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OPINIÃO SALVADOR DOMINGO 1/11/2020 A2 opiniao @grupoatarde.com.br Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE. Participe desta página: e-mail: [email protected] Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 Estamos vivendo a era da escuridão, com queimadas da Amazônia Legal, momento indigno e que envergonha ver o Brasil ser tratado como pária no mundo ESPAÇO DO LEITOR POUCAS & BOAS . "O Ilê de Xangô Resiste" é o tema da live que o cantor e compositor Mateus Aleluia fará hoje às 19h, dentro do pro- jeto de combate ao racismo e a into- lerância religiosa. A data marca os 284 anos de história e resistência do terreiro Ilê Axé Icimimó, de Cachoeira. O evento, com transmissão pela TV UFRB (You- Tube) e página do Terreiro Icimimó (Fa- cebook), é realizado pelo Sanzala Cul- tural em parceria com a TV UFRB e com o Centro de Cultura, Linguagens e Tec- nologias Aplicadas (Cecult-UFRB). . Startups da Bahia estão convidadas a participar de uma seleção nacional para 10 grupos que receberão apoio técnico com profissionais da área e financeiro de R$ 160 mil, para alcan- çarem em seis meses um ritmo intenso de aceleração. A promoção é da ace- leradora recifense Overdrives em par- ceria com a NE Capital (JCPM). Com preferência para startups em início de tração, as propostas dos grupos inte- ressados podem ser inscritas até dia 23 de novembro. As selecionadas serão conhecidas em dezembro. . Única representante do café produ- zido no planalto de Vitória da Conquista (Sudoeste baiano), a cafeicultora e ar- tista plástica Valéria Vidigal é uma das 20 finalistas do concurso Florada Pre- miada da 3 Corações, realizado em par- ceria com a Associação Brasileira de Ca- fés Especiais. Com 950 inscritas na pri- meira etapa, o concurso é dedicado às mulheres que estão conquistando seus espaços também nas lavouras cafeeiras e dentre as finalistas, outras seis tam- bém são baianas e representam a região da Chapada Diamantina. As vencedoras serão anunciadas em dezembro. MIRIAM HERMES E REDAÇÃO O apelo incessante por ficar em casa, re- sultado das campanhas por evitar aglome- rações, infecção e disseminação da covid-19, pode ter sua influência no maior interesse das pessoas por investir em suas residên- cias. A hipótese não pode ser descartada, quan- do verifica-se uma projeção de desempenho positivo pelas vendas do setor de material de construção com alta perto de 35% em comparação com igual período de 2019, ago- ra em novembro. Já há lojas de material de construção nas quais os compradores garantem levar as mercadorias, aceitando pagar adiantado pe- la falta de estoque, com o consequente efeito positivo para o faturamento dos comercian- tes. Outra prova de aquecimento no comércio de materiais de construção é o saldo positivo de 8 mil empregos, subtraindo-se os de- mitidos do total de contratados, melhor de- sempenho setorial do estado com 27% do total de vagas formais criadas. LIDERANÇA - Segundo dados divulgados pela consultoria técnica da Federação do Comércio (Fecomércio), não há dúvida que material de construção vai liderar o mês de realização da promoção conhecida por Bla- ck Friday. O oportunismo dos vendedores de pro- dutos relacionados ao convívio doméstico ou ao trabalho em casa será agraciado com elevação de 16% no faturamento, alcançan- do R$ 2,3 bilhões, resultado do aumento de preços, atribuído às taxas de câmbio. Outro setor de destaque deve ser o de móveis e decoração com crescimento anual de 20,5%, puxado também pela construção civil, pois os novos móveis e eletrodomés- ticos preenchem o ambiente doméstico re- formado ou recém-construído. “Na terça-feira, tudo estará em jogo. Nossos empregos, nosso sistema de saúde, se vamos ou não controlar a pandemia também estará em jogo. Mas vocês podem (...) escolher o melhor EUA” BARACK OBAMA, ex-presidente dos EUA, em comício ao lado do correligionário e ex-vice-presidente, Joe Biden, que enfrenta o atual presidente, Donald Trump, nas eleições marcadas para a próxima terça-feira Mundo dos condomínios Para tentar entender melhor como funciona o mundo dos condomínios, o Senac e o grupo Cadê o Síndico uniram-se para apre- sentar o 3º Encontro Condominial. Será rea- lizada também a 11ª Assembleia Show de Condomínios com o objetivo de debater te- mas oportunos e tentar levar conhecimento utilizado de forma a respeitar os valores morais elementares para quem trabalha no segmento. Embora aconteça no final do mês de novembro, os síndicos e condôminos já podem ir preparando-se para o encontro com inscrição gratuita e realizada apenas por videoconferência. Entre os temas em pauta estão a Comunicação Não Violenta, a Digitalização das Administradoras; Aspec- tos Jurídicos da Pandemia, e ainda conteúdo exclusivo para síndicos. Material de construção tem alta nas vendas Raphael Muller / Ag. A TARDE CÉUS | O céu, do alto de sua enormidade real e simbólica nos cobre. O buscamos no exercício da imaginação, da razão e da fé. Tudo coberto do espanto por sua beleza que, volta e meia, quebra a barreira do banal. Haja céu para tanto olhar... Ainda sobre saúde x ideologia O leitor, sr. Paulo Mendonça, enigmático como quase sempre, expressou a sua opi- nião (30/10) acerca do texto de minha au- toria, publicado neste Espaço do Leitor (28/10). O que esclareci foi sobre o nega- cionismo antecipado da vacina proveniente da China por questões ideológicas, pois quanto mais vacinas se tenha, melhor para erradicação do vírus e para salvar a vida dos brasileiros, seja de onde for a sua origem e comprovada a sua eficácia. É evidente que qualquer vacina tem que ser liberada pela Anvisa, após a comprovação de sua eficácia, somente assim, poderá ser aplicada à po- pulação. Isto é óbvio. O que, talvez, o sr. Mendonça receasse abordar é sobre a ri- validade evidente e noticiada entre o pre- sidente e o sr. Doria, governador de São Paulo. Mas nessa briga eu não entro, nem tomo partido. GRAÇA GOES, GRACA- [email protected] Recuo estratégico O presidente Bolsonaro, no dia 27, sancio- nou o decreto 10.530, mas, um dia depois, após repercussão negativa, resolveu revo- gar o documento que “propunha um estudo para viabilizar a participação de empresas privadas na administração das Unidades Básicas de Saúde”, o que seria uma estra- tégia para dar início a um processo de pri- vatização do SUS. Entretanto, esse recuo não configura uma suposta atitude humanitá- ria que demonstra o reconhecimento do equívoco desastroso de propor, em plena pandemia, o desmonte do sistema público de saúde que tem sido de crucial impor- tância para viabilizar o acesso gratuito da população carentea assistência médica. Re- vela, sim, a racionalidade do mórbido in- teresse de, provavelmente, atender a rei- vindicação de aliados que, percebendo o risco da atitude tresloucada gerar a perda de votos e sucumbir as aspirações de seus as- seclas, persuadiram o capitão a dar “meia [email protected] Lourenço Mueller Arquiteto e urbanista [email protected] Aniversário da Ba(h)ia de Todos-os-Santos, Kirimure É hoje. Nenhum dia é mais oportuno para lembrar aos baianos a gran- diosidade geo-histórica e a beleza ímpar desse ‘golfo’. E alertar para os ris- cos que corre. O jornal A TARDE, que agora reconstrói sua liderança local e regional em audiência, já destacou num editorial em 13 de no- vembro do ano passado (“Um plano para nossa Kirimure”) a esperança de fazermos um máster plan para a baía e tenho certeza que apoiará a proposta que faço adiante; minha assumida vaidade retrospectiva re- corta a voz do jornal: “...o arquiteto e ur- banista Lourenço Mueller tem em mente a ideia compassiva de quem vê no outro, e mais, no outro do futuro, a razão de viver: a meta de preservar a baía é um presente do hoje para o amanhã.” Aliás, agradeço ao jornal (e aos leitores, claro) o apoio que tem dado – desde 2008, quando passei a ser articulista quinzenal – às nossas iniciativas de ativismo ur- banístico, desde entrevistas, matérias e artigos críticos e provocativos até os vi- sionários movimentos sobre o uso van- tajoso das bicicletas, a requalificação da rua Humberto de Campos e a possível utopia de Kirimure. No dizer de Guimarães Rosa, ‘o real não está na saída nem na chegada, ele se dispõe para a gente é no meio da travessia’, isso diz tudo, metaforicamente. E essa ‘travessia’ que anuncio hoje. Para o Cibergrupo, que intenta valorizar a baía, o projeto de uma original travessia multimodal em 2021, pelos seus cem membros, ao completar 520 anos de ‘achada’, em embarcações distintas e tam- bém a nado, não será apenas um feito es- portivo motivador, já que estamos numa época quase desprovida de interesse inte- lectual, mas está revestido de significado simbólico: desde a largada dos nadadores, de um ponto flutuante entre os dois litorais, o da ilha de Itaparica e o de Salvador – ponto que abrigaria um porto gigante se a questão da ponte fosse melhor estudada – até a chegada no Forte São Marcelo, o ‘forte do mar’, tão cheio de história e âmago de uma estratégia de gestão para toda a baía. A intenção é clara: aproveitar-se do pró- prio acidente geográfico para midiati- zá-lo. Realizamos um bem-sucedido congres- so no ano passado, o COMARK, onde se discutiu economia criativa, meio ambien- te sustentável, patrimônio, turismo, na- vegabilidade, segurança, o nascimento de uma fundação voltada para práticas náu- ticas e até a ‘cultura do saveiro’ e as es- peciarias gastronômicas dos locais; pre- tendia-se afunilar os conteúdos esse ano mas a Peste nos impediu. Foi possível apenas organizar a distribuição de cestas básicas para uma das comunidades da borda marítima. De toda forma, sendo ano eleitoral, os prefeitos dos 17 muni- cípios litorâneos da BTS estariam volta- dos para a propaganda política, um equí- voco ao não perceber que um programa da natureza de Kirimure seria sua melhor alavanca eleitoral. Isso é válido também para Salvador, claro. Mas “la nave va” e para continuar nesse idioma,”vide’o mare quant’è bello, spira tantu sentimento” (Torna a Sorriento). Nenhum dia é mais oportuno para lembrar a grandiosidade geo-histórica e a beleza ímpar desse ‘golfo’ volta, volver". Por isso, não devemos nos enganar com a hibernação do faminto urso chamado Mercado, porque, passada a elei- ção, voltará com mais voracidade atrás da caça. E o fantoche alienado não arrefecerá a sua sanha para fazer valer as ordens do patrão. Em favor da justiça social, fora Bol- sonaro! GILBERT BORGES, GILBERTBOR- [email protected] Votar ou não Esse ano não vou votar. Vou me abster. Sei que a omissão é um erro imperdoável po- rém enquanto houver políticos achando que santinhos e dentaduras dão voto, voto não. O pior é que dão mesmo. Minha se- cretária do lar me abandonou subitamente para se operar... perguntei: “Está doente?”, ela respondeu: “Política. Vou ligar minhas trompas no interior”. Aqui na capital a coisa não está muito diferente: carreatas buzi- nando, correndo, com pessoas empunhan- do bandeiras, lideradas por um trio elétrico triste e barulhento. Gritos e barulho com- pram votos? Aqui compram. Asfaltos sendo refeitos às pressas, quando já estavam pron- tos. Ou colocados em finas camadas para desmoronarem na próxima chuva ou pró- xima eleição. Voto não. Eu vou me abster por conta também e muito mais, das filas e aglomerações, que garantem que não vão existir. O risco não vale... DILU MACHADO, [email protected] Ricardo, vá ficar com Weintraub! É preciso mandar o “desministro” do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pra o mesmo lugar que foi o ex-medíocre-ministro da Educação, Abraham Weintraub, urgente ou ele destrói o que resta do governo, como está fazendo do que resta do meio ambiente. O sujeito parece que saiu das cavernas e não tem nem ideia do que significa meio ambiente e a importância para o futuro das próximas ge- rações; pra ele é como se importasse apenas a sua geração, o resto que se dizime e morra sem água, sem ar e sem alimentos. Pena que por falta de letras, o Bolsonaro apoie gente deste tipo e ainda bata palma para quei- madas, pro fim da demarcação indígena, pra entrada de empresas de exploração de mi- nério – diga-se de passagem: predatórias – em terras indígenas. Realmente estamos vi- vendo a era da escuridão, com queimadas da Amazônia Legal, momento indigno e que envergonha, ver o Brasil ser tratado como pária no cenário mundial, motivo de chacota e irresponsabilidade. Mas, como disse on- tem, a “era da mediocridade” irá passar, e, como a era Collor e a era Lula, nunca será esquecida pra não ser repetida. YURIMATOS, [email protected] [email protected] Tempo Presente

SALVADOR DOMINGO 1/11/2020 OPINIÃObiblioteca.fmlf.salvador.ba.gov.br/phl82/pdf/Hemeroteca/recorte1712… · OPINIÃO A2 SALVADOR DOMINGO 1/11/2020 [email protected] Os artigos

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OPINIÃOSALVADOR DOMINGO 1/11/2020A2

[email protected]

Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE.Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

Estamos vivendo aera da escuridão,com queimadas daAmazônia Legal,momento indigno eque envergonha ver oBrasil ser tratado comopária no mundo

ESPAÇO DO LEITOR

POUCAS & BOAS

. "O Ilê de Xangô Resiste" é o tema dalive que o cantor e compositor MateusAleluia fará hoje às 19h, dentro do pro-jeto de combate ao racismo e a into-lerância religiosa. A data marca os 284anos de história e resistência do terreiroIlê Axé Icimimó, de Cachoeira. O evento,com transmissão pela TV UFRB (You-Tube) e página do Terreiro Icimimó (Fa-cebook), é realizado pelo Sanzala Cul-tural em parceria com a TV UFRB e como Centro de Cultura, Linguagens e Tec-nologias Aplicadas (Cecult-UFRB).

. Startups da Bahia estão convidadasa participar de uma seleção nacionalpara 10 grupos que receberão apoiotécnico com profissionais da área efinanceiro de R$ 160 mil, para alcan-çarem em seis meses um ritmo intensode aceleração. A promoção é da ace-leradora recifense Overdrives em par-ceria com a NE Capital (JCPM). Compreferência para startups em início detração, as propostas dos grupos inte-ressados podem ser inscritas até dia 23de novembro. As selecionadas serãoconhecidas em dezembro.

. Única representante do café produ-zido no planalto de Vitória da Conquista(Sudoeste baiano), a cafeicultora e ar-tista plástica Valéria Vidigal é uma das20 finalistas do concurso Florada Pre-miada da 3 Corações, realizado em par-ceria com a Associação Brasileira de Ca-fés Especiais. Com 950 inscritas na pri-meira etapa, o concurso é dedicado àsmulheres que estão conquistando seusespaços também nas lavouras cafeeirase dentre as finalistas, outras seis tam-bém são baianas e representam a regiãoda Chapada Diamantina. As vencedorasserão anunciadas em dezembro.

MIRIAM HERMES E REDAÇÃO

O apelo incessante por ficar em casa, re-sultado das campanhas por evitar aglome-rações, infecção e disseminação da covid-19,pode ter sua influência no maior interessedas pessoas por investir em suas residên-cias.

A hipótese não pode ser descartada, quan-do verifica-se uma projeção de desempenhopositivo pelas vendas do setor de materialde construção com alta perto de 35% emcomparação com igual período de 2019, ago-ra em novembro.

Já há lojas de material de construção nasquais os compradores garantem levar asmercadorias, aceitando pagaradiantadope-la falta de estoque, com o consequente efeitopositivo para o faturamento dos comercian-tes.

Outra prova de aquecimento no comérciode materiais de construção é o saldo positivode 8 mil empregos, subtraindo-se os de-mitidos do total de contratados, melhor de-sempenho setorial do estado com 27% dototal de vagas formais criadas.

LIDERANÇA - Segundo dados divulgadospela consultoria técnica da Federação doComércio (Fecomércio), não há dúvida quematerial de construção vai liderar o mês derealização da promoção conhecida por Bla-ck Friday.

O oportunismo dos vendedores de pro-dutos relacionados ao convívio domésticoou ao trabalho em casa será agraciado comelevação de 16% no faturamento, alcançan-do R$ 2,3 bilhões, resultado do aumento depreços, atribuído às taxas de câmbio.

Outro setor de destaque deve ser o demóveis e decoração com crescimento anualde 20,5%, puxado também pela construçãocivil, pois os novos móveis e eletrodomés-ticos preenchem o ambiente doméstico re-formado ou recém-construído.

“Na terça-feira, tudoestará em jogo.Nossos empregos, nossosistema de saúde, sevamos ou não controlara pandemia tambémestará em jogo. Masvocês podem (...)escolher o melhor EUA”BARACK OBAMA, ex-presidente dos EUA, em comícioao lado do correligionário e ex-vice-presidente, JoeBiden, que enfrenta o atual presidente, Donald Trump,nas eleições marcadas para a próxima terça-feira

Mundo dos condomíniosParatentarentendermelhorcomofuncionao mundo dos condomínios, o Senac e ogrupo Cadê o Síndico uniram-se para apre-sentar o 3º Encontro Condominial. Será rea-lizada também a 11ª Assembleia Show deCondomínios com o objetivo de debater te-mas oportunos e tentar levar conhecimentoutilizado de forma a respeitar os valoresmorais elementares para quem trabalha nosegmento. Embora aconteça no final do mêsde novembro, os síndicos e condôminos jápodem ir preparando-se para o encontrocom inscrição gratuita e realizada apenaspor videoconferência. Entre os temas empauta estão a Comunicação Não Violenta, aDigitalização das Administradoras; Aspec-tos Jurídicos da Pandemia, e ainda conteúdoexclusivo para síndicos.

Material de construçãotem alta nas vendas

Raphael Muller / Ag. A TARDE

CÉUS | O céu, do alto de sua enormidade real e simbólica nos cobre. O buscamos noexercício da imaginação, da razão e da fé. Tudo coberto do espanto por sua belezaque, volta e meia, quebra a barreira do banal. Haja céu para tanto olhar...

Ainda sobre saúde x ideologiaO leitor, sr. Paulo Mendonça, enigmáticocomo quase sempre, expressou a sua opi-nião (30/10) acerca do texto de minha au-toria, publicado neste Espaço do Leitor(28/10). O que esclareci foi sobre o nega-cionismo antecipado da vacina provenienteda China por questões ideológicas, poisquanto mais vacinas se tenha, melhor paraerradicação do vírus e para salvar a vida dosbrasileiros, seja de onde for a sua origem ecomprovada a sua eficácia. É evidente quequalquer vacina tem que ser liberada pelaAnvisa, após a comprovação de sua eficácia,somente assim, poderá ser aplicada à po-pulação. Isto é óbvio. O que, talvez, o sr.Mendonça receasse abordar é sobre a ri-validade evidente e noticiada entre o pre-sidente e o sr. Doria, governador de SãoPaulo. Mas nessa briga eu não entro, nemtomo partido. GRAÇA GOES, [email protected]

Recuo estratégicoO presidente Bolsonaro, no dia 27, sancio-nou o decreto 10.530, mas, um dia depois,após repercussão negativa, resolveu revo-gar o documento que “propunha um estudopara viabilizar a participação de empresasprivadas na administração das UnidadesBásicas de Saúde”, o que seria uma estra-

tégia para dar início a um processo de pri-vatização do SUS. Entretanto, esse recuo nãoconfigura uma suposta atitude humanitá-ria que demonstra o reconhecimento doequívoco desastroso de propor, em plenapandemia, o desmonte do sistema públicode saúde que tem sido de crucial impor-tância para viabilizar o acesso gratuito dapopulação carentea assistência médica. Re-vela, sim, a racionalidade do mórbido in-teresse de, provavelmente, atender a rei-vindicação de aliados que, percebendo orisco da atitude tresloucada gerar a perda devotos e sucumbir as aspirações de seus as-seclas, persuadiram o capitão a dar “meia

[email protected]

Lourenço MuellerArquiteto e [email protected]

Aniversário da Ba(h)ia de Todos-os-Santos, Kirimure

É hoje. Nenhum dia é mais oportunopara lembrar aos baianos a gran-diosidade geo-histórica e a beleza

ímpar desse ‘golfo’. E alertar para os ris-cos que corre.

O jornal A TARDE, que agora reconstróisua liderança local e regional em audiência,já destacou num editorial em 13 de no-vembro do ano passado (“Um plano paranossa Kirimure”) a esperança de fazermosum máster plan para a baía e tenho certezaque apoiará a proposta que faço adiante;minha assumida vaidade retrospectiva re-corta a voz do jornal: “...o arquiteto e ur-banista Lourenço Mueller tem em mente aideia compassiva de quem vê no outro, emais, no outro do futuro, a razão de viver:

a meta de preservar a baía é um presente dohoje para o amanhã.”

Aliás, agradeço ao jornal (e aos leitores,claro) o apoio que tem dado – desde 2008,quando passei a ser articulista quinzenal– às nossas iniciativas de ativismo ur-banístico, desde entrevistas, matérias eartigos críticos e provocativos até os vi-sionários movimentos sobre o uso van-tajoso das bicicletas, a requalificação darua Humberto de Campos e a possívelutopia de Kirimure.

No dizer de Guimarães Rosa, ‘o real não

está na saída nem na chegada, ele se dispõepara a gente é no meio da travessia’, isso diztudo, metaforicamente. E essa ‘travessia’ queanuncio hoje. Para o Cibergrupo, que intentavalorizar a baía, o projeto de uma originaltravessia multimodal em 2021, pelos seuscem membros, ao completar 520 anos de‘achada’, em embarcações distintas e tam-bém a nado, não será apenas um feito es-portivo motivador, já que estamos numaépoca quase desprovida de interesse inte-lectual, mas está revestido de significadosimbólico: desde a largada dos nadadores, deum ponto flutuante entre os dois litorais, oda ilha de Itaparica e o de Salvador – pontoque abrigaria um porto gigante se a questãoda ponte fosse melhor estudada – até achegada no Forte São Marcelo, o ‘forte domar’, tão cheio de história e âmago de umaestratégia de gestão para toda a baía.

A intenção é clara: aproveitar-se do pró-prio acidente geográfico para midiati-zá-lo.

Realizamos um bem-sucedido congres-so no ano passado, o COMARK, onde sediscutiu economia criativa, meio ambien-te sustentável, patrimônio, turismo, na-vegabilidade, segurança, o nascimento deuma fundação voltada para práticas náu-ticas e até a ‘cultura do saveiro’ e as es-peciarias gastronômicas dos locais; pre-tendia-se afunilar os conteúdos esse anomas a Peste nos impediu. Foi possívelapenas organizar a distribuição de cestasbásicas para uma das comunidades daborda marítima. De toda forma, sendoano eleitoral, os prefeitos dos 17 muni-cípios litorâneos da BTS estariam volta-dos para a propaganda política, um equí-voco ao não perceber que um programada natureza de Kirimure seria sua melhoralavanca eleitoral. Isso é válido tambémpara Salvador, claro.

Mas “la nave va” e para continuar nesseidioma,”vide’o mare quant’è bello, spiratantu sentimento” (Torna a Sorriento).

Nenhum dia é maisoportuno para lembrara grandiosidadegeo-histórica e a belezaímpar desse ‘golfo’

volta, volver". Por isso, não devemos nosenganar com a hibernação do faminto ursochamado Mercado, porque, passada a elei-ção, voltará com mais voracidade atrás dacaça. E o fantoche alienado não arrefeceráa sua sanha para fazer valer as ordens dopatrão. Em favor da justiça social, fora Bol-sonaro! GILBERT BORGES, [email protected]

Votar ou nãoEsse ano não vou votar. Vou me abster. Seique a omissão é um erro imperdoável po-rém enquanto houver políticos achandoque santinhos e dentaduras dão voto, votonão. O pior é que dão mesmo. Minha se-cretária do lar me abandonou subitamentepara se operar... perguntei: “Está doente?”,ela respondeu: “Política. Vou ligar minhastrompas no interior”. Aqui na capital a coisanão está muito diferente: carreatas buzi-nando, correndo, com pessoas empunhan-do bandeiras, lideradas por um trio elétricotriste e barulhento. Gritos e barulho com-pram votos? Aqui compram. Asfaltos sendorefeitos às pressas, quando já estavam pron-tos. Ou colocados em finas camadas paradesmoronarem na próxima chuva ou pró-xima eleição. Voto não. Eu vou me abster porconta também e muito mais, das filas eaglomerações, que garantem que não vão

existir. O risco não vale... DILU MACHADO,[email protected]

Ricardo, vá ficar com Weintraub!É preciso mandar o “desministro” do MeioAmbiente, Ricardo Salles, pra o mesmo lugarquefoioex-medíocre-ministrodaEducação,Abraham Weintraub, urgente ou ele destróio que resta do governo, como está fazendodo que resta do meio ambiente. O sujeitoparece que saiu das cavernas e não tem nemideia do que significa meio ambiente e aimportância para o futuro das próximas ge-rações; pra ele é como se importasse apenasa sua geração, o resto que se dizime e morrasem água, sem ar e sem alimentos. Pena quepor falta de letras, o Bolsonaro apoie gentedeste tipo e ainda bata palma para quei-madas, pro fim da demarcação indígena, praentrada de empresas de exploração de mi-nério – diga-se de passagem: predatórias –em terras indígenas. Realmente estamos vi-vendo a era da escuridão, com queimadas daAmazônia Legal, momento indigno e queenvergonha, ver o Brasil ser tratado comopárianocenáriomundial,motivodechacotae irresponsabilidade. Mas, como disse on-tem, a “era da mediocridade” irá passar, e,como a era Collor e a era Lula, nunca seráesquecida pra não ser repetida. YURIMATOS,[email protected]

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