24
REVISTA SP SINDLOC Ano XIX – Edição 173 - 2015 Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Renave chega em 2016 para facilitar transferência de carro usado Entrevista: Executivo de TI revela o conceito do Big Data Justiça já reconhece que locadoras não podem ser bitributadas nem responder por infrações cometidas pelos clientes Vitória do bom senso

REVISTA SINDLOCSP

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA

SPSINDLOCAno XIX – Edição 173 - 2015Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Renave chega em 2016 para facilitar transferência de carro usado

Entrevista: Executivo de TI revela o conceito do Big Data

Justiça já reconhece que locadoras não podem ser bitributadas nem responder por infrações cometidas pelos clientes

Vitória do bom senso

Page 2: REVISTA SINDLOCSP
Page 3: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 3

É lamentável e frustrante, triste até, termos de ocupar este espaço nobre para voltar ao tema da desgovernança nacional. Sim, um desgoverno que quer jogar a conta para a população ao propor o renascimento de um imposto sem nenhuma articulação políti-

ca para aprovar a medida. E também transforma ministérios em um autêntico loteamento.

Estamos no último bimestre de 2015 e ainda não vimos os tão propalados ajustes para o Brasil superar a crise econômica saírem do papel, ou melhor, passarem das promessas da atual gestão para a prática. Mas o que tem feito o governo federal para cortar na própria carne e reduzir os gastos?

Gasta verba publicitária para anunciar as conquistas sociais dos últimos 12 anos, na vã tentativa de convencer desesperançados brasileiros de que o governo sabe aplicar bem os milhões de tributos arrecadados. O número de ministérios diminuiu? Sim. Mas a que custo? Na base do toma lá, dá cá, prática duramente criticada pelo próprio partido da Presidência quando ainda não ocupava o Palácio do Planalto. Em prol de se sustentar no poder até o fim do mandato, tornou-se refém do aliado.

Distribuiu as cadeiras em interesse próprio, nomeando políticos inexperientes para ocu-par ministérios estratégicos. É o caso da Saúde. Sem jamais ter ocupado qualquer pasta, o recém-nomeado ministro Marcelo Castro não só insiste no erro de defender a volta da CPMF, como quer que o imposto seja permanente e bitributada.

E o que dizer do parcelamento do 13º salário? Nós, empresários de locação de veículos, geramos emprego e renda, fomentamos a economia do país. Em troca, pagamos tributos demais e recebemos serviços de menos. Alento, se há, vem da Justiça. Alguns pareceres têm sido favoráveis às locadoras, reconhecendo que o setor é penalizado indevidamente por conduta ilícita de terceiros.

Mais do que nunca, temos de nos unir. Fortes, podemos vencer as vicissitudes e mudar os rumos do país.

BASTA DE PALIATIVOS!É HORA DE AÇÕES COMPETENTES

ELADIO PANIAGUA JUNIORPresidente do Sindloc-SP

A Revista Sindloc SP é uma publicação mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Foto de capa: Istock

Presidente: Eladio Paniagua JuniorVice-presidente: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretoria: Jeronimo Muzetti, José Mario de Souza, Luiz Cabral, Paulo Miguel - Flavio Gerdulo, Luis Godas, Marcelo Fernandes, Paulo Bonilha Jr e Paulo Gaba JrProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Leandro LuizeRedação: Arthur Cagliari, Bete Hoppe, Dalton Almeida e Katia Simões Revisão: Júlio YamamotoDiagramação: Graziele Tomé - Eco Soluções em Conteúdo - www.ecoeditorial.com.br

EXPEDIENTE

EDITORIAL

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - [email protected]ão: Gráfica RevelaçãoTiragem: 5 mil exemplaresCirculação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastradosEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23Telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

Page 4: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 4

SUMÁRIO

Criação da primeira delegacia regional do Sindloc-SP marca encontro anual da diretoria em Barretos

06 EVENTO

Segplus lança no sindicato um novo produto: seguro ao segundo risco

12 LANÇAMENTO

Diretoria do Sindloc-SP prestigia a 43ª Abav Expo - Expo Internacional de Turismo, setor que prevê crescimento em 2016

10 RELACIONAMENTO

Lei do IPVA paulista: Fisco entende que não basta a propriedade ser em outro local, mas também o uso

16 TRIBUTOS

Renave: transferência eletrônica vai agilizar a venda de seminovos e usados a partir de março de 2016

14 MERCADO

Personalizar a frota agrega valor ao serviço da locadora, mas adesivagem requer atenção à legislação

18 ESPECIALISTA

Camilo Rubim: executivo fala sobre a tecnologia Big Data

08 PINGUE- PONGUE

20 APPAplicativos para busca de locadoras avisam sobre ofertas e promoções

Istco

k

Istco

kIst

cok

17 CARROOroch: primeira picape da Renault fabricada no Brasil chega ao mercado

Justiça reconhece que locadora não é responsável por conduta ilícita cometida pelo cliente

JURÍDICO11

Pesquisas de satisfação com equipe e clientes aumentam a produção e otimizam os negócios

ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL22

Page 5: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 5

NOTAS

A partir de janeiro de 2016, o espertinho que desrespeitar as vagas preferenciais destinadas a portadores de deficiên-cias em estacionamentos privados de uso coletivo de todo o país, como em aeroportos, shoppings e supermercados, esta-rá sujeito à multa de R$ 127,69, perda de 5 pontos na carteira de habilitação e remoção do veículo. A Lei federal nº 13.146, publicada no Diário Oficial da União em 31 de julho, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que passa a reger essas áreas. A legislação beneficiará também os idosos, mais propensos a desenvolver limitação física, mental, intelectual ou sensorial. O credenciamento dos usuários ficará a cargo dos órgãos pú-blicos, e a instalação das placas de sinalização e a pintura das vagas caberá aos estabelecimentos.

ABUSO

LEI REGULAMENTA VAGAS PREFERENCIAIS

Mais um motivo para as locadoras de veículos alertarem seus clientes a redobrar a atenção no trânsito de São Paulo. Além dos radares fixos e dos “marronzinhos”, agora temos os radares manuais, aumentou o efetivo de policiais militares autorizados a multar e, além disso, os agentes da Guarda Civil Municipal tam-bém foram autorizados a empunhar bloco e caneta para autuar os motoristas infratores. Como a regra é arrecadar, mensal-mente, o Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV) vem aumentando o contingente de profissionais para fiscalizar os carros na cidade, e realizarem as mesmas autuações que os agentes de trânsito. Olho vivo!

ALERTA

MULTAS POR TODOS OS LADOS

Projeto de Lei (PL) aprovado na Câmara dos Depu-tados em 1º de outubro prevê anistia das multas pela falta de extintor de incêndio veicular ou pelo prazo de validade vencido do acessório. Os valores pagos por essas infrações a partir de 1º de janeiro de 2015 serão ressarcidos e os motoristas não terão a pontu-ação correspondente computada na Carteira Nacio-nal de Habilitação (CNH). A proposta foi apresentada em 23 de setembro, depois da decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) de 17 de setembro, que extinguiu a obrigatoriedade do equipamento em veículos de passeio. De autoria do deputado federal Mendonça Filho (PMDB-RJ), o PL ainda depende dos votos do Senado para virar lei.

RESTITUIÇÃO

VALOR PAGO POR FALTA DE EXTINTOR

Istoc

k

Istoc

k

Page 6: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 6

FORÇA NO INTERIOREVENTO

Barretos e região ganham a primeira delegacia regional do Sindloc-SP

O Sindloc-SP realiza periodica-mente, no interior paulista, reunião com as locadoras da

região para prestigiar esses empresá-rios e fortalecer as bases da entida-de. Desta vez, o encontro ocorreu em Barretos, durante a tradicional Festa do Peão. Na oportunidade, foi promo-vida a solenidade de apresentação do primeiro delegado regional do sindica-to. O eleito foi Jerônimo Muzetti, sócio da locadora Panorama Veículos, dire-tor do sindicato e presidente do rodeio mais famoso do mundo, no qual tem militância há 28 anos.

Jerominho, como é chamado cari-nhosamente o novo delegado, se disse entusiasmado com a nova atribuição na região de Barretos. “Fiquei muito fe-liz com a lembrança do meu nome para desempenhar esta importante missão. Acredito poder dar a minha contribui-ção para o crescimento de nossa enti-dade na região”, comenta.

Coerente com as raízes do inte-rior, a cerimônia ocorreu dentro do Parque do Peão, na área reservada à tradicional Queima do Alho, com a presença de executivos das princi-pais montadoras de automóveis e diversas locadoras da região.

“Ele pertence à cidade, conhece e é bastante conhecido de todos e tem muita afinidade com a região, o que fa-cilita a articulação com o empresariado

local”, qualifica o presidente do sin-dicato, Eladio Paniagua Junior. “Além disso, é um associado antigo, sempre presente e atuante nos eventos e reu-niões do Sindloc-SP”, acrescenta.

Segundo Paniagua, a intenção de implantar delegacias regionais é an-tiga, com o intuito de arregimentar as locadoras do interior e aproxi-má-las das principais montadoras e fornecedores do setor. Para expan-dir a representatividade do sindicato em todo o estado, São Paulo foi di-vidido em macrorregiões. “Já elabo-ramos o mapeamento das regiões e, em breve, vamos nomear mais qua-tro delegados”, prevê.

SOLUÇÕES REGIONALIZADASOs delegados serão os represen-

tantes do Sindloc-SP e terão um papel importante na divulgação e no forta-lecimento da entidade. A eles cabe-

rá identificar as demandas e propor soluções para os problemas das em-presas locais. Além de estreitar os laços entre os associados e a matriz do Sindloc-SP, eles também deverão dar suporte institucional às ações promovidas pela entidade e promo-ver encontros de aproximação com as autoridades.

“Quanto mais representativa for nossa atuação no estado, mais fácil será a missão de mostrar a relevân-cia da nossa atividade para o cresci-mento do país, conquistar o respeito do poder público e privado e, conse-quentemente, alcançar avanços mais ambiciosos para todo nosso setor”, conclui Paniagua. Entusiasta da mili-tância associativa, Jerominho já pro-jeta recepcionar um número maior de locadoras e fornecedores do setor, no evento a ser realizado no próximo ano, durante a Festa do Peão. l

Page 7: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 7

COM VENDAS DIRETAS CHEVROLET, A SUA LOCADORA TEM MUITO MAIS BENEFÍCIOS:• MENOR CUSTO DE MANUTENÇÃO • MAIS DE 590 PONTOS DE VENDA NO BRASIL. A CHEVROLET PERTO DE VOCÊ

• MAIS NOVO E COMPLETO PORTFÓLIO DE CARROS DO PAÍS • PÓS-VENDAS COM ATENDIMENTO PREFERENCIAL • MELHOR VALOR DE REVENDA PARA MAIS INFORMAÇÕES, CONSULTE UMA CONCESSIONÁRIA CHEVROLET.

TRACKERCAPTIVACRUZE

SPIN

S10

ONIX PRISMA MONTANA

Todos juntos fazem um trânsito melhor.Os veículos Chevrolet estão em conformidade com o Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. www.chevrolet.com.br - SAC: 0800 702 4200 - Ouvidoria GMAC: 0800 722 6022

salle

sche

mis

tri

salle

sche

mis

tri

PENSANDO EM RENOVAR SUA FROTA? VENDAS DIRETAS CHEVROLET: A LINHA MAIS COMPLETA PARA SUA LOCADORA.

CONSULTE CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA CNPJ E FROTISTAS.

42853_005 An. Locadora CNPJ 21x28.indd 1 6/8/15 4:22 PM

Page 8: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 8

Qual é a melhor maneira de as empresas aproveitarem o grande volume de informações disponibilizado voluntária ou involuntariamente pelos clientes? Nesta entrevista exclusiva, o vice-presidente da área de vendas para a Divisão Automotiva da T-Systems do Brasil, membro do Management Board do Brasil e da Divisão Automotiva Global, Camilo Rubim, revela o verdadeiro conceito de Big Data e como as pequenas e médias empresas podem aperfeiçoar a gestão se souberem analisar os mais diversos tipos de informação. Confira.

UMA MINA DE OURO CHAMADA BIG DATA

sistema de Gestão de Relacionamento com Cliente (CRM), nota-se que muitas empresas dispõem de diferentes bases de dados de clientes. O desafio está na gestão e escolha de ferramenta adequada, na criação de uma forte governança e um banco de dados que consolide todas as demais informações, permitindo o acesso a todo histórico do cliente com um

PINGUE-PONGUE

COMO A GESTÃO DA INFORMAÇÃO PODE MELHORAR A PERFORMANCE DO SETOR DE LOCAÇÃO DE AUTOMÓVEIS?Caso a locadora já tenha implantado um ERP, as questões fiscais e contábeis não devem ser o ‘problema’. O diferencial é a fidelização do cliente. Na era da digitalização, tudo está mais acessível a todos. Olhando para um

QUEM: Camilo Rubim, executivoIDADE: 54 anosDESTAQUE: Vice-presidente da área de vendas para a Divisão Automotiva da T-Systems do Brasil, com formação em administração de empresas e especialização em TI, e membro do Management Board do Brasil e da Divisão Automotiva Global

Page 9: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 9

DE DADOS QUE AS EMPRESAS ARMAZENAM?Profissionais de tecnologia da informação já ouviram falar sobre o Big Data. É bom clarificar o conceito para os parceiros de negócios do setor de locação de automóveis, pois em pouco tempo eles também terão de lidar com ele.

ENTENDER O POTENCIAL DO BIG DATA PODE LEVAR AS EMPRESAS A UM NOVO PATAMAR?Sim, mas é preciso entender que o conceito de aplicação de Big Data observa três dimensões principais – volume (quantidade de dados), velocidade (rapidez em que um novo dado é armazenado) e variedade (tipo de dado, texto, desenho, foto, vídeo etc) – e duas secundárias: veracidade (confiabilidade do dado) e valor (benefício gerado pelo dado). Se volume, velocidade e variedade não estão combinados, não se pode aplicar o conceito. No setor de locação de automóveis, tecnologias de Big Data e Connected Car integradas podem aumentar o grau de fidelidade do cliente, mensurando até se ele está propenso ou não a mudar de locadora. Exemplo: os dispositivos de localização dos carros são oportunidade para extrair dados, entre eles o comportamento do usuário enquanto dirige. O GPS pode fornecer dados muito interessantes, como percursos rotineiros, estradas utilizadas, shoppings visitados, restaurantes etc. O que fazer com tantos dados? É aí que entram as soluções tecnológicas, como o Big Data.

É CARO IMPLANTAR UM SISTEMA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO BEM ALINHAVADO?

clique, como chamadas, contatos, mailings, ofertas, e-mails, notas fiscais, reclamações. É comum que os dados dos consumidores estejam espalhados e isolados pela empresa e redes sociais. Unificar e obter uma visão 360º é essencial para que o departamento de marketing gere leads para a área comercial.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEIS PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PME)?Há centenas de ferramentas de gestão da informação, especialmente softwares básicos para a gestão da empresa, como planejamento, desenvolvimento, logística, produção, vendas, distribuição, pós-vendas, além do controle financeiro e contábil e, ainda, recursos humanos. Dessa categoria podemos l istar ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento de Recursos Corporativos), SAP Business One, Oracle, Microsoft Dynamics AX (Axapta), IFS, Intelisis e Senior.

AS PMEs USAM A GESTÃO DA INFORMAÇÃO?Sobreviver em um mundo tão competitivo requer o uso da gestão da informação, para reduzir custos e tempo de operações, eliminar retrabalho, aumentar a competitividade e a eficiência do atendimento. No mercado, há soluções para cada tipo e porte de empresa. Até por força da legislação, as companhias são obrigadas a implantar soluções de emissão de nota fiscal eletrônica, SPED Fiscal e, agora, o eSocial. A era digital chegou para ficar. As corporações também se beneficiam das redes sociais e da mobilidade do uso de aplicativos.

NA PRÁTICA, O QUE JÁ SE EXTRAI DESSA GIGANTESCA QUANTIDADE

No setor de locação de automóveis, tecnologias de Big Data e Connected Car integradas podem aumentar o grau de fidelidade do cliente

Em geral, essa é a primeira pergunta dos executivos. O ERP é a principal ferramenta de gestão e deve ser considerada um investimento, não um custo. Alguns sistemas de gestão da informação podem trazer resultado (ROI - Return of Investments) no curto ou médio prazo. Recomenda-se desenvolver um Business Case, pois a seleção de qualquer sistema deve levar em conta vários passos e fatores, como avaliação de soluções, tecnologia apl icada, integração e re lac ionamento com outros sistemas, tempo de implantação, treinamento, documentação, modelo de manutenção, legislação e suporte contínuo. A empresa quer um produto que atenda 100% às suas necessidades, mas os sistemas de gestão têm características próprias.

QUAIS AS SOLUÇÕES PARA QUE AS LOCADORAS MELHOREM A PERFORMANCE NA VENDA E NO PÓS-VENDA?Uma solução de Business Intelligence (BI) tende a ser mais econômica, menos complexa e mais rápida de ser desenvolvida do que a de Big Data. De maneira geral, os ERPs apresentam soluções proprietárias de BI. Se a empresa possui uma suíte da Microsoft, Oracle, SAP ou Senior, recomenda-se desenvolver a BI na plataforma já existente, pois há um ganho significativo de rapidez, eficiência e integração dos dados. Essa ferramenta aprimora o gerenciamento do processo de pós-venda e, consequentemente, fideliza e satisfaz o cliente. l

Page 10: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 10

Setor de turismo prevê aumento das viagens nacionais no verão 2015/2016

RELACIONAMENTO

apresentaram as novidades e ante-ciparam as tendências que marcarão a retomada do crescimento do setor em 2016. O Sindloc-SP, represen-tado pelos membros da diretoria, Eladio Paniagua Junior, Luiz Cabral e Paulo Miguel Jr, acompanhou de perto toda a movimentação do se-tor. Confirmou, in loco, as perspecti-vas de uma mudança de cenário já no início do próximo ano, com a ex-pectativa do aumento das viagens nacionais no verão de 2015/2016, uma das fortes tendências aponta-das durante o encontro.

Líder mundial na geração de em-pregos, a indústria de viagens e tu-rismo – na qual se insere, também, o segmento de locação de automó-veis – cresce globalmente. “Turismo é emprego, é renda, é desenvolvimento sustentável”, afirmou Márcio Favilla, diretor da Organização Mundial do

Um retrato fiel de um setor que envolve 52 segmentos da eco-nomia, responde por 9,6% do

Produto Interno Bruto (PIB) do país e, só no Brasil, movimentou em 2014 nada menos do que R$ 492 bilhões, além de receber o investimento recorde de R$ 59,6 bilhões, de acordo com relatório divulgado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). Assim pode ser definida a 43ª edição da Abav Expo - Expo Internacional de Turismo, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de se-tembro, na capital paulista.

No total, participaram 3,5 mil mar-cas, expositores de 65 países, que

Turismo (OMT). “Não é uma atividade trivial e, sim, um instrumento valioso para o desenvolvimento.”

Para se ter uma ideia, em 2014 mais de 1,3 trilhão de pessoas via-jaram pelo mundo, e o turismo como um todo, incluindo a atividade inter-na dos países, movimentou mais de 6 trilhões de viajantes. “Pelo que re-presenta em termos sociais e econô-micos, o valor do turismo precisa ser reconhecido pelos governos."

A opinião é compartilhada por An-tonio Azevedo, presidente da Abav Nacional, segundo o qual a feira gerou boas oportunidades para a superação da crise instalada no país, por meio da união do setor, do aprimoramento da prestação de serviços ao viajante e da requalificação contínua de todos os elos da cadeia. Justamente para mos-trar quanto o segmento de locação está disposto a contribuir com a mudança do cenário econômico atual, várias empre-sas estiveram presentes com estandes na feira, entre elas Álamo, Avis Budget, Localiza, Unidas e Yes. l

DIRETORIA DO SINDLOC-SP MARCA PRESENÇA NA 43ª EDIÇÃO DA ABAV

A Abav em números41.095 visitantes profissionais

3.500 marcas expositoras

65 países presentes

1.245 hosted buyers

Page 11: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 11

JURÍDICO

suas atividades comerciais, não podendo ser responsabilizada pelo ilícito cometido pelo locatário ou seus prepostos”. No entender do magistrado, “não demonstrado o envolvimento da autora, proprietá-ria, no ilícito praticado, mostra-se descabida a aplicação da pena de perdimento do veículo”.

O desembargador federal acrescentou: “Restou evidenciada, na hi-pótese, a inadequação da citação por meio de edital porque era pos-sível a citação pessoal, resultando em prejuízo à regular defesa da autora, razão pela qual se impõe o reconhecimento da nulidade do processo administrativo que determina o perdimento de veículo uti-lizado no transporte irregular de mercadorias”. Uma vitória do bom senso, que, se criar jurisprudência, pode evitar muita dor de cabeça para todas as locadoras do país. l

Se o cliente que alugou o veículo come-te um crime, qual é a lógica de atribuir culpa às locadoras? O que parece óbvio,

porém, na prática vem gerando discussões acaloradas, e, não raramente, as empresas do setor têm sido penalizadas. Mas a decisão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, divulgada no portal Justiça em Foco, pode ser mais uma importante contribuição para reverter essa incoerência preconizada pela Súmula 492 do Supremo Tribunal Federal.

A sentença confirmou, por unanimidade, o juízo da 1ª Vara e do Juizado Especial Federal Adjunto da Subseção Judiciária de Pouso Ale-gre, em Minas Gerais, e condenou a União a indenizar a Car Rental System em R$ 30 mil. O órgão reconheceu que a locadora teve au-tomóvel apreendido indevidamente em razão de conduta ilícita do locatário.

PENA SEM CABIMENTOA locadora moveu ação para anular o Auto

de Infração e o Termo de Apreensão e Guarda de veículo locado a terceiro, que foi utilizado para o transporte de mercadorias provenien-tes do Paraguai.

Para a União, a legislação em vigor não exi-ge que fique demonstrado o envolvimento do proprietário do veículo na prática de ato ilícito para que se aplique a pena de perda do carro. Conforme alegou em sua apelação, “o Regu-lamento Aduaneiro não condiciona a aplica-ção da pena à comprovação de intenção do proprietário em lesar o Fisco ou proporciona-lidade entre o bem e a mercadoria ilicitamen-te introduzida no país”.

Mas os argumentos da União foram re-jeitados pelo colegiado. Em seu voto, o de-sembargador federal Kassio Nunes Marques explicou: “No caso presente, a documentação acostada aos autos demonstra que a autora locou o veículo em questão, como parte de

VITÓRIA DO BOM SENSOJustiça reconhece que locadora não é responsável por delito de condutor

Istoc

k

Page 12: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 12

Segplus anuncia novo produto para locadoras de veículos: seguro ao segundo risco a preço acessível

CARLOS FIGUEIREDO Proprietário do Grupo Segplus, empresa parceira do Sindloc-SP

LANÇAMENTO

em torno de R$ 500 ao ano por veí-culo, “proibitivo para a maioria das pe-quenas e médias empresas do setor”. O prejuízo pode ser considerável mesmo que o carro esteja segurado.

Atento a esse panorama, o Grupo Segplus firmou parceria com a Chubb, uma das maiores companhias mun-diais do gênero, que permite que as locadoras adquiram o seguro a segun-do risco por um valor mensal de R$ 6,50 por veículo. “É mais barato que uma paleta [picolé mexicano que virou moda no Brasil]”, brinca o empresário, que lançou o produto em primeira mão para os associados do Sindloc-SP, “pelo grande alcance do sindicato”. Os interessados podem ligar para a cen-tral (0800 201 3193 ou 21 3906 2765) para obter mais informações.

COBERTURA ESPECIALConforme o portal informativo da

Escola Nacional de Seguros, Tudo so-bre Seguros, o seguro de Responsabi-lidade Civil Facultativa de Veículos (RCF-V) cobre danos materiais ou corporais involuntários causados a terceiros pelo veículo segurado. Essa contratação fa-cultativa objetiva complementar o va-lor de eventual indenização paga pelo seguro obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) por danos cau-sados a outras pessoas.

Nas coberturas especiais, há cor-respondência entre cobertura e fran-quia. Em qualquer sinistro com danos a terceiros, o segurado responsabili-za-se pelos prejuízos até determina-do valor – a chamada franquia ou o primeiro risco. Cabe à seguradora a cobertura do segundo risco, que con-siste no pagamento da quantia que exceder a responsabilidade do segu-rado até o limite máximo de indeni-zação contratado. l

Muitos empresários de locação de automóveis já sofreram reveses em seus negócios

por causa de danos corporais a tercei-ros provocados por motoristas ao vo-lante de suas frotas. As cifras assus-tam. “Não é raro indenizações de R$ 1 milhão ou mais”, exemplifica Carlos Fi-

FROTA CADA VEZ MAIS PROTEGIDA

gueiredo, proprietário do Grupo Segplus, empresa parceira do Sindloc-SP.

Diante desse cenário, ganha força no país a demanda pelo seguro a segundo risco. Largamente aplicada pelas loca-doras atuantes nos Estados Unidos, a modalidade é recomendável quando há possibilidade de o sinistro superar a importância segurada na cobertura de primeiro risco, que normalmen-te fica entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. Trata-se de um seguro complementar ao de primeiro risco e que não envolve necessariamente a contratação de se-guro a primeiro risco.

Por ser uma cobertura que atende especificamente necessidades isola-das, torna-se ainda mais atrativa para as locadoras. O problema atual reside no alto custo. Segundo Figueiredo, o preço de seguro complementar gira

Istoc

k

Page 13: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 13

Page 14: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 14

MAIS SIMPLICIDADE NA VENDA DE SEMINOVOSEntenda o que será o Renave e seus impactos

Uma novidade anunciada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) tem causa-

do dúvidas entre os frotistas. Trata-se do Registro Nacional de Veículos em Estoque - Renave, uma ótima notícia para a redução de burocracias e cus-tos no universo dos negócios auto-motivos. Com previsão para vigorar a partir de março de 2016, a medida não vai causar impacto direto no setor de locação, pois afetará apenas as reven-dedoras de veículos novos. Para estas empresas, o resultado será muito mais simplicidade nas operações.

Apresentada no 1º Encontro Es-tratégico das Lideranças do Setor Automotivo, em São Paulo, reali-zado pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Associação Nacional dos Fa-bricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automo-tores (Fenabrave) e Federação Na-cional das Associações dos Reven-dedores de Veículos Automotores (Fenauto), a novidade foi anunciada pelos ministros Gilberto Kassab, das Cidades; e Guilherme Afif Do-

Istoc

kMERCADO

mingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com o objetivo de simplificar o cotidiano das re-vendedoras, além de ampliar a se-gurança aos usuários.

“Sabemos que a cadeia produtiva vinculada ao mundo do automóvel pode ser desburocratizada, facilitan-do a vida do consumidor e a de quem produz. O Renave só foi possível por-que há integração entre o governo fe-deral e a iniciativa privada”, explicou Kassab durante o anúncio.

Na prática, o Renave é um módulo eletrônico que extinguirá a exigên-

Page 15: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 15

cia de um livro físico de registro, pois viabilizará a escrituração eletrônica de movimento de entrada e saída de veículos em lojas de revenda de auto-móveis. Com ele, a compra do usado passará a ser registrada como “veículo em estoque”, sem demandar a custo-sa rotina de fazê-lo presencialmente, em cartório, a transferência de pro-priedade de cada veículo comprado e refazer o processo ao vendê-lo.

Menos burocracia significa um au-mento da segurança jurídica para as empresas, ao permitir ainda o aper-feiçoamento da fiscalização e do controle pelos órgãos de trânsito, além da eliminação de problemas como o extravio de documentos. Já o cidadão conviverá com a oficiali-zação do negócio no ato da celebra-ção, possíveis reduções de gastos e a certeza de que não será respon-sabilizado por eventuais multas ou ocorrências após a entrega do veí-culo (exceto, no caso de consigna-ção, quando esse risco só deixa de existir quando o automóvel é efeti-vamente vendido a um terceiro).

“Estamos eliminando os registros físicos e partindo para um registro único, eletrônico, que passa a ser

feito no ato da venda. Além da facili-dade, o sistema garante a segurança de quem está vendendo e das opera-ções da empresa que está adquirin-do o veículo”, destacou Afif Domin-gos. Segundo ele, a diminuição de custos burocráticos por veículo é es-timada em R$ 980, o que significará mais de R$ 6 bilhões economizados anualmente. A emissão de uma nota fiscal eletrônica de entrada será o suficiente para informar tanto a Re-ceita Federal como o Denatran que o carro está estocado em pátios das lojas. Para comunicar a venda, bas-tará emitir outra nota de venda.

Para Luiz Moan, presidente da An-favea, a tendência será o repasse da economia aos clientes. “Toda redu-ção de custo, em um mercado alta-mente competitivo como o nosso, é retransmitida ao consumidor", enfa-tizou durante o anúncio. A intenção do governo é que em breve o sistema também alcance a venda de veículos novos, ampliando a integração entre nota fiscal eletrônica e Renavam, para oferecer às secretarias de Fa-zenda uma base de dados, em tempo real, com as informações dos veícu-los emplacados.

FORMALIZAÇÃO E DÚVIDASApesar de todos os aspectos posi-

tivos, na opinião de Marcelo Araújo, advogado especialista do Sindloc-SP, o governo, mais do que inovar, ainda corre atrás do mercado. “O Renave é uma tentativa de referendar uma prá-tica que já é comum no comércio de veículos, especialmente entre os mo-delos de alto giro – aqueles vendidos em menos de 30 dias e que tendem a ser transferidos diretamente ao novo comprador –, pelos quais são emitidas notas de compra e venda sem acarre-tar problemas tributários”, avalia.

Embora o Detran preveja o início e funcionamento do Renave apenas em março do próximo ano, o órgão ainda precisa editar a norma regula-mentando as especificações técnicas do sistema e tirar algumas dúvidas, como as levantadas por Marcelo Araújo. Tais dúvidas não foram res-pondidas pelo Denatran até o fecha-mento desta edição.

n 1. O RENAVE SERIA ALGO INTER-MEDIÁRIO ENTRE HAVER OU NÃO REGISTRO DA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE PARA A REVENDA?

n 2. A REVENDA PODERIA FAZER UM FINANCIAMENTO DANDO O VEÍCULO EM ESTOQUE COMO GARANTIA PARA SEU GIRO DIÁRIO?

n 3. SE A REVENDA RECEBER UM VEÍ-CULO COM FINANCIAMENTO PENDEN-TE DE QUITAÇÃO (COM DÍVIDA), ELA PODERÁ COLOCAR NO RENAVE?

n 4. A ADESÃO SERÁ OBRIGATÓRIA OU FACULTATIVA?

Não há dúvida de que medidas como esta sejam um caminho efetivo para acabar com desperdícios e burocra-cias. Todas as partes ganham: estado, empresas e população. l

“Sabemos que a cadeia produtiva vinculada ao mundo do automóvel pode ser desburocratizada, facilitando a vida do consumidor e a de quem produz. O Renave só foi possível porque há integração entre o governo federal e a iniciativa privada"

MARCELO JOSÉ ARAÚJOAdvogado e assessor do Sindloc-SP para questões de trânsito

Page 16: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 16

LOCADORAS NA LUTA PELO FIM DA GUERRA FISCAL

TRIBUTOS

Embora a constitucionalidade da lei do IPVA paulista seja questionável, decisões têm sido desfavoráveis às locadoras de automóveis

Em 2007, a Secretaria da Fazenda do governo do Es-tado de São Paulo criou as operações Rosa Negra e De Olho na Placa a fim de evitar que veículos em circula-

ção pelo estado de São Paulo efetuassem o pagamento do IPVA em outros estados. A alíquota do imposto, que é esta-dual, pode variar de uma região para outra. A diferença de valor leva algumas locadoras com filiais em vários estados a registrar e licenciar os veículos em praças onde o tributo é mais barato, realocando-os posteriormente para circular em outras localidades.

Para evitar essas ocorrências, em 2008 o estado de São Paulo criou a chamada lei do IPVA paulista. De acordo com essa legislação, o imposto deveria ser pago para o estado em que o veículo fosse utilizado. Muitos casos foram para decisão da Justiça. “O governo paulista alega que os estados onde o veículo transita e onde a propriedade do carro foi re-gistrada são diversos”, explica o advogado Ricardo Martins. Porém, ele lembra que essa leitura pode ser inconstitucional. “Querem tributar o uso e não a propriedade do veículo. Mas, para conseguirem isso, seria preciso alterar a Constituição. Caso contrário, não seria válido”, ressalta.

Embora identifique a inconstitucionalidade do IPVA pau-lista, Martins lembra que até há pareceres favoráveis, mas ainda a maioria das decisões tem sido desfavorável às em-presas locadoras. “O Fisco entende que não basta a proprie-dade ser em outro local, mas também o uso.”

Segundo Luiz Carlos Lang, da Caiena Locadora, é possível evitar que as notificações evoluam para autuações ainda na fase administrativa. Basta que, ao receber a notificação do Fisco, o locador justifique o motivo de ter veículos licencia-dos em outro estado em sua frota, de forma clara e objeti-

Istoc

k

va. “Os carros podem estar ali em razão de uma reunião ou estão circulando por um tempo determinado, com contrato provisório, porque fazem parte de um lote de veículos que a locadora aguarda receber”, exemplifica.

Pela lei antiga, das 170 ações fiscais que tramitam na Jus-tiça, 100 autuações já foram anuladas porque prescreveram, pois o Estado tem cinco anos para executar a multa. “Há de-cisões favoráveis às locadoras, sim, porque há grupos no Tri-bunal de Justiça do Estado de São Paulo que já reconhecem que a lei não é totalmente constitucional”, avalia o empresário.

O Sindloc-SP está realizando um mapeamento das em-presas com processos referentes às operações De Olho na Placa e Rosa Negra, como forma de orientar essas locadoras. “Se você tem processos dessa natureza, informe a entida-de para que possamos indicar formas de encaminhamento”, comenta o diretor Luiz Cabral.

ALÍQUOTAS NIVELADASAtualmente, a alíquota mais alta do IPVA é a de São Paulo,

que varia de 1,5% a 4%. As menores são as do Tocantins e do Rio Grande do Sul, ambas entre 1% e 3%. Para tentar diminuir a guerra fiscal, aventou-se, inclusive, a possibilidade de um IPVA nacional. “Não me assustaria se essa ideia caísse por terra, mas teria de ser algo mais forte do que uma simples lei ordinária de abrangência nacional”, avalia o advogado Eduardo Gioielli. “Teria de ser algo mais elaborado, como uma emenda constitucional, o que penso ser praticamente impossível.”

Para Gioielli, alíquotas uniformizadas nos estados podem estimular um nivelamento dos valores. “Acredito que já esteja ocorrendo uma aproximação, o que, de certa forma, poderia diminuir as disputas fiscais”, diz o advogado. l

Page 17: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 17

CARRO

Duster Oroch: robustez de picape com conforto e espaço interno de SUV

PARA TERRA E ASFALTO

Lançada no Salão do Automóvel de Buenos Aires (Argentina) e apresentada em pri-meira mão às locadoras no último jantar-palestra do Sindloc-SP, a nova Duster Oroch é a primeira picape da história da Renault. Fabricada no Brasil, alia a versatilidade de

uma picape com o conforto e espaço interno de um SUV. A suspensão traseira indepen-dente Multilink, derivada do Duster 4x4, proporciona conforto, dirigibilidade e adapta-se a qualquer tipo de terreno. Alta, com pneus de uso misto e bom ângulo de entrada, encara o asfalto e a terra. Na fase de desenvolvimento, o modelo rodou 720 mil quilômetros em diversos terrenos na França, Argentina e Brasil e passou por uma bateria de 4.800 testes.

A Oroch cresceu 150 mm de entre-eixos e 360 mm no comprimento em relação ao Duster, comporta cinco pessoas confortavelmente, e as janelas nas quatro portas abrem, algo inédito no segmento. A caçamba suporta até 650 kg, peso superior ao das picapes compactas médias no mercado. Outra novidade, opcional, é o extensor, que amplia sua área útil. O comprimento diagonal chega a 2 metros e 300 litros extras, espaço suficiente para transportar uma moto. O sistema de sensores de estacionamento traseiro, com aviso sonoro, facilita manobrar em va-gas apertadas. De série, vem equipada com protetor de caçamba, oito anéis de fixação e porta que fecha com chave – a capota marítima, que cobre completamente a caçamba, também é opcional. Acoplado na parte de baixo da carroceria, o estepe não toma espaço da carga.

KIT AVENTUREIROAs linhas do carro que sairá da fábrica de São José dos Pinhais (PR) têm a assinatura do Tech-

nocentre da montadora na França, em parceria com o Renault Design América Latina (RDAL), o único estúdio de design da Renault, no continente americano, localizado na capital paulista. O visual é inspirado no show car Duster Oroch, apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo do ano passado. Além de GPS integrado, o sistema Media Nav Evolution 2.0 permite gravar as estações de rádio favoritas, acessar Facebook e Twitter e tem uma função semelhante ao aplicativo Waze, que “analisa” o trânsito e indica a melhor rota.

A nova Duster Oroch será vendida em três versões, com dois motores flex – 1.6 16 V de 110/115 cv e 2.0 16 V de 143/148 cv – e uma opção de câmbio manual. Uma das versões poderá contar com o kit aventureiro, com molduras na carroceria e proteção frontal, entre ou-tros atrativos. Em 2016, muitos apostam que virão o câmbio automático e a versão 4x4. l

RAIO XMOTOR: 4 cc em linha, 16 válvulas

TRAÇÃO: dianteira 4x2

POTÊNCIA: 110 cv (gasolina) / 115 cv (etanol) – 5.750 rpm

TORQUE: 15,1 kgfm (gasolina) / 15,9 kgfm (etanol) – 3.750 rpm

SUSPENSÃO: MacPherson (dianteira); Multilink independente e MacPherson (traseira)

FREIOS: disco ventilado (dianteiros) e tambor (traseiros)

DIREÇÃO: hidráulica, com diâmetro de giro de 10,7 m

DIMENSÕES: 4,693 m de comprimento; 1,821 m de largura; 1,695 m de altura; 2,829 m de entre-eixos

ALIMENTAÇÃO: injeção eletrônica multiponto sequencial

Page 18: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 18

ESPECIALISTA

Adesivar a frota é uma forma de per-sonalizar os automóveis e de agregar valor aos serviços das locadoras. Po-

rém, a mudança das características originais dos veículos requer muita atenção, já que o Código de Trânsito Brasileiro prevê penali-dades aos proprietários que alterarem seus carros e não notificarem o Departamento de Trânsito (Detran).

Um cuidado especial deve ser reservado às mudanças na cor dos carros. De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Con-tran), na Resolução 292, de 2008, as altera-ções de cor de um automóvel serão “aque-las realizadas com pintura ou adesivamento em área superior a 50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas”.

DE OLHO NA ARTE DE ADESIVAR CARROS

Locadoras podem optar por adesivos permanentes ou pelos imantados, mas devem ter atenção às regras do Conselho Nacional de Trânsito

“Se, com o adesivo, o proprietário modificar apenas a cor do capô do veículo ou somente a do teto, não é necessário realizar o registro no Detran nem mesmo solicitar autori-zação prévia, pois ainda será possí-vel identificar a cor predominante do automóvel”, reitera a advogada cível Veridiana Teodoro.

Caso o adesivo ultrapasse a área de 50%, é necessário uma autorização prévia do Detran e a expedição de um novo Certificado de Registro de Veí-culo (CRV). A taxa para a emissão de um novo documento, atualmente, é de R$ 163,63 (caso o licenciamento do ano em curso já tenha sido reali-zado) ou de R$ 235,88 (para aqueles que ainda não licenciaram o veículo).

ADESIVO IMANTADOPara as locadoras que querem evi-

tar tais burocracias e que também não pretendem mudar definitiva-mente as propriedades do automóvel há uma alternativa: o adesivo iman-tado. Como um ímã de geladeira, o material, além de se fixar facilmente no automóvel, pode ser retirado a qualquer momento, sem que o pro-duto ou a pintura sejam danificados.

O trabalho é muito similar ao de um adesivo comum. Mas, em vez de colar o adesivo diretamente na lata-ria do carro, utiliza-se uma manta de ímã para aplicá-lo. Posteriormente, a mesma pode ser sobreposta à lataria.

Como explica Renato Wanderley, da Mult Visual, “o adesivo imantado tem diversas espessuras. Os produ-tos mais finos são mais moldáveis, mas a capacidade de aderência não é muito grande. Assim, é recomendá-vel usar a manta mais grossa. Porém, por não ser tão flexível, deve ser apli-cada em superfícies planas”. l

Istoc

k

Page 19: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 19

Page 20: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 20

APP

Para competir com os aplicativos que compartilham informações sobre o mercado de prestação de serviços, muitas empresas de locação de veículos

estão investindo em apps próprios para celular. É uma forma prática e econômica de agilizar o atendimento e facilitar a vida do cliente, ganhando pontos com a clien-tela e atraindo novos consumidores.

Uma das mais atuais e populares ferramentas de pes-quisa de viagens para dispositivos móveis é o Kayak, com cerca de 35 milhões de usuários no mundo – a empre-sa afirma que processa mais de 1 bilhão de pesquisas de viagem por ano. O aplicativo de busca compara preços de hotéis, voos e aluguel de veículos em centenas de sites nacionais e internacionais. Gratuito, está disponível para as plataformas Android e iOS (http://www.kayak.com.br/).

Basta selecionar a cidade e a data de retirada e devolu-ção do veículo. A partir daí, o aplicativo lista as locadoras disponíveis, organizadas pelo menor preço. Pode-se refi-nar a busca, por exemplo, pela categoria do carro (econô-mico, compacto, mini, médio, minivan, van de passageiro, premium, picape, luxo, SUV, standard), pelo tipo (duas ou quatro portas, manual ou automático, ar-condicionado, diesel) ou pelo local em que deseja retirar o automóvel.

O aplicativo também é capaz de memorizar as pre-ferências do usuário e enviar mensagem sempre que surgirem ofertas pontuais. Outra vantagem é a função

NA PONTA DO DEDOAplicativos comparam locadoras de veículos nos cinco continentes

MyTrips, que permite armazenar todas as informações do roteiro em uma única tela.

Para não ter surpresas desagradáveis, o fundador do iPadDicas e Viagens Dicas, André Darugna, sugere es-colher uma classe de carro um pouco superior, pois a maioria das locações se dá pela categoria e não há cer-teza do que se está alugando sem a especificação do modelo. Assim, evita-se o risco de faltar porta-malas e sobrar bagagem.

Similar ao Kayak, o Skyscanner (http://www.skys-canner.com.br/) também exibe as melhores ofertas de aluguel de carros com base no destino e nas datas de retirada e entrega. A ferramenta relaciona os preços em mais de mil locadoras no mundo e permite filtrar a pesquisa pelo tipo de automóvel, combustível e carac-terísticas de preferência do cliente. Contudo, a grande vantagem é ocupar quase metade do espaço no celular: 15,6 megabytes (MB), contra 30 MB do concorrente. l

Istoc

k

Page 21: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 21

Credenciamento de oficinas e concessionárias

em todo o Brasil

Avaliação e composição de

orçamentos

Gestão deSinistros

Gerenciamento damanutenção mecânica,

funilaria, pinturae preventiva

Gestão da documentação

Central de atendimento

Vistorias (gerais ou de devoluções),

check list e fotos

Desmobilizaçãode frota

Consulte a Personal Car e veja como sua locadora pode se �ene�ciar.

Av. Guilherme Cotching, 985, São Paulo/ SP 1° andar - CEP: 02113-013

ATUAÇÃO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL!

CONHEÇA ALGUNS SERVIÇOS:

@

PERSONAL CAR

Empresa especializada em gerenciar frotas automotivas para locadoras e empresas em geral.

Mais de 40 anos de experiência oferecendo trabalho de qualidade, aliando redução de custos com a excelência dos serviços prestados.

Conte com uma empresa especializada em gestão de frotas, com

estrutura completa e equipe com mais de �� pro�ssionais capacitados para administrar as demandas dos

veículos da sua locadora.

SOLUÇÕES PARA LOCADORAS

(11) 3129-4567 [email protected]

www.personalcarfrota.com.br

(opção 1)

Page 22: REVISTA SINDLOCSP

REVISTA SINDLOC 22

EQUIPE E CLIENTES SATISFEITOS

ALEXANDRA FABRI, consultora em gestão de pessoas e comportamento humano na Adriano Fabri & Consultores Associados

ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL

1IEXISTE UMA FÓRMULA OU FREQUÊNCIA IDEAL PARA AVALIAR A MOTIVAÇÃO DA EQUIPE?

Uma das formas de avaliar a motivação da equipe é elaborar e aplicar uma pesquisa de cli-ma organizacional. Esse instrumento é bastante eficiente para compreender como os colaborado-res estão enxergando o processo de trabalho, os relacionamentos, a comunicação, remuneração, as lideranças, enfim, os fatores essenciais que podem afetar diretamente a motivação de cada um. Recomenda-se uma pesquisa anual e deve-se evitar sua aplicação em cenários de crise ou mudanças, que naturalmente alteram o clima. É importante salientar que há outras formas para auxiliar os gestores a acompanhar a motivação de sua equipe. São elas: observações e conver-sas informais com seus subordinados, reuniões, café com gestores, campanhas ou programas de sugestões, nos quais o colaborador é incentivado a apresentar suas ideias.

2IHÁ MAIS DE UM ANO TENTO MEDIR A SA-TISFAÇÃO DO CLIENTE POR MEIO DE UM

QUESTIONÁRIO SIMPLES E CURTO. MAS NEM 1% SE DISPÕE A RESPONDER. QUAL SERIA O MÉTODO DE AVALIAÇÃO MAIS EFICAZ?

Em uma época na qual as pessoas parecem correr contra o tempo, é preciso compreender que elas priorizarão tarefas e atividades em que, de alguma forma, vislumbrem retorno, ganho ou necessidade. Assim, considerando o tempo es-casso e o fato de que a maioria das pessoas não gosta de responder pesquisas, o ideal é tornar atrativo e vantajoso esse processo de colher do cliente sua opinião, para medir sua real satisfa-ção sobre a empresa e seus serviços. Vale des-tacar que, quando a pesquisa não exige a identi-ficação, o volume de respostas também é maior.

Pesquisas de satisfação são ótimas ferramentas para melhorar a qualidade do serviço

Istoc

k

Mas outras estratégias podem auxiliar a despertar o interesse, como oferta de descontos, presentes ou promoções específicas para quem participar. Um cuidado que se deve tomar é a conscien-tização desse cliente sobre a importância de sua resposta para a melhoria do atendimento e dos serviços. Além disso, é necessário garantir que ele receba a informação sobre as melhorias implan-tadas após a apuração dos resultados levantados. Isso dará credi-bilidade à pesquisa e o ajudará a compreender que a opinião dele realmente pode fazer a diferença. l

Page 23: REVISTA SINDLOCSP
Page 24: REVISTA SINDLOCSP

Job: 2015-Fiat-Varejo-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 35487-006-Fiat-ADP-AnNovaStrada2016-Frente-Sindloc-21x28_pag001.pdfRegistro: 169953 -- Data: 09:56:17 30/06/2015