revista_congresso_cientifico_2008_02

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com grande satisfao que, no vigsimo segundo ano de realizao do Encontro Nacional de Atividade Fsica/ENAF, em sua quadragsima quinta edio, publicamos a Revista ENAF SCIENCE N 06. Tal publicao pode ser traduzida como uma forma de agradecimento e retribuio a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contriburam para o desenvolvimento e aperfeioamento desse evento que integra o universo da atividade fsica e da sade. No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formao de milhares de acadmicos e profissionais da rea de educao fsica, fisioterapia, nutrio, enfermagem, turismo e pedagogia. A partir de 2004 passamos a realizar o Congresso Cientfico vinculado ao ENAF, dando mais um passo na construo dos saberes que unem formao e produo. a partir desse contexto que a Revista ENAF SCIENCE novamente lanada. Esperamos que essa publicao enriquea nossa rea de ao. Nesta edio, esto presentes todos os trabalhos apresentados no Congresso Cientfico, seja sob forma de artigo completo ou como resumo na forma de pster. Esperamos que este seja o primeiro passo que pretendemos empreender na busca por um novo vis de conhecimento, fazendo com que o ENAF siga seu caminho mais essencial: participar da construo de uma cincia da atividade fsica.

Prof. Dennis William Abdala Prof. Rodney Alfredo Pinto Lisboa

Prof. Arthur Paiva Neto Prof. Sebastio Jos Paulino

Revista ENAF Science Volume 3, nmero 2, outubro de 2008 rgo de divulgao cientfica do 45 ENAF ISSN: 1809-2926CONS ELHO EDITORIAL:Antnio Carlos Gomes, PhD Diretor Tcnico do Clube Atltico Paranaense Alessandro de Oliveira, Ms Univ. Federal de So Joo Del Rei/MG Andr Luis Leta da Costa, Dr. UGF - Univ. Gama Filho/RJ Arthur Paiva Neto, Ms UNIFEG/MG UNIFENAS/MG (Poos de Caldas) Dennis William Abdala, Ms UNIFEG/MG UNIFENAS/MG (Poos de Caldas) Fbio Saba, Ms Consultor de Negcios em Esporte, Clubes, Academias no Brasil e no exterior Geni Fraia PUC-MINAS (Poos de Caldas) Fernanda Pereira Ribeiro UNIFENAS/MG (Poos de Caldas) Leonardo Cabral, Ms UNESA - Univ. Estcio de S/RJ Luis Henrique Salles de Oliveira, Dr. UNIVS/MG UNIVERSITAS/MG Marcelo Gomes da Costa, Ms UNESA - Univ. Estcio de S/RJ Mrcia Albergaria, Dr. UNESA - Univ. Estcio de S/RJ Patrcia Anglica Pezan PUC-MINAS (Poos de Caldas) Rodney Alfredo Pinto Lisboa, Ms UNIFEG/MG UNIVS/MG Rolando Bacis Ceddia, PhD Univ. de Toronto/Canad Thatia Regina Bonfim, Dr. PUC-MINAS (Poos de Caldas) Tersa Cristina Alvisi, Ms PUC-MINAS (Poos de Caldas) Turbio Leite de Barros Neto, Dr. Diretor do CEMAFE-UNIFESP/SP Vagner Raso, Ms USP - Univ. de So Paulo/SP

POLTICA ED ITORIAL:Como revista de pesquisa, o ENAF Science destinado publicao de relatrios de pesquisas originais, realizadas na rea biomdica ou de cincia da sade. Incluir pesquisa em cincias bsicas, casos clnicos, efetivamente do diagnstico e de tcnicas teraputicas e estudos relacionados aos aspectos comportamentais, epidemiolgicos ou educacionais da medicina e do movimento humano. Todos os originais sofrero anlise, que ser realizado em sistema de duplo-cego (peer review) antes de aceitos para publicao.

Env iar cartas para: ENAF Caixa Postal 111 CEP 37002-970 Varginha/MG www.enaf.com.br

Os artigos publicados so de inteira responsabilidade dos respectiv os autores, no sendo atribuvel ao ENAF nenhuma f orma de competncia legal sobre os mesmos.

ARTI GO COMPARAO EM AULAS DE EDUCAO FSICA DO CONHECIMENT O E APLICAO DOS JOGOS COOPERAT IVOS ENT RE ESCOLAS ESTADUAIS E PART ICULARES DE POUSO ALEGRE-MG INVEST IGAO DA SNDROME DE BURNOUT EM UNIVERSITRIOS DO CURSO DE ENFERMAGEM DA UNIVS NO ANO DE 2005 DESENVOLVIMENT O SOCIAL DO PORT ADOR DE SNDROME DE DOWN COM A INCLUSO PSICOMOT RICIDADE E SUAS IMPLICAES NA APRENDIZAGEM

AUTOR VALRIA DE ANDRADE CAMPOS RENAT O GIORGET I VEIGA ART HUR PAIVA NET O ART HUR PAIVA NET O

PGINA

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A INFLUNCIA DOS JOGOS COOPERAT IVOS NA SOCIALIZAO DE CRIANAS DE 3 E BEAT RIZ PEREIRA BARBOSA 4 SRIE DA E. M. PROFESSORA MARIA BARBOSA AVALIAO DA COORDENAO MOT ORA EM ESCOLARES DE 9 A 11 ANOS DO MUNICPIO DE POUSO ALEGRE MG T OPOGRAFIA E INTENSIDADE DA DOR EM AT LET AS DE HANDEBOL DA CIDADE DE POUSO ALEGRE/MG DANIELA MENDES DOS REIS RICCARDI FERNANDES M DE ANDRADE JNIOR

PERCEPO DOS BENEFCIOS DA GINST ICA LABORAL ENT RE T RABALHADORES DE ALFREDO MARCOS DE OLIVEIRA T OLEDO UMA EMPRESA ELT RICA DA CIDADE DE POUSO ALEGRE/MG A MOT IVAO DOS AT LET AS DE UMA ESCOLA INICIAO AO FUTEBOL DA CIDADE DE T HIAGO PALMEIRA DE SENNA LIMA BORDA DA MAT A/MG INCIDNCIA DE EST RESSE E NVEL DE AT IVIDADE FSICA EM PROFESSORES UNIVERSIT RIOS ANLISE DO CONSUMO DE ANABOLIZANTES EM PRAT ICANT ES DE MUSCULAO PEDAGOGIA DO MOVIMENT O: COMO POT ENCIALIZAR O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA EDUCAO SUPERIOR COM O ADVENT O DA CIBERCULT URA EST UDO SOBRE OS BENEFCIOS DE AT IVIDADE FSICA ASSOCIADA A ORIENT AO NUT RICIONAL EM GRUPO DE ADULT OS MAIORES DE 40 ANOS DE IDADE NO MUNICPIO DE T AMBOARA-PR RELAO ENT RE AUT O-EST IMA E INDICE DE MASSA CORPORAL EM MULHERES AT IVAS NO MERCADO DE T RABALHO AVALIAO DA EVOLUO DO NDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) DE ADOLESCENT ES NO MUNICPIO DE SO GONALO DO SAPUCA-MG OBESIDADE E SAT ISFAO COM A IMAGE M CORP ORAL ENT RE MULHERES FREQUENT ADORAS DE ACADEMIAS ANA CAROLINA ANT UNES ROGEVELT DE MELO PEREIRA JNIOR LEANDRO JORGE DUCLOS DIVALDO DE ST EFANI MARIA INS BUST AMANTE DE CARVALHO KARINA BRAGA MENDES LAILA DOS SANT OS PEREIRA

CRENAS NORMAT IVAS SOBRE A AGRESSO DE ADOLESCENTES PRAT ICANTES DE MARCOS JOS DE CAST RO ART ES MARCIAIS NA CIDADE DE POUSO ALEGRE/MG A AUT O-EST IMA DE MULHERES QUE PRAT ICAM BODY COMBAT E BODY PUMP A INFLUNCIA DOS JOGOS NA CONCENT RAO DA CRIANA HIPERAT IVA AVALIAO DA COORDENAO MOT ORA EM CRIANAS DO ENSINO FUNDAMENT AL E RELAES COM O DESEMPENHO ESCOLAR ANLISE DA INSERO DO PROFISSIONAL DE EDUCAO FSICA NO MERCADO DE T RABALHO ANLISE DA QUALIDADE DE VIDA E DO NVEL DE AT IVIDADE FSICA EM PESSOAS PORT ADORAS DE HIPERT ENSO COMPORT AMENT O DA FREQNCIA CARDACA (FC) PARA VERIFICAO DA INT ENSIDADE DE CARGA EM SIT UAO DE JOGO NUMA PART IDA DE VOLEIBOL INCLUSO ESCOLAR E FORMAO CONT INUADA: UM EST UDO COM PROFESSORES DE EDUCAO FSICA DA CIDADE DE ARARAQUARA NVEL DE ACEIT AO DA GINST ICA LABORAL EM EMPRESA AUT OMOBILST ICA INDICE DE MASSA CORPREA (IMC) DE JOVENS DE DIFERENTES BAIRROS DE PERIFERIA DO MUNICPIO DE SOBRAL, CE PRT ICA DE ESPORTES POR JOVENS DE DIFERENTES BAIRROS DE PERIFERIA DO MUNICPIO DE SOBRAL-CE LUCIANA MARIA DA SILVA MARIA IGNEZ ARANT ES DE OLIVEIRA SANDRA MARIA DA SILVA SALES OLIVEIRA DANIELLE DE ALCNT ARA OLIVEIRA EUNICE MAIRA DE REZENDE PABLO DOS SANT OS ALVES NEUSA APARECIDA MENDES BONAT O VERA SLVIA DE OLIVEIRA JOO NELSON MELO VASCONCELOS DIAS, ALEXANDRE DOS SANT OS PESSOA

AVALIAO POST URAL NO PACIENT E AMPUT ADO T RANSFEMORAL: RELAT O DE CASO ANA CLAUDIA SOUSA FARIA IMPORT NCIA DA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL NO T RAUMAT ISMO CRANIOENCEFLICO APS ALT A HOSPITALAR RELAT O DE UM CASO NDICE DE OBESIDADE INFANT IL E ALTERAES POST URAIS ENCONT RADAS EM CRIANAS DE 8 A 14 ANOS GISLAINE PARREIRA BRIANEZI JLIO CEZAR DELFINO DA ROSA

USO DA BALNEOCINESIO ERAPIA EM GUAS MINEROMEDICINAIS E A UT ILIZAO DA T KAROLINE FRANCIS P M DE MELO BALNEOCINESIO ERAPIA ASSOCIADO BOLA SUA NO T RAT AMENT O DA T FRANCO LOMBALGIA CRNICA: EST UDO COMPARAT IVO ERIT ROP OET INA N O T RAT AME NT O DA A NE MIA NA I NSUF ICIN CIA RENAL CR NICA T IAGO DE PAULA BAT ISTA

PSTER AO DA MUSCULAO NA MELHORA DA AGILIDADE PARA IDOSOS COORDENAO MOT ORA FINA E VISOMOT ORA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM EFEIT O DE DIFERENT ES PERODOS DE RECUPERAO SOBRE A POT NCIA ANAERBIA INFLUENCIA DE UM PROGRAMA DE T REINAMENT O SOBRE A CAPACIDADE CARDIORRESPIRAT RIA E PO NCIA DE CRIANAS PRAT ICANT ES DE FUTSAL T INFLUENCIA DE UM PROGRAMA DE T REINAMENT O SOBRE A CAPACIDADE CARDIORRESPIRAT RIA E PO NCIA DE CRIANAS PRAT ICANT ES DE FUTSAL T EST UDO DO COMPORT AMENT O DA PRESSO ARTERIAL FRENT E A UMA NICA SESSO DE EXERCCIO FSICO INFLUENCIA DE UM PROGRAMA DE T REINAMENT O SOBRE HABILIDADES ESPECFICAS COM CRIANAS PRAT ICANT ES DE FUT SAL BENEFCIOS DO PROGRAMA DE REEDUCAO ALIMENT AR, HIDROGINST ICA E PSICOT ERAPIA NOS ALUNOS DA APAE DE SANT A F DO SUL-SP

AUTOR VANESSA JUNS MARIA AP. NAVAS JOSIANE MART INS GONALVES DOS SANT OS SAMUEL NAOKI TSUNO BRAGA SANCHES SAMUEL NAOKI TSUNO BRAGA SANCHES BRUNO BONIN JOO RAFAEL SIMON FABRCIO DE MAT OS CUNHA

PGINA

130 130 131 132 132 133 133 134 134 135 135 136 136 137 137 138 138 139 139 140 140 141 141 142 142 143 143 144 144 145 145

PERFIL CINEANT ROPOMT RICO DE PRAT ICANT ES DE FUT EBOL RECREAT IVO DO CHAVES, ROGRIO SOUT O MAX MIN CLUBE COM IDADE ENT RE 40 E 60 ANOS INFLUENCIA DE UM PROGRAMA DE T REINAMENT O SOBRE HABILIDADES ESPECFICAS COM CRIANAS PRAT ICANT ES DE FUT SAL RECUPERANDO SONHOS - AT IVIDADE FSICA E LDICA AUXILIANDO A RECUPERAO DE DEPENDENT ES QUIMICOS AS CARARACTERST ICAS DA PRT ICA DE AT IVIDADE FSICA HABIT UAL DA POPULAO DA CIDADE DE JURAMENT O MG JOO RAFAEL SIMON RAFAEL ROBINSON CARDOSO VEIGA GABRIELA SENISE GUSSI SAMUEL T ADEU DA COSTA RAMALHO

LUDICIDADE NO APRENDIZADO DO KARAT E: UMA PROPOST A DE T RABALHO COM ANGEL JOMAR DA SILVA FIT AS RELAO ENT RE A POST URA SENT ADA E DOR EM EST UDANTES DE FISIOT ERAPIA ACADMICOS DE ENFERMAGEM AT UANDO JUNT O AO PLANEJAMENT O FAMILIAR:UM RELAT O DE EXPERINCIA REABILIT AO APS PERODO DE IMOBILIZAO DE FRAT URA DE CABEA DE RDIO CARDOSO, CRIST IANE ISABEL CHRIST IANNE ALVES PEREIRA CALHEIROS ANA CLAUDIA DE SOUZA FARIA

UT ILIZAO DA T CNICA DE BANDAGEM FUNCIONAL DE PROT EO NA LUXAO ANA CLAUDIA DE SOUZA FARIA ACROMIOCLAVICULAR AVALIAO DA MOBILIDADE, EQUILBRIO, MARCHA E FORA DOS PORT ADORES DA DOENA DE PARKINSON APS A APLICAO DE UM PROT OCOLO DE EXERCCIOS CINESIOT ERAPUT ICOS A REABILITAO VEST IBULAR EM PACIENTES PS-AVE PARA T REINAMENT O DE EQUILBRIO E CONT ROLE POST URAL: UMA ABORDAGEM NEUROFUNCIONAL PERFIL DOS CUIDADORES INFORMAIS DE PACIENT ES FRAGILIZADOS DO PROJET O SOL - UNIMED POOS DE CALDAS A INFLUNCIA DO T REINAMENT O FSICO EM INDIVDUOS PORT ADORES DE INSUFICINCIA CARDACA MT ODO BABY BOBAT H APLICADO NO DESENVOLVIMENT O MOT OR EM CRIANAS NASCIDAS PR-T ERMO EST UDO DE CASO ANLISE COMPARAT IVA DE CUIDADORES DE PACIENTES IDOSOS DO SET OR PRIVADO (UNIMED) E SET OR PBLICO (PSF MARIA IMACULADA) DA CIDADE DE POOS DE CALDAS -MG ALESSANDRA SILVA CARVALHO CORINA APARECIDA FERNANDES

C.C. MIRANDA DANIELLE CAVINI CORRA MACHADO MARINA CONCEIO PERES CARVALHO EDNA KARINE OLIVEIRA VELOSO

FORA MUSCULAR E QUALIDADE DE VIDA APS UM PROGRAMA DE 18 SEMANAS LUCAS E. P. P. T EIXEIRA DE EXERCCIOS EM MULHERES COM OST EOPOROSE PS-MENOPAUSA T REINAMENT O SENSRIO-MOT OR E M AT LET AS DE HANDEBOL A UT ILIZAO DOS RECURSOS TERMAIS DE POOS DE CALDAS COMO PREST AO SCIO-SANITRIA PARA A PROMOO DA SADE AVALIAO DO CONHECIMENT O SOBRE PREVENO DAS DTS/AIDS DOS ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MDIO EM ESCOLAS NO MUNICPIO DE GUAXUP, MG AUT O-EXAME DAS MAMAS: PRT ICA ENT RE AS FUNCIONRIAS VINCULADAS EMPRESA QUE PRESTA SERVIOS UNIFAL- MG MARLIA DA COST A T EIXEIRA CAMILA VIEIRA LOPES JOSIANE ALVES DA SILVA ELIANA PERES ROCHA CARVALHO LEIT E

AVALIAO DO PERFIL EPIDEMIOLGICO DA POPULAO ACIMA DE 60 ANOS DE DIVALDO DE ST EFANI IDADE EM RELAO A FAT ORES RELACIONADOS A SAUDE E LONGEVIDADE PARADA CARDIORRESPIRAT RIA: INCIDNCIA E PREVALNCIA NO CENT RO DE T ERAPIA INT ENSIVA DE UM HOSPIT AL GERAL ASPECT OS FISIOLGICOS DO ENVELHECIMENT O HUMANO: PERCEPO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM DE NVEL MDIO CEZAR BRUNO PEDROSO CEZAR BRUNO PEDROSO

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ARTIGOSCOMPAR AO EM AUL AS DE EDUCAO FSICA DO CONHECIMENTO E APLICAO DOS JOGOS COOPERATIVOS ENTRE ESCOLAS ESTADU AIS E PARTICULARES DE POUSO ALEGRE-MG Valria de Andrade Campos Arthur Paiv a Neto Alessandro de Oliv eira 1 UNIVS Pouso Alegre/MG UNIFEG Guaxup/MG UFSJ So Joo DelRey/MG1

RESUMO A Educao Fsica vista com otimismo, pois a nica rea do conhecimento que consegue trabalhar de f orma articulada, questes do pensamento, movimento e sentimento. Levando em considerao o mundo competitivo a que pertencemos este estudo se props a comparar em aulas de Educao Fsica o conhecimento e a aplicao dos jogos cooperativ os nas escolas estaduais e particulares de Pouso Alegre. A amostra utilizada constitui-se de 116 alunos de ambos os sexos, freqentes de quintas sries distribudos entre as redes de ensinos estaduais e particulares. As coletas foram realizadas em seis etapas, sendo estas: aprovao do projeto perante o Comit de tica; apresentao da pesquisa e autorizao da instituio; entrega dos termos de consentimento; aplicao do primeiro questionrio; aplicao das atividades prtica e aplicao do segundo questionrio. Os materiais utilizados para a aplicao dos jogos cooperativ os foram, arcos plsticos, bolas macias, bolas de ping-pong e cartelas de ovos. Tais ativ idades foram aplicadas nos locais e horrios prprios das aulas de Educao Fsica das devidas escolas. Os resultados mostraram na opinio dos alunos as condies em que os jogos cooperativ os se apresentam em suas aulas de Educao Fsica, sendo comum nas escolas particulares e pouco conhecidos nas estaduais. De acordo com as bibliografias pertinentes, os jogos cooperativos so ef icientes e necessrios na f ormao do aluno. Palavras chave: Escolas; Jogos cooperativos; Quintas sries. INTRODUO A Educao Fsica, enquanto rea do conhecimento, tem como objeto de estudo o corpo em movimento, como saber construdo no interior das relaes entre as classes. A literatura tem atribudo ao esporte a capacidade de educar no sentido da honestidade, respeito s regras e cooperao. H, no entanto, posicionamentos que concordam quanto funo socializante do esporte e discordam na v alorizao deste resultado. H um reconhecimento de que respeitar as regras do jogo educa para um sentimento de responsabilidade, companheirismo e sinceridade para trabalhar com o prximo, (MATTOS e NEIRA, 2000). Sendo o corpo o modelo ao sobre o mundo e as coisas circundantes, a atuao crtica do aluno na sociedade, como sujeito da histria dev er ser o resultado da ao pedaggica da Educao Fsica na escola, (TOLKIMITT, 1993). Segundo Maturana, (2002), a taref a de formao humana o f undamento de todo o processo educativo, j que s se esta se completar que a criana poder viv er como um ser socialmente responsv el e liv re, capaz de ref letir sobre sua ativ idade, capaz de v er e corrigir erros, capaz de cooperar e de possuir um comportamento tico, porque no desaparece em suas relaes com os outros, e capaz de no ser arrastado pelas drogas e o mundo do crime, porque no depender da opinio dos outros no buscando a sua identidade nas coisas fora de s i. Muitos educadores justificam a incluso da Educao Fsica nos currculos escolares atravs da contribuio da ativ idade esportiv a na socializao dos alunos atrav s do jogo, aprendem que entre ele e o mundo existem os outros, aprendem a conv iver com v itrias e derrotas, aprendem a v encer atravs do esforo pessoal, desenv olv em a independncia e a confiana em si mesmos, o sentido de responsabilidade, (MATTOS e NEIRA, 2000). Os jogos cooperativ os surgiram da preocupao com a excessiva v alorizao dada ao indiv idualismo e competio exacerbada, na sociedade moderna, mais especificamente, na cultura ocidental. Considerada como um v alor natural e normal da sociedade humana, a competio tem sido adotada como uma regra em praticam ente todos os setores da vida social. Temos competido em lugares, com pessoas e em momentos que no precisaramos, e muito menos, dev eramos. Temos agido assim como se essa fosse a nica opo. Os Jogos Cooperativos se ancoram em princpios de incluso, cooperao e no seletividade.Por suas caractersticas estruturais do oportunidade a todos para desenv olverem potencialidades, f acilitam s ituaes de sucesso e promovem relaes de respeito, amizade e solidariedade, (PCN, 1997). Os jogos cooperativos aparecem como um recurso didtico que f avorece por meio da brincadeira a construo do ensino e da aprendizagem. A f orma da aprendizagem nesta idade estimulada por jogos e brincadeiras, que so materiais auxiliares para a organizao do pensamento. Tambm importante obs erv ar os v alores que esses jogos e brincadeiras esto transmitindo para as crianas j que nessa fase ela encontra-se em f ormao de sua personalidade futura. Sendo assim os jogos cooperativ os revelam uma dupla vantagem, trazem tanto o ldico como valores positiv os e a socializao de forma construtiv a, (KPPE, 2003).

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Segundo Barata (2000), a valorizao dos jogos cooperativ os nas aulas de Educao Fsica no significa a excluso de outras manif estaes da cultura corporal apropriadas s aulas, mais que no se jogue por jogar, que no dance por danar, no se lute por lutar. Que as v ivncias sejam signif icativas e crticas e que a Educao Fsica seja coerente e v erdadeira. Mais importantes que os instrumentos so os propsitos, mais importantes que os jogos so as pessoas. Para Brotto, (2003), a agresso excessiva, a competio e o comportamento destrutivo, so aspectos predominantes apenas dentro da espcie humana; eles tm que ser tratados em termos de valores culturais, em v ez de procurar explic-los pseudocientif icamente como f enmenos intrinsecamente naturais. Segundo Brotto, (2001) o jogo uma atividade ou ocupao v oluntria, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espao, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatrias, dotado de um f im em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tenso e de alegria e de uma conscinc ia de ser dif erente da v ida cotidiana. O mesmo autor, diz que atrav s do jogo so estabelecidas possibilidades muito variadas para incentiv ar o desenv olv imento humano em suas diferentes dimenses, tais como: desenv olvimento da linguagem, cognitiv o, af etiv o, fsico-motor e moral. O jogo f unciona como um mecanismo de mobilidade social, of erece a oportunidade de aprendizagem de div ersos papis sociais. Jogar e v iver so oportunidades criativ as para encontrar com a gente mesmo, com os outros e com o todo. Dependendo do jogo podemos aumentar, ou diminuir a distncia entre cada jogador, entre eu e ele. importante a adaptao de jogos e brincadeiras partindo de situaes conhecidas da cultura como msicas, danas, lendas, contos, adiv inhas e outras e tambm a criao de regras e normas em que se priv ilegiem atitudes de cooperao, autonomia e o trabalho em equipe mais que o desempenho indiv idual e o carter competitivo (GALHARDO, OLIVEIRA E ARAVENA, 1998) O prof essor tem que ser capaz de passar por cima das barreiras competitiv as da vida cotidiana e trazer aos alunos um espao que valorize a atividade de maneira cooperativa tem que deixar de lado a afirmao f eita por Freire (1999) que diz que a aprendizagem em Educao Fsica dev e ser significativ a, isto relacionada realidade concreta v ivida pela criana. A dinmica da cooperao predispe as pessoas a gostarem e confiarem umas nas outras. Elas se sentem aceitas o suf iciente para explorar problemas mais liv remente, arriscar-se, jogar com possibilidades e se benef iciar dos erros sem ter que escond-los para se esquiv ar do ridculo. Sua estrutura lev a a uma assistncia e suporte mtuos. uma forma de se interagir positivamente, uma v ez que meu colega no o meu advers rio, mas sim meu parceiro, (BARATA, 2000). Segundo Barata (2003), os jogos cooperativos facilitam o desenvolv imento da autonomia, da cooperao e da participao social mais para isso dev e haver um canal sempre aberto para construes coletiv as , mudanas de regras, exposio de sentimentos, consensos e conf litos, horizontalizando relaes e deixando para trs posturas hierrquicas. Os Jogos Cooperativ os se ancoram em princpios de incluso, cooperao e no seletiv idade. Por suas caractersticas estruturais do oportunidade a todos para desenv olverem potencialidades, f acilitam situaes de sucesso e promovem relaes de respeito, amizade e solidariedade, (PCN, 1997). O jogo um importante instrumento de transf ormao de comportamento, pois quando jogamos, estamos inseridos na situao por inteiro e desarmados das armaduras sociais, compondo uma minisociedade, podendo nos f ormar em direes v ariadas, (MATTOS, 2005). Segundo Mattos, (2005), a criana aprende o f uncionamento do mundo atravs de suas brincadeiras e jogos, que preparam-nas para exercerem os seus papis sociais quando adultos. Quando viv emos a tica dos jogos cooperativ os, recuperamos nossa criatividade e ousadia, o senso de participao com liberdade e responsabilidade, nos tornando conscientes de ser parte-e-todo, colaboramos para a transformao de atitudes e de adv ersrios em solidrios; compartilhando o desejo de continuar jogando e conv ivendo. O objetiv o deste trabalho f oi comparar as escolas estaduais e particulares em aulas de educao Fsica quanto ao conhecimento e aplicao dos jogos cooperativos, alm de avaliar o interesse dos alunos pelos jogos cooperativ os e diagnosticar se os jogos cooperativ os fazem parte do cotidiano dos alunos MATERI AIS E MTODOS Este trabalho f oi aprovado pelo Comit de tica da Univ ersidade do Vale do Sapuca (UNIVS) sob o protocolo 405/05. Ao apresentarem-se como v oluntrios, os alunos participaram de um encontro com o pesquisador onde f oram inf ormados quanto aos objetiv os e aos procedimentos metodolgicos do estudo. Foram tambm inf ormados quanto aos possveis riscos e desconfortos assim como compensaes por danos decorrentes. O consentimento para participao no estudo (anexo I) por escrito f oi assinado por cada responsvel de cada v oluntrio, aps os esclarecimentos necessrios, estando todos cientes de que a qualquer momento poderiam, sem constrangimento, deixar de participar do mesmo. Para esta pesquisa f oram selecionadas quatro escolas da cidade de Pouso Alegre, o critrio utilizado para tal f oi escolher duas de cada tipo de ensino, ou seja, duas estaduais e duas particulares. Os alunos pesquisados f oram de quintas sries do ensino fundamental, ambos os sexos f aixa etria ent re 12 e 13 anos e o nmero de alunos v ariaram conf orme representado na tabela 01.

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Estes no apresentav am nenhum problema de sade ou fsico, tiveram participao v oluntria desde que tiv essem presena assdua nas aulas de Educao Fsica podendo assim realizar as etapas da pesquisa em seus horrios de aulas.

Tabela 01: Relao do nmero de alunos pesquisados nas escolas estaduais e particulares. Escolas Colgio So Jos Escola Estadual Dr. Jos Marques De Oliveira Escola Estadual Monsenhor Jos Paulino Instituto De Ensino De Pouso Alegre (Objetiv o) TOTAL Nmero de alunos 25 21 38 32 116

Aps a apresentao e explicao da pesquisa em cada escola, f oram marcadas as datas para aplicao dos questionrios e dos jogos cooperativ os. As ativ idades prticas f oram agendadas em horrios semelhantes e dias prximos em todas as escolas para que no houv esse qualquer tipo de inf luncia positiva ou negativa. O questionrio (anexo II) foi aplicado assim que todos entregaram o termo de consentimento assinado pelos pais. Este questionrio levou em considerao o conhecimento da prtica de jogos cooperativ os, bem como, a sua relao e comparao com jogos competitiv os. Aps a realizao do questionrio f oram aplicadas quatro atividades de jogos cooperativos extradas da obra de Deacov e (2002) para a melhor viv ncia dos alunos com jogos cooperativ os. Os v oluntrios f oram observ ados enquanto executav am as ativ idades.Tais exerccios f oram: (a) Passando entre os arcos, em crculo de mos dadas, f oram colocados arcos em v olta do brao de alguns alunos distantes, estes teriam que passar para o brao do colega do lado e este teria que passar pelo seu corpo entregando no brao do colega ao lado. No sendo permitido soltar as mos em nenhum momento. O objetivo era passar o arco para o colega da melhor maneira e no menor tempo possvel, no deixando que os arcos se alcanassem; (b) O segundo jogo, o espaguete humano, em crculo cada aluno estendendo os braos dando as mos para colegas distantes no podendo dar as duas mos para a mesma pessoa. Os jogadores formando um espaguete humano com os braos todos entrelaados. O grupo tinha que se desenrolar sem soltar as mos, at f ormar um crculo novamente. O objetiv o era que os alunos cooperassem uns com os outros para desatarem-se no menor tempo possvel; (c) O terceiro jogo, o acerta-p, os alunos colocados em dois crculos, um no centro de costas e girando. O outro maior no estando de mos dadas, ao redor do primeiro de frente para o mesmo. O crculo de fora com posse de uma bola para chutarem tentando acertar os ps dos alunos internos, estes deveriam desviar pulando, correndo, abrindo as pernas, mas no podendo soltar as mos. Os alunos que eram tocados pela bola passavam para o crculo de fora. O objetivo era acertar os ps dos colegas e ento f ormar um grande e nico crculo; (d) O quarto jogo: saltos, os alunos colocados em filas de posse de bolas de pingpong, a mais ou menos dois metros deles eram colocadas apoiadas em uma parede cartela de ovos, os alunos tinham que f azer a bola quicar uma v ez no cho e a segunda parando na cartela. O objetivo comum era f azer com que o maior nmero de bolas parassem nas cartelas. No dia seguinte a aplicao das ativ idades os alunos responderam nov amente o questionrio, este f oi comparado ao primeiro, e atravs dos resultados f oi desenvolv ido o trabalho. Os questionrios foram respondidos em sala de aulas e toda as aplicaes f oram acompanhadas pela aluna pesquisadora, no sendo passadas aos alunos qualquer inf ormao que inf luenciasse as respostas ou interf erisse no resultado da pesquisa. Os resultados sero utilizados para comparao entre os tipos de ensino envolv idos e tambm para uma comparao geral. A analise foi descritiva levando em considerao o percentual das respostas obtidas nos dois questionrios. RESULTADOS E DISCUSSO A questo 1 tem como objetivo avaliar se os alunos acham importante ter aulas de Educao Fsica sendo que na totalidade temos que dos 59 alunos das escolas da rede estadual, no primeiro questionrio 100% responderam sim a esta questo enquanto que no segundo questionrio 96,61%. Nas escolas de rede particular dos 57 alunos no primeiro questionrio 98,25% responderam sim e no segundo mantev e-se estvel. Em ambos sistemas de ensino, os alunos demonstraram achar as aulas de Educao Fsica to importante quanto outras disciplinas Percebe-se que os alunos das escolas estaduais gostam mais das aulas de Educao Fsica, isso talvez esteja relacionado oportunidade que os alunos de escolas particulares tm de f icarem em casa jogando no computador ou videogames, isso afeta diretamente os horrios de aulas. Esta variao que ocorreu nas escolas estaduais pode estar relacionada ao fato dos alunos apresentarem menor conhecimento dos jogos cooperativos ou no terem gostado das atividades prticas.

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Segundo Galhardo; Oliv eira e Arav ena, (1998) a Educao Fsica escolar tem v alor inestimv el of erecendo criana a oportunidade de v ivenciar dif erentes formas de organizao, a criao de normas para a realizao de taref as ou ativ idades e a descoberta de f ormas cooperativas e participativ as de ao, possibilitando a transf ormao da criana e de seu meio. A questo 2 tem como objetiv o avaliar quanto os alunos gostam de suas aulas de Educao Fsica, sendo que dos 59 alunos pesquisados nas escolas estaduais, no primeiro questionrio 81,36% responderam sim a esta questo, no segundo questionrio subiu para 98,31%. Nas escolas da rede particular dos 57 alunos no primeiro questionrio 94,74% responderam sim enquanto que no segundo 96,49%. O resultado positivo desta questo agradou, pois houve aumento nos dois mtodos de ensino aps as ativ idades prticas. O grande nmero de alunos que gostam das aulas de Educao Fsica uma v antagem na hora de trabalhar com os que no gostam, pois uns acabam motivando os outros. Para Campos (1983), a falta de motiv ao conduzir ao aumento de tenso emocional, problemas disciplinares, aborrecimentos, fadiga e aprendizagem pouco eficiente da classe. Segundo Machado, (1997), f uno do prof essor de Educao Fsica quando deseja motiv ar seus alunos para a prtica permanente dos esportes, observ ar os seus objetiv os, f azer o possvel para criar v alores de estmulos positiv os e atraentes ao maior nmero de praticantes ou at para todos os alunos. Se ref letirmos sobre as dif erenas indiv iduais que existem de aluno para aluno pode-se concluir que o esporte, embora seu amplo aspecto em disciplinas isoladas, no pode ter o mesmo valor para todos, Frankf urter (1982 apud KUNZ, 2001). A questo 3 tem como objetiv o avaliar os alunos sentem f alta de algum tipo de atividade, podendo esta ser os jogos cooperativos, sendo que dos 59 alunos da rede estadual no primeiro questionrio 49,15%responderam que acham f alta, no segundo 50,85% alunos, e nas escolas da rede particular, dos 57 alunos no primeiro questionrio 70,18% responderam que acham falta e no segundo apenas 19,30%. Nos dois mtodos de ensino grande parte dos alunos respondeu que acha f alta de algum tipo de ativ idade em suas aulas, esta uma questo que deve ser analisada pelos professores, pois esta contrariando a literatura ref erente s aulas de Educao Fsica que enfoca que as aulas devem ser dif erenciadas e as atividades devem ser div ersif icadas. Segundo Kunz (2001), a escolha das disciplinas no rigidamente determinada, fica a critrio dos prof essores e da escola, de acordo com as condies locais e materiais da mesma, e ou da comunidade. Por outro lado, ainda as diretrizes sugerem que desde que haja condies e materiais adequados, se desenvolv a o mximo de disciplinas esportiv as e recreativ as pois h um amplo leque de possibilidades em relao a contedos . Segundo Callado (2002), ensinar a cooperar no menos importante que ensinar a calcular ou a escrev er textos. Ensinar a cooperar pode, por exemplo nos lev ar a pensar coletiv amente. Ao contrrio do caso das ativ idades competitiv as no temos encontrado nenhum documento onde se encontre algum inconv eniente ao f ato de introduzir ativ idades cooperativas em programas educativos. Faz-se necessrio uma prof unda ref lexo da prtica de aula orientada a identif icar que f atores provocam respostas inadequadas por parte dos participantes em relao estrutura da atividade. Podemos por exemplo, analisar se existem relaes entre a resposta competitiv a entre os grupos, os espaos e materiais utilizados no desenv olvimento de uma determinada ativ idade, determinando o tipo de problemas que podem surgir na prtica e sugerindo algumas possveis respostas para san-los. A questo 4 tem como objetivo av aliar se os alunos tm jogos cooperativos nas aulas de Educao Fsica sendo que nesta questo houv e um interveniente, alguns alunos das escolas estaduais, perguntaram se as brincadeiras que eles tinham nas aulas poderiam ser consideradas como jogos cooperativ os. Foi respondido que no. Isto mostra que tais escolas no oferecem aulas especf icas de jogos cooperativos. Nas escolas estaduais dos 59 alunos no primeiro questionrio 28,81% responderam sim a esta questo, no segundo 25,42% e, nas escolas particulares dos 57 alunos no primeiro questionrio 84,21% responderam sim, no segundo 71,93%. O ensino que apresentou maior conhecimento dos jogos cooperativos foi o particular, isso pode estar relacionado com a div ersidade de horrios e opes de modalidades que este apresenta. Os jogos cooperativ os como uma ferramenta para o prof essor na sua prtica educacional esta de acordo com diversas teorias construtiv istas modernas, so interdisciplinares por excelncia e, principalmente, mostram uma f orma alternativa de encarar o mundo, que a f orma da cooperao, onde o coletiv o se sobrepe ao indiv idualismo e a possibilidade da v itria somente existe se o outro tambm vence, e no se ele derrotado. E o melhor, tudo isso f eito sem prejuzo do contedo programtico, (BROTTO, 2001). Num primeiro momento quando analisado os jogos cooperativ os so vistos como apenas divertidos e interessante e como no tem um nico v encedor entendidos como brincadeiras sem grande prof undidade, mas isto f also. Quando jogamos cooperativ amente podemos internalizar v alores essenciais ao ser humano e ao trabalho em equipe, aprender a v iver melhor em sociedade agregando qualidades ao processo de conv ivncia e tantos outros. A questo 5 tem como objetiv o avaliar se os alunos gostam de jogos cooperativ os, sendo que nas escolas estaduais dos 59 alunos no primeiro questionrio 91,53% responderam que gostam, no segundo 89,83% e, nas escolas particulares dos 57 alunos no primeiro questionrio 87,72% responderam que gostam e no segundo 78,95%. Analisando as alteraes ocorridas nos grficos podemos observar que houv e por parte dos alunos um decrscimo do nmero de respostas positiv as aps as atividades prticas. Os alunos das escolas estaduais demonstraram gostar mais dos jogos cooperativo que os das escolas particulares, talvez para eles seja novidade

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este tipo de atividade. uma oportunidade atravs da escola de realiz-los. Como os alunos de escolas estaduais tm menos acesso a estes tipos de jogos o interesse maior. Segundo Brotto, (2001), cabe ao educador incrementar o esprito de cooperao atuando na parte af etiv a dos alunos, impulsionando-os para a construo de um mundo mais humano e f raterno, atravs de aes e ajudas positiv as e no a simples busca de vitria sobre os outros. difcil educar atravs de competio em uma sociedade materialista. A questo 6 tem como objetivo av aliar se os alunos haviam entendido o que eram jogos cooperativos sendo que nas escolas estaduais dos 59 alunos pesquisados no primeiro questionrio 59,32% responderam que acham ruim no ter um vencedor no segundo questionrio 64,41% e, nas escolas particulares dos 57 alunos pesquisados no primeiro questionrio 54,39% responderam que acham ruim no ter um vencedor, no segundo questionrio 49,12%. Prigogine e Strengers (1997 apud BROTTO 2001), af irmam que quando jogamos cooperativamente, podemos nos expressar autntica e espontaneamente, como algum que importante e tem v alor, essencialmente, por ser quem , e no pelos pontos que marca ou resultados que alcana. A questo 7 tem como objetiv o av aliar se os alunos tm pref erncia por jogos cooperativos, competitiv os ou ambos e nas escolas da rede estadual dos 59 alunos no primeiro questionrio 18,64% pref erem cooperativos, 20,34% competitivos e 61,02% ambos. No segundo questionrio 16,95% preferem cooperativ os, 33,90% competitiv os e 49,15% ambos e, nas escolas particulares dos 57 alunos no primeiro questionrio 17,54% pref erem cooperativ os, 47,37% competitiv os e 35,09% ambos. No segundo questionrio 26,32% preferem cooperativ os, 31,58% competitiv os e 42,11% ambos. Nas escolas estaduais os alunos no tm pref erncia por um ou outro, a maioria optou por ambos. J nas escolas particulares os alunos pref erem competitivos. Segundo Paes (2001), existe uma resistncia aos jogos cooperativos, isto absolutamente normal e notoriamente menor. A melhor compreenso dos jogos cooperativ os ocorre atrav s de um processo, que acreditamos ser permanente.Assim sendo, mudanas de rumo ocorrem de f orma lenta, entretanto segura e acima de tudo por conv ico. Freedmam (1973 apud BROTTO 2001), diz que as pessoas so propensas a interpretar virtualmente toda e qualquer situao social como competitiva. Segundo Mattos e Neira (2000), a nov a gerao educada em e para uma sociedade competitiva na qual o princpio do rendimento se imps. A questo 8 tem como objetivo av aliar o empenho dos alunos durante a execuo dos jogos cooperativos sendo que nas escolas estaduais dos 59 alunos no primeiro questionrio 86,44% responderam sim a esta questo, no segundo questionrio 91,53% e nas escolas particulares dos 57 alunos no primeiro questionrio 89,47% responderam sim a esta questo, no segundo questionrio 91,23%. O nv el de respostas positiv as para estas questes foi bem prximo nos dois tipos de ensinos, isso demonstra que o empenho dos alunos o mesmo para qualquer tipo de ativ idade. A questo 9 tem como objetiv o av aliar os alunos quanto busca por um mundo melhor sendo que nas escolas estaduais dos 59 alunos no primeiro questionrio 88,14% responderam sim a esta questo, no s egundo questionrio 84,75%, e nas escolas particulares dos 57 alunos no primeiro questionrio 87,72% responderam sim a esta questo, no segundo questionrio 85,96%. A cooperao dentro de um grupo leva a maior coordenao dos esf oros, maior div ersidade na quantidade de contribuies dos membros, maior ateno aos companheiros, maior produtiv idade por unidade de tempo, melhor qualidade dos resultados e av aliao mais fav orvel do grupo e de seus resultados ao sentimento mais intenso de apreciao pelos companheiros. Pensamos que a taref a de educao f ormar seres humanos para o presente, seres nos quais qualquer outro ser possa conf iar e respeitar, seres capazes de pensar tudo e de fazer tudo o que preciso como um ato responsv el a partir de sua conscincia social. Segundo Brown (2001), muito se tem escrito e comentado sobre os jogos cooperativos para transmitir e viv er valores como: a comunicao, a solidariedade, a tolerncia e a empatia. Muitos sabem que o ambiente resultante da implementao dos os jogos cooperativ os algo muito positiv o e tambm muito especial. Em si, o jogo cooperativ o ref lete os valores que queremos transmitir em uma educao para soluo de conflitos. Segundo Barreto (2002), os jogos cooperativ os se constituem em instrumentos ldicos capazes de prov ocar uma ruptura em nossa subjetividade indiv idualista e competitiva e, com isso, promov er uma rev iso de v alores e condutas na direo de um mundo mais cooperativ o e solidrio. Nosso desafio transbordar a cooperao onde seja possv el, mesmo aonde no o seja. Se f alamos em construir um mundo melhor, estamos f alando em mudar nossas prticas cotidianas. At porque, jogar fcil o difcil v iver. A questo 10 tem como objetivo avaliar o esprito cooperativ o dos alunos, sendo que nas escolas estaduais dos 59 alunos no primeiro questionrio 98,31% responderam sim a esta questo, no segundo questionrio no houve v ariao. Nas escolas particulares dos 57 alunos no primeiro questionrio 92,98% responderam sim a esta questo, no segundo questionrio 85,96%. Os alunos acreditam que levando a cooperao tambm para f ora da escola, podero fav orecer o dia-a dia, (BROTTO, 2001). Na questo 11 onde o objetiv o era avaliar se os alunos f ariam uma aula somente com jogos cooperativ os, Nas escolas estaduais dos 59 alunos no primeiro questionrio 72,88% disseram que f ariam uma aula s com jogos cooperativ os, no segundo questionrio 59,32%.

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Nas escolas particulares dos 57 alunos no primeiro questionrio 61,40% alunos disseram que f ariam uma aula s com jogos cooperativ os, no segundo questionrio 68,42%. Nos dois tipos de ensino, mesmo com uma grande parte dos alunos gostando de jogos cooperativ os, esses no f ariam aulas somente com esse tipo de jogos. Partindo dos objetivos inicialmente propostos que eram, comparar as escolas estaduais e particulares em aulas de Educao Fsica quanto ao conhecimento e aplicao dos jogos cooperativos; av aliar o interesse dos alunos e diagnosticar se os jogos cooperativ os fazem parte do cotidiano dos alunos pesquisados, podem-se f azer algumas consideraes. Como resultados, teve-se que a maioria dos alunos apresentou mudanas signif icativas aps a aplicao dos jogos cooperativ os. Logo no incio da aplicao dos jogos houve uma certa resistncia em aceit-los, porm, com o decorrer de sua aplicao os alunos f oram se sensibilizando e aceitando-os de forma natural. Por f im, resume-se que o xito ou f racasso da introduo de ativ idades fsicas cooperativ as nos programas de educao f ormal depender por uma parte, do grau de coerncia e serenidade desses programas e, por outra, da capacidade das atividades cooperativ as para alcanar os objetivos perseguidos, bem como para dar resposta aos distintos problemas que atualmente surgem em aulas de Educao Fsica. Entender a estrutura das ativ idades cooperativas aplic-las na prtica cotidiana e analisar desde uma concepo crtica, o porque de determinadas situaes o que nos permitiu alcanar o objetiv o. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICA BARATA, K. M. A. Aprendizagem cooperativa: aprender a cooperar e cooperar para aprender. Revista Mestre em nov embro de 2000. Disponvel em http:\\ www.ef deportes.com.br. Acesso 28/10/2005. BARRETO, A. V. de B. Jogos cooperativos e a cultura da cooperao. Revista Jogos cooperativ as. Sorocaba- SP. N1-anoII, Pag 10. 2002. BROTTO, F. O. Jogos cooperativ os. O jogo e o esporte como um exerccio de conv ivncia. Santos. ED. Projeto cooperao, 2001. BROWN, G. Jogos Cooperativ os como auxlio na resoluo de conf litos. Revista Jogos cooperativos. SorocabaSP.N2-anoI, Pag 5 a 6. 2001. CALLADO, C.V. Atividades fsicas cooperativ as. A pedagogia da cooperao na educao Fsica. Revista Jogos Cooperativ os. Sorocaba- SP. N1-ano II, Pag 10 a 12. 2002. CAMPOS, D.M.S.Psicologia da Aprendizagem. 15 ed. Petrpolis,1983 DEACOVE, J. Manual de jogos cooperativ os: Jogue uns com os outros e no uns contra os outros. Santos, SP. ED. Projeto cooperao, 2002. GALHARDO, J. S. P; OLIVEIRA, B. de; ARAVENA, C. J. Didtica de Educao Fsica: A criana em mov imento. Jogo, prazer e transf ormao. So Paulo: ED. FTD, 1998. KUNZ, E. Educao Fsica: Ensino e mudanas. 2ed,Unijui ED: Ijui-RS, 2001 KPPE, L. O Jogo Matemtico na Educao Infantil. Rev ista Jogos Cooperativ o. Sorocaba- SP. N4-ano II, Pag 10 a 11.2003. MACHADO,A.A. Psicologia do Esporte-Temas Emergentes I.1ed,Jundia, 1997 MARTINI, R. G. Jogos cooperativ os na Educao Fsica Escolar. Revista Jogos Cooperativ o. Sorocaba- SP. N1-ano III, Pag 9 a 13. 2005. MATTOS, A.L. Aprendizagem Com Jogos Cooperativos. Rev ista Jogos Cooperativos. Soracaba-S.P. N1, ano IIIPg 9 a 10. 2005. MATTOS, M. G. de. NEIRA, M. G. Educao Fsica na adolescncia: construindo o conhecimento na escola. ED Phorte, So Paulo, 2000. MATURANA, H; REZEPKA, S. N. Formao humana e capacitao. ED Vozes, 3ed. Petrpolis RJ, 2002. PAES, R.R.Entrevista. Revista Jogos Cooperativ o. Sorocaba- SP. N5- anoI, pag 7. 2001. PCN - Parmetros curriculares nacionais: Educao Fsica. Vol 7, Secretaria de Educao Fundamental. Braslia: Mec/SEF, 2000. SHIGUNOV, V. P. V. R. Pedagogia da Educao Fsica: O desporto coletivo na escola. Os componentes af etivos. So Paulo. ED. Ibraso, 1993. [email protected]

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INVESTIGAO DA SNDROME DE BURNOUT EM UNIVERSITRIOS DO CURSO DE ENFERMAGEM D A UNIVS NO ANO DE 2005 RENATO GIORGETI VEIGA 1 ALESSANDRO DE OLIVEIRA 2 ARTHUR PAIVA NETO 3 SANDRA MARIA DA SILVA SALES DE OLIVEIRA 1 2 Univ ersidade Federal de So Joo DelRey (UFSJ) Centro Universitrio da Fundao Educacional 3 Guaxup(UNIFEG); Univ ersidade do Vale do Sapuca (UNIVS) RESUMO Existe hoje uma grande preocupao com a qualidade de v ida. Busca-se sempre oferecer as pessoas as melhores condies, propiciando-a como ser humano uma qualidade de v ida digna que no prejudique sua sade e muito menos comprometa sua velhice. Dentre os vrios males que env olvem o ser humano podemos destacar o stress fsico e psicolgico. Tal doena somatizada lev a a Sndrome de Burnout, sendo que esta pode ser mais ev idenciada em prof issionais da rea da sade. Sendo assim o objetiv o desta pesquisa f oi comparar e analisar os estudantes do curso de enf ermagem da UNIVS e suas predisposies para a sndrome de Burnout. Para isso f oram utilizados 170 alunos do ref erido o qual responderam a um questionrio de 29 questes. Aps a anlise qualitativ a e quantitativa dos resultados podemos concluir que a sndrome de Burnout pode se instalar com mais f acilidade em estudantes de enf ermagem do 3 e 4 anos podendo ser dev ido ao maior estresse ocasionado por taref as como estgios em hospital e a proximidade do incio da carreira. Palavras-chave: Sndrome de Burnout; Enfermagem, Atividades Fsicas. INTRODUO A chamada Sndrome de Burnout pode ser def inida como uma das conseqncias mais marcantes do estresse, e se caracteriza por exausto emocional, av aliao negativ a de si mesmo, depresso e insensibilidade com relao quase tudo e todos (at como def esa) Samulski (2002) afirma que h autores que defendem a Sndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doena env olv e atitudes e condutas negativ as com relao aos usurios, clientes e organizaes, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferncia na vida do sujeito e no necessariamente na sua relao somente com o seu trabalho. De acordo com Pereira (2002) os primeiros estudos sobre a sndrome de burnout surgiram no cenrio internacional no final da dcada de 60, passando a se consolidar na dcada seguinte, em nosso pas, mesmo sendo prev ista como doena do trabalho, ainda desconhecida entre boa parte de nossos profissionais. Este autor coloca que este sndrome um processo que se d em resposta a cronif icao do estresse ocupacional, trazendo consigo conseqncias negativas tanto em nv el individual, como profissional, familiar e social. Na esfera institucional, os efeitos do burnout se f azem sentir tanto na diminuio da produo como na qualidade do trabalho executado, no aumento do absentesmo, na alta rotatividade, no incremento de acidentes ocupacionais, denegrindo a imagem desta e trazendo prejuzos f inanceiros. Conf orme Samulski (2002), esta sndrome tem recebido mais ateno que a sndrome do super treinamento em estudos como os de Dale & Weinberg, 1990; e seu conceito complexo e multidisciplinar: Burnout uma resposta psicofisiolgica exaustiva que se manifesta como um resultado de uma f reqncia, muitas vezes excessiv as, e geralmente com esforos inef icazes na tentativa de conciliar um excesso de treinamento com as exigncias da competio. Dif erentemente de outras, se a pessoa que v ivencia o burnout, o afastamento do ambiente de estresse geralmente inevitvel. Esta sndrome de natureza fsica e psicolgica. Alguns incluem a perda do interesse, nenhum desejo, esgotamento fsico e mental, f alta de preocupao, depresso e ansiedade aumentada (SMITH, 1986). Em geral, o curso da Sndrome indisioso. A ev oluo do quadro paulatina e pouco a pouco os sintomas v o surgindo, oscilando com a intensidade variv el. H uma tendncia em neg-la. O prprio paciente se nega a aceitar dif erenas que os outros observam nele, portanto, a sndrome notada primeira pelos companheiros. Existe uma f ase irrev ersvel. Entre 5% e 10% dos pacientes com essa sndrome adquire grav idade tal que resulta irrev ersvel se no deixar a ativ idade atual. Esse grau mais grav e predomina em prof issionais mdicos (GILL, 1986). Pesquisas de carter qualitativ as desenv olvidas por Nunes e Teixeira (2000), explicitam algumas causas apontadas pelos docentes entrevistados como desencadeadores do mal-estar docente como a f alta de tempo para realizar bem o trabalho (cada vez mais alunos, mais aulas, mais contedos fora da rea de f ormao); Burocratizao do trabalho, planilhas, dados a preencher, controle avaliativo; Conflito de papis: ora prof essor, ora pesquisador, ora administrador; Exigncias acadmicas: nov os curriculum, av aliaes MEC, novas tecnologias; Inv aso do espao priv ado: trabalho em casa, noite, finais de semana Trabalho que exija concentrao, escrever artigos, preparar aula, somente fora do ambiente de trabalho; Preocupao da escola com desempenho acadmico e tecnologia, sem v alorizar a qualidade de v ida do prof essor, os v alores humanos prescritos da Instituio.3

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Essas e outras f ontes de estresse no contexto educativ o constituem aspectos diante dos quais podemos ser v ulnerveis ao Burnout. Conf orme definio de Berger & McInman (1993), a qualidade de v ida reflete a satisfao harmoniosa dos objetiv os e desejos de algum; isso enfatiza a experincia subjetiv a mais que as condies objetiv as de v ida. A qualidade de v ida ou felicidade a abundncia de aspectos positivos somada a uma ausncia de aspectos negativ os. Ela reflete tambm o grau no qual as pessoas percebem que so capazes de satisf azer suas necessidades psicofisiolgicas. Ainda baseado no autor acima, baseando-se em resultados de pesquisas aprsentadas (1993), pode-se af irmar que o exerccio fsico reduz os nveis de ansiedade, depresso e raiva, os quais so considerados como possveis sintomas de Estresse, assim como reduz a inf luncia de estrossores psicossociais sobre o indivduo (BLUMENTHAL et al., 1988; CREWS & LANDERS, 1987; SINY OR et al., 1983.) , [...] que o exerccio fsico imprescindvel para a sade do ser humano em todas as idades. papel dos prof issionais da rea de sade, e neles se inclui o prof essor de educao fsica por ser aquele que conhece o corpo do exerccio f sico a ser praticado cotidianamente, lev ar ao conhecimento da populao geral a importncia da prtica de atividades fsicas para a manuteno e obteno da sade na totalidade de seu signif icado, ou seja: fsico, psicolgico e social. [...]. (SAMULSKI; 2002) , [...] pode-se afirmar que para se obter os benefcios esperados do exerccio f sico sobre o bem-estar psicolgico, preciso que a ativ idade realizada com esse f im dev a ser cautelosamente escolhida, tendo em considerao as recomendaes existentes e as caractersticas individuais da pessoa para a qual o exerccio est sendo recomendado. (BERGER & MCINMAN, 1993). De acordo com Berguer & MacInman (1993), a qualidade de vida reflete a satisf ao harmoniosa dos objetiv os e desejos de algum; isso enfatiza a experincia subjetiv a mais que as condies objetiv as da v ida. A qualidade de v ida ou felicidade a abundncia de aspectos positivos somada a uma ausncia de aspectos negativ os. Ela reflete tambm o grau no qual as pessoas percebem que so capazes de satisf azer suas necessidades psicofisiolgicas. Com base nos resultados de pesquisas apresentadas pelo autor acima mencionado, pode af irmar que o exerccio fsico reduz os nv eis de ansiedade, depresso e raiv a, os quais so considerados como sintomas de Estresse, assim como reduz a influncia de estressores psicossociais sobre o indivduo (BLUMENTHAL et al. 1988, CREWS & LANDERS, 1987; SINY OR, et al.,1983). O objetiv o geral deste trabalho av aliar o ndice da Sndrome de Burnout em univ ersitrios que cursam o curso de Enf ermagem da UNIVS do ano de 2005, e v erif icar o nv el de comprometimento desta sndrome no desempenho acadmico e os benefcios da atividade fsica para estes alunos na reduo dos sintomas. MATERI AIS E MTODOS Este trabalho f oi aprov ado pelo comit de tica da Univ ersidade do Vale do Sapuca (UNIVS) sob o protocolo 353/04. Ao apresentarem-se como v oluntrios, os alunos participaram de um encontro com o pesquisador onde f oram inf ormados quanto aos objetiv os e aos procedimentos metodolgicos do estudo. Foram tambm inf ormados quanto aos possv eis riscos e desconfortos assim como compensaes por danos decorrentes, sendo que logo aps desta palestras os mesmos assinaram o termo de consentimento ps-inf ormado. Para esta pesquisa foi selecionada a Univ ersidade do Vale do Sapuca (UNIVS) e dentre todos os cursos o escolhido foi o da Enf ermagem. O critrio para escolha f oi o que, de acordo com literaturas, esta prof isso seria uma um candidato em potencial para o aparecimento do objeto de estudo dev ido ao tipo, as condies de trabalhos por eles enf rentados. Os alunos pesquisados f oram todos os alunos matriculados e f reqentes do curso de enf ermagem do ano de 2005 e os nmeros v ariam de perodos sendo 51 alunos no 1 ano, 47 alunos no 2 ano, 40 alunos no 3 ano e 32 alunos no 4 ano, totalizando 170 questionrios. A pesquisa f oi realizada em seus horrios de aulas e contaram somente com os alunos presentes. O questionrio continha 29 (vinte e nov e) questes fechadas contendo no mnimo duas opes em algumas e no mximo quatro para outras. Entre essas v inte e nove questes, algumas ainda continham um campo para preenchimento no intuito de obter um maior entendimento do cotidiano dos v oluntrios e com isso aumentar ainda mais a v erificao do objetiv o da monograf ia. Este possua ainda uma questo aberta para que os v oluntrios pudessem expressar suas idias, seus sentimentos em relao prof isso de acordo com a sua viso. Durante a aplicao do questionrio, observ ou-se o acompanhamento do aluno pesquisador dento das salas de aula, no sendo passado aos alunos quaisquer inf ormaes que pudessem vir a influenciar suas respostas ou que pudessem interferir no resultado, tanto por parte do aluno pesquisador , quanto dos voluntrios. Os resultados f oram utilizados para a comparao entre os v oluntrios env olv idos bem como uma comparao geral entre estes. A anlise do questionrio f oi realizada em etapas seguindo o seguinte cronograma: Fase 1 : Questes de 01 a 05; Fase 2: Questes de 06 a 08; Fase 3: Questes de 09 a 12; Fase 4: Questes de 13 a 16; Fase 5: Questo 17; Fase 6: Questes de 18 a 29; Fase 7: Questo Final aberta. O 1 grupo de perguntas (questes de 01 a 05), alm de servir como uma preliminar para conhecimento dos v oluntrios, serve tambm como fatores agrav antes no que diz respeito a sndrome, j que pessoas que esto distantes de f amiliares, morando sozinhas ou que tenham que se deslocarem para estudar tendem a ter uma maior possibilidade de adquirir a Sndrome de Bournout dev ido a estes fatores contriburem para isto.

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O 2 grupo de perguntas (questes de 06 a 08) est diretamente ligado prof isso por eles escolhida bem como o nvel de comprometimento em relao a esta profisso. O 3 grupo de perguntas (questes de 09 a 12) est relacionado a algum tipo de ocupao extra f aculdade, f ator este que se positivo diminuiria a possibilidade de tempo livre, resultando numa maior possibilidade de desgaste ocupacional. O 4 grupo de perguntas (questes de 13 a 16) o inv erso do grupo anterior e tende a nos informar a disponibilidade de tempo liv re / cio, o que resultaria em uma menor probabilidade de aquisio da s ndrome aqui estudada. O 5 grupo, este composto apenas pela pergunta N. 17, tende a nos informar sobre o grau de conhecimento f isiolgico sobre o corpo humano, tendo em vista que a prof isso escolhidas pelos voluntrios trabalhar diretamente com isso. O 6 grupo de perguntas (questes 18 a 29) entra diretamente nos sintomas da Sndrome aqui estudada e tende a nos f ornecer um brev e diagnstico daqueles que possuem uma tendncia maior a adquirir esta em v irtude dos sintomas manif estados. O 7 grupo um breve relato sobre o conhecimento da profisso e o conhecimento presente ou ausente das dif iculdades que esta ir oferecer dif iculdades fsicas, mentais e psicolgicas. O maior ndice que poder ser adquirido neste questionrio de 39 pontos, sendo este, caso consiga tal pontuao, considerado um candidato em potencial para a aquisio da Sndrome de Bournout. Foi realizada duas anlise sendo a primeira quantitativ a e comparativa, levando em considerao a somatria da pontuao obtida em relao s respostas obtidas nos questionrios aplicados, sendo que aps a v erificao de no parametria dos dados por meio do teste de Shapiro-Wilk, f oi utilizado o teste de Kruskall-Walls, com test t post-hoc (p