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Insuficiência Cardíaca Congestiva
Acomete crianAcomete criançças ou adultos, de qualquer raas ou adultos, de qualquer raçça a ou classe social.ou classe social.
Epidemiologia • Prevalência e incidência crescentes – via final de todas as doenças
cardíacas, associação com avanço da idade (1/1000↓45 a 10/1000/↑65 anos), doenças coexistentes
• Incidência dobrou nos últimos 10 anos
• Índices altos de hospitalização com alta morbimortalidade (maior causa de morte cardiovascular)
• 5 milhões pacientes USA(75%>65 a)
• 6,5 milhões pacientes com ICC no Brasil (1/3 hospitalizações anuais)
• custos altos – 4% do total gasto com internações no Brasil(204 milhões)
• IC sintomática – pior prognóstico que maioria neoplasias com mortalidade em 1 ano de 45%
• Problema de saúde publica – sem programas de prevenção e detecção da doença em estágios precoces
www.datasus.com.br
N Engl J Med 2003; 348:2007-18
Hospitalizações Realizadas no SUS -2002 por Doença do Aparelho
Circulatório (CID-10)
TOTAL Internações Óbitos T. mort D. Ap. Circulatório 1.216.771 85.620 7,04 Hipertensão Arterial 126.989 1591 1,2 Outras D. Hipertensiva 45.478 830 1,8 Infarto Agudo do Miocárdio 46.550 6804 16,3 Outras D. Isquêmicas 118917 3473 2,9 Insuficiência Cardíaca 372.604 25.984 6,97 D. Condução e Arritmias 45.758 2109 4,6 AVE hemorrágico 16.479 4860 29,4 AVE isquêmico 4306 619 7,7 AVE não específicado 88.512 15.413 7,0 Outros D. Cerebrovascular 49.907 7.951 15,9
Relação entre disfunção ventricular, sintomas e mortalidade na IC
Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2004;14(1): 1-10
Definição • “Síndrome heterogênea na qual uma anormalidade da função
cardíaca é responsável pela incapacidade do coração de bombear sangue com um débito suficiente para atender as necessidades dos tecidos e/ou só conseguir fazê-lo com pressões ou volumes diastólicos anormalmente elevados”.
• “Síndrome clínica na qual doenças cardíacas reduzem o débito cardíaco e aumentam as pressões venosas, e é acompanhada de por alterações moleculares que causam progressiva deteriorizacao do coração insuficiente e prematura morte das células miocárdicas”.
• “Síndrome clínica na qual uma desordem estrutural ou funcional do coração leva à diminuição da capacidade do ventrículo de ejetar e/ou de se encher de sangue nas pressões de enchimento fisiológicas”.
• Síndrome clínica… mais fácil de reconhecer que definir. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2004;14(1): 1-10
N Engl J Med 2003; 348:2007-18
Etipatogenia1. Função sistólica (contrátil) comprometida
– Lesão ou disfunção isquêmicaIAMIsquemia miocárdicahipoperfusao(choque)
– Sobrecarga cronica de pressaoHASValvulopatia obstrutiva
– Sobrecarga cronica de volumevalvulopatia regurgitantederivação intracardiaca da E/D
– Miocardiopatia dilatada não-isquemicaDisturbio familiar/genéticoLesao induzida por agentes tóxicos ou medicamentososNecrose imunomediadaAgentes infecciososDisturbios metabólicosProcessos infiltrativosDisturbios idiopáticos
Etiopatogenia
2. Função diastólica comprometida( enchimento restringido, rigidez aumentada)
– Hipertrofias (miocardiopatias hipertróficas, HAS, valvopatias obstrutivas)
– Envelhecimento– Fibrose isquêmica– Miocardiopatia restritiva
distúrbios infiltrativos (amiloidose, etc)doenças de armazenamento
(hemocromatose, genéticas)– Distúrbios endomiocárdicos
Etiopatogenia
3. Anormalidades mecânicas– Intracardíacas
valvulopatias obstrutivasvalvulopatias regurgitantesderivações intracardíacas e outras
anormalidades congênitas– Extracardíacas
obstrutivas (coarctação aorta)derivação E/D (PCA)
Etiopatogenia4. Distúrbios da freqüência e do ritmo
– Bradiarritmias– Taquiarritmias
5. Cardiopatia pulmonar– Cor pulmonale– Distúrbios vasculares pulmonares
6. Estados de alto débito– Distúrbios metabólicos
TiretoxicoseDistúrbios nutricionais (beriberi)
– Necessidades excessivas de fluxo sanguíneoAnemia crônicaFístula arteriovenosa sistêmica
Conceitos básicos• Débito cardíaco – quantidade de sangue bombeado para aorta , a cada minuto pelo
coração. O débito cardíaco é dependente da freqüência cardíaca (FC) e do volume de sangue ejetado (VE) pelo coração a cada sístole. A FC normal é de 75 batimentos por minuto em um indivíduo adulto em repouso e o volume ejetado é de 70 ml.
DC = FC x VE = 75 x 70 = 5.25 lt/minPA = DC x RPT DC = PA/RPT
• O volume ejetado depende da força de contração do músculo cardíaco. A força de contração por sua vez, depende do volume de sangue que chega ao ventrículo durante a diástole (lei de Frank-Starling), e/ou de estimulação do sistema nervoso simpático.
• O volume diastólico final do VE (capacidade normal do ventrículo - 120 ml) e com a força de contração normal, o volume ejetado (débito sistólico) é de 70 ml. Ao final permanecem 50 ml de sangue em cada ventrículo – volume sistólico final.
• Fração de ejeção – fração do volume diastólico final que é ejetada(%) • Pressão diastólica final de ventrículo – pressão diastólica imediatamente antes da
contração ventricular
Fisiologia cardíaca• Determinantes do desempenho cardíaco
– Função sistólica ventricular - contratilidade– Função diastólica ventricular (relaxamento)– Regulação cardíaca intrínseca - Pré-carga ventricular –
grau de tensão do músculo quando ele começa a se contrair – PD2VE– pressão durante o enchimento ventricular – retorno venoso capacidade intriseca de adaptação a volumes crescentes de afluxo Frank-Starling
– Pós-carga ventricular – carga contra a qual o músculo exerce sua força contrátil – pressão na artéria à saída do ventrículo – pressão sistólica
– Freqüência e condução cardíaca - SNS– Fluxo sanguíneo miocárdio
Lei de Frank-Starling
Falência
Normal
Forç
a co
ntra
ção
(VS)
Estiramento fibra = pré-carga(Diâmetro Ventricular )
Exercicio aumento metabolismo músculo esquelético
vasodilatação local ↓RPT e RV ↓PA SNSvasoconstricção,
FC e contração PA
Mecanismos fisiopatológicos
Injúria miocárdica
↓vs
Retenção de Na vasoconstricção
↑RVP
↑PD2
↑pressão atrial E
Hipertensão venocapilar pulm
Transudação liquidos para interstício e alvéolos
dispneia
Hiperatividade simpática
IC
Hiperatividade simpática
Coração – β-1eβ-2 Rins e vasosα-1, SRAA e AVP
Vasoconstricção e retenção de Na e H2OTaquicardia e aumento força de contração
Hipertrofia, apoptose,fibrose,dilatação,atrofia,isquemia, arritmias e morte celular
Barreto, ACP Insuficiência cardíaca no terceiro milênio 2000
Disfunção ventricularInjúria cardíaca
Disfunção ventricular
Resposta vascular periférica
Sistemas vasoconstrictores
SNSSRAA
EndotelinasArginina-vasopressina
Sistemas vasodilatadores
Peptídeos natriuréticosProtaglandinas
Fator relaxamento derivado endotélioBradicinina
VasoconstricçãoProliferação celularRetençao Na/água
VasodilataçãoDiurese e natriurese
antiproliferação
Mecanismos de Adaptação• Redução VS:1. Liberação de catecolaminas ↑FC e contração2. Mecanismo de Frank-Starling pré-carga aumentada
mantem função cardíaca3. HVE com ou sem dilatação das camaras
• A síndrome de IC vai se caracterizar por:1. Sinais e sintomas de sobrecarga hídrica intravascular e
intersticial inclusive dispnéia, estertores e edema2. Manifestações de perfusão tissular inadequada, como
comprometimento da tolerância aos exercícios, fadiga e disfunção renal
Mecanismos fisiopatológicos da IC• Anormalidades cardíacas
– Estruturais • miócito anormalidade na excitaçao/contraçao, desensibilizaçao B adrenérgica,
hipertrofia,necrose, fibrose,apoptose• VE – remodelamento (dilatação, aneurisma)• Coronárias – obstrução
– Funcionais• IM, arritmias, isquemia, dessincronização
• Substancias biologicamente ativas tissulares e circulantes– SRAA– SNS (adrenalina)– Vasodilatadores (bradicinina, ON e prostaglandinas)– Peptídeos natriuréticos– Citocinas (endotelina, FNT e interleucinas)– Vasopressina
• Outros fatores– Genéticos incluindo efeitos sobre sexo– Idade– Fatores ambientais incluindo uso de álcool, fumo e outras drogas– Fatores coexistentes DM, HAS, doença renal, DAC,anemia, obesidade,
apneia do sono,depressãoN Eng J Med 1999;341(8): 577-585
Apresentação clínica da IC
• IC aguda – EAP/ choque cardiogênico• IC crônica – IVE/IVD• Descompensação aguda de IC crônica
– fatores precipitantes• IC com disfunção sistólica e com
disfunção diastólica – FE• IC baixo débito e alto débito
Tipos de IC
• 30 a 40% pacientes com IC tem função sistólica do VE preservada com FE>50% IC diastólica
• IC diastólica – mais idosos, mulheres, HVE, FE normal, B4, cavidade VE pequena, HAS, DM
• Relaxamento ventricular anormal e redução de complacência enchimento ventricular lento aumento pressão atrial congestão pulmonar e sistêmica
Diagnóstico
Exame físico
Exameslaboratoriais
Estudos diagnósticos
história
• Reconhecer o tipo IC
• Identificar fatores precipitantes
• Definir gravidade caso
• Estabelecer prognóstico
• Definir conduta terapêutica
EDEMA
DIMINUIÇÃODA PRESSÃO
OSMÓTICADAS
PROTEINASPLASMÁTICAS
AUMENTODA
PERMEABILIDADECAPILAR
AUMENTODA
PRESSÃOHIDROSTÁTICA
OBSTRUÇÃODOS
VASOSLINFÁTICOS
RETENÇÃO
DE
SÓDIO
Fisiopatologiae
Causas
InsuficiênciaCardíaca
Hipoalbuminemia
Inflamação
I RenalI Hepática
Linfedema
Sintomas e sinais• Sintomas não-específicos
– Dispnéia aos esforços, fadiga, intolerância aos exercícios• Sinais não específicos
– Edema MMII vespertino– Ascite– Derrame pleural– Hepatomegalia dolorosa– caquexia
• Sintomas específicos– Ortopnéia e DPN
• Sinais específicos– B3– Turgência jugular– Refluxo hepato-jugular– Estertores bolhosos em bases pulmonares
Perfil clínico e hemodinâmicoICC aguda
• Presença ou ausência de elevação das pressões de enchimento – sinais e sintomas congestivos.
• Evidencia de perfusão periférica comprometida – sinais e sintomas de baixo débito.
Avaliaçao diagnóstica• ECG – SVE, SAE, IAM prévio, arritmias,
BRE, BRD e bloqueio da divisão ASRE• Rx tórax – índice cardio-torácico,
edema intersticial,inversão trama vascular, derrame pleural, linhas B Kerley
• Peptídeo natriurético cerebral B (BNP)• Ecocardiograma –tamanho cavidades,
contratilidade, valvas, função sistólica, função diastólica, espessura das paredes e derrame pericárdico
Exames laboratoriais
• Hemograma• Função renal• Eletrólitos• Provas de função hepática• Glicemia• Lipidograma• Provas de função tireodiana
Avaliação da gravidade da IC
Classificação da NYHA (sistema classificação IC baseado em
sintomas
• Classe I – assintomático• Classe II – sintomático aos grandes
esforços• Classe III – sintomático aos médios e
pequenos esforços• Classe IV – sintomático em repouso
Evoluçao da IC
Os dois defechos finais na IC progressiva são:
• Morte súbita cardíaca é a principal causa de morte em classes I e II da NYHA
• Disfunção ventricular E progressiva levando a morte por falência de bomba, ocorre principalmente em classes III and IV
1- a presença ou ausência de elevação das pressões de enchimento(sinais e sintomas congestivos) 2- evidências clínicas de perfusão periférica comprometida (sinais e sintomas de baixo débito) pressões de enchimento elevadas: ortopnéia, pressão venosa jugular elevada, edema; estertores pulmonares; ascite; refluxo hepatojugular; presença de terceira bulha cardíaca (B3). A ortopnéia e a pressão venosa jugular elevada são os principais marcadores de congestão.Os estertores pulmonares estão ausentes em mais de 80% dos pacientes com elevadas pressões de enchimento, devido à compensação proporcionada pelos linfáticos pulmonares perfusão periférica inadequada: pressão de pulso; extremidades frias; hipotensão sintomática, com baixas doses de inibidores da ECA; diminuição dos níveis séricos de sódio; Desenvolvimento de insuficiência renal.A pressão arterial é o marcador mais acessível da perfusão periférica.
Perfil clínico/hemodinâmico
•Perfil clínico/hemodinâmico B (quente/ úmido)diuréticos. via endovenosavasodilatadores endovenosos•Perfil clínico/hemodinâmico C (frio/úmido)congestão, associadas às de baixo débito cardíaco a resistência vascular periférica está bastante elevada vasodilatadores -nitroprussiatoA hipotensão agentes inotrópicos – dobutamina e levosimedanredução/suspensão dos betabloqueadores e otimização dos vasodilatadores; a pressão arterial utilizada como parâmetroPerfil clínico/hemodinâmico L (frio/seco)são estáveis e pouco sintomáticos.Uso doses excessivas de diuréticos e inibidores da ECA. Introdução gradual de betabloqueadores
Objetivos do tratamento
• Prevenção • Melhorar sobrevida • Diminuir progressão da doença• Aliviar sintomas com melhora da
qualidade de vida• Reduzir fatores de risco
Medidas não-farmacológicas
• Mudança do estilo de vida
Sem ser chato!
• Dieta• Ingestão de sal• Ingestão de líquidos• Ingestão de álcool• Atividade física• Viagens • Sexo
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
• Diuréticos• Digital• Vasodilatores• Espironolactona• Beta-bloqueadores• Inotrópicos
Diuréticos • Controle sintomas congestivos• Aumentam a natriurese e diurese• reduzem o volume intravascular, o volume ventricular, a pré-carga, a
congestão visceral e os conseqüentes sintomas da IC• A redução do conteúdo de sódio da parede arteriolar leva à
vasodilatação, queda da resistência vascular sistêmica e da pós-carga. • Os diuréticos, especialmente os de alça, podem também aumentar a
produção renal de prostaglandinas, o que contribui para antagonizar a retenção de sódio.
• Esses fármacos podem ser empregados em todos os estágios sintomáticos da IC, porém de maneira judiciosa e sempre associados a um inibidor da ECA ou ARA-II.
• Os diuréticos utilizados no tratamento da IC pertencem a três grupos: a) tiazídicos, b) de alça e c) poupadores de potássio
• Pacientes com evidências de congestão visceral e edema periférico ou sintomas congestivos pulmonares devem ser medicados com diuréticos de alça, sendo as doses e via de administração reguladas pela resposta terapêutica.
• Em pacientes com IC grave, não só se necessitam, com freqüência, doses elevadas, como também se obtém melhor resposta terapêutica pela adição de outro(s) diurético(s), com mecanismo de ação diferente.
Arq Bras Cardiol 2002;79(IV):1-46
Diuréticos Tiazídicos – inibem o transporte de sódio e cloro no início do tubo contornado distal.
• 5 a 8% do sódio do filtrado glomerular são excretados nessa porção do nefron tiazídicos são pouco eficazes quando usados isoladamente na IC.
• dependem para sua ação de função renal relativamente preservada, já que, com taxas de filtrado glomerular menores que 30 mL/min, sua ação é limitada.
• HCTZ e clortalidona são os principais representantes desta classe que em doses equivalentes, apresentam eficácia similar.
Diuréticos de alça - Inibem o transporte de cloro e sódio da porção luminal para o espaço intracelular no ramo ascendente da alça de Henle, tanto na parte cortical como medular.
• Os principais representantes desta classe são a furosemida e a bumetanida, que têm efeitos similares em doses equivalentes.
• início de ação mais rápido e duração de ação mais curta que os tiazídicos. • Aumentarm a capacitância venosa, com a conseqüente diminuição da pré-carga, melhoram
os sintomas congestivos na IC, independente do efeito diurético, o que pode ser observado na administração intravenosa, em paciente com edema agudo de pulmão.
• Na IC grave, a absorção intestinal está comprometida e daí a melhor resposta àadministração intravenosa.
Diuréticos poupadores de potássio - Como diuréticos, são pouco potentes e geralmente utilizados em associação com outros agentes, quando se objetiva a retenção de potássio.
• Seu mecanismo de ação envolve a inibição do potencial transepitelial (normalmente negativo) ao nível da porção cortical do tubo coletor.
• O triantereno e a amilorida inibem diretamente a secreção de potássio, enquanto a espironolactona antagoniza a aldosterona. Esses diuréticos têm início de ação lento.
Diuréticos
Efeitos adversos• Nefrite intersticial(furosemida e tiazidicos)• Perda da audiçao(alça)• Hiperuricemia, gota(tiazídicos, alça)• Ginecomastia(espironolactona)• Intolerancia glicose(tiazídicos, alça)• Hipocalemia(tiazídicos, alça)• Hipercalemia(poupadores K+)
Digitálicos• Os digitálicos permanecem como o agente mais comumente
prescrito para o tratamento da ICC.• Modulam a ativação neuro-hormonal, reduzem a atividade
simpática e estimulam a ação vagal, diminuindo a FC. • Aumentam a sensibilidade dos reflexos barorreceptores e
cardiopulmonares. Esses mecanismos levam à diminuição do consumo de oxigênio, o que talvez explique o fato de os digitálicos não agravarem a mortalidade, quando utilizados cronicamente, ao contrário do observado com outras drogas inotrópicas.
• recomenda-se o emprego dos digitálicos em todos os pacientes sintomáticos com IC predominantemente sistólica.
• Estes fármacos devem ser utilizados nos pacientes com ritmo de FA e freqüência ventricular elevada, mesmo assintomáticos.
• Seu emprego em pacientes com disfunção ventricular sistólica assintomática, em ritmo sinusal, é controverso.
• Não altera mortalidade• Digoxina e digitoxina
Antagonistas da aldosterona• Espironolactona e o eplerenone que bloqueiam os receptores
de aldosterona, mesmo em doses supostamente não diuréticas.
• A aldosterona estimula a produção de fibroblastos e aumenta o teor da fibrose miocárdica, perivascular e perimiocítica, provocando rigidez muscular e disfunção.
• seu bloqueio reduz a síntese e o depósito do colágeno, melhorando a função miocárdica.
• a aldosterona provoca dano vascular por diminuição da complacência arterial, modula o equilíbrio da fibrinólise por aumentar o PAI-1 (inibidor do ativador do plasminogênio), predispondo a eventos isquêmicos.
• Pode ocasionar disfunção de barorreceptores, ativação simpática, agravar a disfunção miocárdica e, por conseqüência, fazer progredir a IC.
• Acarreta retenção de Na+ e água, e provoca perda de K+e Mg++, aumentando a liberação de neuro-hormônio adrenérgico e o risco para arritmias cardíacas e morte súbita.
Antagonistas da aldosterona• Efeitos:
– melhor bloqueio do hiperaldosteronismo secundário e redução da retenção de sódio
– Diminui o risco de hipopotassemia– redução do risco de hipomagnesemia– Estabiliza ou reduz a fibrose miocárdica.
• Emprega-se de 25 a 50mg/dia, por via oral, podendo ser aumentada sua dosagem até 100mg/dia
• o efeito antifibroso é alcançado com doses baixas (25mg/dia)• Tem indicação para pacientes sintomáticos, classes funcionais III e IV,
associado ao tratamento padrão com diurético, digital, inibidor da enzima conversora e betabloqueador – (Classe I/grau B)
• Não existe estudo, até o momento, que revele ser eficaz em pacientes assintomáticos
• A demonstração de sua eficácia em reduzir a mortalidade foi fornecida pelo estudo RALES - Randomized Aldactone Evaluation Study -descontinuado antes do final previsto, devido à redução estatisticamente significante da mortalidade (26%) nos pacientestratados com espironolactona, em comparação com placebo.
Inibidores da enzima de conversão da angiotensina
• Reduz incidência morte súbita• Favorece evolução dos pacientes com melhora
morbimortalidade• Diminui descompensações e internações• Indicados em todas classes funcionais e na IVE
assintomática(previne IC)• Ação por diminuição formação de angiotensina
II e do acumulo de bradicinina• Melhora progressão e previne remodelamento
ventricular
Inibidores ECAEfeitos adversos• hipotensão arterial sintomática, que pode manifestar-se como fenômeno da primeira dose,
em decorrência da supressão do suporte hemodinâmico da angiotensina II e do tono simpático.
• pode ser evitada com o uso de dose inicial baixa, aumentada gradativamente, conforme a tolerância.
• idosos, os pacientes com IC grave, pressão arterial sistólica (PAS) baixa (<90mmHg) e nível plasmático de sódio <135 mEq/L. Nesses casos, os inibidores da ECA devem ser usados com cautela adicional, suspendendo os diuréticos dois dias antes de sua introdução.
• tosse seca, irritativa e que impede o uso continuado do medicamento em cerca de 10% a 20% dos casos. Parece dever-se ao acúmulo de bradicinina e é um efeito classe-específico dos inibidores da ECA, que independe da dose utilizada e do tempo de uso.
• O inibidor da ECA, nessa situação, pode ser substituído pelo antagonista dos receptores AT1.
• Hiperpotassemia especialmente em pacientes que apresentem algum grau de insuficiência renal, idosos e diabéticos.
• o emprego concomitante de suplementação de potássio, betabloqueadores e antagonistas AT1, ou de diuréticos poupadores do íon, exige cautela apropriada e monitorização periódica de eletrólitos.
• Na insuficiência renal, é comum observar-se inicialmente aumento discreto da creatinina, que tende a voltar aos níveis basais com a continuidade do tratamento
• Inibidores da ECA são contra-indicados na gravidez.
Antagonistas dos receptores de angiotensina II
• Bloqueiam especificamente receptores AT1• vasodilatadores que provocam redução da resistência arterial
periférica, redução da pressão diastólica final do VE e aumentam o DC.
• Modulam a estimulação neuro-hormonal e interferem na remodelação ventricular, reduzindo a dilatação ventricular pós-infarto do miocárdio.
• Como a ação não é rápida, raramente provocam hipotensão e, portanto, os cuidados com a primeira dose são menores que em relação a outros medicamentos.
• Diferem dos inibidores da ECA por não interferirem com a degradação da bradicinina e não induzirem tosse.
• os ARA II podem ser considerados para pacientes que não toleram inibidores da ECA (Classe I/grau A).
• Em combinação com os inibidores da ECA, os ARA II podem melhorar sintomas e reduzir hospitalizações por piora da IC, particularmente nos pacientes que não toleram os betabloqueadores
• não está definitivamente comprovado se os ARA II são tão efetivos quanto os inibidores da ECA para redução de mortalidade
Bloqueadores betaadrenérgicos
• Melhora da sobrevida• Redução mortalidade• Melhora FE• Melhora remodelamento• Melhora sintomas e qualidade de vida• Diminui taxa de hospitalização• Diminui incidência de morte súbita
Bloqueadores betaadrenérgicos
Contra-indicações• Asma/DPOC• DM com hipoglicemia• Bradiarritmias• BAVT sem MPEfeito adversoPiora clínica no inicio tratamento
Medidas não-farmacologicas em doentes refratários
• Agentes inotrópicos positivos EV
• Terapia de ressincronização cardíaca
• Revascularização miocárdica• Transplante cardíaco• Correção IM e
remodelamento ventricular• Suporte mecânico• Desfibrilador implantável
Conclusões • IC nao é uma doença especifica mas a
via final comum de diversas doenças cardiovasculares
• Para uma abordagem adequada de seu paciente com IC voce precisa saber– O tipo de IC– A causa da IC– O estágio e Classe funcional do paciente
• Na IC polifarmácia é a regra não a exceção