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RINOVÍRUS & CORONAVÍRUS causadores de resfriados e de SARS
(Severe Acute Respiratory Syndrome)
MIP 5213 – Virologia Básica e Clínica
Profa. Cláudia Maria Oliveira Simões, CIF/CCS
Família PICORNAVIRIDAE
Gêneros• Enterovirus (Poliovírus 1-3, Coxsackievírus A1-A24 e B1-B6,
Echovírus 1-34 e Enterovírus 68-71)• Rhinovirus• Hepatovirus (Hepatite A)
Família CORONAVIRIDAE
Gêneros• Coronavirus (aves e mamíferos)• Torovirus (eqüinos e humanos)
Família PICORNAVIRIDAE
Gênero• Rhinovirus 1-102
Família CORONAVIRIDAEGênero
Coronavirus - 2 sorotipos protótipos: HCV-229E e HCV-OC43; SARS CoV (cepa Urbani, 2003); HCoVNL63 (Holanda, 2004) & CoV-HKU1 (China, 2005).
RESFRIADOS
RESFRIADOS & SARS
NESTA DISCIPLINA:
CORONAVÍRUS• 1937, infecções TR superior • exacerbação quadros de asma e bronquite
Características do vírion• Tamanho: 120 a 160 nm • Simetria: core interno icosaédrico (65 nm) • Nucleocapsídeo helicoidal (10-20 nm)• Envelope lipoprotéico com espículas de
20 nm de comprimento
Ácido nucléico• RNA de fita simples, polaridade positiva (+ssRNA) • Maior genoma viral RNA conhecido • Tamanho (em nucleotídeos): 27-33 kb
PROTEÍNA FUNÇÃO
N forma NCP, regulação da síntese do RNA viral
M (membrana) envolvida no brotamento
S (spikes) GP envolvida na fusão, ligação aos receptores (ácido neuramínico-9-0-acetilado)
E (envelope) GP idem
NS2, NS4, NS5a e NS5b = não estruturais
CARACTERÍSTICAS
• Os coronavirus infectam aves e mamíferos, incluindo o homem • Sorologia: tipos I, II e IIII; Humanos tipos I e II• Orgãos-alvo mais freqüentes: trato respiratório, trato gastrointestinal e tecidos neurológicos; fígado, rins, coração e olhos• Células-alvo : epiteliais, mas macrófagos também
• Não são conhecidos vetores biológicos dos coronavírus • Formas de transmissão mais freqüentes: respiratória, feco-oral • Provocam doenças agudas febris do TR (natureza benigna): corizas e resfriados comuns• Normalmente, as infecções são autolimitadas (2-5 dias) !• Ocorrem durante todo o ano
• Diagnóstico laboratorial: Cultura de células, verificação de CPE: coronavírus (células alongadas, com vacúolos intracitoplasmáticos) e rinovírus (células arredondadas e picnose nuclear)
CICLO DE REPLICAÇÃO VIRAL
Processos de tradução primária, replicação, transcrição e tradução de proteínas virais
Formação de partículas virais que brotam a partir d0 Complexo de Golgi e do RER no interior de vesículas – liberadas por fusão dessas com a membrana celular.
Stanford University
SARS: Síndrome Respiratória Aguda Severa
Foi identificada inicialmente na província de Guangdong na China, em novembro de 2002 e se espalhou de lá para Hong Kong e outros paises no Sudeste Asiático, Europa, América do Norte e finalmente por todo o mundo. Depois que a epidemia global foi anunciada em 2003, ocorreram aproximadamente 8.000 casos e cerca de 800-1.000 mortes foram registradas.O maior número de casos foi registrado na China, Sudeste Asiático e em Toronto (CA). A mortalidade geral gira em torno de 17%, mas entre o pessoal da saúde e entre adultos maiores de 60 anos, pode atingir até 50%.Desde o inicio da epidemia ocorreu uma mobilização global para conter a doença. É provável, pelas experiências descritas que a via de transmissão seja por via oral, contato direto e possivelmente pelas fezes de pessoas doentes ou contaminadas.Existem vários dados que confirmam a suspeita de que 1 pessoa contaminada pode infectar até 100 outras pessoas.A origem da epidemia de SARS não está bastante clara, mas a ausência de anticorpos em populações controle sugere que seja uma doença que não tenha atingido os humanos previamente em nenhum nível.
Informações adicionais: www.cives.ufrj.br/informes/sars/sars-it.html
ECP
RINOVÍRUS (grego: rhinos = nariz)
• 1956, TR superior, ~ 50% resfriados comuns
MORFOLOGIA
Características do vírion• Não envelopado• Tamanho: 20 a 30 nm • Simetria: capsídeo icosaédrico com 60 unidades (capsômeros), cada um constituído por 4 proteínas (VP1, VP2, VP3 e VP4)• VP4: elemento de conexão do capsídeo com o RNA viral• VP1 e VP3: principais sítios de ligação dos anticorpos
Ácido nucléico• RNA de fita simples, polaridade positiva (+ssRNA), não segmentado
100 mil X
Rhinovirus, photographed
at 100,000 times its actual
size. © 1991 Custom Medical Stock
Photo
O crescimento dos rinovírus ocorre melhor a 32-33°C (temperatura semelhante à encontrada
na nasofaringe dos seres humanos).
REPLICAÇÃO VIRAL
• O ciclo de replicação ocorre no O ciclo de replicação ocorre no citoplasma da célula.citoplasma da célula.• Adsorção: ocorre através de uma Adsorção: ocorre através de uma região chamada região chamada CanyonCanyon (VP1-VP4) (VP1-VP4)• Sítio de ligação: ICAM-1 (Sítio de ligação: ICAM-1 (intercellular intercellular adhesion moleculeadhesion molecule, superfamília das , superfamília das IMG)IMG)• A ligação ao receptor deflagra uma A ligação ao receptor deflagra uma alteração estrutural do vírion, que alteração estrutural do vírion, que resulta em liberação do RNA viralresulta em liberação do RNA viral• Este RNA funciona como RNAm e Este RNA funciona como RNAm e inicia a síntese das macromoléculas inicia a síntese das macromoléculas virais.virais.
PATOGENIA
Os rinovírus penetram no organismo através das vias aéreas superiores.
Os rinovírus são isolados das secreções nasais, mas também podem ser encontrados na garganta e em secreções orais.
A presença de títulos elevados de anticorpos dos rinovírus nas secreções nasais está associada à ocorrência de doença de gravidade máxima.
A replicação dos rinovírus limita-se ao epitélio superficial da mucosa nasal, podendo ocasionar alterações histopatológicas, edema e infiltração celular.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sintomas habituais:
espirros , obstrução e corrimento nasal e dor de garganta.
O calafrio constitui um sintoma precoce do resfriado comum.
A doença aguda tem duração de 7 dias.
As mucosas nasal e nasofaríngea tornam-se avermelhadas e edemaciadas, e o olfato torna-se menos apurado.
...
EPIDEMIOLOGIA
A doença ocorre em todo o mundo.
O vírus é transmitido através de contato íntimo, por meio de secreções respiratórias contaminadas.
As taxas de infecção são mais elevadas entre lactentes e crianças e diminuem com a idade.
BIBLIOGRAFIA
SANTOS, N.S.O.; ROMANOS, M.T.V.; WIGG, M.D. (Org.) Introdução à Virologia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 254p.
http://patmicro.med.sc.edu.