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Revista HealthARQ 8a Edição

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Esta edição da revista HealthARQ traz uma entrevista exclusiva com Sérgio Reis, fundador de um dos escritórios de maior renome do País quando se fala em Arquitetura Hospitalar, além disso, iluminação, expansão, construção e sustentabilidade também são pautas dentro desta publicação.

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

Arquitetura voltada para área da saúde é um seg-mento que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado nacional, porém algumas empresas visio-nárias já vêm trabalhando este aspecto há bastante tempo e, com isso, ganham reconhecimento e cre-dibilidade no mercado. Sobre este pioneirismo, a 8ª edição da HealthARQ traz na editoria ARQEntrevista o fundador de um dos escritórios de maior renome no País, o arquiteto Sérgio Reis, da Emed Arquitetura. Em entrevista exclusiva, Reis fala sobre o surgimento de seu interesse pela arquitetura, sua trajetória e os maiores projetos dos quais já esteve à frente.A edição traz também em ARQDestaque o Hospital Maria Thereza Rennó, localizado no Sul do estado de Minas Gerais. A obra, que levou mais de dez anos para ser concluída, venceu diversos contratempos e foi finalizada com sucesso, possibilitando o acesso à saúde de qualidade no interior do País.Na ARQColuna, o Presidente da Associação Brasi-leira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), Fábio Bitencourt, aborda a importância da qualidade do ar e outros fatores ambientais dentro das instituições de saúde. Ainda quanto a este tema, a revista apresenta duas matérias mostrando a im-portância dos sistemas de climatização nos hospitais e as opções para garantir a higiene e evitar a prolife-ração de microorganismos.Na editoria Iluminação, a sustentabilidade e a eco-nomia de energia, que pode ser gerada pela escolha certa do produto e também pelo retrofit de lâmpa-das, são demonstradas através do trabalho realiza-do no Centro de Referência do Idoso (SP). A lumino-técnica também é abordada nesta editoria, falando sobre a importância das lâmpadas de LED. A revista traz ainda, em Expansão, informações sobre o Plano

Diretor da obra de expansão que está sendo reali-zada no Hospital Sírio-Libanês (SP) pela L+M GETS, incluindo a construção de um Centro Cirúrgico com salas robotizadas.

Consagração na arquitetura hospitalar

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura!

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Que todos tenham uma excelente leitura!

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EXPEDIENTE

A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional.O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores.A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia, com crédito da fonte.

MATRIZrua Antônio Manuel Moquenco Pardal, 1027 - ribeirão Preto-SP - Brasil

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eDIToRIAL PUBLISheREdmilson Jr. Caparelli

ReDAçÃo Priscila Soares [email protected] de Paula [email protected] [email protected] [email protected]

DePARTAMenTo De CRIAçÃo e DIAGRAMAçÃoErica Almeida AlvesValéria Vilas Bôas

ASSInATURAS e CIRCULAçÃ[email protected]

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FoToSBanco de imagensPriscila Soares Prado

Atenção: pessoas não mencionadas em nosso expediente não têm autorização para fazer reportagens, vender anúncios ou, sequer, pronunciar-se em nome do Grupo Mídia.

PReSIDenTe Edmilson Jr. Caparelli

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DIReToRA ADMInISTRATIVA Lúcia rodrigues

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DIReToRA De MARKeTInG/ eVenToSErica Almeida Alves

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ConSeLho eDIToRIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Alves, Jailson rainer,

Lúcia rodrigues e Priscila Soares Prado

DIReToRA eDIToRIALPriscila Soares Prado

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ReLAçÕeS InTeRnACIonAIS Jailson rainer

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CoMeRCIAL Alessandra [email protected] [email protected] Anne [email protected]

ASSISTenTe CoMeRCIALJanaiana [email protected]

DIReToR CoMeRCIALMarcelo [email protected]

CoMeRCIAL WeBCaroline [email protected]

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CAPA

NOvAS vERTENTES

O renomado arquiteto da área da saúde Sérgio Reis fala, em entrevista exclusiva, sobre sua tra-jetória profissional e os 24 anos de seu escritório de arquitetura focado em projeção de hospitais

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CONSTRuçãO

Clínica carioca, com mais de 20 anos, voltada ao tratamento do câncer, foca no design para dar sensação de bem-estar aos pacientes

114PLANO DIRETOR

Hospital São Rafael, em Salvador (BA), elabora Plano Diretor de projeto e obras para melhorar o fluxo de pessoas nos corredores da instituição

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NESTA EDIÇÃON.08 I JUNHO | JULHO| AGOSTO| 2013

HuMANIzAçãO

Obra realizada, recentemente, em hospital de Curitba (PR) foca especialmente o design, humanização e sustentabilidade

40

ExPANSãO

Hospital Israelita Albert Einstein tem Plano de Expansão para aprimorar o padrão de segurança hospitalar

178

ARQ Destaque

Após mudança no projeto, Hospital Maria Thereza Rennó é concluído com sucesso e leva tecnologia e tratamentos sofisticados ao interior de Minas Gerais

SuSTENTABILIDADE

Com pensamento holístico, projeto arquitetônico considera benefícios ambientais com medidas sustentáveis que reduzem significativamente os gastos

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boletim ARQ

SUSTENTABILIDADEHospital em Indiana, nos Estados Unidos, traz diversas soluções verdes

Objetivando conquistar a acreditação LEED, o projeto do St. vicent Fishers Hospi-tal, localizado em Indiana (EuA), traz inúmeras inovações para os usuários. A nova unidade conta quatro andares destinados a cirurgias e internação, com 30 salas médicas e cirúrgicas, seis salas de observação, dez para realizar trabalhos de parto,

maternidade, creche, SPA, dentre outros departamentos. Para a conquista da certificação, o projeto trouxe diversas soluções sustentáveis para a instituição como gestão de resíduos que desviou mais de 75% de entulhos para aterros locais, utilização de materiais e produtos que reduzem a liberação de substân-cias químicas e tóxicas, sistemas elétricos para o desempenho ideal, implementação de um plano de gestão da qualidade do ar interior para ajudar a sustentar o conforto e bem-estar dos trabalhadores da construção civil e ocupantes do edifício.

NOVAS INSTALAÇÕESHospital americano especializado em cuidados do coração

ganha novo espaçamento

O novo Louis & Peaches Owen Heart Hospital, no Estado do Texas (EuA), traz para seus usuários mais 72 quartos privados, uma unidade para cuida-dos intensivos, salas para cirurgias, centro de imagem, além de cuidados relacionados a problemas cardíaco, torácico, vascular e pulmonar, tudo com equipamentos de última geração. Após uma longa etapa de planejamento, estudando as melhores soluções já realizadas em outros hospitais, o projeto conferiu flexibilidade à infraestrutura visando crescimento futuro, e espaços funcionais para o melhor desempenho do corpo clínico. O design incorpora alvenaria e janelas, contrastando com a fachada de vidro. No hall de entrada a decoração utiliza materiais em forma de plaquetas sanguíneas no teto na entrada.

ILUMINAÇÃORetrofit O Centro de Referência do Idoso, em São Paulo, recebeu um retrofit da iluminação com o intuito de abaixar o custo operacional fixo hospitalar. Na primeira etapa, foram instaladas 548 lâmpadas tubulares Extreme LED de 10W, que substituíram as tubulares fluorescentes de 16W (o que devido ao consumo do reator equivale a 17,60 W). A troca proporcionou uma diminuição do consumo mensal de energia de 9.644W para 5.480W,

totalizando uma economia de 43,18%.Foram levados em consideração aspectos como retorno de investimento e tempo de vida do produto. Com uma dura-bilidade de 7,83 anos, o pay back ocorrerá em um ano e oito meses. Daí para frente o valor economizado na conta de energia poderá ser aplicado em outros recursos. Além disso, com a troca da tecnologia cerca de 1.900 lâmpadas deixarão de ser trocadas, o que significa redução do custo com manutenção e menor geração de lixo.

Fotos: Divulgação

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ENSINOCentro de estudos traz tecnologia e completa infraestrutura

O novo Centro de Simulação e Educação criado em parceria com a OSF He-althCare e universidade de Illinois foi desenvolvido a fim de ensinar novas habilidades a profissionais e estudantes. Trata-se de um hospital virtual que combina equipamentos médicos reais e os últimos avanços da tecno-logia virtual.

A unidade possui espaços de simulação, salas de aula e centros de conferência. Ainda constam laboratórios de anatomia, centro de transporte com ambulâncias, etc. Todo o projeto foi elaborado visando a certificação LEED.

EVENTOAberta chamada de trabalhos para o VI Congresso da ABDEH

Já está aberta a chamada de trabalhos para o vI Congresso da ABDEH (Asso-ciação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar) que acon-tecerá em agosto de 2014, em Florianópolis. Trata-se do mais importante evento brasileiro sobre as edificações hospitalares que mobilizará profissionais, pesquisadores e interessados na melhor qualidade dos ambientes de saúde.Os interessados em submeter trabalho escrito para apresentação oral e publicação nos anais do vI CBDEH devem submeter seus textos, em português ou espanhol, para consideração da Comissão Científica. Todas as regras po-dem ser acessadas no site http://www.abdeh2014.com.

ENGENHARIA CLÍNICAABEClin sugere grupo de estudos ao Confea

Em uma plenária realizada no mês de junho, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABEClin), Rodolfo More (foto), pediu ao Confea a criação de um grupo de estudos para iniciar os trabalhos de reconhecimento da profissão de enge-nheiro clínico.Segundo o que foi exposto por More, a ideia é regulamentar a profissão através da especialização, como já acontece com a Engenharia de Segurança do Trabalho. O pre-sidente da ABEClin falou ainda sobre o surgimento da profissão, que se deu nos Esta-

dos unidos, na década de 1970. Hoje, naquele país, cada hospital com mais de 300 leitos é obrigado a ter um departamento de engenharia clínica. Já no Brasil, os serviços de engenharia clínica estão presentes em hospitais universitários, privados de maior complexidade e em alguns institutos especializados.

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ReDeS SoCIAIS CeLULAR e TABLeT

Lei do Ato Médico terá adendoO Governo Federal enviou ao Congresso Nacional um adendo à Lei do Ato Médico, sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff em julho.O Ato Médico regulamenta a profissão, estabelecendo atos que são privativos desse profissional. O projeto colocou médicos de um lado, e as demais profissões da saúde , que temiam que a lei restringisse sua prática, de outro.Em sua primeira versão, o diagnóstico e a prescrição de tra-tamentos seriam ações exclusivas dos médicos. Com os vetos da presidente, essa exclusividade foi retirada da lei, porque o governo temia que isso pudesse afetar ações do SuS realizadas por outros profissionais, como a prescrição de remédios para hanseníase, entre outros.

Brasileiro ocupa presidência da União Internacional das Sociedades de ImunologiaNo mês de agosto, o médico imunologista e Diretor do Instituto Butantan, Jorfe Kalil, assumiu a presidência da união Internacional das Sociedades de Imunologia, em Milão, Itália, sendo o primeiro pesquisador de um país em desenvolvimento a assumir o comando da entidade internacional. A sociedade reúne sociedades de imunologia de mais de 70 países.Jorge Elias Kalil Filho é graduado em Medicina pela universidade Federal do Rio Grande do Sul, e possui mestrado em Imunogenética e Imunopatologia e doutorado em Biologia Humana, ambos pela universidade de Paris vII. É Professor Titular de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da universidade de São Paulo (uSP), Diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração.

Células com câncer no sangue poderão ser encontradas por biopsiaum teste realizado, em São Paulo, busca facilitar a identificação de câncer por meio de um simples exame de sangue. Além disso, a técnica prevê a busca do melhor tratamento para cada paciente e acompanhar a resposta à terapia através da biópsia líquida.Tal método que analisa as células tumorais que circulam no sangue, a área ganhou mais atenção nos últimos anos graças às novas tecnologias que permitem encontrar e capturar essas células que são raras - há cerca de uma célula tumoral em um bilhão de células sanguíneas normais.O teste seria menos danoso do que exames de imagem com radiação e, no futuro, poderia até ser mais barato.Outra aplicação é o estudo da biologia dos tumores por meio das características das células, o que pode levar a um tratamento mais personalizado.

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ARQ coluna

Estudos desenvolvidos sobre os aspectos de conforto humano têm demonstrado que condi-ções desfavoráveis como excesso ou a ausência de calor, umidade, ventilação e renovação do ar, ruídos intensos e constantes, condições lumínicas ina-dequadas, podem repre-sentar uma grande fonte de tensão no desenvolvi-mento das atividades de trabalho. Para cada uma das variáveis ambientais (luz, clima, ruídos, odores, etc.) há características es-pecíficas que são mais ou menos facilitadoras. No entanto, quanto mais complexas as ações exe-cutadas pelo indivíduo, maior a responsabilidade sobre os riscos envolvi-dos e mais cuidados se

a qualidade do ar e outros fatores ambientais

Conforto e desconforto humano

em ambientes de saúde:

tornam necessários com essas questões na elabo-ração do projeto e na sua implantação.Em edificações para ser-

viços de saúde, onde é frequente a ocorrência de situações críticas e estres-santes envolvendo rela-ções interpessoais e indi-víduos com algum grau de sofrimento físico e/ou psí-quico, os fatores ambien-tais que definem as condi-ções de conforto (acústica, visual, higrotérmica, olfa-tiva e ergonômica) assu-mem responsabilidades significativas durante o de-senvolvimento da concep-ção arquitetônica.As dimensões definidas

pelas diversas legislações que conformam e determi-nam a construção do espa-ço para serviços de saúde

estão estabelecidas sob padrões de conforto que privilegiaram os profissio-nais de saúde e os fatores vinculados ao limpo ou ao científico, muito mais que à valorização dos aspectos de sensibilidade e de ex-pectativa de conforto do usuário. Este é um grande desafio: encontrar o equi-líbrio entre as deman-das dos diversos usuários (profissionais de saúde, pacientes e visitantes) dos ambientes de saúde e suas distintas demandas. Por outro lado, provi-

dências para a busca do equilíbrio entre as deter-minações formais dos re-gulamentos existentes e as normatizações técnicas, aliada à diversidade am-biental, social e cultural, representam algumas das

estratégias que a Agência Nacional de vigilância Sa-nitária (Anvisa) tem procu-rado implementar através da principal norma para ambientes destinados aos serviços de saúde, a RDC nº 50 de 21/feverei-ro/2002. Em meio a sua pouca idade, com pouco mais de 11 anos, esta re-gulamentação já se en-contra em busca da atua-lização necessária face às novas demandas tecnoló-gicas e aos novos proce-dimentos assistenciais. A arquitetura tem, portanto, a oportunidade de con-tribuir transformando os processos críticos e a per-cepção técnica e funcional em espaços construídos para a finalidade do aco-lhimento humano. Este é um momento em

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que os profissionais e es-pecialistas em conforto e em ambientes de saúde podem experimentar con-tribuir com as críticas e as experiências regionais em meio à diversidade am-biental e climática do Brasil. Ao contrário da sensa-

ção de desconforto, o conforto ambiental não é uma percepção facilmente mensurável. Resultado da harmonia de vários condi-cionantes – higrotérmicos, acústicos, visuais, olfati-vos, da qualidade do ar, entre outros - ela também pode propiciar a integra-ção do homem (usuário) a seu meio, possibilitando a otimização do seu desem-penho. A origem do termo “conforto” se explica pelo verbo “confortar”, do latim confortare e tem a mesma

Fábio Bitencourt Presidente da ABDEH - Associação Brasileira para o

Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, Arquiteto D Sc e professor

origem que “força”; levar força significava consolar. No livro Casa: pequena história de uma ideia (Edi-tora Record, 1999), o ar-quiteto canadense Witold Rybczynski apresenta o momento aproximado em que o termo comfort pas-sa a referir-se ao ambiente da casa, na Inglaterra rural do início do século xIx.Em 2012, em encontro

realizado de 4 a 6 de abril, em São Paulo, durante o v Congresso Brasileiro para o Desenvolvimen-to do Edifício Hospitalar promovido pela Associa-ção Brasileira para o De-senvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), ficou evidenciado que as ne-cessidades de conforto humano não podem ser resolvidas apenas com a

sofisticação da tecnologia dos equipamentos. Esta abordagem deve

considerar prioritariamen-te a aplicação de políticas de desenvolvimento sus-tentável que privilegiem as condições naturais que cada região, ambiente e cultura humana permi-tam explorar. Segundo os conceitos estabelecidos pelo documento “Os Li-mites do Crescimento”, publicado pelo Programa das Nações unidas para o Meio Ambiente (uNEP) em 1972, adaptado pos-teriormente pela Comis-são Brundtland, o desen-volvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a ca-pacidade das gerações fu-turas de satisfazer as suas

próprias necessidades.Quando se trata dos am-

bientes de saúde, as edifi-cações hospitalares e sua contribuição para a sus-tentabilidade ambiental, a abordagem mais frequen-te é a que se refere às di-ficuldades e inviabilidade de adequação e implanta-ção destes conceitos. No entanto, considerando as edificações existentes e os novos projetos de estabe-lecimentos para serviços de saúde, há muito por fazer neste processo de adequações e inovações conceituais e projetuais. Um desafio para os pro-

fissionais que projetam os ambientes de saúde, além de uma importante refle-xão para estes e para to-dos os usuários que repre-sentam a sociedade.

Artig

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rILuMINAçãO

A iluminação é essencial em um edifício hospitalar, uma vez que este ele-mento interfere nos custos operacionais, na eficiência energética e na humanização de todo o ambiente. Por isso a importância de oferecer um

projeto luminotécnico que carregue em sua concepção o conforto e bem-estar para os usuários e economia para a instituição. Isso porque a iluminação está em todos os setores hospitalares, desde a fa-

chada com os projetores de alta potência, em rotas de fugas, com os sistemas de iluminação de emergência e nos quartos, com luminárias para aplicação decorativa ou funcional.Para isso, o mercado vem oferecendo diversos produtos que possuem baixo

consumo de energia e longa vida útil. “O desenvolvimento e crescimento da tecnologia LED traz muitas vantagens. Há as luminárias de LED que podem subs-tituir as atuais fluorescentes. Além disso, há as luminárias ajustáveis com foco de

Técnica e bem-estarTecnologia e humanização tornam-se cada vez mais essenciais em projetos luminotécnicos

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Técnica e bem-estar

iluminação direcionado, importante para serem utilizadas na supervisão de procedimentos”, res-salta Igor Tcacenco Mar-tins, designer de produto da utiluz Tecnologia. Quanto à tecnologia de

iluminação LED, não há normas em nível nacional, trabalhando-se apenas com normas e especifi-cações internacionais. “O

selo Energy Star é o princi-pal até o momento e que, provavelmente, vai estabe-lecer relação com alguma norma nacional a ser im-plantada”, afirma Tcacenco.Mesmo sem uma dire-

triz específica, o mercado da iluminação e da saúde vivem momentos de gran-des crescimentos e modifi-cações. Em um curto espa-ço de tempo os produtos

evoluem, aumentando as capacidades tecnológicas e funcionais, possibilitan-do assim maior abrangên-cia na sua aplicação. Entretanto, muitas vezes

os profissionais especifi-cadores de produtos de iluminação acabam por não acompanhar esta evolução, o que acarreta no uso de produtos con-vencionais. “Com isso não

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Ilum

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rILuMINAçãO

se dá a devida atenção ao novo e às infinitas possi-bilidades e vantagens dis-poníveis para aplicação e obtenção de melhores re-sultados para os projetos luminotécnicos.”Por isso, mais uma vez,

ressalta-se a importância dos estudos luminotécni-cos, não apenas em am-bientes hospitalares, mas para qualquer setor. “Com um projeto bem elabora-do é possível evitar o des-perdício de iluminação e equívocos corriqueiros, como o excesso de ilumi-nação onde não é neces-sário, ausência de luz em espaços que necessitam maior atenção luminotéc-nica, dentre outros. Além disso, também é impor-tante a instalação de dis-positivos corretos com eficiência ideal para serem aplicados de maneira cer-ta”, finaliza Tcacenco.

PORTFóLIOAtualmente, o mercado

proporciona diversos pro-dutos direcionados espe-cialmente para o uso hos-pitalar. A utiluz Tecnologia desenvolve equipamentos para as mais diversas fina-

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lidades, como a arandela iluminada na cor verde para o pacientes usarem em caso de emergência. Este material é utilizado em corredores de hospi-tais e, quando acionada pelo usuário, automatica-mente a cor da iluminação é modificada para verme-lho. “Além disso, há a ilu-minação específica para corredores e quartos. Cada aplicação deve ser estuda-da conforme a instalação e uso adequado”, explica. Diversos hospitais já utili-

zam os produtos da utiluz Tecnologia como o Hospi-

tal do Círculo, Hospital da PuC-RS, Hospital Nossa Senhora da Oliveira, Hos-pital Mãe de Deus, Hos-pital Moinhos de vento, Rede de hospitais unimed e Hospital Sírio-Libanês. Dentre os diversos pro-

jetos, Tcacenco destaca o Hospital Pompéia (RS) pelo fato de ser uma instituição centenária que optou pela revitalização da unidade utilizando produtos de alta tecnologia. “Nesse case desenvolvemos especifica-ções únicas e que se ade-quaram muito bem com as necessidades propostas.”

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ILuMINAçãO

Luz inteligenteLinha de produtos destinada aos ambientes clínicos conta com soluçõesem LED que reduzem o consumo de energia e o custo de manutenção

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Consultórios médicos, laboratórios, spas e grandes hospitais precisam ser inovadores ao implantar um sistema de iluminação, porém sem deixar de

lado a responsabilidade sócio-ambiental, que consiste em adquirir produtos sustentáveis e que gerem menor consumo de energia elétrica.Nesse contexto, entra em cena a tecnologia LED por

ter características que protegem o meio ambiente. Tal solução garante durabilidade, ciclo de vida maior e, por consequência, menos despesas com manutenção e com conta de luz. Para obter tal economia, contudo, é preciso investir e esta amortização tende a vir em longo prazo.Instituições como INCOR e SEPACO são consideradas

referências por utilizaram este conceito sustentável em suas estruturas. Recentemente, o Centro de Referência do Idoso da zona Norte (CRI Norte), em São Paulo (SP), realizou o retrofit de lâmpadas fluorescentes tubulares pela Extreme LED, proporcionando uma economia de energia de aproximadamente 50%.Para Fernando Bottene, parceiro comercial da Lâmpa-

das Golden, os ambientes de saúde necessitam de uma iluminação que traduz os atributos da instituição, como transparência, limpeza, sobriedade e etc. “As luminárias LED, por terem um design clean, traduzem este conceito, que indiretamente é percebido pelo usuário”, afirma.Atualmente, no mercado, é possível encontrar novida-

des de iluminação para clínicas/consultórios. um exem-plo são os painéis LED 62,5 x 62,5 e 123,5 x 31,5 cm da Lâmpadas Golden, que possuem uma assepsia na ma-nutenção, fundamental para espaços médicos. “Os for-

Luz inteligente

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ILuMINAçãOmatos mais indicados para instituições deste porte são os modelos tubulares, por ter uma possibilidade de expansão”, completa Bottene. Outra saída para a im-

plantação deste modelo de iluminação é desen-volver um retrofit com reaproveitamento das lu-minárias já existentes no local. Essa prática colabora para a melhoria da manu-tenção e cria um ambiente mais atualizado em termos de conservação.

SAIBA MAISOs sistemas da linha Gol-

den Extreme LED econo-mizam até 80% mais do que as lâmpadas comuns. A vida mediana de mais de 30 mil horas diminui a frequência de manuten-ção e reduz os gastos com mão de obra. Além disso, a tecnologia é uma al-ternativa sustentável por gerar menos lixo e não conter metais pesados em sua composição, o que re-duz a possibilidade de da-nos ambientais e à saúde. Outro quesito importante é o conforto necessário para os cuidados médicos e o bem-estar dos pacien-tes, pois a tecnologia pro-porciona uma iluminação não cansativa, sem calor, sem variação de cor, sem raios ultravioletas e infra-vermelhos e com fluxo de luz constante.

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PROJETOS LUMINOTéCNICOSConfira algumas opções que se encaixam nos projetos destinados à saúde:

Extreme LED TubularPotência: 10W e 18WTemperatura de cor: 4.100K e 6.000Kvida mediana: 40.000hAplicação: Áreas de circulação, corredores, salas de espera, banheiros, consultórios, “escritórios”, salas específicas (que têm utilizações peculiares à área hospitalar e que usam atualmente como luz geral as fluorescentes tubulares), restauran-tes/refeitórios e cozinhas.

Painel LEDPotência: 20W, 42W e 45WTemperatura de cor: 4.000Kvida mediana: 50.000hAplicação: Áreas de circulação, corredores, sa-las de espera, consultórios, “escritórios”, salas específicas (que têm utilizações peculiares à área hospitalar e que usam atualmente como luz geral luminárias embutidas com fluorescen-tes tubulares) e restaurantes/refeitórios.

LED DownlightPotência: 15W, 20W e 30WTemperatura de cor: 3.000K e 6.000Kvida mediana: 30.000hAplicação: Áreas de circulação, corredores, sa-las de espera, banheiros, consultórios, “escritó-rios”, ambientes que usam atualmente down-lights tradicionais com lâmpadas fluorescentes compactas, restaurantes/refeitórios e cozinhas.

Extreme LED GU10Potência: 6,5WTemperatura de cor: 2.700Kvida mediana: 30.000hAplicação: Salas de espera (de acordo com o tipo de hospital), restaurantes e corredores.

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FLExIBILIDADE

Identidade VisualSinalização hospitalar pode colaborar com melhor fluxo e orientação de funcionários e pacientes

Em busca de suavizar visualmente o am-biente, considerando

o grande número de pes-soas da terceira idade que circulam no local, o Hospi-tal Samaritano implantou um projeto que além de ser funcional tem infor-mações que podem ser realocadas. O sistema per-sonalizado de fixação com ímãs para que as informa-ções possam mudar visu-almente foi desenvolvido pela Caso Design Comuni-cação, empresa que atua no mercado há mais de 20 anos e em vários segmen-tos, como, por exemplo, no desenvolvimento de marcas,na identidade cor-porativa, entre outros.O projeto desenvolvido

para o Hospital Samari-tano tem como principal característica visual a cor azul, referência à nova marca da instituição. A criação Clean prevê a si-nalização interna e exter-na, em português e inglês. “Entender este universo exige muita sinergia entre as diversas áreas do setor

que estão inseridas den-tro de um ambiente único, como hospitais e clínicas. É preciso ter conhecimen-to de suas particularida-des. Desde 2001, com a implantação do projeto no Hospital São Luiz, em conjunto com o marke-ting da instituição, a Caso Design adquiriu expertise e vem se especializando nesta área”, conta Marc Florindo, Diretor de Cria-ção e Sócio-Proprietário da empresa.De acordo com Marc,

desenvolver trabalhos voltados para a área de saúde exige a percepção das particularidades, prin-cípios e necessidades de cada instituição. “Nossa função é analisar e enten-der caso a caso, adequan-do e alinhando o projeto de acordo com cada ne-cessidade”, explica. Durante os estudos para

criação da identidade é feita uma análise que leva em consideração o perfil dos usuários, flu-xo de pessoas e qual a melhor linguagem visual

a ser aplicada. Além das formas das peças, os ti-pos de materiais a serem usados, a necessidade de realocação dos com-ponentes, entre outros. “Para facilitar este pro-cesso, nós procuramos manter um relacionamen-to muito próximo com to-das as áreas do hospital, atendendo assim às suas diferentes necessidades na hora da implantação e conceituação do projeto.”O conceito de comunica-

ção visual do hospital foi idealizado antes do início do projeto do Novo Com-plexo, e o grande desafio foi a sua adequação em ambientes com caracte-rísticas arquitetônicas tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão integradas. “Nós desenvolvemos com exclusividade o conceito, mas sempre há, e deve haver, a participação de arquitetos e de setores es-tratégicos da instituição, principalmente nas deci-sões sobre fluxos, mudan-ças futuras e na alocação das peças”, conta Marc.

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O diferencial deste pro-jeto foi a utilização, na maioria das peças, de um sistema por fixação das informações através de ímãs. Como o projeto previa a realocação de se-tores, desenvolvemos um sistema que facilitasse a troca da sinalização. Po-de-se, por exemplo, tro-car apenas a direção de uma seta, ou palavra, sem danificar a peça por intei-ro. Além de ser econômi-co, esse sistema promove maior agilidade na troca das informações. “A implantação de um

projeto como este em uma instituição hospi-talar além de informar e orientar com precisão o seu usuário, também fortalece a marca da ins-tituição, como a qualida-de e eficiência dos seus serviços. Além disso, é importante tornar o am-biente hospitalar agradá-vel e evitar qualquer tipo de transtorno nos mo-mentos em que o usuário transitar pelo ambiente”, finaliza Marc.

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Novas instalaçõesEdificação do maior complexo fabril da B. Braun na América Latina apoia-se em uma engenharia integrada e consistente

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Com um investimento de R$ 346 mi-lhões, o grupo alemão B. Braun, pre-sente no Brasil há 45 anos, vai inaugu-

rar uma nova fábrica no Complexo Industrial e Empresarial de São Gonçalo (Ciesg), locali-zado no Rio de Janeiro. O parque fabril promete ser o maior da

multinacional na América Latina, com 80 mil m² de área construída em dois terrenos que somam 200 mil m². A conclusão de todo o empreendimento está prevista para 2017.Até lá muito tem que ser feito e este pro-

cesso está sob a liderança da Tessler Enge-nharia, que atuou desde a avaliação técnica dos projetistas, sua contratação, gerencia-mento e a coordenação de todos os projetos envolvidos. “Após a elaboração e aprovação do Plano

Diretor, iniciou-se o estudo de engenharia básica, com todas as disciplinas para o de-senvolvimento dos projetos executivos. Toda essa etapa durou nove meses”, explicam os engenheiros Fernando Neaime e Théo Silvei-ra, respectivamente Sócio Diretor e Diretor Executivo da Tessler Engenharia. Sobre as instalações hidráulicas, os pro-

fissionais explicam que o abastecimento de água foi proposto através de rede pressuri-

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zada, com a contribuição de reuso de água. Já o sistema de combate a in-cêndio contará com duas linhas de SPK, por se tra-tar de um armazém com o pé direito de 19 m. O sistema de ar condi-

cionado é composto por chillers a ar, para atendi-mento de 400 tr´s, sendo o armazém refrigerado a 30 graus. “O pé direito do armazém, a climati-zação com temperatura máxima de 30º, onde a temperatura média anual ultrapassa esse limite, e a laje de piso que supor-ta oito ton/m² foram os

diferenciais do projeto”, explicam os engenheiros. A topografia também

exigiu uma atenção es-pecial. Para tanto, houve uma importação grande de terra, pois foi exigi-do que o terreno ficasse no mínimo 60 cm acima da média de alagamento dos últimos 100 anos. Todas essas soluções são

criadas através de planeja-mento que envolve todos os participantes, explo-rando a engenharia como uma ferramenta adequa-da e precisa nas obras.Além da construção

do novo complexo da B.

Braun, a Tessler também participa da edificação da nova fábrica de vaci-nas da Novartis, em Reci-fe. A empresa também já atuou em obras no Hos-pital Bandeirantes e São Camilo. “A Tessler procu-ra fidelizar a mão de obra técnica através de treina-mento e controles para as diversas áreas que atua. No segmento da saúde procuramos sempre man-ter os mesmos profissio-nais que já atuaram em outras obras correlatas e oferecer uma adaptação técnica para cada obra específica”, afirmam.

Fernando Neaime, Sócio Diretor da Tessler Engenharia

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Théo Silveira, Diretor Executivo da Tessler Engenharia.

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Novas tecnologiasReforma do setor hemodinâmico e radiologia do Hospital Albert Einstein é concluída sem interferir na rotina dos atendimentos

O planejamento da área física do de-partamento de

hemodinâmica do Hospi-tal Israelita Albert Einstein passou por recentes re-formas a fim de acomodar as novas tecnologias de

ponta. A nova área dese-nhada responde a diversas exigências como fluxo de pacientes e profissionais, segurança dos usuários e um local livre de influên-cias deletérias à qualidade das imagens geradas.

Esta obra contou com a expertise da Ararat Enge-nharia, que atuou na de-molição, execução de alve-naria, forro, acabamento, estrutura, dentre outros. Segundo engenheiro Ke-gham Dadian Diretor de

Engenharia, o grande de-safio deste case foi conci-liar as intervenções com o funcionamento do hospi-tal. “A reforma foi realizada sem interferir na rotina dos atendimentos. Para tanto, recorremos a algumas so-

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luções como a demolição sem barulho e sem poeira através de equipamentos silenciosos (crushing) que destrói a alvenaria e con-creto por esmagamento. Já a demolição dos pisos foi por meio de argamassa expansiva.”

Além disso, também houve uma intensa preo-cupação quanto à blinda-gem da sala. Tal procedi-mento deve ser realizado

com rigor, principalmente quando relacionadas às aberturas para dutos de ar condicionado, portas, visor de comando, gases medi-cinais e instalações elétri-cas. “A construção de uma área para a instalação dos equipamentos de resso-nância magnética deve ser blindada em todo o seu re-dor (teto, piso e paredes), para que não haja interfe-rências internas e externas

de pulsos de rádiofrequ-ência ou de campo mag-nético. Tudo isso para que o sistema de ressonância funcione adequadamente e não interfira em outros equipamentos externos”, explica.

Ademais, a blindagem deve ser eletricamente iso-lada da estrutura predial isolada. “Isto porque um aparelho de ressonância magnética possui um com-

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plexo mecanismo gerador de imagens o qual é susce-tível a uma série de inter-ferências negativas vindas do meio ambiente. Deve-se tomar o cuidado para que nenhuma onda de radio-frequência penetre na sala de exames, isolando muito bem este local, para que o campo magnético gerado pelo equipamento esteja também a salvo da influên-cia de elementos ferromag-néticos”, ressalta Marcelo Buarque de Gusmão Funari, radiologista chefe do de-partamento de imagem do Hospital Albert Einstein.

Além disso, a seguran-ça das pessoas que tran-sitarão perto do aparelho deve ser pensada. Confor-me explica Funari, o equi-pamento de ressonância

magnética atua como se fosse um grande ímã e, portanto, capaz de atrair e influenciar elementos fer-romagnéticos. “Por isso é importante que a sua ins-talação seja em um lugar que respeite a distância de segurança do trânsito de pessoas que possuam, por exemplo, marca-passo car-díaco, ou estruturas me-tálicas das mais diversas naturezas no interior dos seus organismos”.

Quanto à parte elétrica e hidráulica, o engenheiro Dadian explica que foi feito o método de corte das pa-redes mecanizada. “Com uma cortadora de paredes é possível realizar as tubu-lações necessárias e sem poeira. Os shafts hidráu-licos e elétricos também

contam com uma proteção passiva corta-fogo.”

A preocupação am-biental é uma constante em nossas obras. Assim, trabalhou-se no sentido de minimizar a poluição luminosa, acústica e tér-mica. “utilizamos materiais antirruídos, priorizou-se a iluminação LED, devido a sua durabilidade e econo-mia, além de todo o ge-renciamento de resíduos da obra”, comenta Dadian.

No setor hospitalar, a Ararat Engenharia possui em seu portfólio a cons-trução e reforma de cen-tros de oncologia, labora-tórios, farmácias, centros cirúrgicos, centros de exa-mes de imagens, centros obstétricos, dentre outros.

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Tecnologia x Infraestrutura

O desafio de acomo-dar novas tecnologias é uma realidade para a arquitetura hospitalar. Segundo Marcelo Buar-que de Gusmão Funari, radiologista chefe do de-partamento de imagem do hospital, trata-se de um trabalho de time. “É um processo que envol-ve médicos radiologistas, biomédicos, enfermei-ros, físicos e engenheiros clínicos e civis, cada um dando uma fundamental contribuição para que nenhum detalhe impor-

tante ao funcionamento desta tecnologia seja es-quecido.”

Atualmente, o hospital possui dez aparelhos de ressonância magnética e mais três começarão a ser operados a partir do segundo semestre de 2013. “São equipamen-tos que estão instalados não só no próprio hos-pital, mas também em todas as suas unidades espalhadas pela grande São Paulo. No total, são aproximadamente 5.000 exames por mês”, explica.

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Temperatura sob controleProjeto para instituição na Bahia prima pela climatização para garantir a segurança dos procedimentos e conforto dos pacientes

uma unidade de Assis-tência de Alta Complexida-de em Oncologia (unacon) será construída anexa ao Hospital Regional de Jua-zeiro, na Bahia. O projeto, que já está pronto, apre-sentou entre as principais preocupações o cuidado com o processo de cli-matização, para garan-tir conforto e segurança aos usuários. Em função da complexidade da ins-talação, este projeto de-mandou um maior acom-panhamento da área de engenharia de desenvol-vimento, o que levou seu tempo de execução para 150 dias. Durante a elaboração do

projeto, a empresa contra-tada, a FJS Consultoria e Projetos, fez um Relatório de Solução a ser Adota-da (RSA), uma ferramenta de gestão de projeto que possibilita a análise quanti-tativa e qualitativa de cus-to e consumo do sistema de climatização a ser ado-tado. “Após esta avaliação, optamos por utilizar um sistema de climatização através de resfriadores de líquido (expansão indireta)

e climatizadores de ar tipo fan-coils, padrão hospita-lar”, conta Francisco José, Diretor da FJS Consultoria e Projetos.Por se tratar de uma área

hospitalar voltada à on-cologia, o projeto apre-senta, no 2º pavimento, uma área de produção de remédios para aplicação oncológica, o que neces-sitou de atenção especial, com controle de tempe-ratura e umidade, bem como a implementação de uma cascata de pres-são entre os ambientes, o que impede a ocorrência de contaminação cruzada. Além da área farmacoló-gica, o empreendimento contempla a instalação de um acelerador linear e um equipamento de braquio-terapia, que necessitam de cuidados na questão de controle de temperatura e umidade.“Neste trabalho, além de

atender as condições aci-ma referenciadas, nos pre-ocupamos em utilizar um sistema que apresentasse otimização energética e alto grau de confiabilidade, uma vez que, por se tratar

de uma instalação hospita-lar, que funciona 24 horas, não pode haver risco de interrupção por falha. Nes-ta linha de raciocínio, utili-zamos um sistema de ex-pansão indireta, com dois resfriadores de líquido e capacidade unitária de 120 TR´s cada, condensação a ar, com circuito hidráulico divido em anel primário e secundário, e utilização de bombas centrífugas”, reve-la José.Na configuração dos am-

bientes críticos foi adotada a solução de climatizado-res modulares fan-coil´s, padrão hospitalar, com a filtragem adotada de acor-do com a NBR-7256 e dis-tribuição de ar através de rede de dutos. Trata-se de uma instalação de ar con-dicionado para conforto térmico e climatização de área hospitalar , com con-trole de temperatura, umi-dade relativa e pureza do ar, em conformidade com a NBR 16401, com sistema de expansão indireta uti-lizando resfriadores de lí-quidos com compressores Scroll de condensação a ar, e sistema de ventilação /

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exaustão mecânica, com renovação de ar. A central de água gelada

será composta por dois resfriadores de líquido, compressores Scroll, con-densação a ar, com capa-cidade unitária 120 TR´s cada. visando melhorar a performance do sistema, foi implantado também um sistema com circuito hidráulico primário e se-cundário, de modo a man-ter constante a pressão di-ferencial entre as linhas de alimentação e retorno do circuito secundário, inde-pendente das válvulas de duas vias dos climatizado-

res tipo fan-coil´s.A distribuição de ar dos

ambientes condicionados será efetivada através de rede de dutos e o sistema de controle de tempera-tura dos climatizadores de ar será do tipo elétri-co, composto por válvulas de controle de fluxo de água gelada do tipo duas vias proporcional, para os fan-coils modulares, e on-off para os climatiza-dores hidrônicos monta-dos nos ambientes . Ainda para o segundo

pavimento, foi prevista a utilização de um sistema vAv (volume de Ar va-

riável) com utilização de Caixas de vAv tipo Tvz, permitindo que através do sistema supervisório haja atuação de forma direta no controle das variáveis acima descritas. No intuito de proporcionar uma con-dição de conforto térmico aos operadores dos equi-pamentos fluxo laminar, foi implementado a solu-ção de insuflamento de ar primário nestes equipa-mentos, com temperatura entre 20º e 22º C, através de um fan-coil dedicado a este processo. O aciona-mento destes dispositivos irá abrir o damper de blo-

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Experiência, tecnologia e eficiência

Há 20 anos no mercado, a FJS Consulto-ria e Projetos aplica tecnologia de ponta no desenvolvimento dos seus projetos. A empresa foi criada com o conceito de ser inovadora, por isso, desde seu princípio conta com diferenciais como equipe e estrutura próprias, sofisticados instrumentos para medição em campo e inúmeros recursos que lhe permitem fle-xibilidade de ação e agilidade no cum-primento dos prazos. Os projetos da empresa viabilizam os menores custos de operação com o me-lhor aproveitamento possível de ener-gia. “Eficiência e economia são nossos objetivos, sempre buscamos a melhor maneira de integrar os sistemas à arqui-tetura e às diversas disciplinas. Para pro-porcionar qualidade, rapidez e precisão na elaboração do trabalho utilizamos os mais modernos softwares”, conta Fran-cisco José, Diretor da empresa.Para a elaboração de desenhos, o com-putador também é utilizado como prin-cipal ferramenta de trabalho, sendo con-feccionados através deste e utilizando uma vasta biblioteca de símbolos, de-senhos e detalhes, de desenvolvimento, elaboração e utilização própria, assegu-rando-se assim agilidade na elaboração, riqueza de detalhes e qualidade gráfica, além de utilização da tecnologia Building Information Modeling (BIM Programs), que propicia uma maior confiabilidade nas compatibilizações e interfaces com as demais disciplinas de projeto.

CLIMATIzAçãOCl

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queio motorizado do equi-pamento, bem como acio-nando o exaustor de ar do respectivo equipamento. O grande diferencial des-

te projeto é a utilização de uma lógica de controle e automação que irá mo-nitorar e gerenciar todo o sistema de climatização do hospital, efetuando o Schedule de funcionamen-to dos equipamentos, bem como o controle de tem-peratura dos ambientes cli-matizados pelos fan-coil´s, modular a vazão destes aparelhos através de in-versores de frequência ins-talados nos motores dos ventiladores (modulação de vazão através do índice de saturação dos filtros). O sistema de automação e controle, além de propiciar o rodízio de funcionamen-to das bombas primárias e secundárias, gerenciará a vazão do circuito secun-dário, através da modu-lação dos inversores de frequência destas bombas, em função da variação de pressão do anel hidráulico. Para os equipamentos res-friadores de líquido foi es-tabelecida uma programa-ção de partida e controle de capacidade através da análise de demanda térmi-ca do prédio, garantindo o melhor ponto de eficienti-zação energética da insta-lação.

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Hospital de Curitiba tem projeto que valoriza design, humanização e sustentabilidade

A recente obra do union Day Hos-pital, localizado

na cidade de Curitiba (PR), deu atenção espe-cial a dois pilares em seu

Projeto bem pensado

projeto: humanização e sustentabilidade. Os am-bientes foram projetados de modo a se comunica-rem entre os andares e as salas através de visores

para o exterior, inclusive nas salas cirúrgicas. No que tange à huma-

nização, as cores foram grande aliadas. O projeto utilizou tons fora dos pa-

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drões hospitalares, que-brando os paradigmas de cores brancas e frias. “Instalamos pisos em manta vinílica com dese-nhos curvos e multicores. Nas paredes, colocamos cores vivas acentuadas por jogo de luzes”, conta Adolfo Sakaguti, proprie-tário da Sakaguti Arqui-tetura e arquiteto res-ponsável pelo projeto.Além das preocupações

com a humanização e a sustentabilidade a busca pela facilidade de manu-tenção, através do uso de forros removíveis,

galerias técnicas e espe-cificações de materiais adequados também foi preocupação neste proje-to. “Nosso maior desafio foram as mudanças que tivemos que fazer para contemplar questões re-lativas ao atendimento de exigências de convênios médicos”, explica.A beleza da arquitetu-

ra externa do hospital também tem se destaca-do, pois o projeto bus-cou traduzir na fachada a filosofia da instituição, tecnologia e vanguarda no tratamento da saúde,

assumindo o estilo con-temporâneo. O escritório de arquite-

tura foi responsável pelo gerenciamento da obra, interiores, paisagismo e até da assessoria em comunicação visual do union Day. A empresa está no mercado da saú-de há cerca de 20 anos e também já atuou Santa Casa de Misericórdia, ao Hospital de Clínicas (HC) e ao Instituto de Neu-rocirurgia em Curitiba (PR), além do Hospital e Maternidade Sapezal, no Mato Grosso. “Desde o

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início buscamos aper-feiçoar nossos trabalhos de projeto e consultoria através de pesquisas e presença em congressos. Nossa carteira de obras abrange desde pequenas reformas em clínicas e hospitais, até planos di-retores nos quais traba-lhamos em sintonia com equipes multidisciplina-res”, ressalta Sakaguti.O arquiteto conta ainda

que todos os projetos da empresa passam por di-ferentes fases em busca da perfeição. Em um pri-meiro momento, chama-do de diagnóstico, são investigados os compro-missos com a legislação de uso do solo, questões ligadas à vigilância Sa-nitária e segurança das rotas de fuga. Na sequ-ência, há a coleta dos da-dos do programa de ne-cessidades e a partir daí começam as inserções no projeto, com estudos que são discutidos com o cliente até a formata-ção final. “Isto se repete a cada etapa da obra. Do estudo ao último traba-lho consumimos pratica-mente três anos, por-que acompanhamos a obra e decidimos ques-tões antecipadamente e também em tempo real”, finaliza o diretor da Sakaguti Arquitetura.

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“Nosso maior desafio foram as mudanças que tivemos que fazer para contemplar questões relativas ao atendimento de exigências de convênios médicos”,

Adolfo Sakaguti, Proprietário da Sakaguti Arquitetura

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Projetos na região Sul promovem amplo acolhimento ao criar ambientes curativos com dinâmica espacial, garantindo mais comodidade

As unidades de Pronto Atendimen-to (uPAs 24h) cria-

das pelo Governo Fede-ral trazem uma inovação quanto ao atendimento. A proposta desses locais é reduzir as filas, ao evitar que casos de menor com-plexidade sejam encami-nhados para os hospitais.De acordo com escritório

Badermann Arquitetos, essas unidades devem se destacar contendo atri-butos relativos à humani-zação e sustentabilidade, além de utilizar materiais

Padronização humanizada

mais resistentes para que a edificação possa ter uma maior vida útil e uma fácil manutenção. Para a definição da área

física mínima e dos am-bientes necessários das uPAs são levados em consideração diversos fa-tores, tais como os pro-cessos executados, os fluxos de atendimento, a setorização e as ativida-des a serem desenvolvi-das, conforme as regula-mentações do Ministério da Saúde e ANvISA.Em Pelotas (RS), duas

novas uPAs 24h foram projetadas, sendo elas do Porte I e Porte III. Os projetos arquitetônicos visam contribuir decisi-vamente para que a as-sistência seja prestada de maneira funcional e, ao mesmo tempo, com con-forto a todos os usuários.Ambos os projetos pro-

movem um amplo concei-to de acolhimento. Dentro das unidades, a intenção é oferecer ambientes curativos, energéticos e intuitivos. Para tanto, se-rão utilizadas cores em

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vários tons dinamizando os espaços mantendo o padrão da identidade vi-sual estabelecido pelo Ministério da Saúde. Nesses projetos foram

previstas aberturas per-mitindo a entrada da luz natural e a ventilação cru-zada, reduzindo o consu-mo energético. Na uPA I, por exemplo, foram dei-xados dois jardins late-rais de modo que as cir-culações internas sejam iluminadas, garantindo a ventilação dos espaços, além de proporcionar que os usuários usufruam da paisagem. Na uPA III a luz

vem de cima através de aberturas zenitais o que confere uma grande qua-lificação nas circulações.É importante salientar

que nestes dois projetos as áreas externas se rela-cionam com as internas. Portanto, existe uma pre-ocupação com a dinâmi-ca espacial para garantir a eficácia terapêutica da arquitetura. “Queremos projetar ambientes sau-dáveis e enriquecedores que vão atuar positiva-mente no ânimo dos pa-cientes, acompanhantes e equipe assistencial”, afirma o arquiteto Jonas

Badermann de Lemos, da Badermann Arquitetos Associados. Nestas obras, houve

também um cuidado re-lativo à flexibilidade de maneira que as áreas possam ser ampliadas. E, como tais projetos foram desenvolvidos em módu-los, as alterações futuras poderão ser executadas com os serviços em pleno funcionamento. Quanto à acessibilida-

de destes novos centros, Jonas Badermann relata que os projetos preve-em três acessos cobertos com áreas e alturas ade-

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quadas para ambulâncias, automóveis e veículos de carga. Nestes locais, os acessos às inclinações das rampas estão conforme a NBR 9050, que estabele-ce critérios e parâmetros técnicos de acessos apli-cáveis às edificações.Ainda nesse contexto,

os vãos das aberturas das unidades serão apropria-dos ao movimento de pacientes e profissionais. Para os acessos dos pe-destres foi contemplado o piso modelo tátil si-nalizador. Em ambos os projetos a pavimentação externa em blocos de

concreto intertravados e vazados garantem a per-meabilidade do terreno. “Temos a expectativa,

considerando as preocu-pações públicas munici-pais, que os responsáveis pela gestão destas edifi-cações saberão escolher um bom executor. O re-sultado do trabalho dos arquitetos é a materiali-zação do projeto que é a obra”, salienta.Jonas Badermann diz ain-

da que sua equipe reco-nhece que o segmento da saúde está em constante transformação e ressalta que a tecnologia evolui

rapidamente, assim como as técnicas médicas, o que induz a incorporação de novos programas arquite-tônicos correspondentes a outras visões da medicina. “As pessoas preocupa-

das em manter uma vida mais saudável, procuram cada vez mais os serviços de saúde. Dessa forma, ocorre um aumento na demanda de ampliações e novas edificações. Em vista disso, nossa equipe está em constante aper-feiçoamento, com a in-tenção de oferecer bons projetos e um apoio téc-nico constante.”

“Queremos projetar ambientes saudáveis e enriquecedores que vão atuar positivamente no ânimo dos pacientes, acompanhantes e equipe assistencial”

Arquiteto Jonas Badermann de Lemos, Badermann Arquitetos Associados

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HCor se expande sem deixar de lado a segurança e a sustentabilidade

Crescimento constante

O Hospital do Cora-ção (HCor), em São Paulo, vem investin-

do em seu plano de amplia-ção. A instituição inaugurou, no final do ano passado, a unidade avançada do Cen-tro de Diagnósticos HCor, um espaço com alguns di-ferenciais que visam a hu-manização. um bom exem-plo é a sala de ressonância magnética digital, com equipamentos mais amplos, ambiente humanizado e ilu-minação natural que irá be-neficiar os pacientes claus-trofóbicos.Outra obra importante

nesse processo de expan-

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são é a unidade 130, em frente à primeira unidade, da Rua Desembargador Eliseu Guilherme. O espaço tem 38 apartamentos para internação, um andar ex-clusivo para quimioterapia, centro de convenções para 210 pessoas e vagas para 142 veículos, tudo distribu-ído em 15 andares e cinco subsolos. “O HCor consolida a sua excelência, com estru-turas de última geração e segurança no atendimento aos pacientes”, ressalta José Cesar Ribeiro, Gerente de Enfermagem da unidade.O prédio destaca-se ain-

da pelas salas híbridas, que

possibilitam a realização de procedimentos cirúrgicos, hemodinâmicos e exames. Esse conceito tem se tor-nado tendência nos mais modernos centros médicos do mundo. No HCor, foram projetados dois espaços fo-cados em especialidades distintas: a sala híbrida car-diológica e de neurocirurgia.A edificação criou um ce-

nário raro em São Paulo: a passarela entre prédios. A estrutura dela é composta por dois níveis, sendo que o inferior fica a oito metros da calçada. A altura total é de 18,5 metros e o compri-mento, de 34 metros, com

largura de 3,5 metros. Entre os patamares de passagem existe um jardim para hu-manizar a estrutura. O ob-jetivo da passarela é facilitar o trânsito de funcionários e pacientes, especialmente daqueles em fase pós-ope-ratória, que saem do novo centro cirúrgico rumo à uTI.Além disso, a passarela

poderá atender ao público de palestras e treinamentos. O prédio 130 tem um am-plo centro de convenções, composto pelo auditório e por salas de apoio, que ocu-pam dois andares. “É uma necessidade gerada pelo crescimento do Instituto

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de Ensino e Pesquisa (IEP), do hospital”, comenta José Cesar Ribeiro, Gerente de Enfermagem do Prédio 130. Além da humanização e

viabilidade, a instituição se preocupou também com a segurança e durabilidade das edificações. Uma das principais dificuldades en-contradas neste processo foi planejar o espaço nos corredores e nos shafts, para montar todas as ins-talações de maneira segura e prática, com objetivo de facilitar sua operação. “Por se tratar de uma instituição de saúde, a infraestrutura elétrica, hidráulica, de gases

medicinais e ar condiciona-do é grande”, conta Erick viegas, engenheiro da Sa-nhidrel Engekit responsável pelas instalações do HCor.O engenheiro ressalta que

mesmo com a grandiosi-dade da obra não foram apenas os cuidados com a segurança e qualidade dos prédios que foram levados em conta. As medidas de sustentabilidade também estiveram presentes durante todo o processo. “Procura-mos tratar os resíduos per-tinentes a nossa atividade, com o treinamento da equi-pe e a triagem dos materiais recicláveis”, relata viegas.

Para garantir a segurança, inúmeros cuidados foram tomados na escolha dos materiais, por exemplo, os quadros do centro cirúrgico e de hemodinâmica foram equipados com o “Sistema IT Médico”, conforme Nor-ma NBR 13534. “Neste caso faz-se necessário a aplica-ção de transformadores do tipo Separador (Ensaios Segundo a IEC 61558-2-15), sistema monitor de isola-ção, anunciador e TC”, expli-ca o engenheiro. Alguns circuitos são ali-

mentados por no-breaks em caso de falta de ener-gia, o que faz com que o

grupo gerador tenha uma resposta rápida em caso de falta de abastecimento pela operadora. Além disso, as soldas dos tubos de gases medicinais são todas feitas com solda prata (AWS A.5 8BAG6) e o sistema passa por um processo de limpe-za, desinfecção e purga de toda a rede. “Foi tomado o cuidado também de insta-lar misturadores de água quente e fria especiais com dispositivo de segurança que limita a 38˚C impedin-do, que o usuário se queime ao tomar banho em todos os banheiros de internação”, finaliza Viegas.

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Além da construçãoNão é apenas a estrutu-

ra de obras do hospital que determina seu bom funcionamento, as ins-talações elétricas tam-bém são consideradas de suma importância e pos-suem várias particularida-des, ou seja, alimentam as cargas críticas na qual su-prem circuitos destinados a sustentação e monito-ramento da vida dos pa-cientes. Para isso ocorrer, é preciso que haja cuida-dos especiais desde a fase de projeto, instalação e operação dos circuitos.E atrelado as instalações

elétricas estão os equipa-mentos de monitoramen-to da vida dos pacientes. O projeto desses siste-mas é fundamentado em normas e regulamentos técnicos vigentes. “Nes-se caso, cabe ao corpo médico, garantir que os pacientes sejam tratados com eficácia, recebendo o mais alto nível de cuida-do. Entretanto, uma bre-ve falta de energia pode por em risco a saúde dos pacientes ou prejudicar o sucesso de uma terapia ou de um diagnóstico”, explica o engenheiro Sér-gio Castellari, Diretor da RDI Bender.Por isso, é importante

que esteja integrado à es-trutura hospitalar um sis-

tema de sinalização sono-ro (silenciável) e visual de qualidade. Por tanto, um componente que informe à equipe médica, quando a alimentação dos equi-pamentos eletromédicos e de sustentação da vida deixarem de ser seguros e passíveis ao ponto de serem interrompidos au-tomaticamente por um dispositivo de proteção, conforme determina a

RDC nº 50, de 21 de feve-reiro de 2002, da ANvISA.Neste segmento, exis-

tem várias empresas no mercado como a RDI Bender que oferecem IT Médico inteligente, com soluções e equipa-mentos concebidos com a mais alta tecnologia, para supervisionar per-manentemente circuitos e instalações vitais em locais como uTIs e salas cirúrgicas. Isto possibilita que diagnósticos preci-sos sejam imediatamente

sinalizados, sempre que detectadas alterações nas condições de segurança elétrica que possam vir a comprometer um pro-cedimento, a saúde ou a vida de pacientes.“A equipe médica, ao re-

ceber um diagnóstico so-noro e visual de falha de isolamento na instalação, elevação de temperatura ou sobrecarga no trans-formador exclusivo para

alimentação dos eletro-médicos, aciona a equipe responsável para identi-ficação do equipamento que está originando o de-feito, a fim de que este seja eliminado o mais rápido possível”, explica Ricardo Bender, Diretor-Presiden-te da RDI Bender.Os sistemas de supervi-

são da fabricante incluem tecnologia para localiza-ção automática de falhas de isolamento. Esta so-lução é particularmente indicada para salas cirúr-

gicas onde são realiza-dos procedimentos mais complexos e uTIs. Nestes locais, o longo trabalho da equipe responsável pode ser substituído pela iden-tificação automática da fa-lha em poucos segundos. Entre os produtos fabri-

cados pela marca estão o Transformador de Sepa-ração, DSI - Dispositivo Supervisor de Isolamento, Localizador de Falhas de Isolamento, Sistemas de sinalização, diagnóstico e controle, Tableau touchs-creen, Conversor de Pro-tocolo, Supervisão de fuga à terra em sistemas TN-S, Quadros e Painéis e o uNI-MET - Testadores de equi-pamentos eletromédicos.“Nossa equipe está ca-

pacitada para consultoria, treinamento e orientação necessária a todos os ti-pos de EAS, seja este um hospital, clínica odonto-lógica, oftalmológica, de estética ou veterinária. Todas as soluções se-guem rigorosamente as especificações da ABNT NBR 13534:2008 para es-quema IT Médico em lo-cais médicos do grupo 2. Estas são complementa-das pelas últimas edições interna-cionais das nor-mas específicas para os equipamentos”, finaliza Bender.

“Nossa equipe está capacitada para consultoria, treinamento e orientação necessária a todos os tipos de EAS. Todas as soluções seguem rigorosamente as especificações da ABNT NBR 13534:2008 para esquema IT Médico em locais médicos do grupo 2.”

Ricardo Bender, Diretor Presidente da RDI Bender

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Ambientação do bem-estarProjeto de ampliação do Hospital unimed volta Redonda tem os detalhes pensados para garantir conforto, segurança e bem-estar aos pacientes

Com menos de três anos de atividades, o Hospital unimed

volta Redonda (RJ) chega à fase final de sua obra de ampliação. Com a expansão será possível ampliar a ca-pacidade de atendimento dos atuais serviços de alta complexidade e para acom-panhar esse crescimento a Cooperativa tem investido continuamente em pessoas e em tecnologia. “A insti-tuição tem como princípio a qualificação de pesso-as. Não medimos esforços para a capacitação dos mé-dicos, colaboradores e de todo o nosso corpo clínico”, disse a vice-Presidente do hospital, Elizabeth Carolina Mathias de Araújo.

Em um terreno de

17.000m² o hospital, com investimento na expansão de R$ 3,6 milhões, passa-rá a ter área construída de 13.000m², divididos em dois pavimentos, contando com pronto atendimento, serviços diagnósticos, e um centro de fisioterapia e a área de internação, agora ampliada. Serão 50 novos leitos que possibilitarão mais 400 internações.

O projeto de detalha-mento foi desenvolvido pela DHOR Arquitetura em parceria com as equipes de hotelaria e enferma-gem do hospital, visando atender à rotina particular de cada área. Na ambien-tação atual foram criados espaços no corredor da nova área de internação,

para descanso ou espera de acompanhantes. Além disso, foram criados es-paços humanizados visan-do ampliar os espaços de conforto do hospital.

“O conhecimento sobre o controle de infecção, limpeza e desinfecção de superfícies, métodos de trabalho, atividade de funcionários e custos es-tão relacionados à boa es-pecificação dos materiais de acabamentos para um ambiente de saúde que vai estar preparado para ser usado com toda a sua atividade sem que, em pouco tempo, esteja de-teriorado e também sem que ofereça risco de ser foco de contaminação”, cita Dayne Rebouças, da

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DHOR Arquitetura. A ambientação da área

de ampliação seguiu o mesmo conceito já usado anteriormente pela DHOR Arquitetura no Hospital unimed de volta Redon-da. Partindo das cores pa-dronizadas pela unimed, os materiais usados bus-caram destacar-se pelo colorido, transmitindo o conceito de vida e bem--estar, e, ao mesmo tem-po, pela praticidade.

Para garantir a segu-rança dos pacientes, são usados materiais com alta lavabilidade e sem textu-ras para evitar o acúmulo de sujeiras nos revesti-

mentos. “Ao especificar um material de acaba-mento para um ambiente de saúde temos que le-var em consideração suas propriedades químicas, e também a dos materiais de limpeza aos quais eles resistem, ou melhor, se adequam, assim definidas por cada área específica do Estabelecimento de Atendimento de Saúde (EAS)” conta Dayne.

As cerâmicas e porcela-natos utilizados são retifi-cados, com rejunte epóxi e espaçamento mínimo. Foram instaladas as per-sianas Luxaflex do tipo rolô e os forros de gesso

cartonado, intercalados com removíveis, de onde se pode acessar as tubula-ções elétricas de ar condi-cionado e hidrossanitárias. O mobiliário vai ao encon-tro dos preceitos das boas práticas de enfermagem, os conceitos de limpeza e manutenção hospitalar e, acima de tudo, a RDC 50.

Também os tecidos fo-ram considerados impor-tantes para oferecer fun-cionalidade ao dia a dia da instituição. É preconizado o uso de couríssimos para que possam suportar as limpezas diárias, realizadas com produtos adequados para cada setor.

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Detalhe importante

Outro ponto bastante importante quando se fala em obras para instituições de saúde está nas instala-ções elétricas. Apesar do curto prazo para realizar o trabalho, a Power & Light Engenharia, empresa for-necedora de equipamentos e serviços na área elétrica, conseguiu, através do en-volvimento com a equipe unimed, realizar o trabalho atendendo às normas téc-nicas exigidas. Entre elas estão as NBR5419, NBR-13534-1995, que discorre sobre Instalações elétricas em estabelecimentos as-sistenciais de saúde, NBR- 14039 -2005, voltada a ins-talações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV e NBR-5419 2000, a SPDA,

sistemas de proteção con-tra descargas atmosféricas. Tudo sem deixar de lado a mais importante delas, a NBR 5410, que fixa as condições de que as ins-talações de baixa tensão devem garantir seu fun-cionamento adequado, as-sim como a segurança das pessoas, animais e conser-vação de bens.

“O curto prazo de en-trega, quando se trata de hospitais, é um dificulta-dor no processo, porém com a experiência que já tivemos com o trabalho realizado em diferentes instituições de saúde, en-tendemos e cultivamos o envolvimento de todos na obra, pois este é um fator que contribui muito para o

bom resultado e para que fosse inclusive uma obra entregue antes do prazo estimado”, ressalta Joel de Oliveira, Diretor da Power & Light Engenharia.

Além disso, outro fator que exigiu bastante dedi-cação e cuidado dos pro-fissionais envolvidos foi a necessidade de manter o hospital em funciona-mento durante a inter-ligação dos novos qua-dros. “Em uma instituição de saúde, mais do que em outros lugares, a energia elétrica é de extrema im-portância. Há aparelhos, dos quais depende a vida de pessoas, portan-to qualquer falha na rede pode ser fatal”, ressalta Oliveira.

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Arquitetura para famíliaMaternidade passa por reforma para aprimorar estrutura oferecida aos pacientes

um momento es-pecial requer um lugar especial. Por

isso, qualquer obra exe-cutada em uma materni-dade precisa de atenção nos mínimos detalhes para tornar inesquecível os instantes que marcam a chegada de um bebê a uma família. Inaugu-rado na década de 70, o Hospital e Maternidade Brasil chegou a região metropolitana de São Paulo serviços de saúde com a mesma referência daqueles prestados na Capital.Sua primeira estrutura

apresentava dois anda-res, com trinta aparta-mentos, duas salas de cirurgia, mais duas de parto, berçário e um centro de recuperação. Mas o projeto previa seis pavimentos, que foram construídos ao longo dos anos seguintes. Hoje, a maternidade do

Hospital Brasil é um dos mais modernos centros de obstetrícia do País, com estrutura e servi-ços sofisticados, equi-pamentos e uma equipe

altamente qualificada e acolhedora. Desde a re-cepção central já é pos-sível perceber a junção da qualidade técnica ao conforto dos serviços de hotelaria. um bom exemplo é o mensageiro e recepcionista, além de manobrista e estaciona-mento com capacidade para 450 vagas. Ampla e moderna, a recepção central possui lojas de conveniência com arti-gos para mães e bebês, floricultura e todas as condições para um aten-dimento rápido.Ainda na entrada do

hospital, encontra-se um espaço próprio, dotado de conforto e privacida-de, que tornam agradá-veis os momentos que antecedem a chegada do bebê. Já os aparta-mentos possuem varan-da, frigobar, camas com regulagem elétrica, Tv a cabo e ar-condicionado e foram decorados em tons agradáveis e com mobília hospitalar fun-cional. O Centro Obstétrico

está equipado com apa-

relhos de última gera-ção, instalações sofisti-cadas, modernas salas de pré-parto, de parto e de recuperação pós--anestésica. Além disso, dispõe de recursos ne-cessários para a realiza-ção de procedimentos seguros e eficazes. De-pois de nascer e receber os primeiros cuidados, os bebês são levados ao berçário, sem que te-nham qualquer contato com o meio externo. A maternidade possui

ainda, ao lado da recep-ção central, o Espaço Cultural, uma área ampla e confortável com capa-cidade para 150 pesso-as. Nele, periodicamente são ministrados cursos gratuitos para gestantes. Ali também são feitos eventos técnicos, expo-sições, cursos para mé-dicos, pacientes e comu-nidade em geral.Para aprimorar ainda

mais sua estrutura física, recentemente a institui-ção passou por obras. O projeto executado pela Sfera Engenharia rees-truturou diferentes seto-

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res da instituição. “Tra-balhamos em diversas obras de ampliação, exe-cutando serviços como engenharia civil, enge-nharia elétrica e hidráuli-ca, estruturas de concre-to, estruturas metálicas, execução de interiores e planejamento”, conta Marcos Lopez, Diretor Comercial da empresa.Durante as obras, a tec-

nologia contribuiu para minimizar o prazo e o impacto da mesma em relação a estrutura fun-cional do hospital e aten-dimento aos pacientes. utilizando-se de métodos

construtivos modernos, profissionais capacitados, ferramentas hidráulicas e até robô para demolição. “Junto a um bom planeja-mento pudemos superar prazos e dificuldades para atingir as metas estabele-cidas pelo hospital”, con-ta Lopez.A sustentabilidade não

foi deixada de lado nes-te processo. Por isso, cuidados como a sepa-ração de resíduos de construção civil e aten-dimento às normas am-bientais foram tomados. Além disso, o respeito às regulamentações da AN-

vISA também foram le-vados em consideração, assim como a cautela para evitar contamina-ção, reduzir a sujidade, nível de emissão de par-tículas sólidas e ruído.Como as obras acon-

teceram com o hospital em funcionamento, fo-ram criadas estruturas de contenção para isola-mento da áreas, redução de emissão de particula-dos sólidos e ruídos e uti-lização de corredores de trabalho especiais e in-dependentes, sem aces-so as áreas de pacientes e funcionários. “Apesar

de todo o projeto bem pensado e os cuidados tomados, como em toda obra, tivemos algumas dificuldades. A principal delas foi o curto prazo para execução sem inter-ferir na rotina do hospital e com cuidado especial em não causar incômodo aos pacientes. Mas su-peramos trabalhando na contratação de profissio-nais especializados, com planejamentos específi-cos, tecnologia avançada e utilizando nossa dedi-cação e habilidade em superar desafios”, finaliza Lopez.

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Na temperatura idealProjeto de climatização da unidade II do Hospital Márcio Cunha, em Minas Gerais, se destaca pela ampla abrangência e diversificação técnica

O sistema de clima-tização em insti-tuições de saúde é

extremamente fundamen-tal sob diversos aspectos, principalmente a fim de garantir a manutenção das condições climáticas necessárias ao conforto do paciente. Além disso, o processo proporciona a pureza do ar, evitando a proliferação de micro--organismo.Nas obras de amplia-

ção da unidade II do Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga (MG), o projeto de climatiza-ção se destaca por ser bastante abrangente e diversificado. O serviço compreende-se na reforma da Central de Água Gela-da (CAG) e na reestrutura-ção dos equipamentos de ventilação da cozinha/res-taurante e a utilização de sistemas simples em áre-as como salas de espera e consultórios.A obra ainda conta com

o processo de condicio-namento de ar de espaços com maior complexidade de controle de temperatura e umidade relativa, como as salas de ressonância

magnética e tomógrafos. Também está incluso neste serviço o processo de filtra-gem rigorosa e controle de pressão em quartos de uTI e salas de isolamento.Este projeto foi concebido

para operar sempre com o número otimizado de equi-pamentos. Dessa forma, as bombas de distribuição de

água e os condicionadores com estágios de filtragem ri-gorosa operam em rotações controladas. Essa atribuição garante as vazões requeridas com redução do consumo de energia. Neste caso, um sistema de automação faz o controle das operações.As medidas sustentáveis

deste projeto referem-se à utilização racional do con-sumo de energia elétrica. Na CAG estão os maiores consumidores de energia, que são os resfriadores de água. Portanto, foi exigido que esses equipamentos ti-

vessem a eficiência energé-tica conforme a ASHRAE nº 90.1/2007, norma referên-cia que estabelece as efi-ciências aceitáveis dentro dos critérios de economia de energia.Para Manoel Milaré, Dire-

tor da Masterplan, houve alguns desafios no pro-cesso de elaboração e im-

plantação deste projeto. um deles foi com relação à CAG, com a instalação dos novos equipamentos e re-forma das tubulações exis-tentes, sem interferir signi-ficativamente na operação dos sistemas de climatiza-ção em operação. “Também, projetar os sis-

temas atendendo às exi-gências e determinações da NBR nº 7256 (norma res-ponsável pelo tratamento do ar na saúde), conciliando critérios de economia de energia, nem sempre é uma tarefa fácil”, acrescenta.

Em projetos de climatiza-ção como esse há vários desafios inerentes às apli-cações, temperatura e umi-dade relativa. Na opinião de Milaré, a maior preocu-pação deve ser com a con-taminação cruzada. “um sistema mal concebido neste aspecto pode espa-lhar agentes patogênicos

de um ambiente con-taminado para outros. Além disso, pode trazer consequências graves à saúde dos usuários do local”, explica.

Integração pelo con-forto

A parceria da Master-plan com a Fundação São Francisco xavier (FSFx) e o Hospital Márcio Cunha ini-ciou-se em 2005, quando a Masterplan desenvolveu o projeto de uma nova cen-tral de geração de distribui-ção de água gelada para a unidade I do hospital, em substituição ao sistema existente. Antes deste atual projeto, a empresa já ha-via realizado alguns outros serviços relevantes para a FSFx, tais como a reforma e ampliação do pronto-so-corro e uTI da unidade I.

“um sistema mal concebido neste aspecto, pode espalhar agentes patogênicos de um ambiente contaminado para outros. Além disso, pode trazer consequências graves à saúde dos usuários do local”

Manoel Milaré, Diretor da Masterplan

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Completa gestão

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Reforma completa de mais de 10 mil m² do Incor englobadesde o reforço das fundações até a instalação de equipamentos

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Os blocos um e três do Instituto do Coração de São

Paulo (Incor) estão sendo ampliados, com previsão de término para 2016. Os serviços de consultoria técnica são realizados pelo consórcio formado pelas empresas DPG Plan-Artelia e ASTEC Engenharia. Dentre as atividades de-

sempenhadas estão o planejamento e controle global das obras, análise crítica dos projetos execu-tivos de estrutura e instala-ção, gerenciamento, fisca-lização técnica de campo, comissionamento das ins-talações, dentre outros.A reforma no bloco um

se estenderá por uma área de 4.000 m², onde serão

modificados totalmente os dois andares sobre o sexto andar, ala de internação. Também serão inteiramen-te renovadas as redes elé-tricas e hidráulicas existen-tes, inclusive eliminando interferências nos forros localizados também no sexto andar. Já no bloco três, a área

de intervenção equivale a 6.750 m². Neste local serão reforçadas as fundações e estruturas, possibilitando a renovação e ampliação de ambientes hospitalares e laboratoriais, seus siste-mas elétricos, hidráulicos, gases e ar condicionado, as reformas da cabine pri-mária de energia e a insta-lação de equipamentos de transformação e geração

de energia de emergência. Tais obras exigem in-

tervenções críticas nas fundações e na estrutura existente, com a remoção de estruturas metálicas e a execução de reforços de concreto armado em diversos ambientes. Estas ações devem-se à amplia-ção e ao remanejamento de diferentes setores do hospital.Para o gerenciamen-

to das obras, Claudio de Mattos Falcão, Diretor Ge-ral da DPG Plan-Artelia e representante do Consór-cio DPG-ASTEC, explica que a equipe utiliza em suas atividades diárias re-ferências internacionais de gestão de empreendi-mentos e obras, como o

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PMBOK® (Project Mana-gement Body of Knowled-ge) | PMI (Project Manage-ment Institute). ”Também trabalhamos orientados pelo sistema de gestão da qualidade – certificação ISO 9001:2008.”Para tanto, o proje-

to apoia-se em diversas normas técnicas brasi-leiras e internacionais, como exemplo tem-se a NBR 15.220 e a Lei Bra-sileira de Eficiência Ener-gética das Edificações nº. 10.295/2001. vale ressal-tar também que há um intenso trabalho para in-corporar as medidas de conservação de energia a fim de buscar o melhor desempenho energéti-co do empreendimento e o menor consumo dos sistemas de climatização, iluminação, dentre outros. “Estamos assessorando a equipe do Incor no intuito de maximizar a aderência do projeto às exigências para uma eventual certi-ficação de eficiência ener-gética do empreendimen-to”.Quanto aos sistemas hi-

dráulicos e sanitários, ha-verá uma completa reno-vação nas referidas áreas para, assim, adequar as novas instalações hospita-lares a princípios e normas técnicas atuais, incluindo aplicações e dispositivos sustentáveis de geração e conservação de energia.

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Serão instaladas redes de distribuição e coleta hi-dráulica pelos entre forros e shafts verticais. “A ca-bine primária do hospital será integralmente recon-figurada de modo a aten-der as novas demandas das instalações e equipa-mentos”, explica Falcão.Alinhada a boas práti-

cas de engenharia estão as soluções sustentáveis, com o objetivo de ma-ximizar o desempenho energético da edificação. “Estes trabalhos visam re-duzir o impacto sobre o meio ambiente e o con-forto dos usuários, bem como de toda a infraes-trutura pública”.

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Para Falcão, as refor-mas no Incor se destacam quanto às práticas inter-nacionais de gerencia-mento e fiscalização das obras, associadas à gestão contínua de interfaces das obras com as operações hospitalares, as interven-ções estruturais e a avalia-ção de eficiência energéti-ca das edificações.

CONFORTO MéDICOOutra reforma no Incor

dedicou-se a criação de um espaço novo de con-forto médico, que antes já contava com outras áreas como cafés de acesso pú-blico. “Faltava um espaço mais restrito, menos con-

gestionado, que permi-tisse, não só aumentar as opções para as pequenas reuniões, o café e o uso de computador, mas tam-bém para relaxamento e descompressão”, comenta Henrique Jatene, Diretor da unidade de Arquitetu-ra do Incor.O novo espaço visa ofe-

recer um ponto de apoio em que se possa relaxar, refletir, conversar, rece-ber algum profissional visitante, dentre outras atividades para a me-lhoria da relação de tra-balho. “O objetivo é que com essa melhoria, se cumpra melhor a missão de assistência, ensino e

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Trajetória

A DPG Plan-Artelia e a ASTEC atuam em todo território nacional, atendendo investimentos privados e públicos, e contam com uma extensa experiência técnica em projetos e gerenciamento de obras de edificações hospitalares, farmacêuticas e laboratórios de pesquisa e desenvolvimento. Além das atividades do Grupo Artelia, através de suas 40 subsidiárias internacionais, constam no portfólio da DPG Plan-Artelia serviços prestados para o complexo do Hospital Sírio-Libanês; instalações do grupo Intermédica em Campinas, São Paulo, Santos e Osasco; Hospital Santa Cecília, Instituto Eldorado em Campinas e recentemente as novas instalações do Laboratório de Microbiologia e CQ da TEvA em São Paulo.

pesquisa do hospital.”Este projeto não favore-

ce apenas o médico. No mesmo local e ocupando um espaço bem maior foi reformado uma área que estava para concluir há quase 15 anos destinada a realização de eventos internos. “Essa era ou-tra demanda frequente de um hospital universi-tário e que se enquadra também no contexto de melhoria das relações de trabalho com oferta de espaços adequados para o atendimento de neces-sidades diretas e indiretas de quem trabalha no hos-pital”, ressalta Jatene.

“Estamos assessorando a equipe do Incor no intuito de maximizar a aderência do projeto às exigências para uma eventual certificação de eficiência energética do empreendimento”

Claudio de Mattos Falcão, Diretor Geral da DPG Plan-Artelia

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Reestruturação planejadaObra de ampliação de clínica em Porto Alegre (RS) utiliza ferramentas estratégicas para reduzir custos e evitar interferências no atendimento

A constante e rápida evo-lução tecnológica de tudo que se relaciona com a medicina é um grande desafio aos projetistas na área da saúde. A flexibili-dade é o componente que mais exige técnicas dos projetos arquitetônicos e complementares. No caso de uma nova construção, a possibilidade de se pre-ver expansão em formato versátil é total, mas quan-do se trata de um local já existente, tais métodos são bem limitados. Na reforma da Clínica

Santo Antônio, em Porto Alegre (RS), essa limita-

ção é menor, pois são re-alizadas reuniões semanais entre construtora e a insti-tuição de saúde para dis-cutir estratégias da obra. Estes encontros analisam a transferência temporá-ria de cada setor, visando maior rapidez de execução dos trabalhos de constru-ção civil e a menor inter-ferência nos processos da clínica.Entre as particularidades

da reforma está a instala-ção de um elevador, que conta com uma plataforma de elevação vertical com capacidade para uma pes-soa em cadeira de rodas. O

local é uma cabine alta de 2,10 metros. Além disso, a estrutura

arquitetônica da clínica conta com divisões nas sa-las com material leve em gesso cartonado e com to-das as redes de utilidades distribuídas pelo teto, sen-do encobertas pelo forro.Outro destaque é a con-

tinuação das atividades da clínica durante a refor-ma, sendo um fator que demanda um trabalho de organização envolvendo toda instituição hospitalar.O arquiteto Luiz Felipe

Paixão, Sócio da Carmel Engenharia, afirma que o

diferencial deste modelo de obra é o planejamen-to. Conforme informado, a construtora busca sempre encurtar o prazo de exe-cução, de forma a interferir o mínimo nas atividades da instituição e reduzir os custos da construção.Esta reforma conta com

a introdução do PCP (Pla-nejamento e Controle da Produção), sendo uma fer-ramenta que permite a re-alização de serviços com as atividades em andamento. Na opinião de Paixão, é tão importante quanto à exe-cução dos trabalhos.Entre as dificuldades de

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ão execução deste projeto está o fluxo das matérias primas, além do horário específico de carga e des-carga em função do tráfe-go e o grande movimento da clínica. Outro empeci-lho é a falta de lugar para estocar materiais, proble-mas estes que justificam a necessidade da aplicação de alguns princípios do PCP, de modo a não criar problema de descontinui-dade de produção.Cerca de 20 pessoas par-

ticipam desta reforma, contando com serviços es-pecializados como elétrica, exaustão, ar condicionado e gesso. Para desenvolver cada etapa, a obra conta com o apoio de um arqui-teto e um engenheiro, am-bos com larga experiência na área, sendo um respon-sável pelo Planejamento e Programação de Recursos e o outro pela execução. “Participar deste retrofit nas instalações da Clínica Santo Antônio nos enche de orgulho”, finaliza Pai-xão.

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“Participar deste retrofit nas instalações da Clínica Santo Antônio nos enche de orgulho”

Luiz Felipe Paixão, Sócio da Carmel Engenharia

Nome do empreendimento: Clínica Santo AntônioEndereço: Rua Santo Antônio, nº 767 - Porto Alegre (RS)Data do Projeto: Fevereiro/2013Área da reforma : Pavimento térreo – 340 m²Nº pavimentos do prédio : 3 pavimentos / de reforma : Apenas o térreoPronto-atendimento: Ortopedia e TraumatologiaServiços Diagnósticos: Raio xOutros serviços: Fisioterapia Nº consultórios: 4 Nº de Boxes de Atendimento: 8 Adicional : Sala de Raio x / Sala de Distribuição / Área de Guarda de Materiais e Equipamentos, Recepção / Sala de Espera / Sanitários Gerenciamento e Construção: Carmel Engenharia

ObraCoordenação e Gerência de Contrato: Carmel Engenharia Arquitetura: Lúcia Lisboa Arquitetura Médico HospitalarConstrutora: Carmel EngenhariaInteriores: Carmel Engenharia

Elétrica / Dados/ Telefonia : Pro Elétrica EngenhariaAr Condicionado e Exaustão: Multitécnica EngenhariaPPCI : MD Arquitetura

Projetos:Ar Condicionado e Exaustão: Multitécnica EngenhariaElétrico e hidráulico: Pro Elétrica Engenharia Luminotécnico: Lúcia Lisboa Arquitetura Médico Hospitalar

Fornecedores de Material e Serviço:Aço Inox: RefrinoxEquipamentos de Ar Condicionado: Springer CarrierPortas de madeira: Indústria de Esquadrias Moschetta Granito: Marmoraria Painel FidelidadeElevador: OrtobrasLuminárias: Comercial Elétrica São Pedro Louças sanitárias: Sia Comércio e RepresentaçõesMetais sanitários: Mil Torneiras ComercialPorta de vidro automática: Doorsul

FICHA TéCNICA

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Panorama da Obrar

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Hospital Moinhos de vento realiza obra com ênfase na “Construção a Seco”

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Dentre as caracte-rísticas da obra da unidade de Inter-

nação A1 e do Centro Ci-rúrgico e Ambulatório do Hospital Moinhos de ven-to (RS) estão a ênfase na modalidade de “constru-ção a seco”, com paredes e forro em gesso acarto-nado estruturados com perfis metálicos, forros removíveis em áreas de manutenção das instala-ções, estruturas metálicas para reforços estruturais, contrapiso em concreto com fibra sintética para dar maior resistência ao impacto e prevenção de fissuras, entre outros ma-teriais adequados a esta técnica construtiva não convencional.

Além disso, a edificação conta com lajes com es-truturas metálicas e painel

wall, piso vinílico em manta com solda quente e com-patibilização de diversas instalações importantes, como elétricas, hidrossa-nitárias, gases medicinais, climatização, TI médica, sistema de chamada médi-ca, entre outros.

O Diretor da OAP Cons-truções, o engenheiro civil Mário Krawczyk Filho, ge-renciador desta obra, diz que o maior desafio para a execução deste projeto, “sem sombra de dúvidas”, foi adequar o cronogra-ma de obras para que houvesse a mínima inter-ferência nas atividades do hospital. Outro ponto que necessitou de bastante empenho foi executar a interligação do novo es-paço arquitetônico com o centro cirúrgico existente no pavimento superior.

Outro diferencial des-te empreendimento foi o planejamento estratégico que contou com a utiliza-ção de materiais de aca-bamento inovadores no mercado da construção civil e a implementação de equipamentos médi-cos de última geração.

O engenheiro Mário esclarece que esta par-ceria da empresa com o hospital Moinhos de vento surgiu pelo o his-tórico da construtora, que é referência no se-tor de gerenciamento e execução de obras em instituições de saúde no Estado do Rio Grande do Sul. “O Moinhos de vento é uma instituição de van-guarda em nosso País, por isso este trabalho foi uma experiência gratifi-cante”, destaca.

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DETALHES IMPORTANTES NA EXECUÇÃO DAS OBRAS

• Foi necessário um ano para o de gerenciamento e execu-ção do Centro Cirúrgico Ambulatorial e quatro meses para unidade de Internação A1.

• Também foi implantado o gerenciamento de resíduos só-lidos com intuito de evitar danos ao meio ambiente.

Da esquerda para direita: Eng. Rafael Borba, Arq. Alexandre Borda e Eng. Mário Krawczyk Filho

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Outro destaque das obras do Hospital Moi-nhos de vento é o mobi-liário decorativo. O local possui em sua estrutura diversas peças sofisti-cadas que atendem aos requisitos necessários de uma instituição na área da saúde.

Os móveis foram de-senvolvidos aliando valor estético com funcionali-dade, sempre em conso-nância com as normas de saúde e segurança. Cada

peça foi criada pensando no conforto e bem-estar dos usuários, que, por sua vez, requerem um produ-to de alta resistência e durabilidade.

Nesse contexto é válido citar que o móvel hospi-talar não se limita apenas a uma função conven-cional, este por sua vez, em conformidade com uma perspectiva arquite-tônica, tem a função de transmitir para o usuário harmonia e tranquilidade.

Tais objetos diminuem tensões e desconfortos, comumente associados ao ambiente hospitalar, atribuindo uma comodi-dade semelhante a uma estadia de hotel.

Todos os projetos de mobília que contam com empresas específi-cas envolvem profissio-nais conceituados e com grande experiência no segmento. No caso dos hospitais, são ambien-tes projetados que exi-

Detalhe essencial

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gem, além de materiais específicos, normas e padrões fiscalizados por órgãos competentes na área da saúde, ao exem-plo da ANvISA. Por isso, é importante estabelecer uma parceria da empresa fornecedora dos móveis com os arquitetos.

No Moinhos de vento o maior desafio para a im-plantação dos móveis foi atender fielmente às es-

pecificações dos projetos bem como dos materiais a serem utilizados. “Le-vamos em conta sempre a durabilidade para este modelo de serviço”, des-taca Gilberto Purper, Dire-tor Comercial da Purper´s.

Com a experiência de produzir móveis com es-pecificações muito mais técnicas, a Purper´s, há oito ano, fornece o mobi-liário decorativo ao Hos-

pital Moinhos de vento. “Para nós é uma honra participar destas obras. Por ser uma instituição referência no segmento, é gratificante conseguir manter o nosso trabalho, atendendo a todos esses procedimentos, qualifi-cando ainda mais o nosso produto e a mão de obra com o aval de profissio-nais tão capacitados”, fi-naliza o diretor.

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Novas vertentesArquiteto Sérgio Reis descreve trajetória profissional e fala sobre os24 anos do seu escritório de arquitetura focado em projeção de hospitais

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Mais de 200 projetos específicos na área da saúde, desde reestrutura-ção de hospitais existentes até a

concepção de complexos hospitalares. Essa informação integra o portfólio do talentoso arquiteto Sérgio Reis, autor de diversas uni-dades da unimed no Brasil. Em entrevista, o arquiteto, formado pelo Centro universitá-rio Belas Artes de São Paulo (SP), relata para a equipe da HealthARQ, curiosidades da sua carreira profissional e também da fun-dação da Emed Arquitetura e Planejamento, em 1989. Reis ainda salienta os principais di-ferenciais do estudo de viabilidade propor-cionado pelo seu escritório de arquitetura.

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HealthARQ: Como surgiu o interesse pela arquite-tura direcionada à saúde?Sérgio Reis: Eu frequenta-va o terceiro ano do Curso de Edificações do Colégio Liceu de Artes e Ofícios em São Paulo (SP), na década de 80. No mesmo período fui trabalhar como estagi-ário, sendo meu primeiro emprego em uma empre-sa de medicina que dispu-nha de um departamento próprio de arquitetura e engenharia. Esta oportu-nidade de emprego foi proporcionada pelo en-tão engenheiro Ascimir Torres, Gerente Geral da

unidade na época. Isso foi em 1985, e depois dessa experiência nunca mais estive fora da área.

HealthARQ: O que mais te atrai na arquitetura focada na saúde?Sérgio Reis: A pluralidade das atividades desenvol-vidas dentro do ambiente hospitalar, tais como: hote-laria, residencial, industrial e até comercial. Isso requer de nós, arquitetos da área, uma visão global e um senso apurado no direcio-namento e na organização espacial dessas unidades, a fim de gerar recursos físi-

cos de qualidade.

HealthARQ: Como sur-giu a ideia de criar o es-critório da Emed?Sérgio Reis: A Emed nas-ceu da necessidade de atender a um único clien-te, na época, um plano de saúde com projeção na-cional, com própria rede em plena expansão. O pe-queno departamento de projetos desta empresa se desenvolveu e deu origem ao nosso escritório em fe-vereiro de 1989.

HealthARQ: Há vários anos que a Emed Arqui-

tetura está no mercado, promovendo serviços para conceituadas insti-tuições de saúde. Qual avaliação o sr. faz de toda essa trajetória?Sérgio Reis: Estamos vi-venciando um momento extraordinário, ampla-mente esperado nestes 24 anos de existência. Nossos contratantes, hoje, estão mais conscientes da ne-cessidade de investimento em planejamento, atrela-do à oferta de crédito no mercado financeiro, com os bancos cada vez mais interessados neste seg-mento. Isso proporciona

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um aumento na deman-da por projetos de revi-talização, modernização, ampliação de estruturas existentes, além de novos empreendimentos.

HealthARQ: A arquitetu-ra produzida pela Emed é direcionada para edi-ficações hospitalares. Qual o principal com-promisso em assumir projetos ligados à área da saúde?Sérgio Reis: Projetamos algo hoje pensando no amanhã, criando espaços com a máxima flexibili-dade possível, de forma

a permitir que as edifi-cações acompanhem as inevitáveis evoluções tec-nológicas e dos serviços médico hospitalares. Além disso, temos a respon-sabilidade de enquadrar nossos edifícios de forma a serem sustentáveis.Entre outras premissas, nossa produção é mar-cada pelo entendimento ortodoxo das máximas da arquitetura hospitalar no que tange à compreensão de fluxos, hierarquização de acessos, setorização, etc. Aliado a isso, nosso portfólio se dá através da leitura de uma arquitetura

contemporânea, de linhas retas, sem modismos, o que a transforma em uma arquitetura atemporal.

HealthARQ: Como sur-giu essa parceria com as Unimeds?Sérgio Reis: Fomos con-tratados pela unimed Pe-trópolis (RJ), em 2003, no qual tivemos a oportuni-dade de conhecer melhor o sistema da cooperativa. E foi a partir deste contra-to que fomos indicados para as outras similares. Hoje já são cerca de 30 unimeds em todo o terri-tório brasileiro atendidas

pelo nosso escritório.

HealthARQ: Como é para sua equipe ter a oportu-nidade de realizar este trabalho para a coopera-tiva Unimed?Sérgio Reis: O cliente uni-med tem as suas particu-laridades, o processo de aprovação de cada etapa do projeto tem um tempo maior comparado a uma outra organização em-presarial. Porém, é desa-fiador, instigante e extre-mamente motivador você conseguir produzir, de-talhar e, principalmente, aprovar suas ideias para

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um auditório lotado em uma assembleia de cooperados.

HealthARQ: Na sua avaliação quais são os projetos da Unimed de maior destaque?Sérgio Reis: Destaco a unimed Resende (RJ), recentemente inaugurada, a unimed Nova Iguaçu (RJ) pelos seus 48.000,00m² de área de projeto, a unimed Ribeirão Preto (SP) pela escolha do sistema construtivo, que está sendo de vanguarda para o setor. Também ressalto as unidades da unimed em Campo Grande (MS), Juiz de Fora (MG), Governador valadares (MG), Macaé (RJ) e Marquês de va-lença (RJ), que juntas somarão mais de 1 mil leitos de internação e mais de 80.000,00m² de construção.

HealthARQ: Dentre todos os projetos que você realizou para a área da saúde, qual o que você mais gostou de fazer? Por quê? Sérgio Reis: Cada projeto me dá um enorme prazer. Não é um trabalho. É uma experiên-cia de iniciar um processo que servirá para amenizar a dor, proporcionar cura ou na ou-tra ponta, festejar o nascimento de uma nova vida. Neste contexto, enfatizo também o Hos-pital Austa, em São José do Rio Preto (SP). Na época, eu era muito jovem, ambicioso, cheio de sonhos e ideias e a diretoria da institui-ção, presidida pelo Dr. Jabor e sua equipe, me apoiou, e com isso foi possível realizar um ex-celente trabalho.

HealthARQ: Quais seus projetos mais desa-fiadores? Sérgio Reis: O projeto de unidade avançada do Grupo Fleury - Alphaville, na cidade de Barueri (SP). Tal obra tinha o seu plano de negócios preestabelecido. O grande desafio era cons-truir e equipar uma edificação com aproxima-damente 7.000,00m² e que fosse viabilizada em apenas sete meses. Além disso, o empre-endimento tinha como meta atender a todos os pré-requisitos da certificação LEED (Leader-ship in Energy and Environmental Design). É a

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certificação sustentável mais conhecida e aceita no Brasil.Outra obra que também cito é a projeção de edifí-cio de 14 pavimentos e dois subsolos, em Angola, na ci-dade de Luanda, devido a diferença cultural, logística e cronograma de obras.

HealthARQ: Além das obras da Unimed, quais são os outros projetos em

destaque que o escritório desenvolve atualmente?Sérgio Reis: Destaco o com-plexo hospitalar da CAS-SEMS, de Campo Grande (MS) com 23.000,00 m²; a ampliação e modernização do Hospital Cristo Rei em Palmas (TO); a construção do Hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa (PB) em fase final de obras, além de 30 outros projetos

que estão sendo elabora-dos atualmente.

HealthARQ: Quais são os principais diferenciais do estudo de viabilidade oferecido pela Emed Ar-quitetura?Sérgio Reis: Entendemos que a viabilidade é melhor compreendida quando re-alizada sob a luz de um estudo preliminar arquite-

“Cada projeto é um enorme prazer. Não é um trabalho. É uma experiência de iniciar um processo que servirá para amenizar a dor, proporcionar cura ou, na outra ponta, festejar o nascimento de uma nova vida”

Sérgio Reis, Fundador da Emed Arquitetura Hospitalar

tônico. Desta forma, desta-camos para o nosso cliente as informações prelimina-res e as diretrizes do proje-to, tais como dimensiona-mento, prazos de execução e montagem, estimativa de valores de investimento. Confirmada a viabilidade, avaliamos qual a melhor forma para captar os recur-sos financeiros para realiza-ção do empreendimento.

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Cada vez mais, fica evi-dente a relevante impor-tância que as edificações têm nos processos de se-gurança assistencial em uma instituição de saúde. Da mesma forma, também se torna mais frequente a preocupação dos empre-sários e gestores na elabo-ração de projetos de edi-ficações que contemplem aspectos ou elementos relacionados com a segu-rança assistencial, o que demonstra mudança de cultura nesta nova geração de construções.Como parte dos manuais

e padrões desenvolvidos e aplicados pela Joint Com-mission International (JCI) - considerada a maior agên-cia acreditadora em saúde no mundo e que, no Brasil, atua por meio de um acordo

Segurança assistencial: a importância

das edificações

de acreditação internacional conjunta com o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) -, os requisitos esta-belecidos para as instala-ções e infraestrutura predial têm lugar de destaque na busca pelo selo internacio-nal de acreditação.Na atual edição do manu-

al internacional de padrões para hospitais, um capítulo inteiro é dedicado ao ge-renciamento da segurança do ambiente e das insta-lações, onde os primeiros padrões tratam diretamen-te do pleno e adequado atendimento as leis, regu-lamentos e normas aplicá-veis aos estabelecimentos assistenciais em saúde, nos processos de construção, ampliação ou reforma de suas estruturas prediais. Os demais padrões abordam

aspectos e elementos de segurança predial, preven-ção e atuação frente à pre-sença de fumaça, de fogo e de possíveis emergências ou desastres, fluxos para o transporte e armazena-mento de materiais peri-gosos, gerenciamento dos sistemas utilitários como água, energia, elevadores, gases, informática, entre outros e as garantias de se-gurança para profissionais, visitantes, fornecedores e prestadores de serviços. Requerimentos dos pa-drões também incluem a necessária educação dos profissionais para conhe-cer e, de forma adequa-da e efetiva, saber lidar com todos os recursos e elementos que integram a complexa estrutura de uma edificação de um es-

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Heleno Costa Júnior Coordenador de Educação e Diretor de Relações

Institucionais do Consórcio Brasileiro de Acreditação

tabelecimento assistencial de saúde. vale ressaltar a preocupação dos padrões com as questões relacio-nadas com a acessibilidade dos pacientes, em especial daqueles que apresentam deficiências ou limitações físicas, que não têm relação com sua doença ou condi-ção principal de saúde.Nas avaliações externas

conduzidas pelas equi-pes do CBA e da JCI nas instituições de saúde no Brasil, chama atenção a elevada frequência de não conformidades referentes aos padrões relacionados com o ambiente e insta-lações. De forma especial, nas avalições iniciais re-alizadas nas instituições, o número de não confor-midades nestes padrões chega a superar 70%, o

que denota um expres-sivo conjunto de inade-quações das estruturas prediais das instituições avaliadas. Destacam-se nestas não conformida-des o desconhecimento ou descumprimento das leis, regulamentos e nor-mas aplicáveis, além de a elaboração de projetos, de forma direta, nas obras de reformas ou amplia-ções. Fluxos e ambientes mal planejados, ausências ou má configuração de expurgos e salas de utili-dades, inexistência ou in-suficiência de locais para rotas de fugas ou evasão, construção de ambientes de cuidado sem recur-sos de segurança, como banheiros sem barras de apoio e campainhas de emergência, janelas ou

portas de quartos sem restrições ou mecanismos de prevenção de quedas, má localização de postos de enfermagem, entre outros, são exemplos das não conformidades iden-tificadas nas avaliações.Diante destas constata-

ções, é importante reiterar a relevância do planeja-mento e da elaboração de projetos que constituam um plano diretor de obras. A participação de profis-sionais de arquitetura, es-pecializados em ambiente hospitalar, ou de saúde deve ser garantida desde a concepção inicial do proje-to, assim como de especia-listas de saúde, que devem também ter conhecimento e capacitação em geren-ciamento de processos de segurança assistencial.

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Trajetória de sucessoCom vinte anos de atuação no mercado, arquitetos inovam e renovam o cenário da arquitetura da saúde no País.

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Em 1985, Marcos Cardone e Célia Bertazzoli iniciaram seus estudos de arquitetura pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Come-çava, então, uma grande parceria que resultaria em grandes proje-

tos na área da saúde.Os mesmos ideais se cruzaram a fim de trazer uma maior humanização

e sustentabilidade para as obras hospitalares. Juntos constituíram, em 1994, a Sociedade Cabe – Cardone Bertazzoli Arquitetos.“Projetamos muito a frente da visão de mercado, pois a produção arquitetônica hos-pitalar no Brasil, naquela época, orientava-se pelo racionalismo funcio-nal de espaços, deixando em segundo plano outros importantes aspec-tos da arquitetura”, lembra Marcos.Após um ano de atuação no mercado, a Cabe Arquitetos já tinha em

seu portfólio mais de 30 projetos de centros médicos, além de partici-par de diversos projetos de adequação para importantes instituições no País. “Nossos projetos buscaram sempre, e de forma incisiva, alinhar as metas de projeto ao planejamento estratégico das organizações de saú-de. Nossa experiência em escala macro sempre contribuiu muito para o bom resultado que alcançamos.”Em 2005, cerca de 200 mil m² de projetos eram assinados pela em-

presa. A notabilidade e a excelência dos serviços prestados renderam o Grande Prêmio Flex da Arquitetura Corporativa, como destaque do setor da saúde na categoria predial. “Ao longo dos anos, procuramos observar com sensibilidade o cenário e as principais ações que afetavam diretamente esse segmento. Assim, aproximamos nossa metodologia de projeto aos planos estratégicos das instituições, buscando um equilí-brio para proporcionar excelente performance em um cenário altamente competitivo, mercado crescente e políticas públicas não muito claras”, ressalta Marcos.

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Três anos depois, em 2008, a Cabe Arquitetos é premiada novamente com um projeto pionei-ro destinado à área de internação dedicada aos pacientes jovens e ado-lescentes denominada Hebiatria, para o Hos-pital Santa Catarina, em São Paulo. “Reformular áreas no Hospital Santa Catarina é tarefa com-plexa, pois são edifícios de diferentes épocas e arquiteturas, todos mui-to representativos para a história da instituição. Lá, desenvolvemos o Plano Diretor e, posteriormen-te, escopo de um novo bloco de complexidade médica, além do retrofit dos demais edifícios que formam o complexo”, co-menta Célia.A partir de 2010, os pro-

fissionais dedicaram-se a novos desafios, reali-zando estudos macros e localizados, corrigin-do rotas e promovendo a adequação física com o objetivo de melhorar a flexibilização de es-paços e atender novas demandas tecnológicas, científicas e serviços de saúde. Com isso, foi pos-sível classificar proble-mas e definir prioridades de adequações e ajusta-mentos de muitas orga-nizações de saúde.Hoje, são cerca de 600

“Temos a missão de pro-porcionar um ambiente que acolha o paciente, estimule a equipe e conforte o familiar. Para isso, investimos desde a óbvia aplicação de cores, re-vestimentos de paredes, pisos e iluminação até a criação de jardins de cura”

Arqª. Célia Bertazzoli

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mil m² de intervenções e projetos baseados em soluções de sustenta-bilidade e humanização. “Temos a missão de proporcionar um ambien-te que acolha o paciente, estimule a equipe e conforte o familiar. Para isso, investimos desde a óbvia aplicação de cores em revestimentos de pare-des, pisos e iluminação até a criação de jardins de cura”, afirma Célia.Outro diferencial importante na his-

tória da Cabe Arquitetos é o fato de ter investido em sua própria marcena-ria. “Projetando para saúde descobri-mos que havia muita dificuldade em conseguir um bom trabalho de mar-cenaria que soubesse atender especi-ficidades de um hospital e conseguir trabalhar dentro dele respeitando os padrões e exigências necessárias ao atendimento de todas as necessida-des de níveis adequados. Decidimos, então, ter nossa própria marcenaria e conceituá-la para o imobiliário hos-pitalar sob medida”, salienta Marcos.Atualmente, os arquitetos trabalham

em vários projetos como no Hospital Salvalus (SP). São 40 mil m², três tor-res de 13 andares interligadas tudo construído em três etapas. Os dois primeiros pavilhões já foram cons-truídos e ocupados. Agora, o projeto se dedica na construção da terceira torre que ampliará a oferta de leitos de internação, uTI e salas cirúrgicas, pronto-socorro, além de fazer a liga-ção entre as duas primeiras torres.Conforme avalia Célia, o maior de-

safio deste projeto foi pensar nas di-ferentes etapas de construção. “Foi preciso pensar em um projeto que atendesse integralmente a primei-ra fase e que sofresse o mínimo de impacto, tanto do ponto de vista de obra, quanto operacional”.

Arqº. Marcos Cardone e Arqa Célia Bertazzoli

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Obra Concluída

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Após mudança no projeto, Hospital Maria Thereza Rennó é concluído com sucesso

Foi inaugurado, recen-temente, um Com-plexo Hospitalar na

cidade de Santa Rita do Sa-pucaí (MG), o Hospital Ma-ria Thereza Rennó. A insti-tuição é voltada para casos de média e alta complexi-dade, contando com uTI adulto, neonatal, pediátri-ca, pronto-socorro infantil e adulto. Além de ambula-tório, hotelaria, laboratório de análises clínicas, serviço de imagens, anfiteatro, ser-viços de apoio administrati-vo e logísticos.Também estão disponí-

veis sete salas cirúrgicas com fluxo laminar e centro cirúrgico preparado para robótica e telemedicina. O investimento no projeto foi de aproximados R$ 40 milhões com equipamen-tos. “O objetivo é abranger toda área do Sul de Minas, com um milhão e meio de habitantes”, diz Wagner Campos do Amaral Rennó, proprietário do hospital.Trata-se de um projeto

que já havia sido inicia-do em meados de 1999, porém, pela falta de ex-periência dos profissio-nais contratados, precisou ser paralisado. Em 2001, a ARQ+SAÚDE, empresa especializada em arquite-tura e construção hospita-lar, assumiu a obra dando segmento ao projeto após as adequações necessá-rias e a aprovação da Se-cretaria de Saúde do Esta-do de Minas Gerais. Iniciado os trabalhos de

readequação, o proje-to tomou uma dimensão fora da mensurada do iní-cio das obras, tornando--se, ao longo desses anos, uma estrutura complexa com forma e função total-mente definidos. “Todos os detalhes construtivos, acabamentos, singulari-dades do terreno, meio ambiente, humanização, iluminação natural foram levados em conta. Assim como a questão de ser funcionalmente correto,

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com detalhes estudados e muito bem executados, gerando um belo prédio, um lindo hospital”, conta Clóvis Queiroz de Lima, Arquiteto e urbanista, es-pecialista em arquitetu-ra hospitalar e Diretor da ARQ+SAÚDE.O prédio possui cabea-

mento classe seis, que é o que existe de mais mo-derno em transmissão de dados dentro de uma estrutura hospitalar e foi construído com material certificado, telhas em bar-ro para conforto térmico, heliponto e área para ex-pansão possível no total de

23 mil metros quadrados. “A flexibilidade do projeto é extensa, pois o prédio foi projetado sempre pen-sando em um futuro au-mento da estrutura, com pontos e níveis direcio-nados a esse parecer, que é crescer com qualidade sem causar transtornos na estrutura. Além disso, todo o complexo é aces-sível, contando com ram-pas, elevadores e portas largas com pontos espe-cíficos de acessibilidade”, conta o arquiteto.Medidas de sustentabi-

lidade como aproveita-mento de água de chuva,

aquecimento solar, pós--aquecimento a gás, ma-deira certificada e ilumina-ção solar foram utilizadas. A iluminação natural, além de ser um importante pon-to de sustentabilidade foi utilizada como forma de trabalhar a decoração do hospital, deixando o am-biente aconchegante. As preocupações com o meio ambiente sempre estive-ram presentes, sendo que a instituição está localizada nas Serras do Sul de Minas.A tecnologia também é

ponto de destaque dentro da instituição, uma vez que a cidade de Santa Rita do

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Sapucaí, onde está locali-zado o Hospital, é o ber-ço da tecnologia de Minas Gerais. Com isso, o Maria Thereza Rennó, junto ao INATEL, escola respeitada no ramo da tecnologia de ponta, abre caminho para Biomedicina. A instituição faz parte de uma funda-ção que será o caminho para o desenvolvimento de equipamentos médicos, inclusive vários equipa-mentos biomédicos, como Monitores Cardíacos e Eletrocardiógrafos produ-zidos pela Fundação Adib Jatene, e que estão sendo desenvolvidos e estudados

no INATEL.A humanização do am-

biente hospitalar também foi trabalhada para tirar do prédio o aspecto de hospital, transformando-o em um completo comple-xo hoteleiro, com bela ve-getação, torres diferencia-das, entradas separadas por serviços e atendimen-to, dentre muitos outros aspectos arquitetônicos observáveis. Para isso fo-ram construídos grandes jardins, entradas e saídas de pacientes e serviços totalmente separadas.“Assim, foi se desenhan-

do um projeto audacioso

que traria para popula-ção regional, não só mais uma estrutura de saúde, mas sim um hospital de ponta, de alta tecnolo-gia. Além disso, várias dificuldades foram ven-cidas ao longo dos anos. Com muita perseverança e a luta constante do Sr. Wagner Rennó, junta-mente com sua família, não deixaram esmorecer o sonho de construir o hospital, que leva o nome de sua mãe, que perdeu a vida em meio à falta de estrutura de atendimen-to necessário”, finaliza o arquiteto.

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Um pouco da históriaNascido da necessidade de salvar vidas. Foi assim que começou a ideia de construir o Hospital Maria Thereza

Rennó, no final dos anos 90, com a perda da matriarca da Família Rennó. Consternados com a dor do momento e com a falta de estrutura física necessária para abrigar os enfermos em momentos críticos, o Sr. Wagner Ren-nó, em reunião com amigos e familiares, decidiu edificar uma estrutura hospitalar que pudesse dar amparo à população local. Sem o conhecimento necessário para tal, grandes dificuldades surgiram no caminho, como a acessibilidade e

topografia. Além disso, o não atendimento as normas em vigência da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais e da ANvISA requereram novos rumos ao projeto. E é a partir daí que começa a parceria com o arquiteto Clóvis Queiroz de Lima – proprietário da Empresa ARQ+SAÚDE, especializada em projetos hospitalares. A partir deste momento estava criado o caminho para finalização de um sonho tão ousado: construir um Hos-

pital. Passou-se então para confecções dos projetos de arquitetura especializada, engenharia, lógica, marcena-ria, compra de mobiliário e equipamentos. “É preciso ressaltar a importância deste hospital, pois não é todos os dias que uma instituição do interior do país investe em qualidade e acabamento desta maneira”, finaliza.

“Várias dificuldades foram vencidas ao longo dos anos. Com muita perseverança e a luta constante do Sr. Wagner Rennó, juntamente com sua família, não deixaram esmorecer o sonho de construir o hospital, que leva o nome de sua mãe, que perdeu a vida em meio à falta de estrutura de atendimento necessário”.

Clóvis Queiroz de Lima, Arquiteto e urbanista, especialista em arquitetura

hospitalar e Diretor da ARQ+SAÚDE

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O sucesso na execução de uma obra não está li-gado apenas à contrata-ção de uma empresa de engenharia e arquitetura com experiência na área de saúde e o desempenho do engenheiro responsá-vel no acompanhamen-to de todas as etapas da obra, e sim no fato de que a empresa de engenharia tenha organização e qua-lidade no gerenciamento da construção. Por isso algumas instituições que atuam no setor da cons-trução civil, especializa-das na gestão de obras, são contratadas para ga-

Coordenação imprescindível

rantir o funcionamento de todo o processo. “Para que uma empresa

possa executar obras da área de saúde é preciso que tenha conhecimento de todos os procedimen-tos e normas da área em questão. E também ter muito rigor na execução de cada etapa da obra com um controle de qua-lidade muito eficiente”, diz Mônica Popst, Gerente de Qualidade da EH Nova.No Hospital Maria The-

reza Rennó, a instituição contratou a EH Nova En-genharia e Arquitetura Ltda, focada neste tipo

de prestação de serviço e de todo processo inclusi-ve a compatibilização dos projetos de arquitetura e complementares. Todo este processo envolveu muitos profissionais e for-necedores. “Além disso, a EH Nova busca sempre preço, qualidade, trans-parência e pontualidade”, diz Mônica Popst, Geren-te de Qualidade e Proje-tos da empresa.De acordo com o Geren-

te de Orçamentos, Pedro Castilho, para iniciar uma construção deste por-te, a empresa contrata-da tem que ter todos os

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projetos da obra: Projeto de arquitetura aprovado na prefeitura local, com todos os detalhamen-tos especificando o forro, piso, acabamentos e mó-veis. Também os projetos complementares com cál-culo estrutural, elétrico, cabeamento, CFTv, som, hidrossanitários, incêndio aprovado no Corpo de Bombeiro, ar condiciona-do, exaustão, SPDA, gás natural, gás medicinal, oxigênio, vácuo, ar com-primido e óxido nitroso, tudo aprovado pela vigi-lância Sanitária. E todos estes projetos tem que ser compatibilizados pela em-presa de arquitetura para evitar interferências com acompanhamento da em-presa de engenharia. A partir desta compati-

bilização é gerado o or-çamento global da obra e o cronograma físico financeiro com acompa-nhamento gerencial de todas as etapas. “A maior dificuldade é que normal-mente as obras se iniciam sem que tenhamos todas as informações e ou pro-jetos acima. No caso es-pecífico do HMTR tivemos alguns contratempos, pois a obra foi iniciada há mais de dez anos e tive-mos que fazer várias mo-dificações para adaptá-lo as condições e normas atuais”, explica Pedro.

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um ponto de extre-ma importância para o bem-estar dos pacientes e também para a segu-rança e garantia do bom funcionamento dos apa-relhos e armazenagem dos medicamentos den-tro de um hospital é seu sistema de climatização. Por exemplo, o sistema de refrigeração para as salas de cirurgia precisa oferecer filtragem ab-soluta, além das opções de aquecimento, umidi-ficação e renovação do ar através de exaustão e

Bom clima

tomadas de ar externo, que também devem ter filtragem. “No caso do Maria The-

reza Rennó, as salas de cirurgia possuem fluxo laminar sendo o único hospital na região com este sistema. É importan-te ressaltar que o sistema implantado nesta institui-ção é o que tem de mais moderno em refrigeração hospitalar”, conta Renê Resende, proprietário da Resende Ar Condiciona-do. O profissional ressalta que o sistema instalado

na instituição contempla todas as exigências cita-das, além de contar com equipamentos Hitachi e Airside. Na hora de escolher os

equipamentos adequa-dos, os gestores devem estar atentos a questão do consumo de ener-gia dos equipamentos, da possibilidade para utilizar o sistema inver-ter com gás ecológico e fazer a parte elétrica de forma automatizada. Os aparelhos instalados no Maria Thereza Rennó já

possuem o gás ecológico R410, que não agride o meio ambiente.“Outra preocupação é

garantir a qualidade do ar que será emitido pelos equipamentos de refrige-ração. Para isso é preci-so que haja manutenção constante realizada por uma empresa especiali-zada e credenciada pelos fabricantes dos apare-lhos, com rotina mensal (PMOC), além de efetuar análise microbiológica anualmente do sistema”, orienta Resende.

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Projeto inovador

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Primeiro hospital da Rede D’Or na baixada fluminense apresenta corredores com desenhos que facilitam acesso de emergência e cuidados com a sustentabilidade

Inaugurado este ano, no Rio de Janeiro, o Hospital Caxias D’Or,

traz para região de Duque de Caxias (RJ), na baixa-da fluminense, um hospi-tal geral com capacidade para tratar uma ampla gama de doenças. Seu foco está no tratamen-to de alta complexidade, tendo como principais especialidades: Terapia Intensiva, Hemodinâmica, Cirurgia Geral, Pediatria e Emergência. A instituição conta com um parque de equipamentos completo e moderno, capaz de viabi-lizar a realização de pro-

cedimentos médicos de alta complexidade como Cateterismos, Microcirur-gias, Radioscopias Pré--operatórias, entre outros.

O Centro de Diagnóstico por Imagens conta com um Tomógrafo Computa-dorizado Multislice, além de Radiologia Digital, per-mitindo a rápida dispo-nibilização das imagens adquiridas aos médicos solicitantes. Todas as salas do Centro Cirúrgico dis-põem de equipamento de Fluxo Laminar, que forta-lece o isolamento da área da cirurgia através de uma cortina de vento que aju-

da a evitar disseminação de microorganismos cau-sadores de infecções.

O hospital está pronto para atender a uma de-manda projetada de cer-ca de dois mil pacientes ao mês, com 220 leitos, dos quais 80 são de Te-rapia Intensiva. Porém, o setor de emergência pos-sui estrutura para mais de dez mil atendimentos por mês, de acordo com o crescimento da deman-da, entre pacientes adul-tos e pediátricos.

Com um investimento da ordem de R$ 220 mi-lhões, englobando aqui-

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sição do terreno, criação de projeto arquitetônico e compra de equipamen-tos, os traços arquitetô-nicos do hospital foram completamente pensados com base na lógica médi-ca de atendimento rápido aos casos graves, com o desenho de vias inteligen-tes que encurtam o tempo de chegada dos pacientes aos locais de atendimen-to. O projeto foi elabora-do pela Arcus Arquitetura e desenvolvido em parce-ria com técnicos da Rede

D’Or São Luiz. “A gestão da obra foi totalmente conduzida pela equipe de engenharia da Rede, fato que proporcionou signi-ficativa redução nos cus-tos da construção. Prefe-rimos também contratar mão de obra local para a operação”, relata Dr. Her-nandes Aguiar, responsá-vel pela instituição.

O Hospital Caxias D’Or conta com a primeira emergência da Rede D’Or São Luiz concebida (ar-quitetura e construção)

a partir do novo modelo de Emergência SmartTra-ck, criado para realizar o primeiro atendimento a casos de menor gravida-de com maior agilidade. “Além disso, sua arquite-tura é baseada nos prin-cípios de atendimento hu-manizado e segurança do paciente. O hospital conta com uma capela ecumêni-ca, um lounge a céu aber-to e salas de bem-estar para acompanhantes de pacientes, dentro e fora do ambiente hospitalar”,

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conta Aguiar.No que diz respeito à

sustentabilidade três pon-tos merecem destaque: as fachadas, com vidros especiais, que visam dimi-nuir os ruídos da rua e dos aviões em rota de pou-so e decolagem da pista do Aeroporto do Galeão, além de reduzir a incidên-cia de raios solares, otimi-zando assim o consumo de energia elétrica desti-nada ao condicionamen-to de ar. A água quente é pré-aquecida através de um sistema especial que recupera o calor expelido pelas centrais de ar con-dicionado (heatrecovery), fato que reduz substan-cialmente o consumo de gás. E o fato de todo o prédio ser suportado por um avançado sistema de automação e controle, que atua diretamente no consumo de energia elé-trica e desempenho das máquinas de condiciona-mento de ar.

Além disso, os registros reguladores de vazão fo-ram instalados em 100% dos metais incluindo as válvulas para chuveiros, mictórios e misturadores. Os vasos sanitários rece-beram duplo acionamen-to, funcionando com meia descarga no caso dos lí-quidos e vazão completa para sólidos. Alguns mo-delos limitam a vazão de seis litros mesmo com o

“O embasamento da edificação, com suas respectivas alturas defini-das entre lajes, foi um desafio a mais para solucionarmos o trânsito e a distribuição das instalações. Além de ser fator determinante para decidirmos os apoios técnicos, logísticos e principalmente os apoios de diagnóstico e terapia”

Bianca Berga, Arquiteta da Arcus Arquitetura

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botão sendo apertado in-sistentemente.

Cerca de 90% da área externa foi revestida com pisos intertravados. “Este tipo de revestimento é composto por peças de concreto modulares que são assentadas como um quebra-cabeça. Muito re-sistentes foram usados em toda área externa, incluin-do as calçadas e áreas de manobra de veículos de carga e descarga. A vanta-gem para o meio ambien-te é que os pisos intertra-vados possibilitam que a água da chuva permeie entre as juntas e encontre o solo, facilitando a dre-nagem”, explica a arqui-teta da Arcus Arquitetura responsável pelo projeto, Bianca Berga.

As lâmpadas fluorescen-tes compactas, instaladas em 95% das luminárias do hospital, representam

um consumo de energia 80% menor além de du-rarem dez vezes mais que lâmpadas convencionais e aquecerem menos o am-biente. Foram instaladas também algumas unida-des em LED que possuem inúmeras vantagens. “São luzes que desperdiçam pouquíssima energia e são extremamente compac-tas. Proporcionando a re-dução das cargas térmicas dos ambientes é possível especificar aparelhos de refrigeração com menor potência e garantir menor eficiência energética ao projeto como um todo”, conta Bianca.

Como em toda obra de reforma com ampliações, algumas dificuldades apa-receram e a mais comple-xa delas foi vencer as limi-tações que uma estrutura já existente tende a impor. “O embasamento da edi-

ficação, com suas respec-tivas alturas definidas en-tre lajes, foi um desafio a mais para solucionarmos o trânsito e a distribuição das instalações é fator de-terminante para decidir-mos os apoios técnicos, logísticos e principalmen-te os apoios de diagnósti-co e terapia”, relata Bianca.

Mantendo toda a pre-ocupação ambiental, a escolha dos materiais a serem utilizados na cons-trução também envol-veu preocupação com os requisitos de limpeza e sanitarização de pisos, paredes, tetos, pias e ban-cadas, que devem seguir as normas contidas no manual de Processamen-to de Artigos e Superfí-cies em Estabelecimentos de Saúde 2ª edição, Mi-nistério da Saúde / Coor-denação de Controle de Infecção Hospitalar, ou

o que vier a substituí-lo. Sem dúvida, o principal critério é relacionado à assepsia e manutenção. “Os materiais adequados para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de áreas críti-cas e semi-críticas devem ser resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, conforme preconizado no manual anteriormente ci-tado”, explica a arquiteta.

Por isso, foram prioriza-dos para as áreas críticas, e mesmo nas áreas semi--críticas, materiais de aca-bamento que tornem as superfícies monolíticas, com o menor número pos-sível de ranhuras ou fres-tas, facilitando o proces-so frequente de limpeza. “Exploramos bastante o uso de porcelanatos, que possuem índice de absor-ção de água considerado zero por cento, tintas ela-

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boradas a base de epóxi, e mantas vinílicas instaladas no piso ou nas paredes, proporcionando um maior conforto acústico e térmi-co”, conta.

Os tetos em áreas críticas (especialmente nas salas destinadas à realização de procedimentos cirúrgicos ou similares) são contínuos. Nas demais áreas explora-mos o uso do forro remo-vível, inclusive por razões ligadas à manutenção, que são resistentes aos proces-sos de limpeza, desconta-minação e desinfecção.

No que diz respeito à humanização foram priori-

zados o conforto, o acolhi-mento e a estadia dos pa-cientes, dando ênfase aos tons “quentes” aplicados nos revestimentos e pisos e paredes. As cores suaves, presentes na maioria dos ambientes, foram “quebra-das” por tons mais moder-nos em algumas paredes estratégicas, proporcionan-do um visual de contrastes equilibrados. O uso de di-visórias em vidro piso-teto, com o uso parcial de pelí-culas, permitiram a priva-cidade necessária sem es-quecer-se da passagem da luz natural, tão importante para o conforto visual.

“O intuito, além da be-leza, envolve um proces-so de criação que exige, além de paixão, a verda-deira percepção do lado humano e do bem-estar de todos que residem temporariamente e traba-lham em um hospital. É de suma importância a ava-liação profunda dos pro-cessos desde um procedi-mento simples até a cura de um paciente grave. As necessidades humanas se refletem no projeto, essa é a questão a se trabalhar sempre quando se inicia um projeto arquitetônico hospitalar”, finaliza Bianca.

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Acessibilidade universalInstituto de Medicina do Esporte traz uma arquitetura alinhada com a estratégia de segmentação do público-alvo

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O Instituto de Medicina do Esporte, localizado no pavimento térreo do Centro Clínico Mãe de Deus, é o primeiro das Amé-ricas credenciado internacionalmente como Centro Colabo-

rador em Medicina do Esporte pela FIMS (International Federation Sports Medicine). Essa certificação coloca o Instituto como referência em prestação de serviço e na promoção de pesquisas nessa área. A integração entre inovação tecnológica e uma equipe altamente qua-lificada e atualizada são requisitos fundamentais para que o serviço permaneça sendo referência em Avaliações de Performance e Reabi-litação de Lesões.Para abrigar toda esta medicina de ponta foi elaborado um projeto

de arquitetura, desenvolvido por um período de 12 meses, em que realizou-se um completo levantamento da área física e instalações existentes, elaboração do programa de necessidades do novo servi-ço, adequação do programa à capacidade física de ampliação, entre outros fatores. “Também foram avaliadas as diretrizes da instituição e normas técnicas para projetos físicos de estabelecimento assisten-ciais de saúde, como a RDC 50, da ANvISA”, explica a arquiteta Mar-cia Martinez de Azevedo Bastian, Diretora da Planesa Arquitetura e Consultoria.De acordo com Patrícia Wagner da Silva, arquiteta e Gerente de

Projetos da Planesa, a elaboração do projeto também contou com a participação de profissionais de diversos setores da recepção, hi-gienização, manutenção, fisioterapeutas, médicos e administradores. “Observar o funcionamento ‘in loco’, perceber as sensações que os ambientes proporcionam e estar atento ao perfil do consumidor dos serviços disponibilizados foi fundamental. Assim, podemos estabe-lecer uma relação com as pessoas que irão desfrutar das novas ins-

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talações e proporcionar as condições ambientais para que estas atividades se desenvolvam organi-camente.”Após análise do perfil

do público, isto é, atletas de alta performance com demandas diferenciadas quanto ao atendimento de fisioterapia, o projeto desenhou algumas es-pecificidades. A começar pela recepção, onde os usuários são encaminha-dos a uma sala de espera interna, exclusiva e reser-vada, garantindo acesso aos laboratórios e con-sultório com privacidade. “Tal zoneamento e orga-nização dos setores privi-legiam a funcionalidade e os fluxos operacionais”, explicam as arquitetas.“uma vez que no mes-

mo espaço físico encon-tram-se pacientes que buscam a reabilitação fí-sica e outros que buscam a melhora de sua perfor-mance através do Labo-ratório do Esporte (Sport Lab), a exigência era que a arquitetura deveria au-xiliar na promoção do acolhimento aos usuá-rios em reabilitação, mas também mostrar um am-biente inovador para os atletas”, explica Felix Al-buquerque Drummond, gestor do Instituto de Medicina do Esporte do Hospital Mãe de Deus.

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Já os ambientes de apoio, como copa de funcioná-rios, vestiários, depósito de material de limpeza e guarda-pertences dos pa-cientes estão organizados de forma a terem acesso externo exclusivo de servi-ço. Isso faz com que a ope-ração aconteça sem inter-ferir no fluxo de usuários pela entrada principal. Dentre outras soluções

para a otimização da

circulação estão a orga-nização espacial das ati-vidades quanto ao tipo de usuário, evitando, desse modo, cruzamen-tos indesejados. “Criou--se, então, um controle sútil através do posicio-namento da bancada da recepção e registro de pacientes, onde se visu-aliza todos os caminhos”, explicam as arquitetas.A acessibilidade uni-

versal foi elemento que norteou todo o projeto e, para tanto, foram ex-ploradas soluções como rampas, área coberta e dimensões adequa-das. Afora a otimização do fluxo dos usuários, o instituto também priori-zou em seus ambientes a privacidade, segurança e conforto, além de novas tecnologias de avaliação terapêutica.

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Novas edificações

O Hospital Mãe de Deus tem passado constantemen-te por obras e reformas em busca de melhorias na es-trutura, expansão e inova-ções para atender cada vez melhor seus usuários. No mês de maio, por exemplo, foi inaugurado o Instituto de Medicina do Esporte para atuar de maneira especiali-zada em fisioterapia e labo-ratório do esporte. Desde o início do planejamento da reforma, foi incentivado que a arquitetura deveria estar em linha com a estratégia de

segmentação do público--alvo.Depois de entregue esta

grande obra, a instituição não para de buscar melho-rias, por isso, logo no come-ço deste segundo semestre está iniciando novas obras. “São ambientes com utiliza-ções específicas como CTI, leitos, áreas de vivência e de lojas que devem ser inte-gradas à circulação vertical e horizontal do complexo hospitalar já existente”, con-ta Jader Teitelbaum, Diretor de Relacionamento com o

Mercado do Escritório de Engenharia Joal Teitelbaum, empresa responsável pela gestão da obra através do seu exclusivo Sistema de Gerenciamento Integrado – SGI, com 51 anos no merca-do da construção civil. A Joal já recebeu o Prêmio Nacio-nal da Qualidade da Funda-ção Nacional da Qualidade, reconhecimento este que equivale ao Malcolm Barldri-ge National Quality Award nos EuA e ao European Qua-lity Award na Europa. Por se tratar de um em-

preendimento complexo o processo exigirá interferên-cia de vários profissionais, de diferentes áreas de cons-trução civil, equipamentos médicos, mobiliários, insta-lações de ar condicionado, elétricas e hidrossanitárias. Pois todos os ambientes se-rão customizados no que diz respeito a iluminação, con-forto térmico e sistemas de comandos hospitalares es-pecíficos. “As equipes mul-tidisciplinares de projetistas desenvolveram um projeto coordenado pela Joal Teitel-

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baum e, atendendo às de-mandas funcionais e legais que um projeto hospitalar exige, utilizando materiais diferenciados, como vidros especiais e revestimentos externos através de painéis arquitetônicos”, relata Tei-telbaum.um projeto hospitalar des-

te porte exige um cuidado especial com as unidades que permanecem em fun-cionamento, bem como uma previsão, estudo e implanta-ção das mais modernas tec-nologias do ramo hospitalar dentro de uma funcionali-dade lógica. E em todo esse processo, um ponto fun-damental levado em conta

pela empresa gerenciadora de obras é a segurança dos colaboradores. Para isso é elaborado o PCMAT (Pro-grama de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção Civil) específico para a obra, listando todas as medidas necessárias para a proteção coletiva e indivi-dual dos empreiteiros con-tratados pela obra, além das áreas de vivência (refeitório, escritório, banheiro, vestiá-rio), treinamentos, etc.“Os trabalhadores de cada

empresa que ingressa no canteiro de obras possui toda a documentação e trei-namentos exigidos pela le-gislação. A partir do PCMAT,

são contratados projetos específicos para a saúde e segurança do trabalho, tais como o Projeto de Proteção de Periferia, Projeto de Linha de vida, Projeto de Instala-ções Elétricas Provisórias, etc. Assim como os equipamen-tos para transporte vertical de cargas e dos trabalhado-res”, ressalta Teitelbaum.Para garantir que tudo es-

teja dentro das conformi-dades, diariamente a equi-pe de engenharia fiscaliza as atividades, não apenas nos quesitos de qualidade e prazo, mas também de modo que as exigências de organização, meio ambien-te, saúde e segurança do

trabalho sejam cumpridas, tanto no que tange às con-dições de trabalho quanto no que se refere ao uso, por parte dos trabalhado-res e dos equipamentos de proteção individual. “As condições de organização e segurança são encaradas como pré-requisito para o início de qualquer ativida-de, por isso uma empresa especializada em saúde e segurança do trabalho vis-toria as obras semanalmen-te. O êxito será decorrente de uma ação conjunta da equipe de engenharia e dos empreiteiros, com cada parte cumprindo com duas obrigações”, finaliza.

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IntegraçãoCompreender especificidades, necessidades e restrições são premissas para construção hospitalar

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Com mais de 45 mil m² de área constru-ída, o Hospital Aná-

lia Franco (SP), uma das maiores obras do Grupo Hospital e Maternidade São Luiz, proporciona aos seus usuários uma moder-na e inovadora arquitetu-ra. Durante os 20 anos de atuação no grupo, Renato Aranha, atual Sócio Dire-tor da Fakiani Construtora, participou diretamente da construção do centro que hoje conta com 279 leitos e centros obstétrico, cirúr-gico, de diagnóstico, pron-to-socorro e maternidade. Para tanto, a gestão

desta construção cuidou desde a contratação do escritório de arquitetura, passando pela concepção do produto, estabeleci-

mento das premissas, co-ordenação dos projetos, fiscalização e coordena-ção de todas as atividades da obra, até o startup dos equipamentos e valida-ção final dos sistemas. “O maior desafio é sempre poder adequar e entregar o produto perfeitamente ajustado às expectativas do cliente”, ressalta. O projeto concebeu a

execução de estrutura metálica e, para viabilizar economicamente a obra, tal composição se deu em concreto armado. “Foi um grande desafio vencido, pois a estrutura deveria absorver os balanços late-rais de 25 m com uma de-formação máxima no pon-to mais crítico de 35 mm”, salienta Anselmo Cortella-

zzi, engenheiro respon-sável pela obra e atual coordenador de obras na Fakiani Construtora. Assim, o projeto foi de-

senvolvido através de vi-gas de transição e pare-des de concreto armado. Após a concretagem, a desforma aconteceu den-tro de um planejamento estratégico e houve, pelo período de 15 meses, um acompanhamento topo-gráfico das deformações até a estabilização.Outro diferencial do case

é a projeção de um heli-ponto, com estrutura me-tálica em quatro pilares sustentado por grandes vigas metálicas vazadas. Essa montagem exigiu uma logística bem plane-jada, pois as vigas foram

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montadas no chão e içadas por potentes guindastes até o local de aplicação.As novas salas técnicas

foram criadas acima do centro cirúrgico. Neste lo-cal abrigou-se todos os equipamentos de ar con-dicionado e filtros de flu-xo de ar, bem como toda a alimentação de gases medicinais para que, no caso de manutenção, não houvesse paralisação des-ta ala cirúrgica. Nesta obra também foi montada uma verdadeira usina de gera-ção de energia com quatro

geradores de 450 KvA. Para Renato Aranha, é

fundamental uma visão holística na construção de um estabelecimento de saúde. “O conhecimento adquirido pela experiên-cia de todo o ciclo da im-plantação de um hospital, ultrapassando a técnica de engenharia para ter uma melhor compreensão da dinâmica de um empreen-dimento em constante mu-tação, suas especificidades, necessidades e restrições, e custos de manutenção, é o diferencial para o aten-

dimento do segmento da construção hospitalar.” Atualmente, a Fakiani

Construtora está dedica-da à construção do Hos-pital da unimed Leste Fluminense, em Niterói, com 28 mil m2 de área construída; e no desen-volvimento e implantação de um Hospital na zona Leste de São Paulo que terá aproximadamente 56 mil m2 de área.A obra do Hospital Anália

Franco traz a assinatura do escritório zanettini Arquite-tura e da Porte Construtora.

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Humanização no tratamento oncológicoClínica voltada ao tratamento do câncer foca no design para dar sensação de bem-estar aos pacientes

O Grupo COI está instalado no Rio de Janeiro desde

1990 em busca de ofere-cer tratamento humani-zado e de alta tecnologia contra o câncer. “Ao lon-go dos anos, investimos em tecnologia e pesqui-sa, aperfeiçoamento téc-nico dos profissionais e sensibilidade na forma de cuidar do paciente”, con-ta Bruno Haddad, vice--Presidente Executivo do Grupo COI.

Com capacidade de atendimento para 17 mil pacientes ao ano, o ins-tituto traz uma preocu-pação com seu paciente e familiares, tratando-os com cuidado desde o diagnóstico até o acom-panhamento em todo o

tratamento. “Nossos pro-fissionais têm treinamen-tos internacionais e par-ticipação em congressos para atualizações sobre tratamento”, diz Haddad.

O COI conta, hoje, com um Instituto de Educa-ção e Pesquisa que tem como objetivo gerar in-formações em saúde e participar de estudos que permitem acesso a novos medicamentos, além de três unidades de atendi-mento clínico e ambula-torial, sendo uma na Barra da Tijuca, outra em Nova Iguaçu e a mais recente em Botafogo.

O projeto arquitetôni-co da unidade se baseou nos conceitos contem-porâneos utilizados para instituições de saúde e

especialmente no trata-mento do paciente com câncer. “Nesse projeto, procuramos criar espaços em que os pacientes se sentissem acolhidos e em um ambiente de cura, não de doença”, conta Flávio Kelner, arquiteto da RAF Arquitetura, responsável pelo projeto do COI.

Para isso, o arquiteto fo-cou na utilização de ma-teriais nobres e interiores com design contempo-râneo, vistas para áreas externas com iluminação natural, recursos de áu-dio e vídeo para melhorar o “astral” do ambiente, a exemplo dos lounges dos melhores hotéis. Foram utilizados também mobi-liários exclusivos projeta-dos para este local. um

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“O design dos ambientes do COI estão aju-dando a desmistificar a doença, criando es-paços de convivência dos pacientes e fami-liares, onde os problemas e as conquistas estão sendo compartilhados entre todos os envolvidos no processo”

Flávio Kelner, Arquiteto da RAF Arquitetura

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dos principais diferenciais deste projeto é a distri-buição dos espaços com layout que visa a separa-ção dos fluxos dos seto-res diversos associado ao conceito de design.

“O design dos ambien-tes do COI estão ajudan-do a desmistificar a do-ença, criando espaços de convivência dos pacien-tes e familiares, onde os problemas e as conquis-tas estão sendo compar-tilhados entre todos os envolvidos no processo”, conta Kelner.

Além disso, as medidas de sustentabilidade não foram deixadas de lado neste projeto. Para isso, foram escolhidos mate-riais certificados, dispo-sitivos para economia da água, equipamentos de ar condicionado com maior eficiência energética e vi-dros eficientes.

Como toda obra des-ta complexidade, alguns obstáculos surgiram ao longo do caminho, porém não atrapalharam o pro-jeto. “Nós tivemos restri-ções da legislação local e um extenso programa para área equivalente res-trita, porém nada conse-guiu impedir que seguís-semos nossa visão inicial traçada no projeto”, fina-liza o arquiteto.

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“Ao longo dos anos investimos em tecno-logia e pesquisa, aperfeiçoamento técnico dos profissionais e sensibilidade na forma de cuidar do paciente”

Bruno Haddad,vice-Presidente Executivo do Grupo COI

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Revestimento como diferencial

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Dentro da instituição de saúde, além do de-sign, os materiais para acabamento são impor-tantes para proporcionar as sensações de higiene e beleza ao ambiente. En-tre eles, os revestimentos são bastante importan-tes, pois devem seguir as determinações da

ANvISA. “Além disso, há uma preocupação muito grande com o conforto acústico, principalmen-te nos espaços de con-vivência”, explica Flávio Kelner, arquiteto da Raf Arquitetura, responsável pelo projeto do COI.

Por isso, na hora de escolher o material ade-

quado para revestir sua nova sede, o Grupo COI optou por produtos de uma marca fabricante de revestimentos vinílicos para paredes, de origem holandesa e bastante co-nhecida no mercado na-cional, a vescom. “Nós somos o único fabricante deste tipo de revestimen-

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Sobre a Vescom A vescom atende o

Brasil todo e tem nas principais capitais do País mão de obra lo-cal qualificada. Além dos revestimentos vinílicos, a empre-sa fabrica também revestimentos mu-rais de seda, linho, non-woven e per-sonalizados. Há al-guns anos, produz e comercializa ainda revestimentos para móveis (lã, mohair, e vinílico) e cortinas (dim-outs, voils, de-corativas e acústi-cas principalmente para o segmento hoteleiro e hospita-lar). “Como líder no mercado europeu pretendemos agora conquistar o mer-cado brasileiro com desenhos contem-porâneos, entrega rápida e atendimen-to de primeira linha”, diz Daan Bisseling, Diretor da vescom do Brasil.“Observamos que o cliente hospita-

lar no Brasil tem uma preferência por desenhos mais lisos”

Daan Bisseling, Diretor da vescom do Brasil

to com filial própria no Brasil. Além disso, ofere-cemos, atualmente, a co-leção mais diversificada de revestimentos para paredes. um exemplo, é o vescom Protect, solução ideal para centros cirúrgi-cos, quartos de pacientes, uTIs e laboratórios”, con-ta Daan Bisseling, Diretor da vescom do Brasil.

Isso porque, hoje em dia, nas instituições de saúde, a manutenção é um assun-to que preocupa. Por isso os revestimentos vinílicos são resistentes ao fogo, possuem uma proteção

anti-bactericida (chamada Bio-Pruf) e são fáceis de limpar. “Além desses as-pectos técnicos, observa-mos que a humanização nos espaços é também cada vez mais importante, por isso, reunimos as van-tagens técnicas com uma aparência aconchegante”, diz Bisseling.

Os revestimentos de-senvolvidos especial-mente para o ambiente hospitalar apresentam também uma outra ca-racterística específica: não possuem emendas, pois isso os torna mais

fáceis de limpar e au-menta sua durabilidade. “Os nossos revestimen-tos atendem estas exi-gências melhor que al-ternativas como pintura, formica ou fibra de vidro. Na prática, vemos que o cliente hospitalar no Bra-sil tem uma preferência por desenhos mais lisos”.

Com essa filosofia a em-presa desenvolveu, para as áreas mais críticas do hospital, o vescom Pro-tect, uma película que pode ser aplicada aos vi-nílicos permitindo limpeza com produtos químicos.

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Assim como os demais itens que irão garan-tir a higiene, a beleza e facilitar o controle in-feccioso dentro de uma instituição de saúde, os pisos também são pe-ças importantes quando se trata do acabamento de uma obra. Por isso, o primeiro passo na hora de escolher o material ideal é avaliar quais as características técnicas necessárias exigidas

Pisos também são importantespara o local no qual se-rão aplicados.

“Entender claramente se o piso atende estas especificações é funda-mental, pois quando o produto é definido pela aparência ou pelo pre-ço, pode não oferecer aproveitamento pleno e durabilidade. E pode-se imaginar quais os cus-tos envolvidos e o ta-manho do prejuízo pelo retrabalho do local”,

argumenta Hellen Gus-mão Gerente de Marke-ting da Revitech Pisos.

Devido a sua impor-tância, o mercado de pi-sos está sempre inovan-do, e por isso a Revitech lança o piso Unique SK, última geração dos re-vestimentos vinílicos indicados para institui-ções de saúde, pois pos-sibilitam a redução de infecção hospitalar, que atinge 15% dos pacien-

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“O unique SK é um piso revolucionário. Com recursos de nanotecnologia e partículas de prata fotocalisadoras, o lançamento da Revitech é ideal para hospitais e ambien-tes que precisam estar sempre limpos e livre de organis-mos nocivos à saúde. Com uma paleta de oito cores, o piso ameniza odores, é auto-limpante, o que aumenta o ciclo de limpeza. Com o diferencial Acoustic 7, combate também a poluição sonora. unique SK, um piso único “

Hellen Afonso Gusmão, Gerente de Marketing e Relacionamento da Revitech

tes internados. O piso possui uma superfície autodesinfetante – com-posta por duas linhas de defesa - que faz com que as bactérias sejam elimi-nadas sem o uso de pro-dutos químicos.

A primeira linha de de-fesa é a NanoSilver, na qual as bactérias podem ser destruídas sem o uso de produtos químicos. Já a segunda linha de defesa é o NanoTiO2, que ajuda a decompor os germes, transformando substân-cias nocivas em compos-tos inofensivos por meio do processo de oxidação química. Além de ser um piso autolimpante, ele também purifica o ar através de fotocatálise, ou seja, por aceleramen-to de uma reação com a luz natural ou artifi-cial, eliminando assim os odores desagradáveis, e material poluente do ar, como a nicotina.

“O piso unique SK con-segue agir e manter a ação de aniquilador de bactérias e tem poder au-to-limpante quando asso-ciado às radiações do es-pectro uv, seja luz natural ou artificial. Este produto é um grande aliado aos ambientes que precisam estar sempre limpos e seguros. Eu recomendo”, destacou o arquiteto João de Deus Cardoso, respon-

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sável pelo projeto Hospi-talar do Serviço de Onco--Hematologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da uSP.

Mais um diferencial do piso unique SK é a preo-cupação com a poluição sonora, por isso ele tem propriedades acústicas que reduzem o impacto sonoro equivalente a 17 decibéis. Com todas es-sas qualidades e preocu-pações com o bem-estar, unique SK foi desenvol-

vido para ambientes que necessitam estarem sem-pre limpos e livres de bac-térias, como hospitais, la-boratórios, consultórios, também é recomendado para áreas de educação, recepções, entre outros.

“Seguindo os cuidados de utilização e exigên-cia do ambiente, um piso bem escolhido proporcio-na proteção e fácil ma-nutenção, o unique SK é um piso revolucionário. Com recursos de nano-

tecnologia e partículas de prata fotocalisadoras, o lançamento da Revitech é ideal para hospitais e am-bientes que precisam es-tar sempre limpos e livre de organismos nocivos à saúde. Com uma paleta de oito cores, o piso ameniza odores, é auto-limpante, o que aumenta o ciclo de limpeza. Com o diferencial Acoustic 7, combate tam-bém a poluição sonora.unique SK, um piso úni-co.” finaliza Hellen.

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Circulação inteligenteFluxo de pessoas com segurança é a proposta do Plano Diretor do Hospital São Rafael em Salvador

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A segurança do paciente e de todos os usuá-

rios de um hospital en-volve diversos fatores que abrangem desde a correta medicação e tra-tamento, como também a completa infraestrutu-ra que esteja preparada para qualquer evento que possa ocorrer.

Neste contexto, a ar-quitetura desempenha papel fundamental, uma vez que elementos es-senciais como acessi-bilidade, flexibilidade e segurança são frutos de projetos e interferem no bom funcionamento do local.É com esse objetivo que

o Hospital São Rafael, em Salvador, contratou a ela-boração de um Plano Di-retor de Projetos e Obras.

Na primeira fase do trabalho, a de diagnósti-co, realizado a partir do levantamento gráfico e de uma análise da confor-midade legal, iniciou-se o diálogo com diretores e lideranças do hospital com o objetivo de desta-car os principais proble-mas físicos da edificação. “Trata-se de uma etapa em que são debatidos os problemas arquitetônicos e, dentre as diversas situ-ações encontradas, deci-de-se qual merece maior atenção, o que poderá ser feito em termos de inves-timentos e recursos a cur-to prazo, tudo para me-lhorar a condição atual”, ressalta Mariluz Gomez Esteves,Diretora Executiva da Pró-Saúde Profissio-nais Associados, empresa responsável pelo serviço.

De acordo com a arqui-teta, utilizando-se de uma metodologia própria de hierarquização de priori-dades, foi possível chegar à questão primordial que, no caso do Hospital São Rafael, está relacionada à alta taxa de crescimen-to e à diversificação das atividades médico-hospi-talares que a instituição passou na última década.

O diagnóstico trou-xe elementos novos ao repertório de proble-mas frequentemente en-contrados nos hospitais brasileiros. O principal elemento distintivo é a edificação original, pro-jeto típico hospitalar dos anos 1980, dotado de to-das as facilidades cons-trutivas e de instalações, desenhado de forma mo-dular e dotado de circula-

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ções gerais verticais e ho-rizontais que buscavam determinar fluxos especí-ficos.

Trata-se de um hospi-tal projetado de forma a controlar os fluxos de pacientes e insumos que, em função de seu cres-cimento acelerado, teve seu zoneamento inicial corrompido, acarretando na mistura de atividades de natureza diferente, com a geração de fluxos indesejáveis. Ou seja, o desafio principal do Plano Diretor do Hospital São Rafael é proporcionar ao hospital atual a eficácia no controle de fluxos que lhe era peculiar em sua origem.

Para Mariluz, o conflito de circulação de pessoas e insumos é frequente nas instituições brasileiras. “Não é raro vermos carros de transporte de insumos e resíduos hospitalares, ou mesmo macas com paciente atravessando áreas de acesso ao públi-co, como salas de espera. E essa questão é extrema-mente importante, pois interfere na segurança da operação hospitalar, no controle de acesso, de contaminação e mesmo de roubos, além de estar relacionada com a garan-

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tia de funcionamento das saídas de emergência, es-pecialmente em caso de incêndios.”

Neste case, a proposta em discussão no momen-to é sair da planta atual e criar estruturas externas que otimizem as circula-ções verticais e horizon-tais através de elevadores e escadas. Para isso, o Plano Diretor prevê medi-das especiais em relação à prevenção contra incên-dio, definindo por onde as pessoas serão evacuadas ou transferidas. Para tal, estão sendo redefinidos compartimentos ligados às novas estruturas exter-nas, providas de elevado-res e escada de emergên-cia, acessadas através de antecâmaras munidas de portas e/ou cortinas au-tomatizadas corta fogo, que poderão ser utiliza-das por quaisquer dos

prédios do hospital. Os compartimentos se

constituem de áreas es-tanques, destinadas para a segurança do paciente, como prevê RDC 50/2002 da ANvISA a qual dispõe que “os setores devem ser autossuficientes em re-lação à segurança contra incêndio, isto é, devem ser compartimentados horizontal e verticalmen-te de modo a impedir a propagação do incêndio para outro setor ou resis-tir ao fogo do setor adja-cente”.

Entretanto, não são ra-ros os casos em que as regras e normas técnicas são esquecidas para aten-der a grande demanda pelos serviços médico--hospitalares. “Muitas vezes os projetos estão certos, as áreas estão compartimentadas, mas acabam sendo alteradas

por necessidade do pró-prio hospital, sem passar por uma devida fiscali-zação ou por um profis-sional qualificado. É ne-cessário valorizar tanto a mão de obra, como tam-bém as normas e regras.”

RetrofitO retrofit das instala-

ções já começou e, con-forme o andamento das obras, serão introduzidas as novidades. “Este pro-cesso dará mais 25 anos de vida útil para o hos-pital. Mantém-se a estru-tura, mas reorganizam-se todas as instalações, elé-trica e hidráulica, propor-cionando mais sinergia para a instituição.”

Por outro lado, o Pla-no Diretor visa também reorganizar os diversos departamentos que com-põem o hospital a partir da conclusão do prédio

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anexo, prevista para o fi-nal deste ano. Para isso, alguns departamentos estão sendo realocados no prédio anexo a fim de descomprimir áreas do bloco principal. “Estamos esvaziando alguns seto-res para depois reorga-nizá-los. O objetivo prin-cipal é olhar para o lugar, entender seu funciona-mento e propor alterna-tivas que melhorem sua

eficiência”, salienta.

AbastecimentoO Plano Diretor também

deverá ajudar o hospital na escolha de um bom sistema de automação do abastecimento. Trata-se de otimizar todo o siste-ma que envolve desde o armazenamento dos me-dicamentos até a distri-buição dos mesmos para os pacientes.

Segundo Mariluz, a nova proposta de automação resulta em uma massa de estantes sem corredores, economizando o espaço em mais de 50%, além de não haver perda de ma-teriais e medicamentos. Isso porque, cada remé-dio recebe um código de barras e, assim, a gestão do sistema passa a se ba-sear na leitura deste nú-mero em todos os pontos

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do abastecimento. O trabalho de admi-

nistrar a medicação aos pacientes, realizada por profissionais de enferma-gem, será facilitado e fi-cará mais seguro. “O me-dicamento só é liberado com a leitura do código de barras da pulseira do paciente. A mesma leitu-ra registra a administra-ção do medicamento no prontuário e baixa o esto-que na farmácia. O resul-tado é mais segurança e maior humanização, com profissionais tendo mais tempo para as atividades de cuidado e sendo me-

nos requeridos para as atividades burocráticas”, explica.

ArquiteturaDiante de tantos obs-

táculos e desafios que a arquitetura hospitalar enfrenta, Mariluz des-taca a importância do planejamento antes do próprio projeto. “Atu-almente, a valorização de aspectos visuais dos edifícios suplanta aspec-tos fundamentais, dire-tamente relacionados ao funcionamento, como o zoneamento de ativida-des correlatas, controle

de acesso, hierarquização de circulação e humani-zação do atendimento, dentre outros elementos da arquitetura”.

Para a arquiteta, a gran-de dificuldade é compre-ender o pleno funcio-namento do hospital e entender que cada pro-jeto exige e pode ter so-luções diversas. “Cada cliente exige uma aborda-gem diferente. um mate-rial de acabamento pode ser bom em um lugar e não será recomendado em outro. Por isso o aten-dimento customizado deve prevalecer”, finaliza.

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Atualização da tradição

A Casa de Saúde São José é uma instituição católi-

ca que completa 90 anos em 2013. Apesar de tra-dicional, o hospital não deixa de buscar a atua-lização para atender de maneira completa aos

seus usuários. Por isso, foi desenvolvido recen-temente um Plano Dire-tor Físico Hospitalar para a ampliação do comple-xo. O projeto teve a total participação e envolvi-mento da direção e co-laboradores, através de

entrevistas, levantamen-tos e discussões, com importantes percepções e sugestões ao processo.

“Participar foi gratifi-cante, uma oportunidade para sintetizar e ampliar a experiência e o conheci-mento adquirido durante

Instituição tradicional do Rio de Janeiro tem Plano Diretor para modernizar e melhorar o fluxo de atendimentos

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os mais de dez anos em que desenvolvemos pro-jetos para diversos seto-res. uma primeira opor-tunidade para pensarmos a edificação na sua tota-lidade, e projetarmos a expansão para os próxi-mos dez anos, avaliando os serviços e fluxos atu-ais, e propondo interven-ções que atendam aos

objetivos de longo prazo, focando o Planejamento Estratégico”, diz Elisabeth Hirth, arquiteta da Hirth Arquitetos Associados e responsável pelo projeto.

O Plano Diretor Físico Hospitalar foi elabora-do a fim de atender aos objetivos definidos no Planejamento Estratégico da instituição em 2010.

Seu desafio era proje-tar a expansão definida no planejamento mesmo com as limitações físicas do terreno, uma vez que o hospital está localiza-do em uma zona urbana com alta densidade de-mográfica na zona Sul do Rio de Janeiro. “Com isso, dois pequenos terrenos adquiridos, anteriormen-

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“O Plano Diretor Físico Hospitalar é um documento flexível e dinâmi-co, que tem a função de nortear e orientar, com planejamento e crité-rio, as futuras modificações, implan-tação de novas tecnologias e ativi-dades, contribuindo, portanto, nas decisões do processo de ampliação, durante um período determinado”

Elisabeth Hirth, Arquiteta da Hirth Arquitetos

Associados

te, junto à Casa de Saú-de, tornaram-se as únicas opções para expansão fí-sica da edificação”, conta.

O desenvolvimento do projeto durou seis me-ses e contemplou quatro etapas. A primeira delas foi o levantamento físico, funcional e de fluxo das áreas existentes. Inclusi-ve com a apuração das

necessidades dos usuá-rios e pacientes. Na se-quência, houve a análise crítica dos pontos positi-vos e negativos gerando relatório com o diagnós-tico para direcionamento das mudanças necessá-rias. O terceiro passo foi definir junto à direção e colaboradores o novo programa de atividades.

Por fim, foi considerada uma nova planificação e setorização dos espaços, integrando elementos de otimização, flexibilidade, humanização e conforto.

O estudo da situação também identificou inú-meros cruzamentos dos diversos fluxos internos de pacientes, acompa-nhantes, colaboradores

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e serviços. Identificado as necessidades rede-senhou-se as vias para evitar os cruzamentos. Entre as propostas apre-sentadas pelo Plano es-tão o acesso separado para médicos e pacientes dos visitantes e acom-panhantes; no setor de Emergência, um novo flu-xo vertical com elevador, que se interliga com to-dos os andares e acessa-rá o heliponto projetado; e ainda foi redesenhada uma nova circulação de serviços e materiais para interligação com a área

central da edificação do hospital.

“A construção de um subsolo, que permitirá absorver parte do es-tacionamento que hoje ocupa área do terreno junto à rua principal do bairro, também foi pro-jetada. O novo espaço permitirá a construção dos acessos indepen-dentes das ambulâncias diretamente ao setor de emergência, possibilitará também acesso indepen-dente dos veículos sem o cruzamento com o fluxo de pedestres ao hospital.”

O maior desafio deste projeto foi a ausência de espaço para a ampliação da estrutura física. Duas decisões importantes fo-ram tomadas, como li-nhas. Primeiro a aquisição de lotes ou edificações na adjacência, o mais per-to possível do complexo, para que setores de apoio, como manutenção predial, estoque central, serviços administrativos, como RH, compras, e outros pudes-sem ser transferidos, para liberação de áreas para setores estritamente assis-tenciais no corpo central

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da edificação.“Depois foi feito um

grande esforço para oti-mizar e racionalizar os setores e espaços dis-tribuídos na edificação existente, melhorando a organização interna. Ain-da com o projeto de dois novos blocos, de acordo com novos parâmetros para a nova legislação hospitalar municipal, os setores internos foram reorganizados”, conta Elisabeth.

Os centros cirúrgicos, antes distribuídos em três blocos distantes, foram concentrados em um úni-co edifício, em três pavi-mentos sobrepostos. As-sim como os setores de internação, distribuídos em diversos blocos e pavi-mentos, foram concentra-dos apenas dois blocos e pavimentos interligados. E os leitos críticos, como CTI e unidades Interme-diárias de Tratamento, fo-ram localizados em dois blocos anexos em forma-to de “L”, em três pavi-mentos, muito perto dos setores de Diagnóstico e Emergência.

“Com a retirada dos se-tores de apoio do corpo hospitalar, foi possível organizar as gerências e os setores de Logística e Técnica, onde temos o acesso de serviço à outra rua que leva ao hospital.

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Ainda nesta tendência, a diretoria foi deslocada para o novo bloco na rua principal, com apoio para áreas de auditório, seto-res de treinamento e re-cepção de pacientes, com acesso direto pelo novo lobby principal”.

Também a nova Emer-gência com novas espe-cialidades como Neuro-logia, Obstetrícia, além da Cardiologia e Orto-pedia, já existentes, foi projetada. Este local será implantado no térreo, com acesso facilitado ao paciente e às ambu-lâncias, e adjacente ao

Setor de Diagnóstico de Imagem. Estes remaneja-mentos para otimização dos espaços possibilita-ram maior conforto e hu-manização para os leitos de internação e críticos, e a criação e atualização tecnológica das salas ci-rúrgicas.

Com o Plano Diretor pronto, as obras foram iniciadas em 2010 e têm previsão de término até 2016. Inicialmente, em cumprimento ao crono-grama, foi definido como primeiro investimento, o setor de Cardiologia unidade de referência

e excelência na institui-ção. Assim sendo, fo-ram concluídas as obras da unidade Coronariana, Métodos Gráficos e He-modinâmica. “O Plano Di-retor Físico Hospitalar é um documento flexível e dinâmico, que tem a fun-ção de nortear e orien-tar, com planejamento e critério, as futuras mo-dificações, implantação de novas tecnologias e atividades, contribuindo, portanto, nas decisões do processo de amplia-ção, durante um período determinado”, explica a arquiteta.

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ACABAMENTOD

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res

Divisórias de alto padrão conferem beleza e segurança para os ambientes hospitalares

Sofisticação e elegância

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Trazer segurança e toques de decora-ção para o ambien-

te hospitalar através da implantação de divisórias de alto padrão. Essa é a tarefa desenvolvida pela Design On em projetos de arquitetura da saúde por todo o Brasil.

Os revestimentos ado-tados e a instalação de corremãos e bate macas sempre atendem às nor-mas da ANIVSA a fim de proporcionar uma maior proteção das divisórias contra riscos, arranhões e danificações causadas por objetos como camas hos-pitalares, macas e cadeiras.

Os requisitos estéticos também não são descar-tados, caminhando lado a lado com os fatores de segurança. Para isso, mui-tas vezes, são implanta-das divisórias coloridas, reafirmando ainda mais a identidade de cada setor do hospital. vale ressaltar também que tais mate-riais ainda oferecem fácil remanejamento.

Segundo o Diretor Co-mercial da Design On, Oswaldo Ferreira, o iso-lamento acústico ao am-biente também é um fator importante a ser estu-dado, bem como o grau certo de visualização do ambiente. “Muitas vezes, utilizamos divisórias pagi-nadas, com a parte inferior cega em fórmica e a parte

superior em vidro duplo instalado no sistema pele de vidro, com película tipo jateada. Desta forma, a luz passa pela estrutura, mas impossibilita a visualiza-ção do que está aconte-cendo internamente para pessoas que circulam pelo local”, explica.

Para instalação do bate macas, em alguns cases, cria-se uma paginação ex-clusiva com a altura exata, possibilitando a substitui-ção em caso de alteração ou de reparo. “Em alguns hospitais as paginações são reforçadas para que não haja danos ao restan-te da divisória com caso de pancadas.”

O diferencial de material para obras em ambientes médico-hospitalares são produtos certificados pela ABNT, removíveis, permi-tindo remanejamentos dos ambientes, além da varie-dade de acabamentos que personalizam os setores e trazem conforto acústico e visual aos usuários.

Especializada na elabo-ração e construção de di-visórias do tipo piso-teto para escritórios, a Design On tem como principal diferencial o acompanha-mento do projeto junto ao arquiteto, dando suporte técnico total até a con-clusão da obra. A equipe de montagem é própria, o que evita transtornos na entrega ao cliente.

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ACABAMENTOD

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ória

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Linha Evidence

Dentre os diversos pro-

dutos oferecidos pela De-

sign On para o mercado

corporativo, a linha Evi-

dence é específica para

ambientes hospitalares.

Composta por divisórias

de 85 mm de espessu-

ra, com alta performan-

ce acústica e dentro dos

padrões da ABNT. Mais

robusto, o produto – que

pode ser “100% cega”;

“meio cega”; ou total-

mente em vidro - permite

personalizar o ambiente,

transmitindo sofisticação

e elegância.

“Muitas vezes utilizamos divisórias paginadas, com a parte inferior cega em fórmica e a parte superior em vidro duplo instalado no sistema pele de vidro, com película tipo jateada. Desta forma, a luz passa pela estrutura, mas impossibilita a visualização do que está acontecendo internamente para pessoas que circulam pelo local”

Oswaldo Ferreira, Diretor Comercial da Design On

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ACABAMENTOBr

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e te

rmob

rises Além de agregar va-

lor e estilo à arqui-tetura, a utilização

de brises e termobrises traz vantagens econômi-cas para as instituições hospitalares. Isso porque este material proporciona

Implantação de brises e termobrises confere vantagens econômicas e valor estético à edificação hospitalar

Alternativas práticas

a diminuição de incidência solar e, consequentemen-te, a redução do uso de ar condicionado.

O Hospital Souza Aguiar, na cidade do Rio de Janei-ro, decidiu pela adoção da solução com a utilização

de brises em sua fachada, justamente pela proteção solar. A instituição utilizou em sua edificação o brise BSM-C150, em galvalume pintado na cor prata e per-furado, modelo fabricado e fornecido pela Cadri Co-

mércio de Forros Metálicos.Este material é indica-

do para o fechamento de vão, garantindo a privaci-dade e proteção do sol. O brise pode ser aplicado fora ou dentro do vão e suas lâminas podem ser

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Detalhe Técnico doBrise - BSM-C150

lisas ou perfuradas. O brise BSM C-150 tam-

bém pode ser utilizado em revestimento de fachadas, sendo um produto leve e econômico. Para garantir a sua conservação, o ma-terial deve passar por lim-peza periódica. Trata-se de um processo simples que requer apenas detergente neutro diluído em água.

MODELOSSão vários os modelos

de brises disponíveis no mercado. Os BSM-100 / BSM-150 / BSM-335, por exemplo, podem ser fabri-cados em chapa de alumí-nio, aço ou galvalume. São termobrises modelo “asa de avião” com largura de 100, 150 ou 335 mm, pois, em seu miolo, há injeção de poliuretano expandido, dando-lhes a característi-ca, além da barreira solar, proteção térmica.

Já o BSM-A300 é fixado sobre suportes de nylon inseridos em tubos redon-dos de alumínio. Quando perfurado permite total vi-sualização externa devido a sua transparência.

Há também o brise col-meia, BSM-100CL / BSM--150CL / BSM-200CL, composto por grelhas quadriculadas monolíticas formadas por perfis tipo “u” com base de 20mm e altura de 67mm desenvol-vido em peça única, não necessitando de emendas.

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ACABAMENTOBr

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A Cadri Comércio de Forros Metálicos atua no mercado de forros, brises e revestimentos metálicos desde 1999, atendendo aos projetos arquitetônicos de forma participativa por meio de apoio técnico do desen-volvimento do produto.

Há, também, um de-partamento responsável pelo atendimento desde a medição, projeto exe-cutivo e acompanhamen-to das instalações até o aceite da obra.

Luiz Ricardo, Gerente de Projetos da Cadri Comér-cio de Forros Metálicos, salienta que a empresa visa sempre o crescimento sustentável e ressalta que o grande diferencial é “ofe-recer atendimento perso-nalizado seja para grandes ou pequenas obras”.

Atualmente, a empre-sa também fornece ma-teriais e presta serviços nas obras das Clínicas da Família (RJ), da rede São Camilo (SP) e Hospital Ed-mundo vasconcelos (SP).

“...o grande diferencial é oferecer atendimento personalizado seja para grandes ou pequenas obras”

Luiz Ricardo, Gerente de Projetos da Cadri Forros Metálicos

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ACABAMENTOEs

trut

ura

met

álic

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Detalhe importanteEstruturas metálicas podem fazer a diferença em uma construção

O sucesso de uma obra não está somente em seu

projeto, design e sustenta-bilidade. Detalhes de aca-bamento, como a estrutura metálica utilizada, podem fazer toda a diferença no re-sultado final da construção. O Hospital Albert Einstein investiu nesse tipo de deta-lhe quando finalizou sua ex-pansão da unidade central em 2009. A escada utilizada para li-

gar o espaço de um andar a outro tornou-se um dife-rencial dentro da instituição.

Feita em aço inox, a peça foi modulada pela Sunto, empresa especializada em artefatos metálicos, e teve seu desenho modulado de-grau a degrau em um tra-balho artesanal que durou cerca de 30 dias. “A escolha do material foi especial por se tratar de uma instituição de saúde. O aço inox tem um registro comprovado de sucesso nas áreas onde há necessidade de maior nível de higiene e a facilidade da limpeza são críticas, assim como em áreas onde as re-ações e as contaminações

advindas do contato pos-sam estar presentes, além de proporcionar uma dura-bilidade muito longa”, conta Julio Sunto, Sócio Diretor da empresa.Sua instalação é feita por

uma base com fundação em tubos de inox. Primeiro foi instalado o tubo princi-pal, depois os degraus, um a um, e, na sequência, o guarda corpo em aço inox e vidro, dando beleza e pro-porcionando proteção aos usuários. uma vez instalada, a escada exige apenas uma manutenção preventiva vol-

tada à limpeza.As obras de expansão da

unidade Morumbi do Hos-pital Albert Einstein também trabalharam com estrutu-ra metálica diferenciada. O trabalho realizado pela Sun-to englobou a instalação de guarda-corpo, corrimão, es-cadas marinheiro, grades de segurança de fechamento e bate-rodas de estaciona-mento. “Geralmente as ins-talações metálicas são feitas tanto no início quanto no final da obra, porém, nes-te caso, aconteceu no final, para termos um acabamen-

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to mais refinado e que não fosse danificado no decor-rer da obra”, revela.As instalações metálicas

também adotam medidas de sustentabilidade, como a certificação LEED (Lea-dership in Energy and Envi-ronmental Design), sistema internacional de certifica-ção e orientação ambiental para edificações, utilizado em 143 países, o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e opera-ção das edificações, sempre com foco na sustentabili-dade de suas atuações e a reciclagem de todo material não utilizado com certifica-ção ambiental.

SuntoA indústria metalúrgica com 25 anos de mercado trabalha com grandes

realizações em metais, garantindo boas referências em design, atendimen-to, qualidade e prazo. Desde sua fundação, tem se consolidado no mer-cado e criado know-how através da J&K Sunto. “Nosso objetivo é a busca pela excelência na qualidade e por este motivo procuramos constante-mente a perfeição”, diz Julio Sunto, Sócio Diretor da empresa.

Em sua sede própria, com 6.200 m², localizada na rodovia Castelo Bran-co, próximo ao anel viário Mário Covas, em Barueri, dispõe de máquinas e equipamentos para fabricação de estruturas metálicas (pesadas e leves), guarda-corpo, corrimãos, portas, janelas, portões e esquadrias. Além de inserts, postes, móveis em aço inox e artefatos metálicos em geral.

Entre as instituições de saúde para as quais já prestou serviços estão, além do Hospital Albert Einstein, os hospital São Lucas, no Rio de Janeiro, Nove de Julho, Samaritano, Paulistano e Sírio-Libanês na cidade de São Paulo.

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AMPLIAçãO

Espaços integrados e funcionais

Inte

graç

ão

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Complexo Hospitalar Maria e Márcia Braido (SP) utiliza de modernas ferramentas e conceitos sustentáveis em sua obra de ampliação

Todo projeto arqui-tetônico deve consi-derar as necessida-

des do empreendimento e responder, tecnicamente, qual é a forma mais efi-ciente. Os edifícios, princi-palmente os relacionados à saúde, possuem níveis de desempenho diretamente ligados com os sistemas e processos de trabalho. um bom planejamento e um inteligente projeto são de-terminantes para empre-endimentos e serviços de alta qualidade.Características como es-

sas estão presentes nas obras de ampliação do Complexo Hospitalar Ma-ria e Márcia Braido, em São Caetano do Sul (SP). A ampliação do local foi pro-jetada de forma a resolver problemas de funcionali-dade do complexo hospi-talar existente e apresentar

para a população um novo serviço, exclusivo de aten-dimento à mulher. Desde o seu primeiro

esboço, o projeto durou dois anos até que final-mente tivesse início a sua realização. O edifício principal foi concluído em novembro de 2012, desde então, o hospital está em funcionamento. Já a inter-ligação dos edifícios exis-tentes será concluída até janeiro de 2014.Nessa obra, o uso do es-

trutural glazing no átrio central em conjunto com a integração visual dos pavi-mentos permitiu trabalhar a luz natural de manei-ra inovadora e criativa. A utilização do piso vinílico desenhado em cores traz para o interior do hospital a sensação de ambientes personalizados. As facha-das, revestidas com cerâmi-

ca extrudada, e o brise no mesmo material, controlam a incidência de luz natural e a ventilação necessária para os ambientes internos. A textura deste revestimen-to permite a referência ao tijolo, à pedra, à rusticida-de, trazendo a personifica-ção da edificação.“Como em todo proje-

to, o início foi um sonho, pois nós fomos criando e concretizando a cada desenho. O projeto e a construção de um espaço público torna esta realiza-ção mais especial”, revela o arquiteto Gustavo Pinto, da GP Arquitetura.uma das metas da obra,

foi responder às necessida-des funcionais e a muitas outras, criando um espaço integrado tanto interno, quanto externo. “A opor-tunidade de participar da construção de uma obra

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AMPLIAçãOIn

tegr

ação

pública na área da saúde é sempre um grande desafio e uma enorme satisfação quando o resultado final é positivo. Acompanhar todas as etapas, desde a busca dos recursos até a inauguração, presenciar o atendimento à população e verificar os objetivos al-cançados fortificam cada vez mais nosso trabalho”, destaca.As paredes internas da

edificação foram executa-das em drywall e o forro

dos corredores em placas minerais removíveis. Foram projetados shafts verticais para as instalações elétrica, hidráulica e dos gases me-dicinais. A estrutura, por sua vez, foi desenvolvida de for-ma a diminuir a quantidade de vigas e seus dimensio-namentos. Dessa forma, a flexibilidade do edifício para futuras reformas e adequa-ções está assegurada.Quanto à acessibilida-

de do local (pedestres e veículos), a necessidade

apresentada foi a de am-pliação e integração do hospital por meio da cria-ção de um novo núcleo de atendimento personaliza-do à mulher. Para isso, a solução escolhida foi a in-serção de um novo bloco hospitalar para abrigar as funções específicas para este atendimento, conten-do centro obstétrico, uTI neonatal, berçário, ala de internação, recepção ge-ral, ambulatório e áreas de diagnóstico por imagem.

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O projeto está organiza-do na funcionalidade do acesso principal do hos-pital geral e na sua inte-gração com os acessos do novo núcleo de atendi-mento especializado à mu-lher. A partir de um grande átrio central banhado por luz natural é possível ter a ligação entre a ala antiga e a nova, de forma a permitir a organização e o direcio-namento entre os pacien-tes ambulatoriais, os de internação e os cirúrgicos, além dos visitantes e fun-cionários. “Esta ligação en-tre os edifícios existentes foi solucionada por meio de um conector de circu-lação vertical. Neste sen-

tido, pacientes e visitantes podem entrar e serem di-recionados pelos eixos de circulação vertical e hori-zontal, que interligam os níveis do edifício antigo com o do novo”, enfatiza Gustavo Pinto.Outro item referente à

integração entre os edi-fícios e seus fluxos foi a revitalização das fachadas com tratamento estético que conferisse identidade e unidade aos prédios. Tal fator foi proposto, porque hoje todas as edificações, sejam elas hospitalares ou não, devem responder aos portadores de neces-sidades especiais. As áreas hospitalares já possuem

particularidades relaciona-das ao tráfego de usuários, como tamanho de por-tas, corredores, saídas de emergência, etc. “O proje-to arquitetônico é pensado pelo olhar do corpo clínico, do usuário e do paciente. Criar um espaço hospitalar e responder a todos estes usuários com a mesma qualidade é sempre um desafio.”Também é válido desta-

car que o projeto buscou valorizar a transparência, com um espaço partici-pativo onde é possível ter várias atividades. “Espaços de múltiplo uso nos agra-dam, pois permitem sua utilização como um todo

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AMPLIAçãOIn

tegr

ação

nas mais diversas situa-ções.” Gustavo Pinto afirma que o ambiente hospitalar exige respostas funcionais e técnicas, porém o bom projeto arquitetônico per-mite trabalhar com os ma-teriais industrializados e os elementos naturais para destacar o bem-estar nos ambientes projetados. Neste projeto, em suas

variadas etapas de am-pliação foram desen-

volvidos aspectos como amplitude, luminosidade, cor, volume, articulações, entre outros. O intuito foi responder aos principais desafios de integrar um novo centro de atendi-mento à mulher e ampliar o complexo hospitalar existente, organizando seus fluxos e acessos.Entre os desafios para a

execução deste projeto de ampliação está o apri-

moramento tecnológico dos estabelecimentos as-sistenciais de saúde e as reestruturações adminis-trativas, buscando me-lhorar o atendimento aos pacientes. “Devemos, em qualquer projeto, por me-nor que seja a intervenção ou por mais rígidas que sejam suas instalações, proporcionar ao usuário a sensação de que naquele espaço existe arquitetura.”

“O projeto arquitetônico é pensado pelo olhar do corpo clínico, do usuário e do paciente. Criar um espaço hospitalar e responder a todos estes usuários com a mesma qualidade é sempre um desafio.”

Arquiteto Gustavo Pinto, GP Arquitetura

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O LADO VERDE

Edificações inteligentes, flexíveis e que proporcionem bem-estar são qualidades que fazem parte de projetos dos grandes arquitetos. Os conceitos de sustentabilidade tam-bém estão presentes desde os primeiros desenhos e raciocínios. Na obra de ampliação do Complexo Hospitalar Maria e Márcia Braido, a definição dos sistemas construtivos, o estudo de fluxos, aberturas, insolação e de outros elementos arquitetônicos formam a base para o desenvolvimento de ações sustentáveis do local. Reuso de água da chu-va, utilização de aquecimento solar, paredes de gesso acartonado, lâmpadas de LED, sensores de presença e a utilização de vidros e brises para proteção solar foram alguns dos sistemas utilizados para a eficiência energética desta edificação. “O projeto de ampliação sempre foi identificado como um espaço agregador de novos conceitos de uso e ambientação. Nas fachadas, buscamos um sistema construtivo que respondesse à unidade plástica entre os edifícios. Assim, trabalhamos os conceitos de sustentabilida-de, construindo uma edificação saudável”, afirma o arquiteto Gustavo Pinto.Com o sistema de fachada ventilada, o revestimento proposto pode ser utilizado sem a necessidade de remover o antigo, além de proporcionar melhor desempenho para o conforto térmico e acústico, resultando em economia de energia e facilidade de ma-nutenção. Este sistema permite a ventilação natural e possibilita, também, a dispersão do vapor presente no interior das paredes, eliminando a umidade dos edifícios novos ou recuperados. Por outro lado, o vapor de água que se forma no interior do edifício pode sair parcialmente pela parede, sem nenhum impedimento, contribuindo para a conservação da estrutura. A cerâmica extrudada utilizada como revestimento possui baixo coeficiente de absorção de água e permite uma remoção natural de boa parte da fuligem pela ação da própria chuva.

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Uma obra inovadora

AMPLIAçãOM

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Expansão do Sírio-Libanês utiliza medidas ecológicas e centraliza serviços como ar condicionado e elétrica para garantir mais segurança

Desde 2006, o Hospi-tal Sírio-Libanês, em São Paulo (SP), con-

ta com um projeto para ex-pandir sua capacidade de atendimento. Atualmente, para duplicar a capacidade, três novas torres (blocos E, F e G) estão sendo cons-truídas. O plano diretor e o detalhamento é da L+M GETS, empresa brasileira que reúne competências de planejamento, orçamento, execução e manutenção de ambientes de saúde.

Tais obras começaram pela torre maior, que será edifica-da sobre garagens e o Insti-tuto de Ensino e Pesquisa da instituição já em operação. A construção está sendo re-alizada com o hospital em normal funcionamento, se-guindo diretrizes préestabe-lecidas de responsabilidade ambiental e social.

Os blocos E e F foram idealizados para abrigar basicamente áreas de in-ternação e a nova recepção (embarque/desembarque).

Já o bloco G surge com o objetivo de dar suporte a todo o complexo. Em suma, o hospital busca dobrar as instalações, desde a interna-ção, uTI e centro cirúrgico.

De acordo com o Supe-rintendente Corporativo do Sírio-Libanês, Gonzalo ve-cina Neto, a instituição pos-sui, atualmente, cerca de 80 mil m² já construídos e com a expansão o tamanho será duplicado. “O local possui três edificações, uma cuja obra é da década de 40 e

“Mesmo o terreno sendo ocupado quase na sua totalidade foram criados vários espaços de contemplação como praças, espelhos d´água, cafés e res-taurante, visando momentos de descontração e bem-estar aos usuários”

Ana Paula Dinardi Auad, Coordenadora de Contratos da L+M GETS

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“A intenção da atual ampliação é compatibilizar espaços e tecnologias com os valores perenes do Sírio-Libanês e com a visão que o hospital tem do segmento da saúde”, informa o autor do projeto.

Arquiteto Lauro Miquelin, do escritório L+M GETS

as outras dos anos 60 e 80. O prédio da nova expansão será relativamente integra-do aos edifícios já existen-tes”, explica.

A concepção deste pro-jeto, a partir de uma estru-tura já existente, delimitou o estudo em relação ao contorno e peso. Portanto, foi tirado partido do uso de empenas, grelhas e, prin-cipalmente, do vidro para criar uma maior leveza. Nas novas fachadas, optou-se pela estrutura metálica de-vido à necessidade de um ganho maior de pavimen-tos. A escolha das cores azul e branco foi intencio-nal, para criar identidade

com os tons da logomarca da instituição.

Este projeto é o resultado de um programa de neces-sidades que adota o poten-cial máximo construtivo da região com um embasa-mento préexistente. Dessa forma, a verticalização foi a solução adotada pela falta de área no local.

Ana Paula Dinardi Auad, Coordenadora de Contra-tos da L+M GETS, conta que mesmo o terreno sen-do ocupado quase na sua totalidade foram criados vários espaços de con-templação como praças, espelhos d´água, cafés e restaurante, visando mo-

mentos de descontração e bem-estar aos usuários.

Também foi criada uma área destinada ao apoio e acolhimento dos acompa-nhantes que necessitarem passar períodos longos na instituição. “Esse local será composto por ambientes como cyber café, sala de repouso e vestiários indi-viduais com área exclusiva para guarda de pertences”, destaca a coordenadora.

vecina Neto ainda con-ta que a instituição está aproveitando o ensejo para centralizar tudo que diz respeito aos facilities, como ar condicionado, gases em geral, central de elétrica,

entre outros. Essa centra-lização é uma garantia de maior segurança da edifi-cação. “Temos que evitar todas as possibilidades de falta de energia elétrica”, completa, ao dizer que o hospital possui além da energia fornecida pela con-cessionária, um no break e uma usina própria para atender as alas de trata-mentos mais intensos.

INOVAÇÕESEm relação às instalações

está sendo aplicado o que existe de última geração, podendo ser inteiramente controlado e monitora-do via CME automatizada.

AMPLIAçãOM

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Ainda, o local terá um cen-tro cirúrgico com salas ro-botizadas e recolhimento de roupa suja/lixo através de sistema de coleta pneu-mática. “A intenção da atu-al ampliação é compatibi-lizar espaços e tecnologias com os valores perenes do Sírio-Libanês e com a visão que o hospital tem do seg-mento da saúde”, informa o autor do projeto, o ar-quiteto Lauro Miquelin, do escritório L+M GETS.

Para vecina Neto, esta é uma obra muito moderna e complexa, feita para al-bergar tecnologia. “Para incorporar tais invenções que surgirão, temos todos os sistemas necessários. A proposta é tornar mais acessível e rápido o aten-dimento aos nossos clien-tes”, conclui.

FLEXIBILIDADEuma das premissas que

nortearam o projeto são as constantes mudanças internas que refletem na composição das fachadas. Com isso, os arquitetos da obra juntamente com o consultor Paulo Duarte, avaliaram a flexibilidade de layout e buscaram soluções que atendessem da melhor forma às alterações, sem interferir no andamento e rotina da instituição.

A solução encontrada foi a de módulos de fachadas intercambiáveis que permi-te alterar o visual pelo lado externo com diferentes tipos de vidro. O sistema consiste na composição de dois quadros de alumínio instalados no vão-luz. Exis-tem 17 módulos diferentes especificados neste proje-

PRESENÇA SUSTENTÁVELA preocupação com a sustentabilidade está presente na obra. Por isso, o empreendimento

tem a avaliação da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pela organização não governamental norte-americana u.S. Green Building Council (GBC). O projeto contará com:- vidros de alta performance- ETA, estação de tratamento de água pluvial, dreno da água condensada do AC e água cinza para reuso nas torres de resfriamento, irrigação e bacias- Elevadores com regenerador de energia- Ecotelhados- Água quente com auxílio de sistema solar- Tratamento do ar externo em condicionadores de ar exclusivo- Todo o projeto atende uma eficiência energética dentro dos requisitos do LEED- Especificação de materiais certificados

to, entre eles: vidros lami-nados de diversas espes-suras (conforme estudo de túnel de vento), laminados com shadow box, vidros in-sulados, insulados com mi-cropersiana e blackout.

DESAFIOSAlém das complexidades

do projeto em si, um dos desafios é realizá-lo com o menor impacto possível para a rotina da instituição e da cidade. “Respeitamos os recursos do planeta, protegendo a incidência solar nas fachadas de maior exposição. Mantivemos portanto, iluminação natu-ral para uma porcentagem significativa dos usos do edifício”, detalha Miquelin.

Para as edificações exis-tentes que apresentam tipologias de difícil inter-

ligação, foram criados di-versos pontos de conexões mediante construção de passarelas e túneis, inter-ligando os quatro blocos existentes com os três no-vos. Para comportar a du-plicação do complexo e garantir que o mesmo fun-cione de uma forma única e fluida, foram criados novos acessos e sua operação re-vista. Para isso, estão des-tinadas novas áreas para atender a todo o complexo como usina, subestação, CAG, Docas e CME.

“É uma honra para a L+M GETS participar das obras de expansão do Sírio-Liba-nês. Pois o hospital, além de ser um dos mais impor-tantes da América Latina, tem valores e pessoas com as quais é um prazer traba-lhar”, relata Miquelin.

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DESIGND

ecor

ação

Otimização de espaçoProjeto de hospital no interior de São Paulo busca melhores condições a funcionários e pacientes

“Fizemos de um modo que as ações sempre estarão con-dicionadas à estrutura existente, ficando flexível a remo-ção das vedações. A experiência profissional da Equipe da ARCH e outros projetos hospitalares novos e de cons-trução e reforma, bem como dos profissionais e dos di-ferentes departamentos do Hospital Madre Teodora de Campinas colaborou na elaboração do projeto”

Welton Nahas Curi, Arquiteto Diretor Empresa ARCH Arquitetura

Depois de muita pesquisa nasceu o projeto do Hospi-

tal Saint vivant, em Su-maré (SP). Inicialmente feito diante de uma lista de parâmetros, que fo-ram sendo modificados e aprimorados através das reuniões com cada depar-tamento da instituição e sofrendo ajustes ao lon-go do processo, o projeto propôs otimizar a cir-culação de pacientes e funcionários com a operacionalidade e a complexidade do fluxo de pacientes, médicos, familiares, funcionários e tercei-rizados. Tudo isso se-guindo as normas que buscam atender todas as legislações e as di-retrizes do projeto, bem como a acessibilidade e a ambiência foram caracte-rizadas em todo o plano.

Em uma topografia ade-quada para se manter todo o hospital no nível mais plano possível e com terreno que favoreceu a construção com pouco arrimo e contenção, a ex-pansibilidade e a flexibi-lidade da planta também

foram trabalhadas. As-sim, futuras modificações provindas de evoluções tecnológicas poderão ser realizadas sem maiores problemas. “Fizemos de um modo que as ações sempre estarão condicio-nadas à estrutura exis-tente, ficando flexível a remoção das vedações. A experiência profissional da Equipe da ARCH e ou-

tros projetos hospitalares novos e de construção e reforma, bem como dos profissionais e dos dife-rentes departamentos do Hospital Madre Teodora de Campinas colaborou na elaboração do projeto”, conta Welton Nahas Curi, Arquiteto Diretor Empresa ARCH arquitetura Consul-toria e Construções ltda, responsável pelo projeto

do Hospital Saint vivant.O conforto visual e acús-

tico, não só do usuário, mas também dos funcio-nários, foram os pontos de maior preocupação. A ambiência da instituição tratou destas questões desde o dimensionamento e forma da rampa até a de-finição de cores. Saguões arejados com pé direito duplo e muita luz natural

compõe a fachada e dão características contempo-râneas ao prédio. E a hu-manização foi trabalhada através da ergonomia do mobiliário, cores, cheiros, áreas e saguões ventila-dos e arejados, espaços de quietude e capela.

A iluminação também foi um ponto bastante trabalhado, os ambientes são iluminados e ventila-

dos, em sua maioria, na-turalmente, com abertu-ras zenitais e, em alguns casos, dependendo do layout, com ventilação mecânica para garantir a salubridade e qualidade ambiental. “O diferencial deste projeto pode ser visto na lanchonete como espaço de descontração e gentileza, um ritual ao café, nas recepções, na

capela ecumênica e no heliponto. Nos-so maior desafio foi produzir um hospi-tal de qualidade nos modelos dos maio-res hospitais de São Paulo e ser inova-dor”, conta Curi.

As soluções sus-tentáveis também estão presentes no

projeto. O local buscou o abastecimento de água por fonte própria através de um poço artesiano, não ficando sujeito as oscila-ções do município. As ja-nelas e as grandes abertu-ras minimizam o consumo de energia e todo o fluxo de entrada e saída de ma-teriais é controlado e pro-tegido e, quando possível, reutilizado.

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GERENCIAMENTOCo

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Fonte de SucessoServiço de consultoria permite soluções para manter o prazo na execução das obras de construção da unidade Contorno do Hospital Mater Dei em Belo Horizonte (MG)

O g e r e n c i a m e n to de qualquer obra é um processo

permanente. A partir de um planejamento inicial o acompanhamento e o controle são realizados em tempo real. Na construção da unidade Contorno do Hospital Mater Dei em Belo Horizonte (MG), a consulto-ria de gestão de obra tem sido um fator fundamental para o sucesso de cada eta-pa do projeto.O grande desafio deste

empreendimento é a garan-tia do prazo de conclusão da obra. Esta restrição aliada à escala e complexidade das obras, coloca a atividade de gerenciamento de obras no foco central para o sucesso do empreendimento. Neste sentido, a principal tarefa da consultoria é a integração e coordenação das ações de cada um dos participantes no processo, monitorando as interfaces, facilitando as comunicações e projetan-do os cenários futuros do empreendimento, conse-guindo assim, evitar crises e antecipar ações, além de aplicar soluções capazes de contornar as dificuldades encontradas e garantir o

prazo de conclusão da obra.A empresa responsável

pelo gerenciamento das obras desta nova unidade iniciou o trabalho ainda na primeira etapa, com a co-ordenação e contratação dos diferentes serviços. Além disso, promoveu a equalização e análise das propostas para tomada de decisão. Todo este tra-balho foi norteado pelo planejamento inicial e a introdução dos serviços de acompanhamento.De acordo com Fátima

Santana, Diretora Execu-tiva da FS Consultores, a empresa mantém uma equipe própria no canteiro de obras, que está encar-regada de acompanhar a evolução física das diver-sas atividades e realizar a atualização permanente do planejamento. “A partir destas informações são to-madas decisões corretivas e medidas para garantir a integração dos diversos fornecedores”, completa.Para Fátima, sem dúvidas,

o prazo estabelecido para uma obra de aproxima-damente 70.000 m² com a complexidade de uma instalação hospitalar foi o

grande desafio deste proje-to. “A nossa tarefa é garantir a qualidade dos trabalhos, no prazo estabelecido.”

PARCERIA O primeiro contato da FS

Consultores com o Hospital Mater Dei foi estabelecido por indicação de clientes. Depois de conhecer melhor as particularidades do em-preendimento e as deman-das do cliente, foi apresen-tado um plano de trabalho personalizado para realizar as atividades de planeja-mento e gestão da obra. Este plano base também incorporou o apoio à ges-tão do investimento, con-troles e rotinas relativos ao financiamento através de instituições fomentadoras e o acompanhamento físi-co das obras.“Este trabalho tem sido

uma experiência enrique-cedora em todos os aspec-tos. Tecnicamente estamos acompanhando a execu-ção de uma obra inova-dora no mercado de Belo Horizonte (MG), é uma obra seca, em steel frame e estrutura metálica com proteção passiva, com projeção de argamassa. De

outro lado, tem sido um privilégio participar, junto com a equipe própria do hospital, neste trabalho de gerenciamento da obra. De forma particular é ad-mirável a capacidade e a visão do Henrique Moraes Salvador Silva, Presidente da Instituição, como líder e administrador do empre-endimento”, relata Fátima.

ARQUITETURA O projeto da unidade

Contorno segue uma ten-dência de construção con-temporânea, intensificada com questões do século xxI, sendo uma integração entre a ciência e a criação, o holístico e o sistêmico, a ra-zão e a sensibilidade. Com uma visão pluridimensio-nal, utiliza tecnologia limpa, sendo o primeiro edifício de hospital no Brasil neste porte com estrutura metá-lica. “A sustentabilidade é um dos valores do projeto, que foi realizado no local de um bosque, mas a cons-trução não interferiu em sua vegetação de porte e original”, afirma Siegbert-zanettini, arquiteto, coor-denador geral e responsá-vel técnico pelo projeto.

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INVESTIMENTO

O Mater Dei Contorno será um hospital geral com alto investi-mento em tecnologia, processos e qualidade. Henrique Moraes Salvador Silva, Presidente da instituição, diz que a diretoria está na fase de montar as equipes clínicas para atendimento no pron-to-socorro. O presidente conta que o Mater Dei está adquirindo camas, mesas cirúrgicas, mobiliário, equipamentos de imagem, instrumental para Centro Cirúrgico e CTI. “Estamos nos preparan-do para oferecer ao paciente e sua família uma solução que con-temple a qualidade assistencial, mas que também permita maior conforto.”De acordo com José Salvador Silva, Presidente do Con-selho de Administração do hospital, a primeira parte da obra será entregue no primeiro semestre de 2014.

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sSuSTENTABILIDADE

Além de benefícios ambientais, medidas sustentáveis reduzem significativamente os gastos financeiros de operação e manutenção da instituição hospitalar

Soluções eficientes

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Não apenas pro-mover a saúde de seus usuários, mas

também preservar o bem--estar de todos os que ha-bitam o entorno da edifi-cação hospitalar e, assim, de todo o meio ambiente. É esse pensamento holís-tico a base do projeto ar-quitetônico do Centro In-tegrado de Medicina (CIM) do Paraná Clínicas - Planos de Saúde.Trata-se de um empre-

endimento de 18.200 m², caracterizado pela im-plantação de dois blocos. O primeiro sendo o cen-tro médico efetivo com as unidades ambulatoriais de diversas especialidades to-talizando 67 consultórios, centro diagnóstico comple-to e hospital dia com quatro salas cirúrgicas e dez leitos. Possui área de 9.500 m², dis-tribuídos em nove pavimen-tos com laje de 945 m².Já o outro bloco abriga a

área administrativa e um de centro de estudos, de 3.000 m², distribuídos em seis pavimentos com laje de 450 m². Os dois blocos são interligados por uma praça de convívio, sobre um embasamento de dois pavi-mentos e um subsolo, onde estão as áreas de acesso, áreas técnicas e garagens.Segundo a arquiteta co-

-autora do projeto, Sandra Pinho Pinheiro, que atual-mente realiza consultoria em saúde e construções susten-

táveis, a inclusão de novos métodos de gestão e a in-serção de novas tecnologias propiciaram uma “discussão enriquecida de qualidade que alimentou o conceito arquitetônico e ambiental do empreendimento”.

SUSTENTABILIDADE Sabe-se que nenhuma

edificação ganha vida se não houver sustentabili-dade em sua infraestru-tura. Contudo, ainda é necessário desmistificar o ônus projetado de se im-plementar tais soluções verdes. “Independente de certificação, o investimen-to em projetos, sistemas e equipamentos eficientes trazem benefícios econô-micos imediatos através da redução dos gastos com energia e água, por exem-plo”, afirma Sandra.Quanto à iluminação, por

exemplo, foi adotada luz natural em todos os am-bientes possíveis. “Sob o ponto de vista técnico, houve um grande cuidado com a controlabilidade da luz e reversibilidade de uso em salas do centro cirúrgi-co ambulatorial e de exa-mes, como ecografia”.Já no projeto de ar condi-

cionado, implantou-se um sistema composto por chil-ler instalado na cobertura e dois fan coils instalados por andar que, por aten-derem unidades de serviço independentes e fachadas

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sSuSTENTABILIDADEdistintas, são comandados via building management system, acionados confor-me demanda. A estratégia adotada foi crucial para atingir os resultados de economia de energia, sem comprometer as exigên-cias normativas e o confor-to do usuário. O projeto do CIM também

aproveitou toda a água plu-vial dos telhados e do terra-ço existente para lavagem das garagens, pisos exter-nos e irrigação. A especifi-cação de 100% dos metais e louças eficientes com sen-sores elétricos nos locais de utilização clínica também foram medidas adotadas. No que tange à energia,

a combinação de projeto luminotécnico de alta per-formance, distribuição de circuitos e sensores de pre-sença em todos os locais com circulação temporária tais como escadas e banhei-ros colaboram ainda mais para a economia e sustenta-bilidade. “Nas garagens, por exemplo, foram projetados sistemas diferenciados para acendimento de acordo com a demanda, que, so-madas à oferta de ilumina-ção natural, derrubaram de forma impactante o consu-mo de energia”.

NA PONTA DO LÁPIS Conforme avalia Sandra,

os investimentos em me-didas de eficiência foram

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orientados por semelhança de uso e analogia de so-luções adotadas em outro empreendimento, tam-bém de sua co-autoria, em processo de certificação pelo sistema LEED em an-damento na mesma épo-ca. “Sabíamos que haveria economia, mas não quan-to, nem quando teríamos seu pay-back. A constata-ção veio através de fatura e equalização de resultados.” A arquiteta ressalta ainda

que, atualmente, é possí-vel realizar estudos técni-cos através de softwares de simulação energética e viabilidade técnico/finan-ceira das medidas a serem projetadas. “Os resultados, devidamente avaliados, vão direcionar de forma competente e sinérgica os

investimentos. Exemplo disso é o projeto de uma envoltória bem equaciona-da, aberturas e tipos de vi-dro, que reduzirão o tama-nho do equipamento de ar condicionado necessário. É o que realizamos hoje na Petinelli para nossos clien-tes, prestando consultoria para obter o melhor resul-tado e eficiência pelo me-nor custo. A certificação é simplesmente a validação nacional e internacional dos esforços realizados.”Os benefícios das medidas

de sustentabilidade aplica-das ao CIM estão no mon-tante final. Constatou-se uma redução no consumo de água potável de 68% em comparação com as antigas instalações, proporcionan-do uma economia projeta-

da anual de R$ 104.000. Da mesma forma, constatou-se uma redução de consumo de energia em fatura em 52%, resultando em econo-mia anual de R$ 359.000.Comparando os valores,

na desativada unidade Sete de Setembro, tal instalação possuía sistemas pouco efi-cientes, tanto de sistemas sanitários, quanto elétricos e de ar condicionado. Já a nova unidade foi projetada para adotar as novas tecno-logias disponíveis em todos os âmbitos. Os resultados mostram, de forma contun-dente, que o investimento de um projeto integrado entre proprietário, gestores e projetistas produz bene-fícios notáveis, econômicos e de bem-estar para seus usuários.

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sSuSTENTABILIDADECONFIRA OS VALORES ABAIXO:

CONCLUSÃO - REDUÇÃO DO CONSUMO ENERGéTICOEnergia Área/ m2 Média

Mensal KWh/m2

KWh/m2 Redução de Consumo (KWh/m2)

Economia Projetada Anual R$

unidade sete de Setembro 4.600 3.467 0,75

52% 359 milunidade Geturlio vargas 18.200 6.516 0,36

RESUMO - REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA POTÁVELÁgua Potável Área Média

Mensal m3Consumo

Mensal/m2Redução de Consumo %

Economia Projetada Anual R$

unidade 7 de Setembro 4.600 514,50 0,11

68% 104 milunidade Geturlio vargas 18.200 644,40 0,035

Memorial de Cálculo:0,75 - 0,36 = 0,39 KWh/m2 0,39 / 0,75 x 100= 52%

Memorial de Cálculo:0,11 - 0,35 = 0,075 KWh/m2 0,075 / 0,11 x 100= 68%

ANÁLISE A redução de consumo torna-se ainda mais contundente se forem levados em conta o aumento exponencial do

número de equipamentos eletrônicos, além da instalação de um centro cirúrgico ambulatorial. Todas as estratégias implementadas contribuíram para esse resultado, inclusive a negociação de demanda e tarifa com a fornecedora de energia.

ANÁLISE A redução impactante de consumo de água potável deve-se, principalmente, ao aproveitamento de água pluvial

e as especificações de torneiras e vasos de baixa vazão e temporizadores que não eram contemplados na Unidade da sete de setembro.

* Fonte: Banco de Dados - Paraná Clínicas - faturas da COPEL - Companhia Paranaense de Energia e Faturas da SANEPAR - Companhia de Saneamento do Paraná

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SuSTENTABILIDADE

Ideia premiada

Medida sustentável como ventilação natural é uma das características do prédio do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco (SP)

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Diversos fatores contribuíram para que a obra do

Hospital e Maternidade São Luiz – unidade Aná-lia Franco, em São Paulo (SP), fosse premiada no “5º Grande Prêmio de Arquitetura” - Categoria: Projeto / Segmento: Saú-de. A edificação é dife-renciada por ter grande incidência de luminosi-dade, ventilação natural, circulação horizontal/vertical de altíssimo pa-drão de qualidade.

Outro destaque é a gran-de fluência dos espaços internos e principalmente por este prédio ter sido idealizado como hospi-tal, ao contrário de outros centros médicos que, sem estrutura necessária, aca-bam tendo adaptações ao longo do tempo. Toda relação quanto

ao número de quartos, tamanho do centro ci-rúrgico, postos de en-fermagem, dimensão do pronto atendimento, es-trutura da recepção e as

vagas de estacionamen-to que o prédio possui contemplam atributos necessários para o fun-cionamento de uma em-presa hospitalar. A acessibilidade do lo-

cal segue os principais requisitos exigidos pelos órgãos fiscalizadores. O terreno onde foi constru-ído o empreendimento preenche uma quadra in-teira, tendo quatro fren-tes, permitindo acessos distribuídos de maneira a otimizar o uso do prédio.

NÚMEROS DA OBRA1.500 é a quantidade de empregos diretos gerados no início da construção da unidade Anália Franco.

1.000 é o número médio de atendimentos realizados pela instituição hospitalar.

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SuSTENTABILIDADEA unidade conta com

43.000 m² e durante a construção foram utili-zadas as mais avançadas técnicas. Thaumaturgo Araujo, vice-Presidente Corporativo da Porte Construtora, afirma que a edificação foi concebida e desenvolvida em parceria com um escritório de ar-quitetura, fornecedores e o hospital. “Essa integra-ção facilita a escolha dos melhores caminhos para execução”, acrescenta.O vice-Presidente diz

que, em obras deste ní-vel, a empresa de enge-

nharia contrata consul-tores da área hospitalar, que oferecem auxílio no desenvolvimento de pes-quisas para identificar o tamanho da unidade, o perfil do usuário e até mesmo das empresas participantes do projeto.“Fizemos toda a gestão

de recursos desta obra. O objetivo da parceria com o São Luiz é trazer mais saú-de, emprego e consequen-temente retenção de valo-res econômicos e urbanos para a região”, ressalta. Araujo enfatiza que

houve um desenvolvi-

mento no entorno e ad-jacências da instituição hospitalar. Conforme ex-plicado, a ideia é capaci-tar a região para que os moradores possam tra-balhar nesta localidade. PONTO FUNDAMENTAL A flexibilidade também

marca presença neste projeto, não necessaria-mente alterando paredes de lugar, e nesse sentido, tanto o Hospital São Luiz (solicitante) quanto a em-presa de arquitetura con-seguiram fazer com que este prédio tivesse uma

“Fizemos toda a gestão de recursos desta obra. O objetivo da parceria com o São Luiz é trazer mais saúde, emprego e consequentemente retenção de valores econômicos e urbanos para a região”

Thaumaturgo Araujo, vice-Presidente Corporativo da Porte Construtora

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circulação vertical e hori-zontal irrepreensíveis.O projeto foi concebi-

do inicialmente para ser 50% maternidade, 50% hospital e a demanda da região foi maior para o hospital geral, podendo ser ampliado sem alte-ração física, reduzindo um pouco o percentual do tamanho da materni-dade. “Caso futuramente isso tenha que ser rever-tido será possível”, sa-lienta Araujo.Há também no local

uma grande laje técnica, que é um diferencial, na qual é possível promover a manutenção do centro cirúrgico e da uTI por ela, sem ter que invadir os corredores. Na avaliação de Arau-

jo, o maior desafio para a execução dessa obra foi lidar com a proposta do projeto arquitetônico que absorvia grandes estrutu-ras, grandes vigas, escora-mento, enormes vãos, etc. “Com esta obra demos-

tramos à direção do hos-pital que nossa expertise de negócio nos possibili-tou custos muito mais bai-xos por m². Foi uma expe-riência engrandecedora, pois desenvolvemos co-nhecimento na área de lo-gística hospitalar. Somos muito gratos ao São Luiz por terem acreditado nes-ta grande parceria.”

FICHA TéCNICAHospital e Maternidade São Luiz Local: Rua Francisco Marengo, nº 1312 - Bairro: Tatuapé - São Paulo (SP)Data do Projeto: Jul/2003 à Dez/2003Obra: Jul/2003 à 2007Área Terreno: 7.950,00 m² Área Total Construída: 43.816,55 m²N° Pavimentos: 7 N° Subsolos: 3 N° Leitos: 234 (int.=192/UTI (adulto+inf.=62) N° Vagas: 380 N° Salas de Cirurgia: 18 N° Salas de Parto: 11

Equipe TécnicaArquiteto responsável: Siegbert zanettiniArquiteta coordenadora: Barbara Kelch MonteiroArquiteta: vanessa de O. Soares LudescherProjetista: Elson Matos CerqueiraEstagiários: Camila de Souza N. Silva / Eduardo Dornelas / Alessandra Salado

Projetos ComplementaresFundações: Portella AlarconEstrutura de concreto: CEC – Companhia de Engenharia CivilInstalações: MHA EngenhariaEstrutura metálica: Edatec / Carlos Freire Escritório técnicoAcústica: Alexandre SresnewskyPaisagismo: Marta GaviãoEsquadrias: arqMateConstrutora : Porte Construtora Ltda

Fornecedores Impermeabilização : viapol – TorodinRevestimento Externo : Fulget RevestimentosDivisórias: Abatex Engenharia em DivisóriasGesso Acartonado : Placo do BrasilRevestimentos Cerâmicos : PortobelloPiso Vinílico : Forbo Linoleum LtdaPiso Elevado : Tate do BrasilPiso Auto Nivelante : Lisonda -Pisos Esportivos FlexíveisGranitos : ImarfCarpetes : Santa Mônica Carpetes e Tapetes LtdaBate Macas / Cantoneiras : Inpro CorporationPinturas : Tintas Suvinil Bancadas : Corian - Dupont do BrasilEsquadrias: Belmetal Produtos e Soluções em AlumínioFerragens : Dorma Sistemas de Segurança para Portas LtdaLouças : Deca Elevadores : Atlas Schindler

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Bom

clim

aSuSTENTABILIDADE

Refrigeração hospitalarHospital unimed Recife III possui sistema de ar-condicionado quegera economia e melhora a qualidade do ar

uma Clínica Médica, Ci-rúrgia Geral, Cardiologia, Ortopedia/Traumatologia, Neurologia e Queimados. O Centro de Oncologia abriga dois consultórios, dois apartamentos privati-vos e dez boxes individuais de infusão medicamento-sa, com Tv e DvD.

Porém, o grande diferen-cial deste hospital está em sua preocupação com a

Inaugurado em outu-bro de 2011, o Hospital unimed Recife III traba-

lha hoje com 100% da sua capacidade. A estrutura de 204 leitos, 10 salas de cirurgia e 258 vagas para estacionamento estão dis-tribuídos em 22 mil m². As acomodações da institui-ção comportam 108 leitos de enfermaria (dois por acomodação), 45 aparta-

mentos privativos, 11 apar-tamentos de luxo e 40 lei-tos de uTI, sendo 20 deles para uTI Geral, dez corona-riana e outras dez neuroló-gica. Além disso, o hospital possui um Centro Cirúrgico completo, com oito salas, uma exclusiva para neuro-cirurgia e outra para cirur-gia cardíaca. Duas salas de cirurgia ambulatorial e 11 leitos de recuperação pós

anestésica também foram construídos.

A instituição contempla ainda um centro Diagnós-tico com Colonoscopia, Endoscopia, Ecoendos-copia, Brancoscopia, La-ringoscopia, ultrassono-grafia, Ultrassonografia com Droppler, Tomografia Computadorizada, Raio-x Digital e análises clínicas em geral. Além disso, há

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sustentabilidade. A institui-ção possui um sistema de ar-condicionado que traba-lha sem consumir energia a partir das 17 horas, utilizan-do a água gelada acumula-da durante o dia. “Isso está gerando uma economia de 7%. A instituição faz tam-bém uma coleta seletiva de todo o material orgâni-co e inorgânico. O hospital foi construído seguindo as premissas que levam a uma edificação sustentável”.

O sistema de refrigera-ção do Hospital unimed Recife III, além de trabalhar com o resfriamento do ar por meio de água gelada, utiliza também o refrige-

rante ecológico 134A com compressores de alto ren-dimento tipo parafuso dis-pondo de monitoramento, controle e automação mi-croprocessados com sen-sores inteligentes interliga-dos aos mesmos, tendo um sistema de expansão do re-frigerante com válvula ele-trônica, inclusive calendário para automação indicando os sábados e domingos de modo a permitir a prede-terminação de horários de partidas e paradas.

Além da preocupação sócio-ambiental, que con-sequentemente gera eco-nomia, o sistema de refri-geração também mantém

cuidados na instalação que garantem sua qualida-de e bom funcionamento, como o controle afinado de temperatura, umidade, velocidade do ar e pureza do ambiente. Além disso, é importante que aten-da também aos requisi-tos especificados na nor-ma brasileira ABNT NBR 7256:2005 o tratamento de ar em estabelecimen-tos assistenciais de saúde (EAS) – Requisitos para projeto e execução das instalações.

“A importância maior é garantir a qualidade do ar adequada e, em particular, reduzir os riscos biológicos

e químicos transmissíveis pelo ar em níveis compa-tíveis com as atividades desenvolvidas em diversas áreas do hospital”, explica Breno vila Nova Ferreira, Diretor Operacional da Ar-clima Engenharia, empresa responsável pela instala-ção do sistema de refrige-ração do Hoispital unimed Recife III.

Outra inovação implan-tada na instituição para contribuir com a quali-dade do clima foi a ins-talação de lâmpadas ul-tra violeta nas unidades de tratamento de ar. Elas contribuem com a esteri-lização do ar do ambiente.

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Alimentação estruturadaCozinha industrial do Hospital Santa Joana garante o bom atendimento e a qualidade da alimentação de usuários e colaboradores172

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Sendo a alimentação um importante aliado para manter a saúde em

ordem, nada mais natural que a cozinha dos ambien-tes hospitalares seja foco de preocupação e cuidado dos gestores. Por procurar atender sempre da melhor maneira pacientes e colabo-radores, o Hospital Santa Jo-ana, na cidade de São Paulo, investe neste setor há bas-tante tempo.Em 1994, o projeto de obra

para implementar uma co-zinha industrial no chama-do Serviço de Nutrição e Dietética (SDN) do hospital foi elaborado pela Nucle-ora -empresa de arquite-tura que já atuou também junto ao Hospital Celso

Pierro, Centro Médico de Campinas, Hospital Geral em São Luiz, entre outros - obedecendo os padrões de qualidade que atendiam o objetivo da instituição e as especificações da ANVISA, que atua no âmbito federal, e também a CVS6, que é es-tadual, isto do ponto de vis-ta de segurança alimentar. “Neste caso foi considerada ainda a NR24, do Ministério do Trabalho, que se foca nas condições de trabalho dos colaboradores. O projeto foi preparado com as tecno-logias disponíveis no Brasil para aquela época, mas, ain-da assim, de modo que pu-desse receber as inovação futuras”, conta Dimas Rodri-gues, Diretor da empresa.

Depois de quatro anos o SND, preocupado com no-vos processos e padrões que queriam atingir e com um foco muito grande no pa-ciente, solicitou nova adap-tação desta cozinha, sepa-rando a área que atendia aos pacientes daquela voltada aos colaboradores.“Assim, a cozinha original inseriu no-vas tecnologias para melhor atender seus pacientes e, além disso, deixou os nutri-cionistas com foco somente na alimentação dos usuá-rios”, relata Rodrigues.Além da abertura para no-

vas tecnologias, o projeto da cozinha industrial do Hos-pital Santa Joana também trabalhou com as preocupa-ções ambientais, tendo foco

na sustentabilidade. Medi-das como a separação dos resíduos, a escolha de tornei-ras eficientes com aeradores que economizam água e o uso de equipamentos com maior eficiência energética foram aplicadas.“Todo o projeto levou em

consideração a ergonomia das atividades especificas da cozinha e levou-se em consideração o dimensio-namento do território para cada tipo de uso. Isso pro-porciona tanto a segurança e o conforto do colaborador, como também aumenta a segurança alimentar evitan-do cruzamentos indesejá-veis, que poderiam provocar alguma contaminação”, sa-lienta o diretor da Nucleora.

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Melhor performanceHospital Mater Dei Contorno traz tecnologia limpa em seu projeto arquitetônico, sendo o primeiro edifício hospitalar neste porte com estrutura metálica

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Diante dos gran-des investimen-tos no segmento

da construção civil e, ao mesmo tempo, uma in-fraestrutura em recur-sos materiais e humanos aquém da demanda, o consórcio Italux, forma-

do pela Luxalum, Itefal e Algrad, atua no Hospital Mater Dei (MG) a fim de somar esforços e capa-cidade de produção, e cumprir com metas e su-perar as expectativas. “Além do grande por-

te e da variedade de

detalhes nas fachadas, optamos por nos aliar à Schüco, que traz sistemas de janelas, portas, facha-das e soluções solares, visando realizar uma fa-chada e caixilhos de alta performance, garantindo conforto técnico para o

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ESTRuTuRASo

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“A exigência por melhor performance, garantia e qualidade vem cres-cendo no mercado brasileiro, bem como a complexidade dos projetos arquitetônicos também. Essa evolução exige o constante investimento em parque fabril e capacitação das equipes técnicas e de produção”

Michael H. Eidinger, Gerente Geral da Schüco no Brasil

cliente”, afirma Michael H. Eidinger, Gerente Ge-ral da Schüco no Brasil, acerca da obra.Os sistemas de fachadas

cortina unitizada e de caixilhos têm perfis de alumínio extrudado, com vedações de alto desem-penho. Já as ferragens de caixilhos de abrir – tipo maximar e de giro – têm componentes de aço inox e de alumínio, bem como vedações especiais. Para garantir o desempenho de caixilhos foram segui-das rigorosamente a NBR 10.821. Afora a preocupação

com normas técnicas, a sustentabilidade também foi elemento fundamen-tal. O alumínio tem baixo impacto ambiental, jus-tamente por ter um con-siderável teor reciclado. Além disso, todos os re-síduos tem descarte con-trolado, conforme regras de proteção ambiental. “A exigência por melhor

performance, garantia e qualidade vem crescendo

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no mercado brasileiro, bem como a complexi-dade dos projetos arqui-tetônicos também. Essa evolução exige o cons-tante investimento em parque fabril e capacita-ção das equipes técnicas e de produção”, ressalta Eidinger.A primeira etapa da

obra está prevista para ser entregue no primeiro semestre de 2014, e a se-gunda no final do mesmo ano. Segundo Henrique Moraes Salvador Silva, Presidente do hospital, o Mater Dei Contorno

terá alto investimento em tecnologia, proces-sos e qualidade. “Esta-mos adquirindo camas, mesas cirúrgicas, mobi-liário, equipamentos de imagem, instrumental para Centro Cirúrgico e CTI para oferecer ao pa-ciente e sua família uma solução que contemple a qualidade assistencial, mas que também permi-ta maior conforto.”O projeto arquitetônico

utiliza tecnologia limpa, sendo o primeiro edifício hospitalar neste porte com estrutura metálica.

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ExPANSãO

A Sociedade Benefi-cente Israelita Bra-sileira Albert Eins-

tein, em São Paulo (SP), por meio de um Plano Diretor para a expansão física, vem ampliando constantemen-te suas instalações.Esse projeto tem como

objetivo ampliar o tama-nho das instalações. Mas tal iniciativa vai muito além

Obras do Plano de Expansão da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein se destaca pelo elevado padrão de segurança hospitalar

Em franco crescimento

dos aspectos quantitativos para responder às cres-centes taxas de ocupação e ao aumento do número de pacientes externos. O plano busca alinhar a infra-estrutura física do hospital às exigências de modernas tecnologias, à nova realida-de da prática médica e aos mais rigorosos requisitos de qualidade no atendimento.

Das características inova-doras deste Plano de Ex-pansão, se destaca a utili-zação de materiais de alta qualidade, instalações elé-tricas, hidráulicas e de ar condicionado. Todos esses elementos foram implan-tados dentro dos padrões mais modernos existentes, feitos com o rigor e plane-jamento conforme as obras

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executadas em fases, com liberações parciais.O setor de engenharia

buscou uma metodologia específica para que os pa-cientes não sejam incomo-dados, incluindo disposi-tivos antirruído e horários especiais para execução dos trabalhos. Patrícia Chiaradia, Geren-

te de Contrato da Afonso França, aponta que o prin-cipal desafio deste plano foi executar as obras de grande impacto, sem que elas interferissem no fun-cionamento do hospital. “Nossa missão é oferecer soluções imediatas em função de possíveis inter-ferências, além de promo-ver o serviço em etapas com o hospital em funcio-namento”, destaca.A responsável pelo Marke-

ting da AF, Flávia Sérvolo, diz que participar do Plano de Expansão do Hospital Is-raelita Albert Einstein é uma tarefa de destaque, pois trata-se de um projeto de uma conceituada instituição no mercado da saúde. “Para nossa equipe representa mais uma grande realiza-ção no segmento hospitalar e demonstra que estamos habilitados a executar qual-quer obra do setor, tendo passado por todos os rigo-rosos critérios de qualifica-ção”, afirma.Já Oscar Favero, Dire-

tor de Suprimentos da AF, conta que esse trabalho

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ExPANSãOM

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possibilitou desenvolver técnicas e processos espe-ciais. Como ele explica, tal atuação permitiu a execu-ção de serviços complexos, com cumprimento de pra-zos, qualidade e medidas sustentáveis. “Registramos várias conquistas, pois cada obra tem as suas par-ticularidades e desafios.” De acordo com Patrícia,

essa construção precisou atender altos padrões tec-nológicos e de segurança hospitalar. “Já executamos obras focadas nas mudan-ças de uso, ao exemplo das ocupações internas do Al-bert Einstein nos blocos A, B, C e D”, acrescenta.

LADO SUSTENTÁVEL Quanto às preocupações

sustentáveis deste Pla-no de Expansão é válido destacar o cuidado com o atendimento de todas as normas de certificação dos materiais utilizados, controle de procedência, além do uso de forma cor-reta e descarte apropria-do de acordo com cada modelo de material. Houve também o geren-

ciamento de todo o lixo gerado de maneira am-bientalmente segura. Tais resíduos da obra foram co-letados e adequadamente acondicionados em área de estocagem definida e

devidamente identificada, sinalizada no canteiro de obras. Depois de identifi-cado, este lixo é armaze-nado corretamente e tem o seu destino final estabe-lecido (conforme indicação de empresas homologa-das pelo próprio hospital).Cada obra tem uma ca-

racterística e efetivo dife-rente, mas, em média, cer-ca de 120 colaboradores da Afonso França Enge-nharia participaram des-ta obra. A construção da unidade Alphaville contou com aproximadamente 250 profissionais em mé-dia, incluindo a participa-ção de terceiros.

PARCERIA FORTALECIDADesde 2005, a Afonso França atua nas obras do Hospital Israelita Albert

Einstein. Ao longo dessa caminhada, a construtora já participou de diver-sos projetos estruturais. A empresa executou vários sites do Albert Eins-tein, tais como: unidade Diagnóstica de Alphaville - Alphaville - Barueri (SP); reforma completa dos apartamentos, alas de internação do 11º, 12º e 13º andares do Bloco D – unidade Morumbi; reformulação da uTI pe-diátrica – 12º andar do Bloco A – unidade Morumbi; reestruturação dos apartamentos, alas de internação do 2º, 3º, 6º, 8º e 11º andares do Bloco A – unidade Morumbi. Também a empresa participou da reforma da ala de internação para Oncologia – 5º andar do Bloco C – unidade Morumbi.

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Obra que reúne todas as unidades do INCA emum único terreno otimizará logística da instituição

Integração e expansão

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visando ampliar sua capacidade de atendimento e reu-

nir em um único endereço suas diversas unidades, in-tegrando assistência, ensi-no, pesquisa, prevenção e gestão para o controle do câncer, o Instituto Nacio-nal de Câncer José Alen-car Gomes da Silva (INCA), passará por obras, com início previsto para este segundo semestre, e que deverá se estender por 48 meses. Os R$ 526 milhões investidos na integração das unidades proporcio-narão a otimização dos recursos da instituição, in-clusive o logístico.O projeto do novo cam-

pus do INCA foi executa-do pelo consórcio entre a MHA Engenharia e RAF Arquitetura. Os 36 mil m² do prédio existente e áre-as de ampliação devem se transformar em uma sede renovada de 148.000 m²,

com arquitetura sustentá-vel e humanizada, instala-ções flexíveis, manutenção facilitada e segurança de funcionamento, sem es-quecer da preocupação com o meio ambiente. “Para vencer o desafio, nos mobilizamos internamen-te, destacando equipes exclusivas e dedicadas ao projeto. Fundamental foi a participação do INCA, tomando decisões rápidas que resultaram em signi-ficativo ganho de tempo para a execução do proje-to“, conta Edison Domin-gues Junior, Diretor Execu-tivo da MHA Engenharia.Mesmo antes do início

das obras, o projeto já foi premiado, em primeiro lu-gar, em concurso na área de saúde, realizado pelo Instituto Americano de Arquitetura (AIA), na ca-tegoria “obras não cons-truídas”. “Nossa proposta é a criação de um campus

Croqui INCA

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ExPANSãOCo

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o integrado que seja o mais moderno centro de de-senvolvimento científico e de inovação para o con-trole do câncer do Brasil. O conceito do projeto, que está inserido em uma área de preservação cultural, buscou transformar o ins-tituto, seu entorno urbano imediato, mas principal-mente melhorar a relação e sensação, que nós, seres humanos, temos em re-lação à doença e à saúde. O conceito deste projeto poderia ser resumido em uma palavra: integração’’, diz o arquiteto Flávio Kel-ner, da RAF Arquitetura.A circulação de imagens

e o sistema PACS (Picture Archiving Capture System) podem ser destacados no projeto. Domingues conta também que “as soluções de projeto que buscam a redução de qualquer im-pacto, seja ele econômico, ambiental ou cultural, são outro ponto importante, já que a renovação do INCA tem como foco central a sustentabilidade, a melho-ra na qualidade de vida, o desempenho ambiental e a responsabilidade social”.“Ao adentrar o campus,

o público terá a sensação de perceber cada um dos setores através das for-mas dos prédios que farão parte do complexo. A in-tegração não se fará ape-nas internamente. A nova praça será da cidade e permitirá aos transeuntes o cruzamento da grande quadra, integrando social-mente instituto e cidade”, garante Kelner.O projeto novo INCA

respeita o meio ambien-te nos aspectos: evitando a formação de ilhas de calor, aplicação de mate-riais adequados e em uma interferência reduzida no local de implantação, minimizando o uso dos subsolos e a consequen-te interferência no lençol freático. “A sustentabili-dade é um dos nortes na elaboração do projeto do campus integrado do INCA, que prevê diversos aspectos ecologicamente corretos, como valoriza-ção da luz natural, reser-vatórios para captação de águas da chuva para reu-so, economia de energia e reaproveitamento da água”, conta Kelner.O edifício foi pensado Foto Montagem

Acesso INCA

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para ter o menor consumo de energia e água possí-veis, por meio de econo-mizadores e do reapro-veitamento de água. Está prevista uma Estação de Tratamento de Efluentes exclusiva para o hospital, com tecnologia avançada e a preocupação ambien-tal. Finalmente, o novo INCA melhora também o conforto e a saúde de seus usuários através de cuida-dos para diminuir ruídos e emissão de fumaça e da construção de quartos com isolamento total para pa-

cientes imuno-deprimidos ou infecto-contagiosos.Outro ponto importante

a ser destacado é que “no desenvolvimento dos pro-jetos foi levada em conta a logística para execução das obras, visando a não interrupção da utilização dos serviços das áreas exis-tentes por longo tempo. Basicamente isto deverá ser garantido a partir da execução da área de am-pliação, relocação em fases dos setores existentes para as novas áreas e posterior reforma das áreas existen-

tes”, informa Domingues. Conforme informou o

INCA, a obra será executa-da sem prejuízo de funcio-namento das atuais insta-lações, pois as atividades somente serão transferi-das quando houver a con-clusão da primeira fase, ou seja, a construção da área nova. A segunda eta-pa, que consiste na ade-quação do prédio sede, será executada a partir da ocupação da área nova e, depois de finalizada, per-mitirá a transferência das demais alas do instituto.

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Expansão hospitalar de mais de 19 mil m² conta com rigoroso gerenciamento de obras

Total controle

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As obras no Hospital Moinhos de vento, em Porto Alegre

(RS), continuam progre-dindo e, a cada dia, a uni-dade está mais perto de expandir ainda mais o seu atendimento para toda a comunidade. A previsão de término da construção é de 18 meses, mas para chegar ao resultado final esperado, cumpre-se um rigoroso gerenciamento de toda a obra.Para isso, a coordenação

de todas as etapas do pro-jeto (básico e executivo) de arquitetura, estrutura, instalações e complemen-tares é feita pela equipe da Obra Gerenciada. “Traba-lhamos desde a concepção inicial dos projetos, im-plantação e coordenação das revisões, compatibi-lização e correções. Tam-bém participamos das va-lidações junto aos diversos gestores de todas as áreas envolvidas, do contro-le dos processos visando atingir a meta planejada do cronograma físico de

etapas. Além disso, realiza-mos a coordenação do sis-tema de armazenamento de projetos”, explica o en-genheiro Marcelo Moyses, Sócio Diretor da empresa. Trata-se de um geren-

ciamento de uma obra de 19.772,02 m² de novas áre-as a serem construídas no complexo do hospital, dis-tribuídos em cinco novos prédios destinados à inter-nação, manutenção, uTI, imagem e diagnóstico além do pavilhão de colaborado-res com refeitório, áreas de descanso, academia para uso dos funcionários, biblio-teca e espaço para estudo. Segundo Moyses, para

o gerenciamento da obra são realizados vários mé-todos como a interface entre projetistas e equipes de produção, com reuni-ões periódicas visando, assim, corrigir em tempo hábil eventuais incompati-bilidades que possam sur-gir ao longo da construção e que possam provocar atraso ou aumento de custos na obra, demons-

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trados no cronograma físico-financeiro e equali-zações de propostas.Outros processos de pla-

nejamento referem-se à elaboração de planilhas para controlar serviços e custos (medições), fisca-lização da qualidade dos materiais e serviços pres-tados e, assim, qualificar os fornecedores, elaborar check list de pendências e não conformidades, fiscali-zação e controle contábil.Este case também con-

tou com total suporte na obtenção e aprovação de projeto e controle de ARTs

(anotação de responsabi-lidade técnica), acompa-nhamento do processo de ‘habite-se’ e das licenças de operação, além de toda as-sessoria necessária para o cumprimento dos contratos firmados entre o hospital e os prestadores de serviços. “Todo o sucesso do empre-endimento está conectado à sua realização com o cus-to e prazo planejados. Em caso de interferências não previstas, atuamos de for-ma a recuperar o atraso de modo incisivo.”Dentre os grandes desa-

fios da obra, Moyses res-

salta a tarefa de conciliar o atendimento aos usuários com a reforma. “Trata-se de um conjunto de obras dentro de um complexo em funcionamento. Assim, as inovações deste projeto são os sistemas construti-vos a serem aplicados de modo a impactar o míni-mo possível no dia a dia do complexo hospitalar. Além disso, temos que sa-ber conciliar a logística de obra ao prazo disponível.”

EXPERIêNCIAObra Gerenciada conta

com profissionais especia-

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lizados nas diversas eta-pas de projetos e obras. São engenheiros de pla-nejamento, produção, or-çamentistas e de instala-ção, arquitetos, analistas contábeis, técnicos e toda estrutura necessária para apoio e suporte. A metodologia de traba-

lho traz uma gestão com-pleta do negócio, de modo que todo o investimento retorne através de contro-les rígidos que resultam em um empreendimento de qualidade dentro das especificações, prazos e custos otimizados.

“Trata-se de um conjunto de obras dentro de um complexo em funcionamento. Assim, as inovações deste projeto são os sistemas construtivos a serem aplicados de modo a impactar o mínimo possível no dia a dia do complexo hospitalar. Além disso, temos que saber conciliar a logística de obra ao prazo disponível.”

Marcelo Moyses, Sócio Diretor da Obra Gerenciada

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Trabalho em conjunto entre hospital, gerenciadora, projetistas e construtora é o primeiro passo para alcançar o sucesso no resultado

Parceria bem sucedida

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Após o término dos serviços de fun-dação profunda

e contenções do Hospi-tal villa Lobos – CEMA, a Incorbase Engenharia LTDA foi contratada para executar todas as obras de engenharia civil, bem como a administração e acompanhamento técni-co de todos os serviços de instalações hidráuli-cas, elétricas, ar condi-cionado e seus sub-sis-temas. A construtora foi também responsável por todos os trabalhos de apoio civil quanto à infra-estrutura dos serviços de proteção e blindagem ra-diológica, equipamentos das salas de cirurgia, cor-reio pneumático, sistema

de lógica, imagem, som, CFTv, marcenaria entre outros necessários para o completo e perfeito fun-cionamento do hospital, que passou a operar em seu pleno atendimen-to no dia seguinte à sua inauguração. O maior desafio foi

motivado pelo fato de a obra localizar-se ao lado de um importante cen-tro hospitalar já em fun-cionamento. “Tratava-se de um novo empreendi-mento, implantado con-tiguamente ao Hospital CEMA já existente. Por isso, nossos maiores es-forços foram a interliga-ção dos dois hospitais, contornando as interfe-rências e ajustando al-

guns sistemas tais como a entrada de energia elé-trica, bateria de grupos geradores, central de gases, lavanderia, cozi-nha, entre outros para não interromper, inter-ferir ou mesmo prejudi-car o funcionamento da instituição”, afirma o en-genheiro Carlos Roberto Briscese Gullo, Sócio da Incorbase.Todos esses trabalhos

duraram 24 meses e fo-ram entregues dentro do prazo previsto. A este sucesso, Briscese Gullo acredita que a sinergia entre o Grupo de Tra-balho do hospital, ge-renciadora, projetistas e construtora foi essencial para executar tudo du-

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rante o calendário pro-posto. “Planejamento adequado, conhecimento técnico e especializado em obras hospitalares e perfeita sintonia entre todos os envolvidos con-tribuíram para cumprir todas as metas prees-tabelecidas. A presença ininterrupta do cliente junto à obra sempre foi muito positiva, com um verdadeiro espírito de parceria e auxílio na so-lução de problemas e no pronto encaminhamento de soluções.”Em uma área construída

de 16 mil m², a nova uni-dade possui cerca de 200 leitos, distribuídos em

nove andares, sendo qua-tro para internação, com 22 apartamentos cada, um andar com 14 salas cirúrgicas, unidade de Te-rapia Intensiva com 20 lei-tos e Semi-intensiva com dez apartamentos. Conta ainda com um Centro de Diagnóstico dotado de la-boratórios de análise clí-nica, exames de imagem de última geração, exames cardiológicos, endoscopia digestiva e respiratória, hemodinâmica (estudo dos movimentos da circu-lação sanguínea) e radiolo-gia intervencionista (pro-cedimento radiológico que usa cateteres e sondas que podem substituir alguns ti-

pos de cirurgia).

MERCADO DA SAÚDESegundo avaliação de

Briscese Gullo, para reali-zar uma obra de alta com-plexidade, como é em es-tabelecimentos da saúde, deve-se estudar previa-mente os desafios que se-rão enfrentados. Por isso, cada vez mais, exige-se um rigoroso critério e ava-liação na contratação das empresas.“Nos clientes mais estru-

turados há uma consciência da valorização deste tipo de serviços. Para outros, que valorizam apenas os aspectos financeiros, ainda há a opção por projetistas

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e empresas não especiali-zadas. Nestes casos, o re-sultado final nem sempre será satisfatório e, conse-quemente, nem o aspecto financeiro será preservado. Assim, a instituição arcará com todos os problemas decorrentes de uma obra mal projetada, mal planeja-da e mal executada”. Dentre as obras que a In-

corbase atuou estão o Ins-tituto Central do Hospital das Clínicas, em São Paulo, e o Centro Infantil Boldrini, em Campinas, dentre mais de uma dezena de outras importantes obras hospi-talares que constam em seu acervo técnico.

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Hospitais da rede Amil investem na tecnologia drywall na construção

Novas edificações

Os investimentos do Grupo Amil nos hospitais de

sua rede trouxeram tam-bém um projeto inovador, o Hospital das Américas, localizado no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Com previsão

para inaugurar parte do complexo ainda em 2013, tem seu funcionamento total previsto para o ano que vem. A instituição contará com recursos de emergência, internação, centro de diagnóstico, consultórios, centros de

ensino e pesquisa e centro de convenções. Além dis-so, serão 484 leitos e 252 consultórios de diferentes especialidades médicas que contarão com alta tecnologia para tornar o atendimento mais fácil e dinâmico. Haverá um

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sistema via Internet que permite a transmissão de dados e imagens, além da utilização do prontuário eletrônico dos pacientes. Também haverá a área de oncologia, oferecendo atendimento completo aos usuários.O projeto desta obra

passou por uma série de adequações ao longo dos anos para que pudes-se atender às inovações constantes que surgiram no setor de engenharia e arquitetura, demandan-do centenas de estudos e compatibilizações muito específicas de diretrizes de projeto. Desde o início da obra, a Engekons, empresa especializada no sistema drywall, tem atuado com consultoria técnica, elabo-ração de projeto executi-vo detalhado e controle da qualidade através de inspeções periódicas na construção e apoio técni-co remoto constante. va-lidando assim o conceito

sistêmico de atividades, visando transformar o am-biente da obra igual ao de uma fábrica.O consultor da Engekons,

Itio Iamamoto, acredita que todos os profissionais envolvidos nessa transfor-mação devem passar por treinamentos práticos na obra, buscando-se uma in-tegração dos profissionais de todos os níveis de in-terface na produção. “Nes-sa obra, houve inúmeros treinamentos de acordo com o avanço das fases na produção, gerando uma harmonia de obra limpa e produção entrosada”.Entre os treinamentos

que foram oferecidos na obra estão procedimentos específicos, passo a pas-so, tais como: RRM (Re-quisição e Recebimento de Materiais), importante para garantir que todos os materiais estejam alinha-dos com as especificações e normas, principalmente quanto à qualidade dos

mesmos, armazenamen-to, corte x das chapas para conferir a aderência do cartão no substrato. O procedimento MGu (Mar-cação e Guias), que explica como se deve locar e afixar as guias que dão origem as paredes de drywall. Na sequência o MES (Monta-gem Estrutural), procedi-mento que orienta como montar as estruturas, pa-ginações e posições dos montantes, juntas teles-cópicas de dilatações, fol-ga anti-capilaridade, vãos, enfim, a instalação dos montantes; e o funda-mental procedimento ITD (Instalações no drywall), procedimento que integra as demais frentes, apre-sentando critérios e mo-dos de como se executa as instalações no Drywall, como caixinhas elétricas, passagem de tubulações dentro das paredes, saídas de hidráulica e elétrica, im-permeabilização, reforços e outros. uma vez con-

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cluídas as instalações nas estruturas do sistema de paredes de drywall, segue o procedimento de fecha-mento das paredes, ou seja, CHA, procedimento de chapeamento, como se deve paginar, cortar, garantir amarrações, apa-rafusamentos corretos, in-formações fundamentais; o ACA, que orienta sobre o tratamento das juntas (Acabamento) para norte-ar o correto modo de se ter um drywall com acaba-mento perfeito, sem a ne-cessidade do uso de massa corrida; e o PIN, instruções voltados à pintura, mos-trando como se deve pin-tar o drywall para chegar a uma superfície plana, sem ondulações, imperfeições, principalmente na luz ra-

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sante, auxiliando o profis-sional a finalizar com qua-lidade diferenciada. “Esses procedimentos

têm sido fundamentais para complementar os projetos executivos, con-firmando que o drywall é um sistema e exige uma implantação do seu con-junto para validar todas as inúmeras vantagens na obra”, ressalta Itio Iama-moto Jr., Consultor Técnico da Engekons Consultoria da Qualidade e Drywall.De acordo com Iamamo-

to, as paredes de drywall, em áreas com radiotera-pia ou radiação, tiveram que ser projetadas com tipologias e detalhes para receberem camadas de chumbo. A complexidade e o volume de instalações,

passando pelas paredes e entre-forros de drywall ou removíveis, tiveram que ser direcionadas em posições e condições específicas para não comprometerem a resistência mecânica das paredes, isolamento acús-tico, estética, enfim, um trabalho em projeto e con-sultoria no campo cons-tante durante toda a obra. Também foram necessá-rios cuidados nas especifi-cações das tipologias das paredes para garantir uma acomodação correta das instalações dentro das pa-redes de drywall, evitando--se riscos de perfurações de instalações e patologias ou manutenções futuras. “um projeto hospitalar de-manda um trabalho muito profundo de análise, espe-

“Trabalhamos com o Grupo Amil há vários anos e temos quebrado uma série de paradigmas do mercado da construção civil, como por exemplo, a execução de paredes e forros de drywall sem a aplicação de massa corrida, tornando a qualidade final do drywall excelente e trazendo uma série de benefícios decorrentes.”

Itio Iamamoto Jr., Consultor Técnico da Engekons Consultoria da Qualidade e Drywall

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cificação e principalmente implantação como apoio constante à obra, via con-sultoria, para garantir-se a implantação dos próprios projetos executivos, mas também de procedimentos passo a passo que comple-mentam o projeto na obra, somado a inspeções perió-dicas de acompanhamen-to”, diz Iamamoto.Para a elaboração do

projeto executivo foi pre-ciso analisar todos os pro-jetos em cada ambiente, em planta, corte, vista, e principalmente, analisar as fichas técnicas e ele-mentos do tipo válvulas de mono comando ou si-milares, registros, caixas embutidas, fan coil, du-tos, tubulações em geral, sistema de correio pneu-mático, tudo para garan-tir a correta instalação no drywall, eliminando--se os riscos patológicos ou até mesmo problemas na prática. Tudo sempre com a execução de pro-

tótipos técnicos na obra para um aval de todos os responsáveis. “A maior dificuldade da consultoria e elaboração do projeto executivo de drywall para esta obra, com certeza, foi a compatibilização entre projetos, principalmente em relação aos de instala-ções. Isso porque envolve uma série de informações que se cruzam e remetem a necessidade da aplica-ção de regras, procedi-mentos e normas para evitar problemas durante a execução, ou até mesmo patologias e manutenções futuras. Tudo seguido do constante apoio aos pro-fissionais de campo, na produção, validando o projetado e procedimen-tos, visão sistêmica, igual a uma fábrica”, explica o Consultor Técnico. Segundo Iamamoto, o

entrosamento entre todos os profissionais tem sido um grande diferencial nes-ta obra, desde o comando

até os montadores, vali-dando o conceito propos-to de trabalho em equipe, com respeito e compro-metimento.Mesmo com as dificul-

dades, a consultoria não deixou de fora os cuidados com a sustentabilidade. Para isso, durante a elabo-ração do projeto executivo de drywall, foi tomado o cuidado em gerar diretrizes que reduzem ao máximo a taxa de desperdício dos materiais, com projeto de paginações da estrutura-ção e chapeamento. “Além disso, aplicamos todos os nossos procedimentos, passo a passo na obra, com treinamentos práticos, cujo foco é a industrialização do processo e otimização no uso dos materiais. De outro lado, recomendamos sem-pre a separação dos resí-duos de chapas de Drywall e metais, para retorno até o fabricante que os reci-clam”, conta. Além do Hospital das

Américas a Engekons também participou das obras do Hospital vitória, no bairro Anália Franco, na cidade de São Paulo, concluído há cerca de três anos. “Este foi um proje-to específico e diferente, inclusive com relação ao conceito e momento. Te-mos trabalhado com o Grupo Amil há vários anos, para se ter uma ideia, nas obras da Amil, temos que-brado uma série de pa-radigmas do mercado da construção civil, como por exemplo, a execução de paredes e forros de drywall sem a aplicação de massa corrida, tornan-do a qualidade do drywall excelente e trazendo uma série de benefícios decor-rentes. Na obra do Hos-pital vitória de São Paulo e Hospital das Américas, em andamento, já implan-tamos esse processo e a aceitação é unânime por parte do cliente e constru-tora” , conta Iamamoto Jr.

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