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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA O EMPREGO DE UM SENSOR ULTRASSÔNICO PARA MEDIDAS POSIÇÃO VERSUS TEMPO DE UM SISTEMA MASSA-MOLA ROBERTA VIEIRA CARVALHO BARRA DO GARÇAS-MT 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE

FÍSICA

O EMPREGO DE UM SENSOR ULTRASSÔNICO PARA MEDIDAS

POSIÇÃO VERSUS TEMPO DE UM SISTEMA MASSA-MOLA

ROBERTA VIEIRA CARVALHO

BARRA DO GARÇAS-MT 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

MESTRADO NACIONAL PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA

O EMPREGO DE UM SENSOR ULTRASSÔNICO PARA MEDIDAS

POSIÇÃO VERSUS TEMPO DE UM SISTEMA MASSA-MOLA

ROBERTA VIEIRA CARVALHO

ORIENTADOR: DR. GEORGE BARBOSA DA SILVA

Dissertação apresentada ao programa de pós-graduação do

Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física como um

dos requisitos necessários para a obtenção do título de Mestre

em Ensino de Física.

BARRA DO GARÇAS-MT

2017

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RESUMO

Considerando a influência cada vez maior da ciência e da tecnologia no cotidiano é

premente inovar o ensino de conteúdos científicos no ambiente escolar. Em relação aos

conhecimentos de Física, sua abordagem no Ensino Médio requer cada vez mais o

emprego de metodologias que levem os estudantes a assimilar conceitos teóricos a partir

da aplicação dos mesmos em contextos reais. Desta forma, esse trabalho empregou

atividades teóricas e experimentais para abordar o conteúdo de Movimento Harmônico

Simples (MHS). O percurso metodológico se baseou na teoria significativa de David

Ausubel. As aulas foram ministradas em uma turma com alunos do primeiro ano do

Ensino Médio do Colégio Estadual Ariston Gomes da Silva da cidade de Iporá Goiás.

Para a realização do projeto foram considerados dois aspectos dentro da teoria

ausubeliana como a diferenciação progressiva e a reconciliação integrativa. A

metodologia foi implementada através de aulas com o uso de explicação oral, lista de

exercícios, apresentação de slides em Power-Point, objetos de aprendizagem: simulador

phet sobre ondas e simulador do movimento circular relacionado com o movimento

oscilatório, e no desenvolvimento de um produto educacional experimental simples com

o uso do sensor ultrassônico HC-SR04 interfaceado com o computador através de uma

placa Arduino. A linguagem Python foi usada para ajustar a equação horária do MHS

através de dados experimentais adquiridos e sensor ultrassônico para medir a posição

versus o tempo de uma massa que oscila sob a influência de uma mola ao longo do

tempo. Ao final, foi feito uma análise de dados, através de uma avaliação diagnóstica,

para verificar se houve compreensão de conceitos relacionados ao movimento

harmônico simples.

Palavras-chaves: Sistema Arduino, Ensino de Física, Sensor Ultrassônico HC-SR04.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................6

2. OBJETIVOS................................................................................................................8

2.1 Objetivo geral .................................................................................................8

2.2 Objetivos específicos.......................................................................................8

3. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................9

3.1 Recursos Educacionais Abertos ......................................................................9

3.2 Pontos positivos e negativos das atividades experimentais.............................9

3.3 Pontos positivos e negativos das atividades computacionais........................10

3.4 Teoria significativa de David Ausubel..........................................................10

3.5 Arduino UNO e sensor ultrassônico..............................................................13

3.6 Movimento Harmônico Simples....................................................................16

3.6.1 A Lei do Movimento Harmônico Simples......................................18

4. METODOLOGIA .....................................................................................................19

4.1 Kit pedagógico...............................................................................................20

4.1.1 Sequência didática...........................................................................21

4.2 Uso do sensor ultrassônico no estudo da posição versus o tempo do sistema

massa-mola..........................................................................................................25

5. PRODUTO EDUCACIONAL..................................................................................27

5.1 Placa Arduino e sensor ultrassônico .............................................................27

5.1.1 Componentes necessários...............................................................28

5.1.2 Conectando os componentes ..........................................................29

5.1.3 Digite o código................................................................................30

5.2 Programa Puthon............................................................................................32

5.2.1 Programa MHS.py..........................................................................32

6. RESULTADOS..........................................................................................................34

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6.1 Caracterização Do Sistema Massa-Mola.......................................................34

6.2 Análise da avaliação diagnóstica ..................................................................35

6.3 Análise do questionário de opinião ...............................................................41

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................45

8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................46

APÊNDICE A: CÓDIGO DO PROGRAMA EM C PARA CONTROLAR O

SENSOR NO ARDUÍNO .............................................................................................50

APÊNDICE B: LINGUAGEM PYTHON...................................................................52

APÊNDICE C: SEQUÊNCIA DIDÁTICA.................................................................53

APÊNDICE D: AVALIÇÃO DIAGNÓSTICA...........................................................69

APÊNDICE E: QUESTIONÁRIO DE OPINIÃO......................................................71

APÊNDICE F: LISTA DE EXERCÍCIO AULA 1 E 2..............................................73

APÊNDICE G: LISTA DE EXERCÍCIO AULA 4, 5 E 6.........................................75

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1. INTRODUÇÃO

Trabalhar com a disciplina de física em escola da rede pública e com pouca

infraestrutura não é fácil para nenhum professor. Na maioria das vezes as aulas se

tornam monótonas, pois é reduzida a mera teoria dos livros básicos. As causas desta

falta de atratividade são muitas, incluindo principalmente o despreparo e desmotivação

dos professores, a carência de recursos de infraestrutura para as escolas, a ausência de

renovação das práticas pedagógicas, falta de currículos mais atualizados e a escassa

elaboração de materiais educacionais consistentes com novas formas de aprender e

ensinar compatíveis com a tecnologia atual (BRASIL, 2000). Mesmo havendo

laboratórios de informática e de ciências, estes, são pouco explorados. O uso dos

computadores se limita a pesquisas, digitação de textos e uso de tabelas para construção

de gráficos. (SOARES e BORGES, 2010). Nesse sentido, é premente desenvolver

propostas didáticas que proporcionem dinamismo e o emprego de novas tecnologias, as

quais favoreçam o processo de ensino e aprendizagem, relacionando a teoria e a prática

em contextos específicos.

Esse trabalho tem a finalidade de investigação do uso de tecnologias

computacionais em conjunto com experimentos como recurso instrucional à

aprendizagem de Física. Um dos objetivos dessa linha é apresentar propostas de

atividades que, levando em conta as dificuldades dos alunos em áreas específicas de

Física, possam auxiliá-los a superá-las (DORNELLES, 2010).

Com projetos deste tipo, deseja-se promover maior acessibilidade às tecnologias

disponíveis atualmente e suprir parte da demanda de renovação do instrumental de

coleta de dados de laboratórios didáticos (ROCHA, F.S. et al, 2014, p.101)

Segundo Dornelles (2010), tais propostas abarcam tanto o conteúdo específico

quanto à metodologia de trabalho, de modo a propiciar condições favoráveis à

aprendizagem significativa, ou seja, favorecem a interação entre as ideias prévias dos

alunos e os significados dos conceitos físicos envolvidos nas atividades.

Tendo esse contexto recorrente na maior parte das escolas, apresentamos no

presente trabalho uma proposta de ensino voltada para o ensino de Movimento

Harmônico Simples a partir de experimentos didáticos de baixo custo com aquisição

automática de dados em tempo real. O equipamento utilizado em nossas atividades de

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ensino é constituído de um sensor ultrassônico HC-SR04 que, conectados a um circuito

(shield), enviam dados para a placa Arduino Uno e, por meio de uma interface gráfica

desenvolvida na linguagem Python, permitem a visualização dos gráficos da posição em

função do tempo. Tanto a placa Arduino Uno, quanto o Python, fazem parte dos

Recursos Educacionais Abertos (REA), Fetzner Filho (2015). Facilitando assim a

correlação entre os pressupostos teóricos e experimentais que são estabelecidos do

tópico de movimento harmônico simples.

Como desdobramento desse trabalho, foi elaborado um kit didático para

disponibilizar aos professores de Física da rede pública instrumentos que possam

auxiliá-los na abordagem do conteúdo de movimento harmônico simples, o qual

contém: circuito (shield) e interface para aquisão de dados, software livre para a

utilização de experimento de Movimento Harmônico Simples no Ensino Médio usando

a placa Arduino UNO, juntamente com o sensor ultrassônico e uma sequência didática

para o professor.

Esse trabalho está embasado na aprendizagem significativa de Ausubel e no uso

de experimentos para averiguar o processo de ensino-aprendizagem de conteúdos de

Física. Visto que a disciplina de Física é dada muitas vezes de forma mecanizada para

os alunos pelos professores principalmente se esse professor não for habilitado para essa

disciplina. Dessa forma os conceitos de física e seus respectivos exercícios podem ser

compreendidos relacionando com situações problemas do cotidiano.

Como uma das propostas era inovar a metodologia de ensino no ensino médio, o

produto educacional foi aplicado em sala de aula para alunos do 1º ano do Ensino

Médio, num total de 32 alunos, no 1º bimestre de 2017, abordando os conceitos físicos

de peso, força elástica, frequência, período no sistema massa-mola, e função horária do

MHS. Através da avaliação por meio da avaliação diagnóstica e do questionário de

opinião aplicados aos alunos, notamos que o nosso produto educacional contribuiu de

uma maneira parcial no aprendizado dos alunos, mas motivou os alunos durante as aulas

em querer aprender os conteúdos ministrados.

Este texto sobre o projeto está dividido em 8 capítulos e 7 apêndices. O capítulo

1 se refere a esta introdução, os objetivos compõem o capítulo 2, no capítulo 3

colocamos o referencial teórico, a metodologia usada na realização do projeto se

encontra no capítulo 4, a descrição do produto educacional no capítulo 5, a análise de

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dados se encontra no capítulo 6. As considerações finais estão contidas no capítulo 7 e

as referências bibliográficas compõem o capítulo 8.

2. OBJETIVOS

Neste capítulo iremos apresentar nosso objetivo geral e os objetivos específicos

inerentes ao desenvolvimento dessa experiência didática.

2.1. Objetivo geral

Criar um pacote educacional, com propostas de atividades teóricas e

experimentais, para o estudo do MHS. As atividades experimentais são

complementadas com um aparato destinado a medir a posição em função do tempo de

uma massa que oscila com uma mola. Este aparato consiste de um sensor ultrassônico

ligado a um computador através da interface Arduino.

2.2. Objetivos específicos

Estimular o interesse dos alunos pela Física;

Inovar a prática experimental com recursos computacionais.

Implementar uma sequência didática de aulas sobre Movimento Harmônico

Simples utilizando uma metodologia diferenciada e diversificada tais como:

uso de apresentações em Power-Point, objetos de aprendizagem,

experimentos, lista de exercícios, interface Arduino, linguagem Python e

sensor ultrassônico em sala de aula.

Proporcionar uma melhor compreensão de conceitos como constante da

mola, frequência, período no sistema massa-mola.

Compreender a cinemática e a dinâmica do movimento harmônico simples.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

A Física ainda está muito ligada ao método tradicional de ensino, priorizando os

cálculos e as fórmulas matemáticas, “quadro-verde e livro didático, com ênfase na

linguagem matemática desprovida de um embasamento experimental, desvinculando os

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conteúdos de suas possíveis relações com os fatos do cotidiano, deixando de lado os

aspectos fenomenológicos.” (HEINECK, et al, 2007, p.1)

Para dinamizar o ensino de física, as atividades teóricas e experimentais foram

utilizadas tendo como base a teoria de aprendizagem de David Ausubel.

3.1. Recursos Educacionais Abertos

Para Fetzner Filho (2015), o uso de tecnologias livres e abertas na educação

permite que os estudantes participem de forma ativa do processo educacional, uma vez

que fazem parte de um modelo colaborativo de produção intelectual. Assim, o uso de

Recursos Educacionais Abertos (REA) no desenvolvimento de projetos educacionais,

torna o material produzido, como o produto desta pesquisa, potencialmente

significativo, conceito central de Aprendizagem Significativa de David Ausubel,

adotado neste trabalho.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e

Cultura (UNESCO, 2012), a REA é definida como materiais de ensino, aprendizagem e

investigação em quaisquer suportes, digitais ou outros, de domínio público ou que tenha

licença aberta, que permite o acesso, uso, adaptação e redistribuição gratuitas para

terceiros.

O REA é focado em dois princípios: licença de uso e abertura técnica no sentido

de utilizar formatos e recurso que são fáceis de abrir e modificar qualquer software.

Assim, o REA, tem a capacidade de se comunicar de forma transparente com outro

sistema semelhante ou não, técnica legal para facilitar o seu uso e reuso (EDUCAÇÃO

ABERTA, 2013).

3.2. Pontos positivos e negativos de atividades experimentais

Na literatura, Hodson (1994); Gil_Pérez et. al.(1999); Borges (2002); Marineli e

Pacca (2006), colocam como ponto positivo das atividades experimentais a manipulação

de objetos reais. Para Moreira (2006), as atividades experimentais devem envolvem

situações problemas cujas soluções levem os alunos à reestruturação de suas ideias

prévias. Para Hodson (1994), essa manipulação intensifica a aprendizagem dos

conhecimentos científicos, pois há uma conexão entre a teoria e a prática dos conceitos

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físicos. Ao mesmo tempo, Hodson (1994) e Gil_Pérez et.al. (1999), apontam que

dependendo da abordagem, os alunos podem ser induzidos a uma visão empirista-

indutivista da metodologia científica. Borges (2002) salienta ainda que os alunos

percebem as aulas práticas, objetivam a chegar a resposta esperada, pois, nem sempre

estão relacionados efetivamente com os conceitos físicos.

3.3. Pontos Positivos e Negativos das Atividades Computacionais

Na literatura, Medeiros e Medeiros (2002) e Dorneles (2010) apud Zacharia e

Anderson (2003) consideram como fatores positivos o uso de atividades computacionais

a elaboração e testes de hipóteses à medida que elas são levantadas. Medeiros e

Medeiros (2002) ainda destaca a interação com representações que no contexto da sala

de aula seriam impossíveis como o vazamento radioativo de usina nuclear e obtenção de

dados de forma rápida e dinâmica. Para Dorneles (2010) apud Zacharia e Anderson

(2003) colocam também como fator positivo o desenvolvimento de atitudes como a

curiosidade, o interesse, a objetividade, a precisão, a confiança, a perseverança e o

consenso dos indivíduos envolvidos.

Ao mesmo tempo, Medeiros e Medeiros (2002) coloca como fatores negativos

que os alunos podem confundir o virtual com o real, passam a ideia que as simulações

computacionais são uma espécie de jogos e que atribuem a elas poderes quase mágicos,

destaca também que as atividades computacionais não possibilitam a riqueza heurística1

da experiência do erro experimental. Para Dorneles (2010) apud Steinberg (2000), os

fatores negativos são as diferenças entre a execução dos experimentos virtuais e reais e

que frequentemente, as atividades computacionais, demonstram o produto final e não

explicitam a forma como o conhecimento científico é produzido.

3.4. Teoria de aprendizagem significativa de David Ausubel

Conhecer as teorias é fundamental para embasar o fazer pedagógico. Trabalhar

com a disciplina de física requer do professor grandes habilidades, por mais que a física

1 Heurística: arte de inventar, de fazer descobertas; ciência que tem por objeto a descoberta dos fatos.

Fonte: Dicionário

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faça parte do cotidiano dos alunos eles não compreendem, por exemplo, o

funcionamento da televisão, do computador, dos celulares e nem do micro-ondas,

porém formulam teorias a respeito desses objetos de acordo com o senso comum que

está presente no seu cotidiano e que deve ser levado em consideração em sala de aula,

pois como diz a nova Lei de Diretrizes e Bases “A educação escolar deverá vincular-se

ao mundo do trabalho e à prática social” (Art.1º § 2º da Lei nº 9.394/96).

O professor precisa mediar os conhecimentos trazidos pelos alunos e fortalecê-

los com os conceitos científicos. Para Ausubel apud Damásio & Tavares (2011, p.5)

“novas ideias e informações podem ser aprendidas e retidas na medida em que conceitos

relevantes e inclusivos estejam adequadamente claros e disponíveis na estrutura

cognitiva do indivíduo e sirvam de ancoradouro para essas novas ideias”.

Segundo Ausubel (1988), é indispensável para que haja uma aprendizagem

significativa, que os alunos se predisponham a aprender significativamente. Para

Moreira (1997) “aprendizagem significativa é o processo através do qual uma nova

informação (um novo conhecimento) se relaciona de maneira não arbitrária e

substantiva (não-literal) à estrutura cognitiva do aprendiz”, A interação entre o novo

conhecimento e os prévios é a principal característica para a aprendizagem significativa.

Assim quando o aluno vê um significado no seu cotidiano, a aprendizagem ocorrerá de

maneira natural assim fica mais fácil cumprir a LDB no que diz: “A educação básica

tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar- lhe a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores” (Art.22 da Lei nº 9.394/96).

Muitas vezes os conhecimentos prévios dos alunos entram em desajuste com os

conhecimentos da comunidade científica, tornando o processo ensino aprendizagem

bastante desafiador para o professor. Nesse momento a prática do experimento é bem

aceita para demonstrar e desmistificar esse conflito. O professor é um facilitador da

aprendizagem e o aluno precisa querer para aprender, para Faria (1995) o aluno deve ter

uma predisposição para construir conceitos significativos à partir dos seus acertos

conceituais, portanto os dois são sujeitos importantíssimos nesse processo e cada qual

tem seu papel bastante definido, impossível o professor aprender para o aluno, este

precisa estar disposto a tal tarefa. Aprender é uma atividade própria do educando,

embora o professor também aprenda com o aluno. A teoria de Ausubel fala da

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aprendizagem significativa, aquela que o aluno também é autor de seu aprendizado.

Essa teoria é aplicável em salas de aula convencionais como as que temos no cotidiano,

não requerem técnicas sofisticadas e nem recursos tecnológicos avançados. Do ponto de

vista ausubeliano esse é o tipo de ensino mais eficiente quando o objetivo é fazer com

que o educando aprenda de forma clara, estável e organizada.

Ao elaborar esse material, buscou-se partir de uma ideia mais geral sobre o

comportamento das molas e inclusiva que possibilitasse ao aluno relacionar os

conceitos-chaves do conteúdo de Movimento Harmônico Simples e progressivamente

diferenciá-los.

Segundo Moreira (2011), Ausubel considera que o cérebro humano forma uma

hierarquia conceitual específica que são ligados a conceitos mais gerais, mais

inclusivos.

No decorrer do processo de aprendizagem significativa, segundo Fetzner Filho

(2015), os conceitos são elaborados e diferenciados em decorrência de sucessivas

interações, assim o conteúdo elaborado pelo professor deve proporcionar a

diferenciação progressiva e a reconciliação integrativa. Para Moreira, Masini (1982), a

formação de novos conceitos, a partir da idade pré-escolar é através da assimiliação,

diferenciação progressiva e reconciliação integrativa.

“Diferenciação progressiva: é o princípio pelo qual o assunto deve ser

programado de forma que as ideias mais gerais e inclusivas da disciplina

sejam apresentadas antes, e progressivamente diferenciadas. (...)

Reconciliação integrativa: (...) onde o material instrucional deve ser

elaborado para que possa fazer uma relação das ideias, apontar similaridades

ou diferenças significativas.” (MOREIRA; MASINI, 1982, P.21)

Na elaboração do produto educacional, os conceitos iniciais foram gerais, ou

seja, iniciou-se através da caracterização da mola, demonstração de alguns materiais que

se movimentam oscilando e posteriormente chegar à cinemática e a dinâmica do

movimento harmônico simples. Assim, à medida que os conceitos mais gerais ficaram

bem entendidos dava sequência nos planos e gradativamente os conceitos foram sendo

diferenciados, até ao ponto de se estudar o MHS. Essa sequência de ideias está

relacionada à diferenciação progressiva. As atividades computacionais e experimentais

são exemplos de reconciliação integrativa já que exige que o aluno analise os gráficos

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de força versus elongação, período versus constante da mola, posição versus tempo do

movimento harmônico simples utilizando dados experimentais. Nessa análise, o aluno é

capaz de reconhecer algumas propriedades gráficas que são similares entre os diferentes

gráficos, como o significado de declividade e da região abaixo da curva nos gráficos.

(FETZNER FILHO, 2015, p.31)

Para Carrascosa, et al (1993), os professores costumam ver os trabalhos práticos

no laboratório como meio de motivar os alunos para a aprendizagem de ciências e

também como a única forma de familiarização com a metodologia científica. Porém,

alguns autores alertam que da mesma forma que livros didáticos, os manuais práticos

também têm vinculado ideias simplistas sobre a natureza da ciência e do trabalho

científico. Predomina nesses casos as concepções empiristas e indutivas que apresentam

os trabalhos práticos como o ponto de partida para os conhecimentos científicos. O pior

é quando o laboratório é usado apenas para observação, coleta de dados e registros de

tabelas, que excluem os aspectos científicos, as formulações de hipóteses, a análise de

dados obtidos e a reflexão de tais resultados. Se o laboratório não faz esse tipo de

trabalho, tampouco servirá para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem

proposto pelas ciências.

O professor será a peça chave para transformar a teoria em prática crítica capaz

de mudar os conceitos do senso comum trazidos pelos alunos, portanto professores e

alunos precisam praticar o pensamento crítico ao analisar e interpretar dados

experimentais, abandonando as interpretações rápidas e simplistas. Dumon (1992) dá

algumas dicas de cuidados que o professor precisa ter para desenvolver aulas de

laboratório.

Sabe-se que poucas aulas de física são desenvolvidas em laboratório, por razões

diversas, como: poucos materiais para o uso, carências de outros materiais, falta

recursos para aquisição de produtos, e poucos laboratórios distribuídos pelas escolas

públicas do Estado. Porém o que mais pesa nesse contexto é a relação dos experimentos

realizados com a teoria estudada em sala de aula. Muitos professores preferem continuar

em sala de aula com as mesmas aulas de sempre, porque não vêem nos experimentos

algo para elucidar o conhecimento de seus alunos.

3.5. Arduino-UNO e sensor ultrassônico

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Neste trabalho, utilizamos a plataforma Arduino-UNO, que possui fonte para o

IDE e a biblioteca de funções da placa disponibilizados sob a licença GPL v2

(ARDUINO, 2016), e o software Python, que possui uma licença livre aprovada pela

OSI (Open Source Iniciative) e compatível com a GPL (General Public Licence)

A placa Arduino consiste em uma plataforma de micro-controlador de código

aberto e linguagem padrão baseada em C/C++ e em softwares e hardwares livres,

permitindo seu uso como gerenciador automatizado de dispositivos de aquisição de

dados de sensores de entrada e de saída (ARDUINO, 2016). A IDE (Ambiente

Integrado de Desenvolvimento, em português) do Arduino é uma aplicação cross-

plataform escrita em Java, o que significa que ela é portável para diversos sistemas

operacionais, e é derivada da IDE para a linguagem de programação Processing, que

possibilita a visualização gráfica em tempo real, e do projeto Wiring. Inclui um editor de

código fonte livre, com identificação automática que é capaz de compilar e fazer o

upload para a placa com apenas um clique (MARTINAZZO, et. al, 2104)

Ainda segundo MARTINAZZO, et. al (2004) a placa Arduino UNO (Figura 1) é

uma placa básica, com 6 portas analógicas e 14 portas digitais, sendo 6 através de

modulação por largura de pulso, ou Pulse-Width Modulation (PWN). O sistema

Arduino permite a leitura simultânea de dezenas de sensores, tanto digitais quanto

analógicos e, dependendo do conhecimento em eletrônica e programação, é possível

agregar dezenas de sensores através do que se chama de multiplexação. Utiliza uma

linguagem de programação baseada em Wiring e pode ser associado ao software

Processing para apresentação de resultados na forma gráfica e em tempo real. O sistema

Arduino, sozinho, não permite o processamento de dados para apresentação gráfica,

neste caso utilizaremos o Python, para tal fim. No que diz respeito ao Ensino de Física,

tem grande aplicabilidade, pois é possível ler dados de qualquer fenômeno físico

detectável por sensores, ou seja, basicamente é um sistema que lê sinais elétricos em

sensores expostos ao ambiente a partir de suas portas digitais e analógicas.

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Figura 1 - Imagem da placa Arduino UNO, placa que faz parte do nosso produto.

Fonte: foto do autor

O sensor ultrassônico é outro sensor importante para experimentos didáticos de

Física, pois permite a medição de distâncias. Opera por transmissão de energia não

sujeita à interferência eletromagnética e totalmente limpa. Atua de modo eficiente

detectando objetos em distâncias que variam entre milímetros até vários metros e pode

ser empregado para detectar os mais variados tipos de objetos e substâncias. A Figura 2

mostra a imagem de um sensor ultrassônico modelo HC-SR04.

Figura 2 – Imagem de um Sensor Ultrassônico (modelo HC – SR04)

Fonte: foto do autor

O Sensor ultrassônico HC-SR04 é capaz de medir distâncias de 2 cm a 4 m com

ótima precisão. Este módulo possui um circuito pronto com emissor e receptor

acoplados e 4 pinos (VCC, Trigger, ECHO, GND) para medição.

Para começar a medição é necessário alimentar o módulo e colocar o pino

Trigger em nível alto por mais de 10us. Assim o sensor emitirá uma onda sonora que ao

encontrar um obstáculo rebaterá de volta em direção ao módulo, sendo que o neste

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tempo de emissão e recebimento do sinal o pino ECHO ficará em nível alto (Figura 3).

Logo o calcula da distância pode ser feito de acordo com o tempo em que o pino ECHO

permaneceu em nível alto após o pino Trigger ter sido colocado em nível alto.

Distância = [Tempo ECHO em nível alto * Velocidade do Som] / 2

A velocidade do som pode ser considerada idealmente igual a 340 m/s, logo o resultado

é obtido em metros se considerado o tempo em segundos. Na fórmula a divisão por 2

deve-se ao foto que a onda é enviada e rebatida, logo ela percorre 2 vezes a distância

procurada.

Figura 3 – Princípio do funcionamento do sensor ultrassônico HC-SR04

Fonte: FILIPEFLOP, 2014

3.6. Movimento Harmônico Simples (MHS)

Todo movimento que se repete a intervalos regulares é chamado de movimento

harmônico (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012). Uma partícula que se

movimenta para frente e para trás, ao redor de um ponto fixo, e para a qual o

movimento se repete identicamente em intervalos de tempo iguais, está em um

movimento periódico oscilatório (PALANDI, J. et al, 2010). O movimento harmônico

simples é um tipo especial de movimento periódico oscilatório, em que a partícula se

move, num dado referencial, sobre uma reta, de modo que a intensidade da força que

tende a levá-la ao ponto fixo nesse mesmo referencial cresce na mesma proporção em

que aumenta o seu afastamento deste mencionado ponto fixo (PALANDI, J. et al, 2010,

p.19)

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No nosso trabalho, estudamos esse modo específico de movimento, o

movimento harmônico simples (MHS). Ainda segundo Halliday; Resnick; Walker

(2012) nesse tipo de movimento, o deslocamento x da partícula em relação à origem é

dado por uma função do tempo na forma:

( ) ( ) (3.6-1)

Onde são constantes.

Uma expressão em que o movimento é uma senoidal do tempo (FIGURA 4). O

termo é amplitude de oscilação e depende do modo como o movimento foi

produzido. O índice m indica o valor máximo, a amplitude representa o deslocamento

máximo da partícula em um dos sentidos. Assim, o deslocamento x(t) varia entre os

limites (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012).

Figura 4: Gráfico que vemos que a posição da partícula varia com o tempo de acordo com uma função do

tipo cosseno.

Fonte: HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012, p.89.

O termo Ø é a constante de fase ou ângulo de fase. O valor depende do

deslocamento e da velocidade da partícula que executa o movimento (HALLIDAY;

RESNICK; WALKER, 2012).

A constante , é a frequência angular do movimento. A função cosseno se

repete quando a fase aumenta em 2π radianos. Dessa forma, a frequência angular é dada

por (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012):

(3.6-2)

A unidade de frequência angular no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o radiano

por segundo (rad/s). E f é a frequência, o número de oscilações por segundo. A unidade

no SI é o hertz (Hz), definido como (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012):

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1 hertz = 1 Hz = 1 oscilação por segundo = 1

Uma grandeza relacionada à frequência é o período T, que é o tempo necessário para

completar uma oscilação completa ou ciclo.

Derivando a equação 3.6-1, obtém-se a expressão para a velocidade de uma

partícula em movimento harmônico simples:

( ) ( )

[ ( )]

( ) ( ) (3.6-3)

Conhecendo a velocidade v(t) do movimento harmônico simples, podemos obter

a expressão para a aceleração da partícula derivando a velocidade. Derivando a equação

3.6-3, obtemos:

( ) ( )

[ ( )]

( ) ( ) (3.6-4)

Combinando as equações 3.6-1 e a 3.6-4 e obter

( ) ( ) (3.6-6)

Que é a relação característica do movimento harmônico simples:

No MHS, a aceleração é proporcional ao negativo do deslocamento e as duas

grandezas estão relacionadas pelo quadrado da frequência angular (HALLIDAY;

RESNICK; WALKER, 2012).

Quando o deslocamento está passando pelo maior valor positivo, a aceleração

possui o maior valor negativo e vice-versa. Quando o deslocamento é nulo, a aceleração

também é nula.

3.6.1. A Lei do Movimento Harmônico Simples

Combinando a segunda lei de Newton com a equação 3.6-5, encontra-se, para o

movimento harmônico simples, a seguinte relação (HALLIDAY; RESNICK;

WALKER, 2012):

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( ) (3.6-6)

Uma força restauradora proporcional ao tempo já foi estudada em outro contexto: é a

expressão matemática da lei de Hooke,

(3.6-7)

Para uma mola, e nesse caso a constante elástica é dada por:

(3.6-8)

Dessa maneira podemos definir de maneira alternativa o movimento harmônico

simples:

“Movimento harmônico simples é o movimento executado por uma partícula sujeita a

uma força de módulo proporcional ao deslocamento da partícula e orientada no sentido

oposto.” (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012, p.92)

4. METODOLOGIA

Nossa proposta de metodologia foi de contribuir para o ensino de Física de uma

forma inovadora, trabalhando com material concreto e tecnológico que têm por

finalidade proporcionar aos alunos através da interação com o aparato experimental, a

compreensão dos fenômenos físicos.

Essa metodologia foi desenvolvida e implementada junto a uma turma com 32

alunos do 1º ano do ensino médio, no Colégio Estadual Ariston Gomes da Silva da

cidade de Iporá, estado de Goiás. A turma é constituída de alunos na faixa etária entre

15 a 18 anos. A escolha dessa turma se deu ao fato da autora do trabalho ser a

professora regente da mesma.

Em um primeiro momento, foi feita a apresentação da proposta da aplicação do

produto, onde os alunos se comprometeram a serem parceiros durante as aulas.

A fundamentação metodológica pedagógica foi desenvolvida baseada da Teoria

da Aprendizagem Significativa de David Ausubel, principalmente através dos princípios

do aluno se predispor a aprender, o material ser potencialmente significativo, a

diferenciação progressiva e a reconciliação integrativa.

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Neste projeto foram elaboradas sete etapas, sendo previstos 17 períodos de 50

minutos cada, o equivalente há uma hora-aula, para trabalhar os conceitos apresentados

no quadro 1. Porém, devido às dificuldades enfrentadas pelos alunos na construção dos

gráficos e cálculos matemáticos, a proposta foi estendida, totalizando 20 períodos.

4.1. Kit pedadógico

O kit pedagógico é constituído pelos instrumentos de medida: O shield na placa

Arduino e o software foram criados para obtenção de dados experimentais em tempo

real e elaboração do gráfico da posição em função do tempo de um sistema massa-mola

na vertical. Para elaborar uma atividade experimental em conjunto com uma atividade

computacional foram utilizados os seguintes materiais (FIGURA 5):

Tripé standart com sapatas niveladoras amortecedoras;

Haste metálica de 55 cm de altura;

Retenção multiuso;

Balança de precisão;

Quatro molas com constantes elásticas diferentes;

Quatro massas calibradas (74,9g, 93,5g, 121,6g, 186g);

Protoboard;

Sensor ultrassônico HC-SR04;

Cabo USB;

Placa Arduino;

Régua

Computador;

Figura 5 – Alguns materiais utilizados para a execução do trabalho

Fonte: foto do autor

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4.1.1. Sequência didática

A sequência didática foi elaborada para dar suporte aos professores e facilitar a

aplicação do produto em sala de aula. A sequência é composta por sete etapas e em cada

uma delas está descrito o tempo previsto para cada etapa (aula), os objetivos, o material

utilizado, a metodologia, exercícios e instruções para o uso dos experimentos.

O período do projeto foi de 02 a 14 de março, no turno matutino. Além das

minhas aulas, durante esses dias, outros professores foram solidários ao projeto e

doaram aulas para a execução do mesmo.

Em sala de aula, foram utilizadas as seguintes metodologias:

I. Aulas expositivas com a utilização de Power-Point, simuladores e realização

de pequenas experiências com uso do aparato experimental;

II. Resolução de exercícios no quadro como exemplos e a introdução e

aplicação de fórmulas dentro do conteúdo de movimento harmônico simples;

III. Resolução de listas de exercícios pelos alunos; (APÊNDICES F e G)

IV. Utilização do sensor ultrassônico, interface Arduino e linguagem Python

para aquisição automática de dados e geração de gráfico da posição em

função do tempo do movimento harmônico simples.

V. Aplicação de uma avaliação diagnóstica (APÊNDICE D) e de um

questionário de opinião (APÊNDICE E)

De forma a propiciar uma visão geral da implementação de nossa sequência

didática contendo a utilização do sensor ultrassônico, segue abaixo a tabela 1.

Tabela 1: Visão geral da implementação da sequência didática

Data Número

de horas

aulas

Tópicos Recursos

02/03 Parte 1

Duas (2)

Apresentação de

diferentes tipos de

materiais relacionados

com diferentes

elasticidades;

Identificação por parte

dos alunos do tipo de

movimento executado

pelos materiais;

Levantamento dos

conhecimentos prévios

a cerca do movimento

oscilatório;

Materiais com constantes elásticas diferentes,

como: mola de brinquedos, ligas elásticas, elásticos

de roupas, alça de sutiã, espiral de cadernos,

amortecedor de moto;

Questões orais para o levantamento do

conhecimento prévio;

Experiência utilizando a haste metálica, régua,

molas diferentes, massa de 93,5g.

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Experimento que mostra

a associação entre a

elongação da mola com

a força aplicada, nesse

momento, apenas

através da massa

pendurada.

03/03 Parte 2

Três (3)

Retomada dos conceitos

apresentados na aula

anterior;

Explicação das forças

que atuam no sistema

massa-mola na vertical;

Relação entre a força

com o deslocamento da

mola;

Experimento para

caracterizar as quatro

molas.

Construção do gráfico:

força em função da

elongação para cada

mola.

Aula expositiva sobre as forças: peso e elástica;

Experiência utilizando a haste metálica, régua, 4

molas diferentes, 4 massas diferentes, papel

milimetrado, balança de precisão;

Lista de exercícios;

Coleta dos dados para a construção do gráfico;

Inicio da construção do gráfico.

06/03 Parte 2 e

parte 3

Três (2)

Retomada da construção

do gráfico: força em

função da elongação

para cada mola.

Cálculos do valor da

constante da mola para

cada uma das quatro

molas estudadas.

Colocação das etiquetas

com o valor da

constante da mola para

cada uma delas.

Papel milimetrado para a construção do gráfico:

força em função da elongação;

Lista de exercícios;

Resolução de exemplo no quadro negro de como

calcular a constante da mola;

Resolução dos cálculos da constante da mola pelos

alunos.

07/03 Parte 4

Três (3)

Experimento para

analisar o movimento

de um sistema massa-

mola;

Identificação que as

molas mais rígidas

apresentam um tempo

de oscilação menor

(período)

Definição de período e

frequência no sistema

massa-mola e a relação

entre eles.

Experimento para

determinar o período de

oscilação de diferentes

molas.

Como atividade inicial, uma experiência para

analisar o movimento do sistema massa-mola com

apenas uma massa e diferentes molas;;

Experiência utilizando a haste metálica, régua, 4

molas diferentes, 4 massas diferentes, papel

milimetrado;

Lista de exercícios;

Coleta dos dados para a construção do gráfico;

Inicio da construção do gráfico.

09/03 Parte 5

Duas (2)

Retomada dos conceitos

de frequência e período;

Revisar os conceitos de

seno e cosseno;

Representação gráfica

das forças que atuam no

sistema massa-mola;

Relação de o

Apresentação dos conceitos usando o Power-Point;

Mostrar o objeto de aprendizagem: Oscilações e

movimento circular (Portal do Professor) que faz a

projeção do movimento circular no eixo-x como

sendo um movimento de oscilação e do applet:

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movimento circular com

o movimento oscilatório

do sistema massa-mola;

Elongação da mola, na

vertical;

Velocidade no sistema

massa-mola;

Aceleração no sistema

massa-mola;

Equação do período e

frequência no MHS.

Ondas em uma corda (Phet colorado), identificando

a relação do movimento circular e movimento

harmônico simples, além do estudo de amplitude,

frequência e período nesse tipo de movimento.

Resolução de exemplo no quadro;

Lista de exercícios

10/03 Parte 6

Duas (2)

Retomada dos conceitos

estudados na aula

anterior;

Apresentação da

interface Arduino e suas

aplicações;

Apresentação do sensor

utltrassônico e seu

funcionamento;

Apresentação do código

C do sistema Arduino;

Apresentação da

linguagem Python e do

programa para gerar o

gráfico posição em

função do tempo do

MHS.

Aula expositiva;

Instrumentos de medidas:

Mola 1;

Massa de 93,5g;

Interface Arduino;

“ultrasson_ino” (programa que roda na

plataforma Arduíno e serve para a

aquisição de dados do experimento)

“MHS.py” (programa em Python que

representa o gráfico de posição em função

do tempo;

Sensor ultrassônico HC-SR04;

Para apresentação dos programas, como a

utilização de computador e Datashow.

13/03 Parte 6

Duas (2)

Experimento para a

coleta de dados

automática em tempo

real da posição e tempo

de uma massa

oscilando;

Montagem do experimento que alia atividade

experimental com atividade computacional com a

utilização de todos os materiais descritos na aula

anterior e execução do mesmo. Em seguida, os

coletaram os dados e ajustaram a função cosseno

aos dados obtidos.

Lista de exercícios.

14/03 Parte 6 e

parte 7

Três (3)

Resolução dos

exercícios relacionados

a equação horário de

espaço em função do

tempo do MHS;

Avaliação diagnóstica;

Questionário de opinião

Retomada da resolução dos exercícios dados na

aula anterior;

Resolução da avaliação diagnóstica sobre os

conceitos vistos durante toda a sequência didática;

Resolução do questionário de opinião para avaliar a

proposta pedagógica aplicada nesse conteúdo.

O quadro 1 sintetiza os momentos em que a sequência didática foi utilizada em

sala de aula e os objetivos de cada parte desenvolvida.

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Quadro 1: Objetivos do uso das atividades teóricas e experimentais em cada

etapa da sequência didática.

Com o uso do experimento o aluno deverá

ser capaz de:

Ao final de cada etapa o aluno deverá ser

capaz de:

Parte 1 – Movimento oscilatório – 2 aulas

Caracterizar uma mola;

Determinar a flexibilidade da

mola;

Relacionar a constante da mola a

constante elástica

Compreender conceitos básicos

do movimento oscilatório, como

sistema massa-mola, constante da

mola, elongação e peso.

Parte 2 – Lei de Hooke – 4 aulas

Determinar a constante da mola;

Relacionar a força elástica e a

força elástica quando a mola está

em equilíbrio;

Coletar dados para o cálculo da

constante da mola.

Caracterizar uma mola através da

constante da mola;

Compreender os conceitos da Lei

de Hooke

Relacionar a força elástica e a

força elástica quando a mola está

em equilíbrio;

Parte 3 – Determinação da constante elásticas de diferentes molas – 1 aula

Caracterizar diferentes molas e

identificá-las.

Parte 4 – Introdução ao movimento harmônico simples – 2 aulas

Constatar que as molas mais

rígidas apresentam um período de

oscilação menor.

Compreender a relação entre

frequência, período, massa e

constante da mola, no sistema

massa-mola.

Parte 5 – Cinemática do sistema massa-mola na vertical – 2 aulas

Revisar os conceitos da função

seno e cosseno;

Trabalhar gráficos, identificando

as funções seno ou cosseno com

x(t);

Compreender os conceitos de

amplitude, de deslocamento e

frequência angular.

Parte 6 – Medindo o movimento oscilatório – 4 aulas

Coletar dados da posição e tempo

de um sistema massa-mola ao

Capacitar os alunos a

interpretarem gráficos de posição

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oscilar;

Gerar gráfico da posição em

função do tempo do MHS do

sistema massa-mola na vertical.

em função do tempo para o

movimento harmônico simples,

associando-os movimento real de

um objeto em oscilação.

Parte 7 – Avaliação diagnóstica e questionário de opinião – 2 aulas

Avaliar a aprendizagem dos

conceitos sobre MHS

Avaliar a aplicação do produto

educacional.

4.2. Uso do sensor ultrassônico no estudo da posição versus o tempo do sistema

massa-mola

O objetivo principal do projeto era a utilização do sensor ultrassônico no estudo

da posição versus o tempo do sistema massa-mola. Isto aconteceu na parte 6 da

sequência didática, foi feito em sua parte final, baseado nos conceitos ausubelianos da

diferenciação progressiva. Sendo assim, os alunos aprenderam a caracterização da mola

e como o movimento acontece para em seguida, ser apresentado o estudo da equação e

dos gráficos do MHS.

Inicialmente foi feita a caracterização da interface Arduino, do sensor

ultrassônico e da linguagem Python. O programa python serve para ajustar uma função

cosseno aos dados experimentais e mostrar o resultado deste ajuste. Isso é realizado

alterando ad hoc os parâmetros amplitude, frequência angular e fase.

Em seguida, pegamos o protobord e encaixamos o sensor ultrassônico, ligamos

os pinos com a placa Arduino (FIGURA 6), verificamos o shield, fizemos o upload do

programa. Após, foi montado o experimento, e ao verificar que tudo estava montado

corretamente, a mola foi colocada para oscilar sobre o sensor (FIGURA 7).

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Figura 6: O sensor ultrassônico montado em conjunto com a placa Arduino.

Fonte: foto do autor

O sensor ultrassônico HC-SR04 é composto por 4 pinos, sendo eles:

VCC : alimentação de 5V

TRIG : pino de gatilho – pino 12

ECHO : pino de eco – pino 13

GND : terra

O pino 13 recebe o pulso do echo, enquanto o pino 12 envia o pulso para gerar o

echo.

(a) (b)

Figura 7: (a) experimento montado em sala de aula com a mola oscilando. (b) execução do programa em

sala de aula. Fonte: fotos do autor.

5. PRODUTO EDUCACIONAL

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O produto educacional desenvolvido neste trabalho é composto por:

Circuito (shield) e interface para aquisição de dados (APÊNDICE A)

Software livre para a utilização de experimento de Movimento Harmônico

Simples no Ensino Médio usando a placa Arduino UNO e o sensor ultrassônico

HC-SR04 (APÊNDICE B)

E como sugestão, uma Sequência didática para o professor (APÊNCDICE C), a

fim de facilitar a aplicação do produto em sala de aula.

A aplicação do nosso produto envolveu muitas aulas, totalizando 20 períodos de

50 minutos, pois a turma estava iniciando tanto o ano letivo e também uma nova

fase dos estudos ao adentrar no Ensino Médio, já que foi aplicado na primeira série

do ensino médio. Para tornar o produto mais atrativo aos professores, sugiro a eles

que utilizem o experimento no estudo específico do Movimento Harmônico

Simples, totalizando 6 períodos de 50 minutos. De acordo com a maioria dos livros

didáticos disponíveis, esse conteúdo está disponível no segundo ano do Ensino

Médio.

5.1 Placa Arduino e sensor ultrassônico

A placa Arduino é vendida juntamente com um kit (olhar na net o que está no

kit), disponível principalmente em lojas virtuais, como o site Mercado Livre, com

custo baixo, em torno de 170,00 (cento e setenta reais). Sendo assim, é de fácil

acesso por parte das escolas e professores, desde que conste no Projeto Político

Pedagógico (PPP) da escola.

Para esse projeto do produto educacional o objetivo principal é a medida do

deslocamento da mola em função do tempo. A placa arduino e o sensor ultrassônico

são utilizados para a captação dos dados de posição e tempo, enquanto o programa

Python produz o gráfico do movimento através dos dados obtidos pela placa e pelo

sensor.

5.1.1 Componentes necessários

Protoboard (FIGURA 8)

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Figura 8 – Imagem da protoboard utilizada no projeto

Fonte: foto do autor

Sensor ultrassônico HC-SR04 (FIGURA 9)

Figura 9 – Imagem do sensor ultrassônico HC-SR04 utilizado no projeto

Fonte: foto do autor

Fios jumper (FIGURA 10)

Figura 10 – Imagem dos fios jumper utilizados no projeto

Fonte: foto do autor

O protoboard costuma ser de um tamanho padrão, medindo

aproximadamente 16,5 cm por 5,5 cm e apresentando 840 furos (ou pontos) na

placa. Essas placas têm pequenos encaixes nas laterais que permitem conectar

diversas placas, umas às outras, para criar protoboard maiores, importante para

projetos mais complexos que não é o nosso caso. Para esse projeto, a protoboard

de tamanho menor que o normal já foi suficiente. O protoboard tem 8,3 cm por

5,5 cm e apresentando 350 furos.

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O sensor ultrassônico HC-SR04 já descrito no capítulo do referencial

necessita de uma voltagem de 5 V e uma corrente menor que 2 mA

(miliampere). Tem um funcionamento melhor se posicionada com um ângulo

menor que 15º entre o sensor e o obstáculo. Consegue medir distancias entre 2

cm a 5 m. (ITEAD STUDIO, 2010)

Os fios jumper que utilizamos que já vieram no kit do Arduino, eles têm

pontas moldadas para facilitar a inserção na protoboard ou pode-se criar os

próprios, cortando tiras curtas de fios rígidos de núcleo único e retirando cerca

de 6 mm da ponta. (ARDUINO, 2016)

5.1.2 Conectando os componentes

Primeiramente, é necessário se certificar que o Arduino esteja desligado,

desconectando-o do cabo USB. Agora, pegue sua protoboard, o sensor e os fios,

e conecte tudo como mostra a figura 11

Figura 11 - Circuito para o produto – Medida da posição versus tempo do MHS.

Fonte: foto do autor

Não importa utilizar fios de cores diferentes ou furos diferentes na

protoboard, desde que os componentes e os fios estejam conectados na mesma

ordem da figura.

Se certifique que o sensor esteja conectado corretamente, o terminal VCC

deve sempre ir para a alimentação de +5 V. O terminal TRIG deve estar

conectado ao pino 12. O terminal ECHO deve estar conectado ao pino 13 e o

pino GND deve ir para o pino terra (GND).

Quando tudo for conectado corretamente, ligue o Arduino e conecte o

cabo USB ao computador.

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5.1.3. Digite o código

No IDE do Arduino e digite o código abaixo.

// Projeto 2 - ultrassom

#define echoPin 13

#define trigPin 12

float tempo = 1.2f;

float distancia = 1.2f;

void setup() {

Serial.begin(9600);

pinMode(echoPin, INPUT);

pinMode(trigPin, OUTPUT);

}

void loop() {

//seta o pino 12 com um pulso baixo "LOW" ou desligado ou ainda 0

digitalWrite(trigPin, LOW);

//delay de 2 microssegundos

delayMicroseconds(2);

//seta o pino 12 com pulso alto "HIGH"ou ligado ou ainda 1

digitalWrite(trigPin, HIGH);

//delay de 10 microssegundos

delayMicroseconds(10);

//seta o pino 12 com pulso baixo novamente

digitalWrite(trigPin, LOW);

//pulseInt le o tempo entre a chamada e o pino entrar em high

float duration = pulseIn(echoPin, HIGH);

//Esse calculo é baseado em s = v. t, lembrando que o tempo vem dobrado

//porque é o tempo de ida e volta

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distancia = duration/70.0;

//Serial.print("Distancia em CM:");

tempo = millis()/1000.00;

Serial.print(tempo, 2);

Serial.print("\t");

Serial.print(distancia);

Serial.print("\n");

delay(100); //espera 0.1 segundo para fazer a leitura novamente

}

Para se certificar se não há erros no código, pressionar o botão Verificar

(FIGURA 12) no topo do IDE para certificar que não há erros no código. Se não

houver erros, clique no botão Carregar (FIGURA 13) para fazer o upload do seu

código ao seu Arduino. Caso tudo tenha sido feito corretamente, agora você

coloca a o sistema massa-mola para oscilar, para que os dados sejam obtidos.

Qualquer texto que se inicie com // é ignorado pelo compilador, servem para

ajudar a compreender como o código funciona.

Figura 12 – botão Verificar do IDE do Arduino.

Fonte: autor

Figura 13 – botão Carregar do IDE do Arduino.

Fonte: autor

Para que se possa fazer a análise gráfica do movimento do sistema

massa-mola em um dado intervalo de tempo é necessário interromper a leitura

do sensor. Isto pode ser feito pressionando o botão disponível sobre o shield.

Parte dos dados obtidos por esse projetos são copiados em um arquivo, no nosso

caso, para um bloco de notas, Windows, (FIGURA 14) para que através deste o

programa Python consiga apresentar o gráfico do sistema massa mola.

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Figura 14 – dados copiados para o bloco de notas, onde a primeira coluna é os valores de tempo

e na segunda coluna os valores das posições.

Fonte: autor

5.2. Programa Python

Com os dados capturados é o momento da apresentação gráfica do

movimento do sistema massa-mola. Para isso usamos o programa MHS.py.

5.2.1. Programa MHS.py

No IDLE do Python e digite o código abaixo.

from pylab import scatter, plot, show, xlim, ylim, xlabel, ylabel

from numpy import loadtxt, linspace, sin

# Dados experimentais

FileName = 'dados.txt.txt'

t, X = loadtxt(FileName, unpack=True)

# Definindo os parametros do grafico

xlim(0.0, 10.0)

ylim(20, 60)

xlabel("tempo(seg)")

ylabel("deslocamento (cm)")

# Colocando os dados no grafico

scatter(t, X)

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# Parametros que devem ser ajustados

omega = 7.9

A = 43.0

B = 6.0

phase = 1.8

# Colocando a linha simulada no grafico

x = linspace(0, 10, 300)

plot(x, A + B*sin(omega*x + phase), "r")

# Mostrando o grafico

show()

Para gerar o gráfico é necessário clicar no botão Run que se encontra no IDLE

do Python e o gráfico é gerado em tempo real. Caso os pontos não estejam ajustados, os

parâmetros amplitude, fase e frequência podem ser modificados através de tentativa e

erro até que os pontos fiquem ajustados a linha do gráfico representado em tempo real

pelo Python.

6. RESULTADOS

Neste capítulo vamos analisar os resultados obtidos através da avaliação

diagnóstica que teve como objetivo verificar o grau de aprendizagem dos conceitos

físicos dados durante toda a sequência didática, desde as diferenças básicas entre as

molas até a equação horária do MHS.

A identidade dos alunos não foi relevada e eles foram enumerados de 1 a 30, já

que dois alunos não responderam nem a avaliação diagnóstica e nem o questionário de

opinião.

6.1. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA MASSA-MOLA

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Ao coletar os dados e construir o gráfico pelo Python, os pontos ficaram

distorcidos. Foi pedido aos alunos calcularem a frequência angular, mostrado na tabela

2 e ajustar a frequência de acordo com os dados obtidos. Nessa parte, os alunos

modificavam os valores da frequência angular, da fase e da amplitude através de

tentativa e erro no próprio programa. Feito isso, obteve-se um gráfico (FIGURA 16).

Tabela 2: Caracterização do sistema massa-mola.

Caracterísitcas do sistema massa-mola

Constante elástica (5,3 ± 0,3) N/m

Massa utilizada 0,093 kg

Força elástica = peso (equilíbrio) 0,92N

Frequência angular (ω) (7,5 ± 0,2) rad/s

Figura 16: Gráfico com os dados obtidos após ajustados. Fonte: Python

6.2. ANÁLISE DA AVALIAÇÃO DIAGÓSTICA

Para avaliar a aprendizagem dos alunos, foi aplicada a avaliação diagnóstica

baseada no questionário usado por Conde (2011) composto por dez questões, sendo três

questões objetivas, sete discursivas (APÊNDICE D). Da leitura e análise da avaliação

diagnóstica podemos verificar que apenas 30% das questões foram respondidas de

forma corretas, mesmo com todos os recursos utilizados para a explicação do MHS.

A análise dos resultados da avaliação diagnóstica será feito de acordo com

categorias de aprendizagem proposta por Cardoso (2011) classificados em:

Conceitos satisfatórios (CS);

Conceitos ausentes (CA);

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Conceitos insuficientes (CI).

Cardoso (2011) os define:

(...). Entre aqueles aprendizes que responderam de forma correta, com clareza

nos conceitos descritos será subordinado a categoria Conceitos Satisfatórios

(CS). Os alunos que responderam de forma a não apresentar nenhum

entendimento sobre a questão serão categorizados como Conceitos Ausentes

(CA). Aqueles alunos que responderam com conceitos que não estejam

claros ou conceitos mal definidos serão classificados como Conceitos

Insuficientes (CI). (CARDOSO, 2011, p. 92)

Para melhorar o entendimento sobre a quantidade de alunos que se enquadram

em cada categoria por questão, foi elaborado gráfico mostrado na figura 17:

Figura 17 - Resultado por categorias de aprendizagem da avaliação diagnóstica por aluno. Fonte: Dados

obtidos nos resultados e Excel.

Agora vamos analisar o resultado das categorias por questão.

Questão 1 - Qual das duas molas que estudamos e que foram etiquetadas, mola 1 e

mola 4, que você observou é mais difícil de esticar? Que características elas têm?

Essa questão tinha como objetivo averiguar o aprendizado do aluno sobre a

elasticidade das molas e principalmente sobre as suas características relacionadas ao

material da mola, que nesses termos chamados de constante da mola. Dos 30 alunos que

responderam a avaliação diagnóstica 19 alunos foram classificados na categoria de

conceitos insuficientes, pois entenderam que a mola 4 era a mais difícil de esticar, mas

não souberam justificar de forma adequada as características que cada mola tinha.

Segue abaixo uma resposta do aluno que se encaixa nessa categoria:

Q.1 Q.2 Q.3 Q.4 Q.5 Q.6 Q.7 Q.8 Q.9 Q.10

CS 5 1 20 2 24 3 20 2 0 0

CA 6 19 10 28 6 27 7 26 29 29

CI 19 10 0 0 0 0 3 2 1 1

0

5

10

15

20

25

30

35

me

ro d

e a

lun

os

Categorias de aprendizagem - Avaliação Diagnóstica

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“A primeira ela esticou um pouco e já a quarta ela até com o peso mais pesado ela nem

esticou” (aluno 1)

Cinco alunos responderam com conceitos satisfatórios. Uma das respostas dada

a seguir:

“A mola 4. Pois, ela é mais dura, precisará de uma quantidade maior de forças para que

ela possa esticar.” (aluno 14)

E 6 alunos se encaixaram nos conceitos ausentes. Desde 6 alunos, 2 não

responderam. Segue uma das respostas dadas:

“A mais dura é mais difícil de esticar. A mais difícil é menor, mais grossa e mais firme.

A outra é mais fina e maior.” (aluno 22)

Questão 2: Qual é a diferença de um corpo que cai livremente para outro que oscila?

Qual é a causa dessa oscilação?

Essa questão tinha como objetivo verificar se os alunos compreendiam os tipos

de forças que atuam em um sistema massa-mola e a que atua no corpo em queda livre.

Esperava-se que os alunos respondessem de acordo com a força elástica e força peso

para o corpo que oscila e apenas a força peso para o corpo em queda livre.

Dos 30 alunos que responderam apenas um aluno ficou na categoria de conceitos

suficientes, 19 alunos na categoria de conceitos ausentes e 10 alunos na categoria de

conceitos insuficientes, destes seis não responderam a questão. Segue abaixo algumas

respostas dadas pelos alunos de acordo com cada categoria:

_Conceitos satisfatórios:

“um corpo que cai livremente, cai sem nenhuma intervenção, já o corpo que oscila, cai

com a presença de uma mola para a segurar.” (aluno 10)

- Conceitos ausentes:

“A diferença é que a constante está em movimento e o que oscila está parado.” (aluno

15)

- Conceitos insuficientes:

“Ele cai sem nenhum tipo de impedimento. A oscilação depende de qual objeto se trata

por exemplo, a corda quando balançada seu movimento oscila. O objeto que oscila tem

movimento de vai e volta.” (aluno 3)

Questão 3: De acordo com a aula, dê alguns exemplos de sistemas

que se movimentam de forma semelhante.

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Essa questão tinha como objetivo verificar se os alunos conseguiam dar

exemplos de sistemas que possuem movimento oscilatório. Dos 30 alunos, 20 alunos

responderam de acordo com a categoria dos conceitos satisfatórios e 10 alunos na

categoria de conceitos ausentes, destes 8 alunos não responderam a questão. A seguir,

algumas respostas dos alunos de acordo com cada categoria.

- Conceitos satisfatórios:

“Elástico e mola”. (alunos 11, 15, 17, 19, 21, 22, 27)

- Conceitos ausentes:

“Ondas do mar, corda tem movimento de onda, roda da bicicleta e ventilador tem um

movimento circular.” (aluno 3)

Questão 4: Quando aumentamos a amplitude, o período da oscilação: (Justifique sua

resposta).

a) Aumenta

b) Diminui

c) Não muda

Essa questão tinha como objetivo verificar se os alunos conseguiam dizer que a

amplitude não altera o período da oscilação do MHS no sistema massa-mola, na

vertical. Dos 30 alunos, 2 alunos responderam de acordo com a categoria de conceitos

satisfatórios, marcando a alternativa: não muda e 28 alunos responderam de acordo com

a categoria dos conceitos insatisfatórios, marcando as alternativas: aumenta ou

diminuiu. Esse resultado pode ter surgido pelo fato dos alunos acreditarem que os

pontos máximos que a oscilação atinge interferem no tempo da oscilação. Eles não

conseguiram relacionar que independente da amplitude o período de oscilação de uma

determinada mola não se altera.

Questão 5: Quando aumentamos a massa, o período da oscilação: (Justifique sua

resposta).

a) Aumenta

b) Diminui

c) Não muda

Essa questão tinha como objetivo verificar se os alunos conseguiam relacionar

de acordo com a fórmula matemática T = 2π √m/k, onde verifica-se que o período é

proporcional a raiz quadrada da divisão da massa pela constante da mola. Assim, se a

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massa aumenta, o período aumenta. Dos 30 alunos, 24 alunos responderam de acordo

com a categoria dos conceitos suficientes, marcando que o período aumenta. E 6 alunos

responderam de acordo com a categoria de conceitos ausentes, respondendo que o

período diminui ou não muda e 1 aluno não respondeu.

Questão 6: Quando aumentamos a constante da mola, o período da oscilação:

(Justifique sua resposta).

a) aumenta;

b) diminui;

c) não muda.

Essa questão tinha como objetivo verificar se os alunos conseguiam relacionar

de acordo com a fórmula matemática T = 2π √m/k, onde verifica-se que o período é

proporcional a raiz quadrada da divisão da massa pela constante da mola, sendo assim a

medida que a constante da mola aumenta, o período diminui. Dos 30 alunos, 3 alunos

responderam de acordo com a categoria de conceitos satisfatórios, marcando que o

período de oscilação diminui. E 27 alunos, responderam de acordo com a categoria de

conceitos ausentes, deste 1 aluno não respondeu.

Questão 7: A relação T = 2π √m/k está de acordo com as conclusões obtidas acima:

Esta questão tinha como objetivo verificar se os alunos conseguiam identificar a

fórmula dada como a utilizada para calcular o período do MHS. Dos 30 alunos, 20

alunos responderam de acordo com a categoria de conceitos satisfatórios, 3 alunos de

acordo com a categoria de conceitos insuficientes e 7 alunos de acordo com a categoria

de conceitos ausentes, destes todos não responderam a questão. Dentre as resposta dadas

pelos alunos, segue algumas delas de acordo com cada categoria:

- Conceitos satisfatórios:

“Sim, pois essa é a fórmula”. (aluno 3)

- Conceitos insuficientes:

“Sim, de acordo com o peso e o cm da mola.” (aluno 2, 19)

Questão 8: Quando dobramos o valor da massa de uma determinada mola, a sua

frequência também dobra? Justifique sua resposta

Esta questão tinha como objetivo verificar se o aluno conseguia dizer se a

frequência é o inverso do período e que de acordo com a fórmula matemática para

calcular a frequência no MHS, f = 1/2π √k/m. Portanto, se dobrar o valor da massa a

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frequência diminui de acordo a com a raiz quadrada do quociente da constante da mola

pela massa. Dos 30 alunos, 2 alunos responderam de acordo com a categoria dos

conceitos satisfatórios, 2 alunos responderam de acordo com a categoria dos conceitos

insuficientes e 26 alunos de acordo com a categoria de conceitos ausentes, destes 5

alunos não respondeu a questão. Segue abaixo, algumas respostas dadas referentes a

cada categoria:

- Conceitos satisfatórios:

“Não. Porque quando aumenta o peso a tendência é parar mais rápido.” (aluno 6)

- Conceitos ausentes:

“Sim, pois, quando sua massa está maior precisa-se de uma frequência maior”. (aluno

20)

- Conceitos insuficientes:

“Ela diminui porque pesa e ela tem a tendência de parar.” (aluno 3)

Questão 9: Observe a figura abaixo. O corpo que está em movimento harmônico

simples pode ter uma posição acima de y = - A ou abaixo de y = A?

Esta questão tinha como objetivo verificar o entendimento da amplitude do

MHS. Esperava-se que os alunos respondessem que a oscilação do sistema massa-mola

compreende entre A e –A. Dos 30 alunos, 1 aluno respondeu de acordo com a categoria

de conceitos insuficiente e 29 alunos de acordo com a categoria de conceitos ausentes.

A resposta para a categoria de conceitos insuficientes foi: “acho que está entre o zero”

(aluno 23). Os demais alunos responderam erroneamente o corpo poderiam estar acima

de -A ou abaixo de A.

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Questão 10: Um corpo executa um movimento harmônico simples descrito pela

equação x = 4cos(4πt) (SI)

a) Identifique a amplitude, a frequência e o período do movimento.

b) Em que instante, após o início do movimento, o corpo passará pela posição x=0?

Esta questão tinha como objetivo verificar se a equação do MHS havia sido bem

entendida. Dos 30 alunos, 1 aluno respondeu de acordo com a categoria de conceitos

insuficientes e 29 de acordo com a categoria de conceitos ausentes, onde todos esses

alunos não responderam a questão.

A única resposta que obteve essa questão foi em relação a letra b da questão:

“quando ela estiver em equilíbrio” (aluno 3)

Ao aplicar o questionário de opinião, duas questões: 3 e 4, serão analisadas nessa

parte dos resultados por fazerem parte de conteúdos relativos a aprendizagem dos

alunos.

Questão 3: A atividade experimental realizada em sala de aula investiga qual o tipo de

força? Marque apenas uma opção.

a) Força normal

b) Força de atrito

c) Força peso

d) Força elástica

Essa questão tinha como objetivo averiguar se eles conseguiram relacionar a

atividade experimental com o tipo de força estudada durante as aulas teóricas. Do total

de 30 alunos, 2 alunos (7%) marcaram força normal, 6 alunos (20%) responderam força

peso, 22 alunos (73%) responderam força elástica. O resultado mostra que a maioria dos

alunos conseguiu entender que atividade do sistema massa-mola estava relacionada com

a força elástica. E boa parte do restante marcou força peso, força que também foi citada

durante as aulas, já que o sistema massa-mola estava na vertical.

Questão 4: A teoria estudada na atividade experimental refere-se a qual lei da Física?

a) Lei de Newton.

b) Lei de Hooke.

c) Lei de Stevin.

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d) Lei de Snell.

Essa questão tinha como objetivo sondar se os alunos conseguiram relacionar a

atividade experimental com a lei explicada durante as aulas teóricas sobre a Lei de

Hooke. Dos 30 alunos que responderam o questionário, 10 alunos (34%) responderam

que a lei era a Lei de Newton, 16 alunos (53%) marcaram a Lei de Hooke, 1 aluno (3%)

a Lei de Stevin, 2 alunos (7%) a Lei de Snell e 1 aluno (3%) não respondeu a questão.

Podem os perceber que mais da metade dos alunos conseguiam responder corretamente

a questão.

6.3. ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DE OPINIÃO

Para determinar se o produto desenvolvido obteve aceitação dos alunos

envolvidos, foi realizada uma pesquisa de opinião tendo como base o questionário

usado por Neves (2015) composto por dez questões, sendo oito questões objetivas, uma

discursiva e uma questão objetiva com justificativa discursiva (APÊNDICE E). Da

leitura e análise do questionário de opinião em relação à experiência didática adotada,

podemos inferir que os alunos tiveram boa aceitação. Segue a análise de cada uma das

10 questões baseada nas respostas dadas pelos 30 alunos que participaram do projeto:

Questão 1: Quando estudou no ensino fundamental, já havia estudado um conteúdo

utilizando experimento?

( ) sim ( ) não

Esta questão tinha o objetivo de sondar se durante a vida escolar anterior já

havia estudado um conteúdo utilizando experimento. Do total de 30 alunos que

responderam o questionário de opinião, 10 alunos (33%) responderam que sim e 20

alunos (67%) responderam que não. Assim, percebe-se que as maiorias dos alunos

nunca tinham estudado um conteúdo utilizando atividade experimental em sala de aula.

Questão 2: Se já havia feito experimentos alguma vez, consegue lembrar qual o assunto

do experimento ou descrever como foi realizado? Se não fez pule esta pergunta.

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Esta questão tinha como objetivo averiguar quais experimentos os alunos

durante o ensino fundamental já haviam realizado. Dos 10 alunos que responderam que

já haviam feito algum experimento durante o ensino fundamental, 2 alunos não

responderam, 1 não lembrava qual o experimento havia feito e 7 citaram experimentos

relacionados com as disciplinas de química e biologia, nenhum deles citou dentro da

disciplina de física. Os experimentos citados foram sobre reações químicas (explosões e

efervescência), separação de mistura, diferenças de densidades de substâncias e maquete

de ameba. Dessa forma, constatamos que os alunos mesmo que já tivessem estudado

conceitos físicos em sala de aula anteriormente, nenhuma atividade prática foi realizada

durante o seu processo de ensino.

As questões 3 e 4 foram analisadas no tópico anterior por apresentarem conteúdo

relacionado ao conteúdo estudado.

Questão 5: Gostou de fazer uma atividade experimental para mudar a maneira de

estudar na escola?

( ) sim ( ) não ( ) indiferente

Esta questão tinha como objetivo sondar se os alunos gostaram de utilizar

experimentos na sala de aula e se melhora a maneira de estudar na escola. Dos 30

alunos, 27 alunos (90%) responderam que sim, 2 alunos (7%) responderam que não e 1

aluno (3%) respondeu que é indiferente. Percebemos que 90% dos alunos gostaram de

fazer a atividade experimental e consideram uma boa alternativa de mudar o processo

ensino aprendizagem.

Questão 6: Quando estiver no 2º ano de ensino médio, gostaria de realizar mais

atividades experimentais para compreender melhor os conteúdos que serão estudados

em Física?

( ) sim ( ) não ( ) talvez

Esta questão tinha como objetivo de sondar se os alunos gostariam de continuar

utilizando experimentos durante o primeiro e também no segundo ano do ensino médio

para compreender melhor os conceitos físicos. Dos 30 alunos, 21 (70%) alunos

responderam que sim, 2 alunos (7%) responderam que não e 7 alunos (23%)

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responderam que talvez. Percebemos que 70% acreditam que o uso do experimento

facilita o estudo dos conteúdos da Física e quando estiverem no segundo ano do ensino

médio gostariam de utilizar experimentos durante a prática pedagógica. E que 23%

consideram uma possibilidade de estudar com atividades experimentais durante o

segundo ano e apenas 2 alunos ou 7% deles não gostariam de estudar com atividades

experimentais.

Questão 7: Durante a realização da atividade experimental qual foi a maior dificuldade?

Escolha apenas uma opção e justifique

a) Realizar as atividades para coletar os dados experimentais.

b) Entender e manusear o Sistema Arduino

c) Fazer os gráficos.

Justifique:______________________________________________________________

Esta questão tinha como objetivo saber qual a maior dificuldade dos alunos

durante todas as atividades experimentais da sequência didática. Dos 30 alunos, 3

alunos (10%) consideraram a coleta de dados como a maior dificuldade, 4 alunos (13%)

consideraram o entendimento e manuseio do Sistema Arduino e 23 alunos (77%)

consideram os gráficos sendo a maior dificuldade durante a atividade experimental. Dos

30 alunos, 5 não justificaram a alternativa marcada e 25 alunos justificaram.

Percebemos que 77% dos alunos consideram a construção do gráfico como uma

grande dificuldade, durante a execução da sequência didática, as aulas que haviam

gráficos para serem construídos, houve a necessidade de aulas a mais para o término dos

mesmos. Em relação ao Sistema Arduino e a coleta de dados, os alunos relataram uma

dificuldade relacionada principalmente o MHS, já que eles não conheciam nada sobre

esse conteúdo anteriormente.

Questão 8: Qual tipo de aula gostaria de ter na escola que considera importante para

seu aprendizado em Física?

a) Teóricas: apenas utilizando os livros com as explicações do professor.

b) Experimentais: utilizar apenas os experimentos.

c) Teóricas com experimentos: utilizar os dois métodos porque um complementa o

outro.

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Esta questão tinha como objetivo sondar qual o método de ensino entre: teóricas,

experimentais ou ambos os alunos consideram importante para o aprendizado dos

conteúdos de Física em sala de aula. Dos 30 alunos, 2 alunos (7%) consideram as aulas

apenas teóricas mais relevantes, 6 alunos (20%) consideram as aulas apenas

experimentais mais importantes, 21 alunos (69%) gostariam de utilizar os dois tipos de

aulas teóricas e experimentais, considerando as duas importante onde uma complementa

a outra e 1 aluno (4%) não respondeu. Como foi bastante discutido em sala de aula,

70% dos alunos consideram que aliar a teoria com a prática facilita o aprendizado. O

aluno 29 relatou: “é muito mais fácil estudar a teoria quando há uma atividade na

prática para se estudar.”

Questão 9: Ficou com vontade de fazer novos experimentos utilizando o Sistema

Arduino?

( ) sim ( ) não ( ) talvez

Esta questão tem por objetivo verificar se o Sistema Arduino despertou interesse e se os

alunos desejam realizar novos experimentos o utilizando. Dos 30 alunos, 15 alunos

(50%) responderam que sim, 4 alunos (13%) responderam que não e 11 alunos (37%)

responderam talvez. Dessa forma, metade dos alunos gostaria de realizar novos

experimentos. Durante a execução do experimento utilizando o Arduino, o aluno 10

disse: “seria muito interessante fazer um semáforo durante a Feira de Ciências da

escola.”

Questão 10: Sobre o seu empenho em realizar a atividade experimental, qual foi a sua

dedicação em aprender utilizando o experimento? Marque uma nota de 0 a 5.

( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5

Esta questão tinha como objetivo quantificar o interesse do aluno em aprender um novo

conteúdo utilizando um aparato experimental. Dos 30 alunos, 3 alunos (10%) marcaram

nota dois, 8 alunos (27%) marcaram nota três, 10 alunos (33%) marcaram nota quatro e

9 alunos (30%) marcaram nota cinco. E nenhum aluno marcou nota zero ou um.

Podemos perceber que houve uma divisão quase igual entre as notas três, quatro e cinco,

demonstrando que a maior parte dos alunos se dedicou de maneira mediana a máxima

para obter aprendizado utilizando o experimento.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração do kit pedagógico como produto tinha como um dos objetivos a

utilização de uma metodologia inovadora e com a sequência didática dar suporte aos

professores de Física para trabalhar com atividades experimentais com aquisição

automáticas de dados. Por isso, desenvolvemos um aparato com instrumentos de medida

de baixo custo com tecnologias abertas, voltada para o ensino da dinâmica e cinemática

do movimento harmônico simples. Assim, todos que queiram utilizar o material podem

usá-los livremente.

Neste trabalho a escolha pela interface Arduino e pelo software na linguagem

Python buscou a dinamização, contextualização e participação dos alunos no processo

ensino aprendizagem através da experimentação, material considerado potencialmente

significativo de acordo com teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel.

Apesar dos resultados apontarem que a maior parte dos alunos não alcançaram

os conceitos satisfatórios em relação à aprendizagem dos alunos, o material instrumental

demonstrou que pode ser muito útil a motivação dos alunos para o aprendizado de

conceitos físicos, visto que mais de 80% dos alunos pretendem utilizar a interface

Arduino em projetos futuros.

Pode ter sido por inúmeros fatores, mas destaco a imaturidade dos alunos frente

ao conteúdo de movimento harmônico simples, falta de alguns conceitos prévios

importantes, como a construção de gráficos, o conhecimento das relações

trigonométrica do triângulo retângulo, a imensa dificuldade dos alunos em cálculos

matemáticos, interpretação de texto e parte vocacional (nem todos os alunos querem ser

físicos).

Além disso, para trabalhos futuros com a utilização da interface Arduino e do

sensor ultrassônico, o estudo da linguagem CC e dos comandos de execução do

programa serão melhores caracterizados, detendo um tempo maior para um melhor

entendimento dos alunos e consequentemente para maior aprendizagem dos conceitos

físicos envolvidos no projeto.

Concluo essa pesquisa, ressaltando conseguimos implementar que o kit

pedagógico em sala de aula e pode ser considerado um material potencialmente

significativo, pois conseguiu motivar os alunos a aprender conceitos físicos.

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49

APÊNDICE A: CÓDIGO DO PROGRAMA EM C PARA CONTROLAR O

SENSOR NO ARDUÍNO

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51

APÊNDICE B: LINGUAGEM PYTHON

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52

APÊNDICE C: SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE O MOVIMENTO

HARMÔNICO SIMPLES.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA – MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

PARTE 1 - MOVIMENTO OSCILATÓRIO

Esta aula apresenta uma proposta de atividade prática que o professor pode utilizar em

sala de aula para introduzir os conceitos de movimento oscilatório, através de um

experimento para determinar a flexibilidade da mola e relacioná-la com a constante da

mola.

Tempo previsto para a atividade: 2 períodos de 50 minutos

Objetivo de Ensino

Compreender conceitos básicos do movimento oscilatório, como: sistema

massa-mola, constante da mola, elongação e peso.

Material Utilizado:

- Molas com constantes elásticas diferentes, como: molas de brinquedo, liguinhas,

elásticos de roupa, alças de sutiã, espiral de cadernos, amortecedores de moto, etc.

- Régua;

- Uma massa calibrada de 93,5g;

- Tripé standart com sapatas niveladoras amortecedoras;

- Haste metálica de 55 cm de altura;

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- Retenção multiuso;

Atividade inicial (1 aula de 50 minutos)

O professor inicialmente apresenta aos alunos diferentes molas que encontramos

no nosso dia a dia como: molas de brinquedo, liguinha de cabelo, elásticos de roupa,

alças de sutiã, espiral de cadernos, mola de amortecedor de moto, entre outras, para

mostrar que há no nosso cotidiano há várias molas diferentes. Umas são mais rígidas e

outras não. Através disso, explicar que há uma constante que determina essa

flexibilidade.

Em seguida, pergunta aos alunos se eles identificam as diferentes molas com o

tipo de movimento que elas executam, dessa forma, levantam-se os conhecimentos

prévios a cerca do movimento oscilatório.

Tendo por base as sondagens realizadas com os alunos, o professor deve

desenvolver algumas atividades que têm por objetivo caracterizar uma mola. Dessa

forma, são desfeitas concepções equivocadas e abre o

caminho para o aprendizado do assunto. Para isso, fará uma atividade prática, que

consiste em colocar a mola na vertical, pendurar uma massa, e associar a elongação da

mola com a força aplicada. É importante guardar todo este material para etapas futuras.

Atividade prática (1 aula de 50 minutos)

Inicialmente, o professor deve fazer o experimento, mostrando aos alunos os

procedimentos adotados a seguir.

a) Coloque a mola na vertical sem a massa acoplada na retenção multiuso que

está fixada na haste metálica e anote o comprimento da mola;

b) Introduza a massa e meça com a régua a elongação da mola e o quanto ela

foi esticada;

c) Peça aos alunos anotarem a elongação da mola após a introdução da massa;

d) Repita os procedimentos anteriores para as outras molas, a fim de verificar

qual mola teve maior ou menor elongação.

e) Peça aos alunos responderem as questões seguintes:

i. Qual a mola mais dura uma com k = 2 N/cm ou k = 10 N/cm?

Justifique sua resposta

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ii. Quais as forças que atuam no sistema massa-mola na vertical?

f) Comente as possíveis divergências entre as predições teóricas e os conceitos

do problema massa-mola.

PARTE 2 – LEI DE HOOKE

Esta aula apresenta uma proposta de atividade prática que o professor pode utilizar em

sala de aula para conhecer a Lei de Hooke, através de um experimento para determinar a

constante da mola.

Tempo previsto para a atividade: 2 aulas de 50 minutos

Objetivo de Ensino

Caracterizar uma mola através da constante da mola;

Compreender os conceitos da Lei de Hooke;

Relacionar a força elástica e a força peso quando a mola está em equilíbrio.

Material Utilizado:

- 4 molas com constantes elásticas diferentes.

- Régua;

- Papel milimetrado;

- Quatro massas calibradas (74,9g, 93,5g, 121,6g, 186g);

- Tripé standart com sapatas niveladoras amortecedoras;

- Haste metálica de 55 cm de altura;

- Retenção multiuso;

Atividade inicial (1 aula de 50 minutos)

O professor inicialmente retoma os conceitos vistos na aula anterior sobre a

flexibilidade das molas que encontramos no nosso cotidiano. Em seguida, apresentam

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aos alunos as quatro molas que serão utilizadas na aula. Umas são mais rígidas e outras

não. Através disso, explicar que há uma lei que caracteriza uma mola, conhecida como

Lei de Hooke. Nesse momento, o professor deve retomar os conceitos sobre a força

peso e identificar no sistema massa-mola as forças que atuam durante o equilíbrio da

mola com a massa acoplada. Relacionar ainda a força com o deslocamento da mola e o

significado do sinal negativo que há na lei.

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Após a caracterização da mola de forma verbal, o professor deve desenvolver

algumas atividades que têm por objetivo caracterizar uma mola, através do encontro da

constante de quatro molas diferentes. Para isso, fará uma atividade prática, que consiste

em colocar a mola na vertical, pendurar uma massa, associar a elongação da mola com a

força aplicada e calcular o valor da constante da mola.

Atividade prática (2 aula de 50 minutos)

Inicialmente, o professor deve fazer o experimento, mostrando aos alunos os

procedimentos adotados a seguir.

a) Coloque a mola na vertical sem a massa acoplada na retenção multiuso que

está fixada na haste metálica e anote o comprimento da mola;

b) Introduza a massa e meça com a régua a elongação da mola e o quanto ela

foi esticada;

c) Peça aos alunos anotarem a elongação da mola após a introdução da massa;

d) Repita os passos b a c com massas diferentes;

e) Repita os passos a, b e c com molas diferentes;

f) Peça para os alunos construir uma tabela da elongação de cada mola em

função da massa. Como a tabela a seguir:

Tabela 1 - Dados obtidos através da elongação das diferentes massas e molas

Peso (N) Elongação (cm)

g) Construa o gráfico da força (F) versus deslocamento (Δy) no papel

milimetrado para todas as molas (o estudante deverá obter quatro retas com

inclinações (k) diferentes). Recomenda-se que os gráficos de molas

diferentes sejam realizados na mesma folha, pois isso facilita a comparação

de resultados. Sugira ao aluno usar símbolos diferentes para cada mola.

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h) Ao analisar o gráfico, o aluno deverá perceber que o comportamento da

força peso em função da elongação é linear. Pode acontecer que se a

elongação for muito alta, a mola saiu do regime elástico.

i) Peça aos alunos para traçar uma reta que melhor representa os resultados

experimentais para cada conjunto de dados de uma mola.

j) Finalize a atividade prática mostrando que a inclinação da reta é a constante

elástica da mola.

k) Peça aos alunos para responderem as seguintes questões:

i. Se tivéssemos uma mola mais dura, a inclinação da RETA seria

MAIOR ou

MENOR? Por quê?

ii. Explique o porquê do sinal negativo na fórmula da Lei de Hooke.

l) Comente as possíveis divergências entre as predições teóricas e os conceitos

da Lei de Hooke.

PARTE 3 – CÁLCULO DA CONSTANTE DA MOLA, ATRAVÉS DA LEI DE

HOOKE.

Esta parte apresenta uma proposta de atividade teórico/prática que o professor pode

utilizar em sala de aula para calcular a constante da mola através da Lei de Hooke,

utilizando os dados obtidos na parte 2.

Tempo previsto para a atividade: 1 aula de 50 minutos

Objetivo de Ensino

Calcular o valor da constante da mola, através da Lei de Hooke;

Material Utilizado:

- 4 molas com constantes elásticas diferentes;

- Etiquetas adesivas;

- Tabela 1 (construída na aula 2 – Lei de Hooke)

Atividade teórico/prática – 1 aula de 50 minutos

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O professor de posse dos dados coletados na parte 2 (tabela), adotará os

seguintes procedimentos:

a) Peça aos alunos calcularem a constante k da mola;

b) Uma vez que o aluno encontrar a constante de uma mola, ele deverá colocar

uma etiqueta, ou alguma identificação da mola para usá-la futuramente;

c) Repita os passos a e b com as outras três molas estudadas;

d) Aponte a mola com maior constante da mola e calcule o desvio padrão.

e) Comente as possíveis divergências entre as predições teóricas e os conceitos

do cálculo da constante da mola através Lei de Hooke e os motivos para que

haja o desvio padrão.

PARTE 4 – INTRODUÇÃO AO MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

Esta aula apresenta uma proposta de atividade prática que o professor pode utilizar em

sala de aula para introduzir os conceitos de movimento harmônico simples, através de

um experimento para verificar a frequência e período, relacionado com a massa e

constante da mola.

Tempo previsto para a atividade: (2 aulas de 50 minutos)

Objetivo de Ensino

Compreender a relação entre frequência, período, massa e constante da mola, no sistema

massa-mola na vertical.

Material Utilizado:

- Tripé standart com sapatas niveladoras amortecedoras;

- Haste metálica de 55 cm de altura;

- Retenção multiuso;

- Papel milimetrado;

- Quatro molas com constantes diferentes;

- Quatro massas calibradas (74,9g, 93,5g, 121,6g, 186g);

- Cronômetro.

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Atividade inicial: 1 aula de 50 minutos

Nesse momento, o professor colocará uma mola na vertical, com uma massa,

acoplada na retenção multiuso que está fixada na haste metálica e analisará o

movimento de um sistema massa-mola. Nesta etapa o professor deverá utilizar somente

uma massa, mas diferentes molas. Os alunos deverão constatar que as molas mais

rígidas apresentam um período de oscilação menor. O contrário também é verdadeiro.

O professor deve trabalhar bem este conceito com perguntas e respostas, mas

não peça para aluno fazer cálculos. Um exemplo é trabalhar com as questões abaixo:

i. De acordo com o período do Movimento Harmônico Simples

(MHS) de um sistema massa-mola, julgue os itens em

verdadeiros ou falsos:

( ) depende da massa do ponto material em movimento.

( ) depende da amplitude de oscilação.

( ) independe da massa do ponto material.

( ) independe da constante elástica.

( ) independe da frequência de oscilação.

ii. Qualquer mola real tem massa. Se esta massa for levada em

conta, explique qualitativamente como isto afetara o período de

oscilação do sistema mola-massa.

Peça para o aluno escrever o que ele observou e verifique se ele utiliza os termos

frequência ou período. Tendo como base o que ele escreveu, aproveite o momento para

definir precisamente ambos os conceitos, frequência (número de oscilações por

segundo), período (tempo necessário para uma oscilação) e a relação entre os dois. A

única fórmula que você deverá colocar para ele ao final da discussão é f = 1/T. Em

seguida, trabalhe as unidades, segundo para período e Hz para frequência.

Atividade prática: 1 aula de 50 minutos

O professor pode realizar um experimento massa-mola. Este experimento visa à

construção de conceitos

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importantes e necessários para o entendimento do MHS. Neste experimento o aluno

deve encontrar o período para diferentes molas e massas.

Etapa I: Inicialmente, o professor faz a mola oscilar utilizando apenas uma

massa.

a) Coloque a mola na haste metálica;

b) Introduza a massas e faça o sistema massa-mola oscilar.

c) Conte o número de 10 oscilações e marque o tempo correspondente utilizando o

cronômetro. Como o período é o tempo gasto para a mola fazer uma oscilação,

nesse caso, para descobrir o valor do período desse movimento basta dividir o

valor encontrado por 10.

d) Peça aos alunos anotarem o valor encontrado;

e) Repita os passos a, b, c e d para as outras três molas estudadas.

f) Peça aos alunos preparar um gráfico em papel milimetrado. Neste gráfico o

estudante irá colocar os pontos associados a período versus constante da mola

(valor encontrado na aula 3, com a mola devidamente etiquetada). O aluno

deverá constatar que o período de movimento não muda linearmente com a

constante da mola. Na verdade o período muda com a raiz quadrada do inverso

da constante da mola. Certifique-se de utilizar corretamente as unidades.

Nessa parte da atividade experimental, iremos medir o período do sistema utilizando

massas diferentes. Nesta etapa deve-se repetir o procedimento da etapa anterior, porém

com massas diferentes.

a) O aluno deverá constatar que massas maiores apresentam um período maior.

Porém, é importante verificar que esta relação também não é linear. O

período muda com a raiz quadrada da massa.

b) Peça para o aluno fazer outro gráfico do período em função da raiz quadrada

da massa. Neste caso, o gráfico deverá ser linear.

c) Encontre o coeficiente linear e interprete o resultado.

d) Comente as possíveis divergências entre as predições teóricas e os conceitos

de frequência e período no movimento harmônico simples.

PARTE 5 – CINEMÁTICA DO SISTEMA MASSA-MOLA NA VERTICAL

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Esta aula apresenta uma proposta de atividade virtual que o professor pode utilizar em

sala de aula para estudar a cinemática do sistema massa-mola no vertical através de dois

objetos de aprendizagem.

Tempo previsto para a atividade: (2 aulas de 50 minutos)

Objetivo de Ensino

Revisar os conceitos da função seno e cosseno.

Trabalhar gráficos, identificando as funções seno ou cosseno com x(t).

Compreender os conceitos de amplitude de deslocamento e frequência angular.

Material Utilizado:

- Computador;

- Datashow.

Atividade virtual: 2 aulas de 50 minutos

O professor inicialmente fará uma explicação geral da relação entre a frequência,

período, massa e elongação da mola. Em seguida, o professor mostrará os objetos de

aprendizagem, a fim de melhorar a compreensão dos conceitos explicados através dos

slides.

Os tópicos devem contemplar os conteúdos de movimento oscilatório (constante da

mola, elongação, sistema massa-mola, amplitude, frequência, período, peso, etc.). A

apresentação destes tópicos pode ser feita através de slides (apenas uma sugestão, cada

professor pode trabalhar da maneira que achar mais adequada). Por exemplo:

Slide 1: Apresentação do conteúdo da aula;

Slide 2: Representação gráfica das forças que atuam no sistema massa-mola na

vertical.

Slide 3: Relação do movimento circular com o movimento oscilatório do sistema

massa-mola.

Slide 4: Determinação da elongação da mola, na vertical.

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Slide 5: Relação do MCU e MHS para determinação da velocidade no sistema

massa-mola.

Slide 6: Equação da velocidade no MHS.

Slide 7: Relação entre o MHS e MCU para a determinação da aceleração do

sistema massa-mola.

Slide 8: Determinação da Lei de Hooke.

Slide 9: Equações do período e frequência em função da constante elástica da

mola e da massa do corpo no MHS.

Visualizando os movimentos com applets

Através do objeto de aprendizagem, Oscilações e movimento circular (Figura 1)

disponível no link

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/10722/mhs.swf?sequence

=1, o professor poderá mostrar que a projeção do movimento circular no eixo-x como

sendo um movimento de oscilação. Mostre ainda que a projeção nada mais é que o

cosseno da velocidade angular vezes o tempo (cos (ωt)).

Figura 1 – Objeto de aprendizagem: Oscilações e movimento circular. Fonte: Portal do Professor

E pelo applet Onda em corda (Figura 2), disponível no link:

https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-on-a-string/latest/wave-on-a-

string_pt_BR.html.

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O professor poderá mostrar ainda mais a relação entre o MCU e o MHS, identificando a

amplitude, a frequência e o período em um Movimento Harmônico Simples.

Figura 2 – Applet: Ondas em Corda. Fonte: Phet Colorado

Para finalizar a atividade virtual o professor pedirá aos alunos para responderem

algumas questões para fixar o conteúdo e trabalhar os novos conceitos. Questões

sugeridas:

i. No esquema apresentado, a esfera ligada à mola oscila em condições ideais,

executando movimento harmônico simples. Sabendo-se que os pontos C e B são

os pontos de inversão do movimento, analise as proposições seguintes e julgue

em V para as verdadeiras e F para as falsas.

( ) A amplitude do movimento da esfera vale 4,0 m.

( ) No ponto 0, a velocidade da esfera tem módulo máximo e nos pontos C e B,

módulo nulo.

( ) No ponto 0, a aceleração da esfera tem módulo máximo e nos pontos C e B,

módulo nulo.

( ) No ponto C, a aceleração escalar da esfera é máxima.

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ii. (Adaptado da questão da UFMS) O Bungee Jump é um esporte radical que

consiste na queda de grandes altitudes de uma pessoa amarrada numa corda

elástica. Considerando desprezível a resistência do ar, julgue os itens em

verdadeiros ou falsos. Justifique sua resposta.

( ) a velocidade da pessoa é máxima quando a força elástica da corda é igual à

força peso que atua na pessoa.

( ) a velocidade da pessoa é máxima quando o deslocamento da pessoa, em

relação ao ponto que saltou, é igual ao comprimento da corda sob tensão nula.

( ) o tempo de movimento de queda independe da massa da pessoa.

( ) a altura mínima que a pessoa atinge em relação ao solo depende da massa

dessa pessoa.

( ) a aceleração resultante da pessoa é nula quando ela atinge a posição mais

baixa.

iii. Um corpo de massa 3 kg está preso a uma mola de constante elástica 200 N/m.

Quando ele é deslocado da sua posição de equilíbrio, passa a deslocar-se,

executando o movimento harmônico simples e atingindo uma elongação máxima

na posição 0,5 m. Determine a frequência e a amplitude desse movimento.

iv. Um oscilador massa-mola, cuja massa é 1 kg, oscila a partir de sua posição de

equilíbrio. Sabendo que a constante elástica da mola é 60 N/m, calcule a

velocidade angular e a frequência desse oscilador.

v. O gráfico, a seguir, representa a elongação de um objeto, em movimento

harmônico simples, em função do tempo:

Determine o período, a amplitude e a frequência angular desse objeto.

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Para finalizar o professor e os alunos irão comentar as possíveis divergências

entre as predições teóricas e os conceitos do experimento sistema massa-mola, tais

como, frequência, período, massa e constante e a relação entre eles.

PARTE 6 - MEDINDO O MOVIMENTO OSCILATÓRIO.

Esta aula apresenta uma proposta de atividade prática que o professor pode utilizar em

sua aula para aprofundar os conceitos de movimento harmônico simples, através da

aquisição automática de dados relacionados ao movimento de um objeto em frente a um

sensor ultrassônico de distância.

Tempo previsto para a atividade: (6 períodos de 50 minutos)

Objetivo de Ensino

Capacitar os alunos a interpretarem gráficos de posição em função do tempo

para o movimento harmônico simples, através da aquisição automática de dados

relacionados ao movimento do objeto em frente a um sensor ultrassônico de distância.

Material utilizado

- Tripé standart com sapatas niveladoras amortecedoras;

- Haste metálica de 55 cm de altura;

- Retenção multiuso;

- Mola com constante elástica pequena;

- Massa calibrada (93,5g);

- Interface Arduino;

- “ultrasson_ino” (programa que roda na plataforma Arduino e serve para fazer a

aquisição de dados do experimento);

- “MHS.py” (programa em Python que representa o gráfico de posição em função do

tempo)

- Sensor Ultrassônico HC-SR04;

- Computador;

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- Datashow.

Atividade inicial (2 período de 50 minutos)

O professor inicialmente apresenta o sensor ultrassônico de distância aos alunos

e comenta sobre o princípio de funcionamento do mesmo, explicando que o som

emitido pelo alto-falante do sensor tem uma frequência de 40 kHz, e não pode ser

ouvido, pois está bem acima do limite de frequência detectado pelo ouvido humano, que

é da ordem de 20 kHz.

O pulso ultrassônico que é emitido pelo dispositivo desloca-se pelo ar e reflete

após colidir com algum anteparo para então ser recebido pelo sensor que mede o

intervalo de tempo entre a emissão e recepção do sinal. Conhecendo o valor da

velocidade de som e o tempo pode ser determinado a distância do objeto que reflete o

som.

É importante que o professor faça comentários sobre aplicação do ultrassom em

outras áreas, tais como: medicina, química, e até mesmo na natureza por parte de insetos

e morcegos, que utilizam o ultrassom para localizar alimentos e obstáculos.

Após a explicação geral sobre o equipamento, o professor inicia a atividade

prática monta-se o equipamento e demonstra aos alunos como obter um gráfico de

posição em função do tempo usando o sensor ultrassônico de distância.

Atividade experimental (3 períodos de 50 minutos)

Etapa I: neste experimento será usado: uma haste metálica de 55 cm de altura,

retenção multiuso, shield sensor ultrassônico, programa “ultrassom_ino” e “MHS.py”.

O professor deve inicialmente:

a) Conectar a placa Arduino-UNO com o cabo USB ao computador que

fará a leitura de dados de sensor ultrassônico. Após, deverá abrir e fazer

Upload na plataforma Arduino-UNO do programa “ultrassom_ino”.

b) Preparar o equipamento para os alunos colocando a mola e a massa na

retenção multiuso alinhadas ao sensor ultrassônico.

c) Colocar o sistema massa-mola para oscilar, sempre em frente ao sensor

ultrassônico.

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d) Verificar que o sistema está coletando dados (posição da massa em

função do tempo).

e) Copiar esses dados em um arquivo (Bloco de notas do Windows).

f) Com os dados capturados se gera um gráfico da posição em função do

tempo com o programa MHS.py.

g) Pedir a um aluno ajustar a função cosseno aos dados obtidos com o

sensor ultrassônico.

h) Pedir para os alunos anotar os parâmetros encontrados, sobretudo a

frequência angular.

i) Pedir para o aluno verificar se a relação w = sqrt(k/m) é obedecida.

Obs.: Para que professor e alunos possam fazer a análise gráfica do movimento do

sistema massa-mola realizada em frente ao sensor ultrassônico em um dado intervalo de

tempo é necessário interromper a leitura do sensor após ser criado um gráfico de

posição. Isto pode ser feito pressionando o botão disponível sobre o shield, que

interrompe a leitura de dados e possibilita a visualização do gráfico de posição.

Os alunos terão a visualização de cada gráfico de posição em tempo real, desta

forma o professor poderá discutir com todos os alunos as grandezas amplitude, período,

frequência que foi produzido pelo sistema massa-mola, comentando as possíveis

divergências entre as predições teóricas e o que foi observado no experimento.

O professor pedirá aos alunos para responder as questões abaixo:

i. O diagrama representa a elongação de um corpo em movimento harmônico

simples (MHS) em função do tempo.

a) Determine a amplitude e o período para esse movimento.

b) Escreva a função elongação

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Após, o professor e os alunos irão comentar as possíveis divergências entre as

predições teóricas e os conceitos do experimento sistema massa-mola, tais como,

frequência, período, massa e constante e a relação entre eles.

Atividade avaliativa (2 períodos de 50 minutos)

Em seguida, realiza a avaliação diagnóstica e o questionário de opinião.

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APÊNDICE D: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA.

Colégio Estadual Ariston Gomes da Silva

Disciplina: Física

Professora: Roberta Viera Carvalho

Aluno (a):_________________________________Turma:_________Data__/__/____

Avaliação diagnóstica

1- Qual das duas molas, mola 1 e mola 4, que você observou é mais difícil de esticar?

Que características elas têm?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2- Qual é a diferença de um corpo que cai livremente para outro que oscila?

Qual é a causa dessa oscilação?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3- De acordo com a aula, dê alguns exemplos de sistemas

que se movimentam de forma semelhante.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4- Quando aumentamos a amplitude, o período da oscilação: (Justifique sua resposta).

a) Aumenta

b) Diminui

c) Não muda

5- Quando aumentamos a massa, o período da oscilação: (Justifique sua resposta).

a) Aumenta

b) Diminui

c) Não muda

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6- Quando aumentamos a constante da mola, o período da oscilação: (Justifique sua

resposta).

a) aumenta;

b) diminui;

c) não muda.

7- A relação T = 2.π √m/k está de acordo com as conclusões obtidas acima:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

8- Quando dobramos o valor da massa de uma determinada mola, a sua frequência

também dobra? Justifique sua resposta

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

9- Observe a figura abaixo. O corpo que está em movimento harmônico simples pode

ter uma posição acima de y = -A ou abaixo de y = A?

10 - Um corpo executa um movimento harmônico simples descrito pela equação

x=4.cos(4πt) (SI)

a) Identifique a amplitude, a frequência e o período do movimento.

b) Em que instante, após o início do movimento, o corpo passará pela posição x=0?

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APÊNDICE E: QUESTIONÁRIO DE OPINIÃO

Questionário de opinião para a avaliação do produto

Olá estudante,

Este questionário tem a intenção de investigar a sua satisfação sobre a aula usando um

aparato experimental como apoio de ensino na escola. Portanto, não é necessário

colocar seu nome. Seja honesto com sua resposta para ajudar a melhorar o ensino de

Física. Desde já agradeço a sua colaboração.

1. Quando estudou no ensino fundamental, já havia estudado um conteúdo utilizando

experimentos?

( ) sim ( ) não

2. Se já havia feito experimentos alguma vez, consegue lembrar qual o assunto do

experimento ou descrever como foi realizado? Se não fez pule esta pergunta.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_________________________________________________________________

3. A atividade experimental realizada em sala de aula investiga qual tipo de força?

Marque apenas uma opção

a) Força normal.

b) Força de atrito.

c) Força peso.

d) Força elástica.

4. A teoria estudada na atividade experimental refere-se a qual lei da Física?

a) Lei de Newton.

b) Lei de Hooke.

c) Lei de Stevin.

d) Lei de Snell.

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5. Gostou de fazer uma atividade experimental para mudar a maneira de estudar na

escola?

( ) sim ( ) não ( ) indiferente

6. Quando estiver no 2º ano do ensino médio, gostaria de realizar mais atividades

experimentais para compreender melhor os conteúdos que serão estudados na Física?

( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez

7. Durante a realização da atividade experimental qual foi a maior dificuldade? Escolha

apenas uma opção e justifique

a) Realizar as atividades para coletar os dados experimentais.

b) entender e manusear os Sitema Arduino.

c) fazer os gráficos.

Justifique:______________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

8. Qual tipo de aula gostaria de ter na escola que considera importante para seu

aprendizado em Física?

a) Teóricas: apenas utilizando os livros com as explicações do professor.

b) Experimentais: utilizar apenas os experimentos.

c) Teóricas com experimentos: Utilizar os dois métodos porque um complementa o

outro.

9. Ficou com vontade de fazer novos experimentos utilizando o Sistema Arduino?

( ) sim ( ) não ( ) talvez

10. Sobre o seu empenho em realizar a atividade experimental, qual foi a sua dedicação

em aprender utilizando o experimento? Marque uma nota de 0 a 5.

( ) 0 ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5

MUITO OBRIGADA!!!

Professora ROBERTA

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APÊNDICE F: LISTA DE EXERCÍCIOS DAS AULAS 1 E 2

Colégio Estadual Ariston Gomes da Silva

Professora: Roberta Vieira Carvalho

Disciplina: Física

Aluno: ________________________________________________________________

Exercícios sobre movimento oscilatório e lei de Hooke

1) Qual a mola mais dura uma com k = 2 N/cm ou k = 10 N/cm? Justifique sua resposta

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2) Quais as forças que atuam no sistema massa-mola na vertical?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3) Tabela 1 - Dados obtidos através da elongação das diferentes massas e molas

Mola 1

Peso (N) Elongação (cm)

Mola 2

Peso (N) Elongação (cm)

Mola 3

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Peso (N) Elongação (cm)

Mola 4

Peso (N) Elongação (cm)

m) Construa o gráfico da força (F) versus deslocamento (Δy) no papel milimetrado

para todas as molas (o estudante deverá obter quatro retas com inclinações (k)

diferentes). Recomenda-se que os gráficos de molas diferentes sejam realizados na

mesma folha, pois isso facilita a comparação de resultados. Sugira ao aluno usar

símbolos diferentes para cada mola.

4) Se tivéssemos uma mola mais dura, a inclinação da RETA seria MAIOR ou

MENOR? Por quê?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5) Explique o porquê do sinal negativo na fórmula da Lei de Hooke.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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APÊNDICE G: LISTA DE EXERCÍCIOS DAS AULAS 5 E 6

Colégio Estadual Ariston Gomes da Silva

Professora: Roberta Vieira Carvalho

Disciplina: Física

Aluno: ________________________________________________________________

Exercícios sobre MHS

1. De acordo com o período do Movimento Harmônico Simples (MHS) de um sistema

massa-mola, julgue os itens em verdadeiros ou falsos: O período de oscilação ...

( ) depende da massa do ponto material em movimento.

( ) depende da amplitude de oscilação.

( ) depende da constante elástica.

( ) muda após várias oscilações.

2. Qualquer mola real tem massa. Se esta massa for levada em conta, explique

qualitativamente como isto afetara o período de oscilação do sistema mola-massa.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3. No esquema apresentado, a esfera ligada à mola oscila em condições ideais,

executando movimento harmônico simples. Sabendo-se que os pontos A e -A são os

pontos de inversão do movimento, analise as proposições seguintes e julgue em V para

as verdadeiras e F para as falsas.

( ) A amplitude do movimento da esfera vale 4,0 m.

( ) No ponto 0, a velocidade da esfera tem módulo máximo e nos pontos A e -

A, módulo nulo.

( ) No ponto 0, a aceleração da esfera tem módulo máximo e nos pontos A e -

A, módulo nulo.

( ) No ponto A, a aceleração escalar da esfera é máxima.

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4. (Adaptado da questão da UFMS) O bungee jumping é um esporte radical que consiste

na queda de grandes altitudes de uma pessoa amarrada numa corda elástica.

Considerando desprezível a resistência do ar, julgue os itens em verdadeiros ou falsos.

Justifique sua resposta.

( ) a velocidade da pessoa é máxima quando a força elástica da corda é igual à

força peso que atua na pessoa.

( ) a velocidade da pessoa é máxima quando o deslocamento da pessoa, em

relação ao ponto que saltou, é igual ao comprimento da corda sob tensão nula.

( ) o tempo de movimento de queda independe da massa da pessoa.

( ) a altura mínima que a pessoa atinge em relação ao solo depende da massa

dessa pessoa.

( ) a aceleração resultante da pessoa é nula quando ela atinge a posição mais

baixa.

5. Um corpo de massa 3 kg está preso a uma mola de constante elástica 200 N/m.

Quando ele é deslocado da sua posição de equilíbrio, passa a deslocar-se, executando o

movimento harmônico simples e atingindo uma elongação máxima na posição 0,5 m.

Determine a frequência e a amplitude desse movimento.

6. Um oscilador massa-mola, cuja massa é 1,0 kg, oscila a partir de sua posição de

equilíbrio. Sabendo que a constante elástica da mola é 60 N/m, calcule a velocidade

angular e a frequência desse oscilador.

7. O gráfico, a seguir, representa a elongação de um objeto, em movimento harmônico

simples, em função do tempo:

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Determine o período, a amplitude e a frequência angular desse objeto.

8. O diagrama representa a elongação de um corpo em movimento harmônico simples

(MHS) em função do tempo.

Determine a amplitude e o período para esse movimento.

Escreva a função elongação