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Ano V N.º 46, Junho de 2007 - Preço: 1- Mensal www.rostos.pt Cerimónia “Barreiro Reconhecido” Barreiro comemorou o 23º aniversário da elevação a cidade Presidente da Câmara Municipal do Barreiro no decorrer da sua intervenção na Cerimónia “Barreiro Reconhecido” Álvaro Marinho - Área do Desporto Lélio Quaresma Lobo – Área do Trabalho Emídio Esteves – Área do Associativismo ( a título póstumo) Escola de Jazz do Barreiro – Área da Cultura Alves & Rui, Ldª – Área de Empresa

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Álvaro Marinho - Área do Desporto Presidente da Câmara Municipal do Barreiro no decorrer da sua intervenção na Cerimónia “Barreiro Reconhecido” Lélio Quaresma Lobo – Área do Trabalho Escola de Jazz do Barreiro – Área da Cultura Emídio Esteves – Área do Associativismo ( a título póstumo) Alves & Rui, Ldª – Área de Empresa Ano V N.º 46, Junho de 2007 - Preço: 1€ - Mensal

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Ano V N.º 46, Junho de 2007 - Preço: 1€ - Mensal

www.rostos.pt

Cerimónia “Barreiro Reconhecido”Barreiro comemorou o 23º aniversário da elevação a cidade

Presidente da Câmara Municipal do Barreiro no decorrerda sua intervenção na Cerimónia “Barreiro Reconhecido”

Álvaro Marinho - Área do Desporto

Lélio Quaresma Lobo – Área do Trabalho

Emídio Esteves – Área do Associativismo ( a título póstumo)

Escola de Jazz do Barreiro – Área da Cultura

Alves & Rui, Ldª – Área de Empresa

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Hospital do Barreiro - Debate sobre o Futuro“Formas construtivas de pressão poderão servir de argumento”

Ontem realizou-se um debate na Cooperativa Cultural Popular Barreirense (CCPB) sobre o futuro do Hospital Nossa Senhora do Rosário. O facto de o hospital estar há dezoito meses em gestão corrente, desde que em Janeiro de 2006 viu alterado o seu estatuto para Enti-dade Pública Empresarial, é uma questão que levanta preocupações, uma situação indefi-nida “com implicações a nível da saúde, não só no Barreiro mas nas zonas envolventes”, considera o deputado Jorge Espírito Santo. E na ausência de respostas da parte da tu-tela do hospital, a Comissão Permanente de Acção Educativa, Cultural e Social da Assem-bleia Municipal do Barreiro organizou um debate para informar a população e apelar à sua mobilização no sentido de mostrar o seu desagrado quanto a esta questão. Numa al-tura em que a criação do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo parece ser uma realidade certa e em que se torna premente garantir a manutenção das valências no Barreiro, foi le-vantada a ideia da constituição de um grupo de reflexão que possa pensar num plano de acção para o hospital.

“O Hospital do Barreiro ou ganhavida própria ou vai ser esmagado

pelos dois pólos (Almada e Setúbal) ”

Com a criação de um Centro Hospitalar Barrei-ro/Montijo, previsto num protocolo assinado entre o ministério e o município do Montijo em Fevereiro passado, e que já foi anunciada pelo Ministério da Saúde, o debate veio le-vantar a questão de que em gestão corrente, o Hospital Nossa Senhora do Rosário corre o risco de se fragilizar, não tendo capacidade de tomar decisões estratégicas ou discutir o pró-prio desenvolvimento da sua instituição. “O Hospital do Barreiro ou ganha vida própria ou vai ser esmagado pelos dois pólos (Almada e Setúbal) ”, comenta Leonel Rodrigues.

Garcia de Orta propôs encerramento às 24 horas de algumas urgências do Hospital

do Barreiro

No debate foi também dada a conhecer a recente informação de que o Hospital Garcia de Orta, em Almada, propôs à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

o encerramento às 24 horas das urgências de Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria e Orto-pedia no Hospital do Barreiro, assim como a sua transferência para o Hospital de Almada. Uma situação que Jorge Espírito Santo enca-ra como sendo um “risco real”, ressalvando que a Administração Regional de Saúde não pronunciou ainda a sua decisão. Referiu que como o Hospital Garcia de Orta não tem no momento condições, nomeadamente em ter-mos de recursos humanos, para manter uma urgência polivalente, em vez de “propor co-laboração ou partilha de urgências” propôs o fecho das valências no Barreiro, local onde acrescenta: “serem garantidos os mínimos técnicos nessas urgências”. Perante esse pe-dido, o deputado questiona:”Teremos capaci-dade de influenciar essa decisão com 18 me-ses de gestão corrente?”. Uma questão que o preocupa, nomeadamente quando a decisão da Tutela aponta a passagem do Barreiro a urgência médico-cirúrgica.

“Não podemos tolerar a ausência de respostas”

Com a saída do presidente do Conselho de Administração do Hospital do Barreiro, e daí a sua justificação para não comparecer no debate, e na ausência da nomeação de um Conselho de Administração, o deputado Jor-ge Espírito Santo fala de uma “cultura de si-lêncio” que se tem prolongado, na falta de respostas da parte do próprio Conselho de Administração do Hospital, ao que acrescen-ta: “não temos informação, ninguém nos deu e devia ter dado”. E essa ausência de informa-ção persiste numa altura em que considera: “estarmos em risco de perder aquilo que é a caracterização original do Hospital Nossa Se-nhora do Rosário”, e quando, no seu enten-der, “temos capacidade de criar um pólo de excelência que inclua serviços de diferencia-ção tecnológica e técnica e que inclua ensino e investigação”. Valências que acredita serem muito importantes para atrair recursos huma-nos. Sustentando “Se não conseguirmos ago-ra, não vamos conseguir”.Considerando que o impasse e a indefinição que se tem criado no hospital poderá ter con-sequências inclusivamente para o desenvolvi-mento do concelho, ao que acrescenta: “Não

podemos tolerar a ausência de respostas”.

Câmara defende a constituição de uma Comissão Municipal para a Saúde

Em representação da Câmara Municipal do Barreiro, a vereadora Regina Janeiro, apesar de reconhecer que “a câmara não tem efec-tivamente ainda as competências na área da saúde”, refere que não deixa de intervir, fundamentalmente na área da prevenção. A respeito da questão que suscitou todo o de-bate, referiu que a partir do momento em que tiveram conhecimento de que a Direcção do Hospital tinha competências apenas para fazer gestão corrente, foi pedida uma audi-ência com o ministro da Saúde e que nessa circunstância lhes foi comunicado que a si-tuação seria resolvida em breve, para além de lhes ter sido “colocado na mesa o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo”. Como a situa-ção ainda carece de solução, informa que a câmara vai pedir uma nova audiência ao mi-nistro. Sublinhando: ”Defendemos que tudo o exista no hospital seja o mais rentabilizado possível” e adiantou que a câmara defende a constituição de uma Comissão Municipal para a Saúde, um grupo de reflexão consti-tuído por elementos de diversos organismos, incluindo utentes.“O problema fundamental são as valências e as estratégias”,O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, mostrou-se igualmente incomo-dado pela ausência de respostas, reforçando a posição deixada pela vereadora, a respeito da constituição de um grupo de reflexão que, no seu entender: “envolva as pessoas mais próximas do problema” de modo: “ a articular posições e gerir soluções”. Expressou ainda, a este respeito, a vontade de que a comissão estivesse organizada ainda em 2007 “e que fizesse pelo menos uma reunião” neste ano. Em relação ao Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, considera que, mais importante do que saber se será um hospital isolado ou com dois agrupamentos, “o problema fundamen-tal são as valências e as estratégias”, ao que sublinha: ”das que querem retirar e que nós não queremos e das que se podem reforçar”.

“Diferenciação no ramo oncológicoe potencializar o que os outros

hospitais não têm”

Para falar da necessidade de haver um pla-neamento da parte da gestão de um hospi-tal, na definição de valências e estratégias a seguir, esteve presente Leonel Rodrigues que começou por sublinhar que, nestas questões, o factor mais importante é o tempo: “Nun-ca se tem uma segunda oportunidade para se causar boa impressão”, comentou. Con-siderando fundamental que no futuro Cen-tro Hospitalar Barreiro/Montijo se tenha em conta a não sobreposição de valências, assim como os 26 km que separam as duas cidades. Aludiu ainda para a necessidade de os hospi-tais se diferenciarem, ao que considerou: “Se o Hospital do Barreiro não se conseguir dife-renciar irá competir com o Outão e o Garcia de Orta”. E nessa diferenciação fala de duas lógicas essenciais: “fazer melhor e fazer dife-rente” na procura de “nichos de mercado”. A respeito do Hospital do Barreiro, e dando o seu parecer técnico, aconselha a “diferen-ciação no ramo oncológico e tentar poten-

cializar o que os outros hospitais não têm”. Advoga que essas decisões levam tempo a ser equacionadas, considerando: “no mínimo seis meses”. Para além dos pareceres técnicos, Leonel Rodrigues revelou a sua disponibilida-de para integrar “qualquer grupo de reflexão não político” que pretenda analisar o plano hospitalar distrital.Reconfiguração dos centros de saúde – “vão ser dados mais poderes às pessoas que estão no terreno”O director do Centro de Saúde do Barreiro, Francisco Gouveia, pronunciou-se a respeito da constituição do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, considerando: “pessoalmente acho que não é uma ameaça mas um desafio”. E aproveitou a posse da palavra para falar da reconfiguração que está a decorrer nos cuida-dos primários de saúde através da criação de unidades de saúde familiar (USF), o que pres-supõe o surgimento de quatro agrupamentos de centros de saúde, sendo eles: Almada, Se-túbal, Seixal e Barreiro. Considerando ser esta “uma direcção que muitos consideram positi-va”, reconhece que “ainda é tempo de perce-ber se esse será o melhor caminho”. Revelan-do que: “Para a nossa zona será constituindo um agrupamento de centros de saúde”, que vão agrupar as áreas da Moita, Barreiro, Mon-tijo e Alcochete, em substituição das “actu-ais sub-regiões”, esclarece. Um aumento de competências e uma nova forma de gestão “mais horizontal”, é assim que Francisco Gou-veia caracteriza esta reforma, entendendo que “vão ser dados mais poderes às pessoas que estão no terreno”. Concluiu, referindo que o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo terá “a mesma área de intervenção deste agrupa-mento de centros de saúde”.

Centro Hospitalar Barreiro/Montijo – “que não sirva como arma de

arremesso político”

Na conferência de imprensa que se seguiu ao debate, o deputado Jorge Espírito Santo ex-pressou o desejo de que o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo sirva a população e que “não seja desvirtuado por interesses locais ou na-cionais”, sublinhando: “que não sirva como arma de arremesso político”. E apela ainda ao envolvimento da população nesta questão, através de uma “reacção saudável”, de modo a mostrar o seu desagrado pelo que considera ser a “desqualificação do serviço de saúde”.

Grupo de Reflexão – “Encontrovaleu por esse caminho aberto”

A respeito do contexto em que surgiu o pro-tocolo que pressupôs a constituição do novo Centro Hospitalar, o deputado Humberto Candeias considera que resultou mais de uma reacção à mobilização da população do Mon-tijo, perante o risco de perder o serviço de urgência, do que de uma “discriminação pen-sada” em relação ao concelho do Barreiro. Humberto Candeias quis ainda congratular a ideia que surgiu no debate, da constituição de um grupo de reflexão, comentando: “O encontro valeu por esse caminho aberto”. Um caminho onde “formas construtivas de pres-são poderão servir de argumento”, rematou.

Andreia Lopes Gonçalves

Junho de 2007

. “Não podemos tolerar a ausência de respostas”O facto de o hospital estar há dezoito meses em gestão corrente, desde que em Janeiro de 2006 viu alterado o seu estatuto para Entidade Pública Empresarial, é uma questão que levanta preocupações, uma situação indefinida “com implicações a nível da saúde, não só no Barreiro mas nas zonas envolventes”, considera o deputado municipal Jorge Espírito Santo.

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Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do BarreiroServiços da Autarquia vãoser transferidos para a Quimiparque No decorrer das comemorações do Dia da Cidade do Barreiro a Câmara Municipal do Barreiro promoveu um jantar com os trabalhadores do município, no decorrer do qual, Carlos Humberto, Presidente da Câmara Muni-cipal do Barreiro disse a autarquia “chegou a um pré-acordo (e só não digo acordo, porque tem que passar pela reunião da Câmara) com a Quimiparque onde está definido que a estrutura do Parque Oficinal da Câmara Municipal do Barreiro, actualmente no Nicola, se locali-zem no Parque Empresarial”.

Dentro de ano e meio serviçosda CMB na Quimiparque

Salientou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro que a deslocação para a Quimiparque dos serviços da Câmara Municipal do Barreiro, para além de todos os que, actualmente, funcionam nas instalações do Nicola, serão igualmente transferidos para a Quimiparque, os serviços que funcionam nas instalações na Rua Teresa Borges, dos chamados Pavilhões, vulgarmente conheci-dos como “Câmara de Pau”, e, também alguns serviços que se encontram na Rua José Magro.Referiu, Carlos Humberto, Presidente da Câmara Muni-cipal do Barreiro que as mudanças, agora anunciadas, serão concretizadas – “até aos fins do ano 2008, inicio do ano 2009, dado que são necessárias realizar obras de adaptação, assim como previamente elaborar o pro-

jecto. Mas penso que dentro de ano e meio os serviços da autarquia já estão a funcionar na Quimiparque”.

Projecto de construção de Piscina Municipal

Entretanto, na sua intervenção da Sessão “Barreiro Re-conhecido”, divulgou que vai ser apresentada numa próxima reunião de Câmara, a proposta de abertura de concurso para adjudicação do projecto de construção da nova PISCINA MUNICIPAL DO BARREIROCarlos Humberto, sublinhou que - “É pelo fazer e não pelo dizer que as ideias se transformam em coisas reais vivas” – salientou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro.“Por experiência da vida aprendemos que, mais que falar, o importante é concretizar” – referiu o autarca, acrescentando que – “é preciso muito trabalho para tornar as ideias reais”.“Temos que ser capazes de atrair aqueles que querem investir no Barreiro e fazer parcerias que conduzam à revitalização da nossa terra. É preciso saber gerir e aproveitar as oportunidades.” – salientou o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro.Referiu o autarca que na antiga Escola Mendonça Fur-tado vai ser construída uma nova escola primária, assim como sublinhou que irá ser construído um novo Merca-do Municipal, obras estão inseridas numa estratégia de revitalização do centro da cidade.

Galardão Barreiro Reconhecido

No decorrer da sessão foram entregues as condecora-ções a trabalhadores da Câmara Municipal do Barreiro e o Galardão “Barreiro Reconhecido”, o qual foi entregue às seguintes entidades e personalidades:Emídio Esteves – Área do Associativismo; Desporto – Álvaro Marinho; Cultura – Escola de Jazz do Barreiro; Trabalho – Lélio Quaresma Lobo; Empresa – Alves & Rui, Ldª. De referir que este ano não foi entregue o Galardão na área da Resistência Antifascista.

Junho de 2007

Rotary Clube do Barreiro - 11º aniversárioRotary tem ajudado diversas entidades do concelho

O Rotary Clube do Barreiro comemorou, no dia 25 de Ju-nho, mais um aniversário. Em ambiente de festa, vários rotários, família e convidados apagaram as velas de 11 anos de existência ao serviço da comunidade. Deixando o balanço do ano para a próxima reunião na qual também se elegerá a nova direcção, Álvaro Gaspar, presidente do Clube, referiu que esta “fase de passagem para a puberdade” foi particularmente difícil. “Viram-se menos presenças que o habitual e alguns companheiros saíram…”, explicou o rotário. Neste momento, o Rotary Clube do Barreiro conta com 27 membros mas já fez saber que uma das suas prioridades para o próximo ano

é assegurar a presença de “alguém ligado ao sector do ensino”, de modo a estreitar as suas relações com as es-colas Secundárias do Barreiro. “No próximo ano lectivo a intenção é pedir audiências com os vários presidentes dos Conselhos Executivos e discutir ideias sobre aquilo que propomos fazer para dar continuidade a um pro-grama que achamos que é muito importante para os jovens que é o intercâmbio com outros países”, afiançou Álvaro Gaspar.

Relançar os Rotaracts permitindo aos jovens “sentir o espírito rotário”

Neste sentido, um dos objectivos do Rotary Clube do Barreiro é atrair mais jovens para o movimento Rota-racts, um movimento semelhante ao Rotary, que ofere-ce à juventude de ambos os sexos, com idade entre os 18 e os 30 anos, a oportunidade de aumentar os seus conhecimentos e a experiência no mundo real. No Bar-reiro, este movimento encontra-se desactivado e uma das pretensões de Álvaro Gaspar é relançar os Rotaracts permitindo a esta camada mais jovem “sentir o espírito rotário”, ou seja, atender às carências físicas e sociais das suas respectivas comunidades, promovendo assim, melhores relações entre os povos de todo mundo atra-vés da amizade e da prestação de serviços.

Rotary Clube do Barreiro temajudado diversas entidades do concelho

Em declarações aos órgãos de Comunicação Social presentes, Álvaro Gaspar, destacou mais uma associa-ção que entrará na lista dos apoios do Rotary Clube do Barreiro. A “Raríssimas”, associação que apoia doentes, famílias e amigos que convivem com as Doenças Raras, contará com “um forte apoio”, assegurou o presidente do movimento rotário barreirense. De relembrar é que a Rotary é uma organização interna-cional de profissionais e pessoas de negócios, líderes nas suas áreas de actuação, que prestam serviços humanitá-rios e que ajudam a estabelecer a paz e a boa vontade no mundo e nas comunidades em que se inserem. Neste âmbito, o Rotary Clube do Barreiro tem ajudado diversas entidades do concelho como sejam as duas Corporações de Bombeiros do Barreiro, o Instituto dos Ferroviários, a Santa Casa de Misericórdia do Barreiro, o Hospital Nossa Senhora do Rosário, nomeadamente o serviço de Pedia-tria com o projecto “Saúde – brincando”, diversas esco-las, entre muitas outras. Recentemente, celebrou tam-bém, dois protocolos de cooperação com a PERSONA e com a Associação Comunitária do Barreiro – Centro de Apoio Alimentar. Da parte do “Rostos” ficam os votos de um feliz aniversário e da continuação do bom trabalho.

Ângela Tavares Belo

Um dos objectivos do Rotary Clube do Barreiro é atrair mais jovens para o movimento Rotaracts, um movimento semelhante ao Rotary, que ofe-rece à juventude de ambos os sexos, com idade entre os 18 e os 30 anos, a oportunidade de aumentar os seus conhecimentos e a experiência no mundo real.

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No Clube de Vela do Barreiro Campeões da Europa Álvaro Marinho e Miguel Nunes prometem dar o melhor no Campeonato do Mundo

Decorreu, no dia 27 de Junho, no bar do Clube de Vela do Barreiro, um cocktail seguido de uma con-ferência de imprensa na qual os campeões europeus de Vela da Classe 470, Álvaro Marinho e Miguel Nu-nes, foram homenageados, pelo troféu alcançado em Salónica, Grécia. Na homenagem realizada pelo Clube de Vela, esti-veram igualmente presentes representantes da Câ-mara Municipal do Barreiro, da LBC Tanquipor e da Seth.pt, os três patrocinadores oficiais dos atletas olímpicos.

Vitórias são um reflexo de um trabalhoconsistente e permanente de formação

Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, satisfeito com o feito alcançado pela dupla Álvaro Marinho e Miguel Nunes referiu que estas “vitórias são um reflexo de um trabalho consis-tente e permanente de formação, de intensificação e melhoria das suas condições físicas e desportivas”

sendo que “quando se trabalha, quando se empe-nha, quando se faz esforços, quando se tem uma metodologia para atingir estes objectivos mais cedo ou mais tarde eles são atingidos”, afirmou o edil. O autarca barreirense salientou que a ligação da cida-de ao Tejo tem vindo a ser prejudicada, facto que é essencial reverter não só para que mais pessoas possam usufruir do rio mas para que se possa inten-sificar a presença dos desportos náuticos.Carlos Humberto aproveitou ainda para anunciar aos atletas a atribuição de medalhas do Barreiro Reconhecido, medalhas essas entregues no feriado municipal, dia 28 de Junho.

Acreditámos que seria possívelfazermos um bom resultado

Agraciados também pelo Clube de Vela com duas salvas de prata, pelo título alcançado no inicio do mês de Junho, os atletas deixaram os votos de “que os velejadores barreirenses sigam a nossas pisadas e que um dia mais tarde estejamos nós desse lado a aplaudir os resultados que seguramente vão tra-zer”.Falando um pouco do campeonato, Álvaro Marinho assumiu que “correu muito bem”, contribuindo, para isso, os anos de navegação com que conta a dupla. “Há 10 anos a navegar juntos, eu e o Miguel acreditámos que seria possível fazermos um bom re-sultado”. Facto que se evidenciou desde o início da prova, relembrou o velejador. “Lideramos o campe-onato desde o início” sendo que “a meio consegui-mos ganhar uma vantagem considerável e ficámos mais tranquilos para alcançar a taça”A pouco tempo do início de mais um campeonato, desta vez o do mundo que decorrerá em Cascais, Álvaro Marinho não promete resultados, no entan-to, por ser um campeonato realizado em Portugal, a dupla espera “estar ao mais alto nível”.“Prometemos dar o nosso melhor e acima de tudo poder satisfazer as pessoas que acreditam em nós e no nosso trabalho por aquilo que trabalhamos dia-riamente”, certificou.

Os atletas olímpicos esperam“ver todos os barreirenses em Cascais”

Por seu lado, Miguel Nunes agradeceu o apoio dos patrocinadores, assegurando que “sem eles era-nos

impossível fazermos estes resultados e dedicarmo-nos inteiramente à vela”. Referindo-se ao campeo-nato do mundo, o atleta olímpico espera “ver to-dos os barreirenses em Cascais” para prestar o seu apoio, assegurando que “vai ser um espectáculo bonito” não só porque o “vento está a favor” mas pela “quantidade de barcos de barcos que vão com-petir.” Refira-se que a dupla portuguesa de Álvaro Marinho e Miguel Nunes do Team LBC Tanquipor / Cidade do Barreiro / Seth.pt. conquistaram o primeiro título eu-ropeu desde 1998, ano em que Hugo Rocha e Nuno Barreto alcançaram o título.

Ângela Tavres Belo

Junho de 2007

DirectorAntónio Sousa Pereira

RedacçãoCláudio Delicado, Rui Nobre, Luís Alcântara, Maria do Carmo Torres, Andreia Lopes Gonçalves e Angela Belo

ColunistasManuela Fonseca, Ricardo Cardo-so, Nuno Banza, António Gama (Kira); Carlos Alberto Correia, Pedro Estadão, Nuno Cavaco

Departamento Relações PúblicasRita Sales Sousa Pereira

Departamento GráficoAlexandra Antunes

Departamento InformáticoMiguel PereiraContabilidadeOlga SilvaEditor e PropriedadeAntónio de Jesus Sousa Pereira

Redacção e PublicidadeRua Miguel Bombarda, 74 Loja 24 - Centro Comercial Bombarda2830 - 355 BarreiroTel.: 21 206 67 58/21 206 67 79Fax: 21 206 67 78E - Mail: [email protected]

Paginação: Rostos Nº de Registo: 123940Nº de Dep. Legal: 174144-01

Impressão:MIRANDELA-Artes Gráficas, SARua Rodrigues Faria, 1031300-501 LisboaTelf. +351 21 361 34 00 ( Geral )Fax. +351 21 361 34 69

A pouco tempo do início de mais um campeonato, desta vez o do mundo que decorrerá em Cascais, Álvaro Marinho não promete resulta-dos, no entanto, por ser um campeonato realizado em Portugal, a dupla espera “estar ao mais alto nível”.“Prometemos dar o nosso melhor e acima de tudo poder satisfazer as pessoas que acreditam em nós e no nosso trabalho por aquilo que trabalhamos diariamente”, referiu Álvaro Marinho.

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DIRECTOR: António Sousa PereiraN.º 67, Junho de 2007

Juvenal Silvestre – Presidente da Junta de Freguesia de Coina

Coina é a freguesia que tem maisperspectivas de crescimento a médio prazo

Marcha Popular de Coina“A Marcha de

Coina” foi inspirada no brasão e no passado

fabril da freguesia

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Juvenal Silvestre – presidente da Junta de Freguesia de Coina

“Necessitamos de ter boas acessibilidades para que a freguesia possa crescer”

Juvenal Silvestre é presidente da Jun-ta de Freguesia de Coina há cinco anos e meio. O que diz ter começado numa brincadeira, pois numa altura em as pessoas andavam mais descon-tentes com o andamento da fregue-sia, houve uma cidadã que lhe disse: “Tu é que devias ir para presidente da junta” e essa brincadeira acabou por ganhar contornos mais sérios. Eram cada vez mais frequentes essas men-sagens e assim, quando terminou a carreira de árbitro aos 45 anos, “faça-nha” que o ocupou durante 20 anos, resolveu aceitar o convite do partido Socialista. E tornou-se no presidente de junta. Hoje, considera que o que é mais premente para a freguesia de Coina é a aposta nas acessibilidades e que a construção da CRIPS se con-cretize, para que o desenvolvimento esperado para a região seja uma re-alidade: “Todos sabemos que a nível de concelho, Coina é a freguesia que tem mais perspectivas de crescimen-to, a médio prazo”. Mas para asse-gurar esse crescimento populacional também advoga que: “primeiro de-vemos criar condições para que as pessoas possam viver em Coina”.

Importância da CRIPSpara a expansão da freguesia

Fala de Coina como uma zona sos-

segada, uma freguesia “semi-rural” onde as pessoas se conhecem umas às outras, mas em que predomina uma população mais envelhecida com carências económicas, o que diz tomar reflexo no poder de com-pra. Fixar a população mais jovem na vila é por isso uma questão que considera importante mas, para isso, diz ser necessário mais urbaniza-ções e a resolução do problema de trânsito que assombra a localidade: “Necessitamos de ter boas acessibi-lidades para que a freguesia possa crescer”. E é assim que a construção da CRIPS, prevista para daqui a seis anos, adquire uma tão grande rele-vância, de modo a desviar o trânsito que atravessa a localidade e também servindo como um chamariz para novos casais que se queiram instalar. È o próprio presidente da junta que considera: “o que era realmente im-portante era a construção da CRIPS”. Após essa concretização, Juvenal Sil-vestre aponta para um maior desen-volvimento com o crescimento das urbanizações, sublinhando: “princi-palmente a urbanização da Quinta de São Vicente, que é para aí que a freguesia está devidamente prepara-da para receber muita gente”, o que diz estar previsto no Plano Director

Municipal (PDM) do Barreiro, onde consta espaço de habitação para cer-ca de doze mil pessoas.

Rotunda dentro de Coina – “iria descongestionar o trânsito que existe dentro da freguesia”

Relativamente a obras de maior vul-to, fala das que, mesmo não estando directamente ligadas ao executivo da junta, também são importantes de serem referenciadas, como a obra levada a cabo pela SIMARSUL para a construção de uma estação ele-vatória para fazer o tratamento das águas residuais e a Rotunda da Fonte da Talha, uma obra que diz ter come-çado há cerca de uma semana e que considera fundamental para Coina, ou não fosse o trânsito o principal problema da localidade. Adiantou ainda que, neste sentido, que lhe fo-ram transmitidas, pela Câmara Mu-nicipal do Barreiro, aquilo que consi-dera serem “boas perspectivas” para a construção de uma rotunda dentro de Coina, mas acerca disso diz ainda não poder adiantar muito, porque ainda não há garantias da sua exe-cução, mas não deixa de comentar: “Para nós seria uma obra também muito importante porque iria des-congestionar o trânsito que existe dentro da freguesia”.

Junta solicita à câmara a descen-tralização da Quinta do Peliche

Juvenal Silvestre mostra preocupa-ções com a urbanização da Quinta do Peliche, considerando que a esse res-peito deviam estar mais adiantados, não só a nível de limpeza mas tam-bém de preservação das zonas ver-des. Uma urbanização que está ainda em construção mas onde já habitam algumas pessoas e por ser uma zona próxima de um pinhal já fez com que, segundo conta, tivessem de pedir au-torização ao seu proprietário para se proceder à intervenção de pequenas limpezas, de modo a acautelar as ca-sas do perigo dos incêndios. Depois de as infra-estruturas estarem pron-tas desde finais de 2005, torna-se urgente a realização das obras para finalizar a urbanização e, é por isso, que solicita à câmara que passe para a junta a descentralização da urba-nização, fundamentando: “para que possamos arranjar o resto, através de um acordo com a câmara para que nos forneça os funcionários ou que descentralize verbas”.

“Semana de Coina” – “As pessoas sentiram que foi feito alguma

coisa por elas”

Neste segundo ano do mandato, Ju-venal Silvestre fala na importância da realização das chamadas “pequenas obras”, que em termos de significa-do para a população não se podem considerar pequenas mas sim de grande significado. Nesse âmbito, a passagem da comitiva camarária pela freguesia, no âmbito do “Rotei-ro das Freguesias” foi um momento também a destacar, pois permitiu a resolução de questões que eram, al-gumas delas, reivindicações antigas. Fala na lomba colocada em frente à Escola Básica 1ºCiclo de Coina de modo a travar o trânsito que ali pas-sa, nas calçadas que foram repara-das, nas marcações para o estaciona-mento feitas na urbanização do Alto da Malhada, assim como a colocação dos aquedutos nas bermas da estra-da. Um conjunto de obras que foi motivo suficiente para que o presi-dente da Junta de Coina consideras-se que a “freguesia estava em festa”, ao que comenta: ” Nós sentimos que a população ficou satisfeita e quan-do disse que a freguesia estava em festa era nesse sentido, as pessoas sentiram que foi feito alguma coisa por elas”. O facto de a “Semana de

Em caixaJunho 2007 [2]

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Coina” ter proporcionado momen-tos de convívio e de visita pela fre-guesia também é, no seu entender, fundamental: “Estamos sempre a aprender com as pessoas e, eu inter-preto assim, nós somos responsáveis pela freguesia mas estamos sempre a aprender quando andamos a falar com a população.”

AUGI de Covas de Coina – “já seanda a enrolar há muitos anos e

depois as pessoas vão-se desmoti-vando porque não vêem a obra”

A “Semana de Coina” proporcionou ainda a realização de três reuniões com os moradores da freguesia, de modo a que se debatessem os pro-blemas mais prementes da popula-ção. Numa dessas reuniões falou-se da AUGI de Covas de Coina onde a Associação de Proprietários se quei-xava de que a situação nunca mais era resolvida. Da reunião resultou a marcação de um novo encontro, des-ta feita entre os técnicos da câmara e do projecto, contando com a pre-sença do vereador Joaquim Matias e da Associação de Proprietários. Acer-ca desta questão, Juvenal Silvestre diz ter havido mais avanços pois no novo projecto foram apresentadas al-terações que eram necessárias. “Um passo decisivo para que finalmente as coisas possam andar”, considera, de uma situação que, na sua opinião, “já se anda a enrolar há muitos anos e depois as pessoas vão-se desmoti-vando porque não vêem a obra”.

Repavimentação do CaminhoMunicipal 1028 será equacionada

no orçamento de 2008

A repavimentação do Caminho Mu-nicipal 1028 é outra questão que aguarda resolução mas sobre a qual, Juvenal Silvestre diz já ter falado com o presidente da Câmara do Barreiro e que lhes foi comunicado que essa obra será equacionado no orçamen-to de 2008.

Mercado mensal – maiorcontrolo e organizaçãojá para Janeiro de 2008

Da parte da junta diz que a grande prioridade se prende com a realização de obras nos traçados dos mercados, nomeadamente no mercado mensal, o que diz tratar-se de “uma grande fonte de receita para a freguesia”, ao que adianta: “porque dali saem muitas receitas para podermos fazer obras na freguesia”. Apesar disso, re-conhece que existe alguma desorga-nização no seu funcionamento e que é nesse sentido que a junta preten-de actuar, através de marcações no terreno para os vendedores e de um maior controlo na entrada dos ven-dedores no recinto, ao que esclarece:

“de modo a que só entre para o mer-cado quem tiver os cartões em dia”. Diz que a curto prazo pretendem ve-dar toda a zona do terreno para que em Janeiro de 2008 “já exista algum desse controlo, pelo menos em parte do terreno”. Alega ainda que estas mudanças não são para prejudicar ninguém mas sim para beneficiar o funcionamento do mercado.

Necessidade de passeios pedonais

No que diz respeito a obras penden-tes, refere que a junta está a aguardar alguns projectos pedidos à câmara para poder avançar com as obras. As prioridades são a construção de pas-seios pedonais, de modo a precaver a segurança dos cidadãos. Fala na necessidade de um passeio entre o cruzamento da estrada 510 e a zona que chama de Antiga Fábrica do Plástico. Uma necessidade que já há muito é falada, ao que o presidente da junta esclarece: “porque há mui-tas pessoas que se deslocam a pé de Covas de Coina e vêem ao mercado e é perigoso não haver um passeio”. Outro passeio também necessário é no lado contrário dos Correios “para darmos acesso às pessoas que ali se deslocam”.

“A nossa freguesia orgulha-sede ser uma das mais limpas

do concelho do Barreiro”

Em relação ao Protocolo de Delega-ção de Competências, assinado entre a Câmara Municipal do Barreiro e as juntas de freguesia do concelho, faz uma análise positiva, considerando que “as coisas estão a correr bem”. Relativamente ao acréscimo das competências da junta ao nível da gestão urbana, Juvenal Silvestre diz que se traduziu em bons resultados e, mesmo sob o perigo de ser consi-derado suspeito, não deixa de consi-derar: “a nossa freguesia orgulha-se de ser uma das mais limpas do con-celho do Barreiro, senão a mais lim-pa”. Reconhece que as receitas que advêm do mercado mensal também lhe facilitam essa gestão, podendo ter mais funcionários a trabalhar na freguesia. Refere também que a questão da limpeza da vila constituiu uma prioridade e que, nesse sentido, têm sido feitas limpezas em Covas de Coina e na Quinta da Areia, o que diz não estar previsto no protocolo mas que não o deixaram de o fazer, considerando que “essa população também merece”.Também diz já ter falado com a câ-mara, em parceria com a Junta de Palhais e a de Santo António, para que em 2008 a situação dos monos seja resolvida através da existência de um carro para estas três freguesias: “Como estamos aqui mais longe, e os carros andam mais ali na zona

urbana, às vezes ficamos um bocadi-nho esquecidos”, comenta.

“Prestar um serviço à população” – protocolo com o CEFP

Ainda a respeito de protocolos, reve-la que a freguesia de Coina foi a pri-meira que aderiu ao protocolo com o Centro de Emprego e Formação Pro-fissional do Barreiro (CEFP) de modo a facilitar a apresentação quinzenal das pessoas que estão a receber sub-sídios, que em vez de se deslocarem ao Barreiro o podem fazer na Junta de Freguesia de Coina. A entrada nesse protocolo diz ter sido com a intenção de: “prestar um serviço à população”.

Inovações – empréstimos de cadeiras de rodas e prémio para o

enxoval dos bebés

Apesar de ter de dividir o tempo com o seu horário laboral enquanto che-fe do Serviço de Limpeza na Câmara Municipal do Barreiro e com as soli-citações a que está sujeito enquanto membro do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Juvenal Silvestre diz ser por gosto que exerce o cargo de presidente da junta. Nasceu em Coruche, mas já há 40 anos que está no concelho e, por isso, diz que já são muitos os laços que o prendem à freguesia. Conta que com dezassete anos já era dirigente na antiga colectivida-de Casca Viana em Coina e reconhe-ce que essa ligação ao movimento associativo e ao desporto também pode ter tido um peso considerável no caminho a presidente de junta. A respeito ao envolvimento social com a população, diz ter trazido algumas inovações, como os empréstimos de cadeiras de rodas ou o prémio para o enxoval oferecido no nascimento dos bebés na freguesia.

Alargar a ajuda de génerosalimentícios, da CATICA, a mais

família da freguesia

Juvenal Silvestre não esconde o or-gulho que tem do associativismo em Coina, o que proporciona o convívio quer entre as crianças, quer entre os mais velhos. É nesse sentido que fala da associação CATICA que diz ter um papel muito importante na localida-de, inclusivamente pela distribuição de géneros alimentícios pela popu-lação mais carenciada. Sobre esta questão, adianta que pretende ver alargada essa ajuda “a mais famílias com problemas dessa natureza”, e para isso diz já estar agendada uma reunião para a próxima semana com a associação.Não pode também deixar de falar de um acontecimento recente, as Mar-chas Populares, o que acabou por

revelar, o seu entender, o exemplo do “grande envolvimento e empe-nho por parte das pessoas” que se vive nas colectividades da região. O facto de a freguesia de Coina ter tido duas marchas é para si um motivo de grande alegria.O pendor mais rural que tem a fre-guesia, na sua opinião, talvez ex-plique o grande envolvimento que existe entre as pessoas: “as pessoas participam, desabafam umas com as outras e às vezes dão uns concelhos e era isso que nós tínhamos antiga-mente nas colectividades”.

Espírito de participação – “A festa também é minha

e eu também quero contribuir com alguma coisa”

Das Festas Populares de Coina, em Honra de Nossa Senhora dos Remé-dios, diz ser uma ocasião de festim dirigida especialmente para a popu-lação. “Brincar uns com os outros e conviver” é o mote que serve para as festas, um trabalho que Juvenal Sil-vestre diz ter começado em Março, mas que vale todo o esforço.Uma tradição que já há muitos anos está enraizada na comunidade e que, se em tempos era feita em princípios de Outubro, altura em que se termi-nava as searas e se faziam as colhei-tas, hoje foram antecipadas, no sen-tido de aproveitar o bom tempo de início do Verão. Na opinião do presi-dente de Junta de Coina, essas tradi-ções são importantes de manter, pois acabam por ser uma forma de pro-porcionar distracção e convívio entre as pessoas. Com um orçamento que diz andar à volta dos nove mil euros, considerou importante ter um arraial, as ruas enfeitadas, uma quermesse e todos os requisitos que convêm a uma festa que se quer popular. Par-tindo do princípio de que “é funda-mental dar-mos a cara”, Juvenal Sil-vestre conta que o executivo da junta marcou presença no peditório que fi-zeram para as festas, percorrendo as casas da freguesia, ao que sublinha: “O importante é irmos ao terreno e as pessoas falarem connosco”. Nessa ocasião diz ter verificado mais uma vez a vontade que as pessoas têm de participar. Desde ofertas de sacos de arroz, a garrafas de vinho, o que diz ter “visto” em comum era o pen-samento de que: “A festa também é minha e eu também quero contribuir com alguma coisa”.

Andreia Lopes Gonçalves

PerfilJunho 2007 [3]

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RegistosJunho 2007 [4]

Vai grande azáfama no primeiro andarTodas as noites até madrugarUmas a cores outras a cortarUma passa a ferro para entrelar

Fazem-se moldes de modo a ficarA roupa ao jeito de quem a usarUma a fechar faixas e a outra a virarE o tecido vermelho está a acabar

A nossa “patroa” sempre a organizarAqueles papeis para se poder sentarO modelo da manga vai ter que mudarAquelas tiras não vão funcionar

De vez em quando alguém vem provarE se for preciso á que desmancharMais um alfinete para segurarA saia no sítio e no espelho mirar

Há quem se olhe e fique a gostarE outros fartam-se de refilarQuando a madrugada vem a chegarAlguém se lembra de perguntar -Já estamos fartas de trabalhar-Quando é que são horas de despegar? Ninguém faz caso de reclamarEntão a solução é...aguentar

Quando por fim decidem pararÉ porque venceu o bocejarJá lá vai um mês sem intervalarMas ninguém está a desmoralizar

Pelo contrário vai agora começarA equipa dos arcos e a de pintarChegou mais gente ao primeiro andarÉ um batalhão de impressionar

Jovens ou não, é vê-los a chegarTodos os dias para trabalharPrimeiro um grupo que vai pintarBrasões que as saias irão levarDo cetim azul, vá de recortarOndas do rio e pô-las a brilharO prédio da quinta vai a engalanarOs arcos que os homens vão transportar

Armações de arame, é preciso taparCose-se o tecido, para o esticarHá uma queixa; de um dedo a sangrarE com dedal, não se vão ajeitar

Reparando no arco, deu para notarQue as janelas, não estão no lugarSão retiradas, para voltar a colarO trabalho de pintura, vai se estragar

O verde para a base, não está a agradar

E o tecido amarelo não vai chegarColando musgo, dá para disfarçarE afinal o verde até vai resultar

Estuda-se a maneira de iluminarPara que o prédio desfile a brilharA chaminé vai, ter que deitarFumos as cores para impressionar

E preciso alguém para os ligarUm amigo da terra, vem ajudarChega o maestro; para ensaiarOs fados que na festa, se irão cantar

Como o trabalho não pode pararTodos decidem cantarolarCoisa bonita a até de louvarConfraterniza-se no primeiro andar

Para além do batalhão do primeiro andarOutro há; de que é preciso falarEsse sim; Foi visto a marcharDia após dia até o passo acertar

Vão alinhadinhos, elas a gingarEles por sua vez levam um pau no arAlguém incentiva, “têm que cantar”!E cantam em coro sem desafinar

Quem comanda a “tropa” vá de apitar

E há uma voz, sempre a refilarOs “velhos” com os novos andam a im-plicarLá vai a “patroa” a todos acalmar

A “cantadeira” tem que pararAo menos no refrão para descansarQuando já estava, tudo a resultarAquela Avenida decidiu “estreitar”

A ensaiadora tem que reformularTodo o esquema para lá encaixarFaz-se um intervalo para descansarE a malta nova decidiu dispersar

Ficam os mais velhos a comentarAcham que alguém os anda a gozarNovamente a “patroa” vai ter que falarCom as duas partes e reconciliar

E no dia que os músicos vierem tocarLá estavam todos no seu lugarVieram uns “ senhores” para apreciarE até um repórter para fotografar

Á volta do ringue ouve-se comentarA marcha deste ano faz arrepiarE novamente se ouve cantarAQUI VAI COINA FELIZ A MARCHAR

Azáfama do Batalhão do Primeiro AndarAQUI VAI COINA FELIZ A MARCHAR

MARCHA POPULAR DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO DE COINA

A criatividade de quem viveu por dentro o dia a dia da Marcha Popular do Movimento Associativo de Coina, está expresso nestas quadras populares…

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“A Marcha de Coina” foi inspirada no brasão e no passado fabril da freguesia sen-do este o terceiro ano consecutivo que marcou presença no centro da cidade.A Marcha de Coina contou com 50 marchantes de todas as idades (dos 4 aos 80 anos). A letra da música foi uma adaptação de uma marcha que já existia , da autoria do grupo, e a música resulta de um arranjo feito por Pedro Araújo e Mário Rui. A madrinha da marcha foi a Marlene e as mascotes o João e a Mariana.

RegistosJunho 2007 [5]

Marcha Popular de Coina “Coina a Marchar”I

Venham daí

Escutem com atenção

Esta é a voz

Que nos sai do coração

Vamos Cantar

E dizer alegremente

Somos da terra da água

Nasce cá constantemente

Refrão

Aqui vai Coina

É a nossa Freguesia

E vai feliz

A marchar com alegria

Somos o sul

Do concelho do Barreiro

Não temos um rio azul

Mas o nosso é o primeiro

II

A nossa gente

É alegre e divertida

Gosta de Sol

E aproveita bem a vida

Cá estamos nós

Com a nossa animação

P’ra dizer a todos vós

Não somos de Coina em vão

Refrão

Temos lezírias

E os alvos arreiros

A fazer vidro

Fomos nós os pioneiros

Vila singela

De tradição cultural

Não há outra assim chamada

No mapa de Portugal

O desfile das Marchas Populares do Movimento Asso-ciativo do Barreiro realizou-se nos dias 23 de Junho, na Rua Miguel Bombarda e Av. Alfredo da Silva, e 30 de Junho, no Parque da Cidade, contou com a presença da Marcha Popular do Movimento Associativo de Coina.

Juvenal Silvestre chama-lhe de festas po-pulares porque são direccionadas à po-pulação. Divertimento, distracção e con-vívio são as palavras de ordem.O primeiro dia foi com a “prata da casa”, através da actuação do Grupo de Danças “Estrelinhas” do Estrelas Areenses e da actuação do grupo de Danças Modernas do União de Coina “Contraste”, seguin-do-se o tradicional “bailarico”.As celebrações religiosas estão marcadas para Domingo, com a missa e a recitação do terço na Igreja de Coina, terminan-do com a procissão em honra de Nossa Senhora dos Remédios que percorre as principais ruas da vila, acompanhadas pelo que Juvenal Silvestre diz ser “um orgulho” para a freguesia, a Banda do União Recreativa de Cultura e Desporto de Coina. No Domingo, as festividades são encer-radas com a actuação da cantora Mica-ela e com o também tradicional fogo de artifício.

Enraizadas na freguesia

As festas Populares de Coina já há muito que estão enraizada na freguesia. Noutros tempos faziam-se em finais de Setembro, princípios de Outubro, quando se termi-navam a searas e se faziam as colheitas, hoje foram antecipadas, para aproveitar o início do Verão e é nesse sentido que o presidente da junta lança o seu pedido: “Que o bom tempo nos ajude” e que, à semelhança dos anos anteriores, se jun-te à comunidade as pessoas que passam na freguesia depois de uma ida à praia e aproveitam para parar e se distrair.”

Dia 7 de Julho – Sábado

16h30 – Apresentação, da Câmara Mu-nicipal do Barreiro, do primeiro número dos “Cadernos do Associativismo”, inti-tulado “Movimento Associativo de Coina – Memórias e Estórias“ na União Recrea-tiva de Cultura e Desporto de Coina

17h30 – Largada de Toiros21h30 – Grande desfile das Marchas Po-pulares22h30 – Actuação da famosa banda “AI-POD”(Ex. Arte e Som)(3 horas de espectáculo)

Dia 8 de Julho – Domingo

10h00 – 5º Grande Prémio de Atletismo11h00 – Missa Solene em honra de Nossa Senhora dos Remédios 12h00 – Almoço aberto à população da fre-guesia (sardinhada) no Parque de Merendas em Coina17h00 – Recitação do Terço na Igreja de Coi-na17h30 – Procissão em honra de Nossa Se-nhora dos Remédios pelas ruas da vila, acompanhada pela banda da União Recrea-tiva de Cultura e Desporto de Coina18h30 – Largada de Toiros21h30 – Actuação do grupo de Hip-Hop do

CATICA, “MGBOOS”22h30 – Espectáculo com “Micaela”00h00 – Encerramento das festas com gran-dioso fogo de artifício

Festas Populares de Coina Divertimento, distracção e convívio é oque manda a tradição nas festas de Coina

Uma festa que o presidente da Junta de Freguesia de Coina, Juvenal Silvestre, considera ser um momento importante, ao que comenta: “porque as pessoas trabalham uma vida inteira e acho que também merecem três ou quatro dias de divertimento e de desabafo”.

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(Com)perspectivasJunho 2007 [6]

MGBOOS – CATICAO Hip-Hop e os jovens à “deriva”

O Hip-Hop emergiu na década de 70, nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque tendo-se tornado parte integrante da cultura Pop moderna durante a década de 80. Nestes su-búrbios, verdadeiros guetos, enfren-tavam-se todo tipo de problemas: pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carências de educação, de infra-estruturas, entre muitos ou-tros, sendo na rua que os jovens en-contravam o único espaço de lazer. Neste contexto, nasceram diferentes manifestações artísticas de rua, tais como a música, a dança, a poesia e a pintura, as quatro principais compo-nentes do Hip-Hop.Actualmente, o Hip-Hop encontra-se amplamente propagado mundo fora, sendo uma forma de expres-são aplaudida e seguida por muitos jovens de todas as idades e estratos sociais. Nesta viagem ao mundo do Hip Hop, vamos conhecer o grupo de dança Hip-Hop do CATICA, um grupo que atrai e continua a atrair cada vez mais jovens e que conta já com um grande currículo de espectáculos.

Hip Hop insere-se na valência de CATL

O Centro Comunitário de Coina (CA-TICA) é uma instituição social que visa apoiar a população necessitada, compreendendo não só freguesias do concelho do Barreiro mas tam-bém muitas dos concelhos vizinhos. Desta forma, possui uma transversa-lidade de repostas que abrange to-dos os estratos sociais dispondo de várias valências: creche, pré-escolar, CATL (ATL e Centro de Jovens), servi-ço domiciliário, centro de dia e ainda soluções ao nível do apoio familiar.

O grupo de Hip Hop insere-se na va-lência de CATL (Centro de Activida-des de Tempos Livres) e encontra-se dividida em duas fracções, uma com-posta por crianças do 1º ciclo inte-grada nas actividades de ATL e outra compostas por jovens, a partir do 2º ciclo, integrados em actividades ex-tra curriculares fora do horário habi-tual de ATL. Esta última conta actu-almente com 43 jovens com idades compreendidas entre os 12 e os 22 sendo, na sua grande maioria, com-posto por adolescentes entre os 15 e os 18 anos de idade.

Cada dança conta uma história

Um dos objectivos da instituição é contribuir para um melhor desenvol-vimento pessoal e social dos jovens, proporcionando-lhes, igualmente, um factor de integração na comu-nidade. “Não tenho dúvidas que influencia muito estas crianças e jo-vens”, afirmou Laura Pinto, membro da direcção e responsável pelo grupo de Hip-Hop. E a explicação é simples: “O Hip-Hop tem tudo a ver com jo-vens porque é extremamente liberal” e prossegue: “O Hip-Hop nasceu nas ruas com grupos de jovens desocupa-dos e incompreendidos, nasceu na-queles jovens que estavam à deriva e todos os jovens nestas idades andam à deriva por natureza”, comenta a responsável entre risos. Laura Pinto considera o Hip-Hop como um med-ley de danças, de estilos, uma dança muito espontânea em que a própria imagem irreverente é extremamen-te apelativa. “A maioria deles não se veste assim, acaba por ser o outro lado destes jovens. É o sitio é a hora é o local onde não há regras a única

regra é dançar e cumprir um esque-ma”. “Cada dança conta uma histó-ria, uma mensagem daquela faixa etária”, concluiu.

Paixão especial pela dança

Os MGBOOS, nome que adoptaram há cerca de 2 anos atrás, quando ou-tros núcleos de hip-hop começaram a aparecer significa Mega Grupo e define-se pela variedade multi- cul-tural resultante de diferentes estilos e performances. De facto, como o professor Eduardo Silva refere: “o nosso toque pessoal é esse mesmo, não trabalhamos só o hip-hop traba-lhamos outras vertentes como Stre-et Reggaeton, Rnb, House, Ragga, Urban Dance, Locking e Kuduro”. O professor considera que são jovens muito talentosos e descreve os MG-

BOOS como um grupo que tem uma “paixão especial pela dança”. No site do grupo pode ler-se que o MGBO-OS é um palco onde a comunicação entre público e performer se torna única, como se de uma fusão se tra-tasse, pois além de entreter e conta-giar o público, fá-lo parte integrante do espectáculo”. Muitos dos alunos já se tornaram professores e actual-mente dão o seu contributo para a expansão do grupo.

Um elevado nível de qualidade

O grupo de Hip-Hop do CATICA, exis-tente há 8 anos, tem crescido consi-deravelmente ao longo dos tempos, tendo atingido um elevado nível de qualidade, facto que o torna tão requisitado. Este ano já realizaram para lá de 60 apresentações um pou-

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(Com)perspectivasJunho 2007 [7]

Câmara Municipal do BarreiroLança “Cadernos do Associativismo – Movimento Associativo de Coina – Memórias e Estórias”

co por todo o país e até ao final do mês de Julho contam com a agenda preenchida. “Este ano, pela primeira vez, tivemos que recusar convites, já não tínhamos agenda”, confessou Laura Pinto. Apesar de se deslocarem com frequência, a dirigente do CA-TICA revela que a maior dificuldade se prende com a falta de condições para assegurar o transporte nas des-locações, um problema com que se têm deparado constantemente. Ain-da assim os bons resultados não são comprometidos e no Campeonato Europeu que se realizou nos dias 5 e 6 de Maio, em Barcelona, conse-guiram assegurar o 8º e o 9º lugar nos Juvenis e o 8º lugar nos seniores. No Campeonato Nacional decorrido a 26 Maio, no Entroncamento con-seguiram o 1º lugar nas classes de Juniores e Juvenis e o 2º lugar noutra classe de Juvenis e também nos Se-niores.

Ainda de revelar é a vertente social que assumem repetidamente, mos-trando o lado solidário e dando um especial sentido ao incutir valores que caracteriza a actividade do CATI-CA. Recentemente organizaram um espectáculo no Auditório Municipal Augusto Cabrita com o propósito de auxiliar outras instituições sociais de jovens, no qual o custo da entrada teve como valor simbólico, de 1 kg em géneros alimentares. Também em Setúbal deram o seu contributo para a angariação de fundos que possibi-litasse a vinda para Portugal de uma menina gui-niense a precisar de uma operação cirúrgica.Participaram em diversos eventos de relevância um pouco por todo o país, de destacar a Gala das 7 Maravilhas do Mundo, produzida por Felipe La Féria .

Um projecto social àcomunidade barreirense

Os MGBOOS CATICA encerram o ano lectivo a 31 de Julho, no entanto, já são muitos projectos para a próxima temporada. Ainda este verão farão, excepcionalmente, uma noite de es-pectáculo nas Festas do Barreiro, no dia 15 de Agosto e no 16 de Setem-bro representarão uma vez mais o Barreiro, Sesimbra e Moita com os núcleos existentes nestes locais, no espectáculo anual da Área Metropo-litana de Lisboa.A 29 de Setembro, como abertura do ano lectivo, realizarão no pavilhão da Escola Básica 2 + 3 Quinta Nova da Telha, o Barreiro Dance, uma Con-venção de Hip-Hop que compreen-derá aulas e apresentações de dança nos vários estilos que actualmente trabalham. As inscrições já se encon-tram disponíveis no site www.barrei-

rodance.mgboos.com. Ainda no campo das novidades, é a celebração, já no mês de Setembro, de um protocolo com o Sport Lisboa e Benfica tendo em vista a criação do núcleo MGBOOS SLB. Sem pormenores, o “Rostos” sabe também que em Setembro, um pro-jecto social à comunidade barreiren-se irá ser iniciado. Ficamos à espera de mais detalhes.

Entretanto, o Grupo Hip-Hop do CA-TICA poderá ver-se já no domingo numa actuação nas festas de Coina e até ao final do mês todos os inte-ressados em ver estes jovens talentos a actuar podem aceder ao site www.mgboos.com

Ângela Tavares Belo

Nesta iniciativa está prevista a pre-sença do Presidente da Câmara Mu-nicipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, da Vereadora respon-sável pelo Departamento de Acção Sócio-Cultural, Regina Janeiro, e do Presidente da Junta de Freguesia de Coina, Juvenal Silvestre.

Este “Caderno” inclui apontamentos

históricos sobre o Catica – Centro de Assistência à Terceira Idade de Coi-na e Arredores, Grupo Desportivo e Recreativo Covas de Coina, Grupo Desportivo Estrelas Areenses e União Recreativa de Cultura e Desporto de Coina.

Estes “Cadernos”, dedicados a cada uma das freguesias, resultam de um

trabalho de monografias sobre o Mo-vimento Associativo. Não pretendem ser um estudo histórico, nem avaliar o processo de evolução do Movimen-to Associativo. São, apenas, uma re-colha documental e uma abordagem de memórias.A próxima edição será dedicada à fre-guesia de Palhais.

A Câmara Municipal do Barreiro vai lançar o primeiro número dos “Cadernos do Associativismo”, intitulado “Movimento Associativo de Coina – Memórias e Estórias“. A sessão de apresentação desta edição inaugural terá lugar nas instalações da União Recreativa de Cultura e Desporto de Coina, no, dia 7 de Julho, pelas 16,30 horas.

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LimiteJunho 2007 [8]

FotoreportagemAs Festas de Coina 2007 arrancaram num ambiente caloroso, marcado pela força da juventude – “As Estrelinhas” e o “Constraste” – dois grupos que animaram a noite de abertura, para além da voz de Dina Rodrigues. Foi uma noite animada, onde todos estiveram divertidos e num animado convívio. Aqui fica um registo.

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Jornada conjunta entre APVE, CMB e S. Energia Promove debate sobre MobilidadeSustentável em Centros Urbanos

A Biblioteca Municipal do Barreiro rece-beu, dia 27 de Junho, a Assembleia-Geral da APVE (Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico) à qual se seguiu uma conferência de imprensa onde foram abordadas as acti-vidades desenvolvidas pela APVE e as linhas de acção para o corrente ano assim como a contribuição que os veículos eléctricos podem dar para a construção de sinergias no âmbito da mobilidade sustentável em centros urbanos. Foi igualmente anunciada a organização de Jornada conjunta entre a Câmara Municipal do Barreiro e Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico.

O Barreiro conseguiu inverter a abordagem às questões ambientais

Bruno Vitorino, vereador do ambiente, em representação da Câmara Municipal do Bar-reiro reafirmou a disponibilidade para esta-belecer parcerias estratégicas com todo o tipo de entidade que ajudem a definir uma orientação estratégica para a área do am-biente no município do Barreiro, afirmando que “as matérias do ambiente em geral e da sustentabilidade local em particular de-vem merecer a maior atenção”. “O Barrei-ro conseguiu inverter definitivamente uma abordagem incipiente e inconsequente que vinha a fazer às questões ambientais ao longo dos últimos 30 anos”, referiu o ve-reador, salientando, no entanto, que existe ainda “um largo caminho pela frente”.

Plano Municipal de Ambiente um instrumento territorial

De modo a “construir hoje um melhor Bar-reiro amanhã”, Bruno Vitorino considera que ter que existir um plano transversal que inclua não só a autarquia mas “os agentes locais, os agentes económicos, toda a cha-mada sociedade civil”, plano esse que passa por “pensar a nível global mas agir a nível local”. Segundo o autarca é isso que o mu-nicípio tem tentado fazer através do Pla-no Municipal de Ambiente que se assume como “um instrumento efectivo territorial

e de gestão ambiental que irá projectar a cidade nos seus objectivos essenciais do ambiente e ornamento do território” pro-piciando “uma cidade moderna com quali-dade de vida e em que a mobilidade é tam-bém um factor preponderante”; através do Plano Estratégico para a Mata Nacional da Machada e para o Sapal do Rio Coina que visa garantir não só a preservação do ponto de vista ambiental e paisagístico mas que permita também o pleno usufruto do espa-ço; e através da criação da Agência Local de Energia.

“Há tudo para fazer na área das energias”

“Há tudo para fazer na área das energias”, assumiu o vereador do Ambiente que abo-nou que “a partir de Setembro teremos já no terreno coisas concretas para iniciar o nosso trabalho”. Bruno Vitorino reforçou uma vez mais o interesse num trabalho conjunto com APVE, sendo que “pode vir a ter resultados já a curto prazo através co-laboração e das iniciativas previstas para a semana europeia da modalidade”.

Um passo em frente na estratégia para o Barreiro e para a Moita

Nuno Banza, Administrador-Delegado da Agência Local de Energia do Barreiro/Moi-ta considera que iniciativas como esta são “um passo em frente na estratégia que prevê para o Barreiro e para a Moita um melhor desempenho ambiental”. E se por um lado é patente que “o contexto interna-cional há muito que justifica esta tomada de medidas que permitam inverter o para-digma energético que a sociedade moder-na criou”, por outro lado, o representante da S. Energia reconhece que “a nível local há muito poucas iniciativas que, de forma concertada, sustentável e consequente, permitam começar a implementar uma es-tratégia de gestão de energia, uma estra-tégia de energética que vise um objectivo ambientalmente mais correcto”.

Encontrar soluções de mobilidade integradas e alternativas

Nuno Banza relembra o estudo do inglês Nicholas Stern que, apesar de não prever com completa certeza as consequências das alterações climáticas, “aponta para al-terações significativas na superfície da ter-ra, perda de muitas vidas e globalmente um custo 5 a 20 vezes superior àquele que seria preciso para intervir nestas questões”. Re-velou ainda que as medições da qualidade do ar, referentes aos dois concelhos, reflec-tem uma utilização muito intensa do trans-porte individual e que se está a espelhar na qualidade do ar das duas cidades. Segundo o engenheiro do ambiente, “todas estas questões empurram-nos para uma necessi-dade de encontrar soluções de mobilidade integradas e alternativas” pelo que assume que a responsabilidade é grande. A S. ener-gia irá, neste sentido, “consolidar num fu-turo próximo uma estratégia do ponto de vista ambiental muito mais positiva e muito mais segura para os dois concelhos”.

S. Energia vai funcionar no Barreiro

De relembrar é que A S. Energia, que vai funcionar no Barreiro, é constituída pelas Câmaras Municipais do Barreiro e Moi-ta, Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal (SIMARSUL), Fadesa Portugal, AMARSUL, Transportes Sul do Tejo, PLURICOOP, ADE-NE, QUIMIPARQUE, Instituto Politécnico de Setúbal e COMIMBA e que pretende, entre outras questões, actuar ao nível da gestão da procura de energia, da eficiência energé-tica e da melhoria do aproveitamento dos recursos endógenos.

Nunca nos podemos dissociar das novas tecnologias

Robert Stussi, Presidente da Associação Portuguesa (e Europeia) do Veículo Eléctri-co, também consultor, investigador e espe-cialista em transportes e mobilidade urbana

com projectos na Europa, nomeadamente em Portugal, em África, na América Latina e no Canadá adiantou o conjunto de linhas de acção para o corrente ano assim como explicou a contribuição que os veículos eléctricos podem dar para a construção de sinergias no âmbito da mobilidade sus-tentável em centros urbanos. O presidente da APVE apelou à mudança de hábitos da população, afirmando a APVE como uma “peça tecnológica” que, em conjunto com outras entidades, poderá contribuir para uma melhor utilização destas novas tecno-logias. “Nunca nos podemos dissociar das novas tecnologias mas podemos melho-rar”, concluiu.

Política de transportes e mobilidade sustentável

A Associação Portuguesa do Veículo Eléctri-co (APVE) é uma associação sem fins lucra-tivos, de âmbito nacional, criada em 1999, que tem como missão a promoção de uma ampla utilização de veículos com propul-são eléctrica, (a Bateria, Híbrido e a Pilha de Combustível) integrada numa política de transportes e mobilidade sustentável. Para a prossecução do seu objecto social a APVE tem como objectivo estratégico desenvolver actividades nos domínios da divulgação, informação, técnica e demons-tração e regulamentação e normalização de veículos eléctricos.

Ângela Tavares Belo

“O Barreiro conseguiu inverter definitivamente uma abordagem incipiente e inconsequente que vinha a fazer às questões ambientais ao longo dos últimos 30 anos”, referiu o vereador Bruno Vitorino, salientando, que existe ainda “um largo caminho pela frente”.Nuno Banza, Administrador-Delegado da Agência Local de Energia do Barreiro/Moita - S. Energia, reconhece que “a nível local há muito poucas iniciativas que, de forma concertada, sustentável e consequente, permitam começar a implementar uma estratégia de gestão de energia, uma estratégia de energética que vise um objectivo am-bientalmente mais correcto”.

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Concurso de Gastronomia Ribeirinha do BarreiroRestaurante Grelhador-Morvencedor do ano 2007

No Concurso de Gastronomia Ribeirinha de 2007 participaram oito restaurantes: “A foca”, “A Passagem”, “Cá-Cá”, “Casa Velha”, “Grelhador–Mor”, “Leão d’ouro”, casa de pasto “O Cortador” e “Zeppelin”, tendo como júris o Chefe Silva, consagra-do cozinheiro; Carlos Humberto Carvalho, Presidente da Câmara Municipal do Barrei-ro (CMB); Celeste Cavaleiro, representante da Região de Turismo da Costa Azul; Jorge Paulino, da Associação de Comércio do Bar-reiro e Moita; João Santos, da CMB e Cristi-na Ameixa, da Divisão de Desenvolvimento Económico da CMB. O primeiro prémio foi

entregue ao Restaurante “Grelhador-Mor”, seguindo-se os restaurantes “Leão d’Ouro” e “A Foca” em segundo e terceiro lugares respectivamente. Foram ainda entregues aos restaurantes “A passagem” e “Zeppe-lin”, duas menções honrosas por mérito e qualidade.

Concurso tem melhoradosempre de ano para ano

O Chefe Silva, num breve discurso, sa-lientou a importância deste concurso que como disse “tem melhorado sempre de

ano para ano” e afirmou tratar-se de um estimulo para todos os participantes face às obstáculos diários, impedindo a estag-nação e dando azo à criatividade e à saudá-vel competição na procura pela qualidade. Este reconhecido Chefe de cozinha felicitou concorrentes e não concorrentes pela per-sistência da divulgação da cozinha barrei-rense e mostrou desde já a sua disponibili-dade para participar numa próxima edição deste concurso.

Iniciativa pretende apoiara restauração do Barreiro

O Presidente da Câmara Municipal do Bar-reiro Carlos Humberto de Carvalho, referiu que esta iniciativa pretende “apoiar a res-tauração do Barreiro” e que seria positivo que mais restaurantes participassem no concurso não só pelo objectivo de ganhar mas “para se auto-valorizarem, procura-rem novos sabores, novos pratos e novas experiências”, sendo este, um importante contributo para se afirmarem como profis-sionais e para a promoção das suas casas. Salientou ainda a qualidade dos pratos apresentados no concurso, assumindo o “compromisso de ter um novo concurso mais alargado, mais participado, com mais qualidade e também mais divulgado” no próximo ano. Segundo o autarca, “quanto mais divulgado for, maior o êxito” contri-buindo para uma maior actividade eco-nómica. “Com mais actividade económica

cresce o emprego e com mais emprego há desenvolvimento e com desenvolvimento há uma melhor qualidade de vida”, siste-matizou o edil barreirense.

O município encontra-se numa fase que consideramos como um salto qualitativo

“O município encontra-se numa fase que consideramos como um salto qualitativo e quantitativo muito importante que pode vir a marcar o Barreiro das próximas décadas”, disse Carlos Humberto referindo-se não só à nova ponte mas também à intervenção da zona Ribeirinha entre a Verderena e Santo André referente ao programa Pólis e à reabilitação da muralha da Avenida Bento Gonçalves. Aproveitando o contexto para revelar alguns pormenores sobre as obras na zona Ribeirinha, o édil assegurou que até finais do ano ou meados do outro o processo estará concluído, o que per-mitirá uma maior “harmonia entre o Tejo e a cidade”. Relativamente à muralha da Avenida da Praia, como é conhecida, a APL (Associação do Porto de Lisboa) irá avançar no decorrer do verão às obras que visam um alargamento do passeio marginal em, pelo menos dois metros e à construção de uma ciclovia, numa obra que comportará um investimento de cerca de dois milhões de euros.

Ângela Tavares Belo

Junho de 2007

No decorrer da entrega dos prémios do Concurso de Gastronomia Ribeirinha de 2007, que se realizou, ontem, Feriado Municipal, no Auditório Municipal Augusto Cabri-ta, foi conhecido o vencedor - Restaurante Grelhador-Mor.De registar que em 2º e 3º lugares ficaram o restaurante Leão d’Ouro e “A Foca” respectivamente. Participaram neste iniciativa, oito restaurantes.

7º OPEN CIDADE do BARREIRO comparticipação de cerca de 100 jogadores

O 7º OPEN CIDADE do BARREIRO em Ténis, decorreu no âmbito das come-morações do “Dia da Cidade do Bar-reiro”, com a parti-cipação de cerca de 100 jogadores. A prova foi apoiada pela Câmara Mu-nicipal do Barreiro e organizada pela ACADEMIA TENIS PARQUE.

De referir que na prova deste ano, os muitos barreirenses presentes, que assis-tiram aos jogos, puderam ver actuar, entre outros jogadores de grande qua-lidade, os nºs 1 nacionais: Katia Rodrigues e Hugo Anão. O Director Técnico da Academia Ténis Parque, Professor Pedro Cabanas, é um dos animadores da modalidade no concelho do Barreiro.

Aluno do Barreiro - David Leite das NevesVence Prémio ISEG 2007 Santander Totta

No âmbito das comemorações do Dia do ISEG e do Antigo Alu-no realizou-se a Cerimónia de Apresentação Pública e Entrega do Prémio ISEG 2007 SANTANDER TOTTA. O Prémio visou galardoar os 3 me-lhores trabalhos originais, realiza-dos a título individual por alunos do 10º, 11º e 12º ano do Ensino Secundário, no âmbito dos pro-gramas de economia e disciplinas afins.

Dos 50 trabalhos entregues pelas es-colas secundarias, o Júri seleccionou os 2 melhores de cada um dos anos. Após apresentação por parte dos 6 alunos finalistas entre os vencedores do Prémio ISEG 2007 Santander Tot-ta registou-se a distinção ao nível do

12º Ano, ao aluno David Leite das Neves da Escola Secundária Alfredo da Silva com o trabalho intitulado “Responsabilidade Social Empresarial - Um Pilar da Sus-tentabilidade”, professora proponente Prof.ª Dr.ª Ana Maria Paulino.

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Junho de 2007

“Um livro de espanto e de esperança” foram estas palavras que a professora Manuela Fonseca utilizou para expressar a sua opinião em relação à obra e, estendendo os elogios aos autores da obra, acrescentou: “como um homem e uma mulher da história fizeram tão bem a ficção que se cruza com a vida”.

Na Cooperativa Cultural

Apresentação do livro “Etna no vendaval da Perestroika”“Um livro de espanto e de esperança”

Ontem, foi apresentado, na sede da Coope-rativa Cultural Popular Barreirense, o livro “Etna no vendaval da Perestroika”, escrito a quatro mãos pelos autores Ana Catarina Almeida e Miguel Urbano Rodrigues.

“Um livro de espanto e de esperança” fo-ram estas palavras que a professora Ma-nuela Fonseca utilizou para expressar a sua opinião em relação à obra e, estendendo os elogios aos autores da obra, acrescen-tou: “como um homem e uma mulher da história fizeram tão bem a ficção que se cruza com a vida”.

A ideia do livro “nasceu” numavisita às ruínas do Teatro Romano

A escritora portuense Ana Catarina de Al-meida explicou que a ideia do livro “nas-ceu” de uma visita a Mérida, nas ruínas do Teatro Romano, em Setembro de 2005, en-quanto os dois autores, de gerações dife-rentes, trocavam palavras à luz do tema do Império Romano, discutindo as ideias da ambição do poder e do fim dos impérios. Pela experiência da autora que se licenciou na Ucrânia, onde viveu entre os anos de 85 e 91, o escritor e jornalista Miguel Urba-no Rodrigues lançou-lhe um desafio, para que, com base no conhecimento que a au-tora tinha da vida de uma geração de es-tudantes portugueses que estudaram nas universidades soviéticas, se lançassem na escrita de um livro. E assim nasceu o pri-meiro romance português que tem como tema central o sistema político e social que destruiu a União Soviética, ao que Miguel Urbano Rodrigues chama de “ terramoto”.

“Etna é a síntese das várias raparigas que estudaram nas

universidades soviéticas”

Numa escrita que joga com a primeira e a terceira pessoa do singular, assim se desen-rola a história de uma mulher, Etna, uma “personagem vulcânica”, nas palavras de Ana Catarina de Almeida. E os capítulos foram sendo escritos de forma aleatória, como refere a autora. E a vida de uma estu-dante portuguesa, em terras soviéticas, era composta, uma história que se inicia em 85 e que se prolonga pela actualidade passan-do por Kiev, Leninegrado, China e ruínas da Pérsia antiga. Quanto à escolha do nome para a personagem, conta a autora, surgiu pela necessidade de encontrar uma deno-minação que não coincidisse com nenhu-ma estudante portuguesa. Ao que Miguel Urbano Rodrigues acrescenta: “Etna é a síntese das várias raparigas que estudaram nas universidades soviéticas”.

Para o capítulo final os doisautores acordaram ir até ao Irão

A respeito da escrita, Ana Catarina de Al-meida diz ter-se empenhado nas questões do quotidiano, de modo a traçar o am-biente que se viveu na União Soviética. Quanto a Miguel Urbano Rodrigues, diz ter-se debruçado mais sobre as questões da História. Fazendo com que se chegasse a dois planos, a visão de Etna e de outro estudantes vistos de fora e a visão do in-terior do aparelho político. Para o capítulo final, a autora conta que os dois autores acordaram em ir até ao Irão, o que tem uma explicação “uma vez que tinha sido na

antiga Pérsia que surgiu a ideia de Estado Universal há 2500 anos”.

“Iluminar o lado positivo e o lado negativo” da Queda

do império Soviético

Miguel Urbano Rodrigues diz que na com-posição da “estória” de Etna houve a pre-ocupação de procurar “iluminar o lado positivo e o lado negativo”, daquilo que considera ter sido um acontecimento trá-gico para a Humanidade: A queda do Im-pério Soviético, que se para alguns repre-sentava a ameaça, também era visto como uma esperança, considera o autor, ao que comenta: “A vida teve de mudar”.

“É positivo estar numa terra, como o Barreiro, cujos trabalhadores têm desem-penhado um papel importante nas lutas

sociais”

O autor acabou por se mostrar um pouco descontente relativamente à apreciação dos críticos, considerando que a “crítica se silenciou” relativamente ao livro, acrescen-tando que apenas um órgão de comunica-ção social se debruçou sobre ele, numa crí-tica que, na sua opinião, lhe pareceu “uma torrente de insultos”. As razões para tal mudez, no seu ponto de vista, resultam do facto de “ser incómodo forçar as pessoas a reflectir sobre determinados acontecimen-tos da humanidade”. Relativamente à apresentação do livro no Barreiro, Miguel Urbano Rodrigues refe-riu: ”é positivo estar numa terra, como o Barreiro, cujos trabalhadores têm desem-penhado um papel importante nas lutas sociais”. Comentando: “que bom seria que a consciência social e cívica que se vive no Barreiro fosse seguida noutros locais”.

Andreia Lopes Gonçalves

Festa da Ginástica no Ginásio do FC BarreirenseO Sarau do Futebol Clube Barreirense decorreu no passa-do dia 22 de Junho, uma “Festa da Ginástica” que contou com mais de 250 ginastas provenientes de vários clubes e associações desportivas do distrito de Setúbal e concelho do Barreiro.O Futebol Clube Barreirense marcou presença com cerda de uma centena de ginastas.

A abertura do Sarau foi abrilhantada com a actuação do Grupo de atletas que representará oficialmente o Futebol Clube Barreirense e Portugal no evento mundial “Gymna-estrada” que se realizará, este ano, na Áustria de 8 a 14 de Julho.

De sublinhar que o Programa do Sarau de Encerramento da época desportiva do Futebol Clube Barreirense foi vasto e de grande qualidade.

“Os nossos parabéns a todos os ginastas, em especial aos do nosso Clube, pelos bons resultados. classificativos obti-dos durante esta época e, que se continue a trabalhar em prol da ginástica da nossa cidade e concelho.” – são pala-vras de Graça Dias e Paulo Figueiredo, Colaboradores da Secção de Ginástica do Futebol Clube Barreirense.

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Marchas Populares do Barreiro“O povo tomou conta do Parque da Cidade”. Um final em apoteose que envolveu todos os marchantes num convívio exemplar “O povo de facto tomou conta do Parque da Cidade, as Marchas terminaram, sem dúvida, da melhor forma. Estamos todos de parabéns, fundamen-talmente, as associações e as colectividades que se empenharam e realizaram este bonito espectáculo. Parabéns às colectividades” – salientou Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, no final do desfile das Marchas Populares do Movimento Associativo do Barreiro, que decorreu ontem, no Parque da Cidade.

As Marchas Populares do Movimento Asso-ciativo do Barreiro proporcionaram, ontem, uma noite de festa e muita animação no Parque da Cidade.Foram milhares de pessoas que assistiram, a pé firme, ao desfilar das seis marchas que, este ano, integraram esta iniciativa integra-da nas comemorações do Dia da Cidade.O recinto estava com uma decoração sim-ples e bonita, criando o indispensável am-biente popular para receber as Marchas Populares do Movimento Associativo do concelho do Barreiro.Ninguém arredou pé até ao desfile da últi-ma marcha e no final foram muitos os po-pulares que se juntaram ao convívio entre os marchantes, num ambiente festivo, sa-lutar e solidário.

Desfile com cercade 300 marchantes

O desfile das Marchas Populares do Movi-mento Associativo começou com a Marcha dos meninos e meninas do CATICA de Coi-na que, mais uma vez, deram o seu melhor trazendo o sorriso e brincadeira de crianças para o Centro do Parque da Cidade.Desfilaram, ainda, a Marcha Popular de Coi-na ( com a participação do Grupo Covas de Coina, Grupo Estrelas Areenses e União de Coina), ainda as Marchas do Unidos da Re-costa (freguesia da Verderena); “Os Leças” ( freguesia do Alto do Seixalinho), “Os Peni-cheiros” ( freguesia do Barreiro) e a Marcha da Freguesia de Santo André ( com a parti-

cipação do Grupo “O Independente”, Fute-bol Clube Quinta da Lomba e Recreativo da Quinta da Lomba).No final do desfile foram entregues lem-branças e diplomas de participação a todas as Marchas e também para os cerca de 300 marchantes, pelo Presidente da Câmara Mu-nicipal do Barreiro, Carlos Humberto, pelos Vereadores Regina Janeiro e João Soares e por João Fernando, Presidente em exercício da Assembleia Municipal do Barreiro.

Um final em apoteose solidária

A festa findou em apoteose com todas as Marchas a desfilar em conjunto e num ver-dadeira romaria popular, onde se brincou, dançou e os Marchantes trocaram entre si os pares e conviveram, ocupando todo o recinto do Parque da Cidade, num baile popular, onde o entusiasmo e alegria, co-roaram dias de trabalho voluntário e dedi-cação para dar vida às Marchas Populares do Barreiro, uma tradição retomada no ano 2002 e que, de ano para ano, tem vindo a ganhar novo fulgor, pelas associações que abraçam o projecto e se dedicam a dar vida a este projecto realização conjunta do Mo-vimento Associativo e a Câmara Municipal do Barreiro.

O povo de facto tomouconta do Parque da Cidade

O Presidente da Câmara Municipal do Bar-reiro, no final comentou para o “Rostos” que – “O povo de facto tomou conta do Parque da Cidade, as Marchas terminaram, sem dúvida, da melhor forma. Estamos to-

dos de parabéns, fundamentalmente, as associações e as colectividades que se em-penharam e realizaram este bonito espectá-culo. Parabéns às colectividades”