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FOTÓGRAFA REGISTRA CACHORROS SACUDINDO ENQUANTO SE SECAM Por Carli Davdson Página 6 AGREÇÃO CANINA, QUEM É O RESPONSÁVEL? COMO EVITAR? Por Dr. Mauro Lantzman Página 12 ENTREVISTA COM CESAR MILAN “DOMINAR NÃO É SER MAU, É TER O CONTROLE DA SITUAÇÃO “ Por Letícia Sorg Pet é tudo Edição 01 Ano 1 peteamigos.com.br

Revista Pet&Amigos

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Pet&Amigos é uma revista que tem como objetivo principal abordar temas sobre animias de estimação e seus donos. Informações sobre raças, espécias, dicas de cuidados, alimentação, convivência, diretório de empresas, redes sociais, coberturas de eventos e galeria de imagens.

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FotógraFa registra cachorros sacudindo enquanto se secam Por Carli Davdson Página 6

agreção canina, quem é o responsável? como evitar? Por Dr. Mauro Lantzman Página 12

entrevista com cesar milan

“dominar não é ser mau, é ter o controle da situação “ Por Letícia Sorg

Pet é tudo edição 01 ano 1 peteamigos.com.br

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Pet&Amigos/Editorial

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A relação sentimental entre pessoas e a animais é relatada desde os tempos das cavernas, em desenhos rupestres.

No mundo moderno essa relação está cada vez afetu-osa, os animais de estima-ção são considerados parte da família.

A cada dia mais pessoas decidem ter um animail de estimação e com isso o seguimento de produtos e serviços para animais de estimação está em plena ascensão no Brasil.

A Pet & Amigos vem para o mercado com uma proposta de informar os proprietários de animais de estimação e integrá-los através de um portal e um clube de vantagens, pois encontramos a ausência de um produto semelhante no território nacional.

WAGNER MATTEIIdealizador do Pet&Amigos

Seja bem-vindoPet&Amigos é uma revista que tem como objetivo principal abordar temas sobre animias de estimação e seus donos. Informações sobre raças, espécias, dicas de cuidados, alimentação, convivência, diretório de empresas, redes sociais, coberturas de eventos e galeria de imagens.

Destaque desta edição a convivência entre seres humanos e seus animais de estimação, como nos relacionamos, apresentamos uma troca de informação entre artistas, treinadores, veterinários, nutricionais e donos.

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CURIOSIDADEfotógrafa registra cachorros sacudindo enquanto se secam Por Carli Davdson

COMPORTAMENTOAgreção canina, quem é o responsável?Como evitar essas intercorrênciasPor Dr. Mauro Lantzman

PETDICASCachorro não precisa de agasalhoPor Dr. Kim Nicolas

RAÇASirisH WoLfHoundA maior raça do mundoPor Carolina Mello

PRÊMIO “OSSO DE OURO”Cão de duas patas inspira fotógrafaPor Roberta Oliveira

É PET, É FASHIONPet fashion week tem desfi le de moda e produtos para animaisPor Michelle Achkar

INFOGRÁFICO15 etapas para deixar sua casa mais seguraPor Felipe Genuino

ENTREVISTAentrevista com Cesar Millan, “o encantador de cãesPor Letícia Sorg

EXPEDIENTEsobre a revista Pet&Amigos

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Pet&Amigos/Curiosidades

FotógrAFA registrA cAchorros sAcudindo enquAnto se secAm

A fotógrafa americana Carli Davidson conseguiu fazer uma série de imagens inusitadas que mostram

cachorros no momento em que eles se sacodem para se secar. O resultado, alcançado graças ao uso da mais moderna tecnologia, captura as caras deformadas e contorcidas dos animais enquanto eles tentam se secar. Cachorros em movimento (Foto: Carli Davidson )

Americana Carli Davidson testava novo flash e acabou conseguindo imagens ‘hilárias’.

Carli Davdson

O projeto batizado de ‘Shake’ (Sacudir, em português) acabou surpreendendo até a fotógrafa pelas imagens hilárias que surgiram. É muito engraçado e divertido de se olhar. Em uma época cheia de dificuldade e tragédia para todo lugar que se olha, ter uma obra de arte cheia de humor é revigorante. O mundo precisa de humor para sobreviver’, diz ela. O projeto foi batizado de ‘Shake’ - sacudir, em português (Foto: Carli Davidson)

Antes de se dedicar à fotografia, Carli Davidson trabalhou como tratadora de animais por mais de sete anos. Ela também foi fotógrafa do zoológico de Oregon e trabalhou junto a abrigos para animais. Além do projeto ‘Shake’, Davidson também tem outro trabalho sobre animais com deficiências físicas, que será lançado em breve. Para conhecer mais sobre o trabalho da fotógrafa.

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Pet&Amigos/Dr. Kim/Petdicas

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.Gorro, casaquinho e, não raro, cachecol e meias! Se você acha que cobrir seu bicho das patas à

cabeça vai protegê-lo do frio, saiba que, além de deixá-lo desconfortável, isso pode ser um perigo e tanto

Chega o frio E aí, com a melhor das intenções ou, vamos ser francos, por puro exibicionismo, você resolve vestir o seu cão com roupas para dias de temperatura mínima, como se ele já não fosse munido por natureza de pelagem, curta ou longa, não importa. Antes de montar um guarda-roupa completo para o seu bicho passear nesta estação, alto lá. Bom senso, por favor, até por questões de saúde.

De acordo com Mario Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, muita gente peca pelo exagero quando resolve encapotar o pobre animal e faz de um passeio com o cachorro um desfile de modelitos fashion. Além de inútil, tanta roupa pode botar o cão em risco, alerta o veterinário. O cachecol, por exemplo, às vezes provoca acidentes quando ele, tentando se desvencilhar da peça, acaba se enforcando.

Cães de pelagem longa definitivamente não precisam de roupa

Dr. Kim A. Nicholas

nenhuma, por mais frio que esteja o clima. Os que estão acima do peso, mesmo que sejam de uma raça de pelagem curta, também não.

A própria gordura corporal já os deixa aquecidos, justifica o veterinário José Manuel Mourino, da Clínica Pet Place, em São Paulo. Se você teimar em agasalhar seu pet peludo ou gordo, só vai contribuir para uma bela hipertermia, quando a temperatura do corpo sobe além da conta.

As raças de pelo curto até podem aderir à moda, desde que você note que, de fato, seu cachorro sente frio (veja os sinais abaixo). No caso, escolha uma única peça e muito importante também observe se ela não tolhe os movimentos.

Aliás, o ideal é que o animal seja acostumado à novidade aos poucos. E, se perceber que não quer mesmo saber de sair vestido, o melhor é não insistir. Para alguns, o contato do tecido com o corpo pode provocar um coça-coça sem fim e até mesmo uma doença de pele, se houver predisposição. O que tem que prevalecer sempre é o conforto, conclui Mourino.

Não invente moda Tecidos sintéticos e de lã costumam causar alergias. Prefira os de algodão ou malha macia. Sapatos? Nem pensar! Além de

incômodos, fazem o cão perder o tato, que no caso é sentido principalmente por meio das patas.

Se o bicho é gordinho ou tem pelos longos, deixe as roupas de lado e, no máximo, providencie um edredom ou travesseiro, só para dar aconchego na hora da soneca em noites mais frias.

DOIS SINAIS DE FRIO

1. Ele tem ataques de tremedeira. 2. As orelhas e as patas ficam bem mais frias do que o normal.

Uma boa dica de leitura para aqueles que cobrem os seus bichinhos das patas à cabeça!

CaChorro Não preCisa de agasalho

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IrIsh Wolfhound

.Quando se fala em a maior raça de cães, já pensamos no dogue alemão, são bernardo...mas não!!!

A maior raça de cães do mundo é o Irish Wolfhound. Tá certo que a aparência não é das mais belas, mas é uma raça bem interessante de conhecer! Estes cãezinhos podem chegar até 2,30m de altura em pé, e 90 quilos!! A cor pode ser cinza, rajado, vermelho, preto, puro branco e castanho claro São cães muito dóceis, mas por causa do tamanho gigante precisam saber conviver com pessoas, ou seja, precisam ser adestrados. Quase não latem e são bem mansos. A raça é Lébreu, que caça pela visão. Era uma raça utilizada para caçar lobos. Eles precisam correr todos os dias para gastar energia. Na questão de despesas, você não vai gastar muito com ração, pois não comem muito, mas em compensação, um filhote da raça está custando em média R$ 8 mil!.

Curiosidade: Os machos não levantam a perna para fazer xixi, e as fêmeas só entram no cio 1 vez por ano, e não 2 como as outras raças.

A mAiOr rAçA dO mundO

Carolina Mello

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.Quando lemos no jornal histórias de crianças ou adultos que foram atacados por cães nos pergun-

tamos porque isto está acontecendo. Histórias como essa sempre aconteceram mas ultimamente a freqüência, as circun-stancias e a gravidade destas agressões ultrapassaram o limite do aceitável. Para complicar ainda mais essa situação, há o risco da transmissão da RAIVA, uma vez que no Brasil esta doença ainda não foi erradicada. Por outro lado mesmo que o cão agressor seja vacinado contra raiva, a lesão provoca-da por uma mordida dilacerante e contam-inada é de tratamento complicado e deixa uma cicatriz acentuada.

De quem é a responsabilidade ? Como evitar essas ocorrências ? O propósito deste artigo é revisar a definição de agressividade canina, apresen-tar os contextos em que ela se apresenta e propor uma maneira de prevenir ocor-rências desastrosas com prejuízo a saúde humana e animal.

Contexto etológico Quando pensamos na agressividade canina tendemos vê-la como uma ameaça eminente. Imaginamos um animal corren-do em nossa direção, os dentes afiados prontos a fazerem um estrago extrema-mente dolorido que poderiam, até mesmo culminar com nossa morte. Nos sentimos ameaçados por um animal considerado o melhor amigo do homem e que deveria

manifestar agressividade somente dentro de um contexto adequado e principal-mente sob controle do proprietário. Para pensar os contextos nos quais este comportamento normalmente ocorre devemos tentar imaginá-lo numa situação natural original, como quando o cão ainda era um animal selvagem vivendo da caça, formando matilhas, se reproduzindo e cri-ando seus filhotes. Tal como o LOBO, o mais provável ancestral do cão doméstico. Para o lobo a agressividade é um componente chave de uma série de contextos. Quais são estes contextos? Lúdico o filhote apresenta muitas vezes, durante seu crescimento, comportamen-tos que para o proprietário, parecem ser agressivos. Na verdade tais comportamen-tos, na maioria das vezes está associado ao brincar de brigar que prepara o filhote para encontros agonísticos que estabelecem sua dominância ou submissão, configurando sua vida futura social.

Social Aqui a agressividade determi-na a hierarquia das relações através da dominância e da subordinação entre pares de indivíduos. Quando olhamos para a matilha como um todo observaremos que o resultado é uma hierarquia não linear de dominância. Uma vez que, para o cão, o homem e sua família passaram a ser membros da matilha, será com eles que estabelecerá a hierarquia por relações de dominância e subordinação.

AgreSSão CAninADe quem é a responsabilidade? Como evitar essas intecorrências?

Dr. Mauro Lantzman

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Quando olhamos para a matilha como um todo observaremos que o resultado é uma hierarquia não linear de dominância.Os cães com tendência dominante apresentam desde filhote sinais indicativos. Podemos preve-nir as conseqüências dessa natureza através da aplicação de testes e posterior direcionamento da educação do filhote.

A manifestação de agressividade por dominân-cia de cães em relação a pessoas pode ser vista no quadro posturas e sinais de dominância

Alimentar ou predatória: O cão é um animal onívoro que encontra seu alimento caçando, comendo carcaça de animais mortos ou buscan-do seu alimento onde quer que ele esteja, até mesmo no lixo.

Territorial este contexto diz respeito ao esta-belecimento dos espaços de ocupação do cão como indivíduo ou na matilha. Este espaço varia de acordo com as circunstancias. Por exemplo: mesmo quando um cão está passeando na rua uma área de aproximadamente um metro, um metro e meio ao seu redor ou ao redor dele e de seu dono podem ser considerados espaço territorial. de desenvolvimento

Canídeos silvestres ao apresentarem um com-portamento agressivo dentro do contexto social, procuram evitar encontros agonísticos reais. Para tanto desenvolveram uma série de sinais posturais e faciais que tem a finalidade de comu-nicar o estado interno motivacional e intenções. Desse modo asseguram posições de dominância ou submissão. Esses sinais representam uma evolução em direção ao estabelecimento da socialização e garantem a unidade da matilha. Não é absolutamente vantagem lutar e se ferir, muito menos morrer. As brigas, em canídeos sil-vestres, são rápidas, quando não ritualizadas, e terminam rapidamente quando um dos animais sinaliza submissão.

As raças caninas como são conhecidas por nos só vieram a se estabelecer de maneira organi-zada há aproximadamente 200 anos. Mas antes disso o homem já selecionava cães para funções específicas.

Cães de luta foram selecionados para atacarem rápida e inesperadamente sem aviso, terem um baixo limiar a estímulos que desencadeassem o ataque, alto limiar para dor (menor sensibilidade a dor), perderem o reconhecimento de sinais de submissão que interromperiam o ataque e finalmente foram muitas vezes selecionados para lutar até a morte. Assim é muito comum que pessoas atacadas por cães digam não ter visto nenhum aviso por parte do cão.

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/Comportamento

Cães de luta foram selecionados para atacarem rápida e inesperadamente sem aviso, terem um baixo limiar a estímulos que desencadeassem o ataque, alto limiar para dor (menor sensibilidade a dor), perderem o reconhecimento de sinais de submissão que interromperiam o ataque e fi nalmente foram muitas vezes selecionados para lutar até a morte. Assim é muito comum que pessoas atacadas por cães digam não ter visto nenhum aviso por parte do cão.

Cães de guarda foram selecionados para ma-nifestarem agressividade por dominância, uma vez que na matilha é o dominante que tem entre outras funções o papel de guarda do território e defesa dos membros da matilha. Para que o cão cumpra esta função deverá impedir que estranhos a família (matilha) se aproximem ou invadam seu território.

Cães de caça devem, dependendo da raça apre-sentar o comportamento de caça parcial, por exemplo apontar buscar ou acuar a caça.

Cães de pastoreio a semelhança dos cães de caça devem correr, cercar e direcionar o rebanho de acordo com as ordens do proprietário, mas não devem atacar e morder a presa.

Posturas ou sinais de agressividade ou ataque eminentePilo-ereção, mostrar os dentes, encarar de frente, abanar apenas a ponta da cauda, orelhas eretas ou completamente achatadas, orelhas eretas e para frente, cauda elevada, reta, contato visual prolongado.

Posturas ou sinais de dominânciaPerseguir os fi lhotes na ninhada,fi car de pé sobre o companheiro de ninhada, andar em círculos ao redor do companheiro de ninhada, ampurrar com ombro ou coxa, apoiar as patas de frente no dorso do companheiro, ataque: pescoço e face, urinar sobre um outro cão ou pessoa, rosnar, beliscar, morder, montar, fi car acima da pessoa, pedir carinho colocando a pata sobre a pessoa ou qualquer outro comporta-mento que desencadeie a resposta do proprie-tário, bloquear acesso: passagem de quarto, corredores, etc. guardar comida, brinquedos e não permitir que o dono pegue, impedir acesso a local de brincar ou fi ca.

estímulos que podem provocar agressãoMexer com ele: acordar, passar por perto, mandar sair do lugar, aproximar-se da comida, da pessoa favorita, de sua área de descanso, es-timulado por carinhos, carícias, colocar ou tirar a guia, ser encarado de frente, ser reprimido, ser escovado, cortar as unhas, banho e tosa, encon-tro em passagens estreitas, repressão física ou verbal, fi icar de pé ao lado ou sobre o animal.

intervençãoConscientização quamnto a gravidade do comportamento, identifi car situações que de-sencadeiam o comportamento, assumir atitude

dominante a partir da compreenção do compor-tamento canino, dessensibilização e/ou contra condicionamento, treino para obediência, a castração deve ser considerada, farmacológico: o uso de medicamentos isolados da modifi cação comportamental na maioria dos casos resulta em fracasso, vigilância continuada, cuidado não se exponha a riscos.

Bibliografi a

foX M.W. Behaviour of Wolves, dogs and related canids. new York: Harper & row Publishers, 1971

o’fArreLL, V. Manual of canine behaviour. 2 ed. – Cheltenham: BsAVA, 1992.132 p.

serPeL, J.: the domestic dog: its evolution, beha-viour and interaction with people. 2 ed. – Cambrid-ge: Cambridge university Press, 1997. 240 p

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Pet&Amigos/Comportamento

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Pet&Amigos/Dr. Kim/Petdicas

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.Gorro, casaquinho e, não raro, cachecol e meias! Se você acha que cobrir seu bicho das patas à

cabeça vai protegê-lo do frio, saiba que, além de deixá-lo desconfortável, isso pode ser um perigo e tanto

Chega o frio E aí, com a melhor das intenções ou, vamos ser francos, por puro exibicionismo, você resolve vestir o seu cão com roupas para dias de temperatura mínima, como se ele já não fosse munido por natureza de pelagem, curta ou longa, não importa. Antes de montar um guarda-roupa completo para o seu bicho passear nesta estação, alto lá. Bom senso, por favor, até por questões de saúde.

De acordo com Mario Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, muita gente peca pelo exagero quando resolve encapotar o pobre animal e faz de um passeio com o cachorro um desfile de modelitos fashion. Além de inútil, tanta roupa pode botar o cão em risco, alerta o veterinário. O cachecol, por exemplo, às vezes provoca acidentes quando ele, tentando se desvencilhar da peça, acaba se enforcando.

Cães de pelagem longa definitivamente não precisam de roupa

Dr. Kim A. Nicholas

nenhuma, por mais frio que esteja o clima. Os que estão acima do peso, mesmo que sejam de uma raça de pelagem curta, também não.

A própria gordura corporal já os deixa aquecidos, justifica o veterinário José Manuel Mourino, da Clínica Pet Place, em São Paulo. Se você teimar em agasalhar seu pet peludo ou gordo, só vai contribuir para uma bela hipertermia, quando a temperatura do corpo sobe além da conta.

As raças de pelo curto até podem aderir à moda, desde que você note que, de fato, seu cachorro sente frio (veja os sinais abaixo). No caso, escolha uma única peça e muito importante também observe se ela não tolhe os movimentos.

Aliás, o ideal é que o animal seja acostumado à novidade aos poucos. E, se perceber que não quer mesmo saber de sair vestido, o melhor é não insistir. Para alguns, o contato do tecido com o corpo pode provocar um coça-coça sem fim e até mesmo uma doença de pele, se houver predisposição. O que tem que prevalecer sempre é o conforto, conclui Mourino.

Não invente moda Tecidos sintéticos e de lã costumam causar alergias. Prefira os de algodão ou malha macia. Sapatos? Nem pensar! Além de

incômodos, fazem o cão perder o tato, que no caso é sentido principalmente por meio das patas.

Se o bicho é gordinho ou tem pelos longos, deixe as roupas de lado e, no máximo, providencie um edredom ou travesseiro, só para dar aconchego na hora da soneca em noites mais frias.

DOIS SINAIS DE FRIO

1. Ele tem ataques de tremedeira. 2. As orelhas e as patas ficam bem mais frias do que o normal.

Uma boa dica de leitura para aqueles que cobrem os seus bichinhos das patas à cabeça!

CaChorro Não preCisa de agasalho

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Pet&Amigos/Raças

Pet&Amigos / Dezembro de 2012 19Pet&Amigos / Dezembro de 2012 19

IrIsh Wolfhound

.Quando se fala em a maior raça de cães, já pensamos no dogue alemão, são bernardo...mas não!!!

A maior raça de cães do mundo é o Irish Wolfhound. Tá certo que a aparência não é das mais belas, mas é uma raça bem interessante de conhecer! Estes cãezinhos podem chegar até 2,30m de altura em pé, e 90 quilos!! A cor pode ser cinza, rajado, vermelho, preto, puro branco e castanho claro São cães muito dóceis, mas por causa do tamanho gigante precisam saber conviver com pessoas, ou seja, precisam ser adestrados. Quase não latem e são bem mansos. A raça é Lébreu, que caça pela visão. Era uma raça utilizada para caçar lobos. Eles precisam correr todos os dias para gastar energia. Na questão de despesas, você não vai gastar muito com ração, pois não comem muito, mas em compensação, um filhote da raça está custando em média R$ 8 mil!.

Curiosidade: Os machos não levantam a perna para fazer xixi, e as fêmeas só entram no cio 1 vez por ano, e não 2 como as outras raças.

A mAiOr rAçA dO mundO

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Pet&Amigos/Prêmio “Osso de ouro”

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Carli Davidson cria projeto em homenagem aos animais com deficiência.Conhecida por suas fotografias a premiada

fotógrafa Carli Davidson  demonstra que seu amor por fotografia nunca foi mais importante

que seu desejo em ajudar os animais. Ao unir suas duas paixões, Carli conta a história de animais dinâmicos e felizes através de suas lentes. Um desses bichinhos é Ramen Noodle (miojo em português), um cãozinho esperto e feliz que vive muito bem apenas com duas patas.

Ramen perdeu suas duas pernas dianteiras em dois acidentes separados, antes de completar dois anos de idade, resultado de maus tratos do antigo tutor. Sua atual tutora, Jamie, era assistente do veterinário de Ramen, quando ele perdeu a primeira perna. Após cuidar do cãozinho, ela resolveu adotá-lo.

Três semanas depois de perder sua segunda perna, Ramen estava correndo com as suas patas traseiras. Ele também tem uma cadeira de rodas para correr do lado de fora da casa, mas prefere caminhar sem ajuda.

Carli começou o projeto há dois anos quando ela caminhava pela praia no estado do Oregon. “Eu vi esse lindo cão em uma cadeira de rodas brincando com seu tutor. Ele parecia muito feliz, fazendo o que cachorros normalmente fazem, apesar de sua deficiência física. Eu me senti inspirada por essa cena. O tutor fez uma escolha por amor, ter um pouco mais de trabalho todo dia para ter certeza que seu amigo teria uma vida feliz e confortável.

Carli estava determinada a criar um projeto mostrando animais com deficiência como Ramen, para mostrar ao mundo que eles são felizes e ótimos companheiros. “Eles não são tristes, não estão com dor, e continuam a ter uma grande relação com seus tutores.”

Ramen é muito feliz, e parece completamente desinibido apesar de não possuir duas pernas. Ele corre, pula em cadeiras, e pega seus brinquedos sem qualquer problema. Jamie e Ramen são inseparáveis. Ele nunca sai de perto dela, e vai com ela para qualquer lugar, dentro de sua mochila.

Para conhecer o trabalho de Carli basta acessar  www.carlidavidson.com

“Eu espero que as pessoas aprendam um pouco

com a história vdestes animais, admirem a força

deles, através do senso de normalidade que as fotos e

as histórias retratam.”

Roberta Oliveira

Cão de duAs PAtAs insPirA fotógrAfA

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Pet&Amigos/”Prêmio osso de ouro”

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Pet&Amigos/É Pet, é fashion

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Pet&Amigos/É Pet, é fashion

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Pet Fashion Week tem desFile de moda e Produtos Para animais

.”Pets são os novos bebês deste milênio.” Assim justifica o empresário Mario DiFante a

criação da Pet Fashion Week, que ganha a primeira versão nacional nos dias 24 e 25 de abril, em São Paulo. Trata-se de uma feira de lançamentos que reúne empresas brasileiras e estrangeiras de roupas, acessórios e produtos para animais, com direito a desfiles como os das principais semanas de moda do mundo. Além de cores, modelos e detalhes, as marcas provam que assuntos como moda e luxo definitivamente fazem parte da vida dos animais. Roupas feitas com materiais antialérgicos e antitranspirantes, casacos de pele, coleiras de pérolas e até vinhoterapia estão entre os lançamentos, a maioria esmagadora para cachorros. A Pet Fashion Week é realizada há cinco anos em Nova York, nos Estados Unidos, e há dois em Tóquio, no Japão, países onde é fechada a profissionais do segmento pet mundial. Mas aqui no Brasil, a Aktuell, empresa que trouxe o evento, destinou um setor aberto ao público em geral e, o melhor, estão convidados os donos e os bichinhos também. Quem for ao evento

Uma boa dica de leitura para aqueles que cobrem os seus bichinhos das patas à cabeça!

Michelle Achkar

poderá conferir novidades em produtos, fazer compras numa pet store, desfrutar de momentos no café lounge e assistir ao desfile por meio de um telão. No espaço destinado a marcas e profissionais, cerca de 40 expositores lançam coleções como a Les Poochs (França), Manfred of Sweden (Suécia), Romy & Jacob (Canadá) e Ken Yoshitake (Japão). desfiles Nove marcas vão lançar coleções inspiradas no estilo das ruas de Nova York em dois desfiles no dia 24 de abril, um às 17h e outro às 20h, para convidados. Este último será beneficente, arrecadando doações para o Instituto Cão Guia Brasil, entidade sem fins lucrativos que treina cães brasileiros para serem doados como cães guias a pessoas portadoras de deficiência visual. O público poderá conferir a transmissão da edição da tarde por meio de telão instalado na área de visitação. As grifes são a peruana Alqo Wasi, a americana Bullyware, a argentina Margoff, as canadenses Hartman & Rose e Romy and Jacob e a sueca Manfred of Sweden. E as nacionais são: Empório Animal E Inés.

Além dos desfiles, a exposição “Looks Caninos por Grifes Brasileiras” mostra que os pets também são alvo de criações de estilistas como Glória Coelho. Competição de tosa e palestras sobre saúde e comportamento animal completam a programação da Pet Fashion Week. O mercado pet mundial cresce anualmente 12% e, de acordo com a Euromonitor International, movimenta cerca de US$ 65 bilhões. Só o Brasil, segundo colocado no ranking mundial deste segmento, movimenta mais de US$ 9 bilhões/ano entre alimentos, medicamentos, higiene, estética, centros de adestramentos e hotéis para atender seus 48 milhões de pets. Pet Fashion Week São Paulo - 24 e 25 de janeiro 2013, das 10h às 20h, WTC Golden Hall - Av. das Nações Unidas, 12559 - Brooklin Entrada: Profissionais - gratuito mediante cadastro com CNPJ pelo site do evento. Público - R$35 (permitida entrada de pets)

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Pet&Amigos/Infográfi co

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15 etAPAs PArA deiXAr suA CAsA MAis segurA segurA

1. ESPAÇO SUFICIENTEQuanto maior o cão , mais espaço ele necessita para se exercitar e gastar energia. Certifi que-se de que o espeço livre é sufi ciente quem mora em apartamento também não deve esquecer que passeios ao ar livre são essenciais.

2. ESCADASEvite expor o animal a escadas, principalmente se ele for mais velho. crie caminhos alternaticos ou adaptações com degraus mais curtos.

3. DESCANSO GARANTIDOÉ importante que o animal tenha um espaço reservado par dormir e descansar.

4. ELETRECIDADENão deixe fi os elétricos soltos e desencapados. Eles podem ser atrativos e acanar eletrocutando o bixinho.

5. ESCOVAÇÃOAlgumas raças de cães e gatos costumam soltar pelo. Para que a casa não vire um cobertor, crie o hábito de escovar os bichinhos diariamente.

6. OBJETOS PERIGOSOSDeixe objetos pequenos, como agulhas, linhas e botões, sempre dentro do armário para evitar que sejam ingeridos. A regra vale também para remédios, materiais de limpeza e venenos.

7. VISITA AO VETERINÁRIOAnimais que andam na rua ou têm contato com outros bicnhos precisam de maiores cuidados com a saúde. Leve-os frequentemente ao veterinário para ver se não estão com vermes ou pulgas.

8. GUARDE SUA COMIDAGuarde sempre os alimentos em armários ou na geladeira. Deixá-los sobre a mesa é um convite á bagunça . Além disso, os alimentos podem fazer mal aos pets.

09. JANELAS PROTEGIDASSe você mora em apartamento, proteja as janelas com telas para evitar quedas. Dependendo da altura, elas podem ser fatais.

Veja como deixar sua casa mais segura para seu animal de extimação em quinze etapas.

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10. HIGIENE ALIMENTARA tijela de comida deve ser lavada diariamente, para evitar o acúmulo de sujeira e a proliferação de bactérias e fungos. Além disso, ela não deve fi car no chão, mas em um suporte elevado para evitar que outos animais urinem no recipiente.

11. ATIVIDADE FÍSICATodo animal doméstico precisa de atividade física. No caso dos gatos, ofereça arranhadoes. Para os cães, dê brinquedos nos quais a comida fi ca escondida no interior. Isso ajuda a gastar energia.

12. LOCAL PARA O BANHEIRONão reserve locais próximos a máquina de lavar roupa ou outro equipamento que faça muito banhulho para o banheiro dos animais. Eles podem se assustar com o som e fazer suas necessidades no lugar errado.

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Alguns acontecimentos históricos

178 DCos cães descendem de lobos antigosEmbora a verdadeira origem dos cães domésticos é desconhecido há muitas teorias de como eles vieram a ser. É difícil saber a origem exacta por causa da variação dentro de cães domésticos, bem como a capacidade de diferentes espécies de caninos têm de cruzamento, tal como o dingo chacal, lobo e coiote.

872 DCPrimeiras evidências de domesticação do cãoFoi encontrado um cão enterrado com um ser humano, que datava de cerca de doze mil anos. Comprovou ser a mais antiga evidência da domesticação canina. Contudo, a análise de DNA nova sugere que a transformação dos lobos aos cães domésticos começou a ocorrer há 130.000 anos, isso mostra cães começaram a se adaptar à existência humana antes que os humanos se estabeleceram nas sociedades.

1863darwin cria uma teoria sobre a evolução dos cãesCharles Darwin acreditava que os cães domésticos se originou a partir de várias espécies diferentes de cães selvagens. Alguns também acreditaram que era através do cruzamento de espécies diferentes, o que explicaria como os cães são tão diversos.

1993Ciência prova que darwin estava erradoA ciência declarou que estudos genéticos do cachorro doméstico indicaram que ele compartilha mais de 99,8% de DNA mitocondrial com o lobo.

13. VENENO PARA INSETOSSe a casa passar por dedetização, seu animal de estimação deve fi car afastado por um dia, para não correr risco de intoxicação.

14. LIMPEZA DO AMBIENTEMantenha a casa limpa, mais não exagere. Desinfetar muito o ambiente pode afetar os animais. Produtos que contém hipoclorito de sódio, por exemplo, agridem o olfato dos bichinhos.

15. BRINQUEDOS PERIGOSOSNão deixe brinquedos pequenos e saquinhos plásticos ao alcance dos animais, pois eles podem engasgar ou engolir esse objeto

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doMinAr não É ser MAu, É ter o ControLe dA situAÇão

.Letícia – Como o senhor defi niria o seu método de

treinamento?

Cesar Millan – Não é um método – uso conceitos baseados em minhas próprias observações de uma vida toda cercado por cães. Por exemplo, de observar o comportamento das mães e os líderes da matilha em seu habitat natural. Mas você não pode usar nenhum método sem a confi ança, o respeito e a lealdade de seu cão. Sem isso, perde-se a mensagem do que faço. Existe uma razão pela qual eu não me considero um adestrador. Sinto que os humanos precisam entender 100% como ganhar a confi ança, o respeito e a lealdade de seus cães antes de ajudá-los ou condicioná-los.

O apresentador de “O Encantador de Cães” rebate às críticas ao seu método de adestramento e fala sobre seu novo livro que vai ensinar técnicas variadas.

Letícia Sorg

Letícia – Alguns memebros da comunidade científi ca estão questionando o conceito de

dominância, de “cachorro alfa”, que é central para o seu processo de treinamento. O que o senhor tem a dizer?

Millan – Isso é semântica. Desde que o mundo é mundo as pessoas concordam e

discordam. A mãe de uma alcateia tem que liderar. Isso signifi ca que ela protege, guia e tem a confi ança, o respeito e a lealdade do grupo. Essa é a defi nição de dominação. Não é uma palavra, é um sentimento. “Dominar” não é ser mau, é ter o controle da situação.

Letícia– Em alguns casos, o senhor usa a força física para afi rmar o seu domínio sobre os cães.

Algumas pessoas o criticam por isso, argumentando que nunca se deve usar de coerção com cães. O senhor concorda?

Millan – Meus métodos de correção imitam os comportamentos que os

cães têm com os outros em matilhas selvagens. O meu “toque” de correção foi criado para imitar o beliscão que a cadela dá em seu fi lhote quando discorda de seu comportamento. Meus métodos não têm a ver com força, têm a ver com autoridade e liderança. Não acredito que eles sejam o único meio de conseguir recuperar ou treinar um cão, mas funcionam para mim, e funcionaram para muitas outras pessoas também. Acredito que a violência nunca é uma ferramenta útil no adestramento. Você nunca deve gritar com o cão ou bater nele. Além de ser cruel, é prejudicial ao processo de treinamento. Nunca ajuda. Recomendo que as pessoas usem qualquer método com o qual se sintam mais confortáveis e com os quais atinjam seus objetivos de maneira humana.

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Letícia– Em alguns casos, o senhor usa a força física para afirmar o seu domínio sobre os cães. Algumas

pessoas o criticam por isso, argumen-tando que nunca se deve usar de coer-ção com cães. O senhor concorda?

Millan – Meus métodos de corre-ção imitam os comportamentos que os cães têm com os outros

em matilhas selvagens. O meu “toque” de correção foi criado para imitar o beliscão que a cadela dá em seu filhote quando discorda de seu comportamento. Meus métodos não têm a ver com força, têm a ver com autoridade e liderança. Não acredito que eles sejam o único meio de conseguir recuperar ou treinar um cão, mas funcionam para mim, e funcionaram para muitas outras pessoas também. Acredito que a violência nunca é uma ferramenta útil no adestramento. Você nunca deve gritar com o cão ou bater nele. Recomendo que as pessoas usem qualquer método com o qual se sintam mais confortáveis e com os quais atinjam seus objetivos de maneira humana.

Letícia– O senhor acha que é possí-vel treinar um cão usando apenas o reforço positivo?

Millan – Há muitas escolas de pensamento a respeito de que método gera os resultados mais

consistentes e confiáveis no treinamento canino. Alguns adestradores usam apenas técnicas baseadas em recompensas, en-quanto outros usam “punições positivas”, ou correções que usam um toque físico ou um som, para conseguir os resultados desejados. Eu pessoalmente não me vejo como um adestrador de cães. Adestra-mento é “vem”, “senta”, “fica”. Eu reabilito cães com problemas de comportamento e treino seus donos para se comunicar melhor com seus animais e entendê-los, para evitar problemas futuros. Há ele-mentos de adestramento nisso, mas são secundários ao meu objetivo. Se preciso mostrar a um cachorro a maneira correta de se comportar, eu o apresento à minha calma e submissa matilha. O melhor pro-fessor para um cão é outro cão.

Letícia – Em seu novo livro, Cesar’s rules: your way to train a well-behaved dog (“As regras de Ce-

sar: o seu jeito de treinar um cão bem comportado”), o senhor aborda outros métodos, como o reforço positivo, não apenas o da dominação. Por quê?

Millan – Os Cesar’s rules (“As regras de Cesar”), como o livro é intitulado, são uma questão de

encorajar o seu jeito. Há muitos métodos diferentes e quis falar de todos e dar a perspectiva de alguns dos melhores adestradores do mundo para que as pessoas tenham as ferramentas de que precisam para construir uma boa relação com seus cães. Mas a minha filosofia bá-sica foi e sempre será baseada em satisfa-zer a verdadeira natureza canina e prover ao animal um ambiente estável para que ele encontre seu próprio equilíbrio. Os cachorros querem estar em equilíbrio, querem uma liderança calma e assertiva. Dar esse tipo de ambiente aos meus cães e mostrar ao mundo como todos podem fazer o mesmo é o meu objetivo maior.

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Letícia – Muitas pessoas tratam seus cães como bebês e, por isso, tenham tanta aversão à ideia de

puni-los. O que o senhor acha disso?

Millan – As pessoas que huma-nizam os cães não entendem a psicologia deles como animais

que vivem em matilhas. Quase todos os problemas dos cães na sociedade moderna vêm de duas coisas: falta de exercício e falta de liderança. Além dis-so, especialmente nos Estados Unidos, os donos tendem a dar afeição, afeição, e mais afeição, quando o que o cão re-almente precisa é exercício, disciplina. Depois, afeição. O conselho que dou às pessoas começa com mostrar ao cão que elas são o líder da matilha. Então, elas devem tentar suprir as necessi-dades dos cães com exercício, andan-do com o cão da maneira correta, e praticando a disciplina – dando ao cão regras e limites.

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PET&AMIGOS Pet é tudo - 2012-2

Nos percorremos a web para encontrar os melhores escritores, especialistas, criadores e gurus do mundo animal, temos todos eles aqui.

EDITORProjeto Gráfico-editorial Felipe Genuino, [email protected] http://felipegenuino.com

COLABORADORESCarolina de Mello Matte Wagner Crispim Mattei Dr. Mauro Lantzman Roberta Oliveira

ASSESSORAMENTOProfessor Ildo Golfetto

Formato letter 21,59cm x 27,94cmFamilia tipográfica Myriad ProPapel capa reciclato, gramatura de 180 g/m2 Papel miolo reciclato, gramatura de 90g/m2

ENDEREÇO PARA CORRESPONDËNCIAREVISTA PET&AMIGO É EDITADA EM FLORIANÓPOLIS - SCRUA LUIS DELFINO 66, SALA 501 CEP 88103-500Telefone +55 (48) 99113048 Website www.peteamigos.com.br

Peridiodicidade da revista Pet&Amigos é mensal e publicada por MAÇÃ Editora e industria Ltda.

Esse trabalho é experimental, sem fins lucrativos e de caráter puramente acadêmico, desenvol-vido pelo(a) aluno(a) NOME como exercício de projeto editorial para a disciplina de Projeto Gráfico II do curso de Design Gráfico da Facul-dade Energia no semestre de 2012-2. Não será distribuído, tampouco comercializado.

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