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NOVEMBRO DE 2007 R R E E L L A A T T Ó Ó R R I I O O D D E E D D I I A A G G N N Ó Ó S S T T I I C C O O M MUNICÍPIO DE M MÉRTOLA P PROJECTO M MOBILIDADE S SUSTENT Á Á V VEL Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa Tel. /Fax: +351 217 942 044 E-mail: [email protected] http://www.fcsh.unl.pt/ide/ Co-financiado pela União Europeia - FEDER

ROJECTO MOBILIDADE SUSTENTÁVELmobilidade.apambiente.pt/documentos/planos/diagnostico/mertola.pdf · Estrutura do Povoamento 38 5.1.2. Uso do Solo e Parque Habitacional 43 5.2. Serviços

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NOVEMBRO DE 2007

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

2

FICHA TÉCNICA

EQUIPA

COORDENAÇÃO

João Figueira de Sousa

EQUIPA TÉCNICA

André Fernandes

Ana Márcia Ferreira

Carlos Pita Rua

Hélder Ferreira

Michael Rodrigues

Ricardo Malhão

Rita Marquito

INTERLOCUTOR C. M. MÉRTOLA

Guilherme Machado

NOVEMBRO DE 2007 Instituto de Dinâmica do Espaço – FCSH/UNL

Av. Berna, 26 C 1069-061 Lisboa

Tel. /Fax: +351 217 942 044E-mail: [email protected]

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

3

ÍNDICE GERALPÁGINAS

Índice de Figuras 5

Índice de Quadros 7

Índice de Gráficos 10

Índice de Imagens 11

Introdução 12

1. Enquadramento Territorial 15

2. Perímetro de Estudo 18

3. Dinâmica e Estrutura Demográfica 21

3.1. Dinâmica Demográfica 21

3.2. Estrutura Demográfica 24

4. Emprego e Actividades Económicas 26

4.1. Emprego 26

4.2. Actividades Económicas 30

4.3. Análise das Localizações 34

5. Rede Urbana e Sistema de Povoamento 38

5.1. Sistema de Povoamento 38

5.1.1. Estrutura do Povoamento 38

5.1.2. Uso do Solo e Parque Habitacional 43

5.2. Serviços de Hierarquia Superior 49

6. Caracterização da Procura de Transporte 55

6.1. Identificação e Caracterização das Principais Deslocações 55

6.1.1. Análise Global das Deslocações Concelhias 55

6.1.1.1. Análise das Deslocações Intra-Concelhias 56

6.1.1.2. Análise das Deslocações Inter-Concelhias 60

6.1.2. Análise das Deslocações por Motivo de Trabalho 62

6.1.2.1. Deslocações Intra-Concelhias 62

6.1.2.2. Deslocações Inter-Concelhias 64

6.1.3. Análise das Deslocações por motivo de Estudo 66

6.1.3.1. Deslocações Intra-Concelhias 66

6.1.3.2. Deslocações Inter-Concelhias 68

6.1.4. Destinos das Deslocações Inter-Concelhias por Motivo de Trabalho e

Estudo70

6.1.5. Deslocações Inter-Concelhias com Destino no Concelho de Mértola 72

6.1.6. Modos de Transporte Utilizados pela População Empregada e

Estudantes74

6.1.6.1. Deslocações Intra-Concelhias da População Empregada e Estudantes por Modo de Transporte 77

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

4

6.1.6.2. Deslocações Inter-Concelhias da População

Empregada e Estudantes por Modo de Transporte78

6.1.7. Duração das Deslocações 79

6.1.8. Evolução da Motorização 81

6.2. Identificação e Caracterização dos Principais Pólos Geradores e Atractores de

Tráfego 83

6.2.1. Principais Pólos Atractores 83

6.2.1.1. Equipamentos Colectivos 83

6.2.1.1.1. Equipamentos de Educação 84

6.2.1.1.2. Equipamentos de Saúde 90

6.2.1.1.3. Equipamentos Desportivos 93

6.2.1.1.4. Equipamentos de Solidariedade e Seg. Social 96

6.2.1.2. Outros Pólos Atractores 99

6.2.2. Principais Pólos Geradores 101

6.3. Avaliação dos Problemas Associados às Pessoas com Mobilidade Reduzida 101

7. Caracterização da Oferta de Transporte 106

7.1. Identificação e Caracterização da Oferta de Transporte por Modo 106

7.1.1. Rede Rodoviária 106

7.1.1.1. Caracterização da Rede Rodoviária 106

7.1.1.2. Indicadores da Rede Rodoviária 114

7.1.1.3. Vias e Percursos Congestionados 115

7.1.1.4. Pontos Negros em Termos de Sinistralidade 116

7.1.2. Principais Percursos Pedonais 121

7.1.3. Pistas Cicláveis 122

7.1.4. Transporte Fluvial 124

7.1.5. Serviço de Transporte de Passageiros 129

7.1.5.1. Transportes Colectivos Rodoviário 129

7.1.5.1.1 Rodoviária do Alentejo 129

7.1.5.1.2 Rede Nacional de Expressos 138

7.1.5.2. Transporte Escolar 139

7.1.5.3. Serviço de Táxis 150

7.2. Parques de Estacionamento Urbanos e na Via Pública 152

7.2.1. Principais Áreas de Estacionamento 152

7.2.2. Estacionamento Tarifado 155

7.2.3. Estacionamento Condicionado 156

7.3. Projectos Previstos para a Rede de Transportes 158

8. Diagnóstico 161

Referências Bibliográficas 165

Anexos 169

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

5

ÍNDICE DE FIGURAS

PÁGINAS

Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Mértola 15

Figura 2.Freguesias do concelho de Mértola 16

Figura 3. Perímetros de estudo na Vila de Mértola 19

Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Mértola 20

Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Mértola, por freguesia (1991-2001) 24

Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005) 35

Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005) 36

Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) 37

Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001) 39

Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991) 40

Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001) 42

Figura 12. “Vila Velha” e “Vila Nova” 43

Figura 13. Eixo Comercial da Vila de Mértola 46

Figura 14. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia 47

Figura 15. Proposta de Hierarquia Urbana para o concelho de Mértola 50

Figura 16. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo 52

Figura 17. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo 53

Figura 18. Deslocações a Hospitais Centrais na Região Alentejo 54

Figura 19. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991 57

Figura 20. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001 58

Figura 21. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001) 59

Figura 22. Distribuição das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001) 62

Figura 23. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001) 72

Figura 24. Origem das deslocações com destino no concelho de Mértola (2001 74

Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2005/2006) 86

Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde 91

Figura 27. Distribuição dos equipamentos desportivos no concelho de Mértola 95

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

6

Figura 28. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2006) 98

Figura 29. Localização de outros pólos atractores na Vila de Mértola 100

Figura 30. Rede Rodoviária 107

Figura 31. Rede Rodoviária do concelho de Mértola 108

Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária) 111

Figura 33. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede

Rodoviária) 113

Figura 34. Pontos de congestionamento no Eixo Comercial da Vila de Mértola 116

Figura 35. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola (2004-2006) 118

Figura 36. Principais percursos pedonais na Vila de Mértola 122

Figura 37. Percurso da Ecovia do Minério 123

Figura 38. Carreira de transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo António 125

Figura 39. Rede de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros do concelho de Mértola 130

Figura 40. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de

Passageiros)136

Figura 41. Principais Áreas de Estacionamento na Vila de Mértola 153

Figura 42. Estacionamento Tarifado na Vila de Mértola 156

Figura 43. Estacionamento Condicionado na Vila de Mértola 157

Figura 44. Localização dos parques de estacionamento previstos para a Vila de Mértola 159

Figura 45. Proposta de novo traçado para o IC27 160

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

7

ÍNDICE DE QUADROS

PÁGINAS

Quadro 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e

Portugal (1991-2001) 22

Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Mértola (1991 e 2001) 26

Quadro 3. Taxa de actividade no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (%) – 1991

e 2001 27

Quadro 4. População Empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola, NUT

III Baixo Alentejo e Portugal (%) – 2001 27

Quadro 5. População empregada segundo a situação na profissão (2001) 29

Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e

Portugal (1991 e 2001) 29

Quadro 7. Número de desempregados no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal

(2001) 30

Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e

estabelecimentos (1995, 2000 e 2005) 30

Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Mértola (2005) 33

Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no concelho de

Mértola (1995, 2000 e 2005) 34

Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005 34

Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005) 37

Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Mértola, por freguesia (1991-2001) 38

Quadro 14. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001) 41

Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia 47

Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia (2001) 48

Quadro 17. Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por tipologia de

fogo (2006)49

Quadro18. Evolução do total das deslocações no concelho de Mértola (1991-2001) 56

Quadro 19. Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001) 56

Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001) 59

Quadro 21. Evolução das deslocações inter-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001) 60

Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001) 61

Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001) 63

Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e

2001)64

Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001) 65

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

8

Quadro 26. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e

2001) 66

Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991-2001) 67

Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e

2001) 68

Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991 e 2001) 69

Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e

2001) 70

Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001) 75

Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991) 80

Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001) 80

Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e 2006) e

taxa de motorização (2001 e 2006) 82

Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes (2005) 82

Quadro 36. Equipamentos de educação por freguesia (ano lectivo 2005/2006) – Sector Público 85

Quadro 37. Evolução do número de alunos por nível de ensino (1999/2000-2005/2006) 87

Quadro 38. Evolução do número de alunos por estabelecimento (1999/2000-2005/2006) 88

Quadro 39. Reordenamento da Rede Escolar (ano lectivo 2007/2008) 90

Quadro 40. Equipamentos Desportivos do concelho de Mértola 94

Quadro 41. Instituições que prestam serviços de apoio aos idosos (2006) 96

Quadro 42. Ocupação dos Equipamentos de Apoio aos Idosos (2006) 97

Quadro 43. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com

mobilidade condicionada (2001) 105

Quadro 44. Índice de Permeabilidade 114

Quadro 45. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em Mértola e Portugal

Continental 115

Quadro 46. Número de acidentes, mortos e feridos graves no IC27/EN122 (2004-2006) 117

Quadro 47. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola (2006) 119

Quadro 48. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006) 119

Quadro 49. Índice de gravidade de acidentes (2005) 120

Quadro 50. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 1 127

Quadro 51. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 2 128

Quadro 52. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 3 128

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

9

Quadro 53. Linha 8632 – Mértola/S. Pedro de Sólis (por Namorados) 131

Quadro 54. Linha 8773 – Mértola/Mosteiro 131

Quadro 55. Linha 8771 – Mértola/Montes Alves 132

Quadro 56. Linha 8772 – Mértola/Monte Fialho (por Álamo) 132

Quadro 57. Linha 8625 – Corte Pequena / Mértola 133

Quadro 58. Linha 8757 – Beja / Mértola 133

Quadro 59. Linha 8757 – Corte Pinto / Mértola 134

Quadro 60. Duração das deslocações entre sedes de freguesia utilizando o transporte público

colectivo rodoviário 137

Quadro 61. Número de carreiras diárias com ligação às sedes de freguesia 138

Quadro 62. Serviços diários da Rede Nacional Expressos (2007) 139

Quadro 63. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008) 140

Quadro 64. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008) 140

Quadro 65. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008) 141

Quadro 66. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008) 141

Quadro 67. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008) 142

Quadro 68. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008) 142

Quadro 69. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008) 143

Quadro 70. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008) 143

Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008) 144

Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008) 144

Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008) 145

Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008) 145

Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008) 146

Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008) 147

Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 8 (ano lectivo 2007/2008) 148

Quadro 78. Transporte escolar no concelho de Mértola (ano lectivo 2006/2007 e 2007/2008) 149

Quadro 79. Número de habitantes por táxi (2007) 151

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

10

ÍNDICE DE GRÁFICOS

PÁGINAS

Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola (1900-2001) 21

Gráfico 2. População residente no concelho de Mértola, por freguesia (2001) 23

Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001) 25

Gráfico 4. População empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola (%)

– 2001 28

Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001 28

Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Mértola (1995-

2005 31

Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (%) – 1991 e 2001 75

Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001) 76

Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001) 78

Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001) 79

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

11

ÍNDICE DE IMAGENS

PÁGINAS

Imagem 1. Construção Vernácula 44

Imagem 2. Construção Erudita 44

Imagem 3. Construção dos Anos 30/40 44

Imagem 4. Pavimento no Casco Histórico 45

Imagem 5. Pavimento no Casco Histórico 45

Imagem 6. Pavimento no Casco Histórico 45

Imagem 7. Unidade Móvel Médico-Social 92

Imagem 8. Estação dos Correios sem acesso em rampa 104

Imagem 9. Lugar de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência delimitado por muro

no lado do condutor 104

Imagem 10. Dimensionamento e desnível dos passeios 104

Imagem 11. Passadeira conducente a lugar de estacionamento 104

Imagem 12. Delimitação da via no Eixo Comercial (Rua Dr. Serrão Martins) 121

Imagem 13. Estacionamento de veículos em zona reservada a operações de cargas e descargas

(Rua Dr. Serrão Martins) 121

Imagem 14. Condicionantes à circulação pedonal no Casco Histórico 121

Imagem 15. Porto do Pomarão 124

Imagem 16. Rua José Carlos Ary dos Santos 154

Imagem 17. Rua Dr. Afonso Costa 154

Imagem 18. Rua Cândido dos Reis 154

Imagem 19. Estacionamento ordenado para pesados 155

Imagem 20. Estacionamento ordenado para transportes colectivos 155

Imagem 21. Praça de Táxis 155

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

12

INTRODUÇÃO

O presente documento, elaborado pelo Instituto de Dinâmica do Espaço

(IDE) da Universidade Nova de Lisboa, constitui o Relatório de Diagnóstico

do Estudo de mobilidade do Município de Mértola, enquadrado no âmbito

do “Projecto Mobilidade Sustentável” promovido pela Agência Portuguesa

do Ambiente (APA).

Este Projecto tem como objectivo a concretização dos Planos de

Mobilidade Sustentável em cerca de 40 municípios, previamente

seleccionados, desenvolvendo-se em três fases:

A – Diagnóstico da Situação Actual

B – Objectivos e Conceito de Intervenção

C – Propostas

O Relatório que agora se apresenta incide sobre a caracterização da

situação actual e culmina com um diagnóstico síntese, no qual se

evidenciam os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças ao sistema

concelhio, e que influem directa e/ou indirectamente no desenvolvimento de

uma mobilidade sustentável.

O diagnóstico constitui o ponto de partida para que, nas fases posteriores

do estudo, se defina um conjunto de propostas e acções que visem a

optimização das diferentes componentes do sistema de mobilidade e

transportes. O Relatório estrutura-se nos seguintes grandes domínios

analíticos:

Dinâmica e Estrutura Demográfica;

Emprego e Actividades Económicas;

Rede Urbana e Sistema de Povoamento;

Caracterização da Procura de Transporte;

Caracterização da Oferta de Transporte;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

13

Diagnóstico.

Na elaboração e estruturação do Relatório procurou-se seguir, tanto quanto

possível, a metodologia indicada pela APA e subscrita no plano de

trabalhos apresentado pela equipa do IDE, procedendo-se, contudo, a

adaptações por forma a adaptá-la à realidade do concelho e à abordagem

adoptada, nomeadamente no que se refere à delimitação das escalas de

análise e de intervenção do Estudo.

O trabalho de caracterização e diagnóstico envolveu a recolha e

sistematização de um grande volume da informação, nomeadamente:

Estudos e projectos já desenvolvidos ou em

elaboração/implementação com influência no sistema de

mobilidade e transportes, bem como de elementos cartográficos e

fotografia aérea junto da Câmara Municipal de Mértola;

Trabalho de campo – levantamento de oferta e procura de

estacionamento; identificação de pontos de conflito na rede

rodoviária; levantamento de barreiras arquitectónicas;

Informação estatística, nomeadamente informação socio-

económica e dados demográficos junto do Instituto Nacional de

Estatística;

Dados relativos à oferta de transportes públicos colectivos

rodoviários de passageiros junto dos Operadores de Transportes

Rodoviários.

Os trabalhos desenvolvidos nesta fase decorreram em estreita colaboração

com a Câmara Municipal, bem como com outras entidades e forças vivas

do concelho:

Com a Câmara Municipal de Mértola foram realizadas reuniões

regulares com os responsáveis e técnicos para definição dos

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

14

perímetros de intervenção e objectivos do estudo assim como para

recolha de informação;

Com os actores locais foi realizado um workshop para

apresentação dos objectivos do projecto e do diagnóstico

preliminar;

Colaboração na Semana Europa da Mobilidade, nomeadamente

através da participação no Seminário “Os transportes em áreas de

baixa densidade”, realizado na EB 2,3/S de Mértola, com

participação de alunos e professores. Este Seminário contou com a

moderação e animação do Coordenador do estudo e do Presidente

da Câmara Municipal de Mértola.

È importante destacar o grande envolvimento da Câmara Municipal de

Mértola desde o início dos trabalhos, quer ao nível político através do

Presidente da Câmara Municipal, Dr. Jorge Pulido Valente, quer ao nível

técnico através do interlocutor nomeado para acompanhar a elaboração do

Estudo, Dr. Guilherme Machado. Esta colaboração foi extensível a todos os

serviços técnicos com responsabilidade em áreas relacionadas com

transportes e mobilidade.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

15

1. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

Com uma área de 1292,8 km², o concelho de Mértola insere-se na NUT III

Baixo Alentejo, pertencente à NUT II Alentejo – Figura 1. Para além do

concelho de Mértola, fazem parte desta NUT III os concelhos de Aljustrel,

Almodôvar, Alvito, Barrancos, Ferreira do Alentejo, Moura, Ourique, Serpa e

Vidigueira.

Figura 1. Enquadramento territorial do concelho de Mértola

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L e z i r i ad o T e j o

B a i x oA l e n t e j o

A l e n t e j o C e n t r a l

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A l g a r v e

MÉRTOLA

FARO

BEJA

ÉVORASETÚBAL

SANTARÉM

LEIRIA

PORTALEGRE

CASTELOBRANCO

LISBOA

7°W8°W9°W

39°N

38°N

37°N

0 20km

(iNorte

Fonte: elaboração própria, 2007

O concelho de Mértola é constituído por 9 freguesias: Alcaria Ruiva, Corte

do Pinto, Espírito Santo, Mértola, Santana de Cambas, São João

Caldeireiros, São Miguel do Pinheiro, São Pedro de Sólis e São Sebastião

O concelho de Mértola é constituído por 9 freguesias.

O concelho de Mértola insere-se na NUT III Baixo Alentejo.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

16

dos Carros (Figura 2). Apenas a freguesia de Mértola apresenta um

aglomerado populacional de cariz urbano – a Vila de Mértola –, sendo o

restante território concelhio predominantemente rural.

Figura 2. Freguesias do concelho de Mértola

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Vaqueiros

MartimLongo

Giões

PereiroSantaCruz

Alcoutim

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros Espírito

SantoSão Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

São Marcosda Ataboeira

Mértola

AlcariaRuiva

Albernoa

Trindade

CabeçaGorda

AldeiaNova de

São Bento

Salvada Serpa(SantaMaria)

Serpa(Salvador)

RedondaAmoreira

Vale deOdre Furnazinhas

Corte JoãoMarques Tenência

CorteVelha

Zambujal

Guerreirosdo Rio

FonteZambujo

Barrada

Balurcode Baixo

SantaJustaPessegueiro MarimMonte do

Romba

Roncão Clarines

SantaMarta

AfonsoVicente

Viúvas

DiogoMartins

Vargens Alcaria dosJavazes

Besteiros

Semblana Mesquita

AlcariaLonga

Caiada

PicoitosBritesGomes

EspragosaFernandesSaposRomeiras

Penilhos

Monte dosCorvosViseus

GuerreiroMina de S.Domingos

JoãoSerra

CorteSines

Corte Gafode Baixo

Corte Gafode Cima

Salto Algodor

CortePequena

Montalvo

Amendoeira

ValesMortos

Amendoeirado Campo

Azinhalinho

Monte daCarolina

Vale deRolins

SantaIria

S. Brás

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

!! Sede de Freguesia

Concelho de Mértola

Fonte: elaboração própria, 2007

Importa ainda referir que Mértola é um concelho fronteiriço, fazendo

ligação, a Este, com a Comunidade Autónoma da Andaluzia e com a

Província de Huelva. Esta situação geográfica, conjugada com a crescente

integração da economia ibérica e com o recrudescimento da cooperação

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

17

transfronteiriça às escalas regional e local1, colocam em evidência as

limitações inerentes a uma análise das relações indutoras de fluxos de

pessoas e bens que não equacione as interdependências operadas no

quadro de um sistema regional alargado. Isto é, ponderando as relações

transfronteiriças e as ameaças e oportunidades decretadas pelo

posicionamento no quadro territorial nacional/peninsular.

1 Materializada, no caso vertente, em projectos como: GUAD21 – Baixo Guadiana 21;

IBERTUR – Valorização Turística do Património Transfronteiriço; RECIAGRO II – Promoção e

Valorização dos Recursos Endógenos das Zonas Raianas - 2.ª Fase; HUBAAL 1 – Conexões

Viárias entre Huelva, Baixo Alentejo e Algarve; HUBAAL 2 – Conexões Viárias entre Huelva,

Baixo Alentejo e Algarve - 2.ª Fase; HUBAAL 3 – Conexões Viárias entre Huelva, Baixo

Alentejo e Algarve - 3.ª Fase; INCUBE – Rede Transfronteiriça de Viveiros de Empresas.

A análise deverá equacionar as interdependências operadas no quadro nacional/peninsular.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

18

2. PERÍMETROS DE ESTUDOS

A delimitação dos perímetros de estudo objecto das propostas de

intervenção a delinear no âmbito do Plano teve por base o trabalho

exploratório realizado no concelho de Mértola e as reuniões de trabalho

com os interlocutores da autarquia.

Partindo deste trabalho exploratório e do trabalho preparatório desenvolvido

com os interlocutores, foi possível tipificar as principais condicionantes à

mobilidade no concelho, concluindo-se pela necessidade de adopção de

uma abordagem que contemplasse várias escalas espaciais.

Desta forma, definiram-se três escalas de trabalho (dois perímetros no

núcleo urbano de Mértola e um perímetro alargado) – Figuras 3 e 4 –, que

terão enfoques diferenciados ao nível do diagnóstico, do conceito de

intervenção e das propostas de intervenção:

Casco Histórico ou ”Vila Velha” (Figura 3);

“Vila Nova” (Figura 3);

Perímetro alargado correspondente ao concelho de Mértola (Figura

4).

Tendo sido validadas pelos interlocutores da autarquia, estas escalas de

trabalho foram também apresentadas e validadas num seminário alargado,

com a participação de stakeholders locais, organizado pela Câmara

Municipal de Mértola e pela Equipa Técnica do Instituto de Dinâmica do

Espaço.

Esta abordagem foi também explanada nos vários workshops de

apresentação do ponto da situação dos trabalhos, organizados pela

Agência Portuguesa do Ambiente.

Definiram-se três escalas de trabalho: dois perímetros no núcleo urbano de Mértola e um perímetro alargado.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

19

Figura 3. Perímetros de estudo na Vila de Mértola

7°40'W

7°39'40"W

7°39'20"W

37°38'40"N37°38'20"N

0 100m

(i

Norte

"Vila Nova"

"Vila Velha"/Casco Histórico

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

20

Figura 4. Perímetro de estudo alargado – Concelho de Mértola

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Mértola

Fialho

São Migueldo Pinheiro

São Sebastiãodos Carros

BritesGomes

Namorados

BoisõesGóis

AlcariaLonga

São Pedrode Solis

Corredoura

Corte Gafode Baixo

MosteiroAmendoeirada Serra

MontesAlves

Fernandes

CorteSines

Corvos

QuintãSantanade Cambas

Moreanes

Corte doPinto

Mina de SãoDomingos

Romeiras

Monte daLégua

Ledo

Tacões

CortePequena

JoãoSerra

Penilhos

São João dosCaldeireiros

Corte daVelha

Algodor

Vale Açorde Cima

Amendoeirado Campo

AlcariaRuiva

Moinhosde Ventode Cima

Álamo

Santana de Cima Roncão

Penedos

DiogoMartins

São Bartolomeude Via Glória

Quintã

MonteCorcha

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

21

3. DINÂMICA E ESTRUTURA DEMOGRÁFICA

3.1. DINÂMICA DEMOGRÁFICA

A análise da dinâmica demográfica do concelho de Mértola na segunda

metade do século XX (tendo por base os recenseamentos gerais da

população de 1950, 1960, 1970, 1981, 1991 e 2001) permite aferir de um

forte declínio do efectivo populacional, materializado numa perda de 20.641

habitantes entre 1950 e 2001 (passando o efectivo populacional do

concelho de 29.353 habitantes, em 1950, para 8.712 habitantes em 2001) –

Gráfico 1.

Gráfico 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola (1900-2001)

Fonte: INE, Recenseamentos Gerais da População

Alargando a escala temporal de análise ao cômputo do século XX (Gráfico

1), evidenciam-se dois períodos caracterizados por dinâmicas demográficas

distintas. Num primeiro período, que se prolonga desde os anos 20 até à

década de 40, assiste-se a um crescimento populacional suportado, em

grande medida, pela expansão das actividades agrícolas e pela exploração

de minério na Mina de S. Domingos. O segundo período (desde 1950), cuja

génese conjuntural é fortemente impulsionada pelo declínio e encerramento

da actividade extractiva na Mina de S. Domingos no decorrer da década de

60, é caracterizado por uma inversão do comportamento demográfico, com

um decréscimo do efectivo populacional em todo o território concelhio.

No período 1991-2001, a população residente no concelho sofreu uma

variação negativa de -11,1%, passando de 9.805 habitantes para 8.712

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001

Ano

Hab

.

A partir da década de 60 ocorreu um forte declínio do efectivo populacional.

O declínio e encerramento da actividade extractiva na Mina de S. Domingos decretaram o início do declínio populacional.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

22

habitantes. Não obstante a tendência evolutiva ser semelhante, certo é que

este declínio é superior ao registado na NUT III Baixo Alentejo (-5,5%) –

Quadro 1.

Quadro 1. Evolução da população residente no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (1991-2001)

População Residente Taxa de Variação

1991 2001 1991-2001

Portugal 9.867.147 10.356.117 5,0

Baixo Alentejo 143.020 135.105 -5,5

Mértola 9.805 8.712 -11,1

Alcaria Ruiva 1201 1013 -15,7

Corte do Pinto 1260 1080 -14,3

Espírito Santo 542 437 -19,4

Mértola 3166 3093 -2,3

Santana de Cambas 1009 863 -14,5

S. João dos Caldeireiros 803 728 -9,3

S. Miguel do Pinheiro 1041 880 -15,5

S. Pedro de Sólis 377 318 -15,6

S. Sebastião dos Carros 406 300 -26,1

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à distribuição territorial da população (Quadro 1, Gráfico 2 e Figura

5), a freguesia de Mértola concentrava, em 2001, 3.093 habitantes (35,5%

da população residente no concelho). Seguiam-se as freguesias de Corte

do Pinto e Alcaria Ruiva, com 1.080 e 1.013 habitantes (respectivamente

12,4% e 11,6% da população residente). A freguesia de S. Sebastião dos

Carros apresentava o menor efectivo populacional – 300 habitantes (3,4%

da população residente no concelho).

Face a 1991, todas as freguesias contabilizaram declínios do efectivo

populacional, os quais foram mais acentuados em S. Sebastião dos Carros

(-26,1%) e Espírito Santo (-19,4%). Por sua vez, as freguesias de Mértola

(-2,3%) e S. João dos Caldeireiros (-9,3%) averbaram as menores perdas

relativas.

Em termos de população residente por lugar, Mértola registava o maior

efectivo, com 1.451 habitantes, seguido da Mina de S. Domingos (freguesia

de Corte do Pinto), com 664 habitantes.

A vila de Mértola regista o maior efectivo populacional do concelho (1.451 habitantes).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

23

Gráfico 2. População residente no concelho de Mértola, por freguesia (2001)

1013 1080

437

3093

863728

880

318 300

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Alcaria

Ruiva

Corte do

Pint

o

Espírit

o Santo

Mértola

Santan

a de C

amba

s

S. Joã

o dos

Caldeir

eiros

S. Migu

el do

Pinheir

o

S. Ped

rode

Sóli

s

S. Seb

astiã

o dosCarr

os

Freguesias

Hab

.

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

24

Figura 5. Evolução da população residente no concelho de Mértola, por freguesia (1991-2001)

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MartimLongo

Gioes

PereiroSantaCruz

Alcoutim

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros

EspíritoSanto

São Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

São Marcosda Ataboeira

AlcariaRuiva

Mértola

1260 <> 1080

1009 <> 863

803 <> 728

542 <> 437

406 <> 300

3166 <> 30931201 <> 1013

377 <> 318

1041 <> 880

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte Tx. Variação

-26,1 <> -21,2-21,1 <> -15,6-15,5 <> -9,4-9,3 <> -2,3

População Residente

19912001

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

3.2. ESTRUTURA DEMOGRÁFICA

A tendência de envelhecimento verificada no conjunto do território nacional

é particularmente notável na evolução da estrutura etária da população do

concelho de Mértola, assim como da NUT III Baixo Alentejo. Com efeito, o

índice de envelhecimento aumentou no concelho de Mértola, registando,

em 2001, um valor de 280,5, quando em 1991 era de 180,6. Esta evolução

decorre da conjugação de uma diminuição da população com menos de 15

Entre 1991 e 2001, o índice de envelhecimento aumentou no concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

25

anos (-3,8%) e de um aumento da população com mais de 64 anos (5,6%)

no mesmo período.

Gráfico 3. População residente por grupos etários (2001)

949

3938

12981522

1005

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

0-14 15-24 25-64 65-74 75e+

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Verifica-se ainda que o grupo etário dos 15-24 anos, era aquele que, em

2001, averbava menor representatividade, ao contrário do grupo dos 25-64

anos, claramente o grupo com maior preponderância, correspondendo a

45,2% da população residente.

Em 1991, o grupo etário com menor peso no efectivo populacional era o

grupo com 75 e mais anos, com 11,5% da população residente. Por sua

vez, o grupo com maior número de indivíduos era o dos 25-64 anos, com

4.423 indivíduos (45,1% da população residente). De salientar ainda que,

tanto em 1991 como em 2001, a freguesia de Mértola foi aquela que

apresentou o maior efectivo em todos os grupos etários considerados.

A freguesia de Mértola foi aquela que apresentou o maior efectivo em todos os grupos etários.

O grupo etário dos 15-24 anos averbava, em 2001, a menor representatividade.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

26

Quadro 2. Estrutura etária da população residente no concelho de Mértola (1991 e 2001)

1991 2001

N.º % N.º %

0-14 1497 15,3 1005 11,5

15-24 1254 12,8 949 10,9

25-64 4423 45,1 3938 45,2

65-74 1501 15,3 1522 17,5

75+ 1130 11,5 1298 14,9

Total 9805 100,0 8712 100,0

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

4. EMPREGO E ACTIVIDADES ECONÓMICAS

4.1. EMPREGO

O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas

socio-económicas de qualquer território, facto que, conjugado com os

padrões de deslocação que a distribuição territorial das actividades

económicas induzem, justificam e relevam a análise do emprego e

actividades económicas no âmbito do presente estudo.

Com efeito, no que concerne à taxa de actividade (Quadro 3), verifica-se

que entre 1991 e 2001 este indicador aumentou 6,8 p.p. no concelho de

Mértola, passando de 29,1% para 35,9%. Ainda assim, permanece aquém

dos valores ostentados pela NUT III Baixo Alentejo (42,5%) e por Portugal

(48,2%).

A evolução registada neste concelho ficou a dever-se, essencialmente, ao

aumento da taxa de actividade feminina (superior a 10%), embora a taxa de

actividade masculina tivesse também evoluído positivamente, com um

acréscimo de 2,2%.

A taxa de actividade em Mértola fica aquém dos valores do Baixo Alentejo e Portugal.

O mercado de trabalho desempenha um papel determinante nas dinâmicas socio-económicas de qualquer território.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

27

Quadro 3. Taxa de actividade no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e Portugal (%) –

1991 e 2001

1991 2001

HM H M HM H M

Portugal 46,6 54,3 35,5 48,2 54,8 42,0

Baixo Alentejo 38,8 51,5 26,5 42,5 50,2 35,0

Mértola 29,1 43,5 15,0 35,9 45,7 26,1

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

À semelhança do país e da NUT III Baixo Alentejo, também em Mértola, em

2001, o maior número de empregados exercia a sua actividade no sector

terciário (57,7%), tendo este sector averbado, entre 1991 e 2001, um

aumento de 14,5% no seu peso relativo, passando de 43,2% para 57,7%.

Quadro 4. População Empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola,

NUT III Baixo Alentejo e Portugal (%) – 2001

SectorPrimário

SectorSecundário

SectorTerciário

Portugal 5,0 35,1 59,9

Baixo Alentejo 14,9 22,7 62,4

Mértola 18,9 23,5 57,7

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Por sua vez, o sector secundário representava 23,5% da população

empregada, valor que embora sendo inferior ao peso deste sector no

cômputo do território nacional (35,1%), é ligeiramente superior ao registado

pela NUT III Baixo Alentejo (22,7%).

O sector primário apresentava-se como o sector com menor capacidade de

criação de emprego no concelho de Mértola (18,9%), ainda que em termos

relativos averbasse maior representatividade que na NUT III Baixo Alentejo

(14,9%) e em Portugal (5,0%).

O sector terciário é aquele que registava o maior número de empregados.

O sector primário apresentava a menor capacidade de criação de emprego.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

28

Gráfico 4. População empregada por sector de actividade económica no concelho de Mértola

(%) – 2001

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Relativamente à repartição por sexos (Gráfico 5), o sexo masculino

predominava em todos os sectores de actividade, embora no sector

terciário a presença feminina ascendesse a 47,6% da população

empregada.

Gráfico 5. Distribuição dos sectores de actividade económica por sexo (%) – 2001

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

O sexo masculino predominava em todos os sectores de actividade.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

29

Quanto à situação da população na profissão (Quadro 5), em 2001, a

maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem

(2.026 empregados – 73,9%), sendo que destes, 62,0% concentrava-se no

sector terciário. Seguiam-se os empregadores (com 13,3% da população

empregada) e os trabalhadores por conta própria (com 319 empregados

nesta situação – 11,6% do total da população empregada).

Quadro 5. População empregada segundo a situação na profissão (2001)

Total Empregador Trabalhador

por conta própria

Trab.Familiar.não Rem.

Trabalhador por conta de outrem

Membro Activo Coop.

Outra Situação

Portugal 4650947 478804 294103 35939 3793992 3216 44893

BaixoAlentejo 50818 5202 4753 406 39773 77 607

Mértola 2741 364 319 14 2026 - 18

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

No que respeita à taxa de desemprego (Quadro 6), esta sofreu um ligeiro

decréscimo no concelho de Mértola no período 1991-2001, passando de

12,8% para 12,3%. Verifica-se, contudo, um aumento de 2,0% no valor da

taxa de desemprego masculina. No caso do sexo feminino, a taxa de

desemprego diminui 12,9 p.p. no período em análise, passando de 32,6%

para 19,7%. Certo é que mesmo perante esta evolução, a taxa de

desemprego total, masculina e feminina averbadas pelo concelho de

Mértola permanecem superiores aos valores registados pela NUT III Baixo

Alentejo e por Portugal.

Quadro 6. Evolução da taxa de desemprego no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e

Portugal (1991 e 2001)

1991 2001

HM H M HM H MPortugal 6,1 4,2 8,9 6,8 5,2 8,7

Baixo Alentejo 14,3 7,9 26,3 11,5 7,0 17,7

Mértola 12,8 6,0 32,6 12,3 8,0 19,7

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

A maioria dos empregados exercia a sua actividade por conta de outrem.

A taxa de desemprego sofreu um ligeiro decréscimo entre 1991 e 2001.

A taxa de desemprego é superior à registada pela NUT III Baixo Alentejo e por Portugal.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

30

Em termos gerais, estes valores representavam, no concelho de Mértola,

384 pessoas desempregadas, das quais 87 procuravam o primeiro

emprego (Quadro 7). Eram os indivíduos dos grupos etários mais jovens

(entre os 20 e os 34 anos) que enfrentavam maiores dificuldades em

encontrar emprego.

Quadro 7. Número de desempregados no concelho de Mértola, NUT III Baixo Alentejo e

Portugal (2001)

HM H M

Portugal 339261 142947 196314

Baixo Alentejo 6572 2347 4225

Mértola 384 159 225

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

4.2. ACTIVIDADES ECONÓMICAS

No que se refere à dinâmica empresarial, no período 1995-2005, Mértola

registou um aumento do número de empresas sedeadas no concelho (+123

empresas) e do número de estabelecimentos (+131 estabelecimentos),

verificando-se assim uma expansão do parque empresarial (Quadro 8 e

Gráfico 6). Em 2005, o concelho de Mértola contava com 249 empresas e

271 estabelecimentos, as quais geravam 1066 e 1112 empregos,

respectivamente.

Quadro 8. Número de empresas e estabelecimentos e pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos

(1995, 2000 e 2005)

N.º Empresas N. Estabelecimentos Pessoal ao Serviço – Empresas

Pessoal ao Serviço – Estabelecimentos

1995 2000 2005 1995 2000 2005 1995 2000 2005 1995 2000 2005

Baixo Alentejo 2527 3387 4224 2987 4047 4950 13336 16843 20986 16061 20612 24530

Mértola 126 168 249 140 188 271 449 575 1066 548 683 1112

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

Eram os indivíduos dos grupos etários mais jovens que enfrentavam maiores dificuldades em encontrar emprego.

Entre 1995 e 2005, o número de empresas sedeadas no concelho de Mértola aumentou.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

31

No contexto da estrutura produtiva do Baixo Alentejo, o tecido empresarial

de Mértola representava, em 2005, 5,9% das empresas e 5,5% dos

estabelecimentos desta NUT III. Ao nível do emprego criado, os

estabelecimentos e empresas localizados no concelho de Mértola

representavam 4,5 % e 5,1% do emprego da NUT III Baixo Alentejo.

Gráfico 6. Evolução do número de empresas e estabelecimentos no concelho de Mértola

(1995-2005)

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social,

Quadros de Pessoal.

Relativamente à distribuição sectorial da estrutura produtiva concelhia

(Quadro 9), o sector terciário representava 42,6% das empresas e 44,7%

dos estabelecimentos, sendo o principal criador de emprego em empresas

(53,2%) e estabelecimentos (52,8%). O sector secundário representava

26,9% das empresas e 25,1% dos estabelecimentos, criando 25,6% do

emprego nas empresas e 24,9% nos estabelecimentos.

O sector primário apresentava uma representatividade intermédia face aos

demais sectores, tanto no número de empresas como de estabelecimentos

(30,5% e 30,3%, respectivamente). Contudo, constituia-se como o sector

com menor capacidade de criação de emprego: 21,2% do emprego nas

empresas e 22,3% do emprego nos estabelecimentos.

0

50

100

150

200

250

300

1995 2000 2005

Nº Empresas Nº Estabelecimentos

O concelho de Mértola representava 5,9% das empresas da NUT III Baixo Alentejo.

O sector terciário representava 42,6% das empresas e 44,7% dos estabelecimentos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

32

No seio destes sectores de actividade afere-se da predominância de 3

ramos de actividade no concelho de Mértola: Agricultura, Produção Animal,

Caça, Silvicultura (30,5% das empresas, 30,3% dos estabelecimentos,

21,2% do emprego nas empresas e 22,3% do emprego nos

estabelecimentos), o Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de

Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico

(18,9% das empresas, 17,0% dos estabelecimentos, 13,2% do emprego

nas empresas e 11,6% do emprego nos estabelecimentos) e o ramo da

Construção (18,1% das empresas, 17,0% dos estabelecimentos, 16,7% do

emprego nas empresas e 16,2% do emprego nos estabelecimentos). No

seu conjunto, estes ramos de actividade perfaziam cerca de 2/3 das

empresas e estabelecimentos existentes no concelho e cerca de metade do

emprego gerado.

Embora com um menor peso relativo, destacavam-se ainda os seguintes

ramos de actividade:

Alojamento e Restauração (11,2% das empresas, 11,1% dos

estabelecimentos, 8,4% do emprego nas empresas e 7,7% do

emprego nos estabelecimentos);

Indústrias Transformadoras (8,8% das empresas, 8,1% dos

estabelecimentos, 8,9% do emprego nas empresas e 8,7% do

emprego nos estabelecimentos).

Predominavam três ramos de actividade: Agricultura, Produção Animal, Caça, Silvicultura; o Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e de Bens de Uso Pessoal e Doméstico; e a Construção.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

33

Quadro 9. Estrutura produtiva do concelho de Mértola (2005)

Empresas Estabelecimentos Pessoal ao Serviço – Empresas

Pessoal ao Serviço – EstabelecimentosCAE Actividade2

N.º % N.º % N.º % N.º %A Agric., P. Animal, Caça, Silv. 76 30,5 82 30,3 226 21,2 248 22,3

Sector Primário 76 30,5 82 30,3 226 21,2 248 22,3

D Indústrias Transformadoras 22 8,8 22 8,1 95 8,9 97 8,7

F Construção 45 18,1 46 17,0 178 16,7 180 16,2

Sector Secundário 67 26,9 68 25,1 273 25,6 277 24,9

G Comércio Gros. e Ret.; Repar. 42 18,9 46 17,0 141 13,2 129 11,6

H Alojamento e Restauração 28 11,2 30 11,1 89 8,4 86 7,7

I Transp., Armaz. e Comunic. 7 2,8 9 3,2 10 0,9 14 1,3

J Actividades Financeiras 1 0,4 4 1,5 2 0,2 22 2,0

K Act. Imob., Alug. Serv. P. Emp. 7 2,8 8 3,0 12 1,1 13 1,2

L Adm.Púb., Defesa e Seg.Social 7 2,8 7 2,6 72 6,8 73 6,6

M Educação 0 0 1 0,4 0 0 8 0,7

N Saúde e Acção Social 4 1,6 6 2,2 212 19,9 213 19,2

O Out. Act. Serv. Colec., Soc. Pes. 10 4,0 10 3,7 29 2,7 29 2,6

Sector Terciário 106 42,6 121 44,7 567 53,2 587 52,8TOTAL 249 100 271 100 1066 100 1112 100

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

No que se refere à estrutura dimensional das empresas e estabelecimentos

(Quadro 10), predominavam, em Mértola, as pequenas e muito pequenas

empresas (microempresas – 1 a 9 trabalhadores), representativas de 92,8%

das empresas e de 93,0% dos estabelecimentos, valor que se encontra

acima daquele que este escalão apresenta na NUT III Baixo Alentejo

(91,2% e 90,5%, respectivamente).

2 Ver a designação das Actividades Económicas por extenso (Lista das Secções e sua Designação, segundo a CAE-Rev.2) no Anexo I.

No concelho de Mértola predominavam as pequenas e muito pequenas empresas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

34

Quadro 10. Número de empresas e estabelecimentos por escalão dimensional no

concelho de Mértola (1995, 2000 e 2005)

1995 2000 2005Est. Emp. Est. Emp. Est. Emp.

1 a 4 113 107 155 130 216 196

5 a 9 18 13 21 14 36 35

10 a 19 7 5 9 23 14 13

20 a 49 1 1 2 - 3 3

50 a 99 1 - 1 1 1 1

100 a 149 - - - - - -

150 a 199 - - - - 1 1

Total 140 126 188 168 271 249

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social,

Quadros de Pessoal.

4.3. ANÁLISE DAS LOCALIZAÇÕES

Analisando a implantação territorial das empresas e estabelecimentos

localizados no concelho de Mértola (Quadro 11 e Figuras 6 e 7), observa-se

que é a freguesia de Mértola aquela que averbava a maior concentração de

empresas e estabelecimentos (55,8% e 61,8%, respectivamente),

seguindo-se a freguesia de Santana de Cambas (8,0% das empresas e

8,4% dos estabelecimentos). No seu conjunto, estas freguesias

concentravam 63,8% das empresas e 70,2% dos estabelecimentos

localizados no concelho de Mértola. Quanto às demais freguesias, o seu

contributo para a actividade económica do município de Mértola era

relativamente reduzido.

Quadro 11. Número de empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

Empresas Estabelecimentos

N.º % N.º %Alcaria Ruiva 19 7,6 22 0,8 Corte do Pinto 13 5,2 12 4,8 Espírito Santo 13 5,2 13 5,2 Mértola 139 55,8 155 61,8 Santana de Cambas 20 8,0 21 8,4 S. João Caldeireiros 18 7,2 18 7,2 S. Miguel Pinheiro 13 5,2 14 5,6 S. Pedro de Sólis 9 3,6 11 4,4 S. Sebastião dos Carros 5 2,0 5 2,0

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade

Social, Quadros de Pessoal.

A freguesia de Mértola averbava a maior concentração de empresas e estabelecimentos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

35

Figura 6. Número de empresas por freguesia (2005)

!!

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!!

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!!

!!

!!

!!

!!

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!!

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MértolaSantana de Cambas

Espírito Santo

Corte do Pinto

Albernoa

Alcaria Ruiva

SãoJoão dos Caldeireiros

SãoSebastião dos

CarrosSão Miguel do Pinheiro

São Marcosda Ataboeira

SantaCruz

São Pedrode Solis

Pereiro

Giões Alcoutim

MartimLongo

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Empresas (Nº)21 - 139

16 - 2011 - 155 - 10

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de Pessoal.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

36

Figura 7. Número de estabelecimentos por freguesia (2005)

!!

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!!

!!

!!

!!

!!

!!

!! Santana de Cambas

Espírito Santo

Corte do Pinto

Albernoa

AlcariaRuiva

SãoJoão dos Caldeireiros

SãoSebastião

dos CarrosSão Miguel do Pinheiro

São Marcosda Ataboeira

SantaCruz

o Pedro de Solis

Pereiro

Giões Alcoutim

MartimLongo

Al i L j i

Mértola

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Estabelecimentos (Nº)51 - 155

21 - 507 - 202 - 6

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, Quadros de

Pessoal.

No que diz respeito ao pessoal ao serviço nas empresas e

estabelecimentos localizados no concelho (Quadro 12 e Figura 8), verifica-

se que a maioria exercia a sua actividade na freguesia de Mértola (64,8%

do pessoal ao serviço nas empresas e 66,5% do pessoal ao serviço nos

estabelecimentos), a qual constituía-se assim como o principal pólo gerador

de emprego no concelho. Importa ainda destacar a freguesia de Santana

de Cambas, com 9,1% do pessoal ao serviço das empresas e 8,7% do

pessoal ao serviço nos estabelecimentos.

A maioria do pessoal ao serviço exercia a sua actividade na freguesia de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

37

Quadro 12. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

Pessoal ao serviço nas empresas

Pessoal ao serviço nos estabelecimentos

N.º % N.º %Alcaria Ruiva 52 4,9 59 5,3 Corte do Pinto 44 4,1 38 3,4 Espírito Santo 36 3,4 35 3,1 Mértola 691 64,8 740 66,5 Santana de Cambas 97 9,1 97 8,7 S. João Caldeireiros 53 5,0 51 4,6 S. Miguel Pinheiro 34 3,2 35 3,1 S. Pedro de Sólis 39 3,7 41 3,7 S. Sebastião dos Carros 20 1,9 16 1,4

Fonte: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade

Social, Quadros de Pessoal.

Figura 8. Pessoal ao serviço nas empresas e estabelecimentos por freguesia (2005)

!

!

!

!

!!

!

!

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AA

A

A

A

A

A AA

AA

A

A

A

A

AA A

Mértola

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros

EspíritoSanto

São Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

AlcariaRuiva

7°30'W7°40'W7°50'W37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Nas Empresas (Nº)

Nos Estabelecimentos (Nº)

A 20 - 25

A 26 - 50

A 51 - 100

A 101 - 691

A 16 - 20

A 21 - 60

A 61 - 100

A 101 - 740

Fonte estatística: DGEEP/Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e Solidariedade

Social, Quadros de Pessoal.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

38

5. REDE URBANA E SISTEMA DE POVOAMENTO

5.2. SISTEMA DE POVOAMENTO

5.2.1. ESTRUTURA DO POVOAMENTO

A densidade populacional constitui-se como um indicador que transmite

uma leitura de enquadramento necessária ao entendimento da ocupação

do território do concelho de Mértola.

Neste sentido, refira-se que a densidade populacional neste concelho é

relativamente reduzida, com 6,7 hab/km2, quando no cômputo do território

continental de Portugal ascende a 110,8 hab/km2 e no Baixo Alentejo a 15,8

hab/km2 (2001). Ao nível das freguesias (Quadro 13 e Figuras 9 e 10),

Corte Pinto, com 15,2 hab/km2, apresentava a densidade mais elevada,

ainda assim bastante inferior à média do Continente, embora próxima da

densidade da NUT III Baixo Alentejo. Por sua vez, Espírito Santo (3,2

hab/km2), São Sebastião dos Carros (4,1 hab/km2) e Alcaria Ruiva (4,7

hab/km2) apresentavam as densidades populacionais mais baixas.

Quadro 13. Evolução da densidade populacional no concelho de Mértola, por

freguesia (1991-2001)

Densidade Populacional (hab/km²)

Taxa de Variação (%)

1991 2001 1991-2001 Continente 105,3 110,8 5,2NUT III Baixo Alentejo 16,7 15,8 -5,4Mértola 7,6 6,7 -11,8Alcaria Ruiva 5,6 4,7 -16,1

Corte do Pinto 17,7 15,2 -14,1

Espírito Santo 4,0 3,2 -20,0

Mértola 9,8 9,6 -2,0

Santana de Cambas 6,1 5,2 -14,8

S. João dos Caldeireiros 7,7 7,0 -9,1

S. Miguel do Pinheiro 7,5 6,4 -14,7

S. Pedro de Sólis 5,9 5,0 -15,3

S. Sebastião dos Carros 5,6 4,1 -26,8

Fonte estatística: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Face a 1991, em virtude do declínio da população residente na

generalidade das freguesias do concelho de Mértola, a densidade

populacional apresentou variações negativas em todas estas unidades (a

A densidade populacional no concelho de Mértola é de 6,7 hab/km2.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

39

qual cifrou-se em -11,8% no cômputo do município), sendo as freguesias

de S. Sebastião dos Carros (-26,8% – menos 1,5 hab/km2) e Espírito Santo

(-20,0% – menos 0,8 hab/km2) aquelas em que, em termos relativos, se

registou o declínio mais acentuado.

Figura 9. Densidade populacional por freguesia (2001)

!

!!

!

!

!

!

!!

!

!

!

!

!

!

!

MartimLongo

Gioes

PereiroSantaCruz

Alcoutim

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros Espírito

SantoSão Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

São Marcosda Ataboeira

AlcariaRuiva

Mértola

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte Densidade Pop.

1,5 - 3,53,6 - 5,65,7 - 7,67,7 - 9,6

(hab/km2)

Mértola: 6,7Baixo Alentejo: 15,8Continente: 10,8

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

40

Figura 10. Densidade populacional por freguesia (1991)

!

!!

!

!

!

!

!!

!

!

!

!

!

!

!

MartimLongo

Gioes

PereiroSantaCruz

Alcoutim

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros Espírito

SantoSão Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

São Marcosda Ataboeira

AlcariaRuiva

Mértola

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte Densidade Pop.

4,0 - 5,96,0 - 6,36,4 - 8,28,3 - 17,7

(hab/km2)

Mértola: 7,6Baixo Alentejo: 16,7Continente: 105,3

Fonte estatística: INE, XIII Recenseamento Geral da População, 1991

Quanto à estrutura do povoamento propriamente dita, esta é caracterizada

pela concentração da população em aglomerados de pequena dimensão

dispersos pelo território concelhio, sendo o aglomerado sede de concelho o

único a apresentar um efectivo superior a 1.000 habitantes (1.451

habitantes, em 2001) – Quadro 14 e Figura 11. Para além deste

aglomerado populacional, importa referir os aglomerados da Mina de S.

Domingos (665 habitantes), Monte Fernandes (345 habitantes) e Corte do

Pinto (330 habitantes), pois são os únicos núcleos que apresentam uma

A Vila de Mértola é o único aglomerado do concelho com população superior a 1000 habitantes.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

41

dimensão intermédia (aproximadamente entre os 300 e 650 habitantes) na

estrutura de povoamento concelhia.

Quadro 1. População residente segundo a dimensão dos lugares (2001)

População Residente

N.º %

Número de Lugares

Menos de 100 2995 34,4 85

De 100 a 199 2051 23,5 16

De 200 a 499 929 10,7 3

De 500 a 999 665 7,6 1

De 1000 a 1999 1451 16,7 1

Mais de 2000 0 0,0 0

População Isolada 621 7,1 -

Total 8712 100,0 106

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

A concentração da população em pequenos aglomerados, anteriormente

referida, é confirmada pelo facto de 80,2% dos lugares existentes no

concelho terem menos de 100 habitantes, nos quais residia 34,3% da

população. À semelhança da estrutura de povoamento que caracteriza a

região em que este concelho se insere, a população isolada é pouco

representativa (7,1% da população residente).

Quanto à evolução da população residente no período 1991-2001, importa

assinalar o crescimento registado pelo principal núcleo urbano do concelho

– a Vila de Mértola –, assim como os declínios dos efectivos populacionais

dos aglomerados de Mina de S. Domingos e Moreanes.

80,2% dos lugares do concelho têm menos de 100 habitantes.

Destaca-se o crescimento da população residente na Vila de Mértola no período 1991-2001.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

42

Figura 11. População residente por lugar (1991 e 2001)

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Nota também para o facto de “no concelho de Mértola encontramos ainda a

particularidade de, na maioria das freguesias, não ser o lugar «sede de

freguesia» aquele que possui maior dimensão demográfica, facto que não é

muito comum no contexto dos espaços rurais de Portugal Continental.

Alguns exemplos claros deste fenómeno são as freguesias de Alcaria

Ruiva, Corte do Pinto, Espírito Santo, Santana de Cambas e S. Miguel do

Pinheiro. Em termos espaciais, também é possível encontrar uma certa

diferenciação intra-concelhia, com o sector centro e nordeste (de um modo

geral, as freguesias de Mértola, Santana de Cambas e Corte do Pinto) a

acolher os principais núcleos urbanos e a registar uma menor dispersão da

população por pequenos núcleos, por oposição à relativa atomização de

lugares no restante território concelhio” (GesSystem, 2007b: 26).

O sector Centro e Nordeste acolhe os principais núcleos urbanos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

43

5.1.2. USO DO SOLO E PARQUE HABITACIONAL

Centrando a análise inerente ao presente ponto do diagnóstico no núcleo

urbano de Mértola, importa referir que este é constituído pela “Vila Velha”

ou Casco Histórico e pela “Vila Nova” – Figura 12. A estas “duas vilas”

correspondem unidades urbanísticas com características distintas, que

influem nos níveis e padrões de mobilidade urbana.

Figura 12. “Vila Velha” e “Vila Nova”

“Vila Velha”

“Vila Nova”

Fonte: elaboração própria, 2007

No Casco Histórico, os arruamentos apresentam um traçado irregular,

“quase labiríntico”, com uma topografia declivosa e vias estreitas. A

orientação dominante dos arruamentos e fachadas dos edifícios é voltada a

Nascente, paralela ao rio Guadiana. “Perpendicularmente a esta

orientação, sentido Sul/Norte, a sinuosidade é mais marcante, um vez que

os arruamentos cortam ortogonalmente a linearidade definida pelos

socalcos constituindo-se mais íngremes” (Câmara Municipal de Mértola,

1999: 9).

A vila de Mértola possui duas unidades urbanísticas distintas – a “Vila Velha” e a “Vila Nova”.

A “Vila Velha” possui um traçado irregular e uma topografia declivosa.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

44

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 1999

Imagem 1. Construção Vernácula

Imagem 2. Construção Erudita

Imagem 3. Construção dos Anos 30/40

Nesta “vila” intramuros identificam-se, essencialmente, três tipos de

morfologias construtivas (cfr. Câmara Municipal de Mértola, 1999: 11-12):

Construções Vernáculas (casas de um

único piso, com apenas uma ou duas

janelas, dispostas de forma simétrica) –

Imagem 1;

Construções Eruditas (geralmente casas

apalaçadas, pertencentes, noutros tempos,

a uma classe social mais abastada) –

Imagem 2;

Construções dos anos 30/40 (construções

de um ou dois pisos, tendo por

característica principal a existência de uma

barra horizontal, bem como a utilização da

cal como “resguardo” para a casa) –

Imagem 3.

Quanto à pavimentação no Casco Histórico, esta

caracteriza-se pela prevalência de materiais e

técnicas tradicionais, facto que lhe confere

homogeneidade (Imagens 4, 5 e 6). Todavia, a

“topografia declivosa do terreno tem forte expressão

na irregularidade dos percursos, a circulação

desenrola-se morfologicamente num encadeamento

de planos que se sucedem aleatoriamente” (Câmara

Municipal de Mértola, 1999: 27).

Por sua vez, a “Vila Nova” corresponde à área de

expansão urbana mais recente, desenvolvendo-se a

Norte do Casco Histórico. É nesta área que se

localiza grande parte dos serviços públicos e equipamentos colectivos,

ainda que alguns preservem a sua localização no Casco Histórico (como é

o caso do edifício dos Paços do Concelho, embora esteja prevista a sua

transferência para um novo edifício a construir junto ao Palácio da Justiça).

Os principais serviços públicos e equipamentos colectivos localizam-se na “Vila Nova”.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

45

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 1999

Imagem 4. Pavimento no Casco Histórico

Imagem 5. Pavimento no Casco Histórico

Imagem 6. Pavimento no Casco Histórico

Em relação aos estabelecimentos comerciais, estes

concentram-se ao longo do Eixo Comercial,

constituído pela Rua Dr. Afonso Costa, Rua Dr.

Serrão Martins, Largo Vasco da Gama e Rua Alves

Redol – Figura 13.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

46

Figura 13. Eixo Comercial da Vila de Mértola

Fonte: Câmara Municipal de Mértola

No que diz respeito ao exame do parque habitacional do concelho de

Mértola, este tem por objectivo a provisão do quadro evolutivo da

construção de edifícios, permitindo perceber as principais áreas de

expansão urbana e respectiva capacidade de alojamento, e assim as áreas

em que a procura de transportes poderá estar a sofrer alterações, tanto

qualitativa como quantitativamente.

Desta forma, constata-se que no período 1991-2001 foram construídos

1.347 novos edifícios no concelho de Mértola, sendo as freguesias de Corte

do Pinto (395 edifícios), Espírito Santo (260 edifícios), Mértola (256

edifícios) e S. Miguel do Pinheiro (156 edifícios) aquelas que registaram a

maior expansão absoluta do parque edificado (Quadro 15 e Figura 14).

A freguesia de Corte do Pinto regista o maior número de edifícios construídos no período 1991-2001.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

47

Quadro 15. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia

Edifícios Construídos Antes de 1919 de 1919 a 1945 de 1946 a 1970 de 1971 a 1990 de 1991 a 2001

Alcaria Ruiva 498 332 62 71 50 Corte do Pinto 531 340 121 447 395 Espírito Santo 57 168 169 271 260 Mértola 978 582 95 335 256 Santana de Cambas 4 804 106 88 83 S. João dos Caldeireiros 224 115 129 123 41 S. Miguel do Pinheiro 251 124 144 214 156 S. Pedro de Sólis 45 34 37 78 47 S. Sebastião dos Carros 5 20 70 150 71 Total 2593 2519 933 1777 1359

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Figura 14. Edifícios construídos por período de construção, por freguesia

!

!

!

!

!!

!

!

!

Mértola

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros

EspíritoSanto

São Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

AlcariaRuiva

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte Antes de 1919

de 1919 a 1945

de 1946 a 1970

de 1971 a 1990

de 1991 a 2001

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

48

Contudo, foi no vinténio precedente (1971-1990) que se registou o maior

crescimento no número de edifícios da segunda metade do século XX na

generalidade das freguesias, contabilizado em 1.777 novas construções.

Ainda assim, 55,7% do parque edificado do concelho é anterior a 1946.

Em 2001, as freguesias de Mértola (2.246 edifícios), Corte do Pinto (1.834

edifícios), Santana de Cambas (1.085 edifícios) e Alcaria Ruiva (1.013

edifícios) eram aquelas que contavam com o maior parque edificado.

Inversamente, S. Pedro de Sólis (241 edifícios) e S. Sebastião dos Carros

(316 edifícios) registavam o menor número de edifícios (Quadro 16).

Esta distribuição apresenta correspondência com o número de alojamentos

familiares e famílias clássicas residentes (Quadro 16), sendo igualmente as

freguesias de Mértola (2.364 alojamentos e 1.154 famílias), Corte do Pinto

(1.844 alojamentos e 485 famílias), Santana de Cambas (1.090

alojamentos e 362 famílias) e Alcaria Ruiva (1.017 alojamentos e 414

famílias) as mais representativas em ambos os indicadores. As freguesias

de S. Pedro de Sólis (241 alojamentos e 132 famílias) e S. Sebastião dos

Carros (317 alojamentos e 126 famílias) contabilizam o menor número de

alojamentos familiares e de famílias clássicas.

Quadro 16. Número de famílias clássicas, alojamentos familiares e edifícios por freguesia (2001)

Famílias Clássicas Alojamentos Familiares Edifícios

Alcaria Ruiva 414 1017 1013 Corte do Pinto 485 1844 1834 Espírito Santo 206 924 925 Mértola 1154 2364 2246 Santana de Cambas 362 1090 1085 S. João dos Caldeireiros 290 632 632 S. Miguel do Pinheiro 386 893 889 S. Pedro de Sólis 132 241 241 S. Sebastião dos Carros 126 317 316 Total 3555 9322 9181

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Dados mais recentes (2006), relativos às licenças concedidas pela

autarquia para a construção de novas habitações familiares no concelho

(Quadro 17), mostram o licenciamento de 39 novos fogos, sendo as

tipologias T2 (12 fogos) e T3 (13 fogos) as predominantes.

55,8% do parque edificado do concelho é anterior a 1946.

As freguesias de Mértola, Corte do Pinto, Santana de Cambas e Alcaria Ruiva apresentavam o maior parque edificado.

Nas licenças concedidas a partir de 2006 predominam os T2 e T3.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

49

Quadro 17. Número de fogos licenciados e fogos concluídos para habitação familiar, por tipologia de fogo (2006)

Tipologia do fogo Nº de fogos licenciados Nº de fogos concluídos

T0 ou T1 10 4

T2 12 13

T3 13 6

T4 ou mais 4 2

Total 39 25

Fonte: INE, Estatísticas da Construção e Habitação – 2006, 2007.

Neste mesmo ano (2006), foram concluídos 25 fogos para habitação

familiar, 52,0% dos quais de tipologia T2 e apenas 8,0% de tipologia T4 ou

superior.

5.2. SERVIÇOS DE HIERARQUIA SUPERIOR

Tendo em conta que um lugar central se apresenta como “um centro

urbano que presta funções centrais para a sua área periférica” (INE, 2004),

a qual também se denomina de área de influência, a Vila de Mértola,

assume-se como núcleo central e polarizador de todo o concelho, em

resultado da localização dos principais equipamentos e funções públicas e

privadas.

Corroborando este entendimento, o Relatório Sectorial do PDM de Mértola

relativo à rede urbana refere que “Mértola é um concelho paradigmático

enquanto espaço de baixa densidade demográfica (mas também funcional)

onde, à excepção da sede de concelho, não existem aglomerados com

capacidade de polarizar de forma intensa o espaço envolvente, de modo

que a «rede urbana» é bastante débil e está constituída essencialmente por

uma proliferação de núcleos de baixo nível hierárquico ao longo do território

concelhio. Mesmo assim, esta distribuição não é uniforme e existem

extensos sectores do Concelho desprovidos de qualquer tipo de núcleo

urbano de nível intermédio” (GesSystem, 2007a: 21).

Este documento acrescenta ainda que “numa tentativa de descrever os

elementos da hierarquia urbana que podem alimentar a definição de um

modelo territorial temos claramente, em primeiro lugar, Mértola como o

núcleo central e vertebrador de todo o Concelho. Para além deste,

Com a excepção da sede concelho, não existem aglomerados com capacidade de polarizar de forma intensa o espaço envolvente.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

50

podemos destacar ainda, por concentrarem um número relevante de

aglomerados de nível intermédio, o sector Nordeste (Corte do Pinto, Mina

de São Domingos, Santana de Cambas, Moreanes e Corvos) e o eixo

Sudoeste da Nacional 122 (Vale de Açor de Baixo, Azinhal, Algodôr, Alcaria

Ruiva e Corte da Velha)” (GesSystem, 2007a: 21) – Figura 15.

Figura 15. Proposta de Hierarquia Urbana para o concelho de Mértola

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Relativamente aos principais equipamentos e funções públicas e privadas

que se constituem como pólos atractores, e que reforçam a posição da Vila

de Mértola na rede urbana concelhia, importa destacar:

O sector Nordeste do concelho, concentra alguns aglomerados de nível intermédio.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

51

A nível escolar: Escola 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico/Ensino

Secundário;

A nível da saúde: Centro de Saúde de Mértola, Farmácias;

A nível administrativo: Serviços Municipais, Tribunal, Repartição de

Finanças;

A nível cultural: Biblioteca Municipal;

A nível desportivo: Piscina Coberta; Pavilhões/Salas de Desporto.

A nível económico: empresas e estabelecimentos localizados na

sede de concelho, Zona Industrial de Mértola.

Ao nível regional, o “sistema urbano [do Alentejo] enquadra-se num

território rural extenso de fraca densidade, constituindo uma estrutura

fundamental de organização territorial e de resistência ao processo de

recessão demográfica. É uma estrutura urbana débil, constituída por um

número reduzido de centros urbanos de dimensão média (10 a 50 mil

habitantes)” (CCDRA, 2007: 64).

O concelho de Mértola, território de charneira relativamente às regiões da

Andaluzia (Espanha) e do Sotavento Algarvio, insere-se no sistema urbano

estruturado por Beja, núcleo que se assume como o principal centro urbano

do Baixo Alentejo (centro urbano regional) – Figura 16.

Esta estruturação, patente na hierarquia de centros urbanos apresentada

na Figura 17, reflecte, entre outros factores, o espectro das funções que os

mesmos prestam. Atendendo a que os centros de ordem superior prestam

funções mais especializadas, é expectável a indução de deslocações para

estes centros a partir dos centros de ordem inferior, de modo a aceder a

estes serviços.

O sistema urbano do Alentejo é uma estrutura débil, constituída por um número reduzido de centros urbanos de dimensão média.

É expectável a indução de deslocações para centros de ordem superior, a partir dos centros de ordem inferior, de modo a aceder a serviços especializados.

Mértola insere-se no sistema urbano estruturado por Beja, núcleo que se assume como o principalcentro urbano do Baixo Alentejo.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

52

Figura 16. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo

Fonte: CCDRA, Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

53

Figura 17. Modelo Territorial do Sistema Urbano da Região Alentejo

Fonte: CCDRA, Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

54

Neste sentido, e face à dificuldade de captar e interpretar a complexidade

das relações e dependências funcionais deste sistema urbano, optou-se

por considerar apenas as deslocações motivadas pela necessidade de

recurso aos serviços prestados pelo Hospital José Joaquim Fernandes

(Centro Hospitalar do Baixo Alentejo), visto que, como observável na Figura

18, o concelho encontra-se na área de influência desta unidade. Esta opção

decorre do entendimento acerca da importância em assegurar as condições

de transporte que permitam o acesso de toda a população aos serviços

clínicos (nas várias especialidades e unidades) aí prestados.

Figura 18. Deslocações a Hospitais Centrais na Região Alentejo

Fonte: INE, Carta de Equipamentos e de Serviços de Apoio à População – Região do Alentejo, 2002

O concelho encontra-se na área de influência do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja (Centro Hospitalar do Baixo Alentejo).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

55

6. CARACTERIZAÇÃO DA PROCURA DE TRANSPORTE

6.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS DESLOCAÇÕES

A análise dos padrões de mobilidade da população empregada e estudante

baseia-se nos resultados do XIII e XIV Recenseamentos Gerais da

População (1991 e 2001, respectivamente). O desenvolvimento desta

análise, no contexto do presente estudo, decorre da necessidade de:

Perceber a dimensão e direcção dos movimentos originados e

atraídos pelo concelho de Mértola;

Identificar os modos de transporte utilizados nas deslocações;

Conhecer os tempos médios de deslocação.

6.1.1. ANÁLISE GLOBAL DAS DESLOCAÇÕES CONCELHIAS

Face a 1991, as deslocações no concelho de Mértola apresentaram uma

variação positiva de 33,5% (Quadro 18). Com a excepção das freguesias

de Espírito do Santo e S. Sebastião dos Carros, que registaram uma

variação negativa (-5,1% e -2,0%, respectivamente), nas restantes

freguesias ocorreu um aumento do número de deslocações. Destaca-se a

freguesia de S. João dos Caldeiros com um aumento de 143,2%.

Em 2001, as freguesias que geravam maiores fluxos eram Mértola (1.494

deslocações), Alcaria Ruiva (442 deslocações) e Corte do Pinto (360

deslocações). As freguesias de S. Sebastião dos Carros (96 deslocações),

S. Pedro de Sólis (116 deslocações) e Espírito Santo (130 deslocações)

apresentavam o menor número de deslocações no conjunto das freguesias

do concelho de Mértola.

Entre 1991 e 2001, as deslocações no concelho de Mértola apresentaram uma variação positiva.

Em 2001 a freguesia de Mértola era a que gerava o maior número de deslocações.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

56

Quadro 18. Evolução do total das deslocações no concelho de Mértola (1991-2001)

Total de Deslocações Taxa de Variação 1991 2001 1991-2001

Mértola 2591 3459 33,5 Alcaria Ruiva 298 442 48,3 Corte do Pinto 289 360 24,6 Espírito Santo 137 130 -5,1 Mértola 1077 1494 38,7 Santana de Cambas 240 289 20,4 S. João dos Caldeireiros 111 270 143,2 S. Miguel do Pinheiro 245 262 6,9 S. Pedro de Sólis 96 116 20,8 S. Sebastião dos Carros 98 96 -2,0

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.1.1. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS

As deslocações intra-concelhias (Quadro 19) representavam, em 2001,

90,0% do total de deslocações com origem no concelho de Mértola.

Comparativamente com 1991, estas deslocações mantêm

aproximadamente a mesma importância relativa (embora em termos

absolutos se verifique um acréscimo de 789 deslocações com origem e

destino no próprio concelho), não se registando assim alterações

significativas na distribuição relativa do destino dos fluxos.

Quadro 19 Evolução das deslocações intra-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001)

Total de Deslocações

Deslocações Intra- concelhias

% Deslocações Intra-concelhias

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Mértola 2591 3459 2325 3114 89,7 90,0 Alcaria Ruiva 298 442 244 358 81,9 81,0 Corte do Pinto 289 360 270 329 93,4 91,4 Espírito Santo 137 130 128 130 93,4 100,0 Mértola 1077 1494 1014 1400 94,2 93,7 Santana de Cambas 240 289 217 264 90,4 91,4 S. João dos Caldeireiros 111 270 100 223 90,1 82,6 S. Miguel do Pinheiro 245 262 171 218 69,8 83,2 S. Pedro de Sólis 96 116 91 102 94,8 87,9 S. Sebastião dos Carros 98 96 90 90 91,8 93,8

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

As deslocações intra-concelhias representavam 90,0% do total de deslocações.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

57

Ao nível das freguesias (Quadro 19 e Figuras 19 e 20), Espírito Santo

(100,0%), S. Sebastião dos Carros (93,8%) e Mértola (93,7%)

apresentavam, em 2001, a maior proporção de deslocações intra-

concelhias relativamente ao total de deslocações geradas pela freguesia.

Ainda assim, face a 1991, a representatividade destas deslocações

aumentou apenas em quatro freguesias (Espírito Santo, Santana de

Cambas, S. Miguel do Pinheiro e S. Sebastião dos Carros), registando-se

decréscimos relativos nas restantes.

Figura 19. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 1991

!

!

!

!

!!

!

!

!

Mértola

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros

EspíritoSanto

São Migueldo Pinheiro São João dos

Caldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

AlcariaRuiva

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Deslocações Intra-Concelhias

Deslocações Inter-Concelhias

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

As freguesias de Espírito Santo, S. Sebastião dos Carros e Mértola apresentavam a maior proporção de deslocações intra-concelhias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

58

Figura 20. Deslocações intra e inter-concelhias por freguesia (%) – 2001

!

!

!

!

!!

!

!

!

Mértola

São Pedrode Solis

São Sebastiãodos Carros

EspíritoSanto

São Migueldo Pinheiro São João dos

Caldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

AlcariaRuiva

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Deslocações Intra-Concelhias

Deslocações Inter-Concelhias

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à origem destas deslocações (Quadro 20 e Figura 21), os principais

fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias de Mértola (1400

deslocações – 45,0% do total de deslocações), Alcaria Ruiva (358

deslocações – 11,5% do total de deslocações) e Corte do Pinto (10,6% –

329 deslocações), representativas de 67,1% das deslocações intra-

concelhias. Por sua vez, S. Sebastião dos Carros (90 deslocações – 2,9%

do total de deslocações), Espírito Santo (130 deslocações – 4,2% do total

de deslocações) e S. Pedro de Sólis (102 deslocações – 3,3% do total de

deslocações), constituíam-se como as freguesias com menor importância

nestes fluxos.

Os principais fluxos são gerados pela freguesia de Mértola (45,0%).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

59

Quadro 20. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Alcaria Ruiva 10,5 11,5 Corte do Pinto 11,6 10,6 Espírito Santo 5,5 4,2 Mértola 43,6 45,0 Santana de Cambas 9,3 8,5 S. João dos Caldeireiros 4,3 7,2 S. Miguel do Pinheiro 7,4 7,0 S. Pedro de Sólis 3,9 3,3 S. Sebastião dos Carros 3,9 2,9

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Figura 21. Origem das deslocações intra-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

!

!

!!

!

!

!

!

!!

!

!

!

!

!

!

!

!

MartimLongo

Giões

PereiroSantaCruz

AlcoutimSão Pedrode Solis

Senhora daGraça dePadrões São Sebastião

dos Carros

EspíritoSanto

São Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

São Marcosda Ataboeira

AlcariaRuiva

Albernoa

Mértola

11,6 <> 10,6

9,3 <> 8,54,3 <> 7,2

5,5 <> 4,2

3,9 <> 2,9

43,6 <> 45

10,5 <> 11,5

3,9 <> 3,3

7,4 <> 7

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte Deslocações (%)

1991

2001

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

60

6.1.1.2. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

As deslocações inter-concelhias (Quadro 21) cifraram-se, em 2001, em

apenas 345 deslocações, sofrendo um ligeiro aumento, em termos

absolutos, face a 1991 – um acréscimo de 76 deslocações. Embora tendo-

se registado um acréscimo absoluto do número de deslocações inter-

concelhias, em termos relativos, ocorreu uma ligeira perda da

representatividade destes fluxos em relação a 1991 (-0,3%). Conclui-se,

portanto, que as deslocações com origem em Mértola tinham como destino

preferencial, em 1991, o próprio concelho, sendo esta tendência reforçada

em 2001.

Quadro 21. Evolução das deslocações inter-concelhias no concelho de Mértola (1991 e 2001)

Total de Deslocações

Deslocações Inter-concelhias

% Deslocações Inter-concelhias

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Mértola 2591 3459 266 345 10,3 10,0 Alcaria Ruiva 298 442 54 84 18,1 19,0 Corte do Pinto 289 360 19 31 6,6 8,6 Espírito Santo 137 130 9 0 6,6 0,0 Mértola 1077 1494 63 94 5,9 6,3 Santana de Cambas 240 289 23 25 9,6 8,7 S. João dos Caldeireiros 111 270 11 47 9,9 17,4 S. Miguel do Pinheiro 245 262 74 44 30,2 16,8 S. Pedro de Sólis 96 116 5 14 5,2 12,1 S. Sebastião dos Carros 98 96 8 6 8,2 6,3

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Ao nível das freguesias, e com a excepção de Espírito Santo, S. Miguel do

Pinheiro e S. Sebastião dos Carros, que registaram uma diminuição das

deslocações inter-concelhias, nas restantes freguesias houve um aumento

do número de deslocações que tiveram como destino outros concelhos.

Contudo, como se observa no Quadro 21 e nas Figuras 19 e 20, para além

das freguesias que registaram uma redução do fluxo inter-concelhio,

também em Santana de Cambas estas deslocações perderam

representatividade (passando de 9,6% em 1991 para 8,7% em 2001). Certo

é que Espírito Santo, S. Miguel do Pinheiro e S. Sebastião dos Carros

foram as freguesias que maior pressão exerceram para a ocorrência de um

decréscimo da representatividade das deslocações inter-concelhias no

concelho de Mértola.

As deslocações com origem em Mértola tinham como destino preferencial, em 1991, o próprio concelho, sendo esta tendência reforçada em 2001.

No período 1991-2001 ocorreu um decréscimo da representatividade das deslocações inter-concelhias na maior parte das freguesias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

61

Quanto à origem das deslocações inter-concelhias (Quadro 22 e Figura 22),

os principais fluxos eram gerados, em 2001, pelas freguesias de Mértola

(94 deslocações – 27,2% do total de deslocações), Alcaria Ruiva (84

deslocações - 24,3% do total de deslocações) e S. João dos Caldeireiros

(47 deslocações – 13,6% do total de deslocações), representativas de

65,1% das deslocações inter-concelhias. Por outro lado, Espírito Santo

(sem qualquer deslocação), S. Sebastião dos Carros (6 deslocações –

1,7% das deslocações) e S. Pedro Sólis (14 deslocações – 4,1% do total de

deslocações) representavam apenas 5,8% (20 deslocações) do total de

deslocações para o exterior do concelho.

Quadro 22. Origem das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Alcaria Ruiva 20,3 24,3 Corte do Pinto 7,1 9,0 Espírito Santo 3,4 0,0 Mértola 23,7 27,2 Santana de Cambas 8,6 7,2 S. João dos Caldeireiros 4,1 13,6 S. Miguel do Pinheiro 27,8 12,8 S. Pedro de Sólis 1,9 4,1 S. Sebastião dos Carros 3,0 1,7

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

A maioria das deslocações inter-concelhias tinha origem nas freguesias de Mértola, Alcaria Ruiva e S. João dos Caldeireiros.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

62

Figura 22. Distribuição das deslocações inter-concelhias por freguesia (1991 e 2001)

!

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!!

!

!

!

!

!!

!

!

!

!

!

!

!

!

MartimLongo

Giões

PereiroSantaCruz

AlcoutimSão Pedrode Solis

Senhora daGraça dePadrões São Sebastião

dos Carros

EspíritoSanto

São Migueldo Pinheiro

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

São Marcosda Ataboeira

AlcariaRuiva

Albernoa

Mértola

7,1 <> 9

8,6 <> 7,2

4,1 <> 13,6

3,4 <> 0

3,0 <> 1,7

23,7 <> 27,2

20,3 <> 24,3

1,9 <> 4,1

27,8 <> 12,8

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte Deslocações (%)

1991

2001

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.2. ANÁLISE DOS FLUXOS POR MOTIVO DE TRABALHO

6.1.2.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS

As deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (Quadro 23)

representavam, em 2001, 88,4% do total das deslocações por motivo de

trabalho com origem no concelho de Mértola.

Atentando na proporção de deslocações intra-concelhias por motivo de

trabalho por freguesia, observa-se que, em 2001, os valores mais elevados

eram ostentados por Mértola (93,6%), Santana de Cambas (93,6%) e S.

As freguesias de Mértola, Santana de Cambas e S. Sebastião dos Carros apresentavam as maiores proporções de deslocações intra-concelhias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

63

Sebastião dos Carros (93,3%). As freguesias em que as deslocações intra-

concelhias averbavam menor preponderância eram S. João dos

Caldeireiros (78,4%), S. Miguel do Pinheiro (78,2%) e Alcaria Ruiva

(77,3%).

Face a 1991, os maiores acréscimos relativos nas deslocações com origem

e destino no concelho de Mértola foram registados por S. João dos

Caldeireiros, Alcaria Ruiva e Mértola (com 91,0%, 31,3% e 15,0%,

respectivamente), enquanto que em Espírito Santo (-10,9%), S. Pedro de

Sólis (-7,3%) e S. Sebastião dos Carros (-6,7%) esta evolução foi

declinante.

Quadro 23. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001)

Total de Deslocações por

motivo de trabalho

Deslocações Intra-concelhias por

motivo de trabalho

% Deslocações Intra-concelhias por motivo

de trabalho

Taxa de Variação

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991-2001

Mértola 2112 2462 1895 2176 89,7 88,4 14,8 Alcaria Ruiva 229 331 195 256 85,2 77,3 31,3 Corte do Pinto 213 243 200 221 93,9 90,9 10,5 Espírito Santo 107 99 101 90 94,4 90,9 -10,9 Mértola 912 1054 858 987 94,1 93,6 15,0 Santana de Cambas 197 203 181 190 91,9 93,6 5,0 S. João dos Caldeireiros 88 190 78 149 88,6 78,4 91,0 S. Miguel do Pinheiro 212 193 140 151 66,0 78,2 7,9 S. Pedro de Sólis 86 89 82 76 95,3 85,4 -7,3 S. Sebastião dos Carros 68 60 60 56 88,2 93,3 -6,7

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

No que se refere à origem dos fluxos intra-concelhios por motivo de

trabalho (Quadro 24), os principais contributos advinham, em 2001, das

freguesias de Mértola (987 deslocações – 45,4% do total de deslocações),

Alcaria Ruiva (256 deslocações – 11,8% do total de deslocações) e Corte

do Pinto (221 deslocações – 10,2% do total de deslocações). Por sua vez,

Espírito Santo (90 deslocações – 4,1% do total de deslocações), S. Pedro

de Solis (76 deslocações – 3,5% do total de deslocações) e S. Sebastião

dos Carros (56 deslocações – 2,6% do total de deslocações), eram as

freguesias que menos deslocações geravam com destino no concelho de

Mértola.

A freguesia de Mértola apresentava-se como a principal geradora de deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho (45,4%).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

64

Comparativamente com 1991, não se registaram, em termos relativos,

alterações significativas na origem das deslocações, destacando-se

contudo S. João dos Caldeireiros que, passando de 4,1% para 6,8%, vê

reforçado o seu peso no cômputo das deslocações intra-concelhias. Quanto

às freguesias com os fluxos mais representativos em 2001 – Alcaria Ruiva

e Mértola – verifica-se que estas acabam por reforçar, ainda que

ligeiramente, a importância que detinham em 1991, isto em resultado de um

aumento de 61 e 129 deslocações, respectivamente.

Quadro 24. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Alcaria Ruiva 10,3 11,8 Corte do Pinto 10,6 10,2 Espírito Santo 5,3 4,1 Mértola 45,3 45,4 Santana de Cambas 9,6 8,7 S. João dos Caldeireiros 4,1 6,8 S. Miguel do Pinheiro 7,4 6,9 S. Pedro de Sólis 4,3 3,5 S. Sebastião dos Carros 3,2 2,6

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.2.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

As deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho com origem no

município de Mértola (Quadro 25) registaram, entre 1991 e 2001, um

acréscimo de 31,8%, aumentando a sua representatividade em 1,3% no

conjunto das deslocações por motivo de trabalho geradas pelo concelho

(passando de 10,3% em 1991 para 11,6% em 2001). Verifica-se assim que

apenas uma pequena parte dos residentes em Mértola desloca-se para fora

do concelho para exercer a sua actividade profissional. Numa primeira

análise, estes dados são indiciadores da capacidade do concelho em reter

internamente os fluxos da população, através da oferta de postos de

trabalho, visto que apenas uma pequena parte das deslocações é exercida

para fora do mesmo. Importa, contudo, ponderar a situação geográfica e

extensão territorial do município como factores condicionadores das

Apenas uma pequena parte dos residentes em Mértola deslocava-se para fora do concelho para exercer a sua actividade profissional.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

65

deslocações inter-concelhias, assim como as acessibilidades e qualidade

da oferta dos transportes públicos.

Quadro 25. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de trabalho (1991-2001)

Total de Deslocações por

motivo de trabalho

Deslocações Inter-concelhias por

motivo de trabalho

% Deslocações Inter-concelhias por motivo

de trabalho

Taxa de Variação

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991-2001

Mértola 2112 2462 217 286 10,3 11,6 31,8 Alcaria Ruiva 229 331 34 75 14,8 22,7 120,6 Corte do Pinto 213 243 13 22 6,1 9,1 69,2 Espírito Santo 107 99 6 9 5,6 9,1 50,0 Mértola 912 1054 54 67 5,9 6,4 24,1 Santana de Cambas 197 203 16 13 8,1 6,4 -18,8 S. João dos Caldeireiros 88 190 10 41 11,4 21,6 310,0 S. Miguel do Pinheiro 212 193 72 42 34,0 21,8 -41,7 S. Pedro de Sólis 86 89 4 13 4,7 14,6 225,0 S. Sebastião dos Carros 68 60 8 4 11,8 6,7 -50,0

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Atentando na proporção de deslocações inter-concelhias por freguesia

(Quadro 25), observa-se que, em 2001, os valores mais elevados eram

ostentados pelas freguesias de Alcaria Ruiva (22,7%), S. Miguel do

Pinheiro (21,8%), S. João dos Caldeireiros (21,6%) e S. Pedro de Sólis

(14,6%), isto é, as freguesias do sector Oeste do concelho de Mértola. As

freguesias em que as deslocações inter-concelhias averbavam menor peso

relativo eram S. Sebastião dos Carros (6,7%), Mértola (6,4%) e Santana de

Cambas (6,4%).

No referente à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 26), as

freguesias que, em 2001, mais contribuíram para o fluxo exógeno por

motivo de trabalho foram Alcaria Ruiva (75 deslocações – 26,2% do total de

deslocações), Mértola (67 deslocações – 23,4% do total de deslocações),

S. Miguel do Pinheiro (42 deslocações - 14,7% do total de deslocações) e

S. João dos Caldeireiros (41 deslocações – 14,3% do total de

deslocações). Por sua vez, São Pedro Sólis (13 deslocações – 4,5% do

total de deslocações), Espírito Santo (9 deslocações – 3,1% do total de

deslocações) e S. Sebastião dos Carros (4 deslocações – 1,4% do total de

Nas deslocações inter-concelhias por freguesia, os valores mais elevados eram ostentados pelas freguesias do sector Oeste do concelho.

Quanto à origem dos fluxos inter-concelhios, as freguesias que, em 2001, mais contribuíram para o fluxo exógeno por motivo de trabalho foram Alcaria Ruiva, Mértola, S. Miguel do Pinheiro e S. João dos Caldeireiros.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

66

deslocações) eram as freguesias que menos deslocações geravam para

fora do concelho de Mértola.

Quadro 26. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de trabalho por freguesia

(1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Alcaria Ruiva 15,7 26,2 Corte do Pinto 6,0 7,7 Espírito Santo 2,8 3,1 Mértola 24,9 23,4 Santana de Cambas 7,4 4,5 S. João dos Caldeireiros 4,6 14,3 S. Miguel do Pinheiro 33,2 14,7 S. Pedro de Sólis 1,8 4,5 S. Sebastião dos Carros 3,7 1,4

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Comparativamente com 1991, destaca-se a perda de importância relativa

dos fluxos gerados pela freguesia de S. Miguel do Pinheiro (de 33,2% para

14,7%) e o reforço das deslocações com origem em S. João dos

Caldeireiros (de 4,6% para 14,3%) e Alcaria Ruiva (de 15,7% para 26,2%).

Quanto às freguesias com os fluxos mais representativos em 2001 – Alcaria

Ruiva e Mértola –, verifica-se que estas acabam por reforçar a importância

relativa que detinham em 1991, isto em resultado de um aumento de 41 e

13 deslocações, respectivamente.

6.1.3. ANÁLISE DAS DESLOCAÇÕES POR MOTIVO DE ESTUDO

6.1.3.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS

As deslocações intra-concelhias por motivo de estudo no município de

Mértola sofreram, entre 1991 e 2001, um acréscimo de 115,8% (498

deslocações), aumentando a sua representatividade de 89,8% para 93,1%

no total de deslocações por motivo de estudo (Quadro 27). Verifica-se

assim que, em 2001, a maioria dos estudantes (93,1%) residentes no

concelho de Mértola deslocava-se no interior do concelho para frequentar

um estabelecimento de ensino.

Em 2001, 93,1% dos estudantes residentes no concelho de Mértola deslocava-se no interior do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

67

Ao nível das freguesias (Quadro 27), S. João dos Caldeireiros (236,4%), S.

Pedro de Sólis (188,9%) e Mértola (164,7%) apresentaram, no período em

estudo, a maior variação das deslocações no interior do concelho. Contudo,

eram as freguesias de Espírito Santo (96,8%), S. Miguel do Pinheiro

(97,1%), S. Pedro de Sólis (96,3%) e S. Sebastião dos Carros (94,4%)

aquelas que ostentavam a maior proporção de deslocações por motivo de

estudo no interior do concelho relativamente ao total de deslocações por

motivo de estudo geradas pela freguesia. Importa ainda referir que era a

freguesia de Mértola (413 deslocações) aquela que mais contribuía para o

fluxo intra-concelhio de estudantes.

Face a 1991, registou-se um acréscimo, em todas as freguesias do

concelho, do número de estudantes que se deslocava internamente,

salientando-se contudo o caso de S. Miguel do Pinheiro em que a quase

totalidade dos estudantes (97,1%) se deslocava no interior do concelho.

Quadro 27. Evolução das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (1991-2001)

Total de deslocações por motivo de estudo

Deslocações intra-concelhias por

motivo de estudo

% Deslocações intra-concelhias por

motivo de estudo

Taxa de Variação

1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991-2001

Mértola 479 997 430 928 89,8 93,1 115,8Alcaria Ruiva 69 111 49 102 71,0 91,9 108,2 Corte do Pinto 76 117 70 108 92,1 92,3 54,3 Espírito Santo 30 31 27 30 90,0 96,8 11,1 Mértola 165 440 156 413 94,5 93,9 164,7 Santana de Cambas 43 86 36 74 83,7 86,0 105,6 S. João dos Caldeireiros 23 80 22 74 95,7 92,5 236,4 S. Miguel do Pinheiro 33 69 31 67 93,9 97,1 116,1 S. Pedro de Sólis 10 27 9 26 90,0 96,3 188,9 S. Sebastião dos Carros 30 36 30 34 100,0 94,4 13,3

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quanto à origem destas deslocações (Quadro 28), os principais fluxos eram

gerados, em 2001, pelas freguesias de Mértola (413 deslocações – 44,5%

do total de deslocações), Corte do Pinto (108 deslocações – 11,6% do total

de deslocações) e Alcaria Ruiva (102 deslocações – 11,0% do total de

deslocações), representativas de 67,1% das deslocações. Por sua vez, S.

Sebastião dos Carros (34 deslocações – 3,7% do total de deslocações),

Espírito Santo (30 deslocações – 3,2% do total de deslocações) e S. Pedro

A freguesia de Mértola era a que mais contribuía para o fluxo intra-concelhio de estudantes.

A freguesia de Mértola apresentava o maior fluxo de deslocações intra-concelhias por motivo de estudo (44,5% do total de deslocações).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

68

Sólis (26 deslocações – 2,8% do total de deslocações) constituíam-se como

as freguesias com menor importância nestes fluxos.

Quadro 28. Origem das deslocações intra-concelhias por motivo de estudo por freguesia

(1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Alcaria Ruiva 11,4 11,0 Corte do Pinto 16,3 11,6 Espírito Santo 6,3 3,2 Mértola 36,3 44,5 Santana de Cambas 8,4 8,0 S. João dos Caldeireiros 5,1 8,0 S. Miguel do Pinheiro 7,2 7,2 S. Pedro de Sólis 2,1 2,8 S. Sebastião dos Carros 7,0 3,7

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.3.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS

As deslocações inter-concelhias por motivo de estudo com origem no

concelho de Mértola (Quadro 29) registaram, em 2001, um acréscimo, em

termos absolutos, de 20 deslocações, tendo, todavia, sofrido uma quebra

em termos relativos (de 10,2% para 6,9%) no cômputo das deslocações

efectuadas por estudantes. Verifica-se, portanto, que o número de

estudantes que saía do concelho para frequentar um estabelecimento de

ensino era relativamente reduzido (69 estudantes – 6,9% do total de

deslocações efectuadas por estudantes).

Analisando a proporção de deslocações inter-concelhias no total das

deslocações por motivo de estudo geradas por freguesia (Quadro 29),

observa-se que, em 2001, Santana de Cambas (14,0%), Alcaria Ruiva

(8,1%) e Corte do Pinto (7,7%) ostentavam os valores mais elevados –

freguesias do sector Norte do concelho de Mértola. Por sua vez, S. Pedro

de Sólis (3,7%), Espírito Santo (3,2%) e S. Miguel do Pinheiro (2,9%)

apresentavam-se como as freguesias com menor peso das deslocações

inter-concelhias.

O número de estudantes que saía do concelho para frequentar um estabelecimento de ensino era relativamente reduzido (6,9%).

A freguesia de Santana de Cambas ostentava a maior percentagem de deslocações inter-concelhias no total das deslocações por motivo de estudo.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

69

Face a 1991, com a excepção das freguesias de Mértola, S. João dos

Caldeireiros e S. Sebastião dos Carros, que registaram um acréscimo

relativo no que concerne às deslocações inter-concelhias, as restantes

freguesias averbaram diminuições, mais ou menos significativas, das

deslocações para o exterior do concelho.

Quadro 29. Evolução das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo (1991 e 2001)

Total de deslocações por motivo de estudo

Deslocações inter-concelhias por

motivo de estudo

% Deslocações inter-concelhias por

motivo de estudo

1991 2001 1991 2001 1991 2001

Mértola 479 997 49 69 10,2 6,9 Alcaria Ruiva 69 111 20 9 29,0 8,1 Corte do Pinto 76 117 6 9 7,9 7,7 Espírito Santo 30 31 3 1 10,0 3,2 Mértola 165 440 9 27 5,5 6,1 Santana de Cambas 43 86 7 12 16,3 14,0 S. João dos Caldeireiros 23 80 1 6 4,3 7,5 S. Miguel do Pinheiro 33 69 2 2 6,1 2,9 S. Pedro de Sólis 10 27 1 1 10,0 3,7 S. Sebastião dos Carros 30 36 0 2 0,0 5,6

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

No respeitante à origem dos fluxos inter-concelhios (Quadro 30), em 2001,

Mértola (39,1%) e Santana de Cambas (17,4%) foram as freguesias que

mais deslocações geraram para o exterior do concelho de Mértola. Por sua

vez, S. Miguel do Pinheiro (2,9%), S. Sebastião dos Carros (2,9%), S.

Pedro de Sólis (1,4%) e Espírito Santo (1,4%) foram as freguesias que

menos contribuíram para as deslocações inter-concelhias por motivo de

estudo.

Comparativamente com 1991, destaca-se a perda de importância relativa

dos fluxos gerados pela freguesia de Alcaria Ruiva (de 40,8% para 13,0%)

e o reforço das deslocações com origem em Mértola (de 18,4% para

39,1%) e Santana de Cambas (de 14,3% para 17,4%). Com efeito, as

freguesias com os fluxos mais representativos em 2001 – Mértola e

Santana de Cambas – vêem a sua influência relativa reforçada face a 1991,

consubstanciando um acréscimo de 18 e 5 deslocações, respectivamente.

As freguesias de Mértola e Santana de Cambas eram as que mais deslocações geravam para o exterior do concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

70

Quadro 30. Origem das deslocações inter-concelhias por motivo de estudo por freguesia (1991 e 2001)

% Deslocações

1991 2001

Alcaria Ruiva 40,8 13,0 Corte do Pinto 12,2 13,0 Espírito Santo 6,1 1,4 Mértola 18,4 39,1 Santana de Cambas 14,3 17,4 S. João dos Caldeireiros 2,0 8,7 S. Miguel do Pinheiro 4,1 2,9 S. Pedro de Sólis 2,0 1,4 S. Sebastião dos Carros 0,0 2,9

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

6.1.4 DESTINOS DAS DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS POR MOTIVO DE

TRABALHO E ESTUDO

Na análise dos destinos dos fluxos inter-concelhios, considerou-se a

população activa e a estudante que se deslocava para o exterior do

concelho de Mértola para o exercício da sua actividade laboral ou

frequência de um estabelecimento de ensino. Esta análise permite avaliar a

capacidade de atracção dos concelhos limítrofes ou outros mais afastados

sobre a população residente no concelho de Mértola.

Considerando a Figura 23 que apresenta as deslocações inter-concelhias

com origem em Mértola, em 2001, atesta-se da forte capacidade de

atracção dos concelhos de Beja (129 deslocações), Castro Verde (65

deslocações) e Serpa (26 deslocações). A atractividade exercida por estes

concelhos deve-se não apenas à existência de importantes pólos atractores

pela sua capacidade de criação de emprego e de captação de população

escolar, mas também à proximidade territorial relativamente a Mértola

(note-se que estes concelhos são concelhos limítrofes de Mértola) e às

acessibilidades existentes.

Para além destas deslocações, importa ainda assinalar, pela sua dimensão,

os fluxos destinados ao concelho de Almodôvar (11 deslocações) e aos

concelhos algarvios de Alcoutim (19 deslocações), Faro (17 deslocações) e

Loulé (13 deslocações). Refira-se também a polarização exercida pela

Os concelhos de Beja, Castro Verde e Serpa exerciam a maior atractividade sobre a população residente no concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

71

cidade de Lisboa que, não obstante a distância, atrai 14 deslocações por

motivo de trabalho e estudo.

Face a 1991 – ver Anexo II – verifica-se, em 2001, a manutenção ou

reforço de grande parte dos fluxos mais representativos. Atentando no fluxo

quantitativamente mais relevante (Mértola – Beja), este acabou por registar

o acréscimo mais significativo, consubstanciado em 56 deslocações. No

conjunto dos fluxos mais representativos, os concelhos de Faro (-23

deslocações) e Loulé (-13 deslocações) são aqueles que registam maiores

perdas de atractividade.

Com a excepção de Almodôvar que registou um decréscimo das

deslocações provenientes de Mértola – de 15 deslocações em 1991 para

11 deslocações em 2001 –, os restantes concelhos limítrofes registaram um

acréscimo das mesmas.

É ainda importante referir que as deslocações com destino a Lisboa foram

reforçadas em 2001, contando com um acréscimo de duas deslocações (de

12 para 14 deslocações), sendo estes dados ilustrativos da capacidade de

atracção da capital do país.

Entre 1991 e 2001, verificou-se um acréscimo das deslocações entre Mértola e Beja.

As deslocações com destino em Lisboa foram reforçadas em 2001.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

72

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!! !!

!!

!!

LOULÉ(13)

OLHÃO(3)

FARO(17)

PORTIMÃO(5)

BEJA(129)

REDONDO(3)

ALCOUTIM(19)

ALMODOVAR(11)

CASTROVERDE(65)

OURIQUE(3)

ALJUSTREL(7)

SERPA(26)

GRÂNDOLA(3)

SETÚBAL(3)

ÉVORA(7)

LISBOA(14)

PORTALEGRE(4)

MÉRTOLA

8°W9°W

39°N

38°N

37°N

Deslocações

3 - 10

11 - 30

31 - 60

61 - 129

0 20km

(iNort e

Figura 23. Destinos das deslocações inter-concelhias (2001)

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

6.1.5. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS COM DESTINO NO CONCELHO DE

MÉRTOLA

Em relação à análise da origem das deslocações por motivo de trabalho ou

estudo que, em 2001, tinham como destino o concelho de Mértola (Figura

24), optou-se por considerar apenas os fluxos mais significativos, isto é,

cujo total era igual ou superior a 5 deslocações. Pretende-se assim avaliar

a capacidade de atracção regional deste concelho, tanto em função da sua

capacidade de criação de emprego (deslocações por motivo de trabalho)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

73

como da polarização exercida pelos estabelecimentos de ensino existentes

(deslocações por motivo de estudo).

Com efeito, é Beja o concelho sobre o qual é exercida maior atracção,

representando o fluxo daí proveniente um total de 83 deslocações.

Seguem-se os concelhos de Serpa (21 deslocações), Alcoutim (20

deslocações) e Almodôvar (16 deslocações). Tratando-se das deslocações

mais significativas, verifica-se que a capacidade de atracção do concelho

de Mértola é exercida, essencialmente, sobre os concelhos limítrofes.

Não obstante a menor dimensão dos fluxos, importa ainda assinalar as

deslocações que os concelhos de Évora (11 deslocações) e Castro Verde

(10 deslocações), assim como os concelhos algarvios de Portimão (7

deslocações) e Loulé (5 deslocações) geravam com destino no concelho de

Mértola.

Beja era o concelho sobre o qual Mértola exercia maior atracção.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

74

Figura 24. Origem das deslocações com destino no concelho de Mértola (2001)

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!

!!MÉRTOLA

PORTIMÃO(7)

BEJA(83)

LOULÉ(5)

ALCOUTIM(20)

ALMODOVAR(16)

CASTROVERDE(10)

SERPA(21)

BARREIRO(7)

ÉVORA(11)

LISBOA(6)

SINTRA(10)

LOURES(8)

8°W9°W

39°N

38°N

37°N

Deslocações

5 - 10

11 - 15

16 - 20

21 - 83

0 20km

(iNorte

Fonte estatística: INE, XIV Recenseamento Geral da População, 2001

6.1.6. MODOS DE TRANSPORTE UTILIZADOS PELA POPULAÇÃO EMPREGADA E

ESTUDANTES

A análise da evolução dos modos de transporte afigura-se de grande

importância no âmbito do presente estudo, pois possibilita o conhecimento

dos meios de transporte utilizados nas deslocações motivadas por trabalho

e estudo, tanto no interior como para o exterior do concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

75

36,9

12,07,1

2,9

45,1

14,4

0,2

14,615,7

1,3

33,3

4,20,4

11,9

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Aut ocarro Aut omóvel Ligeiro(como

condut or/ passageiro)

Comboio Mot ociclo ou Biciclet a Pedonal Out ro Transport eColect ivo/ Veí culo da

empresa/ escola

1991 2001

Com efeito, constata-se que, em 1991, o modo pedonal era o mais

representativo (Quadro 31 e Gráfico 7), correspondendo a 45,1% das

deslocações por motivo de trabalho ou estudo, seguindo-se o autocarro

(utilizado em 15,7% das deslocações), o automóvel ligeiro3 (14,6% das

deslocações) e o motociclo ou bicicleta (14,4% das deslocações). O

transporte colectivo/veículo da empresa/escola assegurava 7,1% das

deslocações. Com menor expressão encontram-se as deslocações

realizadas em comboio (0,2%).

Quadro 31. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (1991 e 2001)

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Gráfico 7. Deslocações por motivo de trabalho e estudo por modo de transporte (%) – 1991 e 2001

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

3 Os valores referem-se às deslocações em automóvel ligeiro como conductor ou passageiro.

Autocarro Automóvel

LigeiroComboio

Motociclo ou Bicicleta

Pedonal Outro Transporte

Colectivo da empresa/

escola1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001

Mértola 406 410 378 1275 5 13 372 147 1169 1152 76 46 185 416 Intra-concelhias 325 385 312 1046 3 0 338 138 1160 1143 72 41 115 351 Inter-concelhias 81 25 66 229 2 13 34 9 9 9 4 5 69 65

Em 1991, o modo podo pedonal era o mais utilizado no concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

76

Na década seguinte assistiu-se a uma significativa alteração na utilização

dos modos de transporte, sendo que o automóvel ligeiro afirmou-se como o

principal modo de transporte nas deslocações – passando de 14,6% para

36,9% do total de deslocações de empregados e estudantes (com um

acréscimo de 897 deslocações). De igual forma, o transporte

colectivo/veículo da empresa/escola viu reforçado o seu peso nas

deslocações por motivo de trabalho ou estudo, passando a representar

12,0% das deslocações. Apesar de ter sofrido uma ligeira quebra face a

1991, o modo pedonal constituía-se, em 2001, como o segundo modo de

deslocação (com 33,3% das deslocações, sendo a freguesia da sede de

concelho aquela que apresentava o maior peso relativo deste modo –

40,5%).

À semelhança da tendência de generalização do uso do automóvel a nível

nacional, também no concelho de Mértola registou-se, em 2001, uma clara

preponderância do uso deste modo de transporte face aos demais – 36,9%

das deslocações (Gráfico 8).

Gráfico 8. Modos de transporte utilizados pela população empregada e estudante (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

1,3%

0,4%

4,2%

33,3%

12,0% 11,9%

36,9%

Autocarro, Eléctrico ou Metro

Automóvel Ligeiro (comocondutor/passageiro)

Comboio

Motociclo ou Bicicleta

Pedonal

Outro

Transporte Colectivo/Veículo daempresa/ escola

Em 2001, o automóvel era o modo de transporte mais utilizado (36,9%).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

77

Com menor relevância surgem as deslocações em transporte

colectivo/veículo da empresa/escola (12,0%), autocarro (11,9%) e motociclo

ou bicicleta, eleitos em 4,2% das deslocações. Não obstante um ligeiro

acréscimo (de 0,2% para 0,4%), as deslocações em comboio mantêm um

cariz residual, justificado, essencialmente, pela inexistência de serviço de

transporte de passageiros neste modo no concelho de Mértola.

Considerando o âmbito do estudo, é de relevar a perda de importância

relativa dos modos suaves (pedonal e bicicleta/motociclo4) e do transporte

público colectivo rodoviário (leia-se autocarro), não acompanhando o

aumento global das deslocações5. Estes modos mostram-se assim

incapazes de captar “novos utilizadores” decretados num contexto de

aumento da mobilidade da população residente por motivo de trabalho ou

estudo, com uma clara perda de competitividade face ao automóvel, que se

torna o modo de eleição. Importa ainda atentar na evolução positiva do

transporte colectivo/veículo da empresa/escola, com um incremento de 231

deslocações.

6.1.6.1. DESLOCAÇÕES INTRA-CONCELHIAS DA POPULAÇÃO EMPREGADA E

ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE

Ao nível das deslocações intra-concelhias verifica-se, através da análise do

Gráfico 9, que, em 2001, os residentes no concelho de Mértola optavam,

preferencialmente, pelo modo pedonal (36,8%), seguindo-se o automóvel

(33,7%), o autocarro (12,4%) e o transporte colectivo/veículo da

empresa/escola (11,3%). O motociclo ou bicicleta (4,4%) eram os modos de

transporte menos utilizados pela população de Mértola nas deslocações por

motivo de trabalho ou estudo no interior do concelho.

4 Os dados do Recenseamento Geral da População agregam o motociclo e a bicicleta.5 Note-se que as perdas de importância relativa dos modos pedonal e autocarro são

justificadas pelo aumento do número total de deslocações com origem no concelho de Mértola

e não pela redução absoluta das deslocações recorrendo a estes modos, pois as perdas

registadas são pouco significativas (-17 e -4 deslocações, respectivamente).

Os modos suaves (pedonal e bicicleta/motociclo) e o transporte público colectivo (autocarro) perderam importância relativa.

Em Mértola, o automóvel era o modo de transporte mais utilizado nas deslocações intra-concelhias.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

78

1,3%

11,3% 12,4%

36,8%

4,4%

33,7%

Autocarro, Eléctrico ou Metro

Automóvel Ligeiro (comocondutor/passageiro)

Motociclo ou Bicicleta

Pedonal

Outro

Transporte Colectivo da empresa/ escola

Gráfico 9. Deslocações intra-concelhias por modo de transporte (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

6.1.6.2. DESLOCAÇÕES INTER-CONCELHIAS DA POPULAÇÃO EMPREGADA E

ESTUDANTES POR MODO DE TRANSPORTE

As deslocações inter-concelhias (Gráfico 10) espelham uma realidade

distinta daquela anteriormente analisada, pressupondo deslocações mais

longas. Neste sentido, constata-se que 64,5% das deslocações realizadas

efectuavam-se em automóvel ligeiro, o qual constituía-se como o modo de

transporte mais utilizado neste tipo de deslocações. O transporte

colectivo/veículo da empresa/escola assumia, também, alguma relevância

neste contexto (18,3% das deslocações). O comboio (3,7% das

deslocações), o motociclo ou bicicleta (2,5% das deslocações) e o modo

pedonal (2,5%) registavam uma expressão reduzida nestas deslocações.

64,5% das deslocações inter-concelhias eram realizadas de automóvel.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

79

2,5%

2,5%

1,4%

64,5%

3,7%

18,3%

7,0%

Autocarro, Eléctrico ou Metro

Automóvel Ligeiro (comocondutor/passageiro)Comboio

Motociclo ou Bicicleta

Pedonal

Outro

Transporte Colectivo da empresa/ escola

Gráfico 10. Deslocações inter-concelhias por modo de transporte (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamentos Gerais da População, 2001

6.1.7. DURAÇÃO DAS DESLOCAÇÕES

A análise da duração das deslocações permite-nos aferir do tempo

dispendido na realização de deslocações pendulares por parte da

população activa e estudante.

Neste sentido, verifica-se que, em 2001, predominavam as deslocações até

15 minutos (50,5% do total de deslocações), tendo a representatividade

destas deslocações registado uma variação de 58,1% face a 1991.

Também as deslocações com duração compreendida entre os 16 e 30

minutos e os 31 e 60 minutos aumentaram neste período, registando uma

variação de 54,5% e 38,6%, respectivamente – passando de 21,0% para

24,3% e de 8,1% para 8,4%). As deslocações com duração superior a 1

hora averbaram um declínio de 54,5% no período em análise (-120

deslocações) – o seu peso no total das deslocações diminui de 8,5% para

2,9%. Relativamente às deslocações que não implicavam o dispêndio de

tempo na sua realização, registavam um decréscimo de 31 deslocações,

passando a representar 13,9% das deslocações, quando em 1991

ascendiam a 19,8%. Em termos globais, no ano de 2001, 88,7% das

deslocações tinham uma duração inferior a 30 minutos.

Em 2001, predominavam as deslocações até 15 minutos (50,5% do total de deslocações).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

80

Quadro 32. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (1991)

Nenhum Até 15m 16 a 30m 31 a 60m + 1h Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Mértola 2591 513 19,8 1105 42,6 543 21,0 210 8,1 220 8,5

Alcaria Ruiva 298 83 27,9 59 19,8 112 37,6 17 5,7 27 9,1

Corte do Pinto 289 69 23,9 114 39,4 35 12,1 54 18,7 17 5,9

Espírito Santo 137 63 46,0 20 14,6 40 29,2 12 8,8 2 1,5

Mértola 1077 164 15,2 718 66,7 96 8,9 28 2,6 71 6,6

Santana de Cambas 240 56 23,3 54 22,5 77 32,1 36 15,0 17 7,1

S. João dos Caldeireiros 111 14 12,6 11 9,9 75 67,6 6 5,4 5 4,5

S. Miguel do Pinheiro 245 47 19,2 49 20,0 41 16,7 44 18,0 64 26,1

S. Pedro de Sólis 96 14 14,6 37 38,5 22 22,9 9 9,4 14 14,6

S. Sebastião dos Carros 98 3 3,1 43 43,9 45 45,9 4 4,1 3 3,1

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Quadro 33. Duração das deslocações por motivo de trabalho ou estudo (2001)

Nenhum Até 15m 16 a 30m 31 a 60m + 1h Total

N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %

Mértola 3459 482 13,9 1747 50,5 839 24,3 291 8,4 100 2,9

Alcaria Ruiva 442 90 20,4 140 31,7 151 34,2 42 9,5 19 4,3

Corte do Pinto 360 55 15,3 164 45,6 85 23,6 48 13,3 8 2,2

Espírito Santo 130 25 19,2 53 40,8 36 27,7 12 9,2 4 3,1

Mértola 1494 126 8,4 1071 71,7 200 13,4 65 4,4 32 2,1

Santana de Cambas 289 75 26,0 91 31,5 87 30,1 24 8,3 12 4,2

S. João dos Caldeireiros 270 34 12,6 103 38,1 113 41,9 13 4,8 7 2,6

S. Miguel do Pinheiro 262 23 8,8 81 30,9 89 34,0 57 21,8 12 4,6

S. Pedro de Sólis 116 33 28,4 34 29,3 26 22,4 19 16,4 4 3,4

S. Sebastião dos Carros 96 21 21,9 10 10,4 52 54,2 11 11,5 2 2,1

Fonte: INE, XIII e XIV Recenseamentos Gerais da População, 1991 e 2001

Ao nível das freguesias, em 2001, Mértola (1071 deslocações – 71,7% do

total de deslocações da freguesia), Corte do Pinto (164 deslocações –

45,6% do total de deslocações da freguesia), Santana de Cambas (91

deslocações – correspondendo a 31,5% do total de deslocações da

freguesia), S. Pedro de Sólis (34 deslocações – 29,3% do total de

deslocações da freguesia) e Espírito Santo (53 deslocações – 40,8% do

total de deslocações da freguesia) eram aquelas em que maioria das

deslocações por motivo de trabalho ou estudo realizadas por residentes na

freguesia ocorria em menos de 15 minutos. Por sua vez, a maioria das

deslocações tinha a duração de 16 a 30 minutos nas freguesias de Alcaria

Ruiva (151 deslocações – 34,2% do total de deslocações da freguesia), S.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

81

João dos Caldeireiros (113 deslocações – 41,9% do total de deslocações

da freguesia), S. Miguel do Pinheiro (89 deslocações – 34,0% do total de

deslocações da freguesia) e S. Sebastião dos Carros (52 deslocações –

54,2% do total de deslocações da freguesia).

6.1.8. EVOLUÇÃO DA MOTORIZAÇÃO

O cálculo da taxa de motorização foi elaborado tendo por base os dados

disponibilizados nas seguintes fontes de informação:

Base de dados relativa ao parque seguro – Instituto de Seguros de

Portugal;

Recenseamento Geral da População e Estimativas Anuais da

População Residente – Instituto Nacional de Estatística.

Consideraram-se, para o efeito, as seguintes categorias de veículos:

veículos ligeiros, veículos mistos, ciclomotores e motociclos.

Quanto aos resultados obtidos (Quadro 34), estes corroboram a tendência

verificada nas últimas décadas, observando-se um aumento da taxa de

motorização no concelho de Mértola no período 2001-2006.

Concretizando, em 2001, o valor da taxa de motorização era de 409

veículos por 1.000 habitantes, aumentando para 465 veículos por 1.000

habitantes em 2006. Este aumento decorre, sobretudo, da redução do

efectivo populacional no período considerado (de 8.712 habitantes em 2001

para 7.685 habitantes em 2006), pois o aumento do número de veículos é

relativamente reduzido (+14 veículos). Ainda assim, a taxa de motorização

do concelho permanece inferior à média nacional (480 veículos por 1.000

habitantes).

As deslocações com duração entre 16 e 30m tinham um maior valor relativo na freguesia de S. Sebastião dos Carros (54,2%).

A taxa de motorização em Mértola era de 465 veículos/1000 hab. em 2006.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

82

Quadro 34. Número de veículos ligeiros, ciclomotores, motociclos e veículos mistos (2001 e

2006) e taxa de motorização (2001 e 2006)

Mértola PortugalCategoria2001 2006 2006

Ligeiro 2.328 2.473 4.206.618 Ciclomotor 714 477 318.049 Motociclo 101 111 164.763

Misto 416 512 396.500

Total 3.559 3.573 5.085.930 Tx. Motorização (veíc. /1000 hab.) 409 465 480

Fonte: Instituto de Seguros de Portugal, 2007 (tratamento próprio)

Confirmando esta evolução do parque automóvel do concelho de Mértola, o

Quadro 35 permite verificar que, no ano de 2005, foram vendidos apenas

18,5 veículos por 1.000 habitantes, quando no Baixo Alentejo este valor foi

de 24,0 e em Portugal Continental de 24,1. No cômputo da NUT III Baixo

Alentejo, somente os concelhos de Barrancos (14,4 veículos/1.000 hab.),

Moura (15,1 veículos/1.000 hab.) e Vidigueira (18,4 veículos/1.000 hab.)

contabilizaram uma expansão do parque automóvel inferior à do concelho

de Mértola. No concelho de Beja o número de veículos automóveis

vendidos por 1.000 habitantes ascendeu a 34,7.

Quadro 35. Número de veículos automóveis vendidos por 1.000 habitantes

(2005)

N.º veículos automóveis/1.000 hab.

Portugal 24,3

Continente 24,1

Baixo Alentejo 24,0

Aljustrel 21,6

Almodôvar 21,9

Alvito 20,3

Barrancos 14,4

Beja 34,7

Castro Verde 23,0

Cuba 23,3

Ferreira do Alentejo 24,1

Mértola 18,5

Moura 15,1

Ourique 20,8

Serpa 20,6

Vidigueira 18,4

Fonte: INE, Anuários Estatístico da Região Alentejo, 2006

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

83

6.2. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES E

ATRACTORES DE TRÁFEGO

6.2.1. PRINCIPAIS PÓLOS ATRACTORES

6.2.1.1. EQUIPAMENTOS COLECTIVOS

“A distribuição equilibrada das funções de habitação, trabalho, cultura e

lazer é um dos objectivos do ordenamento do território e do urbanismo, no

qual se enquadram a programação, a criação e manutenção de infra-

estruturas, de equipamentos colectivos e de espaços verdes, tendo em

conta as necessidades específicas das populações, as acessibilidades e a

adequação da sua capacidade de utilização” (DGOTDU, 2002: 6).

Desta explanação relativamente aos equipamentos colectivos tecem-se

duas considerações, atendendo ao âmbito do presente estudo. Por um

lado, a tónica colocada no papel dos equipamentos colectivos para a

superação de necessidades da população releva a imprescindibilidade do

seu contributo para a melhoria da sua qualidade de vida, assumindo os

serviços aí prestados a classificação de serviços de interesse público,

podendo estes ser de natureza pública ou privada. Por outro lado, importa

reter a questão da acessibilidade a estes equipamentos, a qual depende,

entre outros factores, da localização do equipamento e da rede de

transportes existente.

A programação de equipamentos colectivos deve assim assegurar a

implementação e consolidação de uma rede de equipamentos que garanta

o acesso de toda a população aos serviços neles prestados, sendo para tal

necessário articular os níveis administrativos central e local na provisão da

oferta de equipamentos públicos (através de instrumentos específicos,

designadamente as cartas municipais de equipamentos6), assim como a

oferta privada7.

6 “Esta carta define a localização, função e capacidade dos equipamentos deste tipo que no

horizonte da carta irão ser necessários ao município, bem como a sua forma de financiamento

(DGOTDU, 2002: 6).

7 Dado que “as disponibilidades financeiras públicas não permitem a expansão da rede de

forma a que toda a população tenha acesso a essa actividade”, é possível “que a oferta

privada supra as necessidades de alguns estratos da população (…) diminuindo assim a

população para a qual a existência da rede pública é imprescindível” (DGOTDU, 2002: 8).

Os equipamentos colectivos são imprescindíveis à qualidade de vida da população.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

84

Feito este preâmbulo, examina-se de seguida a rede de equipamentos

colectivos do concelho de Mértola, considerando os equipamentos que se

constituem como pólos atractores de fluxos com dimensão relevante8.

6.2.1.1.1. EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO

A análise da rede de equipamentos de educação tem por base a Carta

Educativa do Concelho de Mértola, dado constituir um documento recente

(datado de 2006) cujos dados não sofreram alterações significativas.

Com efeito, verifica-se que em Mértola existem todos os níveis de ensino,

num total de 23 estabelecimentos de ensino. Apenas o nível superior não

tem qualquer representatividade no concelho no que respeita a

equipamentos9.

Nos últimos anos, em resultado da redução do número de alunos e das

orientações de reordenamento e requalificação do parque escolar

determinadas pelo Ministério da Educação (pautadas no período mais

recente por uma aposta na qualificação infraestrutural e no combate ao

isolamento dos alunos, tendo por base critérios como o encerramento dos

estabelecimentos com menos de 10 alunos ou com menos de 20 alunos e

uma taxa de aproveitamento inferior à média nacional), o número de

estabelecimentos de ensino tem vindo a diminuir, tendo-se registado o

encerramento de 23 estabelecimentos nos últimos cinco anos.

O Quadro 36 apresenta a distribuição espacial dos equipamentos escolares

existentes no concelho.

8 São analisados os equipamentos de educação, equipamentos de saúde, equipamentos

desportivos e equipamentos de solidariedade e segurança social.

9 Sob responsabilidade da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, em parceria

com o Instituto Politécnico de Beja, Associação do Património de Mértola e Campo

Arqueológico de Mértola, é leccionado um Mestrado nas instalações da Associação de Defesa

do Património de Mértola.

Em Mértola existem todos os níveis de ensino, num total de 23 estabelecimentos de ensino.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

85

Quadro 36. Equipamentos de educação por freguesia (ano lectivo 2005/2006) – Sector Público

JI CEPE EB1 EB1+JI EB 2/3 ES. EP Total

Alcaria Ruiva - - 2 1 - - 3

Corte do Pinto - - - 2 - - 2

Espírito Santo - - - - - - 0

Mértola 2 - 3 1 1 1 8

Santana de Cambas - 1 2 - - - 3

S. João dos Caldeireiros 1 - 2 - - - 3

S. Miguel do Pinheiro - 1 1 - - - 2

S. Pedro de Sólis - - 1 - - - 1

S. Sebastião dos Carros - - 1 - - - 1

Total 3 2 12 4 1 1 23

Legenda: JI – Jardim-de-infância; CEPE – Centro de Educação Pré-Escolar; EB1 – 1º ciclo do ensino básico; EB23/ES – 2º e 3º ciclos do ensino básico com ensino secundário.

Fonte: Escola Superior de Educação de Beja, Carta Educativa do Concelho de Mértola, 2006

Através da análise deste Quadro e da Figura 25, verifica-se a inexistência

de qualquer estabelecimento de ensino na freguesia de Espírito Santo. Nas

freguesias de S. Pedro de Sólis e S. Sebastião dos Carros existem apenas

estabelecimentos do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

Em relação ao 2º e 3º Ciclos e Ensino Secundário, o único estabelecimento

existente localiza-se na freguesia de Mértola (mais precisamente na Vila de

Mértola), agrupando os três níveis de ensino. Tal traduz-se

necessariamente na necessidade de deslocação diária dos alunos que

frequentam estes níveis de ensino para a sede de concelho, tanto em

transporte assegurado por veículos da autarquia, como em transporte

público.

A freguesia de Espírito Santo não possui qualquer estabelecimento de ensino.

O único estabelecimento de ensino do 2 e 3º Ciclos e Secundário localiza-se na Vila de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

86

Figura 25. Distribuição espacial dos equipamentos de ensino (ano lectivo 2005/2006)

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Quanto ao número total de alunos (Quadro 37 e Quadro 38), após um

declínio da população escolar até ao ano lectivo 2002/2003, inicia-se no

ano lectivo seguinte (2003/2004) uma recuperação, interrompida por um

ligeiro decréscimo em 2004/2005. No ano lectivo 2005/2006 a população

escolar ascendeu a 944 alunos, um número próximo do verificado em

2001/2002 (948 alunos).

No ano lectivo 2005/2006 a população escolar ascendeu a 944 alunos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

87

Quadro 37. Evolução do número de alunos por nível de ensino (1999/2000-2005/2006)

Ano Lectivo

1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06

Educação Pré-Escolar 139 121 132 129 135 159 144

1º Ciclo 281 286 280 254 253 245 237

2º Ciclo 192 160 150 157 151 148 133

3º Ciclo 293 275 227 190 214 178 208

Ensino Secundário (inclui EP) 269 273 263 202 216 226 222

Total 1071 1009 948 841 881 869 944

Fonte: Escola Superior de Educação de Beja, Carta Educativa do Concelho de Mértola, 2006

Tendo em conta a concentração espacial do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino

Básico, Ensino Secundário e Ensino Profissional em estabelecimentos

localizados na sede de concelho, importa aferir da evolução do número de

alunos a frequentar tais níveis, uma vez que a concentração espacial da

oferta determina a deslocação diária de alunos residentes noutros

aglomerados populacionais para a sede de concelho.

Com efeito, no cômputo destes níveis de ensino, observa-se, à semelhança

da evolução da população escolar, uma inversão da tendência de declínio

no ano lectivo 2003/2004 (581 alunos), ainda que interrompida por uma

ligeira quebra no ano lectivo seguinte (-29 alunos). No ano lectivo

2005/2006, o número de alunos com frequência dos níveis de ensino em

análise ascendeu a 563 alunos, uma parte dos quais com necessidade de

transporte entre o local de residência e o estabelecimento de ensino

(apenas em transporte municipal, apenas em transporte público ou

combinando ambos).

Importa ainda referir que em função do elevado número de alunos a

transportar, ocorre um condicionamento do horário escolar, não havendo

lugar a actividades extra-curriculares no final do período da tarde, por forma

a assegurar o não prolongamento do transporte escolar (escola-casa) por

horas pouco adequados à população em causa.

Devido ao elevado número de alunos a transportar, ocorre um condicionamento do horário escolar.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

88

Quadro 38. Evolução do número de alunos por estabelecimento (1999/2000-2005/2006)

Ano Lectivo Estabelecimento 1999/00 2000/01 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06

JI SCMM 48 48 48 41 35 32 24

JI Mértola 48 34 27 35 42 45 46

JI de Corte Gafo 10 10 - - - - -

CEPE Corte Sines 7 8 9 8 8 5 -

EB Corte Sines 13 7 7 7 9 13 12

EB1 Fernandes 6 9 7 6 7 6 9

EB1 Mértola 92 88 90 89 88 83 81

EB1 Corte Gafo 15 12 - - - - -

EB1 Corte da Velha 4 5 4 - - - -

EB1 Corvos 0 3 3 - - - -

Pré-Esc. 0 0 12 10 8 6 6EB1/JICorte Gafo 1º ciclo 0 0 10 14 11 10 8

2º ciclo 132 121 118 121 137 148 133

3º ciclo 293 275 227 190 214 178 208

EB2.3/ES

ES 214 215 207 152 163 171 178

Mértola

Total 882 835 769 673 722 697 705

EB1 Álamo 6 5 5 3 - - -Espírito Santo Total 6 5 5 3 - - -

EB1 S. Seb. Carros 5 3 - - - - -

EB1 SB Via Glória 9 8 8 7 6 5 5S. Sebastião dos Carros

Total 14 11 8 7 6 5 5

EB1 João da Serra 4 5 3 - - - -

EB1 Alcaria Ruiva 5 9 8 8 9 6 6

EB1 Vale de Açor 17 14 13 14 21 19 17

EB1 Algodôr 6 7 14 - - - -

Pré-Esc. 0 0 20 18 19 18 19EB1/JIAlgodôr 1º ciclo 0 0 0 13 10 11 8

EBM Algodôr 5 - - - - - -

EBM Vale de Açor 12 12 12 10 4 - -

Alcaria Ruiva

Total 49 47 70 63 63 54 50

JI Mina S. Domingos 8 7 - - - - -

JI Corte do Pinto 13 10 - - - - -

EB1Mina S.Domingos 21 28 - - - - -

EB1 Corte do Pinto 7 14 - - - - -

Pré-Esc. - - 7 9 10 10 9EB1/JIMina S. Doming. 1º ciclo - - 24 15 17 17 16

Pré-Esc. - - 9 8 13 14 11EB1/JICorte do

Pinto 1º ciclo - - 14 14 17 18 19

EBM Mina S. Dom. 11 7 12 13 14 - -

Corte do Pinto

Total 60 66 66 59 61 59 55

EB1 Monte da Corcha 3 6 5 - - - -S. Pedro de Sólis

EB1 S. Pedro 3 4 4 6 5 6 5

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

89

EBM Monte Corcha 7 4 - - - - -

Total 13 14 9 6 5 6 5

CEPE de Penedos - - - - - 9 5

EB1 de Penedos 3 3 2 - - - -

EB1 Espargosa 2 2 - - - - -

EB1 S. Miguel 10 8 9 9 12 14 14

EBM Penedos 9 6 - - - - -

EBM S. Miguel 8 5 8 13 6 - -

S. Miguel do Pinheiro

Total 32 24 19 22 18 23 19

JI Penilhos 12 12 9 8 8 12 9

EB1 Penilhos 15 13 15 16 17 10 12

EB1 Ledo 4 3 - - - - -

EB1 S. João Caldeir. 3 7 8 6 5 6 6

S. João dos Caldeireiros

Total 35 35 32 30 30 28 27

EB1 Vale Formoso 6 6 4 4 - - -

EB1 Picoitos 9 6 6 - - - -

EB1 Santana de Cambas

6 7 11 10 8 8 5

Pré-Esc. 3 8 9 6 9 8 15EB1/

CEPEMoreanes

1º ciclo 7 4 6 13 11 13 14

EBM Sant. Cambas 8 5 - - - -

Santana de Cambas

Total 88 83 106 96 91 83 84

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Atentando nas orientações estabelecidas na Carta Educativa, a rede

escolar do concelho de Mértola irá sofrer um processo de reordenamento

no ano lectivo 2007/2008, estando ainda programadas intervenções de

melhoramento nos estabelecimentos existentes. Este reordenamento prevê

o encerramento de vários estabelecimentos, com a consequente

transferência dos alunos em estabelecimentos de maior dimensão (Quadro

39). A análise cuidada da nova rede escolar será importante de modo a

garantir a convergência do transporte assegurado por veículos da autarquia

e transporte público com as novas exigências colocadas pela

reconfiguração desta rede de equipamentos.

É importante garantir a convergência entre o transporte municipal e o transporte público.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

90

Quadro 39. Reordenamento da Rede Escolar (ano lectivo 2007/2008)

Estabelecimento Estabelecimentos de origem Freguesia

Centro Educativo de Algodôr

Alcaria Ruiva Algodôr

Vale de Açor Alcaria Ruiva

Centro Educativo de Mértola Mértola

Fernandes Corte Gafo de Cima

Mértola

Santana de Cambas Moreanes Santana de Cambas Centro Educativo de

Santana de Cambas Corte Sines Mértola

Centro Educativo de Penilhos

PenilhosS. João dos Caldeireiros S. João dos Caldeireiros

S. Miguel do Pinheiro Penedos S. Miguel do Pinheiro

S. Pedro de Sólis S. Pedro de Sólis Centro Educativo de S. Miguel do Pinheiro

São Bartolomeu de Via Glória S. Sebastião dos Carros

EB1/JI Mina de S. Domingos Mina de S. Domingos Corte do Pinto

EB1/JI Corte do Pinto Corte do Pinto Corte do Pinto

Fonte: Escola Superior de Educação de Beja, Carta Educativa do Concelho de Mértola, 2006

6.2.1.1.2. EQUIPAMENTOS DE SAÚDE

A rede de equipamentos de saúde do concelho de Mértola é constituída por

um Centro de Saúde – localizado na sede de concelho – e uma Extensão

deste Centro de Saúde – localizada na Mina de S. Domingos (freguesia de

Corte do Pinto)10. O Centro de Saúde presta cuidados de prevenção

primários, secundários (diagnóstico e tratamento) e terciários (reabilitação),

prestados em regime ambulatório e de internamento.

Servindo um total de 8.546 utentes, o Centro de Saúde de Mértola e a

Extensão da Mina de S. Domingos apresentam áreas de influência

próprias. A extensão serve a freguesia de Corte do Pinto (com 1.035

inscritos – 12,1% do total de utentes), funcionando em três períodos

semanais: Terças-feiras, Quintas-feiras à tarde e Sextas-feiras de manhã. A

área de influência do Centro de Saúde corresponde às restantes freguesias

10 A rede de serviços de prestação de cuidados de saúde primários do concelho de Mértola

chegou a contar com 14 extensões, cujo encerramento se deveu, essencialmente, à redução

do efectivo populacional e carência de recursos (cfr. GesSystem, 2007a: 44)

O Centro de Saúde de Mértola possui uma extensão na Mina de S.Domingos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

91

do concelho de Mértola (7.511 inscritos – 87,9% do total de utentes) –

Figura 26.

Figura 26. Distribuição espacial dos equipamentos de saúde

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Dada a área de influência do Centro de Saúde, a extensão territorial do

concelho e a estrutura etária da população residente, colocam-se

dificuldades de acesso à rede de prestação de cuidados de saúde

primários, as quais devem ser tidas em consideração.

Neste sentido, importa referir que, não obstante a disponibilização de

serviço de atendimento domiciliário, “o número de domicílios efectuados,

quer na valência médica quer na enfermagem, apresenta números muito

reduzidos, principalmente na vertente médica (95 domicílios médicos e

1.542 domicílios de enfermagem) face à tipologia de população do

concelho (população envelhecida, dispersa e com dificuldades de

deslocação). No entanto, e de acordo com o Director do Centro de Saúde,

essa lacuna é de difícil colmatação, por se estar na presença de recursos

limitados. A própria dispersão geográfica das populações é um factor

limitante à concretização deste tipo de serviço” (GesSystem, 2007a: 45).

O Centro de Saúde de Mértola disponibiliza serviço de atendimento domiciliário, embora apresentando números reduzidos

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

92

Fonte: Câmara Municipal de Mértola

Imagem 7. Unidade Móvel Médico-Social

O concelho de Mértola possui ainda uma unidade móvel médico-social,

adquirida pela autarquia em 2002, estando a sua gestão a cargo desta

entidade (Imagem 7). Trata-se de uma

viatura equipada com mobiliário e

equipamento médico, vocacionada, de

acordo com a Câmara Municipal de Mértola,

para a prestação de cuidados de

enfermagem e de cariz social à população

mais idosa e com maiores dificuldades de

acesso ao Centro de Saúde, contando com

uma equipa técnica constituída por um

enfermeiro, um psicólogo, um assistente

social e um animador social.

A unidade móvel médico social tem como objectivos:

Informar e sensibilizar a população para a importância da

prevenção e saúde;

Prestar cuidados de enfermagem à população mais idosa e com

maiores dificuldades de acesso à sede do Centro de Saúde,

nomeadamente na prevenção e controlo da doença e de

acompanhamento de situações de cariz social;

“Aliviar” a afluência e pressão dos utentes nas salas de espera do

Centro de Saúde;

Reduzir as deslocações dos utentes ao Centro de Saúde e

simultaneamente o custo com as mesmas;

Prestar um serviço personalizado aos utentes, através de

campanhas de sensibilização e informação acerca da saúde;

Prestar cuidados de enfermagem e de apoio social sempre que

solicitados. (Câmara Municipal de Mértola)

Desde a sua entrada ao serviço, esta unidade conta com cerca de 5.400

atendimentos e 29 campanhas/acções de sensibilização.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

93

Quanto a farmácias, existem dois estabelecimentos no concelho, ambos

localizados na Vila de Mértola. Esta concentração espacial da oferta,

conjugada com o sistema de povoamento e estrutura etária da população

(trata-se de uma população envelhecida, tendencialmente com consumo

regular de medicamentos e com dificuldades de deslocação, sobretudo em

transportes colectivos) condicionam o acesso a estes estabelecimentos.

Trata-se, pois, de um aspecto a equacionar no âmbito do presente estudo

6.2.1.1.3. EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS

A rede de equipamentos desportivos do concelho de Mértola inclui as

seguintes tipologias de equipamentos: pequeno campo de jogos; grande

campo de jogos; piscina coberta; pavilhão e sala de desporto (Quadro 40).

A importância de cada um destes equipamentos enquanto pólos atractores

de deslocações depende da sua tipologia e, bem assim, da sua área de

influência. Acresce que, em função do tipo de equipamento, a motivação da

deslocação e tipo de utilização são também variáveis, aspectos que se

repercutem na natureza dos fluxos atraídos e na eventual necessidade de

reajustamento da oferta de transporte para assegurar o acesso aos

mesmos por parte de populações específicas (e.g. população escolar).

Existem duas farmácias no concelho, ambas localizadas na Vila de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

94

Quadro 40. Equipamentos Desportivos do concelho de Mértola

Tipologia Designação Local Freguesia

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol de 11 de Alcaria Ruiva Alcaria Ruiva Alcaria Ruiva

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol de 11 de Corte Gafo Corte Gafo Mértola

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol de 11 de Corte do Pinto Corte do Pinto Corte do Pinto

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol de 11 de Corte Sines Corte Sines Mértola

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol de 11 de A. dos Fernandes A. dos Fernandes Mértola

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol Municipal Mértola Mértola

Grandes Campos de Jogos Campo de Jogos Cross Brown Mina S. Domingos Corte do Pinto

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol de 11 de Moreanes Moreanes Santana de Cambas

Grandes Campos de Jogos Campo de Futebol de 11 de S. João dos Caldeireiros S. João dos Caldeireiros S. João dos Caldeireiros

Pequenos Campos de Jogos

Campo de Futebol de Penilhos Penilhos S. João dos Caldeireiros

Pequenos Campos de Jogos

Campo de Futebol de Penilhos Penilhos S. João dos Caldeireiros

Pequenos Campos de Jogos

Campo de Futebol de S. Miguel do Pinheiro/ S. Miguel do Pinheiro

S. Miguel do Pinheiro S. Miguel do Pinheiro

Pequenos Campos de Jogos

Campo de Futebol da EB1 de Santana de Cambas Santana de Cambas Santana de Cambas

Pequenos Campos de Jogos

Campo de Futebol da EB1 de Vale de Açor Vale de Açor Alcaria Ruiva

Pequenos Campos de Jogos

Campo de Futebol de Via Glória Via Glória S. Sebastião dos Carros

Pavilhões e Salas de Desporto Polidesportivo de Mértola Mértola Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Polidesportivo da Mina de S. Domingos Mina de S. Domingos Corte do Pinto

Pavilhões e Salas de Desporto

Polidesportivo de Penedos Penedos S. Miguel do Pinheiro

Pavilhões e Salas de Desporto

Polidesportivo da Escola EB 2,3 S S. Sebastião Mértola Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Pavilhão Desportivo Municipal Mértola Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Ginásio do Pavilhão Desportivo Mértola Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Ginásio do Clube Náutico de Mértola Mértola Mértola

Pavilhões e Salas de Desporto

Sala de Desporto do Clube Náutico de Mértola Mértola Mértola

Piscinas Cobertas Piscina Coberta Mértola Mértola

Fonte: Adaptado de GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Analisando a distribuição espacial dos equipamentos desportivos (Quadro

40 e Figura 27), verifica-se que apenas as freguesias de S. Pedro de Sólis

e Espírito Santo não dispõem de qualquer equipamento. Por seu turno, a

freguesia de Mértola apresenta a maior e mais diversificada oferta,

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

95

contabilizando 4 grandes campos de jogos, 6 pavilhões/salas de desporto e

uma piscina coberta. Com a excepção de Corte do Pinto e S. Miguel do

Pinheiro (para além de Mértola), a oferta de equipamentos desportivos das

restantes freguesias é composta apenas por pequenos e/ou grandes

campos de jogos.

Figura 27. Distribuição dos equipamentos desportivos no concelho de Mértola

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Ainda que aferindo-se do ajustamento da rede de equipamentos para o

desporto à população base11, a sua distribuição espacial, pautada pela

concentração dos pavilhões e salas de deporto e piscinas cobertas na Vila

de Mértola, conjugada com a extensão territorial e tipo de povoamento do

11 De acordo com os relatórios sectoriais do PDM de Mértola, “pode-se afirmar que,

relativamente às tipologias de equipamentos desportivos existentes no concelho, o número de

instalações existentes é suficiente, permitindo uma taxa de cobertura total da população,

havendo mesmo casos em que o número real é largamente superior ao indicado pela norma

de programação, como é o caso dos Grandes Campos de Jogos e Pavilhões e Salas de

Desporto” (GesSystem, 2007a: 50-51).

A freguesia de Mértola apresenta a maior oferta de equipamentos desportivos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

96

concelho, colocam algumas dificuldades à sua utilização por parte da

população residente noutras freguesias ou em aglomerados distantes da

sede de concelho, mesmo que localizados na mesma freguesia.

6.2.1.1.4. EQUIPAMENTOS DE SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL

No concelho de Mértola, a oferta de equipamentos de solidariedade e

segurança social é constituída 2 Lares de Idosos, 3 Centros de Dia, 3

serviços de apoio domiciliário (num total de 4 núcleos de apoio), 1 Unidade

de Apoio Integrado, 1 Centro de Convívio e 1 Centro de Noite (em fase de

construção) – Quadro 41.

Quadro 41. Instituições que prestam serviços de apoio aos idosos (2006)

Serviços Prestados Lar de Idosos

Centro de Dia

Centro de Noite

Centro de Convívio

Apoio Domiciliário

Internamento Temporário

Santa Casa da Misericórdia Mértola � � �

Centro Social de Montes Altos � � � �

Centro de Apoio a Idosos de Moreanes � �* �

Unidade de Apoio Integrado de Mértola** �

* - Em fase de construção, prevendo-se a sua abertura em Novembro de 2007

** - A Santa Casa da Misericórdia é a entidade responsável pela Unidade de Apoio Integrado (UAI), a qual

localiza-se no Centro de Saúde, designando-se actualmente por Unidade de Longa Duração, e

enquadrando-se na Rede Nacional de Cuidados Integrados.

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Esta oferta é disponibilizada pelas seguintes instituições:

Santa Casa da Misericórdia: 1 Lar de Idosos; 1 Centro de Dia; 1

Serviço de Apoio Domiciliário desconcentrado em três núcleos

(Mértola, Corte Gafo e Via Glória);

Centro Social de Montes Altos: Lar de Idosos; Centro de Dia;

Centro de Convívio; Serviço de Apoio Domiciliário;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

97

Centro de Apoio de Idosos de Moreanes: 1 Centro de Dia; Serviço

de Apoio Domiciliário; 1 Centro de Noite (em fase de construção).

Ao nível do número de utentes, a Santa Casa da Misericórdia é a instituição

com maior número de utilizadores, sendo também a única que cobre a

totalidade do município.

Através da análise do Quadro 42, verifica-se ainda que a oferta de Lares de

Idosos é insuficiente, com tendência a agravar-se devido ao

envelhecimento da população.

Quadro 42. Ocupação dos Equipamentos de Apoio aos Idosos (2006)

N.º de unidades N.º de Utentes Capacidade Taxa de

Ocupação

Lar de Idosos 2 106 106 100%

Centro de Dia 3 29 120 24%

Centro de Convívio 1 15 100 15%

Apoio Domiciliário 3 307 395 78%

Internamento Temporário 1 variável 27 *

* - Inexistência de dados.

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Em relação à oferta de equipamentos sociais vocacionados para a infância

(Creches/Jardins de Infância e ATL), existe apenas uma creche,

propriedade da Santa Casa da Misericórdia, com 47 utentes e uma

capacidade para 56 (as vagas existentes respeitam à valência berçário).

Existem também dois ATL, propriedade da Santa Casa da Misericórdia,

localizados na Vila de Mértola (com 70 crianças) e na Mina de S. Domingos

(com 50 crianças), embora estando previsto o encerramento deste último,

devido ao prolongamento dos horários das escolas do ensino básico.

Analisando a distribuição destes equipamentos no território concelhio

(Figura 28), verifica-se a sua concentração nas freguesias de Mértola e

Santana de Cambas, não existindo qualquer equipamento nas restantes

freguesias, o que pressupõe a necessidade de deslocação da população

para a sua utilização (exceptuando-os casos das valências Lar de Idosos e

Serviço de Apoio Domiciliário). Tal facto é particularmente relevante na

A oferta de lares de idosos é insuficiente.

Apenas nas freguesias de Mértola e S. de Cambas existem equipamentos solidariedade e segurança social.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

98

medida em que os utentes destes equipamentos (crianças e idosos)

apresentam um elevado grau de dependência nas suas deslocações.

Figura 28. Distribuição espacial dos equipamentos de segurança social (2006)

Fonte: GesSystem, PDM de Mértola – Relatórios Sectoriais: Rede Urbana e Equipamentos Colectivos, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

99

6.2.1.2. OUTROS PÓLOS ATRACTORES

Para além dos equipamentos colectivos existem ainda outros pólos

atractores que pela sua capacidade de polarização de deslocações devem

ser tidos em conta. Destacam-se os seguintes pólos (todos com localização

na Vila de Mértola):

Câmara Municipal;

Estação dos Correios;

Parque da Feira;

Tribunal;

Eixo Comercial;

Mercado Municipal;

Zona Industrial de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

100

Figura 29. Localização de outros pólos atractores na Vila de Mértola

Fonte: elaboração própria, 2007

6.2.2. PRINCIPAIS PÓLOS GERADORES

A análise dos principais pólos geradores opera-se a duas escalas:

Escala concelhia – consideram-se as deslocações geradas ao nível

da freguesia;

Escala urbana – consideram-se os pólos gerados na Vila de

Mértola.

1 – Câmara Municipal

2 – Estação dos Correios (Eixo Comercial)

3 – Parque/Largo da Feira

4 – Tribunal

5 – Eixo Comercial

6 – Zona Industrial de Mértola

7 – Mercado Municipal

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

101

Com efeito, à escala concelhia destaca-se como principal pólo gerador a

freguesia de Mértola, responsável por 43,2% das deslocações geradas no

concelho (1.494 deslocações) em 2001. Para além desta freguesia importa

ainda destacar, pela dimensão dos fluxos gerados, as freguesias de Alcaria

Ruiva (12,8% do total de deslocações – 442 deslocações) e Corte do Pinto

(10,4% do total de deslocações – 360 deslocações).

À escala urbana – Vila de Mértola – o principal pólo gerador é formado pela

“Vila Nova”, isto é, pela área de expansão urbana mais recente do

aglomerado urbano de Mértola.

6.3. AVALIAÇÃO DOS PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS PESSOAS COM MOBILIDADE

REDUZIDA

“A promoção da acessibilidade constitui um elemento fundamental na

qualidade de vida das pessoas, sendo um meio imprescindível para o

exercício dos direitos que são conferidos a qualquer membro de uma

sociedade democrática, contribuindo decisivamente para um maior reforço

dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos aqueles que

a integram e, consequentemente, para um crescente aprofundamento da

solidariedade no estado social de direito” (Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de

Agosto).

Desta forma, a acessibilidade aos edifícios e na via pública apresenta-se

como um aspecto incontornável na avaliação dos problemas associados às

pessoas com mobilidade reduzida.

Estes problemas manifestam-se de diferentes formas, contudo adquirindo

maior expressividade quando condicionam a mobilidade no espaço público

e o acesso a estabelecimentos e equipamentos de utilização pública,

nomeadamente aqueles aos quais são aplicadas as normas técnicas sobre

acessibilidade, indicadas no Decreto-Lei n.º 163/2006 de 8 de Agosto, a

saber:

Passeios e outros percursos pedonais pavimentados;

Espaços de estacionamento marginal à via pública ou em parques

de estacionamento público;

À escala urbana, o principal pólo gerador é a “Vila Nova”.

A acessibilidade contribui para um maior reforço dos laços sociais, para uma maior participação cívica de todos.

À escala concelhia, a freguesia de Mértola constitui o principal pólo gerador.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

102

Equipamentos sociais de apoio a pessoas idosas e ou com

deficiência, designadamente lares, residências, centros de dia,

centros de convívio, centros de emprego protegido, centros de

actividades ocupacionais e outros equipamentos equivalentes;

Centros de saúde, centros de enfermagem, centros de diagnóstico,

hospitais, maternidades, clínicas, postos médicos em geral, centros

de reabilitação, consultórios médicos, farmácias e estâncias

termais;

Estabelecimentos de educação pré-escolar e de ensino básico,

secundário e superior, centros de formação, residenciais e

cantinas;

Estações ferroviárias e de metropolitano, centrais de camionagem,

gares marítimas e fluviais, aerogares de aeroportos e aeródromos,

paragens dos transportes colectivos na via pública, postos de

abastecimento de combustível e áreas de serviço;

Passagens de peões desniveladas, aéreas ou subterrâneas, para

travessia de vias-férreas, vias rápidas e auto-estradas;

Estações de correios, estabelecimentos de telecomunicações,

bancos e respectivas caixas multibanco, companhias de seguros e

estabelecimentos similares;

Parques de estacionamento de veículos automóveis;

Instalações sanitárias de acesso público;

Igrejas e outros edifícios destinados ao exercício de cultos

religiosos;

Museus, teatros, cinemas, salas de congressos e conferências e

bibliotecas públicas, bem como outros edifícios ou instalações

destinados a actividades recreativas e sócio-culturais;

Estabelecimentos prisionais e de reinserção social;

Instalações desportivas, designadamente estádios, campos de

jogos e pistas de atletismo, pavilhões e salas de desporto, piscinas

e centros de condição física, incluindo ginásios e clubes de saúde;

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

103

Espaços de recreio e lazer, nomeadamente parques infantis,

parques de diversões, jardins, praias e discotecas;

Estabelecimentos comerciais cuja superfície de acesso ao público

ultrapasse 150 m2, bem como hipermercados, grandes superfícies,

supermercados e centros comerciais;

Estabelecimentos hoteleiros, meios complementares de alojamento

turístico, à excepção das moradias turísticas e apartamentos

turísticos dispersos, conjuntos turísticos e ainda cafés e bares cuja

superfície de acesso ao público ultrapasse 150 m2;

Edifícios e centros de escritórios.

Os próprios edifícios habitacionais apresentam, muitas vezes, barreiras

arquitectónicas que se constituem como obstáculos às pessoas com

mobilidade reduzida, agravando a sua condição neste domínio.

No que diz respeito ao município de Mértola, identificaram-se algumas

situações de barreiras arquitectónicas que condicionam o acesso a

estabelecimentos e equipamentos de utilização pública, nomeadamente:

estação dos correios (Imagem 8);

parque de estacionamento de veículos ligeiros (Imagem 9);

dimensionamento e desnível de passeios (Imagem 10);

passadeiras sem rampa e conducentes a lugares de

estacionamento (Imagem 11).

No concelho de Mértola identificaram-se algumas barreiras arquitectónicas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

104

Imagem 8. Estação dos Correios sem acesso em rampa

Imagem 10. Dimensionamento e desnível dos passeios

Em relação aos edifícios habitacionais (Quadro 43), os dados do último

Recenseamento Geral da Habitação mostram que 92,3% dos edifícios

existentes no concelho, ainda que não possuindo rampas, eram acessíveis.

O número de edifícios com rampas de acesso é de 345 edifícios (3,8% do

Imagem 9. Lugar de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência delimitado

por muro no lado do condutor Imagem 11. Passadeira conducente a lugar

de estacionamento

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

105

total de edifícios), enquanto que 358 edifícios (3,9% do total de edifícios)

não eram considerados acessíveis a pessoas com mobilidade

condicionada.

Quadro 43. Edifícios, segundo o número de pavimentos, por acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada (2001)

Fonte: INE, XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da Habitação, 2001

Edifícios, segundo o Número de Pavimentos Total Com 1 Com 2 Com 3 Com 4

Mértola 9 181 8 741 422 17 1 Tem rampas de acesso 345 328 16 1 -

Com elevador - - - - - Sem elevador 345 328 16 1 -

Não tem rampas de acesso e é acessível 8 478 8 078 386 13 1 Com elevador - - - - - Sem elevador 8 478 8 078 386 13 1

Não tem rampas de acesso e não é acessível 358 335 20 3 - Com elevador - - - - - Sem elevador 358 335 20 3 -

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

106

7. CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE TRANSPORTE

7.1. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA DE TRANSPORTE POR

MODO

7.1.1. REDE RODOVIÁRIA

7.1.1.1. CARACTERIZAÇÃO DA REDE RODOVIÁRIA

A caracterização da rede viária tem por base o Plano Rodoviário Nacional

de 2000 (Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº

98/99 de 26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo

Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto). Este Plano define a rede

rodoviária nacional, que desempenha funções de interesse nacional ou

internacional, constituída pela rede nacional fundamental e pela rede

nacional complementar.

Tendo em conta o âmbito do presente estudo, consideram-se as vias que

atravessam o município, assim como as vias de ligação entre os principais

aglomerados, fazendo-se uma breve análise das suas funções.

Com efeito, o concelho de Mértola é servido pela rede nacional

complementar, formada pelos itinerários complementares (IC) e pelas

estradas nacionais (EN). A rede nacional complementar assegura a ligação

entre a rede nacional fundamental e os centros urbanos de influência

concelhia ou supraconcelhia, mas infradistrital.

Os IC estabelecem as ligações de maior interesse regionais, bem como as

principais vias envolventes e de acesso nas áreas metropolitanas de Lisboa

e Porto. O município de Mértola é servido pelo IC27/EN122:

IC27/EN122 – Via de âmbito nacional e principal via de acesso ao

município de Mértola, desempenhando um papel de relevo nas

relações inter-concelhias e regionais. Atravessa o município de

Mértola sensivelmente de Noroeste para Sudeste, fazendo a

ligação entre Beja, onde liga ao IP2, e Castro Marim onde liga à

A22 (Via do Infante).

O concelho de Mértola é servido pela rede nacional complementar

O IC27/EN122 serve o concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

107

Figura 30. Rede Rodoviária

!!

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!!IP1

IP7

IP1

IC11

IP6

IC1

IC27

IC1

IC1

IC4

IP7

IP8

IP6

IC32

IC3

IC3

IP1

IP6 - IP2

IC27

IC18

IC4

IC2

IP8

IP1 - IP6

IC15

IC13

IP2

IC8

IP6

IC36

IP1 - IP7

IP2

IC17

IC9

IC30

IC21

IC13

IP2

IC10

IC2

IC1

IC1

IC20

IC9

IP2

IC9

IC11

IP2

IC33

IP2

IP2

IP8

MÉRTOLA

FARO

BEJA

ÉVORASETÚBAL

SANTARÉM

LEIRIA

PORTALEGRE

LISBOA

7°W8°W9°W

39°N

38°N

37°N

0 20km

(iNorte

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

108

Figura 31. Rede Rodoviária do concelho de Mértola

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N1097N514

N508

N1175

ER265-1

N506-1

N540

M514

N508 M1142

N392

M1218

N511

N1171

N505

N1085

N1042

N507

N506

M1151

N123

IC27

N1054

N2

N124

N506-1

ER267

M1178

IC27

N506-1IC27

N1142

N1169

N506

N1170

N514

N509

N124

N509

N507

N514

N507-1

N514-1

N506

M509

N392

N510

N1138

N1045

IC27

N508

M1096

N1001

N514

ER265

IP2

N1170

N1147

N1153

N507

N505

N1046

N1140

N1180

N1140

N122-1

N1039

N507

N1040

N1043

N1168

Mértola

Sapos-Santana deCambas

Bens

Salgueiros

Mesquita

Pomarão

Picoitos

Roncãode Baixo

MonteAlto Fernandes

Alves

Roucanito

Roncãode Cima

Roncãodo Meio

Boavista

Moinhos deVento de Baixo

Vicentes

Moinhosde Ventode Cima

Montedo Belo

Álamo

BritesGomes

Sapos

Namorados

Bicada

Lombardos

AlémRio

Corte daVelha

CorteGafo de

BaixoCorte Gafode Cima

CortePequena-Mértola

CorteSines

Monte Costa Moreanes

Corvos

Mosteiro Amendoeirada Serra

Vales Mortos

Vale doPoço

MontesAltos

Mina de São Domingos

CorteCobres

Monte dasFigueiras

Vale deCamelos

Tacões

Figueirinha

EspragosaSete

Monte doGuerreiro

Semblana

CaiadaNeves da Graça

A-do-Corvo

Viegas

AlgodorCortePequena

Azinhal

Vale Açor de Cima

Vale Açorde Baixo

Amendoeirado Campo

Martinhanes

JoãoSerra

PenilhosCorte Pão

E Água

Maceares

Alvares

SimõesVascoRodrigues

Ledo

Boisões

ManuelGalo

Góis

Castanhos

AlcariaLonga

Rolão

Viseus

Salto

Lombador

Monte da Vinha

Monte dasViúvas

Monte doRombaDogueno

MonteJoãoDias

Guedelhas

Castelhanos

Laborato

Santanade Baixo

Santana deCima Roncão

DiogoDias

PêroDias

BarradaAzinhalZorrinhos

de Cima

Tremelgode Baixo

Pessegueiro

MonteNegas

Corcha

Lobato

Fialho

Penedos

DiogoMartins

Gato

Velhas

AlcariaAlta

São Bartolomeu deVia

Glória

Balurcode Baixo

Torneiro

Coito

Santa Marta

MonteVascão

Corte doTabelião

Cortes PereirasAfonsoVicente

SantaJusta

Vicentes

Serro daVinha de

BaixoTesouro

ClarinesFarelos

Balurco de Cima

Tacões

MarmeleiroCorteda Seda

Sedas

Besteiros

Alcaria dosJavazes

Lutão

Carros

Vargens

Santanade Cambas

EspíritoSanto

Corte doPinto

Albernoa

Senhora da Graça

AlcariaRuiva

SãoJoão dos Caldeireiros

São Sebastiãodos Carros

SãoMiguel do

Pinheiro

São Marcosda Ataboeira

SantaCruz

São Pedrode Solis

Pereiro

GiõesAlcoutim

MartimLongo

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

(i0 5

km

Norte

Fonte: elaboração própria, 2007

As comunicações públicas rodoviárias, com interesse supramunicipal e

complementar à rede rodoviária nacional, são asseguradas por estradas

regionais (ER). As ER asseguram o desenvolvimento e serventia das zonas

fronteiriças, costeiras e outras de interesse turístico, a ligação entre

agrupamentos de concelhos constituindo unidades territoriais e a

continuidade de estradas regionais nas mesmas condições de circulação e

segurança. O concelho de Mértola é servido por três estradas regionais:

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

109

ER123 – Principal ligação ao município de Casto Verde, ligando ao

IC27 na freguesia de Alcaria Ruiva.

ER265 – Faz a ligação entre o IP8 e o IC27, entre Serpa e Mértola.

É através desta via que os residentes nas freguesias de Corte Pinto

e Santana de Cambas têm acesso à sede do município e ao

segundo maior núcleo urbano do concelho, a Mina de São

Domingos.

ER267 – É a principal via de acesso ao município de Almodôvar,

assim como a principal infra-estrutura rodoviária para as ligações

intra e inter-concelhias dos residentes na freguesia de São João

dos Caldeireiros.

De acordo com o PRN 2000, as estradas não incluídas neste Plano

integrarão as redes municipais, mediante protocolos a celebrar entre a EP –

Estradas de Portugal e as câmaras municipais. Para além do previsto no

PRN 2000, as estradas municipais serão também alvo de regulamentação

por diploma próprio. Para além das vias de âmbito nacional e regional, a

rede rodoviária do concelho de Mértola é constituída por um conjunto de

estradas municipais e estradas nacionais desclassificadas que embora

possuam um nível de serviço inferior às de âmbito nacional e regional,

desempenham uma função essencial na acessibilidade intra-concelhia,

assegurando a ligação aos aglomerados de pequena dimensão,

apresentando algumas destas vias capacidade de serviço reduzida.

Por forma a percepcionar a cobertura territorial alargada da rede rodoviária,

procedeu-se à análise da distância em minutos relativamente à sede de

concelho12, utilizando-se as seguintes isócronas: 5 minutos; 10 minutos; 15

12 Foram calculadas as isócronas para os 5, 10, 15, 20 e 30 minutos em relação à sede de

concelho. Este cálculo teve por base as principais vias de cada concelho. O tempo dispendido

em relação à sede de concelho foi calculado tendo por base a tipologia da rede viária, com os

valores de velocidade máximos estabelecidos no código da estrada. Deste modo, consoante a

extensão do eixo da via é contabilizado o tempo necessário para percorrer cada troço, sendo

de seguida o tempo acumulado em cada nó onde existe uma intersecção com outro troço,

continuando a análise a realizar-se até que seja atingido o limite dos 30 minutos de

deslocação previamente estabelecido. Apresentam-se os resultados de acordo com duas

As estradas não incluídas no plano rodoviário nacional integrarão as redes municipais.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

110

minutos; 20 minutos; 30 minutos. O resultado deste exercício (Figura 32)

permite verificar que os níveis de acessibilidade à sede de concelho em

distância-tempo apresentam uma incidência territorial em coroa (com

aumento da distância-tempo no sentido centrífugo), com deformações

induzidas por vias com níveis de serviço superiores, estando a larga

maioria dos aglomerados populacionais a menos de 15 minutos da Vila de

Mértola.

metodologias diferentes. A primeira apresenta as isócronas a englobarem as vias dentro dos

intervalos de tempo definidos, sendo de seguida à área entre as vias atribuído o valor de

tempo alocado à via mais próxima (Figura 32). O segundo método utilizado executa a análise

tendo apenas em conta uma determinada área circundante às vias, sendo que na análise

realizada foi definida uma margem de 400 metros em relação aos eixos das vias. Deste modo

a área que não é servida pela rede viária e que se encontra fora da margem de 400 metros é

considerada inacessível (Figura 33).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

111

Figura 32. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Rede Rodoviária)

N1097N514

N508

N1175

ER265-1

N506-1

N540

M514

N508 M1142

N392

N511

N505

N1085

N1042

N507

N506

M1151

N123

IC27

N1054

N2

N124

N506-1ER267

M1178

IC27

IC27

N1142

N1169

N506

N124

N509

N507

N514

N507-1

N514-1

N506

M509

N392

N510

N1138

N1045

M1096

N1001

N514

ER265

IP2

N1170

N1153

N1046

N1140

N1180

N122-1

N1039

N1040

N1043

N1168

MértolaSapos-Santana deCambas

Bens

Salgueiros

Mesquita

Pomarão

Picoitos

Roncãode Baixo

Monte Alto

Alves

Roncão de Cima

Moinhos deVento de Baixo

Vicentes

Moinhosde Ventode Cima

Montedo Belo

Álamo

BritesGomes

Sapos

Namorados

Bicada Lombardos

Corte da Velha

Corte Gafo de BaixoCorte Gafo de Cima

CortePequena-Mértola

Corte Sines

Moreanes

Corvos

Mosteiro Amendoeirada Serra

Vales Mortos

Vale doPoço

Montes Altos

Mina de São Domingos

CorteCobres

Monte dasFigueiras

Vale deCamelos

Tacões

Figueirinha

EspragosaSete

Monte doGuerreiro

Semblana

CaiadaNeves da Graça

A-do-Corvo

Viegas

AlgodorCortePequena

Azinhal

Vale Açor de CimaVale Açorde Baixo

Amendoeira doCampo

Martinhanes

JoãoSerra

PenilhosCorte Pão

E Água

Maceares

Alvares

Simões

VascoRodrigues

Ledo

Boisões

Manuel GaloGóis

Castanhos

AlcariaLonga

Rolão

Viseus

Salto

Lombador

Monte da Vinha

Monte dasViúvas

Monte do RombaDogueno

MonteJoãoDias

Guedelhas

Castelhanos

Laborato

Santana deBaixo

Santanade Cima

Roncão

DiogoDias

PêroDias

BarradaAzinhalZorrinhos

de Cima

Tremelgode Baixo

Pessegueiro

Monte Negas Corcha

Lobato

Fialho

Penedos

DiogoMartins

Gato

Velhas

AlcariaAlta

São Bartolomeude Via Glória

Balurcode Baixo

Torneiro

Coito

Santa Marta

MonteVascão

Corte doTabelião

Cortes PereirasAfonsoVicente

SantaJusta

Vicentes

Serro daVinha de

BaixoTesouro

ClarinesFarelos

Balurco de Cima

Tacões

MarmeleiroCorteda Seda

Sedas

Besteiros

Alcariados Javazes

Lutão

Carros

Vargens

Santana de Cambas

EspíritoSanto

Corte doPinto

Albernoa

Senhora da Graça

Alcaria Ruiva

SãoJoão dos Caldeireiros

São Sebastiãodos Carros

São Miguel do Pinheiro

São Marcosda Ataboeira

SantaCruz

SãoPedro deSolis

Pereiro

Giões Alcoutim

MartimLongo

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

Nº Habitantes (2001)

!!601 - 1451

!!251 - 600

!!81 - 250

!!7 - 80

Tempo (min.)0 - 5

5 - 10

10 - 15

15 - 20

20 - 30

0 2km

(iNorte

Fonte: elaboração própria, 2007

Através da análise da Figura 31, verifica-se ainda que a rede rodoviária

municipal apresenta maior densidade no sector Sul do concelho, aspecto

indissociável da ocupação do território concelhio, caracterizada pela

existência de um maior número de aglomerados populacionais neste

sector.

A rede rodoviária municipal apresenta maior densidade no sector Sul do concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

112

A maior densidade da rede rodoviária no sector Sul do território concelhio é

também constatável na Figura 33, que apresenta a distância em minutos da

área circundante às vias relativamente à sede de concelho. Como se pode

observar, a rede rodoviária neste sector permite uma maior acessibilidade à

sede de concelho, visto que a quase totalidade do território encontra-se a

menos de 30 minutos daquele núcleo urbano, enquanto no sector

Norte/Nordeste/Este apenas a envolvente imediata às vias que garantem a

ligação aos principais aglomerados populacionais tem um cobertura que

possibilita uma ligação à Vila de Mértola inferior a 30 minutos. O sector

Oeste apresenta igualmente bons níveis de acessibilidade à sede de

concelho, em resultado da permeabilidade propiciada pelo IC27/N123 e

ER267 (em função do seu nível de serviço, permitem um alargamento dos

perímetros territoriais que se encontram a menos de 5 minutos e entre 5-10

minutos da Vila de Mértola) e pelas vias da rede municipal que asseguram

a ligação a estes eixos.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

113

Figura 33. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (área circundante à Rede Rodoviária)

N1097N514

N508

N1175

ER265-1

N506-1

N540

M514

N508 M1142

N392

N511

N505

N1085

N1042

N507

N506

M1151

N123

IC27

N1054

N2

N124

N506-1ER267

M1178

IC27

IC27

N1142

N1169

N506

N124

N509

N507

N514

N507-1

N514-1

N506

M509

N392

N510

N1138

N1045

M1096

N1001

N514

ER265

IP2

N1170

N1153

N1046

N1140

N1180

N122-1

N1039

N1040

N1043

N1168

MértolaSapos-Santana deCambas

Bens

Salgueiros

Mesquita

Pomarão

Picoitos

Roncãode Baixo

Monte Alto

Alves

Roncão de Cima

Moinhos deVento de Baixo

Vicentes

Moinhosde Ventode Cima

Montedo Belo

Álamo

BritesGomes

Sapos

Namorados

Bicada Lombardos

Corte da Velha

Corte Gafo de BaixoCorte Gafo de Cima

CortePequena-Mértola

Corte Sines

Moreanes

Corvos

Mosteiro Amendoeirada Serra

Vales Mortos

Vale doPoço

Montes Altos

Mina de São Domingos

CorteCobres

Monte dasFigueiras

Vale deCamelos

Tacões

Figueirinha

EspragosaSete

Monte doGuerreiro

Semblana

CaiadaNeves da Graça

A-do-Corvo

Viegas

AlgodorCortePequena

Azinhal

Vale Açor de CimaVale Açorde Baixo

Amendoeira doCampo

Martinhanes

JoãoSerra

PenilhosCorte Pão

E Água

Maceares

Alvares

Simões

VascoRodrigues

Ledo

Boisões

Manuel GaloGóis

Castanhos

AlcariaLonga

Rolão

Viseus

Salto

Lombador

Monte da Vinha

Monte dasViúvas

Monte do RombaDogueno

MonteJoãoDias

Guedelhas

Castelhanos

Laborato

Santana deBaixo

Santanade Cima

Roncão

DiogoDias

PêroDias

BarradaAzinhalZorrinhos

de Cima

Tremelgode Baixo

Pessegueiro

Monte Negas Corcha

Lobato

Fialho

Penedos

DiogoMartins

Gato

Velhas

AlcariaAlta

São Bartolomeude Via Glória

Balurcode Baixo

Torneiro

Coito

Santa Marta

MonteVascão

Corte doTabelião

Cortes PereirasAfonsoVicente

SantaJusta

Vicentes

Serro daVinha de

BaixoTesouro

ClarinesFarelos

Balurco de Cima

Tacões

MarmeleiroCorteda Seda

Sedas

Besteiros

Alcariados Javazes

Lutão

Carros

Vargens

Santana de Cambas

EspíritoSanto

Corte doPinto

Albernoa

Senhora da Graça

Alcaria Ruiva

SãoJoão dos Caldeireiros

São Sebastiãodos Carros

São Miguel do Pinheiro

São Marcosda Ataboeira

SantaCruz

SãoPedro deSolis

Pereiro

Giões Alcoutim

MartimLongo

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

Nº Habitantes (2001)

!!601 - 1451

!!251 - 600

!!81 - 250

!!7 - 80

Tempo (min.)0 - 5

5 - 10

10 - 15

15 - 20

20 - 30

0 2km

(iNorte

Fonte: elaboração própria, 2007

Finalmente, importa referir que do trabalho realizado resultou clara a

necessidade de corrigir o traçado de algumas vias e melhorar a rede viária

entre localidades de menor dimensão e entre estas e as estradas da rede

rodoviária fundamental e complementar que dão acesso à sede de

concelho e sedes de freguesia.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

114

7.1.1.2. INDICADORES DA REDE RODOVIÁRIA

Através da análise de indicadores da rede rodoviária que serve o concelho

de Mértola pretende-se aferir do nível de acessibilidade existente. Para tal,

consideraram-se os seguintes índices:

Índice de permeabilidade13 (km de estrada/km2 de área);

Índice de densidade (km de estrada/1.000 hab.);

Número de veículos por km de rede viária.

A rede rodoviária tem uma extensão total de aproximadamente 632,4 km no

município de Mértola, da qual resulta uma permeabilidade de 0,49 km de

rede viária por km2 de área, valor bastante inferior à média nacional (2,08

km2).

Quadro 44. Índice de Permeabilidade

* Inclui as estradas nacionais desclassificadas.

Fonte: elaboração própria, 2007

No que diz respeito à rede rodoviária nacional, mais precisamente no que

se refere aos IC, o concelho de Mértola apresenta um índice de

permeabilidade de 0,04 km/km2. Tratando-se de um valor relativamente

reduzido, o mesmo deve ser analisado à luz da extensão territorial do

concelho de Mértola, visto que a extensão da rede é de 51,3 km. Quanto às

ER, a densidade da rede ascende a 0,05 km/km2, valor ligeiramente

13 Tratando-se de uma densidade, propõe-se a designação de índice de permeabilidade na

medida em que este indicador permite aferir da cobertura territorial da rede rodoviária,

diferenciando-se assim do índice de densidade que avalia a relação entre a extensão da rede

e o número de habitantes.

IC ER EM* Total

Extensão (km)

Extensão/ Área (km/km2)

Extensão (km)

Extensão/ Área (km/km2)

Extensão (km)

Extensão/ Área (km/km2)

Extensão (km)

Extensão/ Área (km/km2)

Mértola 51,3 0,04 67,3 0,05 513,7 0,40 632,4 0,49

A rede rodoviária tem uma extensão de 632,4 km no concelho de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

115

superior ao ostentado pela rede de IC, resultante da existência de 67,3 km

de estradas regionais no concelho. No cômputo da rede consignada no

PRN 2000 (IC e ER), o índice de permeabilidade é de 0,09 km/km2.

Por sua vez, a rede municipal apresenta uma extensão de 513,7 km, sendo

a sua permeabilidade relativamente elevada (0,40 km/km2), reflectindo as

exigências decorrentes do tipo de povoamento do concelho (concentração

da população em pequenos aglomerados populacionais dispersos pelo

território concelhio) e da sua extensão territorial.

Esta análise é corroborada pelo índice de densidade da rede (extensão da

rede viária por habitante) – Quadro 45 –, o qual cifra-se em 72,6 km por

1.000 habitantes, quando em Portugal Continental não ultrapassa os 18,2

km por 1.000 habitantes.

Quadro 45. Índice de densidade e veículos por quilómetro da rede viária em

Mértola e Portugal Continental

Fonte: elaboração própria, 2007

Enfocando o número de veículos por quilómetro de rede viária, observa-se

que o valor ostentado por Mértola é relativamente reduzido – 6,3 veículos

por km de rede viária –, quando no cômputo do território continental

nacional ascende a 28,9 veículos por km.

7.1.1.3. VIAS E PERCURSOS CONGESTIONADOS

Os principais problemas de congestionamento de vias/percursos ocorrem

no Eixo Comercial da Vila de Mértola (Figura 34), em função da realização

de operações de cargas e descargas na via. Tal deve-se ao impedimento

de estacionamento nas áreas reservadas a este tipo de operações,

motivado pela sua ocupação por veículos particulares.

Índice de Densidade

Veículos por km de Rede

Viária

(km/1.000 hab.) (veículos/km)

Mértola 72,58 6,3

PortugalContinental 18,24 28,9

Os principais problemas de congestionamento ocorrem no Eixo Comercial da Vila de Mértola.

A rede rodoviária municipal tem uma extensão de 513,7 km.

Em Mértola existiam 6,3 veículos por km da rede.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

116

Tratando-se de um condicionamento à normal fluidez do tráfego numa das

principais artérias da Vila de Mértola, o mesmo deverá ser entendido e

interpretado no contexto do volume de tráfego existente neste aglomerado.

Acresce que a resolução deste problema é expectável no curto/médio

prazo, através da intervenção de requalificação do Eixo Comercial.

Figura 34. Pontos de congestionamento no Eixo Comercial da Vila de Mértola

Fonte: elaboração própria, 2007

7.1.1.4. PONTOS NEGROS EM TERMOS DE SINISTRALIDADE

Relativamente aos pontos negros, a sua identificação baseou-se na análise

dos Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação da Direcção Geral de

Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, enfocando os

acidentes com vítimas mortais ou feridos graves14 no período 2004-2006.

14 São contabilizadas como vítimas mortais os óbitos ocorridos no local do acidente ou a

caminho do hospital, enquanto que os feridos graves respeitam a acidentados que necessitam

de hospitalização por um período superior a 24 horas.

´

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

117

Para além do aumento do número de acidentes e de mortos e feridos

graves neste período, esta análise possibilita a constatação de que mais de

60% dos acidentes ocorreram no IC27/EN122 (Quadro 46 e Figura 35).

Destes, 70% foram despistes, sendo os restantes colisões.

Tais resultados não devem ser dissociados do facto de se tratar da estrada

que tem maior procura em termos de tráfego rodoviário no concelho, em

função de ser o eixo Norte-Sul situado mais a Nascente e próximo da

fronteira.

Acresce que as boas condições do pavimento induzem velocidades

elevadas face às características da infra-estrutura rodoviária

(nomeadamente bermas de reduzida dimensão ou inexistentes) originando,

por vezes, despistes.

No cômputo da rede viária existente no concelho, denota-se ainda alguma

concentração de acidentes na área envolvente à Vila de Mértola, assim

como a ocorrência da totalidade dos acidentes no período diurno,

especialmente no período da tarde.

Quadro 46. Número de acidentes, mortos e feridos graves no IC27/EN122 (2004-2006)

Acidentes Mortos Feridos Graves

2004 3

2005 1

2006 7

5 9

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Centrando a análise no ano mais recente (2006) – Quadro 47 –, constata-

se que dos acidentes ocorridos no concelho de Mértola resultaram 5 mortos

e 6 feridos graves, sendo que 3 das vítimas mortais e a totalidade dos

feridos graves resultaram de acidentes registados no IC27/EN122.

Entre 2004 e 2006 verificou-se um aumento do número de acidentes e de mortos e feridos graves.

Denota-se uma concentração de acidentes na área envolvente à sede de concelho.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

118

Figura 35. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola15 (2004-2006)

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N1097N514

N508

N1175

ER265-1

N506-1

N540

M514

N508 M1142

N392

M1218

N511

N1171

N1085

N1042

N507

N506

N123

IC27

N1054

N2

N124

ER267

N506-1

M1178

IC27

N506-1

IC27

N1142

N1169

N506

N1170

N514

N509

N124

N509

N507

N514

N507-1

N514-1

N506

M509N392N510

N1138

N1045

N508

M1096

N1001

N514

ER265

IP2

N1170

N1147

N1153

N507

N505

N1046

N1140

N1180

N1140

N122-1N507

N1040

N1043

N1168

Mértola

Sapos-Santana deCambas

Bens

Salgueiros

Mesquita

Pomarão

Picoitos

Roncãode Baixo

MonteAlto Fernandes

Alves

Roucanito

Roncãode Cima

Roncãodo Meio

Boavista

Moinhos deVento de Baixo

Vicentes

Moinhosde Ventode Cima

Montedo Belo Álamo

BritesGomes

Sapos

Namorados

BicadaLombardos

Além Rio

Corte daVelha

Corte Gafode Baixo

Corte Gafode Cima

CortePequena-Mértola

CorteSines

Monte Costa Moreanes

Corvos

Mosteiro Amendoeirada Serra

Vales Mortos

Vale doPoço

MontesAltos

Mina de São Domingos

CorteCobres

Monte dasFigueiras

Vale deCamelos

Tacões

Figueirinha

EspragosaSete

Monte doGuerreiro

Semblana

CaiadaNeves da Graça

A-do-Corvo

Viegas

CortePequena

Azinhal

Vale Açor de Cima

Vale Açorde Baixo

Amendoeirado Campo

Martinhanes

João Serra

PenilhosCorte Pão

E Água

Maceares

Alvares

SimõesVasco Rodrigues

Ledo

Boisões

ManuelGalo

Góis

Castanhos

AlcariaLonga

Rolão

Viseus

Salto

Lombador

Monte da Vinha

Monte dasViúvas

Monte doRombaDogueno

MonteJoãoDias

Guedelhas

CastelhanosLaborato

Santanade Baixo

Santana deCima Roncão

DiogoDias

PêroDiasBarrada

AzinhalZorrinhosde Cima

Tremelgo deBaixoPessegueiro

MonteNegas

Corcha

Lobato

Fialho

Penedos

DiogoMartins

Gato

Velhas

AlcariaAlta

São Bartolomeu de ViaGlória

Balurcode Baixo

Torneiro

Coito

Santa Marta

MonteVascão

Corte doTabelião

CortesPereiras

AfonsoVicente

SantaJusta

Vicentes

Serro daVinha de

BaixoTesouro

ClarinesFarelos

Balurco de Cima

Tacões

MarmeleiroCorteda Seda

Sedas

Besteiros

Alcaria dosJavazes

Lutão

Carros

Vargens

Santanade Cambas

EspíritoSanto

Corte doPinto

Albernoa

Senhora da Graça

AlcariaRuiva

SãoJoão dos Caldeireiros

São Sebastiãodos Carros

SãoMiguel do

Pinheiro

São Marcosda Ataboeira

SantaCruz

São Pedrode Solis

Pereiro

GiõesAlcoutim

MartimLongo

2005

2003

2006

2006

2005

2006

2004

2004

2004

2006

2006

2006

2006

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

(i0 5

km

Norte

! Col. Lat. c/ Veic. em Mov.

" Colisão Frontal

# Desp. c/ Capotamento

$ Desp. c/ Col. c/ Veic. Imob ou Obst.

X Desp. s/ Dispo. Retenção

[ Despiste Simples

! Com Vítimas Mortais

! Com Feridos Graves

Fonte estatística: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

15 Representam-se apenas os acidentes para os quais existia informação suficiente à sua geo-

referenciação (e.g. nalguns casos os dados estatísticos dos acidentes não apresentavam o

quilómetro de ocorrência dos mesmos).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

119

Quadro 47. Acidentes com mortos ou feridos graves no concelho de Mértola (2006)

Mês Mortos Feridos Graves Via km Natureza

Março - 1 IC27/EN122 71,6 Desp. c/ capotamento

Abril 1 - EM514 - Desp. c/ capotamento

Abril 1 1 IC27/EN122 23 Colisão frontal

Julho - 1 IC27/EN122 52,1 Desp.c/ col. c/ veic. imob. ou obst.

Julho - 1 IC27/EN122 33,1 Despiste simples

Agosto 2 - IC27/EN122 23,2 Desp. c/ capotamento

Outubro 1 0 ER265 50,2 Desp. c/ capotamento

Dezembro - 1 IC27/EN122 45,5 Desp. s/ dispos. retenção

Dezembro 0 1 IC27/EN122 71 Desp.c/ col. c/ veic. imob. ou obst.

Total 5 6 --- --- ---

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Quanto à natureza dos acidentes (Quadro 48), das 9 ocorrências

registadas, uma decorreu de uma colisão frontal e as restantes resultaram

de despistes, tipologia de acidente que representava ainda 76,5% dos

acidentes com mortos ou feridos graves contabilizados entre 2004 e 2006.

Nota ainda para o facto de, neste período, não se terem registado

atropelamentos com mortos ou feridos graves.

Quadro 48. Natureza dos acidentes envolvendo mortos e feridos graves (2004-2006)

Fonte: Direcção Geral de Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

Refira-se também que, em 2005, o índice de gravidade de acidentes16 era

de 4,2 no concelho de Mértola, valor abaixo do averbado pela NUT III em

que o mesmo se insere (5,1), embora superior ao registado no território

continental de Portugal (3,0). Neste mesmo ano, o índice de gravidade dos

acidentes ocorridos no concelho de Ourique ascendia a 11,9.

16 O índice de gravidade de acidentes pondera o número de vítimas mortais de acidentes de

viação no total de acidentes de viação com vítimas (índice de gravidade de acidentes: vítimas

mortais de acidentes de viação / número de acidentes de viação com vítimas x 100).

N.º Acidentes Atropelamentos Colisões Despistes Mortos Feridos Graves 2004 5 0 1 4 2 4

2005 3 0 2 1 1 3

2006 9 0 1 8 5 6

Total 17 0 4 13 7 13

Os despistes representam 76,5% dos acidentes com mortos ou feridos graves.

O índice de gravidade de acidentes era de 4,2 no concelho de Mértola, em 2005.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

120

Quadro 49. Índice de gravidade de acidentes (2005)

Índice de gravidade dos acidentes

Continente 3,0

Baixo Alentejo 5,1

Aljustrel 7,1

Almodôvar 2,1

Alvito -

Barrancos -

Beja 1,7

Castro Verde 9,8

Cuba -

Ferreira do Alentejo 2,4

Mértola 4,2

Moura 3,6

Ourique 11,9

Serpa 9,3

Vidigueira 4,2

Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região do Alentejo, 2006

Em 2006, o índice de gravidade dos acidentes rodoviários mais elevado do

distrito de Beja registou-se em Mértola, com 14,7 (Direcção Geral de

Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, 2007).

O maior índice de gravidade de acidentes no distrito de Beja foi registado Mértola em 2006.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

121

Imagem 12. Delimitação da via no Eixo Comercial

(Rua Dr. Serrão Martins)

Imagem 13. Estacionamento de veículos em zona

reservada a operações de cargas e descargas

(Rua Dr. Serrão Martins)

Imagem 14. Condicionantes à circulação pedonal

no Casco Histórico

7.1.2. PRINCIPAIS PERCURSOS PEDONAIS

Na Vila de Mértola, os principais percursos pedonais correspondem ao Eixo

Comercial e ao perímetro do Casco Histórico

(Figura 36), verificando-se em ambos a partilha

de uso com o automóvel.

No Eixo Comercial, a implementação do sentido

único permitiu o estreitamento da via de trânsito

através da introdução de pilaretes (Imagem 12).

Todavia, esta solução não se repercutiu numa

melhoria significativa do trânsito de peões, pois

para além do estreitamento da via não ter sido

acompanhado por um alargamento dos

passeios (nem alteração do seu perfil,

designadamente no que se refere à inclinação),

observam-se descontinuidades na área

delimitada, relacionadas com as zonas de

estacionamento para operações de cargas e

descargas (ocupadas, com regularidades, por

veículos ligeiros de particulares) – Imagem 13.

Trata-se, contudo, de uma solução provisória,

estando projectada pela autarquia uma

intervenção de requalificação desta artéria (Eixo

Comercial), da qual é expectável a melhoria das

condições de circulação pedonal.

No que respeita ao Casco Histórico, não

obstante o forte potencial de atractividade

pedonal, verifica-se o uso partilhado com o

automóvel, exceptuando-se os arruamentos

cujo traçado impossibilita a circulação destes

veículos. Esta partilha, conjugada com a

irregularidade do pavimento e a topografia

declivosa acabam por condicionar a circulação

pedonal (Imagem 14).

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

122

Figura 36. Principais percursos pedonais na Vila de Mértola

Eixo Comercial

"Vila Velha"/Casco Histórico

´

Fonte: elaboração própria, 2007

7.1.3. PISTAS CICLÁVEIS

No concelho de Mértola não existe, presentemente, qualquer faixa ou pista

ciclável. Embora estando prevista a criação de uma ecopista no âmbito do

Projecto “Vias Verdes do Alentejo” (Rede Verde do Alentejo), esta assume

uma vertente essencialmente turística e de lazer, patente nos objectivos do

projecto e no percurso.

Trata-se de um projecto que assume os pressupostos do Programa

Europeu das Vias Verdes, visando a constituição de seis ecopistas (Linha

de Montemor-o-Novo – Torre da Gadanha, Ramal de Mora, Ramal de

Reguengos, Ramal de Moura, Troço das Minas de S. Domingos –

Pomarão, Troço das Minas do Lousal), uma das quais localizada no

concelho de Mértola, ligando a Mina de S. Domingos (freguesia de Corte do

Pinto) ao Pomarão (freguesia de Santana de Cambas), constituindo a

“Ecovia do Minério” – Figura 37.

No concelho de Mértola não existe, presentemente, qualquer faixa ou pista ciclável.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

123

Figura 37. Percurso da Ecovia do Minério

7°20'W7°30'W7°40'W

37°50'N

37°40'N

0 5km

(iNorte

Ecopista

Fonte: adaptado de MACHADO et. al., 2005

Para tal, a ecovia irá reaproveitar a linha de caminho-de-ferro que ligava a

Mina de S. Domingos ao porto do Pomarão (desactivada em 1996), num

percurso com 16,5 km, com passagem por: Mina de S. Domingos, Moitinha,

Achada do Gamo, Telheiro, Santana de Cambas, Bens, Estação dos

Salgueiros e Pomarão. Esta ecopista constitui, assim, uma aposta relevante

no desenvolvimento de uma rede verde de circulação destinada ao

transporte não motorizado, integrada num circuito contínuo ao longo de

todo o eixo mediterrânico europeu.

A implementação da ecopista encontra-se, contudo, condicionada por

alguns entraves de natureza processual, sendo expectável a sua resolução

através da Fundação Martins Serrão, constituída pela Câmara Municipal de

Mértola e pela entidade empresarial proprietária da plataforma do antigo

caminho-de-ferro. Com a celebração dos acordos entre as entidades

Está prevista a construção de uma ecopista entre Mina e Pomarão.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

124

Fonte: www.geocaching.com

Imagem 15. Porto do Pomarão

envolvidas, será possível a conclusão do projecto no período de vigência

do QREN 2007-2013.

7.1.4. TRANSPORTE FLUVIAL

O transporte fluvial no Rio Guadiana representou, durante o século XX, um

papel de relevo no contexto da dinâmica socio-económica induzida pela

exploração de minério na Mina de S. Domingos. Com ligação ferroviária a

este complexo mineiro, o porto do Pomarão assegurava o escoamento via

fluvial do minério extraído por meio de

embarcações de grande porte, tirando partido das

condições de navegabilidade então existentes.

Nesse período, o porto de Mértola foi revitalizado,

beneficiando de dragagens que permitiram a

navegabilidade de cargueiros de pequeno porte.

Tal permitiu que este porto assumisse alguma

relevância como local de abastecimento, mas

também como ponto estratégico de comunicação

entre o Alentejo, o Algarve e a Costa Ocidental.

Para além do transporte de mercadorias, existiu também uma carreira de

transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo

António, com paragens em Pomarão, Alcoutim e Guerreiros do Rio (Figura

38).

No passado existiu uma carreira de transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo António.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

125

Figura 38. Carreira de transporte regular de passageiros entre Mértola e Vila Real de Santo António

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!!POMARÃO

MÉRTOLA

ALCOUTIM

VILA REALDE SANTOANTÓNIO

GUERREIROSDO RIO

SantoEstevão

Tavira(SantaMaria)Tavira

(Santiago)

MonteGordo

AlturaSanta Catarinada Fontedo Bispo

Vila Novade Cacela

Conceição

CastroMarim

Azinhal

Odeleite

Vaqueiros

MartimLongo

Giões

Pereiro

São Sebastiãodos Carros Espiríto

Santo

São João dosCaldeireiros

Corte doPinto

Santanade Cambas

AlcariaRuiva 7°20'W7°40'W

37°40'N

37°20'N

0 5km

(iNorte

Fonte: elaboração própria, 2007

Mais recentemente, o transporte fluvial tem sido potenciado para

actividades de turismo, recreio e lazer. Note-se, contudo, que as condições

de navegabilidade do rio impedem a chegada de embarcações turísticas de

maior porte à Vila de Mértola. Acresce que a promoção e desenvolvimento

desta actividade implicaria o desenvolvimento de serviços de apoio e a

criação de condições de acostagem.

As condições de navegabilidade impedem a chegada de embarcações turísticas de maior porte a Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

126

Desta forma, não obstante o grande valor paisagístico das margens do Rio

Guadiana no troço entre Pomarão e Mértola, os entraves à navegabilidade

levam a que veleiros e outras embarcações com calado superior a 2 metros

não arrisquem a travessia, excepção feita a navegadores com profundo

conhecimento da dinâmica fluvial. Isto porque existem cinco locais de

grande perigosidade para a navegação em função do seu assoreamento

regular, a saber: vaus da Pedra, Vaqueira, Bombeira e ainda a Areia Gorda

e o Pomarão.

O restabelecimento das condições de navegabilidade até ao Pomarão ou

até à Vila de Mértola desde Vila Real de Santo António pressupõe várias

acções, as quais dependem do tipo embarcações cuja navegabilidade se

pretende assegurar.

Num estudo recentemente elaborado para o Instituto Portuário e dos

Transportes Marítimos (Setembro de 2004), definiram-se três cenários em

função da ligação (navegabilidade do rio até Pomarão ou até Mértola) e da

classe das embarcações17, apontando-se as intervenções necessárias à

sua viabilização (Quadros 50, 51 e 52). Descrevem-se seguidamente os

objectivos subjacentes aos três cenários delineados:

Cenário 1: Entendida como uma acção de dimensão pouco

intensa, visa assegurar a navegabilidade do rio até ao Pomarão por

todas as classes de embarcações consideradas em qualquer

situação de maré (embora condicionada a Classe 8);

Cenário 2: Compreende um conjunto de intervenções adicionais às

previstas no cenário anterior e que assegurarão a prática da

navegação até Mértola para as embarcações das classe 1 a 7 e a

criação de condições de acostagem e desembarque em dois locais

– Alcoutim e Pomarão – para o navio de cruzeiro (classe 8). A

limitação do acesso deste último a Mértola fica a dever-se à

exiguidade da largura do rio nas aproximações da vila e

consequente impossibilidade da criação de uma bacia de manobra

para o navio virar (inverter o sentido da navegação);

17 Classe 1 – Remo e vela ligeira; Classe 2 – Pesca fluvial local; Classe 3 – Motorizados

“radicais”; Classe 4 – Veleiros com motor auxiliar; Classe 5 – Embarcações tradicionais

transformadas; Classe 6 – Marítimo-turísticos ligeiros; Classe 7 – Lanchas motorizadas de

recreio; Classe 8 – Marítimo-turísticos pesados (ver descrições no Anexo III).

Embarcações de calado superior a 2m têm dificuldade em fazer a travessia entre Pomarão e Mértola.

O restabelecimento das condições de navegabilidade pressupõe várias acções.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

127

Cenário 3: Tem como objectivo adicional, relativamente ao cenário

anterior, criar as condições necessárias ao navio de grande turismo

para atingir Mértola com a garantia de trânsito e de atracação

segura e de fácil inversão de rota. Para tal, há necessidade de criar

um plano de água mais amplo, e à cota necessária, o mais próximo

possível a jusante da vila, o que apenas poderá ser concretizado

com a construção de uma retenção mais a jusante. (Hidroprojecto,

2004)

Quadro 50. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 1

Estabelecimento Descrição da intervenção

Dragagens Necessárias ao estabelecimento de um canal de navegação a uma cota de 3 metros abaixo do Zero Hidrográfico (ZH), constituído por troços rectilíneos de largura variável, de modo a aproveitar ao máximo a actual hidrografia do leito.

Sinalização do canal

Balizagem adequada nos vértices dos troços e intercalarmente sobre os lados de maior extensão, de forma a garantir uma navegação clara e sem equívocos; a balizagem poderá vir a ser materializada por bóias, por estacas ou pelo recurso a ambas, de acordo com as condições físicas do local onde venham a situar-se. Serão previstas as ajudas julgadas necessárias para assegurar a navegação nocturna ou com visibilidade reduzida, assim como o assinalamento dos cais e das bacias de manobra.

Melhoramento e beneficiação das estruturas de embarque, desembarque e acostagem

Melhoramento e beneficiação das estruturas de embarque, desembarque e de acostagem existentes, criando a capacidade de fornecimento de água e de energia eléctrica nas mais importantes; análise da capacidade estrutural de cada uma delas para suportar picos de corrente e de níveis de água (cheias), reforço ou alteração dos sistemas de fixação daquelas em que tal se justifique. Melhoramento das plataformas dos cais e das vias que lhes dão acesso, de modo a criar maior apetência à visita das povoações ribeirinhas.

Regulamentar a actividade da pesca artesanal

Regulamentar a actividade da pesca artesanal ao longo do rio de modo a que o seu exercício, designadamente as artes fundeadas, não interfiram com o canal de navegação. Esta acção, que visa disciplinar essa prática, será traduzida não apenas pela criação de documentos legais regulamentadores, como também pela consciencialização das comunidades piscatórias no sentido da sua aceitação para a preservação das espécies e para a utilização colectiva e participada do rio.

Fonte: Hidroprojecto, 2004

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

128

Quadro 51. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 2

Estabelecimento Descrição da intervenção

Abertura do canal entre o Pomarão e Mértola

Abertura do canal entre o Pomarão e Mértola, com requisitos semelhantes ao troço inicial, mas necessariamente mais estreito na sua generalidade e estrangulado, mesmo, em alguns locais correspondentes aos antigos vaus de atravessamento. As operações de desobstrução serão substancialmente mais pesadas, envolvendo não apenas dragagem de sedimentos, como o desmonte de pedra (rocha natural de fundo e alguns enrocamentos colocados no passado).

Balizagem e sinalização Balizagem e sinalização do novo troço do canal com especificações idênticas às do troço anterior.

Instalação de equipamento flutuante

Instalação de equipamento flutuante para acostagem e estacionamento em Mértola, assim como das respectivas infra-estruturas.

Criação de condições para a atracação do navio em Alcoutim e Pomarão

A criação das condições para a atracação do navio em Alcoutim e no Pomarão poderá assumir duas opções que passa, qualquer delas, pela intervenção nos cais de alvenaria existentes nesses locais. A primeira constituirá uma adaptação desses cais à articulação com pontões flutuantes suficientemente robustos para a atracação de navios com cerca de mil toneladas, sujeitos a correntes significativas; a segunda e, provavelmente, a mais eficaz e mais económica, contemplará a verificação das condições estruturais dos cais (aparentemente ainda conservando a robustez necessária), o seu equipamento com acessórios para atracação e amarração, assim como a instalação de infra-estruturas para embarque e desembarque cómodo e seguro de passageiros

Dragagem da barra do estuário

Estabelecer um canal amplo à cota de 4,50 metros abaixo do ZH e estudo da localização e dimensionamento das estruturas a construir com a finalidade de optimizar a sua manutenção natural.

Fonte: Hidroprojecto, 2004

Quadro 52. Intervenções necessárias à concretização do Cenário 3

Estabelecimento Descrição da intervenção

Construção de um dique

A construção de um dique ou barragem o mais a jusante que for possível em face das condicionantes, munido de eclusa para a passagem do navio (e da restante navegação, evidentemente), com o objectivo de aumentar as sondas (profundidades) e alargar um pouco o leito, de forma a que o navio possa efectuar com segurança o trânsito e a manobra de inversão de sentido; deverá ser construída, igualmente, a necessária escada de peixes

Construção de um cais

A construção de um cais adequado para a acostagem do navio, equipado com as respectivas infra-estruturas para desembarque e possível “transfer” dos passageiros para autocarros, situado na margem direita, entre as ruínas da ponte romana e a foz da ribeira. Esta necessidade advém da falta de comprimento e de condições do cais da vila e da impossibilidade de o navio manobrar com a indispensável segurança nos estrangulamentos que se situam entre aquele e a foz da ribeira.

Criação de infra-estruturas de apoio ao turismo nos cais intermédios de Alcoutim e do Pomarão

Criação de infra-estruturas de apoio ao turismo nos cais intermédios de Alcoutim e do Pomarão, assim como de outros que venham eventualmente a ser construídos através de projectos previstos.

Fonte: Hidroprojecto, 2004

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

129

Tais intervenções são essenciais para assegurar o estabelecimento de

viagens fluviais regulares até e a partir do concelho de Mértola, em

condições de segurança e sem dependência das marés, potenciando-se a

dinamização de actividades turísticas e recreativas conciliáveis com os

recursos endógenos.

As potencialidades existentes no concelho para a exploração do transporte

fluvial na vertente turística e de lazer estão patentes no interesse que tem

vindo a ser demonstrado por algumas empresas (e.g. Douro Azul, Vila

Galé, Transtróia, entre outras).

Ao nível do transporte regular de passageiros, destaca-se a disponibilidade

demonstrada pelos Ayuntamientos espanhóis de El Granado e Paymogo

para restabelecer pelo menos duas ligações transfronteiriças com o

concelho de Mértola: Pomarão/El Granado e Corto do Pinto/Paymogo.

7.1.5. SERVIÇO DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

7.1.5.1. TRANSPORTES COLECTIVOS RODOVIÁRIOS

A oferta de transporte colectivo rodoviário de passageiros no concelho de

Mértola é disponibilizada por dois operadores – a Rodoviária do Alentejo e

a Rede Nacional de Expressos –, os quais apresentam serviços

diferenciados em função da sua tipologia e da área em que estas empresas

operam. Seguidamente analisa-se a oferta destes operadores.

7.1.5.1.1. RODOVIÁRIA DO ALENTEJO

A Rodoviária do Alentejo18 é o principal operador rodoviário do concelho de

Mértola, sendo a única empresa a assegurar o transporte colectivo de

passageiros à escala intra-concelhia. A oferta existente é constituída por 7

carreiras com origem, destino ou passagem neste concelho (Figura 39).

18 A Rodoviária do Alentejo tem como principal área de serviço a Região Alentejo, possuindo

431 trabalhadores, 296 viaturas e transportando anualmente cerca de 8 milhões de

passageiros. Presta serviços urbanos, interurbanos e de aluguer de autocarros.

No concelho existem potencialidade para a exploração do transporte fluval turistico.

Existe disponibilidade para restabelecer duas ligações transfronteiriças.

A oferta de transporte colectivo rodoviário de passageiros é disponibilizada por dois operadores.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

130

Figura 39. Rede de Transportes Colectivos Rodoviários de Passageiros do concelho de Mértola

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Mértola

Fialho

São Migueldo Pinheiro

São Sebastiãodos Carros

BritesGomes

Namorados

BoisõesGóis

AlcariaLonga

São Pedrode Solis

Corredoura

Corte Gafode Baixo

MosteiroAmendoeirada Serra

MontesAlves

Fernandes

CorteSines

CorvosQuintã

Santanade Cambas

Moreanes

Corte doPinto

Mina de SãoDomingos

Romeiras

Monte daLégua

Ledo

Tacões

CortePequena

JoãoSerra

Penilhos

São João dosCaldeireiros

Corte daVelha

Algodor

Vale Açorde Cima

Amendoeirado Campo

AlcariaRuiva

Moinhosde Ventode Cima

Álamo

Santana deCima

RoncãoPenedos

DiogoMartins

São Bartolomeude Via Glória

Quintã

MonteCorcha

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Beja

Mértola - Monte Fialho

Mértola - Beja

Mértola - Corte Pequena

Mértola - Corte Pinto

Mértola - Montes Alves

Mértola - Mosteiro

Mértola - S. Pedro de Sólis

Fonte: elaboração própria, 2007

De um modo geral, as carreiras existentes (Quadro 53 a Quadro 59)

realizam-se ao início da manhã e ao final da tarde, sendo o número de

circulações entre estes períodos muito reduzido

De um modo geral, as carreiras existentes realizam-se ao início da manhã e ao final da tarde.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

131

Quadro 53. Linha 8632 – Mértola/S. Pedro de Sólis (por Namorados)

A* B Localidades A* B

17:00 17:15 Mértola 7:47 8:00

17:07 17:22 Namorados 7:40 7:53

17:10 17:25 Brites Gomes 7:37 7:50

17:22 17:37 S. Sebastião dos Carros 7:25 7:38

17:26 17:39 Boizões 7:21 7:35

17:30 17:42 S. Sebastião dos Carros 7:17 7:33

17:36 17:47 Góis 7:11 7:28

17:41 17:52 S. Miguel do Pinheiro 7:06 7:23

17:47 17:57 Alçaria Longa 7:00 7:18

17:53 18:02 S. Miguel do Pinheiro 6:54 7:13

18:01 18:09 Corredora 6:46 7:06

18:06 18:14 Quintã 6:41 7:01

18:12 18:20 S. Pedro de Sólis 6:35 6:55

A – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados B – Períodos não Escolares: 3ª, 4ª e 6ª, excepto feriados * - Serve Monte do Gato e Manuel Galo

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Quadro 54. Linha 8773 – Mértola/Mosteiro

B A Localidades A B

17:00 17:10 Mértola 8:55 8:50

17:20 17:30 C.Gafo de Baixo 8:35 8:30

- 17:44 Amendoeira da Serra 8:21 -

- 17:50 Mosteiro 8:15 -

A – Períodos Escolares: excepto Sábado, Domingos e Feriados B – Períodos não escolares: às 2ª, excepto Feriados.

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

132

Quadro 55. Linha 8771 – Mértola/Montes Alves

B A Localidades A B

16:10 17:00 Mértola 7:48 8:53

16:18 17:08 Fernandes 7:40

16:23 17:13 Moreanes 7:35

16:26 17:16 Quinta 7:32

16:38 17:28 Corte Sines 7:20

16:45 17:35 Corvos 7:13

16:49 17:39 Moreanes 7:09 8:42

17:10 18:00 Santana de Cambas 6:48 8:21

17:13 18:03 Montes Alves 6:45 8:18

A – Períodos escolares: excepto Sábados, Domingos e Feriados. B – Períodos não Escolares: às 3ª, 4ª e 6ª, excepto Feriados.

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Quadro 56. Linha 8772 – Mértola/Monte Fialho (por Álamo)

B A Localidades A B

18:15 18:15 Mértola 7:55 8:00

18:25 18:25 Álamo 7:45 7:50

18:30 18:30 Moinhos de Vento 7:40 7:45

18:35 18:35 S. Bartolomeu de Via 7:35 7:40

18:45 18:45 Diogo Martins 7:25 7:30

18:54 18:55 Penedos 7:15 7:21

18:56 19:00 Roncão 7:10 7:19

18:58 19:03 Monte Santana 7:08 7:17

18:59 19:05 Monte da Corcha 7:05 7:16

19:01 19:07 Quinta 7:03 7:14

19:06 19:14 S. Pedro Sólis 6:56 7:09

19:20 19:30 Monte Fialho 6:40 6:55

A – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados B – Períodos não Escolares: às 2ª e 5ª, excepto feriados

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

133

Quadro 57. Linha 8625 – Corte Pequena / Mértola

B C B Localidades B B A

6:55 - 17:07 Corte Pequena 6:55 17:07 -

7:03 - 17:15 Monte da Légua 6:47 16:59 -

7:10 7:20 17:22 João Serra 6:49 16:52 18:50

7:19 Tacões - 16:43

7:23 7:26 17:28 Penilhos - 16:39 18:44

7:30 7:33 17:35 Romeiras - 16:32 18:37

7:34 7:37 1739 S. João dos Caldeireiros - 16:28 18:33

7:39 7:42 17:44 Aldeia do Ledo - 16:23 18:28

7:45 7:48 17:50 Namorados - 16:17 18:22

7:52 7:55 17:57 Mértola - 16:10 18:15

A – Excepto Sábados, Domingos e Feriados. B – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados C – Períodos não Escolares: excepto Sábados, Domingos e Feriados

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Quadro 58. Linha 8757 – Beja / Mértola

A A A B Localidades B A A A

7:30 13:45 17:00 18:35 Beja

7:28 10:15 12:12 18:30

7:38 13:53 17:08 18:43 Boavista 7:20 10:07 12:04 18:22

7:49 14:04 17:19 - Trindade - 9:56 11:53 18:11

8:02 17:32 - Amendoeira do Campo - 9:43 17:58

8:05 14:17 17:35 - Vale D´Açor - 9:40 11:40 17:55

8:14 14:26 17:44 - Algodor - 9:31 11:31 17:46

8:20 14:32 17:50 - Alçaria ruiva - 9:25 11:25 17:40

8:28 14:40 17:58 - Corte Velha - 9:17 11:17 17:32

8:45 14:57 18:15 - Mértola - 9:00 11:00 17:15

A – Excepto Sábados, Domingos e Feriados. B – Períodos Escolares, excepto Sábados, Domingos e Feriados

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

134

Quadro 59. Linha 8757 – Corte Pinto / Mértola

B D C B F E B Localidades F E B A

7:30 7:40 7:40 - 12:00 13:35 16:45 Corte Pinto

11:59 13:34 16:45 19:14

7:37 7:47 7:47 - 12:07 13:42 16:52 Mina S. Domingos 11:52 13:27 16:40 19:07

7:47 7:52 7:52 - 12:17 13:52 16:58 Moreanes 11:42 13:17 16:30 18:57

7:54 7:59 - 12:24 13:59 Santana de Cambas 11:35 13:10 18:50

8:01 8:06 - 12:31 14:06 Moreanes 11:28 13:03 18:43

8:08 8:13 8:05 -

12:38 14:13 Corvos

11:21 12:56 18:36

8:17 - Corte Sines

8:12 8:17 8:31 - 12:42 14:17 Quinta 11:17 12:52 18:32

8:19 8:24 8:38 8:45 12:49 14:24 Fernandes 11:10 12:45 16:20 18:25

8:29 8:34 8:48 8:55 12:59 14:34 17:10 Mértola 11:00 12:35 16:10 18:15

A – Excepto Sábados e Domingos. B – Períodos Escolares, excepto Sábados e Domingos. C – Períodos não Escolares: às 3ª, 4ª e 6ª. D – Períodos não Escolares: às 2ª e 5ª. E – Às 2ª e 5ª, excepto Feriados. F – Às 3ª, 4ª e 6ª, excepto Feriados.

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007

A Linha 8757 que liga Beja a Mértola e a Linha 8757 que faz a ligação entre

Corte Pinto e Mértola são as que apresentam maior frequência, sendo as

únicas que possuem carreiras entre as 12 horas e as 14 horas. Estas

carreiras asseguram a ligação da sede de concelho à capital de distrito

(Linha 8757 – Beja-Mértola) e ao segundo maior aglomerado urbano do

município de Mértola, a Mina de São Domingos (Linha 8757 – Corte do

Pinto-Mértola), ligações que justificam a maior oferta (e procura) nestes

percursos.

Como já foi referido, fora dos períodos escolares, ao fim-de-semana e nos

feriados a oferta de transportes é reduzida, condicionando a mobilidade da

população dependente deste modo de transporte.

Importa também referir que todas as carreiras que servem o município têm

partida ou chegada na sede de concelho. Desta forma, apenas a sede de

concelho possui ligação a todas as outras sedes de freguesia, com a

As linhas que ligam Beja e Corte do Pinto a Mértola são as que apresentam maior frequência.

Fora dos períodos escolares, ao fim-de-semana e nos feriados a oferta de transportes é reduzida.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

135

excepção de Espírito Santo, facto que deixa os habitantes deste

aglomerado sem alternativa ao transporte individual (neste freguesia,

apenas a localidade de Álamo é servida pela rede de transportes

colectivos) ou serviço de táxi.

A Figura 40 apresenta a distância-tempo relativamente à sede de concelho

tendo como referência os tempos de percurso das carreiras

disponibilizadas pelo operador rodoviário19.

19 O mapa foi calculado por meio de uma interpolação, em que se tomou como referência o

tempo dispendido nos percursos para chegar a uma dada localidade a partir da sede de

concelho. De seguida os resultados foram reclassificados em classes de intervalos de tempo

para a realização do mapa.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

136

Figura 40. Tempo de deslocação relativamente à Sede de Concelho (Transporte Colectivo de Passageiros)

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Mértola

Fialho

São Migueldo Pinheiro

São Sebastiãodos Carros

BritesGomes

Namorados

Boisões

Góis

AlcariaLonga

São Pedrode Solis

Corredoura

Corte Gafode Baixo

MosteiroAmendoeirada Serra

MontesAlves

Fernandes

CorteSines

CorvosQuintã

Santanade Cambas

Moreanes

Corte doPinto

Mina de SãoDomingos

Romeiras

Monte daLégua

Ledo

Tacões

CortePequena

JoãoSerra

Penilhos

São João dosCaldeireiros

Corte daVelha

Algodor

Vale Açorde Cima

Amendoeirado Campo

AlcariaRuiva

Moinhosde Ventode Cima

Álamo

Santana de Cima RoncãoPenedos

DiogoMartins

São Bartolomeude Via Glória

Quintã

MonteCorcha

7°30'W7°40'W7°50'W

37°50'N

37°40'N

37°30'N

0 5km

(iNorte

Beja

Mértola - Monte Fialho

Mértola - Beja

Mértola - Corte Pequena

Mértola - Corte Pinto

Mértola - Montes Alves

Mértola - Mosteiro

Mértola - S. Pedro de Sólis

Tempo (min.)< 20

20 - 40

40 - 50

50 - 60

> 60

Fonte: elaboração própria, 2007

Quanto aos residentes noutras sedes de freguesia que pretendam

deslocar-se para outras sedes de freguesia, que não a sede de concelho,

terão, em grande parte dos casos, que fazer um transbordo em Mértola.

Como se observa no Quadro 60, o tempo dispendido nestas deslocações é

relativamente elevado. Refira-se, a título de exemplo, que o tempo de

viagem entre S. João dos Caldeireiros e S. Sebastião dos Carros ascende

a 40 minutos (não contabilizando o tempo de espera devido à necessidade

Os residentes em sedes de freguesia que não a sede de concelho terão, em grande parte dos casos, que fazer um transbordo em Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

137

de transbordo), quando estes aglomerados distam cerca de 8,8 km entre si.

Note-se que a necessidade de transbordo acaba por inviabilizar parte

destas ligações entre sedes de freguesia pois pressupõem, em muitos

casos, tempos de espera que ascendem a várias horas.

Quadro 60. Duração das deslocações entre sedes de freguesia utilizando o transporte público colectivo rodoviário

Mértola Alçaria Ruiva

Corte do Pinto

EspíritoSanto

Santana de Cambas

S. João dos Caldeireiros

S. Miguel do

PinheiroS. Pedro de Sólis

S.Sebastião

dos Carros Mértola 25 59 - 35 18 41 51 22

Alçaria Ruiva 25 84* - 60* 43* 66* 76* 47* Corte do Pinto 59 84* - 24 79* 100* 110* 81* Espírito Santo - - - - - - - -

Santana de Cambas 35 60* 24 - 53* 76* 86* 57*

S.J dos Caldeireiros 18 43* 79* - 53* 59* 69* 40*

S. Miguel do Pinheiro 41 66* 100* - 76* 59* 92* 11

S. Pedro de Sólis 51 76* 110* - 86* 69* 92* 42

S. Sebastião dos Carros 22 47* 81* - 57* 40* 11 42

* Ligações que necessitam de transbordo. Contabiliza-se apenas o tempo de viagem (não inclui tempo de espera).

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007 (tratamento próprio)

Por outro lado, importa destacar a existência de 4 ligações diárias20 entre

Santana de Cambas e Mértola (Quadro 61), oferta decorrente de 2

carreiras com passagem pela Mina de S. Domingos, o segundo principal

aglomerado populacional do concelho de Mértola21. Também as ligações à

sede de concelho a partir de Corte do Pinto e S. Pedro de Sólis são

asseguradas por 4 circulações diárias.

20 Consideram-se as carreiras com serviço regular em dias úteis no período escolar. 21 Para consultar os tempos de viagem entre os aglomerados populacionais servidos por

carreiras de transporte público colectivo rodoviário ver Anexo IV.

A necessidade de transbordo acaba por inviabilizar parte das ligações entre sedes de freguesia.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

138

Quadro 61. Número de carreiras diárias com ligação às sedes de freguesia22

Mértola Alçaria Ruiva

Cortedo

Pinto

EspíritoSanto

Santana de

Cambas

S. João dos Caldeireiros

S. Miguel do Pinheiro

S. Pedro de Sólis

S.Sebastião

dos Carros Mértola 3 2 - 3 3 2 4 2

Alçaria Ruiva 3 - - - - - - - Corte do Pinto 4 - - 2 - - - - Espírito Santo - - - - - - - -

Santana de Cambas 4 - 2 - - - - -

S.J dos Caldeireiros 3 - - - - - - -

S. Miguel do Pinheiro 2 - - - - - 2 2

S. Pedro de Sólis 4 - - - - - 2 2S. Sebastião dos

Carros 2 - - - - - 2 2

Fonte: Rodoviária do Alentejo, 2007 (tratamento próprio)

Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço com

um papel fundamental no sentido de assegurar a mobilidade da população

residente no concelho de Mértola, especialmente para aqueles que não

dispõem de transporte individual. Ademais, a concentração espacial dos

equipamentos e funções públicas e privadas na sede de concelho reforçam

a necessidade de deslocação regular da população residente noutros

aglomerados à Vila de Mértola, facto tanto mais relevante quando se

considera a estrutura etária da população, o tipo de povoamento e a

extensão territorial do concelho.

Ao nível das infra-estruturas de apoio, verifica-se a existência de um

conjunto de plataformas de abrigo incompatíveis com a criação de

condições à prestação de um serviço de qualidade. Para além dos

reduzidos níveis de conforto e comodidade proporcionados aos

passageiros, denota-se a inexistência de informação destinada aos

mesmos, designadamente no que se refere aos horários e percursos das

carreiras. Com efeito, todas estas limitações acabam por se constituir como

factores desincentivadores da utilização dos transportes colectivos

rodoviários de passageiros.

7.1.5.1.2. REDE NACIONAL DE EXPRESSOS

A empresa Rede Nacional de Expressos, surgida em 1995, tem como

objectivo assegurar o transporte público de passageiros em ligações

22 Consideram-se as carreiras regulares em dias úteis no período escolar.

Não obstante as limitações da oferta existente, trata-se de um serviço fundamente no sentido de assegurar a mobilidade da população residente.

Verificam-se reduzidos níveis de conforto e comodidade ao nível das infra-estruturas de apoio.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

139

expresso, servindo cerca de 300 localidades. A sua frota era constituída,

em 2001, por aproximadamente 200 viaturas.

Quanto ao serviço disponibilizado por este operador, verifica-se que, em

função da posição geográfica do concelho de Mértola (afastado dos

principais eixos rodoviários do país), das características da rede urbana em

que o mesmo se insere e do reduzido efectivo populacional (com reflexo na

procura gerada), a oferta é relativamente reduzida. O Quadro 62 apresenta

os dados relativos às ligações diárias directas com origem/destino em

Mértola.

Quadro 62. Serviços diários da Rede Nacional Expressos (2007)

Origem Destino Partida Chegada Duração Custo (€) km

Mértola Lisboa 9h25m 13h15m 3h50m 13,40 245

Lisboa Mértola 17h15m 20h50m 3h35m 13,40 245

Mértola V. R. Stº. António 20h50m 22h10m 1h20m 8,30 73

V. R. Stº. António Mértola 8h05m 9h25m 1h20m 8,30 73

Mértola Setúbal 9h25m 12h25m 3h00m 12,5 195

Setúbal Mértola 18h00m 20h50m 2h50m 12,5 195

Fonte: Rede Nacional de Expressos (tratamento próprio)

7.1.5.2. TRANSPORTE ESCOLAR

No concelho de Mértola, o transporte escolar é realizado pelo operador

Rodoviária do Alentejo (Quadros 63 a 69) e pela Câmara Municipal de

Mértola nos casos em que a população escolar não tem acesso à rede de

transportes públicos. Para o efeito, a autarquia definiu 8 percursos (ano

lectivo 2007/2008), descritos nos Quadros 70 a 77.

A oferta disponibilizada pela Rede Nacional de Expressos é relativamente reduzida.

O transporte escolar é realizado pelo operador Rodoviária do Alentejo e pela Câmara Municipal.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

140

Quadro 63. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008)

a) Está incluído um aluno que utiliza viatura municipal entre a sua residência (Monte Marreiros) e S. Miguel do Pinheiro

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 64. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008)

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Localidades Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

S. Pedro de Sólis 36 65 2 2 Corredoura 30 Monte Gato 26 45 Alcaria Longa 25 45 3 1 4 Serranos 27 48 1 1 S. Miguel Pinheiro 22 45 a) 4 1 5 Monte Góis 18 30 2 1 3 Boisões 15 25 Manuel Galo 17 30 S. Sebastião Carros 16 25 1 1 Brites Gomes 9 10 1 1 2 Namorados 6 7 3 1 4 Sapos 4 5 3 2 5 Mértola

Total 17 10 27

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Localidades Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Monte Fialho 39 75 1 1S. Pedro 36 65 0Quintã 32 50 0Lobato/Corcha 30 45 1 2 3Monte Santana 30 1 1Roncão 30 45 1 1 2Penedos 29 40 1 1 2Diogo Martins 25 30 1 1Via Glória 17 20 4 2 6Moinhos de Vento 14 15 1 1 2Álamo 9 10 1 2 3Mértola 39 75 1 1

Total 9 11 20

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

141

Quadro 65. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008)

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 66. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008)

a) Está incluído um aluno que utiliza viatura municipal entre a sua residência (Monte da Buzina) e Corte do Pinto.

b) Estão incluídos 2 alunos que utilizam viatura municipal entre a sua residência (Montes Altos) e Mina S. Domingos e 3 alunos de Vale do Pereiro.

c) Um aluno do Monte Costa.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Localidades Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Alves 24 63 3 2 5 Picoitos 22 59 3 3 Bens 18 50 0 Santana de Cambas 17 43 9 2 11 Corte Sines 16 30 8 3 11 Corvos 10 18 3 3 6 Quintã 8 10 1 1 Mértola

Total 24 13 37

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Localidades Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Corte do Pinto 21 60 12 a) 1 13 Mina S. Domingos 17 53 b) 12 13 25 Moreanes 13 29 c) 8 8 Fernandes 7 12 9 3 12 Monte Alto 6 10 1 1 Mértola 21 60 12 a) 1 13 Corte do Pinto 17 53 b) 12 13 25

Total 42 17 59

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

142

Quadro 67. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008)

a) Estão incluídos: 1 aluno de Corte Cobres, 3 alunos do Monte Figueiras, 1 aluno do Monte Novo, 1 Cer. do Pinto.

b) Estão incluídos: 4 alunos do Monte Viegas, 1 aluno de Monte Novo e de Vale Açor de Baixo.

c) Estão incluídos: 3 alunos do Navarro que utilizam transporte municipal entre a sua residência e Alcaria Ruiva.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 68. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008)

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Localidades Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Amendoeira Campo 27 43 1 2 3 Vale Açor Cima 26 40 a) 8 a) 3 11 Vale Açor Baixo 24 40 b) 7 b) 9 16 Azinhal 21 35 2 0 2 Algodor 17 31 11 1 12 Alcaria Ruiva 15 25 c) 2 1 3 Herdade Cela 12 18 1 1 Corte da Velha 10 17 4 2 6 Mértola 27 43 1 2 3

Total 35 19 54

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Localidades Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Mosteiro 25 50 2 2 Amendoeira Serra 18 44 1 1 Corte Gafo Baixo 13 20 Corte Gafo Cima 11 18 6 4 10 Mértola 25 50 2 2

Total 7 6 13

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

143

Quadro 69. Transporte em carreiras públicas – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008)

a) Estão incluídos: 3 alunos residentes em Espargosa, 1 residente em Monte Corvo, 9 em Tacões e 6 em Martinhaes que utilizam viaturas municipais entre a sua residência e Penilhos.

b) Estão incluídos: 2 alunos residentes em Espargosa, 4 em Tacões e 1 em Martinhaes que utilizam a viatura municipal entre a sua residência e Penilhos.

c) Está incluído 1 aluno de Simões.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 70. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 1 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Alc. Longa

Marreiros S. Miguel 3 6 a) 1 1

S. Miguel

Monte Carros Mértola 21 20 1 1

Roncão Mértola 15 20 1 1

Lombardos Mértola 12 10 1 1

Mértola

Manuel Galo S. Miguel 7 10 3 3

S. Miguel Penedos 9 10 1 1

Belo Penedos 18 20 1 1

Belo Via Glória 14 15 2 2

Via Glória

Penedos

Vargens Penedos 7 10 2 2

Vargens Via Glória 3 5 1 1

Mértola

Total 109 4 10 0 14

a) Estes alunos utilizam o transporte público entre S. Miguel do Pinheiro e Mértola.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

N.º de alunos a Transportar Básico Secundário Localidades Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Corte Pequena 34 44 2 2 Aipo 23 40 1 1 João Serra 24 39 2 1 3 Tacões 23 5 1 6 Penilhos 21 33 a) 4 b) 3 7 Martinhanes 22 35 4 1 5 Romeiras 15 25 1 1 S. João Caldeireiros 12 20 6 c) 6 Ledo 8 14 2 2 4 Mértola 2 2

Total 26 9 35

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

144

Quadro 71. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 2 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Corcha Mt Neg Mértola 3 5 a) 3 3 Zurral Mertola 2 2 Lobato Corcha 2 2 a) 1 1 2 Mt Santana Estrada 2 5 a) 1 1 2 Mt. Ramos Via Glória 5 7 1 1 Penedos Penedos S. Miguel 9 10 3 3 Monte Gato S. Miguel 2 3 1 1 S. Miguel S. Pedro S. Miguel 15 15 1 1 Mt Fialho S. Miguel 20 20 2 2 Negas S. Miguel 19 20 1 1 Lobato S. Miguel 10 10 1 1 2 Quintã S. Miguel 9 10 1 1 2 S. Miguel Hortinha Penedos 13 10 1 1 S. Pedro Penedos 11 10 1 1 Monte Fialho Penedos 16 15 2 2 Negas Penedos 10 10 1 1 M. Santana Penedos 4 3 1 1 Penedos

Total 150 8 18 2 28

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 72. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 3 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Picoitos Pomarão Mértola 22 30 1 2 3 Mértola Mesquita Mértola 26 35 1 1 Sedas Mértola 18 20 2 2 A. Javazes Mértola 17 20 1 1 Alamo Mértola 9 10 2 2 Bicada Mértola 9 10 1 1 Mértola Pomarão Moreanes 12 15 1 1 2 Picoitos Moreanes 15 15 1 1 Salgueiros Moreanes 16 16 2 2 Monte Costa Moreanes 1 2 1 1 Moreanes Santana Moreanes 4 4 2 2 Alves Moreanes 10 10 1 1 Picoitos Moreanes 15 15 3 3 Moreanes Mértola

Total 149 6 11 4 21

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

145

Quadro 73. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 4 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

João Serra Tacões Penilhos 1 3 a) 2 5 7 Penilhos Martinhanes Penilhos 1 3 a) 8 8 Penilhos Alvares Penilhos 6 7 3 3 Mertola Penilhos Cor P. Agua Penilhos 10 10 1 1 João Serra Penilhos 8 8 1 4 5 Mt. Corvo Penilhos 7 8 1 1 Tacões Penilhos 2 3 3 2 5 Penilhos 1 5 6 Martinhanes Penilhos 1 2 2 3 5 Penilhos Martinhanes Penilhos 1 2 2 2 Penilhos Mértola

Total 37 9 32 5 46

a) Estes alunos utilizam transporte público entre Penilhos e Mértola

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Quadro 74. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 5 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino

Distância (km)

Tempo de Transporte

Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Moreanes Montes Altos Mina 3 5 a) 2 2 Buzina Corte Pinto 3 5 a) 1 1 Vale Pereiro Mina 4 5 a) 1 1 Mina 0 Guiso Mértola 15 20 1 1 Moreanes M. Esquecidos Mina 13 10 1 1 Vale Pereiro Mina 4 3 1 1 2 Vale Paredes Mina 16 15 2 2 Cerca Velha Mina 12 10 1 1 2 Mina Buzina Corte Pinto 3 3 1 1 Corte Pinto 0 Monte Costa Moreanes 1 2 2 2 Moreanes Mértola

Total 74 6 9 0 15

a) Estes alunos utilizam transporte público entre as localidades de destino e Mértola.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

146

Quadro 75. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 6 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino Distância

(km)Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Corte Velha Cachopos Mértola 11 10 1 1 Pt. Brava Mértola 16 15 1 1 Ct. Gafo C. Mértola 11 10 a) 1 1 Mértola Corte Velha Ct. Gafo C. 11 10 2 2 Ct. Gafo C. Mosteiro Ct. Gafo C. 14 15 1 1 Amen. Serra Ct. Gafo C. 11 10 1 1 2 Ct. Gafo B. Ct. Gafo C. 2 3 1 2 3 Ct. Gafo C. Mértola

Total 76 2 8 1 11

a) Este aluno vem de transporte municipal por apresentar problemas de saúde.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

147

Quadro 76. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 7 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino

Distância (km)

Tempo de Transporte Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Algodor Ct. Cobres V. Açor C. 6 10 a) 1 1 Mt. Figueiras Vale Açor 7 10 a) 1 3 4 Amendoeira Campo Vale Açor 4 10 a) 2 2 Vale Açor Monte Viegas Vale A.Baixo 4 10 a) 4 3 7 Vale A. Baixo Outeiro Vale A.Baixo 1 1 1 2 Eirinha V. Açor B. 1 3 a) 2 2 Vale A. Baixo Navarro Alcaria R. 4 3 a) 2 1 3 Alcaria Ruiva 0 Algodor Mértola 17 15 2 2 Mértola Vale A. Baixo Monte Novo Vale Açor 4 3 1 1 Viegas Vale Açor 4 10 2 2 Corte João Cinza Vale Açor 2 3 2 2 Vale A. Baixo Vale Açor 1 3 4 4 Vale A. Cima Vale A. Cima Amendoeira Campo Alg./V. Açor 12 5 1 4 5 Vale A. Cima Algodor 8 10 3 3 Outeiro Algodor 7 10 1 1 Vale A. Baixo Algodor 8 10 3 3 Algodor Corte Pequena Algodor 7 10 1 1 Azinhal Algodor 3 5 1 1 Algodor M. Novo Venda Algodor 1 Benviuda Algodor 1 2 Navarro Algodor 10 10 3 3 Alcaria Ruiva Algodor 6 10 1 4 5 Algodor

Total 116 10 38 10 54

a) Um aluno utiliza transporte público entre Vale de Açor e Mértola.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

148

Quadro 77. Transporte em circuitos municipais – Circuito n.º 8 (ano lectivo 2007/2008)

Localidades N.º de alunos a Transportar Pré-escolar Básico Secundário Origem Destino

Distância (km)

Tempo de Transporte

Obs. Aluno Obs. Aluno Obs. Aluno

Total

Espargosa Espargosa Penilhos 7 10 2 1 3 Tacões Penilhos 3 5 3 3 Mértola Monte Éguas Mértola 19 15 2 2 Penha d'Águia Mértola 18 15 1 1 2 Roncão Cima Mértola 1 1 2 Espírito Santo Mértola 14 12 1 1 2 Lombardos Mértola 3 3 Mértola Além Rio Mértola 2 3 1 4 5 Mértola Corvos Mértola 10 10 1 1 2 Fernandes Mértola 7 7 1 1 Mértola Morena Mértola 8 8 1 a) 1 2 Namorados Mértola 6 6 1 1 2 Mértola

Total 6 17 6 29

a) Está incluído 1 aluno que utiliza viatura municipal entre a sua residência (Monte Marreiros) e S. Miguel do Pinheiro.

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

No corrente ano lectivo (2007/2008), a Câmara Municipal de Mértola é

responsável pelo transporte de 468 alunos, os quais frequentam

maioritariamente, o ensino básico e, em menor número, o ensino

secundário. Tem-se assistido ainda a um aumento do número de crianças

em idade pré-escolar transportadas pelo serviço municipal de transporte

escolar.

Para além deste serviço, a autarquia subsidia o transporte de alunos em

transportes públicos.

Conforme definido no Decreto-Lei n.º 299/84, que atribui a competência,

organização, financiamento e controle do funcionamento dos transportes

escolares aos municípios, a Câmara Municipal de Mértola comparticipa os

transportes escolares aos alunos do ensino básico e secundário (oficial,

particular ou cooperativo) que residem a mais de 3 ou 4 km dos

estabelecimentos de ensino ou a alunos fora da área da sua residência. Os

alunos que frequentem a escolaridade obrigatória, ou seja, que ainda não

tenham atingido os 15 anos de idade, têm direito a transporte gratuito,

sendo que a partir de então o transporte é comparticipado em 50% pelo

município.

No ano lectivo 2007/2008, a Câmara Municipal é responsável pelo transporte de 468 alunos.

A autarquia subsidia o transporte de alunos em carreiras públicas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

149

A Portaria 181/86, de 6 de Maio, estabelece que os alunos do ensino

secundário têm uma comparticipação de 50% do valor total do passe social,

com base no critério da distância casa/escola.

Apresentando o transporte público e o transporte em carreiras municipais

características diferenciadas, a autarquia procura explorar

complementaridades através da sua articulação. Assim, são vários os

casos em que os veículos municipais transportam os alunos residentes em

locais não cobertos pelo transporte público até à paragem mais próxima,

integrada no circuito do operador rodoviário, ponto a partir do qual os

alunos são transportados em carreiras públicas até ao estabelecimento de

ensino.

Face ao ano lectivo anterior (Quadro 78), constata-se uma redução

significativa do número de alunos transportados em carreiras públicas (-84

alunos) e a um ligeiro aumento do número de alunos que recorrem aos

veículos disponibilizados pela autarquia (+14 alunos), devendo-se este

último ao recrudescimento da procura por parte de crianças a frequentar

estabelecimentos de educação pré-escolar fora do seu local de residência.

Quadro 78. Transporte escolar no concelho de Mértola (ano lectivo 2006/2007 e 2007/2008)

Alunos Transportados Número de Circuitos

2006/2007 2007/2008 2006/2007 2007/2008

Carreiras Públicas 329 245 7 7

Veículos da Autarquia 209 223 8 8

Total 538 468 15 15

Fonte: Câmara Municipal de Mértola, 2007

Não obstante a diminuição do número de alunos transportados, o número

de circuitos acabou por se manter (Quadro 78). Relativamente aos tempos

de percurso residência-escola, a análise do percurso realizado por cada

aluno que recorre ao transporte escolar permite identificar alguns casos em

que, devido à elevada duração, estes deverão ser equacionados.

A autarquia procura explorar complementaridades entre o transporte público e o transporte municipal através da sua articulação.

Face ao ano lectivo 2006/2007, constata-se uma redução significativa do número de alunos transportes em carreiras públicas.

Face ao ano lectivo 2006/2007, constata-se uma redução significativa do número de alunos transportes em carreiras públicas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

150

Tais casos reportam-se, essencialmente, a percursos em que os alunos

complementam o transporte em carreiras municipais com o transporte em

carreiras públicas para se deslocarem dos seus locais de residência até à

sede de concelho. Nalgumas situações tais trajectos têm uma duração

superior a 1 hora.

7.1.5.3. SERVIÇO DE TÁXIS

Num concelho com 8.712 habitantes, concentrados em aglomerados de

pequena dimensão dispersos pelo território concelhio, em que a reduzida

capacidade de geração e atracção dos principais pólos (geradores e

atractores) concelhios condiciona o alargamento da oferta de transportes

colectivos de passageiros, o serviço de táxis pode assumir um papel de

relevo na melhoria da mobilidade da população residente nas zonas de

baixa densidade que não recorre ao transporte individual.

Com efeito, o contingente de táxis do concelho de Mértola é constituído 7

viaturas, que operam a partir das seguintes freguesias:

Freguesia de Mértola: 4 táxis;

Freguesia de Alcaria Ruiva: 1 táxi;

Freguesia de Corte do Pinto: 1 táxi;

Freguesia de S. Miguel do Pinheiro: 1 táxi.

No cômputo do concelho de Mértola, este contingente perfaz um rácio de

1244,6 habitantes por táxi. Ao nível das freguesias, os rácios mais baixos

(menor número de habitantes por táxi) são apresentados por Mértola (com

773,3 habitantes por táxi) e S. Miguel do Pinheiro (880,0 habitantes por

táxi). Em Alcaria Ruiva o número de habitantes por táxi ascende a 1013,0 e

em Corte do Pinto a 1080,0.

O serviço de táxis pode assumir um papel de relevo na melhoria da mobilidade da população residente.

O rácio habitantes por táxi no concelho de Mértola é de 1244,6.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

151

Quadro 79. Número de habitantes por táxi (2007)

Número de habitantes por táxi

Mértola 1244,6

Alcaria Ruiva 1013,0

Corte do Pinto 1080,0

Espírito Santo ---

Mértola 773,3

Santana de Cambas ---

S. João dos Caldeireiros ---

S. Miguel do Pinheiro 880,0

S. Pedro de Sólis ---

S. Sebastião dos Carros ---

Fonte: elaboração própria, 2007

A análise da distribuição do contingente concelhio por freguesia coloca em

evidência:

a forte concentração do contingente na freguesia de Mértola,

decretada pelo maior quantitativo populacional (e tendencialmente

maior procura) da mesma e pela localização dos principais pólos

geradores na Vila de Mértola;

a inexistência de táxis a operar a partir das freguesias de Santana

de Cambas, S. João dos Caldeireiros, S. Pedro de Sólis, S.

Sebastião dos Carros e Espírito Santo, estando a população

residente nestas freguesias dependente da solicitação do serviço

de táxis localizados noutras freguesias. Face à extensão territorial

do concelho, a distribuição da oferta acaba por se reflectir num

maior tempo de espera por parte da população residente nestas

freguesias.

Não existem táxis a operar a partir das freguesias de Santana de Cambas, S. João dos Caldeireiros, S. Pedro de Sólis, S. Sebastião dos Carros e Espírito Santo.

Verifica-se uma forte concentração do contingente na freguesia de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

152

7.2. ESTACIONAMENTO EM PARQUE E NA VIA PÚBLICA

Atendendo ao âmbito do presente estudo e às especificidades do território

em análise, a caracterização da oferta de estacionamento centra-se na Vila

de Mértola, enfocando as principais áreas de estacionamento (em zona –

na via pública – e em parque) interiores e periféricas à malha urbana, as

zonas de estacionamento tarifado e os lugares de estacionamento

condicionado.

7.2.1. PRINCIPAIS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO

A Figura 41 apresenta as principais áreas de estacionamento público

gratuito na Vila de Mértola, considerando a oferta em zona de

estacionamento, em parque ordenado e em parque/bolsa de

estacionamento não ordenado.

A oferta de estacionamento ordenado para ligeiros totaliza 286 lugares, dos

quais 167 (58,4%) localizam-se na área Norte do aglomerado de Mértola

(“Vila Nova”), correspondente à área de expansão urbana mais recente.

Dependendo da inserção ou proximidade destas áreas de estacionamento

relativamente a zonas predominantemente residenciais ou comerciais,

verificam-se utilizações diferenciadas quanto à duração do estacionamento,

às quais correspondem diferentes tipos de utilizadores preferenciais.

A oferta de estacionamento ordenado para ligeiros totaliza 286 lugares.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

153

Figura 41. Principais Áreas de Estacionamento na Vila de Mértola

37

35

7

10

24

15

8

15

14

6

7

12

4

5

9

5 3

5

8

17

23

8

26

7°39'50"W

7°39'40"W

7°39'30"W

37°38'30"N37°38'20"N

0 50m

(i

Norte

Áreas de Estac. Ordenado - Transp. Públicos

Áreas de Estac. Ordenado - Pesados

Praça de Táxis

Áreas de Estac. Ordenado - Ligeiros

Áreas de Estac. Não Ordenado

Fonte: elaboração própria, 2007

Assim, observa-se a predominância de estacionamento de longa duração

nas áreas em que predomina a procura de residentes (e.g. Rua José Carlos

Ary dos Santos – Imagem 16), enquanto que nas áreas com maior

componente comercial e de serviços afere-se da existência de

estacionamento de curta/média duração (motivado por compras/compras

rápidas – Imagem 17) e longa duração (procura de residentes e

funcionários).

´

Nas áreas com maior componente comercial e de serviços afere-se da existência de estacionamento de curta/média e longa duração.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

154

Imagem 16. Rua José Carlos Ary dos Santos

Imagem 17. Rua Dr. Afonso Costa

Imagem 18. Rua Cândido dos Reis

Esta diferenciação é também observável na

oferta de estacionamento mais próxima do

Casco Histórico, embora aqui com uma

menor demarcação espacial dos tipos de

utilização em função da duração, captando

as mesmas áreas de estacionamento

diferentes tipos de utilizadores (Imagem 18).

A oferta de estacionamento ordenado é

complementada por três áreas/bolsas de

estacionamento não ordenado com

localização periférica relativamente ao

aglomerado urbano, duas nas imediações

Casco Histórico – Cais (na frente ribeirinha)

e Largo da Feira – e outra junto à Rotunda

Norte.

No Casco Histórico, as características da

rede viária (estreita e de traçado irregular)

condicionam o estacionamento, verificando-

se nalguns pontos a ocorrência de

estacionamento desordenado que dificulta a

normal fluidez do trânsito (designadamente

no Largo da Misericórdia), a circulação

pedonal e a acessibilidade de veículos de

socorro.

Quanto às áreas de estacionamento

ordenado para pesados, estas totalizam

uma oferta de 7 lugares em parque,

localizado junto à Rotunda Norte (Imagem 19).

Existem ainda 6 lugares de estacionamento para veículos de transporte

colectivo de passageiros, com localização na Avenida Aurelino Mira

Fernandes (Imagem 20). Verifica-se, contudo, a utilização frequente de

uma parte destes lugares para estacionamento de veículos ligeiros, isto não

obstante a oferta existente na envolvente.

Existem 6 lugares de estacionamento para veículos de transporte colectivo de passageiros.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

155

Imagem 19. Estacionamento ordenado para

pesados

Imagem 20. Estacionamento ordenado para

transportes colectivos

Imagem 21. Praça de Taxis

A Praça de Táxis localiza-se igualmente na

Avenida Aurelino Mira Fernandes (Imagem

21), apresentando capacidade para 5

veículos.

7.2.2. ESTACIONAMENTO TARIFADO

O estacionamento tarifado (Figura 42) na Vila

de Mértola distribui-se por três zonas: 6

lugares no Casco Histórico (Largo Luís de

Camões); 27 lugares na zona que

compreende a Rua 25 de Abril, o Largo Vasco

da Gama e a Rua Alves Redol e 7 lugares

junto ao eixo comercial (na intercepção das

Ruas Dr. Afonso Costa e Dr. Serrão Martins).

A cobrança de tarifa de estacionamento

ocorre nos dias úteis, entre as 8h30m e as

18h30, sendo a duração máxima de

estacionamento de 2h30m em todas as

zonas.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

156

Figura 42. Estacionamento Tarifado na Vila de Mértola

Fonte: elaboração própria, 2007

7.2.3. ESTACIONAMENTO CONDICIONADO

Na Vila de Mértola, a ocorrência de estacionamento condicionado na via

pública resulta das seguintes concessões:

Estacionamento para Entidades Oficiais/Serviços Públicos

(designadamente Câmara Municipal, Guarda Nacional Republica,

Instituto de Conservação da Natureza e CTT);

Estacionamento para operações de cargas e descargas;

Estacionamento reservado a pessoas portadoras de deficiência

motora;

Estacionamento para permitir o acesso a utentes de farmácia.

O estacionamento reservado para entidades oficiais/serviços públicos

distribui-se por 5 zonas de estacionamento: 2 zonas de estacionamento no

´

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

157

Casco Histórico afectas ao estacionamento de veículos da autarquia (5

lugares no Largo Luís de Camões e 2 lugares na Rua Dr. António José de

Almeida) e Instituto de Conservação da Natureza (1 lugar de

estacionamento no Largo Luís de Camões); 1 lugar de estacionamento

reservado aos CTT na Rua Alves Redol; 1 zona de estacionamento para

veículos da Guarda Nacional Republicana no Eixo Comercial (Rua Dr.

Afonso Costa); e, 1 zona reservada a veículos da autarquia na Rua de

Beja.

Figura 43. Estacionamento Condicionado na Vila de Mértola

Estacionamento dedicado exclusivamente a Entidades Oficiais/Serviços Públicos (ex: Câmara Municipal, GNR, CTT)

Estacionamento dedicado exclusivamente a Operações de Cargas e Descargas

Estacionamento reservado a pessoas portadorasde deficiência motora

Estacionamento reservado a utentes de farmácia

Fonte: elaboração própria, 2007

O estacionamento reservado para operações de cargas e descargas

localiza-se ao longo do Eixo Comercial (8 zonas de estacionamento) e junto

à Rotunda Norte (1 zona de estacionamento), ocorrendo o condicionamento

no período de Segunda-Feira a Sábado, entre as 8h e as 19h. Importa,

contudo, assinalar o estacionamento recorrente de veículos particulares

nas zonas reservadas a operações de cargas e descargas no Eixo

´

O estacionamento reservado para operações de cargas e descargas localiza-se ao longo do Eixo Comercial e junto à Rotunda Norte.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

158

Comercial, verificando-se algumas perturbações à normal fluidez do trânsito

nesta via.

Relativamente ao estacionamento para pessoas portadoras de deficiência

motora, encontram-se reservados 2 lugares de estacionamento nas zonas

de estacionamento tarifado localizadas junto ao eixo comercial (na

intercepção das Ruas Dr. Afonso Costa e Dr. Serrão Martins) e no Largo

Vasco da Gama, estando a duração máxima do estacionamento limitada a

1 hora.

O estacionamento reservado a utentes de farmácia tem uma duração

máxima de 15 minutos, sendo disponibilizados 2 lugares de

estacionamento (Rua Dr. Afonso Costa e Rua de Beja), um lugar junto a

cada uma das farmácias existentes na Vila de Mértola.

7.3. PROJECTOS PREVISTOS PARA A REDE DE TRANSPORTES

No concelho de Mértola, os principais projectos previstos para a rede de

transportes correspondem à criação de novos parques de estacionamento

na Vila de Mértola (Figura 44) e a alteração do traçado do IC27 (Figura 45).

Com localização periférica relativamente ao núcleo, os parques de

estacionamento previstos visam constituir-se como parques dissuasores,

reduzindo o tráfego automóvel e, necessariamente, a procura de

estacionamento no interior da malha urbana. A oferta a disponibilizar por

estes parques totalizará aproximadamente 820 novos lugares de

estacionamento, com a seguinte distribuição (Figura 44):

Parque Oeste/Feira (capacidade: 500 lugares);

Parque da Zona Ribeirinha/Cais (capacidade: 40 lugares);

Parque da Entrada de Mértola (capacidade: 65 lugares);

Parque da Zona Escolar – estacionamento para pesados,

substituindo os lugares actualmente existentes no Parque da

Entrada de Mértola (capacidade: 150 lugares);

O estacionamento reservado a utentes de farmácia tem uma duração máxima de 15 minutos.

Os principais projectos para a rede de transportes correspondem a novos parques de estacionamento e à alteração do traçado do IC27.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

159

Parque Norte (capacidade: 65 lugares).

Figura 44. Localização dos parques de estacionamento previstos para a Vila de Mértola

Fonte: elaboração própria, 2007

A alteração ao traçado do IC27 consiste na construção de uma via exterior

à Vila de Mértola (Figura 45), por forma a retirar do interior do aglomerado o

tráfego automóvel de atravessamento e a melhor as condições de

circulação neste troço desta via de interesse regional.

P1 – Parque Oeste/Feira

P2 – Parque da Zona Ribeirinha/Cais

P3 – Parque da Entrada de Mértola

P4 – Parque da Zona Escolar

P5 – Parque Norte

A alteração ao traçado do IC27 consiste na construção de uma via exterior à Vila de Mértola.

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

160

Figura 45. Proposta de novo traçado para o IC27

IC 27

EN 122

Vila Real de Santo António

Almodôvar

Beja

Mértola

Fonte: elaboração própria, 2007

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

161

8. DIAGNÓSTICO

O presente capítulo corresponde a uma diagnóstico síntese do sistema

concelhio, enfocando os elementos que influem directa e/ou indirectamente

na promoção e desenvolvimento de uma mobilidade sustentável, e cujas

tendências evolutivas determinam a aquidade da sua consideração neste

contexto.

Sob a forma de uma matriz SWOT (Strenghts, Weaknesses, Oppotunities

and Threats) atenta-se não apenas na oferta e procura de transportes, mas

também noutros aspectos dos quais depende a evolução da mobilidade à

escala concelhia, como sejam a dinâmica e estrutura demográfica, o

emprego e as actividades económicas, a rede de equipamentos colectivos

ou a rede urbana e o sistema de povoamento. Tendo por base este

exercício, será possível (em sede de Relatório de Objectivos e Conceito de

Intervenção):

Delinear cenários de evolução da mobilidade;

Determinar as áreas de intervenção prioritária ao nível do sistema

de transportes;

Definir objectivos específicos no âmbito da promoção de uma

mobilidade sustentável;

Definir um conceito multimodal de deslocações.

Proj

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162

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

165

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Região do Alentejo – 2005”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

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das Vias Verdes da Região do Alentejo. Relatório Final”, Volumes I e

II, CCDR Alentejo, Associação Portuguesa de Corredores Verdes,

Rede Verde Europeia

LEGISLAÇÃO

Decreto-Lei nº 163/2006, de 8 de Agosto - Aprova o regime da

acessibilidade aos edifícios e estabelecimentos que recebem público,

via pública e edifícios habitacionais, revogando o Decreto-Lei n.º

123/97, de 22 de Maio

Decreto-Lei nº 222/98 com as alterações introduzidas pela Lei nº 98/99 de

26 de Julho, pela Declaração de rectificação nº 19-D/98 e pelo

Decreto-Lei nº 182/2003 de 16 de Agosto

Decreto-Lei n.º 299/84 de 5 de Setembro

Portaria 181/86, de 6 de Maio

FONTES ESTATÍSTICAS

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Transporte Escolar – Número de Alunos Transportados em Carreiras

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Municipais – Ano Lectivo 2007/2008”, Câmara Municipal de Mértola,

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“Boletins Estatísticos de Acidentes de Viação, Direcção-Geral de

Viação/Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Lisboa

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Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, Lisboa

Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 2000”,

Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, Lisboa

Gabinete de Estratégia e Planeamento, “Quadros de Pessoal – 1995”,

Gabinete de Estratégia e Planeamento – Ministério do Trabalho e da

Solidariedade Social, Lisboa

INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), “Estatísticas da Construção e

Habitação – 2006”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

INE – Instituto Nacional de Estatística (2002), “Censos 2001 – XIV

Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da

Habitação”, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

INE – Instituto Nacional de Estatística (1993), “Censos 1991 – XIII

Recenseamento Geral da População/III Recenseamento Geral da

Habitação, Instituto Nacional de Estatística, Lisboa

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saude.pt (última consulta 02/10/2007)

Câmara Municipal de Mértola (2007), www.cm-mertola.pt (última consulta

17/10/2007)

Direcção Regional de Educação do Alentejo (2007), www.drealentejo.pt

(última consulta 02/10/2007)

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EP – Estradas de Portugal (2007), www.estradasdeportugal.pt (última

consulta 19/10/2007)

Geocaching – The Official Global GPS Cache Hunt Site (2007),

www.geocaching.com (última consulta 22/10/2007)

INE – Instituto Nacional de Estatística (2007), www.ine.pt (última consulta

21/10/2007)

Instituto de Seguros de Portugal (2007), “Base de dados relativa ao parque

segurado”, www.isp.pt (última consulta 05/09/2007)

Rede Nacional de Expressos (2007), www.rede-expressos.pt (última

consulta 22/10/2007)

Rodoviária do Alentejo (2007), www.rodalentejo.pt (última consulta

09/10/2007)

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

AANNEEXXOOSS

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

170

Anexo I. Classificação das Actividades Económicas (Lista das Secções e sua Designação

segundo a CAE-Rev.2)

Secção Designação

A Agricultura, Produção Animal, Caça e Silvicultura

B Pesca

C Indústrias Extractivas

D Indústrias Transformadoras

E Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água

F Construção

G Comércio por Grosso e a Retalho, Reparação de Veículos Automóveis, Motociclos e Bens de Uso Pessoal e Doméstico

H Alojamento e Restauração (Restaurantes e Similares)

I Transportes, Armazenagem e Comunicações

J Actividades Financeiras

K Actividades Imobiliárias, Alugueres e Serviços Prestados às Empresas

L Administração, Defesa e Segurança Social Obrigatória

M Educação

N Saúde e Acção Social

O Outras Actividades e Serviços Colectivos, Sociais e Pessoais

P Famílias com Empregados Domésticos

Q Organismos Internacionais e Outras Instituições Extra-Territoriais

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

172

Anexo III. Classes de Embarcações

Classe 1 – Remo e vela ligeira – Embarcações essencialmente desportivas, onde se incluem

canoas, Kayaks, skiffs e yawls, optimists, vauriens, lasers e windsurf, etc.; comprimentos não

superiores a 5 metros e calados diminutos, da ordem dos 30 centímetros; mesmo que à vela,

tendo patilhão e leme, estes serão retracteis.

Classe 2 – Pesca fluvial local – São chatas, botes ou embarcações de fibra de pequenas

dimensões (máx. 4 metros), calando pouco (máx. 40 cm), propulsionados a remos ou com

motor fora de borda de escassa potência (até 10 Hp); são geralmente utilizados no lançamento

e recolha das artes de captura em rio e, raramente, na pesca à linha (corrico).

Classe 3 – Motorizados “radicais” – Motos de água, embarcações de casco semi-rígido ou

em fibra, propulsionadas através de motores turbo ou a hélice de elevada potência; procuram

a velocidade, por vezes a prática de sky aquático. Dimensão até 5 metros e calado

correspondente à coluna do motor (máx. 50 cm).

Classe 4 – Veleiros com motor auxiliar – Embarcações de recreio à vela, portanto com

mastros elevados e dotadas de motor para propulsão auxiliar ou alternativa, sendo aquele

geralmente interior e de média potência (até 40 Hp); estas embarcações já procuram o rio com

alguma frequência, podendo chegar a Mértola em determinadas condições de maré;

comprimentos variáveis até 18 metros e calados que podem chegar aos 2,5 metros.

Classe 5 – Embarcações tradicionais transformadas – Antigas embarcações de pesca ou

de transporte que foram transformadas e adaptadas ao recreio ou para transporte de pessoas

e pequenas cargas ao longo do rio; comprimentos até 14 metros e calados até 2 metros.

Classe 6 – Marítimo – Turísticos ligeiros – Antigas embarcações de atravessamento do rio

(tipo ferry ou cacilheiro) que actualmente se dedicam a cruzeiros no rio com duração máxima

de 10 horas. Subida até Pomarão e regresso; as maiores (ferries), têm um comprimento de 40

metros, 10 m de boca, calam 2,5 m e deslocam 250 Ton.

Classe 7 – Lanchas motorizadas de recreio – Com várias características e dimensões,

comprimento até aos 20 metros e calado até aos 2 metros, normalmente propulsionadas a

motores de elevada potência. Embora com diferentes funções, incluem-se nesta classe os

patrulhas da Armada e da Brigada Fiscal.

Classe 8 – Marítimo – Turísticos pesados – Navios mistos, aptos a navegar nos rios e nos

estuários; estão projectados para navegar no Guadiana, com as seguintes características:

comprimento 80 metros, boca 11,4 m, calado 1,7 m, deslocamento 1 030 Ton, vel. 11 nós

(max.).

Fonte: Hidroprojecto, 2004.

Anex

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Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

174

Anexo V. Índice de Fórmulas

Transportes

Índice de Permeabilidade

IP = km de estrada / área (km2)

Índice de Densidade

ID = km de estrada / n.º habitantes * 1000

Rácio Habitantes por Táxi

Rácio Habitantes por Táxi = n.º habitantes / n.º táxis

Rácio Veículos por km de Rede Viária

Rácio Veículos por km de Rede Viária = n.º de veículos / km de estrada

Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado

todos os tipos de veículos segurados.

Taxa de Motorização

Taxa de Motorização = n.º veículos / n.º de habitantes * 1000

Nota: utilizaram-se os dados do Instituto de Seguros de Portugal, tendo-se considerado

os seguintes tipos de veículos segurados: ligeiros, ciclomotores, motociclos e mistos.

População

Taxa de Actividade

Taxa de Actividade = população activa / população total * 100

Taxa de Desemprego

Taxa de Desemprego = população desempregada (sentido lato) / população activa * 100

Projecto Mobilidade Sustentável – Relatório de Diagnóstico

175

Índice de Envelhecimento

Índice de Envelhecimento = população > 64 anos / população 0-14 anos * 100

Densidade Populacional

Densidade Populacional = população residente / área (km2)