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A REVISTA DOS GRANDES LEITORES ANO III Nº 25 | AGOSTO 2014 | R$ 8,50 GLADYER GODEIRO AS PROPOSTAS DA REDE SUSTENTABILIDADE NO RIO GRANDE DO NORTE PAULO MACEDO O CRONISTA SOCIAL E O DICIONÁRIO DA SOCIEDADE MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL A ATUAÇÃO DO MPF NO (SFH) SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO

Revista o poder Edição 25

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Gladyer GodeiroAs propostAs dA rede sustentAbilidAde

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ministério público FederAl A AtuAção do mpF no (sFH) sistemA FinAnceiro dA HAbitAção

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índice

O PODER [email protected] DIRETOR Gleydson Batalha EDIÇÃO Rodrigo Bezerra FOTO DA CAPA Giovanni Sérgio DIAGRAMAÇÃO E PROJETO FAÇA! COMUNICAÇÃO E DESIGN 84 3086 4815 GRÁFICA Unigráfica TIRAGEM 5.000 exemplares COMERCIAL 84 8875.0668/ 9480.5096 CAPITAL InTELECTuAL (CNPJ: 10.989.231/0001 23) Av. Rodrigues Alves 682 - Petrópolis - Natal-RN

A direção não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados

23 zEnAIDE CAsTROO PODER DOS NEGÓCIOS

25 sIMOnE sILvASOCIAL

26 DICA DE vIAGEMOS LENÇÓIS MARANHESES

ENtREvIStA / GLADyER GODEIRO08 CAPA

Artigos5 CRIsTOvAM BuARQuEADOtEM EDUARDO CAMPOS

6 COTIDIAnOFRASES EM DEStAqUE

18 nEY LOPEsDILMA, MARINA SILvA E AÉCIO

22 LAuRO LEITESALvE! SÃO FRANCISCO

FOTOJORnALIsMOO PERFIL DE ELIAS MEDEIROS

PAuLO MACÊDOO CRONISMO SOCIAL

E SABEDORIA

MORADIAs MILIOnÁRIAsA AtUAÇÃO DO MPF NO SEGURO

HABItACIONAL

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HIsTÓRIAs EM QuADRInHOs

O MERCADO NO BRASIL

vERÃO 2015A COLEÇÃO CHEGA COM NOvOS CORtES E OUSADIA

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Editorial

Estamos chegamos ao mês de agosto com muitos assuntos pertinentes, a disputa presidencial foi modificada rapidamen-te com o trágico acidente de Eduardo Campos. Assim apre-sentada pelo o artigo de Cristovam Buarque o porquê adotar as ideias de Eduardo Campos. Em nossa entrevista de Capa, a “Rede Sustentabilidade” no RN, suas propostas, foco e meta na visão do candidato Gladyer Godeiro, Ele explica o lema da “nova política”. Os pensamentos e as palavras iluminadas do atuante cronista social com Paulo Macedo que relata a nossa revista sua trajetória em oficio e a paixão a cidade do Natal. A reportagem contagiante e entusiasmada do perfil com o fo-tojornalista Elias Medeiros, sua admiração incondicional pela fotografia e a gratidão aos seus professores, amigos de oficio, em especial a Canindé Soares. As tendências do verão 2015 que chegou a nossa cidade pelo blogueiro Caio Oliveira. A análise, em seu artigo, a disputa eleitoral dos presidenciáveis: Marina, Dilma e Aécio na visão do jornalista e ex-deputado Ney Lopes, o mercado e crescimento das Hqs - Histórias em quadrinhos.No judiciário a matéria sobre o seguro habitacional, que se tor-na polêmica por causa das casas e valores na cidade do Natal e no Rio Grande do Norte, envolvendo escritórios de advocacia, CEF – Caixa Econômica Federal, SFH – Sistema Financeiro da Habitação e a atuação do MPF. No artigo de vinhos com Lauro Leite, o mercado das vinícolas cresce e a qualidade de uvas na região nordeste. O turismo de negócios com Zenaide Castro, o ponto de vista do professor Joanilson de Paula Rêgo, o em-preendedorismo da construtora colmeia nas colunas sociais de Simone Silva, a dica de viagem do escritor e médico tarcísio Gurgel aos lençóis maranhenses e a dica de livro é indicada pelo advogado e professor Álvaro Barros, que estimula os lei-tores nos campos jurídicos.

Desejo a todos a luz do voto certo e uma ótima leitura.

GLEyDSON BAtALHADIREtOR DA REvIStA O PODER

E SÓCIO DA CAPItAL INtELECtUAL LtDA.

revista o Poder: artiGos, matérias, entrevistas e colunas

voltados Para a classe PolÍtica e formadores de oPinião.

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Foto de capa: CEDIDA

ElEiçõEs, Jornalismo E sEguro Habitacional

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Artigo

adotEm o Eduardo

Por cristovam buarquEProfessor da Universidade de Brasília e Senador pelo PDt/DF

As PALAvRAs sÓ TÊM IMPACTO político quando assinadas por líderes. Durante o velório de Eduardo Campos, representantes do Sindicato dos Profes-sores de timbaúba, cidade de Pernam-buco, carregavam faixa com a frase: “No dia em que os filhos do pobre e do rico estudarem na mesma escola, nesse dia o Brasil será o país que queremos. Assina-do Eduardo Campos”.

Esta afirmação mostra que ele era um candidato diferente. Primeiro, por acreditar em uma meta ambiciosa para o país, que os outros não imaginaram; segundo, por propor ideia que exige planejamento de longo prazo recusado pelos candidatos; terceiro, por acreditar que o vetor do progresso está na educa-ção de qualidade para todos.

tivesse vivido mais alguns dias, ele possivelmente apresentaria a estratégia de como seu governo iniciaria a constru-ção deste Brasil, dizendo: “O meu gover-no adotará as escolas das cidades, cujas prefeituras não disponham de recursos

financeiros e humanos para oferecer educação de qualidade para todas suas crianças. Desde que o pedido venha da cidade e o processo siga um ritmo defini-do pelo governo federal, de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros e humanos”.

Para estas cidades, enviaria professo-res de uma Carreira Nacional com bom salário, selecionados com rigor, compro-metidos com dedicação exclusiva e su-jeitos a avaliações periódicas. Construiria escolas confortáveis e as equiparia com o que há de mais moderno em tecnolo-gia da informação para a área pedagó-gica. Faria com que todas estas escolas tivessem um regime de aulas em horário integral. E diria que o custo desta revolu-ção seria de R$ 9.500 por aluno por ano, comparado com os atuais R$ 3 mil.

Em 20 anos, supondo crescimento de apenas 2% ao ano para o PIB, o custo total para todas as escolas de todas as ci-dades ficaria em 6,6% do PIB atendendo os 46 milhões de alunos estimados para

2034. O sonho de Eduardo Campos po-deria ser realizado e ainda deixariam li-vres 3,4%, dos 10% do PIB, previstos pela Lei nº 13.005/14 do PNE para outros gas-tos com educação.

Sua frase contém um sonho possível para a riqueza e a capacidade técnica do Brasil. Sua realização exigia um presiden-te com visão de longo prazo, capacidade de diálogo e articulação para construir a base política necessária. Sua morte dei-xou órfãos todos que sonham e acreditam nessa proposta e a vêm como o caminho para construir “o Brasil que queremos”.

Mas um líder político não morre, ele entra na história, deixando seus sonhos e suas propostas para que outros conti-nuem sua luta. Neste ano de 2014, seria bom se algum ou alguns dos candidatos aceitassem carregar a bandeira do Edu-ardo Campos exposta na faixa durante seu velório.

Se, como parece provável, nenhum deles se sensibilizar, por não acreditar no sonho, considerá-lo inviável ou não o desejar por preferir manter a educa-ção como um privilégio dos que po-dem pagar por ela, o Brasil não desis-tirá, esperará por outro candidato que, no futuro, adote o Eduardo, porque a bandeira continuará viva mesmo de-pois de sua morte.

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Cotidiano

Fico feliz de ver tanta gente nesses encontros, porque sei que são cidadãos politizados, que estão

aqui para ouvir nossas propostas e que depois poderão cobrar de nós. Aliás, todos deviam cobrar mais do legislativo. Às vezes, decidem coisas contra

nós e não sabemos, e isso é muito sério.” WILMA DE FARIA FALAnDO sOBRE InvEsTIMEnTOs QuE

REALIzOu nAs REGIõEs, EnQuAnTO GOvERnADORA, E DE sEus PLAnOs DE ATuAÇÃO nO sEnADO FEDERAL.

"O governo do Pt patrocinou um assalto à Petrobrás” .

AéCIO nEvEs CAnDIDATA A PREsIDÊnCIA E OPOsITOR QuE DEsEJA CPI IMEDIATAMEnTE.

"Ela queria se livrar de Bernardo".

GRACIELE uGuLInI TEsTEMunHA EM DEPOIMEnTO à JusTIÇA QuE A MADRAsTA JÁ HAvIA DECIDIDO DEsPARECER COM O GAROTO HÁ

DOIs MEsEs AnTEs DO CRIME.

"Falhas como esta e eliminar outras

que eventualmente possam ter ocorrido

no processo de produção".

MARInA sILvA – sOBRE O PT EsTÁ PLAGIAnDO O PROGRAMA

DE GOvERnO DA REDE.

"Governo novo, equipe nova, não

tenha dúvida disso".DILMA ROussELF, EM PROMEssA DE CAMPAnHA QuE vAI MuDAR

EQuIPE MInIsTERIAL

MARCELO CAMARGO/ABR

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"Foi aqui na Itália que conheci minha querida noiva, com quem vou me casar em

cerca de duas semana em veneza".GEORGE CLOOnEY COM suA nOIvA AMAL ALAMuDDIn.

"Hoje, o nosso maior problema é a

insegurança pública. Os homens de bem estão

trancados em casa, com suas famílias, com medo,

enquanto os bandidos estão soltos. Mas esta

situação vai acabar porque eu vou priorizar

a segurança pública".HEnRIQuE ALvEs CAnDIDATO A GOvERnADOR DO Rn FALAnDO

sOBRE sEGuRAnÇA PúBLICA.

"Eu e Eduardo tivemos atitudes partidárias tomadas

antes de ele morrer, então eu me sinto legitimado

politicamente a correr atrás dessa verdade”.

BETO ALBuQuERQuE REBATEnDO ACusAÇÃO DE PAuLO ROBERTO Ex-DIRETOR DA

PETROBRÁs.

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Capa

gladyEr godEiroCANDIDAtO A DEPUtADO EStADUAL, COM PROPOStAS INOvADORAS tEM COMO BANDEIRA A INOvAÇÃO DA NOvA POLítICA A REPRESENtAtIvIDADE DA REDE SUStENtABILIDADE NO RN.

O PODER: O que é Rede sustenta-bilidade?Gladyer Godeiro: A Rede Sustentabili-dade é fruto de um movimento aberto, autônomo, que reúne brasileiros decidi-dos a reinventar o futuro do país. Cida-dãos e cidadãs dispostos a contribuir de forma voluntária e colaborativa buscan-do o fortalecimento da democracia no Brasil, superando o monopólio partidá-

rio da representação política institucio-nal. Um projeto para a fundação de um partido político brasileiro, liderado pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva. O partido teve o registro negado em concorrer às eleições de 2014 pelo tri-bunal Superior Eleitoral, julgando que o partido não conseguiu aprovar a auten-ticidade de todas as 496 mil assinaturas necessárias para sua oficialização.

O PODER: Qual é a sua participação na criação da Rede sustentabilida-de no Rn?Gladyer Godeiro: Este movimento cha-mado (Rede) mobilizou milhares de pes-soas e assinaturas em todo país, eu sou um dos fundadores e articulador no RN. A possibilidade de apresentar uma pro-posta de uma política limpa e a susten-tável integrou-me por completo.

A necessidade de ter um representante na Assembleia Legislativa para defender os interesses do Rio Grande do Norte. Estimula o empresário Gladyer Godeiro, 37 anos, Filiado ao PSB à acreditar na aliança formada pelo saudoso Eduardo Campos e Marina silva. Com visão de outro Estado, esse é o desejo de buscar uma vaga de Deputado Estadual nas eleições deste ano, entusiasmado e com o potencial de conhecimentos adquirido ao longo da sua vida.

Nascido na cidade de Mossoró RN, filho do Ex- Auditor Fiscal Joaquim Godeiro Neto e Ester Linhares Godeiro, Gladyer sempre foi um aluno aplicado e dedicado aos estudos, cursou direito nas universidades, UNP - Universidade Potiguar e na Universidade Europeia de Madrid na Espanha. Com duas pós Graduações nas áreas Públicas: Gestão de Projetos e Políticas Públicas e MBA em Administração Pública ainda apresenta sua capacidade técnica em Cursos de qualificação de APL – Arranjos Produtivos Locais pela UFRN, Gestão Pública Municipal e Estadual pela Fundação Ulysses Guimarães. Formado em Teologia na escola RHEMA BRASIL, idealizador do Projeto Fórum Jurídico e do SOS Ficha Limpa Brasil sempre esteve influente na luta pelo social. Ocupou a Vice Presidente Nacional do MNBD – Movimento Nacional dos Bacharéis de Direito e apresentador do Programa de TV RN em Foco. Atua como membro do GTO da Rede Sustentabilidade RN e Membro do Conselho Nacional de Ética da Rede Sustentabilidade.

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Capa

O PODER: você acredita que a “Rede sustentabilidade” seguirá como o lema de uma nova política?Gladyer Godeiro: A Rede Sustentabi-lidade tem pessoas de alta capacidade por todo país, elas estão imbuídas pela mobilização da nova política e um es-tatuto bem claro, cujas principais ações são mudanças sustentáveis com ética.

O PODER: Como explicar esta filiação programática PsB/REDE?Gladyer Godeiro: A nossa candidata Marina Silva, uma das idealizadoras deste movimento Rede Sustentabilidade, lutou na tentativa de registro, não conseguin-do, ela em comum acordo com o Eduardo Campos entenderam que aquele era o momento bom para conversar sobre os

programas, propostas da REDE e do PSB. Neste sentido ambos chegaram a um en-tendimento que REDE e PSB poderiam trabalhar para compor um programa úni-co e sustentável de governo.

O PODER: O que motiva a sua candi-datura?Gladyer Godeiro: O que motiva a mi-nha candidatura é a população, isso nos anima e fortalece a continuar lutando e enfrentando na vida política. Sabemos que os políticos estão desacreditados e entendemos as dificuldades de fazer política em um estado tão importante como Rio Grande do Norte. Conseguir um resultado positivo, recebendo o ca-rinho da população em todos os bair-ros, pois juntos ajudando a construir um

“através do Processo de PolÍticas Públicas de inclusão, o acolhimento Pessoas e de desenvolvimento com sustentabilidade. é Preciso haver Pessoas Para assumir os desafios”.

projeto maior. A tentativa é de reunir as condições políticas para alcançar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Nós vamos construir um projeto alternativo pra disputar as eleições. Contudo, vale a pena continuar lutando sempre para o desenvolvimento sustentável da socie-dade ao Rio Grande do Norte.

O PODER: Qual é o foco da sua cam-panha? Gladyer Godeiro: Através do processo de políticas públicas de inclusão social, o aco-lhimento as pessoa e de desenvolvimento com sustentabilidade. temos muitas coisas para serem feitas e o que tem para ser fei-to é preciso haver pessoas para assumir os desafios. Eu sempre fui uma pessoa muito afeita ao diálogo, à busca no entendimen-to e atingi meus objetivos.

O PODER: Quais são as principais ban-deiras que você pretende atuar em defesa do estado?Gladyer Godeiro: Eu não tenho uma bandeira específica, acredito que o de-ver do parlamentar é legislar em todas as áreas em prol de melhorias para o povo. Entretanto, eu tenho muitos projetos que abrangem vários seguimentos da sociedade.

O PODER: Quais dificuldades você pode encontrar para realizar suas pro-postas de campanha?Gladyer Godeiro: O que a população precisa entender é que para aprovar os projetos ou emendas são necessá-rios todos os parlamentares, mas espe-ro não enfrentar esse problema. Antes de qualquer coisa quero trabalhar com transparência e ética na aplicação do mandato colaborativo. Mesmo porque, o poder, a qual emana do povo, tem que ser para o povo. Assim será o meu gabi-nete caso seja eleito.

O PODER: na qualidade de candidato qual a sua visão da política atual?Gladyer Godeiro: A política ainda é o berço da democracia, o problema não está na política, mas sim, nos maus re-presentantes. Esses são eleitos e não honra o tão sagrado voto. Um país sem leis vira anarquia, temos ótimas leis que beneficiam milhões de pessoas. Não há pessoas compromissadas com

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a verdade e com o cumprimento do dever de fiscalizar.

O PODER: Temos visto várias posta-gens suas sobre “mandato colaborati-vo” do que trata esse tema?Gladyer Godeiro: O Mandato Cola-borativo nos moldes em que nós de-sejamos trabalhar tem como princípio a união de diversas forças populares, políticas, de movimentos sociais, sindi-cais, religiosos e de classes considera-das excluídas. todos possuem no Man-dato através de seus representantes um espaço de mobilização e organiza-ção. Mais do que isto, através do nosso gabinete, terão vozes para reivindicar e expor suas realidades, convicções e propostas.

O PODER: A segurança pública é uma de suas propostas, o projeto da dupla Cosme e Damião como modelo de po-liciamento é eficaz?Gladyer Godeiro: O projeto modelo de policiamento da “Dupla Cosme e Da-mião” já implantados em outros estados, inclusive no Distrito Federal, apresenta-ram resultados significativos na redu-ção da violência. Mas o objetivo maior é apresentar programas efetivos e criar o Plano Estadual de Segurança Pública. A base do tripé “Prevenção, Inteligência e Combate ao Crime” com foco em cri-mes violentos. O Plano prevê o estudo, identificação e elaboração de propostas de ações regionalizadas para cada Mu-nicípio do RN. Essas ações atuarão em conjunto as Polícias Civis, Militares, Bom-beiros, DEtRAN e Policia Rodoviária Es-tadual, organizações da sociedade civil, Igrejas, Escolas e Administrações Regio-nais. As ações prevê ainda, a integração de uma série de medidas sociais e legais para a diminuição da violência.

O PODER: você tem um grande envol-vimento com a sustentabilidade, qual será a sua proposta de coleta de lixo?Gladyer Godeiro: O destino final do lixo é um dos agravantes da degrada-ção do meio ambiente, muito se fala em coleta seletiva e reciclagem de resí-duos sólidos como alternativas para re-dução do volume de lixo a ser disposto em aterros ou lixões. A reciclagem per-mite a diminuição da quantidade de

lixo produzido e o reaproveitamento de diversos materiais, ajudando a pre-servar alguns elementos da natureza no processo de reaproveitamento de materiais já transformados. Os pro-gramas de coleta seletiva que se con-solidaram vêm se traduzindo também em alternativas de geração de renda para a manutenção e sobrevivência de muitas famílias. temos, porém, muito a pesquisar e aprender sobre coleta seletiva, como um fator importante para o melhoramento da qualidade e da quantidade dos materiais a serem reciclados. As campanhas educativas contribuem para mobilizar a comuni-dade, para sua participação efetiva e ativa na implantação da coleta seleti-va de resíduos sólidos, separando os materiais recicláveis e/ou reutilizáveis diretamente na fonte de geração.

O PODER: A educação integral mos-tram resultados positivos em vários Estados, como você avalia a implan-tação desse ensino no Rn?Gladyer Godeiro: Acredito que a edu-cação integral é um começo. Não esta-mos falando de uma única medida para resolver todo processo. É preciso um conjunto de propostas sólidas que nos ajudem a programar uma educação de ponta para o século XXI. Isso significa, por exemplo, no caso do RN, como va-mos dar conta das desigualdades so-ciais que se refletem nas desigualdades educacionais. Se pensarmos em todos os territórios de alta vulnerabilidade, precisaremos de políticas que fortale-çam as escolas. Aos alunos que já vêm com recursos culturais precários, um novo modelo de alcance com igualda-de na educação e oportunidades no RN.

“ um conjunto de ProPostas sólidas que nos ajudem a ProGramar uma educação de Ponta Para o século XXi".

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Colunista

DEPOIs DE 40 AnOs EsCREvEnDO sobre a sociedade Natalense e sendo considerado uma referência do jorna-lismo dos colunistas sociais de Natal, Paulo Macedo relata sua chegada ao Rio Grande do Norte e sua vivência nos dias atuais. O jornalista escreveu por mais de quatro décadas no Jornal Diário de Na-tal e ainda atuando no Jornal Metropo-litano. Diante de uma rotina agitada, na qual o tempo se mostra cada vez mais escasso devido à quantidade de com-promissos e atividades, Paulo Macedo apresenta a clara necessidade de repen-sar a sociedade. Relata os fatos que o in-centivaram a fazer jornalismo e desaguar nas colunas sociais do RN.

O cearense que estudava e morava em Fortaleza veio a Natal numa excursão es-tudantil, pois era concluinte do ginásio, se apaixonou da cidade. Nos anos 60, Paulo Macedo relata as belezas das praias urba-nas, em especial a praia do meio. Entre-tanto, em um encontro inesperado com uma loira, ele iniciou seus primeiros en-volvimentos na cidade. Os tempos eram outros, a moça estava acompanhada de sua mãe, mas ela fez um bilhete através de uma carteira de cigarros vazia como mensagem para ambos se encontrarem no Clube do América.

Naquele período existiam os famo-sos bailes de domingo, o encontro dos adolescentes, que se encerravam às 20 horas. Paulo relata que a jovem assinou um garrancho do bilhete, fato esse de difícil compreensão. todavia, a fisio-nomia da moça marcou a mente do jo-vem Paulo. Então, chegando às portas do América, o porteiro barrou, ele, logo depois veio o vice-presidente e afirmou: “infelizmente somente o presidente do clube pode favorecer sua entrada”. Pos-teriormente, chegando o presidente, de forma bem sutil e respeitável, não per-mitiu a entrada de Paulo Macedo por não o conhecê-lo. Devido a atitude do presidente do clube o jovem não encon-trou mais aquela moça. Então, voltando à cidade de Fortaleza seguiu a vida. En-tretanto o seu destino com Natal não se

sabEdoria, tradição E coluna social:as Palavras iluminadas do ilustríssimo Paulo macEdo

g Presidente em exercício da Academia de Letras do RN

g vice-Presidente do Iate Clube de Natalg Cidadão honorário de 158

municípios do Rio Grande do Norteg Condecorado com todas as

medalhas do Exercito, Marinha e Aeronáutica.

g Comentarista de televisão

encerrava. Num congresso de diretores lojistas, que teve no Ceará como ilustre convidado Djalma Maranhão (na época Deputado Estadual), foi a personalidade de honra naquele evento. Esse encon-tro foi cabível, e ambos, Paulo Macedo e Djalma Maranhão se conheceram. O con-vite do Deputado reabriu os anseios para que Paulo retornasse a cidade do Natal.

O jornalista relembra que o antigo Jornal de Natal era de propriedade de Djalma Maranhão, logo convidou Mace-do a iniciar suas atividades como revisor. Paulo relata sobre o “Jornal de Natal”, que ele funcionava até pouco tempo atrás por outros proprietários.

Nesse período que iniciava seu traba-lho de revisor surgia também no Brasil os cronistas sociais, um novo tipo de jorna-lismo. Macedo relembra vários pioneiros nessa área que eram destaque no terri-tório nacional. Dessa maneira, segundo Paulo Macedo, parecia que as capitais menores não possuíam eventos sociais. Até a década de 1990, era mais comum que cada coluna tivesse um tema especí-fico, a despeito dos autores que assinas-sem os textos. Assim, o mesmo espaço era preenchido por diversos profissio-nais, versando sobre os mesmos assun-tos. Atualmente, porém, os colunistas têm recebido mais destaques do que as colunas, o que lhes permite escrever so-bre praticamente qualquer tema, desde que o leitor identifique neles um estilo próprio do autor.

Entretanto, seu trabalho de revisor continuou e o mesmo tomava aulas da língua portuguesa com o ilustre professor Rodrigues Alves. Segundo Macedo, ele era o articulista número um do jornal. As afirmações por Paulo Macedo em relação a Rodrigues Alves: capacitado, preparado e culto. “Ele não era somente um gramá-tico, ele era filólogo” afirma Macedo. Ou seja, nas palavras do nosso ilustre jorna-lista, Rodrigues Alves era o mais alto grau de domínio da língua portuguesa. Ambos desaguaram em uma amizade de mestre e discípulo que gerou a dedicação inco-mensurável da língua portuguesa.

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Essa conseqüência trouxe estímulo aos estudos e Paulo Macedo que co-meçou a se dedicar a sua primeira fa-culdade, o curso de jornalismo. Perme-ado pela oportunidade, percebeu essa tendência, o cronismo social, todavia, o jornalista decidiu escrever uma coluna que não era social. Ele toma a postura de escrever sobre política e a assinar com o codinome “Faheina”. Macedo relata que escreveu sobre “O homem da capa preta”, o politicamente conhecido como tenório Cavalcante, que foi um advoga-do e político brasileiro com base eleitoral no antigo estado do Rio de Janeiro. te-nório possuía um estilo político agressi-vo, muitas vezes violento, o qual sempre conduzia uma metralhadora portátil à tira colo. Isso lhe rendeu uma aura de mito. Foi eleito deputado estadual e de-putado federal do Rio de Janeiro, dispu-tou também para governador do Estado. Sua vida inspirou o filme “O Homem da Capa Preta”, filmado e dirigido em 1986 por Sérgio Resende. Paulo, afirmando inocência jornalística e idade, prestou uma nota ovacionando a tenório Caval-cante. Macedo admirou a postura do jus-ticeiro e os fatos que cercavam Cavalcan-te e não a atitude de bandido. Essa nota gerou vários telefonemas ao jornal que depreciava o colunista “Faheina”.

Depois do fato “Faheina”, o jornal pediu para Paulo Macedo fazer algu-ma coisa diferente pois não seria sen-sato escrever sobre aquele tema com essência política. “O jornal achava que eu era imaturo, mas eu era realmente imaturo”, afirmou sobre a coluna que escreveu sobre política. Após esse fato, Paulo foi convidado a falar na rádio Nor-deste, rádio de propriedade de Dinarte Mariz, sobre coluna social, diariamente, ao meio dia. O genro de Dinarte, Aldo Medeiros pegava um carro de som e circulava nos principais pontos da ci-dade, constatando audiência. É preciso lembrar que nesse período não exis-tia televisão e após uma pesquisa do IBOPE, foi confirmado que o programa que relatava sobre os eventos sociais proporcionava audiência em primeiro lugar. Dessa maneira, deslancharam vá-rios jornais como “A República”, jornal do Estado do RN e consecutivamente “tribuna do Norte”, onde Paulo se con-sagrou descrevendo os maiores “furos

de reportagem” da cidade. Macedo relata dentre seus furos, um

em específico, sobre o estilista brasileiro de renome internacional Dener Pamplo-na. Paulo convenceu a Djalma Maranhão, então prefeito da cidade, a visitar Dener. Esse fato provocou uma polêmica, Paulo afirma ter sofrido muitas criticas sobre o fato, pois Dener possuía outra orienta-ção sexual, mas era um profissional de gabarito. “Nessa época, Natal receber uma pessoa nacionalmente conhecida não era fácil”, afirmou.

Após receber fortes críticas, ele foi procurado por Luis Maria Alves, que fez o convide para “O Diário de Natal”. Ma-cedo ainda relembra os pontos positivos de vendas de jornal durante 50 anos. Se-gundo o jornalista, enquanto o Diário de Natal vendia 05 jornais a tribuna vendia 01. “O Diário de Natal influenciava prefei-turas e o Governo do Estado, um jornal

poderoso como nunca existiu” disse.Atualmente Paulo Macedo relata o

sucesso do jornal Metropolitano com 4.000 tiragens que circula positivamen-te como a segunda maior do estado. Ele atua escrevendo e lançará no mês de se-tembro a 24ª edição do livro “Dicionário da Sociedade” que é o RN de corpo in-teiro, afirma. A coluna apresenta todas as pessoas dos setores da sociedade e as personalidades em evidência que atuam no público e no privado. O destaque, se-gundo ele, é a abordagem dos 167 mu-nicípios do RN. O evento de lançamento do livro abrange também a quarta edi-ção da “Noite dos iluminados” – “Pouco importa se são, pobres ou ricos, negros ou brancos, mas pessoas que realizaram seu sucesso em sua atividade profissio-nal”, afirmou.

Ele ainda relata a inspiração que ad-vém do Papa João Paulo II, ou seja, a di-ficuldade dos homens de encontrarem equilíbrio, porém não há impossibilida-de se forem iluminados.

Segundo Macedo, na contempora-neidade a sociedade percorre linhas to-talmente invertidas. É preciso entender que o mundo vive hoje na base das mu-danças tecnológicas, das mutações so-ciais, elementos que atingiram também a família e a sociedade, afirma. “Assistir um casamento era uma coisa fantástica, a felicidade de duas pessoas, naquele momento era ciente e visível que o ma-trimônio iria durar. Na atualidade o casal vai para a lua de mel e já volta separa-do”, disse. Ele pauta suas observações na banalização dos valores familiares e na falta da aristocracia ou nas famílias tra-dicionais.

toda obra exige do seu criador tem-po e dedicação na elaboração de cada detalhe. Para o ilustre colunista social da cidade do Natal, Paulo Macedo, a pre-missa básica para percorrer os campos do jornalismo nos campos sociais é se-guir o seu exemplo, ou seja, não receber dinheiro de ninguém, não aceitar pre-sente fora do dia do aniversário e mos-trar independência mesmo os veículos de trabalho pagando muito pouco. E por fim, não figurar em lista de benesses de ninguém, sejam empresários, políticos ou figurantes, pois essas atitudes são ilícitas, o importante é ser honesto no campo pessoal e profissional.

"na contem-Poraneidade a sociedade Per-corre linhas totalmente invertidas. é Preciso enten-der que o mun-do vive hoje na base das mudan-ças tecnolóGi-cas, das muta-ções sociais, elementos que atinGiram tam-bém a famÍlia e a sociedade.

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nO IníCIO DA DéCADA DE noventa, Elias Medeiros atuou como fotojornalista em reportagens sociais para Colunistas dos Jornais, Diário de Natal e tribuna do Norte, com Flávio Resende e tota Farache. O jorna-lista fotográfico se aliava ao registro de Ce-rimônias Militares e Coberturas Esportivas, no Corpo de Fuzileiros Navais, em Natal. No Rio de Janeiro, trabalhou com fotografias sociais e esportivas, especificamente no Atletismo, nas coberturas das Corridas de São Silvestre em São Paulo, Maratonas do Rio de Janeiro, ultramaratonas e eventos com amplitude nacional. A paixão na arte de fotografar em Elias Medeiros é definida como a plena felicidade. Ele conta em en-trevista contagiante citando os professores Canindé soares e Weliton Lima sobre seu primeiro curso SESC centro Natal.

O trabalho com fotos sociais na igreja e em pequenos eventos sociais era uma ajuda no orçamento no inicio da pro-fissão, evidentemente que não vivia de fotografia, era um “hobby”. Entretanto passou a ser algo sério, disse Elias. Se-gundo Medeiros o relacionamento po-

sitivo com os professores num descon-traído bate-papo surge um convite para ajuda-los como monitor, ou seja, uma oportunidade, pois adora fotografia. Ele comenta sorrindo que o trabalho de mo-nitor no curso de fotografia era somente passar os slides, porém Elias fixou cada vez mais a teoria. É preciso ressaltar que os dois se entendiam muito bem, dida-ticamente eram fantásticos, afirma. Ele que não sabe exatamente descrever o sentimento correto sobre a paixão de fo-tografar. Entretanto, a convicta frase ci-tada por seus professores Weliton Lima e Canindé Soares diz: “Não dá pra ficar rico com fotografia, mas podemos ser muito felizes”. Essa frase que se tornou priori-dade para sua vida e profissão, disse.

A realidade do fotojornalista é mui-to difícil e isso se aplica tanto ao foto-jornalismo como à fotografia de forma geral. Ele relembra uma cobertura de transferência de presos do CPD – Cen-tro Provisório de Detentos no bairro de Cidade da Esperança em Natal. No mo-mento da cobertura enquanto profis-

Perfi

FElicidadE E FotoJornalismoElias mEdEiros

sional, fiquei na busca de uma história, um ângulo, elementos que fazem parte da profissão, afirmou. Então, o fotógra-fo relata que ficou atrás de um poste clicando no meio da troca de tiros, ao mesmo tempo em que seus outros co-legas já haviam se debandado.

No que diz respeito ao fato de estar sempre com a câmera na mão, Elias afirma “o Poder da informação”, isto é, “o formato do meu trabalho em qualquer parte, é a notícia ou a foto que posso encontrar em qualquer lugar”. Para Medeiros a alegria e importância de um colega pegar suas fotos e transformar em matéria é algo incrível.

A mudança das coberturas de risco para o jornalismo social surgiu na busca em ser feliz. Ele afirma sorrido que a foto-grafia social é pura felicidade. O jornalista ainda expõe que a alegria em fazer outras pessoas sorrirem é algo que o agrada, dis-se. Como fotojornalista, é claro que deve existir respeito, pois todo mundo gosta. Essa experiência de ter contato com todas as pessoas e fotografar é única. “Não te-nho ideia de quantas fotos já tirei, mas as brincadeiras com as pessoas nos eventos sociais são maravilhosas” afirmou. No en-tanto se a pessoa está num evento e não quer ser fotografada, temos que respeitar, um direito, afirma. Ele expõe a gratidão à Flávio Resende, no jornalismo, tanto que Elias faz uma brincadeira com o nome de seu blog, um plágio que fez na internet chamado “Giro@geral” cópia da antiga coluna do amigo Resende. Ao professor e

Graduado em Comunicação Social com habilitação em JornalismoUniversidade Castelo Branco/RJ Pós Graduação em Comunicação Empresarial – Universidade Cândido Mendes/RJ – Formação em Fotografia Universidade Estácio de Sá – SENAC.

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amigo Canindé Soares no fotojornalismo, a todos os colunistas sociais da cidade e os mestre colunáveis/Eventos Fafá Medeiros, Cristian de Saboya, toinho Silveira e Jota Oliveira. Essas pessoas fazem de seu oficio uma felicidade, afirma. Elias pontua essas questões da felicidade por prestigiarem e convites para as festas. “A alegria de foto-grafar pessoas bonitas, educadas e elogios são os fatores que realizam todo o meu

trabalho”, cita Elias. Ele atua como diretor de comunica-

ção na APHOtO - Associação Potiguar de Fotografia que realiza constantemente cursos, encontros e palestras. O diretor relata a preocupação da associação, em engloba a importância da instituição e qualificação do pessoal atuante na área. Elias também atua na direção do Sindica-to dos Jornalistas do Rio Grande do Norte

como diretor de imagem. No sindicado, Ele faz parte da comissão que aprova os DRt que é o registro profissional emitido pela Delegacia Regional do trabalho de cada Estado. Ele expõe as pontuações da fiscalização junto a FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas, ou melhor, ana-lisar o perfil, histórico e atuação daquele profissional em atuação e esses não são trabalhos fáceis dentro da comissão.

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colEção vErão 2015 cHEga Em natal

Por Caio Oliveira - Blogueirowww.caiooliveira.com

APAIXONADA PELO SOL, A GAROtA DO vERÃO 2015 DA CIA. MARítIMA EMBARCA EM SURFtRIP DOS SONHOS DE qUALqUER AMANtE DAS PRAIAS PARADISíACAS. EM UM MOCHILÃO COM DEStINO AO HAvAí, qUE PASSA PELA COStA RICA, PERU E MÉXICO, A MARCA INCORPOROU SEU ESPíRItO “FOLLOW tHE SUN” EM PEÇAS qUE APOStAM NA RICA MIStURA DE CULtURAS.

Os 19 PRInTs DA COLEÇÃO tem ins-piração étnica, com especial atenção para os tropicais e os peruanos, os quais possuem uma textura aparen-temente artesanal e são destaque da temporada. A novidade agora na linha comercial são as estampas localizadas

em biquínis, hot pants, croppeds, bodies, vestidos e kaftans, que deixam essas peças mais exclusivas. Entre as novas modelagens estão: biquíni ruffle, top tomara que caia com bojo quadrado, tops meia taça modificados – inclusive o top “abelhinha”, que fez

muito sucesso no passado -, top com babadinho na alça e recorte do busto, top cropped fluído de alcinha, ves-tidos justos com comprimento mídi, bata leve com detalhe no decote, saí-da de praia com saia pareô e a camisa amarradinha.

Moda

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No beachwear, o mix de estampas por meio de recortes em uma só peça trás um novo conceito, já os aviamentos mais especiais têm acabamento esmaltado, couro e spikes. O jersey com relevo texturizado e brilho intenso é o preferido por dar efeito único às peças. As famílias permanentes como o tradicional listrado Stripes e os lisos no jersey opaco e jersey brilhante, abriram espaço para mais uma linha, com peças em microfibra leve e maleável. Na moda, tecidos como a lasie com elastano estampada, tricot com aparência de renda fina transparente e o Neo Beach – inspirado no univerno esportivo, é mais encorpado, tem elasti-cidade e toque macio -, ganharam espaço notável e deixaram os complementos mais sofisticados.

Esta coleção se baseia na junção de etnias extremamente globais, onde nossa maior aposta é a tendência de ser livre e com isso, tornar-se única. Com peças altamente democráticas que farão parte dos mais variados guarda roupas de quem não tem medo de ousar, sem dúvidas, o verão 2015 será exibido nas praias com muita bossa e charme pelas mais lindas garotas do país a fora.

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Artigo

jovens, de 16 a 24 anos; junto aos que têm ensino superior; no grupo dos que têm renda familiar mensal entre 5 e 10 salários mínimos; e nas cidades com mais de 200 mil e menos de 500 mil habitantes.

Dilma está na frente no grupo das pessoas com mais de 60 anos; entre os que têm ensino fundamental; no uni-verso dos mais pobres, com renda fami-liar mensal de até dois salários mínimos; e nos municípios pequenos, com até 50 mil habitantes.

Um dado interessante é que o tema religião apresenta diferenças significan-tes nas preferencias das duas candida-tas. Os católicos, o maior grupo, prefe-rem Dilma. Marina tem vantagem mais significativa entre evangélicos de igrejas não pentecostais e entre pentecostais.

Aproxima-se o final da campanha e Marina a cada dia se aproxima mais do mito Lula. Ela com habilidade até já acenou em contar com o apoio dele, no caso de uma possível vitória.

O jogo está sendo jogado e tudo in-dica que há possibilidade de segundo turno, quando os eleitores de Aécio Ne-ves não terão outra opção, senão votar em massa no “tsunami” que destruiu o tucano. Coisas da política!

uM “TsunAMI” ELEITORAL atingiu o Brasil, após a morte do candidato Edu-ardo Campos, com o nome de “Marina Silva”. Este artigo é escrito no início de setembro. Salvo, mudanças na conjun-tura, a dupla Marina-Beto Albuquerque irá para o segundo turno e alguns até admitem vitória no primeiro turno.

Outro fato impactante no cenário eleitoral foi a queda do PIB e a volta pro-gressiva da inflação. A presidente Dilma tenta proteger-se e os adversários avan-çam com a pregação do caos. Em 1992, nos Estados Unidos, quando Bill Clinton disputava a presidência com George Bush (pai), adotou um slogan que o levou à vitória: “é a economia, idiota”. Pelos gastos com a guerra do Kuwait, os americanos enfrentavam séria crise econômica. Clinton passou a sintetizar o desconforto da população com o de-sempenho da economia e o violento impacto no “bolso” do cidadão.

No início da campanha, analistas políticos entendiam que nem os maus resultados econômicos seriam obstá-culo para uma nova vitória da candi-data Dilma Rousseff. O motivo de tal esperança era o apoio do carismático ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Existia a convicção de que a presença do ex-sindicalista poderia ser definitiva para convencer, sobretudo o eleitorado de renda baixa e até empresários e ban-queiros, do voto favorável ao segundo mandato presidencial.

A certeza de antes é o pesadelo de hoje para o Pt e a sua candidata, diante da reviravolta causada pelo “furacão” Marina Silva. A grande dúvida é saber se Lula continuará ainda com a força capaz de conseguir uma vitória para a candidata que apresentou sempre como a mais pre-parada, depois dele, para governar o país.

Será difícil para Lula atacar Marina. Ele a escolheu, em seu primeiro gover-no, como ministra do Meio Ambiente para comandar um ministério que na-quele momento estava na mira da aten-ção internacional, dada a importância ecológica do país. O Brasil abriga uma das maiores riquezas naturais do plane-ta, a começar por contar com um quar-to da água potável da terra, um bem

precioso, cuja escassez nos dias de hoje (veja-se SP) provoca ansiedade e preo-cupação popular.

Diferentemente de Aécio Neves, por exemplo, Marina aproveitou o espaço que lhe cabia nos eventos de mídia. Criou expectativa para a oficialização de sua candidatura e transmitiu protagonismo em debates e entrevistas de repercussão. Mesmo com pouco tempo no horário eleitoral, figura como uma das candidatas de melhor desempenho no programa.

Se o discurso da chamada “terceira via” irá “pegar” ou não, só as urnas di-rão. todavia, Marina aproxima-se da-queles descrentes das manifestações de 2013, que votariam em branco, ou anulariam o voto.

Falando particularmente do Nordes-te, a região tem 38.1 milhões de eleitores (26,7% do eleitorado nacional) e é um dos principais celeiros na disputa da pre-sidência. No Nordeste brasileiro, a secura do solo se confunde com a aridez de vidas humanas e forma uma geografia peculiar, cujas demandas não podem ser igno-radas no jogo do poder. Dilma Rousseff (Pt), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) intensificam agenda de campanha na região, que nas últimas três eleições presidenciais se destacou como principal reduto do Partido dos trabalhadores.

Aécio lançou um programa especial para o nordeste. A maioria das opiniões é de que ele não convenceu. Limitou-se a repetir o óbvio. Sem inventar a roda, uma meta que com certeza favoreceria o tu-cano na sua proposta nordestina seria a implantação no Brasil de um modelo de federalismo regional, começando pela re-gulamentação no artigo 43 da Constitui-ção (regiões administrativas). Seria dado o primeiro passo para a criação do complexo geoeconômico e social do Nordeste, com a prioridade da oferta maciça de empre-gos, oportunidades, aumento de renda, incremento às exportações e a interioriza-ção do desenvolvimento. Aécio silenciou sobre essa hipótese. Perdeu ponto!

A verdade é que a disputa presidencial está concentrada neste início de setembro entre os candidatos Marina e Dilma. As pesquisas revelam que Marina está me-lhor do que Dilma entre os eleitores mais

marina, dilma E aécio

Por nEy loPEsJornalista, advogado, ex-deputado federal e professor de direito constitucionalwww.blogdoneylopes.com.br

CEDIDA

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Cultura

Os InTEREssADOs nO unIvERsO de Hqs – Histórias em quadrinhos passaram a ter no último dia (30) de agosto um novo espaço na cidade. O estabelecimento oferece encontros para bate-papos, cursos para interes-sados, oficinas e trabalhos de estúdio.

Hoje, o mercado de quadrinho no Brasil é bastante diversificado. Porém ainda está muito longe da realidade dos Estados Unidos, por exemplo, onde são publicadas em média 500 revistas por mês. As famosas “Comic House” nos Estados Unidos é indús-tria já solidificada, assim como acon-tece no Japão e em alguns países da Europa que publicam autores nacio-nais, com excelentes resultados de vendas. No Brasil, os números do mer-cado editorial são animadores. Segundo uma pesquisa feita pela Câmara Brasileira do Li-vro em 2013, houve um au-mento no número de livros vendidos e uma redução no faturamento.

o mErcado das Histórias Em quadrinHos

Na lógica cruel do mercado, ainda vale a mais simples das leis, a lei da oferta e da procura. A baixa deman-da obriga a cobrar um preço maior para sustentar a operação, já que não há escala suficiente. O preço maior afasta o público. É um círculo vicioso. Seria um triste fim se o público dimi-nuísse tanto a ponto de acabar com a publicação de Hqs no Brasil. Ainda há tempo para se repensar tudo e tentar novos caminhos.

O incentivo à publicação de qua-drinhos nacionais por meio de editais regionais ou nacionais tem permitido a alguns autores publicarem pela pri-meira vez e resultado em produtos que são sucesso de vendas. Por outro lado, a internet tem possibilitado a autores divulgarem seus trabalhos e, como conseqüência a visibilidade, mi-grando para o impresso.

Esse cenário animador também pode ser medido pela quantidade de editoras que estão surgindo e outras já estabelecidas que entraram no seg-mento. Exemplo esse em Natal que podemos visualizar ao selo editorial de quadrinho – K-ótica. O selo completa em 2014 cinco anos de atividades. Ou melhor, a presença do selo editorial é que temos um mercado crescente no Brasil, mas não temos ainda uma in-dústria. Existem excelentes quadrinis-tas brasileiros não vivendo de sua arte, ainda é necessário um a dupla função no país para viver de Hqs.

Em suma, estamos lendo mais e pagando menos por isso.

As diversidades em publicações de quadrinhos no Brasil podem indicar que estamos no melhor dos mundos, entretanto não sejamos tão otimistas. Os diversos gêneros nas livrarias, de super-heróis em edições luxuosas ou álbuns autobiográficos, passando por homenagens nos quadrinhos autorais ou quadrinhos chineses, iranianos, ar-gentinos ou essas variações no mun-do não demonstra um crescimento econômico. Por outro lado, nunca o quadrinho foi tão consumido.

Ao se transfor-mar em produto descolado, alter-nativo, o quadri-nho migrou para as livrarias em ál-buns de tiragem

limitada, o que ter-mina encarecendo o

produto e afastando potenciais leitores. En-

tretanto o melhor para o mercado em aquecimen-to são as diversidades das publicações, as lojas espe-cializadas e os quadrinis-

tas brasileiros vivendo de sua arte.

Av. Sen. Salgado Filho, 15935-D, quase esquina com a Av. Bernardo vieira, em Lagoa Nova.

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Judiciário

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moradia milionáriaa Polêmica do sEguro Habitacional

Os PROCEssOs AJuIzADOs PELAs Federações Comunitárias começaram a serem julgados em dois mil e nove pelos juízes das varas cíveis de Natal e do inte-rior do Rio Grande do Norte. As decisões foram favoráveis aos mutuários nos pri-meiros processos julgados ao condenar as seguradoras a indenizar os moradores dos conjuntos habitacionais pelos danos físicos de seus imóveis. O conjunto Par-que dos Coqueiros, na Zona Norte, foi um dos primeiros conjuntos a receberem o beneficio. A primeira sentença na capital condenou a seguradora a pagar, a título de indenização, em favor dos 18 autores da ação. O valor pecuniário necessário ao conserto integral dos imóveis per-tencentes a cada um deles, adquiridos, que foi segundo o financiamento obtido junto ao sistema financeiro de habitação, consoante comprovado na inicial.

Hoje, o MPF – Ministério Público Fede-ral está investigando uma suposta fraude cometida por diversos escritórios de ad-vocacia contra a CEF - Caixa Econômica Federal. As informações divulgadas pela agência do Estado, o dano ameaça abrir um rombo bilionário nas contas do tesou-ro Nacional. O prejuízo pode atingir R$ 12,7 bilhões, segundo cálculos preliminares. Segundo investigações no Rio Grande do

Norte está na rota da ação dos advogados. Essas ações são de vinte e oito mil, ajuiza-das por duzentos e cinquenta e sete mil pessoas, que cobram garantias do extinto seguro habitacionais do SFH – Sistema Fi-nanceiro da Habitação de financiamentos concedidos há mais de trinta anos.

O seguro habitacional deveria ser utilizado para cobrir casos como morte e invalidez do mutuário ou danos físicos e climáticos dos imóveis que ainda estão sendo financiados. Entretanto, o dinhei-ro está sendo liberado até mesmo para pessoas que nunca tiveram a cobertura. Os advogados envolvidos advêm conse-

guindo sentenças milionárias que supe-ram o valor do próprio imóvel. O negócio rentável em muito para os escritórios que ganham porcentagem em cima do valor das ações. Segundo a Caixa, o cálculo de multas diárias é exagerado, despropor-cional ao prejuízo alegado e, ao final do processo se transforma em valores que não condizem com o preço dos imóveis.

Em Natal, alguns escritórios conse-guem a ajuda de conselhos comunitá-rios para conseguir clientes. No conjunto Pirangi, o Conselho Comunitário desde 2007, alguns proprietários ingressaram com a ação na Justiça. Segundo morado-res cerca de trinta pessoas já receberam dinheiro de indenização. Essas indeniza-ções chegam aos valores de R$ 100 mil reais. Os escritórios já atenderam cerca de novecentas pessoas no Rio Grande do Norte todo e já receberam o cheque da Justiça. Os conviventes do bairro Piran-gi relatam que o Conselho desconhece qualquer investigação com relação ao caso do Ministério Público.

O MPF já instaurou procedimento preparatório para apurar as denúncias e solicitou informações a Susep – Superin-tendência de Seguros Privados e a Caixa. O alvo da investigação, segundo portaria, são os indícios de fraudes contra o SFH pelos escritórios de advocacia, a agilidade “incomum” na tramitação das ações na Justiça e a possível omissão da Caixa.

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Artigo

salvE CEDIDA

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qUANDO PENSAMOS EM vINHOS pro-duzidos no Brasil, lembramos imedia-tamente da região sul do país. Por mais que seja secular, há mais ou menos duas décadas que se deu o início à produção moderna de vinhos na serra gaúcha. O ingresso no mercado internacional, com a criação do projeto “Wines Of Brasil”, realizado pela parceria entre o instituto brasileiro do vinho (Ibravin) e a agência brasileira de promoção de exportações. Os investimentos posteriores (Apex-Bra-sil). Segundo o jornalista e sommelier internacional de origem italiana Roberto Rabachino que em sete anos, o Brasil re-alizou uma verdadeira revolução na sua produção de vinhos, algo que a Europa demorou 70 anos para fazer, afirmou.

Os vinhos das nossas cores, verde e amarelo, já somam mais de 3.000 prê-mios internacionais, o espumante bra-sileiro dá a volta ao mundo, colhendo láureas em concursos, conquistando consumidores e instigando “experts” de várias nacionalidades.

Há quase 100 anos, com a fundação da vinícola Armando Peterlongo, pioneira no setor, iniciou-se a promissora vida dos espumantes brasileiros. A Moet Chandon construiu aqui no Brasil uma vinícola em 1973, mesmo ano em que se estabeleceu na Califórnia e antes de inaugurar sua sede na Austrália (1986). Sabemos que o

vinho brasileiro é um fato histórico e de importante relevância para economia na-cional. Mas não é apenas na Serra Gaúcha que se produz os bons vinhos brasileiros. Além de todo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o nordeste brasileiro também merecem créditos em destaque.

Poucos estudiosos sabem, mas o pe-ríodo Holandês no Brasil, o conde Mauri-cio de Nassau, ordenou que plantassem uvas para produção de vinhos. Sendo a Ilha de Itamaracá – PE a primeira produ-tora de vinhos no nordeste. A importân-cia foi tanta que o brasão de armas da ilha ostenta cachos de uvas.

Outro ponto de referência é o vale do São Francisco, debruçado sobre o terri-tório de Pernambuco e que se estende o Estado da Bahia. A região possui um clima muito quente, tropical semi-árido, propício também para o plantio de uvas.

Apesar do desconhecimento da re-gião produtora, em comparação aos vinhos da Serra Gaúcha, os municípios de Petrolina – PE e Juazeiro – BA estão se destacando no cenário nacional pelo cultivo da uva Moscatel. Essa variedade de uva adocicada muito usada tanto na fabricação de espumantes como na de vinhos brancos.

Segundo o Sommelier José Luiz Pa-gliare, da sociedade Brasileira dos aman-tes do vinho de São Paulo, o espumante

feito com as uvas Moscatel é de exce-lente qualidade e diferente dos feitos na Serra Gaúcha. “Mesmo quando é usada a mesma variedade de uva, os vinhos produzidos em outras regiões são dife-rentes, o espumante do Nordeste tem o sabor da uva mais marcante, já os do Sul são mais frescos e mais ácidos, essas sen-do de estilos diferentes”, afirmou Paglia-re. Ainda, segundo o especialista José Luiz o nordeste conseguiu ter produtos com personalidade, que são mais uma opção para o consumidor.

O vale do São Francisco é também responsável por 99% da uva de mesa ex-portada pelo Brasil e pela produção de mais de cinco milhões de litros de vinho por ano. Já detém 15% do mercado na-cional e gera diretamente mais de trinta mil empregos. Sem falar que é a única região do mundo que colhe duas safras e meia por ano.

O mercado imobiliário atento a esse desenvolvimento e como na região sul, já prevê o lançamento de “Enocondomi-nios” nas margens do São Francisco.

E com base nesses acontecimen-tos, tomem como sugestão, aos poucos amantes de vinho que ainda mantêm al-gum preconceito contra vinhos nacionais, “experimentem” e vivam essa emoção.

Por lauro lEitEEmpresário @clubdevinrn

são Francisco

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O Poder dos Negócios

Por zEnaidE castroJornalista [email protected]

sETEMBRO vERDE E AMARELOO Projeto Setembro Cidadão teve início no dia 1º deste mês, com o lançamento do livro “Manual Prático das Eleições” e da cartilha “A Família Cidadã e as Eleições”, idealizados pelo juiz Jarbas Bezerra e pela advogada Lígia Limeira. O lançamento foi bastante concorrido, na Livraria Saraiva (Midway). A fórmula geral da celebração do ‘Setembro Cidadão’, dar-se em: Educação + Informação = Cidadania. Durante todo o mês várias ações foram programadas para despertar o sentimento de cidadania nas pessoas.

vOO BuEnOs AIREs/nATALNa palestra que proferiu durante o Encontro das Belas e Profissionais de turismo, no dia 02 de setembro, o Consul da Argentina, Jaime H. Beserman, falou sobre a possibilidade de um voo direto Buenos Aires/Natal para incrementar o intercâmbio turístico entre esses dois destinos. O interesse no turista potiguar é porque o RN é um dos grandes emissores de viajantes para a Argentina. As negociações visam a próxima alta estação. vamos aguardar.

MEIA MARATOnA DO sOL Já foi dada a largada para a Meia Maratona do Sol, no dia 1º de novembro, com saída, concentração, chegada e premiação na área de eventos do estádio Arena das Dunas. De Lá, os atletas seguem pela avenida Roberto Freire em direção à via Costeira. Os competidores podem se inscrever nas distâncias de 5 km, 10 km e 21 km. A prova terá cerca de quatro postos de hidratação, além de um posto de isotônico na metade do percurso. As inscrições com preço promocional de R$ 70,00 podem ser feitas até o dia 30 de setembro. Detalhes no site www.meiadosol.com.br.

CAsA COROs arquitetos já estão com a mão na massa para a preparação da Casa Cor RN 2014, que ocorrerá na sede social do América, no tirol. Serão 40 ambientes, projetados por 56 arquitetos que deverão mostrar as tendências da decoração e do design. A Casa Cor RN será realizada de 17 de outubro a 30 de novembro e deverá receber mais de 20 mil visitantes, em uma área de aproximadamente 3.000 m².

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TuRIsMO nÁuTICOFernando Bezerril, titular da Secretaria Municipal de turismo, participou, no início de setembro, em Recife, da reunião de municípios do Nordeste com interesses em relações internacionais. Bezerril exibiu um vídeo sobre o terminal turístico de Passageiros de Natal e falou sobre o desenvolvimento do turismo náutico da cidade, com abordagem sobre os projetos das marinas (Redinha, Potengi e de mar aberto na via Costeira). Ao final da apresentação, a coordenadora geral do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Municipais de turismo, tecnologia e Inovação e Indústria e Comércio (FONARI), Anita Gea Martinez Stefani, prometeu encaminhar o vídeo para as embaixadas de países com interesses em turismo de passageiros de navios e que disponham de marinas.

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Artigo

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Por Joanilson dEPaula rêgoAdvogado

Enfim, “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” e, antes de julgar alguém por contradição, seria bom relembrar a orientação bíblica: “Não julgueis para não serdes julgados”.

Do alto do seu domínio de expres-são, Rui Barbosa dizia: “Contraditório é o vento que hora sopra do norte hora sopra do sul, contraditório é o mar que hora enche hora vaza, contraditório é Deus, que hora cria hora mata”.

Afora estes acidentes da natureza ou da Criação, nos deparamos, por dizer respeito, mais de perto, à condição hu-mana, com a contradição entre o discur-so e o estilo de vida.

Ocorre-nos agora, de início, a ideia de que a coerência precisa também ser analisada contextualmente, isto é, su-portando a incidência de variáveis de muitas naturezas diversas, até chegar-mos a uma constatação de que igual-mente a coerência, assim como outras palavras de significado bem comple-xo, termina sendo “um conjunto de”: pensamentos, sentimentos, questões ligadas à educação, cultura, valores, situação, limites, carências, legislação, enfim, quase tudo o que afeta o exercí-cio puro da coerência.

Nem tudo na vida se resume ao “É ou

Não É”. Às vezes, temos que funcionar no “É e Não É”. O radicalismo, a intransigência, podem ser úteis apenas em casos raros. O normal é tentar a coexistência pacífica, digamos assim, para usarmos um termo utilizado para explicar a estratégia de con-vivência respeitosa entre os diferentes.

Contudo, para evoluir no estudo e na prática do fenômeno contraditório, é preciso ter a coragem de compreender que é possível a qualquer pessoa en-tender que, por muito tempo, defendeu coisas muito erradas. E a humildade de se reposicionar. Porque agora, sim, seria contradição, sobretudo interna, a pes-soa descobrir que se enganou e não ter a humildade para rever seus conceitos.

vale, ainda, uma observação. Mui-ta coisa chamada de contraditória por alguém pode ser fruto de que a razão terminou prevalecendo por sobre o preconceito, a discriminação, e outros posicionamentos que foram adotados por pura emoção, não resistiram quan-do chegou a razão para substituir o an-terior entendimento.

a contradição

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Por simonEsilvaColunista [email protected]

um verdadeiro luxoA construtora Colmeia tem sido ano

após ano, em seus trinta e três anos uma empresa de destaque e sucesso. Com lança-mentos nos melhores bairros de Fortaleza, São Paulo, Rio Grande do Norte, Manaus e tantos outros municípios brasileiros.

Com produção da SIM COMUNICAÇÃO & EvENtOS e em parceria com o Programa Portfólio de Luiza Ribeiro, a Construtora COLMEIA promoveu uma série de eventos (num total de cinco) em seus empreendi-mentos em Natal. Coisa nunca vista pela riqueza de detalhes, novidades e sofisti-cação. A começar pela disponibilidade de oferecer aos convidados a comodidade de transporte em casa pela Mercedes da Sta. Motors, com motorista.

No empreendimento, SPORtS GARDEN em Lagoa Nova, o grupo Colmeia promo-veu uma degustação de vinhos com ró-tulos da adega São Cristovão e Grand Cru harmonizados, um cardápio exclusivo de-senvolvido pelo chef Eugênio Cantídio.

Em outra contra partida da empresa, o empreendimento PALLÁDIO em tirol, o pú-blico foi recebido ao som de sax, festival de crepes “by Chèz Rogéria”, com espumantes da Canessa e Montanares. Neste também uma surpresa, um super telão na área exter-na do prédio para ser apreciado pelos convi-dados do apartamento.

Os elogios foram consecutivos pelos convidados em relação aos ambientes. A assinatura da ambientação por Racine Mourão, que foi realçada pelo décor de flores de valéria Calazans e da flor de al-godão de Mézia Araújo proporcionando destaque nos detalhes.

sPORTs GARDEn PALLADIO REsIDEnCIA

Emilio Hipolito e Cesar Revoredo Berg e Alessandra Ferreira

Akyra Yano e Leonardo Patriota Gutinho Tinoco e Marília Bezerra

Marcio Guedes e Flávia Augusta Dani Monte e Gabriel Ribeiro

Patricia Duarte, Idaisa Fernandes e Ceiça Wanderley Rodrigo Peixoto

Fernanda Staufackar e Luluca Marinho Ana Virgínia Martins, Otacílio Valente e Luiza Ribeiro

Alexandre Mafaldo e Débora Castro Sandro Pacheco e Gleydson Batalha

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EssE RELATO ABRAnGE AOs amantes dos esportes do “ar livre” ou ecoturismo. O encontro perfeito no PARqUE NACIO-NAL DE LENÇÓIS MARANHENSES é um refúgio de preservação praticamente selvagem em nosso território tropical tupiniquim. Os lençóis maranhense é o orgulho de todos os cidadãos brasileiros. trata-se de um universo mutante regido pela dinâmica da natureza. Sua gigan-tesca diversidade natural atrai turistas de todas as partes do mundo. Em períodos de alta temporada, entre os meses de junho a agosto, os nativos, abrem suas portas para alojar curiosos e amantes da natureza. Dentro de um padrão simples e peculiar aos moradores da região em ambiente aberto ao natural. O Parque abrange cento e cinquenta e cinco mil hectares de branquíssimas dunas, incan-descentes de tanto brilho ao sol, condu-zindo a inúmeras trilhas extensas.

Inicialmente a viagem proporciona um passeio em diversos tipos de veículos quatro por quatro, num absorvente sobe e desce, dobra e segue em frente, uma sensação de intenso frenesi. Uma das principais dicas de destaque é uma prévia preparação física ao turista. É necessário desempenho eficiente nas caminhadas extensas, muita água mineral, pois o con-sumo é intenso. Não apenas pelo esforço físico, mas pelo calor que emana do am-biente percorrido nas trilhas. No percurso existem incontáveis dunas e lagoas de águas super cristalinas. Uma temperatura impar, mas um passeio sem igual. A cida-de de Barreirinhas – MA com cinquenta e cinco mil habitantes é o ponto de destino final para os aventureiros.

Aos viajantes que chegam a São Luis do Maranhão trata-se da porta de entra-da com hospitalidade deste povo caloro-so e simples. Uma cidade multicolorida

Por tarcisio gurgEl Médico e [email protected]

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POR ÁLvARO BARROs MEDEIROs LIMA

Em síntese o livro dá uma aula em suas páginas e compartilhaexperiências : o autor narra a sua vivência como aluno do primeiro anoda faculdade de Direito de Harvard. Descreve o questionamento feito auma professora da faculdade de Ciências Jurídicas no seguinte sentido:o porquê de nos Estados Unidos o Curso de Direito ser de apenas 3anos? Entendo que o objeto da discussão era o preparo dos alunos,esta famosa (e terrível) desculpa para impor uma sobrecarga nas costasdos estudantes que querem vencer na carreira, tais como longas horasde aulas e o famigerado Exame de Ordem, o qual ninguém duvida nãoservir para uma avaliação do aprendizado jurídico. O principal motivoque me faz recomendar o livro deste autor é a uma oportunidade de teralgum contato com uma realidade diferente, a partir do ponto de vistade quem viveu na pele a experiência de estudar na renomada Harvard.

Dica de Livro

LENÇÓIS MARANHENSES UM DESERTO VIRGEM

O Primeiro Ano – Como se faz um Advogado” (scott Turow)

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e com inúmeras pousadas e hotéis que atendem a todos os gostos e padrões. O convite a conferi este paraíso é incluso em meus relatos de viagem. Uma região que orgulha a qualquer brasileiro, faz bri-lhar os olhos, transpiração com esforço físico e disparar o coração. Não é apenas uma aceleração rítmica, mas emoções deslumbramento do percurso. venham conferir e comprovar.

Dica de viagem

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Agosto/2014 O PODER! | 27

índice

a p r e s e n t a ç ã o

gleydson Batalha

Canal 126HD 800

TODAS AS QUARTAS-FEIRAS ÀS 22h

anos no ar3

p r o g r a M a

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