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Sindicato dos Bancários de Campinas e Região - www.bancarioscampinas.org.br - Facebook.com/Bancarioscps - Twitter.com/Bancarioscps - 27/03/2017 - N º 1507 FEDERAÇÃO Bancários SP e MS Deputados aprovam terceirização total. Retrocesso. Precarização do trabalho A A Câmara dos Deputados votou contra os trabalhadores no úl- timo dia 22 ao aprovar o Projeto de Lei (PL) 4302/98, que permite a terceirização de todas as ativida- des das empresas privadas e de parte do setor público, incluindo a chamada atividade-fim. Apre- sentado há 19 anos e aprovado pelo Senado em 2002, o PL 4302/98 regulamenta a precariza- ção do trabalho. Placar da votação: 231 votos a favor, 188 contra e oito abstenções. Sindicato em Brasília A votação do PL 4302/98 foi acompanhada pelo vice-presi- dente do Sindicato, Mauri Sérgio, pelos diretores Jacó Bastos e Mar- celino José e pelo assessor Celso Toledo. Inclusive no último dia 21, quando o PL 4302/98 seria votado, os diretores do Sindicato partici- param de manifestações na Es- planada dos Ministérios. PL 4330 vira PLC 30 O PL 4302/98 não é o primei- ro que trata da terceirização. Em 2013, voltou a tramitar na Câma- ra o PL 4330/2004, visando regu- lamentar a terceirização e foi aprovado também num dia 22, mas de abril de 2015. Hoje, o PL 4330 tramita hoje no Senado como Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015 e prevê a terceiri- zação da atividade-fim das em- presas do setor privado, median- te uma série de exigências. A mobilização contra o PL 4330, cabe resgatar, foi intensa a partir do segundo semestre de 2013. Além de manifestações e atos públicos, o Sindicato realizou panfletagem, envio de e-mails aos parlamentares e no Dia Na- cional de Paralisação, em 15 de abril de 2015, os bancários atra- saram em uma hora a abertura de 16 agências instaladas na área central de Campinas. Nesses dois anos de retomada da luta contra o PL 4330/2004, as centrais sindi- cais buscaram construir uma re- gulamentação sem prejuízo aos trabalhadores. Porém, os parla- mentares conservadores, como no último dia 22, venceram a ba- talha. Mas, a guerra não acabou. Mobilização Para a presidente do Sindicato, Stela, é preciso resistir contra a terceirização. “O Sindicato, como sempre, não vai se calar. A cate- goria será convocada para o en- frentamento com os bancos. Im- pedir a precarização do trabalho bancário é prioridade”. 7 de abril de 2015: violência policial durante protesto de trabalhadores con- tra o PL 4330, em Brasília 14 de agosto de 2012: lançamento da Campanha da categoria, em Cam- pinas; terceirização na pauta de mobilização 6 de agosto de 2013: planfletagem contra o PL 4330 na Avenida Norte-Sul, em Campinas 28 de novembro de 2013: Ato contra o PL 4330 na Câmara dos Vereado- res de Campinas Augusto Coelho Júlio César Costa Denny Cesare Júlio César Costa

S i n d i c a t o d o s B a n c á r i o s d eC am pinR gã ... · banco Itaú impede que os direto - res do Sindicato visitem o novo lo - cal de trabalho para conversar, tro - car

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Sind ica to dos Bancár ios de Campinas e Reg ião - www.bancar ioscampinas.o rg .b r - Facebook.com/Bancarioscps - Twitter.com/Bancarioscps - 27 /03 /2017 - N º 1 5 0 7

FEDERAÇÃOBancários SP e MS

Deputados aprovam terceirização total.Retrocesso. Precarização do trabalho

AACâmara dos Deputados votoucontra os trabalhadores no úl-

timo dia 22 ao aprovar o Projeto deLei (PL) 4302/98, que permite aterceirização de todas as ativida-des das empresas privadas e departe do setor público, incluindoa chamada atividade-fim. Apre-sentado há 19 anos e aprovadopelo Senado em 2002, o PL4302/98 regulamenta a precariza-ção do trabalho. Placar da votação:231 votos a favor, 188 contra e oitoabstenções.

Sindicato em BrasíliaA votação do PL 4302/98 foi

acompanhada pelo vice-presi-

dente do Sindicato, Mauri Sérgio,pelos diretores Jacó Bastos e Mar-celino José e pelo assessor CelsoToledo. Inclusive no último dia 21,quando o PL 4302/98 seria votado,os diretores do Sindicato partici-param de manifestações na Es-planada dos Ministérios.

PL 4330 vira PLC 30O PL 4302/98 não é o primei-

ro que trata da terceirização. Em2013, voltou a tramitar na Câma-ra o PL 4330/2004, visando regu-lamentar a terceirização e foiaprovado também num dia 22,mas de abril de 2015. Hoje, o PL4330 tramita hoje no Senado

como Projeto de Lei da Câmara(PLC) 30/2015 e prevê a terceiri-zação da atividade-fim das em-presas do setor privado, median-te uma série de exigências.

A mobilização contra o PL4330, cabe resgatar, foi intensa apartir do segundo semestre de2013. Além de manifestações eatos públicos, o Sindicato realizoupanfletagem, envio de e-mailsaos parlamentares e no Dia Na-cional de Paralisação, em 15 deabril de 2015, os bancários atra-saram em uma hora a abertura de16 agências instaladas na áreacentral de Campinas. Nesses dois

anos de retomada da luta contra oPL 4330/2004, as centrais sindi-cais buscaram construir uma re-gulamentação sem prejuízo aostrabalhadores. Porém, os parla-mentares conservadores, comono último dia 22, venceram a ba-talha. Mas, a guerra não acabou.

MobilizaçãoPara a presidente do Sindicato,

Stela, é preciso resistir contra aterceirização. “O Sindicato, comosempre, não vai se calar. A cate-goria será convocada para o en-frentamento com os bancos. Im-pedir a precarização do trabalhobancário é prioridade”.

7 de abril de 2015: violência policial durante protesto de trabalhadores con-tra o PL 4330, em Brasília

14 de agosto de 2012: lançamento da Campanha da categoria, em Cam-pinas; terceirização na pauta de mobilização

6 de agosto de 2013: planfletagem contra o PL 4330 na Avenida Norte-Sul,em Campinas

28 de novembro de 2013: Ato contra o PL 4330 na Câmara dos Vereado-res de Campinas

Augusto Coelho

Júlio César Costa

Denny Cesare

Júlio César Costa

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EXPE DI EN TE - O BAN CÁR IO - PUB LI CAÇÃO DO SIN DI- CA TO DOS BANCÁR I OS DE CAM PI NAS E RE GI ÃOPRES I DENTE: ANA STELA ALVES DE LIMAJORNALISTA RESPONSÁVEL: JAI RO GI MEN EZ(MTB 13.683)DIR E TO R DE IM PREN SA: LOURIVAL RODRIGUESIM PRESS ÃO: GRÁ FI CA SANTA EDWIGESSEDE: RUA FER REI RA PEN TEA DO, 460, CENTRO.FONE.: (19) 3731-2688 - FAX: (19) 3234-5602CLUBE: (19) 3251-3718SUB SE DES: AMER I CANA: (19) 3406-7869

AM PARO: (19) 3807-6164MO GI GUA ÇU: (19) 3841-3993 SJB VIS TA: (19) 3622-3514

IN TER NET: WWW.BANCARIOSCAMPINAS.ORG.BR

E-MAIL: [email protected] RA GEM: 10.000 EX EM PLA RESFILIADO À FEEB SP-MS E CONTRAF-CUT

2 O BANCÁRIO EDIÇÃO Nº 1507

Agência digital: Itaú impede acesso do Sindicato

DDesde a instalação da agênciadigital em Campinas, no pri-

meiro semestre do ano passado, obanco Itaú impede que os direto-res do Sindicato visitem o novo lo-cal de trabalho para conversar, tro-car ideias, com os trabalhadoresbancários. Essa arcaica medidadeixa no ar que algo não está emsintonia com os direitos da cate-goria bancária na ‘futurista’ agên-cia digital, ‘vendida’ como algo re-volucionário, sem atendimento,claro, presencial.

O banco das famílias Setubal,Salles e Villela tem hoje oito po-los de agências digitais, sendo seteem São Paulo e uma no Rio de Ja-neiro. Em reunião realizada háquase um ano atrás, no dia 6 deabril de 2016, os sindicatos de-nunciaram aos representantes damaior instituição financeira pri-vada do país vários problemas de-tectados nas agências digitais;entre eles, sobrecarga de funções,assédio moral, ambiente insalubre(funcionários são obrigados a tra-balhar oito horas com headset) edivulgação do ranking de vendas.Quanto a este último ponto, acláusula 37ª da Convenção Cole-tiva de Trabalho (CCT) proíbe a

exposição do ranking individual.No que se refere ao headset, a Nor-ma Regulamentadora 17 (NR17)determina jornada máxima deseis horas para quem trabalha lo-gado e, no mínimo, três pausas(uma de 20 minutos e duas de 10minutos).

Mais recentemente, no últimodia 7 de fevereiro, os sindicatosvoltaram a reivindicar o acesso se-manal às agências digitais junto aodiretor da Digital Itaú, Felipe Wei,e ao superintendente de RH, Mar-

co Aurélio Oliveira. Até o mo-mento, nenhum sinal verde dosrepresentantes do Itaú.

AvaliaçãoO diretor do Sindicato Van-

dernilson da Cunha Claro desta-ca que “o trabalho dos bancáriospode mudar. Porém, a tecnologianão pode se transformar em fer-ramentas que intensificam aindamais o ritmo de trabalho, pres-sionam os trabalhadores bancáriosem nome de lucros incessantes eimpedem a ação sindical. Sem fa-

lar que a pressão continua naschamadas reuniões de feedback,quando as chefias ameaçam comdemissões e citam questões pes-soais em detrimento das profis-sionais”.

Para o vice-presidente do Sin-dicato, Mauri Sérgio, “vamos in-sistir em adentrar à agência digi-tal para conversar com mais de300 bancários. Esse é o nosso pa-pel: discutir com a categoria e en-contrar soluções para os proble-mas”.

15 de março de 2017: manifestação em frente ao prédio onde o Itaú instalou a agência digital

PP R E V I D Ê N C I AR E V I D Ê N C I A

Encontro discute contribuição extra para cobrir deficit do Economus

MMais de 110 pessoas participa-ram do Encontro que discutiu

o equacionamento do deficit doEconomus, que prevê contribui-ções extraordinárias, realizado noúltimo dia 22 na sede do Sindica-to.

O Encontro contou com a parti-cipação da diretoria executiva doEconomus: Lúcia Helena CruzMoya Cuevas (superintendente),Adilson Nascimento Ferreira (ad-ministrativo), Maurício Messias(seguridade) e Marcelo GonçalvesFarinha (financeiro).Contribuições extras: funcionárioda ativa: 2,04%; aposentado: 3,2%.E mais: criação de fundo previden-cial, com contribuição dos funcio-

nários da ativa (4,19%), aposenta-dos (1,98%) e pensionistas (4,19%).O Banco do Brasil também vai con-tribuir com os mesmos percen-

tuais. Cabe destacar que os partici-pantes do Economus são funcioná-rios da Nossa Caixa, incorporadapelo BB.

Encontro na sede do Sindicato, em Campinas

Denny Cesare

Denny Cesare

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Ti re suas dúv i dasJur íd ico

PLR para quem

pediu demissão

Os bancos têm interpretado

a Convenção Coletiva de forma

restrita e entendem que os em-

pregados que, por ventura, ve-

nham pedir demissão ou que se-

jam demitidas sem justo motivo

fora do período estabelecido na

CCT, não estão contempladas

com o recebimento da PLR.

No entanto, o Tribunal Supe-

rior do Trabalho converteu a

Orientação Jurisprudencial nº

390 SDI-I na Súmula 451 do

TST, entendendo que o paga-

mento da PLR respeita o prin-

cípio da isonomia, dessa forma,

independente da data da de-

missão e mesmo que a rescisão

tenha por motivo o pedido de de-

missão, é devido o pagamento

da PLR de forma proporcional,

vez que, o bancário contribuiu

para o resultado positivo do

Banco.

Contudo, para poder pleitear

o pagamento da PLR nestas

condições, é necessário o ajui-

zamento de reclamação traba-

lhista perante a Justiça do Tra-

balho.

Persistindo dúvidas quanto ao

assunto, o jurídico do Sindicato

está a disposição para esclare-

cimentos.

Aline Carla Lopes Belloti,

advogada do Departamento

Jurídico do Sindicato

ED I ÇÃO Nº 1507 O BAN CÁR IO 3

Justiça condena Bradesco a pagar indenizaçãode R$ 2 milhões por impedir direito de greve

OO juiz Rafael Marques de Set-ta, da 11ª Vara do Trabalho

de Campinas, condenou o Bra-desco por prática antissindicaldurante greve da categoria nosanos 2008 e 2009, em Limeira eCampinas, respectivamente, aojulgar ação civil pública ingres-sada pelo Ministério Público doTrabalho (MPT), em fevereiro úl-timo.

O juiz da 11ª Vara do Trabalhode Campinas determinou ao Bra-desco o pagamento de indeniza-ção por danos morais coletivos novalor de R$ 2 milhões, a ser re-passado a uma entidade indicadapelo MPT.

Em sua sentença, o juiz RafaelMarques de Setta proíbe o Bra-desco de “praticar, direta ou pormeio de gerentes ou quaisquerprepostos, representantes ou ter-ceiros contratados, atos que frus-trem o direito de greve...”. Proíbetambém que representantes dobanco liguem para os funcionáriosconvocando para o trabalho, de-terminem transferência para uni-dades de trabalho sem greve,ameacem com demissões, usem o“Poder Judiciário com meio paraconstranger a adesão”; dentre ou-tras práticas antissindicais.

A ação civil pública do MPToriginou a partir de denúncias

apresentadas pelo Sindicato dosBancários de Limeira, em 2008, epelo Sindicato dos Bancários deCampinas e Região no ano se-guinte, em 2009, contra a atitudedo Bradesco em cercear o direitode greve em suas unidades de tra-balho. Em 2013, o MPT ingressouação na citada Vara do Trabalhode Campinas.

AvaliaçãoPara o diretor jurídico do Sin-

dicato, Gustavo Frias, ”trata-sede uma decisão em primeiro grau;o Bradesco pode recorrer. A con-denação, vale ressaltar, é um an-tídoto para combater o desrespeitoao direito de greve”.

Bradesco chama a polícia militar durante a greve, em 2008

Livreto sobrereforma daPrevidênciaPeço o seu exemplar ao

diretor do Sindicato.

Veja na última página

distribuição em Brasília,

São Paulo, Campinas

e Mogi Guaçu

Júlio César Costa

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Sindicato distribui livreto sobre reforma da Previdênciano Congresso, na Alesp e na Câmara em Campinas

E mais: lançamento em Mogi Guaçu

DD iretores do Sindicato distri-buíram o livreto intitulado

“Reforma da Previdência. A De-molição de Direitos Sociais” noCongresso Nacional (deputados esenadores), nos ministérios, na As-sembleia Legislativa de São Paulo ena Câmara de Vereadores de Cam-pinas na semana passada, entre osdias 20 e 22.

Em Brasília, a tarefa foi execu-tada pelos diretores Jacó Bastos eMarcelino José e pelo assessor Cel-so Toledo; na capital paulista, a dis-tribuição do livreto entre os depu-tados foi feita pelos diretores Cris-

tiano Meibach, Lourival Rodriguese Gustavo Frias; em Campinas, os li-vretos foram entregues aos verea-dores pelos diretores Vandernilsonda Cunha Claro e Cézar Paixão.

Na mesma semana, mais espe-cificamente no último dia 22, o Sin-dicato lançou o livreto em oitoagências dos maiores bancos (BB,Caixa Federal, Itaú, Bradesco e San-tander) na área central de MogiGuaçu, antes da abertura ao públi-co.

Em Campinas, o livreto foi lan-çado no Dia Nacional de Luta con-tra as reformas da Previdência e Tra-

balhista, 15 de março; em Ameri-cana e Sumaré o lançamento ocor-reu no dia seguinte (16). O livretoserá lançado em todas as subsedesdo Sindicato e distribuído em todabase.

Com 44 páginas, o livreto re-produz a íntegra das palestras da so-cióloga Maria Lúcia Teixeira Wer-neck Vianna e da economista De-nise Lobato Gentil, professoras naUniversidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), proferidas em semi-nário sobre a Reforma da Previ-dência Social, realizado no últimodia 16 de fevereiro, na sede do Sin-

dicato, em Campinas. Em tramitação no Congresso

Nacional desde o início de dezem-bro do ano passado, a PEC nº 287 al-tera várias regras referentes aos be-nefícios dos trabalhadores dos se-tores privado e público.

Entre as mudanças, propõe ex-tinguir a aposentadoria por tempode contribuição e estabelecer umaidade mínima única para aposen-tadoria (aos 65 anos) para pratica-mente todo o conjunto dos traba-lhadores (urbanos e rurais; do setorpúblico e do privado; professores;homens e mulheres).

Acima, deputada estadual Clélia Gomes (PHS); abaixo, vereador Paulo Had-dad (PPS) recebe livreto

Entrega do livreto ao ministro da Cultura, Roberto Freire Senador Cristovam Buarque (PPS) recebe livreto

Acima, deputado estadual Davi Zaia (PPS); abaixo, lançamento do livreto emMogi Guaçu

Guina Ferraz

Banco de Imagem/Seebc

Denny Cesare

Holofoco