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1 Ilustração Marilda Castanha APRESENTAÇÃO MOTIVAÇÃO A motivação tem por objetivo chamar a atenção do aluno para o livro que será lido, inserindo-o na “atmosfera” literária, sem contudo fazer referência ao livro em si. Somente após a atividade motivacional, o professor apresentará o livro aos alunos. Motivação significa motivar para a ação da leitura. ATIVIDADE: O(A) professor(a) elabora previamente alguns cartões e neles escreve as palavras PAJÉ, MARACÁ, CURUMIM. Distribui os cartões a pequenos grupos de alunos (o(a) professor(a) pode elaborar quantos cartões com a mesma palavra julgar adequado ao número de alunos da turma e grupos que irão ser formados). Pede-se aos alunos que, de posse de um dos cartões, procurem dar o significado de tal palavra. O que eles acham que significa tal palavra? Após, cada grupo expõe o significado que julga que tal palavra tem, sendo organizado, no quadro ou em um papel pardo (mural), as palavras e seu melhor significado (segundo os alunos, que discutirão todas as ideias e optarão por um significado para cada palavra). Feito isso, o(a) professor(a) diz aos alunos que tais palavras possuem origem indígena. Apresenta o livro Karú Tarú, o pequeno pajé e diz que tais palavras são usadas por Daniel Munduruku, o autor do livro, na construção de sua história, convidando os alunos a lerem o livro, encontrarem as palavras e perceberem se os significados que deram para as elas são os mesmos usados no livro. Karú Tarú, o pequeno pajé, de Daniel Munduruku, narra a história de um menino especial, Karú Tarú, que descobre que tem a missão de ser o novo pajé de sua tribo. Assim, ele irá tentar entender os aspectos positivos e os compromissos de ser um garoto capaz de ler os sonhos. Afinal, por que ele teria sido o escolhido, visto que todos nasciam com a possibilidade de ter visões? O pequeno curumim, através de muitas perguntas, irá descobrir vários costumes do povo que, um dia, ele orientará. Roteiro De Leitura KARÚ TARÚ, O PEQUENO PAJÉ — DANIEL MUNDURUKU Caro(a) professor(a), as atividades presentes neste roteiro de leitura são apenas sugestões. Cada professor pode adaptá-las à realidade de sua escola e de sua turma, bem como à faixa etária de seus alunos, podendo criar outras atividades que julgue mais adequadas. Lembre que as atividades que envolvem a leitura devem priorizar aspectos lúdicos e também aspectos reflexivos, a fim de contribuir com o crescimento intelectual do leitor, despertando nele o desejo de mais e mais descobertas com os livros. Lembre sempre, ao indicar um livro, que o(a) professor é um orientador da leitura, um mediador entre a criança/o jovem e o livro.

Roteiro Karu Taru

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Caro(a) professor(a), as atividades presentes neste roteiro de leitura são apenas sugestões. Cada professor pode adaptá-las à realidade de sua escola e de sua turma, bem como à faixa etária de seus alunos, podendo criar outras atividades que julgue mais adequadas. Lembre que as atividades que envolvem a leitura devem priorizar aspectos lúdicos e também aspectos reflexivos, a fim de contribuir com o crescimento intelectual do leitor, despertando nele o desejo de mais e mais descobertas com os livros. Lembre sempre, ao indicar um livro, que o(a) professor é um orientador da leitura, um mediador entre a criança/o jovem e o livro.

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Page 1: Roteiro Karu Taru

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Ilustração Marilda Castanha

APRESENTAÇÃO

MOTIVAÇÃO

A motivação tem por objetivo chamar a atenção do aluno para o livro que será lido, inserindo-o na “atmosfera” literária, sem contudo fazer referência ao livro em si. Somente após a atividade motivacional, o professor apresentará o livro aos alunos. Motivação significa motivar para a ação da leitura.

ATIVIDADE:

O(A) professor(a) elabora previamentealguns cartões e neles escreve as palavrasPAJÉ,MARACÁ,CURUMIM. Distribuioscartõesapequenosgruposde alunos (o(a) professor(a) pode elaborarquantos cartões com amesma palavra julgaradequado ao número de alunos da turma egruposqueirãoserformados). Pede-se aos alunos que, de posse deumdoscartões,procuremdarosignificadodetalpalavra.Oqueelesachamquesignificatalpalavra? Após,cadagrupoexpõeosignificadoquejulgaque talpalavra tem, sendoorganizado,noquadroouemumpapelpardo(mural),aspalavraseseumelhorsignificado(segundoosalunos,quediscutirãotodasasideiaseoptarãoporumsignificadoparacadapalavra). Feitoisso,o(a)professor(a)dizaosalunosque tais palavras possuem origem indígena.Apresenta o livroKarú Tarú, o pequeno pajé edizque taispalavras sãousadasporDanielMunduruku,oautordolivro,naconstruçãodesua história, convidando os alunos a lerem olivro, encontrarem as palavras e perceberemseossignificadosquederamparaaselassãoosmesmosusadosnolivro.

Karú Tarú, o pequeno pajé, de Daniel Munduruku, narra a história de um menino especial, Karú Tarú, que descobre que tem a missão de ser o novo pajé de sua tribo. Assim, ele irá tentar entender os aspectos positivos e os compromissos de ser um garoto capaz de ler os sonhos. Afinal, por que ele teria sido o escolhido, visto que todos nasciam com a possibilidade de ter visões? O pequeno curumim, através de muitas perguntas, irá descobrir vários costumes do povo que, um dia, ele orientará.

RoteiroDeLeitura

KARÚ TARÚ, O PEQUENO PAJÉ — DANIEL MUNDURUKU

Caro(a) professor(a),

as atividades presentes neste roteiro de leitura são apenas sugestões. Cada professor pode adaptá-las à realidade de sua escola e de sua turma, bem como à faixa etária de seus alunos, podendo criar outras atividades que julgue mais adequadas. Lembre que as atividades que envolvem a leitura devem priorizar aspectos lúdicos e também aspectos reflexivos, a fim de contribuir com o crescimento intelectual do leitor, despertando nele o desejo de mais e mais descobertas com os livros. Lembre sempre, ao indicar um livro, que o(a) professor é um orientador da leitura, um mediador entre a criança/o jovem e o livro.

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LEITURAOBJETIVADA

É interessante sempre, ao indicar uma leitura, que o professor a objetive, fornecendo chaves para que o leitor possa mergulhar no livro, a partir de certos indícios sobre o que deverá prestar atenção. Assim, o professor pode pedir que os alunos leiam o livro atentos às perguntas que Karú Tarú faz, a fim de entender o porquê de ser o escolhido para substituir futuramente o pajé de sua tribo.

Atividades:

I – Solicitar que os alunos façam uma lista com os diferentes costumes da tribo de Karú Tarú que são mencionados no livro.

Exemplo: Pág. 10 — Promessa de casamento feita ainda quando os jovens são bebês.

Sonho—“Eparaserumpajéforteeimportanteparaacomunidade,seriamuitobomqueelesoubessesonhar.”–pag.4

Obs.: Tal atividade pode ser feita individual ou coletivamente. Seria bacanaorganizarOs mandamentos para ser pajé.

II-Questões:

a)Qualaimportânciadetervisões(sonhos)parasetornarumpajé?

b)ComoKarúsoubequetinhaodomdeentenderossonhos?

c)Napág.9,olivrocitaosdevoradores de alma,todavianãoháumadescriçãoclaradelesecomoelesatuam.Descrevacomovocêachaquesãofisicamenteosdevoradoresequepodereselestêmsobreosindígenas.

d)HáummomentoemqueKarúTarúeseupaiseafastamdaaldeia,afimdequeopaiesclareçaomeninosobresuamissão.Nestemomento,eledizqueosabernãopodeserdetodos.QuemotivosfizeramcomqueissoocorressenatribodeKarú?Vocêconcordaquehá“saberes”quenãodevamserdetodos?Porquê?

e) Na pag. 25, o narrador diz que Karú, para ser pajé, “Terá que dominar seuprópriocorpo,suamenteeseucoração”.ExpliqueoqueopajéquerdizerquandofalaissoparaKarú.

—Oquesignificadominarocorpo,amenteeocoração? —Citeexemplosdesuavidaemquevocêtevequedominar:

a)amente b)ocorpo c)ocoração

f)Noepisódiodameninadoente,opajéexerce todoo seupoder, retirandodocorpodameninaadoença.Karúassistiuatudo.Comovocêachaqueelesesentiuaoperceberqueumdiateriaaquelepodertambém?

g)KarúTarú recebeudesua triboamissãodeserpajé,porémaindaeramuitocriançaeteriaqueir,duranteavida,aprendendoaserumgrandepajé.Evocê,apesardeaindaserpequeno,acreditaquejásabequalasuamissãonacomunidadeemquevive?Quetipodesonhoparaofuturovocêtem?

ATIVIDADES:

I–Solicitarqueosalunos,durantealeitura,destaquemelementosimportantesqueconstituemumpajé,criandoumaespéciedelistadascondiçõesqueKarúTarúteráquecumprirparaserumpajénofuturo.

Exemplo:

Idade—“Somentedepois,quandocresceretornar-seumhomem,teráquevivenciaroutrasexperiênciasqueotornarãoumgrandepajé.Issonãoacontece,porém,antesdostrintaanos...”–pag.14

EXPLORAÇÃO

Explorar o texto literário significa perceber a cosmovisão do aluno sobre o texto lido, além de buscar a qualificação de sua leitura, apontando aspectos pertinentes do livro, que interessem ao professor(a) explorar. As atividades devem priorizar questões de compreensão, interpretação, opinião, visão do mundo, através de atividades reflexivas e também lúdicas.

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A extrapolação é um momento em que o(a) professor(a), a partir dos elementos destacados, discutidos e trabalhados no livro, desafiará os alunos a criarem, a irem além do experimentado com a leitura, extrapolando sua mera condição de leitores.

EXTRAPOLAÇÃO

ATIVIDADES:

I-LIVRODOSSONHOS

1.Para serumpajé,énecessário sonhar.Todavia,o texto falaque“temsonho,noentanto,queédifícildeentender”(pag.4).Vocêjátevealgumsonhodiferentee,aoacordar,nãoconseguiuentendê-lo?Comofoiessesonho?

2.O(A)professor(a)organizaráumlivrocomossonhosescritosporcadaumdosalunos.

3.Ilustrações:Professor(a),numtrabalhointerdisciplinarcomArte,analisaasilustraçõesdeMarildaCastanha,emqueaartistaseutilizademuitoselementosligadosàculturaindígena,sobretudonotraço(maisprimitivo)enousodecoresfortes.Assim,osalunosserãoinstigadosa“procurar”tinturasnaturais,afimdecolorirasilustraçõesdoLivro dos sonhos.

Sugestões:beterraba,borrade café, terra, folhasdeárvores,pétalasdeflores.(vertextoTintas naturaisemanexonofinaldoroteiro)

4.Nofinaldo trabalho,pode-se realizarumaexposiçãodas ilustraçõesedos sonhos narrados, antes de organizar em formade livro. Seria ummomentobembacanadepartilhadasexperiênciasdeescrita,deelaboraçãodastintasedeilustração.

II–VISITAAUMACOMUNIDADEINDÍGENA

1.Organizarcomosalunosumavisitaaumacomunidade indígena,afimdeobservarqueaspectosdaculturaindígenaaindaestãopreservados,quaisseushábitos?Comovivemosindígenashoje?

2.Realizarentrevistacomindígenas,afimdeperceberaspectosdesuavidaemrelaçãoàvidaemgrandescentrosurbanos.

SUGESTÕES DE FILMES

Dependendodafaixaetáriadosalunos,pode-seassistiraumdosfilmesabaixo,quemantêmrelaçãointertextualcomotemadeKarúTarú,opequenopajé:aculturaindígena.Após,proporumasessão-debate,emqueumprofessoroualgumconvidadopossamediar,apontandodetalhessobreaculturaindígena.

Tainá, uma aventura na Amazônia (Direção:TâniaLamarcaeSérgioBloch,2000)

Ofilmecontaasincríveiseemocionantesaventurasdeumaindiazinhaórfãquevivecomseuavô,ovelhoesábioTigê,emumbelorecantodoRioNegro,naAmazônia.ComTigê,elaaprendeaslendasehistóriasdeseupovo,convivendointimamentecomaflorestaeseusanimais.Aospoucos,Tainátorna-seumaguardiãdaflorestaeconseguesalvarumpequenomacaquinhodecairnasgarrasdeumtraficante.ApelidadodeCatú,onovoamiguinhopassaaserseucompanheiroinseparávelapósamortedoavô.ProtegidaporumamuletodeixadoporTigê,Taináseguenalutaemdefesadaselva.Perseguidapelotraficante,aindiazinhavaipararemumapequenavilaondemoraumabiólogaeseufilhoJoninho,queacontragostoestáacompanhandoamãeemsuaspesquisascientíficas.OconvívioentreelessetornadifícileTaináresolvedeixaravila,masJoninho,quejáplanejavauma“fuga”parapregarumapeçanamãe,asegueeagorateráqueaprendercomelaasobrevivernafloresta.Fonte:wikipedia.

Pocahontas (Direção:MikeGabrieleEricGoldberg.1995)

Ofilmecontaolendárioromanceproibidodaíndianorte-americanaPocahontascomocapitãoinglêsJohnSmith.TudoteminícioquandoumnaviopartedaInglaterracomobjetivodeencontrarum“NovoMundo”,tendoentreseustripulantesogananciosogovernadorRatcliffe,da Inglaterra,quesópensaemdescobrirouro,eoaventureirocapitãoJohnSmith.Aochegarememumaterradesconhecida,JohnsaiparaexplorararegiãoeencontraumabelaíndiachamadaPocahontas.Elesseapaixonamevivemamaisbelahistóriadeamordetodosostempos.Ambosaprendemmuitoumcomooutro,até que o povo de Pocahontas e os ingleses entram em guerra por terem interessesdiferenciadosemrelaçãoàsterras.Fonte:wikipedia.

III—CRIAÇÃODEUMDICIOINDIÁRIO

A partir do vocabulário indígena presente no livroKarú Tarú, o pequeno pajé, taiscomocurumim,pajé,maracá,e retomandoaatividademotivacional,organizardicionáriodetermosindígenascomseussignificados. Comoolivroapresentapoucostermosligadosàculturaindígena,osalunosdevempesquisaremlivrosousitesoutraspalavrasdaculturaindígena,afimdeampliaroDicioindiário.

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TINTA À BASE DE TERRA

Tinta À Base De Colorau (Urucum):

Você vai precisar de colorau em pó, água ou óleo de amêndoas. Como fazer? Misture bem o colorau com água ou óleo.

Tinta à base de terra:

Você vai precisar de uma colher de terra, água, jornal, uma peneira, dois recipientes grandes (bacias ou tigelas), vidros com tampas e etiquetas. Como fazer?

1. Recolha terra argilosa num dos recipientes. Se conseguir terra de várias cores, melhor.

2. Espalhe a terra sobre o jornal e deixe secar bem.

3. Usando a peneira e a colher peneire a terra para outro recipiente.

4. Acrescente água aos poucos, misturando bem, até formar uma pasta uniforme. Coloque as tintas nos vidros com tampa e identifique com etiquetas.

É fácil fazer tintas usando corantes naturais. É possível fazer muitas cores utilizando elementos da natureza. É uma atividade divertida para se fazer, mas é necessária a ajuda de um adulto, já que é preciso utilizar o fogão. Essa atividade permite perceber a transformação e utilidade dos elementos, além de ser muito divertida, permitindo a pintura em papel, tecido ou a pele, como fazem os povos indígenas. Primeiro você cria a tinta, depois você cria a obra de arte!

ANEXO

Seu toque faz a diferença! Você pode usar carvão vegetal para o contorno e as tintas para colorir o desenho. Galhos, folhas, palha, sementes, penas, conchas e pedra podem deixar

seu desenho ainda mais diferente.

Tintas da feira:

Você vai precisar de uma panela com tampa, água, colher, peneira ou coador, bacia, potes de vidro com tampa, etiquetas, gema de ovo, talco.

Além disso, para as cores você vai precisar de:

Casca de jabuticaba (rosa), casca de uva preta (azul), amora ou morango (tons avermelhados ou violetas), espinafre ou erva-mate (verde), folha de beterraba ou de cenoura (verde), beterraba (vermelho), cenoura (laranja), semente de

girassol (amarelo), pó de café (marrom), colorau (amarelo e laranja).

Como fazer?

1. Coloque um copo do ingrediente escolhido picado ou em pó na panela. Adicione um litro de água.

2. Tampe a panela e coloque para ferver. Para sua segurança só faça isso com um adulto por perto.

3. Depois que começar a ferver, reduza o fogo e cozinhe de 45 minutos a uma hora mexendo constantemente.

4. Retire do fogo e deixe a mistura esfriar bem.

5. Coe ou passe a mistura na peneira, coloque a tinta nos potes de vidro e identifique usando as etiquetas. Para pintura em papel a tinta está pronta.

6. Para usar na pele, acrescente uma gema de ovo e talco até formar uma pasta que lembra a tinta guache. CUIDADO: teste na mão antes de usar na pele toda para prevenir reações alérgicas!

Fonte:SuperEcon°1(BiólogaMarianaFariaCorrêa)In:http://meioambienteonline.blogspot.com/2008/10/tintas-naturais.html,em12.01.2011.