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Rodovia Brasil Ed.07

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Um resumo do que está acontecendo no cotiadiano e os destaques da revista no mercado de linha pesada/caminhoneiros

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Motor de 420 cv integra o modelo e tráz mais força para aplicações severas

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Com o lançamento de dois modelos extrapesados a montadora corrige sua

rota como fabricante de caminhão

Ford chegaao topo

LançamentoMontadorasIveco tem sua linha ampliada com o extrapesado Hi-Way

LegislaçãoInovar-AutoMarcas chinesas passam pela primeira etapa

ServiçoSaúdeVejam as dicas importantes para cuidar da coluna cervical

www.rodoviabrasil.com.br Ano 2 - nº 7

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O diretor da escola do meu fi lho disse em uma de suas palestras de inicio de ano, algo muito interessante e que me deixou pensativo. Não faz muito tempo, nós saíamos da universidade para disputar uma vaga de traba-lho na mesma cidade. Daí as coisas foram fi cando mais difíceis e o emprego tinha que ser disputado na cidade vizinha. Não se passaram muitos anos e lá estávamos nós disputando uma vaga na faculdade de outro estado e bus-cando serviço também em outras regiões. Hoje é uma realidade ver sulistas trabalhando em Manaus e nordestinos ocupando posição no mercado de trabalho no centro-oeste. Em termos de Brasil, já temos sim, de pensar que ao completar nosso período escolar estaremos disputando emprego com to-dos os demais alunos formados em nossa especialidade, de diferentes partes do Brasil.

Mas isso não é tudo. O tema do mestre pretendia ir mais longe. Na visão dele, e sou obrigado a concordar, que em pouco tempo os alunos de todas as escolas do planeta estarão competindo entre si por uma po-sição no mercado de trabalho em qualquer parte do mundo. E por isso é necessário preparar cada vez melhor os estudantes brasileiros. “A China investe muito em educação e dentro de alguns anos vai despejar milhares de engenheiros de alto nível que vai disputar com seu fi lho uma posição de trabalho em qualquer empresa nacional.” E ele está coberto de razão. E vou mais longe. A com-petição mundial vai acontecer em todas as áreas e quem não estiver preparado, vai fi car para trás.

É possível enxergar que a visão do educador se estende não apenas ao

mundo acadêmico, mas a todas as profi ssões. Com o advento da internet e da globalização, aquele que aprender mais e melhor será um profi ssional com maiores chances de emprego, além de garantir ganhos mais elevados. Durante o lançamento do Ford Cargo, um grande exemplo de que as em-presas hoje, quando tomam uma decisão estão olhando o mundo como um todo, o motorista Marciano Alves Rodrigues (à esquerda na foto), deu ver-dadeira aula sobre como a eletrônica atua no gerenciamento do motor e dos recursos que ampliam o conforto de quem trabalha horas e horas atrás do volante. Fez muito mais do que apenas conduzir o veículo. E nesta edição, repleta de lançamentos, também destacamos o avanço das marcas chinesas que, depois de um balde de água fria, já se organizam para fabricar cami-nhões no Brasil. E então, quando vamos começar a estudar Mandarim?

Até breve!

André GomideEditor

[email protected]

Mundo globalizado!

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nesta edição

Trabalho pesado

Treze caminhões Volkswagen, divididos entre Constellation 31.320 e Worker 31.260 (todos Euro 3), trabalham há mais de um ano no Chile em minas localizadas no Valparaíso, em Codelco Andina, a quatro mil metros acima do nível do mar, e no deserto do Atacama, na região de Lumina Cooper, a uma altura de 4.800 metros. Além de altitudes extremas, os caminhões suportam baixa umidade e temperaturas negativas durante a noite, podendo até nevar, e acima dos 30º C durante o dia. A carga é terra e minérios preciosos. No Chile, a marca Volkswagen é representada pelo importador ofi cial da marca, a Porsche Chile.

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Fenatran Experience

Durante a 19ª edição da Fenatran (Salão Internacional do Transporte), que acon-tece entre os dias 28 de outubro a 1° de novembro no Anhembi, em São Paul, os visitantes poderão participar de uma experiência inédita: dirigir diferentes modelos de caminhões na pista do Sambódromo. A mostra dinâmica, batizada de Fenatran Experience, é uma excelente oportunidade para a aproximação das montadoras com seus clientes. De forma prática e inovadora, os principais fabricantes de caminhões colocam seus produtos à disposição para um test-drive onde poderão tirar dúvidas e ampliar conhecimento. A novidade é que este ano os usuários poderão testar as novas tecnologias não só em caminhões, mas também em implementos rodoviários e pneus. Mas é necessário agendamento prévio no site da feira.A Fenatran 2013 tende a ser a maior da história, com cerca de 30% a mais de credenciados e um público esperado de mais de 70 mil pes-soas. O evento acompanha bom momento do mercado e movi-menta cerca de 2 a 3 meses do faturamento do setor. A feira tem entrada franca para os profi ssionais pré-credenciados pelo site www.fenatran.com.br.

Ano 2 - nº 7 - Julho/Agosto

SEÇÕES

MATÉRIAS

Exp

ediente

DiretorAngelo Lastri Neto

Editor/Redação - Jornalista ResponsávelAndré Gomide, MTb Nº 17.188 [email protected] e textosHp Press ComunicaçãoRua Marina, 825 – B. CampestreCEP 09070-510 - Santo André – SPFone: 4421-3993ComercialAngelo Lastri Neto [email protected]

Editor de Arte - Selo PressMarcelo Lima, MTb Nº 22.126 [email protected] - webelevenThiago Del Ré Cavallini – Fone: 11 2925.8403Circulação/Assinaturas/DistribuiçãoSandra M. Correa Rocha Lastri [email protected]ídicoCarla Lastri [email protected]çãoCamila Lastri [email protected]çoRua Maranhão, 45, Sl 134 - Sto. Antônio09546-000, São Caetano do Sul - SP Fone: 11 4221.4784

ImpressãoPremier Artes Gráfi cas

Periodicidade - Bimestral

Edição nº 7, Julho/Agosto - 2013Circulação - AgostoTiragem - 100.000 exemplares

Auditoria - Em processo de afi liação.Rodovia Brasil é uma publicação da ALN Mídia e é proibida a reprodução total ou parcial de matérias sem autorização seja qual for o canal de divulgação impresso ou digital. As matérias são de responsabilidade dos autores e não represen-tam, necessariamente, a opinião da revista.

NotasAs principais notícias do setor divulgadas em nosso site ^̂7

Lançamento - FordFord vence barreira histórica e, fi nalmente, entra no segmento dos extrapesados^̂9

Conversa de CaminhoneiroDantas conta às aventuras e particularidades da BR 101^̂18

SaúdeMédicos dão dicas importantes para cuidar da coluna cervical^̂20

MontadorasIveco anuncia a produção local do seu caminhão extrapesado^̂22

Montadoras IIIScania atualiza linha e apresenta conceito baseado no amplo atendimento^̂26

Montadoras II Mercedes mexe no time e anuncia dois novos produtos na mesma tacada^̂24

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Competição Ford se torna na maior vencedora do mais difícil rallye brasileiro^̂28

Legislação Sinotruk foi a última chinesa a conseguir habilitação no Inovar-Auto^̂30

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nesta edição

Cummins V8

A Cummins anunciou o início da construção do motor de 5.0 litros V8 turbodiesel em sua fábrica de Columbus, nos EUA. O novo motor vai ser usado na próxima geração da picape Nissan Titan. A montadora japonesa ainda não informou as datas de lançamento do novo modelo nos EUA, mas os protótipos dotados de motor Cummins já estão em fase de testes. Esse é um marco histórico para a Cummins que tem extenso portfólio de motores, mas todos em linha. No Brasil a empresa mantém unidade produtiva em Guarulhos e fornece motores para várias montado-ras, incluindo a Volkswagen Caminhões.

Bosch defende o Diesel

Durante o 10º. Fórum SAE Brasil de Tecnologia de Motores Diesel, que aconteceu no fi nalzinho de agosto na cidade de Curitiba, a Bosch apresentou os benefícios do diesel e como a evolução tecnológica dos motores contribuíram para o desenvol-vimento de veículos mais econômicos, potentes e menos poluentes. A empresa quer mostrar que o diesel é uma opção viável para uma mobilidade futura mais lim-pa e econômica, já que os novos motores emitem cerca de 25% menos dióxido de carbono (CO²) e consomem cerca de 30% menos combustível do que um motor equivalente a gasolina. Além de proporcionarem 50% mais torque.

O adeus à velha Sra!

A previsão do encerramento de fabri-cação da Kombi no Brasil será no fi nal desse ano. E para registrar essa data, a Volkswagen esta lançando uma série especial, batizada de Last Edition, com apenas 600 unidades destinada a colecionadores. O preço é salgado: R$ 85 mil, mas o acabamento e recheado de itens exclusivos com a pintura azul tipo “saia e blusa”. Todas serão identifi cadas. A primeira unidade, por exemplo, levará a placa “001/600”.A Kombi é com certeza um dos veículos de carga mais antigos do Brasil. A versão de hoje, em termos de desenho, é praticamente a mesma de 1957, ano em que começou a ser fabricada no Brasil. Ela tem a maior longevidade na indústria automobilística mundial. A única alteração na carroceria aqui aconteceu em 1997, quando ganhou um teto mais alto. Ela nasceu com motor refrigerado a ar, mas já usou motor diesel e atualmente é oferecida com motor fl ex (gasolina/álcool) de 1.4 litro e 88 cv.A Kombi foi idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 1940, que pro-jetou a combinação do confi ável conjunto mecânico do Volkswagen Sedan em um veículo de carga leve. Lançada na Alemanha em 1950, o modelo se destacou pela versatilidade, sendo adotada tanto para transporte urbano de carga como para levar passageiros. Seu motor era o quatro-cilindros 1.2l com refrigeração a ar e 25 cv.

Em 2 de setembro de 1957 o mode-lo passou a ser produzido no Brasil, na Fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo e foi o primeiro veículo fabri-cado pela montadora no Brasil, antes mesmo do Fusca – e o primeiro feito pela empresa fora da Alemanha. O nome é uma abreviação, ado-tada no Brasil, para

o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que em português signifi ca “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”. De setembro de 1957 até julho de 2013 foram produzidas 1.551.140 unidades do modelo na fábrica de São Bernardo do Campo.

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Ranger policial

A Ford na feira internacional de produtos para segu-rança pública uma versão policial da Nova Ranger. Para mostrar as capacidades técnicas da picape, foi montada uma rampa especial que simula obstácu-los fora-de-estrada. Nela os participantes realiza-ram quatro tipos diferentes de testes: o chamado “king”; inclinação negativa; inclinação positiva e

pêndulo. A rampa “king” tem 2 metros de altura e permite testar o sistema de assistência de descida em rampa da picape. Os testes de inclinação positiva e ne-gativa mostram a estabilidade e o conforto da suspensão, enquanto o teste de pên-dulo põe à prova o diferencial traseiro blocante e o controle de tração. O modelo tem cabine dupla e cobertura na caçamba para o transporte de presos e vem com sirene, sinalização visual no teto e grade “quebra-mato” na dianteira.

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vocação rodoviáriaCom lançamento de dois modelos na faixa de entrada dos extrapesados, Ford inicia história no segmento de caminhões rodoviários de longa distância

Texto: André Gomide, de São Pedro do Atacama - Chile

Não é nada fácil viver no deserto do Atacama, norte do Chile. Mas a região, além dos minérios que esconde sob as cordilheiras, encontrou o caminho do turismo para se desenvolver. Calor durante o dia, com baixa humidade do ar, e frio seco a noite, daqueles que faz o queixo tremer, muito comum nas altas altitudes, são os ingredientes que tornam a região um dos lugares mais inóspitos do planeta. Pois foi nesse cenário que subi na cabine do Ford Cargo 2842 6x2 para uma curta viagem de avaliação. A curiosidade era grande, pois desde que me conheço por gente escuto alguém questionar as razões pelas quais a Ford, uma das primeiras marcas a fabricar veículos utilitários no Brasil, não ter um caminhão verdadeiramente rodoviário.

O fato de a Ford Caminhões ter escolhido um lugar cujos extremos estão tão próxi-mos tem uma razão de ser. Com esse novo modelo, a montadora corrige sua rota como fabricante de caminhão e entra de uma vez na briga dos grandes em todas as partes do

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planeta, onde faça frio ou faça sol. E esse novo caminhão é um exem-plo perfeito para defi nir o que é re-almente um produto globalizado. O Cargo extrapesado nasceu das pranchetas dos designers da Ford Europa, recebeu adendos no estilo da fi lial brasileira e foi testado e desenvolvido em nada menos do que oito países diferentes. Passou pela Alemanha, Bélgica, Espanha, Inglaterra, Suécia, Arábia Saudita, além da Turquia e do Brasil.

E em cada um desses países foi experimentado naquilo que o país tem de mais extremo. O frio da Suécia, por exemplo, foi o ingre-diente para os testes do sistema de freio ABS. Pois não existe nada mais liso e menos aderente do que um lago congelado. O contra pon-to, ou seja, os testes em regiões de alta temperatura foram realizados no deserto da Arábia Saudita. En-tão, rodar ali no Atacama a uma altitude de 2.500 metros foi fi chi-nha para o modelo, assim como o percurso escolhido para esse primeiro contato com caminhão. Marciano Alves Rodrigues, pro-fi ssional do volante com a respon-sabilidade de colocar Cargo 2842 6x2 em movimento, puxando uma carreta baú de alumínio de três

eixos, não fez nenhum esforço durante o teste. Com trocas suces-sivas pela sistema automatizado, bastou atingir a velocidade de cruzeiro, 90 km/h, para acionar o piloto automático. Aí, nem acele-rar precisou mais. Maior moleza.

CONFORTO TEM SEU PREÇO - E conforto é realmente algo que a engenharia da Ford decidiu não poupar tanto no Cargo 2042 4x2 quanto no 2842 6x2. Ambos têm o mesmo padrão de acabamento sendo que o primeiro cavalo custa R$ 260.900,00 e o segundo sai de fábrica custando R$ 294.900,00. Esse preço já inclui a transmissão automatizada ZF ASTronic de 12 velocidades, que é de série, além

■ A cabine do Cargo recebeu alterações para se enquadrar na nova proposta, além de item de

segurança como a tampa do degrau

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Para quem vive o mundo dos caminhões, era difícil entender as razões de a Ford, que produz veículos comerciais no Brasil há mais de 50 anos, não participar do segmento dos caminhões ex-trapesados, onde estão empresas como Volvo, Scania, Mercedes, entre outras. A pergunta sempre ecoava em desculpas esfarrapadas, mas sempre ilustradas com a explicação de que esse segmento “é um outro negócio” e que exigiria uma mudança de atitude da empresa. Foram anos até que as diferentes interferências entrassem em harmonia de pensamentos e interesses para que a decisão fosse tomada. Isso foi há dois anos, durante a Fenatran.

A Ford Caminhões sempre foi uma marca de “passos largos” e estrutura enxuta se comparada aos concorrentes. Sempre demorou em tomar suas decisões e estava sempre dependente das opiniões de quem realmente manda na empresa e que fi cam alojados na matriz, em Detroit. Mas os resultados positivos do negócio começaram a mudar a cabeça dos chefões e ganhar alguns defenso-res dentro do grupo de comando da empresa. Um deles é sem dúvida o novo presidente da empresa no Brasil, o norte-americano Steven Armstrong (foto acima). “A Ford foi a primeira a produzir veículos comerciais no Brasil e nós tínhamos o compromisso de investir e inovar nesse segmento”, diz.

Para o argentino Guy Rodriguez, que assumiu a posição de diretor de Operações da Ford Cami-nhões para a América do Sul há menos de dois meses, os primeiros modelos são apenas o início de uma nova fase da história da empresa no País. Em entrevista exclusiva, ele esclareceu que o lançamento de novos produtos em faixas de potência mais elevadas é uma questão de tempo. “Tínhamos que começar, então iniciamos na faixa de entrada do segmento. Assim vamos nos fami-liarizando com o negócio, a rede vai adquirindo experiência para a chegada de caminhões com maior potência”, explica. Só para dar uma visão do que poderá vir pela frente, a fornecedora de motores possui propulsores que vão desde os 400 cavalos até 560 cv. É esperar para ver.

Outras razões - As outras razões que levaram a Ford a entrar neste segmento dos extrapesados é puramente mercadológico. Esse segmento é o que mais cresce a cada ano e em 2013 deverá representar em torno de 30% do total de vendas, cuja estimativa é que chegue a 45 mil unidades. Os especialistas afi rmam que a procura pelos caminhões que puxam bi trem é impulsionada pelas grandes obras de infraestrutura e pelo setor agrícola, que demandam caminhões dessa faixa de peso e motorização.

O fechamento das contas em 2012 mostrou que somente os extrapesados movimentaram R$ 10,8 bilhões e este ano as projeções apontam um faturamento de R$ 14 bilhões na venda desses caminhões. Não é atoa que marcas como a DAF, a MAN e a Iveco decidiram participar desse negócio. E a Ford, que tem uma das maiores redes (140 distribuidores), percebeu que estava cochilando. Ao invés de ter que criar uma rede, o que é bem mais difícil e caro, bastava apenas treinar os concessionários para atender as demandas que esse tipo de caminhão exige.

No ano passado, a Ford teve participação de 21,1% nas vendas de caminhões no Brasil, conside-rando os segmentos de até 46 toneladas. Com os novos modelos, a linha Cargo passa a oferecer uma das famílias de veículos comerciais mais completas do mercado, com soluções de transporte de carga que vão do segmento urbano, com peso bruto total de 8 toneladas, até 56 toneladas de capacidade de

tração, e 1.350 combinações de confi guração e acabamento para vários tipos de aplicação.

Estamos apenas começando

A Ford Caminhões levou anos para entrar na briga dos gigantes, mas avisa que vem mais por ai

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de alguns mimos como vidros e travas elétricos, retrovisores elétricos e ar-condicionado de fá-brica. No campo da segurança os dois modelos incorporam de série o controle automático de tração (ASR), e freios ABS com EBD. O Cargo 2842 6x2 conta ainda com a opção do controle eletrônico de estabilidade (ESP). Por enquanto (veja texto na outra página) a Ford vai fi car nestas duas opções de fai-xa de entrada entre os caminhões verdadeiramente rodoviários.

E se as longas distâncias estão no caminho de um caminhão, a cabi-ne tem que ser receptiva. E o lado do motorista foi o que recebeu as maiores atenções, claro. Painel em semicírculo com todos os coman-dos à mão, incluindo a alavanca de câmbio localizada no console. Mais à mão impossível. O interior da cabine não é nenhum exemplo de grandeza, mas o leito tem uma cama de 1,90 m, mas o piso não é

plano e o console do motor atra-palha a livre movimentação. Para quem viaja como acompanhante o padrão de conforto cai. O banco não é nada confortável e, além dis-so, não tem apoio de pé, que acaba descansando sobre o extintor de incêndio. A área envidraçada é grande, mas o arco nas janelas tira um pouco do conforto visual.

CORAÇÃO ARGENTINO – Outro exemplo de que esse modelo é feito pelo mundo e para o mundo está na composição do trem de força. O motor é um 10,3 litros, seis cilin-

■ Desenvolvido em oito países diferentes, o novo rodoviário da Ford quer conquistar pela

robustez e pelo custo benefício. Guy Rodriguez, novo diretor da empresa,

acredita que a rede está bem preparada para começar o novo negócio.

Uma das novidades é o motor FTP feito na Argentina e com características exclusivas para o Cargo, e a caixa

automatizada ASTronic de 12 velocidades fornecida pela ZF. O comando fica no

console e é de fácil acesso e manuseio

dros em linha, de 420 cv (a 2.100 rpm) e 194 mkgf de torque (entre 1.000 e 1.500 rpm), com tecnologia Euro 5. O motor é fornecido pela FPT, empresa do Grupo Fiat, a mes-ma que também produz os motores dos caminhões da Iveco. Aliás, já falamos isso aqui há mais de um ano atrás. O curioso é que a maior parte do caminhão é fabricada em São Bernardo do Campo, mas o motor vem da Argentina. O restante do conjunto mecânico é fornecido pela Meritor (eixo traseiro modelo MS 18X), embreagem Sachs, de acionamento hidráulico e servo assistido e a direção é a ZF 8098, com assistência hidráulica.

Com esse conjunto, o Cargo 2842 6x2, cujo cavalo mecânico pesa 8.913 quilos, tem capacida-de máxima de tração de 56 tone-ladas. Já o cavalo 4x2, que tem a mesma fi cha técnica, e pesa 7.834 quilos, tem capacidade máxima de tração de 49 toneladas. As

confi gurações possíveis com car-reta de três eixos são extensas po-dendo ser aplicadas em diferentes tipos de rotas e cargas. Durante o lançamento a Ford apresentou algumas confi gurações possíveis dando um legue de oito opções. É possível perceber que a Ford super dimensionou seu caminhão exatamente para atender a uma máxima do mercado de extrape-sados que exige robustez acima de tudo, além de planos de garan-tia mais longos. Para esses novos Cargo a garantia chega há três anos nessa fase de lançamento.

■ Na configuração 4x2 o cavalo tem capacidade máxima

de tração de 49 toneladas e custa R$ 260,9 mil

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A lendária BR-101

A BR 101, também conhecida como Rodovia Governador Mário Covas, é uma Rodovia Federal que liga Touros, no Rio Grande do Norte, a São José do Norte, no Rio Grande do Sul. Ofi cialmente, sua extensão é de 4.542 km, porém, a rodovia não existe entre Miracatu (São Paulo) e Curitiba (Paraná). A BR 101 tem importância vital para a economia do Brasil, uma vez que corta a maior parte do litoral bra-sileiro, ligando o Sul ao Nordeste. Como no Brasil mais de 70% da população mora na faixa litorânea situada até 200 quilômetros da costa, ou seja, a rodovia faz parte da vida de muitos brasileiros.

Ela também ajuda escoar a produção do Sul e Sudeste, para

vas perigosas, e é preciso muita atenção. Os trechos urbanos, e olha que são muitos, também requerem cuidado especial.

No Rio de Janeiro a estrada alterna pista simples com dupla, mas sempre com piso de boa qua-lidade. E não pense que é obra de algum politico trabalhador. É cobrança de pedágio mesmo. Mas é preciso alertar para sinali-zação vertical e a horizontal, que além de pouca e em péssimas condições, boa parte permanece coberta pela vegetação.

Entre Rio de Janeiro e São Paulo é possível seguir pela BR 101, porém, existem muitos tre-chos restritos aos caminhões e a melhor opção é utilizar a velha Rodovia Presidente Dutra. Esta é uma estrada mística para mim. Acostumei desde muito peque-no a passar por este trecho, e nunca deixo de fi car maravilha-do pelas paisagens, principal-mente no Vale do Paraíba. Piso impecável, pista dupla, traçado regular e pedágios para deixar qualquer um na miséria.

Na capital São Paulo, vol-tamos a BR 101 descendo a serra pela Via Anchieta. Traçado antigo, cheio de curvas, tráfego intenso, e é claro, pedágio. De Santos seguimos pela rodovia Padre Manuel da Nóbrega até Miracatu, quando retornamos a BR 116, a Régis Bittencourt, passando pela famosa Serra do

Cafezal seguindo em direção a Curitiba. Com tráfego intenso impressiona a forma agressiva de alguns caminhoneiros. Eles forçam ultrapassagens, fecham deliberadamente outros veículos e se comportam como se estives-sem em guerra com os outros motoristas. É preciso lembrar aos caminhoneiros, profi ssionais do volante, que eles podem e devem ensinar os motoristas de carros pequenos como se comportarem na estrada.

A partir de Curitiba começa o melhor trecho da BR 101. Os vá-rios viadutos nos acessos das ci-dades impede que o tráfego inten-so cause maiores problemas para o trânsito local. No Rio Grande do Sul, última etapa da viagem, as paisagens são dignas de fi lme de cinema, fazendas, plantações e animais. Pista simples, com piso alternando entre o bom e o ruim. A boa notícia é que placas ao longo da rodovia avisam que existem problemas com o piso nos próximos quilômetros.

Sei que poucos tiveram a oportunidade de fazer uma via-gem como essa, cortando 12 es-tados. É uma experiência muito rica, pois conhecemos pessoas, paisagens, sentimos diferentes climas e aprendemos muito nos 11 dias da viagem. Espero ansiosamente pela próxima. Um grande abraço a todos vocês. E fi quem com Deus.

Viajar pela rodovia que corta quase todo litoral brasileiro é uma experiência rica em descobertas e conhecimento

a região Nordeste. O grande pro-blema é que não se encontram as mesmas vantagens nos fretes no retorno. E quando encontram, os valores mal pagam o combustível.

A BR 101 possui as mais variadas paisagens e condições possíveis. Ora você viaja em uma pista com ótimas condições, ora um verdadei-ro martírio. Em alguns trechos é um verdadeiro mercado a céu aberto. Vende-se de tudo: água de coco, biju, artesanato, churrasqueira, fru-tas, banheiras de ofurô, jumentos, acessórios para caminhões, pane-las, pinhão, frutas, doces, móveis, e, é claro, prostituição.

As condições de rolagem se alternam entre pista dupla em boas condições, a trechos que mais parecem pista de teste de veículos 4x4. É inacreditável que uma rodovia tão importante esteja nestas condições. É lamentável. Em Alagoas, as obras de duplica-ção estão a todo vapor. O Exército Brasileiro é que à frente das obras deixando o cenário todo colorido com o famoso verde oliva.

Em Sergipe trechos com piso aceitável e outros nem tanto, vão se alternando. Os comerciantes ali abusam e acabam invadindo a Faixa de Domínio da rodovia. Entendo que estas pessoas neces-sitam ganhar o sustento, mas a segurança é mais importante. Na Bahia também tem obras, mas o ritmo é lento. Em todo o roteiro são raros os trechos com sinal de celular, sinal de que as operadoras precisam investir.

Até o Espírito Santo passamos por seis postos fi scais e em todos eles os banheiros são uma vergo-nha. Isso quando existem. Depois de Vitória vem um trecho com cur-

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■ São vários os tipos de lesões que podem ser causados ao longo da vida

de um profissional do volante

Cuide da Coluna Vertebral

Dor nas costas quase todo mundo tem, sejam pessoas jovem ou com idade mais avançada. E normalmente a primeira consulta com o ortopedista especializado em coluna vertebral é devido a duas situações; ou o sujeito tem uma deformidade, ou pela dor. No primeiro caso, o problema normalmente é observado pelo próprio paciente ou por um fa-miliar que identifi ca alteração no nível dos ombros, da bacia ou da própria coluna. Em alguns casos ao vestir uma roupa nota-se que ela não fi ca com bom caimento. Em geral as deformidades podem ser posturais ou decorrentes de al-guma alteração na coluna mesmo.

Já no caso da dor ela é um sinal de que algo não esta bem com o organismo. Pode ser por algum esforço físico (por exemplo, uma entorse da coluna), por lesão do disco intervertebral (hérnia de disco) ou até mesmo como manifestação de alguma doença sistêmica que pode comprometer a coluna vertebral (por exemplo, artrite reumatóide).

Os sintomas de estalidos no pescoço acompanhados de zum-bidos nos ouvidos são frequentes

Veja dicas importantes para os caminhoneiros que ficam horas sentados atrás do volante

se chama de uma má postura. Nes-ta situação existe a necessidade de uma avaliação ortopédica. Se não existirem problemas estruturais uma atividade física orientada ensinara o paciente a ter uma postura correta nas atividades da vida diária resultando em um bem estar físico.

Para os que não têm o hábito de realizar atividades físicas, o ato de alongar-se é muito bem vindo e deve ser realizado não só ao acordar com antes e após qualquer atividade física. Por ser um eixo que se conecta com as demais es-truturas ósseas, a coluna vertebral necessita de uma perfeita sintonia com os ligamentos e músculos visando movimentos amplos e sem dor. A dor lombar é um dos problemas mais frequentes e cerca de 90% dos adultos terão a expe-riência de sentir uma dor lombar em suas vidas.

A coluna vertebral não suporta o exagero de movimentos de rota-ção, hiperfl exão e hiperextensão. A correta utilização da coluna vertebral prevenirá as pessoas de sentirem dor em sua coluna. Na presença de dor ocorrerá uma diminuição de movimentos im-plicando em piora na qualidade de vida. Uma maneira de manter a coluna em condições de equilí-brio é realizar exercícios rotineira-mente visando uma musculatura adequada para as suas funções e com isso evita-se a presença da dor lombar.

Se os problemas que causam a lombalgia não forem cuidados, a dor localizada na região lombar pode se tornar crônica. As situa-ções que podem desencadear uma dor lombar são:

Fonte: ABC da Saúde

1- Estiramentos na musculatura de suporte da coluna vertebral. Em geral essa situação ocorre quando a musculatura está mal condicio-nada para a prática de atividades físicas. A lesão do músculo ou ligamento ocorre rapidamente em situações de estresse muscular ou ligamentar e de um modo geral esta associada ao fumo, má condi-cionamento físico e à obesidade.

2- Efeito do envelhecimento do corpo humano, basicamente, relacionado com a osteoporose, perda da fl exibilidade e elastici-dade dos músculos e ligamentos. O símbolo da osteoporose são as microfraturas na coluna vertebral que se exteriorizam na clinica por uma dor lombar crônica.

3- Lesão do disco interverte-bral, com o envelhecimento o disco intervertebral perde a sua resistência ocorrendo fi ssuras na sua periferia. Esta é uma das causas mais frequentes de origem da lombalgia.

nos pacientes que apresentam alterações osteoarticulares na co-luna cervical. Eles podem estar ou não acompanhados de manifesta-ções degenerativas na coluna. A rigidez do pescoço é provocada pelas manifestações de desgaste da cartilagem articular. Esses sin-tomas aparecem tanto em pessoas jovens como em idosos.

Na maioria das vezes, a má postura pode prejudicar o fun-cionamento da coluna vertebral. Olhando uma pessoa de frente a sua postura será nivelada, mas olhando de perfi l (de lado) obser-varemos que existem curvaturas ditas fi siológicas: lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e cifose sacrococcígea. Sempre que ocorrer um exagero, uma retifi ca-ção ou até mesmo uma inversão dessas curvaturas teremos o que

■ Postura correta na direção

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Iveco também entra nos extrapesados

A Iveco apresentou no inicio do mês um novo modelo batizado de Hi-Way que chega para com-pletar sua linha de caminhões rodoviários. O já conhecido modelo Stralis, que continua em pro-dução, vai até 440 cv e o novo caminhão começa exatamente com essa motorização, passa por um de 480 cv e até uma versão de 560 cv. O preço começa em R$ 320 mil para o Hi-Way 440 e chega a R$ 395 mil para o topo de linha. A novidade, além dos no-vos motores, é a cabine que chega com o pedigree de ter sido eleita a cabine mais bonita e efi ciente da Europa no ano passado.

Segundo informações da montadora, a cabine foi desenvolvida sob a ótica do condutor, onde tudo foi pensado e projetado para oferecer o máximo de con-forto e efi ciência. Um dos pontos altos é a ergonomia, onde é possível ter acesso fácil a todos os comandos do painel. A cabine pode ser de teto alto ou médio, mas em ambas o piso não é plano. Mesmo assim, segundo a fabricante, é possível que uma pessoa com até 1,90 m de altura possa se movimentar sem ter que se curvar. A cabine possui basculamento elétrico feito por tecla no painel de instrumentos,

A confi guração do cavalo mecânico poderá ser

De olho no crescimento nas vendas dos extrapesados, Iveco inicia produção local do modelo Hi-Way, com nova cabine e alta potência

Texto: Agência Hp Press

com tração 4x2, 6x2 ou 6x4, todos com câmbio auto-matizado Eurotronic, com 16 velocidades de série, e três opções de entre eixos: 3.500, 3.200 e 3.000. A Iveco destaca ainda o isolamento acústico da ca-bine, que torna o nível de ruídos interno o menor da categoria. O design foi concebido para reduzir a resistência do ar. A grade central, os defl etores e os para-choques formam um conjunto que consegue otimizar o coefi ciente aerodinâmico do Hi-Way, pro-porcionando baixo nível de ruídos e ganho em con-sumo de combustível, sobretudo nas longas viagens.

Para esse novo caminhão a Iveco selecionou o mo-tor Cursor 13, da FPT Industrial, que é confi gurado em três faixas de potência, todos obedientes às nor-mas de emissões do Proconve P7. O sistema SCR foi o escolhido para redução da emissão de poluentes. Nos três casos, a potência máxima está disponível a 1.900 rpm. O torque máximo chega a 2.100 Nm, na versão de 440 cv; 2.250 Nm, na versão de 480 cv; e 2.500 Nm, na versão de 560 cv, sempre na faixa de 1.000 a 1.550 rotações, o que garante uma direção mais agradável, maior amplitude de rotação dentro da faixa econômica e grande redução no consumo de combustível.

■ Uma das novidades é o basculamento elétrico da cabine, outro item de conforto

no manuseio do caminhão

■ Espaçosa, a cabine permite que uma pessoa de até 1,90 m fique em pé sem bater a cabeça no teto

■ Desenhada sob a ótica do condutor, a proposta desta cabine da Iveco é oferecer o máximo conforto possível

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Mercedes em dose dupla

Mercedes apresenta dois novos produtos para aplicações distintas em busca de maior presença no mercado

Texto: Agência Hp Press

De uma mesma tacada, a Merce-des-Benz está colocando no merca-do dois novos caminhões que am-pliam as opções de produtos para aplicações diferentes. Um deles é o leve Accelo 1016 que recebeu um terceiro eixo montado por imple-mentadores que eleva seu PBT para 13.00 kg. Com isso, passa a ter uma aplicação exclusiva no transporte de bebidas. Segundo a fábrica, o modelo passa a ser o único VUC com capacidade para transporte de seis paletes altos de bebidas. A Mercedes esclarece que o caminhão ganhou um novo diferencial capaz de suportar o peso adicional.

Segundo Gilson Mansur, diretor de Vendas e Marketing de Cami-nhões da Mercedes, essa caracterís-tica exclusiva resulta em cerca de 9.000 kg de carga útil mais equipa-mento. “Essa capacidade é maior do que a oferecida até mesmo por caminhões médios 4x2 de outras montadoras”, desafi a. Outras van-

tagens estão na plataforma de carga mais baixa, no acesso fácil à cabina e no reduzido círculo de viragem. Mas é importante ressaltar que para o Accelo 1016 atingir o PBT de 13 toneladas, é necessário que o veí-culo esteja equipado com o câmbio MB G-56, de seis marchas e relação do eixo traseiro i = 4,30.

A montadora defende que a versão 6x2 do Accelo 1016, de-senvolvida para oferecer maior capacidade de carga, não perdeu em desempenho. O motor OM 924 LA de quatro cilindros e 4,8 litros, com tecnologia BlueTec 5, também é utilizado em caminhões semipesados, como o Atego de 17 toneladas de PBT. Tem 156 cv de potência (2.200 rpm) e o torque de 610 Nm (entre 1.200 e 1.600 rpm). Com isso, propicia acelerações mais rápidas, melhores retomadas e maior velocidade média, asseguran-do a agilidade necessária à operação de transporte urbano.

SEMIPESADOSA outra novidade da Mercedes

é o semipesado Atron 1719 4x2, com cabina avançada, que chega ao mercado nas versões Bebidas, Plataforma, e Basculante. Reco-nhecido no mercado pela boa relação custo/benefício, o mode-lo prima pela simplicidade e re-sistência para o severo trabalho de distribuição de mercadorias. A versatilidade de aplicação é mais uma vantagem do Atron 1719 podendo ser utilizado nas mais variadas atividades do transporte de carga. Além disso, todas as versões do Atron 1719 estão aptas a receber o terceiro eixo elevando a capacidade de carga de 16.500 para 23.000 toneladas de PBT. O motor ele-trônico OM 924 LA gera 185 cv de potência, o câmbio G-85 é de seis velocidades e eixo traseiro HL-5 de dupla velocidade.

■ De uma só vez a Mercedes anunciou dois novos modelos, um deles é o Acello 1016 com tração 6x2, especifico para transporte de bebidas

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À primeira vista a expressão Streamline soa apenas como o nome de um novo caminhão. Mas a Scania explica que na verdade é um novo conceito de solução de transporte onde produtos e servi-ços são oferecidos juntos ao clien-te em um só pacote. Tecnicamente os novos caminhões da linha 2014 chegam com uma versão mais atualizada da caixa Opticruise, e um novo pacote aerodinâmico. Com essas soluções, os cami-nhões podem chegar a até 15% de redução de consumo. O Scania Streamline está disponível para as cabines rodoviárias modelo G, R e R Highline.

Segundo Eronildo Santos, diretor de Vendas da Scania, a geração Streamline representa a busca da melhoria contínua, suportado por quatro pilares: economia de combustível, dis-ponibilidade, desempenho e motorista. “Vale a pena ressaltar que para atingir a racionalização efi ciente do combustível são precisos três fatores-chave: um

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condutor bem treinado, o veícu-lo especifi cado corretamente e a manutenção adequada.”

A quarta geração da caixa de câmbio Scania Opticruise pos-sui novo sistema de lubrifi cação e nova função de condução: modo econômico. O sistema trabalha em conjunto com o Ecocruise, o piloto automático inteligente da marca, resultando em economia de combustível. O desempenho do Streamline está garantido pelos potentes pro-pulsores de 13 e 16 (V8) litros que oferece uma vasta opção de

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■ A cabine do Steamline recebeu ajustes no desenho e esta mais acessível

A evolução do StreamlineA nova geração do modelo Scania traz várias inovações e tem até bafômetro que impede o motor de dar a partida, se o condutor estiver alcoolizado

Texto: André Gomide potência indo de 360 a 620 cv. Para ter melhor controle da ve-locidade, o que representa maior segurança, o modelo disponibi-liza no pacote de opcionais o Scania Retarder. O eixo traseiro R885, com capacidade máxima de tração aumentada em 18%, em relação ao equipamento atu-al, também é novidade. E pela primeira vez no Brasil, a Scania disponibiliza um bafômetro integrado ao painel. O caminhão só dará partida após o motorista fazer o teste e comprovar que não está alcoolizado.

■ Quadro de instrumentos mais visível e com melhor iluminação,

além de vários indicadores esta entre as novidades

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Ford domina o Rallye dos SertõesMontadora tem o melhor currículo na maior competição off-road do Brasil da categoria caminhões

Se na pista asfaltada, leia-se Fórmula Truck, a marca Ford vem sofrendo seguidas derrotas, na pista de terra o desempenho tem sido um sucesso. A equipe que defendeu a marca no Rallye dos Sertões, a Ford Racing Trucks/Ter-ritório Motorsport, foi campeã da edição 2013 na categoria pesados. A prova desse ano, que aconteceu no início de agosto, teve formato de laço, saindo e chegando em Goiânia. Vale lembrar que o Rallye dos Sertões é a maior competição fora de estrada do País, e segue os moldes do famoso Paris-Dacar.

Como toda prova de rallye cross

Texto: Agência HP Press

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■ Trio festeja a primeira vitória do Cargo na competição

country, onde os competidores aceleram tudo seguindo as indica-ções contidas em uma planilha, os acidentes e quebras causadas por impactos em buracos e barrancos são frequentes. Contanto este ano com um equipamento novo, mon-tado sobre o chassi e cabine do Novo Cargo, o trio formado pelo piloto Edu Piano e pelos navega-dores Solon Mendes e Carlos Sales liderou a prova de ponta até chegar à vitória. O resultado representa uma nova conquista para a equi-pe que nunca havia vencido na categoria dos pesados e suaviza a frustração do ano passado quando

fi caram na segunda colocação. Com esse resultado, a Ford passa

a ser a marca com melhor currículo no Rallye dos Sertões na categoria caminhões tornando-se na maior vencedora da competição, com nove títulos conquistados. No total, pos-sui seis vitórias consecutivas na ca-

de Goiás e Tocantins, que sempre estiveram no caminho da prova.

Com seis títulos em 18 partici-pações no Sertões, Edu Piano é o piloto recordista de vitórias em Caminhões. O navegador Solon Mendes soma 16 participações e cinco títulos na categoria, sempre

tegoria Caminhões Leves, entre 2007 e 2012, com o Ford F-4000, além de vice-campeã nos pesados no ano passado com o Ford Cargo versão 1933 4x4. “Era o título que faltava”, comemora Edu Piano, piloto e chefe da equipe. “Foi um rali sensacional, muito difícil, e o trabalho de toda a equipe foi fantástico”, disse.

O rallye deste ano teve uma re-dução no percurso e foi realizado em 4.115 quilômetros, sendo que 50% deles de trechos cronometra-dos. O trio da Ford Racing Trucks/Território Motorsport venceu sete das dez etapas. O roteiro deste ano foi feito apenas dentro dos estados

ao lado de Piano. O copiloto e mecânico Carlos Sales comemorou seu primeiro título.

PREPARAÇÃO - O caminhão Ford Cargo versão 1933, do tipo cavalo-mecânico, passou por uma preparação especial para a compe-tição. Com mais de sete toneladas, ele ganhou sistema de tração 4x4 e teve a potência do motor ampliada para 680 cavalos, capaz de acelerar o bruto a mais de 220 km/h. A base robusta do modelo Ford garantiu a resistência para enfrentar o desafi o que deixou muitos outros veículos pelo caminho.

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Dois anos se passaram desde que o governo federal estipulou novas regras para veículos im-portados e só agora as marcas chinesas que traziam caminhões conseguiram revolver o grande impasse engolir. Com as regras antigas, os veículos comerciais chegavam aqui extremamente competitivos em preço até que as montadoras instaladas aqui recla-maram com o governo, que deci-diu mudar as regras do jogo. Com o projeto batizado de Inovar-Auto, subiu os impostos para veículos importados forçando as empresas a investirem na produção local.

A pendenga ainda não esta to-talmente resolvida, mas todas as marcas já passaram pela primeira etapa, que foi conseguir a habili-tação ao Inovar-Auto, mostrando que boa parte das peças a serem usadas nos caminhões serão pro-

Chinesas virando nacionais

Depois da ducha gelada lançada pelo plano do governo federal taxando alto os importadores, marcas chinesas começam a se organizar para ter produção local

duzidos aqui mesmo no Brasil. A última a conseguir a carta de liberação foi a Sinotruk Brasil, por sinal a marca que mais vendeu caminhões pesados no Brasil, mas que há dois anos esta vivendo dias difíceis em termos de vendas. Com isso, a montadora afi rma que em trinta dias inicia a comercia-lização do modelo A7, com tec-nologia Euro 5, na sua rede de 30 concessionários. Paralelamente, a Sinotruk fi naliza negociações com investidores para a construção da nova fábrica brasileira na cidade de Lages, Santa Catarina.

Antes da Sinotruk, as marcas Me-tro-Shacman, Foton e Jac Motors já haviam conseguido a liberação jun-to ao governo. A Metro-Shacman defi niu a instalação da fábrica no município de Tatuí, São Paulo, e a Jac Motors no complexo industrial de Camaçari, Bahia.

■ Sinotruk foi a última chinesa a se habilitar ao Inovar-Auto e começa a vender o modelo A7 em 30 dias

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