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MB PECUÁRIA 9912318246/2013-DR/TO EDIÇÃO 01 | ANO 04| MAR/ABR 2014

REVISTA MB RURAL 15 WEB.pdf

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  • MB PECURIA

    9912318246/2013-DR/TO

    EDIO 01 | ANO 04| MAR/ABR 2014

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  • EDIT

    ORIA

    Lndice04 | QUALIFICAO RURAL

    05 | SUPLEMENTAO

    06 | SANIDADE ANIMAL

    09 | PASTAGEM

    12 | GESTO DE PESSOAS

    15 | AGRICULTURA I

    18 | GENTICA ANIMAL

    21 | AGRICULTURA II

    24 | MANEJO ANIMAL

    28 | CATLOGO

    Prezados Leitores

    Iniciamos mais um ano e muito h por fazer. E no se trata de um ano qualquer: estamos no ano da Copa no Brasil e tambm teremos as Eleies Federais e Estaduais. Como se estes momentos j no bastassem aos nossos coraes, ainda teremos pela frente um ano com inmeros desafios - independente de bons ou maus preos da arroba ou da soja.

    Tal qual como nos anos anteriores, j nos primeiros dias de 2014 a MB Parceiro veem trabalhando firme para apoi-lo de forma estratgica e inteligente com informaes, servios e negcios. A Revista MB Rural traz inmeras novidades para melhor apoi-lo com informaes de qualidade. Em especial, o Guia Rural Tocantins 2014, acaba de ser lanado na verso virtual e esta sendo distribudo, via DVD e tambm on line, para todos interessados.

    Nesta edio, temos vrios artigos interessantes que retratam o horizonte a ser desvendado - importantes tecnologias podem e devem ser implementadas. Para tanto, a preocupao com a qualificao em todas esferas empresariais dever ser ainda maior. Nesta edio voc ver que tambm estamos atuando para ser seu Parceiro neste desafio primordial: a qualificao rural. Alm disso, dentre todas, nossa matria de capa sobre Hbridos de Milho trata de demonstrar como necessrio vivenciarmos um novo contexto baseado tecnologia, cooperao, profissionalismo e responsabilidade. Deste modo, estamos convictos que a cada dia mais o sucesso ser derivado de equipes com qualificaes multiplas - contexto impossvel de ser totalmente atendido apenas com colaboradores internos. Deste modo, nossa mensagem final : qualifique-se para trabalhar com Parceiros, sejam eles fornecedores, terceirizados ou mesmo colaboradores internos, pois esta competncia ser primordial para seu sucesso neste mundo que evolui diariamente.

    timo 2014 a todos - contem conosco sempre.

    Mauricio Bassani dos SantosMB Parceiro

    Uma publicao do Grupo MB Parceiro

    Distribuio Gratuita

    Editor ChefeMauricio Bassani dos Santos(CRMV-TO 126/Z)

    Projeto grficoJos Francisco Ribeiro M. FilhoAgncia: CorMixTiragem: 3.000 exemplares

    A Revista MB Rural no possui matria paga em seu contedo.

    Colaborao:

    Clauber RosanovaDemtrio RevaGeicianne Batista dos SantosHeitor Rodrigues RibeiroJunior FernandesLucas SoutoLcio Rodrigus NunesLuis Henrique Andreucci ContiSaulo TinazoWagner Pires

    As idias contidas nos artigos assinados no expressam, necessariamente, a opinio da revista e so de inteira responsabilidade de seus autores.

    Revista MB Rural (Adm./Redao):103 Sul rua SO 01 lote 15 sala 02 Palmas - TO - Cep.: 77.015-014 Fones: (63) [email protected]

    A SERVIO DO AGRONEGCIO MBPARCEIROCURTA NOSSA PGINA

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  • 4 EDIO 01 | ANO 04| MAR/ABR 2014

    PARCEIROS PELA QUALIFICAO RURAL

    QUAL

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    Geicianne Batista dos SantosZootecnista - MB Parceiro

    [email protected]

    Diante dos desafios atuais do agronegcio, a formao de equipe e a qualificao rural so pontos chaves para o sucesso de qualquer empreendimento que busque resultados. Neste sentido, a MB Parceiro iniciou uma interessante parceria com a Rehagro de Belo Horizonte MG e, certamente teremos muitos frutos desta unio estratgica em prol do fortalecimento do agronegcio regio-nal. Com um amplo currculo base-ado numa histria de sucesso e profissio-nalismo, a Rehagro uma empresa espe-cializada em qualificao rural com mais de 11 anos de expertise e vivncia rural. Deste modo, todos seus trabalhos so comprometidos com o real aprendizado e elaborados para a efetiva formao de pro-fissionais com excelncia terica e prtica. Deste modo, aproveitando a mul-tidisciplinaridade da equipe Rehagro e ali-nhando s demandas do Tocantins, esto sendo preparadas vrias opes de cursos para qualificao e especializao para ga-rantir profissionais mais preparados para os desafios atuais do agronegcio. Os cursos do Rehagro so divi-didos basicamente em duas categorias. Primeiramente os cursos de gesto so voltados aos interessados em aprimorar informaes tericas e prticas sobre re-as especficas do agronegcio. Alm des-tes cursos, a Rehagro em parceria com a FAZU, tambm realiza cursos de ps-gra-duao nos quais os participantes recebem o ttulo de especializao reconhecido pelo MEC. Nestes cursos, profissionais j com

    formao superior recebem e discutem de forma ampla e profunda assuntos estrat-gicos e essenciais das reas de estudo. E esta estratgica e sinrgica parceria j apresenta resultados prticos e vem dando muito certo. Nosso primei-ro trabalho esta sendo realizado atravs do incio da Primeira Turma Palmas de Ps-Graduao em Produo de Gado de Corte. Alm dos prprios Instrutores do REHAGRO, esta Ps graduao em Gado de Corte conta tambm com uma extra-ordinria equipe de Professores, Mestres e Doutores de vrias instituies reno-madas, dentre elas: UFLA, UNICAMP, UNESP, UFMS e UFPB. Deste modo, so 37 participantes desta primeira Ps graduao e os encon-tros j comearam em fevereiro no Cam-pus da Faculdade Catlica do Tocantins em Palmas/TO. Temos inscritos de vrias regies do Tocantins como, Palmas, Porto Nacional, Paraso do Tocantins, Abreu-lndia, Pugmil, Ponte Alta do Tocantins, Itapor, Gurupi e de outros estados como: Goinia GO, Vila Rica MT, Macap AP, Lus Eduardo Magalhes- BA. Cabe

    destacar tambm que a turma formada por profissionais de diversos ramos, no exclusivamente agrrio, onde temos Ad-ministradores, Mdicos, Engenheiros, bem como os j esperados agrnomos, ve-terinrios e zootecnistas, todos em busca de atualizar e agregar mais conhecimentos tcnicos e aplicados. Destacamos que j esto previs-tos outros Cursos, dentre eles o Curso de Produo de Gros, Gesto da Produo de Gado de corte, estamos estudando lan-ar ainda neste ano uma nova Ps gradu-ao em Nutrio de Ruminantes. Sendo assim, desde j ficamos disposio dos interessados nestes temas. Finalmente, agradecemos a todos envolvidos para o sucesso desta Parceria entre a MB Parceiro e a Rehagro - em especial aos participantes desta Primeira Ps-graduao que acreditaram em nossa iniciativa. Temos a certeza que este tipo de ao realmente vem somar para o de-senvolvimento da pecuria de Corte bra-sileira - formando profissionais cada vez mais comprometidos, srios e respons-veis com a pecuria de corte.

  • SUPLEMENTAO ESTRATGICA NO PERODO DE TRANSIO GUAS/SECA

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    OLuis Henrique Andreucci Conti

    Zootecnista Msc. - Bellman Nutrio Animal

    [email protected]

    Todos ns j ouvimos falar no famoso boi sanfona, aquele que ganha peso durante a as guas e perde peso a seca. Esse efeito normalmente acomete animais a pasto, no suplementados, por-que no perodo de transio guas/seca e de seca, h reduo gradativa da produo e do valor nutritivo da forragem - fato que reduz drasticamente o desempenho dos bovinos. As principais alteraes de com-posio da forragem nesta poca do ano so o aumento do teor de fibra indigestvel e a reduo do teor de protena bruta. Para suprir essas deficincias nutricionais, co-muns em perodos de transio e de seca, exige-se de um bom programa de suple-mentao cujo objetivo principal forne-cer principalmente nitrognio via farelos proteicos e ureia, alm dos minerais. A suplementao proteica de ani-mais em pastagens de baixa qualidade ir favorecer o aumento do consumo de for-ragem em consequncia do aumento da digestibilidade da fibra. Porm, quando a quantidade de forragem torna-se o fator limitante para um desempenho satisfatrio dos bovinos, faz-se necessrio a associa-o de uma suplementao energtica suplementao proteica (suplemento pro-teico-energtico) para manuteno do de-sempenho dos bovinos mantidos a pasto. Os suplementos proteicos e pro-teico-energticos podem ser utilizados em diversas situaes e durante todo o ano. Como resultado dessas estratgias de su-plementao espera-se a melhora dos n-dices produtivos, tais como maior ganho

    de peso, maior produtividade (+@/ha), aumento da taxa de lotao, encurtamen-to do ciclo produtivo, pr-adaptao dos animais ao confinamento, recuperao da condio corporal das matrizes (primpa-ras principalmente), entre outros indicado-res interessantes. Pesquisas realizadas no Bra-sil que avaliaram o consumo e ganho de peso de bovinos mantidos sob diferentes estratgias de suplementao (suplemento mineral, proteico e proteico-energtico) durante o perodo de transio guas/seca comprovam o melhor desempenho dos animais alimentados com suplementos proteico e proteico-energtico em relao ao suplemento mineral. Em especial, a busca por me-lhores resultados financeiros motivam os pecuaristas a intensificar o ganho de peso a pasto, fator este ainda mais importante no perodo pr-confinamento. Em geral, este resultado conseguido utilizando-se de forma adequada os recursos forrageiros (bom manejo de pastagem) e estratgias de suplementao. Outro fator importan-te que a otimizao da @ engordada a pasto dilui o custo da arroba engordada no confinamento, uma vez que essa ultima complementar, porm mais cara que a pri-meira. Numa anlise comparativa onde bovinos foram suplementados por 100 dias no perodo de transio guas/seca com trs tipos de suplementos (suplemen-to mineral, proteico e proteico-energtico) e com desempenhos observados a campo,

    o custo da @ engordada dos animais que receberam suplemento mineral foi mais barato que os demais suplementos ofer-tados. Entretanto, os animais submetidos ao tratamento apenas com suplemento mineral vo permanecer por tempo maior em confinamento para atingir o peso de abate, o que aumentar o custo da @ en-gordada em R$1,60/@ ou R$29,37/boi e em R$4,18/@ ou R$76,75/boi em relao suplementao proteica e proteico-e-nergtica, respectivamente. A suplementao proteico-energtica foi aquela que proporcionou o menor custo mdio da @ engordada (pasto + confi-namento), com R$71,50/@, seguida pela suplementao proteica e suplementao mineral, com R$73,02/@ e R$74,74/@, respectivamente. A reduo do perodo de confinamento foi de 25 dias para a suple-mentao proteico-energtica e de 11 dias para a suplementao proteica quando comparadas a suplementao mineral. Vale ressaltar que para os trs tipos de suplementao apresentados nes-se artigo, a forragem ser responsvel por fornecer mais de 50% da protena e da energia necessrias para o bom desempe-nho dos bovinos a pasto. Com as tcnicas de suplementa-o disponveis no mercado, as chances de ocorrer boi sanfona so reduzidas. Com a adoo destas tecnologias de suplemen-tao possvel encurtar o ciclo produtivo, aumentar o giro do capital investido, au-mentar a taxa de desfrute e de lotao do rebanho.

  • Demtrio Reva e Lucas Souto Biognesis Bag

    [email protected]

    SANI

    DADE

    ANI

    MAL

    Quando tratamos da produo de pro-tena animal a nutrio representa um dos fatores mais importantes relacionados eficincia do sistema de produo. Neste sentido, a nutrio chega a representar a maior parte do custo de produo e acre-dita-se que em sistemas mais intensivos a nutrio pode determinar o limiar entre lu-cratividade e prejuzo. Mas como garantir que o alimento de alta qualidade produzi-do e fornecido aos animais, seja ele uma pastagem bem formada ou manejada, seja um alimento fornecido no cocho, tenha o melhor aproveitamento pelos bovinos? Como minimizar os riscos de perda de desempenho atravs do uso de estratgias sanitrias bem estabelecidas como, por exemplo, uma desverminao estratgica?

    Atualmente o uso de endectocidas, concentrados ou no, vm crescendo sig-nificativamente e muitas vezes sendo uti-lizados de forma incorreta. Entende-se por endectocidas produtos com a finalidade de eliminar parasitas internos e que auxi-liam no controle dos parasitas externos. Os mais amplamente utilizados so os da famlia das Avermectinas, que constituem principalmente as Abamectinas, Dora-

    mectinas, Eprinomectinas, Ivermectinas e Moxidectinas.

    Neste artigo iremos discorrer sobre alguns Mitos e Verdades relacionados ao uso de endectocidas em bovinos:

    Endectocidas podem ser utilizados para combater carrapatos, mosca-dos--chifres entre outros ectoparasitas?

    Embora alguns endectocidas auxiliem no controle de ectoparasitas como mos-ca-dos-chifres e carrapatos, eles tm pri-mariamente caractersticas para combater com eficincia os parasitas internos. Ge-ralmente a m apresentao visual causa-da pelos parasitas externos o aspecto que incomoda os pecuaristas. Todavia, esque-cemos que so os parasitas internos os que diretamente competem com os bovinos pelo alimento, chegando a causar enormes prejuzos, afetando o ganho de peso e con-sequentemente reduzindo a produtividade. importante lembrar que a eficcia de um produto diretamente ligada ao desafio parasitrio de cada realidade.

    A melhor opo ao combate dos ecto-parasitas so os parasiticidas externos que agem por contato direto, como por exem-plo, os pour-ons e os produtos usados por

    aspero a base de piretrides e organo-fosforados.

    Sempre devo utilizar endectocidas concentrados?

    Depende do nvel da infestao do pasto, o qual reflete na quantidade de ver-mes no rebanho. A maior quantidade de vermes est na pastagem, estima-se que cerca de 95 % da populao de vermes est no ambiente enquanto que apenas 5 % encontra-se nos animais. Por este moti-vo recomenda-se um programa estratgico de desverminao visando reduzir a carga parasitria da pastagem, sendo o mais co-nhecido o programa 5-7-9, desenvolvido pela Embrapa.

    Normalmente as categorias mais aco-metidas so de animais jovens com at 24 meses de idade, especialmente durante o perodo da desmama quando os bezerros esto sobre uma situao de estresse mui-to grande (mudana de alimentao, apar-te das vacas, ressocializao com outros animais, etc). Outro aspecto importante que categorias mais jovens apresentam uma converso alimentar maior e, portan-to, podem ser mais comprometidas quanto ao desempenho e ganho de peso. Sendo

    6 EDIO 01 | ANO 04| MAR/ABR 2014

  • assim, para estas categorias (at 24 meses de idade) a utilizao de endectocidas con-centrado normalmente uma estratgia muito adotada.

    Compensa desverminar bezerros antes da desmama?

    O tratamento de bezerros antes da des-mama deve ser avaliado de acordo com cada sistema de produo, mas de maneira geral muito interessante em sistemas que comercializam bezerros por peso (quilo vivo) na desmama, ou que coloquem os animais precocemente em engorda (con-finamento), pois o peso desmama ter influncia direta no resultado da engorda.

    Um estudo realizado em Campo Gran-de / MS demonstrou que o tratamento de bezerros de 3 a 5 meses de idade com Iver-mectina Longa Ao 3.15% foi benfico aos bezerros a desmama, visto que bezer-ros tratados ganharam em mdia 6,9 kg

    a mais que o grupo controle no tratado (Catto et al, 2005).

    necessrio utilizar estratgias de desverminao de vacas ou novilhas?

    Primeiramente devemos considerar o desafio parasitrio oriundo das pastagens e as condies climticas de cada regio. Alguns perodos so crticos para as fme-as em reproduo, principalmente no per-odo do pr-parto, quando elas se deparam com uma queda na imunidade propiciando assim a proliferao dos parasitas oportu-nistas (quando se trata de primparas esta preocupao ainda maior). Em especial, a competio pelo alimento ingerido po-der comprometer a produo de leite e consequentemente o desempenho dos be-zerros nos primeiros meses de vida - per-odo crtico no qual o bezerro depende ex-clusivamente da produo de leite de sua me. Outro motivo importante para des-verminao das vacas com o intuito de reduzir a carga parasitria dos pastos e que tambm reflete na quantidade de vermes nos bezerros. Ao realizarmos a desvermi-nao apenas de parte dos animais em uma propriedade, mantemos ainda um foco constante de contaminao das pastagens.

    Os vermes j esto resistentes Ivermectina?

    importante dizer que o conceito de criar resistncia um conceito incorre-

    to. Vermes, carrapatos entre outros parasi-tas, no criam resistncia! O que ocorre que a administrao de frmacos pode no matar todos os vermes, selecionando alguns indivduos com maior resistncia, os quais iro se reproduzir entre e desen-volver geraes mais resistentes ao prin-cpio ativo. Este fato, se deve a inmeros fatores sendo os mais importantes decor-rentes de sub-dosagens e aplicao incor-reta destes endectocidas. Isto pode ocorrer com qualquer tipo de princpio ativo e no somente com as Ivermectinas. No entanto, como existe uma maior quantidade de pro-dutos base de Ivermectinas no mercado, d-se a impresso que esta resistncia observada com maior intensidade nesta molcula. Vale lembrar que esta resistn-cia no somente s Ivermectinas, mas a qualquer principio ativo utilizado de for-ma incorreta.

  • nesta poca do ano que a fazenda deveria ter mais pasto e gerar melhor resultado ao pecuarista, porm muitas vezes este fato no acontece. Deste modo, a seguir vamos discutir algumas situaes nas quais nos deparamos em muitas fazendas e o que fazer para mudarmos este cenrio para uma situao mais favorvel.

    Pasto Rapado: as chuvas j comearam a cair, temos calor, luz e mesmo assim o pasto no rebrota. Continua rapado e se no bastasse temos a incidncia de muitas pragas como o cupim. O pasto no tem reserva e pou-qussimas razes. A rebrota deveria ser rpida e vigorosa, mas o crescimento lento. Isto se deve ao fato da gramnea es-tar sendo mal manejada e, principalmente, ter sido mal manejada durante o ltimo perodo das chuvas. O pasto vem sendo rebaixado alm do limite tolervel, as ge-mas apicais acabam sendo cortadas e a planta perde a referncia de rebrota, entra no perodo da seca com muito pouca raiz e praticamente sem tecidos de reserva. Jus-tamente, por este motivo, no momento em que ela deveria rebrotar rapidamente isso no acontece. Com certeza esta pastagem tam-bm deve estar com baixa fertilidade e este limitante acaba comprometendo a sua rebrota. Deste modo, preciso cor-rigir as deficincias do solo e oferecer a planta um repouso suficiente para que ela

    volte a altura normal de pastejo . A partir da devemos iniciar um novo modelo de manejo no permitindo ao gado cortar as gemas apicais e o devido descanso para a sua rebrota.

    Adequao errada de carga animal: muitas vezes por um erro estratgico a fa-zenda encontra-se lotada e no temos pas-tagem suficiente para o rebanho. Com certeza o rebanho est pas-sando fome, o ganho de peso estar abaixo do ideal ou muitas vezes teremos perden-do peso e, ainda sim, o pecuarista pode no enxergar estes acontecimentos. Na pecuria de resultados, a pro-duo de massa deve ser avaliada perio-dicamente, existem clculos para isso e o pecuarista deve ficar atento. importante lembrar que o monitoramento deve ser constante e no existe nada melhor para

    acabar com uma pastagem do que o ex-cesso de animais, ou seja, qualquer valor a cima do tolerado pelo pasto. Todas as vezes que tiramos um rebanho de um pasto deve haver sobra de pasto. justamente est sobra que ir per-mitir uma rpida rebrota do pasto.

    Surgimento de invasoras: de repente no pasto comea a aumentar demasiadamente as invasoras, ele estava limpo a um ou dois anos e agora comea a ficar muito sujo muito rapidamente. O manejo errado e a queda da fertilidade do solo leva ao aumento indis-criminado de invasoras, normalmente as gramneas so mais exigentes em fertili-dade, com o manejo errado a sua rebrota torna-se muito lenta e as invasoras come-am a ganhar espao. Deste modo, as mes-mas vo se desenvolvendo e disseminando

    Wagner PiresEng. Agronomo - Circuito da Pecuria

    [email protected]

    PAST

    AGEM

    O QUE PODE ESTAR ACONTECENDO COM MEU PASTO?

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  • muitas sementes e assim tomam espao. Muitas vezes o pecuarista comete um outro erro ao optar por realizar roadas manuais e ou tratorizadas e com isso as in-vasoras tendem a aumentar ainda mais. A forma extrativista que os nossos antepas-sados conduziram as pastagens no mais so admissveis. Neste sentido, preciso conduzir as pastagens como uma cultura e respeitar as devidas alturas de corte.

    Sobra de pasto: muitas vezes o vaqueiro maneja o pasto com muita folga, ou seja,

    coloca menos animais do que a pastagem suportaria e quando temos gramneas de crescimento cespitoso (em forma de tou-ceira) a planta tende a ficar mais taluda e com isso a sua qualidade cai, a palatabili-dade e a digestibilidade pioram e a rebrota da pastagem torna-se mais lenta. O fogo provoca a volatilizao de muitos nutrientes essenciais para a planta de alto custo para a reposio, a destruio de matria orgnica que de grande im-portncia para a vida do solo. Portanto no recomendamos o fogo e sim a roada me-

    cnica quando houver a necessidade clara de interveno.

    Cigarrinha das pastagens: com o incio das chuvas faz-se necessrio a vigilncia sobre a incidncia de cigarrinhas . As cigarrinhas sugam a seiva da gramnea e injetam 2 substancias txicas que fazem com que a palatabilidade da pastagem diminua drasticamente, o gado perde peso e a pastagem fica muito debili-tada podendo at haver mortes dependen-do do nvel de infestao. Sendo assim, recomenda-se que as vistorias sejam constantes e caso ela ve-nha a atingir nveis de danos econmicos recomenda-se aplicao de inseticidas re-gistrados a esta praga o quanto antes para evitar maiores prejuzos. Por estes motivos citados acima, alm de outros tantos, e principalmente pela existncia no Brasil de tantas reas degradadas e com baixa taxa de lotao e capacidade de suporte que hoje se faz ne-cessrio uma mudana de atitude por parte do pecuarista. Procurar conduzir suas pastagens como uma cultura e buscar profissionais habilitados e capacitados para auxili-lo no processo de recuperao, bem como intensificao de suas pastagens.Eu poderia diante de todos estes proble-mas desejar uma boa sorte, porem acho mais pertinente desejar que voc pecua-rista seja realmente competente.

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  • DC3

    AGRONEGCIOFNO BIODIVERSIDADE EFNO AMAZNIA SUSTENTVEL

    Crditopara crescerde formasustentvel.

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    GEST

    O D

    E PE

    SSOA

    SJunior Fernandes

    Md. Veterinrio - Academia da Pecuria

    [email protected]

    Sucesso passado no garante sucesso futuro. com esta frase que da-remos incio ao nosso tema: a necessidade de formao de gestores e sucessores em pecuria de corte. Para tanto, vamos reto-mar brevemente a nossa histria. No passado, durante os perodos de alta inflao, os ganhos estavam dire-tamente ligados competncia na admi-nistrao do capital. Ganhava-se mais di-nheiro com o dinheiro em si do que com a prpria atividade. Quem tinha dinheiro ganhava dinheiro, mesmo com uma bai-xa eficincia operacional. Os juros altos garantiam isto. Hoje, em tempos de esta-bilidade monetria e abundante disponibi-lidade de recursos, como conhecimento, tecnologias e capital, a eficincia adminis-trativa e operacional preponderante para a garantia de sucesso e crescimento dentro da atividade rural. Paralelamente, nas ltimas deca-das, muitos filhos de proprietrios, tiveram a oportunidade de estudar e se diplomar nas mais diversas profisses e hoje so dentistas, mdicos, advogados, arquitetos, engenheiros, etc. Este fato aconteceu de forma totalmente diferente de seus pais, que no tiveram esta oportunidade. Ain-da sim, por outro lado, graas ao esforo e dedicao, trabalhando de sol a sol sem pestanejar, nossos fazendeiros adquiriram experincia, prosperaram e transformaram seus negcios em atividades lucrativas.

    Entretanto, a velocidade dos acontecimentos hoje totalmente diferen-te do passado. Ser que, diante de tantas mudanas, podemos usar a mesma frmu-la de sucesso usada no passado? Acreditamos que no. Com o uso da internet, rompemos a barreira do conhecimento. Hoje vivemos num mundo digital. Tudo acontece de forma rpida, ou melhor, instantnea. Segundo especialis-tas, a grande maioria das profisses que estaro em evidncia nos prximos anos ainda no foram inventadas ou descober-tas. Um movimento do outro lado do mun-do sentido por ns em frao de segun-dos. Basta lembrar-nos da crise mundial e de seus reflexos em nosso pas. arriscado acreditar que a for-ma como os negcios foram conduzidos no passado continuar dando certo. Hoje dispomos, por exemplo, de ferramentas de anlise de mercado e uso da BM&F, alm de novidades na rea de tecnologias de nutrio e pastagem, que so divisores de gua quando falamos de resultados dentro de uma propriedade. Voltando aos filhos, bem-suce-didos em diversas outras profisses, no-trio que os mesmos, no momento em que so obrigados a assumir os negcios rurais da famlia, tornaram-se obviamente inse-guros - muitas vezes sem saber para onde ir ou como atuar. Nos deparamos com este fato a cada nova turma na qual aplicamos

    um de nossos treinamentos. Tambm foi assim que muitos empreendimentos pecu-rios de pequeno, mdio ou grande porte ficaram com sucessores de direito, mas no por competncia. Neste sentido, cabe destacar que este fato vem gerando quebra de continuidade nos negcios de muitas famlias tradicionais na pecuria. Assim, certamente, a sada a imediata formao de gestores e sucesso-res em pecuria de corte. Para isso pre-ciso, em primeiro lugar, form-los. Entre-tanto, os treinamentos feitos para atender a este pblico devem ser diferenciados e aplicveis. preciso dar-lhes ferramen-tas e no receitas de bolo, de forma que os futuros gestores ou sucessores possam ter uma viso generalista e a capacidade de compartilhar as decises tcnicas e operacionais. Acreditamos - e a experin-cia nesta rea nos d segurana para dizer - que os treinamentos devem adotar uma metodologia simples, dinmica e viven-cial, atravs da qual os participantes pos-sam colocar em prtica os conhecimentos adquiridos durante o seu processo de for-mao. Ao final do treinamento, espe-ramos que os mesmos, atravs do uso de ferramentas que devem ser disponibiliza-das, como planilhas, simuladores, dentre outros, tenham competncia para transfor-mar uma fazenda em uma empresa. Fundamentalmente, 3 pontos devem ser os pilares deste processo de

    VOC PRECISA DE UM SUCESSOR PARA SEU NEGCIO RURAL?

    GESTORES E SUCESSORES

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    aprendizagem: gesto, liderana e o uso eficiente das tecnologias. Fazendo uma analogia para melhor compreenso deste processo, a gesto pode ser considerada como o carro. Em pesquisa realizada durante um de nossos treinamentos, perguntamos para mais de 1.000 pecuaristas se estes co-nheciam os reais custos de produo. Em 99% dos casos, a resposta foi no. Gerir uma propriedade sem ter essas informa-es, como dirigir um carro sem saber para onde se est indo ou onde se quer chegar. Para fazer uma boa gesto, pre-ciso planejar, montar um plano de ao, definir com clareza objetivos e metas e, sobretudo, manter controles precisos: cus-tos fixos e variveis, rentabilidade, indica-dores de desempenho produtivo e repro-dutivo, tempo envolvido na produo, etc. Sem esses controles, as aes corretivas ficaro ao sabor das circunstncias e o pe-cuarista ter que contar com a sorte como aliada. A Liderana/Trabalho em Equi-pe pode ser comparada ao motorista do carro. Os resultados de uma fazenda no so obra do acaso, so consequncia do esforo das pessoas que ali trabalham, nos seus diferentes nveis. impossvel pensar em resultados sem pensar nas pessoas que o produzem, pois uma empresa nada mais

    que o conjunto das pessoas que nela tra-balham. Assim, preciso de uma liderana eficaz, que gere motivao, envolvimento e comprometimento com os objetivos da empresa e, consequentemente, bons resul-tados. J o terceiro ponto, o uso eficien-te da tecnologia, pode ser comparado ao combustvel. Por que uma mesma tec-nologia d certo numa fazenda e errado em outra? Quais os fatores que influen-ciam nisso? O problema no est na tec-nologia, mas na forma como ela usada. Portanto, a questo no maximizar o uso de tecnologias e sim otimizar esse uso. Para finalizar, acreditamos que o ponto de partida em busca de resultados est porteira adentro. Esses sim so fa-tores que esto sob nosso controle direto. Ser que todos os grandes e bem-suce-didos empreendimentos que investem constantemente na melhoria das pessoas, focados em prticas de gesto e melhorias de processos esto errados? Treinamen-tos prticos, objetivos, que respeitam e validam as experincias das pessoas e do negcio, so extremamente eficientes e geram resultados rpidos. So capazes de transformar as organizaes por meio das pessoas. Por esse motivo que, ao invs de esperar o sucesso oriundo unicamente das oportunidades do mercado, preferimos o

    enfoque na gesto, liderana e tecnologia, situao que permite manter a ateno s oportunidades e ameaas do mercado com a habilidade de mudar a direo do leme de seu negcio com suas prprias mos e, enfim, transforma-se numa empresa.

    AP anncio Guabiphos tocantins 205x1375.indd 1 17/03/2014 07:29:07

    Familia Kliemann: exemplo de unio, com-prometimento e apoio na sucesso familiar

  • Mundialmente importante e commodity nacional, a soja correspon-de a quarta maior produo mundial de gros. S no ano de 2013, segundo a CO-NAB, foram produzidas 286,83 milhes de toneladas no mundo do gro e o Bra-sil participou com 29,8% desta produo. Em 2014 podemos chegar a ser o maior produtor mundial de soja, pois as perspec-tivas apontam uma produo de mais de 91 milhes de toneladas, com incremento de 6,3% na rea plantada. Produo esta que se encontra prxima a demanda, o que vem fazendo os preos ao agricultor se manterem cada vez mais atrativos para o produtor intensificar o cultivo da soja. Neste cenrio positivo e apontan-do um futuro cada vez mais promissor evidente a necessidade de se investir em tecnologias em especial na nutrio ade-quada da lavoura. Sendo assim, a cada dia as boas empresas de fertilizantes buscam incrementar tecnologias comprovadas junto a realidade do campo. Hoje no mundo h duas preo-cupaes primordiais, a primeira trata do respeito ao meio ambiente e da preserva-o dele s geraes futuras e a segunda em como alimentar a populao mundial que vem aumentando em propores ge-omtricas. Sob o aspecto Agronomico, a

    grande questo como aumentar a produ-tividade, sem prejudicar a natureza. Nossa sada simples: temos que buscar alterna-tivas para extrair o quanto mais pudermos de produo em uma mesma rea. Os solos tropicais so, por na-tureza, pobres em nutrientes, o que de-manda controle da fertilidade do solo via adubao. Alm disso, uma caracterstica peculiar a falta de matria orgnica des-tes solos, devido ao alto grau de intempe-rismo como o caso dos solos do Brasil. A presena de matria orgnica no solo fundamental, tanto para oferecer nutrien-tes as plantas pela sua decomposio, quanto pelo efeito de condicionador de solo que substncias hmicas derivadas da matria orgnica proporcionam. Substn-cias hmicas so cadeias carbnicas lon-gas, caracterizadas por um anel benznico e ramificaes laterais - so subdivididas em cidos hmicos, cidos flvicos e hu-minas. Para se obter este resultado po-sitivo no solo, a curto prazo, necessrio fazer adubaes utilizando substncias hmicas em adio as formulaes de adubos. O cido hmico, adicionado adubao de plantio, tem diversas funes no solo e na planta, tais como: reduzir o efeito da salinidade do fertilizante mine-

    ral, aumentar a CTC, metabolizado pelas plantas ento acelera a produo de ener-gia e eleva a taxa fotossinttica, tem efei-to quelatizante sobre o Fe, Mn, Zn e Cu, ou seja, funciona como veculo para estes nutrientes s clulas. Alm disso, propi-cia lixiviao de potssio a camadas mais profundas no solo, tornando este nutriente melhor distribudo em torno do sistema ra-dicular e tambm, reduz a imobilizao de fsforo, pela formao de compostos argi-lo-minerais no solo e do aumento na CTC. Sendo assim, torna uma frao maior do fsforo aplicado disponvel as plantas. Deste modo e melhorando as caractersticas no solo obtemos vrias res-postas fisiolgicas na cultura, como: esti-mula o enraizamento, favorece a capacida-de de germinao das sementes; melhora a sanidade da planta, contribui para uma maior fixao de nitrognio e no processo de mineralizao - aumentando a produti-vidade. Todos estes benefcios podem ser alcanados na cultura dada a aplicao de substncias hmicas uma vez, juntamente com formulaes de plantio, sem custos com mo de obra e aplicao para apenas esta prtica. Neste sentido, cabe destacar o papel da Fertilizantes Heringer, com sua Linha Humics a pioneira na difuso esta tecnologia ao produtor.

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    IHeitor Rodrigues Ribeiro

    Eng. Agrnomo - Fert. [email protected]

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    NOVAS TECNOLOGIAS NA ADUBAO DE SOJA - PARTE I

  • Alm da necessidade de disponi-bilizar mais nutrientes, outro aspecto im-portante que deve ser atendido no cultivo da soja a exigncia em enxofre, macro-nutriente essencial em reaes de xido--reduo, e constituinte de vrias enzimas e aminocidos na planta influenciando di-retamente em rotas metablicas e na quali-dade final do gro. At pouco tempo se achava que apenas o enxofre na forma de sulfato po-deria ser assimilado pelas plantas, na solu-o do solo, mas pesquisas recentes mos-tram que a utilizao de enxofre elementar

    em formulaes tem a mesma resposta nutricional na planta, pois em regies de clima tropical como o Brasil a atividade microbiana maximizada pela temperatu-ra. Deste modo, os microrganismos presentes no solo so capazes de converter o enxofre elementar a forma sulfato e as-sim em um nutriente assimilvel na solu-o do solo para a soja, tornando o enxofre elementar, uma soluo mais barata a ser incorporada em formulaes de fertilizan-tes. Deste modo, podemos ter formulaes com enxofre, tanto separado ou conjunto

    com micronutrientes e substncias hmi-cas, bem como podemos tambm a com-posio de frmulas concentradas em NPK e tambm com altas concentraes de enxofre. Deste modo, estas tecnologias podem colaborar claramente para o in-cremento das produtividades da soja. Fe-lizmente, as lavouras mais tecnificadas j adotam essas tecnologias de adubao de solo, e cada vez mais buscam incrementar sua produtividade, visando maior rentabi-lidade ao produtor e atender a crescente demanda do gro.

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  • Saulo TinazoTcnico Corte - ABS Pecplan

    [email protected]

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    A raa Simental, de origem sue-ca, chegou no Brasil em 1904 e a partir da dcada de 70 intensificou-se a importao de animais, smen e embries de diversas linhagens, com diferentes objetivos de se-leo. O Simental uma raa conti-nental de dupla aptido, para produo de carne e/ou produo de leite, de acordo com a linhagem utilizada, os animais tem diferentes bitipos e funes. No Brasil, mais utilizada visando cruzamentos, prin-cipalmente com animais da espcie zebu-na, proporcionando excepcional adaptabi-lidade, vigor e habilidade materna.

    PRINCIPAIS LINHAGENS

    Sua: esta linhagem composta de ani-mais compactos e rsticos, sexualmente precoces, de tamanho moderado, apre-sentando grande eficincia de converso alimentar e alta produo de leite.Austraca: linhagem que atende muito bem aos objetivos de leite e carne. Os ani-mais tm o corpo profundo, apresentando ampla capacidade digestiva e respiratria

    e muito boa caracterizao racial.Alem: tambm conhecida com o nome de Fleckvieh. Esta linhagem foi tambm selecionada para dupla aptido, apresen-tando alta taxa de crescimento, com evi-dncia de muita musculosidade, sendo a linhagem com o maior nmero de exem-plares no Brasil. Francesa: desenvolveram sub-grupos especializados para cada produ-o, a Montbliard, para produo de leite e Abondance e Pie Rouge de Lst, para produo de carne. Canadense: animais de grande estatura corporal. Esta linhagem apresen-ta o plo curto e os exemplares, alm de compridos, so os de maior peso, entre to-das as linhagens disponveis, sendo usado exclusivamente para melhoria da pecuria de corte. Atualmente, os criadores sele-cionam seus animais buscando um menor frame, evidenciando maior precocidade e tambm maior rendimento de carcaa.Americana: ao ser introduzido nos EUA, o Simental rapidamente disseminou-se, absorvendo e compondo cruzamentos com diversas outras raas, principalmente

    no Sul dos Estados Unidos, tendo finali-dade exclusiva de melhoria da pecuria de corte, incrementando a velocidade de converso e qualidade da carne. Por meio de cruzamentos, foram obtidos naquele pas, animais mochos e tambm exempla-res de colorao preta, dando origem ao Black Simental (foto direita). Sul Africana: tem sua origem, fundamentada basicamente na linhagem alem. composta de animais de um frame menor, evidenciando uma maior precocidade produtiva e reprodutiva. Foi selecionada, visando obter animais com maior adaptabilidade, principalmente em relao a condies de alta temperatura e alta radiao, buscando assim animais com maior teor de pigmento e com plo curto.

    CONSIDERAES IMPORTANTES

    Para cruzamento industrial, pen-sando-se em produo de carne, preciso ter planejamento, com objetivos defini-dos - desde matrizes at o produto final. Alm de escolher a raa mais adequada,

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    SIMENTAL: VARIAS LINHAGENSINCREMENTAM SEU POTENCIAL NO CRUZAMENTO INDUSTRIAL

  • temos que nos preocupar tambm quais os indivduos desta raa sero utilizados no programa de cruzamento. H uma clara diferena de efeito individual na produo de cada touro.A escolha de um reprodutor tem influn-cia direta no retorno econmico do seunegcio e por esta razo este animal deve ser escolhido cuidadosamente tendo emconta o mrito gentico do seu rebanho, os objetivos do seu empreendimento, omercado que deve ser atingido e o sistema de produo e condio ambiental da suafazenda. Segundo Almeida (2003), aqui esto algumas orientaes bsicas do que levar em conta na hora de escolher um touro: 1- Valorizar sempre as informa-es de DEPs de um touro. Essa a me-lhor e mais precisa ferramenta para des-crever o mrito gentico de um animal. com essa ferramenta que se pode realizar ganhos genticos aditivos ao longo prazo. Os ganhos aditivos (seleo atravs da DEPs) juntamente com a explorao da heterose e complementariedade das raas representam a sustentabilidade na eficin-cia produtiva de um programa de cruza-mento industrial. Depois de estabelecer seus pa-dres produtivos para eleio dos repro-dutores, os candidatos devem tambm ser analisados sob os aspectos fenotpicos, que todavia so importantes para possi-bilitar a execuo completa dos seus ob-jetivos, tais como: pigmentao, caracte-rsticas raciais, pelagem, aprumos, frame, etc...

    2- Adquira smen de um repro-dutor que atenda os seus objetivos de produo e as exigncia do mercado. Por exemplo, venda de bezerros esta relacio-nado a altas taxas de crescimento do nas-cimento ao desmame e portanto deve-se dar nfase a touros que tenham alta DEP para peso a desmama. Em outra situao a venda de novilho precoce esta associada a altas taxas de ganho na fase ps desmama e precocidade de terminao, aqui a nfa-se dever ser em DEPs de peso ao ano e DEP de gordura na carcaa. Para novilhas jovens, touros com baixa DEP ao nascer

    devem ser escolhido afim de evitardificuldade de parto.

    3- Dar preferncia para repro-dutores que imprimam caractersticas de adaptao e funcionalidade. Uma gen-tica no adaptada as condies de pro-duo nos trpicos diminui a produo, exige mais insumos e mo-de-obra au-mentando consequentemente o custo de produo. Esses atributos de adaptao so: animais de plo curto e liso, apru-mos corretos, ossatura forte, pigmenta-o da mucosa ocular, testculos bem formados, temperamento dcil e capaci-dade termo reguladora.

    4- Procurar adquirir animais de tamanho corporal adequado e condi-zente com o seu sistema de produo e mercado: nem to grande que produzam novilhas de puberdade tardia, elevada exigncia nutricional e dificuldade de parto e nem to pequeno que apresentem diminuio no ganho de peso e peso de carcaa que pode ser penalizada pelo mercado.

    5- Dar preferncia a aquisio de smen de reprodutores cujos dados so provenientes de um programa de melhoramento gentico que envolvam vrios rebanhos e um substancial nme-ro de vacas de modo que se possa ado-tar uma alta presso de seleo sobre os indivduos (apenas 20% dos machos so destinados para reproduo). Em outras palavras, qualidade s sai com quanti-dade, ou seja ganhos genticos so sig-nificativos em grandes populaes onde possvel fazer forte presso seletiva e descarte por produo (Fries, 1996).

    Deste modo, conhea em de-talhes as linhagens disponveis e suas caractersticas produtivas. Alm disso, dentro da raa escolhida havero ani-mais de destaque e mais apropriados s demandas de sua propriedade. Seguindo as bases deste artigo certamente o cru-zamento industrial com a raa Simental ser mais uma boa e interesssante ferra-menta para melhorar sua produtividade e elevar sua margem de lucro.

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  • Lucio Rodriques NunesCoord. Tcnico Regional - BIogene

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    O milho uma cultura que data de 7.000 A.C. , o que hoje denominamos como milho se originou de uma gramnea conhecida como Teosinte. Descoberta por povos antigos onde hoje se encontra o M-xico, foram a partir de variaes genticas desta planta que surgiu o milho domestica-do que conhecemos hoje. Com a seleo de plantas mais vigorosas estes povos conseguiram me-lhorar o rendimento, e adaptar a cultura a ambientes diferentes, altas e baixas al-titudes. Hoje so conhecidas mais de 300 raas de milho no mundo e praticamente todas so originadas das civilizaes pr--colombianas. A criao do milho hbrido teve inicio em 1909, quando o Botnico e Ge-neticista George Harrison Shull verificou que plantas autofecundadas por cerca de 8 geraes produziam indivduos que hoje conhecemos como linhagens puras, porm menos vigorosas, no entanto quando as li-nhagens eram cruzadas entre si, o produto era uma heterose de grande vigor hibrido, nascia ento o Milho Hibrido. O milho hbrido pode ser divi-dido em: hbrido simples, hbrido duplo e hbrido triplo. O hbrido simples o re-

    sultado do cruzamento de duas linhagens puras, apresenta excelente potencial pro-dutivo e mais exigente em tecnologia de produo. O hbrido triplo o resultado do cruzamento entre um hbrido simples e uma linhagem, este apresenta bom po-tencial produtivo e requer de mdia a alta tecnologia de produo. Hbrido duplo o resultado do cruzamento de dois hbridos simples, geralmente apresenta uma pro-dutividade menor que hbridos simples e triplo, e requer uma mediana tecnologia de produo. O crescimento da adoo do mi-lho hbrido se confunde com o aumento das produtividades em todo mundo, uma vez que o milho hbrido trouxe um acrs-cimo considervel as caractersticas im-portantes do milho, tais como: insero de espiga, tamanho da espiga, nmero de fileiras de gros, peso de gros, colorao dos gros, populao de plantas/hectare, altura de plantas, ciclo e resistncia a do-enas, dentre vrias outras. Estas caracte-rsticas so necessrias para adaptao da cultura em vrios ambientes de cultivo. Com a descoberta da molcula de DNA e seu sequenciamento, uma nova porta se abriu, os pesquisadores respons-

    veis pela produo de novas tecnologias para cultura enxergaram possibilidade de se adicionar genes cadeia de DNA do milho, conferindo a planta capacidade de sintetizar suas prprias defesas e tolern-cias. Este feito propiciou a planta de mi-lho produzir defesas contra insetos pragas, tolerncia herbicida e resistncia a do-enas. Estas plantas so conhecidas como OGM (Organismos Geneticamente Modi-ficados) e os principais benefcios destas plantas so o menor uso de inseticidas, herbicidas, fungicidas. A partir destas novas plantas tivemos um aumento de produtividade de mais de 10% ,em mdia, quando comparamos lavouras com hbridos OGM e lavouras convencio-nais. Num futuro prximo podemos esperar hbridos com tolerncia seca, fato que ir trazer maior tranquilidade aos produtores que optem pela safrinha, e a viabilidade de expandir as reas de sa-frinha em outras regies. Outras tecnolo-gias que esto bem prximas a se tornar realidade so, hbridos com alta eficincia na utilizao de nitrognio, hbridos com maior teor de leo, protenas e vitaminas para segmentos especficos de consumo.

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    MILHOS HBRIDOS O QUE H POR TRS DESTAS TECNOLOGIAS

  • Outro segmento que esta apos-tando alto em novas tecnologias de milho hbrido e OGMs o setor de energia reno-vvel. Em 2012 este setor investiu US$1,7 bilho em pesquisas e desenvolvimento. Como principal interessado neste desenvolvimento os Estados Unidos o maior financiador destes estudos. Atual-mente eles so os mais eficientes quando se trata em transformar milho em bio-combustvel. Em mdia, so capazes de transformar 1 tonelada de milho em 430 litros de etanol, porm suas pesquisas es-

    to trabalhando pesado para aumentar esta eficincia. Alas cabe ressaltar que uma das principais linhas de pesquisa dos ame-ricanos produzir hbridos de milho com maior teor de aucares - os precursores do etanol. Deste modo nos dias de hoje, as sementes so veculos que levam aos pro-dutores no s uma gentica que propor-cionam alto potencial produtivo devido h anos de estudo e ampliao de bancos de germoplasma. Na realidade atualmente as sementes levam em seu DNA defesas

    naturais, que so resultados de modifica-es genticas, e que trazem inmeros be-nefcios aos agricultores. Ainda sim, cabe ressaltar que na agricultura moderna, se faz necessria a utilizao responsvel das tecnologias disponibilizadas. Deste modo todos devem respeitar as recomendaes das empresas fornecedoras de sementes para que estas tecnologias perdurem por muito tempo, pois os maiores benefici-rios sero os prprios produtores, que te-ro maiores produtividades e tranquilida-de na conduo de suas lavouras.

  • Clauber RosanovaZootecnista Msc. IFTO - Campus Palmas

    [email protected]

    MAN

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    ANIM

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    Desde a pr-histria at os dias atuais, cada vez mais os ces ocupam lu-gar de destaque na vida do homem. Seja como simples companheiro, como guar-dio, como guia de deficientes visuais, como ces de policia ou, ainda, utilizan-do seus instintos ancestrais de caador no pastoreio de rebanhos. Hoje em dia, um funcionrio com a ajuda de um bom co treinado pode, conduzir, guiar, recolher, trabalhar em centros de manejos e cur-rais - aumentando a eficincia do trabalho e diminuindo o custo de produo. J um trabalhador com um co no treinado, fato comum na maioria das propriedades ru-rais, pode espalhar, machucar, estressar e diminuir os ndices zootcnicos e a lucra-tividade de qualquer propriedade. A utilizao de ces de pastoreio mais do que comprovada nos maiores e mais eficientes centros de criao do mundo (NZ, Austrlia, EUA, Canad etc) dispensando a discusso sobre a funcio-nalidade desta ferramenta de trabalho - j reconhecida e bem aceita. No Brasil o uso de ces treinados recente, porm em evoluo constante. Muitos pecuaristas j tem conscincia que ces de pastoreio realizam um trabalho efi-ciente e de baixo custo, potencializando a rentabilidade de seus negcios. Muitas raas foram desenvolvi-das o trabalho com rebanhos. Em diferen-tes funes, no Brasil as mais utilizadas so Border Collie, Australian Cattle Dog (Blue ou Red Heeler), Pastor Maremano e Kuvasz. Um bom co de pastoreio aque-le selecionado no apenas por padres es-tticos e sim pelo seu histrico familiar de aptido funo. Dificilmente um co de uma raa com outras aptides se d bem

    no trabalho com rebanhos - pelo contrrio muitas vezes causa transtornos e prejuzos decorrentes de mordidas e perseguies. O treinamento dos ces e condu-tores fundamental para obter resultados positivos - bons ces mal manejados ou mal conduzidos se transformam em pssi-mos trabalhadores. O treinamento consiste em colocar comando nos movimentos naturais destes ces para que, sob ordem do condutor, o co leve os animais ao local desejado. Deste modo, os ces so con-dicionados a obedecer oito comandos b-sicos: olhar para o rebanho, mover-se no sentido horrio, mover-se no sentido anti-horrio, parar, ir em direo ao rebanho, diminuir a velocidade, mor-der levemente a cara ou canela do animal, afastar-se do rebanho e vir at o dono. Por tradio os comandos so dados em ingls e por apitos, mas possvel condi-cionar o co a receber ordens em portu-gus e por expresses corporais. Cada raa de co de pastoreio tem um estilo de trabalho, os ces de con-duo de rebanho, conhecidos como pas-tores ou ovelheiros tem como principal caracterstica o arrebanhar e trazer o rebanho. O Border Collie um co com capacidade de trabalho comprovada com ovinos, caprinos e bovinos e tem como caracterstica principal o trazer, ou seja, ele agrupa o rebanho e o conduz ao local indicado, trabalhando em silncio, calma-mente, sem agresses ou mordidas e con-trolando o mesmo com a fora do olhar, o que os criadores chamam de eye power. J o Australian Cattle Dog (Blue ou Red Heeler), so mais indicados para os traba-lhos com bovinos e atua como empurra-dor, sendo excelente para os manejos em

    currais e mangueiros, trabalha em silncio e costuma dar pequenas mordidas no reba-nho para moviment-los. H ainda raas de pastoreio como o Pastor Maremano Abruzs e o Kuvasz, utilizadas na proteo de rebanhos con-tra o ataque de predadores. Normalmente estes ces se consideram como membros do rebanho e vivem com ele protegendo-o contra qualquer tipo de ameaa.As raas tem aptido definida e dificilmente um co protetor bom condutor e muito me-nos um co condutor um bom guardio, importante ter em mente que os ces de pastoreio ou proteo devem ser selecio-nados pela sua ndole e predisposio ao trabalho. Os maiores problemas na adoo desta ferramenta de trabalho so decorren-tes da implantao do sistema nas proprie-dades (acostumar os rebanhos ao manejo com ces), da descrena, rivalidade e falta de preparo dos funcionrios na conduo destes ces, alm da vontade dos funcio-nrios e familiares de criarem estes ani-mais soltos como ces de estimao e no como animais de trabalho, com regras, ho-rrios, alimentao, descanso, instalaes e manejos definidos. Os custos de aquisio, manuten-o e treinamento de um co de pastoreio so relativamente baixos quando compara-mos a sua relao custo-benefcio, um co bem treinado e em boas condies fsicas pode trabalhar sozinho com um rebanho de at 300 ovinos e 150 bovinos, sendo as-sim, um co de pastoreio uma excelente ferramenta de trabalho. Um funcionrio leal, afetuoso, que no falta ao servio, no tem frias, no reclama e ainda ama o patro.

    CES DE PASTOREIO: FERRAMENTA DE TRABALHO NA PECURIA

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