecomércio já tem

vários sindicatos que se organizaram,

compraram e estruturaram suas se-

des, outras reformaram. A Fetranspar

está seguindo o mesmo caminho. Com

esses exemplos podemos dizer que a

evolução dos setores no estado tem

dado condições de receita para essas

reestruturações, e isso é muito bom, o

Paraná aumenta sua força e prestígio

em relação aos demais estados brasi-

leiros”, diz o empresário.

Pedro J. O. Lopes, presidente da

Federação das Empresas de Trans-

porte de Carga e Logística do Estado

de Santa Catarina (Fetrancesc), con-

corda com essa posição. Ele conheceu

o novo espaço da Fetranspar por oca-

sião de sua inauguração e diz que “es-

tamos num momento de dificuldade,

num momento em que temos que ser

referência perante a sociedade e, prin-

cipalmente, os organismos políticos.

Ter uma base forte para expor nossos

problemas e exigir as melhorias neces-

sárias à infraestrutura brasileira. Mas

precisamos também dar o exemplo e

cuidar da nossa própria estrutura, e é

isso que a Fetranspar está fazendo”.

Envolvido com a entidade desde

1997, o Coronel Malucelli conta que

“os sindicatos eram todos muito novos

e precisavam ser fortalecidos para ad-

quirir autonomia e autodeterminação.

Mas essa sede era um sonho antigo

que vai dignificar a Fetranspar”. Além

do crescimento e fortalecimento de

seus associados, a entidade irá investir

em qualificação da mão de obra para o

setor que, segundo o Coronel, é bas-

tante deficiente. “Os caminhões estão

cada vez mais tecnológicos, à manei-

ra dos carros de luxo, e os motoristas

não estão preparados para lidar com

esses veículos”, explica.

aNSELMO tROMBINI, PRESIDENtE Da FEtRaNSPaR, COM O PRESIDENtE DO SIStEMa FECOMÉR-CIO SESC SENaC PaRaNÁ, DaRCI PIaNa

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 61 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

ParceriaA parceria com a Fecomércio PR

é das mais fortes. O presidente Darci

Piana diz que “a Fetranspar, como inte-

grante do G8 é uma grande aliada nos-

sa, e é muito importante termos mais

um parceiro com uma sede própria, o

que demonstra o crescimento das en-

tidades e sua constante organização

para enfrentar os problemas”. O G8 é

a união das principais Federações do

Paraná que se reúnem periodicamente

para auxiliar na solução de problemas

de seus integrantes. “Temos trabalha-

do em benefício de todo o empresaria-

do do Paraná e atuado nacionalmente

também, e a Fetranspar é um baluarte

desse trabalho”, ressalta Piana.

SeminárioFoi realizado ainda, no Estação

Convention Center, o seminário O Pa-

raná no Caminho Certo para discutir

os desafios a serem enfrentados pelo

setor. A programação incluiu painel

com o Secretário de Transportes do

Estado do Paraná, Mario Stamm e com

o Ministro do Planejamento Paulo Ber-

nardo. “O evento teve como principal

objetivo colocar, a todos os interessa-

dos, a situação atual da infraestrutura

do Paraná. Queremos que as pessoas

envolvidas nos governos nos dêem

respostas sobre como agiremos futu-

ramente, sobre o que está acontecen-

do no nosso estado e em todo o país”,

conclui o presidente da Fetranspar.

RECEPÇÃO DA ENTIDADE: LOCAL AGRADÁVEL E APRAZIVEL PARA TODOS OS ASSOCIADOS

62 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

“No segundo ano do ensino

médio fui a uma feira de pro-

fissões e parei no estande de

enfermagem. Descobri que cuidar das

pessoas era o que me faria feliz”. O

depoimento é de Patrícia da Paz Maia,

aluna do curso Técnico em Enferma-

gem do Senac PR. “Quando cheguei

em casa contei à minha mãe e ela fi-

cou super feliz, pois era um sonho dela

atuar nessa profissão, mas ela nunca

teve condições de fazer o curso”, com-

pleta Patrícia.

As histórias de quem opta por uma

ocupação essencialmente de cuidado

ao próximo revelam a devoção dessas

pessoas à atividade. E emocionam.

Aparecida Fátima de Carvalho tinha o

curso na área de enfermagem como

um sonho antigo, mas queria ver o

filho na faculdade então esperou que

esse desejo se concretizasse. “Somos

apenas eu e meu filho e eu precisava

sustentar ambos. Agora que ele está

Amor à profissãoTécnicos em Enfermagem contam histórias comoventes de dedicação

ALuNAS DO CuRSO TéCNICO EM ENFERMAGEM DO SENAC CENTRO, EM CuRITIBA

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 63 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

cursando Direito, e eu consegui uma

bolsa de estudos para fazer o curso do

Senac, estou realizando meu sonho”,

conta Aparecida.

“Acho primordial a questão da

humanização nos atendimentos, pois

existem pessoas carentes de uma pa-

lavra, um abraço, um aperto de mão,

em momentos difíceis. Penso que o

doente tem o direito de ser tratado

com dignidade e respeito até o fim”,

diz Aparecida. Outra aluna, Fabiane

Loth Corrêa completa, “eu sinto mui-

ta satisfação em realizar as técnicas

aprendidas e ver o bom resultado.

Guardo comigo o sorriso dos pacientes

em sinal de gratidão por terem sido

tratados com dignidade e simpatia”.

Essa vocação para o cuidado é es-

sencial na escolha da atividade e não

falta a quem está estudando. “Sempre

quis atuar com enfermagem, mas al-

guns percalços não permitiram. No

ano passado voltei a estudar e estou

adorando. Estou aprendendo a cuidar,

proporcionar saúde e medidas de con-

forto aos pacientes”, diz Regiane P.dos

Santos. Já Fernanda P. da Silva, filha e

irmã de enfermeiras, diz que quando

a mãe voltava do hospital tinha mui-

tas histórias para contar, “aquilo sem-

pre me chamou a atenção, eu via que

ela fazia o bem para quem precisava”,

lembra Fernanda.

Colega de turma de Fernanda,

Cristiane Sudol Rocha é recepcionista

em um hospital e conta que iniciou o

curso sem saber se iria gostar da ati-

vidade. “Agora não vejo a hora de co-

meçar a trabalhar com os pacientes. E

como quero realizar um bom trabalho,

escolhi o Senac, pois é o melhor curso

de enfermagem de Curitiba”, explica.

Outros alunos, como Rosângela Fer-

nandes de Souza, irão levar o cuidado

a lugares distantes e carentes desse

tipo de atendimento.

“Saí de uma cidade pequena no

norte do Paraná, onde meus pais ainda

moram. Lá não existe hospital, apenas

uma pequena unidade de saúde sem

médico ou enfermeira fixos e muita

gente na comunidade precisa de aju-

da. Pretendo voltar e auxiliar a popu-

lação no que eu puder”, diz Rosângela.

Essas são apenas algumas das histó-

rias de pessoas que têm como maior

desejo cuidar de outras e fazer o me-

lhor trabalho que puderem.

OportunidadeAlém de fazer o que gostam, os

profissionais de enfermagem têm

grandes oportunidades no mercado.

Ela é uma das ocupações que mais

emprega no Paraná, figurando nas lis-

tas do Cadastro Geral de Empregados

e Desempregados (Caged), do Minis-

tério do Trabalho, entre os três primei-

ros lugares nos últimos anos. No mes-

mo ramo de atuação, as admissões

de auxiliares de enfermagem reinam

absolutas no primeiro lugar.

Ambas estão em constante cres-

cimento. Juntas empregaram 1.408

pessoas em 2008, 1.754 em 2009 e

1.877 em 2010, somente no primeiro

trimestre de cada ano. Esses números

chegam a mais de 6 mil ao final de 12

meses e a evolução positiva revela que

2010 será ainda melhor. Isso porque,

apesar do Paraná ter sido o estado que

mais cresceu durante a crise, somente

agora a economia realmente se estabi-

liza em todo o país.

No Paraná, o Senac oferece cur-

sos na área de enfermagem em vá-

rios municípios e diversos horários.

As próximas turmas terão início em

Cascavel, Curitiba, Guarapuava, Jaca-

rezinho, Maringá, Paranavaí,

Ponta Grossa e Umuara-

ma. Mais informações

sobre os cursos es-

tão disponíveis no site

www.pr.senac.br ou

através do telefone

0800 643 6 346.

64 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

Em 1936 a Rádio Nacional foi

inaugurada no Rio de Ja-

neiro e se tornaria uma das

grandes difusoras dos programas de

auditório. Sua estrela mais contumaz,

Emilinha Borba, levava a platéia do pro-

grama de Cesar de Alencar à loucura.

Era a Era de Ouro do rádio brasileiro.

“O locutor era então o que é hoje o

Faustão, e os programas eram verda-

deiros shows”, conta Edson Valério, di-

retor artístico da Maringá FM.

Mais de 70 anos depois, as rádios

estão cada vez menores e mais en-

xutas, os arquivos digitais permitem

que uma só pessoa controle tudo que

vai ao ar, as mesas de som são prati-

camente portáteis e tudo é feito por

computador. Os estúdios só precisam

de espaço para uma mesa e a cadeira

do locutor.

“O contato com o ouvinte se per-

deu, e nós quisemos trazer isso de

volta”, diz Valério. A Maringá FM, há

três anos, transferiu seu estúdio de

um andar alto no Edifício Três Marias,

centro de Maringá, para o térreo. E

lá instalou um auditório para apre-

sentações ao vivo, além de um café

anexo ao espaço que é envidraçado e

alguns metros acima do nível do piso,

permitindo que o locutor veja todo o

movimento à sua volta.

“Aqui, como o objetivo era a total

Rádio como antigamenteMaringá FM traz de volta o auditório para ouvintes, tão popular nas décadas de 1940 e 1950

Plateia lotada Para a aPresentação de Guilherme e santiaGo

Guilherme e SantiaGo no eStúdio Show

Kar

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64 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

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O diretOr artísticO edsOn ValériO

interatividade com o ouvinte, nós fize-

mos esse estúdio aberto e colocamos

15 cadeiras. Cabem confortavelmente

20 pessoas ali, e a área da banda com-

porta grupos grandes, de até dez inte-

grantes”, explica Valério. Artistas reno-

mados, como Vitor e Léo, Chitãozinho

e Xororó e Zezé de Camargo e Luciano

já passaram por lá, e outros que estão

apenas começando a carreira, “todos

os artistas que vêm a Maringá fazer

shows aparecem por aqui”, diz Valério.

Hoje a Maringá FM é referência, o

artista toca ao vivo na rádio e houve

uma grande aceitação por parte do pú-

blico. Por isso, ela lança novos talentos

e já se tornou comum o artista que

quer fazer sucesso ir tocar em Marin-

gá, já que a cidade é um termômetro,

se houver aceitação lá vai estourar no

Brasil. Para Valério, “tudo isso come-

çou quando descemos o estúdio para o

térreo, tornando-o aberto e trouxemos

o ouvinte, já que o artista sente a re-

ceptividade do público para com ele”.

CharmeQuem visita o espaço se encanta.

Como parte de um grupo de três rá-

dios (Maringá FM, CBN Maringá e Mix

Maringá), uma emissora de TV (Multi-

TV) e uma rede de cinemas (Cinesys-

tem), a rádio ganhou um presente

muito especial. As poltronas do estúdio

vieram de uma antiga sala de proje-

ções e foram restauradas. Têm mais

de 60 anos. A cabine do locutor fica

bem no lobby do edifício, e as quatro

horas que ele trabalha por dia passam

voando. Isso porque ele vê o público

o tempo todo, seja cir-

culando pelo espaço da

recepção, seja frequen-

tando o Rádio Café.

Edson Valério diz que

tudo isso foi possível por

conta de um espaço físico

diferenciado e o tamanho

da cidade em si, que per-

mite que o ouvinte tenha

fácil acesso ao local. “No

eixo Rio-São Paulo não dá para fazer

isso. Nossos colegas de lá, quando nos

visitam, adoram o espaço. E já temos

rádios parceiras seguindo o exemplo”,

explica.

As apresentações acontecem cerca

de uma vez por semana, quase sem-

pre aos sábados, para facilitar a ida do

ouvinte à rádio. O artista toca entre 30

e 60 minutos, para não se tornar um

programa muito longo ou cansativo

para ele ou para a plateia.

Depois da instalação do novo estúdio

o público da rádio, que sempre foi líder

em sua região, só aumentou. “Trouxe-

mos de volta algo do pas-

sado, reproduzimos uma

fórmula que deu certo,

mas que estava esqueci-

da, e tivemos um grande

sucesso, não tem um ou-

vinte nosso que não queira

entrar, vir aqui e ter esse

contato com seu artista

preferido”, finaliza Valério.

O lOcutOr NathaN JuNiOr em pleNa atividade

Kar

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Apenas 15% do que é joga-

do fora é lixo propriamente

dito. Grande parte é forma-

da por materiais potencialmente re-

cicláveis. E para usar a denominação

adequada, serão chamados a partir de

agora de resíduos. “Lixo é que não ser-

ve mais para nada. O que produzimos

em nossas residências, na indústria e

atividade comercial são resíduos, que

podem voltar para a cadeia produtiva

através do processo de logística rever-

sa”, alerta o coordenador de resíduos

da Secretaria Estadual de Meio Am-

biente (Sema), Laerte Dudas.

Segundo a Sema, o Paraná produz

diariamente 20 mil toneladas de resídu-

os. Por ser um Estado agrícola, 50% do

que é jogado nas lixeiras é matéria orgâ-

nica, que pode ser reciclável pela técnica

da compostagem, para fazer um recon-

dicionamento do solo. Os outros 35%

são vidro, plástico, metal e papel. Fa-

zendo as contas, os fétidos lixões a céu

aberto e aterros sanitários poderiam ter

um volume quase sete vezes menor se

esses resíduos fossem reaproveitados. E

isso porque somente os produtos domi-

ciliares são coletados pelas prefeituras e

vão para tais locais. Esse trabalho é pú-

blico e cobrado anualmente por meio do

carnê do Imposto sobre a Propriedade

Predial e Territorial urbana (IPTu).

Os grandes geradores de resídu-

os precisam contratar empresas par-

ticulares que fazem o tratamento e a

destinação correta dos restos. No caso

de Curitiba e Londrina, todos os esta-

belecimentos que geram mais de 600

litros de resíduos por semana devem

fazer o Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos (PGRS), de acordo

com as normas da Política Nacional

do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), Lei Estadual

nº 12.493/99 e mais especificamente as leis mu-

nicipais. Supermercados, shoppings, indústrias,

hotéis, escritórios, bares e restaurantes são poten-

ciais geradores. Talvez nem seriam, se cada um

separasse o próprio resíduo, deixando de misturar

reciclável com orgânico e rejeitos.

O plano inclui medidas gerenciais, educativas

e de responsabilidade sobre a produção, armaze-

namento e destinação final dos resíduos, explica

o instrutor do curso de PGRS do Senac, Everaldo

dos Santos. “O documento fica vinculado à licença

ambiental ou alvará de funcionamento da empre-

sa, o que faz com que seja revisto constantemen-

te. É bem descritivo e deve conter todo o proces-

so gerencial e de manejo dos resíduos”, explica.

O PGRS deve ser elaborado e acompanhado por

profissional ou equipe técnica habilitada, com ca-

dastro nas Secretarias Municipais de Meio Ambien-

te e registrado no conselho de classe pertinente.

Geralmente são consultores externos que fazem o

planejamento e podem ou não acompanhar sua

implantação.

Para que o plano seja efetivado, Everaldo aler-

ta para a necessidade de ter, dentro da própria

empresa, um funcionário responsável por sua ges-

tão. A intensificação da exigência do PGRS nos

dois últimos anos e a tardia preocupação do setor

empresarial com o meio ambiente fez aumentar a

procura pelo curso do Senac. “Uma coisa é elabo-

rar o planejamento, mas não mudar a rotina da

empresa. Ela acaba somente cumprindo o proto-

colo, pois tem dificuldade de exercer o que está ali

descrito”, analisa.

Everaldo conta que os participantes iniciam as

aulas focados no problema, afinal, todas as gran-

des empresas sofrem com rejeitos que produzem.

O treinamento, no entanto, apresenta conceitos

mais amplos, contemplando a política norteadora

do PGRS, que é a dos três Rs: reutilizar, reciclar

e reduzir. “A ideia é que um resíduo passe a ser

usado como matéria-prima novamente. O curso dá

essa noção”, explica o instrutor.

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ReduzirA criação do PGRS, aliado a pro-

gramas de educação ambiental, ga-

rante a redução do volume de lixo que

vai para os aterros, prolongando sua

vida útil. Evita ainda dores de cabe-

ça no futuro decorrentes do passivo

ambiental. Enquanto existir o resíduo,

existe a responsabilidade sobre ele.

Assim, uma empresa que destina

resíduos para um aterro industrial,

em caso de acidente com danos ao

meio ambiente, irá responder pelo

ocorrido por tempo indeterminado.

Na Europa há organizações que hoje

tem que remediar áreas contamina-

das por resíduos de 100 anos atrás.

“Têm empresas preocupadas em

economizar na destinação dos rejei-

tos unicamente a curto prazo, sendo

que daqui alguns anos poderão ter

despesas altas por conta da corres-

ponsabilidade”, alerta a Everaldo.

Diante da preocupação sobre a

destinação final inadequada dos re-

jeitos, o Paraná desenvolveu o Pro-

grama Desperdício Zero, que visa,

principalmente, eliminação de 100%

dos lixões no Estado – existentes

em 181 municípios – e a redução

de 30% dos resíduos gerados. Estas

metas poderão ser alcançadas atra-

vés da convocação de toda socieda-

de, objetivando a mudança de atitu-

de, hábitos de consumo, combate ao

desperdício, incentivo a reutilização,

reaproveitamento dos materiais po-

tencialmente recicláveis através da

reciclagem. “Para reduzir a quanti-

dade de lixo produzida pela humani-

dade é preciso investir em educação.

Só através de medidas sócioeduca-

tivas as pessoas vão aprender a re-

duzir, reciclar e reutilizar”, idealiza

Dudas.

ReciclarO instrutor do Senac re-

lata casos de empresas que

conseguiram um aprovei-

tamento muito próximo da

totalidade dos resíduos ge-

rados, principalmente as da

área comercial. Matéria or-

gânica e rejeitos como papel

e papelão são encaminhados

para a reciclagem, por meio

do sistema de gerenciamento

integrado de resíduos.

Na fabricação do cimen-

to, por exemplo, verificou-se

que é possível substituir o

carvão ou o óleo diesel que

alimentavam os fornos por

borracha vulcanizada. Dessa

forma, para as cimenteiras,

o pneu velho se tornou um

negócio bastante econômico.

A demanda deste material re-

ciclável no Paraná é de três

mil toneladas por mês. No en-

tanto, o Estado produz insufi-

cientes duas mil toneladas. E

por causa de uma resolução

estadual que proíbe a entra-

da de pneus usados vindos

de outras localidades, o que

antes ficava acumulado nos

fundos das borrachas passou

a ter valor comercial.

A construção civil também

utiliza materiais feitos a partir

do entulho de obras. O con-

creto triturado vira brita, o

ferro se torna sucata ferrosa

e a madeira ganha novas for-

mas. A melhor parte disso é o

custo, que chega a ficar um

terço inferior. Este mercado,

inclusive, é um nicho de mer-

cado bem promissor.

ReutilizarO curso do Senac trata não apenas sobre o

destino do que não tem mais serventia, visan-

do minimizar impactos ambientais, mas também

mostra como fazer o aproveitamento dos resídu-

os recicláveis na geração de renda e empregos.

“Todos precisam ter o PGRS. Para as empresas,

representa a sobrevivência. Considerando que já

sofrem com a alta carga tributária, é preciso apro-

veitar ao máximo os recursos disponíveis. Assim,

a organização terá uma fonte adicional de renda

com o que sobrou do seu processo produtivo. O

que antes era um verdadeiro abacaxi, agora traz

lucratividade”, afirma Dudas.

Todos os entes da cadeia têm sua responsabi-

lidade e deveriam cumprir com a logística rever-

sa, sejam indústria, empresas, poder público ou a

população em geral. Na compra de determinado

produto, a pessoa física ou jurídica, atenta ao pós-

consumo, preocupa-se com o que acontece com a

embalagem que protegia aquele bem ou qual será

seu destino depois de utilizado. E aí, na opinião do

técnico da Secretaria Estadual do Meio Ambiente,

está o grande trunfo: o consumidor usa seu poder

de compra para selecionar fornecedores compro-

metidos com os descartes oriundos de seus ne-

gócios. Tal atitude serve até mesmo como um di-

ferencial de mercado

para o produto

comer-

cializa-

do.

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Excelência! Este foi o princí-

pio que norteou as diretri-

zes estratégicas da diretoria

da Federação do Comércio do Paraná

quando da posse, em 2004. De lá para

cá, passaram-se seis anos, e a exce-

lência foi aplicada na representativida-

de do setor comercial, no atendimento

aos sindicatos e à responsabilidade

social, na prestação de serviços e em

modelo de gestão.

Em 2007, os valores para as em-

presas e para sociedade primavam

pela forte presença na interface com

o cliente, no desenvolvimento econô-

mico, social e sindical empresarial vi-

sando ao atendimento dos interesses

e demandas do setor. Para o cumpri-

mento destes anseios, a Federação do

Comércio do Paraná interiorizou suas

ações, elaborou programa de lideran-

ças sindicais e de contribuição sindical,

além das câmaras temáticas, certifica-

ções de origem e digital.

Nestes seis anos à frente do Siste-

ma Fecomércio Sesc Senac, o presidente

Darci Piana, relata a evolução na quanti-

dade de atendimentos do braço social do

Sistema, o Sesc, saltando de 20 milhões,

em 2004, para 38 milhões, em 2009. Na

aprendizagem comercial, Piana também

comemora os números verificados em

horas-aulas ofertadas pelo Senac, pas-

sando, de 351,2 mil h/aulas para 425

mil h/aulas. Outro indicador que revela o

crescimento do Sistema em todo o Esta-

do são as sedes do Sesc, que passaram

de 27 para 35 unidades de serviço e o

Senac, que hoje conta com 27 unidades,

enquanto em 2004 eram apenas 18.

Mas o crescimento em infraestrutu-

ra não pára por aí. Piana informa que

estão previstos investimentos para a

construção, reforma e entrega de uni-

dades nas cidades de Apucarana, Caio-

bá, Cascavel, Cornélio Procópio, Fran-

cisco Beltrão, Ivaiporã, Jacarezinho,

Londrina, Marechal Cândido Rondon,

Medianeira, Paranaguá, Pato Branco,

Ponta Grossa, Toledo, Umuarama,

União da Vitória e a nova sede da Fe-

deração do Comércio, em Curitiba.

Beneficiando diretamente o empre-

sariado, Piana relembra a defensa por

uma menor carga tributária estadual,

que resultou na redução do Impos-

to sobre Circulação de Mercadorias e

Prestação de Serviços (ICMS) de 18%

Evolução do Sistema Fecomércio Sesc SenacNova diretoria da Fecomércio Paraná toma posse para o mandato do período 2010-2014

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 69 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Projetos PrevistosApucarana: SenacCaiobá: SescCascavel: Sesc e SenacCornélio Procópio: SenacCuritiba: Federação do ComércioFrancisco Beltrão: Sesc e SenacIvaiporã: Sesc e SenacJacarezinho: Sesc e SenacLondrina (Cadeião): Sesc e SenacMarechal Cândido Rondon: SenacMedianeira: Sesc e SenacParanaguá: SenacPato Branco: SenacPonta Grossa: SescToledo: SenacUmuarama: SenacUnião da Vitória: Sesc e Senac

Um evento recreativo com cunho competitivo entre oito cidades do Estado do Paraná (Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranavaí, Cascavel, Foz do Iguaçu), nos meses de janeiro e fevereiro, que alia diversas atividades recreativas, sociais, culturais e esportivas, onde os participantes experimentam os benefícios dos efeitos fisiológicos, psicológicos e sociais promovidos pelo Lazer.

Realizado em parceria com Rede Paranaense de Comunicação, tem por objetivo propiciar a organização coletiva dos participantes; integrar pessoas de diferentes faixas etárias; difundir conhecimentos; estimular

a autonomia; incentivar a criatividade e, diante da necessidade, a capacidade de improvisar; construir atitu-des éticas na participação e o respeito coletivo; ampliar noções de planejamento para a resolução de problemas e

enfrentar os desafios com sabedoria e equilíbrio.

para 12% em mais de 95 mil produtos.

Além dos números, Piana enfatiza

que há de ser comemorado alguns dos

novos programas que foram implanta-

dos. Entre eles: Colégio Sesc São José,

Maratona Internacional de Foz do Igua-

çu, Verão Vivo e Programa de Trainees

e novos produtos, como o Programa

Senac de Gratuidade (PSG), Educação a

Distância e Senac na Empresa, que po-

dem ser conferidos no texto abaixo.

Foi em 2007 que o Sesc realizou a pri-meira edição da Maratona Internacional de Foz do Iguaçu Sesc Paraná, anterior-

mente denominada Maratona Inter-nacional das Águas. O percurso de 42

quilômetros é um diferencial em relação às demais maratonas, pois contempla dois pontos turísticos de reconhecimento mundial: as Cataratas do Iguaçu e a Hi-

droelétrica Itaipu Binacional.Paralelamente, acontecem outros três eventos: a corrida de 10 km no Parque Na-cional do Iguaçu; a corrida de 2 km para crianças e jovens; e 4 km de caminhada.

O Programa VarejoMais é uma iniciativa da Fecomércio PR e do Sebrae, que tem o objetivo de melhorar o desempenho das

empresas participantes, de forma a torná-las mais competitivas através da análise e estudo de estratégias de êxito aplicadas em outras instituições.O VarejoMais trabalha formas de aumentar e melhorar a gestão da carreira de clien-tes, como definir novos produtos, serviços

e processos, aprimorar a administração de lojas, e estruturar e motivar equipes de vendas. Realiza missões técnicas nacionais e internacionais. Os empresários partici-pantes percebem que as atividades realiza-das trazem de uma forma rápida e precisa informações voltadas ao setor de varejo.

Em 2009, o Sesc formalizou parceria com a Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus - Colégio São José, dando inicio à oferta de uma educação focada no desen-

volvimento integral do ser humano e que agrega a teoria à empregabilidade para os jovens e trabalhadores do comércio. É um projeto de educação social com bol-

sas de ensino integral, voltado ao comerci-ário e seus dependentes e estudantes de escola pública, ambos de baixa renda.

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 71

O Programa de Geração de Lideranças foi concebido em função da necessidade de formação de novas lideranças para o Sis-tema Fecomércio Sesc Senac. Líderes com visão sistêmica integrada, que conheçam e façam uso de ferramentas de gestão atua-lizadas e adequadas às necessidades insti-

tucionais, além de referenciais teóricos que dêem embasamento às suas ações. O programa foi desenvolvido por meio de sistema modular de ensino, com assesso-ria interna e externa, estágios na adminis-tração, em todas as áreas e em Unidades de Serviço.

O Programa Senac de Gratuidade

(PSG) é resutlado de um acordo

estabelecido entre a instituição e o

Governo Federal. É um incentivo à

qualificação profissional para pes-

soas de baixa renda, ampliando as

possibilidades de inserção, re-inser-

ção ou permanência no mercado de

trabalho.

A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que tem crescido continuamente no Brasil, dando a oportunidade que o alu-no invista em seu aprimoramento profissio-nal, tornando-se autônomo e gerenciador do seu próprio estudo.

Na EaD, o tempo é otimizado e as ativida-des realizadas são distribuídas conforme a disponibilidade do aluno. Além disso, o conhecimento ultrapassa as fronteiras do espaço geográfico, chegando a grupos da população que, por razões diversas, têm dificuldades de acesso à educação.

O Senac Paraná apresenta uma opção personalizada para a corporação que quer investir na educação de seus fun-cionários. O programa Senac na Em-presa oferece uma grande variedade de cursos, que podem ser ministrados em qualquer ponto do estado, além de consultoria e assessoria. Carga horária, conteúdo, datas, horários e locais para

as aulas são flexíveis e programados para se adequar às necessidades da empresa.O Senac na Empresa oferece ainda a competência de uma equipe de técnicos especializados em identificar necessi-dades e apresentar soluções eficientes para o desenvolvimento de pessoas e organizações.

Programa de geração de Lideranças

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Nova DiretoriaDurante a 114ª reunião da Feco-

mércio Paraná, realizada em junho,

por efeito estatutário, houve a posse

oficial da nova diretoria da Federação

do Comércio do Paraná. Os membros

da diretoria que já vinham dirigindo os

destinos da entidade foram recondu-

zidos aos seus cargos e reassumiram

o compromisso de respeito às leis vi-

gentes e a busca constante pelo cres-

cimento da instituição, dos sindicatos

e entidades representadas.

Os integrantes da nova diretoria

terão uma gestão de 2010 a 2014 e

com o objetivo principal, defendem a

representação legal das empresas do

comércio de bens, serviços e turismo

perante os poderes instituídos, em

seus três níveis, Legislativo, Executivo

e Judiciário, bem como perante a so-

ciedade como um todo.

72 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

O presidente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac, Darci Piana, ressaltou

durante a prestação de contas de todo

o seu mandato iniciado em 2004, as

ações que foram desenvolvidas atra-

vés de um trabalho de equipe. “Ve-

rificamos uma dedicação incansável

deste grupo, em benefício de 440 mil

empresas, 1.680.000 trabalhadores e

do bem-estar da sociedade paranaen-

se”, disse Piana.

A diretoria da Fecomércio Paraná é

integrada por 73 membros efetivos e

33 suplentes. Entre as ações que ca-

bem à diretoria, estão coordenar as

câmaras setoriais de autopeças, far-

mácias e de material de construção;

as empresarias de turismo e da mulher

empreendedora e gestora de negócios

e do comércio exterior.

o presidente darci piana apresenta os projetos realizados e a realizar na assembleia da fecomercio

S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R 73 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Presidente: darci Piana1º Vice-Presidente: Ari Faria Bittencourt2º Vice-Presidente: Gumercindo Ferreira dos Santos Júnior3º Vice-Presidente: João Inácio Kreuz4º Vice-Presidente: Luiz Carlos Borges da Silva5º Vice-Presidente: Edenir Zandoná Júnior6º Vice-Presidente: José Alex Gonçalves Figueira7º Vice-Presidente: César Luiz Gonçalves 8º Vice-Presidente: Neuri Nilo Garbin9º Vice-Presidente: Carlos Rodrigues do Nascimento10º Vice-Presidente e Conselho do Comércio Atacadista: Luiz Sérgio Wozniaki11º Vice-Presidente e Conselho do Comércio Varejista: Pedro Joanir Zonta12º Vice-Presidente e Conselho de Agentes Autônomos: Paulo César Nauiack13 º Vice-Presidente e Conselho de Assuntos do Mercosul: Plínio Destro 14º Vice-Presidente e Conselho de Turismo: Luiz Fernando Mamede Mendes15º Vice-Presidente e Conselho de Mediação e Arbitragem: Maria Deli Medeiros de MedeirosDiretor 1º Secretário: Segismundo MazurekDiretor 2º Secretário: Valdeci Aparecido da SilvaDiretora 3ª Secretária: Nájila NabhanDiretor 1º Tesoureiro: Umberto Marineu Basso Diretor 2º Tesoureiro: Nelson José BizotoDiretor 3º Tesoureiro: Roberto Hernando Barco Diretor para Assuntos Sindicais: Aroldo Eitel SchultzDiretor para Assuntos Sindicais: Nicolau Bulgacov JúniorDiretor para Assuntos Sindicais: Zildo CostaDiretor para Assuntos Sindicais: Oscar Dirceu Bühler Diretor para Assuntos Sindicais: Ciro Conte ChioquettaDiretor para Assuntos Sindicais: José Canisso Diretor para Assuntos de Relações do Trabalho: Francisco LeiteDiretora para Assuntos de Relações do Trabalho: Cristiane Boiko Rossetim Diretor para Assuntos de Relações do Trabalho: Luiz Gonzaga Fayzano NetoDiretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Abrão José MelhemDiretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Francisco Paulo José MinoliDiretor para Assuntos de Relações de Trabalho: Cláudio Roth Diretor para Assuntos Tributários: Everton CalamucciDiretor para Assuntos Tributários: Amaro Fernando José PakowskiDiretor para Assuntos Tributários: Gélcio Miguel SchibelbeinDiretor para Assuntos Tributários: Sidney CatenaciDiretor para Assuntos Tributários: Armando Hamud HamudDiretor para Assuntos Tributários: Carlos Cesar Rigolino JuniorDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Adilson Emir dos SantosDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Valter da Silva BarrosDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Paulo Celso BarbosaDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Uzier de CarvalhoDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Nelcir Antônio FerroDiretor para Assuntos de Desenvolvimento Comercial: Claudinei HerreiroDiretor para Assuntos de Crédito: Takeshi MaedaDiretor para Assuntos de Crédito: Nivaldo WengrynovskiDiretor para Assuntos de Crédito: Jefferson Proença TestaDiretor para Assuntos de Crédito: Said Jacob JúniorDiretor para Assuntos de Crédito: Enéas dos Santos BrumDiretor para Assuntos de Crédito: João Odorico de SouzaDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Marino PoltronieriDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Mário Luiz SzpakDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Luís Carlos FavarinDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Antonio Edson GruberDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Antônio Carlos ParietiDiretor para Assuntos de Relações de Consumo: Hélcio KronbergDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Saul Chuny ZugmannDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Eduardo Rubens de AndradeDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Alceu Ribeiro

Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Osnei José Simões Santos Diretor para Assuntos de Comércio Exterior: Carlos Antônio Amaral MonteiroDiretor para Assuntos de Comércio Exterior: Danilo TombiniDiretora para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Liliana Ribas TavarnaroDiretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Márcio Américo StriniDiretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: Luiz Valdir NardelliDiretor para Assuntos de Habitação e Imobiliário: José Paulo Celles COnseLHO FisCALMembro Efetivo do Conselho Fiscal: Wanderley Antônio Nogueira Membro Efetivo do Conselho Fiscal: Agostinho Francisco SabadinMembro Efetivo do Conselho Fiscal: Francisco Macedo MachadoMembro Suplente do Conselho Fiscal: Horst Adelberto WaldraffMembro Suplente do Conselho Fiscal: Omar Rachid Fatuch

diretOriA sUPLenteSuplente de Diretoria: Sandro Augusto Sabadin Suplente de Diretoria: Itacir GrandoSuplente de Diretoria: Paulo Cezar Pereira Gruber Suplente de Diretoria: Hélcio CerqueiraSuplente de Diretoria: Diógenes Kuczynski Szpak Suplente de Diretoria: Nasser HamoudSuplente de Diretoria: Renê Rodrigues Pereira Suplente de Diretoria: Lauro ColomboSuplente de Diretoria: David Guntowski Suplente de Diretoria: Edmar de Souza ArrudaSuplente de Diretoria: Zulfiro Antonio Bósio Suplente de Diretoria: Voldisnei Krisanowski BarbosaSuplente de Diretoria: Milton Silvério Pennacchi Suplente de Diretoria: Myron SalingSuplente de Diretoria: Aldo Burin Suplente de Diretoria: Heitor Bolela JuniorSuplente de Diretoria: Yuri do Carmo Barbosa Lima Suplente de Diretoria: Ari dos SantosSuplente de Diretoria: Elcio Henrique Coninck Ribeiro Suplente de Diretoria: Elie Saba MouchbahaniSuplente de Diretoria: João Antonio dos Anjos Suplente de Diretoria: José Maximino GorskiSuplente de Diretoria: Luís Felipe Zafaneli Cubas Suplente de Diretoria: Osvaldo Nascimento JúniorSuplente de Diretoria: Jacir Furtado de Souza Guerra Suplente de Diretoria: Alexandre Tavares de AndradeSuplente de Diretoria: Mário Takinami Suplente de Diretoria: João Francisco Zafaneli CubasSuplente de Diretoria: Edison Luiz Barbosa CubasSuplente de Diretoria: Antônio Augusto EstevesSuplente de Diretoria: Vilmar de Souza Dias Suplente de Diretoria: Antônio BareaSuplente de Diretoria: Elione Rodrigues de Freitas deLeGAdOs rePresentAntes JUntO AO COnseLHOdA COnFederAÇÃO nACiOnAL dO COMÉrCiO – CnC Efetivos: Darci Piana Ari Faria BittencourtSuplentes: Paulo César Nauiack Wanderley Antônio Nogueira

DIRETORIA EFETIVAGestão 2010-2014

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74 S I S T E M A F E C o M É R C I o S E S C S E N A C P R m a i o | j u n h o 2 0 1 0

O Senac Londrina e o Sindi-

cato dos Salões de Cabeleireiros,

Institutos de Estado do Paraná

(Sincap) trouxeram a Londrina,

o ex-BBB Dicesar. O participan-

te da 10ª edição do Big Brother

Brasil ministrou o curso de Atua-

lização em Maquiagem, nos dias

5 e 6 de julho.

Este foi o primeiro curso que

Dicesar, maquiador profissional

há 20 anos, realizou no Paraná.

O convite partiu de uma visi-

ta que o ex-BBB fez ao Senac,

acompanhado de sua mãe, que

já foi aluna da instituição.

De acordo com o presidente

do Sincap, Antônio Carlos Pa-

rieti, a vinda do “ex-brother” a

Londrina foi bastante positiva,

porque Dicesar possui grande

conhecimento em maquiagem

e, por ser uma personalidade,

estimula os profissionais de be-

leza a se aperfeiçoarem.

Durante o curso, com car-

ga horária de 15 horas,

Dicesar demonstrou todo

seu talento com pincéis e

cosméticos, além de fa-

lar das novas técnicas

de maquiagem e lan-

çamentos de produtos.

Senac Londrina realiza curso de maquiagem com ex-BBB Dicesar

Paulo Cruz se despede, após 32 anos de Sesc Paraná

Em seu penúltimo dia na insti-

tuição, o ex-diretor regional do Sesc

Paraná, Paulo Cruz recebeu homena-

gem dos colaboradores do Sistema

Fecomércio Sesc Senac. Depois de 32

anos, ele deixou o cargo na entidade

no dia 30 de junho para atuar na ini-

ciativa privada.

Emocionado, o ex-diretor já sen-

te falta da equipe de colaboradores

da instituição. “Construí minha vida

nesta entidade, meus filhos cresce-

ram enquanto eu estava aqui. Hoje,

carrego o sobrenome Sesc”, afirmou.

Ele, ao se desligar da entidade, des-

tacou e reconheceu o trabalho de to-

dos em equipe ao dizer que ninguém

faz nada sozinho.

Cruz ressaltou os importantes

amigos que fez na casa e salientou

que foi gratificante crescer profissio-

nalmente ao longo desses anos. “Fui

feliz a cada dia no Sesc. Saio com tris-

teza de deixar uma entidade a qual

acredito, mas tranquilo porque ficará

em boas mãos, nas mãos de todos

vocês”, ponderou. O ex-diretor acei-

tou a proposta de gerir uma entidade

renomada de ensino. “Não tive como

dizer não. Tenho 60 anos e esse é um

passo importante na minha carreira”.

O diretor da Divisão Administrati-

va e Financeira do Sesc Paraná, Odair

Pereira, prestou homenagem às vés-

peras da saída do diretor. Pereira res-

gatou momentos marcantes de Cruz

na instituição ao longo dos 32 anos.

Contou aos colaboradores como veio

para o Sesc, seu início na carreira e

destacou ações importantes dele para

o crescimento da instituição. “Consi-

deramos o Cruz um incentivador, uma

pessoa humilde, com facilidade para

reconhecer erros, um verdadeiro par-

ceiro”, afirmou o colega.

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