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GOGGLEBOX MAGAZINE Procrastinação Por que você não consegue ser mais produtivo e o que pode ser feito a respeito Cenas emblemáticas do cinema que foram improvisadas Como os surdos pensam Entrevista com Ziad Fazah, o homem que fala 59 línguas Fotos impressionantes em superzoom edição nº 1 novembro/2012

Revista Gogglebox nº 1

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Esta revista é derivada do blog Gogglebox (goggleboxblog.blogspot.com.br), que nasceu como uma atividade das minhas aulas de Laboratório de Comunicação Digital na universidade.Aqui você encontrará curiosidades. Informações de temas variados, mas que têm em comum o fato de serem inusitadas e despertarem essa peculiar característica humana, a curiosidade. Transitaremos por assuntos como Tecnologia, Cultura Pop, Sociologia, Psicologia, Literatura, História, Cinema, TV, Filosofia, Internet, Astronomia e Neurologia. Muita pretensão? Não, não mesmo. Aqui aspiro apenas satisfazer a curiosidade de leigos, como eu. Com base em informações de especiallistas, é claro.

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GOGGLEBOXM A G A Z I N E

ProcrastinaçãoPor que você não consegue ser mais

produtivo e o que pode ser feito a respeito

Cenas emblemáticas do cinema que foram

improvisadas

Como os surdos pensam

Entrevista com Ziad Fazah, o homem

que fala 59 línguas

Fotos impressionantes em superzoom

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º 1

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2012

Olá, caro leitor. Meu nome é Isabela Cabral. Tenho 19 anos e sou estudante de Comunicação Social na PUC-Rio. Esta revista é derivada do blog Gogglebox (gog-gleboxblog.blogspot.com.br), que nasceu como uma atividade das minhas aulas de Laboratório de Comunicação Digital na universidade. Aqui você encontrará curiosidades. Informações de temas variados, mas que têm em comum o fato de serem inusitadas e despertarem essa peculiar caracter-ística humana, a curiosidade. Transitaremos por assuntos como Tecnologia, Cul-tura Pop, Sociologia, Psicologia, Literatura, História, Cinema, TV, Filosofia, Internet, Astronomia e Neurologia. Muita pretensão? Não, não mesmo. Aqui aspiro apenas satisfazer a curiosidade de leigos, como eu. Com base em informações de especial-istas, é claro. Por que “Gogglebox”? O nome se deve à minha fixação pela série britânica Doctor Who. Se você também é fã, mas não conhece o termo, não se preocupe. Em busca do título, pensei logo em recorrer ao enorme universo da série, então fui à Wiki TARDIS. Lá me deparei com “gogglebox”, definido como um sistema de acesso que permite aos visitantes que visualizem todos os eventos gravados da história da raça humana. Achei adequado! Isso, no entanto, não aparece na série de TV em si, apenas em episódios especiais de áudio. Seja bem-vindo!

Isabela [email protected]/isabelacabral

Redação & Projeto gráfico

Sobre

1 Vários dos filmes da Pixar escondem referên-cias a longas da casa que estão ainda por vir. Exemplos: Nemo como um brinquedo de Bo

em Monstros S.A., o Luigi de Carros passando rapi-damente em Procurando Nemo, a sombra do cão Dug de Up em Ratatouille e o robô WALL-E guardado em uma garagem em Os Incríveis. Fique de olho, a próxima novidade da Pixar pode ser qualquer objeto em cena nas últimas animações que você assistiu!

2 George Lucas vendeu a Pixar para Steve Jobs por apenas US$5 milhões. A empresa foi criada nos anos 70 como parte do império Lucasfilm,

sendo responsável por efeitos especiais. Em 1986, a Pixar foi vendida para o co-fundador da Apple por uma quantia que hoje soa irrisória, dado o sucesso que ela se tornaria e o fato de que foi vendida para a Disney por US$7,4 bilhões em 2006.

3 Há uma referência à pizzaria fictícia Pizza Planet - vista pela primeira vez no primeiro longa-metragem da Pixar, Toy Story - em cada

Desde o lançamento de Toy Story nos anos 90, a Pixar vem encantando crianças e adultos com suas animações de excelência técnica e de roteiro. A bem sucedida companhia e seus filmes são cercados de fatos interessantes. Conheça dez deles.

#entretenimento

10 coisas que você não sabia sobre a Pixar

uma das animações da empresa. Inclusive no recen-te Valente, que se passa no século X.

4 Os computadores utilizados no desenvolvim-ento de Carros, de 2006, eram mil vezes mais rápidos do que aqueles utilizados para Toy

Story onze anos antes. Imagine os atuais! O avanço gráfico é notável ao longo das treze animações lan-çadas pela Pixar até hoje.

5 Um dublador está em todos os filmes. A voz do ator John Ratzenberger, mais conhecido pela série dos anos 80 Cheers, já é considera-

da pela Pixar como um amuleto da sorte, então eles sempre acham um papel para ele. John é P.T. Pulga em Vida de Inseto, Mack em Carros, O Abominável Homem das Neves em Monstros S.A., e o Cardume em Procurando Nemo, entre outros.

6 Procurando Nemo, que segue as aventuras do peixe-palhaço Nemo, seu pai e seus amigos, é o DVD mais vendido de todos os tempos, com

mais de 40 milhões de cópias.

7 “Pixar” não é um acrônimo. O antigo design da logo confundia. O mistério da origem do nome foi solucionado por Karen Paik e Leslie Iwerks

na biografia To Infinity and Beyond! De acordo com os autores, o co-fundador Alvy Ray Smith sugeriu “Pixer”, um verbo inventado em espanhol que sig-nifica “fazer imagens”. Seu colega Loren Carpenter preferiu misturar o final de “radar” para dar um toque high-tech. Assim nasceu o nome “Pixar”.

8 Os movimentos das mãos do gafanhoto Hop-per em Vida de Inseto foram modelados com gestos de Steve Jobs, chefe da Apple e produ-

tor da Pixar na época da produção do filme.

9 Bill Murray foi seriamente considerado para a voz de Buzz Lightyear em Toy Story, mas Tim Allen foi quem ficou com o papel simples-

mente porque Murray perdeu o número de telefone dos produtores.

10 Toy Story divide com um filme brasileiro a disputa pelo título de primeiro longa-metragem de animação inteiramente

digital. Toy Story foi lançado no fim de 1995 e Cas-siopeia, da NDR Filmes, no início de 1996. Porém, há uma polêmica que gira em torno dos critérios para estabelecer o que é um filme inteiramente digital. A qualidade da animação da Pixar é indiscutivelmente superior e, como é de se esperar, essa discussão não tem muito espaço fora do Brasil.

FONTE skymovies.sky.com; omg-facts.com; movies.about.com; wikipedia.org

As capitais das séries de TV#entretenimento

O pessoal do blog Ligado em Série confeccionou um mapa especial para os viciados em séries de TV. Ele mostra onde se passam os mais famosos seriados americanos dos últimos tempos. São mais de 100 produções!

#entretenimento

Por que os piratas usavam tapa-olho?

Kubrick e o ponto de fuga central

O tapa-olho não era apenas um acessório usado pelos piratas para deixá-los com cara de mau.

Ele também tinha utilidade na vida no mar. No oceano, a luz do sol é ampliada, então o navegante poderia levar alguns minutos até se aju-star à escuridão quando fosse para debaixo do con-vés do navio. O tapa-olho ajudava justamente nessa transição. Com o acessório, ele só precisava trocar de olho coberto, passando a utilizar o que já havia ficado no escuro por algum tempo. Não apenas piratas usavam tapa-olho. Marin-heiros em geral se aproveitavam do recurso para se acostumar ao escuro debaixo do convés.

FONTE omg-facts.com

Stanley Kubrick é um destes diretores que deixam suas assinaturas em seus filmes. Uma caracter-

ística marcante é o largo uso do ponto de fuga cen-tral, em que ele foca em um único personagem ou

FONTE vimeo.com/kogonada

objeto, bem no centro da tela. Cria-se uma sensação de que estamos presos na cena, e não apenas a as-sistindo. Confira uma reunião de vários exemplos da incomum simetria das obras de Kubrick.

#entretenimento

Cenas improvisadas inesquecíveis do cinema

Às vezes, os atores fogem do roteiro e improvisam falas e ações ao filmarem sua cenas. Um ator bem imerso no personagem pode conseguir tiradas muito orgânicas. Vários momentos excelentes do cinema surgiram assim. Confira dez delas a seguir.

Os Suspeitos (1995) Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008)

As ações de Heath Ledger enquanto a explosão era interrompida não estavam no roteiro.

A entrega da fala “Me dê a porra das chaves” foi im-provisada pelos cinco atores.

O Iluminado (1980)Laranja Mecânica (1971)

Stanley Kubrick estava insatisfeito com a versão do roteiro da cena, então Malcolm McDowell começou a cantar “Singing in the Rain”. Kubrick imediatamente adquiriu os direitos da música.

“O Johnny está aqui!” foi um improviso de Jack Nich-olson. Ele tirou a ideia do programa de TV The To-night Show Starring Johnny Carson.”

#entretenimento

O Poderoso Chefão (1972)

Só disseram para Robert De Niro falar com o espe-lho. A fala “Tá falando comigo?” é de autoria dele.

“Deixe a arma” estava no roteiro, mas “Pegue o can-noli” não.

Cães de Aluguel (1992)Star Wars: Episódio V - O Império Contra-Ataca (1980)

O famigerado “Eu sei” em resposta ao “Eu te amo” da Princesa Léia foi por conta de Harrison Ford.

Não disseram o que Michael Madisen devia fazer com a orelha. Todos os movimentos e diálogos foram improvisados.

O Resgate do Soldado Ryan (1998)

O “hssss” de Hannibal, um dos sons mais famosos do cinema, foi adicionado na hora por Anthony Hopkins.

A história contada pelo personagem de Matt Damon foi toda improvisada por ele.

Taxi Driver (1976)

O Silêncio dos Inocentes (1991)

FONTE mewlists.com

#entretenimento #mente&cérebro

Os personagens do Ursinho Pooh representam distúrbios psicológicos

O desenho Ursinho Pooh aparentemente é uma inocente história infantil: um garoto vive em uma bela floresta cercado por seus leais ami-

gos animais. Porém, publicações médicas canadens-es sugerem um mundo não tão colorido assim. Inicialmente um livro escrito por A. A. Milne em 1926 e mais tarde adquirido pela Disney, o Ursinho Pooh se tornou uma das mais bem sucedi-das histórias infantis de todos os tempos. No entan-to, especialistas do Canadian Medical Association Journal analisaram a série a fundo e encontraram uma floresta onde problemas psicossociais e de de-

senvolvimento neurológico passam despercebidos. Há enormes insinuações de que cada personagem foi concebido como a representação de pelo menos um distúrbio psicológico diferente. O Tigrão tem um nível severo de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o Leitão sofre de ansiedade, o Coelho tem Trans-torno de Personalidade Narcisista, o Corujão tem Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o burro Ió é altamente depressivo, e Pooh, por fim, tem TDAH, Borderline, distúrbios alimentares e possivelmente um vício! FONTE cmaj.ca

#entretenimento #mente&cérebro

Os vampiros da vida real

De Drácula a True Blood, passando por Nos-feratu e Entrevista com o Vampiro, os vampiros figuram entre as criaturas mais

retratadas no cinema, na literatura e na TV. O que muita gente não sabe é que existe algo parecido com o vampirismo no mundo real. De acordo com uma publicação do Journal of the History of the Neuro-sciences de 2011, a Síndrome de Renfield é uma compulsão por beber sangue. Também chamada de “vampirismo clínico”, a síndrome atinge mais homens do que mulheres e tem forte ligação sexual. As pessoas diagnosticadas tendem a se sentir poderosas após beber o sangue de seus parceiros sexuais, acreditando que ele tem poderes místicos. Para eles, é como se estivessem drenando as forças vitais da vítima. A Síndrome de Renfield progride em três es-tágios. Primeiro, há o auto-vampirismo, o ato de be-

ber seu próprio sangue. Em seguida, a zoofagia, que consiste em comer animais vivos ou beber o sangue dos mesmos. E, por fim, o consumo do sangue de seres humanos vivos. Alguns pacientes mantêm re-lações sexuais consensuais em que a retirada e a in-gestão de sangue estão envolvidas, e outros roubam de hospitais e laboratórios. Os mais violentos recor-rem ao estupro ou assassinato para satisfazer seus impulsos. Mas o que acontece com alguém que bebe sangue? Se ingerido em grandes quantidades, pode levar a doenças cardíacas, insuficiência hepática e câncer. O sangue é rico em ferro, que, em altas doses, é tóxico, causando a hemocromatose. Sem tratamen-to, ela pode ser fatal. É, infelizmente, o vampiro da vida real não tem o bônus da eternidade. Trata-se só da parte ruim. FONTE huffingtonpost.com

#mente&cérebro

Você sabe o que é saturação semântica?

FONTE philosophistry.com; wikipedia.org

Você repete uma palavra exaustivamente e, de re-pente, ela para de fazer sentido. Essa estranha

sensação já deve ter acontecido com você. Se não, faça o teste agora mesmo: escolha qualquer pala-vra e a diga em voz alta continuamente. Lá pela 20ª ou 30ª vez, ela será apenas um som sem sentido por algum tempo. O fenômeno se chama saturação semântica (ou saciação semântica). O termo apareceu pela primeira vez em 1962, na tese de doutorado do canadense Leon Jakobovits James, na Universidade de McGill, em Montreal. (Va-mos à explicação, em que, ironicamente, serei ob-rigada a repetir algumas palavras excessivamente.) Segundo ele, a repetição verbal ativa repetidamente um padrão neural específico no córtex, correspon-dente ao significado da palavra. A repetição rápida faz com que a atividade sensório-motora periférica e a ativação neural central disparem repetidamente. Isso causa a inibição reativa e, consequentemente,

Como os surdos pensam

Nós temos uma espécie de voz interna, que con-duz o pensamento em nossa língua materna.

Mas você já imaginou que isso é diferente em pes-soas com deficiência auditiva? O modo de pensar de quem é surdo varia de caso para caso, de acordo com o nível de perda auditiva e treinamento oral. Aqueles que nasceram completamente surdos e apre-nderam apenas uma língua de sinais pensam por meio dela. Os que aprenderam, com treinamen-to oral, também a falar, pensam às vezes na língua falada. Seus cé-rebros simplesmente imaginam como ela soa. Mas a forma prin-cipal é a língua de sinais mesmo. Assim como um ouvinte escuta sua própria voz em sua mente, um indivíduo completamente surdo vê ou sente a si mesmo fazendo os sinais conforme

“fala” dentro de sua cabeça. Já as pessoas com deficiência auditiva parcial, ou que usam algum aparelho que as permite ouvir

em algum nível, usam linguagem oral em suas vozes interiores na proporção em que são capazes de escutar. Curiosamente, a surdez tem efeito muito maior no cérebro do que a cegueira. Não que os dos deficientes auditivos sejam dife-rentes em termos de capacidade. É que a linguagem é parte crucial do funcionamento do cérebro hu-mano. É muito importante que ele tenha alguma forma de linguagem para usar numa voz interior com a qual irá se guiar. Pesquisas recen-

tes mostram que a linguagem tem função absoluta

FONTE todayifoundout.com

uma redução da intensidade da atividade a cada repetição, levando à perda de sentido.

#mente&cérebro

Os sons mais irritantes

FONTE io9.com

Existem sons que nos fazem nos contorcermos, fazer caretas e tampar os ouvidos. Mas será qual

é o pior de todos? Pesquisadores da Universidade de Newcastle e da Universidade de Londres estão tentando descobrir quais sons são os mais odiados pelos nossos cérebros. Os pesquisadores utilizaram ressonância magnética funcional (fMRI, na sigla em inglês) para examinar a atividade da amígdala, que processa rea-

ções emocionais, e a audição em resposta a 74 sons diferentes. Abaixo está a lista dos 10 considerados mais desagradáveis pelos voluntários. O propósito da pesquisa não é só esse. Os cientistas acreditam que, por meio do uso de tec-nologia fMRI para verificar reações do cérebro a estímulos auditivos, podem descobrir mais sobre condições clínicas que causam baixa tolerância ao som, como hiperacusia, misofonia e autismo.

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Faca em uma garrafaGarfo em um copoGiz em um quadro negroRégua em uma garrafaUnhas em um quadro negroGrito femininoRebarbadoraFreios em um ciclo de guinchoChoro de bebêFuradeira elétrica

Não escutei, estou sem óculos!

FONTE hypescience.com; suamente.com.br; Superinteressante

Este pode ser o momento em que você, míope, descobre que um estranho fenômeno não é lou-

cura sua e também ocorre com outras pessoas. Tra-ta-se da diminuição da capacidade auditiva de uma pessoa com problemas de visão enquanto está sem suas lentes corretivas. Existem ao menos duas expli-cações propostas pelos especialistas.

Lawrence Rosenblum, professor da faculdade de psicologia da Universidade da Califórnia, atribui o problema à integração existente entre nossos sen-tidos. Para escutar alguém, usamos, obviamente, a audição em primeiro lugar, mas também nos aproveitamos bastante da leitura labial. Então faz sentido que a compreensão da fala de outra pessoa por alguém míope seja prejudicada caso o segundo esteja sem óculos. Outra hipótese é a do direcionamento de con-centração. Se quem fala se encontra em uma zona de visão imprecisa para o observador, devido a seu problema visual, o último forçará a visão. Enquanto esse esforço aumenta a concentração visual, tam-bém diminui a concentração auditiva. Com os ócu-los, ele descansa a visão e é capaz de ouvir melhor.

#mente&cérebro

A ciência dos sotaques

Perceber que alguém fala de um jeito diferente da gente é muito fácil. O sotaque denuncia imediatamente que certo falante é de outro

local. Pode ser um falante não-nativo da língua. Pode ser alguém de outro estado. Pode ser alguém de uma cidade vizinha. É incrível como uma língua pode ter variações de entonação e pronúncia, dando forma ao que chamamos de sotaque. Para entender um pouco mais sobre ele, vamos por tópicos...

Sotaque perigoso

Infelizmente, ainda acompanhamos casos de pre-conceito regional, e o sotaque, ao identificar um grupo de pessoas, pode dar abertura ao episódio de discriminação. Em um nível e contexto diferente, vemos o mesmo em tempos mais remotos. Na Bíblia, uma tribo vitoriosa usava o fato de que seus inimi-gos não conseguiam pronunciar a palavra “shibbo-leth” corretamente para identificá-los e assassiná-los.

Animais também têm sotaques

Nós, humanos, não somos os únicos. Cabras balem com sotaques diferentes, de acordo com onde vivem. Gibões uivam de formas diferentes, dependendo dos grupos em que foram criados. Existem até pesquisa-dores especializados em sotaques de pombos.

Quando os sotaques começam?

Bebês nascem com a ha-bilidade de fazer qualquer tipo de som. Por exemplo, se uma criança cresce em um ambiente em que duas línguas são faladas regular-mente, ela vai aprender a falar ambas perfeitamente. Em algum momento, porém,

nós perdemos a capacidade de produzir certos sons e, antes disso, perdemos a capacidade de escutá-los.

A arte de “pegar” sotaques

Não sei vocês, mas eu tenho a irritante mania de ab-sorver sotaques. Trinta minutos conversando com um gaúcho e eu, do Rio de Janeiro, já estou deixan-do de chiar meus S’s. Ok, eu sou um caso sério. Mas muitas pessoas que se mudam para um novo local se deparam com essa transformação em seus modos de falar. Ou então o mesmo ocorre em uma viagem de alguns dias ou semanas. Há explicação para o fenô-meno. Estudos revelaram que imitar o sotaque do interlocutor facilita o entendimento do que ele está dizendo. Se uma pessoa tem ideia das diferenças na pronúncia, seu cérebro precisa de menos poder de processamento para entender o que está sendo dito, então a troca verbal se torna mais fluida.

Simulando sotaques

É difícil um sotaque mudar completamente. Imita-ções são só imitações. Ao simular um sotaque, uma pessoa depende da memória de como alguém fala. Sotaques têm mais a ver com a posição em que se-guramos a boca e a língua. Quem quer aprender a fazer um sotaque deve dispor de tempo e atenção, além de praticar com alguém para sinalizar se está

no caminho certo ou apenas ridículo. Qualquer um pode treinar seu cérebro para ou-vir os sons certos e sua boca para reproduzi-los. Alguns atores fazem isso muito bem. O britânico Hugh Lau-rie é um ótimo exemplo: como House, ninguém diz que ele não é americano. E Idris Elba faz tanto sotaque americano genérico quanto regionais.

FONTE io9.com

#mente&cérebro

Entendendo a procrastinação

Sejamos honestos: você provavelmente está lendo essa revista para evitar outra tarefa. Procrastinando para aprender a parar de pro-

crastinar. Mas o relógio está andando. Então por que você aparentemente não consegue parar? Apesar das causas psicológicas ainda serem debatidas, há uma tendência humana de superes-timar ou subestimar o valor de uma recompensa com base em sua proximidade no tempo. Isso é fre-quentemente chamado de ‘desconto temporal’. Por exemplo: se oferecessem a você 100 dólares hoje ou 110 daqui a um mês, você provavelmente iria pegar os 100 e sair correndo. Mas se oferecessem 100 dólares daqui a um ano ou 110 daqui a um ano e um mês, de repente você pensaria que se pode esperar

terminar relatório

checar dispensa,

fazer lista e ir ao

supermercado

fazer tarefa do curso de

alemão:pág 42 4, 5 e 6

TEMPO

FATO

R D

E D

ESC

ON

TO 1.0

0.8

0.6

0.4

0.2

O disconto hiperbólico

Entendendo a procrastinação

um ano, pode esperar mais um mês. Mas as diferenças de tempo e valor são exatamente as mesmas em cada exemplo. Acontece que a motivação humana é altamente influenciada por o quão iminente se percebe a recompensa, ou seja, quanto mais longe a recompensa está, mais você desconta seu valor. Isso é frequentemente chamado de “viés presente” ou “desconto hiperbólico”. Por-tanto, estar no Facebook, Reddit, Twitter ou Youtube é mais recompen-sador do que uma nota perfeita em sua prova, até que a proximidade temporal aumenta o valor de uma nota boa e você vira a noite estu-dando desesperadamente. Para completar, toda vez que algo agradável acontece, você recebe uma dose de dopamina, o que altera os neurônios no seu cérebro, fazendo com que você tenda a repetir o comportamento. O problema é que vídeo games ou navegar na internet proporcionam recompensas pequenas, rápidas e contínuas, diferente do seu dever de casa, que é uma pequena recompensa futura.

Então como superar o impulso natural de adiar tantas tarefas? Infelizmente, não existe apenas uma solução. Mas tente recompensar a si próprio em intervalos, com um lanche, internet ou outras atividades divertidas. A técnica Pomodoro usa um cronômetro. Trabalhe direto por 25 minutos e, quando terminar, se recompense com uma pausa de 5 minutos. E aí inicie novamente o relógio. Aumentar gradualmente a quanti-dade de trabalho vai melhorar seu funciona-mento executivo de alto nível. Reconhecendo sua procrastinação, seu eu futuro vai procras-tinar. Já foi provado que criar um prazo dis-pendioso auto-imposto é uma forma eficaz de gerenciar seus hábitos de trabalho, mas os prazos impostos externamente são ainda mais eficientes. Além disso, tente apreciar o processo de realizar algo. Ao invés de ficar pensando ‘só mais 20 minutos de tortura’, tente pensar ‘estou fa-zendo algo ótimo’ ou ‘adoro ser produtivo’. Do mesmo modo, faça uma lista

dos motivos pelos quais você quer completar o objetivo. Reforçar que você quer fazer aquilo minimiza a indecisão. Muitas vezes a procrastinação é o sintoma, não a causa. E o poder de ser motivado adequadamente pode te levar longe. Finalmente, se você puder, remova as tentações. Desligue a internet, desinstale seus jogos favoritos ou trabalhe em outro local. Colocar obstáculos no caminho das suas ferramentas de procrastinação pode ser um excelente truque para te manter nos trilhos.

FON

TE yo

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Asa

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IEN

CE

E como faz?

Adoro ser produtiva!

Oh não, mais 20 minutos de tortura!

#mente&cérebro

Curiosidades sobre o sono

#corpohumano

Pessoas que dormem de 6 a 7 horas por dia têm uma expectativa de vida maior do que aqueles que dormem 8 horas.Baleias e golfinhos dormem pela metade. Os hemisférios de seus cérebros alternam no sono para que eles possam continuar indo à superfí-cie para respirar.

O recorde mundial de tempo sem dormir é de um garoto de 17 anos. Em 1964, Randy Gardner passou 264 horas e 12 minutos acordado. São mais de 11 dias.Apesar de pessoas nascidas cegas não verem imagens quando sonham, eles têm uma ex-periência auditiva, tátil e olfativa maior. Os cientistas ainda não conseguiram descobrir porquê exatamente precisamos dormir.Existe um distúrbio em que as pessoas tem medo de dormir: a somnifobia. Algumas temem pesadelos, outras acham que jamais irão acor-dar, e uns podem até ter doenças crônicas.12% das pessoas tem sonhos em preto e bran-

co. Antes da televisão em cores, no entanto, esse número era 75%.Quando você morrer, terá dormido cerca de 1/3 da sua vida, o que em média é 25 anos.Permanecer sem dormir por 16 horas leva a uma queda de rendimento equivalente a um nível al-coólico no sangue de 0,05%.

A cada 90 minutos, durante a fase REM do sono, uma explosão de atividade elétrica flui através do seu tronco cerebral. É exatamente quando você tem sonhos.Aquele momento logo antes de dormir em que, de repente, você “pula” completamente acorda-do, tem nome: puxão mioclônico.A sensação de queda que às vezes você sente dormindo ocorre na 1ª fase do sono, em que há a transição entre vigília e sono. A respiração fica mais profunda, os músculos começam a relaxar e entramos num sono bem leve. Esse relaxamen-to pode gerar a impressão.

FONTE todayifoundout.com; psicologiananet.com.br

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#corpohumano

A maioria das pessoas respira por uma narina de cada vez

Em 1985, Richard Kayser, um especialista nasal, descobriu o “ciclo nasal”. Aproximadamente

85% das pessoas estão a todo momento respiran-do por apenas uma de suas narinas. A alternância ocorre, em média, a cada quatro horas. Isso varia de acordo com a posição do corpo e congestão nasal. A troca se dá através do tecido erétil do nariz. O tecido se incha em uma narina, bloqueando a pas-sagem do ar quase completamente, enquanto na outra ele se contrai, permitindo a respiração. Além disso, pesquisas indicam que a narina pela qual uma pessoa está respirando pode afetar seu cérebro e corpo. Um estudo revelou que o uso da narina direita pode aumentar significativamente o nível de glicose no sangue, ao passo que a narina esquerda faz exatamente o contrário. Outro estudo sugere que a respiração através da narina direita proporciona um consumo maior de oxigênio do que esquerda.FONTE omg-facts.com

Como abaixar o volume do mundo

Já esteve em um ambiente barulhento ou com al-guém falando nos seus ouvidos e desejou que as

pessoas tivessem um botão de volume? Bem, acon-tece que, de certa forma, elas têm. Murmurar abaixa o volume dos sons que você ouve. Uma construção muscular chamada reflexo acústico ocorre no ouvido médio dos mamíferos quando escutam estímulos sonoros de alta intensi-dade. Esse reflexo geralmente é espontâneo, mas é também possível induzi-lo por meio da vocalização, falando, murmurando, cantando, etc. Isso reduz a intensidade dos sons em 20 decibéis. Essa não é uma ilusão perceptiva. Não é que o volume parece menor porque você está prestan-do menos atenção aos sons ao redor. Você de fato recebe menos ondas sonoras no ouvido médio, tor-nando tudo mais baixo.

FONTE omg-facts.com

#sociedade

O casamento gay no mundo

O casamento entre pessoas do mesmo sexo ai-nda é uma questão polêmica. Enquanto alguns

países o permitem exatamente da mesmo forma que as uniões entre casais de sexos opostos, outros até consideram a homossexualidade um crime. Muitos não estão em um extremo nem outro: suas leis re-conhecem esse tipo de união em algum nível, mas não por completo. Desde 2001, dez países permitem que pes-

soas do mesmo sexo se casem em todo o seu ter-ritório: Argentina, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Is-lândia, Noruega, Países Baixos, Portugal, Espanha, África do Sul e Suécia. No Brasil, a união estável de casais homossexuais é reconhecida, garantindo di-reitos como comunhão parcial de bens, pensão ali-mentícia, pensões do INSS e adoção. O mapa dessa página resume como o casa-mento gay está sendo tratado no mundo todo.

Casamento entre casais do mesmo sexo*

União civil (ou coabitação não-registrada)*

Casamento estrangeiro entre casal do mesmo sexo reconhecido*Casais do mesmo sexo não legalmente reconhecidos

Pena mínima

Pena alta

Prisão perpétua

Pena de morte

Locais em que a homossexualidade é considerada ilegal e punida:

* Pode incluir leis ou decisões judiciais recentes que criaram reconhecimento legal para relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas que ainda não entraram em vigor. FONTE wikipedia.org

#sociedade

Os meios de transporte mais utilizados no Brasil

Na Irlanda, é costume deixar tortinhas e uma gar-rafa de Guinness como lanche para o Papai Noel.

Em partes da Espanha, de Portugal e da Itália, um elemento curioso adicionado ao presépio como con-hecemos é o “Caganer”. Trata-se da estatueta de um homem no ato de defecar, com as calças abaixadas e uma pilha de fezes no chão.

Na República Checa, as mulheres realizam um ritual na véspera do Natal para descobrir se irão se casar no ano seguinte. De costas para a porta da casa, elas jogam seus sapatos para trás. Se ele cair com o salto apontando para a porta, ela continuará solteira. Se for a frente do sapato na direção da porta, ela já pode ir começando os preparativos para o casamento.

Em Caracas, a capital da Venezuela, as estradas da cidade são fechadas para os carros na manhã da vé-spera de Natal, para que as pessoas possam patinar em conjunto.

De acordo com uma antiga crença da Noruega, brux-as e maus espíritos surgem no Natal para roubar vassouras e voar com elas. Portanto, nesse dia todas as vassouras e equipamentos similares de limpeza dezem ser escondidos.

Comer coxinhas de frango frito do KFC é uma tradição de Natal para muitos no Japão.

FON

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Tradições natalinas ao redor do planeta

FONTE todayifoundout.com

#miscelânea

O homem que fala 59 línguas

ENTREVISTA Ziad Fazah

Qual foi o processo realizado pelo Guinness World Records para verificar seu recorde?Simplesmente recebi um comunicado de alguns co-autores de Londres. Disseram que gostariam de me testar em algumas línguas asiáticas. Após esse teste, que ocorreu em São Paulo, fui patenteado no Guin-ness por eles automaticamente.

Quais são os seus critérios para considerar que domina uma língua?Digo que domino uma língua quando passo a con-hecer o alfabeto, a pronúncia, a gramática e 1.500 vocábulos, inicialmente. A gramática é o fator, diga-

mos, de destaque no ato de se manifestar e trans-mitir seu recado naquele idioma. Se você não sabe a gramática, não sabe nada.

Como surgiu seu interesse por línguas? Quando começou a aprendê-las?Surgiu quando eu tinha uns 12 anos. Após descobrir esse talento divino, comecei a aprender todos os idi-omas como autodidata. Em três anos, pude dominá-los com muita exatidão.

Qual é sua motivação para falar tantas?Minhas primeiras motivações foram trabalhar na

Ziad Youssef Fazah, um libanês naturalizado brasileiro, é capaz de se comunicar em 59 línguas. Entre 1993 e 2006, foi reconhecido pelo Livro Guinness dos Recordes como o maior poliglota vivo. For-mado em Filologia e Letras pela Universidade Americana de Beirut, ele já foi intérprete de agências

e instituições governamentais, trabalhou com traduções de artigos científicos e publicou três livros didáti-cos. Hoje, aos 58 anos, ensina línguas em aulas particulares e, eventualmente, é convidado para apresentar palestras no exterior. Ziad conversou com o Gogglebox por videoconferência de Porto Alegre, onde reside atualmente. O hiperpoliglota contou um pouco de sua experiência, deu dicas de aprendizagem e opinou sobre algumas questões linguísticas.

por ISABELA CABRAL

ONU como o maior intérprete, acompanhar delega-ções estrangeiras e tornar-me renomado mundial-mente.

Quais foram suas primeiras?Na escola, eu falava inglês, árabe e francês. Depois parti para o estudo das línguas indo-germânicas, tais como sueco, dinamarquês e norueguês. Posteri-ormente, línguas eslavas. E, por fim, as línguas indo-arianas.

Como você estudava? Você desenvolveu algum método de aprendizagem?Sempre tive minha própria metodologia. Como filólogo e escritor, e dentro do meu conhecimento acumulado em três anos, acabei desenvolvendo um método. Dessa maneira, vim a poder me expressar linguiísticamente em quaisquer circunstâncias.

A que você atribui sua capacidade acima da mé-dia de aprender línguas?Talento divino. Dom congênito. Essa é a principal atribuição que eu lhe confereria. E a minha memória foi sempre fotográfica. Se vejo uma palavra qualquer, consigo gravá-la. A memória fotográfica é como uma armazenagem de informações que posso utilizar em qualquer situação. Então diria que a memória sem-pre foi um favorecedor para o aprendizado de qual-quer língua.

Quais são suas dicas para quem quer aprender uma língua?Primeiro, é preciso que a pessoa tenha interesse. O interesse tem que ser empregatício ou universitário. Se for apenas por aprender, não dá. A não ser que ele viva no exterior, aí sim haverá um resultado frutífe-ro. Caso contrário, poderá haver esquecimento in-stantâneo.

As metodologias de ensino de línguas dividem as opiniões de especialistas. No seu entendimento, é melhor começar por exemplos de frases e diálo-gos e, assim, buscar internalizar a estrutura da língua, ou é preferível ir direto para a gramática e, simultâneamente, aprender os grupos vocabu-lares aos poucos?O ideal é partir primeiro para o alfabeto. Posterior-mente, vem a gramática. E, em seguida, além de uma boa leitura, virá a memorização de vocábulos. Den-tro de um período de meses, a pessoa estará apta a conversar sem problemas, desde que se dedique de corpo e alma. Recapitulando: o vocabulário, quer dizer, a pronúncia da língua, o estudo da gramática de cor e salteado e a memorização, eu diria, de dois mil vocábulos.

A imersão é de fato muito importante no apren-dizado de uma língua. Mas algumas pessoas não podem ter esse contato tão grande com o idioma em questão, seja por falta de tempo ou qualquer outro fator. É possível aprender apenas com três ou quatro horas semanais em um cursinho?Como já disse anteriormente, o interesse de uma pessoa em aprender qualquer língua deve ser base-ado em seu objetivo. Se não houver objetivo, o apre-ndizado acaba sendo nulo, porque não há interesse em estudar. Alguém com esse perfil que você citou... Será que ele teria que recorrer a um curso ou um professor particular? Varia muito. Cada um é cada um. O importante é o interesse. Diria que um indi-víduo interessado, com três sessões de estudos por semana, em um ano, pode desenvolver uma boa prática no idioma.

Em que medida as línguas de uma mesma família compartilham características? É mais fácil para alguém que já domina uma língua aprender out-

Albanês, alemão, amárico, árabe, armênio, azerbaijanês, bengali, birmanês, búlgaro, butanês, cam-bojano, chinês cantonês, chinês mandarim, chinês xangai, cingalês, cingaporenho, coreano, dinamar-quês, dzonka, espanhol, finlandês, francês, fuchin, grego, hebraico, hindi, holandês, húngaro, indonésio, inglês, islandês, italiano, japonês, kiswahili, laosiano, malaio, malgaxe, mongol, nepalês, norueguês, papiamento, persa, polonês, português, pushtu, quirguiz, romeno, russo, sérvio-croata, sueco, tadjique, tailandês, tcheco, tibetano, turco, urdu, uzbequistanês e vietnamita

As línguas faladas por Ziad

ra que faz parte do mesmo grupo?Vamos usar as línguas indo-arianas como exemplo. Se você aprender o punjabi, que é o mais difícil, terá maior acessibilidade ao urdu, a língua do Paqui-stão, e ao persa. Você precisa estudar, antes de mais nada, o idioma mais difícil da genealogia linguística, através do qual conseguirá estudar outros. Se es-tudar o alemão, que é de origem germânica, terá acesso ao sueco e dinamarquês, entre outras. Ao contrário do que muitos pensam e apesar de serem da mesma origem, o alemão e o inglês não têm nada a ver.

Quais línguas você classificaria como a mais difícil e a mais fácil de aprender?Ortograficamente, o mais difícil é o mandarim. O árabe é mais difícil em termos de gramática, pois possui três vogais baseadas em um oceano infind-ável. No geral, o árabe é mais complexo. Na Europa, a língua mais difícil é o finlandês, por deter 16 in-clinações. As mais fáceis são as línguas latinas, como o português e o espanhol.

Segundo o linguista francês Claude Hagège, cerca de 25 línguas morrem por ano. Mais da metade das 600 línguas indonésias seriam mor-ibundas. O ritmo de extinção de línguas, que já se havia acelerado no século passado, deve atin-gir grandes proporções neste. Isso empobrece a humanidade? Ou torna mais fácil a comunicação entre os homens?Não empobrece nem enriquece. Não facilitaria a co-municabilidade entre os povos. São dialetos que se

desvanecem rapidamente e que são falados, às vezes, no continente africano. Não refletiria no empobreci-mento ou enriquecimento da comunicação mundial. Sequer há um comentário tão dramático sobre essa questão.

Por toda a parte, há esforço de linguistas tentan-do salvar línguas faladas por comunidades de até 50 ou 100 pessoas. Vale a pena o esforço?Por mais que se tenha que salvar línguas, quando um povo realmente deixa de se comunicar em uma língua, ela acaba se dissipando sem que os próprios detentores se importem com isso. Passarão a falar outra língua. Na Nigéria, por exemplo, onde se fala inglês, há dois dialetos principais, mas ninguém se preocupa com eles. A extinção de dialetos está cen-tralizada nas ilhas do Pacífico, como as Ilhas Salomão e a Micronésia. O tempo todo línguas desaparecem por lá, mas ninguém se preocupa, nem os próprios habitantes. O que os salva será sempre o inglês e o francês, na verdade.

O que você acha das línguas artificiais, como o esperanto?Com o devivo respeito pelo esperanto - que eu apre-ndi - essa é uma língua criada por Zamenhof, um polonês judeu que teve uma vendagem mundial de 2 milhões de livros, mas será sempre falada apenas pelos esperantistas. Para que ela se torne mundial e reconhecida pelas Nações Unidas, é preciso que haja um país, com patrimônio histórico e sobretudo poder econômico. Caso contrário, o esperanto tende a desaparecer com o tempo.

#miscelânea

Fotos impressionantes em superzoom

Vivemos em um mundo que é, ao mesmo tempo, extremamente enorme e infinitamente peque-

no. Não é algo sensacional de se pensar? Bem, mas vamos ao ponto. Uma pessoa comum, por mais que trabalhe na área, não tem acesso fácil a um mi-croscópio com a capacidade do que possibilitou as fotos que você está prestes a ver. Um microscópio

eletrônico custa mais de um milhão de dólares e tem poder muito superior ao dos ópticos, os mais comuns. Confira coisas do seu cotidiano como você nunca viu antes nessas fantásticas imagens feitas por cientistas. Observação: as cores são artificiais, adicionadas às fotos por edição.

FONTE list25.com

Formiga segurando um microchip

Grãos de areia

Neve

Morango

Granulados de doces

Cílios humanos crescendo da pele

Linha passando por uma agulha

Corda de violão

Velcro

Fio de cabelo com ponta dupla

A União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) é quem decide se algo se qualifica ou

não como um planeta, e qual nome esse planeta ou não-planeta vai receber. A IAU também é responsáv-el pela “nomenclatura planetária”, os nomes oficiais que os astrônomos conferem a marcos ou formações na superfície de objetos cósmicos. As regras que re-gem esse sistema de nomenclatura são muitas e são peculiares. A seguir estão listadas algumas das mais interessantes (e contraditórias).

Não coloque política no meioUma das regras mais básicas é que “nenhum nome com significado político, militar ou religioso pode ser utilizado.” A razão aqui é bem óbvia. Dar espaço para polêmica nunca é uma boa ideia.

Exceto por política antiga. Ou deuses antigosFiguras políticas de antes do século XIX? Aí tudo bem. Assim como também vale qualquer deus de uma religião que já acabou ou não é mais tão prati-cada. Exemplos disso não faltam, afinal, todos os planetas do nosso sistema solar (exceto pela Terra) receberam nomes de deuses ou deusas Greco-Ro-manos.

Ser homenageado é difícilCaso queira ter seu nome oficialmente

considerado para uma homena-gem na nomenclatura de um ob-jeto cósmico, o IAU aconselha que você seja “de elevada e duradoura reputação internacional.” Além

disso, você precisa estar morto há ao menos três anos.

Alguns dos melhores nomes nem são oficiaisAntes do reconhecimento oficial, muitos objetos cósmicos são chamados por nomes não-oficiais. Eris, o planeta-anão que fez Plutão ser rebaixado, era “Xena” (sim, a princesa guerreira da TV) até a

designação oficial.Do mesmo modo, alguns objetos não são considera-dos importantes o suficiente para um título do IAU, geralmente por conta do tamanho. Es-ses acabam sendo apelidados pe-los times responsáveis por suas descobertas. A lista dos estranhos nomes inclui “Space Ghost,” “Zor-ak,” “Marvin the Martian,” “Darth Vader,” ‘Indiana Jones” e “Cookies N Cream.”

Pequena cratera, pequena vilaAs crateras de Marte que medem menos de 60km de diâmetro devem ganhar nomes de vilas do mundo com uma população inferior a 100 mil pessoas.

Um grande vale? Chame de VênusOs vales de Vênus com mais de 400km simples-mente são chamados de “Vênus”, mas em uma lín-gua diferente. Exemplos: Apisuahts Vallis (na língua dos Blackfoot, um povo nativo americano), Citlalpul Valiis (asteca) e Kallistos Vallis (grego antigo). Vales menores, por outro lado, recebem nomes de deusas dos rios.

Em Vênus, só entra mulherAbsolutamente todas as partes de Vênus — de tes-selas e chasmatas ao planeta em si — devem ter nomes de mulher. Homem nem pensar.

Exceto por homem velhoA única exceção para a regra anterior é Maxwell Montes, um maciço de montanhas em Vênus que homenageia o físico e matemático James Clerk Maxwell. O nome foi aprovado no final da década de 1970, antes da lei de exclusividade feminina. As outras duas exceções são Alpha Regio e Beta Regio, duas formações nomeadas com as primeiras letras do alfabeto grego.

FONTE io9.com

Como são escolhidos os nomes dos planetas

#miscelânea

RapidinhasO ator Daniel Day-Lewis (Sangue Negro) nunca sai do personagem enquanto está fazendo um filme, mesmo que tenha que ficar sentado numa cadeira de rodas ou sem falar inglês. Uma vez ele quase morreu por causa disso.

O tamanho do espaço de armazenamento do CD foi determinado pela duração da Nona Sinfonia de Beethoven.

Pensamentos não desejados de fazer coisas estranhas ou perigosas são comuns. Eles são chamados de “pensamentos intrusivos” e acontecem com quase todo mundo.

A condenação das bebidas alcóolicas pela maioria dos grupos cristãos é recente. Até o século XIII, católicos, protestantes e até mesmo puritanos pensavam no álcool como um presente de Deus. Ficar bêbado sempre foi considerado pecado, mas beber em geral não.

O nome completo de Pablo Picasso tem 23 palavras: Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Martyr Patri-cio Clito Ruíz y Picasso.

O abridor de latas foi inventado apenas 48 anos após a invenção da lata.

O pássaro do Twitter tem nome. Ele se chama Larry Bird, em homenagem a um consa-grado jogador americano de basquete.

Um sexto do tempo gasto para filmar Psicose, de Alfred Hitchcock, foi na filmagem da famosa cena do banheiro. Foram usados mais de 70 ângulos diferentes em 90 takes.

Os fundadores da Adidas e da Puma são irmãos. Eles mantiveram juntos uma fábrica de calçados por 28 anos, até que brigaram e cada um seguiu seu próprio rumo.

O forno microondas converte entre 30 e 40% da vitamina B12 dos alimentos em uma for-ma inativa inútil para humanos.

Um ser humano consegue sobreviver à exposição ao vácuo no espaço por cerca de 90 segundos sem danos de longo prazo.

FONTE omg-facts.com; todayifoundout.com