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Serviços Ambientais Governo paga pela proteção Pág. 10 e 11 Amigo do Carroceiro Programa do CAV é premiado Pág. 15 Projeto Óleo Exemplo vem da coleta Pág. 8 R$ 7,90 A REVISTA Margem Limpa “Adotando o meio ambiente por inteiro” 8 anos C O M V O C Ê E O M E I O A M B I E N T E Ação de limpeza ameniza a poluição do Rio Carahá

Revista Vida e Natureza

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Edição 162

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Page 1: Revista Vida e Natureza

Serviços Ambientais Governo paga pela proteção Pág. 10 e 11

Amigo do CarroceiroPrograma do CAV é premiado Pág. 15

Projeto ÓleoExemplo vem da coleta Pág. 8

R$ 7,90

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Margem Limpa

“Adotando o meio ambiente por inteiro” 8anos

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Ação de limpeza ameniza a poluição do Rio Carahá

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ContatoRua: Presidente Roosevelt, 344Centro – CEP: 88.504 – 020Lages – Santa CatarinaFone: (49) 9148-4045E-mail: [email protected]

Diretor GeralPaulo Chagas Vargas

Consultoria AmbientalBióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas

Jornalista ResponsávelBetina Pinto - Reg. SC 01940 - JP

Diagramação e Projeto GráficoRevista Vida & Natureza - Caroline Colombo A. Costa

Tiragem e Impressão2.000 exemplaresGráfica Tipotil

9 | PROTEÇÃO DE NASCENTESRelatório apresenta evolução

6 | LIXO ELETRÔNICOOportunidade para o descarte correto

17 | MUTIRÃO DE CASTRAÇÃOQuase 300 cães e gatos são castrados durante mutirão

“A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.

Índice

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EDIÇÃO 162 | ANO 09 LAGES, SANTA CATARINA - BRASIL CRÉDITO CAPA: PAULO CHAGAS

13 | GRUPO GARISVoluntários dedicados à natureza

Expediente

Visão“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.

Missão“Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.

16 | EMPRESA JUNIORAcadêmicos prestam serviços

12 | FESTIVAL DOS PAPAGAIOSUrupema será sede do evento

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Paulo Chagas

Estou tentando lembrar qual foi até agora o maior feito na área ambiental, em Santa Catarina,

por parte do atual governo. Tem, a bem da verdade, a promessa de investir fortemente no quesito saneamento básico. O Governo, de certa forma, não responde com a mesma eficiência que tem demonstrado em outros segmentos, as questões ambientais. A Revista Vida e Natureza já publicou, inclusive, reportagem a respeito, dando conta de que o Estado tem apenas 12% do seu território com esgoto tratado. Muito pouco. Fica a expectativa de que a informação sobre R$ 1,2 bilhão em investimentos somente em esgotos sanitários e tratamento de água, se concretizem até 2017, o que pode ampliar para 45% a cobertura do saneamento básico.

De resto, quase não se ouve notícias. A Secretaria de Desenvolvimento Sustentável,

tirando também a parte tocante às cisternas implantadas no Oeste do Estado, para a captação e armazenamento de água, pouco ou quase nada tem feito. Mal percebem que até mesmo a economia está bastante atrelada às responsabilidades ambientais. Não se admite mais, em tempos de hoje, a ausência direta dos administradores.

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Nacionalmente, o descaso, por exemplo, com o desmatamento no Brasil, é escandaloso. Com o

passar do tempo, a devastação pode ser vista e sentida. São muitos motivos que influenciam o desmatamento: urbanização descontrolada, agropecuária, crescimento industrial e comércio de madeira. Porém, as consequências da falta de planejamento sustentável podem custar caro. A floresta amazônica é a que mais padece, com as constantes queimadas, o comércio ilegal de madeira, o contrabando e caça de animais, tudo contribui para uma crescente diminuição da cobertura vegetal amazônica e prejudica até o clima.

Por fim, voltando aos interesses da comunidade catarinense, tirando as ações isoladas das entidades,

empresas, universidades e escolas, entre outras pessoas ligadas às pastas de agricultura e meio ambiente, dentro dos municípios, nada mais pode ser ressaltado em favor da natureza no Estado.

Muito pouco

PALAVRA DO EDITOR

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Menos lixo no Rio Carahá

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Exemplos de cidadania

O objetivo da ação é contar com a colaboração da própria comunida-de para realizar o recolhimento de

resíduos sólidos das margens do rio Carahá. A concentração ocorreu no estacionamento do Fórum Nereu Ramos e o grupo foi dividido em quatro equipes. “Duas ficaram responsáveis pela ala Sul do rio e as outras duas pela ala Norte”, explicou o secretário de Meio Ambien-te, Mushue Hampel.

Mesmo com a chuva que insistia em cair no sábado pela manhã, o trabalho dos voluntários prosse-

guiu. Foram distribuídos 2.500 kits educativos – panfletos e sacos de lixo para automóveis. “A ação vai além do gesto de retirar o lixo da margem do rio. O Margem Limpa visa cons-cientização e formação de cidadãos respon-sáveis e preocupados com o meio ambiente, por isso há a participação de famílias no mo-vimento. São exemplos de cidadania repassa-dos de pai para filho”, diz Hampel.

Mesmo com a chuva que insistiu em cair no sábado da ação, o trabalho dosvoluntários prosseguiu

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• O Rio Carahá corta a área central de Lages, na Serra Catarinense. Descaracterizado pela poluição da água, anual-mente uma ação é feita para a retirada do lixo acumulado nas margens.

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Trabalho que faz a diferença

Entre os participantes estavam estudantes universitários, inte-grantes da Polícia Ambiental e

do grupo de escoteiros e comunidade em geral. De acordo com Paulo Roberto de Souza, um dos coordenadores do grupo de escoteiros Heliodoro Muniz, cerca de 30 integrantes do grupo participaram volunta-riamente da ação.

Entre eles estavam os denomina-dos lobinhos (crianças de 6 a 10 anos), escoteiros (crianças entre

11 e 14 anos) e os escoteiros do grupo sênior (acima de 15 anos). “Nossa missão visa à limpeza do meio ambiente. E traba-lhos como esse incentivam para que, desde pequenos, os escoteiros aprendam a res-peitar e cuidar do meio ambiente. Trabalha-mos com a ideia de deixar o lugar mais lim-po do que encontramos e deixar somente o nosso próprio rastro”, assegura.

A ação, nominada de Margem Lim-pa, conta com o envolvimento de várias pessoas, ligadas a en-

tidades ou não. A ação só não foi comple-ta devido ao mau tempo. Mas, o trabalho dos voluntários serviu, mais uma vez como exemplo. Na ocasião, mais de 120 pesso-as participaram daquela que foi a terceira edição do projeto Margem Limpa. Na ação da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos, em parceria com a Secretaria Mu-nicipal de Águas e Saneamento (Semasa) e outros órgãos e instituições, foi recolhida aproximadamente 1,5 tonelada de lixo das margens do Carahá. A ação realizada no sábado (21) também marcou a importância e conscientização sobre o uso racional da água, em alusão ao Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março.

Cerca de 20 instituições se fizeram presentes na operação e o pre-feito interino Toni Duarte esteve

no local acompanhando o trabalho dos vo-

luntários. “O envolvimento das pessoas na operação Margem Limpa destaca a vontade do lageano em viver em uma cidade bem cuidada, com ambiente limpo e agradável. Por outro lado, o prefeito destacou a neces-sidade do trabalho de desassoreamento do rio Carahá. “Tendo em vista o grande volume de terra acumulado em toda a extensão do rio, solicitei, junto aos técnicos da prefeitura, um levantamento para a execução do traba-lho com o pessoal e maquinário da própria prefeitura. Verificaremos se as máquinas da prefeitura são suficientes ou se precisare-mos licitar a obra”, relata.

“A limpeza do Carahá, que corta a região central de Lages, colabora com a beleza do entorno do rio.

A água, infelizmente, está completamente poluída.”

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A iniciativa da Secretaria de Meio ambiente e Serviços Públicos para o recolhi-

mento e destinação correta do lixo eletrônico mobilizou a comunidade dos dois bairros mais populosos do município. No sábado (21), morado-res do Santa Helena e do Guarujá puderam descartar os materiais ele-trônicos que não possuem serven-tia, de forma correta. A campanha de recolhimento de materiais eletrô-nicos é uma novidade no município, uma vez que, nas últimas edições do Margem Limpa, foram encontra-dos vários eletrônicos jogados nas margens do rio Carahá.

A coleta aconteceu no perío-do da tarde e os moradores entenderam a proposta da

secretaria. “Recolhemos uma média de 200 volumes de lixo eletrônico,

entre eles aparelhos de TV, rádio, secadores de cabelo, celulares, com-putadores pilhas e lâmpadas”, expli-ca o secretário MushueHampel. Os caminhões passaram por todas as ruas dos bairros durante a tarde de sábado e todo o lixo recolhido será encaminhado à empresa Eco Cen-tro Sul, licenciada pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para dar des-tinação correta aos resíduos.

Houve a sensibilização das pessoas, que aprovaram a iniciativa e fizeram sua

parte. “Esses equipamentos são al-tamente nocivos ao meio ambiente quando não têm destinação correta. Nosso trabalho, além de realizar o recolhimento, é informar as pessoas sobre os riscos que eles trazem. As-sim o descarte no meio ambiente se torna menor”, enfatiza o secretário.

• O lixo eletrônico também teve uma operação especial para o recolhimento em Lages. O trabalho vai prosseguir ao longo do ano

Lixo eletrônico descartado de maneira correta

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Ponto de coleta permanente

Quem passava pela rua Recife, no Santa Helena, se surpreendia com a

quantidade de eletrônicos em frente à residência do empresário Alcenir José Balbinoti. Ele trabalha no con-serto dos equipamentos e muitas vezes as pessoas levam o material, mas não retornam para buscá-lo, o que gera acúmulo em seu ambien-te de trabalho. “Fiquei sabendo da campanha e aproveitei para me livrar de mais de 30 equipamentos entre aparelhos de som e TV, que estavam ocupando espaço”, afirma.

O projeto terá continuidade ao longo do ano, em par-ceria com o Recicla CDL,

contemplando outros bairros. Um ponto de coleta de materiais eletrôni-cos funciona de forma permanente no Terminal Rodoviário Dom Honorato Piazera, na avenida Dom Pedro II.

Um ponto de coleta funciona deforma permanente no Terminal Rodoviário Dom Honorato Piazera

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Neste ano novo convite será feito às demais escolas

• Lages tem 17 pontos de coleta, distribuídos em escolas de todas as regiões da cidade.

O Projeto Óleo, elaborado e desenvolvido pelo gru-po Garis, com participa-

ção das Secretarias Municipais de Educação e do Meio Ambiente, tem como objetivo informar e conscien-tizar a população sobre a correta destinação do óleo de cozinha usado e os impactos ambientais que este causa. Como forma de disseminar a ideia e colocar em prática a ação, vá-rias escolas municipais e estaduais atuam como pontos de coleta.

Os números comprovam que o projeto deu certo e está cumprindo sua meta,

que é conscientizar e evitar que um litro de óleo usado contamine milha-res de litros de água potável. O desa-fio a partir de agora é ampliar o pro-jeto e contar com a participação de outras escolas e instituições. Lages tem 17 pontos de coleta, distribuídos em todas as regiões da cidade. Entre os anos 2013 e 2014 foram coleta-dos aproximadamente 6.600 litros de óleo, que deixaram de ser jogados no meio ambiente.

Toda a comunidade, alu-nos e seus familiares depositam seus resíduos

nos recipientes preparados para receber o material nas escolas. A cada litro de óleo recolhido, a uni-dade escolar recebe R$ 0,20. O material é entregue para a empresa Duramais, licenciada para realizar este trabalho, para que dê o destino correto ao resíduo. No fim de cada semestre as instituições fazem o le-vantamento de quantos litros enca-minharam à empresa e recebem o valor devido, que será investido em materiais para as escolas.

Projeto Óleo apresenta bons resultados

EXEMPLO AMBIENTAL

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O valor pode ser irrisório, mas o objetivo maior é tornar crianças e adoles-

centes mais conscientes sobre seus deveres em favor do meio ambiente “E isso está sendo alcançado”, co-menta KátjaVolkert, responsável pela educação ambiental da Secretaria de Educação. Para ela, as crianças estão cada vez mais conscientes da importância de trazer o óleo que tenha destinação correta e acabam influenciando seus familiares e, con-sequentemente, toda a comunidade.

Neste ano um novo convite será feito às demais esco-las. “São mudanças lentas

e gradativas, mas com grandes re-sultados. A educação ambiental não pode ser verticalizada. São bons exemplos que irão mudar a consciên-cia dos demais”, comenta Humberto Aloísio de Oliveira, gerente da Gerên-cia Regional de Educação (Gered).

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Seminário RegionalPromovido pelo Instituto das Águas e

Biodiversidade da Serra Catarinense – IABio da Uniplac o seminário regional vai acontecer

no dia 30 de junho no auditório Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Uniplac. Serão

tratados temas de interesse dos gestores municipais, técnicos, professores relacionados à estruturação e planejamento da atuação das secretárias de agricultura e meio ambiente dos

municípios. Como a avaliação dos projetos desenvolvidos nos municípios da região e a

implantação da política nacional de Resíduos Sólidos “Lei nº 12.305/10”.

Desmatamento INo Brasil, água e eletricidade seguem

unidas, assim, dois anos de chuvas escassas deixaram dezenas de milhões de pessoas à beira do racionamento hídrico e energético,

fortalecendo os argumentos contra o desmatamento da Amazônia. Dois terços

da energia elétrica nacional provêm de rios represados, cujos fluxos baixaram a níveis alarmantes. A crise reativou preocupações

sobre a mudança climática, a necessidade de reflorestar as margens fluviais e novas teses

sobre o sistema elétrico. O pensamento é diversificar as fontes e reduzir a dependência

de centrais hidrelétricas e termoelétricas movidas por combustíveis fósseis, para

enfrentar eventos extremos do clima que são cada vez mais frequentes

Desmatamento IIA Amazônia já tem 47% de sua floresta

impactada, somando o corte total que chega a quase 20% e a degradação. Isso favorece

os incêndios. Antes não penetravam em áreas úmidas de florestas ainda verdes, agora

penetram, avançam floresta adentro, queimando imensas extensões. As árvores amazônicas não têm tolerância ao fogo, ao contrário das

existentes na ecorregião do Cerrado, adaptadas a incêndios periódicos. As florestas amazônicas

demoram séculos para se recompor. A temeridade é de que o desmatamento esteja

afetando o clima sul-americano, inclusive tirando chuvas do sudeste brasileiro, a região mais

povoada e que mais eletricidade gera no país.

DE OLHO NO AMBIENTE

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O Consórcio Serra Ca-tarinense (Cisama)

tem realizado suces-sivas reuniões com entidades e secretários de agricultura da região para desenvolver o cro-nograma da Semana do Meio Ambiente. Ainda serão oficiali-

zados os municípios que querem realizar o evento de forma integrada.

A equipe responsável receberá uma planilha e um resumo dos projetos de educação ambiental que se tem conhecimento na

região. “A ideia é que os outros municípios implantem e ajudem a fortalecer esses projetos já existentes”

informa Selênio Sartori, diretor executivo do Cisama.

O município de Lages, representado pelo Se-cretário Meio de Ambiente Hampel Mushue,

foi o primeiro a entregar o cronograma, que tem como tema “Questões de Solos”. As reuniões

servem também para troca de informações para so-cialização das diversas atividades que já aconteceram

durante a semana do meio ambiente ano passado.

O prazo final para entrega dos projetos é 24 de abril e a expectativa é que a cada ano novos

municípios estejam participando. Em 2014 foram oito municípios participantes e nesse ano Bocaina

do Sul e São José do Cerrito aderiram ao evento.

A semana do meio ambiente acontece de primei-ro a 7 de junho, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente comemorado em 05 de junho.

Semana do Meio Ambiente

Reuniões na Amures

encaminham programa de

participação dos municípios

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Concluído o relatório de recuperação de nascentes

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• O relatório é composto por quase 300 páginas e contém em detalhes a evolução dos projetos desenvolvidos nos municípios

O presidente da Amures VânioForster entregou re-centemente ao supervisor

de Operação da Tractebel Energia Co-Geração Lages, José Luiz dos Santos Dutra o relatório de presta-ção de contas de um projeto de recu-peração de nascentes executado em parceria entre as duas instituições. O documento será apresentado tam-bém Ministério Público por se tratar de uma ação que objetivou a me-lhoria na quantidade e qualidade da água para agroindústrias familiares.

O relatório de quase 300 páginas é fruto de um ano de atividades a

campo pela equipe de geoproces-samento da Amures. “O que é in-teressante é que este projeto de recuperação de áreas de preserva-ção permanente iniciou com meu antecessor na presidência da Amu-res e confio que meu sucessor dará continuidade, por se tratar de uma ação que envolve as prefeituras, a Udesc, a iniciativa privada e a co-munidade”, comentou Forster.

O projeto piloto atendeu as expectativas dos proprie-tários de agroindústrias

familiares para que as atividades produtivas sejam sustentáveis. Na agroindústria Arruda, em Painel foi recuperada uma área de mais de 4.500 metros quadrados. Em Campo Belo do Sul, na comunidade dos Mo-tas uma área de 7 mil metros quadra-dos. Na Agroindústria Segredo em Lages, uma área de mais de 8,2 mil metros quadrados e na localidade Raitz em Cerro Negro, uma área de 3,4 mil metros quadrados.

Além do cercamento de nascentes de água e plantio de espécies nati-

vas, foram implantados sistemas de proteção de nascentes (caxambu), pré-filtro, decantador, filtro lento e reservatório. O que explicou o coor-denador-executivo do projeto, enge-nheiro florestal André Bortolotto Buck é que este trabalho de proteção de nascentes tem de ser intensificado nas bacias hidrográficas, especial-mente na bacia do rio Caveiras.

Parceria exitosa

O supervisor de Operação Tractebel elogiou o alcan-ce do projeto e observou

que não se trata apenas uma ação em defesa do meio ambiente. Está sendo beneficiada com este projeto a cadeia produtiva das agroindús-trias familiares, que terão água de qualidade e em quantidade. Somos gratos por esta parceria com a Amu-res”, declarou, José Luiz dos Santos Dutra.

O diretor-executivo do Ci-sama Selênio Sartori, a secretária-executiva da

Amures Iraci Vieira de Souza e o téc-nico de utilidades da Tractebel Gio-vani Soares acompanharam a apre-sentação do relatório do projeto que certamente deverá ser multiplicado em outras agroindústrias da Serra Catarinense.

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Santa Catarina paga por Serviços Ambientais

Chapecó - O Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) dos Corredores Ecológicos está sendo

implementado pela Fundação de Meio Ambiente – FATMA, em parceria com a EPAGRI e Secre-taria de Estado do Desenvolvimento Econômi-co Sustentável - SDS, no âmbito do Programa Santa Catarina Rural. Serviços ambientais são os benefícios que as pessoas obtêm do funcio-namento dos ecossistemas e incluem: a provi-são de água, de frutos e sementes, o controle de enchentes e secas, a ciclagem de nutrientes, o controle da erosão do solo e de pragas à agri-cultura, a manutenção da qualidade do ar e de hábitat para a biodiversidade, a polinização, en-tre vários outros.

A compensação ou o pagamento pela provisão desses serviços pode ser fei-ta por meio de apoio financeiro, técni-

co ou de infraestrutura, dependendo do tipo de programa de PSA e do financiador. No âmbito do Programa SC Rural, no PSA dos Corredores Ecológicos Chapecó e Timbó, é destinado apoio financeiro a proprietários rurais que mantêm florestas nativas conservadas em suas proprie-dades ou que se dispõe a recuperar áreas de-gradadas. A ideia é que os proprietários rurais que participam do Programa sejam premiados por contribuírem com a manutenção destes ser-viços ambientais. Esta é uma ação de conser-vação ambiental inovadora que já é praticada em outros países, a exemplo da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, onde a companhia de abastecimento de água paga proprietários rurais para conservarem e recuperarem suas matas ciliares e em troca obtêm água limpa e economi-zam milhões de dólares no sistema de tratamen-to e abastecimento público.

• O pagamento envolve os serviços ambientais de famílias que protegem o ecossistema em corredores ecológicos, a conservação de florestas nativas, entre outros fatores em SC

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Caso dos corredores ecológicos

No caso dos Corredores Ecológicos foram es-tabelecidas áreas prioritárias para conser-vação e recuperação florestal com base em

diversos estudos técnicos, que foram desenvolvidos pela FATMA entre os anos de 2007 e 2009. Os pro-prietários que residem em áreas que são importantes para aumentar a conectividade entre remanescentes florestais estão sendo priorizados na primeira etapa do Programa de PSA.

Desde março de 2014, esses proprietários vêm sendo cadastrados pelas facilitadoras do Programa de PSA, com o intuito de dar início

aos primeiros pagamentos e ações de conservação e recuperação florestal nas propriedades rurais dos Cor-redores Ecológicos Chapecó e Timbó. Até o presente momento, as propriedades cadastradas receberam visi-tas das facilitadoras contratadas pela FATMA e de gru-pos de técnicos para vistoria. Desta forma, inicialmente foram contempladas 06 (seis) propriedades rurais, sen-do que os três primeiros pagamentos por serviços am-bientais foram realizados para agricultores familiares do

município de Bela Vista do Toldo, localizado no Corredor Ecológico Tim-bó, garantido a conser-vação da biodiversidade em 9 (nove) hectares de Floresta com Arau-cárias. Atualmente já estão em processo de vistoria mais 20 proprie-dades rurais. A meta do Programa SC Rural é a conservação de aproxi-madamente 1.000 hec-tares de áreas naturais.

Em março de 2015 foram re-alizados mais

três pagamentos para agricultores familiares de assentamentos da Refor-ma Agrária do município de Passos Maia, localiza-do no Corredor Ecológico Chapecó, o que acarre-tou na conservação de mais 7 (sete) hectares de mata nativa. Nesta região, o Programa tam-bém contou com o apoio da COOPTRASC (Coo-perativa dos Trabalhado-res da Reforma Agrária de Santa Catarina) e da APREMAVI (Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida) na divulgação e identificação dos proprietários rurais.

Como é feito o cálculo

Para o cálculo do valor do PSA, no âmbito do Programa SC Rural, é utilizada uma metodolo-gia adaptada da Fundação Grupo Boticário de

Proteção à Natureza, que possui Termo de Cooperação Técnica com a SDS. A metodologia adaptada leva em consideração além da qualidade ambiental das áreas naturais, aspectos relacionados com o uso e a gestão da propriedade rural. Cada proprietário será beneficiado com no mínimo R$ 87,50 e no máximo R$ 350,00, por hectare, por ano, limitados a uma área de até 3 (três) hectares, e renováveis por até três anos. Para ter acesso aos recursos, os proprietários deverão preencher uma manifestação de interesse com dados básicos da pro-priedade e área natural. Estão sendo priorizadas proprie-dades que possuem áreas naturais excedentes às áreas de preservação permanente - APP e reserva legal - RL em áreas de relevância ambiental dentro dos Corredores Ecológicos.

Os Corredores Ecológicos Chapecó e Timbó localizam-se nas Bacias Hidrográficas dos rios Chapecó e Timbó, no Oeste e Planalto

Norte do estado. A área, que soma 10 mil km² em 34 municípios, corresponde a 10,7% da área do território catarinense. O objetivo dos Corredores Ecológicos é unir a conservação da natureza ao desenvolvimento local e regional, integrando o desenvolvimento econômico à conservação da biodiversidade. Um importante diferen-cial é que para a criação dos Corredores Ecológicos não foi necessário desapropriar terras privadas, nem trans-formá-las em Unidades de Conservação, uma vez que a participação nas ações de implementação é totalmente voluntária.

Outra ações implementadas

Além do Pagamento por Serviços Ambientais, estão sendo realizadas diversas ações para a implementação dos Corredores, a exemplo

do Sistema de Integração Econômico-Ecológica – SIEE onde são incentivadas práticas agrícolas conservacionis-tas. Atualmente já são aproximadamente 80 proprieda-des rurais integradas no SIEE. No Corredor Ecológico Chapecó estão sendo trabalhadas 13 propriedades em Ipuaçu, 2 em Xanxerê; 13 em Vargeão, 5 em Passos Maia, 1 em Bom Jesus, 3 em Faxinal; 8 em Lajeado Grande; 3 em São Domingos. No Corredor Ecológico Timbó estão sendo trabalhadas aproximadamente 5 pro-priedades em Canoinhas, 8 em Lebon Regis, 10 em Tim-bó Grande, 3 em Bela Vista do Toldo, 3 em Santa Cecília e 6 em Irineópolis.

Os sistemas trabalhados variam entre pecuária leiteira, sistemas agroflorestais e horticultura em bases agroecológicas. Em quase todas

as propriedades trabalhadas também tem sido acessa-dos recursos para melhorias ambientais. A meta no pro-grama SC Rural é de 200 propriedades que servirão de modelo para que os demais proprietários dos Corredores Ecológicos possam aderir ao sistema, melhorando a ren-tabilidade e qualidade de vida ao mesmo tempo realiza-ção a conservação ambiental.

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Palestrantes confirmados para os festivais:

Dia 01/05/2015 – Sexta-feira

Eduardo Sobânia – turis-mólogo – Palestra “Potencial turístico da Serra Catarinense”;

Tietta Pivatto - bióloga, especialista em ecologia e em ecoturismo, mestre em meio-am-biente e desenvolvimento - Mini-curso “Infraestrutura para Turis-mo de Observação de Aves”;

Dia 02/05/2015 – Sábado

Equipe de Pesquisadores do Projeto Charão AMA/UPF - Palestra sobre Papagaio-charão e Papagaio-de-peito-roxo;

Ligia Jahn – Mantenedoura de fauna e coordenadora do Re-fúgio das Aves - Palestra “Somos Todos Responsáveis”;

Eduardo Carrano – Ornitólogo, professor da PUCPR – Palestra “Aves da Floresta com Araucárias”;

Juan Pablo Culasso – Palestra “Sons Invisíveis”;

Elenise Sipinski – Coordenadora do projeto papagaio-de-cara-roxa – Palestra “Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa”;

Tieta Pivatto - Bióloga, especialista em ecologia e em ecoturismo, mestre em meio-ambiente e desenvolvimento - palestra “Passarinhoterapia”;

Wilton Carlos Cordeiro – Professor do IFSC – Oficina “Harmonizando vinho tinto de altitude com prato típico serrano” (das 18 às 20:00h - turma limitada a 30 participantes – inscrição antecipada ao custo de R$ 25,00 por pessoa);

03/05/2015 – Domingo

Mario Vicenzi – Engenheiro agrônomo, Mestre em Forragei-ras e professor aposentado da UFSC – Palestra “Campo Nativo: um ecossistema produtivo pouco valorizado”;

Flávio Zanette – Professor Sênior do programa de pós-gra-duação em produção vegetal da UFPR – Palestra “Araucária Angustifolia, uma freira nativa que pode ser enxertada”;

Rafael Kamke - Biólogo, mestre em botânica, pesquisador e gerente do Centro de Econo-mia Verde da Fundação CERTI - Palestra “Araucaria+: produção sustentável de erva-mate e pi-nhão gerando aumento de renda e conservação da natureza”;

José Luiz Marcon Filho - Engenheiro agrônomo - palestra “Vitivinicultura de Altitude: reali-dade e perspectivas”.

O município de Urupema sediará o IV Festival do Papagaio-Charão e o II

Festival do Papagaio-de-Peito-Roxo. O evento vai acontecer entre os dias 1º e 3 de maio de 2015. Os festivais são realizados pelo Instituto de Pes-quisas de Aplicação Ambiental e Cul-tural (IPAC), em parceria da Prefeitura Municipal, Instituto Federal de Santa Catarina – Campus Urupema (IF-SC) e Conselho Municipal de Turismo.

O objetivo do evento é fo-mentar o turismo com um foco específico na

observação de aves, sendo que o status de conservação do Pa-pagaio Charão (Amazona Pretrei) e Papagaio-de-peito-roxo, é o de que ambos estão ameaçados de extinção. As aves migram anual-mente para Serra buscando os re-manescentes de pinheiro brasileiro para se alimentar.

Por sua vez, o Município de Urupema centraliza uma significativa quanti-

dade de floresta com araucárias, e, por isso as revoadas no período de março a julho são constantes na cidade. E por esta razão os vi-sitantes procuram acompanhar de perto não só os papagaios, mas também participar de uma progra-mação vasta a respeito da conser-vação das aves.

Papagaios sob o olhar dos observadores

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Voluntários pela responsabilidade ambiental• O Grupo Garis, atua de forma capaz de construir um melhor futuro à natureza.

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Há alguns anos, a partir da iniciativa do promotor de Justiça do Ministério Públi-

co, Renne Cardoso Braga, em apenas algumas reuniões, se formou o Grupo Garis, composto por membros da so-ciedade civil e integrantes de diversos órgãos governamentais. O Grupo não é vinculado a qualquer instituição, e atua de maneira independente, e

sempre aberto ao ingresso de novos participantes. Regularmente realiza reuniões, em que são avaliados os projetos executados e ainda discute novas proposições.

O importante é que o Grupo Garis está atuando através de uma união informal dos

mais diversos interessados em buscar conjuntamente, a construção de um fu-

turo melhor para Lages e região, foca-dos no meio ambiente ecologicamente equilibrado; no desenvolvimento sus-tentável e, especialmente, na imple-mentação de uma política de resíduos sólidos eficiente. Entre os projetos em desenvolvimento, e que estão bas-tante avançados, encontram-se os de Compostagem Orgânica e o de Coleta de Óleo de Cozinha.

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• Conselheiros se reúnem uma vez por mês para discussões e deliberações

O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), em Lages

(SC), é vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos. Atua como conselho deliberativo e seus integrantes se reúnem uma vez por mês, para um debate sobre instruções normativas para o muni-cípio, ou seja, situações referentes à preservação do meio ambiente e gerenciamento de um fundo do meio ambiente, que também é vinculado a ele. Nas pautas podem aprovar re-cursos para desenvolver projetos de educação ambiental.

O Comdema foi instituído no município em 1986 atra-vés da Lei número 1051.

Atualmente conta com 22 integrantes, podendo ser ampliado para até 30.A maioria dos membros já trabalha em instituições com atividades voltadas ao meio ambiente, inclusive, de en-sino e órgãos públicos. O regimento interno preconiza as eleições de dois em dois anos, sendo prorrogado por igual período, ou seja, os conselheiros podem permanecer até quatro anos no Comdema. As próprias instituições indicam novos integrantes.

As reuniões

As reuniões quase sempre acontecem na primeira quinta-feira de cada mês, e

com a participação efetiva dos conse-lheiros. Para 2015, um dos assuntos que deverá entrar em pauta, deverá tratar da renovação do regimento in-terno do Comdema. Enquanto isso, o

Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente

COMDEMA

que já está praticamente definido, é o investimento através do Fundo de Meio Ambiente, na compra dos equi-pamentos e móveis para o Centro Ad-ministrativo do Parque Natural Munici-pal João José Teodoro da Costa Neto, no bairro São Paulo.

Apresentação de projetos

Entre as várias atribuições dos conselheiros, cabe a eles também, caso quei-

ram, apresentar novos projetos. Os quais passam pela análise de todo o grupo e também pela Secretaria Mu-nicipal de Meio Ambiente. Em caso de aprovação, os projetos ficam capaci-tados a receberem recursos, oriundos do Fundo de Meio Ambiente. Os pro-jetos são normalmente voltados para a educação ambiental.

Entre os projetos já aprova-dos e que está em evolução é o de Monitoramento da

Qualidade da Água do Rio Carahá, que corta a cidade de Lages, através de parâmetros biológicos e físico-quí-micos. A conclusão é a de que a polui-ção tem impactado os ecossistemas aquáticos causando a sua desestabi-lização, e principalmente, afetando di-reta e indiretamente, as comunidades no seu entorno. O despejo de esgo-tos sem tratamento é o principal fator contaminante. Novas análises devem ser realizadas. Porém, os dados já obtidos comprovam as drásticas alte-rações na qualidade do rio.

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Prêmio ao Programa Amigo do Carroceiro

Oito atividades da área de Bem-Estar Animal con-correram. O Programa

Amigo do Carroceiro, desenvolvido no Centro de Ciências Agroveteriná-rias (CAV), da Universidade do Es-tado de Santa Catarina (Udesc) em Lages, foi o vencedor do 22º Prêmio Expressão de Ecologia, na catego-ria Bem-Estar Animal. Pela conquis-ta, a Udesc receberá, em agosto, o Troféu Onda Verde.

Criado há 13 anos, o pro-grama da Udesc Lages tem o objetivo de zelar

pela saúde e bem-estar dos animais usados na tração de carroças, além de proporcionar melhores condições de vida e de trabalho às pessoas que usam os veículos para coleta de materiais recicláveis como fonte de renda. Melhorar a renda familiar, for-necer cultura, noções de cidadania e cuidados ambientais também é uma preocupação do programa.

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ESC• Certificado pelo

Ministério do Meio Ambiente como a maior premiação ambiental do

Sul do país

Mais de 500 pessoas cadastradas

O Amigo do Carroceiro tem mais de 500 pessoas cadastradas. Parte delas é atendida todas as sextas-feiras pelos mais de 40 estudantes voluntários, envolvidos diretamente nas

atividades. “A premiação é um estímulo para o ensino, a pesquisa e a extensão. O que nos motiva é o reconhecimento de todo o trabalho feito em equipe”, diz o coordenador do programa, Joandes Fonteque.

Ainda segundo Fonteque, a conquista é um incentivo para que outras instituições se tornem parceiras do programa, além da participação cada vez maior de estudantes e de

professores. “Desde o começo, nosso objetivo é oferecer qualidade no atendimento, cuidar do bem-estar animal e dar segurança aos carroceiros, além e valorizá-los”, conclui.

Troféu Onda Verde

A entrega da premiação acontecerá em 14 de agosto, durante o Fórum de Gestão Sustentável 2015. O evento será na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa

Catarina (Fiesc), em Florianópolis.

Em junho, será lançado “O Guia de Sustentabilidade 2015”, que destacará as ações ambientais do 22º Prêmio Expressão de Ecologia e apresentará um panorama completo da

sustentabilidade no sul do País. A publicação é feita todos os anos pela Editora Expressão, criadora do prêmio.

O Expressão de Ecologia é realizado com o apoio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da Fundação do

Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam).

(Por Assessoria de Comunicação da Udesc Lages)

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A formação de novos pro-fissionais no campo am-biental também passa

pela criação de projetos que possam fomentar na prática, o desenvolvi-mento ocupacional dos acadêmi-cos. Assim, o Curso de Engenharia Ambiental oferecido pelo Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), amplia horizontes, a partir de iniciativas dos próprios estudantes. A criação de uma em-presa júnior, em meados de 2013, só reforça a necessidade da região, na solução de problemas ambientais, a partir de diagnósticos técnicos.

O trabalho, embora seja co-ordenado pelos próprios acadêmicos, numa orga-

nização constituída de diretores e gerentes, é monitorado em parceria com os professores. Organizada, a

empresa está em busca de projetos que possam ser executados, e dar as-sistência prática de soluções, para os mais diversos problemas ambientais diagnosticados em Santa Catarina. As funções do grupo são distribuídas com o propósito de contribuir para a melhor formação dos voluntários, dispostos a trabalhar na empresa, constituída legalmente, com CNPJ e obrigações previstas na legislação.

Conforme explicou o in-tegrante da empresa, na condição de gerente,

Jakson Kirsten Junior, o esforço dos acadêmicos já possibilitou o envolvi-mento em um primeiro projeto, ligado à operacionalização da Rede de Mo-nitoramento Hidrometeorológico da Defesa Civil de Lages. A proposta é garantir o monitoramento pluviométri-co e a reorganização da rede de mo-nitoramento hoje existente, incluindo

a realocação de equipamentos. Além disso, a iniciativa avança no campo do esclarecimento, com a realiza-ção de palestras e pequenos cursos. “Com nosso trabalho, queremos dar à sociedade um retorno aos investi-mentos na Universidade, através de nossos serviços”, reforça Jakson.

Empresa atua junto ao curso de Engenharia Ambiental

• A proposta da constituição da empresa Junior está incorporada às necessidades básicas do Curso. Os acadêmicos, por sua vez, poderão executar, na prática, os fundamentos da grade curricular.

Competências da Empresa Junior:

• Educação ambiental;• Marketing verde;• Projetos de controle de emissão atmosféricas;• Projeto de gestão de resíduos sólidos;• Tratamento de águas de e águas residuárias;• Casas sustentáveis;• Plano de manejo de unidades de conservação;• Monitoramento ambiental;• Projetos de captação de água da chuva;• Licenciamento ambiental;• Implantação de sistema de gestão ambiental.

Em Santa Catarina os pro-prietários rurais também precisam estar atentos ao

prazo para registro no Cadastro Am-biental Rural (CAR), que termina no dia 6 de maio. Na Serra Catarinense, nos 18 municípios abrangidos pe-las Secretarias do Desenvolvimento Regional de Lages e São Joaquim existem 28.191 imóveis rurais. O procedimento é obrigatório. Caso o registro não seja efetuado, o proprie-tário de terras sofrerá restrições por

parte de órgãos públicos. Além disso, a partir de maio de 2017 os bancos não poderão gerar operações de cré-dito sem o recibo do CAR.

O preenchimento é feito no site www.car.gov.br e há agentes treinados para

auxiliar no processo nas prefeituras, associações de municípios, secre-taria de meio ambiente, sindicatos, cooperativas ou técnicos facilitado-res. Em Santa Catarina, participam do grupo de trabalho do CAR as

Secretarias de Estado do Desenvol-vimento Econômico Sustentável, da Agricultura e da Pesca, da Casa Ci-vil, Secretarias do Desenvolvimento Regional, Epagri, Fatma, Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Santa Catarina (Fetaesc), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Organi-zação das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), associa-ções de municípios, prefeituras, sin-dicatos rurais e outros órgãos.

Registro no Cadastro Ambiental Rural

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• Segundo a entidade, 287 animais, entre cães e gatos passaram por cirurgia

O segundo Mutirão de Cas-tração promovido pela Associação Lageana de

Proteção aos Animais (Alpa), com apoio da Prefeitura, aconteceu no fim de semana (28 e 29 de março). Se-gundo a entidade, 287 animais, en-tre cães e gatos (machos e fêmeas) passaram por cirurgia. A prefeitura ofereceu apoio logístico. A iniciativa da Alpa era castrar o maior número de animais por um preço acessível.

De acordo com os organi-zadores a ação trará re-sultados expressivos para

a sociedade. “Ao castrar um animal doméstico, muitos outros poderão ser salvos. Agradecemos o empe-nho da prefeitura em colaborar com a nossa ação. A parceria entre orga-nização não governamental e poder público é fundamental”, declara Ara-celli Hammann, presidente da Alpa.

De acordo com a Pirâmide da Castração, dados es-tatísticos fornecidos pela

associação, as 287 castra-ções evitarão no pró-ximo ano que, em média, 3.444 ani-

mais nasçam. Esse número de ani-mais não teria lares. “Agradecemos todos os apoiadores e toda a equipe veterinária e voluntária que contribuiu para o sucesso do evento”, desta-ca Aracelli.

Alpa realiza mutirão de castração

MEUS PETS

O grande número de animais castrados foi facilitado pelo

preço acessível

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• O desafio, Horto do Guarujá é estimular a produção de hortaliça em toda a comunidade

Poucos sabem, mas, atra-vés da Secretaria Munici-pal de Agricultura e Pes-

ca, Lages está desenvolvendo um Programa de Agricultura Urbana, junto ao Horto, localizado no bairro Guarujá. A proposta consiste no de-senvolvimento de hortas escolares, destinadas a alunos e instituições de ensino, como forma de recreação e educação ambiental, além de sensi-bilizar e conscientizar os alunos para o consumo de alimentos saudáveis, bem como, trabalhar a sustentabi-lidade do município. Há também as hortas comunitárias. Nesse modelo, se enquadram as Associações de moradores ou entidades não gover-namentais. O objetivo consiste na revitalização de terrenos abandona-dos; uso de resíduos orgânicos na forma de compostagem e na redu-ção de custos familiares. Tem ainda, o estímulo às hortas domésticas, nas quais, os moradores do município estão enquadrados. A ideia é incen-tivar o consumo de alimentos sau-dáveis, medicinais e nutritivos, além de auxiliar na redução dos gastos fa-miliares e na destinação correta dos resíduos orgânicos.

O Programa ainda está em fase inicial. Primeiro foi preciso reconstruir a

estrutura do Horto e reunir profissio-nais que pudessem manter o local em funcionamento. Hoje, cada uma dessas pessoas que trabalha no Horto, tem atividades específicas. Eles conseguem produzir mais de 700 mil mudas por mês. Boa parte da produção é distribuída em es-colas e entidades sociais, para o

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Nasce o Programa Municipal de Agricultura Urbana

VISÃO SUSTENTÁVEL

cultivo educacional de canteiros, e aproveitamento integral depois de crescidas. “Nosso objetivo é desen-volver no Horto, diversas atividades pedagógicas, como forma de educar unindo a teoria com a prática, e in-centivar novos hábitos alimentares”, ressalta o secretário Moisés Savian.

Prática pedagógica e ocupacional

Toda a produção das ver-duras, além de nutritiva e saudável é produzida de

forma ambientalmente sustentável, e se torna um eixo gerador da prá-tica pedagógica. As escolas conse-guem trabalhar junto ao Horto, como uma atividade extracurricular. Po-rém, não somente às crianças, mas estender a outras faixas etárias de idade, proporcionando também uma forma de terapia ocupacional.

Em breve a Secretaria fará o lançamento do Programa, visando fazer com que a

produção alcance toda a cidade, e as hortas possam contribuir também para a renda familiar, especialmente, das mais carentes, transformando seus quintais em uma fonte de hor-taliças, diminuindo também o gasto com alimentos. O excedente poderá ser comercializado. “Dentre tantos propósitos, o desafio é também fa-zer com que as pessoas compreen-dam a importância da reciclagem por meio da confecção de compotestei-ra, reduzindo assim o impacto am-biental ocasionado pelo acúmulo de lixo orgânico, conclui Savian.

PAULO CHAGAS

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