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1 Sérgio Cavalieri Presidente do Conselho Administrativo da ALE Combustíveis e acionista do Grupo Asamar. Ano 8 | nº 38 | Agosto/Setembro de 2011 revista Diversificação e Inovação: receita de sucesso do Grupo Asamar Inovação como peça-chave para a segurança energética da AL por Rafael Santana 14º Seminário Nacional de Gestão de Projetos: Falta Profissional Qualificado no Mercado Sustentabilidade: Adjetivo ou Substantivo? por Leonardo Boff Confira a programação de cursos do IETEC

Revista Ietec

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Em sua edição de número 38, a Revista Ietec destaca, em sua chamada de capa, entrevista com o presidente do Conselho Administrativo da ALE Combustíveis, Sérgio Cavalieri. Nela, o executivo detalha a atuação do Grupo Asamar – detentor da marca ALE, entre outras –, com destaque para a relevância dada pela corporação à inovação tecnológica e à sustentabilidade. Produzimos também uma matéria com a cobertura completa sobre o 14º Seminário Nacional de Gestão de Projetos, além de artigos opinativos, de especialistas de renome nacional.

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Sérgio CavalieriPresidente do Conselho Administrativo da ALE Combustíveis e acionista do Grupo Asamar.

Ano 8 | nº 38 | Agosto/Setembro de 2011

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sta

Diversifi cação e Inovação: receita de sucesso do Grupo Asamar

Inovação como peça-chave para a segurança energética da AL por Rafael Santana

14º Seminário Nacional de Gestão de Projetos: Falta Profi ssional Qualifi cado no Mercado

Sustentabilidade: Adjetivo ou Substantivo? por Leonardo Boff

Confi ra a programação de cursos do IETEC

Page 2: Revista Ietec

2 Fale conosco: (31) 3045-6999 • [email protected]

Rua Alcobaça, 1475 • São FranciscoCEP 31255-210 • Belo Horizonte • MG

www.arquimedesmg.com.br

Sediada em Belo Horizonte/MG, a Arquimedes é uma empre-sa 100% nacional, com atuação em todo Brasil, que, desde 2002, fabrica e comercializa equipamentos para informática e automação comercial. Constituída por pro ssionais extrema-mente capacitados da área de Tecnologia da Informação, ofe-rece também soluções completas ao mercado corporativo, governamental e educacional. Faz parte do dia a dia da nossa organização buscar a melhor solução para o cliente, ofertan-do-lhe serviços de qualidade, nosso grande diferencial.

A Arquimedes é autorizada de grandes marcas como NCom-puting, Braview, Ez-go, K-mex, OKI, dentre outras, contando com uma equipe dedicada à manutenção e assistência téc-nica. Para melhor atender os clientes, nossos pro ssionais estão divididos por segmento: corporativo, governamental, educacional, desenvolvimento de sistemas, manutenção e su-porte.

Entre em contato conosco ou visite nosso site para ver todos nossos produtos e serviços.

ARQUIMEDESSUA SOLUÇÃO EM INFORMÁTICAE AUTOMAÇÃO COMERCIAL

Desktops e Workstations

Lousas Interativas

Servidores

Certifi cações

Terminais de Virtualização

Page 3: Revista Ietec

PRESIDENTE | Ronaldo Gusmão / DIRETORIA | Diretor Geral: Mauri Fortes /

Diretora de Pós-Graduação: Wanyr Romero Ferreira / Diretor de Marketing:

Paulo Emílio Vaz / Diretor de Operações e Produto: José Ignácio Villela Jr. /

COORDENAÇÕES | Financeiro: Sérgio Ferreira / Administrativo: Marcelo Pereira

/ Comunicação e Marketing: Daniel Sampaio / Ensino: Fernanda Braga / Gestão

Integrada: Gislene Perona / Treinamento: Vivian Prado / Relacionamento: Ana

Paula Rancanti / Sistemas de Informação: Michele Dias / Vendas: Sheyla Matos /

COORDENAÇÕES TÉCNICAS | Meio Ambiente: Luiz Ignácio Fernandez de Andrade

/ Sistemas Industriais: José Ignácio Villela Jr. / Mineração: Jorge Valente /

Manutenção: José Henrique Egídio / Tecnologia da Informação: Antônio de

Pádua / Telecomunicações: Hudson Ribeiro / Gestão de Projetos: Clênio Senra,

Ivo Michalick e João Carlos Boyadjian / Gestão de Energia: Wanyr Romero

Ferreira / Gestão de Negócios: Wilson Leal / Responsabilidade Social: Helena

Queiroz / Inovação e Criatividade: José Henrique Diniz e Terezinha Araújo

/ Sustentabilidade: Antônio Claret Oliveira | REVISTA IETEC | Projeto Gráfi co:

G30 MKT e COM / Jornalista Responsável: Aline do E. Santo (09526/MG) /

Impressão: Paulinelli / Foto capa: Daniel de Cerqueira

Tiragem:20.000 exemplares | Periodicidade bimestral | Distribuição gratuita

Comentários, sugestões e anúncios:[email protected]

Todas as matérias e artigos estão disponíveis no site:www.techoje.com.br

Vídeos e entrevistas do Seminário de Gestão de Projetos estão disponíveis em: www.youtube.com/IETECtv

Expediente

www.gestaodeprojetosbrasil.com.br

www.twitter.com/ietecwww.twitter.com/ietecprojetoswww.twitter.com/ecolatina

Redes Sociais:

Fale conosco: (31) 3045-6999 • [email protected]

Rua Alcobaça, 1475 • São FranciscoCEP 31255-210 • Belo Horizonte • MG

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Sediada em Belo Horizonte/MG, a Arquimedes é uma empre-sa 100% nacional, com atuação em todo Brasil, que, desde 2002, fabrica e comercializa equipamentos para informática e automação comercial. Constituída por pro ssionais extrema-mente capacitados da área de Tecnologia da Informação, ofe-rece também soluções completas ao mercado corporativo, governamental e educacional. Faz parte do dia a dia da nossa organização buscar a melhor solução para o cliente, ofertan-do-lhe serviços de qualidade, nosso grande diferencial.

A Arquimedes é autorizada de grandes marcas como NCom-puting, Braview, Ez-go, K-mex, OKI, dentre outras, contando com uma equipe dedicada à manutenção e assistência téc-nica. Para melhor atender os clientes, nossos pro ssionais estão divididos por segmento: corporativo, governamental, educacional, desenvolvimento de sistemas, manutenção e su-porte.

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Opinião Capa Curtas

• Inovação como peça-chave para a segurança energética da ALpor Rafael Santana

• Diversifi cação e Inovação: receita de sucesso do Grupo Asamar

• Falta mão de obra qualifi cada no mercadopor José Ignácio Villela Júnior

• Sustentabilidade: Adjetivo ou Substantivo?por Leonardo Boff • Conhecimento aplicado

• Aconteceu no Ietec10

8 e 9

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22 20

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Cenário

• Guia prega “desconcentrar” verba ambiental

• Capacitação e dedicação: Base para uma efi ciente gestão de projetos

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16 a 19

Agenda

Cursos nas áreas de: • Gestão de projetos• Gestão e tecnologia da informação• Responsabilidade social• Gestão e tecnologia industrial• Gestão da inovação• Meio ambiente• Manutenção • Mineração

11 a 14

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Muito se fala atualmente na falta de mão de obra qualifi cada, e não há como negar este fato. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada em fevereiro de 2011, aponta que sete em cada dez empresas industriais brasileiras afi rmam que a escassez de mão de obra qualifi cada prejudica a competitividade, uma vez que, devido à falta de qualifi cação, a busca de efi ciência e a redução de desperdício acabam sendo as atividades mais prejudicadas nas empresas, o que resulta em potenciais problemas de qualidade, custos mais elevados e lucros menores.

Com o país em pleno crescimento, parece que este problema tende a aumentar. Pesquisa realizada no ano de 2010 com mais de 35 mil empregadores em 36 países, pela consultoria internacional de recursos humanos Manpower, mostra que a escassez de mão de obra qualifi cada no Brasil só não é maior do que a do Japão.

Ainda segundo os dados da pesquisa do CNI, as empresas têm enfrentado o problema de diversas formas, por exemplo: 78% das empresas pesquisadas capacitam o profi ssional dentro da própria companhia, 40% delas fortalecem suas políticas de retenção de talentos, e 33% delas buscam a capacitação de seus profi ssionais fora da empresa, através de empresas de Educação e Treinamento Profi ssional.

Este é um assunto presente na alta cúpula das empresas, fato que pode ser comprovado com os dados da pesquisa Global CEO Study 2010, realizada pela IBM, onde fi cou constatado que 50% dos CEO’s brasileiros revelaram que a falta de mão de obra qualifi cada é ainda um grande obstáculo para o sucesso de suas empresas, e que o défi cit de profi ssionais se dá tanto no nível estratégico quanto para funções operacionais dentro da organização.

A taxa de desemprego no Brasil em junho caiu para 6,2% da população economicamente ativa, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Isto signifi ca que o número de desempregados em junho/2011 nas seis maiores regiões metropolitanas do país nas quais o índice nacional é calculado, foi de 1,5 milhão de pessoas, o que nos permite dizer

que há mão de obra. As questões passam a ser então:• onde estão estas pessoas (pela dispersão geográfi ca elas

podem estar em lugar diferente de onde há demanda)? • em que estas pessoas estão qualifi cadas?

Esta última pergunta passa a ser pertinente a partir do momento que nos questionamos se as empresas que reclamam da falta de mão obra qualifi cada realmente tiram o máximo proveito da qualifi cação de seus funcionários.

Em minha atividade de Consultor e de Professor em cursos de pós-graduação vivencio um grande desperdício cometido pelas empresas: o desperdício do direcionamento das pessoas certas para as atividades erradas e o desafi o das pessoas erradas para as atividades certas.

O primeiro desperdício está ligado ao direcionamento de profissionais talentosos para atividades que não precisariam ser feitas, atividades que não agregam valor ao cliente ou ao negócio. O segundo desperdício, o do direcionamento das pessoas erradas às atividades certas, está ligado à alocação de profissionais com qualificações acima ou abaixo das necessárias para as atividades que realmente devem ser feitas. Atividades que poderiam eventualmente ser executadas por um dos 1,5 milhão de desempregados que temos no mercado e que muitas vezes, erroneamente, rotulamos de sem qualificação, mas que na verdade parte deles têm qualificação para outras atividades.

Temos sim problema de qualificação de mão de obra no mercado, não há como negar, mas não podemos nos esquecer que existe também o problema de gestão na alocação da mão de obra qualificada. Se alocarmos as pessoas certas (qualificadas) para as tarefas certas (que exijam sua qualificação) certamente minimizaremos os impactos da falta de mão de obra qualificada no mercado.

Falta mão de obra qualifi cada no mercado e as empresas não tiram proveito da qualifi cação dos seus profi ssionais

José Ignácio Villela JúniorDiretor de produtos e coordenador técnico da área de Gestão e Tecnologia Industrial do IETEC.

Falta mão de obra qualifi cada no mercado

Opin

ião

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Opin

ião O investimento em “tecnologias verdes” ainda é bastante

concentrado em países de renda alta ou média, mas existem 6 mil fontes de fi nanciamento ativas, como fundos públicos internacionais e mercados de crédito de carbono, que podem ser buscadas por nações de baixo desenvolvimento, aponta o guia Catalysing Climate Finance (Catalisando o Financiamento do Clima), publicado pelo PNUD.

O ponto de partida do documento é que os recursos para controlar as mudanças climáticas devem ser bem distribuídos. Apenas estabelecer metas para os maiores emissores de carbono não vai resolver os desafi os ambientais, argumenta o texto. É preciso obter recursos para adaptar tecnologias, mas também para mitigar (diminuir o impacto das atividades que agravam o aquecimento global).

“O fracasso em promover acesso justo para recursos de combate às mudanças climáticas para todos os países em desenvolvimento traria sérias consequências políticas, climáticas e econômicas”, afi rma o guia. O texto avalia que “é uma prioridade chave” capacitar países de baixa renda para obtenção de “investimentos públicos e privados para resolver os problemas ambientais, que são cada vez mais urgentes”.

Os recursos investidos em energia limpa passaram de US$ 22 bilhões, em 2002, para mais de US$ 200 bilhões, em 2010, mas 90% deste valor foi aplicado pelos países do G-20. Uma das mais importantes fontes de fi nanciamento ambiental, o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), também é direcionada a poucas nações. Estabelecido pelo Protocolo de Quioto em 2007, ele permite a venda de créditos de carbono para nações industrializadas. Porém, apenas Brasil, China, Índia, Coreia do Sul e México devem concentrar 80% desses créditos até 2012, prevê a publicação do PNUD.

Uma das fontes alternativas de recursos são fundos de países desenvolvidos — que se comprometeram a destinar US$ 100 bilhões por ano, até 2020, para ajudar as nações em desenvolvimento a responderem às mudanças climáticas. Mas, adverte o guia, “mesmo se esse nível de fi nanciamento for atingido, os gastos públicos serão insufi cientes para transformar as economias”.

Entre os motivos para o baixo aproveitamento das oportunidades está o fato de que os mercados dos países de baixa renda não conseguem atrair muitos investimentos nessas áreas. Por isso, é preciso estimular o fl uxo de dinheiro público e privado para questões ambientais. Outra recomendação do guia é aproveitar melhor os recursos públicos, sempre limitados. É possível, por exemplo, usá-los para atrair fi nanciamentos privados, por meio da elevação dos impostos de atividades que prejudicam o meio ambiente — segundo a publicação, essa medida costuma ser mais efi ciente que dar subsídios para atividades sustentáveis.

O documento do PNUD também contém um passo a passo com quatro etapas: 1) identifi car tecnologias prioritárias de mitigação das mudanças climáticas e adaptação a elas; 2) avaliar quais são as principais barreiras para a difusão dessas tecnologias; 3) determinar políticas tanto para iniciativa pública quanto privada; 4) selecionar opções de fi nanciamento. As dicas têm como base a experiência do PNUD, que já gerenciou mais de mil projetos climáticos em cerca de 140 países.

O relatório é baseado na premissa de que é possível reverter alterações no meio ambiente e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento — afinal, o combate às mudanças climáticas pode trazer benefícios econômicos e sociais, como redução da pobreza, criação de empregos verdes e manejo sustentável da água.

O documento está disponível em www.techoje.com.br

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é a rede global de desenvolvimento da ONU, presente em mais de 170 países e territórios. Ao lado de governos, iniciativa privada e sociedade civil, o PNUD trabalha para melhorar a vida das pessoas, construindo nações mais preparadas e proporcionando condições que empoderem as vidas de seus povos. Em conjunto com pessoas de todas as esferas da sociedade, o PNUD ajuda a construir nações que possam resistir a crises e a criar as condições necessárias para promover uma forma de crescimento que melhore a qualidade de vida de todos. O papel do PNUD é o de oferecer uma perspectiva global aliada a uma visão local, ajudando a empoderar vidas e a construir nações mais resilientes.

Documento explica como países em desenvolvimento podem obter recursos para custear atividades de combate a mudanças climáticas do PNUD

Guia prega “desconcentrar” verba ambiental

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Aconteceu no IETEC

Depois de 24 anos atuando como professor do IETEC, o engenheiro de minas Antônio Carlos Girodo, está reduzindo suas atividades em sala de aula. Durante os anos que atuou como professor, Girodo teve a oportunidade de ministrar vários cursos no IETEC, entre eles: Estatística Aplicada à Mineração, Geoestatística, Teoria da Amostragem, Planejamento Mineiro, Bombeamento de Polpas, Lavra Subterrânea, Benefi ciamento Mineral, além de vários cursos fechados para empresas. A última turma em que deu aula foi sobre Amostragem e Controle de qualidade na Mineração, com término em junho de 2011.

Durante esse tempo como professor, Girodo recorda com carinho das aulas, da participação dos alunos e da enorme vontade deles em aprender e progredir em suas profi ssões. Do IETEC fi ca a admiração.

“Gosto muito do IETEC sob todos os aspectos. É uma instituição Educacional séria, voltada para transmitir conhecimentos aos alunos. As pessoas que trabalham no IETEC, desde o mais

simples funcionário até a alta direção, são muito agradáveis e colaborativas. Com certeza o IETEC está desempenhando um papel muito relevante na capacitação de diversos tipos de profi ssionais, sobretudo nas áreas das Engenharias e Gerenciamento. Não é preciso mencionar que é impossível desenvolver qualquer país sem se praticar engenharias de ponta e sem gerenciamento competente de tudo quanto é tipo de recursos”, fi naliza Girodo.

“Uma fi gura humana, exemplar. A mineração brasileira deve muito ao Girodo, pois ele educou centenas de profi ssionais”, destaca Ronaldo Gusmão, presidente do IETEC.

Em 2002, esse engenheiro de minas, profi ssão que abraça há 46 anos com muito orgulho, foi agraciado pelo CREA-MG/CONFEA com a medalha do Mérito de Engenharia, por seus feitos na profi ssão, prêmio que Girodo recebeu com humildade e carinho.Atualmente, Girodo dedica-se à família, consultoria na área mineral, música e esportes, seus grandes prazeres.

Curta

sanúncio

Girodo,Muito obrigado

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Entrevista com Sérgio Cavalieri, presidente do Conselho Administrativo da ALE Combustíveis e acionista do Grupo Asamar.Em um cenário mundial em que a economia brasileira cresce e aparece como um mercado atrativo para investimentos, as empresas nacionais precisam se adaptar para conseguirem se destacar no mercado e ao mesmo tempo se manterem sustentáveis. Fruto dessa situação, a demanda por investimentos, principalmente em inovação, tecnologia e práticas sustentáveis, bem como a conhecida falta de mão de obra qualifi cada no Brasil, se apresentam como desafi os para as empresas que desejam crescer e se manter competitivas.

Nesse cenário, o Grupo Asamar se destaca pela diversifi cação de nichos de atuação como estratégia para minimizar os riscos. Fundada em 1932 pelos engenheiros Alberto Woods Soares, Amynthas Jacques de Moraes e Antônio Faria Ribeiro e atualmente sob comando da terceira geração da família, o GrupoAsamar atua nas áreas de distribuição de combustíveis líquidos,construção em aço, refl orestamento e produtos fl orestais, biocombustíveis e tecnologia da informação.`Nesta entrevista, o presidente do Conselho Administrativo da ALECombustíveis S.A., e acionista do Grupo Asamar, Sérgio Cavalieri,fala de investimentos, inovação, sustentabilidade, mão de obra qualifi cada, governança e responsabilidade social.

Quais são os planos de investimentos do Grupo Asamar para este ano?Os investimentos serão feitos por meio das empresas das quais somos acionistas, sendo as principais: ALE Combustíveis, MASB,

Grupo Asamar aposta na diversifi cação

Atuação em segmentos variados reduz riscos e aumenta as demandas em investimentos,

inovação tecnológica e sustentabilidade.

Codeme Engenharia, MetForm Produtos de Aço, Ativas Data Center e Alvorada Petróleo.Todas as empresas do Grupo Asamar estão expandindo suas atividades. O total a ser investido por estas empresas em 2011 supera R$ 300 milhões.

Na sua opinião, qual a importância da inovação para a melhoria dos processos produtivos e para o aumento da competitividade?Se uma empresa não se atualiza tecnologicamente, desenvolve novos produtos ou processos, aumenta sua produtividade, dificilmente sobreviverá ao mundo atual. A competição é cada vez mais acirrada e os consumidores são mais exigentes e seletivos.

As empresas do Grupo Asamar estão prontas para inovar?O Grupo Asamar sempre teve o pioneirismo nas veias e a inovação faz parte da sua cultura. Estas características vêm dos seus fundadores, que foram pioneiros em várias áreas: mineração, siderurgia e construção. Investimos nestas áreas e incentivamos nossos gestores e equipes a terem esta postura também. “Preferimos os erros dos que procuram inovar do que a mesmice dos acomodados”. Quando o erro ocorre por uma tentativa de se melhorar algo, fruto da inovação ou ousadia, entendemos como algo saudável e não há punição. A empresa que para no tempo está fadada à morte. A Ativas é um bom exemplo do espírito de inovar do Grupo Asamar. Implantamos em 2011 em, Belo Horizonte, o Data Center mais moderno da América do Sul, que adota as tecnologias mais avançadas e inéditas até então no país.

Por Aline do E. Santo

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Capa

Como a inovação pode contribuir para que as práticas sustentáveis sejam mais assertivas e constantes?A palavra sustentabilidade deixou de ser um modismo e entrou para o dia a dia da gestão das empresas. Acionistas, gestores e gerentes não só falam de sustentabilidade, mas começam a praticar como rotina, procurando novos processos que reduzam os impactos ambientais e sociais dos seus produtos. Analisam toda a cadeia, ou seja, todo o ciclo do produto, fornecedores, fabricação, consumo e pós consumo. A inovação é essencial para que se possa avançar e encontrar novas formas de produzir e para que a economia seja verde e humanizada. “Tudo começa no design do produto. É preciso que a sua concepção siga as novas exigências da sociedade.” É uma mudança de paradigma, pois a preocupação sempre foi de redução de custos, que muitas vezes signifi cava um dano ambiental maior ou um impacto social negativo.

Quais são as ações sustentáveis da companhia? E os resultados?Com quase 80 anos de atividades empresariais ininterruptas, a preocupação sócio-ambiental sempre veio em primeiro lugar, antes mesmo do lucro. A Asamar é orientada para pessoas, sejam elas os funcionários, clientes, fornecedores, comunidade, a sociedade em geral. Logicamente isto não exclui a busca por resultados econômico-fi nanceiros. O nosso diferencial é que colocamos as pessoas em primeiro lugar. Trabalhamos de forma a criar riqueza social e ao mesmo tempo econômica. Buscamos o lucro, mas não é de qualquer forma. Deve ser um lucro qualifi cado, saudável, que resulta depois de se remunerar bem os funcionários, preservar o meio ambiente, cumprir as obrigações com fornecedores, governo, propiciar condições dignas de trabalho, possibilidade de desenvolvimento das pessoas, tudo com extremo cuidado e zelo pelo ser humano.

Como vem acontecendo em outros setores, o Grupo Asamar sofre com a carência de mão de obra qualifi cada?Sim, temos tido difi culdades de preencher quadros, além de constatarmos um aumento constante nos salários. Diria que em todas as empresas e áreas, com maiores difi culdades nas profi ssões mais especializadas, como a área de TI, na qual a Ativas Data Center atua.

Uma das empresas do grupo, a ALE, foi eleita uma das melhores empresas para começar a carreira de acordo com a Você S/A. Na sua avaliação, que fatores foram decisivos para isso? A ALE tem uma excelente gestão de recursos humanos, tanto é que já fomos premiados várias vezes como melhor empresa para se trabalhar no Brasil e América Latina. Recentemente fomos listados entre as melhores empresas para começar a carreira. Sempre tivemos uma atenção muito grande com os estagiários e com a

prata da casa, ou seja, dar prioridade para os que já trabalham na empresa. Mais recentemente, em função da difi culdade de mão de obra, este cuidado aumentou e lançamos o programa de trainee. Em 2010 abrimos 10 vagas para profi ssionais com até dois anos de graduação. Tivemos mais de 12 mil inscrições.

Qual a importância da governança corporativa no grupo?Considero a governança muito importante, pois não é possível construir uma casa se a fundação não for sólida, e a governança é a base de uma empresa. O Grupo Asamar zela pela boa governança, pratica a transparência, presta contas e é fi el ao tratamento equânime entre os seus sócios. Temos sócios externos à família em praticamente todos os negócios e isto demanda ferramentas aprimoradas de governança. Todas as empresas são sociedades anônimas, muitas delas com Conselheiros externos nos seus Conselhos. As Diretorias e Gerências Executivas são ocupadas por profi ssionais de mercado. Trabalhamos planejadamente com diretrizes e metas bem conhecidas por toda a organização, e os funcionários são recompensados quando superam os objetivos traçados. Recentemente, a ALE Combustíveis conquistou o prêmio como a melhor empresa do Brasil em Governança Corporativa, entre as companhias de capital fechado, o que comprova as boas práticas de governança do Grupo.

O tema responsabilidade social está avançando e ganhou a norma ISO 26.000. O que culminou sua criação?A ISO 26.000 é a primeira norma internacional que trata do tema da Responsabilidade Social. Sua conclusão e divulgação, em setembro de 2010, é um importante marco no cenário empresarial. Acredito que terá um efeito semelhante a ISO 9.000, que revolucionou a forma das empresas lidarem com a qualidade na década de 90. Em pouco tempo, os consumidores e as próprias empresas passarão a exigir que os seus fornecedores atuem em sintonia com a ISO 26.000, o que traz importantes ganhos sociais e ambientais para a economia e para toda a sociedade.

A entrevista na íntegra está disponível em www.techoje.com.br

Engenheiro civil pela Universidade Mackenzie, pós-graduado em fi nanças pela FGV, com o curso de Gestão Avançada no INSEAD - Fundação Dom Cabral em Fontainebleau na França.Presidente do Conselho Administrativo da ALE Combustíveis e acionista do Grupo Asamar. Vice-presidente da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Presidente da ADCE Regional Belo Horizonte e da ADCE Brasil, Membro do Conselho Temático Permanente de Responsabilidade Social da CNI - Confederação Nacional da Indústria e Conselho Consultivo Internacional da FDC - Fundação Dom Cabral.

Quem é Sérgio Cavalieri?

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A demanda energética global, segundo previsões, deverá crescer pelo menos um terço até 2035. E, ao se pensar em segurança e efi ciência energética na América Latina, fala-se de uma relação muito estreita entre rápido crescimento econômico e capacidade de suprir a demanda de energia que esse crescimento exige.

Dessa forma, uma política energética imbuída de inovação é essencial para que novas opções surjam e o potencial de crescimento na região não seja barrado por gargalos de infraestrutura. Com atitudes inovadoras é possível melhorar as tecnologias existentes e desenvolver novidades para atender os problemas mais complexos.

Há em curso uma corrida tecnológica global por energias mais limpas, inteligentes e efi cientes, preocupação vital para o crescimento econômico de qualquer país em desenvolvimento, como os da América Latina. Esse pode ser também o maior motor de geração de empregos deste século, e empresas e governos que atentarem rapidamente para esta necessidade, produzindo soluções inovadoras para suprimento da demanda, irão colher os frutos dessa conquista.

A América Latina vem registrando uma forte ampliação da demanda por energia, tanto da indústria quanto dos usuários domésticos. O Brasil, por exemplo, já é o 10º maior consumidor de energia do mundo e o primeiro da América Latina, com previsões de crescimento de seu PIB. Por outro lado, sua meta de redução da intensidade energética chega a 25% até 2030. É um grande desafi o de perspectivas tão positivas que necessitam de inovação como pilar de sustentação para que efetivamente se tornem realidade.

A solução para essa equação – de um lado, a crescente demanda por energia, e do outro, fontes limitadas de geração e transmissão – pode estar na diversifi cação da matriz energética dos países latino-americanos. Hoje, grande parte deles se apoia em fontes não renováveis, como o petróleo, ou que exigem o alagamento de grandes áreas, como as hidrelétricas.

Muito já se avançou nessa diversifi cação, e atualmente é possível obter energia a partir do vento, do calor, de fontes vegetais -

caso do etanol - e até mesmo do lixo ou de matéria orgânica em decomposição. Todos esses processos vêm ganhando mais espaço como potenciais soluções de efi ciência energética e deixando de ser “fontes alternativas”, para juntos contribuírem com parcelas importantes de energia limpa ou renovável para o consumo.

Com diversas fontes e tipos de energia, pode-se também limitar o impacto potencial que sempre existe por conta da utilização de apenas um tipo de recurso. Dessa forma, a segurança é fortalecida evitando-se uma dependência demasiada de uma só fonte ou região geradora de energia.

É certo que a adoção de tecnologias mais limpas vai ao encontro da crescente demanda mundial por energia. Isso inclui a maior utilização de fontes renováveis, mas não se pode esquecer que um portfolio completo de soluções energéticas é necessário, contemplando também o uso mais efi ciente de combustíveis fósseis. Neste sentido, as expectativas também são enormes para a região latino-americana, tendo em vista as recentes descobertas de jazidas com grandioso potencial de exploração na costa do Atlântico.

Outro ponto importante é a emissão de CO2, que por questões climáticas e ambientais está no topo das discussões internacionais e na agenda de estabelecimento de marcos regulatórios. Nesse caso, a inovação deve ser percebida como parceria para maximizar o uso do óleo da camada pré-sal como fonte de energia e minimizar, na outra ponta, os impactos ao meio ambiente.

A fi m de que a América Latina consiga contornar todas essas questões, é necessário investimento pesado em pesquisa e desenvolvimento de soluções que possam resultar em ganhos cada vez maiores no tocante à quantidade de energia gerada, ao rendimento possibilitado por ela e ao impacto ambiental. Já existe no mercado um número considerável de mecanismos voltados para este fi m, mas os esforços por uma evolução ainda maior, tanto da parte dos governos como da iniciativa, tornam-se cada vez mais imperativos para que o caminho em prol da segurança energética e de uma matriz latino-americana cada vez mais diversifi cada seja trilhado.

Inovação como peça-chave para a segurança energética da AL

Opin

ião

Rafael Santanaé Presidente e CEO Global da GE Energy América Latina e assumirá o posto de Presidente Global da GE Power & Water, na divisão de motores a gás.

Com inovação é possível melhorar as tecnologias por energias mais limpas e efi cientes

Page 11: Revista Ietec

Cursos corporativos IETEC:Nunca foi tão fácil levar sua empresa tão longe

Programação de cursos de Agosto a Outubro

Page 12: Revista Ietec

Conheça as diversas oportunidades de curso oferecidas pelo IETEC. Muito mais qualifi cação para sua equipe e muito mais sucesso para sua empresa.

Confi ra a programação dos cursos no site www.ietec.com.br. Para mais informações: (31)3116-1000/ (31)3223-6251 - [email protected]

Curso Início Término HorárioGerenciamento de Projetos 29 Ago. 30 Ago. DiurnoAdministração de Contratos 1 Set. 2 Set. DiurnoLiderança em Equipes de Projetos 8 Set. 9 Set. DiurnoGerenciamento de Projetos com a Utilização do Ms Project 2007 12 Set. 14 Set. DiurnoCurso Preparatório para Exame PMP 14 Set. 30 Nov. NoturnoGerência de Programas de Projetos 22 Set. 23 Set. DiurnoGerenciamento de Projetos na Construção Civil 5 Out. 6 Out. DiurnoAuditoria em Projetos 17 Out. 19 Out. DiurnoAdministração de Contratos - Curso a Distância Sob DemandaGestão de Pessoas em Equipes de Projetos - Curso a Distância Sob DemandaLiderança e Gestão de Pessoas - Curso a Distância Sob Demanda

Gestão de Projetos

Gestão e Tecnologia da Informação

Curso Início Término HorárioSegurança da Informação nas Organizações - Gestão e Implementação

8 Ago. 11 Ago. Noturno

Boas Práticas em TI Verde 25 Ago. 26 Ago. DiurnoElaboração e Administração de Contratos em TI 19 Set. 20 Set. Diurno

Gerenciamento de Projetos de Software com Ênfase em Planejamento

19 Set. 28 Set. Noturno

Modelagem de Processos 17 Out. 25 Out. NoturnoGestão de Serviços de TI - Itil e seus Fundamentos 19 Out. 21 Out. Diurno

Responsabilidade Social

Curso Início Término HorárioResponsabilidade Social Corporativa 11 Ago. 12 Ago. DiurnoGestão de Projetos Sociais 25 Ago. 26 Ago. DiurnoNormas e Certifi cações em Responsabilidade Social 22 Set. 23 Set. DiurnoIncentivos Fiscais Aplicados a Projetos de Responsabilidade Social 6 Out. 7 Out. DiurnoGestão do Voluntariado Corporativo 13 Out. 14 Out. Diurno

Page 13: Revista Ietec

Confi ra a programação dos cursos no site www.ietec.com.br. Para mais informações: (31)3116-1000/ (31)3223-6251 - [email protected]

Gestão e Tecnologia Industrial

Meio Ambiente

Gestão da InovaçãoCurso Início Término HorárioGestão da Inovação no Ambiente Empresarial - Curso a Distância Sob Demanda

Curso Início Término HorárioGestão de Recursos Hídricos 10 Ago. 11 Ago. DiurnoLegislação Ambiental 17 Ago. 19 Ago. DiurnoAdministração de Resíduos Sólidos Industriais 12 Set. 13 Set. DiurnoLicenciamento Ambiental 12 Set. 14 Set. DiurnoIdentifi cação de Riscos Utilizando Hazop 26 Set. 27 Set. DiurnoIndicadores de Produção Mais Limpa: Avaliação de Desempenho Ambiental dos Processos Produtivos

3 Out. 4 Out. Diurno

Bioengenharia de Solos (Para Proteção de Taludes e Recuperação Ambiental)

5 Out. 7 Out. Diurno

Remediação e Gerenciamento de Áreas Degradadas 19 Out. 20 Out. DiurnoInventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e a Nova Iso 14064 20 Out. 21 Out. Diurno

Gestão Integrada – Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho 19 Out. 21 Out. Diurno

Curso Início Término HorárioGestão Estratégica de Custos 11 Ago. 12 Ago. DiurnoAnálises Tributárias 9 Ago. 10 Ago. DiurnoAdministração de Materiais 25 Ago. 26 Ago. DiurnoElaboração de Proposta Técnica e Comercial 13 Set. 15 Set. NoturnoCustos e Formação de Preços Industriais 15 Set. 16 Set. DiurnoGerenciamento da Logística 29 Set. 30 Set. DiurnoImportação - Compras Internacionais 3 Out. 4 Out. Diurno

Mapeamento e Gerenciamento de Processos (Rastreabilidade de Processos)

4 Out. 5 Out. Diurno

Indicadores de Performance Logística (KPI´s) 4 Out. 4 Out. DiurnoIndicadores de Desempenho da Qualidade 10 Out. 11 Out. DiurnoCustos como Instrumento de Gestão 13 Out. 14 Out. DiurnoDesenvolvimento e Avaliação de Fornecedores 17 Out. 19 Out. NoturnoPlanejamento e Controle de Estoque 18 Out. 19 Out. Diurno

Gestão Integrada - Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho

19 Out. 21 Out. Diurno

Liderança em Equipes de Produção 20 Out. 21 Out. Diurno

Elaboração e Análise de Proposta Técnica Comercial - Curso a Distância

Sob Demanda

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Rua Tomé de Souza, 1065 | Savassi | CEP 30.140-131 | Belo Horizonte / MG ietec.com.br | [email protected] | (31) 3116.1000 | (31) 3223.6251

Curso Início Término HorárioPCM - Planejamento, Programação e Controle da Manutenção - Avançado

22 Ago. 23 Ago. Diurno

Gestão de Custos e Investimentos em Manutenção 26 Set. 28 Set. DiurnoEliminação de Erros e Defeitos na Manutenção 17 Out. 18 Out. DiurnoManutenção Centrada em Confi abilidade 17 Out. 18 Out. DiurnoPlanejamento e Controle de Manutenção - Curso a Distância Sob Demanda

Manutenção

Curso Início Término HorárioCarregamento e Transporte em Minas a Céu Aberto - Aplicações de Pesquisa Operacional

16 Ago. 17 Ago. Diurno

Gerenciamento de Projetos de Mina Subterrânea 20 Set. 21 Set. Diurno

Legislação Mineral e Meio Ambiente 13 Out. 14 Out. Diurno

Desmonte de Rochas com Explosivos 27 Out. 28 Out. Diurno

Mineração

Cursos corporativos IETEC: o mercado reconhece. Grandes empresas já aprovaram os Cursos Corporativos IETEC para capacitar seus colaboradores.

Isso mostra a confi ança e credibilidade que o IETEC possui no mercado. Com aulas voltadas para

a realidade do seu negócio, os Cursos Corporativos podem ser customizados de acordo com a

necessidade da sua empresa.

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Esta foi a principal constatação do Seminário que reuniu 230 profi ssionais focados no desenvolvimento e na expansão do setor no país

Nos dias 13 e 14 de julho, Belo Horizonte recebeu o 14º Seminário Nacional de Gestão de Projetos, uma realização do Instituto de Educação Tecnológica (IETEC). Durante esse período, profissionais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Pará e Brasília discutiram os rumos da profissão e os principais desafios das empresas.

Duas foram as principais conclusões. Primeira: um bom gerente de projetos precisa de qualificação constante. A segunda: faltam profissionais qualificados no mercado brasileiro. “Atualmente não há, no mercado, profissionais com a qualificação e disponibilidade que as empresas demandam. Para suprir essa lacuna, muitas têm formado seus próprios quadros. Mas a necessidade é latente e, pelo que vemos, deve permanecer pelos próximos anos, se mantida o mesmo ritmo de crescimento da economia”, observa Manoel Vitor de Mendonça Filho, vice-presidente da Gerdau-Açominas, que abriu os trabalhos do encontro analisando as oportunidades e ameaças dos projetos de investimento no Brasil.

O evento inovou ao realizar transmissões ao vivo diretamente do site da Rede Minas de Televisão. Assim, foi possível disseminar em larga escala as melhores práticas entre os profissionais, além de permitir a troca de experiências entre as organizações participantes. “Eventos como este são importantes para conhecermos as formas de gestão

dos grandes grupos empresariais. Aprende-se muito mais com a troca de experiências do que na simples aplicação da metodologia.”, analisa Ronaldo Gusmão, presidente do IETEC.

Luiz Fernando Pires, presidente da Mascarenhas Barbosa Roscoe Construções e do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (SINDUSCON-MG), e palestrante do evento, afirma que o gerenciamento de projetos é imprescindível em uma organização, seja ela pequena ou de grande porte. “Com a concorrência cada vez mais intensa entre as empresas, o setor se tornou estratégico e fundamental para a elaboração de técnicas de planejamento realmente eficientes. Com a prática de uma boa gestão, os diferenciais aparecem e o sucesso se torna ainda mais presente nos projetos e planos” comenta.

Durante os dois dias do Seminário, estiveram presentes mais de 230 profissionais, que assistiram a 24 apresentações, ministradas por especialistas renomados das seguintes organizações: Comau, Concremat, Construtora Even, CPLAN, De Paula Assessores e Consultores, Devex, Energ Power, Fiat, Gerdau-Açominas, IPMA Brasil, INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial), M2 Consultoria, Mascarenhas Barbosa Roscoe Construções, Rede Metrológica de Minas Gerais, Reta Engenharia, Siemens, V & M do BRASIL e VéliSoluções em RH.

Capacitação e dedicação:

Base para uma efi ciente gestão de projetos

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Por Harley Pinto

Apresentação durante o 14º Seminário Nacional de Gestão de Projetos

A transmissão do evento obteve visibilidade em 97 cidades de 10 países.

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Qualificação é imprescindível

Um dos maiores diferenciais para se tornar um gerente de projetos de destaque é a busca permanente por qualificação. Um bom exemplo é a Samarco, onde há a divisão dos projetos rotineiros dos megaprojetos, responsáveis pela expansão das atividades da empresa. Quem explica é a coordenadora técnica de Recursos Humanos da empresa, Vânia Ferreira. “Já possuímos estabelecido um PMO e temos uma classificação interna de projetos, que vai de A a D. Eu trabalho num projeto de expansão, um megaprojeto de expansão, que é trabalhado separadamente do PMO corporativo, que se encarrega dos projetos mais rotineiros, digamos. Para esse megaprojeto, temos uma equipe específica pré-estabelecida e full time neste empreendimento, que já tem toda uma metodologia implementada. Nele, trabalham nossos mais qualificados gerentes de projetos”, afirma.

Segundo Murilo de Mello Campos, diretor regional da Concremat, é fundamental ter um gerente de projetos na empresa. “Fizemos uma análise criteriosa, dentro do nosso Planejamento Estratégico, e enxergamos que uma metodologia com um escritório qualificado de PMO faz com que a empresa tenha uma redução de custos na operação, ao mesmo tempo em que se melhora a qualidade dos serviços oferecidos. Investimos fortemente na qualificação dos nossos profissionais – inclusive com a realização de um MBA in company – pois vemos isso como um diferencial de mercado”, analisa.

Para Ivo Michalick, presidente do Project Management Institute Minas Gerais (PMI-MG) e sócio-diretor da M2 Consultoria, um gerente de projetos deve apresentar competências interpessoais que garantam o sucesso durante a condução de um empreendimento. “Para listar somente as principais, diria capacidade de liderança, de negociação e de comunicação. Sem esse tripé, todas as outras habilidades se tornam supérfluas. Elas são fundamentais para a formação de um bom gestor, que tem a função de integrar as diferentes áreas da empresa”, comenta o profissional, que traz sua vivência de mercado para o IETEC, como coordenador dos cursos de gerenciamento de projetos do Instituto.

Essa opinião é também compartilhada pelo líder do Comitê Estratégico do IPMA Brasil (International Project Management Association), Wilson Guilherme Ramalho da Silva. Para ele, um profissional preparado deve ter competência técnica, comportamental e contextual – critérios de avaliação do processo de certificação da IPMA - e estar em constante aperfeiçoamento, caso contrário, se torna um obstáculo para o mercado. Wilson convive com esta situação na prática. Como gerente geral para implantação da Refinaria do Nordeste na área de negócios de abastecimento da Petrobras, ele lida diariamente com a falta de mão de obra especializada em gerenciamento de projetos. “A falta de profissionais pode acarretar problemas graves como atrasos

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Abertura do Seminário com o vice-presidente da Gerdau-Açominas e representantes do PMI-MG e IPMA Brasil

nos prazos de entrega, queda na qualidade, aumento dos custos e insatisfação dos envolvidos, fatores que elevam a rotatividade e fazem com que a empresa volte a uma das fases mais difíceis do projeto: encontrar o profissional adequado para a função”, enfatiza.

Escassez de mão de obra

Em uma pesquisa realizada pelo PMI Brasil com diversas empresas nacionais, foi diagnosticado que o déficit em gestores de projetos chegará a 50 mil gerentes de projetos qualificados em cinco anos. “Atualmente, o país investe em diferentes empreendimentos e desfruta de uma economia local que nunca criou tantos empregos, em contrapartida, não consegue manter um quadro de profissionais capacitados o suficiente”, analisa Ivo Michalick.

“Mesmo diante desta escassez, não basta se formar, ou ser PMO para ter a certeza do sucesso profissional. É preciso ir além, se diferenciar, visto que a concorrência no mercado é grande, principalmente no que se refere aos grandes projetos empresariais, onde está a maior parte dos recursos e onde os melhores se destacam”, analisa o diretor de Negócios da Siemens, Wilson Leal, que participou do painel de encerramento do Seminário.

Maturidade dos projetos

Um dos temas que gerou maior interesse durante o Seminário foi a pesquisa “Maturidade Brasil 2010”, coordenada por Darci Prado, consultor-sócio do Instituto de Desenvolvimento Gerencial. O levantamento apresentou resultados no que se refere à maturidade em gerenciamento de projetos e demonstrou de que forma este parâmetro contribui diretamente para a obtenção de sucesso nos resultados do negócio.

A partir de uma escala de um a cinco, os pesquisadores verificaram que as empresas nacionais detêm nota 2,61 como maturidade média. “Isso mostra que as instituições empresariais brasileiras ainda têm muito a evoluir, principalmente se quiserem vir a ser relevantes num cenário de internacionalização das economias. O nível ideal é atingido por somente 1% das entrevistadas, o que é muito pouco para um país com o potencial de crescimento como o nosso”, analisa Prado.

O coordenador do MBA de Gestão de Projetos do IETEC, João Carlos Boyadjian, afirma que “para se fazer uma boa gestão de um projeto, entre outras coisas, é necessário que se visualize qual será o ciclo de vida do projeto. Sob a ótica desse ciclo

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Serviço

• Todas as apresentações do 14º Seminário Nacional de Gestão de Projetos estão disponíveis no Gestão de Projetos Brasil:www.gestaodeprojetosbrasil.com.br

• Os vídeos das palestras de abertura e encerramento do Encontro estão disponíveis no canal do IETEC no You Tube: www.youtube.com/IETECtv

Encerramento do Seminário com os diretores da Siemens e Energ Power, CEO da Devex, Presidente e Coordenador da área de projetos do IETEC

é que conseguiremos extrair quais serão os pontos a serem desenvolvidos no âmbito técnico e gerencial do empreendimento. É por meio do ciclo de vida que definiremos como os gestores aplicarão os processos e utilizarão as ferramentas adequadas de gestão”.

A pesquisa “Maturidade Brasil 2010” está disponível para consulta no site: www.techoje.com.br

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CURSOS NA ÁREA DE MINERAÇÃOO SUCESSO DA SUA EMPRESA PASSA POR AQUI

Carregamento e Transporte em Minas a Céu Aberto - Aplicações de Pesquisa Operacional16 e 17 de Agosto - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Operações de Carregamento e Transporte em Minas a Céu Aberto - Determinação do Ritmo de Lavra das Frentes - Introdução à Análise de Decisões Usando Técnicas de Pesquisa Operacional - Resolução de Problemas de Otimização Utilizando Planilhas Eletrônicas - Modelos de Otimização para Resolução de Problemas de Lavra - Simulação de Sistemas Aplicada à Lavra de Minas - Alocação Estática e Dinâmica de Caminhões - Sistemas de Despacho de Caminhões e Gerenciamento das Operações de Lavra - Análise de Cenários de Produção em Minerações Usando Pesquisa Operacional

Gerenciamento de Projetos de Mina Subterrânea20 e 21 de Setembro - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Elementos de Planejamento Mineiro - Modelamento do Depósito Mineral - Considerações Práticas Sobre a Operacionalização de Projetos de Lavra - Programa de Lavra - Programa de Desenvolvimento da Mina – Dimensionamentos dos Equipamentos da Mina - Infraestrutura na Mina Subterrânea - Quadro de Pessoal - Custo Operacional (OPEX) - Custo de Investimento (CAPEX) - Fechamento da Mina Subterrânea - Economia dos Projetos de Mineração - Comentários Finais

Legislação Mineral e Meio Ambiente13 e 14 de Outubro - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Introdução - Mineração, Meio Ambiente e Atividade Econômica na Constituição Federal - O Bem Mineral como Recurso Ambiental e a Necessidade de seu Aproveitamento - Evolução dos Regimes Jurídicos de Aproveitamento dos Recursos Minerais - O Atual Regime Jurídico para o Aproveitamento dos Recursos Minerais - A Compatibilização da Mineração com o Meio Ambiente pelo Direito - A Gestão Ambiental na Mineração

Desmonte de Rochas com Explosivos27 e 28 de Outubro - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Perfuração da Rocha - Tipos de Explosivos - Discussão da Velocidade e Pressão de Detonação, Energia, Densidade, Gases, Detonação por Simpatia e Parâmetros que afetam as Propriedades dos Explosivos - Como Desenvolver um Novo Explosivo - Cálculo da Porcentagem em Peso dos Componentes, Cálculo da Energia e Testes de Campo e, especialmente, a Velocidade de Detonação - Acessórios de Iniciação - Cálculo de Plano de Fogo - Manual e Através de Software - Métodos de Avaliação do Desmonte de Rocha - Medição, Simulação e Controle da Fragmentação da Rocha - Utilizando Software - Cálculo dos Parâmetros do Desmonte Escultural: Pré-Corte com Cargas Contínuas, Desacopladas e com o Sistema Air Deck - Técnicas de Desmonte Secundário de Rocha: Drop Ball, Martelo Hidráulico, Cimentos Expansivos, Plasma Blasting, Blocos Perfurados, João de Barro, Buraco de Cobra - Medidas e Controle dos Problemas Ambientais Gerados pelos Desmontes de Rocha: Velocidade e Frequência de Vibração dos Terrenos, Sobrepressão do Ar e Ultralançamento dos Fragmentos Rochosos - Demonstração da Medição da Velocidade e Frequência de Vibração e Pulso de Ar, através do Sismógrafo Blastemate Series III - Segurança e Manuseio dos Explosivos - Novos Recursos Aplicados aos Desmontes de Rochas - Navegando pela Internet

Veja a programação completa dos cursos no site: ietec.com.br

Tel: (31) 3116.1000 / 3223.6251 | [email protected] | R. Tomé de Souza, 1065 - Savassi - Belo Horizonte

www.twitter.com/ietec | www.gestaodeprojetosbrasil.com.br www.twitter.com/ietec | www.gestaodeprojetosbrasil.com.br

Conhecimento Aplicado

Aperfeiçoamento, especialização e MBA Executivo como forma de crescer profi ssionalmente e adquirir conhecimento. Assim aconteceu com o Gerente de Compras da Egesa Engenharia S/A, José Ambrósio Sobrinho, e com César Augusto Castanheira Santos, líder de Projetos na Net Service, ao estudarem no IETEC.José Ambrósio era supervisor de compras da Egesa Engenharia S/A, quando começou seu curso de aperfeiçoamento no IETEC e assim trilhou seu caminho rumo ao sucesso.

Atualmente como Gerente de Compras, ele afi rma que o conhecimento adquirido no curso foi fundamental para rever, aprofundar conceitos e aplicar no trabalho tudo que aprendeu nos estudos. “Eu já trabalhava na área. Porém, no IETEC, pude ampliar minha visão sobre a área de compras. Hoje tenho uma visão empreendedora e aplico no meu dia a dia tudo que aprendi nos estudos”, comenta.

Das três etapas que cursou, José Ambrósio aplicou na empresa a avaliação de fornecedores e a centralização de compras, o que trouxe um grande resultado para a Egesa, acabou com o desperdício de material e perda de prazos. “As empresas hoje, principalmente da construção civil, precisam programar-se para a compra de material na data certa, cumprir prazos, evitar o desperdício e conscientizar os usuários na utilização do material nas construções. Como especialista em negociações, tive maior poder de decisão, obtive grandes resultados, melhorei minha remuneração e a empresa pode contar com um colaborador completo”, fi naliza José Ambrósio.

O reconhecimento veio agora no fi nal de julho, quando foi elogiado pelo desempenho que teve na organização do departamento de compras e a aplicabilidade do que trouxe para a empresa.

Com o líder de projetos da Net Service, César Augusto, não foi diferente. Ele resolveu fazer os três módulos de estudos que o IETEC oferece devido à própria demanda do mercado, necessidade de aprimoramento pessoal e plano de carreira.

Ciente de que a qualidade de sua performance profi ssional estava atrelada à sua bagagem de conhecimentos, o líder de projetos apostou na qualifi cação. Ao longo do curso, César Augusto teve a oportunidade de aplicar os conceitos discutidos em sala de aula no desenvolvimento de soluções de TI na Net Service. “Ao fazer o MBA Executivo, ampliei meu network, troquei experiências e adquiri conhecimento. No dia a dia, por trabalhar numa empresa de TI e estar na área de projetos, os estudos foram de grande relevância para o meu trabalho e para aplicabilidade do que aprendi”, comenta César Augusto.

Num mercado cada vez mais competitivo, onde o estudo acaba sendo o diferencial para ascensão profi ssional, José Ambrósio e César Augusto escolheram o IETEC, por ser uma das melhores instituições de ensino, pela seriedade do estabelecimento e sobretudo pelo corpo acadêmico.

José Ambrósio

César Augusto

Por Aline do E. Santo

Aplicabilidade que leva a resultados positivos

Curta

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CURSOS NA ÁREA DE MINERAÇÃOO SUCESSO DA SUA EMPRESA PASSA POR AQUI

Carregamento e Transporte em Minas a Céu Aberto - Aplicações de Pesquisa Operacional16 e 17 de Agosto - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Operações de Carregamento e Transporte em Minas a Céu Aberto - Determinação do Ritmo de Lavra das Frentes - Introdução à Análise de Decisões Usando Técnicas de Pesquisa Operacional - Resolução de Problemas de Otimização Utilizando Planilhas Eletrônicas - Modelos de Otimização para Resolução de Problemas de Lavra - Simulação de Sistemas Aplicada à Lavra de Minas - Alocação Estática e Dinâmica de Caminhões - Sistemas de Despacho de Caminhões e Gerenciamento das Operações de Lavra - Análise de Cenários de Produção em Minerações Usando Pesquisa Operacional

Gerenciamento de Projetos de Mina Subterrânea20 e 21 de Setembro - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Elementos de Planejamento Mineiro - Modelamento do Depósito Mineral - Considerações Práticas Sobre a Operacionalização de Projetos de Lavra - Programa de Lavra - Programa de Desenvolvimento da Mina – Dimensionamentos dos Equipamentos da Mina - Infraestrutura na Mina Subterrânea - Quadro de Pessoal - Custo Operacional (OPEX) - Custo de Investimento (CAPEX) - Fechamento da Mina Subterrânea - Economia dos Projetos de Mineração - Comentários Finais

Legislação Mineral e Meio Ambiente13 e 14 de Outubro - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Introdução - Mineração, Meio Ambiente e Atividade Econômica na Constituição Federal - O Bem Mineral como Recurso Ambiental e a Necessidade de seu Aproveitamento - Evolução dos Regimes Jurídicos de Aproveitamento dos Recursos Minerais - O Atual Regime Jurídico para o Aproveitamento dos Recursos Minerais - A Compatibilização da Mineração com o Meio Ambiente pelo Direito - A Gestão Ambiental na Mineração

Desmonte de Rochas com Explosivos27 e 28 de Outubro - 8h30 às 17h30 - Belo Horizonte

Perfuração da Rocha - Tipos de Explosivos - Discussão da Velocidade e Pressão de Detonação, Energia, Densidade, Gases, Detonação por Simpatia e Parâmetros que afetam as Propriedades dos Explosivos - Como Desenvolver um Novo Explosivo - Cálculo da Porcentagem em Peso dos Componentes, Cálculo da Energia e Testes de Campo e, especialmente, a Velocidade de Detonação - Acessórios de Iniciação - Cálculo de Plano de Fogo - Manual e Através de Software - Métodos de Avaliação do Desmonte de Rocha - Medição, Simulação e Controle da Fragmentação da Rocha - Utilizando Software - Cálculo dos Parâmetros do Desmonte Escultural: Pré-Corte com Cargas Contínuas, Desacopladas e com o Sistema Air Deck - Técnicas de Desmonte Secundário de Rocha: Drop Ball, Martelo Hidráulico, Cimentos Expansivos, Plasma Blasting, Blocos Perfurados, João de Barro, Buraco de Cobra - Medidas e Controle dos Problemas Ambientais Gerados pelos Desmontes de Rocha: Velocidade e Frequência de Vibração dos Terrenos, Sobrepressão do Ar e Ultralançamento dos Fragmentos Rochosos - Demonstração da Medição da Velocidade e Frequência de Vibração e Pulso de Ar, através do Sismógrafo Blastemate Series III - Segurança e Manuseio dos Explosivos - Novos Recursos Aplicados aos Desmontes de Rochas - Navegando pela Internet

Veja a programação completa dos cursos no site: ietec.com.br

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Rua Ludgero Dolabela, nº 700 - Bairro Gutierrez, Belo Horizonte/MG - CEP 30441-048 Tel: (31) 3282.0353www.lumeambiental.com.br

Consultoria Ambiental para projetos de um MUNDO melhor.

É de bom tom hoje falar de sustentabilidade. Ela serve de etiqueta de garantia de que a empresa, ao produzir, está respeitando o meio ambiente. Atrás dessa palavra se escondem algumas verdades, mas também muitos engodos. De modo geral, ela é usada como adjetivo e não como substantivo.

Explico-me: como adjetivo é agregada a qualquer coisa sem mudar a natureza da coisa. Exemplo: posso diminuir a poluição química de uma fábrica, colocando fi ltros melhores em suas chaminés que vomitam gases. Mas a maneira com que a empresa se relaciona com a natureza de onde tira os materiais para a produção, não muda; ela continua devastando; a preocupação não é com o meio ambiente, mas com o lucro e com a competição que tem que ser garantida. Portanto, a sustentabilidade é apenas de acomodação e não de mudança; é adjetiva, não substantiva.

Sustentabilidade, como substantivo, exige uma mudança da relação para com a natureza, a vida e a Terra. A primeira mudança começa com outra visão da realidade. A Terra está viva e nós somos sua porção consciente e inteligente. Não estamos fora e acima dela como quem domina, mas dentro como quem cuida, aproveitando de seus bens, mas respeitando seus limites. Há interação entre ser humano e natureza. Se poluo o ar, acabo adoecendo e reforço o Efeito Estufa donde se deriva o aquecimento global. Se recupero a mata ciliar do rio, preservo as águas, aumento seu volume e melhoro minha qualidade de vida, dos pássaros e dos insetos que polinizam as árvores frutíferas e as fl ores do jardim.

Sustentabilidade, como substantivo, acontece quando nos fazemos responsáveis pela preservação da vitalidade e da integridade dos ecossistemas. Devido à abusiva exploração de seus bens e serviços, tocamos nos limites da Terra. Ela não consegue, na ordem de 30%, recompor o que lhe foi tirado e roubado. A Terra está fi cando cada vez mais pobre: de fl orestas, de águas, de solos férteis, de ar limpo e de biodiversidade. E o que é mais grave: mais empobrecida de gente com solidariedade, com compaixão, com respeito, com cuidado e com amor para com os diferentes. Quando isso vai parar?

A sustentabilidade, como substantivo, é alcançada no dia em que mudarmos nossa maneira de habitar a terra, nossa Grande Mãe, de produzir, de distribuir, de consumir e de tratar os dejetos. Nosso sistema de vida está morrendo, sem capacidade de resolver os problemas que criou. Pior, ele nos está matando e ameaçando todo o sistema vital. Temos que reinventar um novo modo de estar no mundo com os outros, com a natureza, com a Terra e com a última realidade. Aprender a ser mais com menos e a satisfazer nossas necessidades com sentido de solidariedade para com os milhões que passam fome e com o futuro de nossos fi lhos e netos. Ou mudamos, ou vamos ao encontro de previsíveis tragédias ecológicas e humanitárias.

Quando aqueles que controlam as fi nanças e os destinos dos povos reúnem, nunca é para discutir o futuro da vida humana e a preservação da Terra. Eles se encontram para tratar de dinheiro, de como salvar o sistema fi nanceiro e especulativo, de como garantir as taxas de juros e os lucros dos bancos. Se falam de aquecimento global e de mudanças climáticas é quase sempre nesta ótica: quanto posso perder com estes fenômenos? Ou então, como posso ganhar comprando ou vendendo bônus de carbono (compro de outros países licença para continuar a poluir)? A sustentabilidade de que falam não é nem adjetiva, nem substantiva. É pura retórica. Esquecem que a Terra pode viver sem nós, como viveu por bilhões de anos. Nós não podemos viver sem ela.

Não nos iludamos: as empresas, em sua grande maioria, só assumem a responsabilidade socioambiental na medida em que os ganhos não sejam prejudicados e a competição não seja ameaçada. Portanto, nada de mudanças de rumo, de relação diferente para com a natureza, nada de valores éticos e espirituais. Como disse muito bem o ecólogo social uruguaio Eduardo Gudynas: “a tarefa não é pensar em desenvolvimento alternativo, mas em alternativas de desenvolvimento”.

Chegamos a um ponto em que não temos outra saída se não fazer uma revolução paradigmática, caso contrário, seremos vítimas da lógica férrea do capital que poderá nos levar a um fenomenal impasse civilizatório.

É preciso uma mentalidade aberta e saber a diferença entre a sustentabilidade como adjetivo e como substantivo, para assim, obter uma outra visão da realidade

Sustentabilidade: Adjetivo ou Substantivo?

Opin

ião

Leonardo Boff é doutor em Teologia e fi losofi a, escritor, professor, conferencista no Brasil e exterior e assessor de movimentos sociais de cunho popular libertador.

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