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Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas Departamento de Administração RICARDO DOUGLAS BAIA LIRA GESTÃO DE DOCUMENTOS NO SERVIÇO DE INATIVOS E PENSIONISTAS DO EXÉRCITO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SOFTWARE SIGA-SIPWEB SOB A PERCEPÇÃO DO USUÁRIO Brasília – DF 2019

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Universidade de Brasília

Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas

Públicas

Departamento de Administração

RICARDO DOUGLAS BAIA LIRA

GESTÃO DE DOCUMENTOS NO SERVIÇO DE INATIVOS

E PENSIONISTAS DO EXÉRCITO: AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE DO SOFTWARE SIGA-SIPWEB SOB

A PERCEPÇÃO DO USUÁRIO

Brasília – DF

2019

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RICARDO DOUGLAS BAIA LIRA

GESTÃO DE DOCUMENTOS NO SERVIÇO DE INATIVOS

E PENSIONISTAS DO EXÉRCITO: AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE DO SOFTWARE SIGA-SIPWEB SOB

A PERCEPÇÃO DO USUÁRIO

Monografia apresentada ao Departamento de

Administração como requisito parcial à

obtenção do título de Especialista em

Administração.

Professor Orientador: Dr. Aldery Silveira Júnior

Brasília – DF

2019

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RICARDO DOUGLAS BAIA LIRA

GESTÃO DE DOCUMENTOS NO SERVIÇO DE INATIVOS

E PENSIONISTAS DO EXÉRCITO: AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE DO SOFTWARE SIGA-SIPWEB SOB

A PERCEPÇÃO DO USUÁRIO

A Comissão Examinadora, abaixo identificada, aprova o Trabalho de Conclusão do

MBA em Gestão de Projetos da Universidade de Brasília do aluno

Ricardo Douglas Baia Lira

Dr. Aldery Silveira Júnior Professor-Orientador

Me. Saul Rodrigues Duarte Dr. Evaldo César Cavalcante Rodrigues Professor- examinador Professor-Examinador

Brasília, 05 de setembro de 2019

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Expresso o meu agradecimento a todos os familiares, amigos e colegas que, direta ou indiretamente, me apoiaram na elaboração deste trabalho

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AGRADECIMENTOS

À Deus por ter me concedido o dom da vida; Aos meus pais por todo esforço, apoio e incentivo proporcionado em todas as etapas da minha vida e por me direcionar a minha tão sonhada carreira de militar do Exército Brasileiro; e Ao Professor Dr. Aldery Silveira Júnior pela orientação constante e ilimitada, tanto na fase da pesquisa quanto na elaboração deste Trabalho de Conclusão de Curso, ensejando-me, ao longo desta especialização, os conhecimentos teóricos e práticos necessários.

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“O sistema de software deve fazer o que é suposto que se faça. Em outras palavras, eles devem fazer certo as coisas". (TIAN, 2005, p. 35)

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RESUMO

Este trabalho avalia a qualidade do software SIGA-SIPWEB como ferramenta de

tramitação eletrônica de processos e documentos no Serviço de Inativos e

Pensionistas do Exército Brasileiro (SvIPEx). Foram avaliados requisitos de

qualidade inerentes a gestão documental do setor e teve como base o modelo de

Sistemas Informatizados de Gestão Arquivísticas de Documentos do e-ARQ Brasil. e

seguindo os padrões de qualidade estabelecidos pelas Normas Técnicas da

International Organization for Standardization (ISO). O levantamento dos dados foi

realizado inicialmente por um brainstorming, e posteriormente para validar as

informações foi feito um grupo focal, com especialistas que trabalham no

desenvolvimento e no aperfeiçoamento do software, para definição dos critérios e

construção do questionário. A avaliação foi aplicada em duas das doze Regiões

Militares (RM) que integram o SvIPEx. A análise dos dados foi realizada através da

Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão (MDCA), que permite avaliar os dados

qualitativos e transformá-los em quantitativos, fornecendo resultados que auxiliam os

gestores na tomada de decisão. Como resultado, verificou-se que o critério

Suportabilidade Funcional obteve a melhor pontuação e quanto ao critério

Confiabilidade, a avaliação obteve a pior pontuação percebida pelos usuários.

Conclui-se que os usuários, de uma forma geral, avaliaram satisfatoriamente o

software em relação aos requisitos avaliados, caracterizando o SIGA-SIPWEB como

adequado ao que se propõe

Palavras-chave: Projetos; Gestão documental; Gestão eletrônica de documentos;

Gestão arquivística de documentos, Qualidade de software; Metodologia multicritério

de apoio à decisão (MCDA).

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Portfólio Estratégico do Exército .......................................................... 3

Figura 2 – Contexto de Iniciação de Projeto ......................................................... 9

Figura 3 – Gerenciamento da Qualidade do Projeto segundo o PMBOK ........... 21

Figura 4 – As fases da MDCA ............................................................................. 25

Figura 5 – Organograma do Departamento-Geral do Pessoal ........................... 28

Figura 6 – Organograma do Portfólio de Projetos do DGP ................................. 29

Figura 7 – Integração do Software SIGA-SIPWEB ............................................. 30

Figura 8 – Funções de valor do PVE 4.1 – Confidencialidade ............................ 40

Figura 9 – Estrutura Arborescente do Modelo Multicritério com a indicação

das taxas de substituição ................................................................. 42

Figura 10 – Participação ponderada dos PVEs no PVF1 ................................... 49

Figura 11 – Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF1 ........................... 50

Figura 12 – Participação ponderada dos PVEs no PVF 2 .................................. 51

Figura 13 – Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 2 .......................... 51

Figura 14 – Participação ponderada dos PVEs no PVF 3 .................................. 53

Figura 15 – Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 3 .......................... 53

Figura 16 – Participação ponderada dos PVEs no PVF 4 .................................. 55

Figura 17 – Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 4 .......................... 55

Figura 18 – Participação ponderada dos PVEs no PVF 5 .................................. 57

Figura 19 – Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 5 .......................... 57

Figura 20 – Compilação dos dados brutos da pesquisa de cada respondente

em relação aos PVFs ....................................................................... 59

Figura 21 – Compilação dos dados ponderados, de acordo com os pesos de

cada PVF ......................................................................................... 59

Figura 22 – Avaliação de cada respondente em relação aos PVFs ................... 60

Figura 23 – Contribuição de cada PVF nas avaliações individuais dos

respondentes ................................................................................... 60

Figura 24 – Comtribuição de cada critério de avaliação (PVEs) nas avaliações

individuais dos respondentes ........................................................... 60

Figura 25 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 1. ................... 62

Figura 26 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 2 .................... 63

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Figura 27 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 3. ................... 63

Figura 28 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 4 .................... 64

Figura 29 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 5 .................... 65

Figura 30 – Posição das ações potenciais na linha de corte de 19% do PVF1 .. 66

Figura 31 – Posição frente a um incremento de 10% na taxa de substituição

do PVF 1. ......................................................................................... 67

Figura 32 – Posição frente a um decréscimo de 10% na taxa de substituição

do PVF ............................................................................................. 67

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – OEE 13 do PEEx 2016-2019 .................................................................... 4

Quadro 2 – Normas ABNT - NBR - Avaliação da qualidade de produto de software 18

Quadro 3 – Níveis de impacto dos descritores .......................................................... 36

Quadro 4 – Descrição dos elementos de avaliação .................................................. 37

Quadro 5 – Síntese das avaliações dos critérios e da avaliação global .................... 61

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CDS – Centro de Desenvolvimento de Sistemas

CTDE – Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos

CONARQ – Conselho Nacional de Arquivos

DCIPAS – Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social

EB – Exército Brasileiro

EPAs – Elementos Primários de Avaliação

EPEx – Escritório de Projetos do Exército

MCDA – Multicritério de Apoio à Decisão

NEGAPEB – Normas para Elaboração, Gerenciamento e Acompanhamento de

Projetos no Exército Brasileiro

NUP – Número Único de Processo

ODS – Órgão de Direção Setorial

OEE – Objetivo Estratégico do Exército

PEN – Processo Eletrônico Nacional

Ptf EE – Portfólio Estratégico do Exército

PIPEx – Projeto Inativos e Pensionistas do Exército

PVEs – Pontos de Vista Elementares

PVFs – Pontos de Vista Fundamentais

RM – Região Militar

SIGA – Sistema Integrado de Assistência Arquivística

SIGAD – Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos

SIGA-SIPWEB – Sistema de Gestão Eletrônica de Documentos do Serviço de

Inativos e Pensionistas do Exército

SvIPEx – Serviço de Inativos e Pensionistas do Exército

SIP – Seção de Inativos e Pensionistas do Exército

SSIP – Seção do Serviço de Inativos e Pensionistas

SEI – Sistema Eletrônico de Informações

TIC – Tecnologias da Informação e Comunicações

UnB – Universidade de Brasília

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

1.1 Formulação do problema .................................................................................. 4 1.2 Objetivo Geral .................................................................................................... 5 1.3 Objetivos Específicos ........................................................................................ 5 1.4 Justificativa ........................................................................................................ 6

2. REVISÃO TEÓRICA ................................................................................................ 8

2.1 Projetos ............................................................................................................. 8 2.2. Gestão Documental .......................................................................................... 9

2.2.1 Gestão Eletrônica de Documentos ........................................................... 12 2.2.2 Gestão Arquivística de Documentos ........................................................ 14

2.3 Lei de Acesso à Informação ............................................................................ 15 2.4 Qualidade de Software .................................................................................... 16 2.5 Metodologia multicritério de apoio à decisão(MCDA) ..................................... 24

3. MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA ............................................................. 25

3.1 Tipologia e descrição geral dos métodos de pesquisa .................................... 26 3.2. Caracterização da Organização estudada ...................................................... 27 3.3. Construção do modelo de avaliação ............................................................... 30

3.3.1 Definição do rótulo do problema .............................................................. 31 3.3.2 Identificação dos atores ............................................................................ 31 3.3.3 Identificação dos elementos de avaliação ................................................ 32 3.3.4 Construção dos Descritores ..................................................................... 35 3.3.5 Construção das funções de valor ............................................................. 38 3.3.6 Determinação das taxas de substituição .................................................. 40 3.3.7. Construção da árvore de valor ................................................................. 40

3.4 Procedimentos para o cálculo das avaliações ................................................ 43 3.4.1 Cálculo das avaliações dos critérios ........................................................ 43 3.4.2 Cálculo da avaliação global ...................................................................... 44

3.5 Análise de sensibilidade .................................................................................. 45 3.6 Procedimento de coleta dos dados ................................................................. 46

4. ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA DE CAMPO ........................................... 48

4.1 Análise do PVF 1 – Suportabilidade funcional ................................................ 48 4.2 Análise do PVF 2 – Eficiência do desempenho .............................................. 50 4.3 Análise do PVF 3 – Confiabilidade .................................................................. 52 4.4 Análise do PVF 4 – Segurança ....................................................................... 54 4.5 Análise do PVF 5 – Usabilidade ...................................................................... 56 4.6 Análise da avaliação global ............................................................................. 58 4.7 Aplicação da análise de sensibilidade ............................................................ 65

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................ 69

5.1 Limitações do Trabalho ................................................................................... 71 5.2 Recomendações para Futuros Trabalhos ....................................................... 72

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 73

APÊNDICE ................................................................................................................ 77

Questionário .............................................................................................................. 77

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Anexo A – Matrizes de Julgamento Semânticas ....................................................... 82

Anexo B – Gráficos da análise de sensibilidade ........................................................ 87

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1 INTRODUÇÃO

A Gestão arquivística de documentos se estabeleceu na segunda metade do século

XX com o propósito de racionalizar a produção documental, preservar acervos de

valor histórico, facilitar o acesso aos documentos e com finalidade de regular sua

destinação final.

No final do século XX iniciou-se a difusão dos documentos em formato digital e

começaram a aparecer novos desafios quanto às formas que garantissem a

autenticidade de documentos a partir da observância de princípios arquivísticos. Foi

nessa época que a comunidade arquivística internacional despertou para a

importância da gestão eletrônica de documentos, época em que o mundo começou

a perceber que os documentos digitais são ainda mais de pendentes da gestão

arquivística de documentos do que os documentos não digitais.

Como mencionado na Declaração Universal sobre arquivos, do Conselho

Internacional de Arquivos: “Documentos de arquivos são geridos desde a criação

para preservar seu valor e significado e são fontes confiáveis de informação para

ações administrativas responsáveis e transparentes”

Nas últimas décadas, o uso da Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC)

disponibilizou e popularizou diversas ferramentas e aplicativos acessados

remotamente, promovendo mudanças significativas no comportando social,

econômico e cultural da sociedade.

No entanto, as organizações de trabalho demostram um nível de resistência em

adequar os seus processos de trabalho às soluções de TICs disponíveis no mercado,

incluindo as soluções disponíveis como softwares livres. Também se percebe uma

insegurança na modificação dos processos de trabalho já dominadas por soluções

de TIC que resultem custos adicionais, tanto em compras de equipamentos e

serviços, quanto em treinamentos da força de trabalho.

É imprescindível para as instituições públicas e privadas que fizerem opção pelo

tratamento, registro, tramitação, recebimento e guarda de documentos digitais a

adoção de uma política e de um programa de gestão arquivística de documentos,

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caso contrário, poderá incorrer sério risco de perder a confiabilidade e autenticidade

do seu acervo documental.

Nos últimos anos, o governo brasileiro alinhado com iniciativas internacionais, através

do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ), publicou várias resoluções que

trazem orientações acerca da gestão e da preservação dos documentos arquivísticos

digitais.

O Exército Brasileiro (EB), em consonância com as normativas legais, no ano de

2011, publicou as diretrizes para implantação do Projeto de Inativos e Pensionistas

do Exército (PIPEx), envolvendo, inicialmente, a Diretoria de Civis, Inativos,

Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS), onde foram definidos os responsáveis

pelo projeto, assim como o seu objetivo.

O Portfólio Estratégico do Exército (Ptf EE), implantado no ano de 2017, contemplou

três grandes subportfólios: Defesa da Sociedade, Geração de Força e Dimensão

Humana. Os subportfólios são formados por Programas Estratégicos e esses, por

sua vez, dão origem aos Projetos Estratégicos do Exército. Consta da Figura 1 o

Portfólio Estratégico do Exército.

Cada um dos Programas integrantes do Portfólio Estratégico do Exército (Ptf EE)

contribui para que sejam atingidos um ou mais Objetivos Estratégicos, assim

permitindo ao EB cumprir com suas missões Constitucionais e demais diretrizes

infraconstitucionais.

O processo de transformação em andamento no EB tem como um dos seus principais

objetivos o fortalecimento da Dimensão Humana da Força, entendida como o

conjunto de todos os fatores administrados pela Instituição que influenciam o

profissional militar e o servidor civil, do ambiente de trabalho aos seus familiares. O

fortalecimento da Dimensão Humana compreende ações objetivando motivar

recursos humanos capazes de aumentar a capacidade da Força Terrestre para

alcançar suas metas e cumprir suas missões.

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Figura 1 - Portfólio Estratégico do Exército

Fonte: Palestra do EPEx - 20191

O processo de transformação também tem como foco a busca da melhoria da

qualidade de vida da Família Militar, público esse que abarca os inativos e

pensionistas. O EB idealizou, para alcançar esses objetivos, o Programa Estratégico

“Força da Nossa Força”, que está em consonância com o Objetivo Estratégico do

Exército nº 13 (OEE 13) – Fortalecer a Dimensão Humana – e que tem como um

dos seus objetivos a modernização da gestão de Pessoal.

O “ Programa Força da Nossa Força” contempla o Subprograma Apoio ao Pessoal,

esse com a finalidade de promover iniciativas que contribuam para melhoria da

qualidade de vida da família militar. São dois os projetos que integram esse

subprograma: o Projeto Assistência Social e o Projeto Inativos e Pensionistas do

Exército (PIPEx).

O Plano Estratégico do Exército (PEEx) 2016-2019, prevê no OEE 13, Quadro 1

abaixo, o prosseguimento da implantação do projeto PIPEx.

1 Endereço: file:///E:/##%20Apoio%20TCC/EPEX_-Palestra_Pt2.pdf

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Quadro 1 - OEE 13 do PEEx 2016-2019

Fonte: Plano Estratégico do Exército, adaptado pelo autor.

O projeto PIPEx, com vistas na melhoria da gestão administrativa e documental dos

processos do Serviço de Inativos e Pensionistas do Exército (SvIPEx), definiu na sua

diretriz de implantação o desenvolvimento de um programa piloto para realizar a

automação de gestão documental e, assim contribuir para melhoria da gestão do

pessoal do EB.

A preocupação do EB em vencer o desafio da preservação dos documentos

arquivísticos digitais do Serviço de Inativos e Pensionistas se justifica porque as

tecnologias de informação em uso na área de inativos e pensionistas estão defasadas

e necessitam de atualização.

1.1 Formulação do problema

A transformação digital é fundamental no processo de gestão documental das

organizações, uma vez que engloba diversos aspectos, tais como prestação de

serviços digitais em plataforma única, autosserviço, amplo acesso a bases de dados

e integração dessas bases, integração de serviços, economicidade, transparência,

agilidade e simplificação de serviços públicos. Nesse contexto, a produção de

documentos digitais levou a necessidade do Exército Brasileiro (EB), por meio do

Projeto de Inativos e Pensionistas (PIPEx), a desenvolver um sistema informatizado

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de gerenciamento de documentos para o Serviço de Inativos e Pensionistas do

Exército (SvIPEx).

Entender como esse software desenvolvido pode contribuir para a melhoria e

celeridade dos processos e serviços relacionados com o público de inativos e

pensionistas do Exército torna-se fundamental para o desenvolvimento de novas

metodologias de trabalho.

Visando obter respostas acerca das análises desse tipo de gestão, busca-se no

presente trabalho responder a seguinte pergunta: Como a qualidade do sistema

eletrônico de informações – SIGA-SIPWEB é percebida pelos usuários?

1.2 Objetivo Geral

O objetivo geral da pesquisa é avaliar a qualidade do Sistema de Gestão Eletrônica

de Documentos do Serviço de Inativos e Pensionistas do Exército (SIGA-SIPWEB),

sob a percepção dos usuários finais.

1.3 Objetivos Específicos

• Levantar o referencial teórico acerca do tema;

• Construir um modelo multicritério de avaliação da qualidade do software

SIGA-SIPWEB, com apoio de uma equipe de decisores;

• Aferir o grau de satisfação dos colaboradores em relação a utilização do

software SIGA-SIPWEB no Serviço de Inativos e Pensionistas do Exército –

(SvIPEx);

• Aplicar o modelo multicritério na tabulação dos dados coletados;

• Analisar os resultados alcançados à luz dos parâmetros definidos pelos

decisores; e

• Propor pontos de melhorias, caso seja necessário, no software SIGA-

SIPWEB.

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1.4 Justificativa

O papel dos sistemas de TIC no processo de produção da informação é o de receber,

processar e disseminar informações importantes para a gerência e controle das

atividades de uma organização. Entre as principais finalidades de um sistema de

tramitação eletrônica de informações está a de auxiliar seus usuários nas atividades,

nos processos e nas tramitações segura de documentos.

A evolução da tecnologia impactou significativamente esses sistemas, pois os

mesmos passaram a ser desenvolvidos com princípios computacionais robustos e

complexos. Em decorrência desse impacto, as organizações passaram a dar mais

importância à totalidade das características incorporadas com a finalidade de torná-

los capazes de satisfazerem todas às necessidades identificadas ou implícitas.

Nesse contexto, e com a finalidade de buscar uma estrutura física, de processos e

de TICs para o gerenciamento das atividades do SvIPEx compatíveis com a sua

dimensão, complexidade e velocidade de resposta adequada, o Comandante do EB,

por meio da Portaria nº 544, de 29 de agosto de 2011, exarou as Diretrizes para a

implantação do projeto piloto Inativos e Pensionistas do Exército (PIPEx).

Foram definidos os seguintes objetivos para o projeto PIPEx: definir e padronizar os

processos correntes dos Inativos e Pensionistas; levantar e caracterizar os requisitos

das partes interessadas, particularmente o público a ser atendido e a implantação de

um sistema eletrônico de documentos, voltados para questões de melhoria da gestão

administrativa e das questões informacionais e tecnológicas.

O novo Sistema de tramitação de documentos, objeto do projeto PIPEx, por

caracterizar uma ferramenta de TIC, promoverá a gestão dos processos físicos e

digitais e, ainda, fomenta novos desafios para os gestores do EB, referentes à gestão

arquivística de documentos. Dentre os novos desafios, destacam-se: identificar os

documentos arquivísticos no ambiente digital; gerenciar os documentos digitais em

processos; e lidar com as especificidades próprias dos documentos digitais no que

tange a sua vulnerabilidade à intervenção humana, a obsolescência tecnológica e a

degradação de seu suporte.

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Nesse contexto, torna-se cada vez mais importante para os gestores do SvIPEx, na

gestão de documentos arquivísticos digitais, que façam uso de um software que

abarque requisitos capaz de assegurar qualidade, confiabilidade, autenticidade e

segurança aos documentos produzidos e recebidos, durante todo seu ciclo de vida.

A utilização de um sistema de gestão eletrônica de documentos é de suma

importância para melhoria, segurança e celeridade dos processos de gestão

documental das Organizações Militares (OM)que compõem o SvIPEx. Para tornar

esse sistema eficiente, é importante que haja uma avaliação, sob a perspectiva dos

usuários, com a finalidade de verificar se as especificidades desejadas para melhoria

do serviço dos usuários estão sendo realmente atingidas.

A relevante implantação do software SIGA-SIPWEB, no sistema de gestão eletrônica

de documentos do SvIPEx, contribuirá significativamente para a melhoria da

qualidade dos serviços, com impacto positivo no grau de satisfação dos seus

usuários. Portanto, pelo fato de tratar-se de um sistema pioneiro no SvIPEx, cresce

de importância a avaliação do software SIGA-WEB, sob à ótica dos usuários.

Ressalta-se que, o presente trabalho trata-se de uma primeira avaliação realizada em

um universo de operadores usuários do SIGA-SIPWEB, que passaram a utilizar esta

ferramenta de tramitação eletrônica de documentos em substituição a forma manual

de tramitação física dos documentos e processos do SvIPEx, mudança que exigirá a

quebra de paradigmas por parte dos operadores usuários do software SIGA-SIPWEB.

Diante desta realidade, cresce a importância da pesquisa na literatura especializada

com propósito de identificar requisitos de qualidade que garantam a confiabilidade e

a segurança na tramitação de documentos eletrônicos.

Esse estudo também visa a contribuir para os estudos futuros acerca da implantação

e desenvolvimento de programas de gestão mais eficientes, assim como aumentar a

facilidade de manuseio dos sistemas e aprimorar métodos de gestão da informação.

Os resultados apresentados nesse trabalho poderão servir como base instrutiva para

o Exército Brasileiro, ou outro órgão da Administração Pública Federal, como fonte

de pesquisa para avaliação de requisitos de qualidade na gestão eletrônica de

documentos.

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2 REVISÃO TEÓRICA

A fim de embasar as análises que serão feitas a partir dos resultados da pesquisa de

campo, este capítulo abordará os seguintes tópicos: projetos; gestão documental,

com enfoque tanto na gestão eletrônica de documentos, quanto na gestão

arquivística de documentos; acesso à Informações; qualidade de software; e

Metodologia Multicritério de Apoio à Decisão.

2.1 Projetos

O Guia PMBOK® (2017) define projeto como um esforço temporário realizado para

criar um produto, serviço ou resultado único, ainda, de acordo com esse Guia de boas

práticas, os projetos são executados com o propósito de alcançar objetivos por meio

de entregas. Por sua vez, segundo as Normas para elaboração, gerenciamento e

acompanhamento de projetos no Exército Brasileiro (NEGAPEB), gerenciar projetos

significa:

“identificar os requisitos, adaptar-se às diferentes necessidades, preocupações e expectativas das partes interessadas e o balanceamento das

restrições conflitantes que incluem o escopo, a qualidade, o cronograma, o

orçamento, os recursos e o risco.” NEGAPEB (p.15 2013).

Segundo o PMBOK® (2017), os líderes de uma organização iniciam projetos em

resposta aos seguintes fatores que elucidam o contexto de um projeto, conforme

ilustrado na Figura 2. Fatores esses que apresentam uma forte relação com os

objetivos propostos neste trabalho.

• Cumprir requisitos regulatórios, legais ou sociais;

• Atender a pedidos ou necessidades das partes interessadas;

• Implementar ou alterar estratégias de negócio ou tecnológicas; e

• Criar, melhorar ou corrigir produtos, processos ou serviços.

Segundo o PMBOK® (2017), as tendências em gerenciamento da qualidade do

projeto incluem, mas não estão limitadas a:

• Satisfação do cliente (Entender, avaliar, definir e gerenciar os requisitos

para que as expectativas do cliente sejam atendidas);

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• Melhoria contínua (O ciclo planejar-fazer-verificar-agir (PDCA), base para a

melhoria da qualidade);

• Responsabilidade da gerência (O sucesso exige a participação de todos os

membros da equipe do projeto); e

• Parceria mutuamente benéfica com fornecedores (A organização deve

preferir relacionamentos de longo prazo em lugar de ganhos de curto

prazo).

Figura 2 Contexto de Iniciação de Projeto

Fonte: Guia PMBOK (2017).

2.2 Gestão Documental

Conforme Viana e Tavares (2014), a gestão documental não é algo fácil de ser feito,

entretanto seus resultados trazem vantagens como o espaço menor a ser utilizados,

a durabilidade e o preço.

Segundo Indolfo (2007), o uso de normas e padrões de gerenciamento documental

em órgãos da Administração Pública Federal requer serviços arquivísticos bem

equipados e estruturados e, providos de uma força de trabalho instruída para

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desenvolver e executar com correção suas tarefas. Ainda segundo o autor, a falta de

processamento técnico, a guarda de documentos inadequada e a insuficiência de

recursos tecnológicos precisam ser solucionados de forma que as dificuldades de

acesso às informações públicas sejam sanadas.

Segundo o Dicionário brasileiro de terminologia arquivística, Nacional (2005), gestão

de documentos é o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à

produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase

corrente e intermediária, visando sua eliminação ou recolhimento (CONARQ, 2005).

De acordo com Indolfo (2007), não se pode falar de gestão de documentos como um

conceito singular e de uso universal, uma vez que de sua elaboração e

desenvolvimento participaram fatores decisivos, em que se destaca uma dada e

específica tradição arquivística, e também administrativa, e um contexto histórico e

institucional.

Conforme Viana e Tavares (2014), a organização e a informatização indicam

caminhos para controlar e monitorar o armazenamento e a utilização dos documentos

de uma empresa.

Os riscos advindos da adoção de novas tecnologias na preservação de arquivos

precisam ser constantemente mitigados com a utilização de soluções tecnológicas de

ampla aceitação por organismos oficiais, em âmbito nacional e internacional e que

sejam sujeitos à avaliação com base em estatística de uso.

O texto aprovado2 na “International council on archives” (2010) que registra decisões,

ações e memórias, definiu arquivos como sendo um patrimônio único e transmitido,

de uma geração a outra.

A propósito, o ordenamento jurídico brasileiro é inequívoco sobre o dever do Poder

público em promover a gestão e a proteção da documentação governamental, como

2 Aprovada na assembleia geral do Conselho Internacional de Arquivos realizada em 17 de setembro

de 2010, durante a 42ª CITRA, em Oslo. Tradução para o português acordada entre o Arquivo

Nacional (Brasil) e o Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Portugal).

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instrumento de apoio à administração e como elementos de prova e de informações,

nesse contexto, os gestores públicos têm o dever de buscar novas tecnologias para

preservar seus arquivos.

Cooroborando com a assertiva acima, segundo Jean Hartley (2005), quão extensa

uma mudança tem que ser aplicada, a fim de ser classificada como inovação (em vez

de melhoria contínua)? Ainda, segundo o autor, grande parte da teoria da inovação e

da literatura tem derivado do desenvolvimento de novos produtos, onde uma inovação

em tecnologia pode ser observada e amplamente aceita, mesmo que suas

implicações ou seu impacto não sejam inicialmente conhecidos.

A implantação de uma política de gestão documental por parte dos governos federais

é de suma importância e deve ser implementada em consonância com as regras da

arquivista, pois o dano em acervos documentais, que são bens culturais e patrimônio

histórico, é irreparável. Com a tecnologia da informação muitas organizações estão

realizando a digitalização dos seus documentos sem seguir regras de segurança e

preservação.

De acordo com o publicado na Carta para a preservação do patrimônio digital

arquivístico da Unesco (2005), tecnologia documental é um meio instável de

armazenamento comparado com o arquivo convencional, portando carece de

atenção a gestão dos documentos digitais sob pena de desaparecimento e de perda

da sua confiabilidade, devendo ser uma preocupação urgente no mundo inteiro,

dessa forma, a Unesco manifesta a importância dos Estados-membros, incluindo o

Brasil, adotar políticas e ações para resguarda o patrimônio dos documentos digitais.

Mais tarde, a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política

nacional de arquivos públicos e privados, preconiza a revitalização dos serviços

arquivísticos do Poder Público por meio de programas de gestão de documentos, que

reúnam procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso,

avaliação e arquivamento de documentos (BRASIL,1991).

Segundo Indolfo (2007), o processo decisório governamental não pode continuar

“esbarrando” na falta de controle na produção e no fluxo dos ciclos informacionais. A

falta de processamento técnico, a deficiência de recursos tecnológicos e o

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armazenamento impróprio precisam ser equacionados para que as dificuldades de

acesso às informações públicas sejam sanadas.

2.2.1 Gestão Eletrônica de Documentos

Segundo Giandon et al. (2002), a implantação de sistemas de informações, como o

de Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), impacta consideravelmente na

forma de realização do trabalho dentro de uma organização. Isso acontece não

apenas pelo fato que o usuário passa a trabalhar com um novo sistema, entretanto

faz com que se descubram alternativas para melhoria dos processos.

Assim, a ferramenta de GED vem se tornando uma opção para as organizações

reduzirem o acúmulo de informações físicas, organizando e recuperando-as com

mais eficiência e segurança.

O Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) firmou o seguinte conceito para GED:

[…] é o conjunto de tecnologias utilizadas para organização da informação

não estruturada de um órgão ou entidade, que pode ser dividido nas

seguintes funcionalidades: captura, gerenciamento, armazenamento e

distribuição. Entende-se por informação não estruturada aquela que não

está armazenada em banco de dados, como mensagens de correio

eletrônico, arquivo de texto, imagem ou som, planilha etc. (E-ARQ BRASIL,

2011, p. 10).

Segundo Amorim eTomaél (2011), para gerenciar todas as informações disponíveis

no ambiente interno e externo à organização, surgem as tecnologias da informação

como resposta positiva para melhor estruturação e disponibilização de forma mais

ágil. Os benefícios na utilização de um GED podem variar em cenários diferentes: as

instituições públicas visam o uso para garantir agilidade em suas funções, assim

como para atender normativos legais, já as instituições particulares tendem a garantir

sua sobrevivência utilizando o sistema como um diferencial competitivo e

mercadológico. Porém, em todos os casos, os benefícios da implantação de um

sistema de GED são visíveis.

Carvalho et al. (1993) ressaltam que as peculiaridades do meio digital impõem uma

série de normas de cadastramento da informação até então desnecessárias.

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Segundo Santos (2012), no mundo digital o documento tende a não apresentar

fixidez, dessa forma é necessário agir no sentido de garantir que os documentos

arquivísticos institucionais apresentem esta característica. A respeito dos desafios da

preservação digital, há pelo menos duas décadas, organismos internacionais vêm

alertando sobre os riscos decorrentes da fragilidade das mídias.

No Brasil, o Governo Federal por meio do Decreto nº 8.539, de 08 de outubro de

2015, tornou obrigatória a tramitação eletrônica de documentos nos órgãos e

entidades da administração pública federal direta, autarquia e fundacional (BRASIL,

2015).

Conforme Lima e Flores (2016), o Decreto nº 8.539 especificou que os órgãos

deverão estabelecer políticas e ações que garantam a preservação em longo prazo

dos documentos, bem como o acesso e o uso contínuo dos documentos digitais,

prevendo, no mínimo, a proteção contra a deterioração e a obsolescência de

equipamentos e programas, além de mecanismos para garantir a autenticidade, a

integridade e a legibilidade desses documentos eletrônicos ou digitais.

A preocupação com a guarda dos arquivos digitais se justifica porque, tanto no mundo

físico como no ambiente digital, o documento digital apresenta características que

podem comprometer sua autenticidade. Conforme Lima e Flores (2016, p. 10):

o documento digital apresenta características que podem comprometer sua

autenticidade, uma vez que é suscetível à degradação física dos seus suportes, à obsolescência tecnológica de hardware, software e de formatos,

e a intervenções não autorizadas, que podem ocasionar adulteração e

destruição.

Como vimos, a gestão arquivística de documentos é de suma importância para

preservação de documentos digitais, devendo os softwares desenvolvido para

tramitação de documentos digitais incorporarem requisitos funcionais de segurança

que assegurem a sua autenticidade e confiabilidade.

Somente com procedimentos de gestão arquivística, é possível assegurar a

autenticidade dos documentos arquivísticos digitais. Conforme Arellano e Araújo

(2017), a informação institucionalizada, orgânica no caso dos documentos

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arquivísticos, mantida em sistemas de arquivos só é fidedigna e autêntica se

estruturada em ambientes seguros.

2.2.2 Gestão Arquivística de Documentos

Segundo o Conselho Nacional de Arquivos; Câmara Técnica de Documentos

Eletrônicos (2015), os documentos arquivísticos digitais, tanto na sua fase corrente

como na intermediária devem, de preferência, ser gerenciados por meio de um

Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos – SIGAD, com a

finalidade de garantia do controle do ciclo de vida, do cumprimento do destino e da

manutenção da autenticidade e da relação orgânica3 características fundamentais

desses documentos.

É Recomendável ao arquivista que realize uma pesquisa em legislação federal,

estadual e municipal sobre arquivística, contabilidade e direito entre outras, e em

normas internacionais (ISO, CIA, por exemplo) e normas nacionais (Conselho

Nacional de Arquivos – (CONARQ) Cornelsen e Nelli (2006).

O CONARQ publicou a Coletânea da Legislação Arquivística Brasileira e correlata,

atualizada em dezembro de 2017. Faz parte da Coletânea, leis, decretos, medidas

provisórias e resoluções que tem alguma ligação direta com arquivos e arquivologia.

Outra publicação do CONARQ, o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística

(DIBRATE), um instrumento valioso e de fundamental importância para a

normalização conceitual das atividades inerentes ao fazer arquivístico.

Segundo o CONARQ (2012), documentos digitais são aqueles codificados em dígitos

binários, somente acessíveis e interpretáveis por meio de recursos computacionais.

Eles são considerados como arquivísticos quando são produzidos ou recebidos pelo

3 Quando os documentos arquivísticos são produzidos e mantidos dentro de um sistema informatizado

(p. ex. sistemas de controle acadêmico em instituições de ensino, sistemas de prontuários médicos,

sistemas de controle de ponto), esse sistema deve incorporar as funcionalidades básicas de um SIGAD

previstas no e-ARQ Brasil, para assegurar tais objetivos.

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órgão ou entidade no decorrer de suas atividades, e possuem relação orgânica entre

si. Todas publicações supramencionadas, estão disponíveis para download4 na

página eletrônica do CONARQ.

Conforme citado por Lampert e Flores (2010), para indicar requisitos de uma

ferramenta de workflow ajustada às necessidades arquivísticas, deve-se levar em

conta o e-ARQ Brasil, que estabelece um modelo de requisitos para um Sistema

Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD).

O e-ARQ Brasil (2006) está dividido em duas partes. A primeira focada em teorias e

conceitos que balizam a Gestão Arquivística de Documentos. A outra, estabelecendo

a especificação de requisitos para atender um SIGAD e exibindo aspectos de

funcionalidade de um sistema informatizado.

2.3 Lei de Acesso à Informação

O Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – (2011b), descreve Sistema de

informação como sendo um conjunto organizado de políticas, procedimentos,

pessoas, equipamentos e programas computacionais que produzem, processam,

armazenam e proveem acesso à informação proveniente de fontes internas e

externas para apoiar o desempenho das atividades de um órgão ou entidade.

A preocupação com a organização e o acesso aos documentos públicos é antiga,

porém no Brasil, só recentemente, com a publicação do Livro Verde, MCT (2000), é

que foram dados os primeiros passos determinantes neste sentido, ao marcar o início

de uma nova era, o da sociedade da informação, que privilegia o conhecimento e usa

tecnologia em prol da coletividade.

Nessa publicação são relatadas as mudanças operadas no curto período de tempo,

após o advento da internet, e se prevê a adoção da tecnologia em diversas áreas,

inclusive no âmbito governamental. Segundo o Livro Verde, na era da Internet, o

4 conarq.arquivonacional.gov.br/publicacoes-tecnicas.html, acessado em 05.03.2019

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Governo deve proporcionar a universalização do acesso e o uso crescente dos meios

eletrônicos de informação com a finalidade de gerar uma administração eficiente e

transparente em todos os níveis.

Também podemos citar como marco legal de garantia ao acesso à informação, o

disposto no parágrafo 2º do artigo 216 da Constituição cidadã de 1988, Brasil; Senado

Federal (2016), ao estabelecer que: “cabem à administração pública, na forma da lei,

a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua

consulta a quantos dela necessitem”.

A Lei nº 12.527/2011, Lei de Acesso à Informação (LAI), regulamenta o direito

constitucional de acesso às Informações públicas. Brasil (2011). Norma essa que

entrou em vigor em maio de 2012 e normatizou dispositivo que permitem, a qualquer

pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, o recebimento de

informações públicas dos órgãos e entidades.

Os dispositivos dessa Lei são válidos para os três poderes da União, Estados, Distrito

Federal e Municípios, inclusive aos Tribunais de Conta e Ministério Público. As

entidades privadas sem fins lucrativos também são obrigadas a dar publicidade a

informações referentes ao recebimento e à destinação dos recursos públicos por elas

recebidos.

2.4 Qualidade de Software

Segundo Koscianski e Soares (2005), as várias partes que compõem a norma NBR

ISO/IEC apresentam, de maneira geral, os instrumentos necessários para que seja

realizada uma avaliação de software, apresentando como medir qualitativamente e

quantitativamente a qualidade do produto.

Segundo Colombo e Thienne (2009), a qualidade de software constitui uma área cuja

demanda está em ascensão, devido as exigências dos usuários, cada vez maior, por

eficiência, eficácia, dentre outras características de qualidade significativas para um

produto especial como um software e este autor cita, ainda, o movimento nacional e

internacional, no sentido de estabelecer normas na área de engenharia de software,

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como é o caso da Organização Internacional de Normalização (ISO), no Subcomitê

de Engenharia de Software, e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

De acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 9126-1 (2003), a qualidade diz respeito à

totalidade de características de uma entidade que lhe confere a capacidade de

satisfazer as necessidades explícitas e implícitas. As necessidades explícitas

dependem da especificação dos requisitos referentes às condições na qual o produto

deve ser utilizado, seus objetivos, funções e o desempenho esperado. As implícitas

são necessidades que, embora não estejam especificadas nos requisitos, devem ser

levadas em consideração, pois se baseiam em princípios básicos e óbvios,

necessários para que o usuário execute a sua tarefa.

A International Organization for Standardization (ISO) é uma organização

internacional cujo principal objetivo é o desenvolvimento de padrões mundiais, com a

finalidade de facilitar o intercâmbio internacional de produtos e serviços e a criar uma

cooperação intelectual, científica, econômica e técnica. Em uma busca na página

eletrônica da ISO5, foi encontrada a Norma ISO / IEC 25010:2011, utilizada para

avaliação da qualidade de software.

Conforme citado por Rinaldo Macedo e André Lucirton (2014), a Norma ISO/IEC

25010-2011 faz parte do projeto Software product Quality Requirements and

Evaluation (SQuaRE), um conjunto de normas técnicas que estabelece padrões para

qualidade e inclui gerência, modelo, medição, requisitos e avaliação de qualidade para

qualquer produto de software. O modelo de qualidade estabelecido nessa Norma

ISSO/IEC para produto de software é composto tanto pelas dimensões de qualidade

do produto como pela qualidade em uso.

A NBR ISO/IEC 25010 (2011) é a mais recente norma de produto de software. Ela

substituiu a norma ISO/IEC 9126 e propõe oito características de qualidade a serem

atendidas por um software, são elas: Suportabilidade funcional, Eficiência de

desempenho, compatibilidade, usabilidade, confiabilidade, segurança, manutenção e

portabilidade. Ressalta-se aqui a aplicabilidade da norma ISO/IEC 25010,

5 https://www.iso.org/standard/35733.html, acessada em 30.03.2019

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estritamente utilizada para avaliação de software em produção e após seu

desenvolvimento.

Denomina-se ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas, organização

normatizadora brasileira, que no ano de 1993 instituiu o Subcomitê de Software, com

a finalidade de elaborar normas no Brasil relacionadas à Qualidade de Software. Em

pesquisa realizada na página eletrônica6 da ABNT, foram encontradas as normas

sobre avaliação da qualidade de produto de software constantes Quadro -2.

Quadro 2 - Normas ABNT - NBR - Avaliação da qualidade de produto de software

Norma ABNT NBR

Título Em vigor Objetivo

25062:2006

Engenharia de software —

Requisitos e avaliação da qualidade de produto de software

(SQuaRE) — Formato comum da

indústria (FCI) para relatórios de teste de usabilidade

27/04/2011

Destina-se à elaboração de relatório das

medidas obtidas em um teste de

usabilidade, conforme definidas na ISO 9241-11: eficácia, eficiência e satisfação

em um contexto de uso especificado.

25001:2007

Engenharia de software -

Requisitos e avaliação da

qualidade de produto de software (SQuaRE) - Planejamento e

gestão

20/03/2009

Fornece requisitos e recomendações para

uma organização responsável por implementar e gerenciar a especificação

dos requisitos de qualidade do produto de

software e pelas atividades de avaliação da qualidade de software.

25020:2007

Engenharia de software -

Requisitos e avaliação da

qualidade de produto de software (SQuaRE) - Guia e modelo de

referência para medição

20/04/2009

A seleção e construção de medidas de

qualidade de produto de software,

especialmente, com relação a seu uso em conjunto com outros documentos da série

SQuaRE.

25030:2007

Engenharia de software - Requisitos e Avaliação da

Qualidade de Produto de

Software (SQuaRE) - Requisitos de qualidade

22/10/2008

Fornece os requisitos e recomendações

para especificação de requisitos de

qualidade de produto de software.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019)

6 https://www.abntcatalogo.com.br/normagrid.aspx, acessado em 31 de março de 2019.

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Conforme disciplinado pela Norma ABNT NBR ISO/IEC 25030 (2008), pode haver

diversas maneiras apropriadas para definir os elementos de um sistema, onde o

software pode ser considerado um desses elementos. Um sistema computacional é

um exemplo de um sistema, que inclui software. Ainda conforme disciplinado por essa

Norma, os sistemas são providos de uma variedade de stakeholders que mantem o

interesse durante todo ciclo de vida. As partes interessadas em um sistema

compreendem:

• todas as pessoas (usuários);

• organizações (de usuários finais ou de desenvolvimento); e

• órgãos que possuem interesse no sistema(autoridades reguladoras ou o

público em geral).

Segundo a NBR ISO 9000 (2015), "qualidade é o grau no qual um conjunto de

características inerentes satisfaz aos requisitos". Ou seja, pode-se afirmar que se

algum produto ou serviço atende aos requisitos especificados, este mesmo produto

ou serviço possui a qualidade desejada. A qualidade pode ser medida através do

grau de satisfação em que as pessoas avaliam determinado produto ou serviço.

No contexto de sistemas de informação e softwares, o conceito da ISO aplica-se

totalmente, uma vez que os usuários finais sempre terão as expectativas de um

elevado padrão de qualidade para que suas atividades e tarefas sejam sempre

executadas da forma mais adequada possível.

Segundo Tian (2005), as expectativas de qualidade para sistemas de software estão

centradas nos seguintes aspectos:

• "O sistema de software deve fazer o que é suposto que se faça. Em outras

palavras, eles devem fazer certo as coisas". (TIAN, 2005, p. 35) e,

• "Eles devem realizar estas tarefas especificas corretamente e

satisfatoriamente. Em outras palavras, eles devem fazer as coisas certas".

(TIAN, 2005, p. 35)

Segundo o guia PMBOK® (2017), Project Management Body Of knowledge, o

gerenciamento da qualidade do projeto abrange os processos para incorporação da

política de qualidade da organização com relação ao planejamento, gerenciamento e

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controle dos requisitos de qualidade do projeto e do produto para atender as

expectativas das partes interessadas. A Figura 4 apresenta o gerenciamento da

qualidade do projeto deste guia.

Segundo o PMBOK® (2017), o gerenciamento da Qualidade do Projeto presta suporte

às atividades de melhoria contínua de processos quando realizadas em nome da

organização executante. Os processos de Gerenciamento da Qualidade do Projeto

são, PMBOK® (2017, p.271):

• 8.1 Planejar o Gerenciamento da Qualidade - O processo de identificar

os requisitos e/ou padrões da qualidade do projeto e suas entregas, e

documentar como o projeto demonstrará a conformidade com os

requisitos e/ou padrões de qualidade.

• 8.2 Gerenciar a Qualidade - O processo de transformar o plano de

gerenciamento da qualidade em atividades da qualidade executáveis

que incorporam no projeto as políticas de qualidade da organização.

• 8.3 Controlar a Qualidade - O processo de monitorar e registrar

resultados da execução de atividades de gerenciamento da qualidade

para avaliar o desempenho e garantir que as saídas do projeto sejam

completas, corretas e atendam as expectativas do cliente.

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Figura 3 - Gerenciamento da Qualidade do Projeto segundo o PMBOK

Fonte: PMOK 2017

Como se pode notar, é evidente a semelhança entre os conceitos usados no PMBOK

e os conceitos da própria ISO. Com isso, é possível ainda relacionar estes três

processos do PMBOK com as definições de controle da qualidade e garantia da

qualidade de software apresentados anteriormente.

As seguintes definições constam da Norma NBR ISO / IEC 12207(1998):

• adquirente: Uma organização que adquire ou obtém um sistema, produto

de software ou serviço de software de um fornecedor;

• avaliação: Determinação sistemática do grau de atendimento de uma

entidade em relação aos critérios para ela estabelecidos;

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• operador: Organização que opera o sistema;

• processo: Conjunto de atividades inter-relacionadas que transforma

entradas em saídas;

• requisito de qualificação: Conjunto de critérios ou de condições que,

quando atendido, qualifica um produto de software quanto à conformidade

às suas especificações e quanto à sua utilização no seu ambiente-alvo;

• produto de software: Conjunto de programas de computador,

procedimentos e possível documentação e dados associados;

• serviço de software: Execução de atividades, trabalho ou obrigações

relacionadas ao produto de software, tais como seu desenvolvimento,

manutenção e operação;

• sistema: Conjunto integrado que consiste em um ou mais processos,

hardware, software, recursos e pessoas, capaz de satisfazer uma

necessidade ou objetivo definido;

• testabilidade: Extensão em que um teste objetivo e factível pode ser

projetado para determinar se um requisito é atendido;

• usuário: Indivíduo ou organização que utiliza um sistema em operação

para executar uma função específica;

• validação: Confirmação, por exame e fornecimento de evidência objetiva,

de que os requisitos específicos, para um determinado uso pretendido,

são atendidos; e

• verificação: Confirmação, por exame e fornecimento de evidência

objetiva, do atendimento aos requisitos especificados.

Segundo a Norma ABNT NBR ISO / IEC (1998, p. 25), um sistema deve ser operado

no ambiente para o qual foi pretendido, de acordo com a documentação do usuário

e, para cada liberação do produto de software, a organização que opera o sistema

deve executar o teste operacional e, satisfazendo os critérios especificados, deverá

liberar o produto de software para uso operacional.

De acordo com a NBR ISO / IEC 12207 (1998),“ Quando problemas (incluindo não-

conformidades) forem detectados em um produto de software ou em uma atividade,

um relatório de problema deve ser preparado para descrever cada problema

detectado.”

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Segundo Cordeiro e Freitas (2011), é comum encontrar definições de qualidade de

software que remetem ao fato de ele ter que atender às necessidades dos usuários,

contudo as necessidades podem variam de usuário para usuário, o que torna ainda

mais difícil a obtenção de uma definição.

Avaliar a qualidade de sistemas torna-se cada vez mais importante, tendo em vista

que os usuários primam cada vez mais por boa qualidade. Segundo Colombo e

Thienne (2009), a qualidade de software deve ser avaliada em todos os estágios, ou

seja, durante o desenvolvimento, depois do produto gerado e, finalmente no produto

em uso.

De acordo com Khaddaj e Horgan (2004), para que um sistema possa ser

considerado de qualidade, o modelo precisa incorporar corretamente os requisitos de

qualidade propostos, assim refletindo o quão bem esses requisitos foram atendidos,

situação que transmite confiança aos usuários.

De acordo com a Norma ABNT NBR ISO/IEC 25030 (2008), um modelo de qualidade

é definido pelas seguintes perspectivas de qualidade:

• Qualidade do software em uso;

• Qualidade externa de software; e

• Qualidade interna do software.

A Norma ABNT NBR ISO/IEC 25030 (2008, p.6), define qualidade em uso como“ A

capacidade do produto de software em permitir que usuários especificados atinjam

suas metas especificadas com eficácia, produtividade, segurança e satisfação em

contextos de uso especificados.” Ou seja, a perspectiva de qualidade em uso,

relaciona-se com o aplicativo do software em seu ambiente operacional, realizando

tarefas específicas por usuários específicos.

Dessa forma, o objetivo desse estudo será avaliar o grau de qualidade do estágio de

uso do software SIGA-SIPWEB, sob a perspectiva dos usuários, com foco na etapa

medidas de qualidade do produto em uso.

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2.5 Metodologia multicritério de apoio à decisão(MCDA)

Conforme destacado por Silveira Jr. (2016), os métodos de apoio à decisão estão

situados no escopo da Pesquisa Operacional (PO), não aquela que ganhou força e

ênfase após o fim da segunda Guerra Mundial para solucionar problemas decisórios

complexos, mas sim à nova abordagem que teve início a partir de estudos realizados

na França por Roy, em 1968 e nos Estados Unidos por Keeney, Raiffa e Saaty, atores

reconhecidos como pioneiros da metodologia MCDA.

Segundo Ensslin et al. (2000), as Metodologias Multicritérios constituem-se uma

evolução da Pesquisa Operacional (PO), ainda segundo esse autor, as duas

principias correntes de pensamentos multicritérios que se desenvolveram foram:

• Multicriteria Decision Making (MCDM): metodologia em que se pretende

desenvolver um modelo matemático para explicar uma situação de forma que

se obtenha uma ótima decisão; com base em uma situação real, independente

dos envolvidos, e

• Multicriteria Decision Aid (MCDA): metodologia que tem como proposito

modelar o contexto decisório, com vistas a produzir conhecimentos aos

participantes do processo.

Conforme Longaray e Ensslin (2013), o processo de intervenção da metodologia

MCDA são concebidos de forma ordenada e por meio de três fases básicas coerentes

e interagentes entre elas: a fase de estruturação; a fase de avaliação; e a fase de recomendações. As três fases da MDCA, com suas respectivas etapas, seguem

ilustrada Figura 4.

A problemática das metodologias MCDA tradicionais é a da escolha da solução ótima

dentre alternativas preexistentes, cujos exemplos dessa visão podem ser

encontrados em Zambon et al. (2005), Gomes (2005), Campos e Almeida (2006),

Chen, Kilgour e Hipel (2008), dentre outros.(ENSSLIR et al. p,129, 2010).

É nesse contexto que as metodologias multicritério de apoio à decisão (MCDA –

Multicriteria Decision Aid, na literatura inglesa) são promissoras como ferramentas

para aumentar a compreensão e subsidiar os decisores no processo relacionado à

análise da qualidade do software SIGA-SIPWEB, objeto deste trabalho, assim como

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para auxiliar na formulação das alternativas e propostas que sejam consideradas

relevantes para melhoria deste software sob a ótica dos usuários

Figura 4 - As fases da MDCA

Fonte: Longaray; Ensslin (2013)

3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA

A fim de obter respostas acerca dos objetivos propostos neste estudo, este capítulo

apresenta os mecanismos de operacionalização da pesquisa, através de tópicos

específicos que contribuem para a sua credibilidade.

Segundo MarconIi e Lakatos (2003), método é o conjunto das atividades sistemáticas

e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo –

conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando dessa forma o caminho a ser

seguido e detectando erros e auxiliando nas decisões.

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Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico, em livros, teses, artigos

científicos e periódicos cujos conteúdos contribuíram para a consolidação dos

fundamentos teóricos dos principais itens deste trabalho, em seguida a

caracterização do software avaliado, a demonstração das etapas implementadas

para permitir a construção do modelo de avaliação, a apresentação dos participantes,

a caracterização da análise de sensibilidade realizada e por fim, as conclusões e

recomendações acerca das análises dos resultados

Segundo Fontenelles et al. (2009), o pesquisador, ao conhecer o tema de estudo,

poderá apresentar uma melhor fundamentação teórica que dará suporte e irá justificar

a sua proposta, além de determinar, com maior precisão, os objetivos propostos na

pesquisa, evitando-se a repetição de estudos já realizados pela comunidade

científica.

3.1 Tipologia e descrição geral dos métodos de pesquisa

A natureza da pesquisa realizada caracterizou-se como aplicada, pois se produziu

conhecimentos que podem ser empregados na melhoria da qualidade dos usuários

do software analisado. Segundo Fontenelles et al. (2009), o objetivo da pesquisa

aplicada é gerar conhecimentos científicos para aplicação prática voltada para a

solução de problemas concretos, peculiares da vida moderna. É a pesquisa que gera

novos processos tecnológicos e novos produtos, com resultados práticos imediatos

em termos econômicos e na melhoria da qualidade de vida.

Está pesquisa se classifica como descritiva, uma vez que a coleta de dados realizada

neste trabalho ocorreu de forma natural e espontânea, sem interferência do

pesquisador, por meio de aplicação de questionário. Conforme Nunes et al. (2016),

pesquisa descritiva é aquela em que se pratica o estudo, a análise, o registro e a

interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador.

Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa. Para Zanella

(2009), a pesquisa qualitativa tem como foco principal o pesquisador, responsável

pela coleta e análise dos dados, obtendo informações do ambiente próprio. Já a

quantitativa, aquela em que a coleta e à análise dos dados são realizadas por meio

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de instrumentos estatísticos, sendo voltada para a medição e quantificação dos

resultados apurados.

Um discurso defendendo a importância dos dois enfoques é o de Gomes e Araújo

(2005, p. 8)

No campo da administração há um contexto favorável a utilização de

metodologias de pesquisa que adotem um enfoque múltiplo. O cenário

organizacional é, ao mesmo tempo, complexo e mutante. Se estudar o ser

humano isoladamente já é uma tarefa desafiadora, entendê-lo no ambiente

organizacional é uma tarefa ainda mais árdua.

Em relação a temporalidade, classifica-se como pesquisa transversal, uma vez que

os dados foram coletados em um único momento, em junho de 2019.

De acordo com Bastos e Duquia (2007), um estudo transversal contempla,

basicamente, as seguintes etapas: definição de uma população de interesse; estudo

da população por meio da realização de censo ou amostragem de parte dela; e

determinação da presença ou ausência do desfecho e da exposição para cada um

dos indivíduos estudados.

3.2 Caracterização da Organização estudada

O Departamento-Geral do Pessoal é o Órgão de Direção Setorial (ODS) do EB

responsável pelo planejamento, orientação, coordenação e o controle das atividades

do Sistema de Pessoal, e pela execução das atividades de administração de pessoal

que lhe são atribuídas pela legislação específica.

A Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social - DCIPAS é o órgão

de apoio técnico-normativo do Departamento-Geral do Pessoal – DGP, responsável

por planejar, orientar, coordenar, controlar, supervisionar e avaliar as atividades

relacionadas com a transferência para a reserva remunerada, reforma, pensão militar,

pensão especial para ex-combatentes, anistiados políticos militares, prestação de

tarefa por tempo certo, dispensa de militar designado para o serviço ativo e gestão

dos servidores civis do Comando do Exército. Consta da Figura 5 o organograma do

DGP, Órgão de Direção Setorial – ODS, que enquadra a DCIPAS.

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O software SIGA-SIPWEB, objeto de estudo deste trabalho, tem por finalidade

disponibilizar ao Serviço de Inativos e Pensionistas do Exército - SvIPEx um sistema,

com tecnologia Web; que permita o tráfego de informações digitalizadas,

automatizando os processos, com rastreabilidade, segurança, confiabilidade e

afeição de produção e produtividade.

Figura 5 -Organograma do Departamento-Geral do Pessoal

Fonte: Elaborado pelo autor (2019)

O PIPEx faz parte do portfólio de Projetos do Programa Força da Nossa Força do

DGP. Na Figura 6 ilustra-se o enquadramento deste projeto no Portfólio do DGP.

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Figura 6 -Organograma do Portfólio de Projetos do DGP

Fonte: slide -Power Point - do Programa Força da Nossa Força – DGP (2019)

O desenvolvimento do software SIGA-SIPWEP, conduzido pela DCIPAS, integrará

os diversos segmentos envolvidos no SvIPEx, conforme demostrado na Figura 7, e

permitirá a expansão da modelagem do sistema de gestão eletrônica de documentos

e processos para todas Regiões Militares(RM) do EB.

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Figura 7 - Integração do Software SIGA-SIPWEB

Fonte: Documentação do projeto PIPEx (2011)

3.3 Construção do modelo de avaliação

Neste capítulo serão apresentados os fundamentos da metodologia Multicriteria Decision Aid (Multicritério de Apoio à Decisão-MCDA), cujo método utilizado neste

estudo, fundamenta-se nos procedimentos para análise e coleta de dados propostos

por Ensslin et al. (2001). O modelo foi construído seguindo as seguintes etapas:

• Definição do rotulo do problema;

• Identificação dos atores envolvidos no processo de avaliação;

• Identificação dos elementos de avaliação;

• Construção dos descritores;

• Construção das funções de valor; e

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• Construção da árvore de valor.

3.3.1 Definição do rótulo do problema

De acordo com Rodrigues (2014), o rótulo da pesquisa é o item mais relevante do

modelo e inspira a criação dos critérios a serem avaliados no trabalho.

Segundo Ensslin et al. (2001), o rótulo deve ser definido com base nos relatos dos

decisores sobre o problema, com objetivo de delimitar o campo a ser considerado e

o contexto decisório, com o propósito de evidenciar os aspectos relevantes na

resolução do problema.

Desse modo, para melhor caracterizar o estudo e orientar a resolução do problema,

e considerando que o objetivo proposto é avaliar um software de gestão arquivística

e documental, segundo a percepção de usuários, o rótulo definido para a pesquisa

neste trabalho foi:

Avaliação da qualidade do software SIGA-SIPWEB.

3.3.2 Identificação dos atores

Identificar os atores envolvidos, direta ou indiretamente no processo decisório, é uma

etapa importante do modelo, uma vez que esse grupo contribui com sugestões para

formação do modelo. Segundo Ensslin et al. (2001),os atores têm um expressivo

poder de intervir nos processos e nas decisões, esses são divididos em dois grupos:

agidos e intervenientes.

De acordo com, Silveira Jr. (2016), os agidos participam diretamente do processo

decisório, são aqueles afetados diretamente pelas decisões tomadas e os que

exercem pressão sobre os intervenientes. Os intervenientes são constituídos por dois

tipos de autores distintos:

• Decisores – são aqueles que detêm formalmente o poder de decisão, ficam

sujeito a responsabilização pelo efeito da decisão adotada.

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• Facilitadores – formado por especialistas que têm por missão a condução do

processo de decisão ou de avaliação, não se omitindo de ser um ator atuante,

uma vez que jamais adotará postura de total neutralidade no processo.

Para fins da construção do modelo em análise, foram considerados os seguintes

atores:

• Agidos – para efeito deste trabalho, foram considerados os servidores usuários

do software SIGAM-SIPWEB que exercem suas funções em Seções de Serviço

de Inativos e Pensionistas (SSIP) regionais no Exército Brasileiro (EB), são

esses, apesar de não participaram de forma direta da construção do modelo,

os beneficiados diretos do presente estudo;

• Decisores – especialistas na área de TIC convidados para contribuir com seus

conhecimentos por ocasião da estruturação do modelo. Para tal atividade,

foram convidados 05 (cinco) especialistas dotados de elevado conhecimento

na área de computação, os quais exercem suas atividades no Centro de

Desenvolvimento de Sistemas (CDS) do EB, com sede na cidade de Brasília-

DF; e

• Facilitador – o autor deste trabalho.

3.3.3 Identificação dos elementos de avaliação

De acordo com Silveira Jr. (2018),os elementos de avaliação integram a base do

processo de avaliação do modelo e, conforme proposto por Ensslin et al. (2001) ,as

etapas para determina-los são as seguintes: identificação dos Elementos Primários

de Avaliação (EPAs), construção de Mapa Cognitivo e identificação dos Pontos de

Vista Fundamentais (PVFs), ainda, segundo o autor, o levantamento dos EPAs

representam o passo inicial para se chegar aos mapas cognitivos e que, por sua vez,

facultam a identificação dos PVFs. Os PVEs encabeçam os eixos básicos de

avaliação, de onde advém os critérios.

Ensslin et al. (2001) afirma que os PVFs são aqueles aspectos fundamentais para

avaliar ações potenciais e, ainda, explicitam os valores que são de interesse dos

decisores e são os elementos responsáveis por constituir os eixos de avaliação do

problema.

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No caso específico desse trabalho, o resultado das reflexões iniciais sobre o rótulo,

resultou na estruturação hierárquica do modelo, momento onde foram definidos os

elementos julgados como mais impactantes dentro de um contexto, definidos neste

trabalho como PVEs. Cabe ressaltar, que foram suprimidos os passos definidos como

a identificação dos EPAs e construção do Mapa Cognitivo.

Para identificar, em um momento inicial, os principais elementos que se adequem aos

objetivos do estudo, foi realizado um brainstorming com o grupo de facilitadores

indicados no item anterior. A partir das análises e ideias propostas, foram

selecionados, com base na Norma ABNT. NBR ISO/IEC 25010 - Engenharia de

Software – Qualidade de Produto Parte 1: Modelo de Qualidade, os cinco eixos

básicos significativos de avaliação: suportabilidade funcional, eficiência do desempenho, confiabilidade, segurança e usabilidade. Todos eixos citados foram

caracterizados como candidatos a PVFs.

Para que um conjunto de aspectos seja considerado relevante é preciso considerar

as propriedades (KEENEY, 1996, p.82, citado por PETRI, 2005, p.15):

• Essencial: leva em conta os aspectos que sejam de fundamental importância;

• Controlável: considera apenas aqueles aspectos relacionados,

especificamente ao contexto decisório em análise;

• Completo: inclui todos os aspectos considerados fundamentais pelos

decisores;

• Mensurável: permite especificar, de modo preciso, a performance das ações

ou alternativas potenciais;

• Operacional: possibilita a coleta das informações requeridas;

• Isolável: permite a análise de um aspecto fundamental de forma independente

com relação aos demais aspectos do conjunto;

• Não-redundante: como o próprio nome diz, não deve levar em conte o mesmo

aspecto mais de uma vez;

• Conciso: o número de aspectos considerados deve ser o mínimo necessário

para modelar de forma adequada a situação decisional;

• Compreensível: seu significado deve ser claro, permitindo a geração e

comunicação de ideias.

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Após ser constatado que os conjuntos de PVFs atenderam todos os aspectos acima,

foram submetidos à validação dos decisores, desmembrados e, logo após serem

convalidados, passaram a fazer parte da estrutura básica do modelo multicritério de

avaliação utilizado no presente trabalho.

Conforme Rodrigues (2014), a decomposição de cada ponto de vista fundamental em

diversos pontos de vista elementares tem por finalidade, viabilizar o processo de

identificação das ações potenciais, para se chegar aos fins com maior sucesso.

Apresenta-se, a seguir, o detalhamento da estrutura do modelo multicritério de

avaliação da qualidade do software SIGA-SIPWEB, após a decomposição dos PVFs

em PVEs:

PVF 1 – Suportabilidade funcional PVE 1.1 – Completeza funcional;

PVE 1.2 – Correção funcional;

PVE 1.3 – Adequação funcional.

PVF 2 – Eficiência do desempenho PVE 2.1 – Tempo de resposta;

PVE 2.2 – Velocidade de execução de tarefas.

PFV 3 – Confiabilidade PVE 3.1 – Disponibilidade;

PVE 3.2 – Recuperabilidade;

PVE 3.3 – Correção de erros.

PFV 4 – Segurança PVE 4.1 – Confidencialidade;

PVE 4.2 – Integridade;

PVE 4.3 – Responsabilização;

PVE 4.4 – Autenticação.

PFV 5 – Usabilidade PVE 5.1 – Facilidade de aprendizado;

PVE 5.2 – Facilidade de operação;

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PVE 5.3 – Interface com o usuário;

PVE 5.4 – Feedback do sistema;

PVE 5.5 – Controle do usuário.

3.3.4 Construção dos Descritores

Segundo Ensslin et al. (2001), os descritores promovem o entendimento do que será

mensurado, assim como correspondem a um conjunto de níveis de impacto -NI que

possuem significado claro e colaboram para a descrição das performances das

ações, dessa forma, os NI devem estar ordenados em termos de preferência,

conforme o sistema de valores dos decisores.

Segundo Ensslin et. al (2001, citado por Quirino , 2002, p.48) a construção dos

descritores é uma das etapas mais importantes na elaboração do modelo, pois ela

influenciará na qualidade do modelo multicritério.

Conforme Quirino (2002), a construção dos descritores tem como finalidade:

• auxiliar na compreensão do que os decisores estão considerando;

• tornar o ponto de vista inteligível;

• permitir a geração de ações de aperfeiçoamento;

• possibilitar a construção de escalas de preferências locais;

• permitir a mensuração de desempenho de ações em um critério; e

• auxiliar a construção de um modelo global de avaliação.

Roy (1993, citado por QUIRINO, 2002, p. 68), segundo o paradigma do

construtivismo, não existe um descritor ótimo para avaliar um Ponto de Vista

Fundamental. O descritor é considerado adequado à medida que os decisores o

considerem como uma ferramenta apropriada à avaliação das ações potenciais.

Os descritores, de acordo com Ensslin et al. (2001), podem ser classificados como:

• diretos, construídos e indiretos (ou proxy);

• quantitativos ou qualitativos; e

• contínuos ou discretos.

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Foram utilizados os descritores do tipo construídos, qualitativos e discretos, os quais

apresentam as seguintes características (Quirino 2002):

• construídos – explicam, segundo as percepções dos atores, os possíveis níveis

de impactos que uma ação pode ter em um PVF de forma exaustiva e concisa,

a partir da decomposição do eixo de avaliação (decomposição dos PVFs em

PVE);

• qualitativos – descrevem os pontos de vistas a partir de expressões semânticas

e por representações pictóricas; e

• discretos – são representados por um número finito de níveis de impacto, os

quais expressam as possíveis consequências das ações que compõem o

descritor.

No presente trabalho, foi decidido a utilização de cinco níveis de impacto, o nível

mais atrativo é corresponde a melhor performance possível, enquanto o nível menos

atrativo corresponde a pior performance aceitável, os demais níveis situam-se entre

estes dois extremos, dessa forma consegue-se uma melhor clareza do descritor por

ocasião do processo decisório. O Quadro 3 apresenta os níveis de impacto dos

descritores.

Quadro 3 - Níveis de impacto dos descritores

Simbologia Descrição

N5 Excelente

N4 Muito Bom

N3 Bom

N2 Regular

N1 Ruim

Fonte: Elaboração própria

Os descritores utilizados no presente trabalho atendem as propriedades desejáveis

definidas por Keeney e Thinking (1992), como mensurabilidade, operacionalidade e

compreensibilidade.

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Para um melhor entendimento, no Quadro 4 apresenta-se as descrições dos

elementos de avaliação.

Quadro 4 – Descrição dos elementos de avaliação

PVFs (Critérios) PVEs (Subcritérios)

1. Suportabilidade funcional: capacidade

do sistema em prover funções para atender a necessidades explícitas e

implícitas para as quais foi concebido.

1.1 Completeza funcional: o sistema contempla todas as funcionalidades necessárias ao desenvolvimento das atividades do usuário.

1.2 Correção funcional: o sistema consegue apresentar informações de forma clara, concisa e sem ambiguidades ao usuário.

1.3 Adequação funcional: o sistema consegue auxiliar e facilitar a realização das tarefas do usuário.

2. Eficiência do desempenho: capacidade do sistema manter o nível

de desempenho adequado.

2.1 Tempo de resposta: tempo de processamento

das informações requeridas ao sistema.

2.2 Velocidade de execução de tarefas: tempo

despendido pelo usuário para realização das

suas tarefas utilizando o sistema.

3. Confiabilidade: capacidade do

sistema executar suas funções de

modo contínuo.

3.1 Disponibilidade: capacidade do sistema manter-se operacional e acessível ao ser

requerido pelo usuário

3.2 Recuperabilidade: capacidade do sistema, em

caso de falhas ou interrupções no

funcionamento, recuperar dados e informações

perdidas.

3.3 Correção de Erros: meios proporcionados pelo

sistema para corrigir, de forma fácil e imediata,

eventuais erros cometidos pelo usuário durante a realização de suas tarefas no

sistema.

4. Segurança: capacidade do sistema de

proteger informações e dados.

4.1 Confidencialidade: capacidade do sistema de

garantir que os dados/documentos recebidos e

produzidos estejam acessíveis apenas aos

usuários credenciados.

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PVFs (Critérios) PVEs (Subcritérios)

4.2 Integridade: capacidade do sistema de garantir

a integridade dos documentos recebidos e

produzidos.

4.3 Responsabilização: capacidade do sistema de

rastrear e auditar, por meio de relatórios, tanto

os acessos quanto as operações dos usuários

4.4 Autenticação: capacidade de condicionar o

acesso ao sistema a prévia autenticação da identidade do usuário

5. Usabilidade: grau de facilidade na qual

o usuário realiza qualquer tarefa no sistema.

5.1 Facilidade de aprendizado: facilidade de

aprender as funcionalidades disponíveis no

sistema.

5.2 Facilidade de operação: facilidade de operar

as funcionalidades disponíveis no sistema

5.3 Interface com o usuário: capacidade do layout

da tela do sistema interagir de forma agradável

e amigável com o usuário.

5.4 Feedback do sistema: coerência e consistências das respostas fornecidas pelo

sistema às ações do usuário.

5.5 Controle do Usuário: funcionalidades do

sistema que permitem ao usuário o controle do

processamento das operações requeridas ao

sistema.

Fonte: Elaboração própria

3.3.5 Construção das funções de valor

As funções de valor são importantes, pois alteram o modelo qualitativo em

quantitativo. Entendendo-se, aqui, que valor é a referência aos juízos do decisor, ao

nível de importância de determinada coisa, estabelecida ou arbitrada. Dessa forma,

utilizam-se métodos para diferenciar os níveis de atratividade a partir da percepção

dos decisores. Ensslin et al (2012)

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Segundo Quirino (2002), vários são os métodos existentes na literatura que podem

ser utilizados para a construção das funções de valor. Portanto, para o presente

trabalho, é utilizado o método denominado Julgamento Semântico onde, segundo

Rodrigues (2014, P. 138).

Na construção do método de julgamento semântico tem-se a comparação

de cada par de diferenças de atratividade, que tem como referência uma

ação potencial, para julgamento dos decisores. O referido método apresenta

uma estrutura escalar ordinal semântica, que tem base em palavras pré-

definidas, com a intenção de oferecer diferentes intensidades de preferência

para uma ação em relação à outra. (Rodrigues 2014, p. 138).

Neste trabalho, optou-se pela utilização do método de julgamento semântico. Nesse

tipo de método, a função de valor é obtida através de comparações par a par da

diferença de atratividade entre alternativas potenciais (BEINAT, 1995). Para isso,

solicita-se ao decisor que expresse qualitativamente, através de uma escala ordinal

semântica, a intensidade de preferência percebida. Na operacionalização desse

processo foi empregado o método MACBETH – Measuring Attractiveness by a

Categorical Based Evaluation Technique (BANA e COSTA; VANSNICK, 1995).

Conforme disciplinado por Silveira Jr. (2018, p. 94), “as funções de valor devem

satisfazer as condições matemáticas indicadas abaixo”:

• Para todo a, b ∈ A, v(a) > v(b) se, e somente se, para o avaliador “a” for mais

atrativa que “b” (a P b) (“a” é preferível a “b”);

• Para todo a, b ∈ A, v(a) = (b) se, e somente se, para o avaliador “a” for

indiferente a “b’ (a I b) (“a” é indiferente a “b”);e

• Para todo a, b, c, d ∈ A, v(a) – v(b) > v(c) – v(d) se, e somente se, para o

avaliador a diferença de atratividade entre “a” e “b” for maior que a diferença

de atratividade entre “c” e “d”.

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Ilustra-se na Figura 8, a título de exemplo, a tela do Macbeth com a matriz de

julgamento semântico referente à construção da função de valor do PVE 4.1 –

Confidencialidade. Procedimento equivalente foi adotado para os demais PVEs, cujas

matrizes constam no Anexo A.

Fonte: Macbeth

3.3.6 Determinação das taxas de substituição

As taxas de substituição de um modelo multicritério de avaliação expressam, de

acordo com o julgamento dos decisores, a perda de performance que uma ação

potencial pode sofrer em um critério para compensar o ganho de desempenho em

outro e, assim, são ferramentas que permitem que as opiniões dos decisores sejam

negociadas (ROY, 1996). Neste trabalho, a determinação das taxas de substituição

aconteceu por intermédio da ordenação dos PVFs e PVEs por ordem de preferência

e de acordo com o juízo de valor dos decisores, possibilitando que ocorresse por

estimação a determinação das respectivas taxas de substituição. As taxas de

substituição estão na Figura 9.

3.3.7 Construção da árvore de valor

Após a etapa de definição da estrutura básica do modelo de avaliação, foi construída

a correspondente árvore de valor, cuja estrutura definitiva é representada por um

Figura 8 - Funções de valor do PVE 4.1 – Confidencialidade

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diagrama arborescente, sendo composta pelos elementos abaixo, conforme consta

na Figura 9.

• um objetivo estratégico (cor amarela);

• cinco PVFs ou critérios (cor azul); e

• dezessete PVEs ou subcritérios (cor verde).

Conforme Silveira Jr. (2016), finalizadas as etapas relativas à construção da

“estrutura física” do modelo multicritério de avaliação, as etapas sucessivas, mais

sensíveis, correspondem à estruturação dos aspectos internos do modelo, com

características que permitem mensurar as ações que serão avaliadas (ações

potenciais).Tais aspectos são os descritores, as funções de valor e as taxas de

substituição.

Após a construção do modelo de avaliação, elaborou-se o questionário, Apêndice “A”,

que foi utilizado na pesquisa de campo. Para confecção desse documento, procedeu-

se como disciplinado por Silveira Jr. (2016), iniciou-se dos subcritérios, os quais

originaram, isoladamente, a dezessete perguntas, cujas alternativas de respostas,

tiveram como base os seguintes Níveis de Impactos (NI) dos descritores:

• excelente;

• muito bom;

• bom;

• regular; e

• ruim.

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Figura 9 - Estrutura Arborescente do Modelo Multicritério com a indicação das taxas

de substituição

FONTE: elaboração própria (2019)

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3.4 Procedimentos para o cálculo das avaliações

Considerando que o objeto final do presente trabalho é proceder a avaliação da qualidade do software SIGA-SIPWEB sob a percepção dos usuários e que, para

tal, foram identificados cinco Pontos de Vistas Fundamentais (PVFs), onde juntos são

capazes de caracterizar tal objeto. Assim, entendeu-se, como citado por Silveira Jr.

(2016), que seria pertinente determinar um procedimento para avaliar, em seu

conjunto, cada PVF, uma vez que os resultados da pesquisa de campo, depois de

tratados pelo software Hiview37 , determinarão somente a pontuação de cada

respondente, por PVF e globalmente.

Em seguida, seguindo a metodologia MDCA, conforme citado por Silveira Jr. (2016),

de posse da avaliação quantitativa de cada PVF, foi definida uma equação com a

finalidade de calcular a avaliação quantitativa global do objeto escopo deste trabalho.

Para tal, com base nas premissas definidas por Ensslin et al. (2001), foram definidas

equações par o cálculo da avaliação (nota) dos cinco critérios e da avaliação global,

tendo como base os resultados apurados na pesquisa, após serem devidamente

tratados.

3.4.1 Cálculo das avaliações dos critérios

Para o cálculo da avaliação dos critérios (PVFs) – avaliações parciais – foi utilizada

a fórmula de agregação aditiva, dada pela seguinte equação (adaptada de Ensslin et

al., 2001)

A(PV) = ∑ [∑ 𝑃𝑖. (𝐹𝑉𝑖𝑅𝑗)./01 ]. 1 𝑛56

701 [1]

Onde:

• A (PVF) = avaliação do PVF;

• Pi = taxa de substituição (peso) do PVE “i”;

7 Sofware desenvolvido pela empresa Catalyze Ltd. Company Information.

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• (FViRj) = função de valor do respondente “j” impactada no PVE

i;

• m = número de subcritérios (1, 2, ... i); e

• n = 25 (número de respondentes).

A referida equação está submetida às seguintes restrições:

• o somatório das taxas de substituição deve ser igual a 1 (p1 +

p2 + p3 + p4 + p5 = 1 →100%);

• o valor das taxas de substituição deve ser maior do que zero e

menor do que 1 (0 < 𝑷𝒊 < 1, para i = 1, 2 e 3);

Após a avaliação de cada PVF, foi realizado o cálculo da avaliação global do objeto do presente trabalho, para tal, foram observados os fundamentos e princípios

preconizados pela metodologia MCDA e premissas definidas Ensslin et al. (2001).

3.4.2 Cálculo da avaliação global

Para o cálculo da avaliação global (nota final), definiu-se uma fórmula de agregação

aditiva, a partir da seguinte equação:

A(G) = ∑ [∑ 𝑥𝑖. 𝑦𝑖(𝑅𝑗)</01 ]. 1 𝑛56

701 [2]

Onde:

• AG = avaliação global;

• yi (Rj) = pontuação parcial do respondente j nos critérios: (1, 2,

3, 4 e 5) ;

• xi = taxa de substituição dos critérios: (1, 2, 3, 4, e 5)

• n = 25 (número de respondentes) e

• k = 5 (número de critérios:1, 2, 3, 4 e 5).

Tal equação está submetida às seguintes restrições:

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• somatório das taxas de substituição dos PVFs deve ser igual a

1 (y1 + y2 + y3 + y4 + y5 = 1 → 100%);

• valor das taxas de substituição deve ser maior do que zero e

menor do que 1 (0 < yi < 1, para i = 1, 2, 3, 4, 5 e 6);

3.5 Análise de sensibilidade

A análise de sensibilidade é um procedimento realizado após a realização da

pesquisa de campo e do devido tratamento dos dados, tem por finalidade a

verificação da robustez do modelo de avaliação, que apesar de ter sido construído

seguindo rigorosamente o proposto na metodologia, justifica-se checa-lo para conferir

a sua robustez, conforme disciplinado por Ensslin et al. (2001), devido a possibilidade

de algumas fontes de imprecisão advindos dos modelos multicritérios de avaliação

De acordo com Silveira Jr. (p.106, 2018):

a) devido à complexidade do contexto decisório, às vezes, os decisores definem

modelos que, em sua essência, não fornecem bases adequadas para a devida

avaliação;

b) às vezes, os modelos definidos baseiam-se tão somente no presente, ou em

situações passadas, de modo que podem não serem aderentes a situações

futuras;

c) alguns modelos preocupam-se com medidas exatas e apresentam indecisão

quanto ao que se deve medir, de modo a desconsiderar a essência de tais

modelos, principalmente o fato de que as representações numéricas devem ser

apenas “ordens de magnitude” e não quantidades exatas; e

d) sendo a metodologia calcada no paradigma construtivista, segundo o qual as

preferências são construídas, e não descobertas, o facilitador desavisado pode

influenciar as respostas dos decisores e, com isso, desvirtuar a versão final do

modelo.

As taxas de substituição devem ser iguais a 1, a alteração de uma determinada taxa

implica na modificação das demais.

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Dessa forma, para serem calculadas as novas taxas de substituição do modelo como

um todo, utiliza-se a seguinte fórmula proposta por Ensslin et al. (2001):

pn? = AB.(1CADE)

(1CAD) [3]

Onde:

• pi = taxa de substituição (peso) original do critério i;

• pi’ = taxa de substituição (peso) modificada do critério i;

• pn = taxa de substituição (peso) original do critério n;

• pn' = taxa de substituição (peso) modificada do critério n.

Neste trabalho, para a verificação da análise de sensibilidade, foi seguido o proposto

por Quirino (2002, p. 152):

A Análise de Sensibilidade é usada para verificar se o modelo é robusto a

alterações nas taxas de substituição nos critérios (Goodwin e Wright, 1991).

Para verificar a robustez do modelo, é necessário que se façam pequenas alterações (em torno de 10%) nas taxas de substituição dos critérios. Depois,

verificam-se as variações ocorridas nas pontuações (avaliações) globais das

ações potenciais (candidatos). Se, com as pequenas alterações feitas, a

maioria permanecer igual à ordem das avaliações globais das ações

potenciais, diz-se que o modelo é robusto. Caso contrário, o modelo não será

robusto. Sendo assim, é necessária muitas vezes uma reavaliação das taxas

de substituição dos critérios utilizadas, em último caso, saber até quanto

(menos de 10%) se pode alterar as taxas para não haver grandes oscilações nas avaliações globais das ações potenciais (ver Ensslin et al., 2001).

Os resultados da verificação da análise da sensibilidade serão apresentados no

subitem 4.7.

3.6 Procedimento de coleta dos dados

Com a definição dos descritores da pesquisa, foi construído o questionário constante

do Apêndice “A” para coleta dos dados contendo 17 questões avaliativas, as quais

foram estruturadas de forma a evitar dúvidas na interpretação dos respondentes.

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O uso desse instrumento de pesquisa permitiu que se fosse realizado, num universo

de 25 usuários do sistema SIGA-SIPWEB, a avaliação da qualidade do software.

Participaram da pesquisa de campo, na qualidade de agidos, servidores lotados nas

SSIP das 1ª e 11ª Regiões Militares, localizadas, respectivamente, nas cidades do

Rio de Janeiro-RJ e Brasília-DF. Todos os respondentes estavam exercendo suas

funções no Serviço de Inativos e Pensionistas do Exército Brasileiro (SvIPEx).

O levantamento dos dados foi realizado durante o mês de agosto de 2019. Para

realização da pesquisa foi disponibilizado para os respondentes um link na web com

a finalidade de, ao ser acionado, apontar para um formulário eletrônico em site

especializado. A pesquisa foi respondida, num intervalo máximo de 7 dias, por 25

servidores que exercem parte de suas atividades funcionais operando o sistema

SIGA-SIPWEB.

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4 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA DE CAMPO

Para o cálculo da avaliação (nota) dos cinco critérios e da avaliação global, foram

utilizados como insumos os resultados da pesquisa realizada, após serem tratados

pelo software Hiview3. O tratamento ocorreu a partir do modelo de avaliação

construído.

Os resultados das análises serão apresentados por blocos, referentes a cada PVF e,

ao final, apresenta-se detalhadamente a avaliação global, onde refletem-se as

avaliações de cada respondente, a partir dos juízos de valor dos decisores que

contribuíram para a construção do modelo multicritério de avaliação.

4.1 Análise do PVF 1 – Suportabilidade funcional

O PVF 1 – Suportabilidade funcional teve participação de 19% no contexto global.

Foi levado em consideração, para fins de avaliação, os seguintes PVEs: 1.1 Completeza funcional; 1.2 Correção funcional e 1.3 Adequação funcional. Tais

requisitos (subcritérios), validados pelos decisores, em conjunto, representam a

caracterização completa do critério sob análise.

Na Figura 9, apresenta-se a síntese das pontuações ponderadas computadas pelo

software Hiview3 a cada um dos respondentes para os três PVEs desse PVF. As colunas rotuladas de 1 a 25 referem-se aos respondentes da pesquisa. As linhas

representam os PVEs que compõem o PVF. Na última linha constam as pontuações

totais atribuídas pelos respondentes ao critério Suportabilidade Funcional ( PVF 1)

como um todo.

A interseção entre uma coluna e uma linha representa a pontuação referente à função

de valor correspondente ao nível de impacto atribuído pelo respondente ao PVE

avaliado.

A coluna "Weight" representa o peso do respectivo PVE no PVF, enquanto a coluna

"Cumulative Weight" representa o peso do PVE em relação à avaliação global. Na

última linha encontra-se às pontuações totais atribuídas por cada respondente ao

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PVF como um todo, levando-se em consideração os pesos de cada PVE

apresentados na colua "Weight".

Figura 10 - Participação ponderada dos PVEs no PVF1

Fonte: Hiview3

A avaliação desse PVF 1, em uma escala de 0 a 10, obteve a pontuação de 7,37, a

que melhor contribuiu para a composição da nota global da avaliação do software

SIGA-SIPWEB. Pôde-se observar que a maioria dos respondentes declarou-se

satisfeita com as funcionalidades do software destinadas a atender as inúmeras

demandas relacionas a gestão eletrônica dos documentos tramitados no SvIPEx

Neste quesito, numa escala de 0 a 100, apenas três (12%) das vinte e cinco

pontuações ponderadas ficaram com valor abaixo de 50, que, ao ser analisada em

uma perspectiva macro pode ser considerada como satisfatória.

Para fins de demonstração, no gráfico da Figura 10 apresenta-se a contribuição de

cada PVE na composição da pontuação do PVF 1.

O PVE 1.1 – Completeza funcional recebeu a pontuação de 7,64, foi o que melhor

contribuiu para a composição da nota do PFV1, podendo-se aferir que a maioria dos

respondentes consideraram que o software SIGA-SIPWEB contempla, de forma

satisfatória, as funcionalidades necessárias ao desenvolvimento de suas atividades

como operador usuário.

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Figura 11 - Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF1

Fonte: Hiview3

O PVE 1.2 – Correção funcional recebeu a pontuação de 7,07, foi o que recebeu a

menor nota entre os PVEs deste PVF, mesmo assim, o resultado pode ser

considerado satisfatório, podendo-se aferir que, de forma razoável, que o software

consegue apresentar informações clara, concisa e sem ambiguidades aos

operadores na realização de tarefas afetas ao SvIPEx. Contudo, sendo passível de

ajustes na busca do nível de excelência desejável.

O PVE 1.3 – Adequação funcional recebeu a pontuação de 7,42, resultado que,

pode ser também satisfatório, onde depreende-se que o software, de forma aceitável,

consegue auxiliar e facilitar a realização das tarefas dos usuários

4.2 Análise do PVF 2 – Eficiência do desempenho

O PVF 2 Eficiência do desempenho, teve participação de 14% no contexto global.

Foi levado em consideração, para fins de avaliação, os seguintes PVE: 2.1 Tempo de resposta e 2.2 Velocidade de execução de tarefas. Tais requisitos

(subcritérios), validados pelos decisores, em conjunto, representam a caracterização

completa do critério sob análise. Em uma escala de 0 a 10, obteve a pontuação de

6,56, que, ao ser analisada em uma perspectiva macro, pode ser considerada como

razoável, pelo fato de o objeto da avaliação tratar-se de um software recém

produzido, que tem por finalidade automatizar os processos relacionados com o

SvIPEx.

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Neste quesito, numa escala de 0 a 100, cinco (20%) das vinte e cinco avaliações

ponderadas de respondentes obtiveram pontuação abaixo de 50. Depreende-se, por

ser a primeira avaliação realizada desse software, a necessidade de uma revisão dos

requisitos mínimos necessários nos CPU dos usuários operadores do sistema para o

funcionamento pleno do software SIGA-SIPWEB.

Para fins de demonstração, no gráfico da Figura 12 apresenta-se a contribuição dos

PVE na composição da pontuação do PVF 2 e, no gráfico da Figura 13, apresenta-

se a contribuição de cada PVE na composição da pontuação do referido PVF.

Figura 12 - Participação ponderada dos PVEs no PVF 2

Fonte: Hiview3

Figura 13 -Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 2

Fonte: Hiview3

O PVE 2.1 – Tempo de resposta recebeu a pontuação de 6,28, a menor, dentre as

duas, que contribuiu para a composição da nota do PFV, podendo-se avaliar que a

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maioria dos respondentes consideraram bom o tempo de processamento das

informações requeridas ao software SIGA-SIPWEB. Sendo essa, portanto, uma

funcionalidade passível de melhoria.

O PVE 2.2 – Velocidade de execução das tarefas recebeu a pontuação de 6,84, a

maior, dentre as duas, que contribuiu para a composição da nota do PFV. Ressalta-

se nesse quesito que o o resultado pode ser considerado satisfatório, podendo-se

aferir que, de forma razoável, o software é capaz de auxiliar e facilitar a realização

das tarefas do usuário. Sendo, também, funcionalidade passível de melhoria.

4.3 Análise do PVF 3 – Confiabilidade

O PVF 3 Confiabilidade teve participação de 29% no contexto global. Foi levado em

consideração, para fins de avaliação, os seguintes PVE: 3.1 Disponibilidade, 3.2 Recuperabilidade e 3.3 Correção de erros. Tais requisitos (subcritérios), validados

pelos decisores, em conjunto, representam a caracterização completa do critério sob

análise. Em uma escala de 0 a 10, obteve a pontuação de 5,79 que, ao ser analisada

em uma perspectiva macro, pode ser considerada como regular, pelo fato de o objeto

da avaliação tratar-se de um sistema de gestão eletrônica de documentos recém

implantado, em substituição ao modo manual, sendo para tal necessária a quebra de

paradigmas por parte dos usuários. Infere-se que, para melhoria desta funcionalidade

seja necessário o investimento por parte da organização em cursos e treinamentos

para os operadores usuários do sistema.

Para fins de demonstração, no gráfico da Figura 14 apresenta-se a contribuição dos

PVE na composição da pontuação do PVF analisado, e no gráfico da Figura 15

apresenta-se a contribuição de cada PVE na composição da pontuação do PVF.

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Figura 14 -Participação ponderada dos PVEs no PVF 3

Fonte: Hiview3

Figura 15 -Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 3

Fonte: Hiview3

O PVE 3.1 – Disponibilidade obteve a pontuação de 5,64, foi o que recebeu a menor

nota entre os PVEs deste PVF, podendo-se aferir que a maioria dos respondentes

consideram regular a capacidade do software SIGA-SIPWEB em manter-se de forma

operacional e acessível quando requerido pelos seus usuários. Neste caso, medidas

corretivas devem ser aplicadas para que esta funcionalidade possa atinja uma melhor

nota.

O PVE 3.2 – Recuperabilidade recebeu a pontuação de 5,65, podendo-se aferir que,

a maioria dos respondentes consideraram de maneira regular a capacidade do

software de conseguir, em caso de falhas ou interrupções durante o funcionamento,

recuperar dados e informações perdidas. Neste caso, também, julga-se necessária a

aplicação de medidas corretivas para que esta funcionalidade atinja uma melhor

pontuação.

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O PVE 3.3 – Correção de erros recebeu a pontuação de 6,08, foi o que melhor

contribuiu para a composição da nota do PFV 3, resultado que pode ser considerado

satisfatório onde depreende-se que o software, de forma razoável, permite aos

usuários a correção de eventuais erros cometidos por eles durante a realização de

suas tarefas no sistema. Também, a semelhança dos outros PVE que compõem o

PVF 3, medidas corretivas, como investimento em cursos e capacitações de

operadores usuários do sistema, devem ser aplicadas para que esta funcionalidade

atinja uma melhor pontuação.

4.4 Análise do PVF 4 – Segurança

O PVF 4 Segurança teve participação de 21% no contexto global. Foi levado em

consideração, para fins de avaliação, os seguintes PVE: 4.1 confidencialidade, 4.2 integridades, 4.3 Responsabilização e 4.4 Autenticação. Tais requisitos

(subcritérios), validados pelos decisores, em conjunto, representam a caracterização

completa do critério sob análise. Neste quesito, o software em análise dispõe de

controles de acesso e procedimentos de segurança que garantem a integridade dos

documentos. Entre esses procedimentos, podem-se destacar o uso de controles

técnicos e programáticos, diferenciando tipos de documentos, perfis de usuários e

características de acesso aos dados, e a manutenção de trilhas de auditoria e de

rotinas de cópias de segurança. Em uma escala de 0 a 10, obteve a pontuação de

7,31 que, ao ser analisada em uma perspectiva macro, pode ser considerada como

satisfatória.

Para fins de demonstração, no gráfico da Figura 16 apresenta-se a contribuição dos

PVE na composição da pontuação do PVF 4, e no gráfico da Figura 17 apresenta-se

a contribuição de cada PVE na composição da pontuação do PVF em análise.

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Figura 16- Participação ponderada dos PVEs no PVF 4

Fonte: Hiview3

Figura 17 -Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 4

Fonte: Hiview3

O PVE 4.1 – Confidencialidade recebeu a pontuação de 7,40, podendo-se aferir que

a maioria dos respondentes consideram satisfatória a capacidade do software SIGA-

SIPWEB garantir que os dados/documentos recebidos e produzidos estejam

acessíveis apenas aos usuários credenciados, ou seja, que as operações feitas em

ambiente com interoperabilidade impossibilitam os acessos de pessoas não

autorizadas.

O PVE 4.2 – Integridade recebeu a pontuação de 7;44, podendo-se aferir que a

maioria dos respondentes consideraram que o software, de maneira satisfatória, é

capaz de manter a integridade dos documentos recebidos e produzidos, sem sofrer

nenhum tipo de corrupção ou alteração não autorizada.

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O PVE 4.3 – Responsabilização recebeu a pontuação de 7,07, foi o que recebeu a

menor nota entre os PVEs deste PVF, resultado que pode também ser considerado

satisfatório, depreende-se da pontuação recebida que os respondentes,

consideraram que o software, de forma satisfatória, é capaz de realizar o

rastreamento dos documentos em trilhas de auditoria, permitindo, por meio de

relatórios, verificar a ocorrência de acesso e uso indevidos aos documentos.

O PVE 4.4 – Autenticação recebeu a pontuação de 7,35, foi o que melhor contribuiu

para a composição da nota do PFV3, resultado também considerado satisfatório

pelos respondentes, onde depreende-se que o software é capaz de realizar o

mapeamento da identidade do usuário legítimo e das permissões concedidas a ele,

imediatamente após sua autenticação, com base nas credenciais de autenticação.

4.5 Análise do PVF 5 – Usabilidade

O PVF 5 Usabilidade teve participação de 17% no contexto global. Foi levado em

consideração, para fins de avaliação, os seguintes PVE: 5.1 Facilidade de aprendizado, 5.2 Facilidade de operação, 5.3 Interface com o usuário, 5.4 Feedback do sistema e 5.5 Controle do usuário.Tais requisitos (subcritérios),

validados pelos decisores, em conjunto, representam a caracterização completa do

critério sob análise. Neste quesito o resultado demonstrou que o sistema de software

tem boa usabilidade por ser capaz de apoiar a realização de tarefas simples, diretas

e objetivas, permitindo garantir as metas de produtividade e qualidade de trabalho do

usuário. Em uma escala de 0 a 10, obteve a pontuação de 6,79 que, ao ser analisada

em uma perspectiva macro, pode ser melhorada com as seguintes ações:

implementação de tutorias auto explicativos sobre a utilização das funcionalidades do

sistema, módulos educacionais adicionais para instruir os operadores usuários e por

meio de treinamentos.

Para fins de demonstração, no gráfico da Figura 18 apresenta-se a contribuição dos

PVE na composição da pontuação do PVF 5, e no gráfico da Figura 19 apresenta-se

a contribuição de cada PVE na composição da pontuação desse PVF.

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Figura 18 - Participação ponderada dos PVEs no PVF 5

Fonte: Hiview3

Figura 19 -Contribuição de cada PVE na avaliação do PVF 5

Fonte: Hiview3

O PVE 5.1 – Facilidade de aprendizado recebeu a pontuação de 6,54, neste quesito

depreende-se que o sistema não permite aos usuários dominar e explorar com

rapidez as funcionalidades necessárias a realização de suas tarefas, portanto,

medidas corretivas como treinamentos destinados aos operadores usuários do

sistema podem contribuir para melhoria desse quesito.

O PVE 5.2 – Facilidade de operação recebeu a pontuação de 7,20, neste quesito a

maioria dos respondentes consideraram de forma satisfatória a facilidade de operar

as funcionalidades disponíveis, podendo-se aferir que o sistema é possui grau de

intuição satisfatório.

O PVE 5.3 – Interface com o usuário recebeu a pontuação de 6,04, foi o quesito

que recebeu a menor nota entre os PVEs deste PVF, onde depreende-se que o layout

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da tela do sistema interage com o usuário de forma regular, portanto modificações no

layout do sistema, de forma que o menu passe a apresentar as suas funções com

maior clareza e praticidade para as operações do dia a dia do operador, poderá

contribuir para a melhoria do quesito.

O PVE 5.4 – Feedback do sistema recebeu a pontuação de 7,70, foi o que melhor

contribuiu para a composição da nota do PFV5, resultado que pode ser considerado

satisfatório, onde depreende-se que o usuário recebe, à cada interação com o

sistema, estímulos suficientemente distintos e adequados que lhe permite conhecer

de forma satisfatória o estado do sistema e a natureza da ação, ou seja, toda ação

do usuário corresponde uma resposta perceptível por parte do sistema.

O PVE 5.5 – Controle do usuário recebeu a pontuação de 6,44, resultado que pode

ser considerado aceitável, onde depreende-se que os respondentes não se sentiram

de forma razoável no controle do processamento do sistema. Pelo fato de o controle

do usuário favorecer o aprendizado e diminuir a probabilidade de ocorrências de

erros, medidas corretivas, como o investimento em capacitação e treinamento, devem

ser aplicadas para que esta funcionalidade atinja uma melhor pontuação.

4.6 Análise da avaliação global

Na parte relativa à avaliação global constam: na Figura 20 a compilação dos dados

brutos da pesquisa de cada respondente em relação aos PVFs; na Figura 21 a

compilação dos dados ponderados, de acordo com os pesos de cada PVF; na Figura

22 o gráfico de barras relativo à avaliação de cada respondente em relação aos PVFs;

na Figura 23 o gráfico de barras indicando a contribuição de cada PVF nas avaliações

individuais dos respondentes e, na Figura 24, o gráfico de barras indicando a

contribuição de cada critério de avaliação (PVEs) nas avaliações individuais dos

respondentes;

As respostas dos colaboradores referentes aos quesitos do questionário aplicado por

ocasião da pesquisa de campo, depois de tabuladas e tratadas pelo software Hiview3,

resultaram nos insumos necessários para o cálculo das avaliações de cada PVF e,

com base nas notas atribuídas, calculou-se a pontuação que representa à avaliação

global.

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A avaliação global da qualidade do software SIGA-WEB, sob a percepção dos

usuários, atingiu a pontuação final de 6,7 numa escala de 0 a 10. Nota que

corresponde à agregação das avaliações realizadas nos cinco pontos de vista

considerados como fundamentais na avaliação multicritério da qualidade do software,

conforme entendimento dos decisores que fizeram parte da construção do modelo de

avaliação, e reflete o grau de satisfação dos usuários.

Figura 20 - compilação dos dados brutos da pesquisa de cada respondente em

relação aos PVFs

Fonte: Hiview3

Figura 21 - Compilação dos dados ponderados, de acordo com os pesos de cada

PVF

Fonte: Hiview3

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Figura 22 - Avaliação de cada respondente em relação aos PVFs

Fonte: Hiview3

Figura 23 - Contribuição de cada PVF nas avaliações individuais dos respondentes

Fonte: Hiview3

Figura 24 - contribuição de cada critério de avaliação (PVEs) nas avaliações

individuais dos respondentes

Fonte: Hiview3

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No Quadro 5, constam as notas, em uma escala de 0 a 10, referentes às avaliações

finais dos cinco PVFs, bem como a avaliação global resultante da ponderação das

notas atribuídas aos critérios, a partir do peso determinado pelos decisores para cada

PVF.

Quadro 5 - Síntese das avaliações dos critérios e da avaliação global

Fonte: Elaboração própria

Apesar das notas constantes do Quadro 5 indicarem ser possível a implementação

de melhorias pontuais em requisitos do Software analisado, ressalta-se que nenhum

PVF foi criticamente avaliado, podendo-se aferir, de forma generalizada, que o

produto é intuitivo, seguro, confiável e agrega qualidade a gestão documental do

Serviço de Inativos e Pensionistas do Exército.

Acertiva que pode ser corroborada pela NBR ISO 9000 (2015), citada anteriormente,

que defenine qualidade como sendo o grau no qual um conjunto de características

inerentes satisfaz aos requisitos, ou seja, se algum produto ou serviço atende aos

requisitos especificados, este mesmo produto ou serviço possui a qualidade

desejada. Ainda, segundo a referida Norma, a qualidade pode ser medida através

do grau de satisfação em que as pessoas avaliam determinado produto ou serviço.

Ainda, corrobora com a avaliação satisfatória do software o citado por Tian (2005)

que disciplina que expectativas de qualidade para sistemas de software estão

centradas nos seguintes aspectos:

Critérios Peso Nota obtida

1.Suportabilidade funcional 19% 7,37

2.Eficiência do desempenho 14% 6,56

3.Confiabilidade 29% 5,79

4.Segurança 21% 7,31

5.Usabilidade 17% 6,79

Avaliação global 100% 6,76

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• "O sistema de software deve fazer o que é suposto que se faça. Em outras

palavras, eles devem fazer certo as coisas". (TIAN, 2005, p. 35) e,

• "Eles devem realizar estas tarefas especificas corretamente e

satisfatoriamente. Em outras palavras, eles devem fazer as coisas certas".

(TIAN, 2005, p. 35)

A nota 7,37 atribuída ao PVF 1 – Suportabilidade funcional reflete a capacidade do

software em satisfazer, de forma apropriada, as necessidades dos usuários. Além

disso, indica que a maioria dos usuários estão satisfeitos em relação a capacidade

do software contemplar funcionalidades necessárias ao desenvolvimento de suas

atividades no SvIPEx de forma clara, concisa e sem ambiguidades e, ainda, ser capaz

de auxiliar e facilitar na realização de tarefas. Apenas um respondente atribuiu grau

insatisfatório neste item. A Figura 25 ilustra a avaliação de cada respondente em

relação ao PVF 1.

Figura 25 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 1.

Fonte: Elaboração própria

O PVF 2 – Eficiência do desempenho - foi satisfatoriamente avaliada pelos usuários,

obteve a nota 6,56. Apenas um respondente atribuiu grau insatisfatório neste item, o

grau de desempenho obtido neste critério de avaliação pode estar relacionado com

a velocidade da internet dedicada ao sistema que afeta o tempo de processamento

das informações requeridas ao software, assim como o pouco tempo de utilização

deste sistema no SvIPEx, situação que afeta sobremaneira no tempo despendido

pelos usuários na realização de tarefas.

41

11

100

71

41 41

100

50

80 8271

100100

6252

82

100

69

100100

80 80

100

50

80

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

PVF 1 - Suportabilidade funcionalPontuações

Respondentes da pesquisa

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Figura 26 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 2

Fonte: Elaboração própria

Quanto ao PVF 3 – Confiabilidade obteve a nota 5,79. Apesar de ter recebido a nota

mais baixa entre os critérios, pode-se considerar um resultado aceitável pelo fato de

a implementação deste software resultar em quebra de paradigmas na gestão

documental do SvIPEx, antes realizada pelos usuários de forma tradicional,

tramitando fisicamente os documentos e processos, agora de forma automatizada,

tramitando eletronicamente com a utilização do software SIGA-SIPWEB.

Espera-se, com o passar do tempo, que a utilização desta ferramenta de TIC angarie

mais confiança por parte dos usuários. A Figura 27 ilustra a avaliação de cada

respondente em relação ao PVF 3.

Figura 27 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 3.

Fonte: Elaboração própria

65

13

65 65

12

48

100

48

81

48

29

100

65 63

100

63 6781

100100

81

46

100

23

84

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

PVF 2 - Eficiência do desempenhoPontuações

Respondentes da pesquisa

217

4759

27 21

100

5947

72

4559

8773

4557 60

47

87100100

34

100

21

73

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

PVF 3 - ConfiabilidadePontuações

Respondentes da pesquisa

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O PVF 4 – Segurança obteve a nota 7,31. Por tratar-se de um software recém

implantado no SvIPEx, considera-se um resultado satisfatório ao demostrar que a

maioria dos usuários respondentes consideraram o software capaz de proteger

informações e dados, onde pessoas ou sistemas não autorizados não podem lê-los

nem os modificar e o acesso às pessoas ou sistemas não autorizados é negado. A

figura 28 ilustra a avaliação de cada respondente em relação ao PVF 4.

Figura 28 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 4

Fonte: Elaboração própria

Quanto ao PVF 5 – Usabilidade foi avaliado com a nota de 6,79, o que demostra a

capacidade do software, de maneira razoável, ser entendido, aprendido, usado e

atrativo por seus usuários. Contudo, como foi identificado aspecto negativo de

usabilidade na avaliação de alguns respondentes, recomenda-se melhorias com o

objetivo do aperfeiçoamento da ferramenta, com vistas em proporcionar uma melhor

interação entre usuário versus sistema. A Figura 29 ilustra a avaliação de cada

respondente em relação ao PVF 5.

4534

100

64 64

27

100

7582

74

92 90 9284 82 84

65 63 60

100

82

65

100

35

73

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

PVF 4 - SegurançaPontuações

Respondentes da pesquisa

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Figura 29 – Avaliação de cada respondente em relação ao PVF 5

Fonte: Elaboração própria

4.7 Aplicação da análise de sensibilidade

Conforme preconizado no subitem 3.5, após realizar o tratamento dos dados

levantados, bem como, terem sido computadas as avaliações dos critérios e a

avaliação global, precedeu-se a análise de sensibilidade do modelo utilizado

aumentando-se e diminuindo-se em 10% as taxas de substituição dos PVFs, com a

finalidade de testar a robustez do modelo.

Para efeito de demonstração, no gráfico de avaliação de sensibilidade, representado

na Figura 30, foram escolhidos aleatoriamente dez respondentes, conforme pode-se

verificar no gráfico com a posição das ações potenciais (respondentes) na linha de

corte da taxa de substituição original de 19% do PVF 1 – Suportabilidade funcional.

79

16

87100

31 28

100

72

43

92

61

92

71

3344

7280

52

7788 92

51

100

46

88

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

PVF 5 - UsabilidadePontuações

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Figura 30 - Posição das ações potenciais na linha de corte de 19% do PVF1

Fonte: Hiview3

No gráfico da Figura 31 demonstra-se a posição das ações frente a um incremento de 10% na Taxa de substituição do PVF 1.

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Figura 31 - Posição frente a um incremento de 10% na taxa de substituição do PVF 1.

Fonte: Hiview3

No gráfico da Figura 32, demonstra-se a posição das ações após um decréscimo de

10% na Taxa de substituição do PVF 1.

Figura 32 - Posição frente a um decréscimo de 10% na taxa de substituição do PVF

Fonte: Hiview3

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O teste realizado com incremento e decréscimo de 10% na taxa de substituição dos

PVFs, indicou que o modelo é robusto, pois não houve variações significativas no

resultado final das avaliações.

Os Gráficos da análise de sensibilidade relativos aos demais PVFs encontram-se no

Anexo 2.

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5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O projeto PIPEx atendeu o preconizado no manual de boas práticas PMBOK® (2017),

uma vez que foi proposto com fito na elucidação dos fatores abaixo elencados:

• Cumprir requisitos regulatórios e legais (Normas do CONARQ e o Decreto nº

8.539/2015 que dispõe sobre o uso do meio eletrônico para a realização do

processo administrativo no âmbito dos órgãos e das entidades da

administração pública federal);

• Atender necessidades das partes interessadas (celeridade dos processos do

SvIPEx);

• Implementar novas tecnologias (software de gestão eletrônica de documentos

– SIGA-SIPWEB no SvIPEx); e

• Melhorar processos e serviços.(substituir a forma tradicional de tramitação de

processos e documentos pela eletrônica).

A entrega bem sucedida do projeto PIPEx contribuirá para consolidação do Objetivo

Estratégico do Exército Brasileiro nº 13 (Fortalecer a Dimensão Humana ) – Estratégia

13.3 (Adoção de políticas para atender as demandas da inatividade), conforme Plano

Estratégico do Exército Brasileiro (2016-2019).

O software SIGA-SIPWEB foi desenvolvido observando os requisitos que

caracterizam um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos

(SIGAD).

Um SIGAD é capaz de manter a relação orgânica entre os documentos e de garantir

a confiabilidade, a autenticidade e o acesso, ao longo do tempo, aos documentos

arquivísticos de uma organização, além de incorporar qualidade, tanto as demandas

dos gestores públicos, como aos usuários que o utiliza no desempenho de suas

funções.

Neste trabalho, por meio da utilização de cinco critérios gerais de qualidade buscou-

se avaliar a percepção dos usuários que utilizam o software SIGA-SIPWEB, sendo

eles: suportabilidade funcional, eficiência do desempenho, confiabilidade, segurança

e usabilidade, os quais contribuíram para a avaliação global.

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Com a aplicação dos fundamentos da metodologia multicritério de apoio à decisão foi

possível analisar esses critérios e gerar recomendações que possam contribuir para

uma possível melhoria na percepção dos usuários do software SIGA-SIPWEB.

A contribuição deste trabalho consistiu na estruturação de um modelo de avaliação

capaz de dotar os gestores de informações relevantes para auxiliá-los na tomada de

decisão.

De maneira geral, os cinco critérios avaliados na pesquisa obtiveram pontuação que

demonstram que o software, de forma satisfatória, atende as necessidades explícitas

e implícitas para o qual foi concebido, com nível de desempenho adequado, sendo

confiável ao executar suas funções e com capacidade de proteger informações e

dados gerados e recebidos e, ainda, tem um bom grau de facilidade de interação,

permitindo aos seus usuários realizarem, sem dificuldades, suas tarefas.

Entretanto são estes aspectos passíveis de melhorias ao incorporarem as

recomendações oriundas das análises dos resultados das avaliações realizadas

neste trabalho por meio da metodologia multicritério de apoio à decisão.

O critério “suportabilidade funcional”, que está relacionado com o grau de facilidade

na qual o usuário realiza qualquer tarefa no sistema, foi o que obteve a maior

performance. Esta avaliação positiva é proveniente principalmente da capacidade

satisfatória do software de contemplar grande parte das funcionalidades necessárias

ao desenvolvimento das atividades do usuário, de apresentar informações de forma

clara, concisa e sem ambiguidades e de auxiliar e facilitar a realização das tarefas

dos usuários do SvIPEx.

O critério “confiabilidade” foi que apresentou a pior avaliação, é fato que a utilização

de uma ferramenta de TIC, em substituição ao método tradicional de tramitar

documentos, exige uma quebra de paradigmas. Neste critério, infere-se que o fator

cultural teve uma grande influência no resultado devido se tratar de um sistema

inovador e pioneiro no SvIPEx. Neste critério, percebe-se que uma parte considerável

dos usuários apresentam resistência a mudanças, devido à falta de confiança no que

tange à segurança das informações tramitadas no software. Outra preocupação

frequente é a possível dificuldade no manuseio da ferramenta de TIC. Contudo,

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espera-se que, quando os usuários superam estas barreiras, sentir-se-ão mais

seguros na utilização do SIGA-SIPWEB.

Uma das vantagens da aplicação da gestão de documentos em uma organização se

dá pela economia do custo operacional. Ela é obtida mediante a racionalização dos

procedimentos de produção, tramitação e destinação final dos documentos e

processos. Além de reduzir custos, aumenta significante a eficiência da organização,

agilizando a recuperação das informações.

O SIGA-SIPWEB, como um sistema eletrônico que permite a produção de

documentos digitais de arquivo, assim como qualquer outro sistema, para incorporar

todos os requisitos de um SIGAD dependerá do empenho dos profissionais e de um

conjunto de ações do dirigente da instituição. Apenas as melhorias tecnológicas

aplicadas nos critérios avaliados neste trabalho, não seriam suficientes para atender

todos os requisitos exigidos pelo e-ARQ Brasil. Assim, faz se necessário ações

colaborativa das instituições que utilizam software de tramitação eletrônica de

documentos para torná-lo cada vez mais aderente ao modelo de requisitos do e-ARQ

Brasil.

Entretanto, para o desenvolvimento de políticas, estratégias e ações que garantam o

acesso a gestão documental e o uso continuado aos documentos digitais em longo

prazo, é desejável que os profissionais de arquivo e as instituições reconheçam a

necessidade de incentivo em boas práticas relacionada ao documento digital, que

criem e divulguem modelos para a implantação de políticas, estratégias e ações que

garantam a autenticidade, a integridade, a confiabilidade e a segurança dos

documentos digitais.

5.1 Limitações do Trabalho

Este trabalho se restringiu em avaliar a qualidade de um software concebido com a

finalidade de implantar no SvIPEx do Exército Brasileiro um sistema de informação e

de gestão documental único e padronizado para todas as Regiões Militares, como

integrantes do SvIPEx, e que seja aderente aos requisitos previstos no e-ARQ Brasil.

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5.2 Recomendações para Futuros Trabalhos

Espera-se que esse trabalho contribua como fonte de pesquisa para acadêmicos e

profissionais interessados em conhecer ou ampliar seus conhecimentos acerca da

área de gestão documental e tramitação eletrônica de documentos no Brasil, ao

englobar a sua teoria e prática, e, também, se pretende contribuir para que a

organização fruto desse estudo possa agregar melhorias as funcionalidades do

software de forma a propiciar mais qualidade aos operadores do sistema que são

usuários do software SIGA-SIPWEB. Cabe ressaltar que os objetivos propostos na

parte introdutória deste trabalho foram atingidos e seus resultados foram

evidenciados no decorrer deste trabalho.

Recomenda-se que, após um período mínimo de um ano da implementação das

recomendações realizadas para melhoria da qualidade do software piloto SIGA-

SIPWEB, seja realizada uma nova avaliação deste software com a participação de

usuários do SvIPEx das demais Regiões Militares, com a finalidade de verificar se as

recomendações de melhorias realizadas no software piloto surtiram o efeito almejado.

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SILVEIRA JR., A. AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO DO TRANSPORTE DE CARGA POR CABOTAGEM NO BRASIL, COM BASE NA METODOLOGIA MULTICRITÉRIO DE APOIO À DECISÃOTESE UNB, 2016.

TIAN. Overview and Basics. Hoboken, NJ, USA: John Wiley & Sons, Inc., 2005.

UNESCO. Carta para a preservação do patrimônistico digital arquivístico. Carta para a preservação

do patrimônistico digital arquivístico. Anais... . p.24, 2005.

VIANA, I. A.; TAVARES, A. T. P. J. E R. A. GESTÃO DOCUMENTAL: O USO DA PRÁTICA E DA

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ZANELLA, L. C. H. Metodologia de Estudo e de Pesquisa em Administração. 2009.

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APÊNDICE

Questionário

Queremos vê-lo satisfeito!

Mas, para isso, precisamos de sua ajuda. Por favor, dedique 5 minutos do seu tempo para preencher este formulário de avaliação da qualidade do Sistema SIGA-SIPWEB. O objetivo é avaliar os seguintes critérios: suportabilidade funcional, desempenho, confiabilidade, segurança e usabilidade. Considerando a sua experiência no Serviço de Inativos e Pensionistas, qual sua percepção a qualidade dos itens abaixo?

1. Suportabilidade funcional do sistema: capacidade em prover funções

para atender a necessidades explícitas e implícitas para as quais foi

concebido.

1.1 Completeza Funcional: o sistema contempla todas as

funcionalidades necessárias ao desenvolvimento de suas

atividades?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

1.2 Correção Funcional: o sistema consegue apresentar informações

de forma clara, concisa e sem ambiguidades?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

1.3 Adequação Funcional o sistema consegue auxiliar e facilitar a

realização de suas tarefas?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

2. Eficiência do Desempenho: capacidade do sistema manter um nível de

desempenho adequado.

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2.1 Tempo de Resposta: tempo de processamento das informações

requeridas ao sistema (exemplos: preenchimento de campos de

formulários e de dados automaticamente pelo sistema)?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

2.2 Velocidade de execução de tarefas: tempo despendido na

realização das suas tarefas no sistema (exemplos: abertura de

processos, captura de documentos, tramitação de processos e

produção dos documentos)?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

3. Confiabilidade: capacidade do sistema executar suas funções de modo

contínuo.

3.1 Disponibilidade: capacidade do sistema manter-se operacional e

acessível ao ser requerido para consultas em base de dados on-line

(servidores de rede e servidores de páginas web) e para acesso aos

documentos e processos?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

3.2 Recuperabilidade: capacidade do sistema, em caso de falhas ou

interrupções no funcionamento, recuperar dados e informações

perdidas?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

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3.3 Correção de Erros: meios proporcionados pelo sistema para

corrigir, de forma fácil e imediata, eventuais erros cometidos durante

a execução de suas atividades no sistema?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

4. Segurança: capacidade do sistema de proteger informações e dados.

4.1 Confidencialidade: capacidade do sistema de garantir que os

dados/documentos recebidos e produzidos estejam acessíveis

apenas para os usuários credenciados?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

4.2 Integridade: capacidade do sistema de garantir a integridade dos

documentos recebidos e produzidos, não permitindo qualquer tipo

de modificação?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

4.3 Responsabilização: funcionalidade do sistema que permite rastrear

e auditar, por meio de relatórios, tanto os acessos quanto as

operações dos usuários?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

4.4 Autenticação: o acesso ao sistema fica condicionado a validação

prévia da identidade do usuário?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

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5. Usabilidade: grau de facilidade na qual o usuário realiza qualquer tarefa

no sistema.

5.1 Facilidade de aprendizado: facilidade de aprender as

funcionalidades disponíveis no sistema?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

5.2 Facilidade de operação: facilidade de operar as funcionalidades

disponíveis no sistema?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

5.3 Interface do usuário: o layout da tela do sistema (sequência das

informações, alinhamento, espaçamento, visualização, cores,

tamanho dos caracteres e entendimento dos comandos/funções)?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

5.4 Feedback do sistema: coerência e consistências das respostas

fornecidas pelo sistema às ações por você requeridas?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

5.5 Controle do Usuário: funcionalidades que permitem a você o

controle do processamento das operações requeridas ao sistema

(mecanismos de interrupção, cancelamento, suspensão ou

continuação de operações)?

Excelente.........( ) Muito Bom........( ) Bom..................( ) Regular.............( ) Ruim.................( )

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Anexo A – Matrizes de Julgamento Semânticas

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Anexo B – Gráficos da análise de sensibilidade

PVF 1 – Peso original

PVF 1 (+10%)

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PVF 1 (-10%)

PVF 2 – Peso original

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PVF 2 (+10%)

PVF 2 (-10%)

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PVF 3 – Peso original

PVF 3 (+10%)

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PVF 3 (-10%)

PVF 4 – Peso original

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PVF 4 (+10%)

PVF 4 (-10%)

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PVF 5 – Peso original

PVF 5 (+10%)

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PVF 5 (-10%)