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A Serviço da Comunidade. REVISTA Lençóis Paulista Março de 2012 R$ 5,00 Ano 2 Edição Nº 23 Especial Mulher Durante muito tempo na história, as mulheres foram colocadas de lado, excluídas das decisões políticas e sociais. Felizmente, o mundo mudou. Hoje, a sensibilidade, a competência e a força fe- minina chegam a todas as esferas. Para homenageá-las, no dia 8 de Março – Dia Internacional da Mulher –, a Revista O Comércio traz uma edição especial, revivendo histórias e apresentando novos enredos que transformaram Lençóis Paulista. Parabéns mulher!

Revista O Comércio Especial Mulher

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Edição Especial Mulher da Revista O Comércio em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

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Durante muito tempo na história, as mulheres foram colocadas de lado, excluídas das decisões políticas e sociais. Felizmente, o mundo mudou. Hoje, a sensibilidade, a competência e a força fe-minina chegam a todas as esferas. Para homenageá-las, no dia 8 de Março – Dia Internacional da Mulher –, a Revista O Comércio traz uma edição especial, revivendo histórias e apresentando novos enredos que transformaram Lençóis Paulista. Parabéns mulher!

Page 2: Revista O Comércio Especial Mulher

2 Adriana Malavasi Lençóis Paulista Março de 2012

Adriana Maria Malava-si, assim como outras muitas mulheres re-

tratadas pela Revista O Co-mércio, cresceu vivenciando as rotinas de uma loja. Ela sempre encarou as ta-refas com mui-to bom humor, mesmo no início, quando o traba-

lho exigia mais sacrifícios.Em 1992, a família de

Adriana começou um pe-queno negócio. Era uma portinha ao lado de ca-sa, onde eram revendidos produtos comprados em São Paulo. Ainda na adoles-cência, era comum Adria-na madrugar para oferecer seus produtos em uma em-presa lençoense.

As experiências da in-fância e da adolescência fi-

Para seduzirCom força de vontade e bom humor, a empresária Adriana Malavasi conquistou sucesso profissional e muitos clientes

zeram aflorar a veia empre-endedora. Hoje Adriana co-manda a própria loja, a Se-dução Modas, estrategica-mente localizada na rua 15 de Novembro – referência para pontos comerciais de Lençóis Paulista.

O amor ao trabalho, afirmado repetidamen-te pela comerciante, é ex-plícito nos detalhes de de-coração da loja que recen-temente foi ampliada para melhor atender sua clien-tela, formada por homens e mulheres. O cuidado em procurar peças variadas, fazer compras quinzenal-mente buscando a últimas tendências, mantêm aces-sa a paixão pela profissão.

Adriana é apaixonada pe-lo mundo da moda e se sente realizada por ter sucesso na carreira que escolheu. O seu desempenho é medido pe-

lo carinho dos clientes, que sempre retornam.

Para quem gosta de ad-ministração e sonha em ter um empreendimento pró-prio, Adriana tem algumas dicas. “Acredito que ser che-fe é a parte mais complicada da minha profissão. Além disso, tenho que estar 24 ho-

ras disposta. Os clientes che-gam à loja e perguntam: ca-dê a Adriana? Tenho que es-tar lá para dar atenção a to-dos”, diz. Mas atender cons-titui um verdadeiro prazer para a empresária. “Sem-pre estou de bom humor no meu trabalho porque sim-plesmente amo o que faço”.

Fotos: Revista O Comércio

“Sempre estou de bom humor no meu trabalho por-que simplesmente amo o que faço”.

Adriana e o marido Fábio fotografados em momento de descontração

A empresária Adriana Malavasi conquista seus clientes com exclusividade

Page 3: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 3Cecília Denadai

Uma mulher vencedora é aquela que consegue ser realizada profissio-

nalmente e que jamais dei-xa a vida pessoal em segun-do plano. Família tem sim que vir em primeiro lugar. Daí podemos dizer que so-mos bem-sucedidas: quan-do o profissional e o pessoal estão em sintonia”. As pala-vras da empresária Cecília Maria Denadai de Campos definem a empreendedo-ra, que tem feito a diferen-ça no tocante às telecomu-nicações em Lençóis Pau-lista, mas que também tem um grande coração de mãe e de esposa. Ela é responsá-vel pela chegada da loja au-torizada da Vivo na cidade.

De acordo com Cecília, seu envolvimento com o mundo dos negócios come-çou em 2000. Ela foi funcio-nária de uma estatal por 22 anos, mas acabou perden-do o emprego com a priva-tização. “Eu e outros fun-cionários acabamos demi-tidos. Na época tinha 40

Alô!Cecília Denadai começou com loja de telefonia fixa e hoje é representante Vivo para Lençóis Paulista e região

“Uma mulher vencedora é aquela que consegue ser realizada profissio-nalmente e que jamais deixa a vida pessoal em segundo plano. Famí-lia tem sim que vir em primeiro lugar. Daí podemos dizer que somos bem-sucedidas: quando o profissional e o pessoal estão em sintonia”.

anos. Só havia trabalha-do com telecomunicações. Percebi que faltaria atendi-mento comercial para tele-fonia fixa e montei uma lo-ja. Foi pioneira em Botu-catu”, recorda. “Havia ca-bines para ligações locais, estaduais e internacionais e cabines com acesso à in-ternet”, completa. Logo de-pois veio um convite da en-tão Telesp Celular para atu-ar em parceria com o em-preendimento de Cecília.

Foi assim que começou a caminhada. Hoje o tra-balho feito por Cecília e família é referência em to-da a região. “Tínhamos du-as lojas em Botucatu quan-do surgiu a oportunida-de de abrirmos mais uma em Lençóis Paulista. Fi-quei muito feliz, pois sem-pre fui muito bem acolhi-da pela cidade. Estamos crescendo acompanhados de uma marca importante que é a Vivo”.

Aos 52 anos, Cecília é casada com Carlos Alber-

to de Campos e tem dois filhos: Felipe, de 28 anos, e Lucas, de 24. Para ela, o grande diferencial da mu-lher para a sociedade é a ca-pacidade feminina em di-vidir papéis de mãe, pro-fissional, esposa e se sair bem em todas as funções. “Qualquer setor que tem uma mulher na adminis-tração tem começo, meio e fim, porque a mulher com certeza sabe encami-nhar e terminar os assun-tos da melhor maneira”, avalia. “Mulher felizmen-te é mais coração. Por isso consegue ter um jeito to-do especial com negócios e o melhor com as pesso-as. É com isso que precisa-mos lidar a todo momento. Temos que tratar com co-laboradores, distribuido-res, clientes internos e ex-ternos. Enfim, na nossa re-de de negócios precisamos ter muito jeito e percepção porque cada um é diferen-te. E o olhar da mulher é di-ferenciado”, completa.

Cecília e seu marido Carlos Alberto; empresária utilizou conhecimento em telefonia para abrir próprio negócio

Foto: arquivo pessoal

Page 4: Revista O Comércio Especial Mulher

Ana Lúcia Estevan4 Lençóis Paulista Março de 2012

Mulher polivalente, Ana Lúcia Estevan, 47 anos, trabalhou

muito para chegar onde al-mejou. Nascida em Lençóis Paulista, teve seu primeiro emprego na roça, aos 11 anos, trabalhando no cor-te da cana. Hoje é empre-sária, dona da rede de pa-darias Trigo de Ouro e das lojas Maruska Modas.

Além do trabalho na la-voura, Ana Lúcia teve di-versos outros empregos an-tes de virar empreendedo-ra. Atuou como auxiliar de produção em uma indús-tria têxtil. Fez curso técni-co de enfermagem e passou pelo Hospital Nossa Senho-ra da Piedade. Foi parar até na Terra do Sol Nascente. “Fiquei dois anos no Japão. Eu era casada com um ja-ponês e fomos para lá. Tra-

balhei na Sony, na produ-ção de filmadoras”, conta.

De volta ao Brasil, sur-giu a oportunidade de ter o próprio negócio. “A mulher que era dona daqui estava vendendo a padaria. E fui pesquisar se era um bom investimento, fiz cursos no Sebrae e des-cobri que, na época, um dos negócios que mais fechavam na cidade eram padarias”.

Amante de um desafio, ela não se intimidou e se arris-cou nesse segmento de mer-cado mesmo assim. Com o trabalho, o sucesso veio rá-pido. A produção é intensa na Padaria Trigo de Ouro.

Como empreendedo-

ra, Ana Lúcia ainda ti-nha outro sonho a reali-zar: um loja de roupas e outros artigos. Impulsio-nada por esse sentimen-to, abriu a Maruska. Hoje, com sentimento de reali-zação profissional, ela ad-

ministra várias padarias, lojas de brinquedos e lojas de rou-pas. “Só consi-go fazer tudo isso porque co-loco nas mãos de Deus, em primeiro lugar. E também de-

vo muito a cada pessoa que colabora comigo. Durante o crescimento da empresa, aprendi que temos que va-lorizar as pessoas em pri-meiro lugar. Sozinho não se faz nada”, finaliza.

Mãos naPelo trabalho e realização profissional, Ana Lúcia está disposta até mesmo a cruzar o mundo; ela adora desafios

Foto: Revista O Comércio

Ana Lúcia é exemplo de empreendedorismo; história começou com a padaria Trigo de Ouro, na Cecap

massa

“Só consigo fazer tu-do isso porque colo-co nas mãos de Deus, em primeiro lugar. E também devo muito a cada pessoa que cola-bora comigo”.

Page 5: Revista O Comércio Especial Mulher

Abade por meio de um pri-mo, que também era jogador de futebol. Quando o Cláu-dio parou de jogar, veio pa-ra Lençóis trabalhar com es-colinha de futebol e acabou se firmando. Foi aí que deci-di me mudar”, recorda.

Anaísa está há dois anos na presidência da Liga, porém, há 10 trabalha na parte adminis-trativa - tem-po suficiente para conquis-tar respeito e experiência. “Tudo na vida é consequ-ência. Fui ganhando experi-ência dentro da Liga. Os ho-mens acabaram se adaptan-do com a presença de uma

mulher na presidência e res-peitam bastante”.

Vendo de perto a cres-cente participação de atle-tas e torcida nos campeo-natos amadores, Anaísa se sente recompensada. “Mi-nha maior satisfação é ver

a arquibancada lotada, os me-ninos jogando bola com von-tade e garra e suas famílias acompanhan-

do com emoção. Sou rea-lizada profissionalmente, pois amo meu trabalho”, ex-pressa. “O futebol é paixão nacional. Para mim é mais que isso, é amor, é minha profissão”, conclui.

Lençóis Paulista Março de 2012 5Anaísa Basili

Ainfluência do esporte na vida de Anaísa Ba-sili foi o estímulo pa-

ra quebrar paradigmas. Ho-je, aos 43 anos, exerce uma função que tradicionalmente foi ocupada por homens. Ela é presidente da Liga Lenço-ense de Futebol Amador de Lençóis Paulista.

Natural de São Paulo, Anaísa conta que desde pe-quena convive com o espor-te, em especial, o futebol. “Meu pai foi jogador de fute-bol. Como até os dez anos eu era única filha mulher, acom-panhava ele nos jogos de vár-zea. Adorava. Alguns primos também são jogadores. Mi-nha família é fascinada pelo esporte, não tinha como eu não ser apaixonada também”.

Mas as suas atividades nem sempre estiveram li-gadas ao esporte. O primei-ro emprego desta paulista-na, que chegou em Lençóis há 12 anos, foi em uma cor-retora de imóveis. Ela con-sidera que nesse ramo tam-bém teve a oportunidade de quebrar tabus. “Eu trabalhei numa empresa com 28 ho-mens, sendo a única mu-lher. Ali aprendi que a mu-lher pode fazer o diferencial e conquistar seu espaço no mercado de trabalho”.

Foi por meio do espor-te que Anaísa conheceu seu marido e a cidade de Lençóis Paulista. “Conheci o Cláudio

Passede letraHá 12 anos em Lençóis Paulista, a paulistana Anaísa é especialista em futebol e preside a Liga Lençoense

“O futebol é paixão nacional. Para mim é mais que isso, é amor, é minha profissão”.

Anaísa Basili respira futebol e está quebrando paradigmas pelo esporte

Fotos: Revista O Comércio

O marido Cláudio Abade, a filha Nayara e Anaísa Basili; família inteira é apaixonada por futebol

Page 6: Revista O Comércio Especial Mulher

Andrea Gouveia6 Lençóis Paulista Março de 2012

BelotoqueNa decoração, Andrea Gouveia faz carreira de sucesso

“Queria agradecer aos clientes, fornece-dores e colaborado-res que fazem parte desse crescimento”.

As mulheres têm a ca-pacidade de trans-formar um ambien-

te, deixando-o mais belo. Este é o toque especial da empresária Andrea Gou-veia, atualmente sob o co-mando das lojas do ramo de decoração: Biruta e Es-paço Moderno.

Mais um exemplo de for-ça empreendedora, Andrea decidiu utilizar a experiên-cia de 10 anos trabalhando como vendedora para in-vestir num negócio próprio. A aposta deu certo. Hoje é difícil pensar em loja de de-coração sem lembrar da Bi-ruta ou Espaço Moderno.

Quando decidiu que co-mandaria seu próprio ne-gócio – isso há mais de 10 anos – Andrea teve apoio total do marido. “Ele esta-va se desfazendo de uma sociedade e decidimos que seria o momento ideal para iniciarmos algo juntos”. As-

sim nasceu a Biruta.Mais do que abrir uma

loja com produtos de deco-ração, Andrea acabou ofe-recendo um tipo de con-sultoria. “Com o tempo, os clientes foram me chaman-do para fazer um arranjo de flores em casa e, aos pou-cos, os pedidos foram sur-gindo na área de decoração, um tapete, um quadro e mais arranjos. Então começa-mos a mudar o perfil da lo-ja, que hoje se-gue decoração e também tem presentes para as datas especiais, dia das mães, namorados, crian-ças, pais e natal”.

Seis anos depois o ca-sal abriu o Espaço Moder-no. “Quando inauguramos a loja tínhamos tapetes e quadros. Hoje oferecemos peças para a sala, hall, área

externa, enfim, a parte bo-nita de uma casa”.

Esse conhecimento e atenção com as necessida-des do cliente fizeram to-da a diferença. Outro pon-to positivo para quem quer fazer a diferença num mer-cado tão amplo é a vontade de aprender sempre.

Para a empresária, que em pouco tempo conquistou

sucesso e reco-nhecimento, crescer requer esforço coleti-vo. “O segredo é trabalho, mui-to trabalho, não apenas meu,

mas de toda a equipe. Ho-je atendemos a região toda: Macatuba, Bauru, São Ma-nuel, Areiópolis, Barra Bo-nita, Pratânia. Queria agra-decer aos clientes, fornece-dores e colaboradores que fazem parte desse cresci-mento”, completa.

Foto: Revista O Comércio

Andrea teve iniciativa e apoio da família para abrir a Biruta e Espaço Moderno, lojas do segmento de decoração

Page 7: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 7Ana Lúcia Ranzani

Uma história de suces-so, na maioria das ve-zes, começa com um

ato de ousadia. Uma apos-ta na capacidade empreen-dedora. A empresária Ana Lúcia Barbosa Ranzani sempre teve muita dispo-sição para trabalhar e sou-be arriscar-se quando jul-gou ser o momento certo.

Sua trajetória profis-sional começa na linha de produção da antiga Gráfi-ca Lençóis. “Tinha um uni-forme, mas era muito feio”, brinca. O trabalho era o primeiro de uma vida pro-fissional que se voltaria pa-ra o ramo das óticas. Hoje já acumula 26 anos de ex-periência. “A gráfica es-tava passando por alguns problemas financeiros na época, eu tinha uma ami-ga que trabalhava nas Ópti-

cas Iguatemy. Por meio de-la eu fui trabalhar na óti-ca. Fui muito feliz. Sempre quis trabalhar nesse seg-mento porque achava tu-do muito bonito; as rou-pas, a maquiagem, o salto alto. Era difícil ter isso em Lençóis naquela época. Ho-je além de bonito, é gratifi-cante”, conta.

Aos 43 anos, ela recapi-tula sua vida profissional. Aos 15 anos entrou na grá-fica. Durante oito anos fez a encadernação de cader-nos, blocos e talões de no-ta, até chegar ao cargo de caixa nas Ópticas Iguatemy, em 1985. Enfrentou as difi-culdades da adaptação até encontrar a vocação pro-fissional. “Tudo o que eu sei hoje, aprendi lá, fiz vá-rios cursos. A Iguatemy foi uma escola”, diz. Foram 10

anos de casa. Em 1995, sur-giu a oportunidade de ter o próprio negócio e com-prou a antiga Ótica Wilson, que mudou de nome e deu origem às Óticas Guarany. “Lembro-me de todas as dificuldades, dos medos, da angústia que eu tinha de que o negócio não fos-se dar certo”.

Já são mais de 16 anos de atividades. O nome Gua-rany, os serviços e produ-tos oferecidos são conhe-cidos em Lençóis e região. A maior recompensa pa-ra quem atua com comér-cio e prestação de serviços. “É claro que a gente traba-lha para ter sucesso, para crescer, mas para mim, esse trabalho é mais do que isso. É muito bom saber que es-tamos ajudando as pessoas a enxergar”, finaliza.

OlhomágicoAna Lúcia Ranzani sempre encarou o trabalho com seriedade e teve veia empreendedora para iniciar seu próprio negócio

Foto: Revista O Comércio

Ana Lúcia Ranzani começou na linha de produção de uma gráfica e trabalhou muito para se tornar empresária

“É muito bom saber que estamos ajudando as pessoas a enxergar”.

Page 8: Revista O Comércio Especial Mulher

Val Gil8 Lençóis Paulista Março de 2012

Onome é Valdomira Cris-tina Ferreira Gil, mas amigos e clientes po-

dem chamar de Val Gil. Esta é mais uma história de em-preendedorismo, de quem teve ousadia e coragem pa-ra iniciar seu próprio negó-cio e correr atrás do sucesso.

Val Gil é proprietária da Impacto Calçados. O sonho virou realidade há pouco mais de dois anos, mas o gosto pelo comércio, o prazer de lidar com o pú-blico, de concluir uma ven-da, começou quando ela ainda era criança.

Bem pequena, Val Gil já acompanhava o trabalho da mãe, que começou ven-dendo roupas de porta em porta em São Manuel. Pos-teriormente, a família abri-ria uma loja. “Nasci no co-mércio e estou acostumada com o público”, brinca.

Ela acabou ficando bas-tante consciente sobre o segmento de vestuário. Tu-do que aprendeu com a mãe, a experiência que acu-mulou durante a vida e ou-tros conhecimentos sobre o mercado calçadista ela colo-cou em prática quando de-cidiu iniciar a Impacto.

Para garantir suces-so e conquistar cada vez mais clientes, ela prioriza um atendimento profissio-nal, mas que não dispensa o gosto pessoal de cada um que entra em sua loja. “Não faço clientes, faço amigas. Tenho pessoas maravilho-sas que desde que abri, fre-quentam a loja”.

Na hora de falar sobre o sucesso, Val Gil também é generosa. Sempre que pode lembra o apoio da funcioná-ria que a acompanha desde que abriu a loja. Para outras mulheres com espírito em-preendedor, que também so-

SaltoaltoVal Gil tomou gosto pelo comércio acompanhando a mãe

“Não faço clientes, faço amigas. Tenho pessoas ma-ravilhosas que desde que abri, frequentam a loja”.

nham em iniciar um negócio próprio. É preciso ter jogo de cintura, para contornar eventuais problemas, simpa-tia e boa vontade para con-quistar e manter a clientela. “O essencial na venda não é influenciar o cliente, mas deixa-lo à vontade e mostrar a qualidade do produto. Não

adianta empurrar mercado-ria e impor meu gosto pes-soal. O que estimulo é que o cliente prove o sapato, os dois pés, para não chegar em casa e correr o risco de se ar-repender da compra. A sa-tisfação do cliente vem em primeiro lugar, pois ele tem sempre razão”.

Val Gil apostou no mercado de calçados quando abriu a Impacto

Momento de confraternização; Val Gil e o marido Antonio Adilson

Foto: Revista O Comércio

Page 9: Revista O Comércio Especial Mulher

SaúdeLençóis Paulista Março de 2012 9Célia Regina Aiello

Há cerca de duas dé-cadas Célia Regina Aiello abriu em Len-

çóis Paulista um empre-endimento inovador: uma farmácia homeopática. O tratamento é alternativa viável, eficaz e recomenda-da por médicos de todas as áreas. A Farmácia Homeo-pática Lençóis, por sua vez, é exemplo de empreendi-mento que deu certo.

Célia é formada em Farmácia Bioquímica pe-la Unesp de Araraquara e foi atraída para a homeo-patia. “Eu escolhi produção de medicamentos. Sempre quis ter uma farmácia, mas desejava fazer algo diferen-te. Foi assim que tomei a grande decisão da minha vida. Fiz várias especiali-zações, uma delas em ho-

meopatia, em Ribeirão Pre-to. Terminei o curso de Far-mácia e investi no primei-ro empreendimento, jun-to com uma amiga. Depois de dois anos ela foi embo-ra, então assumi a farmácia sozinha”, lembra.

A história de Célia refle-te uma mulher de fibra, que teve que trabalhar bastante para conquistar seu espaço. No começo da carreira con-ciliou as rotinas administra-tivas e a vida acadêmica.

Como empresária, Célia acredita ter aprendido mui-tas coisas. A principal de-las, o relacionamento com o público. “A importância de uma boa orientação do medicamento, de como to-mar, qual o efeito, se está dando resultado. Hoje pe-dimos para o paciente ligar

para falar do medicamento, porque nós o manipulamos e queremos saber se a pes-soa está sendo tratada. Isso é importante. Nos preocu-pamos com nossos clientes e quando eles ligam falan-do dos resultados, é muito gratificante, é sinal de cura”.

A Farmácia Homeopá-tica que começou com Cé-lia, hoje é composta de uma grande equipe. São quase 20 pessoas ao todo, como se fosse uma grande família. “Costumo dizer que a Vi-viane (farmacêutica) é mi-nha filha mais velha. A mi-nha sobrinha, Patrícia, se-guiu a carreira da tia. A Ma-ra foi minha primeira fun-cionária e está comigo até hoje. É um relacionamento muito próximo que temos, somos uma família aqui”.

naturalQuando Célia Regina Aiello sonhou em montar a Farmácia Homeopática Lençóis, alternativa era novidade no mercado

“É um relaciona-mento muito próxi-mo que temos, somos uma família aqui”.

A empresária Célia Regina Aiello fez várias especializações na área de Homeopatia; sua farmácia é destaque

Foto: Revista O Comércio

EDITORA RESPONSÁVEL: Gazeta Paulista Empreendimentos Editoriais Ltda. | CNPJ: 01.782.039/0001-70.COMERCIALIZAÇÃO E PRODUÇÃO: Bistrô Serviços de Publicidade Ltda. - ME. Rua 13 de Maio, Nº 1.347, Centro, Lençóis Paulista, CEP: 18683-370, CNPJ: 10.744.028/0001-97. TIRAGEM: 5.000 exemplares. CIR-CULAÇÃO: Agudos, Borebi, Lençóis Paulista e Macatuba. DIRETORES: Anderson Prado de Lima e Breno Medola. EDITORA CHEFE: Kátia Gisele Sartori (MTB 46.650). REVISTA O COMÉRCIO: (14) 3264-8187 e 3263-6886 | [email protected] | www.revistaocomercio.com.br. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, portanto, podem corresponder ou não à opinião desta revista.

Page 10: Revista O Comércio Especial Mulher

Cíntia Duarte10 Lençóis Paulista Março de 2012

Ànoite, ela colocava o fi-lho para dormir, senta-va-se ao lado do mari-

do Fabrício e o ajudava com os álbuns de formaturas e casamentos. Essa é a essên-cia da história de Cíntia Te-resinha Duarte de Souza Sil-va, que sabe como ninguém captar com os olhos a felici-dade, a emoção do momen-to. As frases que abriram es-ta matéria resumem a traje-tória da Cíntia Fotografias.

Nessa época, quando já se interessava pelo ofício do marido, Cíntia era atenden-te de farmácia. Com o tem-po ela começou a se envol-ver mais e colaborar com Fa-brício fazendo contato com as noivas e ajudando com a filmagem dos casamentos e eventos, nos fins de sema-na. “Éramos eu, o Fabrício, o Marcos e uma moça que nos auxiliava com o equipa-mento. Como nossa equipe era pequena, só pegávamos um evento por dia”. De re-pente, o trabalho começou a ficar “conhecido” e os clien-tes aumentando, o que aca-

Flash!Cíntia Duarte começou ajudando seu marido Fabrício; a dedicação foi tamanha que hoje a empresa leva seu nome

Fotos: Cíntia Fotografias

Cíntia Duarte em momentos especiais; comemora crescimento da loja e nascimento da filha Lívia

bou exigindo que a pequena equipe tomasse decisões. A partir daí, surgiu a loja, pois muitos clientes pediam por-ta retratos, máquinas digitais para comprar, enfim, equi-pamentos e produtos relacio-nados a fotografia. “Até que decidimos montar a Cíntia Fotografias e eu acabei dei-xando o trabalho na farmá-cia para assumir esse desafio empresarial”, contou.

A jovem empresária, mãe e esposa, já conquistou o se-gundo lugar no prêmio esta-dual do Sebrae por se desta-car pelo empreendedorismo,

inovação, empenho, serieda-de e qualidade do serviço.

Se profissionalmente Cín-tia já deu mostras mais que suficientes de sua competên-cia, na vida pessoal não po-deria haver momento mais feliz. Ela acaba de ser mãe pela segunda vez. A peque-na Lívia acaba de vir ao mun-do, para felicidade do casal.

E quando o assunto é maternidade, Cíntia Duarte é especialista. Um dos prin-cipais serviços prestados pe-la empresa é o acompanha-mento da gravidez, com o book da mamãe e do bebê.

Cíntia segura a pequena Lívia, ao lado do esposo Fabrício e do filho Murilo

“Decidimos mon-tar a Cíntia Foto-grafias e eu acabei deixando o traba-lho na farmácia pa-ra assumir esse de-safio empresarial”.

Page 11: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 11Daniela Ruiz

Daniela Ruiz Arroio Al-ves, 37 anos, publici-tária por formação,

saiu da capital de São Pau-lo para se tornar empresá-ria de sucesso em Lençóis Paulista. Ela comanda a Ramblas Livraria, Papela-ria e Presentes.

A carreira de empre-

sária aconteceu por aca-so. “Entrei na Ramblas pa-ra comprar um livro para o meu filho, Diego, que na época estava com três anos e descobri que a livraria es-tava à venda”, recorda. Com apoio da família, resolveu encarar o desafio.

Daniela acredita que

Cidade do LivroFoi num município do interior que Daniela descobriu sua veia empreendedora. Ela trabalha para que a Livraria Ramblas se identifique cada vez mais com a Cidade do Livro

“Minha expectativa como empresária, como mãe e como cidadã, é que a Cidade do Livro realmente se-ja um lugar de pessoas apaixonadas pela leitura”.

Daniela Ruiz entrou numa livraria para comprar um livro para o filho e saiu com o desejo de ser empresária

conseguiu recuperar o pres-tígio e tradição da Ramblas. Hoje a loja dispõe de aten-dimento personalizado, es-paço para tomar café, pro-moções com sorteios de li-vros e ações com a comuni-dade. A Ramblas é parceira em projetos desenvolvidos em escolas públicas e pri-vadas, cujo objetivo é o in-centivo à leitura.

A empresária confessa que investir na formação de pessoas que apreciam a leitura é um estímulo para continuar administrando a livraria. Ela acredita tam-bém que está garantindo um futuro melhor para a família. “Minha expecta-tiva como empresária, co-mo mãe e como cidadã, é que a Cidade do Livro re-almente seja um lugar de pessoas apaixonadas pela leitura”, avalia. “Já começo a sentir o prazer dessa rea-lização pessoal e profissio-nal quando os pais chegam à livraria acompanhados de seus filhos”, completa.

A família aproveita momento feliz celebrando o time do coração

Foto: Revista O Comércio

Foto: arquivo pessoal

Page 12: Revista O Comércio Especial Mulher

Dona Didi12 Lençóis Paulista Março de 2012

Uma família de mulhe-res fortes e dedicadas ao trabalho, ajudou a

escrever a história da Ca-sa Primavera, que poste-riormente, viria a se tor-nar a Cúmplice Modas. As irmãs Eliane Damas-ceno Cavalheiro, Valéria Damasceno Paschoalini e Izabela Damasceno e Sou-za unem forçar para admi-nistrar o sonho que come-çou com a matriarca Anto-nia de Lourdes Malavasi e Souza, a Dona Didi. “A his-tória da loja traduz a força de vontade de nossa mãe”, resume Valéria.

Dona Didi era costurei-ra, mas gostava de vendas e resolveu abrir uma loja: a Casa Primavera. Izabe-la lembra que o estabele-cimento vendia um pou-co de tudo. “Tinha rou-pas para homens, mulhe-res e crianças. Roupas de cama, mesa e banho e até aviamentos”, relata.

As irmãs cresceram vi-venciando as rotinas ad-ministrativas e aprenden-do a atender os clientes. “Quando não estávamos na escola estávamos aju-dando na loja. Por pelo menos meio período nos dedicávamos”, lembra.

Apesar de gostarem do comércio, as irmãs busca-ram uma formação profis-sional diferente. Eliane é fonoaudióloga. Valéria é professora e Izabela, fi-sioterapeuta.

CúmplicesAs irmãs Izabela, Valéria e Eliane uniram forças para administrar o sonho que nasceu com a mãe, a Dona Didi

“A história da loja traduz a for-ça de vontade de nossa mãe”.

Com o passar do tem-po, as rotinas administra-tivas passaram a ser um pouco cansativas para Do-na Didi. As filhas se empe-nharam para assumir a loja da mãe. O estabelecimen-to mudou de nome, pas-sando a se chamar Cúm-plice, especializada em moda masculina e femini-na adulta. “O nome é forte. Demonstra a cumplicidade que existe entre nós”.

Para se dedicar melhor ao negócio, Eliane e Izabe-la optaram por desistir de suas profissões e ficar em tempo integral na loja. Va-léria leciona meio período.

A história da Casa Pri-

mavera e da Cúmplice so-mam 40 anos. Com profis-sionalismo, as irmãs pro-curam sempre melhorar o atendimento. Elas acre-ditam que o grande dife-rencial é conhecer bem ca-da cliente que entra na loja.

A fórmula do sucesso, para elas, está nos laços fa-miliares. “Somos três per-sonalidades diferentes, mas que se completam”, avalia Elaine. “Fundamentamos nossa vida no amor. O di-nheiro nunca esteve acima de nossos valores. Profis-sionalmente estamos feli-zes, mas almejamos sempre mais. Procuramos crescer sempre”, conclui Valéria.

A Dona Didi se lançou no comércio com a tradicional Casa Primavera

As irmãs Izabela, Valéria e Eliane cresceram trabalhando na loja que começou com a mãe, a Dona Didi

Fotos: arquivo pessoal

Page 13: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 13Gina Foganholi

Gina Mara Foganholi herdou da família a veia empreendedora.

Depois de aprender muito com o pai, o empresário Jo-sé Antonio Foganholi e au-xiliá-lo nos negócios, atu-almente, Gi-na se aventura por outro seg-mento de mer-cado: o ramo de hotelaria.

O mais no-vo empreendi-mento da família, o Passer Hotel. Gina administra em conjunto com a mãe, Cida, e com as irmãs Gilmara e Gilsimara. Um sofisticado toque feminino num seg-mento econômico que está em plena evolução em Len-çóis Paulista. “É um traba-lho conjunto”, destaca.

A jovem empreendedo-ra – Gina tem apenas 33 anos – acredita ter con-quistado a realização pro-fissional administrando o hotel. No aspecto da vida pessoal, Gina é uma mãe coruja de três lindos garo-tos. “Embora esteja mais li-gada aos serviços adminis-trativos, estou vivendo uma experiência nova. A rotina é completamente diferente do que estava acostumada na concessionária. Acabo

CincoGina Foganholi herdou a veia empreendedora da família e desde o ano passado se aventura pelo segmento de hotelaria

estrelas!

conhecendo muitas pes-soas que passam por aqui”, avalia. A mudança de roti-na também garantiu mais tempo para curtir os filhos.

O grande impulso pa-ra entrar no mundo dos negócios veio da família. “Meu pai sempre procu-rou oferecer o melhor para gente e garantir que nada nos faltasse. Mas ao mes-mo tempo nos educou pa-ra termos nosso próprio di-nheiro. Para buscar minha independência financeira, resolvi começar a trabalhar com meu pai”.

São mais de dez anos tra-balhando com administra-ção de empresas. Para assu-mir o compromisso chegou a fazer cursos sobre hotela-ria. A experiência tem sido gratificante. “Estou adoran-do esta experiência. Em pri-meiro lugar, porque partici-pei mais ativamente da exe-cução do projeto. Em se-gundo lugar, acredito que estou prestando um servi-ço de bem-estar para as pes-soas. É muito gostoso ouvir dos clientes que eles apre-ciaram o atendimento e que pretendem voltar”.

Dia de festa: Gina e a mãe, Dona Cida, que também auxilia as filhas na administração do Passer Hotel

Foto: arquivo pessoal

A empresária Gina Foganholi está no comando do Passer Hotel

“É muito gostoso ou-vir dos clientes que eles apreciaram o atendimento e que pretendem voltar”.

Foto: Revista O Comércio

Page 14: Revista O Comércio Especial Mulher

Gisele Toledo14 Lençóis Paulista Março de 2012

Aempresária Gisele To-dedo tem um conse-lho simples para mu-

lheres, homens e jovens com espírito empreende-dor: não se deve deixar de trabalhar para atingir as metas que se deseja.

Mãe, esposa, empreen-dedora realizada profissio-nalmente, ela é exemplo pa-ra muitas pessoas. Os pri-meiros trabalhos foram na cidade natal de sua famí-lia, Piratinin-ga. “Venho de uma família humilde, sem-pre trabalhei bastante. Eu me lembro de que quando eu tinha uns 10 anos, tinha uma senho-ra, vizinha de casa que fazia roscas e pães para vender. E eu ia ajudá-la a lavar a lou-ça e arrumar a cozinha, pa-ra ganhar uma rosca para o café da tarde”, lembra.

O primeiro emprego foi aos 13 anos, como secre-tária de um escritório de advocacia. “Entrei no lu-gar da minha irmã mais velha, que trabalhava lá e precisou sair. Fiquei só até o advogado arrumar outra secretária. Ficava só aten-dendo ao telefone”, lembra. Aos 16 anos, veio o traba-lho na Portal, uma fábrica de aguardente grande, na época. E mais sacrifícios

Trabalho ededicaçãoA corretora de imóveis e empresária Gisele Toledo nasceu em Piratininga, mas foi em Lençóis Paulista que conquistou o reconhecimento profissional e consolidou sua família

Conselho de Gisele Toledo é não ter medo de trabalhar por conquistas

Gisele Toledo com o marido e os filhos; a família é uma das principais realizações na vida da empresária

pessoas para conciliar tra-balho e estudos. Era preci-so levantar bem cedo e de-dicar-se. Todas as experi-ências de sua juventude, entretanto, foram válidas.

Foi em Lençóis Paulista, entretanto, que Gisele en-controu a felicidade conju-gal - aos 20 anos conheceu o marido, o advogado Mar-cos Toledo – e com ele co-meçou a construir a Toledo

Imóveis. Aqui também nas-ceram seus filhos.

Hoje, ela se considera realizada profissionalmen-te. Já são quase oito anos – quatro mandatos consecu-tivos – como delegada re-gional do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis). “Mas, ainda, com desafios a cumprir”, acres-centa. “Ainda não atingi-mos nossa meta”, finaliza.

Foto: Revista O Comércio

Foto: arquivo pessoal

“Venho de uma famí-lia humilde. Sempre trabalhei bastante”.

Page 15: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 15Sandra Ferraz

Oramo comercial não é para qualquer um”. Essa é Sandra Ferraz

da Silva, 39 anos, que tem autonomia para falar do as-sunto. Há 13 anos ela ad-ministra a lanchonete Que-ro Mais – empreendimen-to que construí com o ma-rido Reinaldo.

Ela nasceu em Lençóis Paulista. Começou a traba-lhar com 12 anos no cor-te de cana. Aos 13 se tor-nou empregada domésti-ca. Por esse motivo San-dra teve que largar os es-tudos. “Eu não tinha nin-guém para pegar no meu pé e ainda tive que traba-lhar muito cedo. Não tinha forças para ir para escola de noite”, comenta.

Aos 16 anos ela mudou--se com para Taubaté. Mo-rou lá até os 18 anos. “Tra-balhava como empregada doméstica na casa da famí-lia que me deu essa opor-tunidade de emprego”, ex-plica Sandra. De volta pa-ra Lençóis, começou a tra-

balhar na antiga lanchone-te Choquito. Ela lembra que não sabia fazer nenhum ti-po de lanche. “Eu não sa-bia diferenciar a carne do frango da carne bovina, mas aos poucos fui apren-dendo. Tem gente que cos-tuma falar que não gosta do patrão, eu, pelo contrá-rio, só tenho que agradecer ao Choquito, pois o que sei hoje na cozinha, aprendi com ele. A prática é o me-lhor aprendizado”, afirma.

Na lanchonete Sandra também conheceu o ma-rido Reinaldo. Depois de casados eles decidiram que teriam o próprio trai-ler de lanches. “Nos pri-meiros dias vendíamos de dois a quatro lanchinhos, mas aos poucos a fregue-sia foi aumentando. Che-guei a trabalhar 15 horas seguidas”. O trailer, que já ostentava o nome Que-ro Mais, ficou pequeno e o empreendimento teve que encontrar um endereço fí-sico. Há um ano, a lancho-

nete está localizada na rua Dr. Antonio Tedesco.

Quando recorda sua trajetória, Sandra agrade-ce a Deus pela força para enfrentar as dificuldades de cada dia. “Tem que ter muita fé em Deus, bastan-te coragem e força de von-tade para enfrentar a roti-na de trabalho”, expressa. Ela compartilha que tem sonhos a serem alcança-dos, mas sente-se feliz pe-lo que tem hoje. “Perto do que tínhamos, conquista-mos bastante. Meu maior sonho profissional é ter prédio próprio”.

Mesmo sendo proprie-tária da lanchonete, San-dra continua trabalhando na cozinha. Isso porque é apaixonada pelo que faz. “Tem gente que diz que te-nho de ficar no caixa, mas a verdade é que gosto de fi-car é na cozinha. Eu gosto de cozinhar. E quando es-tou fazendo os lanches, é com todo amor e carinho. É prazeroso”.

Gostinho dequero maisO que não falta para Sandra Ferraz Silva é vontade de trabalhar

“Tem que ter muita fé em Deus, bastante coragem e força de vontade para enfrentar a rotina de trabalho”.

Ela não faz corpo mole e, na cozinha da Lanchonete Quero Mais, conquista cada vez mais clientes com seus lanches e pratos saborosos

Foto: Revista O Comércio

Page 16: Revista O Comércio Especial Mulher

De professoras a prefeitasDe professoras a prefeitas17Lençóis Paulista Março de 2012 Bel Lorenzetti

8 de Março Dia Internaional da Mulher Tu és divina e graciosa / Estátua majestosa / No amor! / Por Deus esculturada / E formada com ardor... / Da alma da mais linda flor / De mais ativo olôr / Que na vida é preferida / Pelo beija-flor...

Dr. Virgílio Felipe

TalitaMorelli

Por meio da política, Lei-la Ayub Vaca descobriu que é possível ajudar a

desenvolver sua cidade do coração: Borebi. Com o ma-rido Antonio Carlos Vaca, ajudou a elevar o então dis-trito lençoense à condição de município, fato que ocorreu ainda na década de 90.

Leila nasceu em Agudos, mas com apenas alguns dias de vida mudou-se para Bo-rebi, onde passou toda a sua vida. Ela é formada em Pe-dagogia e por aproximada-mente 25 anos se dedicou ao magistério, lecionando na rede pública municipal de Lençóis Paulista (onde se aposentou), Agudos, Bauru, e na rede estadual.

Atualmente, Leila é pri-meira dama de Borebi e pre-sidente do Fundo Social de Solidariedade. Mas como professora e mãe, no início da carreira, chegou a assu-mir jornada tripla, lecionan-do em fazendas da região. “Eu recordo que na época

Ela é nascida em Agudos e criada em Borebi; junto com o marido, ajudou a elevar distrito para condição de município

não havia meio de transpor-te coletivo ou particular. Eu tinha que me deslocar num caminhão de leite, até uma altura do trecho e depois de charrete. O caminho de vol-ta não era muito diferente. Saía de casa às 5h e só retor-nava às 18h”, lembra.

As dificuldades da popu-lação de Borebi sensibiliza-ram toda a família. Vaca foi eleito vereador pelo distri-to, iniciou a campanha pe-la emancipação. “Toda a fa-mília se uniu e passamos a

colaborar nessa luta. Hoje sentimos essa retribuição, quando somos chamados de ‘mãe’ e ‘pai’ de Borebi”.

Vaca foi o primeiro pre-feito de Borebi. Incentiva-da pelo marido, Leila tam-bém se lançou à vida públi-ca e comandou o Executivo local por dois mandatos. Foi a primeira prefeita da região. “O diferencial da mulher é que ela administra com muito amor. Ser prefeita foi uma tarefa árdua, mas acre-dito que meu governo con-

seguiu priorizar as necessi-dades da população”, avalia.

Agora, com o marido Vaca de volta ao comando do Executivo de Borebi, o desafio de Leila é promo-ver justiça social. “Como presidente do Fundo Social coloco-me à disposição de todos. Espero que consiga compartilhar os problemas da população e apresentar alternativas para solucioná--los. Honestidade, lealdade e amor ao próximo vencem qualquer obstáculo”.

“Queria deixar um abraço para todas as mulheres guerreiras de Borebi”.

Mulher, mãe, professora, esposa... Fases da vida profissional e familiar da primeira prefeita da nossa região

“Na vida temos mui-tas oportunidades e chega um momento que você tem que op-tar por um caminho ou por outro”.

Izabel Cristina Campana-ri Lorenzetti entrou para a história como a primei-

ra mulher a assumir a Pre-feitura de Lençóis Paulis-ta. Professora de forma-ção, após se aposentar das salas de aula, viu na carrei-ra pública um meio eficaz de transformar a comuni-dade. “Na vida temos mui-tas oportunidades e chega um momento que você tem que optar por um caminho ou por outro. Para ser pre-feita, primeiro foi preciso me colocar à disposição, ir à luta, passar por uma campanha, pe-la aprovação do povo. Depois disso, pude co-meçar a traba-lhar, a realizar coisas que an-tes reivindica-va como cida-dã”, avalia.

A vida profissional de Bel Lorenzetti, como é co-nhecida pela população,

Após se aposentar como professora, Bel Lorenzetti viu na carreira pública uma forma de ajudar a cidade a desenvolver

começou pelas salas de au-la. Com formações em ma-gistério, pedagogia, música e educação artística, foram 30 anos dedicados à educa-ção. Por 24 anos consecu-tivos ela lecionou para es-tudantes da escola estadu-al Dr. Paulo Zillo. Também deu aulas na escola estadu-al Virgílio Capoani, esco-la municipal Esperança de Oliveira e em unidades de Areiópolis e São Manuel.

Paralelamente, Bel Lo-renzetti sempre desen-volveu projetos ligados à música. Entre eles, a re-

gência do co-ral da esco-la Paulo Zillo, que se tornou um dos mais famosos do Estado de São Paulo. Tam-bém dedicou muitos anos

à regência do Coral Zillo Lorenzetti.

Mas a carreira volta-

da à administração públi-ca de Bel Lorenzetti come-çou mesmo em 2001, quan-do recebeu o convite do ex--prefeito José Antonio Ma-rise para assumir a pas-ta de Cultura. Depois aca-bou assumindo também a Diretoria de Educação. “Vi a possibilidade de fazer tu-do aquilo que eu enxerga-va como uma necessidade enquanto cidadã. Eu esta-va aposentada da educação, tinha trabalhos voluntários e achei que poderia contri-buir e atingir mais pessoas”. Esse poder de transforma-ção social foi completado com a eleição para o Execu-tivo, nas eleições de 2008.

Bel Lorenzetti acha fundamental a participa-ção da mulher na políti-ca e espera que a lideran-ça feminina seja ampliada, principalmente nos cargos legislativos. “Acredito que as mulheres precisam se envolver mais com políti-ca. Temos que vencer es-

sa barreira. A mulher pre-cisa usar sua coragem pa-ra contribuir com a socie-dade. Levar as caracterís-ticas femininas para a po-

lítica é fazer uma transfor-mação. Tem uma frase da Michele Bachelet, ex-pre-sidente do Chile, que re-sume bem isso. Quando

uma mulher entra para a política, muda-se a mu-lher. Quando muitas mu-lheres entram para a po-lítica, muda-se a política”.

Bel Lorenzetti iniciou a vida política como diretora de Cultura; em 2008 foi eleita a primeira prefeita de Lençóis

Foto: Revista O ComércioFoto: Revista O Comércio

Fotos: arquivo pessoal

Leila Ayub16 Lençóis Paulista Março de 2012

Page 17: Revista O Comércio Especial Mulher

De professoras a prefeitasDe professoras a prefeitas17Lençóis Paulista Março de 2012 Bel Lorenzetti

8 de Março Dia Internaional da Mulher Tu és divina e graciosa / Estátua majestosa / No amor! / Por Deus esculturada / E formada com ardor... / Da alma da mais linda flor / De mais ativo olôr / Que na vida é preferida / Pelo beija-flor...

Dr. Virgílio Felipe

TalitaMorelli

Por meio da política, Lei-la Ayub Vaca descobriu que é possível ajudar a

desenvolver sua cidade do coração: Borebi. Com o ma-rido Antonio Carlos Vaca, ajudou a elevar o então dis-trito lençoense à condição de município, fato que ocorreu ainda na década de 90.

Leila nasceu em Agudos, mas com apenas alguns dias de vida mudou-se para Bo-rebi, onde passou toda a sua vida. Ela é formada em Pe-dagogia e por aproximada-mente 25 anos se dedicou ao magistério, lecionando na rede pública municipal de Lençóis Paulista (onde se aposentou), Agudos, Bauru, e na rede estadual.

Atualmente, Leila é pri-meira dama de Borebi e pre-sidente do Fundo Social de Solidariedade. Mas como professora e mãe, no início da carreira, chegou a assu-mir jornada tripla, lecionan-do em fazendas da região. “Eu recordo que na época

Ela é nascida em Agudos e criada em Borebi; junto com o marido, ajudou a elevar distrito para condição de município

não havia meio de transpor-te coletivo ou particular. Eu tinha que me deslocar num caminhão de leite, até uma altura do trecho e depois de charrete. O caminho de vol-ta não era muito diferente. Saía de casa às 5h e só retor-nava às 18h”, lembra.

As dificuldades da popu-lação de Borebi sensibiliza-ram toda a família. Vaca foi eleito vereador pelo distri-to, iniciou a campanha pe-la emancipação. “Toda a fa-mília se uniu e passamos a

colaborar nessa luta. Hoje sentimos essa retribuição, quando somos chamados de ‘mãe’ e ‘pai’ de Borebi”.

Vaca foi o primeiro pre-feito de Borebi. Incentiva-da pelo marido, Leila tam-bém se lançou à vida públi-ca e comandou o Executivo local por dois mandatos. Foi a primeira prefeita da região. “O diferencial da mulher é que ela administra com muito amor. Ser prefeita foi uma tarefa árdua, mas acre-dito que meu governo con-

seguiu priorizar as necessi-dades da população”, avalia.

Agora, com o marido Vaca de volta ao comando do Executivo de Borebi, o desafio de Leila é promo-ver justiça social. “Como presidente do Fundo Social coloco-me à disposição de todos. Espero que consiga compartilhar os problemas da população e apresentar alternativas para solucioná--los. Honestidade, lealdade e amor ao próximo vencem qualquer obstáculo”.

“Queria deixar um abraço para todas as mulheres guerreiras de Borebi”.

Mulher, mãe, professora, esposa... Fases da vida profissional e familiar da primeira prefeita da nossa região

“Na vida temos mui-tas oportunidades e chega um momento que você tem que op-tar por um caminho ou por outro”.

Izabel Cristina Campana-ri Lorenzetti entrou para a história como a primei-

ra mulher a assumir a Pre-feitura de Lençóis Paulis-ta. Professora de forma-ção, após se aposentar das salas de aula, viu na carrei-ra pública um meio eficaz de transformar a comuni-dade. “Na vida temos mui-tas oportunidades e chega um momento que você tem que optar por um caminho ou por outro. Para ser pre-feita, primeiro foi preciso me colocar à disposição, ir à luta, passar por uma campanha, pe-la aprovação do povo. Depois disso, pude co-meçar a traba-lhar, a realizar coisas que an-tes reivindica-va como cida-dã”, avalia.

A vida profissional de Bel Lorenzetti, como é co-nhecida pela população,

Após se aposentar como professora, Bel Lorenzetti viu na carreira pública uma forma de ajudar a cidade a desenvolver

começou pelas salas de au-la. Com formações em ma-gistério, pedagogia, música e educação artística, foram 30 anos dedicados à educa-ção. Por 24 anos consecu-tivos ela lecionou para es-tudantes da escola estadu-al Dr. Paulo Zillo. Também deu aulas na escola estadu-al Virgílio Capoani, esco-la municipal Esperança de Oliveira e em unidades de Areiópolis e São Manuel.

Paralelamente, Bel Lo-renzetti sempre desen-volveu projetos ligados à música. Entre eles, a re-

gência do co-ral da esco-la Paulo Zillo, que se tornou um dos mais famosos do Estado de São Paulo. Tam-bém dedicou muitos anos

à regência do Coral Zillo Lorenzetti.

Mas a carreira volta-

da à administração públi-ca de Bel Lorenzetti come-çou mesmo em 2001, quan-do recebeu o convite do ex--prefeito José Antonio Ma-rise para assumir a pas-ta de Cultura. Depois aca-bou assumindo também a Diretoria de Educação. “Vi a possibilidade de fazer tu-do aquilo que eu enxerga-va como uma necessidade enquanto cidadã. Eu esta-va aposentada da educação, tinha trabalhos voluntários e achei que poderia contri-buir e atingir mais pessoas”. Esse poder de transforma-ção social foi completado com a eleição para o Execu-tivo, nas eleições de 2008.

Bel Lorenzetti acha fundamental a participa-ção da mulher na políti-ca e espera que a lideran-ça feminina seja ampliada, principalmente nos cargos legislativos. “Acredito que as mulheres precisam se envolver mais com políti-ca. Temos que vencer es-

sa barreira. A mulher pre-cisa usar sua coragem pa-ra contribuir com a socie-dade. Levar as caracterís-ticas femininas para a po-

lítica é fazer uma transfor-mação. Tem uma frase da Michele Bachelet, ex-pre-sidente do Chile, que re-sume bem isso. Quando

uma mulher entra para a política, muda-se a mu-lher. Quando muitas mu-lheres entram para a po-lítica, muda-se a política”.

Bel Lorenzetti iniciou a vida política como diretora de Cultura; em 2008 foi eleita a primeira prefeita de Lençóis

Foto: Revista O ComércioFoto: Revista O Comércio

Fotos: arquivo pessoal

Leila Ayub16 Lençóis Paulista Março de 2012

Page 18: Revista O Comércio Especial Mulher

Lucélia Sales18 Lençóis Paulista Março de 2012

Há 34 anos no segmen-to ótico e há mais de 21 anos sob o coman-

do de uma loja própria re-sumem esta história de em-preendedorismo. O desen-volvimento profissional da empresária Lucélia Sa-les acompanhou o ritmo de crescimento de Len-çóis Paulista. Seu nome é tido como referência num segmento de mercado ca-da vez mais concorrido pa-ra várias cidades da região.

Lucélia começou a tra-balhar numa ótica quando tinha 16 anos. O empre-go era para ajudar no or-çamento da família. Com o envolvimento nas tare-fas e rotinas também veio a paixão por este segmento. Logo abraçou novos desa-fios. Depois de mais de uma

década de experiência co-mo funcionária, ela deci-diu abrir a Ótica Lucélia. Assim conquistou uma ex-tensa lista de clientes fiéis. Atualmente é detentora da marca Carol para Lençóis Paulista e Macatuba.

A empresária, que já foi homenageada anterior-mente nas páginas da Re-vista O Comércio, garante que todo seu sucesso pro-fissional não seria possível sem seus grandes parcei-ros: os dois filhos e o ma-rido. Nas Óticas Carol a fa-mília trabalha sempre jun-ta. Tanto o marido quanto os filhos foram influencia-dos por Lucélia a abraçar a profissão de técnicos de ótica, para melhor admi-nistrarem os negócios.

Nesses mais de 30 anos

de carreira o mercado mu-dou muito. Dessa forma, foi preciso acompanhar as mudanças para continu-ar crescendo. Lucélia ava-lia que sempre priorizou o profissionalismo e valori-zação da equipe para che-gar aonde chegou. Também teve coragem de arriscar quando necessário, quan-do optou por assumir uma franquia, por exemplo.

Lucélia acredita que se houver dedicação, amor e atenção com o público o re-sultado é satisfatório. Para isso deve haver uma entrega ao trabalho. “A alegria de-monstrada pelo cliente, que foi bem atendido e encon-trou um produto que atende perfeitamente suas necessi-dades, também nos deixa muito felizes”, resume.

PrimeiroolharLucélia Sales é empresária reconhecida no segmento ótico e hoje comanda a franquia Carol em Lençóis Paulista e Macatuba

“A alegria demonstrada pelo cliente, que foi bem aten-dido e encontrou um produto que atende perfeitamen-te suas necessidades, também nos deixa muito felizes”.

Foto: Revista O Comércio

Sucesso: a empresária Lucélia Sales investiu todo seu conhecimento em óticas para ter seu próprio negócio

Page 19: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 19Natália Morelli

Aempresária Natá-lia Morelli começou a trabalhar com co-

mércio em 1999, influen-ciada pelo namorado na época e, hoje, atual mari-do, Carlos Morelli. A traje-tória deste jovem casal foi norteada pelos sentimentos e pelos valores de família.

Na ocasião, Natália era estudante de Letras. Ela chegou a concluir o cur-so, mas nunca exerceu a profissão. Sua experiência com comércio se resumia ao trabalho de um ano co-mo vendedora. “O Carlos chegou para mim, contou que a família estava com-prando uma loja e que iría-mos trabalhar juntos”.

Foi assim que nasceu a OK Modas, que além de vestuário feminino e mas-culino, atendia o público in-fantil com roupas e acessó-rios. Com o passar do tem-po a OK Modas foi se espe-cializando e se tornou re-ferência em grifes concei-tuais. Além de ampliar a OK Modas, com a abertura de uma nova unidade, em 2004 houve a aquisição da Príncipe Shopping.

Natália tem papel fun-damental na administra-ção das lojas, principalmen-te da OK Modas. É ela, por exemplo, quem escolhe as coleções e lida diretamen-te com as vendedoras. “Eu costumo brincar que fiquei com a parte gostosa do tra-balho. Mas na verdade é um compromisso. Embo-ra trabalhemos com gri-fes, procuro escolher as pe-ças de cada coleção levan-do em conta as preferências de nossos clientes. Acredito que esta seja uma das gran-des contribuições femininas para a administração. Esse olhar diferenciado, perso-nalizado”, avalia.

A parceria entre Natá-

ToqueO trabalho da empresária Natália Morelli é fundamental para o sucesso das lojas OK Modas e Príncipe Shopping

feminino

lia e Carlos rendeu muito além do sucesso profissio-nal. A grande realização do casal tem dois anos e meios de idade e se chama Izado-ra. Agora Natália vive o de-safio de conciliar carreira e maternidade. “Só quem vi-ve esse desafio e esse senti-mento é capaz de descrevê--lo. A rotina das mulheres que trabalham e cuidam dos filhos pode ser cansativa, às vezes, mas a minha família é a minha maior realização.

Já o trabalho me completa”.Mãe, esposa e empre-

endedora, Natália vê como fundamental a participação feminina cada vez mais in-tensa para uma transforma-ção social. “Acho muito im-portante a participação fe-minina no mercado de tra-balho e na vida política. A mulher tem uma visão di-ferenciada do mundo. É ótimo termos uma prefei-ta. Acho fundamental esse tipo de conquista”, conclui.

“Só quem vive esse desafio e esse sentimento é capaz de descrevê-lo. A rotina das mulheres que trabalham e cuidam dos filhos pode ser cansa-tiva, às vezes, mas a minha família é a minha maior realização. Já o trabalho me completa”.

Natália Morelli é quem fica responsável por escolher as coleções da loja

O convite para se aventurar no comércio foi feito pelo marido Carlos

Foto: Revista O Comércio

Foto: Cíntia Fotografias

Page 20: Revista O Comércio Especial Mulher

Em 1985, a família Pra-mio veio para Lençóis Pau-lista e abriu uma padaria. Neusa recorda que foi um momento difícil, pois ti-nha que cuidar dos dois fi-lhos, da casa e ajudar o ma-rido e os sócios no estabe-lecimento. Em 1988, inau-guraram a Prâmio, pizza-ria que mudou a concep-ção de atendimento na ci-dade com a introdução do forno à lenha. “Nessa época já estava craque e meus fi-lhos eram maiores. Foi bem mais fácil”, explica.

Mesmo com tantos anos de experiência, comandan-do tantos estabelecimentos diferentes, Neusa não gosta do termo empresária. “Não me vejo empresária, me ve-jo como a maioria das mu-lheres brasileiras, que são trabalhadoras e lutam pe-

los seus objetivos”.Longe da pizzaria ou da

churrascaria, Neusa é uma pessoa que ocupa o tempo cuidando de plantas e ani-mais. A vocação religio-sa também é algo presente em sua vida. Todas as quar-tas-feiras ela dá catequese no Santuário Nossa Senho-ra da Piedade.

Prof i ss i on a l me nte , Neusa se sente realiza-da. Pessoalmente, sonha em fazer uma viagem pa-ra Israel, a Terra Santa. Ela acredita que com garra, perseverança e ajuda di-vina é possível conquistar todos os sonhos. “Agrade-ço muito a Deus por tudo que tenho. Sempre busco me apegar a Ele. Gosto do meu trabalho e não me ve-jo sem a alegria de traba-lhar com o público”.

Neusa Prâmio20 Lençóis Paulista Março de 2012

Ela nasceu num Estado reconhecido pela be-leza e educação de seu

povo: Santa Catarina. É dis-creta, elegante e tem uma bela história de vida. Ela é Neusa Mosele Pramio, 51 anos, proprietária da pizza-ria Prâmio e sócia da Chur-rascaria Estância Grill.

Com seis anos, Neusa começou a trabalhar no sí-tio da família onde mora-va em Santa Catarina. Mui-to cedo, assumiu respon-sabilidade de gente gran-de. “Ajudava meu pai na colheita, a cuidar do ga-do e minha a mãe limpar a casa. Além de tudo, tinha que cuidar dos meus seis ir-mãos mais novos”.

Quando completou 18 anos, ela se mudou para São Paulo. Foi morar com o tio para cursar a faculda-de de Farmácia. “Meu pai e minha mãe queriam que eu estudasse. Em São Pau-lo tive essa oportunidade”, lembra. No entanto, Neusa arrumou um emprego em uma churrascaria, achou difícil conciliar trabalho com estudos e acabou de-sistindo da faculdade.

Na churrascaria uma agradável surpresa do des-tino a esperava. Ela conhe-ceu Cléudio Prâmio, que seria seu futuro marido. A união já dura 30 anos. Ali-ás foi Cléudio quem a co-locou no mundo dos ne-gócios. “Quando me mu-dei com o Cléudio para Americana, administrá-vamos uma churrascaria, um hotel e uma lancho-nete. Ele já tinha noção do que era tomar conta de comércio comércio, mas eu não. Aprendi tudo na prática”, comenta. “Junto com os próprios funcioná-rios aprendi bastante coi-sa também, como atender balcão, cozinhar e outras coisas”, complementa.

Simplicidade e sabor incomparável na Pizzaria Prâmio

“Não me vejo empresária, me vejo como a maioria das mulheres brasileiras, que são trabalhadoras e lutam pelos seus objetivos”.

A catarinense Neusa trouxe seu tempero especial para Lençóis Paulista

Foto: Revista O Comércio

Sabordo Suldo Sul

Page 21: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 21Paulinha Maciel

Ana Paula Maciel ou Paulinha Maciel é co-nhecida em Lençóis

Paulista pelos penteados, sobrancelhas e maquiagens que realiza, sobretudo em noivas. Aos 31 anos, a pro-fissional considera a satis-fação das clientes como sua maior realização.

Paulinha Maciel come-çou trabalhar no segmen-to de beleza e estética com apenas 12 anos de idade. Seu irmão, Gesner Maciel, era proprietário de uma loja de vestidos de noiva. Quando não estava na esco-la, era na loja que Paulinha dedicava seu tempo. “Des-de pequena tive que traba-lhar. Nunca tive oportuni-dade de parar para pen-sar em qual profissão se-guir quando crescesse. En-tão, conciliava estudos com o trabalho na loja”, lembra.

A convivência com o ir-mão foi fundamental que ela aprendesse a profissão que futuramente lhe rende-ria reconhecimento e satis-fação. “Tudo que sei apren-di na prática, com o Gesner.Por isso, sou muito grata a

“Em meio aos vestidos de noiva, descobri minha paixão, minha profissão”.

A fadaPaulinha Maciel é profissional renomada do segmento de beleza e estética; ela adora fazer a diferença na vida das noivas

ele”. Com toda a experiên-cia que possuía, aos 25 anos de idade, Paulinha Maciel decidiu começar o próprio salão. “Quando arrumava as noivas, a minha parte preferida era a maquiagem, mas o foco da loja era ves-tido. Por isso, decidi abrir o salão. Em meio aos ves-tidos de noiva descobri mi-nha paixão, minha profis-são”, expressa Paulinha.

Realizada, ela conta com apoio da família para con-tinuar a caminhada e rea-lizar mais desejos. Garra e personalidade para alcan-çar os objetivos, a empre-

sária tem de sobra. “Profis-sionalmente tenho o sonho de abrir franquias do salão com meu nome”.

Paulinha atende mui-tas noivas mensalmen-te. Ela considera pentear e maquiar as noivas uma forma de participar da rea-lização dos sonhos de cada uma, por isso exerce essa função com enorme pra-zer. “As mulheres entre-gam nas minhas mãos o cabelo e maquiagem do dia mais importante de su-as vidas. É muita respon-sabilidade, faço com mui-to amor”, conclui.

Foto: Cíntia Fotografias

Foto: Revista O Comércio

madrinha

A empresária Paulinha Maciel é especialista em transformar noivas

Page 22: Revista O Comércio Especial Mulher

Perla Chermont22 Lençóis Paulista Março de 2012

Aempresária Perla Ri-beiro Lessa Chermont nasceu, cresceu e estu-

dou na cidade maravilho-sa, o Rio de Janeiro. Há oi-to anos ela administra a lo-ja Sancher, em Lençóis Pau-lista, especializada em mo-da íntima, tan-to para mulhe-res como para homens.

Esta cario-ca se sente pri-vilegiada espe-cialmente por ter tido tempo suficiente pa-ra estudar. Ela casou-se cedo e entrou para o mercado de trabalho aos 20 anos de idade para testar os fundamentos teóricos que aprendeu em sala de aula. “Tinha acabado a faculdade de Administração e fui tra-balhar na empresa de con-fecção do meu marido”, lem-

bra. Foi um desafio e tanto para alguém ainda bastan-te jovem. “Era tudo muito novo. Fui trabalhar no es-critório, na parte adminis-trativa. Eu tinha o conhe-cimento teórico, mas foi na prática mesmo que apren-

di ainda mais. Lidar com ou-tros funcioná-rios foi uma grande respon-sabilidade tam-bém”, avalia.

Aos 24 anos, Perla se mudou com a família para Lençóis e aqui estabele-ceu laços fortes

com amigos e clientes. O jei-to sereno da carioca chama atenção dos que a conhe-cem. Para Perla, a maior alegria profissional foi a ex-pansão da loja. “Quando au-mentamos a loja foi a pro-va que o cliente estava sa-

tisfeito com nosso trabalho. E poder vivenciar o cresci-mento da empresa me deixa muito feliz”, expressa.

Mesmo realizada, a em-presária almeja expandir os negócios. Ela acredita que sonhar faz bem para a al-ma, mas tem que ser com dignidade. “Independen-te de qualquer coisa, qual-quer posição social alcança-da, temos que nos guiar por valores como a honestida-de”, opina. Na vida pessoal, ainda falta realizar o sonho de ser mãe.

As lições aprendidas com os desafios de quan-do era recém-formada ela continua a aplicar até ho-je. “Aprendi uma coisa que jamais esquecerei. No am-biente de trabalho há trocas constantes. Ninguém traba-lha sozinho e ninguém é in-substituível. O importante é que cada um faça sua parte da melhor forma possível”.

Ela éA empresária Perla Chermont, natural do Rio de Janeiro, conquistou os lençoenses com simpatia e moda íntima

“Aprendi uma coisa que jamais esque-cerei. No ambiente de trabalho há tro-cas constantes. Nin-guém trabalha sozi-nho e ninguém é in-substituível”.

Ela écarioca

Perla Chermont é formada em administração de empresas; em Lençóis Paulista, usa sua experiência para comandar a Sancher, loja especializada em moda íntima para homens e mulheres

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Lençóis Paulista Março de 2012 23Priscila Boarato

Al e n ç o e n s e Priscila Orsi Moretto Boa-

rato foi professora por 12 anos, mas acabou mudando de pro-fissão. Hoje ela se sente re-alizada por ter sonhado o sonho do marido João Luiz Boarato e se tornado em-presária. “Estou no meu lugar, me sinto valorizada e segura. A visão de negó-cios do João (seu esposo) é contagiante e ele me ensi-na muito”, declara Priscila.

No universo dos negó-cios, ela começou auxilian-do o marido no comando da Center Pneus, onde aprendeu tudo sobre roti-nas administrativas. “Co-mo dava aulas e cuidava da casa, não acompanha-va os negócios, por isso, que digo caí de paraque-

Incentivada pelo marido João Luiz, Priscila Boarato abandonou a sala de aula para administrar com ele duas empresas lençoenses: a Center Pneus e a Truck Center

“Hoje sei o que estou fazendo, estou na melhor fase da minha vida, trabalho bas-tante, mas me divirto muito também”.

Mulherde fibra

ja e da oficina, por isso, a Truck tem um valor especial. “Eu gosto de ficar nas duas lojas, mas

a Truck é como se fosse o filho mais novo. Desde o começo pude participar de tudo, meu trabalho aqui vai além da parte burocrá-tica, tem ideias minhas. Cheguei a sujar a mão de graxa mesmo. Mas mes-mo assim foi muito gosto-so”, expressa.

Para fazer parte do uni-verso dos negócios, admi-nistrar bem, Priscila acre-dita que é preciso estar dis-posto a sempre aprender coisas novas e ter organi-zação. “Hoje sei o que es-tou fazendo, estou na me-lhor fase da minha vida, trabalho bastante, mas me divirto muito também”.

Sem medo de fazer o serviço pesado, a empresária comanda duas lojas na cidade; a Center Pneus e a Truck Center

Fotos: Revista O Comércio

das na empresa, mas com muito empenho aprendi a fazer o trabalho”, resume.

Trabalho nunca foi pa-lavra que causasse me-do em Priscila. Ela conta que teve seu primeiro em-prego formal com apenas 14 anos. Nunca desistiu de trabalhar e estudar pa-ra ter condições de ofere-cer um futuro melhor pa-ra os filhos.

Há pouco mais de dois anos, Priscila e o mari-do inauguraram a Truck Center, empresa especiali-zada em serviços para ca-minhões. Ela participou ativamente: da elaboração da ideia à montagem da lo-

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Regina Figueira24 Lençóis Paulista Março de 2012

Desde pequena Regi-na Santos Figueira ti-nha responsabilidades

de gente grande. Com ape-nas seis anos cuidava dos irmãos menores enquanto a mãe trabalha fora. Mas trabalho nunca pôs medo em Regina. Foi com muita força de vontade que con-quistou tudo que possui ho-je: a Padaria Nossa Senho-ra Aparecida. A empresária conquista com produtos de qualidade e pão fresquinho.

Natural de Bernardino de Campos, cidade locali-zada próxima a Ourinhos, Regina conta que quando saiu de casa para trabalhar pela primeira vez se sentiu realizada. E olha que o seu primeiro emprego foi na la-voura de cana-de-açúcar. Bastante dedica, em pouco

tempo conseguiu uma fun-ção melhor na usina para a qual trabalhava. Acabou no restaurante da empresa.

Quando Regina che-gou em Lençóis Paulista, foi morar no Jardim Monte Azul, numa época em que a região ainda estava em desenvolvimento, e perce-beu que poderia ter suces-so com um negócio próprio. “Como o bairro era novo não havia padaria nas re-dondezas, as pessoas fala-vam para eu abrir uma. As sugestões ficavam marte-lando na minha cabeça e como nunca medi esforços, decidi encarar o desafio in-vestindo o pouco que tinha”.

No começo ela reven-dia pães comprados de outro estabelecimento, mas não demorou mui-

to para ter que colocar a mão na massa e aprender a fazê-los. Foi em busca de capacitação. Fez curso de panificação em Bauru. Aprendeu a produzir tam-bém salgados e doces, que hoje fazem sucesso no seu estabelecimento.

Atualmente, Regina co-memora 11 anos de carrei-ra como empresária. São sete colaboradores ao to-do. A família também ajuda nos negócios. Apesar de ter conquistado sucesso, Regi-na faz questão de continuar realizando tarefas que po-deriam ser completamente delegadas, como atender os clientes no balcão ou par-ticipar da limpeza. Com essas atitudes ela preten-de transmitir uma mensa-gem de igualdade.

Vendendo simpatia e produtos saborosos, Regina Figueira faz sucesso com a sua padaria no Jardim Monte Azul

Pão com carinho

Foto: Revista O Comércio

“Nunca medi esfor-ços, decidi encarar o desafio investindo o pouco de tinha”.

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Lençóis Paulista Março de 2012 25Rita Silva

Aempresa Neno Vidros e Acessórios é conhe-cida em Lençóis Pau-

lista pelo serviço prestado para manutenção de veí-culos. A história do pro-prietário José Antonio Sil-va, o Neno, também é co-nhecida pela maioria dos cidadãos lençoenses. E cla-ro, sempre acompanhando a trajetória de sucesso de um homem, tem a partici-pação mais que especial de uma mulher. A atuação de Rita de Cássia Romão Bar-bosa Silva, esposa de Ne-no, foi fundamental para o sucesso da empresa.

Rita nasceu em São Ma-nuel, mas aos seis anos de idade mudou-se para Len-çóis. Começou a trabalhar ainda na adolescência, pa-ra ajudar os pais financei-ramente. “Arrumei meu primeiro emprego com 14 anos de idade em uma lo-ja. Sempre gostei do comér-cio”, lembra.

Quando jovem, deci-diu fazer magistério, que-ria ser professora, mas aca-bou desistindo por julgar que aquela não era sua vo-cação. “Até comecei a fazer a faculdade, mas percebi que não era aquilo que real-mente gostava”, conta Rita. Ela compartilha também o dia em que conheceu Ne-no. “Vi quando ele passa-va de moto e me apaixonei. Foi amor à primeira vista”.

A ideia de abrir a empre-sa partiu do casal. “Desde o começo acreditei que daria certo”, comenta. O começo dos negócios foi um verda-deiro aprendizado para Ri-ta. “Minha área é recursos humanos. Tudo que apren-di foi na prática, não tinha noção teórica”.

BraçoforteAos 44 anos, a empresária Rita Barbosa Silva é grata pelas conquistas profissionais que obteve ao lado do marido

“Meu maior sonho é que meus filhos deem continui-dade em tudo que eu e o Neno lutamos para ter”.

No ambiente de traba-lho, Rita é admirada pe-la dedicação e empenho nas rotinas administrati-vas. “Ela sempre resolve os problemas, independente qual seja. Ela não foge das dificuldades, sempre arru-ma um jeito para resolver. Tem garra, força de vonta-de para lutar e vencer”, de-clara Daniela Machado, co-laboradora da loja.

O casamento de 16 anos,

o 10º aniversário da empre-sa, são grandes satisfações para a empresária. Aliás, 2012 começou com um in-grediente especial, visto que o casal inaugurou mais uma loja em Lençóis Paulis-ta. “É uma grande conquis-ta, faz parte do crescimento da família”, expressa. “Meu maior sonho é que meus fi-lhos deem continuidade a tudo que eu e o Neno luta-mos para ter”, completa.

Rita até pensou em ser professora, mas sua vocação era para o comércio

O casal Neno e Rita foi flagrado em momento de descontração

Foto: Revista O Comércio

Foto: Cíntia Fotografias

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Lena Scudilho26 Lençóis Paulista Março de 2012

Adisposição que mostra em trabalhar, a bele-za, simpatia e, princi-

palmente, a simplicidade, fazem de Marilene Apare-cida Scudilho, a Lena, uma mulher especial. Sua histó-ria de vida, assim como a de milhares de brasileiras, é exemplar. Lena vislumbrou um sonho e correu atrás. O sucesso foi consequência.

Lena nasceu em Bariri, mas aos 12 anos se mudou para Jaú. Foi lá que come-çou a se interessar e apren-der tudo sobre a indús-tria de calçados. Primeiro aprendeu sobre o processo de fabricação e consertos. Ela chegou a trabalhar co-mo sapateira. Depois, per-cebeu que tinha vocação para o comércio e montou uma pequena sapataria.

O próximo passo da carreira de empresária de Lena, incentivada por uma das irmãs, foi abrir um brechó. Foi assim que ela ficou conhecida em Len-çóis Paulista: vendendo roupas e sapatos a preços bem acessíveis.

O sucesso do Brechó da Lena foi imediato. O dife-rencial era que ela compra-va, diretamente da fábrica, calçados que apresentavam algum defeito e acabam sendo descartados para a comercialização. Antes de repassá-los aos clientes, os consertava. “Não dávamos conta. Os calçados vendiam no mesmo dia em que eram colocados na loja. Teve até um final de ano que tive de fechar a loja bem mais cedo por falta de mercadoria”, re-corda com alegria.

Atualmente, o trabalho

Com seu brechó e muita simpatia, Lena conquistou consumidores de Lençóis Paulista

“Tudo que faço é com amor e dedicação e sempre acredito no que faço, acho que por isso deu tão certo”.

Grandes passos

Fotos: Revista O Comércio

de oficina não existe mais. Os sapatos chegam da fá-brica prontos para comer-cialização. Mas a popula-ridade da loja, hoje com o nome de ‘Mamão com Açúcar’ vai além de Len-çóis Paulista.

E onde existe uma mu-lher de sucesso, existe uma família e amigos para dar suporte. Lena faz questão de dizer que sempre con-tou com apoio do seu ma-

rido Adriano Donizete, sua funcionária Rosana Gon-çalves com quem traba-lhou oito anos e seu filho Eduardo, que desde peque-no a acompanhou na roti-na de trabalho e agora ad-ministra as lojas. “Tudo que faço é com amor e dedica-ção e sempre acredito no que faço, acho que por is-so deu tão certo. Meus so-nhos, graças a Deus, foram mais que realizados”.

A empresária Marilene Aparecida Scudilho, a Lena, em sua loja no centro de Lençóis Paulista

Page 27: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 27Rosângela Paníco

As flores são símbolo da natureza, da vida, pureza, paz, riqueza,

sucesso, bem-estar, ener-gia, cura, amor. São a de-monstração máxima de beleza, em exuberância de formas, cores e perfumes sem iguais. Pela magnitu-de das flores, a empresária Rosângela Cristina Andre-otti Paníco se faz presente na vida dos clientes.

Rosângela dedicou boa parte de sua vida ao comér-cio e à prestação de servi-ços, fosse comandando um negócio próprio – no passa-do ela teve a Papelaria Pon-to e Vírgula –, ou acompa-nhando os em-preendimentos da Família Paní-co. “Comecei no

Na rotina de seu trabalho, a empresária Rosângela Paníco vive rodeada pela beleza, perfume e simbologia das flores

Estação das

flores

comércio há mais de 20 anos. Acredito que con-quistei minha independên-cia quando comecei com a papelaria”, relembra.

Casada com Angelo Jo-sé Paníco, Rosângela é mãe de três filhos: Willian, Vi-nícius e Virgínia. Para or-gulho da mãe, a filha Vir-gínia também demonstra vocação para os negócios.

Profissionalmente, Ro-sângela atua por um mer-cado em expansão. “Ho-je existe um equilíbrio nas datas. Fazemos even-tos, decoração para festas e serviços de interfloris-tas. O ano todo tem movi-

mento, mas o carro chefe é Dia das Mães e Dia dos Namorados, superando Fi-nados”, diz. “É importante sempre participar de con-gressos para saber as no-vidades em flores, emba-lagens e as novas deman-das do mercado”.

Olhando para tudo que conquistou, Rosân-gela sente satisfação espe-cial, principalmente em sa-ber que a família sempre a acompanhou nessa jorna-da. “Sempre tive apoio de todos e sempre os apoiei também. Tudo que con-quistamos foi de forma conjunta. Agradeço mui-

to ao meu mari-do e aos meus fi-lhos por tudo que tenho realizado”.

“Sempre tive apoio de todos e sempre os apoiei também. Tudo que conquistamos foi de forma conjunta. Agradeço muito ao meu marido e aos meus filhos por tudo que tenho realizado”.

Foto: Revista O Comércio

Beleza e aroma: a empresária Rosângela Paníco faz a diferença na Iracema Flores

Page 28: Revista O Comércio Especial Mulher

Suzana Luz28 Lençóis Paulista Março de 2012

Suzana Barbo-sa Luz estu-dou psicolo-

gia, exerceu a pro-fissão, mas aca-bou se rendendo ao comércio, ofício que aprendeu com os pais quando ainda era criança. “Desde os meus seis anos de idade acompa-nhava minha mãe em suas vendas. Ela começou como sacoleira, vendendo roupas de porta em porta, depois abriu uma loja. Eu adorava lhe fazer companhia”.

Atualmente, ela con-centra seus esforços em atender – e da melhor for-ma possível – o público fe-minino, com a loja Saia de Luxo. “A Saia de Luxo é um sonho, um espaço reserva-do para as mulheres. A de-coração, as coleções, os de-talhes são todos pensados nelas”, resume.

Para entender o vínculo

Luxo paramulherSuzana Luz aprecia a moda, o atendimento diferenciado, as rotinas do comércio e transforma suas paixões em sucesso

“Desde os meus seis anos de idade acom-panhava minha mãe em suas vendas. Ela começou como sacoleira, vendendo rou-pas de porta em porta, depois abriu uma loja. Eu adorava lhe fazer companhia”.

entre Suzana e o comércio é preciso voltar no tempo. Suzana nasceu e viveu toda sua vida em Lençóis Pau-lista. Como foi dito ante-riormente, seus pais já tra-balhavam com comércio.

Mesmo estando a par das principais rotinas da loja, ainda na adolescên-cia Suzana decidiu de-dicar-se a outra paixão. Prestou vestibular e con-cluiu o curso de Psicolo-gia. Depois de formada, ela decidiu exercer a pro-fissão e ficou longe do co-mércio por 15 anos.

Durante esse tempo Su-zana trabalhou como fun-cionária pública e che-

gou mesmo a abrir uma clínica, mas o prazer de atender os consumidores sempre fazia falta. “As experiências que vivenciei co-mo psicóloga ser-

viram para meu amadu-recimento. Eu gostava de trabalhar nessa área, mas meu coração ainda pulsa-va pela moda”.

A rotina de fazer pedi-dos, atender clientes, viajar para saber o que está em alta no mundo da moda, é estimulante para a empre-sária. Depois de um lon-go período em sociedade, com a Saia de Luxo Suza-na inicia seu voo solo. Pa-ra sua Suzana, o comér-cio traz experiências úni-cas e também é uma for-ma de fazer amigos, já que esse é o tipo de relaciona-mento mantido com mui-tas clientes.

Foto: Revista O Comércio

Suzana Luz iniciou voo solo com a loja Saia de Luxo; estabelecimento foi idealizado para acolher as mulheres

Page 29: Revista O Comércio Especial Mulher

Lençóis Paulista Março de 2012 29Teresa Prado

Quem vive em Lençóis Paulista há bastante tempo com certeza

já ouviu falar de uma lo-ja chamada Cortinas Pra-do. Entre tecidos e agulhas, existe uma história de tra-balho e amor.

A protagonista é Teresa Prado de Lima Pinto, 64 anos. Mulher de fibra, co-meçou no mercado de tra-balho aos 11. Iniciou como empregada doméstica, pas-sou a funcionária de uma empresa têxtil até começar a costurar. Antes de adqui-rir a arte pelas agulhas e te-cidos, sonhava em ser pro-fessora e despertar nas pes-soas a capacidade de pen-sar, respeitar, colaborar e adquirir conhecimento.

A empresária fez sua primeira cortina em 1975, a pedido do amigo Sérgio Vidal, que havia casado e queria decorar a nova resi-

dência. Teresa, por sua vez, também havia se casado há pouco tempo. A família passava por um momento difícil e ela era quem arca-va com as despesas da casa.

Mesmo sem experiên-cia, e depois de insistên-cia do amigo, ela acabou aceitando a encomenda. Aos poucos, Teresa foi substituindo os pedidos de costura pela confecção de cortinas. Em 1978, sur-giu (juridicamente) a Cor-tinas Prado.

Profissionalmente, a qualidade do serviço fez a diferença e rapidamen-te a Cortinas Prado des-pontava para o mercado local e regional.

Na vida pessoal, Teresa demonstrou a mesma garra que tinha para os negócios. Cuidou do marido, criou e estudou os filhos e um so-brinho. “Olho para trás e

vejo que foi Deus quem me deu forças”, comentou. Ho-je, aos 65 anos, os olhos de Dona Teresa se enchem de lágrimas aos relembrar al-guns momentos da vida e, no final da entrevista, fa-la emocionada, feliz e com muito orgulho dos três fi-lhos hoje casados e do so-brinho, que ajudou a criar. “Sempre fiz as coisas com muito amor e carinho. Pas-sei por dificuldades, mas superamos e estou aqui, com saúde e trabalhando”.

Teresa não chegou a lecionar em salas de au-la, mas cumpriu seu pa-pel de educadora através de sua história. De simpa-tia e garra imensuráveis, ela tem o dom de desper-tar nas pessoas a capacida-de de refletir, pensar e agir. Ela educa pelas ações e o seu maior ensinamento é seu exemplo.

“Sempre fiz as coisas com muito amor e carinho. Passei por difi-culdades, mas superamos e estou aqui, com saúde e trabalhando”.

Tesoura ecortinaAos 63 anos, Teresa Prado de Lima Pinto se orgulha da família, filhos, sobrinhos e de tudo o que “Deus lhe proporcionou”

A inserparável máquina de costura trouxe o sustento e sucesso para a empresária Teresa Prado e sua família

Foto: Revista O Comércio

Page 30: Revista O Comércio Especial Mulher

Valéria Diegoli30 Lençóis Paulista Março de 2012

Aempresária Valéria Luisa Diegoli, proprie-tária da Shock, traba-

lhou muito para chegar on-de queria. Chegou mesmo a vender roupas de porta em porta. Hoje comanda uma das marcas mais tra-dicionais de Lençóis Paulis-ta, especializada no público feminino, a Shock.

A loja já completou seu 16º aniversário. E muitas festas ainda estão por vir. “Foram cinco anos venden-do de porta em porta. De-pois desse período, já tinha uma demanda que me per-mitiu abrir a loja”, recorda.

A exemplo de tantas outras mulheres, Valéria, que tem diplomas de Eco-nomia e Letras, podia ter

se dedicado a outra pro-fissão, mas escolheu o co-mércio como forma de vi-da e de sustento.

Ela já trabalhou com “modinha” e com roupas masculinas, mas sua loja se tornou mesmo referên-cia para jovens senhoras. “Busco atender meu pú-blico das formas mais di-nâmicas e versáteis possí-veis. São mulheres no sen-tido mais amplo da pa-lavra. São atuais, exigem qualidade e gostam de ser atendidas com exclusivi-dade. É nesse contexto que procuro satisfazê-las”.

Mulher de fibra, sem meias palavras, ela con-fessa que ama o que faz. Além disso, a empresá-

ria fala da quantidade de amigos que foi consolidan-do ao longo do tempo. “O que faço é tão importan-te que talvez não conhe-cesse metade das pessoas que conheço se optasse pe-las minhas outras faculda-des. Pessoas que participa-ram do meu crescimento e que comemoram cada vi-tória comigo”.

Valéria encerra fazen-do menção e agradecendo a Deus pelos anos de saúde e sabedoria e valorizando o suporte da família. “Agra-deço também a todas as clientes que ao longo des-ses anos sempre foram fi-éis. O sucesso de meu tra-balho é a confiança que elas dedicaram em mim”.

A vitóriaValéria Diegoli fez duas faculdades, mas preferiu seguir carreira como empresária no segmento de roupas femininas

“O que faço para mim é tão importante porque talvez não conhecesse metade das pessoas que co-nheço se optasse pelas minhas outras faculdades. Pessoas que participaram do meu crescimento e que comemoram cada vitória comigo”.

pela modaFoto: Revista O Comércio

Com a Shock, Valéria atende o público feminino que busca qualidade e sofisticação em roupas e acessórios

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Lençóis Paulista Março de 2012 31Publicidade

Page 32: Revista O Comércio Especial Mulher

Publicidade32 Lençóis Paulista Março de 2012