72
03 Revista Guzerá

Revista Guzerá 04

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Orgão Oficial da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil

Citation preview

Page 1: Revista Guzerá 04

03Revista Guzerá

Page 2: Revista Guzerá 04

04 Revista Guzerá

Page 3: Revista Guzerá 04

05Revista Guzerá

Page 4: Revista Guzerá 04

06 Revista Guzerá

Page 5: Revista Guzerá 04

07Revista Guzerá

Page 6: Revista Guzerá 04

08 Revista Guzerá

Page 7: Revista Guzerá 04

09Revista Guzerá

Page 8: Revista Guzerá 04

10 Revista Guzerá

Page 9: Revista Guzerá 04

11Revista Guzerá

Page 10: Revista Guzerá 04

12 Revista Guzerá

Prezados Guzeratistas,Quero ocupar este espaço com uma reflexão.Desde os tempos do Brasil colonial os méritos da

nossa Raça são reconhecidos. A visão pioneira dos primei-ros criadores de Guzerá abriu caminhos, gerando e fazendo circular riquezas, encurtando distâncias na rota do desen-volvimento. Determinação e ousadia foram passos decisi-vos na transformação dos rebanhos e no processo de sua expansão para várias regiões do Brasil. Mas, sobretudo a consciência de que o mundo se transformava numa rede global de negócios, fez com que os criadores de Guzerá rompessem fronteiras em busca de tecnologias.

Parcerias bem sucedidas com universidades, órgãos de governo e empresas especializadas vêm mostrando, na teoria e na prática, os valores da nossa Raça. Chegamos a um patamar qualitativo invejável. Nosso Programa de Melhoramento Genético está desenhado nos moldes mais avançados da Tecnologia e da Ciência, e é respeitado inter-nacionalmente.

A perspectiva de mercado, que apresenta uma sim-ples análise do momento nacional, no nosso segmento, mostra-nos a conveniência de conquistarmos novos pecua-ristas, e nos identifica com a atual configuração do mercado. Devemos demonstrar que nossa produção vai ao encontro dos desejos e necessidades dos clientes. E recursos para tal não nos faltam. A nossa Raça é poderosa e não há quem a conheça que não fique tentado a utilizá-la para melhorar o seu trabalho, seja para constituir rebanho puro ou mestiço.

Temos, entretanto, uma questão fundamental para que possamos usufruir de todos os benefícios que criar Gu-zerá nos traz: o fortalecimento dos nossos vínculos em nos-sa Associação. A ACGB, fórum natural dos criadores, tem a missão de manter a atividade atualizada, estimular propos-tas criativas para o aprimoramento e desenvolvimento dos nossos produtos, sempre com a preocupação de ter os pés no futuro. Mas este caminho não possui apenas uma via. É o comprometimento dos associados que fará com que o aperfeiçoamento e o crescimento da nossa Associação sejam uma realidade e que esta se expresse nos direitos inalienáveis de todos e de cada um.

Numa palavra, seremos mais fortes se juntos. Em nome da atual Diretoria, quero convidá-los a

compartilhar conosco a gestão da nossa Associação. Contamos com vocês!

Paulo Roberto MenicucciPresidente da ACGB

ZZn

Pere

s

A nossa Raça é poderosa e não há

quem a conheça que não fique tentado a utilizá-la para melhorar o seu

trabalho...

“ “

Page 11: Revista Guzerá 04

13Revista Guzerá

Page 12: Revista Guzerá 04

14 Revista Guzerá

ACGBAssociação dos Criadores de Guzerá do BrasilPraça Vicentino Rodrigues da Cunha, 110, São BeneditoCEP 38022-330 Bloco 1, 2º andar. Uberaba - MGe-mail: [email protected] ou [email protected] e FAX: (34) 3336 1995

Diretoria:Presidente:Paulo Roberto Menicucci1º Vice Presidente: Renato Egídio Olivé Esteves2º Vice Presidente: Otávio Alberto Canto Álvares Corrêa3º Vice Presidente: Gustavo Pitangui de Salvo

Diretor Tesoureiro: Luciano Marques do Bomfim

Diretor de Marketing: João de lima Géo Filho

Diretor Técnico: Rodrigo Diniz de Mello

Diretor de Guzolando: Rodrigo Pinto Canabrava

Conselho Fiscal Efetivos: Dante Emílio RamenzoniJosé Transfiguração FigueiredoMário de Almeida Franco Júnior

Suplentes:Sinval Martins de MeloAntônio Plácido Peixoto do Amarante NetoRoberto Neszlinger

Editora e jornalista responsávelLarissa Vieira - MG 09513P

Departamento ComercialMundo Rural - [email protected]

Capa:Foto: JM Matos

Diagramação e projeto gráficoJamilton Souza - [email protected]

Impressão - CTPGráfica 3 Pinti - (34) 3326-8000

As opiniões expressas nos artigos são de inteira responsabi-lidade de seus autores.

O s números apontam para um crescimento da raça Guzerá no último ano. O volume de ge-nética ofertada atualmente é maior, com as

centrais de inseminação revelando projetos de am-pliação da quantidade de touros em coleta. As vendas anuais de sêmen também ficaram acima dos anos an-teriores.

Essa alta vem impulsionada pelos programas de melhoramento genético. A cada dia, mais zebuí-nos provados, seja para dupla aptidão, seja para leite, entram no mercado. A presença da raça nas provas zootécnicas é bastante significativa. Só o programa de melhoramento genético da ABCZ teve, em 2010, mais de 12 mil animais inscritos.

A eficiência produtiva e reprodutiva do Guzerá ainda faz dela uma boa alternativa para os cruzamen-tos, tanto com zebuínos (guzonel), quanto com tauri-nos (guzolando, entre outros). Isso tem refletido nos preços médios dos animais e nas vendas de reprodu-tores, que estão crescendo de maneira exponencial, com médias acima das demais raças.

Todos esses fatos fazem dessa edição da re-vista Guzerá uma publicação repleta de boas notícias. Trazemos as recordistas da raça, os números do mer-cado nas vendas de animais e de material genético, as pesquisas na área de genética, os novos criadores, um pouco de história. O destaque desta edição não pode-ria ser outro assunto: a entrada de novas linhagens do puro Guzerá indiano. Os primeiros animais, fruto dos embriões importados do berço do zebu, já nasceram e a expectativa dos criadores é que essa genética traga ainda mais vigor e pureza à raça.

Como a beleza do Guzerá é inconfundível, a quantidade de imagens espetaculares de animais é grande. São momentos registrados pelas lentes de grandes profissionais: os fotógrafos Zezinho Peres, Marcelo Cordeiro, Jadir Bison e Maurício Farias. Para-béns a todos os criadores por serem perpetuadores de tanto potencial e beleza.

Larissa VieiraEditora

Page 13: Revista Guzerá 04

15Revista Guzerá

Fone/Fax: (17) 3322.2888www.sembra.com.br

GOLIAS da Morumbi

FAVORITO da Morumbi

FARO TE da Morumbi

SABICHÃO TE RF

SECULAR TE RF

CORSÁRIO da Vereda

JOINVILE TE Morumbi

DEDAL TE do Rosário

Guzerá: Produtividade, Precocidade e Fertilidade

Anuncio Guzera.indd 1 13/04/2011 17:06:51

Page 14: Revista Guzerá 04

16 Revista Guzerá

Índice

12 Mercado - Genética Cobiçada

14 Criadores - Paixão pelo Zebu Leiteiro

16 Criadores - Investimento Garantido

20 Guzerá - Pureza Milenar

24 Matéria de Capa - Novas Linhagens para o Guzerá

28 Cruzamentos - Origem Conhecida

30 Raça - Recordistas de Produção

32 ACGB em Foco

34 Artigo Técnico - O olhar indispensável para a

eficiênciareprodutiva

38 Artigo Técnico - Bom de Leite e Bom de Carne é

possível?

48 Entrevista - Investigação Genética

50 Parceiros - CBMG, um pouco de história

52 Exposições - Os Melhores do Ranking 2009/2010

56 Eventos - As Estrelas das Pistas

58 Agenda

61 Sócios

Page 15: Revista Guzerá 04

17Revista Guzerá

Page 16: Revista Guzerá 04

18 Revista Guzerá

S eguindo a tendência de alta do mercado nacional de genética zebuína, a raça Guzerá apresentou crescimento significativo no ano passado, dentro

e fora do país. As vendas de dose de sêmen superaram em 22,65% os números de 2009, segundo o relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial. Foram comercializadas 166.686 doses, contra 135.900 do ano anterior.

Esse desempenho coloca a raça entre as quatro zebuínas com melhor desempenho. A genética de ani-mais Guzerá leiteiros gerou a comercialização de 35.305 doses. “Pelo quarto ano consecutivo tivemos um incre-mento nas vendas da raça Guzerá, além de aumentar nossa participação em Marketing Share. Desde o início de nossa gestão (frente à gerência de produto Zebu Corte da ABS), estamos tentando formatar uma bateria de touros Guzerá que atenda todos os criadores e selecionadores, desde pecuaristas que utilizam a raça nos cruzamentos industriais até os mais exigentes e selecionadores. A raça tem várias características que devem ser exploradas. Ha-bilidade materna, fertilidade e, principalmente, a rusticida-

GenéticacobiçadaRaça registra crescimento na venda de sêmen e nas médias dos leilões

MercadoRo

berto

Pim

enta

Page 17: Revista Guzerá 04

19Revista Guzerá

de são as principais vantagens dessa raça, que ain-da tem muito a contribuir para a pecuária nacional”, garante Gustavo Morales Brito, gerente de Produto Corte Zebu da ABS Pecplan.

As vendas para o exterior atingiram países como Canadá, Equador, Paraguai e Colômbia. Na central de inseminação Alta Genetics a raça apre-sentou alta de 80% no volume de doses comercia-lizadas. “Isso fez com que a empresa passasse a deter 48% do market share brasileiro. Em cresci-mento contínuo, a bateria de reprodutores Guze-rá da Alta vem se firmando quando o assunto é qualidade genética, prova disso, são os resultados conquistados nos estados que apresentaram maior aumento no consumo de sêmen. Somados, os dez estados que mais adquiriram sêmen em 2010 apresentam um crescimento 25,33%, enquanto nesses estados a Alta cresceu 91% no volume de vendas, isso nos garante um market share de 50% nesses estados” avalia Rafael Oliveira, gerente de produtos da Alta Genetics.

Para conquistar novos mercados para a raça, a central enviou à sua matriz no Canadá embriões (oriundos de acasala-mentos entre machos e fêmeas de alta qualidade genética da Fazenda Taboquinha). “O Canadá é um país que tem protocolo sanitário com quase todos os países, o que vai permitir a comer-cialização do material genético desses animais para localidades onde o Brasil não consegue exportar por falta de um protocolo sanitário”, explica Heverardo Rezende de Carvalho, diretor da Alta. Segundo ele, a medida também é uma forma de fazer com que outros mercados conheçam a raça. “Para ter o interesse desses países, será preciso mostrar a eles as potencialidades da raça para a produção de leite. Os principais alvos serão aqueles localizados nas regiões de clima tropical ou subtropi-

LeilõesA batida do martelo foi mais forte para o Gu-

zerá no ano passado. Segundo o Anuário da DBO, a raça registrou alta de 6%, em relação a 2009, na média dos reprodutores. Mais de mil animais ofertados foram comercializados a uma média de R$5.389. Esse valor foi similar ao registrado nos pregões virtuais, onde a média de touros ficou em R$5.250,00. As principais praças para touros foram São Paulo e Mato Grosso do Sul. Entre as fêmeas, a média ficou em R$12.556,00, contra R$10.870,00 de 2009. No total, os leilões movimentam R$18,5 milhões, sendo que 40% desse montante foi gerado pelos eventos virtuais.

Animal zebuíno no Canadá: frio fez com que os pelos crescessem

cal”, informa.Hoje, os animais nascidos naquele país estão com cerca

de dois anos e têm apresentado bom desenvolvimento. A única diferença entre os “canadenses” e os animais criados no Brasil é a pelagem, que, como forma de proteção às baixas temperaturas do norte da América, está maior.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to já autorizou a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) a registrar os animais nascidos no Canadá. Assim que forem registrados, a Alta iniciará a coleta de material genético dos bovinos.

Page 18: Revista Guzerá 04

20 Revista Guzerá

Na família Machado Ferreira o trabalho de seleção de raças zebuínas leiteiras tem atravessado gerações. Os primei-ros passos pelo mundo do leite foram dados pelo patriarca Leonídio Ferreira, na década de 70. O mineiro de São Roque importou, na época, vacas holandesas do Uruguai, para cru-zar com Gir Leiteiro e, assim, iniciar um rebanho de Girolando. De olho no potencial de produção da raça zebuína, Leonídio decidiu investir na formação de um plantel PO de Gir Leiteiro, adquirindo animais de criatórios tradicionais no final da década de 90.

A paixão pelo zebu leiteiro acabou contagiando o filho, Léo Machado Ferreira, e o neto Bruno. Em Alexânia, no interior de Goiás, eles mantêm um rebanho premiado de Gir Leiteiro na Fazenda Mutum. O trabalho de seleção vem mostrando resultados nas pistas. Léo é líder do ranking 2009/2010 da As-sociação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) em todas as categorias (Criador, Melhor Expositor, Melhor Macho, Melhor Fêmea, Fêmea com Maior Produção em Concurso Lei-teiro).

Agora, o criador está ampliando os investimentos nas raças zebuínas. “Acredito no zebu leiteiro. Tenho acompanha-do o resultado do Guzerá nos torneios leiteiros e nas lactações alcançadas e isso me chamou muita atenção”, diz Léo Macha-

do, que iniciou no ano passado sua seleção de Guzerá leiteiro. Ele conta, em seu plantel, com animais de eficiência produtiva comprovada, como a recordista mundial em produção da raça Guzerá em Torneio Leiteiro, Bárbara TE JF. A fêmea registrou média diária de 43,653 kg de leite, chegando a atingir produção de 46 quilos em um dia da prova.

Nas pistas, Bárbara também tem alcançado êxito. Ela foi Grande Campeã da exposição de Governador Valadares e Campeã Vaca Jovem e Melhor Úbere na Feileite de 2007. “Te-nho procurado adquirir animais diferenciados para produção de leite, como fizemos no Gir leiteiro. Queremos, dentro do Guze-rá, animais leiteiros e bonitos. Para isso, procuramos adquirir animais de criatórios voltados para produção de leite, que é o nosso principal objetivo”, declara o pecuarista.

Com enfoque na formação de um rebanho de Guzerá PO, a Fazenda Mutum tem nas avaliações genéticas a prin-cipal ferramenta para promover o melhoramento do rebanho. “Eu só acredito em melhoramento com dados zootécnicos”, atesta Léo Machado, que já conta com um rebanho da raça, de 30 animais. Futuramente, o criador pretende alcançar nas exposições de Guzerá o mesmo sucesso que vem obtendo nas de Gir Leiteiro, tanto nos julgamentos quanto nos torneiros leiteiros.

Paixãopelo zebu leiteiro

“Queremos, dentro do Guzerá, animais leiteiros e bonitos. Para isso, procuramos adquirir animais de criatórios voltados para produção de leite, que é o nosso principal objetivo.”

Depois de alcançar sucesso com a raça Gir Leiteiro, o criador Léo Machado investe em animais Guzerá PO para fortalecer os negócios da Fazenda Mutum

Léo Machado e o filho Bruno apostam na raça Guzerá

Zzn

Pere

s

Criadores

Page 19: Revista Guzerá 04

21Revista Guzerá

Page 20: Revista Guzerá 04

22 Revista Guzerá

O bom momento vivido pelo mercado de genética tem atraído novos investidores para a pecuária de elite. O cenário atual é de boas médias nos leilões e de alta

nas vendas de sêmen, o que garante retorno do investimento. “O momento atual é excelente! Iniciamos nossas aquisições de animais de genética de ponta no ano de 2008. Em pouco mais de três anos já começamos a colher os frutos dos bons investimentos que fizemos nos principais leilões da raça”, ates-ta a criadora Ana Claudia Mendes Souza. Junto com o marido, Marcelo Mendo Gomes de Souza, a pecuarista implantou um projeto de seleção da raça na Fazenda Santa Cecília, em Ube-raba (MG).

O casal buscava uma forma de aproveitar melhor suas terras na capital do zebu. Pureza racial, beleza, rusticidade, ha-bilidade materna, ganho de peso, fácil adaptação e melhores resultados em cruzamentos levaram o casal a optar pelo Gu-zerá. “A pecuária está no meu sangue. Herdei de meu avô, La-

Investimento garantido

Aposta no Guzerá PO tem proporcionado a novos criadores resultados econômicos positivos

Foto

s: N

ey B

raga

Criadores

Page 21: Revista Guzerá 04

23Revista Guzerá

martine Mendes, o gosto pela atividade, e do meu pai, Edilson Lamartine Mendes, a paixão de selecionar gado zebu de pura origem para melhoramento genético”, destaca Ana Claudia. Os primeiros investimentos foram feitos em 2008, com a aquisição de animais de ponta nos principais leilões da raça, orientados por tradicionais criadores de Guzerá.

Atualmente, o criatório Guzerá AMAR tem um plantel de 140 animais. Entre os exemplares adquiridos, alguns em condomínio, estão: Tajuba S, Olinda AE, Cigarra da VIC, Nauta S, Nagoia S e Diana Guzeratti e Dayse GEO, Alvorada DHMF, Gruta FP, Mahadevi e Ngaô S e Estudante GEO. Animais de pista, como Leucena DHMF e Dali Villefort, integram o plan-tel da Guzerá AMAR. Segundo Ana Claudia, embriões de alta qualidade genética também contribuíram para a formação da base da seleção do criatório.

As linhagens adquiridas de tradicionais e destacados criadores permitiram ao Guzerá Amar produzir animais de alta qualidade genética, capazes de promover o aprimoramento do gado PO ou de serem utilizados em cruzamentos para corte ou leite, gerando resultados econômicos positivos. Para chegar a esse tipo de animal, os criadores desenvolvem a seleção com base nas avaliações genéticas e informações zootécnicas. “A análise destas informações permite a seleção dos animais com as características que desejamos para a formação do nosso plantel”, atesta a criadora.

De acordo com ela, a fazenda tem estabelecidas ro-tinas diárias e também procedimentos mensais. Os animais são acompanhados desde o nascimento, quando é feita a avaliação da habilidade materna, e os melhores bezerros são selecionados para o creep feeding coberto. “A disciplina e man-sidão do gado começam já nesta etapa. Logo cedo saem para os piquetes das mães para mamar e voltam para receber ali-mentação especial. A seleção dos animais que irão para a baia é feita com três meses e a desmama com seis meses”, diz Ana Claudia. Os animais escolhidos irão formar o time de pista do

Guzerá AMAR. A estreia do time foi neste ano, na Exposição de Avaré, em São Paulo. Em maio, os animais participarão da maior feira de zebuínos do mundo, a Expozebu. Já estão programadas participações em outras grandes feiras da raça Guzerá.

Os animais do Guzerá AMAR estão sendo convidados à participar dos principais leilões desde no ano passado. Para maio de 2011, o casal Ana Cláudia e Marcelo Mendo prepa-ra, em conjunto com os tradicionais criadores Dulce Franco e Paulo Emílio de Almeida Carneiro, o SHOPPING GUZERÁ. O evento ocorrerá durante a Expozebu 2011, na Leilopec, e disponibilizará ao mercado os animais dos promotores e de destacados criadores da raça.

Casal de criadores Ana Cláudia e Marcelo

Ney

Brag

a

Page 22: Revista Guzerá 04

24 Revista Guzerá

A busca pelo animal perfeito tem levado, ao longo da história, os criadores brasileiros a investir constante-mente em genética. Tudo começou com os pioneiros

do zebu, que desbravaram a Índia do século 19 atrás dos melhores exemplares das raças zebuínas. Desde então, o Brasil vem investindo em tecnologias capazes de melhorar e multiplicar essa genética que se adaptou perfeitamente às terras tupiniquins. Hoje, essa busca pelo zebu perfeito ainda continua, mas acelerada pelas biotecnologias de reprodução e pelos programas de melhoramento genético.

“O processo de evolução é algo contínuo. A cada ge-ração buscamos um gado mais precoce, mais pesado, com maior taxa de conversão alimentar, com boa conformação de carcaça, com melhor índole”, explica o médico e criador de Guzerá, Marcos Sampaio, que atua na área de reprodução humana. Há cinco anos, ele começou a selecionar a raça na Fazenda Guanabara, localizada na cidade de Cordisburgo (MG), a 108 quilômetros da capital mineira Belo Horizonte. O primeiro passo foi formar um plantel de boa base genética. O rebanho tem 450 animais PO. Os acasalamentos são dire-cionados para obtenção de zebuínos com as características necessárias para a produção de carne. “Quando decidi in-vesti em pecuária, procurei uma raça que me proporcionasse um melhor custo/benefício. E o Guzerá tem a vantagem de produzir tourinho a um custo menor que outras raças. Além disso, a taxa de conversão alimentar do Guzerá é maior”, ex-plica Sampaio, que pretende investir também nos cruzamen-

tos de Guzerá com outras raças.O criador prepara-se para futuramente entrar em uma

segunda fase do projeto: a seleção genômica. Pesquisadores de várias instituições têm trabalhado para encontrar genes que influenciam características de interesse da seleção, capazes de acelerar a melhoria genética dos rebanhos. O número de marcadores moleculares ainda é limitado nas ra-ças zebuínas, mas já existem alguns para maciez da carne e produção de leite, entre outros. Na opinião de Sampaio, um passo mais adiante na seleção bovina será a transge-nia, técnica que modifica geneticamente o DNA do animal para permitir a expressão da característica desejada. A maior parte dos estudos com transgênicos tem ênfase nas biofábri-cas, ou seja, na produção de biomoléculas de elevado valor agregado. Nos Estados Unidos, os cientistas conseguiram produzir anticorpos humanos em bovinos usando a clonagem associada à transgenia. A tecnologia tem alto custo, mas é considerada promissora.

Enquanto a transgenia e a seleção genômica não se popularizam, a melhor alternativa para os produtores, na visão de Sampaio, é investir no uso de touros registrados. Segundo ele, os criadores da pecuária de corte deveriam utili-zar mais touros melhoradores para aumentar a produtividade e conseguir animais com melhor qualidade de carcaça. “Os frigoríficos deveriam pagar mais para quem fornece bovinos com melhor acabamento de carcaça, porém isso não vem acontecendo na região de Cordisburgo”, alerta Sampaio.

Seleção criteriosa da raça tem permitido aos criadores formar rebanhos de genética melhoradora

Criadores

De olho nas novas tecnologias

Mar

celo

Cor

deiro

Page 23: Revista Guzerá 04

25Revista Guzerá

Page 24: Revista Guzerá 04

26 Revista Guzerá

Pureza milenarM a ior rebanho da Índia, a raça Guzerá tem acom-

panhado a evolução da humanidade. Selos com a imagem do kankrej, como é chamado pelos india-

nos, impressos em cerâmica e em terracota, foram encon-tradas nos sítios arqueológicos de Mohenjo-Daro, cidade indiana destruída há cerca de 5.000 anos, e Harappa, na Índia e Paquistão. O Guzerá também estampou peças da antiga Assíria e Mesopotâmia. Historiadores acreditam que a raça estava presente no vale do Indo, 1.500 a.C., período em que as últimas tribos de arianos invadiram a Índia.

Na Índia, o hábitat da raça é a região pré-desértica de kutch, em Gujarat, formada por terras baixas, de solos arenosos, sem árvores e com precipitação pluvial entre 500 e 700 mm/ano, variando a temperatura entre 5 e 50 graus centígrados. Por lá, as chuvas concentram-se entre julho e outubro. Mesmo com toda essa condição adversa, o Guzerá consegue sobreviver, graças à sua rusticidade, mantendo boa produção de leite e fertilidade.

A raça diferencia-se de outros zebuínos pela pela-gem variando do cinza-claro ao cinza-escuro, chifres em forma de lira, pelos curtos e pele escura. Apesar de no Brasil ser considerada de duplo propósito (produção de carne e leite), na Índia é utilizada para produção de leite e tração já que a população de maioria Hindu não consome

carne. Mas o uso de animais nos trabalhos de tração aca-bou promovendo uma seleção de zebuínos de grande porte e musculatura desenvolvida.

O potencial de produção da raça foi confirmado no Brasil. Os primeiros exemplares chegaram por aqui, junto com outras raças zebuínas, por volta de 1870. Trazidos pelo Barão de Duas Barras, os animais eram utilizados para puxar carroções e vagões abarrotados de café pelas mon-tanhas fluminenses. Também eram usados para produção de carne e leite. A decadência dos cafezais por causa da abolição da escravatura fez com que os fazendeiros apro-veitassem o gado, que antes era para tração, como animais de duplo propósito.

A rusticidade e a boa adaptação do Guzerá fizeram com que a raça dominasse os pastos brasileiros até os anos 30. O presidente Getúlio Vargas ficou impressionado com o potencial produtivo da raça, quando uma fêmea Guzerá venceu as campeãs das raças holandesa, Jersey e Guern-sey durante as disputas da Exposição Nacional de 1936. O governo acabou escolhendo a raça para diversos projetos de exportações e ainda para implantação nos núcleos de desbravamento governamental, como o “Projeto Radam-brasil”, escolas agrícolas, postos indígenas, entre outros.

Nas décadas seguintes, grande parte dos animais

Mar

celo

Cor

deiro

Guzerá

Page 25: Revista Guzerá 04

27Revista Guzerá

Page 26: Revista Guzerá 04

28 Revista Guzerá

puros foi utilizada para a formação do Indubrasil, restando, na época, poucos rebanhos puros no Brasil. Por imprimir grande rusticidade e vigor aos cruzamentos, o Guzerá entrou na formação de outras raças, entre elas: Tabapuã, Brahman, Pitangueiras e Simbrasil. Até hoje, o Guzerá é bastante usado em cruzamentos, seja de corte ou de leite, como Guzonel e Guzolando.

No Brasil, há rebanhos de Guzerá em vá-rios Estados, com forte predominância no Nor-deste. A rusticidade dos animais teve algumas provas de fogo. Entre 1978 e 1983, uma grande seca dizimou gran-de parte do rebanho nordestino. A raça que mais resistiu à seca foi a Guzerá, chegando a ser maioria nas exposições do Nordeste naquele período.

A importação de 1962, última em que foi possível trazer animais vivos, deu novo impulso à raça. O rebanho voltou a crescer desde então, saindo da média de 2,5 mil registros genealógicos definitivos anuais na década de 90, para quase 10 mil em 2010. Os primeiros animais inscritos no Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas foram o touro Gaúcho e a fêmea Umbria, ambos pertencen-te ao governo federal.

O Guzerá tem sido bastante exportado para diversos

países, como Estados Unidos, Costa Rica, Honduras, Mé-xico, Nicarágua, Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Paraguai, Costa do Marfim, Senegal, Angola, etc.

Mar

celo

Cor

deiro

Mar

celo

Cor

deiro

“A raça diferencia-se de outros zebuínos pela pelagem variando do cinza-claro ao cinza-escuro, chifres em forma de

lira, pelos curtos e pele escura.”

Page 27: Revista Guzerá 04

29Revista Guzerá

Page 28: Revista Guzerá 04

30 Revista Guzerá

Depois de mais de uma década de negociação entre os governos do Brasil e da Índia, a retomada das importações de embriões zebuínos por parte dos

criadores brasileiros já apresenta resultados concretos, que podem ser vistos pelos pastos da Fazenda Canoas, em Curvelo (MG). São quatro animais da raça Guzerá de pouco mais de cinco meses, frutos da primeira leva de embriões produzidos na Índia com a genética do mais puro Kankrej e que puderam entrar no Brasil no final de 2008.

Essa foi a primeira importação planejada de gené-tica Guzerá de toda a história. Nas outras ocasiões em que criadores brasileiros trouxeram zebuínos daquele país para o Brasil, não houve uma busca exclusivamente do Kankrej. Eles estavam interessados, a princípio, em outras raças, mas acabaram trazendo também alguns exemplares de Guzerá. “Fomos a regiões indianas onde os pioneiros do zebu nunca tinham ido. Como o zebu está bem polarizado por lá, as localidades com rebanhos puros da raça estão em desertos do norte e do noroeste da Índia, como o Raja-stan, na divisa com o Paquistão. Em alguns lugares não tín-

hamos onde dormir e nem transporte fácil para chegar até as regiões com exemplares de qualidade”, conta o criador Antônio Pitangui de Salvo, que viajou algumas vezes para a Índia em busca de animais puros.

A primeira incursão do pecuarista pelos desertos in-dianos aconteceu em 2003, quando, junto com um grupo de criadores, decidiu que era hora de encontrar novas linha-gens para garantir o refrescamento de sangue do rebanho brasileiro. “Foram quatro viagens, cerca de cinco mil quilô-metros de estrada, conhecendo os principais locais onde a raça existe na Índia”, lembra Geraldo Melo Filho, criador que viajou junto com Antônio de Salvo para aquele país. Os dois fazem parte do grupo formado por nove pecuaris-tas que possibilitaram essa primeira importação planejada. Ainda integram o grupo, Leiser Valadão, Paulo Emílio de Almeida Carneiro, Rodrigo Canabrava, Amilcar Farid Ya-min, Maria Vitória Bolivar Gomes, Murilo Kammer e Carlos Pontual.

Quem não pôde viajar à Índia, acompanhou de perto a procura pelo Kankrej. “Pela internet via as fotos dos ani-

Novas linhagens para o GuzeráEntrada de embriões, importados recentemente da Índia, vai permitir refrescamento de sangue da raça, pos-sibilitando a formação de um rebanho mais precoce, fértil e de boa habilidade materna

Matéria de CapaJM

Mat

os

Page 29: Revista Guzerá 04

31Revista Guzerá

mais selecionados pelo grupo que estava na Índia e, assim, podia participar da escolha dos zebuínos”, lembra Pontu-al. Todas as informações e fotos trocadas por e-mail pelo grupo foram parar nas páginas do livro “Guzerá no Brasil e na Índia”, escrito por Pontual. Segundo ele, a decisão de importar Guzerá exigiu dos brasileiros um conhecimento mais aprofundado do sistema de negociação dos indianos, principalmente porque por lá a vaca é considerada sagrada.

No total, o grupo conseguiu comprar 20 animais, entre machos e fêmeas, que foram levados para a única central de embriões credenciada pelo governo indiano para exportar o material genético para o Brasil. A unidade pertence ao criador de nelore Jonas Barcellos. Todos os animais contam com registro genealógico e estão inseridos no Livro Especial de Importação, que contém dados de ze-buínos registrados na Índia por um representante da ABCZ entre os anos de 1999 e 2008. A partir de 2008, somente os descendentes desses zebuínos já registrados podem rece-ber o registro.

Os embriões coletados na Índia passaram por tes-tes para detectar possíveis enfermidades, o que eliminou qualquer risco sanitário para o Brasil. Eles foram submetidos à lavagem com substância química para eliminar qualquer risco de doença. Como o Brasil exporta carne bovina para importantes mercados, o governo brasileiro via com reser-vas a importação de material genético e animais vivos de países que possuem enfermidades que não existem por aqui.

Após o processo sanitário, os embriões foram con-gelados e enviados ao Brasil. A etapa seguinte foi a trans-ferência desses embriões para as fêmeas receptoras. Todas as novilhas passaram por testes, para detectar possíveis doenças, e por um período de quarentena na ilha de Cana-neia, local onde fica o quarentenário oficial do Ministério da Agricultura. Comprovada a prenhez, as novilhas foram acompanhas até o parto. Somente depois de novos testes sanitários é que houve a liberação para os bezerros serem transferidos para a Fazenda Canoas. “O índice de prenhez positiva foi acima do esperado, chegando a 50%, o que comprova a qualidade do material genético e do trabalho realizado na Índia e no Brasil”, atesta Pontual.

Os animais que estão na central são de porte médio, dóceis, rústicos e com boa produção leiteira. “Algumas das vacas que pariram na central chegaram a produzir acima de 20 kg de leite/dia, só com a melhora da condição nutricional, mas mesmo assim ainda na Índia. Essa rusticidade, que na Índia significa capacidade de suportar condições extremas, no Brasil se reverterá em uma capacidade de converter ali-mentos em produção muito forte. Ou seja, rápida termina-ção de carcaça e produção leiteira”, diz Geraldo.

Para ele, as novas linhagens que estão sendo in-troduzidas no Brasil vão contribuir sensivelmente para o

melhoramento genético da raça. “Quem já viu os primeiros bezerros, entenderá facilmente a contribuição que será dada. Ela será muito significativa, pois vem lastreada por uma pureza racial impressionante. Buscamos os animais diretamente dos desertos indianos, e achamos a essência da pureza e da rusticidade da nossa raça”, acredita.

Na visão do criador Antônio Pitangui, os ganhos serão tanto na parte racial quanto na produção. “A in-trodução de novos genes possibilitará uma melhoria gené-tica, com animais de porte maior e mais adaptados para o campo, de boa habilidade materna, de grande pureza racial, ou seja, mais parecidos com o Kankrej, e de maior desem-penho funcional”, garante.

Como na Índia os animais vivem em situações ad-versas, tendo que caminhar longas distâncias em busca de comida e enfrentar grandes oscilações de temperatura, a seleção natural existente por lá tem resultado em zebuínos rústicos, de melhores aprumos e de boa produção de leite. “A docilidade dos animais é impressionante. Eles andam no

Geraldo Melo Filho e Antônio Pitangui de Salvo na Índia

Page 30: Revista Guzerá 04

32 Revista Guzerá

meio do povo tranquilamente”, conta Carlos Pontual. Se-gundo ele, apesar de não serem selecionados para corte, os animais utilizados para o trabalho de tração apresentam boa musculatura, bom rendimento de carcaça e maior área de olho de lombo.

A Índia conta com sistemas de criação bem diferen-tes do Brasil. Há a criação de animais (doados ou recolhidos das ruas) nos templos para a distribuição de leite para a população. Os institutos de pesquisa do governo também criam animais, porém fazem bastante cruzamento, o que tem reduzido o número de rebanhos puros. Outra parte do rebanho indiano vive solto na rua, sem dono. Os zebuínos mais puros estão nos plantéis dos Rabaris, criadores nô-mades que migram com o rebanho em busca das sobras de alimentos nas lavouras. Com o leite dos animais, eles fazem queijo e outros produtos caseiros. Há ainda um outro tipo de criador, autorizado pelo governo a ter um rebanho maior, no máximo 60 cabeças. “É preciso considerar que nós, Brasil e Índia, temos objetivos distintos de criação, e que houve um distanciamento nos modelos de animal criados nos dois países ao longo das últimas décadas, com ganhos e perdas

em alguns aspectos, pelas características de manejo e de destinação do rebanho brasileiro. Mas podemos dizer que, em especial nos últimos anos, o zebu nacional passou a focar nos reais aspectos relevantes de sua produção, como a sua capacidade de produzir bem a pasto, terminar pre-cocemente sua carcaça e produzir leite barato, a pasto ou com suplementação mínima. Essas características - todas elas encontradas no puro Guzerá/Kankrej indiano, são o pi-lar do modelo de produção pecuária brasileiro e, uma vez intensificadas, são a certeza de estarmos no caminho certo da seleção”, ressalta Geraldo Melo Filho.

Neste ano deve chegar ao Brasil uma grande quan-tidade de embriões. Serão 126 até setembro. Os quatro animais que já nasceram estão apresentando bom desen-volvimento e boa adaptabilidade. Eles serão avaliados ge-neticamente para verificar se poderão realmente contribuir para o avanço da raça no Brasil.

A importação de novas linhagens deve beneficiar in-diretamente outros países, já que o Brasil exporta a genética zebuína. “Esse interesse já vem inclusive sendo explicitado por alguns de nossos vizinhos, e vislumbramos um poten-cial de expansão de mercado significativo”, afirma Geraldo.

Guzerá no deserto indiano

Page 31: Revista Guzerá 04

33Revista Guzerá

Page 32: Revista Guzerá 04

34 Revista Guzerá

O registro de animais Guzolando tem possibilitado a identi-ficação em todo o país dos rebanhos que realmente são compostos por animais oriundos do cruzamento entre

as raças Guzerá e Holandês. “Como muitas pessoas não sabem diferenciar um cruzamento do outro, o Guzolando tem sido co-mercializado como se fosse outro tipo de mestiço. Com o registro, essa confusão deixa de existir porque ele é uma garantia de que o animal é realmente um Guzolando”, explica o biólogo e criador Ricardo Teixeira do Rosário. Junto com o pai, Hercules Antonio do Rosário, ele implantou um projeto para produção de leite na Fa-zenda do Rosário, no município de Carlos Chagas (MG), somente com animais Guzolando.

Antes, a fazenda produzia Guzolando com o objetivo de vender os animais para outras propriedades. Mas a boa produtivi-dade das fêmeas, de até 20 quilos de leite/dia sob regime a pasto, levou a família a investir na produção de leite. Até mesmo nas ex-posições os resultados com o cruzamento têm sido animadores, com os animais conquistando o grande campeonato dos torneios leiteiros de Guzolando da região. “O Guzolando tem a vantagem de ter a rusticidade do Guzerá, produzir bem a pasto, mas sem a grande exigência alimentar do Holandês. Além disso, as fêmeas são dóceis, de fácil adaptação à ordenha mecânica e dão bezer-ros com bom porte para corte”, diz Ricardo.

A Fazenda Rosário conta com um rebanho de Guzerá leiteiro e outro de Guzolando, sendo todos os exemplares re-gistrados. “Sempre acreditei e defendi a importância do registro para consolidação do Guzolando, como uma ótima opção para

produção tanto de leite quanto de machos para corte. O registro dá credibilidade ao nosso trabalho. Ao constatar a boa produção dos animais e que se trata de exemplares registrados, de origem genealógica conhecida, os clientes voltam para comprar mais”, diz Ricardo, que registra o gado desde quando esse serviço estava sob a responsabilidade da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil.

Em agosto de 2009, o registro passou a ser executado pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Se-gundo o superintendente técnico-adjunto de Genealogia da ABCZ, Carlos Humberto Lucas, o registro de cruzados permite um acompanhamento do rebanho com base nos dados zootécnicos. Com base nessas informações, o Ministério da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento poderá definir futuramente se o Guzolando será considerado uma raça.

Dentro do banco de dados da ABCZ, os animais Guzolan-do são registrados na categoria CCG (Certificado de Controle de Genealogia). Fora isso, os procedimentos para solicitação do re-gistro e as comunicações exigidas na escrituração zootécnica são as mesmas das raças zebuínas. A ABCZ já efetuou registros de Guzolando em Minas Gerais, Tocantins, Ceará, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Na época em que assumiu o serviço, a Associação con-cedeu desconto de 50% no título de associado e não cobrou pelo afixo. Hoje, essas duas promoções, implantadas para incentivar o registro, não estão mais em vigor. O valor do registro do Guzolan-do é o mesmo do RGN (Registro Genealógico de Nascimento).

Origem conhecidaRegistro é considerado um caminho importante para a consolidação do Guzolando como raça.

Mais informaçõesABCZ – Departamento de Genealogia

Larissa Félixe-mail: [email protected]

Telefone: (34) 3319-3990

Foto

: Mar

celo

Cor

deiro

Cruzamentos

Page 33: Revista Guzerá 04

35Revista Guzerá

Page 34: Revista Guzerá 04

36 Revista Guzerá

Raça

O Guzerá tem mostrado seu potencial nas exposições e nas fazendas. No ano passado, a fêmea Bárbara TE JF bateu o recorde em torneios leiteiros oficiais. Ela

teve média diária de 43,7 kg de leite nos três dias de concurso, sendo que, em um deles, atingiu a marca de 46 kg/leite. O feito foi registrado durante a 41º Expoagro, em Governador Valadares (MG), que aconteceu de 10 a 18 de julho de 2010. Na época, Bárbara TE JF, que pertencia à Fazenda Ygarapés, foi leiloada por R$260.000,00. O comprador foi o novo cria-dor de Guzerá e tradicional selecionador de Gir leiteiro, Léo Machado, da Fazenda Mutum. O animal já conquistou outros prêmios, como: Grande Campeã da Expoagro, Campeã Jaca Jovem e Melhor Úbere na Feileite 2007. Fora das disputas das exposições, as fêmeas da raça também registraram bom de-sempenho. Em uma lactação, o recorde de produção já pas-sou de 10 mil kg em 365 dias.

Outra recordista da raça é Madre TE S. No dia 12 de dezembro de 2010, ela consagrou-se como a nova recordista de peso. A pesagem oficial realizada pela ABCZ registrou o peso de 1.120 Kg. A fêmea pertence à Agropecuária Suaçuí. Segundo o criatório, a matriz reúne diversas características, tais como: ótima produtora de embriões, excepcional caracteri-zação e conformação, alta fertilidade, com muito peso e muita raça.

As Provas de Ganho em Peso também têm mostrado a eficiência do Guzerá. Várias pesquisas estão sendo desenvol-vidas com os animais da raça que acabam de participar da 2ª Prova de Ganho em Peso (PGP), realizada em Curvelo (MG). São três estudos com os zebuínos puros e um com bovinos oriundos de cruzamento entre Guzerá e outras raças. De acor-do com o coordenador técnico da prova, Ricardo Costa Souza, um dos estudos está ligado à fertilidade, focando a precocida-de sexual em reprodutores entre 15 e 18 meses.

As outras pesquisas são sobre curva de crescimento dentro da raça e sobre crescimento alométrico (comparando dados do ultrassom com avaliação visual, realizada pelo méto-do EPMURAS). Segundo Souza, os estudos têm demonstrado que uma avaliação visual bem feita chega aos mesmos resul-tados obtidos com o ultrassom. A 2ª Prova de Ganho em Peso foi concluída em abril de 2011. Participam da PGP 30 animais Guzerá PO e 60 cruzados. A prova foi realizada pela Asso-ciação Mineira de Criadores de Zebu e contou com o apoio técnico da ABCZ.

Além da PGP de Curvelo, outras provas foram realiza-

Recordistas de produçãoRaça tem novas recordistas de peso e de produção em torneio leiteiro

das no ano passado: 1º Fazenda São Judas Tadeu, 2º Fazen-da São Judas Tadeu, 15º Coletiva AGCZ, 1º ABCZ/Guzerá-MS e 2º ABCZ/Guzerá.

O Programa Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) no ano passado teve boa participação da raça, com 12.184 animais inscritos, 55.043 pesagens efetuadas, 238 re-banhos participantes e mais de 200 mil animais com Avaliação Genética no Sumário ABCZ/EMBRAPA.

Mar

celo

Cor

deiro

Madre TE S - Recordista de peso

Mar

celo

Cor

deiro

Barbara TE JF - Recordista de produção em torneio leiteiro

Page 35: Revista Guzerá 04

37Revista Guzerá

Page 36: Revista Guzerá 04

38 Revista Guzerá

Teste de ProgênieMais um grupo de touros será avaliado pelo Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGul). A edição deste ano do Teste de Progênie ofereceu vagas em três categorias: ma-ximização de leite, preservação de linhagens e linhagem alternati-va. No final de maio, os reprodutores selecionados seguem para coleta de sêmen nas centrais.

RankingNovas regras do Ranking 2011/2012 serão definidas durante a as-sembleia que a ACGB promoverá no dia 2 de maio. As mudanças serão anunciadas no site da Associação. Acesse www.guzera.org.br.

Megaleite 2011

Uma feira que terá maior participação da raça Guzerá neste ano será a Megaleite, evento que reúne as principais raças leiteiras do país. No ano passado, tivemos pela primeira vez um torneiro leitei-ro da raça, cuja grande campeã foi Galia MRN, de propriedade do criador Marcelo Palmério. A premiação (foto) contou com a presen-ça do casal Paulo Menicucci (presidente da ACBG) e Ariane (presi-dente da CBMG). Para este ano, haverá também o julgamento do Guzerá leiteiro durante a feira. A Megaleite será de 26 de junho a 3 de julho, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

SiteO site da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil, uma cria-ção de Zezinho Peres, está chegando às 300 mil visitas. O site en-trou no ar em agosto de 1999 com uma média diária de 12 visitas. O primeiro layout levou a assinatura do webdesigner gaúcho Paulo Venegas e contou com o patrocínio de Paulo Emílio de Almeida Carneiro. O arquiteto Carlos Fernando Pontual foi o responsável pela logomarca da cabeça do Guzerá para a ACGB, que perma-nece como símbolo da raça no Brasil há décadas. Outras pessoas que contribuíram para o site foram Augusto Landim, que criou a atual programação visual. O site sempre promoveu a raça como

um todo. E todo mundo que esteve envolvido tem uma longa his-tória com o Guzerá, conhece e gosta muito desta Grande Raça.

Feileite 2011Outro evento que terá uma presença maior da raça será a Feileite 2011. Neste ano, a expectativa da ACGB é realizar julgamento e torneio leiteiro. A feira ocorrerá de 31 de outubro a 4 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, na capital paulista. No ano passado, houve julgamento e torneio leiteiro. A raça participou do 7º Concurso DPA de Sólidos no Leite. A fêmea Chácara da Boa Lembrança (LKW 94), do criador Marcelo Garcia Lack, levou o 1º prêmio do Concurso. Os tratadores Rui Murilo e Fladimir dos San-tos receberam a premiação (foto).

LeilãoCom o intuito de obter recursos para investir na divulgação, promo-ção, marketing da raça Guzerá dentro e fora do Brasil, a diretoria da entidade decidiu promover o 1º Leilão Virtual da ACGB. Asso-ciados doaram prenhezes para o pregão, que conta com lances pela internet. O resultado do leilão poderá ser acessado no site da ACGB.

Exposições

Apresentadores de animais ajudam a valorizar o potencial do Gu-zerá nas exposições

Page 37: Revista Guzerá 04

39Revista Guzerá

Page 38: Revista Guzerá 04

40 Revista Guzerá

A alta eficiência reprodutiva do rebanho é essencial para ga-rantir a viabilidade econômica da produção de leite. A vaca que procria mais cedo e possui menores intervalos de par-

to fica menos ociosa e tem maior vida útil no rebanho, diminuindo o número de novilhas em recria necessárias à reposição (Dias et al., 2004); o que é de extrema importância para os sistemas de produção de gado de leite.

Para avaliar a eficiência reprodutiva em fêmeas, geral-mente são considerados dois fatores, a idade ou tempo para (re) estabelecimento da função reprodutiva, ou maturidade sexual, e a fertilidade (aparecimento do primeiro cio fértil, taxa de concepção) após a cobrição (Meirelles et al., 2009). Em novilhas enquadram-se variáveis como a idade ao primeiro cio (relacionada à puberda-de) e a idade à primeira cobrição, enquanto que em vacas seriam avaliadas características como intervalo parto-primeiro cio, inter-valo parto-primeira cobrição ou o número de dias em aberto. Por sua vez, índices como número de serviços por concepção, taxa de concepção, taxa de prenhez, taxa de não-retorno ao cio 56 dias pós-inseminação, intervalo entre a primeira e a última cobri-ção são medidas indiretas da fertilidade.

A consequência negativa da baixa eficiência reprodutiva, traduzida pelo desempenho nestas características, resulta na

redução do volume de leite produzido e no número de crias pro-duzidas no rebanho. Em raças especializadas, tem-se verificado que, além do aumento dos dias improdutivos da vaca (período seco), as falhas reprodutivas implicam em prolongamento do ter-ço final de lactação de vacas de baixa produção, na expectativa de redução dos prejuízos com a manutenção de vacas vazias no rebanho. Em vacas da raça Holandês de alta produção, porém, observou-se declínio da fertilidade, de forma paralela ao aumen-to da produção individual de leite, atribuída à correlação genética negativa entre estas características (Lucy, 2001; Hare et al., 2006; Weigel, 2006).

As correlações genéticas negativas entre características produtivas e algumas características reprodutivas, fazem com que a seleção com ênfase apenas em características produtivas possa acarretar diminuição do desempenho reprodutivo dos ani-mais (Berglund, 2008). Além disso, observa-se também que as vacas de leite de alta produção, resultado do intenso e/ou prolon-gado processo seletivo, apresentam particularidades fisiológicas, como balanço energético negativo de maior amplitude e duração (Garnsworthy et al., 2009). Durante o balanço energético negati-vo são observados também efeitos diretos das concentrações de metabólitos sobre o oócito dentro do folículo em desenvolvimento.

O olhar indispensável para a eficiência reprodutiva

Maria Gabriela Campolina Diniz PeixotoPesquisador A – Genética e Melhoramento – Embrapa Gado de Leite

João Cláudio do Carmo PanettoPesquisador A – Genética e Melhoramento – Embrapa Gado de Leite

Frank Angelo Tomita BrunelliPesquisador A – Genética e Melhoramento – Embrapa Gado de Leite

Glaucyana Gouvêa dos SantosPesquisador A – Genética e Melhoramento – Embrapa Gado de Leite

Bruno Campos de CarvalhoPesquisador A – Reprodução Animal – Embrapa Gado de Leite

Mau

rício

Far

ias Artigo Técnico

Page 39: Revista Guzerá 04

41Revista Guzerá

Já para as raças zebuínas leiteiras ainda há necessidade de maior conhecimento sobre os aspectos relacionados à fisiolo-gia reprodutiva, apesar de se saber que a deficiência nutricional é apontada como a principal causa do baixo desempenho reprodu-tivo nestas raças, pois compromete as funções endócrinas repro-dutivas (Lôbo, 1998). Com respeito à nutrição, deve-se salientar também que o escore da condição corporal ao parto representa ainda hoje fator importante na determinação da fertilidade de va-cas. Escores elevados e pouco variáveis de condição corporal ao parto reduzem o intervalo para retorno ao cio no pós-parto e a porcentagem de vacas em anestro, além de aumentar a taxa de concepção, ou seja, a eficiência reprodutiva (Butler et al., 2004, Wiltbank et al., 2006). Tudo isso revela a complexidade existente na fisiologia animal envolvendo aspectos produtivos e reprodu-tivos e enfatiza a necessidade de olhar mais amplo para estas características.

Do ponto de vista do melhoramento, as estimativas dos parâmetros genéticos das características reprodutivas apresen-tam geralmente grande variação e baixa herdabilidade. Segundo Peña et al. (2008), as estimativas de herdabilidade para intervalos de partos têm sido baixas e não está claro se os genes envolvi-dos na fertilidade são os mesmos para fêmeas jovens e maduras. Urioste et al. (2007) observaram que os procedimentos para esti-mação dos méritos genéticos dos animais em características de fertilidade não são simples, e que os componentes de (co)variân-cia podem diferir entre observações em diferentes idades.

Lôbo (1998) estimou herdabilidades iguais a, respectiva-mente, 0,29±0,09 e 0,14±0,01 para idade ao primeiro parto (IPP) e intervalo de partos (IDP) em vacas Guzerá. As correlações ge-

néticas e fenotípicas entre as características foram de, respectiva-mente, 0,10 e 0,43. O estudo indicou que a seleção para a pre-cocidade ao primeiro parto poderia resultar em redução no IDP. Duarte e Bastos (2005) estimaram herdabilidades de 0,13 e 0,095 para, respectivamente, IPP e IDP também para fêmeas Guzerá, revelando a pequena variação genética existente no rebanho, o que, segundo os autores, tornaria a aplicação de seleção direta para estas características pouco eficiente. Santana Júnior et al. (2010), por outro lado, estimaram a herdabilidade de 0,22 para IPP na raça Gir, evidenciando a existência de variabilidade ge-nética suficiente para promover progresso genético pela seleção.

Nos Estados Unidos, por exemplo, um país pioneiro na implantação de amplos programas de melhoramento, o objetivo principal do melhoramento do rebanho leiteiro foi por longos anos a produção de leite e sólidos, em detrimento das características reprodutivas. Parte dessa ênfase foi atribuída ao fato das esti-mativas de herdabilidade dessas características serem baixas e, portanto, responderem pouco e, em longo prazo, à seleção. Em países europeus em que o melhoramento genético incluiu carac-terísticas reprodutivas houve, porém, aumento da produção de leite com manutenção do desempenho reprodutivo, demonstran-do a possibilidade de melhoramento conjunto destas característi-cas (Berglund, 2008). Apesar de apresentarem baixa herdabilida-de, têm-se discutido, no entanto, que a variação genética aditiva é a principal fonte de variação nessas características, o que as tornam alvos potenciais de seleção, dada sua importância econô-mica (Berglund, 2008, Santana Jr. et al., 2010).

Da mesma forma, o objetivo principal do melhoramento de gado de leite, particularmente das raças zebuínas leiteiras,

Page 40: Revista Guzerá 04

42 Revista Guzerá

também tem sido aumentar o desempenho de características produtivas. Os programas de melhoramento das raças Gir e Gu-zerá para leite, implantados em 1985 e 1994, respectivamente, sob coordenação da Embrapa Gado de Leite em parceria com a ABCZ, ABCGIL, ACGB, CBMG, UFMG, Epamig, Emepa e Em-parn, dentre outros, alcançaram sucesso traduzido pelos ganhos genéticos expressivos, com aumento de cerca de 1 a 2% na mé-dia de produção. No entanto, até o momento, apesar da grande preocupação de técnicos e criadores, as características reproduti-vas têm sido pouco trabalhadas nas raças zebuínas leiteiras.

Soma-se à seleção direcional para as características pro-dutivas e ao antagonismo entre as características reprodutivas e produtivas, o efeito do estreitamento genético das populações de bovinos leiteiros, decorrentes, além do efeito fundador e dos gar-galos ao longo das gerações, do uso intensificado de poucos re-produtores e seus descendentes de elevados méritos genéticos (Lucy, 2001, Berglund, 2008, Peixoto et al., 2010); fenômeno que Madalena (2008), denominou de endogamia globalizada. Como exemplo, a intensa utilização de poucos touros de alto mérito ge-nético nas populações levou ao aumento no coeficiente médio de endogamia na população da raça Holandesa, contribuindo para a redução do desempenho reprodutivo de fêmeas em todo o mundo.

Por outro lado, o grande número de variáveis para avalia-ção da eficiência reprodutiva torna complexa a obtenção de um índice que concilie todas as variáveis reprodutivas de importân-cia. Como apresentado, a melhoria genética de características

BIBLIOGRAFIA CITADA

BERGLUND, B. Genetic improvement of dairy cow reproductive performance. Reprod. Domest. Anim., v.43, p. 89-95, 2008. supl. 2 BUTLER, S.T.; MARR, A.L.; PELTON, S.H. et al. Insulin restores GH responsiveness during lactation-induced negative energy balance in dairy cattle: effects on expres-

sion of IGF-I and GH receptor 1A. J. Endocrinol., v.176, p.205–217, 2003.DIAS, L.T.; EL FARO, L.; ALBUQUERQUE, L.G. Estimativas de herdabilidade para idade ao primeiro parto de novilhas da raça Nelore. Rev. Bras. Zootec., v.33, n.1,

p.97-102, 2004.DUARTE, M.L.P.R.; BASTOS, J.F.P. Avaliação de características reprodutivas de um rebanho da raça Guzerá. Cult. Agron., v.14, p.1-15, 2005.GANSWORTHY, P.C.; FOULADI-NASHTA, A.A.; MANN, G.E. et al. Effect of dietary-induced changes in plasma insulin concentrations during the early post-partum

period on pregnancy rate in dairy cows. Reprod., v.137, p.799-768, 2009.HARE, E.; NORMAN, H.D.; WRIGHT, J.R. Trends in calving ages and calving intervals for dairy cattle breeds in the United States. J. Dairy Sci., v.89, p.365-370, 2006.SANTANA JÚNIOR, M.L.; LOPES, P.S.; VERNEQUE, R.S. et al. Parâmetros genéticos de características reprodutivas de touros e vacas Gir leiteiro. Rev. Bras. Zootec.,

v.39, n.8, p.1717-1722, 2010.LÔBO, R.N.B. Genetic parameters for reproductive traits of zebu cows in the semi-arid region of Brazil. Livest. Prod. Sci., v.55, p. 245-248, 1998.LUCY, M.C.; JIANG, H.; KOBAYASHI, Y. Changes in the somatotrophic axis associated with the initiation of lactation. J. Dairy Sci., v.84, E113–E119, 2001. E. suppl. LUCY, M.C.. Reproductive loss in high-producing dairy cattle: Where will it end? J. Dairy Sci., v.84, p.1277-1293, 2001.MADALENA, F.E. A esquecida metade Bos taurus do F1. Belo Horizonte : PUC Minas, 2008. 225p.MEIRELLES, S.L.; ESPASANDIN, A.C.; MATTAR, M. Genetic and environmental effects on sexual precocity traits in Nellore cattle. Rev. Bras. Zootec., v.38, p.1488-1493,

2009.PEIXOTO, M.G.C.D; POGGIAN, C.F.; VERNEQUE, R.S. et al. Genetic basis and inbreeding in the Brazilian Guzerat (Bos indicus) subpopulation selected for milk

production. Liv. Sci., v.131, p.168-174, 2010.PEÑA, R.L.; IGLESIAS, D.G.; PEÑA, D.G. et al. Components of (co)variance for reproductive traits and their genetic relationship to weaning weight in Cuban zebu cattle.

Téc. Pecu. Méx., v.46, p.225-234, 2008.URIOSTE, J.I.; MISZTAL, I.; BERTRAND, J.K. Fertility traits in spring-calving Aberdeen Angus cattle. 1. Model development and genetic parameters. J. Anim. Sci., v.85,

p.2854-2860, 2007.WEIGEL, K.A. Prospects for improving reproductive performance through genetic selection. Anim. Reprod. Sci., v.96, p.323-330, 2006.WILTBANK, M.; LOPEZ, H.; SARTORI, R. et al. Changes in reproductive physiology of lactating dairy cows due to elevated steroid metabolism. Theriogenol., v.65,

p.17-29, 2006.

reprodutivas exige conhecimento amplo a respeito da variação fenotípica, sob a ótica de suas determinantes genética, ambiente e inter-relações genética e ambiente, em cada uma das carac-terísticas. Além disso, esses índices não avaliam a capacidade da vaca tornar-se gestante, ou seja, sua fertilidade potencial. A pulverização dos estudos tem minimizado também a aquisição de conhecimento mais consistente sobre as características repro-dutivas. Estes aspectos têm dificultado a inclusão dessas carac-terísticas em programas de melhoramento genético, sendo, de certa forma, responsáveis pela baixa eficiência reprodutiva dos rebanhos leiteiros brasileiros.

Portanto, apesar de sua relevância, ainda há carência de informações detalhadas que possibilitem a inclusão das carac-terísticas reprodutivas nos objetivos de seleção, principalmente considerando as intervenções de reprodução assistida (MOET e FIV) adotadas por muitos rebanhos. Cabe ressaltar que embo-ra as raças zebuínas leiteiras possuam programas recentes de melhoramento e não tenham alcançado ainda o grau de especia-lização das raças europeias, o processo de seleção com ênfase em características produtivas poderá levar às mesmas conse-quências.

Diante disso, torna-se imprescindível o conhecimento das características reprodutivas que traduzam a eficiência reprodutiva das raças zebuínas leiteiras, bem como a avaliação de seu poten-cial genético para a definição de métodos, critérios e estratégias que viabilizem a inclusão das mesmas nos objetivos de seleção e, desta forma, a sustentabilidade dos programas de melhoramento.

Page 41: Revista Guzerá 04

43Revista Guzerá

Page 42: Revista Guzerá 04

44 Revista Guzerá

Alguns duvidam, talvez por pouca informação atualizada. De fato, nos ensinaram que não. E nós também já ensi-namos que o mais eficiente era maximizar as produções

em sistemas e raças especializados. Seguindo este paradigma, enormes avanços ocorreram na produção. Nos países desenvol-vidos, a produção de leite aumentou em muitas raças num ritmo constante de 50 a 100kg/ano, por cerca de 50 anos.

Resultados indesejáveis das produções maximiza-das

Entretanto, estes avanços na produção foram acompa-nhados por decréscimo na robustez e adaptabilidade dos ani-mais. As vacas ficaram cada vez mais exigentes, menos férteis, “complicadas”, “difíceis de lidar”, segundo produtores. Nas fases iniciais, por volta dos anos 1980, os produtores e técnicos lida-vam com o decréscimo na rusticidade adaptando o ambiente aos animais. Isto foi ficando cada vez mais difícil e caro.

Vieram os estudos que mostraram haver antagonismo genético entre nível de produção e aspectos funcionais (fertili-

Bom de leite e bom de carne é possível?

Vânia Maldini Penna eMaria Gabriela C. D. Peixoto

Artigo TécnicoJa

dir B

ison

Page 43: Revista Guzerá 04

45Revista Guzerá

dade, saúde, longevidade, etc.). Assim, os programas de melho-ramento em todo o mundo passaram a dar especial atenção às chamadas características funcionais. Estas, usualmente apre-sentam alta variabilidade genética e são facilmente deterioráveis. Em geral são difíceis de serem selecionadas pelos métodos con-vencionais devido às baixas herdabilidades.

Assim, apesar dos esforços, a situação foi piorando cada vez mais nas últimas décadas. Os avanços na produção abso-luta não eram acompanhados de avanços na “produção real”, ou seja, nem sempre correspondiam a aumentos de produção na vida útil, muito menos na lucratividade. Mais referências em “Versatilidade e sustentabilidade no melhoramento do Guzerá” (Revista Guzerá, 2009) e “Problemas dos rebanhos leiteiros com genética de alta produção”, no site www.fernandomadalena.com/ indice_23.html.

Vários problemas passaram a ocorrer com elevada fre-quência. Alta mortalidade, baixa fertilidade, problemas de cascos, mamites, susceptibilidade a parasitos e outras doenças. Exigên-cia de altos níveis de concentrados, gastos muito elevados com insumos e medicamentos. Aumentos na quantidade de leite que não correspondiam a aumentos na qualidade remunerada pelo mercado (% de proteína, gordura, sólidos totais, contagem de células somáticas, etc.). Baixos valores de bezerros e vacas de descarte devido às “perdas na musculatura” decorrentes do foco

exclusivo na seleção leiteira. E, ainda, o uso muito intenso de alguns reprodutores muito famosos reduziu a variabilidade ge-nética, conduzindo a perigosos aumentos na consanguinidade, com efeitos drásticos na reprodução, no vigor e comprometendo o melhoramento em longo prazo. Hoje existe um sério problema de “endogamia globalizada”. Tudo isto precisava ser revertido.

Atualmente, o objetivo primordial da maioria dos reba-nhos e raças é a redução de custos, particularmente os decor-rentes de baixa fertilidade e baixa rusticidade, fontes de des-cartes involuntários (por mortes, doenças, falhas reprodutivas, etc.) e custos extras. Nos EUA e na Europa muitos produtores se voltaram para a utilização de cruzamentos ou mesmo para utilização de outras raças para fazer face às perdas em saúde e rusticidade (Ducrocq, 2010). Tais perdas não ocorreram apenas no gado leiteiro, mas também no de corte e em outras espécies. Em geral, como consequência da seleção para maximização da produção com objetivos de lucro de curto prazo, sem considerar as restrições biológicas e os ganhos de longo prazo.

Com os novos conhecimentos adquiridos pela ciência e com as mudanças do cenário mundial, os antigos paradigmas foram reavaliados. Muitos mudaram e até se inverteram. Muito do que aprendemos e ensinamos como “certo” agora temos que ensinar que “hoje é errado” e vice-versa. Coisas da ciência que está em constante reavaliação. E necessitamos evoluir com ela.

Como estas mudanças são razoavelmente recentes, é natural que o conhecimento de muitos esteja defasado e que continuem a acreditar em conceitos já ultrapassados. Compre-ensível, mas não justificável, particularmente no meio científico e técnico. Cabe a estes acompanhar e divulgar as mudanças de conceitos e de “verdades”.

Novos paradigmasAs abordagens atuais são principalmente econômicas. O

foco não está mais em “produzir muito”, mas em “produzir bem”, com lucro, qualidade e respeito ao meio ambiente e aos animais. Não apenas resultados imediatos são considerados, mas tam-bém os de médio e longo prazo.

A “boa” vaca leiteira não precisa ter produções absolutas altíssimas, e sim eficientes e condizentes com o ambiente eco-nômico de produção.

Rusticidade, fertilidade, versatilidade e sustentabilidade são as novas palavras de ordem. A seleção visa hoje a obtenção de animais aptos a produzir economicamente nos sistemas em que irão lidar.

Atualmente, a produção não se baseia em um único mo-delo. Existe uma gama muito maior de sistemas de produção do que no passado. Desde os especializados e intensivos aos não especializados, “naturais”, “orgânicos”, etc. Todos eles de-vidamente analisados pela pesquisa. Para se ter uma ideia, nas últimas reuniões da European Association for Animal Production, têm sido apresentados trabalhos sobre sistemas altamente tec-nológicos, inimagináveis alguns anos atrás, mas também alter-

Page 44: Revista Guzerá 04

46 Revista Guzerá

Page 45: Revista Guzerá 04

47Revista Guzerá

Page 46: Revista Guzerá 04

48 Revista Guzerá

nativas eficientes e econômicas bem mais simples. Entre estes, trabalhos sobre aspectos que em passado recente seriam con-siderados “atrasados e ineficientes”, como uso de apenas uma ordenha/dia em certos sistemas, produção com base em pasta-gens e redução de uso de concentrados, etc.

Funcionalidade e lucroNas condições mais atuais de mercado a lucratividade

de uma empresa rural é altamente relacionada com redução de custos, versatilidade do sistema e qualidade dos produtos.

Uma forma de reduzir os custos é melhorar caracterís-ticas funcionais de importância econômica. Estas são principal-mente relacionadas com adaptabilidade, sobrevivência e aspec-tos que reduzem a carga metabólica das vacas (Solkner et al 2000).

Além das vantagens econômicas, a adaptabilidade ao ambiente e a rusticidade são importantes para aspectos cada vez mais demandados pelo consumidor, como segurança e qualidade alimentar (livre de pesticidas, antibióticos, hormônios, aditivos, etc.). Produtos para alimentação saudável, natural ou orgânica, que atendam aos requisitos de bem estar animal, etc., são cada vez mais exigidos ou contam com sobre preços. Muitos países já têm várias exigências neste sentido, para importação de produtos de origem animal, as atualmente importantes “bar-reiras não sanitárias”. Salienta-se que o Brasil tem melhores con-dições de atendê-las do que muitos outros países (p.ex.: animais a pasto, ordenha na presença do bezerro, etc.), sendo importan-te considerá-las em nossos programas de seleção e cuidar de não perder estas vantagens já existentes.

Versatilidade e lucro, “a carne do leite”A importância do aproveitamento da carne dos animais

oriundos de rebanhos leiteiros tem ficado cada vez mais eviden-te para a sustentabilidade econômica destes sistemas e para o meio ambiente. A chamada “carne leiteira” (dairy beef) passou

a ser “aproveitada” em todo o mundo. Tem sido recomendada como uma oportunidade de diversificar operações e aumentar a renda, principalmente quando a produção é com base em pas-tagens. Demonstrou-se que o “lucro secundário” da carne nos sistemas leiteiros costumava ser subestimado e que ele repre-senta considerável aumento nos rendimentos e desempenha importante papel na cadeia alimentar.

Por exemplo, 50% da carne consumida no Reino Unido é “leiteira” e a tendência é de aumento desta porcentagem. Nos EUA, Schaefer (2005) estimou que 2,35 milhões de bezerros Holstein são comercializados anualmente para carne. Estudos mais recentes indicam que 20% da carne consumida no país provêm de rebanhos leiteiros, cada vez com melhor qualidade, já que os produtores têm se preocupado mais com a qualidade da carne, da carcaça e do rendimento.

Tanto na Europa quanto nos EUA existem hoje vários “programas de qualidade de carne oriunda de gado de leite” sendo conduzidos por universidades, associações e órgãos go-vernamentais que contam com incentivos econômicos. Existe aumento no interesse de identificação de linhagens mais eficien-tes em velocidade de crescimento, conversão alimentar e que produzam melhor rendimento.

Vale repetir para os que ainda insistem na “angulosida-de” dos animais leiteiros, que ela hoje não é mais desejável; ao contrário, é punida com pesos negativos na maioria dos índices de seleção, inclusive no da Holstein Friesian Association, nos EUA. Esta mudança ocorreu após demonstração do antagonis-mo genético de fertilidade e saúde com a tão preconizada “forma leiteira” e com as altíssimas produções. Animais “descarnados” produziam muito em uma lactação, mas não em sua vida pro-dutiva nem de forma mais lucrativa. Verificou-se que a seleção para animais “angulosos” diminuiu a fertilidade e o desempenho funcional e deveria ser revertida.

Conforme Lee et al. (2010), particularmente em sistemas onde existem flutuações na qualidade da alimentação, a sele-ção para capacidade de acumular gordura nas novilhas pode ser usada para contrapor aos efeitos indesejáveis da seleção para maior produção nas reservas de energia das vacas. Estas reservas são fundamentais para manter a produtividade e fertili-dade em períodos subótimos de alimentação, que ocorrem na produção a pasto devido às variações da qualidade do mesmo, no decorrer do ano.

Ou seja, atualmente a vaca leiteira não precisa (nem deve!) ser descarnada. Os animais com mais músculos e ca-pazes de armazenar gordura são capazes de compensar, com suas reservas corporais, os períodos de nutrição desbalanceada, apresentando melhor persistência, fertilidade e saúde. Estes as-pectos são favoráveis à produção simultânea de carne e leite. Infelizmente, muitos não tomaram conhecimento disto e ainda se ouve por aí que a vaca leiteira deve ter “as três cunhas”! Hoje isto é mito.

Mau

rício

Far

ias

Page 47: Revista Guzerá 04

49Revista Guzerá

Dupla aptidão e lucroNeste novo cenário, as raças e sistemas de dupla apti-

dão que “andavam esquecidos” da ciência e da mídia, readquiri-ram importância e passaram a ser mais estudados, em particular na Europa. Diversos trabalhos demonstraram haver importante espaço a ser ocupado por eles na pecuária mundial. Popular-mente é dito que permitem “aproveitar a vaca inteira”. Os altos preços dos bezerros de raças de dupla aptidão em relação aos das leiteiras são incentivo a produzir bons bezerros e menos leite (com menores custos de alimentação e manejo) por vaca, favorecendo-as (Graser e Averdunk, 1990).

Enfim, hoje está bastante comprovado que não apenas é possível, mas, em muitos casos, desejável econômica e eco-logicamente, produzir leite e carne de qualidade em um único sistema de produção. E que, junto da produção especializada de carne ou de leite (sempre haverá situações em que serão as mais adequadas), existe importante e crescente espaço para a dupla aptidão. Este pode ser preenchido pelo melhoramento da capacidade de produção de carne nas raças leiteiras, pelo de cruzamento destas com raças de corte ou de dupla aptidão ou pelo uso de raças melhoradas para dupla aptidão.

No Brasil e em outros países tropicaisPara os países tropicais, as vantagens da dupla aptidão

podem ser mais acentuadas. Sua utilização é antiga e atualmen-

te crescente. Estudos econômicos indicaram que a rentabilidade da pecuária leiteira tropical tem como base alimentos baratos (pastagens e pouco uso de concentrados), instalações simples, uso limitado de medicamentos (baixos custos), gado produtivo e rústico e maior receita com venda de animais (dupla aptidão).

No Brasil, considerável parte do leite provém de reba-nhos cruzados europeu-zebu, nos quais se aproveita o bezerro e as vacas de descarte para produção de carne, portanto de re-banhos de dupla aptidão. Em geral, a lucratividade destes siste-mas é relacionada com menores custos de produção e maiores receitas com a venda de animais (Holanda e Madalena, 1998; Holanda e Gomes, 1999). Assim, a saúde e conformação das vacas e a qualidade dos bezerros podem ser importantes para grande parte deles.

A Venezuela tem 90% do leite produzido por gado de dupla aptidão (Vaccaro, 1996). No México e em outros países da América Central, estes sistemas são altamente difundidos e sua eficiência tem sido demonstrada (Burgmeyer et al., 1998). Na Colômbia, seu uso tem sido cada vez mais difundido, acom-panhando a tendência da migração da produção de leite para as terras mais quentes. Neste país, existe inclusive uma associação visando investigação, desenvolvimento, promoção e fomento deste tipo de sistema, a Asodoble (Zambrano e Arango, 2005). Produtores destes países são altamente interessados na gené-tica brasileira de zebu melhorado, para leite e de dupla aptidão.

Page 48: Revista Guzerá 04

50 Revista Guzerá

Raças de dupla aptidãoAs raças de dupla aptidão atendem bem às novas ten-

dências. Trata-se de “genética multiuso” (ou “vaca total flex”, como definiu um pesquisador da Epamig). Com produção equi-librada e robusta de carne e leite, em geral apresentam me-nores riscos de mercado, adaptabilidade superior, vantagens éticas e ecológicas. São, geralmente, raças versáteis que po-dem atender bem fazendas grandes ou pequenas, de alto ou médio nível de manejo, apresentando ótimas perspectivas para cruzamentos tanto para produção de carne quanto de leite.

Por tudo isto estas raças têm apresentado recentemen-te grande incremento em número e despertado muito interesse em todo o mundo, em particular na Europa e países tropicais. Conforme informou o cientista Johann Sölkner, no recente 1º Workshop Internacional: Genômica aplicada à pecuária (Araça-tuba, março de 2011), 80% do gado na Áustria é atualmente de dupla aptidão, e na Alemanha esta porcentagem é ainda maior.

Nestas raças, que contam com avaliações genéticas para ampla gama de características, os animais podem ser selecionados em função de critérios específicos, consideran-do objetivos econômicos particulares ou regionais. Mais para carne ou para leite, maior ou menor peso para rusticidade, etc., conforme o interesse do mercado. Por exemplo, na Suíça, que requeria produção de leite maior que a do Fleckvieh original, foi formado o Fleckvieh Suíço, com alguma infusão de sangue Holstein e maior intensidade seletiva para esta função do que na Alemanha.

Salienta-se que a moderna genética considera de dupla aptidão raças com melhoramento simultâneo e integrado para características de leite e de corte, simultaneamente. Não as que apenas se intitulam como tal e não apresentam avaliação genética (DEPs, PTAs) integrada para características de corte

e leite de seus animais.

O Guzerá no contexto atualA raça Guzerá é “naturalmente rústica”,

devido à seleção natural, por milênios, no seu ambiente de origem: semi-árido e pré-deserto indiano. Uma das melhores produtoras de lei-te da Índia é também das mais bem quistas para tração, devido a seu porte e musculatura avantajados. Ou seja, “naturalmente de dupla aptidão”.

No Brasil, desde sua importação nos finais do século XIX, tem sido usada tanto para produção especializada de carne quanto para a de carne e leite, simultaneamente. Em 1994, quando foram implantados os programas em moldes modernos do melhoramento, as pe-culiaridades da raça que estavam em acordo com as novas tendências que surgiam na épo-

ca foram consideradas. As avaliações são conduzidas em ambiente comercial

“realista”, de modo a preservar a rusticidade milenar da raça. Busca-se melhorar aspectos de qualidade e funcionalidade junto com a capacidade produtiva, de modo sustentável e equi-librado.

No Guzerá, além dos rebanhos de dupla aptidão exis-tem os especializados na produção de carne e outros na de leite. Não havendo diferenças de “tipo racial” entre as diferen-tes “correntes de seleção funcional”, as diferenças de objetivos econômicos regionais e mercadológicos são compreendidas e respeitadas. Existe apenas uma associação de raça (ACGB) que abriga todas as opções de seleção funcional. Os progra-mas de melhoramento foram delineados de forma a atender a todos sem dividir a raça em subgrupos. Estes são conectados geneticamente e permitem a participação apenas nas avalia-ções para leite ou carne, mas também em ambas simultane-amente.

Assim, apesar da existência de rebanhos especializa-dos na produção de carne ou de leite, a Guzerá, como um todo, é uma raça de dupla aptidão conforme os modernos conceitos da genética. Isto se deve à existência dos rebanhos de dupla aptidão. Os “duplo-provados”, avaliados e selecionados tanto para leite quanto para carne, permitem conectar geneticamen-te e comparar animais dos demais segmentos em um único conjunto. Tornam possível o fluxo gênico entre os subgrupos da raça (Fig.1). Hoje existem muitos descendentes de antigos “touros leiteiros” nos “rebanhos de corte” e vice-versa. No zebu brasileiro a Guzerá é a única raça que possui avaliação genéti-ca carne-leite integrada e conectada geneticamente, publican-do DEPs para carne e leite em um único sumário de touros.

Mas, por ser a Guzerá uma raça de dupla aptidão, isto não significa que todos os animais sejam “bons de carne e

Jadi

r Biso

n

Page 49: Revista Guzerá 04

51Revista Guzerá

Page 50: Revista Guzerá 04

52 Revista Guzerá

bons de leite”. Os rebanhos/linhagens/ani-mais selecionados apenas para carne são usualmente superiores na produção de car-ne, mas não necessariamente na produção de leite. Vale ressaltar que em geral contam com grande habilidade materna decorrente da capacidade leiteira de suas matrizes.

Os selecionados apenas para pro-dução de leite desenvolvem principalmen-te esta aptidão. É nos selecionados para ambas as aptidões simultaneamente que estão os animais de real dupla aptidão: “bons de carne e bons de leite”. E “bons” não apenas em quantidade de leite, mas principalmente em qualidade: altos teores de proteína, gordura e sólidos totais, bai-xa contagem de células somáticas, alta frequência do alelo B da kappa caseína (“leite queijeiro”), etc., aspectos avaliados geneticamente e passíveis de serem con-siderados na seleção.

Esclarecendo: a Guzerá é uma raça só. Possui apenas uma Associação de Criadores e apenas um padrão racial. Todo Guzerá deve ser rústico, fértil, saudável e longevo. Ser “bom” produtor de leite ou de carne é apenas uma questão de comprovar a ca-pacidade para exercer (e transmitir) esta função produtiva. A aptidão deve ser comprovada com números. Na raça, “de corte” são considerados os animais com DEPs superiores para as características de corte, “leiteiro” para as leiteiras, e “dupla aptidão” os superiores em ambos os conjuntos de características.

Existe um grande número de animais com sua dupla aptidão comprovada por DEPs confiáveis, chanceladas pela Embrapa, ANCP, ABCZ e CBMG. Não que “o maior” produtor de leite seja “o maior” produtor de carne, mas são animais “comprovadamente bons de carne e bons de leite”, simulta-neamente. São superiores à média da raça e “melhoradores” em ambos os quesitos. Uns se destacam mais no leite, outros se destacam mais na carne. Talvez, para muitas situações de criação e mercado, mesmo que não sejam “os maiores”, estes animais podem ser “os melhores” do ponto de vista econômico e em acordo com as novas tendências mundiais descritas neste artigo.

Com o Guzerá é possível produzir vacas rústicas, fér-teis, sadias, com boa produção leiteira e, ao mesmo tempo, bezerros valiosos para produção de carne. Animais produ-tivos, mas também funcionais e adaptados, produzindo ali-mentos de alta qualidade e demandando poucos recursos. Gado fácil de manejar com desempenho eficiente, fazendo face aos aumentos de custos e pressão de racionalização. Uma raça que atende as modernas tendências científicas,

técnicas e produtivas. Então, respondendo à pergunta do título: Bom de car-

ne e bom de leite é possível?– Para o Guzerá, sim! E com muita rusticidade e be-

leza. Talvez por isso esta raça esteja crescendo tanto.Exemplos de animais “bons de carne e bons de leite”

comprovados com números:

Figura 1 - Conexão dos rebanhos aferidos apenas para carne ou para leite através dos “duplo-provados”, permitindo fluxo gênico entre os distintos grupos: descendentes de touros dos rebanhos de corte acabam chegando nos reba-nhos leiteiros e vice-versa através da utilização/seleção nos rebanhos dupla aptidão.

Touro com DEP leite +242 e “top” 13% no IQG-ABCZ. Irmão completo (MOET) da atual recordista mundial da raça em produção de leite (43,7 kg/dia), DEP leite +344.

Divu

lgaç

ão

Page 51: Revista Guzerá 04

53Revista Guzerá

Touro com DEP leite +136 e “top” 1% no MGT-ANCP e 0,1% no IQG-ABCZ.

Divu

lgaç

ão

Vaca com DEP leite + 297 e “top” 50% em MGT-ANCPEx-recordista mundial da raça em produção de leite (42,12 kg/dia)

Divu

lgaç

ão

Algumas vantagens da dupla aptidão:1- A venda do leite proporciona ingresso contínuo de recursos em curto prazo 2- Permite minimizar os riscos ao oferecer maior flexibilidade de acordo com as mudanças no preço do leite e da carne 3- Os animais de dupla aptidão podem ser mais resistentes às condições rústicas de criação e doenças regionais 4- Maior eficiência fisiológica e econômica5- Pode ser mais correto do ponto de vista ecológico e do bem-estar animal(Fonte: Nicholson et al., 1995; Holanda et al., 1998; Burgmaier et al.,1998; Holanda et al., 1999; Torres et al., 2001; Guimarães et al., 2003 Krauslich, 2003, etc.)

Page 52: Revista Guzerá 04

54 Revista Guzerá

Guzerá - Quais pesquisas na área genética estão sendo desenvolvidas com a raça Guzerá?

Maria Raquel - Temos trabalhado com o desenvolvimen-to de marcadores moleculares para o estudo da diversidade

genética, para características da produção leiteira e, mais recen-temente, para a investigação de características comportamentais, como habilidade materna e temperamento.Em termos de diversidade genética, foi desenvolvido um estudo

que cobriu indivíduos de toda a área de distruibuição da raça no Brasil. Este estudo, coordenado pela Dr. Maria Ga-

briela Peixoto, teve por objetivo averiguar como está a diversidade genética do Guzerá e como ela se

encontra distribuída pelos rebanhos do país. Este dado é muito importante, pois é necessá-

rio manter reservas de diversidade genética, para impedir perdas causadas pela consan-guinidade. Além disto, estamos desenvolvendo um painel de marcadores moleculares para

o cromossoma Y de zebuínos. O primei-ro teste do painel foi realizado este ano, como parte de um

projeto de mestrado de uma aluna minha. O painel consegue identificar duas linhagens de Guzerá e duas de Gir. Nós acredi-

tamos que o número de linhagens seja maior, e, portanto, vamos associar maior número de marcadores genéticos a este painel. Uma boa ferramenta para identificar os diferentes cromssomas Y é importante, pois permitirá conservação das diferentes linhagens paternas.Em termos de marcadores moleculares para a produção leiteira, iniciamos trabalhando com genes já bem caracterizados em tau-rinos. Estes genes foram a kappa-caseína, beta-lactoglobulina, BoLA, prolactina e DGAT1, entre outros. Este projeto está em de-

Avanços nas pesquisas com marcadores moleculares, diversidade gené-tica e características comportamentais prometem dar uma nova cara à

seleção animal e acelerar o melhoramento genético do rebanho brasileiro. A professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (Universidade

Federal de Minas Gerais), Maria Raquel Santos Carvalho, está desenvolvendo pesquisas com a raça Guzerá para detectar

marcadores moleculares específicos para os zebuínos. Em entrevista à revista Guzerá, ela fala sobre várias

pesquisas na área genética, os resultados alcançados até agora e como os produtores podem

usar essas informações no processo de seleção.

Entrevista

Investigação genética

Mar

celo

Cor

deiro

Page 53: Revista Guzerá 04

55Revista Guzerá

senvolvimento juntamente com o Dr. Marco Antônio Machado, da EMBRAPA Gado de Leite de Juiz de Fora.Revista Guzerá – Grande parte dos marcadores moleculares já divulgados por empresas ou centros de estudo têm como base as raças taurinas. Nos zebuínos, quais são os genes que vocês estão buscando?Maria Raquel - Como nem todas as variantes associadas à pro-dução leiteira descobertas em taurinos estão presentes em zebuí-nos, partimos para a busca de variantes próprias do Guzerá. Para tanto, estamos investigando (e já descobrimos variantes) os genes da ocitocina e em genes reguladores do metabolismo de lipídios (DGAT1, INSIG1, PPARG, PPARGC1A e SREBF1). Atualmente, estamos padronizando os métodos para detecção destas varian-tes, de modo a podermos investigar quais estariam associadas a características de produção e/ou composição do leite do Guzerá.Revista Guzerá - Os estudos sobre características comportamen-tais, como habilidade materna e temperamento, também vão gerar marcadores moleculares?Maria Raquel - A investigação do comportamento animal está sendo desenvolvida em dois projetos. Nestes estudos, estão sen-do estudados o comportamento materno e temperamento. Ambos estão em fase de avaliação dos animais. O primeiro é coordenado pela Dra. Maria de Fátima Ávila Pires, da EMBRAPA Gado de Leite de Juiz de Fora, e o segundo pelo Prof. Dr. José Aurélio Garcia Bergmann, da Escola de Veterinária da UFMG. Este, entretanto, é um trabalho de formiguinha. Para gerar-se um maior número de marcadores moleculares, é necessário um projeto genoma. Por-tanto, simultameamente a este trabalho, está sendo desenvolvido no Instituto de Pesquisas René Rachou, e em colaboração com a EMBRAPA Gado de Leite e o Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, com apoio da SECTES/MG, Fapemig, Polos de Exce-lência em Genética e do Leite, o projeto de sequenciamento com-pleto das raças zebuinas Gir e Guzerá. As sequências geradas precisam ser reunidas (montagem) para permitir a identificação de variantes genéticas, que possam ser usadas nos estudos de asso-ciação. A nossa estimativa é que para o próximo ano já tenhamos marcadores moleculares específicos para o Guzerá e o para o Gir, para iniciarmos os estudos de associação.Revista Guzerá - Quais os resultados alcançados até agora e de que forma eles estão sendo aplicados pelos produtores?Maria Raquel - No futuro, com certeza a seleção usará informa-ções de paineis de marcadores moleculares. Até que se chegue a painéis eficientes, é necessário entender-se o papel de cada gene e de cada variante, em cada raça. Com este objetivo, fizemos e disponibilizamos a genotipagem dos marcadores moleculares mais importantes no Guzerá. Neste contexto, dois marcadores são mais importantes. Um deles é a kappa-caseína e o outro é o DGAT1. Se o rebanho visar a produção de leite para queijo, o alelo B no locus da kappa-caseina confere coagulabilidade bem melhor do que o A. Estes alelos não se correlacionam entretanto a maior produção de leite. Acredito que esta informação está sendo usada.Já o locus DGAT1 tem um polimorfismo muito bem caracterizado,

onde o alelo A (DGAT1 232A) se correlaciona à maior quantidade de leite, com menos gordura. Este leite é, portanto, mais saudável para consumo humano. Como leite e derivados estão entre as prin-cipais fontes de gordura da dieta, uma composição mais saudável está sendo buscada em diversos paises. O alelo A foi identificado em animais Guzerá, mas é muito raro. Seria interessante incluir es-tes animas em sistemas de cruzamento para evitar a perda deste alelo. Desde que, é claro, sejam animais com avaliação genética de produtividade positiva.Por outro lado, há a informação gerada sobre a diversidade gené-tica da raça. Os resultados deste projeto, assim como os resulta-dos dos testes de paternidade baseados em DNA, já podem ser usados com o intuito de preservar/aumentar a diversidade gené-tica. Uma raça deve ser vista como um manancial. Quanto maior a riqueza em diversidade, maior a chance de se adaptar às mu-danças de ambiente, que virão. Além disto, em um sentido mais amplo, o ambiente inclui o próprio mercado. Um exemplo disto é a questão do leite saudável para consumo humano. Há alguns anos nem se falava. Daqui a mais alguns anos, será exigência!Os demais estudos estão em andamento e deverão gerar resulta-dos mais diretamente aplicáveis nos próximos anos. Métodos de custo mais baixo estão surgindo. Com os dados do genoma, será possível desenvolver painéis de marcadores moleculares especí-ficos para a raça Guzerá. Outro desenvolvimento importante é a redução do custo do sequenciamento. Associado a métodos que permitem a investigação direta das regiões funcionais do genoma (a maior parte não é funcional!), teremos informações específicas, sobre as variantes que realmente fazem diferença. Esta nova técni-ca se chama exoma. Já está disponível para humanos e em breve estará disponível para bovinos. É importante ressaltar, entretanto, que antes de usar o exoma (assim como antes de usar SNPs) será necessário desenvolver os estudos de associação, descoberta de variantes genéticas específicas de cada raça.Portanto, há muito caminho pela frente. O desenvolvimeto mais importante destes últimos anos foi na verdade o aumento do nú-mero de animais participando dos programas de avaliação oficiais. A raça Guzerá está atingindo a massa crítica de dados necessária para se poder descobrir a contribuição das variantes genéticas ou de regiões do genoma, para as diferentes características. Isto é uma grande notícia!Revista Guzerá - Há alguns anos, a seleção genômica utilizava painéis de SNPs desenvolvidos com base nas variações genéticas descobertas em Bos taurus. Como está a situação hoje? Qual tem sido a contribuição da seleção genômica e qual a expectativa para os próximos anos em relação a essa tecnologia? O custo ainda é caro?Maria Raquel - A aplicação de métodos como seleção genômica não depende apenas das ferramentas e dos custos. Depende da genotipagem de grande número de animais participantes de siste-mas de avaliação, para identificação de que conjunto de variantes genéticas (haplótipos) marcam cada região associada a uma de-terminada característica. Estes dados ainda não estão disponíveis para raças zebuínas brasileiras.

Page 54: Revista Guzerá 04

56 Revista Guzerá

V ocê sabe como surgiu o Centro Brasileiro de Melhoramento do Guzerá (CBMG)?

É uma história interessante de se conhe-cer. Em maio de 1992, alguns criadores de Gu-zerá estavam reunidos na Fazenda da Barra, em Além Paraíba, Minas Gerais, com o objetivo de discutir sobre as ações que seriam necessárias para o crescimento desta raça. Resolveram, una-nimemente, fundar uma organização para colocar a prova os múltiplos méritos da mesma, por meio de procedimentos científicos. Na liderança deste grupo estava Bernhard Karl Georg Winkler, um homem idealista e com incrível visão de futuro, que veio a ser o 1º Presidente do recém fundado CBMG, e nunca mediu esforços para tornar reali-dade o que fora definido pelos pioneiros naquele encontro.

Ao longo destes anos, o CBMG vem con-gregando os criadores interessados em partici-par de programas de avaliação genética e sele-ção para todas as características produtivas, de provas zootécnicas e pesquisas; vem mantendo relações de cooperação e solidariedade com ou-tras entidades afins, somando esforços para pro-duzir o melhor conhecimento, organizando-os, divulgando-os e difundindo-os, em todo território nacional, para que sirvam de subsídios para boas práticas no campo.

Há 17 anos o CBMG implantou um teste de progênie para avaliação de características lei-teiras, em parceria com a Embrapa – Gado de Leite e um Núcleo Moet de seleção para dupla aptidão, em parceria com a UFMG. Estes proje-tos, hoje estão integrados dentro do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite

CBMG,um pouco de história

Ariane Maria Figueiredo MenicucciPresidente do CBMG

Seminários-vitrine promovidos pelo CBMG contam com a participação de dezenas de criadores

Parceiros

Page 55: Revista Guzerá 04

57Revista Guzerá

(PNMGuL) e contam, também, com a parceria do PMGZ-AB-CZ, produzindo avaliação ge-nética unificada. Desde 2000 vem realizando avaliação para características de cor-te, em parceria com a ANCP, tanto nos rebanhos especiali-zados para carne quanto nos de dupla aptidão, conectando geneticamente os rebanhos selecionados para os distintos objetivos econômicos. Mais recentemente vem realizando o Projeto Genoma, em parce-ria com o ICB/UFMG/Embra-pa, entre outros.

Como produto destas parcerias foi publicada no Su-mário do PNMGuL de 2010 a avaliação de 354 touros, dos quais 325 são positivos para a produção de leite. Destes, 180 touros têm publicado no mesmo sumário as avalia-ções para 12 características de corte e reprodução feitas pela ANCP, e 26 deles possuem avaliações para medi-das lineares e comportamentais feitas pela EMBRAPA – Gado de Leite/CBMG/ACGB. Também são apresen-tados os genótipos para Kappa-caseína (KCS), Beta-lactoglobulina (LGB), DGAT1 (K232A) e Prolactina (PRL) de 71 touros e, em publicação a parte, o genótipo de 129 vacas. No referido Sumário foram publicadas avaliações de 489 vacas geneticamente superiores para produção de leite, com idade inferior a 12 anos, para subsidiar es-colhas de quais merecem ser multiplicadas através de modernas tecnologias reprodutivas (TE e FIV).

Muitas são as conquistas alcançadas por meio dos procedimentos científicos realizados. Dentre elas destacamos: avanços na produção de leite, respeitando as exigências modernas de sustentabilidade da produ-ção e do próprio melhoramento; aumento do número de adesões de criadores ao Programa e, consequentemen-te, aumento no volume de animais participantes das ava-liações; e aumento do número de trabalhos científicos que vem sendo conduzidos na raça.

Entretanto, há um resultado, fundamental, que sintetiza todos os outros: a raça Guzerá reassumiu o importante papel que historicamente desempenhou na formação do rebanho nacional e na economia rural. Pre-dominante até a década de 30, amplamente utilizada na formação de outras raças e cruzamentos, ela ressurge e reconquista seu espaço por seus múltiplos méritos, ago-ra cientificamente comprovados.

Para aprimorar ainda mais e tornar mais completo o nosso trabalho, estamos atentos e buscando aprofun-damento em estudos econô-micos e a socialização dos resultados. Nos últimos dois anos realizamos alguns semi-nários, que denominamos Se-minário-Vitrine: Melhoramento Animal Sustentável, e, através deles temos encurtado a dis-tância entre a produção de co-nhecimentos e as atividades rurais. É nossa meta intensi-ficar estas ações educativas de modo a assegurar que os conhecimentos produzidos possam ser transpostos para práticas nas atividades rurais, melhorando tanto o trabalho

do selecionador quanto daquele que se beneficia da se-leção.

A raça Guzerá é completa. Seus indivíduos têm múltiplas qualidades: são rústicos, férteis, longevos, dó-ceis, possuem ótima capacidade de conversão alimentar e ganho de peso, possuem ótima habilidade maternal e produção leiteira, possuem grande pureza racial capaz de produzir heterose em qualquer cruzamento e, além de tudo isto, têm muita beleza. Com todas estas qualidades o Guzerá permite diferentes trabalhos de melhoramento genético e seleção. E é o que vemos hoje. Temos re-banhos que trabalham selecionando seus animais para aumentar a capacidade de conversão alimentar, ganho de peso e terminação de carcaça, visando à produção de carne. Outros trabalham selecionando seus animais visando aumentar a produção de leite. Outros, ainda, selecionam seus animais para a dupla aptidão. Não se ocupam com a maximização de produção nem para o corte, nem para leite, mas sim com o desenvolvimen-to simultâneo e equilibrado economicamente de ambas as habilidades. Há também aqueles que se ocupam em buscar a perfeição racial de seus animais. Enfim, muitos são os trabalhos desenvolvidos, mas a raça é uma só, indivisa.

Os avanços apoiados nos trabalhos científicos, a despeito dos muitos percalços do caminho, estão con-solidando boas práticas tanto nas fazendas de rebanho puro quanto nas fazendas de rebanho mestiço. Sabendo que nada fica pronto, que qualquer resultado que alcan-çamos hoje, pode e deve ser superado amanhã, segui-mos almejando sempre chegar a um patamar superior.

“A raça Guzerá é completa.

Seus indivíduos têm múltiplas quali-

dades: são rústicos, férteis, longevos,

dóceis, possuem ótima capacidade de

conversão alimentar e ganho de peso,

possuem ótima habilidade maternal

e produção leiteira, possuem grande

pureza racial capaz de produzir hetero-

se em qualquer cruzamento e, além de

tudo isto, têm muita beleza.”

Page 56: Revista Guzerá 04

58 Revista Guzerá

O s criadores que foram destaque nas pistas das exposições ranqueadas pela Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil participaram da entrega de prêmio dos melhores do Ranking 2009/2010. A solenidade aconteceu no dia 26 de fevereiro, no Rio de Janeiro, durante o II Leilão Princesas da Raça. Confira os premiados:

Os melhores do Ranking 2009/2010

Melhor Criador

1º Lugar - Geo Participações Ltda João de Lima Geo Filho, Paulo Menicucci e Rogério B. Araujo

2º Lugar - João Natal Cerqueira João Natal Cerqueira e Paulo Menicucci

3º Lugar - Antônio P. Salvo Outros Gustavo Salvo, Paulo Menicucci e Antônio Salvo

Melhor Expositor

1º Lugar - Geo Participações Ltda João de Lima Geo Filho, Alberto Marques S. Maia e

Rogério B. Araujo

2º Lugar - Antônio P. Salvo Outros Gustavo Salvo e Alberto Marques S. Maia

3º Lugar - Guzerá SuaçuíMarcelino de Lima e Alberto Marques S. Maia

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Exposições

Page 57: Revista Guzerá 04

59Revista Guzerá

Melhor Reprodutor

1º Lugar - Signo AM / Prop.: João NatalJoão Natal Cerqueira e Leizer Valadão

2º Lugar - Mabrouk da Vic / Prop. Maria Victoria Leizer Valadão representando Maria Victoria Bolivar

3º Lugar - Embaixador TE FP / Prop.: Carlos PontualCarlos Pontual e Leizer Valadão

Melhor Matriz

1º Lugar - Alice da Morumbi / Prop.: Guzerá Suaçuí/ Guz. 3 Irmãos Washington Dias, Luiz Guilherme Soares, Silvely Janota Antunes,

Marcelino de Lima e Lincoln Dias

2º Lugar - Beleza GCR / Prop.: G. Ramenzoni/G. Perfeita União/G. Tiatã/G. Rosalito e G. HE

Luiz Guilherme Soares e Antônio Paiva

3º Lugar - Carrera EB da Ipe / Prop.: Agropec. São Marcos Paulo de FariaLuiz Guilherme Soares e Antônio Caetano Pinto

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Page 58: Revista Guzerá 04

60 Revista Guzerá

Melhor Macho Jovem

1º Lugar - Irlo EB da Ipe / Prop.: Agropec. São Marcos Paulo de FariaLuciano Bomfim e Antônio Caetano Pinto

2º Lugar - Juacir da Suaçuí / Prop.: Guzerá Suaçui Marcelino de Lima e Luciano Bomfim

3º Lugar - Figo FIV TIR / Prop.: Guzerá 3 Irmãos Lincoln Dias Janota Antunes & filhos e Luciano Bomfim

Melhor Fêmea Jovem

1º Lugar - Fogosa FIV Geo / Prop.: Geo Participações Ltda João de Lima Geo Filho, Ariane Menicucci e Rogério B. Araujo

3º Lugar - Jambu VII FP / Prop.: Carlos PontualCarlos Pontual e Ariane Menicucci

2º Lugar - Camboja II S / Prop.: Antônio P. Salvo Outros Gustavo Salvo e Ariane Menicucci

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s Gise

le M

ülle

r

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Page 59: Revista Guzerá 04

61Revista Guzerá

Melhor Macho Adulto

1º Lugar - Imigrante da Suaçuí / Prop.: Guzerá Suaçuí Marcelino de Lima e Paulo Emílio Almeida Carneiro

2º Lugar - Kalindri FIV FP / Prop.: Carlos PontualCarlos Pontual e Paulo Emílio Almeida Carneiro

3º Lugar - Beijim S / Prop.: Antônio P. Salvo Outros Gustavo Salvo, Pedro Oliveira de Salvo e

Paulo Emílio Almeida Carneiro

Melhor Fêmea Adulta

3º Lugar - Mantua EG / Prop.: Adriano Varela e Geraldo Melo Filho Adriano Varela, Geraldo Melo Filho e Alberto Marques Jr

2º Lugar - Hitita EB da IPE / Prop.: Agropec. São Marcos Paulo de Faria Alberto Marques Jr e Antônio Caetano Pinto

1º Lugar - Inflação da J. Natal / Prop.: G. Origem/G. Capital/G. Morada Nova/G. 3 Irmãos

Lincoln Dias, Alberto Marques Jr, Adriano Varela, Rogério Sampaio, Brilhante Neto e Washington Dias

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Zzn

Pere

s

Page 60: Revista Guzerá 04

62 Revista Guzerá

P resença confirmada em 25 exposições brasileiras, a raça Guzerá terá um ano de pistas cheias. A 46ª Municipal Agropecuária de Avaré (Emapa), realizada de 11 a 27

de março, em Avaré (SP), teve a participação de 23 expositores. Sob a batuta dos jurados Gilmar Siqueira de Miranda, Russel Rocha Paiva e Rodrigo Madruga, os julgamentos contaram com 187 animais na pista do Parque Fernando Cruz Pimentel. Entre as fêmeas, a vitória ficou com Joia EB da Ipê, da Agropecuária S. Marcos. O título de Reservada Grande Campeã ficou com Latiffa da Suaçuí, da Fazenda Suaçuí. Entre os machos, quem venceu foi Irlo EB da Ipê, da Agropecuária S. Marcos. Guzerá da Barra Jango FIV, da Fazenda da Barra, ficou com o troféu de Reservado Grande Campeão.

Na classificação dos expositores, a Agropecuária S. Marcos – Paulo de Faria Ltda. ficou em primeiro lugar, seguida de Mario Ermírio de Moraes – Espólio. Os dois melhores criado-res classificados em Avaré foram Agroville Agric. e Empreend. Ltda. e Mario Ermírio de Moraes – Espólio, primeiro e segundo lugares, respectivamente.

A segunda feira do ano com a presença da raça Guze-rá, a 73ª Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Gran-de (Expogrande) teve julgamento da raça no dia 16 de abril. A disputa na pista do Parque de Exposições Laucídio Coelho foi conduzida pelo jurado Carlos Alberto Celestino (Betão). Outras duas feiras marcadas para abril contaram com a presença do Guzerá. A 42ª Expo Agro de Itapetininga, em São Paulo, reali-zada de 18 a 23 de abril, no Parque de Exposições Acácio de Moraes Terra e a Expoleilão 2011, de 28 de abril a 1º de maio, acontece no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN). Os resultados serão divulgados no site das

As estrelas das pistasFeiras em diversos Estados contarão com a participação da raça Guzerá

Foto

: Mau

rício

Far

ias

entidades organizadoras.A raça ainda marcará presença na maior feira de zebuí-

nos do mundo, a ExpoZebu. Neste ano estão inscritos 396 ani-mais, número pouco acima dos 384 de 2010. Os jurados serão: Célio Arantes Heim, João Eudes Lafetá Queiroz e Roberto Vilhe-na Vieira. A raça estará na pista do Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), entre os dias 4 e 7 de maio. O Concurso Leiteiro será disputado por 26 fêmeas, entre os dias 3 e 6 de maio.

A genética apurada de animais de plantéis renomados da raça Guzerá estará à venda no 1º Leilão Virtual ACGB, via in-ternet, no site canaldapecuaria.com.br, cujo encerramento será no dia 1º de maio, às 19h, no recinto da Leilopec, durante um coquetel. Serão ofertados aproximadamente 30 lotes no leilão. Vários outros leilões de Guzerá estão programados para a Ex-poZebu 2011: 3º Guzerá Duplo Provado de Uberaba, na Cháca-ra Nelore Nacional, no dia 2 de maio, às 20h; 5º Majestades da Raça / 18º Guzerá Brasil, na Chácara Nelore Nacional, às 20h, no dia 3; Leilão Herdeiras da Raça, na Fazenda Índia, às 13h, no dia 4. Haverá ainda o Shopping Guzerá, que será aberto no dia 1º, às 10 horas, na Leilopec, e funcionará até o dia 10 de maio.

No dia 2 de maio, a ACGB e o Centro Brasileiro de Me-lhoramento Genético (CBMG) realizarão assembleia a partir das 10h, no Dan Inn Hotel, localizado ao lado do Parque. No dia 4, os criadores poderão participar da apresentação técnica do Sumário da Raça Guzerá, a partir das 11h, no Salão Nobre da ABCZ. O lançamento da publicação será no dia 6 de maio, às 17h, no Espaço Zebu Leiteiro.

Presença marcada em todo o Brasil – Veja, a seguir, a lista completa das feiras onde ocorrerão julgamentos de Guzerá.

Eventos

Page 61: Revista Guzerá 04

63Revista Guzerá

Page 62: Revista Guzerá 04

64 Revista Guzerá

DATAMAIO - 77ª EXPOZEBU01/05/2011

2/5/2011

3/5/2011

4/5/2011

5/5/2011

6/5/2011

7/5/2011 MAIO13 a 29/05/2011

16 a 22/05/2011

21/05/2011

23 a 29/05/2011

JUNHO06 a 15/06/2011

13 a 17/06/2011

26/06 a 13/07/2011

JULHO01 a 10/07/2011

EVENTO

10:00 às 20:00 h - Shopping Guzerá (até o dia 10 de maio)18:00 h - Coquetel de lançamento do Shopping Guzerá e encerramento presencial do 1º Leilão Virtual ACGB10:00 h - Assembleia ACGB 11:00 h - Assembleia CBMG20:00 h - 3º Guzerá Duplo Provado de Uberaba 08:00 h - Início do Shopping Guzerá Uniube14:00 h - Início do Concurso Leiteiro - ESGOTA 20:00 h - 5º Majestades da Raça / 18º Guzerá Brasil 07:30 às 12:30 h - Julgamento 11:00 h - Apresentação Técnica do Sumário da Raça Guzerá13:00 h - Leilão Herdeiras da Raça07:30 às 12:30 h - Julgamento 13:00 h - Brasil Agro (ABCZ) Todas as Raças07:30 às 12:30 h - Julgamento 15:00 h - Encerramento do Concurso Leiteiro 17:00 h - Lançamento do Sumário da Raça Guzerá07:30 às 12:30 h - Julgamento 14:00 às 18:00 h - Julgamento

66ª EXPOGOIANIA Parque Agropecuário Dr. Pedro LudovicoInformações: (62)9979-448968ª EXPOSIÇÃO AGROPECUARIA DE CURVELOParque de Exposições Antônio Ernesto de SalvoInformações: (38) 3721-522217º LEILÃO GUZERÁ CURVELO - ANTÔNIO P. SALVO E OUTROS & CONVIDADOSParque de Exposições Antônio Ernesto de SalvoInformações: (38) 3722-113351ª EXPOSIÇÃO ESTADUAL AGROPECUÁRIA – SUPERAGROParque de Exposições Gameleira Informações: (31) 3313- 6624 / [email protected]

34ª EXPOSIÇÃO AGROPEC. E IND. DE TRES LAGOAS Parque de Exposições Joaquim Marques de SouzaInformações: [email protected] – 17ª Feira Intern. Da Cadeia Produtiva da CarneCentro de Exposições ImigrantesInformações: www.feicorte.com.brMEGALEITEParque de Exposições Fernando CostaInformações: [email protected] ou (34)3336-1995

37ª EXPOMONTES Parque de Exposições João Alencar AthaydeInformações: (38) 3215-1399

LOCAL

LeilopecLeilopec

Dan Inn HotelDan Inn HotelFaz. ÍndiaFaz. Uniube - BR 050ABCZ Chácara Nelore NacionalABCZ Salão Nobre ABCZFazenda ÍndiaABCZ Centro de Eventos RKCABCZ Espaço Zebu LeiteiroEspaço Zebu LeiteiroABCZ ABCZ

Goiânia – GO

Curvelo – MG

Curvelo – MG

Belo Horizonte – MG

Três Lagoas – MS

São Paulo – SP

Uberaba – MG

Montes Claros – MG

Page 63: Revista Guzerá 04

65Revista Guzerá

03 a 11/07/2011

07 a 12/07/2011

08 a 17/07/2011

AGOSTO01/08/2011

10 a 14/08/2011

14 a 21/08/2011

27/08 a 04/09/2011

SETEMBRO02 a 11/09/2011

03 a 11/09/2011

OUTUBRO09 a 16/10/2011

31/10 a 04/11/2011

NOVEMBRO01/11/2011

01/11/2011

26/11 a 04/12/2011

EXPOAMA 2011Parque de Exposições Agropecuários de MarabáInformações: (94) 3323-464629 ª FAPIJA Parque FapijaInformações: (12) 3953-5100 ou [email protected]ª EXPOAGRO GVParque de Exposições José Tavares Pereira Informações: (33)3275-6500 / [email protected]

GRAND EXPOBAURU 2011Recinto Mello MoraesInformações: (14) 3572-3629 ou [email protected]ª GRANEXPO ES Centro de Eventos Floriano VarejãoInformações: (27) 3281-8006 ou www.granexpoes.com.br4ª EXPOGENÉTICAParque de Exposições Fernando CostaInformações: (34) 3319-393534ª EXPOINTERParque Assis BrasilInformações: (51 3288.6379) ou [email protected]

XX EXPOSIÇÃO AGROPECUÁRIA DE BRASÍLIAParque de Exposições da Granja do TortoInformações: (61) 3386-0025EXPOFEIRA 2011 Parque de Exposições João Martins da SilvaInformações: [email protected]

49ª FESTA DO BOIParque de Exposições Aristófanes FernandesInformações: (84) 3272-2430 ou [email protected] FEILEITE – 5ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do LeiteCentro de Exposições ImigrantesInformações: www.feicorte.com.br

FAEPIRA 2011Informações: (14) [email protected]ÇÃO AGROPECUARIA DE GOParque Agropecuário Dr. Pedro LudovicoInformações: (62)9979-4489FENAGRO 2011Parque de Exposições de SalvadorInformações: [email protected]

Marabá - PA

Jacareí - SP

Governador Valadares - MG

Bauru - SP

Serra - ES

Uberaba - MG

Esteio - RS

Brasília - DF

Feira de Santana - BA

Parnamirim - RN

São Paulo - SP

Pirajuí - SP

Goiânia - GO

Salvador - BA

Page 64: Revista Guzerá 04

66 Revista Guzerá

O que faria um criador a milhares de quilômetros do Brasil, investir na raça Guzerá? Por que investir nesta raça? A resposta é simples e sem segredos:

Mesmo morando fora do Brasil eu sempre me mantive conectado com o mundo da pecuária. Esta é uma das minhas paixões na vida, a pecuária. E, neste contexto, nenhum outro país oferece as condições para ser um pecuarista de sucesso como o Brasil. Clima tropical, solo fértil, vegetação propícia, ge-nética bovina de qualidade e, talvez ainda mais importante do que todas estas qualidades mencionadas, temos criadores apai-xonados e comprometidos pelo que fazem. Acredito que esta última qualidade é a “pitada de sal” dentre todos os ingredientes que nos tornaram o maior exportador de carne bovina no mundo – aproximadamente 26% das exportações mundiais. No entanto, não basta ter raça e qualidade genética, temos que ser unidos e determinados no que fazemos.

No mundo corporativo atual a competitividade nos obriga a implementar outras variáveis que nos distingam dos competi-dores. Isso também é válido para a pecuária. Para ter sucesso como produtores de carne, os empresários-pecuaristas preci-sam de outras vertentes que os tornarão distintos dos demais. No caso da nossa raça, a Guzerá, uma associação de criadores forte e unida é de fundamental importância.

Três anos atrás eu passei de ser um pecuarista sem raça definida para também incorporar em minha propriedade um rebanho de Guzerá PO. Por que isto? Simplesmente por ter compreendido a significância de ter que elevar a minha pro-dução bovina com animais de genética mais produtiva e que, consequentemente, me posicionaria num nível mais propício à rentabilidade financeira. Daí, então, surgiu o encontro da deman-da (eu) com a oferta (Associação dos Criadores da Raça Guzerá do Centro Sul - ACRGCS), oriundo de um oportunismo sábio desta entidade. Mesmo com a distância eu tive a oportunidade de ver os benefícios e as vantagens da raça Guzerá através de comerciais da ACRGCS no Canal do Boi. Neste quesito, tira-se

o chapéu para a ACRGCS - a sua administração, liderada pe-los Guzeratistas e amigos Dante Ramezoni e o Grupo Guzerá IT, foi determinante nesta minha investida na raça Guzerá. Mais recentemente, a Associação dos Criadores de Guzerá do Bra-sil (ACGB) – na gestão do Renato Estéves, também teve esta visão empreendedora e juntos galgaram novas posições de su-cesso para a raça. Simplesmente façam uma retrospectiva dos últimos leilões de touros e seus recordes de preço e de número de animais vendidos. A demanda por touros Guzerá aumentou significativamente.

Esta conquista de adquirir novos investidores na raça, como eu, tem nos últimos anos transformado a Guzerá na nova “coqueluche” da pecuária. O investimento financeiro, o tempo investido pelos associados e o compromisso com a raça acaba-ram elevando a Guzerá a um patamar nunca antes alcançado pela raça, na pecuária brasileira. Hoje temos muitos novos cria-dores de animais PO, como também pecuaristas investindo em touros da raça para incrementar funcionalidade em seus plan-téis Brasil afora. Está aqui, aquela “pitada de sal” que mencionei acima, e que faltava para alavancar esta raça maravilhosa. O que faltava era união entre os criadores. Isto está mudando. Este sucesso da Guzerá que hoje vivenciamos, mesmo regio-nalmente oriundo, já posicionou esta raça num outro patamar dentro da nossa pecuária. A qualidade dos criatórios sempre foi muito boa. Faltavam empreendedorismo e o compromisso ne-cessário para o sucesso. Espero que continuemos a conquistar novos associados e que os mesmos sejam participativos.

Nos tempos atuais é de fundamental relevância a exis-tência de uma associação unida e efetiva para que possamos realmente ter uma raça forte. Para isto, é preciso que se te-nha o maior número de associados possível e que os mesmos sejam atuantes e participantes deste processo de sucesso da raça. Quem ganha com esta união e força? Ganham a raça, o produtor pecuário e, no geral, ganha o Brasil exportador de carne bovina.

Associação Unida, Raça Forte!

Não basta ter raça e qualidade genética, temos que ser unidos.

Mateus FerrazProprietário do criatório Guzerá Makady

Opinião

Page 65: Revista Guzerá 04

67Revista Guzerá

ADRIANO VARELA GALVÃO SCS Q 03 BL A-Nº210 ED. PARANOA 2º ANDAR - SL 201/20470303-912 - BRASILIA - DF(61) 3346-1689 / (61) 3321-3570FAX: (61) 3342-3003ENTRE RIOS - PADEFI - DFplanaltina - [email protected]

AGOSTINHO ALCÂNTARA AGUIARAv Prefeito Americo Giannetti, 3614, Bairro Canaa31610-000 BELO HORIZONTE - MG (31) 3455 6111 / (31) 9952 2934 FAZENDA ILHA FUNDA - ALPERCATA - MG [email protected]

AGROPECUÁRIA NAVIRAÍ LTDAR. MAJOR EUSTAQUIO, 76 - S 607 38010-270 UBERABA - MG(34) 3333-1622 / (34) 9194 1381 (34) 3333 1634CHÁCARA NAVIRAÍ - UBERABA - MG [email protected]

AGROPECUÁRIA PONTE NOVA RUA GENERAL VENÂNCIO FLORES, 305 G. 100222441-090 RIO DE JANEIRO - RJ (21) 3206-5820 / (32) 3278 1362 (21) 3206-5828AGROPEC. PONTE NOVA - PEQUERI - MG [email protected] / [email protected] / [email protected]

AGROPECUARIA SÃO MARCOS PAULO DE FARIA LTDARUA JULIO DE MESQUITA, 1200 VILA PAULICÉIA09693-100 SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP (11) 4360 6120 / (11) 4361 4950 / (11) [email protected]

AGROVILLE AGRICULTURA E EMPR. LTDA ROD BR 040 KM 515 , Nº 750BAIRRO VEREDA33805-470 RIBEIRÃO DAS NEVES - MG (31)2191-7800 / (31)9242-0849 / (31)3627-1054CURRALINHO - GUZERA VILLEFORTRIBEIRÃO DAS [email protected]@villefort.com.br

ALBERTO FRANCISCO GONÇALVES DE FREITASAV. SOARES DOS SANTOS, 124 35790-000 CURVELO - MG(38) 3721-7722 / (38) 9987 0360 / (38) 3721 7722 FAZ. POÇO AZUL - CURVELO - MG [email protected]@gmail.com

ALBERTO MARQUES DA SILVA MAIAR. Inhô Luiz, 25035790-000 CURVELO - MG(38) 3721-1823 / (38) 3721-5558 / (38) 3721 1823 RANCHO MAIA - INIMUTABA - MG [email protected]

ALCEBIADES PAES GARCIA - ESTRADA DE MORSING, 157027175-000 PIRAÍ - RJ(24) 2431-1060 / (24) 2431-1727 SÃO LUIZ PIRAI - RJ [email protected]

ALEXANDRE AUGUSTO DE SOUZASMPW QD 18 CJ 01 LT 02 CASA A71741-801 - BRASILIA - DF(61)3879-6612 / (62)9971-6612GUZERÁ ARRAIA - [email protected]

ALTEVIR MENDONÇA SILVAAV. LEONARDO F. M. SILVA, 1973 - CX.P.265218-000 - MATINHA - MA(98) 3232 3311 / (98) 3357 1133FAX: (98) 3357 1202FAZENDA SANTO ANTÔNIO - MATINHA - [email protected]

ALVARO DE ARAUJO (MANO)RUA 18 QUADRA 58 LOTE 17 - CENTRO 72920-000 ALEXANIA - GO(62) 9974-7431 / (62) 8184 9346 FAZ [email protected]@gmail.com

AMERICO CARDOSO DOS SANTOS JUNIOR CAIXA POSTAL 119 06730-970 VARGEM GRANDE PAULISTA - SP (11) 4158-3457 / (63) 9996-1518 / (11) 3131-1313FAZENDA MORRO ALTO

SANTA RITA DO TOCANTINS - [email protected]

AMILCAR FARID YAMIMROD. PRES. DUTRA, KM 209TREVO BOM SUCESSO07210-900 GUARULHOS - SP(11) 2131-7755 / (15) 3262-6050 / (11) 2131-7778 AGROPECUÁRIA CORONAPORTO FELIZ - [email protected]@splicenet.com.br

ANDRÉ DE MATTOS COUTOJUVENAL MELO SENRA - 175/201BELVEDERE30320-660 BELO HORIZONTE - MG(31) 3264-0708 / (31) 3344-0279 FAZENDA BREJAUBA ALTO RIO DOCE - [email protected]

ANDRÉ NUNES LAMOUNIERAV. ALVARES CABRAL, 98211º ANDAR - LOURDES30170-001 BELO HORIZONTE - MG (31) 2126 8007 / (31) 9167 7000 / (31) 2126 8007FAZENDA ZOO - CORINTO - [email protected]@fazendazoo.com.br

ANTONIO PITANGUI DE SALVOCAIXA POSTAL N.º 1335790-000 CURVELO - MG(38) 3722-1133 / (38) 9968-1134 / (38) 9987-3999FAZ. CANOAS/MUNDO NOVOCURVELO - [email protected]@fazendacanoas.com.br

ANTONIO BALBINO DE CARVALHO NETORUA BARÃO DO COTEGIPE, 1747805-020 BARREIRAS - BA(77) 3611-1455 / (77) 3611-2141 / (77) 3611-4055FAZ. REUNIDAS ANTONIO BALBINO JOÃO PINHEIRO - [email protected]

ANTONIO PLACIDO PEIXOTO DO AMARANTE NETORUA JOSE MONTEIRO DE MELLO , 205

ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GUZERÁ DO BRASILSócios Contribuintes

Page 66: Revista Guzerá 04

68 Revista Guzerá

APTO 2201 - GLEBA PALHANO86061-580 LONDRINA - PR(43) 3323-8130 / (43) 9994-0051ESTÂNCIA NOVA RECREIOORTIGUEIRO - [email protected]@hotmail.com

ANTONIO RANNIELLHE DO ÓAV. CARLOS CRUZ, 127063020-181 JUAZEIRO DO NORTE - CE (88) 9961-4338LAGOA DA CAIÇARA - CAMPOS SALES - CE [email protected]

ARTHUR SOUTO MAIOR FILIZZOLAR. FERNANDO TOURINHO, 487 - S/90130112-000 BELO HORIZONTE - MG(31) 3281-1800 / (31) 3281-1800 / (31) 3227-4868FAZ. DOS POÇÕES/BHAVNAGARJEQUITIBÁ - [email protected]

BENÍCIO CUNHA CAVALCANTIR. JURACI MAGALHÃES, 406 - APT.º 20344052-010 FEIRA DE SANTANA - BA(75) 3625-9243 / (75) 9132-7887 / (75) 3223-0609FAZENDA LUA NOVA - LAJEDINHO - BA [email protected]

CAMILLO COLLIER NETORUA AÇU, 678 TIROL 59020-110 NATAL - RN(84) 3611-3200 / (84) 9905-0225 / (84) 3611-3200FAZ. VALE FELIZ - MACAÍBA - [email protected]

CARLITO DE LIMA FELISBERTOCAIXA POSTAL 4416670-000 PRESIDENTE ALVES - SP(14) 3587-1283 / (11) 4066-1709 / (14)3587-1283FAZENDA CONQUISTASÃO BERNARDO DO CAMPO - [email protected]@blisfarma.com.br

CARLOS ALBERTO DE ANDRADE SILVAAV. MAL. CASTELO BRANCO, 29845995-000 TEIXEIRA DE FREITAS - BA(73) 3291 -3112FAZ. SANTA MARIA - TEIXEIRA DE FREITA - [email protected]

CARLOS FERNANDO FALCÃO PONTUALAV. MARQUES DE OLINDA, 302 - 6º ANDAR50030-000 RECIFE - PE(81) 3224-6189 / (84)9952-9645 - (81) 3341-1643 FAZ. DA ROSILHA - RECIFE - [email protected]@pontualarquitetos.com.br

CARLOS FERNANDO FONTENELLE DUMANSRUA GENERAL TASSO FRAGOSO 24/804LAGOA

22470-170 - RIO DE JANEIRO - RJ(21) 2535-4545 / (21) 9804 0352FAZENDA FONTENELLE - BAIXO GUANDU - [email protected]

CARLOS HENRIQUE ALVES RODRIGUESQE 32 CONJ Q CASA 05 GUARA II71065-171 - BRASILIA - DF(61) 3568-1037 / (61) 8524-0318 FAZ. ANDALUZ - ALEXANIA - [email protected]

CARLOS MAGALHAES DA SILVEIRA SQS 302 - BLOCO B APTO 30470338-020 - BRASILIA - DF(61) 9986-3431CANDEIAS - CARAVELAS - [email protected]

CARLOS MAGNO CHAVES BRANDÃOAV DO CONTORNO , 8000 - SALA 511SANTO AGOSTINHO30110-932 BELO HORIZONTE - MG(31) 3292-5153 / (31) 9129-8013 / (31) 3292 8311SERRA NEGRA - SANTANA DO RIACHO - [email protected]

CARLOS OSCAR NIEMEYER MAGALHÃESAV ATAULFO DE PAIVA , 458/201 - LEBLON22440-033 - RIO DE JANEIRO - RJ(21)2523-4890 / (21)[email protected]

CÉLIO MARCOS MURTA LIMARUA BARÃO DO RIO BRANCO, 149/120135010-030 - GOVERNADOR VALADARESCENTRO - MG(33)3277-8641 / (33)9989-8060FAZENDA SANTA [email protected]

CIA. AGROP. MONTE ALEGRECAIXA POSTAL ,6237140-000 - AREADO - MG(35) 3573-2700 / (35) 3573-2714FAZ. TAQUARINHA - MONTE BELO - [email protected]@montealegrecoffees.com

CLAUDIO FERNANDO GARCIA DE SOUZARUA BRUNO GARCIA, 7379600-050 - TRÊS LAGOAS - MS(67) 3521-2347 / (67) 3521-2107 / (67) 3521-1237FAZENDA LAGUNA - TRÊS LAGOAS - [email protected]@terra.com.br

DANIEL BOTELHO ULHOACSA 03 LOTE 07 APTO. 50272015-025 - BRASÍLIA - DF(61) 3468-8313 / (61) 3352-4226 / (61) 3468 8200PARACATU - [email protected]

DANIEL FONSECA DE ARAÚJORUA DOS MODURUCUS, 2904 APTO 902ED. TAMASIA66025660 - BELÉM - PA(91) 255-2113 / (91) 230-2798 / (91) 255 0382FAZ. ABARÉ - SÃO MIGUEL DO GUAMÁ - [email protected]

DANTE EMÍLIO RAMENZONICAIXA POSTAL, 1216600-000 - PIRAJUÍ - SP(11) 2125-3900 / (14) 3583-1332 / (14) 3572-3342ALVORADA - PIRAJUÍ - [email protected]@[email protected]

DENISE DE ABREU RIBEIRO E OUTRAS COND.Av. Guilherme Ferreira, 867 - Apto 100338022-200 - UBERABA - MG(34) 3333-9788 / (34) 9174-0724FAZ. CANAÃ - UBERABA - [email protected]@hotmail.com

DIOMARIO SOARES TEIXEIRARUA OSWALDO CRUZ, 283/Apto 401ESPLANADA35010-210 - GOVERNADOR VALADARES - MG(33) 3271-3547 / (33) 3271-3547 / (33) 8804-4735BARRA DO PEIXE [email protected]

DOUGLAS BRANDAO COSTARUA ARCHINTO FERRARI, 118 - APTO 9209530-430 - SÃO CAETANO DO SUL - SP(15) 3282-3388 / (15)8139-4435EL GIZA - PORTO FELIZ - [email protected]@hotmail.com

EDMO DIAS PINHEIRORUA 87 Nº 598 - SETOR SUL74093-300 - GOIANIA - GO(62) 3226-0200 / (62)[email protected]@ingoh.com.br

EDSON FALCHI TEIXEIRARUA DANUBIO AZUL, 356 - JARDIM GUANCA02152-040 - SÃO PAULO - SP(11) 2484-0222 / (11) 9651- 2088 / (11) 7548-2626RECANTO DO GUZERÁ - SANTA ISABEL - [email protected]@uol.com.br

FELLIPE MOREIRA DE PAULA GOMESRua Desportista Humberto Guimarães, nº 849/602Ponta Verde57035-030 - MACEIÓ - AL(82) 3325-9687 / (82) 9921-9191GUZERÁ DA [email protected]

Page 67: Revista Guzerá 04

69Revista Guzerá

FERNANDO MAXIMILIANO NETOJOAQUIM NABUCO, 212 - 40122080-030 - RIO DE JANEIRO - RJ(21) 2524-5592 / (21) 3813 1874 / (21) 2554 5593SANTA MARIA - BELMIRO BRAGA - [email protected]@maximilinoneto.com.br

FRANCISCO CARNEIRO LIMACAIXA POSTAL, 3763800-000 - QUIXERAMOBIM - CE(88) 3441-0140 / (88) 3441-0317 / (88) 3441 0341FAZENDA CANAFÍSTULA - QUIXERAMOBIM - [email protected]@ig.com.br

FRANCISCO DAS CHAGAS Q. PORDEUSRUA DOM PEDRO II, 584 - BAIRRO PRIMAVERA47803-020 - BARREIRAS - BA(77) 3613-2526 / (77) 3611-0949FAZ. PARAIBA - BARRACAO DE BAIXO - [email protected]

FRANCISCO DE ASSIS DA C. F. DE MELOAV. PRUDENTE DE MORAES, 470559063-200 - NATAL - RN(84) 3234-8518 - (84) 9981-5900 - (84) 3234-8518FAZ. MASSARANDUBA DE CIMAMAÇARANDUBA / SÃO GONCALO - [email protected]

FRANCISCO HUMBERTO CAPPARELLI VIRGILIOAV NICOMEDES ALVES DOS SANTOS, 387B. ALTAMIRA38400-170 - UBERLANDIA - MG(34) 3292-9970 / (34) 9991-3451 / (34) 3219-3454ESTANCIA ESPERANÇ[email protected]

FRANCISCO JOSE DE ALBUQUERQUE M. COSTARUA RONCADOR, 19479021-270 - CAMPO GRANDE - MS(67) 3322-7400 / (67) 3322-7411 / (67) 3322 7413RANCHO CAIAMÃ / CAMPO GRANDE - [email protected]@terra.com.br

FREDERICO FABIANO GONTIJO MAIARUA RAJA GABAGLIA, 3079 - SANTA LUCIA30350-563 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3298-5151 / (31) 3526-5199 / (31) 3526-5128CAPÃO DO ROCHA - CORINTO - [email protected]

GABRIEL DE PAULA MARINHORUA CAPITÃO VALDIR, 89 - CENTRO29560-000 / GUAÇUI - ES(28) 3553-2013 / (28)9925-6120FAZENDA MONTE AZUL [email protected]

GABRIEL DONATO DE ANDRADECAIXA POSTAL 25732501-970 - BETIM - MG(31) 3290-6601 / (37) 3359-7400 / (37) 3290-6660CALCIOLANDIA - ARCOS - [email protected]@[email protected]

GEO PARTICIPAÇÕES LTDARUA TRIFANA 287 - B. SERRA30110-570 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3287-3226 / (31) 9976-1633FAZENDA CACHOEIRINHA - ESMERALDAS - [email protected]

GERALDO ALVES DA SILVAR. SEGUNDO WANDERLEY, 1.162BARRO VERMELHO59030-050 - NATAL - RN(84) 3222-6095 / (84) 9926-4749 / (84) 3234-0789FAZ. SÃO GERALDO - NATAL - [email protected]@hotmail.com

GERALDO FONSECA SIQUEIRA - ESPOLIOPRAÇA RAUL SOARES, 298 CENTROCAIXA POSTAL 1736955-000 - MUTUM - MG(33) 3312-1414 / (33) 9907-5774FAZENDAS REUNIDAS “JOAO PEDRO”[email protected]

GERALDO JOSE C. F. DE MELO FºCond. Estância Jardim BotânicoConjunto l, Casa 73 - Lago Sul71680-365 - BRASILIA - DF(61) 3424-1490 / (61) 8185-7109FAZ. BARREIRO - UNAÍ - [email protected]

GILSON CARLOS BARGIERIAV. PADRE ANCHIETA, 1474 - CENTRO11750-000 - PERUÍBE - SP(13) 3455-2795 / (13) 9712-6304NSA .SENHORA APARECIDA - CAÇAPARA - [email protected][email protected]

GONÇALO DE ALMEIDA BOTELHOSQS 306 BLOCO “A” APTO.30170353-010 - BRASÍLIA - DF(61) 8162 -0917 / (61) 3244 -1232MONTE ALEGRE - COCALZINHO - [email protected]ã[email protected]

GUSTAVO PITANGUI DE SALVOCAIXA POSTAL 1335790-000 - CURVELO - MG(38) 3721-4450 / (38) 3722-1133 / (31) 9713-2255FAZ. CANOAS/MUNDO NOVO - CURVELO - [email protected]

GUZERA AKBAR PECUARIA LTDACAIXA POSTAL 2228820-000 - SILVA JARDIM - RJ(21) 3282-5344 / (21)3150-2777FAZ. AKBAR / CELSO MENDONÇA SILVAARARUANA - [email protected]@testfar.com.br

GUZERÁ CHAMBRONERUA DA MOOCA, 2.518 CONJ. 13 03104-002 - SÃO PAULO - SP(11) 6693-6063 / (11) 6965 3590 / (11) 6965 3590SITIO RAMALHETE - ARTUR NOGUEIRA - [email protected]@uol.com.br

HARAS MORADA NOVACRISTIANA GUTIERREZAV. DO CONTORNO, 8000 - SALA 101330110-932 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3047-4313 / (31) [email protected]

HAROLDO B. FONTENELLE DA SILVEIRACAIXA POSTAL 6429730-000 - BAIXO GUANDU - ES(27) 3731-1135 / (27) 9977 4550 / (27) 3223 4057FAZ. FONTENELLE - BAIXO GUANDU - [email protected]

HAROLDO DE SA QUARTIM BARBOSARUA JOSE LOREMCEPE, 550JARDIM BOM GEOVANE19050-350 - PRESIDENTE PRUDENTE - SP(18) 3221-1477 / (18) 3528-1425 / (18) 221- 5402FAZ. NEGRINHA - OSWALDO CRUZ - [email protected]@marcasol.com.br

HERCULES ANTONIO MIGLIO DO ROSARIOCAIXA POSTAL 9939864-000 - CARLOS CHAGAS - MG(33) 3624-1554 / (33) 3521-6713FAZ. DO ROSÁRIO - CARLOS CHAGAS - [email protected]@uol.com.br

HUGO LUIS FRANCO E SILVARUA PRUDENTE DE MORAIS 1713 APT 52ED. COIMBRA14015100 - RIBEIRÃO PRETO - SP(16) 623-1862 / (16) 623-1862FAZ. SÃO LUIS - JUSSARA - [email protected]

HUMBERTO GERALDO SECUNDINORUA FAUSTINO TEIXEIRA, 152 - CENTRO35600-000 - BOM DESPACHO - MG(37) 9103-8919 / (37) [email protected]

Page 68: Revista Guzerá 04

70 Revista Guzerá

JAIR ORTIZRUA PAIQUERÊ, 530 JARDIM PAIQUERÊ APTO. 11-A13271-600 - VALINHOS - SP(19) 3242-1322 / (19) 3869-1383 / (19) 3242 1322ILHA DO LOBO - ALTEROSA - [email protected]

JAMIL NAMERUA ALBERTO NEDER, 328 - SALA 21ED. ALTO DO PROSA 79002-160 - CAMPO GRANDE - MS(67) 3026-1000 - RANCHO SÃO PAULOCAMPO GRANDE/CUIABÁ[email protected]@hotmail.com

JEFFERSON MOREIRARUA SIQUEIRA AFONSO, 194 - PARI03028-040 - SÃO PAULO - SP(11) 6097 5944 / (11) 9616 3814SEGURANÇA [email protected]@grupoexcel.com.br

JOAO DE AZEVEDO CAVALCANTI NETOR. VALDEMAR FALCAO, Nº 2106 APT 200240295-700 - SALVADOR - BA(75) 3221-7292 / (75) 9111-7234 / (71) 9202-1012OLHOS D’AGUA - LAJEDINHO - [email protected]

JOAO NATAL CERQUEIRAR. JOAQUIM JOSE, 1555B. BERNARDO MONTEIRO32013-390 - CONTAGEM - MG(31) 9206-4121 / (31) 3799-5034 / (31) 3398-7702FAZ. SANTO ANTONIO - JEQUITEBA - [email protected]@gmail.com

JOAO RONALDO DA NOBREGA FILHOSENADOR JOSE FERREIRA DE SOUZA, 1924APTO 200 / CANDELÁRIA59.064-52 - NATAL - RN(84) 3234-6617 / (84)9921-9982SANTA LUZIA - CEARA MIRIM - RN

JOAQUIM AUGUSTO BRAVO CALDEIRAFILHOS E NETOSUSINA ITAIQUARA - FAZ. ITAIQUARA S/N.13765-000 - TAPIRATIBA - SP(35) 3521-8249 / (35) 9964 9142FAZ. CAMBAUBA - PASSOS - MG TAPIRATIBA - [email protected]

JOSE BRILHANTE NETOSCS QUADRA 03 ED PARANOA SALAS 201/20470303-912 - BRASILIA - DF(61) 3321-3570 / (61) 3367-6232 / (61)3321-3570Entre [email protected]

JOSE DE VASCONCELOS E SILVAPAULA MIRANDARUA DO MERCADO, 07 - 7º ANDAR20010-120 - RIO DE JANEIRO - RJ(21) 2221-1717 / (21) 3813 1881SÃO JOSE DO BONIRAR - CHIADOR - [email protected]

JOSE MANOEL F. DIOGO JÚNIORRUA JOSE EGIDIO DE CAMPOS PACHECO, 31COND. CIDADE JARDIM18530-000 - TIETE - SAÕ PAULO - SP(15) 3285-8000 / (15) 8116-0174 / (15) 3285 8020CRUZ ALTA - SAÕ PAULO - [email protected]

JOSE NELSON DOS SANTOSRUA FLOR DE JEQUITIBÁ, 130APTO 101 - BAIRRO UNIÃO31160-280 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3115-5300 / (31) 3422-9163FAZENDA MUMBUCA - GUZERÁ TORKZONA RURAL - CORINTO – [email protected]

JOSE ROBERTO SALGADORUA SANTA CATARINA, 996 APTO 1602B. LURDES30170-080 - BELO HORIZONTE - MG(38) 9924-4277 / (38)9924-5277 / (38) 3721-9228FAZ. [email protected]@hotmail.com

JOSE SANTANA DE VASCONCELLOSMOREIRAAV ALVARES CABRAL 344 SALA 906 - CENTRO30170-911 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3273-3838 / (31)3296-7556SANTA [email protected]@deputadojosesantana.com.br

JOSE TRANSFIGURAÇÃO FIGUEIREDOAV. FREI ARCÂNGELO, 1.13939830-000 - ITAMBACURI - MG(33) 3511-1226 / (33) 3799-3454 / (33) 3511-1009ESTÂNCIA YGARAPES - JAMBRUCA - [email protected]

KLEBER CARVALHO DE BEZERRARUA MIRABEAU DA CUNHA MELO, 1988APTO 501 - LAGOA NOVA59064-490 - NATAL - RN(84) 3234 -5135 / (84) 9981-0528FAZ. SERRA CAIADA NATAL - [email protected]

LEIZER DIVINO DE CASTRO VALADÃOSHIS QI 15 CHACARA 08 C71600-700 - BRASILIA - DF(61) 3326-8452 / (61) 3326-4734 / (61) 3326-8452FAZ. MORUMBI-LUZIANIA-GO - BRASILIA - DF

[email protected]

LIDIO MIRANDA ARAUJOR. ANTONIO DE ALBUQUERQUE, 1303/100130112-001 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3337-8310 - SERRA VERDE - JOAÍMA - [email protected]

LUCAM AGROPASTORIL LTDACAIXA POSTAL, 0614815-000 - IBATÉ - SP(16) 3343-1501 / (16) 3343-2449FAX: (16) 243 1399FENIX - ABATÉ - [email protected]

LUCIANO LUCHESI GRASSIRUA DOUTOR CANDIDO CRUZ, 470APTO 62 - CENTRO13465-350 - AMERICANA - SP(19) [email protected]

LUCIANO MARQUES DO BOMFIMRUA 04, 590 APTO 1000 ED ODESSASETOR OESTE74110-140 - GOIANIA - GO(62) 3224-4489 / (62)[email protected]

LUIZ GUILHERME SOARES RODRIGUESAV. NAZARÉ, 1033 APTO. 90166035-170 - BELÉM - PA(91) 3222-9548 / (91) 3241-0820 / (91) 229 7804FAZ. ENCARNAÇÃO - SANTAREM NOVO - [email protected]

LUIZ OTAVIO B. ALVARES CORREARUA T 0048, Nº 66 - APTO 400 / SETOR OESTE74140-130 - GOIANIA - GO(11) 2577-0098 / (11)3251-6489Santa [email protected]@hospitalarassuncao.com.br

LUIZ PEDRO G SILVARUA ROMEU ZANETTE 49113780-000 - DIVINOLANDIA - SP(19) 3663-1348 / (19)[email protected]

LUIZ RICARDO DE MATTOS DELGALLOAV. PEIXOTO DE CASTRO, 875 - VILA ZÉLIA12600-000 - LORENA - SP(12) 9785-1851 / (12) 9785-1851 / (12) 3153-4475FAZ. SÃO JUDAS TADEU - LORENA - [email protected]

MARCELO MENDO GOMES DE SOUZA e ANA CLAUDIA M. SOUZARUA CARDIAL 700 COND ESTANCIA SERRANA34000-000 - NOVA LIMA - MG

Page 69: Revista Guzerá 04

71Revista Guzerá

(31) 3286-3012 / (31) 3581-1084 / (31) 9167-6958SANTA CECILIA - Guzerá Amar - UBERABA - [email protected]@caneiroesouza.com.br

MÁRCIO AUGUSTO FONTOURA VASCONCELLOS DINIZRUA 24, 1.14014780-090 - BARRETOS - SP(17) 3322-3611 / (17) 3322-3611FAZENDA MATÃO - BARRETOS - [email protected]

MARCO ANTONIO ANDRADE BARBOSAPÇ. RUI BARBOSA, 300 - SALA 90438010-240 - UBERABA - MG(34) 3333 -7788 / (34) 9972-1555FAZ. UNIÃO 2000 - UBERABA - [email protected]@maab.com.br

MARCO AURELIO GRILLO DE BRITOAV. PREFEITO DULCIDIO CARDOSO, 3080APTO 102 BL 5 - BARRA DA TIJUCA22631-054 - RIO DE JANEIROCOND. PARQUE PALACE - RJ(21) 3325-8872 / (21) 9159-1616 / (21) 8841-3392TERRA NOVA / SOLENIDADE KM [email protected]@macroinvestgestao.com.br

MARCOS AURÉLIO COELHO SAMPAIOAV. CONTORNO, 7747 - LOURDES30110-120 - BELO HORIZONTE - MG(31) 2102-6363 / (31) 9129-4455 / (31) 2102 6334FAZENDA LAGOINHA CORDISBURGO - [email protected]

MARCOS DE ALMEIDA CARNEIROPIRAPETINGA, 537 SERRA30220-150 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3293-6602 / (31) 3132-7232 / (31) 3286 8309LAGOA DA LONTRA - CAETANOPOLIS - [email protected]

MARCUS DO NASCIMENTO CURYAV. TORINO 597 - B. BADEIRANTE - RESID.31340-700 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3391-9500 / (31) 3443-1450 / (31) 3391-5723STº ANTONIO DE ROÇA GRANDECAETANÓPOLIS - [email protected]

MARIA ANTONIETA QUEIROZ LINDENBERGCAIXA POSTAL 16029900-970 - LINHARES - ES(27) 3264-0293 / (27) 9984-2289 / (27) 3371-9906FAZ. TRÊS MARIAS - LINHARES - [email protected]

MARIA VICTÓRIA BOLIVAR GOMESRUA BERNARDO GUIMARÃES, 2.172/ 60130140-082 - BELO HORIZONTE - MG

(31) 3337-6150 / (31) 3337-5805 / (31) 3337-5805SANTA VITÓRIA/SANTA RITA DE CÁSSIACURVELO - [email protected]

MÁRIO ERMÍRIO DE MORAES - ESPÓLIOCAIXA POSTAL, 1218700-970 - AVARÉ - SP(14) 3731-9113 / (14) 3731-7412GUZERÁ SUAÇUÍ - AVARÉ - [email protected]

MARX ALEXANDRE CORRÊA GABRIELAV. CONSTANTINO NERY, 2789 SALA 1006 - CHAPADA69050-002 - MANAUS - AM(92) 3642 -3191 / (92) 3656-2752 / (92) 3656-1695FAZENDA DOIS AMIGOS - PORTO VELHO - [email protected]@[email protected]@fazendadoisamigos.com.br

MATEUS FERRAZ SOUZA1599 Coventry Lane 55379Shakopee. Minnesota(94) 3344-1216 / (94) 9143-9902GUZERÁ MAKADYGRAVATÁ - JACUNDÁ - [email protected]

MURILO BUENO KAMMERAV. CAPITÃO ARTHUR DOS SANTOS, 47613600-569 - ARARAS - SP(19) 3541-2174 / (19) 8128-3858AGROPEC. MATA NEGRA - ARARAS - [email protected]

NICOLE S. M. H. CLOUPRAN MEDAETSAV. PROF. JONAS BANK LEITE, 456 - CENTRO11900-000 - REGISTRO - SP(13) 3821-1082 / (11)5044-5804 / (13) 3821-1082FAZENDA TIATÃ[email protected]@uol.com.br

ORGANIZAÇÃO MARIO DE ALMEIDA FRANCO LTDAAV. LEOPOLDINO DE OLIVEIRA, 3.490 - CJ. 10338010-000 - UBERABA - MG(34) 3336-1833 / (34) 3312-1832 / (34) 3333-3654FAZ. SÃO GERALDO - UBERABA - [email protected]

OTAVIO ALBERTO CANTO ALVARES CORRÊAAv. Indianópolis, 3356 – Planalto Paulista04062-003 - SÃO PAULO - SP(11) 5593-5300 / (15) 3457-8849 / (11) 4351-2032FAZ. E HARAS SANTA CELINAPORANGABA - [email protected]@hospitalarsc.com.br

OTAVIO DE AVELAR ESTEVESRUA LUZ, 220/60130220-080 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3284-0499 / (31) 3319-4119RECANTO DO JABURU ENCANTADO RITÁPOLIS - [email protected]

PAULO EMILIO DE ALMEIDA CARNEIROR. MIGUEL COUTO, 53 - 2º ANDAR01008-010 - SÃO PAULO - SP(11) 3117-3600 / (38) 3505-6091 / (11) 3117-3677FAZ. PALESTINA - UNAÍ - [email protected]

PAULO ROBERTO BRASILEIRO DE MIRANDAAV. DOMINGOS FERREIRA, 2200 BOA VIAGEM51111-020 - RECIFE - PE(81) 2125-3666 / (81)9609-9982 / (81) 2125-3666FAZ. BERRA BOI - GLÓRIA DO GOITA - [email protected]

PAULO ROBERTO DOS SANTOS RUA JOAQUIM MURTINHO, 50 - BAIRRO PARÁ35900-037 - ITABIRA - MG(31) 3831-2098 / (31) 3831-2098FAZENDA BOM SUCESSO - ITABIRA - [email protected]

PAULO ROBERTO MENICUCCI E OUTROS COND.SANTA MARIA DO ITABIRA, 211 APT.40030310-600 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3506-2343 / (35) 3844-1184 / (31) 3227-8761PINHEIRO IBITURUNA - [email protected]@yahoo.com.br

PEDRAS DO REINO COMERCIO AGROPEC. LTDAAV. MARECHAL FLORIANO, Nº 968º ANDAR - CENTRO20080-002 - RIO DE JANEIRO - RJ(38) 3621-1535 / (38) 3621-1535 / (21) 2101-2348EUGENIO IOLANDAPEDRAS DE MARIA DA CRUZ - [email protected]

PEDRO BAGGIO NETOCAIXA POSTAL 5086300-000 - CORNELIO PROCOPIO - PR(43) 3524-2061 - (43) 3524-2413FLÓRIDA - CORNELIO PROCOPIO - [email protected]/[email protected]

RENATO EGIDIO OLIVÉ ESTEVESRUA ALVARO BOSCO, 95 - APTO 151-A RES. VILA BELA13087-723 - CAMPINAS - SP(19) 9604 4796HARAS HABI - JAGUARIUNA - [email protected]

Page 70: Revista Guzerá 04

72 Revista Guzerá

RENATO FRANCOCAIXA POSTAL 4114660-000 - SALES OLIVEIRA - SP(16) 3852-1012 / (16) 3852-1322FAZENDA SANTO ANTONIOSALES OLIVEIRA - [email protected]

RENATO JOSE PINTO DA ROCHARUA TEOTONIO MACIEL, 37 - ALTO CAIÇARA30770-440 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3462-7365 / (31) 9999-5422 / (31) 3441-0212LAGOA - SÃO PEDRO DO SUAÇUÍ[email protected]

ROBERTO MARTINS FRANCOCAIXA POSTAL 4114660-000 - SALES OLIVEIRA - SP(16) 3852-1499 / (16) 9995-9282FAZENDA LAGEADO - SALES OLIVEIRA - [email protected]

ROBERTO NESZLINGERRUA JOÃO DA SILVA NOGUEIRA, 270017340-000 - BARRA BONITA - SP(14) 3642-1456 / (14) 3604-1400 / (14) 3604 1421SITIO ESQUINA - SÃO MANUEL - [email protected]@guzeradabarra.com.br

RODRIGO DINIZ DE MELLOR. ALDO RAMALHO PEREIRA, 1005/1001 - TIROL59014-600 - NATAL - RN(84) [email protected]

RODRIGO PINTO CANABRAVARUA DAS CANÁRIAS, 667 -SANTA AMÉLIA31560-050 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3491-6002 / (38) 3799-8342 / (31) 3491-6002FAZENDA PEQUIZEIROS - CURVELO - [email protected]

RODRIGO SILVEIRA DINIZ MACHADOAV. CORONEL JOSE DIAS BICALHO, 559B. SÃO JOSE31275-050 - BELO HORIZONTE - MG(31) 2102 3711 - (31) 3261 3711PONTAL DO BURITI - FELIZLÂNDIA - [email protected]

RONALDO FRANCOCAIXA POSTAL, 4114660-000 - SALES OLIVEIRA - SP(16) 3852-1499 / (16) 3726-4829 / (16) 3852-1322FAZENDA SANTIAGO NUPORANGA - [email protected]

ROSARIO PEGORERCAIXA POSTAL 13418900-000 - SANTA CRUZ DO RIO PARDO - SP(14) 3332-1615 / (14) 9741-5377

ESTANCIA ROSALITOSANTA CRUZ DO RIO PARDO - [email protected]

SÃO MIGUEL AGROPECUÁRIA LTDAAV. LEOPOLDINO DE OLIVEIRA, 3.490CONJ.10338010-000 - UBERABA - MG(34) 3316-7005 / (34) 3336-1833 / (34) 3336 7005SÃO GERALDO - UBERABA - [email protected]

SAVIO COSTA GONÇALVESRUA RIO DE JANEIRO, 2535/101 LOURDES30160-042 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3275-1716 / (31) 8887-1716 / (31) 3337-2398SÍTIO SANTA HELENA - BELO HORIZONTE - [email protected]

SEVERO DE ARAUJO DIASCSE 06 LOTE 30 LOTE 03 - TAGUATINGA72025-065 - BRASILIA - DF(61)3356-1212 / (61)9654-2055FAX: (61)3356-5399AROEIRA – DF

SIARA AGROPECUARIA LTDARUA DOS TUPIS, 38 - CENTRO30190-060 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3422-9395 / (37) 3353-2272FAZ. LAGOA PRETA - [email protected]

SILVELY MARIA JANOTA ANTUNESAV. PAULICÉIA, 1893 - BAIRRO LARANJEIRA07700-000 - CAIEIRAS - SP(11) 4441- 1444 - (11) 3644- 7503FAZENDA TRÊS IRMÃOS - BRASILÂNDIA - [email protected]

SINVAL MARTINS DE MELOCAIXA POSTAL 9535001-970 - GOVERNADOR VALADARES - MG(31) 3324-4679 / (33) 3799-3023 / (33) 3225-1180FAZ. TABOQUINHA - ITAMBACURI - [email protected]

SOC. EDUCACIONAL UBERABENSE - UNIUBEAV. NENÊ SABINO, 1801- BLOCO RB. UNIVERSITÁRIO38055-500 - UBERABA - MG(34) 3319-8818 / (34)3319-8810ESC. ALEXANDRE BARBOSA - UBERABA - [email protected]

VIVALDO AFFONSO DO REGOCAIXA POSTAL, 0145850-000 - ITAGIMIRIM - BA(73) 3289-2171 / (73) 9985-4710FAZENDA ESMERALDA - ITAGIMIRIM - [email protected]

WALTER FRANCISCO DE MOURAFAZENDA SUCURIÚ35628-000 - MORADA NOVA DE MINAS - MG(38) 9941-5349 / (38) 9921-6620 / (31) 3332-5349FAZ. CIRNE - MORADA NOVA DE MINAS - MGBELO HORIZONTE - [email protected]

WALTER ROCHA PEREIRARUA GABI ANDRADE, 20 MORADA DAS GARÇAS27920-410 - MACAÉ - RJ(22) 2773-4705 / (22) 2762-1553Fazenda Cinco Barras - Guzerá 5BLage do Muriaé - RJ

WALLACE RENATO ALMEIDA DA SILVAAV MARQUES DE HERVAL 507 APTO 80366000-000 - BELEM - PA(91) 3266-6217 / (91) 3230-2547Fazenda Jejuí - Bragança - [email protected]

WALTER SANTANA ARANTESAv Contorno, 6888 - sala 201 - Santo Antonio30110-044 - BELO HORIZONTE - MG(31) 3225-4030 / (31) 2127-3444Guzerá Mineirão - BELO HORIZONTE - [email protected]@hotmail.com

WEMERSON AMARO COURARUA SÃO PEDRO, 231 APTO 101 36880-000 - MURIAE - MG(32) 8886-9366 / (32) 3331 6069 / (32) 3721-0713GUZERA DE BOA FAMILIA - MURIAÉ - [email protected]

Page 71: Revista Guzerá 04

73Revista Guzerá

Page 72: Revista Guzerá 04

74 Revista Guzerá