Roymond Pébayle - Geografia Rural Das Novas Colônias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

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  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    1/8

    GEOGRAFIA RURAL DAS

    ..

    NOVAS

    COLONIAS

    O

    ALTO URUGUAI RIO

    GRANDE O SUL BRASIL)

    Dual 8oc:iedades

    rurais

    ea

    ta vam

    es tabe l ecidas no Rio

    G r a n de do Sul no inicio des

    te l I c u l o ~

    no campo

    , 08 ga

    ch

    os, grandes

    propdetr io l l ,

    continuava m sua

    p

    e c u

    r

    i

    a

    extensiva;

    na ant i ga

    regio

    flo r e n a l do cent roleste do

    Es tado , a pequena

    coloniza

    o

    lIarda

    da i migrao eu

    ropia do s c

    u l o XIX

    co n

    c l uia a 11' e dos de .mata .

    mentes

    .

    S6 res ta

    va

    para con

    clui r a

    ocupao do

    terr i t

    r io rio- grandense .

    penetrar

    na

    vasta.

    Cloreata que te es

    tendia ao norte, por m a "

    de

    300

    km

    , no

    in ter

    io r do arco

    do

    Alt o Urugua i . E. ta

    tare

    fa

    apenaa

    de

    li neada

    no

    Cim,

    do

    sculo passado

    .

    pal .ou

    a

    se r de.envo

    l v i

    da

    a

    par t i r

    de

    1

    906

    .

    at ravs da colon

    i

    zao

    di

    r i

    gi

    d a pe l o governo do

    E .

    tado do Rio G n d ~ do Su

    l.

    Comparada,

    a I

    ~ r i m ~ i r a 8

    f

    ases de

    o lon l zayao

    ale

    en

    t

    o

    reali zada ,

    essa

    l

    t ima

    etapa d e povoamento apre

    . en tava a rade r . t i c a . no

    va

    E l a devia

    ser

    feita

    nu

    m a

    regio

    afa s tada e

    de ,c li-

    ma

    e u b - t r o p i c a I m d i a ~

    me

    n

    sa is

    de

    5 ~ C

    em

    jane iro

    ede I3 ,39Cem ju

    l

    ho)

    com

    chuvas

    a b u n d a n t e . eb

    em

    d is tribuidaa durante o a no .

    12

    Comvnica o do $r. Roymond Pbay le ( ;:)

    Trad.

    G ~ r o f o

    Gi lberto l a zare Rocha

    .Duas coberturas flores tais

    dividiam uma topografia ca-

    da

    v e z mate acidentada em

    direo

    ao no

    r te. A

    f lore sta

    c l a ra de a rauc r ia , cobria

    oe planaltos

    maia e l evados a

    leate do rio

    P a a l o Fu

    n do ,

    enquanto

    a

    oestes

    ae espcie

    sub -

    tropica

    i s ocupavam urna

    par te

    do

    an

    t

    i go

    terr i tr io

    da.

    M

    i

    s s e

    l Orientais do

    Uruguai.

    Por . e u

    tur

    no. 08 hom

    e

    ns

    ,

    os eioneiros , no contavam

    e n a ~

    com uma

    pequen . p r o

    po

    r

    ao

    dos colono.

    e . t ran

    _

    geiro .

    recm

    ch eg ado . l es

    repre .entavam , antes , o ex

    cedente de an ti gas

    co l n i

    as

    ,

    uma

    legund

    a ou

    tercei

    r a

    ge

    rab

    muito

    nurnerO

    l a . i nc a

    paz d e lubs i l t

    i r

    no quadro

    dos

    lot

    e s o r i g i na i s de

    50

    hectares . Ne. te

    nvo

    es

    t

    ilo

    de

    co

    l

    onizao

    .

    e

    I

    e

    m

    e n t

    o s

    n a c i o n a i s dever iam

    , pela

    primeira v ez , .e mleturar

    ao . colonos de

    o r i g e m

    es

    trangeira. m a i

    eara pro

    mover uma a d l a o d e a g r ~

    cultura en t re O I g a c h

    o s

    desprovidos

    de te r ra li do

    qu" p

    r a

    co

    m

    bater

    a conh e

    cida

    tendncia do 8 colonos

    europeus

    de

    iso

    l

    am

    e n to

    no

    seio da sociedade t

    radicio

    nal .Ollote s concedidos pos

    sulam 25 hectares , mas de -

    ver iam

    s e r me lhor dis tr i

    buidos

    e:rn

    f

    u n

    o da

    topo

    g

    r a f i aedos r e c u r s o s em

    gua.

    Finalmente

    . para ro m

    pe

    r a

    isolamento

    de

    urna

    re

    g

    io inacesevel por via

    fl u

    v

    ia l

    , previu- se

    um in

    t e n s o

    programa de construo de

    ferrovias , de el t radas e d e

    cent ros

    de

    colonizaso

    .

    Dessa

    co lon i

    zaao orien

    tada s i mul

    tneamente

    p e

    I

    a

    e

    xper incia doa

    c o 1 o n o e

    pe

    l a

    prudncia

    de e u s l e

    g

    is

    l

    adores,pOde

    r -

    se

    -

    ia esee-

    r a r u m .

    v e r d a ~ e i

    a a o

    Talvez mpa

    vhao da geogra-

    ia ru

    r a l

    atua

    l do Alto Uruguai

    nos permit i r um conheci

    mento

    de

    ma

    i s

    de

    cinqu

    e

    nta

    anol dessa

    ao comb

    i nada

    do

    o m e m

    .\ , rc

    um

    meio

    natural

    muito

    hostil .

    (fig, I )

    l PAISAGENS

    RUR

    AIS

    E

    SI

    STEMAS DE CULTUR

    A

    A . atuai

    s p3.ill3.gcns

    ru-

    rais mos t r

    am

    que

    m e

    i o

    s

    culo de

    desmatamentos

    e

    de

    cul turas

    f o r a m

    ~ u f i c i e n t e l

    para

    f a z e r desapa

    r ecer a

    rvore de

    tdas aa

    verte

    n

    tes

    ( . )

    Publicada

    no

    Bo u

    ll etin de

    I 'Associat ion de Gographes

    Franais

    n'?s 350 - 351, janei

    ro

    -

    fevereiro de 1967,

    ac

    es s f ...

    e i l

    . Exec uta das

    al

    gu

    mas

    r

    eservas

    te

    r r i to r

    i a i s , a

    f loresta primitiva

    no

    se

    en

    c o nt ra

    seno nas elevaes ,

    sb r e aa v e r t e n t e s

    mais

    ab r uptas e ,

    talvez, em

    alguns

    fund

    0 9

    midos

    .

    A

    m a r

    ca de

    uma

    co l on i zao di

    r i

    g ida

    p o u s ~

    no

    tra,ado

    geomt

    r i

    co

    do

    .

    cam

    i

    nhos

    -

    os ntra

    _

    vesses"

    -

    q u

    e s e

    guem

    ge

    ra l mente

    a . li

    nhas de

    cumea

    das

    , nas qua i s s e r econhece ,

    ainda

    ,

    OI li

    m i

    tes

    e t a n g u

    r e s dos

    lotes

    orig i

    nai

    ,

    ge

    r

    almente compos

    to e de

    uma

    par te

    da ver tente

    e

    de outra,

    um

    f u n d o

    de va

    l e .

    A

    sses

    do i s t i po s de t e r

    reno

    cor

    respondem

    , q u a s e

    semp

    r e ,

    dois

    tipos de o c u p a o do

    solo:

    os

    fundos midos e 0 8

    de c

    li ves

    inferiores

    . o so

    -

    b r etudo

    re le

    r vados l

    pa

    tagens

    naturaia

    ;

    as verten

    te

    s

    so

    d i

    vi d

    i das

    e n t r e

    as

    culturas e uma fo

    r

    mao a r

    bustiva

    :

    a n c a p o e

    ir a" .

    Foi

    igua l mente no contato

    d e l

    dois

    t e r reno . que o c o l o n o

    r e s o v ~ u

    i

    nsta lar seu habi

    ta t . A s excees a ste

    prin

    _

    c fpio de

    co

    l

    onizao le

    ex

    plicam pela at

    r

    ao das

    es

    t radas re .ponsve

    i s p e l

    o s

    raros caeos de

    agrupamento

    sob

    a

    forma de lu

    ga r e j os e

    de pequenas cidades.

  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    2/8

    Fg, 1

    ..

    . , . .

    -.-.:" --

    - - - - - - - - - - - - - - - - - ~

    "

    . : I . ~

    .'

    ,\t. ....

    l

    H . ~

    lr.l

    ~ ~ . 1 ; .. . ~ t J r t

    l .

    ,

    Ow

    dCilmatam

    c1ssi

    M

    c

    oa da de r r

    ubada

    s \ m n r

    ia

    s e g u i d a de quo.:imada ... As

    e

    xplotaes

    atuais

    se

    r

    eal iM

    zam em regime de ten

    ncia

    direta

    e

    t e m

    uma

    ex tenso

    mdio de

    19 hectarcs . A

    di

    M

    visno d

    11.

    B propried3.d oB foi

    ma

    i s

    notve

    l

    na metade

    o

    ei

    :lental do

    Alto Uruguai

    onde

    3.11 cxp

    l o

    ta

    clI com

    rnenol l

    de 10

    h

    ecta re

    s

    c o b r e m 1

    a

    ZZ das

    s upe d

    d e s cult iva

    da.

    (fig

    .

    2)

    .

    De.sas

    ,

    menos

    de

    10 19

    so

    ocupadas

    pc 1

    11.6

    propriedades com m a i 6

    de

    100 hectares . O

    milho.

    cul

    livllldoern t';da s as

    t e r r a s

    de

    ver

    t

    ente

    ,

    cons

    titui

    a bale

    de

    um

    s is te

    ma qu

    e

    pe

    rm

    aneceu

    fu

    nd a m enta l mente po

    li cu

    l

    tuM

    ra

    lo

    Ou tr s pl an taa: fe ij o

    prcto

    , s o j a . mandioca . a r M

    roz do

    co

    - so assoc i

    adas

    ao milho

    60b a

    fo r m a

    do cul

    tura

    I

    in tercala

    re I . F. It .

    p,.

    .

    tlca de associao ,

    Bbrf'

    011

    mesmos

    campos

    .

    de

    ce rea i s ,

    d e l

    eguminosas

    e

    de

    ra

    i

    zes

    .

    representa o

    easenda l da

    r i ~ a o do

    so

    lo pe l o COM

    l

    on a

    .

    s t e se contenta em

    dosar

    o

    nmero

    e a

    var

    i

    eda

    M

    de

    da

    planta s por

    unidade

    ITIIl

    Flores ta e Capoeira

    Fg, 2

    ,11

    I

    'I:

    '

    , I

    , '

    I :

    I

    ,

    ,

    ,

    ,

    ,

    ,

    I

    j

    _ 5

    a 22 o/

    [l[[]J

    10

    15%

    Pastagens:

    Cul turas:

    a) Naturais

    b) Artificiais

    a}

    An

    uais

    b) Permanentes.

    Diagrama do uti li zoo da solo

    no

    Alto U r u g ~ i .

    (dados extrados do trabalho de Jose Itomado So )

    ffilIIIIill7,G

    a

    9,9 ro

    li

    :t

    1

    ,1

    .

    7 S ~

    -, ,

    ,

    , ,

    , ,

    ,

    '

    ..: I '

    ,

    I ill

    ;

    ,

    I " , , .

    I

    , ,

    'I'

    '

    ,

    ,

    ,

    3 0 k, ,

    2,6 S

    , :

    : , 1

    2,5

    %'

    Percentagens das explotoes com menos de 10

    ha

    no Alto

    Uru

    gua

    i.

    (Segundo dedos da uSinopse Pre- ,

    liminar do Censo Demog rafico

    u

    .Estado do Rio Grande do Su

    l .

    VI I

    Re

    censeamento Gera l do Brasil, 19

    60

    . ,

    13

  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    3/8

    ALTO

    URUGUAI

    de wuperCfctu

    em

    funo

    do

    ijl"j.\Jde esgotamento dos BO -

    lo e. O" melhoramentos no

    so

    prati

    cado.IJ; os a dubos

    o r gn ico8 ou

    qu(micos

    8 o

    pouco \lu d As culturas de

    i n v e

    rn o .o rarall : alguns

    hectares

    de tri.go

    po d

    em lU -

    ceder s tlIU,IOcill"8 inten_

    sivas

    de

    vero sbre

    as ter_

    ras ainda r icas. S b r e ou

    t ros

    so l 0 8 ,

    as t

    er ras

    no

    tra balhada, e no aproveita_

    da. no perrodo f r i o permi

    tem uma

    f raca reconst i tu i .

    o da fertiHdad

    e or iginal.

    Aps um nme ro

    var

    iv e l de

    ano

    segundo

    a fertilidade

    olelal do s solos de f lo res ta

    Id

    e lO a

    3 0 a n o s

    ),oeo10 00

    deixa re

    pousa r

    sua ,

    terraIJ

    maia

    esgotadas por um

    pe

    rrodo

    de

    q u a t r o ou

    cinco

    ilnOS. a o r i

    gem

    da

    "capo

    e i r a ~ pr imeiro est rato de

    reconsti tui o da f l o r e

    t

    a

    pr imit iva.

    Inculta

    igualmen

    te ela retomada em segui

    da

    pelas queimadas

    para ce_

    der lugar a um novo ciclo de

    cu l turas

    maill

    curto e ainda

    mais

    esgotante.

    E s

    ta

    pr t ica

    de

    c ultivos

    in terca lare ellt to forte _

    mente enraizada que o colo

    no

    r e se r

    va a lguns

    a res ex

    clusivamente p a r a plantas

    comoa cana de aucar, a al

    fafa

    e o f u m o quc

    no

    se

    coadunam n u m a associao

    com

    o milho. Junto casa,

    o ja rd im

    de pequena

    e

    xten

    . o o

    nic

    o pedao de te r

    ra que

    receb

    e regularmente

    os

    adubos

    orgnicos

    . Al

    gu

    mas rvorcs frutrreras es

    parsas , e vzes parre i_

    r a I , completam 0 i co

    njun O

    dai

    cul tura l da exp

    lotaao

    colonia

    l. A f loreeta

    colonial,

    enf\m, constitui uma re8er

    va de l

    e n h a

    ,

    de

    tbual,

    de

    eltaCall

    ,

    para explotao e,

    quando ela

    luIicientemente

    exten8a,

    para

    nova. "roa .

    que

    l e ro

    preparadal .

    com

    o

    no

    passado

    ,

    pelo

    slatem

    a

    de

    queimadal . M u i

    t

    o

    ex(gua

    e

    disperlla para

    permitir

    um.a

    ex p lotao ail temtica, e l a

    nao d margem. s e n a o ex

    cepcionalmente,

    venda

    de

    made ir a.

    At aq ui ll8CS ailltemall

    de

    culturas no

    . o or i

    gi

    nai. . porque OIJ polil:ultor elJ

    t radicionais

    do

    Brasi l

    mer i

    dional os prat icam corr en

    tement e. A verdadeira ori

    g

    inalida de

    da a g r icultura

    co

    l

    on

    ial d e v e ser procura

    da

    alhures:

    na inlenllidad

    e do

    t rabalho humano e nas ati vi

    da d ell c

    om

    erciai8 que 11

    co

    lono

    ll

    desenvolveram a p s

    dois

    ou t rs

    de c n i o

    11.

    De

    um la do

    com

    eleito a

    im p

    or

    tncia

    e a mincia de c e

    r t

    os

    l T ~ t o d o s culturais,

    como a i

    capinas repetidas e ali ara

    es a i saciam muito curio

    samente

    verdadeirall

    prt i

    cas

    de

    jardinagem aos prin

    cipias e lementar ell

    de afo

    lham

    ento q u e precedem. A

    mecanizao se redu z a um

    arado de lmina, wna g r ade

    "', s vzes . uma capinad e i

    ra alm da tradicional ca r

    r ta de quatro rodas. O es

    sencial d li e s t rabalho I

    feito

    en xada.Fato relativa

    mente raro no Brasi l , a m u

    lher e 11 f ilhol

    do

    s co lonos

    par t ic ipam

    u m ~

    ajuda m a

    cia n o

    t rabalho

    dos

    camp

    oll

    du

    r

    ante

    o

    vero

    .

    O

    rellult

    a

    do d s s e elloro. se

    ob

    l e rva

    n o s rendimentos das

    cul tura l de explotao

    co

    l o

    nial onde, apesar do

    e l gota

    menta dOIl la i

    as

    , regis t ram

    lIe mdiu de 1 quintais1hec

    tare ,

    para

    o feijo e a loja,

    15

    quintais /hectare p a r a o

    milho e

    10a

    I2 to ne ladas /hec

    ta r e p a r a a

    mandioca

    . Por

    rnedrocres

    que

    lell

    pOli

    Iam

    parec er .

    sses

    rendimentOI

    no I o menos nlt idamente

    sup

    e r i

    o r ell do que os obtidol

    pelo

    agr icul tor

    b r a i 1 e

    i

    ro em geral.

    Uma c

    ul tura

    comercial ,

    por

    o u t r o

    lado. est muito

    dellenvolvida nOIl munic(l?iol

    .ocidentail aps vinte anos: o

    soja

    branco. N o podemo s .

    entretanto , conl ider_la co

    mouma verdadeira especia

    l izao. p o r q u e se

    mpre

    praticada

    de forma

    in terca

    la r .Na

    o r i g e m de

    grandes

    esperanas em 1945, esta

    l e

    guminosa de

    ve r o certa-

    m en t e enriqueceu os lI o l o s

    em

    n i tro

    gnio

    ,

    mas

    t

    v e o

    inconveniente

    de aum e ntar

    ao longo

    doa anos o

    d".equi

    l i .bdodoll c a l e n d a r i o s

    de

    cul turas eo ellgotamcnto dos

    80

    10s

    em

    follfato e fllforo .

    As

    out ra o culturas de.tina

    da. venda

    direta

    n o lo

    mais do q u e excedentes da

    poUcultura c l u i ca (feijo ,

    wn

    pouco de

    mandioca. ab

    borall)

    ou e l to

    ainda

    na

    fa

    _

    se

    de

    ensaio, como

    o tungue.

    por exemplo. A colheita do

    mate

    cujae

    rvores

    so

    ge

    ra lmente

    co n

    s

    ervadas

    quan

    do das queimadas, completa,

    s vzell, a comercial izao

    do

    produtos

    vegetai , de

    ex

    plota

    o colonial.

    A suinocultura, por outro

    lado, conatitui

    a especial i_

    zaoporexcelncia

    do con

    junto dessas col

    nia

    . , mais

    par t icularmente dOI mun icr

    pios orientais. A maior par

    te da

    p r

    oduo

    de

    milho . do

    soja

    negro e da

    mandioca

    absorvida , pela i

    3

    ou I { l ~

    Cal que p o s l u i tda apro

    pri

    edade

    colonial

    de

    20

    a

    25

    hectares. Praticada

    em

    chi

    queiro e orientada p a r a a

    engord

    a, essa cr iao

    en

    to ell t rei tamente

    aSllociada

    ag r icultura . So b sse

    as

    pecto. e I a contraa ta nhida

    mente

    com a pecur ia

    bovi

    na de

    campo

    aberto. da qual

    se exige apenall a l gunll li.troa

    de lel te e a

    fra

    de trao.

    A e l l t a ~ ~ a o noturna d a li

    vacas

    dur-/lnte a i noites fr ias

    de

    inve

    rn o nem mesmo deu

    margem

    conlti tuio

    da

    estr

    u m e i r a

    entre

    e

    seB

    camponael ,

    ;i e,

    origem

    eu

    -

    ropia.

    A in t ensidade

    dessal

    pro

    due.s e a mincia das

    ma

    neiraa culturais variam. em

    funo inver la

    da

    extenso

    dali superfrciee pOlllurdaa,cl>

    mo o demonstra o diag rama

    n91.Quando pOlsui menoa

    de

    15

    hectare l ,como p r i n c i p a

    mente o caso no oeste, o co

    lono d i m i

    nu

    i as

    pa.tagenll

    natuTai le

    a i

    reserva I de

    fi

    ore l ta em

    p r o v e i

    to das

    culturas.

    Al

    guma

    l

    rotael

    podem

    a p a r e c e r

    e ntre as

    paltagens e OI campos cul

    t ivadol. Ao contrr io , na I

    exp lotaes com mai l de

    45

    heclarcs , a parc

    ela

    relativa

    das

    c u l t u r a s

    diminui com

    refer ' ;ncia

    p c c u r i a

    em

    campo natural .

    IIsea s is temal de cu l tu

    ra

    do

    a

    impreno

    de ainda

    no te r em atingido um esta

    do de po::

    rCeito

    equUr'b ri

    o.

    O

    co l ono

    associa

    aind.s

    11

    m

    todos

    policulturai

    ll eu ro p

    eus ,

    baseados n a intensidade do

    t rabalho humano,

    I

    tcni

    cas

    semi . extensivas

    adota .

    das localm en te . Entre elllal ,

    a i queimadall c a

    rotao

    e

    l

    ementar

    entre c.smpos

    cul

    t i

    vados e ex tenso . pousio . , .

    fraqueza dos melhoramento '

    e dali fert i l izacs, a rari_

    dade

    dali sc:leell de

    semen

    tes e a aus

    ncia

    d e

    luta

    s

    i .

    temt ia contra

    a e roso,l e _

    varam

    fatalmente a um

    es

    gota ment

    oc

    reacente

    dos

    8 0 -

    l os.

    De

    fato.

    notamos

    que o

    colono se apega tanto mai l a

    . eu l

    ote

    o r i g i n a l e aceita

    m a i ~ fcl lmente a

    d iv

    i.

    o

    quantomaill frtei s

    fa

    r emos

    10101.

    A

    comparao

    das

    fi -

    gu raI n9 2 e n':' J ,

    sob

    l8e

    aspecto. muito significativa:

    Ela mOltra

    'que

    a

    pa

    r t e n o

    roeste. onde

    as

    p e q u e n a l l

    propr iedades so mais

    nu

    merosa l

    ,

    corresponde

    a

    um

    1010 mui to frt i l

    do

    t

    ipo

    mul l

    eutrfico

    de

    fior e l t a

    sbre

    sub-

    solo

    baslt ico e sob flo

    re l ta tropica l. Ao

    contrr io

    ,

    o l

    e i t e

    e o sudeste do A lt o

    Uruguai, menos lavorecidOI

    por lIeulI

    lIolos

    (mull eutro

    lco sob cobertura de arau

    criall , o x i Bolos , li t

    olol

    oll

    com ped i s A- C) e com re

    lvos

    mai l

    acidentados, no

    proporcionam a

    melma

    e l

    tabilidade

    entre

    o . colonol .

    Ao contrr io dos campo

    nisea

    d a s

    antigas

    colniall

    .

    que frequentemente reduzi_

    ram a policul tura

    c l u i ca

    em prove ito de elpecializa

    el definidas e

    elltve is

    nas

    ex p

    l

    otaea

    geralmente

    ex

    guas ,

    OI

    colonol

    do

    Alto

    U

    ruguai parecem te r perma

    necidol a meio - caminho

    de

    um.a agricul tura

    europia do

    l culo XIX e da . tcn icas do

    agr icul tor bras i le iro

    tradi_

    cional q u e lIeUI aecedentel

    adotaram q ua n d o dOI pri-

  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    4/8

    Fg . 3

    Os gra ndes grupos de solos do Al

    to

    Urug uai (segundo uma pu

    bl ic

    a o da

    tl Di viso de Fomento

    do

    Trigo" da Se

    cr

    .da Ag

    ri

    cultura

    do

    RG S, 19 63) .

    Mull

    e u t r ~ p i o

    sob floresta tropica l

    C

    MuI e u t r ~ p i o sob flor

    esta

    misto

    9

    g

    , , .

    MuI

    eutropico

    sob floresta de

    ara

    uearlas

    Solos vermelhos ~ x

    i o s Je

    transio

    S8]

    Litosolos de per

    fi

    l A - C,

    meiros

    de sm a tamentos das

    l

    orelltall R i

    ogranden aes

    ,

    A casa r ura l do Alto

    Uru

    gua

    i ,

    i l

    ust

    r a

    perfe

    i

    t amente

    a

    si tuao atua l

    de u

    c o

    lo n

    i

    zao .

    d i v i d i d a

    c:n

    t te UIYl

    meio l oc a l muito instve l e

    velhos

    h b

    it

    os europeus . O

    materia

    l ma i s

    e m p r ~ g d o

    ainda a madeira .

    V.:

    lo8

    es

    t ra ta i de

    habitat

    I a

    O

    vis

    ve i "

    A

    casa in icia l do p io

    neiro

    const r uda ,bre

    es

    t acas

    e possui

    um

    teto

    de

    madeira.

    . E la

    se

    compe

    de

    uma ou de duas peas atual -

    mente uti

    li

    zadas como

    ce

    l e

    i-

    ros de milho

    . As e a ~ a s

    cons

    l ruidas

    e n t r e

    1925 e 1940

    ,

    maia ou

    menos,

    mo s t r am

    que naquela poca, a i nda, o

    em p

    r eendimento da. nacio

    nalidades de

    origem

    era vi -

    goroao. Ass im , a casa it a

    li a na com s ubso lo e

    s

    v

    zes com \U l andar , la.,; con

    t ra l te marcante

    com

    os p l a

    no

    s r

    e t a n gu

    l

    a r e s

    e

    a i

    varandal

    das

    casas

    alems

    t r reas

    . Geralmente , 1 1 e

    habita

    t. que o

    mais

    difun

    d i

    doatua

    l

    men

    t e ,

    apa

    r

    eee

    en

    velheeido e te m a neees8 i

    dade

    de reformas .ESl la , no

    so reali.,;adall

    seno

    local

    mente , per to

    das

    eidadell c

    nO,1 povoados .

    Ar

    se encon

    t ram

    tambm os rarOIl calloll

    d e

    habitao

    n o va

    qu

    e

    pe

    r

    deram o I es t i los naci onais

    em proveito d e uma p l

    anta

    maill prtica do que

    deno

    minado

    loca

    l

    mente ~ b u n g a

    10w .

    AI

    cons trues das e:o:

    pl otaes manifeatam,

    maia

    ainda

    do

    que

    as

    casas

    de

    mo

    -

    rad i a , tud&o

    que

    essa soeie

    dade

    ru r al pode ter de i n a

    cabada

    e de copiada .Nota - ae

    ar, em

    particular.

    uma

    no_

    tvel adaptao do nga l po

    l rpicodas

    es tnii\s gachas.

    8ai:o:a8 e eom telhados

    su a

    vemente inelinad09 , e s s a s

    eon5trues

    qu e

    , na Campa

    nha do Sul, se rvem de

    habi

    tat e de loca l de reunio pa

    ra

    os pees.

    de p r

    oteo

    pa

    r a os arre ios e de celei ro.

    so aqui.

    d

    vi.didas

    em t r ,

    partes ,

    servi

    ndo

    de

    pa i ol .

    de

    abrigo

    p a r a a

    ca r re ta

    e

    de

    estbu l o . l l t e ga l

    po

    construido

    de

    ma

    rl

    e i r a e

    mal

    eon l e rvado , enquanto

    que pa rOl o

    eriador gacho,

    h muito tempo

    objeto de

    construes

    rliHnitivas . En

    t re aa outras eonstruea. o

    eh iqueiro

    ae

    I i t ua ent r e o

    e r rego e a easa . Ainda

    que

    s ~ m p l e e_de or ien t ao s

    vezes

    er r onea , e a con a

    truo

    a

    n

    i ca a

    merec

    e r

    certos e u i

    d a do s

    . Chega a

    posaui r a

    g

    u a

    cor ren t

    e qu e

    pode e

    at

    a r

    aUlente

    da

    mo ra-

    d i

    a.

    C o n v i r ia natu r a lm en t e

    detalhar e s s a a dese r

    iell

    em Cuno dali

    etnia .

    de

    od -

    gem.No ta- ae , em particu l a r .

    que,

    e m c ertOIl mun i

    cr p

    io s

    de

    povoamento germn i co . a s

    marca

    de estab

    i lidade s o

    mais nt idas. E m oposio

    se s i t u am OI hab i

    tats

    dos

    deaeendentea d e o n ~ e s

    de i:o:ad05

    num

    trillte abando

    no .

    Os povoados

    e

    aI

    v

    i lae

    .

    por

    aua

    ve z , mos t

    ra

    m qu e

    eaaa

    soc

    i eda

    de

    r ura l

    ao u

    be

    15

  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    5/8

    ALTO

    URUGUAI

    c r ia r

    l

    ocnis

    de r eu n ie s

    ( i

    -

    grejas , clubes

    re

    c r ea t ivos) ,

    esc o la s , uma. i

    nfraestrutura

    c om

    erc ia

    l e le m e nta r e u m

    ar tesanato mu ito at ivo

    .

    Po i

    s,

    ao fina l de

    quarent

    a

    ou cinquen

    t a a

    nos

    d e

    cu lt i

    vo ,

    a co lon i zao do AI

    t

    0.

    Uru

    guai parece

    h a v e r

    at i ng ido

    um estado de

    senilid

    ade ,m_

    tes

    mesmo de te r

    l ido t em

    p

    a p a

    r a

    um

    a

    insta

    l

    a o rc

    _

    alm e nte de

    finit

    i v

    a.

    11. UMA SOC IEDA DE RURAL

    EM CRISE:

    De fa t

    o,

    a f r

    aq u eza

    do s

    lucros cam pes inos c o xodo

    rura l qu e

    afe tam

    o

    conjunt

    o

    do Alto

    U r

    ug u a i most ra m

    que e

    5

    t a r eg io es t

    atual

    mente em

    plena crise. A a

    nlise de

    ssas

    manilestaes

    nos

    perm

    i t i r . t a

    lv

    oz. c a ra c _

    t e r i za rm a is exatamente el l

    l a 60ciedade

    rura

    l .

    A l

    guns re

    l

    atr i0

    8

    adm

    i

    n i s t ra t i vos _ m

    uit

    o eleme n_

    ta res - do s q u a i s

    pudemos

    disprmost ram

    os pequenos

    r

    en dimento l da

    t e

    r

    r a

    nas

    exp

    lo

    ta es a t

    u a

    is

    da re

    g

    io.

    No in

    rc i o

    de

    1965 , a s

    rendas

    anua

    i s

    variavam

    de 2.200

    a

    3.650 t rancas

    par

    a

    os

    es ta

    b e l e ciment

    os

    d e a

    pr

    oxima

    damen

    t e

    20 ha

    .

    Relac ionada

    s

    l

    u p e r C r c i e

    ef

    e

    t ivamen

    _

    te

    c

    ul

    t i va

    da

    , essas

    margens

    apr

    es

    entavam um mrnimo

    de

    lZ5franco s e

    um mximo

    de

    235

    f r a n c o

    s

    por

    h

    ec tare

    e

    por

    ano. No

    de

    t

    alh

    e ,

    as ex

    plo taes

    m e

    nore s , in{e r

    io

    res

    a

    10

    hectares ,

    t m maior

    rend im en t o p o r

    ~ i d d e

    de

    super f

    c i

    e . Ao c o' ; t r r i

    o,

    a l m de

    30

    a 35 he '/: .tares,

    os

    rend

    i

    mentos por

    unidade

    de

    superf

    cie

    estac

    i ona m

    ou di

    minuem

    p

    a ra

    atin g i r va lores

    muito b a i x o s

    aci m a

    de

    50

    hecta r

    es

    . s s e s

    dados

    no

    fazem

    seno

    t raduzir

    o

    ca_

    r

    ter

    cada

    vez

    mais

    exten

    s i

    vo dos

    s i

    s tem a

    s d e c u l

    tivo

    me

    di da que

    aumenta

    o

    ta

    manho das

    e

    xpIotaes

    .

    Consideradas

    sob

    o

    n

    gu _

    lo da rcmuneraao do

    t raba

    lho,

    essas

    exp

    l

    otaesso

    "tamb m p o u c o lu c

    ra

    tivas .

    Est imou-se qu

    e o

    t rabalha

    do r rura l ga nha

    ap ena

    s 49%

    do s a lrio m f n i m o

    onc ia l,

    le

    mC l lmo

    j

    mu

    it

    o

    baix

    o .

    Um r

    ece nte es

    tudo

    econml

    co l) most ro

    u,

    en tr etanto

    ,

    que lo mno

    de

    obra

    familiar

    estav

    a

    em

    pa r te su b -

    ocupa

    da na

    ma

    ioria

    das

    expio

    ta

    _

    O

    c

    lc

    ul o

    ,

    que consis

    _

    te

    em su btrair a i unidades

    tr ab

    a l

    hado re

    s

    realmente ne

    ce ss r ia s da s unidad e i de

    trabalhadores

    dillponr

    veis fz ressa l ta r

    ma

    r

    gens

    de su b

    -

    oc up a o an u

    a l

    var i

    and

    o

    de

    1,

    9 a 1,1

    U.

    T. nas

    prop

    ri

    edades

    de 5

    a 4 0

    hec

    ta r es. sses dados no fa

    zem

    seno

    traduzir

    a

    m

    uti l izao

    do t ra balho

    duran

    te

    o

    inverno

    , p

    oca

    na qua l

    os

    t r

    abalhos dos eampos so

    reduzidos. t cer to que

    o

    co

    lono poderia

    di

    mi nuir

    e s s a

    sub

    _

    ocupao

    genera l izan do

    os cult ivos de in ve rno. N o s

    absteremos .

    entretanto

    ,

    de

    co

    n

    si d

    e

    ra r ellsa m

    util i

    za

    o

    do traba lho

    como

    um

    ma

    l

    fundamenta

    l d a c x p l o t a

    o co

    loni

    al. Com efeito,

    a

    f r ieza es tatrst i

    ca parec e

    ha

    ve r

    esque cido

    que o " re po u

    SO

    h

    h i b e r n a I

    do colono

    muito

    r e

    l a

    t i vo.

    Alm dos

    cuidados que

    le

    continu

    a a

    dispensar aos a n i m a i

    s , o

    camponlJ

    aprove

    it

    a

    0l

    d

    ias

    frios

    pa r a

    m e

    l ho r a r

    os

    ca

    minhos,

    abr

    i r novos

    camp os

    e

    ef

    etuar algun

    s

    reparoe

    nos

    prdios

    da c x p I o t a o.

    Os

    prpr ios c lcul

    os

    de

    bi

    li da d

    e s o

    inspi rados em

    c

    r i t r ios que pa

    r

    ecem bem

    pouco adaptados a

    e s t a

    so

    -

    1) Jos

    l tamar io s:

    "Util

    i

    zao

    da

    mo

    de obra e

    n veis de r

    en

    da

    em pe

    quenas

    propr iedades ru

    -

    rais _ Sa nta Rosa , RG S"n

    1965flnst i tuto de E

    stu"dos

    e Pe .qui sa s Econmic

    as

    da Faculdade de Cincias

    Econm

    i

    cas da Univer s i

    dade do

    Rio

    Grande do

    S1,I

    1.

    ciedad

    e

    rura

    l

    lubtrop

    i

    cal. t

    bastant e razo v

    el, em

    pa r -

    t i

    cu

    la r ,

    ap

    l ica r o p r i n c p i o

    das

    3 .0

    00

    horas

    de

    t rabalho

    por an o ao agricultor do Al

    to U r u g u a i ? Z. 700 a 2.500

    hora", no :, parecer iam

    mui t

    o

    mais rea l is tas . Permanece

    entretanto que. por fnais

    fr a

    ca

    que

    e la talvez p a

    r e a

    pr imeira v

    ista

    ,

    essa sub

    - o

    cupao

    do tra

    b a l

    ho rea l.

    Ao contrr io .

    um fator

    de produo:

    o capital .

    que,

    po r f r a c o

    que

    seja, no

    despro

    vi d

    o de

    rentabil idade

    .

    como

    o p

    r

    o v

    a

    a rd a

    o

    do

    produto anual ao ativo.

    P a r a

    as

    exp

    l

    otaes compreendi

    das

    e ntre 20 e

    30

    hectares ,

    ela var ia

    efet ivamente de 49

    a i 55'J1. dando uma mdia bem

    ace

    it ve

    l

    de

    9 1%.

    Co

    m

    sse

    va lo r ,

    os

    verdadeiros

    ob

    jeti

    v

    os

    do

    co

    l

    ono se

    deCinem : se

    t r

    ata

    , p a r a l

    e, de obte

    r a

    mxima p r o d

    u o

    poss r

    _

    ve l nos

    prazos

    mai s c urtos

    e

    com

    o

    mnimo

    po ssrv

    el de

    di

    nh e

    i

    ro.

    A s e vo l u

    e s

    a

    lo n go p r a z o e sem

    rendi

    m

    ento

    im ed

    ia t

    o no o

    inte

    r

    es

    sam

    . A

    ori entao

    qu e le d

    aos e s c a s s o

    s

    be n

    eC

    rcios

    mu

    i to s i

    gn iCi

    ca

    tiva sob

    ; s se

    aspecto. Se

    desejarmos es _

    ta b

    e l

    ecer uma ordem prefe

    _

    r

    encial de invest imentos

    do

    c o lono ,

    encontr a re mos

    , em

    19

    lu

    g

    a r

    , a

    com

    pra de novas

    t

    e r ra

    s

    de flores

    t

    as no

    R i o

    Grande

    do Sul

    ou

    . mais fre

    q

    en

    temente, e m

    Santa

    Cata

    r inae Pa : ra n ; em

    seg

    undo

    lu gar

    ,

    l

    '

    co

    mpra a crdito d e

    um

    aut

    o

    mve

    l; e m terc

    eiro

    luga

    r , o

    elTlprstimo

    a j

    uros.

    Viriam

    em

    seg uida

    a l g

    umas

    melhor ias

    fei tas

    no

    habitat

    e

    em

    ~ e r t P f d da ex

    p lo u.

    ao

    ,

    como

    o

    chiqueiro.

    Nenhuma i luso permit ida

    s ob s s e

    aspecto:

    t ra ta -

    se

    de lnvestilTlentos

    que

    visam

    p

    ouco UIlla m elhor i

    a da

    ex

    plota o

    .

    O

    t rabalho

    e

    os invest i

    _

    mentos dos

    colono

    do Alto

    Uruguai parecem'pois

    lim i_

    tados

    pela.

    noo fundamen

    ta

    l

    da rentabil idade

    imedia

    ta

    .

    Alm

    d i i e li m it e ele

    rea l iza

    l

    o u c a s

    me

    l

    hor

    i

    as.

    Pressionado por necess

    id a

    de s m a te r i a i ,

    pelo

    e ig

    ota

    menta dos

    so l

    os ou

    a

    falta de

    t e r ra s

    ,

    le pa

    r

    te

    para

    as

    c

    i-

    dades

    ou.

    m a i s

    frequente

    me

    nte ,

    par

    a

    o u t r

    a s te r

    ra

    s

    de flor

    esta .

    Ao t l lmpo

    em

    que da

    me tade dos municrp

    i

    os do

    Alto

    U r u g u a i

    ti nha. em

    1960

    ,

    u m a

    popula

    o

    rural

    infer ior quela qu

    e

    se

    pode

    r i

    a e ip c r a r

    de

    sc

    u

    c rc sc i

    menta natura

    l d

    esde

    1

    95 0

    , a

    populao

    urban a da regio ,

    ao cont r

    rio

    ,

    io

    i acrescida

    em

    m a

    i s de 350"10

    en tr

    e

    os

    do

    is

    lti

    mos

    recenseamen

    tos. Esta ev o

    lu o foi

    mais

    sensvel nos centros de co

    lo n

    i

    zao secund rios q u e

    ,

    de

    s i

    mples

    p o v o a d o s

    em

    19

    50

    t ransformaram

    -

    se em

    c

    idadcs com mais de

    3.

    000

    habitante. 10 an09

    mais

    ta r

    de

    (

    T re

    s

    Passos

    ,

    F re d

    e r i c o

    Westphalen,

    T r ; s d e

    Maio.

    Tencnto

    Porteia) . Dois cen

    t ros de coloni:l;ao pr i

    nci

    paill .

    Santa

    R o s a e E r

    ex i

    m ,

    abrigam atualmente maie de

    12 .5 00

    e Z5.

    000 habitante.

    em bora n o f s a e m lIen30

    -g

    ran

    des vi.las

    n

    em

    195 0 . Os

    novos citadinos se

    tornaram

    artescs ,

    come rciantes

    e o

    p e

    rr i os

    de Cbricas

    ou

    d e

    c mpr sas

    de t r

    a

    nlp

    o r tes .

    Uma outra forma de xo

    do rura l,

    i

    nfe li

    zm

    e

    nte

    igno

    rada dai esta t . s t

    i ca.s

    .se

    manifesta

    p e l a

    9 m i

    graclJ

    macias de

    co

    lonos p a

    ra

    a8

    te

    r

    ras

    de f loresta do o e s t e

    de Santa

    Catar ina , do

    Pa

    r a_

    n e m e l m o do Mat o G r osso .

    s

    te

    xodo

    to anti

    go

    como

    a c

    ol onizao do

    A l t o

    U ru

    g

    uai.

    1

    e foi i

    niciado pelos

    elementos

    b r

    as i l

    ei

    ros

    q u c

    pa

    r

    t iam aps

    t e

    rem cortado

    e

    vendido a madei r a de seus

    l o

    tes

    do Rio Grande do

    S

    ul

    Verdadelros

    co

    l

    onos desejo

    sos

    de

    cultivar

    as

    t e

    r r a

    s

    de

    lo res taa indavi r

    ge ns os ae

    gu i r

    a

    m . s o les

    .

    f requ

    e n

    te

    me

    n te ,

    jovens

    casa

    i s

    qu

    e

    par tem para s e insta la r .

    bre as t c r r a s qu e

    os pais

    adquiri

    r

    am h

    v r i o

    s anos

    de e m p r e s a s

    pr

    i va da s d e

    co

    l

    on

    i

    zao de Santa Cata r i

    _

    na e do

    Paran

    . Sua pa r tida

    nem li

    e m p r e era

    preced i da

    da vend

    a

    dos a n t

    i

    g o s

    l

    ote

    que continuam

    a abrigar a

    fa m

    il

    ia

    composta pe l

    os pais

    e , s vezel , de

    um

    filho ca-

  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    6/8

    """do.

    MfI

    exist"n1.

    I;

    ....

    nbo;nl

    ,

    numerosos casos

    de

    f amnias

    i n t e ir s que abandonam o

    Rio

    G r

    ande

    do Sul

    l lnpubio _

    nadas por uma

    fra

    qu e no

    provm

    1I011umte

    da

    n1isrto. .

    A t 1964,

    com

    efeito. as ter

    ra8 virgens do oeste de

    San

    ta Catarina e do Paran

    va

    l iam Z a 4

    v z e s ="0011 do

    que

    aque

    l

    as

    do Rio G r a

    f i

    d e

    do

    Sul. Em lugar de perma

    n

    ecer

    b r f : seu" lote s de

    terrl ' l .

    ".gota.dall que

    QII te_

    r iam obrig

    a do a

    invel l

    ti m e n _

    to.

    de vulto mu

    i

    to

    dOIl

    co

    lo

    nos

    do Alto Urug u

    ai

    achara m

    maill

    lg ico adotar a

    soluo

    bra oUe

    ira

    por exce1';ncia: a

    m i grao

    para

    out1'alll t"1'1'a

    virgens

    e bara tas . De

    100

    a

    400 famlias partem. ass im ,

    anualmente . de cada munic

    pio

    da

    re

    g io.

    procura das

    "t

    erral novas" , forneced o _

    ra s de a I

    t

    o 11

    rendimentos

    ,

    de.de 1958

    ap

    ro x

    i madamen-

    .

    Segundo a

    p r o x i m

    i

    da

    -

    d e

    geogrfica

    . dessas te r ras

    e a

    d i r e o

    tomada pelos

    primeiros e m i g r a n t e l l

    ,

    le

    e s t

    abel ecer am

    v e r d a d e i _

    ras

    correntes d e

    zn

    i

    grao

    in ter _

    f lorestalll

    . Os lTIuni cC

    pios ocidentais do Alto

    Uru

    guai perde m ass im

    sua po_

    pulao em

    proveito do Pa

    ran (munic(pios de

    Rondon,

    To

    ledo . Foz do

    Igua.

    No

    va Sa nta

    ROI a ) ;

    o

    oel te

    e o

    centro

    de

    Santa

    Cata

    r

    ina. ao

    cont

    rr io . continuam a

    at ra i r

    os

    co lonos

    de Erexi ln

    e

    dos

    munic(piol

    vizinhos

    .

    011

    dell

    l ocamentos s o fe i

    to

    s prin

    cipalmen te

    em

    c a m i n h o,

    ap. a .

    co

    lhei tas

    de

    f im de

    vero.

    D u r a n t e

    o

    in verno

    que se segue

    sua

    chegada,

    os

    c olo nos e f

    etu am

    lS pri

    m e i r OI

    desmatamen(oll .

    L

    t ipos

    e

    lI

    i s t

    emas

    de \

    ul tur

    a

    l ao exatamen

    t e

    OI

    l l lelmOI

    que OI do Alto Ur

    uguai

    . No

    conhecemol lIen

    o a l

    gumas

    t

    en tativa

    I ,

    nem

    s e

    mpre co

    r Oa d a s

    de

    lIuceaso. para a

    cu

    l tura do

    ca

    .

    H

    v

    r i

    o l

    meses

    ,

    elll l

    mii raes diminuem

    de

    in

    tenl1dac\e. A

    ra:to

    lIIimples

    :

    um hectare

    de

    t e r ra boa va

    _

    l e,

    atualmente,

    de

    ISO. 000

    a

    Zoo.

    000 / ,.

    )

    cru:teiroll

    no

    Pa

    -

    ran ou

    em

    Santa

    Catarina

    Nu Riu

    G r a n d e

    do Sul. d e

    ZOO . OOO a

    30

    0 .

    000

    (0)

    cru

    r 0 8 .

    A

    s

    t e

    aumento

    do

    pro dali t e r ras

    , um a outra

    r a . ~ o

    Stl

    uniu

    para l o

    rna.

    r

    m ai

    s l e n t a s as par ti

    das:

    o

    saco de mi. lho se vende

    a

    1

    .500 C ) cruzeiros nOIl CI I -

    t a

    doll

    i o

    no

    r te

    cont

    r a

    6.000

    c ru r.ciro5 no Rio Grllnd e

    do

    Sul. A

    produo do

    oeste

    do Para

    n e

    de Santa Cata

    r ina

    tende a

    lIer

    vendida. a

    gora

    ,

    no Rio Grande do

    Su

    l.

    E H 11

    a

    11 cont racorrentes co

    merciai l l

    ,

    norte

    _

    lIul

    ,

    no fa-

    7.em seno

    p receder de a l

    Iluni JC;liel 011 primeiro s

    r e tornol de colonos para OI

    antigos

    l o

    t

    e

    $

    gachos.

    As

    s i m . ali

    vagas de entusias

    mo

    in

    ic

    i

    a i s

    d

    im inuem

    a o

    passo

    que a desorganil:ao

    oua

    millria c r e s c e m

    nas

    {amnial c

    ampons as

    do AL

    to Uruguai: em suma

    a

    c ri

    se deasa S o c i e d a d e rural

    promete in

    gress

    a r numa ver

    dadeira fa

    11 e

    de paroxillmo

    no

    decurso

    dos prxi

    m

    os

    a

    nOI .

    IlI. O

    PSO DE

    4M ISOLA

    MENTO

    As dificuldades atua

    i s

    dO

    I

    camponses

    do Alt

    o

    Uruguai

    apa

    r

    ecem

    .

    ento

    ,

    li

    gadal . a

    dois problemas u n d amcnR

    tais . O primeiro se relacio

    n a a o p

    r p r i o

    princ(pi

    da

    c o l o n i z a o . que foi in

    tegra

    lmen

    te

    r e s p e i t a d o :

    aqule que

    cons

    i s tiu e m

    dis

    tr i

    buir l o t e s de Z5 h a I

    mente

    a

    famniall

    coloniais

    comprovadamente

    p r o l ( f i _

    cas o

    :

    cer to

    que essas con

    cessel

    no foram suficien

    tes para fixar

    os

    de sceden

    tes dos pioneiroll. O

    resu l ta

    do

    foi a partida dOIl

    jovens.

    O xodo

    de uma par te da po

    p ulao a t i

    va

    lIe

    de

    s

    em p

    e

    nhou o

    pa-pel

    de vlvul a

    de

    s

    egu ra na, po uc

    o

    Cacilitou,

    ent

    r

    etan

    to , a reconverso e

    a mode

    r n i zao

    daI exp

    l

    ota

    es agr(co

    l

    as deixadas

    aO I

    cuidado I de

    c a m p o n s e s

    idolOs

    e

    em par te

    analfabe

    tos.

    A

    1

    m

    do

    mais

    , a

    forle

    d ec

    l i v i d a d e dai verten

    te l

    cult ivadas

    j u n t o

    ao

    d o

    (_ . ) As cifras referentes oCr$de

    ve

    m

    ser

    redu:tidos o seu valor 9 -

    tuo l , com o wpress o dos Ires ul

    t

    imos

    a lgarismos.

    Uru

    g

    uai conll t i tui um

    s

    rio

    obstcu l o mecan i

    zao.

    V i 5 ta dssc

    n g u l

    o . a

    qu

    es to ser i a das maill dl l

    S1

    CI I

    S e "e

    ri'"amos

    t e n ta d o s

  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    7/8

    LTO

    URUGU I

    voados.

    po

    cxcel

    e

    ncia

    o

    grande

    paras i ta dessa

    socie

    daue rura l isolada Com

    e leIto do leu es tabelecimen

    to

    dependem

    unes

    to

    va

    r iadas c o m o lucrat ivas de

    entreps to. de

    t ran8porte,

    de

    venda

    de

    produo.

    d e

    m er

    c e aria por atacado. de bar

    .

    A

    sse comerciante ,

    o colo_

    no

    compra 0 6

    a r t i g o s

    de

    men:;earia,

    as

    sement

    e

    s,

    as

    ferramental

    que

    pa g a r ...

    aps

    a

    colheita

    . C o m o ga_

    rant ia l e 381ina 08 Carnosos

    es pcie de bnu

    s

    emItidos b r e o valor da

    colheita, os quais .o ven

    didos p e lo

    prpri

    o comer

    ciante. No

    momento do acr

    to

    de

    contas

    adivinha

    -

    se

    ra

    ci lmente que

    as

    v e n d a s do

    colono. agravadas

    pelo

    im

    P08tO e

    p e l o

    t ran spol 't

    . . n ; n

    pesam

    muito

    '

    fa c

    e s com

    pras anuaI

    s que o comerci

    an t

    e ,

    freq

    e

    ntement

    e .

    tomou

    c uidado

    de

    awnentar . . . A o

    ri g

    em

    do"

    lugarejo

    " e povoa

    do"

    ta m

    bm muito ins tru

    tiva quanto ao

    papel do comer.

    ciante no

    se io dell"a

    "

    oc

    i e

    da

    de

    rura l . Ape"a r de que

    im a

    ginemoll

    candidamente

    ter s)..

    do a ig re ja,a e "

    cola

    ou o clube

    dominica

    l que prec e de ram o

    agrupamento , a

    hi

    s tria'

    de

    vrios

    d

    ""ell agrupamentos

    nOI convenceram , ao contr

    rio , que o c o m e r c i a n t e

    quem e I t freqtl.entemente

    na

    or

    i

    gem

    doa

    m

    e"n,u

    ..

    tucio"o , le p o s s i b i l i t a a

    cons truo de wna i g reja ou

    deiuna esco laalgun"

    exem_

    plos no"

    mostra ram 'que le l

    chega r am at a conltl 'uir

    um

    dlllell estabelech-1entos.

    Em escala maior , as "0-

    ciedadea annima l insta l a

    das

    nas cidades

    coloniais ou

    vizinhaa d a a colnia s co

    mandam as

    grandel

    a lavan

    ca" da evoluo da "ocieda_

    de ru ra l. No

    contamos

    le

    Ilo u m a cooperat iva entre

    O.

    nove

    frig

    o

    r(fic

    o .

    ex

    i

    l ten

    _

    te l

    no Alto

    Uruguai.

    n e a

    e l tabelecimento" . o inata

    lados

    quando

    a r

    d e .de

    e l

    -

    18

    t radas

    perm ite

    e a

    cria ao

    de

    porcos

    es

    t pr t

    ic a

    mcnte

    sob sua dependenc

    ia

    . Ocor r e

    o mcsmo

    para

    a" se is usinas

    de

    refinamento de oleagino

    s

    as

    c u

    j a

    concentrao

    no

    Oeste

    ex p

    l ica

    dir

    e

    ta

    ment

    e a

    a

    repartio geog

    rfic a

    da

    cultura do

    soja.

    Ao cont r

    rio

    do comerciante, s e "

    t stabele

    cime

    nto s dcscmpe

    n h a m , incontestvelmente ,

    um papel posit i

    vo

    no se i o da

    sociedace rura l intr o duzindo

    no vo s

    r r t o d o ~ de

    cultur a e

    oferecendo aos co lonos aj

    u

    da tcnica

    e, s v

    z e s ,

    fi

    -

    nanceira. Mas

    e l ta

    medalha

    t em u m reverso : o

    campon s

    deve

    destina

    r a totalidade de

    sua produo usina e re

    embolsa

    r a s

    ajudas

    quan

    do

    dos

    a c r t o s do fi m da c o

    lhei ta . A. t ambm a m ar gem

    de

    discusso

    que lhe

    of e

    recida das m a i s redu z id a l .

    Maa lo

    is

    o l

    amento

    do co

    lono no som ente geogr

    fico

    e come

    rcial .

    l

    e

    e

    xi ste

    t a m b m

    nas

    m ent

    ali

    da del

    que permaneceram

    s imult

    neamente i n d i v id u a l i s

    tall e tingidas , de um nacio

    nali . mo l o n g

    l.

    n q

    ti.

    o mui.

    to

    surpre en

    dente . "so b

    n e

    l

    t imopon to de

    vista

    a c o l o n i ~

    zao

    oficia

    l

    n o

    '

    conBeguiu

    disp

    e r s

    a r a s

    colo

    nos de

    o r i ~

    g

    em

    estrange i ra a

    fim de

    e

    vitar uzn enquistamento cu

    jas

    g r a v e s consequncia s

    conhece

    mos

    no

    inc

    i o

    d. te

    sculo. A instalao do" n o

    vos

    pioneiros

    foi

    feita, ef e

    t ivamente, por g

    r u p o

    a, no

    dia a dia, em l

    otei

    delimita

    dali

    s prellsas .

    Como

    s . e s

    g

    rupo

    s se

    a p r

    e a e n t a v a m

    aempr e compoatos por

    menta .

    li ngu

    l

    s t

    i.cam ente ho

    mogneoa , a

    colonizao

    re

    constituiu

    ncleos de

    origens

    ital iana, alem,

    polonsa

    ou

    brasi le ira . E n

    quanto

    se

    lt imos, excelentes

    criad o

    re s ma . lo frv eil

    agr icul to

    .

    res

    , p e r ic l i tavam

    ou part

    i am

    aps

    ha

    ve r e x p l o t a d o s

    me

    nt

    e

    a . madeiras de

    . u a .

    t e r ra . ,

    os

    outro l Be i lo la

    va m

    o

    Quando os

    i

    m ig

    r a n t e

    m ais re c e n t

    e

    de

    o ri

    g e m

    e s trang

    eira

    j untararn-s e-lhe a.

    t r a t a v a ~ s o b r e t u d o de

    na

    o - rurai s (operr ios de

    u l i

    na

    ,

    funcion

    r ios)

    i

    nc

    ap a

    zcsde

    acrescentar oq

    ue

    q uer que CI s e de novo s

    pr t icas cul tura

    is

    tra di

    cio

    na i s .

    Nes :iae condies

    , no

    restava, a e s s a sociedade

    ru

    r a l i s o l a d a e

    se

    p a rada,

    ,eno u m a p o u ibilidade de

    evoluo: aq ue la que

    limita_

    va n>'l imi tao dou e

    xemplos d e prog r essos

    que

    po d ia con seguir . O d r a m a

    era

    que os

    bons

    ex

    e m p

    lo s

    no

    abundavam muito e que

    no eram

    sempre seguidos.

    A massa

    da so ciedad

    e

    rural

    se

    encontra atua lmen te en

    t re dois ti pos de l

    d

    eres , dos

    qu a

    is

    no

    lIoube concil iar 011

    en s

    inamento

    s w n

    pouc

    o con

    traditrioll.

    Existe

    pr imei

    ramente

    , o lideI: colono que

    enl ina

    a prud

    ncia, perptua

    o mito da f l o

    r e

    s t a e

    d

    o

    e x e m p lo da intensi da de do

    t rabalho humano nas ex pIo

    taes de peq ueno po r t e. le

    l .. l

    vez po ssa

    e s

    ta

    r na

    or i

    ge m

    da

    introdu o de novas

    culturas,

    como

    Cai o caso do

    lIoja.

    Entretanto,

    se

    OI

    tipos

    de cultura

    pude

    ram . e en

    r i -

    quecer

    e

    xp

    ontneamente

    no

    seio

    da

    sociedade r u r a I , o

    mesmo

    n o

    aconteceu com

    a s

    tcnicas,

    q u e p e r m a n

    ceram

    antiquadas

    . Essa l

    ti m a insufi cinci a d e v e -

    se

    cer tamen t

    e, ao

    desejo de in

    vest i r

    o me

    nos

    po ssve l na

    explota

    o . M a s e

    la

    se

    pUca taljT bm por uzna a

    t i tu

    de de

    recu

    sa ou de

    desconfi

    ana oposta ao se gundo tipo

    d e

    l ider:

    o e ngenheiro ag

    r

    nomo

    e o ve te r inr io

    q ue

    ,

    dele gados junto ao c o l ono

    pe l

    os

    r g o . love rnamen

    tai l , lh e pare

    ce

    muito f

    re

    qentemente

    como os repre

    sentantes d o uma sociedade

    ga cha tradicional e, so b sse

    aspecto , um p o

    uco

    estrange i

    rOI e vagamente ho s t l .

    Eis

    ai

    uma atitude

    not

    vel e

    qu

    e uzna o b e rv a

    o l u p e

    r U

    c

    i a l ,

    aparen

    temente

    confirmada

    pela

    t e

    naeldade do.

    di

    a l e t o s no

    portugu.e l ,

    atribuir

    c i t ~

    m e

    nt

    e a

    uzn

    n a c i o n a

    l

    is-

    mo so b revivente a

    t

    r s ou

    quatro

    ge ra

    p.

    .

    EI",>'I

    de s

    _

    confiana

    , que no

    m e n ~

    te camp

    on

    esa.

    n a o

    reflete,

    em verdade, wna h o sti l i

    da

    de , mas antes

    um ce

    rto se n

    t imcntode

    i n C e r i o r id a d e

    e m

    eam

    o de o

    p rcssno

    do c o

    l ono fr e n

    to

    ao

    m e io g a ~ c h o

    t radici

    o

    nal.

    Dev

    e s

    e r

    co m

    preendido

    , e f e t i v a m e n t e ,

    qu e,

    pa r a o colon o , o gacho

    o g r ande p r o p ' l ' i e t r i o

    c r i a d

    o r que

    manifesta

    um

    ce rto d

    es

    przo para com os

    co

    lonos . ates tambm fo

    ram w n

    p o u c o pe

    r s e gui dos

    durante a lt ima gu e r ra mun

    dia l. P a

    1 >'1

    n08 1l

    prop

    . it

    o.

    importa

    menos jul

    ga

    r e8sas

    atitude. do que f r i s _a r as

    deplorv e iS

    conlequencias :

    o

    colono,

    ou se recusa a se

    guir

    os

    conselhol vindos do

    exte

    r ior

    ou.

    m

    elhor

    ,

    t e n ta

    g ross e ira l

    aplicaes

    do s

    ens i na m entos mal

    assimila

    dos por

    Ca

    lta

    de

    co

    ntatos

    ou

    de confiana.

    Torna -

    Ie

    nec e ssr io , fi

    nalmente,

    para

    provar defi

    nitivamente

    o p a p e 1 funda.

    menta l do isolamento , obser

    va r a q u e sucedeu socie

    dade

    colonial

    ao r e d o r das

    cidades

    Que conheceram o

    g ra n

    de

    c r

    es

    ciment o d e po

    pu la o

    desc

    r i to m a

    i

    s

    aci

    ma . Em par t icular , as dual

    cidades

    de

    Santa

    R o s a e

    de

    E rexim e o n s t i t u e m a t u a ~

    mente, nas

    duas extrem

    i

    da

    des da

    regio,

    remarcveis

    po lo s d e c rescimento . As fa

    ci

    lidad

    es

    de comunicao

    e

    o contato com o campo rom

    peram , prec i samente a, o

    isolamento em

    todo

    s os s eus

    aspec

    tos.

    Nwn

    r a

    i

    de a l

    guns

    quilmetros

    ao

    r e d o r

    das aglomeraes urbana l ,

    aparecem

    m u d a n a ~

    lensr

    veis

    no meio ru r a

    l.

    A e xtre

    ma

    diviso

    das propriedad o s

    compensada

    pela

    es

    peci

    a

    l\za

    odas

    produes

    (l e

    gu

    mes,

    frutas. lei te) e das tc

    nicas

    cultu ra is nas

    quaia a .

    noes

    de a f o l h a m ~ n t o e

    de

    r otaoac

    c o n h

    e c i d a s e

    prat icadas . Nsse me io ,

    doi.

    o r ganismos

    oficiai

    I de

    c r

    dito e de an i t nc ia r u r a t

    (2)

    substituiram

    o autofinan

    ciamento trad i

    cional

    e o

    ap o

    ia do .

    por wna populao

    jovem e alfabetizada. A

    r

    de de

    intermedirioa foi

    em

  • 7/23/2019 Roymond Pbayle - Geografia Rural Das Novas Colnias Do Alto Uruguai (Rio Grande Do Sul)

    8/8

    partu

    rompida pe

    l a o r

    ga n

    i

    zao

    de

    93

    cooperat ivas

    a

    g d co lu

    (fig

    . 4) .

    Mas, so b retudo , U n m e-

    lhor conhecimen to dos m er _

    cados , d as novas t c nica s de

    produo e d a s fac i lidad

    es

    de

    crdito

    of e re c i das p e lo

    Banco do Brasi l

    con

    du

    z i ram

    a.

    no va s formas d e migra

    ... ;c s , cu

    j

    ' im por t ;ncia foi

    m uiloma l a p r e e n d i

    da

    at

    nqui.

    T

    r/ltn

    . sc:,

    c:om efeHo,

    de wn verdadeiro i nrcio d e

    invaso

    do

    Mcamp o pelo

    an

    H

    goc

    olono que

    se

    t

    orno

    u

    um

    gran jei r

    o ,

    i. e

    W1l

    fazen

    d eiro de g randes expl ota

    e

    s

    de tr igo e de soja

    sbre

    a s

    t e r ras alugadas

    aos

    c r i

    ad o

    re s . E u a conqu i

    s ta

    foi

    in i

    c i c.da em

    1

    94 7

    ,

    quando o go _

    v':;rno

    fe d

    e ra l dc:cidi u fi

    nan

    .

    c i ..

    rlt

    r"'p b .rn nt" a c u l

    t u r

    a

    uu

    t r l l junuR l o G r a n d o do

    Sul. Em 19 55, um a .,

    sp':;ci

    de fr ente pione i ra agrcol a

    exi s tia e opunha o

    t ra

    di c i o

    nalc:

    r iador g

    acho aos

    c o l o

    n os p l a n t a d o r

    e s

    de o r i

    ge

    m

    estrange

    i

    ra

    , a l

    em

    es

    , e

    i tal iano s sobretudo . A t ua 1-

    mente , os m u n i c r p i o s de

    campo vizinhos

    reg

    i o co

    l

    onia

    l consag ram m a i s de

    132.000

    hectares

    g r

    a n d e

    Fig, 4

    o'

    ,

    o SANTA

    RQSA

    00

    @

    cul tura m ec anizada

    P) . D s

    te tota

    l, 95

    . 000

    hectar

    es es

    to e m mos de ant i

    gos

    c 0 -

    o n o ~ Todoll Sll e s

    co

    l onos

    passaram, de vr i.all manei_

    r all , pela

    cidad

    e.

    2 ) A

    ASCAR

    ou AIIs ociao

    Su

    l ina d e Crd i

    to

    e

    As

    s is tncia

    Rural

    e o Ba n-

    codo

    B r

    as

    i l

    {Se o Agr

    cola).

    (3)

    Es . a s cifra s referem - se

    aomente s e,,;pl otaes

    de campo

    c om m a is de 3 5

    IHl clarei j .

    Nell la opo rtuni

    dade

    l e li

    puderam romper seu ia o l

    a

    m e

    n t o . a b a n d o n a r o

    velh

    o

    m

    ito da

    fl

    ores ta

    e

    enfrentar

    nao aem su

    cesso, mas

    aem

    nenhuma

    v i olncia , o prinl e i

    ro

    o

    cupa

    n

    te

    , o cr iador

    ga-

    cho.

    Finalmente

    , a re gi o

    do

    AHo

    Uruglu.a i

    se

    e n co n t r a

    a-

    t

    ualmeuterla

    B i t u a

    o

    da .

    ve

    lh as

    colonias no

    incio

    do

    s

    c u

    l o . Nal'J.uela

    ':;poca.

    o

    lol amento da m a i o r i a do a

    campons

    es s e t r

    aduz

    i a tam

    b m

    pelos m e s m o l l e r

    r

    os,

    pe l a s

    c r i lles d e

    r endimen t o e po'"" m igraes

    s

    imUarel l

    para

    as

    cidade

    ..

    ou pa r a o u t r a s t e r r a . de

    no r

    ellta

    , prec isamen te 3.l'J.ue

    la

    s d o Alto Urugua i. e . ta m

    b ::

    m. de Sa

    n la

    Cata

    r i na.Ma s ,

    nessa poca tambm, ex is

    t ia urna

    a b e r

    t u r a para o

    campo para

    aqu les que

    t i -

    nham a oportunidade de

    pas

    s a r pe l a cidade e

    a r apren

    der

    que as te r ra8 de campo

    se

    pres tavam, elas tambm ,

    s cult

    ur

    as

    c,

    empa.

    r ticu l a r,

    orizic

    ultura

    i r r igada. E

    sta

    ltima at

    i

    vidade

    d e v e , em

    par te ,

    lua g rande diIuso a _

    tua

    l

    , .a dep

    r

    es

    s

    o

    centra

    l e

    .bre O I

    t e r ra os

    da

    la gu na

    dos Patos , i.

    nv a

    so

    do

    ca

    m

    po pelo colon08.

    A S l l i m o c o l o n o do Alto

    Uru gua i, illol ado e pr ess io

    nado ~ b r e suas t e r ras es

    gotadas

    e

    no

    l S ~

    t longe de a t ra i r

    a

    verda

    de

    ira revoluo

    a

    gT r ia ao

    R io Grande do Su l.

    i:':

    l e

    tou

    mu

    i to ante as

    t e r ras de

    ca m po que lhe p arecia m 1-

    r v e i s e sobretudo

    im

    _

    prpr ias

    cultura

    .

    Penetrou

    a r

    porqu

    e

    no poude

    m i g

    r a r

    pa ra

    o u t r a l l

    t e r r a.8 de flo

    res ta , p o r q u e comeava a

    romper

    ' s e u i s o l a m e n t o e

    tambm porque

    e ra muito

    a

    judado pelos rgos o f i c i a i ~

    Ento , aps t e r

    adotado

    uma pr ime i r a solu_

    o

    a me r ic a na , s que la

    da

    ~ ch a ma pioneira " d ..... .

    crUa p or Monbei g, o c a mpo

    nadas nOVa c o l n i a s do

    Rio

    G r a n

    d

    e

    do

    Su

    l

    parece

    l'J.ue r e r retoma r a s r o

    pape

    l

    de um out r o a g r ic ul tor eu_

    r o peu em

    Am

    rica : a q u l e

    dos

    co l o n o s do . E s

    ta

    do .

    Un

    i do s . Pensamo . , e n

    t

    o ,

    nas dellc r iel de B a u

    l i g

    mostrando os

    anos de

    hes i

    tao doa

    pi

    oneiro d i

    a

    n t Q

    d e um a pa i ll a gem sem r vo

    pe r (o do 'eg\l ido de r ~ ~

    pida

    co

    lonizao da

    pradarla

    pelas cul turas . No Rio Gran

    de do Sul

    Io

    i dado o p r

    im e

    r o

    pasllo

    n

    eSlle

    se

    n

    tido. Uma

    e v o lu o s i multne a m e n_

    te expon tnea e d

    i r i

    gid a

    pa

    rece

    qu e deve r

    sub.

    is t i r

    so l

    uo

    c i r r g i c a d e

    uma

    r e forma agrr ia p o r de.a .

    prop r iao e r e dis t r ibuio

    das

    t e r ra s . ce

    rt

    o

    que

    os

    velh08 err08 d e u ma co l oni

    zao va ra em t

    erras

    de

    fl llre s ta se ellfuma'ro ,

    ai

    m u

    l tnea

    m

    ent

    e

    co

    m o at r a .o

    das

    t c n i c811 e os di a l e tos

    d os co i onos.

    se

    o i .o lam e n

    to

    d s s e s

    camponsei f r

    rompi

    do .

    00

    O

    00

    FR[OCIIIC8 W E S T I [ I ~

    00 0

    ..""

    OTRtS PASSOS

    30 'rIm

    s

    o

    o

    o O

    PAI.M[IIIA

    OAS

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    S

    /lRANDI

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    0 00

    0 0

    0 0

    100 associadas

    de

    101

    a 500 associados

    de

    501 a

    1.

    000 associados

    1,000 associados

    A Cooperati vos Agdcolas do Rio

    Gra

    nde do Sul (Segundo dad

    os

    da

    Sec . do Economia do R

    io Grande

    do S

    vI

    , dezem

    br

    o de 1966) .

    O

    o

    Caixas rurais

    19