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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Coaching, o caminho das pedras Págs. 4 e 5 D i a b e t e s p o d e a c a b a r c o m a f e r t i l i d a d e As estatísticas comprovam que o número de diabéticos cresce a cada ano e os problemas que ela causa podem ser irreversíveis “F oi um choque. A gente nunca pensa que pode realmente acontecer com a gente. Mas fazer a leitura do exame e ter certeza que sou diabética foi um baque. Preciso mudar”. Essa declaração é de Milena Nascimento, 29, que retrata uma realidade no Brasil: muita gente não sabe que tem diabetes. A doença, silenciosa e perigosa, se não tratada, pode causar problemas como a perda da visão, amputações e infertilidade. Além disso, a diabetes já é posta no mesmo patamar de doenças crônicas como hipertensão e câncer. “Vinha me sentindo mal, com muita fadiga. Procurei o médico e fiz os exames. Quando recebi os resultados, fiquei em choque, mesmo sabendo que estava fa- zendo tudo errado. Estou acima do peso, sou fumante, não me alimento como deveria. Não deveria ser uma surpresa, mas ainda assim a gente sofre um baque”, con- ta a administradora. Ela diz, ainda, que apesar de conviver com a doença, não esperava esse resultado. “Eu ainda não tenho nem 30 anos e já tenho esse problema? Tenho que re- considerar meu modo de vida, ou vou acabar como minha avó ou minha mãe. A primeira teve uma perna amputada, e a minha mãe precisa aplicar insulina todo dia”, diz Milena. Apesar do relato da administradora, ela não está só, e as estatísticas comprovam que o nú- mero de diabéticos vem crescendo a cada ano. De acordo com o endocrinologista Fadlo Fraige Filho, “o paciente não sente dor, muitas vezes ignora os sintomas e só descobre o problema por conta das complicações”, destaca. Mudanças de humor, fadiga, fome e sede fre- quentes são sintomas comuns da diabetes. Silen- ciosa, porém perigosa, a enfermidade já é colocada no mesmo nível de outras doenças crônicas não transmissíveis, como a doença pulmonar obstrutiva crônica, a hipertensão e o câncer. Essa falta de atenção com a diabetes pode explicar seu crescimento na população: de acordo com a Vi- gilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), os casos subiram de 5,5% para 6,9% entre os anos de 2006 e 2013. Atualmente, uma média de 8 milhões de brasileiros já são diagnosticados diabéticos e outros 4 milhões não sabem que têm diabetes. De acordo com o especialista, a ignorância e falta de cuida- dos necessários podem custar muito caro: além de dificultar o metabolismo da glicose no corpo e criar resistência aos efeitos da insulina, a doença pode causar cegueira e amputações. Segundo Fraige, o risco de desenvolver diabetes está relacionado ao índice de massa corpórea da pessoa. Obesos, sedentários, idosos, hipertensos, parentes de diabéticos e mães cujos bebês tenham nascido com mais de 4 kg configuram grupos de risco. Reconhecidos os perigos, que tal prevenir ou, ao menos, controlar esse problema? Para isso, o ideal é manter hábitos saudáveis e realizar check ups médicos frequentes. Infertilidade Outro problema causado pela diabetes é a in- fertilidade, que pode comprometer a saúde tanto do homem quanto da mulher. Para que o sistema reprodutivo de homens e mulheres funcione bem, é necessário equilíbrio hormonal e desempenho adequado dos órgãos reprodu- tores. No entanto, doenças crônicas, como o dia- betes, podem comprome- ter a fertilidade, resultando na dificuldade para engravidar. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que cerca de 240 milhões de pessoas sejam diabé- ticas em todo o mundo. Segundo o ginecologista responsável pela área de Reprodução Humana da Criogênesis, em São Paulo, Renato de Oliveira, o fato de ter diabetes nem sempre interfere na fertilidade, mas o diabético deve tomar certos cuidados. No caso das mulheres, o diabetes pode com- prometer a fertilidade na medida em que aumenta a intolerância à insulina. “O diabetes tipo 2 geral- mente está associado à obesidade e resistência à insulina. Essas duas condições podem causar deficiência hormonal, assim como ciclo menstru- al irregular e infertilidade”, explica. Já o diabetes tipo 1 ocorre quando as células no pâncreas, que produzem insulina, são destruídas por anticorpos. “Esse processo também pode afetar outros órgãos endócrinos, incluindo os ovários, e impossibilitar a gravidez”, complementa o especialista. Mas engana-se quem pensa que apenas mu- lheres diabéticas têm problemas em relação à fertilidade. Os homens também são afetados pela doença. “Devido à alta taxa de glicose, a produção de radicais livres aumenta, o que pode resultar em problemas no material genético. No caso de diabetes tipo 2, os pacientes podem desenvolver ejacula- ção retrógrada, que ocorre quando o sêmen, que normalmente sai atra- vés da uretra, flui em direção à bexiga urinária. Dessa forma, não há espermatozoides para fecundar o óvulo”, diz Oliveira. MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

Saúde - 16 de novembro de 2014

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO http://www.emtempo.com.br

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SaúdeCa

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o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Coaching, o caminho das pedras

Págs. 4 e 5

Diabetes

pode acabar com a fertilidade

As estatísticas comprovam

que o número de diabéticos cresce

a cada ano e os problemas que ela causa

podem ser irreversíveis

“Foi um choque. A gente nunca pensa que pode realmente acontecer com a gente. Mas fazer a leitura do exame e ter certeza que sou diabética foi um

baque. Preciso mudar”. Essa declaração é de Milena Nascimento, 29, que retrata uma realidade no Brasil: muita gente não sabe que tem diabetes. A doença, silenciosa e perigosa, se não tratada, pode causar problemas como a perda da visão, amputações e infertilidade. Além disso, a diabetes já é posta no mesmo patamar de doenças crônicas como hipertensão e câncer.

“Vinha me sentindo mal, com muita fadiga. Procurei o médico e fi z os exames.

Quando recebi os resultados, fi quei em choque, mesmo sabendo que estava fa-

zendo tudo errado. Estou acima do peso, sou fumante, não me alimento

como deveria. Não deveria ser uma surpresa, mas ainda assim a

gente sofre um baque”, con-ta a administradora. Ela

diz, ainda, que apesar de conviver com

a doença, não

esperava esse resultado. “Eu ainda não tenho nem 30 anos e já tenho esse problema? Tenho que re-considerar meu modo de vida, ou vou acabar como minha avó ou minha mãe. A primeira teve uma perna amputada, e a minha mãe precisa aplicar insulina todo dia”, diz Milena.

Apesar do relato da administradora, ela não está só, e as estatísticas comprovam que o nú-mero de diabéticos vem crescendo a cada ano. De acordo com o endocrinologista Fadlo Fraige Filho, “o paciente não sente dor, muitas vezes ignora os sintomas e só descobre o problema por conta das complicações”, destaca.

Mudanças de humor, fadiga, fome e sede fre-quentes são sintomas comuns da diabetes. Silen-ciosa, porém perigosa, a enfermidade já é colocada no mesmo nível de outras doenças crônicas não transmissíveis, como a doença pulmonar obstrutiva crônica, a hipertensão e o câncer.

Essa falta de atenção com a diabetes pode explicar seu crescimento na população: de acordo com a Vi-gilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), os casos subiram de 5,5% para 6,9% entre os anos de 2006 e 2013. Atualmente, uma média de 8 milhões de brasileiros já são diagnosticados diabéticos e outros 4 milhões não sabem que têm diabetes. De acordo com o especialista, a ignorância e falta de cuida-dos necessários podem custar muito caro: além de difi cultar o metabolismo da glicose no corpo e criar resistência aos efeitos da insulina, a doença pode causar cegueira e amputações.

Segundo Fraige, o risco de desenvolver diabetes está relacionado ao índice de massa corpórea da pessoa. Obesos, sedentários, idosos, hipertensos, parentes de diabéticos e mães cujos bebês tenham nascido com mais de 4 kg confi guram grupos de risco. Reconhecidos os perigos, que tal prevenir ou, ao menos, controlar esse problema? Para isso, o ideal é manter hábitos saudáveis e realizar check ups médicos frequentes.

InfertilidadeOutro problema causado pela diabetes é a in-

fertilidade, que pode comprometer a saúde tanto do homem quanto da mulher. Para que o sistema reprodutivo de homens e mulheres funcione bem, é necessário equilíbrio hormonal e desempenho

adequado dos órgãos

reprodu-tores. No entanto, doenças crônicas, como o dia-betes, podem comprome-ter a fertilidade, resultando na difi culdade para engravidar. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que cerca de 240 milhões de pessoas sejam diabé-ticas em todo o mundo.

Segundo o ginecologista responsável pela área de Reprodução Humana da Criogênesis, em São Paulo, Renato de Oliveira, o fato de ter diabetes nem sempre interfere na fertilidade, mas o diabético deve tomar certos cuidados.

No caso das mulheres, o diabetes pode com-prometer a fertilidade na medida em que aumenta a intolerância à insulina. “O diabetes tipo 2 geral-mente está associado à obesidade e resistência à insulina. Essas duas condições podem causar defi ciência hormonal, assim como ciclo menstru-al irregular e infertilidade”, explica. Já o diabetes tipo 1 ocorre quando as células no pâncreas, que produzem insulina, são destruídas por anticorpos. “Esse processo também pode afetar outros órgãos endócrinos, incluindo os ovários, e impossibilitar a gravidez”, complementa o especialista.

Mas engana-se quem pensa que apenas mu-lheres diabéticas têm problemas em relação à fertilidade. Os homens também são afetados pela doença. “Devido à alta taxa de glicose, a produção de radicais livres aumenta, o que pode resultar em problemas no material genético. No caso de diabetes tipo 2, os pacientes podem desenvolver ejacula-ção retrógrada, que ocorre quando o sêmen, que normalmente sai atra-vés da uretra, fl ui em direção à bexiga urinária. Dessa forma, não há espermatozoides para fecundar o óvulo”, diz Oliveira.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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Page 2: Saúde - 16 de novembro de 2014

MANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

As bactérias são muito mais importantes do que se imaginava. Em muitos casos, estão sendo usadas, por exemplo, para tratar a dermatite atópica, asma e alergias, colesterol, infecção urinária e até doenças cardiovascula-res. Uma pesquisa americana revelou que a eliminação de bactérias do intestino impediu a formação de placas de gordura que obstruem os vasos sangúineos. A estratégia de repovoar a fl ora bacteriana também acelera a recuperação de cirurgias, porque fortalece o sistema imunológico. Na prática, os bons resultados estão impulsionando a popu-larização dos probióticos. No Brasil, a Invictus é uma das empresas a disponibilizar um produto com alta quantidade de bactérias, para casos mais graves de constipação. É o lactofos, que promete ser útil também para diarreia e manifestações urogenitais.

Elas podem até ajudar a saúde das coronárias

Um procedimento a princípio inusitado começa a ser testado como uma opção de tratamento para infecção intestinal e obesidade. Trata-se do transplante de bacté-rias, cujo objetivo é devolver o equilíbrio à fl ora intestinal, de forma que os problemas sejam corrigidos. No caso da infecção, a técnica já tem sido adotada em vários países – inclusive no Brasil – para tratar pacientes nos quais ou-tros recursos foram inefi cazes. Recentemente, um estudo sobre o método, publicado na revista científi ca “The New England Journal of Medicine”, mostrou que, enquanto os remédios mais usados contra o problema apenas reduzem a frequência das diarreias decorrentes da infecção, o transplante promove sua cura.

Você conhece as bactérias do bem? Saiba mais

DiagramaçãoAdyel Vieira

RevisãoDernando Monteiro,Gracicleide Drummond eJoão Alves.

Primeiras leis organizando a medicina

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

Humberto Figliuolohfi [email protected]

A saudável fi toterapia

Humberto Figliuolo

Código de Hamurabi, esculpido num bloco negro de diorita, expos-to no Museu do Louvre, constitui im-portante fonte de informação”

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Humberto Figliuolo

farmacêutico

Os fitote-rápicos são medicamentos industrializa-dos de ori-gem vegetal, obtidos com o emprego exclusivo de plantas medi-cinais”

A natureza é fonte de vida. As virtu-des curativas das plantas medicinais são confi rmadas em todo o mundo, de geração em geração. Diversos são os laboratórios no Brasil com resul-tado de superação, conhecimento e evolução no processo de fornecer produtos fi toterápicos que tragam saúde e bem-estar, aproveitaram o conhecimento milenar com técnicas modernas e com trabalho e vocação. Os laboratórios de forma transparen-te e equilibrada em total sinergia com a natureza. Para que o conhecimento adquirido por meio da tradição seja aproveitado, disponibilizando altos padrões de qualidade, técnicas far-macêuticas elaboradas, com investi-mentos em pesquisas, treinamento e equipamentos de última geração. Os fi toterápicos são medicamentos industrializados de origem vegetal obtidos com o emprego exclusivo de plantas medicinais e seus derivados naturais, com fi nalidade profi lática, curativa, paliativa ou para fi ns de diagnóstico. Os fi toterápicos e as ervas medicinais foram ,na primeira metade do século 20, os principais medicamentos à disposição dos pro-fi ssionais de saúde daquele tempo. À medida que a bioquímica identifi cou os princípios ativos daquelas plantas e isolou o principal agente do efeito terapêutico da erva, esta ia sendo esquecida, preterida pelas novas

fórmulas praticadas de tratamento. Sem contestação da efi cácia das drogas puras, foi esquecida a suavi-dade do efeito produzida pelas ervas sem se levar em conta a agressão ao metabolismo do sal puro.

Hoje é impraticável descartar o uso das substâncias puras nos casos avançados de determinadas pato-logias. Mas as ervas e as terapias daquela época também evoluíram à luz da ciência, que vem mostrando a vantagem da utilização dos princípios ativos ainda no estado de equilíbrio que se apresenta na planta.

A ciência tem se encarregado de fornecer atestado de idoneidade às planta já conhecidas dos profi ssio-nais de saúde, e outras desconhe-cidas vêm se juntando à categoria de plantas medicinais por meio das pesquisas que vêm sendo realizadas em todo o mundo. Os pesquisadores, aproveitando-se do conhecimento empírico do povo e dos silvícolas, vêm publicando uma avalanche de trabalhos referentes a centenas de plantas desconhecidas dos profi ssio-nais de saúde contemporâneos.

Conheçam alguns produtos com o nome comercial e sua nomenclatura ofi cial: Maracugina (Passifl ora alata), Dissol (Phylantus ninuri), Valerimed (Valeriana offi cinalis), Espinheira Santa (Maytenus ilicifl olia), Alhonat (Allium sativum), Ginkocaps (Ginko

biloba), Castanha da Índia (Aezculus hipocastanum l) extrato seco da se-mente, este medicamento fi toterápi-co contra insufi ciência venosa é um dos mais vendidos nas farmácias.

Como funciona este medicamen-to? Castanha da Índia de diversos laboratórios atua aliviando os sinto-mas característicos da insufi ciência venosa, como sensação de dor e peso das veias das pernas, inchaço, cãibras e prurido. Proporcionando aumento da resistência vascular periférica e melhora do retorno do fl uxo venoso, servindo também para o tratamento de varicosa (pequenas veias averme-lhadas, azuladas ou roxas, localizadas na superfície da pele).

Este fi toterápico aumenta a re-sistência das veias, contribuindo para o seu fortalecimento e para a diminuição da permeabilidade dos vasos sanguíneos, exercendo uma importante ação no controle de inchaço, uma vez que impede o extravasamento de líquidos dos va-sos sanguíneos, apresenta também propriedades anti-infl amatórias, diminuindo o inchaço e as dores nas pernas. Que essas informações possam incentivar o uso responsável, sustentável e irreversível do reino vegetal como principal fonte tera-pêutica para a humanidade.

O homem saudável desfruta de saúde espiritual e física.

Sem dúvida, na Mesopotâmia, nos anos 1700 a.C., os tratamen-tos não cirúrgicos eram mais fre-quentes. Alguns registros indicam a crença coletiva no poder curador da água. Dessa forma, centros de curas eram construídos próximo às margens dos rios.

A partir da compreensão de os astros serem deuses, se tornou cor-rente que a vida, a morte, a saúde e a doença dependeriam da vontade dessas divindades. Assim, o trata-mento só seria competente se os curadores decifrassem as mensa-gens dos astros. Esse conjunto de crenças valorizou o adivinho, como personagem essencial para evitar a doença, interpretando o horóscopo e o fígado do carneiro sacrifi cado.

Por outro lado, o Código de Hamu-rabi, esculpido num bloco negro de diorita, exposto no Museu do Louvre, constitui importante fonte de infor-mação, tanto em relação aos tipos de tratamentos médicos quanto aos pagamentos e penalidades, respec-tivamente, como recompensa pelo sucesso e castigo pela má prática.

É possível que esse conjunto norma-tivo, inicialmente, não representasse código de leis como entendemos hoje, mas, provavelmente fosse um conjunto de decisões ditadas pelo rei Hamurabi, posteriormente tornadas leis, em torno do ano 1700 a.C.

Em relação à medicina, de modo muito claro, esse conjunto de leis estabeleceu: estratifi cação social, onde médicos atendiam pessoas de diferentes estratos sócioeconô-micos e recebiam remuneração ou penalidades diferenciadas; medicina como especialidade social e o tra-balho médico remunerado. Nas leis dedicadas à medicina, existe clara maior atenção ao trabalho médico invasivo, isto é, à cirurgia, fazendo pressupor que os procedimentos invasivos determinavam mais con-fl ito se comparados às consultas clínicas. Desse modo, é possível entender porque eram tão severas as penalidades para as cirurgias com resultados insatisfatórios.

As principais leis que regeram a medicina, no código de Hammurabi, são as seguintes:

§ 215: Se um médico fez, em um awilum, uma operação difícil com um escalpelo de bronze e curou o awilum ou (se) abriu a nakkaptum de um awilum com um escalpelo de bronze e curou o olho do awilum, ele receberá 10 siclos de prata;

§ 216: Se foi o fi lho de um muske-num, ele receberá 5 siclos de prata;

§ 217: Se foi o escravo de um awilum, o dono do escravo dará ao médico dois siclos de prata;

§ 218: Se um médico fez em um awilum uma operação difícil com um

escalpelo de bronze e causou a morte do awilum ou abriu a nakkaptum de um awilum e destruiu o olho do awilum, eles cortarão a sua mão;

§ 219: Se um médico fez uma operação difícil com um escal-pelo de bronze no escravo de um muskenum e causou-lhe a morte, ele deverá restituir um escravo como o escravo (morto);

§ 220: Se ele abriu a sua nakkap-tum com um escalpelo de bronze e destruiu o seu olho, ele pesará a metade de seu preço;

§ 221: Se um médico restabeleceu o osso quebrado de um awilum ou curou um músculo doente, o paciente dará ao médico 5 siclos de prata;

§ 222: Se foi um muskenum, dará 3 siclos de prata;

§ 223: Se foi o escravo de um awilum, o dono do escravo dará 2 siclos de prata.

A transparente punição da má prática médica proporcional à im-portância sociopolítica do doente traduz a construção daquela so-ciedade escravista e rigidamente hierarquizada.

Semelhante aos dias atuais, a ausência no Código de Hammurabi de penalidade aos curadores ligados às crenças e idéias religiosas indicam que eram menos fi scalizados: se a reza não conseguisse curar, a culpa seria da pouca fé do doente...

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MANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

‘Pílulas anticoncepcionais ‘Pílulas anticoncepcionais

nãoengordam’

O mercado hoje oferece uma gama variada de pílulas contraceptivas com princípios ativos que podem oferecer absoluta segurança à mu-

lher que deseja planejar uma gravidez para o momento adequado ou evitar qualquer ris-

co de uma gravi-dez indesejada.

C o m b i n a d a (estrogênio e progestero-na) ou isolada

(apenas proges-terona) e com dife-

rentes doses de hormô-nio. As possibilidades são

múltiplas e conhecer cada um de seus princípios ativos

é importante para fazer uma escolha acertada.

Pensando nisso, o Saúde e bem-estar conversou com a Dra. Cristina Guazzelli, ginecologista e professora da Universidade Fe-deral de São Paulo (Unifesp) sobre o assunto, esclarecendo as prin-cipais dúvidas que as mulheres apresentam sobre o assunto.

Saúde - No que concerne às pílulas anticoncepcionais frequentemente temos novi-dades no mercado. Qual a mais recente?

Dra. Cristina - Atualmente, as mulheres podem contar com pílulas que contêm hormônios semelhantes aos produzidos na-

turalmente pelo seu organismo. As combinações das progesteronas

acetato de nomegestrol e dienogest com os estrogênios 17B-estradiol

e valerato de estradiol, respectiva-mente, chegaram como nova opção

aos demais contraceptivos. O que muda entre estes métodos é a forma de uso,

sendo uma com regime monofásico e a outra, multifásico. As pílulas chamadas

naturais podem ser apropriadas para mulheres de qualquer idade, mas é

importante lembrar que elas não devem ser usadas por mulheres que têm contraindicações ao uso do estrogênio.

Saúde - Todas as mulheres podem tomar pílulas anticon-cepcionais?Dra. Cristina - O uso de todo e

qualquer método contraceptivo deve respei-tar os Critérios de Elegibilidade do Ministério da Saúde, além de se adequar ao estilo de vida, hábitos diários, necessidades individu-ais e histórico clínico de cada mulher. Só um profissional médico está apto a decidir, junto com a mulher, qual é o método mais indicado para ela. É importante lembrar que algumas mulheres têm contraindicação ao uso do estrogênio, como, por exemplo, as com histórico de tromboembolismo, hiper-tensas, com problemas cardiovasculares, fumantes com mais de 35 anos e as que estão amamentando.

Saúde - No caso de não poder por al-gum motivo, existe um método que possa ser igualado em termos de segurança contra uma gravidez indesejada?

Dra. Cristina - Para essas mulheres, uma das soluções podem ser as pílulas e méto-dos só com progesterona, como é o caso do implante subcutâneo e dos injetáveis trimestrais. Outra opção pode ser o DIU de cobre, que não contém hormônios.

Saúde - Quais os prós e os contras da pílula?Dra. Cristina - Prós: se no início, os méto-

dos apresentavam altas doses de hormônio, com o passar dos anos, foram reproduzindo a fisiologia do organismo e moldando-se às necessidades individuais de cada mulher. Hoje as pílulas apresentam doses bem menores de hormônios, e podem auxiliar em diversos problemas enfrentados pela mulher, como melhorar a cólica menstrual, diminuir o sangramento e as queixas de TPM, de acne e pelos, por exemplo.

Contras: as pílulas necessitam da toma-da diária, o que pode ser um empecilho para mulheres que se esquecem de tomar o medicamento com frequência. Para es-sas, há opções semanais (como o adesivo), mensais (como o anel vaginal e o injetável), trimestrais (como o injetável) e métodos de longa duração, que podem durar de 3 (caso do implante subcutâneo) a 5 ou 10 anos (caso do dispositivo intrauterino, dependendo do modelo).

Saúde - Tomar pílulas por anos se-guidos prejudica a mulher que ainda pretende engravidar?

Dra. Cristina - Não, a mulher pode usar a pílula por quanto tempo achar que seja necessário. Após a sua parada ocorre retorno rápido de sua fertilidade.

Saúde - Muitas mulheres temem a pílula com medo de engordar. Procede essa preocupação?

Dra. Cristina - As pílulas não engordam, até o momento todos estudos publicados não mostram ganham de peso. Pode ocorrer na dependência do tipo da pílula um pequeno inchaço ou retenção hídrica que pode ser de 400-500g.

Saúde - Qual o benefício de tomar a pílula de emergência?

Dra. Cristina - A pílula de emergência, como o próprio nome diz, serve para socorrer aquela mulher que não quer engravidar e teve relação desprotegida.

Muitas mulheres optam por não tomar pílulas anticoncepcionais porque têm medo dos efeitos colaterais, dentre eles, o de engordar, especialista garante que esse risco não existe

Pelo menos esse risco as mulheres não correm com as pílulas

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014 F5

A verdadeira

no processo de no processo de no processo de no processo de no processo de

A profi ssão de coach é relativamente nova em nossa sociedade, isto é, se considerarmos que, como ciências

das relações humanas, este processo foi descrito pela primeira vez em 1974, com o livro “The Inner Game of Tennis”, publicado por Timothy Gallwey.Neste livro, o autor, por meio de suas experiências pessoais,

primeiramente como jogador de tênis e, posteriormente, como treinador, apresenta uma importante visão de como todos nós, em nossas relações de vida, podemos ter uma melhor perfor-

mance, se contarmos com um treinador, um “coach”, que nos mostre, não o caminho, mas o processo que possibilite realizar

todos os nossos objetivos, realizar os nossos “sonhos”. Foi, portanto, a partir dessa visão, que surgiu este processo poderoso chamado “coaching”. Na

verdade, uma ferramenta indispensável nas relações de aprendizagem humana, porém bastante recente, se

considerarmos que, para a ciência, 30 anos é um tempo relativamente curto e principalmente para nós, aqui

no Brasil, que somente tivemos conhecimento efetivo do desenvolvimento deste processo a partir do início dos anos 90.Além do coaching para emagreci-

mento, existem outros tipos de coaches, para diversas áreas.. Self coach;

. Coaching com equipes;. Coaching com colaboradores;

. Coaching de vida; . Coaching empresarial;

. Coaching executivo;. Coaching de carreira;

. Coaching para esportes.

Temas do encontro pioneiroSeguindo a visão das especialistas, a

Assi & Moura Vida Saudável convidou profi ssionais de destaque em Manaus dentro das áreas de Nutrição, Culinária Fit e Personal Training – além do Life Coaching e Psicoterapia – para cocriarem o 1º Encontro Fit Corpo & Mente.

A iniciativa, pioneira na cidade, traz os ensinamentos, bate-papo e palestras concentradas em três áreas. A primeira, a alimentação, vem com o tema “Sua comida é seu melhor remédio”, um bate-papo com a fi sioterapeuta e chef Sandy Salum. “Vamos falar sobre a importân-cia da refeição funcional para adquirir qualidade de vida, pois é na alimentação que muita coisa pode mudar”, explica a life coach Ellen Assi. Para complemen-tar, a nutricionista e educadora física Suyene Camilo vai falar sobre o impacto das escolhas que fazemos na hora de nutrirmos nosso corpo.

Além das duas profi ssionais, a personal trainer Adriana Silva aborda os exercícios físicos, e vai falar sobre saúde e bem-estar. “Esses dois são temas importantes que muita gente busca quando se fala em atividade física, mas não sabe por onde começar”, diz Ellen.

A própria Ellen Assi também vai conver-

sar com as participantes. Em seu bate-papo, o tema será Wellness Coaching, com foco na mudança comporta-mental para o emagrecimento. Em seguida, é a vez da psicoterapeuta Vanessa Moura, que ministra a palestra “Derrube barreiras da sua mente e tenha mais saúde, bem-estar e seu melhor corpo” para fi nalizar com o terceiro tema, a saúde mental.

O investimento para a par-ticipação do encontro – que além de palestras vai ter rodada de tira-dúvidas ex-press, degustação, brindes e sorteios – é de R$ 20 (a serem pagos no dia do evento), e a pré-inscri-ção pode ser feita por meio do link http://bit.ly/1encontrofi t. Para mais informações, basta entrar em con-tato pelo e-mail:

[email protected], ou pelos telefones (92) 98434-8383 ou (92) 98113-3954.

SERVIÇO1º ENCONTRO FIT CORPO E MENTE

Quando:

Onde:

Sábado, dia 29 de novembro, das 13h30 às 19hRua Santa Helena, Centro Comercial Eid Badr – Adrianó-polis (na rua da sede do Partido da República – PR)

em nossas relações de vida, podemos ter uma melhor perfor-mance, se contarmos com um treinador, um “

mostre, não o caminho, mas o processo que possibilite realizar todos os nossos objetivos, realizar os nossos “sonhos”.

Foi, portanto, a partir dessa visão, que surgiu este processo poderoso chamado “

. Coaching . Coaching

. CoachingCoaching. Coaching

De acordo com a Sociedade Brasi-leira de Programação Neurolinguísti-ca (SBPNL), a estratégia oferece um modelo que ajuda a entender melhor como o ser humano pensa, age e se comunica, para que cada um seja capaz de identificar e aproveitar suas capacidades a fim de alcançar

os resultados que deseja.

Trata-se de uma das mais efica-zes ferramentas de mudança com-portamental, reconhecida em todo o mundo como a fórmula da ex-celência humana. Algumas pessoas costumam dizer ainda que a PNL é como um “manual de instruções” para a nossa mente.

O nome Programação Neurolin-guística resume os três pontos com-

plexos que são estudados pela disciplina. O “Neuro” remete à

mente, onde processamos nossas experiências por

meio dos cinco senti-dos. “Linguística” re-

fere-se à linguagem ou a outras formas de comunicação não verbais. Por fim, o termo “Programação” pode ser entendido como uma comparação entre a mente humana e um compu-tador. O cérebro seria o hardware, enquanto os pensamentos e o com-portamento, o software, programa que define como o computador in-terpreta os dados recebidos. Com a PNL, é possível “reprogra-mar” o cérebro, ensinando a ele novos caminhos e retirando falhas de progra-mação geradas no passado.

comunica, para que cada um seja capaz de identificar e aproveitar suas capacidades a fim de alcançar

os resultados que deseja. para a nossa mente.

O nome Programação Neurolin-guística resume os três pontos com-

plexos que são estudados pela disciplina. O “Neuro” remete à

mente, onde processamos nossas experiências por

meio dos cinco senti-dos. “Linguística” re-

Ellen Assi: o importante é ajudar a encontrar o equilíbrio

Vanessa Mou-ra diz que é um desafi o defi nir PNL

Buscar o equilíbrio emocional, qualidade de vida, atingir desafi os, metas, objetivos, quebras de paradigmas e o emagreci-mento, tudo isso é possível. Saiba como

Técnicas de coaching e programação neurolinguísti-ca. Apesar de serem dois termos aparentemente complicados, os dois artifícios podem ser utiliza-dos de maneira a melhorar o nosso bem-estar. E

é com essas duas práticas aliadas à psicoterapia que as profi ssionais da Assi & Moura Vida Saudável vão promover o 1º Encontro Fit Corpo e Mente, no próximo dia 29, no Adrianópolis.

Primeiro, o que é o coaching? A fi sioterapeuta Ellen Assi, que hoje é life coach, explica. “Estava desanimada com a minha área de atuação, então procurei esse serviço. O coaching nos ajuda a alcançar metas e objetivos. Foi fazendo o coaching como cliente que descobri minha verdadeira paixão e vocação: o próprio coaching!”, lembra. Ellen diz, ainda, que o coaching – que em português signifi ca “treinamento” – na prática, nada mais é que auxiliar o cliente a explorar o melhor do poten-cial dele em busca de seus objetivos. “Na verdade, em busca de seus sonhos. Aí está a verdadeira essência no processo de coaching: ajudar o cliente a ir em busca de seus sonhos, utilizando dos seus próprios recursos ou de-senvolvendo novos recursos que ele mesmo julgue importantes e necessários para que ele possa atingir o resultado desejado”, diz.

E a tal da programação neurolinguísti-ca (PNL)? A psicóloga Vanessa Moura explica com detalhes. “É desafi ante defi nir de forma concisa o que é PNL, porque ela é muitas coisas ao mesmo tempo e traz resultados sur-preendentes, sendo usada por pessoas com diferentes fi nalidades.

Trocando em miúdos, talvez a coisa mais importante saber sobre a PNL é que por meio dela é possível utilizar o cérebro para alcançar quaisquer resultados que desejamos, tornando

possível conseguir excelência em qualquer campo de interesse. Daí o interesse em utilizar essas duas técnicas, aliadas à psicoterapia, para oferecer um

programa desenvolvido especialmente para quem quer mudar algo em sua vida.“Unimo-nos e utilizamos nossas expertises para fun-

dar nossa empresa. E, por meio desse conceito inovador e único, desenvolvemos um Programa de Atendimento

Integrado para pessoas que buscam o equilíbrio entre saúde mental e física, mudança de hábitos e emagreci-

mento de forma saudável”, completa Ellen.O Programa de Atendimento Integrado da Assi & Mou-ra Vida Saudável consiste, portanto, em 20 sessões

preparadas individualmente para buscar o equilíbrio emocional, qualidade de vida, atingir desafios, metas,

objetivos, quebras de paradigmas e o emagrecimen-to. As sessões são divididas entre Psicoterapia

e Coaching, ambas seguindo linhas holísticas com influência da Programação Neurolin-

guística (PNL). “Ou seja, trabalhando a ca-beça, o corpo naturalmente acompanha: mente sã, corpo são”, diz Ellen. Dessa maneira, o tripé formado pelas téc-

nicas de coaching, psicoterapia e programação neurolinguística (PNL) criam uma relação de

parceria e comprometimento com os clientes para estabelecerem, em conjunto com as profissionais,

objetivos, metas e metodologias para alcan-çá-los. “Além disso, as técnicas aplicadas

no programa integrado identificam e auxiliam a quebra de crenças limita-

doras, ansiedades e compulsões”, acrescenta Vanessa.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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Page 5: Saúde - 16 de novembro de 2014

F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014 F5

A verdadeira

no processo de no processo de no processo de no processo de no processo de

A profi ssão de coach é relativamente nova em nossa sociedade, isto é, se considerarmos que, como ciências

das relações humanas, este processo foi descrito pela primeira vez em 1974, com o livro “The Inner Game of Tennis”, publicado por Timothy Gallwey.Neste livro, o autor, por meio de suas experiências pessoais,

primeiramente como jogador de tênis e, posteriormente, como treinador, apresenta uma importante visão de como todos nós, em nossas relações de vida, podemos ter uma melhor perfor-

mance, se contarmos com um treinador, um “coach”, que nos mostre, não o caminho, mas o processo que possibilite realizar

todos os nossos objetivos, realizar os nossos “sonhos”. Foi, portanto, a partir dessa visão, que surgiu este processo poderoso chamado “coaching”. Na

verdade, uma ferramenta indispensável nas relações de aprendizagem humana, porém bastante recente, se

considerarmos que, para a ciência, 30 anos é um tempo relativamente curto e principalmente para nós, aqui

no Brasil, que somente tivemos conhecimento efetivo do desenvolvimento deste processo a partir do início dos anos 90.Além do coaching para emagreci-

mento, existem outros tipos de coaches, para diversas áreas.. Self coach;

. Coaching com equipes;. Coaching com colaboradores;

. Coaching de vida; . Coaching empresarial;

. Coaching executivo;. Coaching de carreira;

. Coaching para esportes.

Temas do encontro pioneiroSeguindo a visão das especialistas, a

Assi & Moura Vida Saudável convidou profi ssionais de destaque em Manaus dentro das áreas de Nutrição, Culinária Fit e Personal Training – além do Life Coaching e Psicoterapia – para cocriarem o 1º Encontro Fit Corpo & Mente.

A iniciativa, pioneira na cidade, traz os ensinamentos, bate-papo e palestras concentradas em três áreas. A primeira, a alimentação, vem com o tema “Sua comida é seu melhor remédio”, um bate-papo com a fi sioterapeuta e chef Sandy Salum. “Vamos falar sobre a importân-cia da refeição funcional para adquirir qualidade de vida, pois é na alimentação que muita coisa pode mudar”, explica a life coach Ellen Assi. Para complemen-tar, a nutricionista e educadora física Suyene Camilo vai falar sobre o impacto das escolhas que fazemos na hora de nutrirmos nosso corpo.

Além das duas profi ssionais, a personal trainer Adriana Silva aborda os exercícios físicos, e vai falar sobre saúde e bem-estar. “Esses dois são temas importantes que muita gente busca quando se fala em atividade física, mas não sabe por onde começar”, diz Ellen.

A própria Ellen Assi também vai conver-

sar com as participantes. Em seu bate-papo, o tema será Wellness Coaching, com foco na mudança comporta-mental para o emagrecimento. Em seguida, é a vez da psicoterapeuta Vanessa Moura, que ministra a palestra “Derrube barreiras da sua mente e tenha mais saúde, bem-estar e seu melhor corpo” para fi nalizar com o terceiro tema, a saúde mental.

O investimento para a par-ticipação do encontro – que além de palestras vai ter rodada de tira-dúvidas ex-press, degustação, brindes e sorteios – é de R$ 20 (a serem pagos no dia do evento), e a pré-inscri-ção pode ser feita por meio do link http://bit.ly/1encontrofi t. Para mais informações, basta entrar em con-tato pelo e-mail:

[email protected], ou pelos telefones (92) 98434-8383 ou (92) 98113-3954.

SERVIÇO1º ENCONTRO FIT CORPO E MENTE

Quando:

Onde:

Sábado, dia 29 de novembro, das 13h30 às 19hRua Santa Helena, Centro Comercial Eid Badr – Adrianó-polis (na rua da sede do Partido da República – PR)

em nossas relações de vida, podemos ter uma melhor perfor-mance, se contarmos com um treinador, um “

mostre, não o caminho, mas o processo que possibilite realizar todos os nossos objetivos, realizar os nossos “sonhos”.

Foi, portanto, a partir dessa visão, que surgiu este processo poderoso chamado “

. Coaching . Coaching

. CoachingCoaching. Coaching

De acordo com a Sociedade Brasi-leira de Programação Neurolinguísti-ca (SBPNL), a estratégia oferece um modelo que ajuda a entender melhor como o ser humano pensa, age e se comunica, para que cada um seja capaz de identificar e aproveitar suas capacidades a fim de alcançar

os resultados que deseja.

Trata-se de uma das mais efica-zes ferramentas de mudança com-portamental, reconhecida em todo o mundo como a fórmula da ex-celência humana. Algumas pessoas costumam dizer ainda que a PNL é como um “manual de instruções” para a nossa mente.

O nome Programação Neurolin-guística resume os três pontos com-

plexos que são estudados pela disciplina. O “Neuro” remete à

mente, onde processamos nossas experiências por

meio dos cinco senti-dos. “Linguística” re-

fere-se à linguagem ou a outras formas de comunicação não verbais. Por fim, o termo “Programação” pode ser entendido como uma comparação entre a mente humana e um compu-tador. O cérebro seria o hardware, enquanto os pensamentos e o com-portamento, o software, programa que define como o computador in-terpreta os dados recebidos. Com a PNL, é possível “reprogra-mar” o cérebro, ensinando a ele novos caminhos e retirando falhas de progra-mação geradas no passado.

comunica, para que cada um seja capaz de identificar e aproveitar suas capacidades a fim de alcançar

os resultados que deseja. para a nossa mente.

O nome Programação Neurolin-guística resume os três pontos com-

plexos que são estudados pela disciplina. O “Neuro” remete à

mente, onde processamos nossas experiências por

meio dos cinco senti-dos. “Linguística” re-

Ellen Assi: o importante é ajudar a encontrar o equilíbrio

Vanessa Mou-ra diz que é um desafi o defi nir PNL

Buscar o equilíbrio emocional, qualidade de vida, atingir desafi os, metas, objetivos, quebras de paradigmas e o emagreci-mento, tudo isso é possível. Saiba como

Técnicas de coaching e programação neurolinguísti-ca. Apesar de serem dois termos aparentemente complicados, os dois artifícios podem ser utiliza-dos de maneira a melhorar o nosso bem-estar. E

é com essas duas práticas aliadas à psicoterapia que as profi ssionais da Assi & Moura Vida Saudável vão promover o 1º Encontro Fit Corpo e Mente, no próximo dia 29, no Adrianópolis.

Primeiro, o que é o coaching? A fi sioterapeuta Ellen Assi, que hoje é life coach, explica. “Estava desanimada com a minha área de atuação, então procurei esse serviço. O coaching nos ajuda a alcançar metas e objetivos. Foi fazendo o coaching como cliente que descobri minha verdadeira paixão e vocação: o próprio coaching!”, lembra. Ellen diz, ainda, que o coaching – que em português signifi ca “treinamento” – na prática, nada mais é que auxiliar o cliente a explorar o melhor do poten-cial dele em busca de seus objetivos. “Na verdade, em busca de seus sonhos. Aí está a verdadeira essência no processo de coaching: ajudar o cliente a ir em busca de seus sonhos, utilizando dos seus próprios recursos ou de-senvolvendo novos recursos que ele mesmo julgue importantes e necessários para que ele possa atingir o resultado desejado”, diz.

E a tal da programação neurolinguísti-ca (PNL)? A psicóloga Vanessa Moura explica com detalhes. “É desafi ante defi nir de forma concisa o que é PNL, porque ela é muitas coisas ao mesmo tempo e traz resultados sur-preendentes, sendo usada por pessoas com diferentes fi nalidades.

Trocando em miúdos, talvez a coisa mais importante saber sobre a PNL é que por meio dela é possível utilizar o cérebro para alcançar quaisquer resultados que desejamos, tornando

possível conseguir excelência em qualquer campo de interesse. Daí o interesse em utilizar essas duas técnicas, aliadas à psicoterapia, para oferecer um

programa desenvolvido especialmente para quem quer mudar algo em sua vida.“Unimo-nos e utilizamos nossas expertises para fun-

dar nossa empresa. E, por meio desse conceito inovador e único, desenvolvemos um Programa de Atendimento

Integrado para pessoas que buscam o equilíbrio entre saúde mental e física, mudança de hábitos e emagreci-

mento de forma saudável”, completa Ellen.O Programa de Atendimento Integrado da Assi & Mou-ra Vida Saudável consiste, portanto, em 20 sessões

preparadas individualmente para buscar o equilíbrio emocional, qualidade de vida, atingir desafios, metas,

objetivos, quebras de paradigmas e o emagrecimen-to. As sessões são divididas entre Psicoterapia

e Coaching, ambas seguindo linhas holísticas com influência da Programação Neurolin-

guística (PNL). “Ou seja, trabalhando a ca-beça, o corpo naturalmente acompanha: mente sã, corpo são”, diz Ellen. Dessa maneira, o tripé formado pelas téc-

nicas de coaching, psicoterapia e programação neurolinguística (PNL) criam uma relação de

parceria e comprometimento com os clientes para estabelecerem, em conjunto com as profissionais,

objetivos, metas e metodologias para alcan-çá-los. “Além disso, as técnicas aplicadas

no programa integrado identificam e auxiliam a quebra de crenças limita-

doras, ansiedades e compulsões”, acrescenta Vanessa.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

www.personalfitnessclub.com.brPersonal Fitness Club

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AÇÃOErros mais comuns na academia

Você é daqueles alunos dedi-cados que não perde um dia de academia? Pois saiba que mesmo quem treina em academia, espe-cialmente sem supervisão, está sujeito a cometer uma série de erros que podem comprometer os resultados e ainda acarretar diversas lesões. Alguns podem ser observados e evitados com um pouco de cuidado.

Em primeiro lugar é sempre bom variar o treino. Se você re-alizar sempre os mesmos exer-cícios, seu corpo não se sente mais desafiado. Assim, o nível de condicionamento mantém-se fixo e você fica sujeito a lesões por esforço repetitivo. Outro erro comum é que muitas vezes as pessoas praticam seus exercícios cardiovasculares e atividades de força diariamente, mas esque-cem o alongamento muscular. Exercícios de alongamento são importantes para o relaxamento, previnem lesões e mantêm a pos-tura adequada. Alongue-se sem-pre antes e depois do treino.

Se você é daqueles que coloca a vestimenta em primeiro lugar, esqueça aquele mito de que é preciso se encher de blusas e calças plásticas para suar e per-der peso. Desse jeito você só perde água, e não gordura. Use roupas adequadas para a prática de exercícios físicos, com teci-dos que respiram, sejam leves e adaptem-se ao seu corpo.

Outra coisa importante para você anotar na sua agenda: não importa quanto peso você conse-gue levantar, e sim como você o faz. O maior erro cometido pelas pessoas nos exercícios muscula-res de repetição é fazer as séries rápido demais, sem controlar o movimento nem a respiração, normalmente indo mais rápido na hora de abaixar o peso. O certo é fazer as repetições de forma lenta e usar a seguinte proporção: um segundo para levantar e três segundos para abaixar o peso.

Também não caia no erro comum de acreditar que quanto mais exercícios melhor, pense

duas vezes. Treinar em ritmo intenso demais pode levar a distensões, lesões de esforço como fraturas por estressee até à perda de tecido magro, ou seja, os músculos. O mais importante é seguir uma rotina equilibrada e constante.

Observe o seu corpoÀs vezes a vontade de entrar

em forma é tanta que ignoramos sintomas como tonturas, dores musculares fortes e mal-estar. Apesar de um pouco de dor nos músculos ser normal, o exagero só leva a lesões, que vão forçar intervalos de semanas ou até meses. Se sentir algum destes sintomas, diminua o ritmo e pro-cure orientação médica.

Para começar, treinar em je-jum aumenta o risco de uma hipoglicemia e não ajuda nada a emagrecer, ao contrário, faz com que o corpo queime massa magra em vez de gorduras. Já se exercitar de estômago cheio, pode levar a enjoo, náuseas e

mal-estar, além de atrapalhar bastante tanto a digestão quan-to a prática dos exercícios.

Cuidado com as costasA postura correta quando for

fazer o Pulley é manter a coluna reta, olhe para frente e não para baixo ou para cima. Mantenha a cabeça no prolongamento da coluna. Na puxada para baixo os cotovelos devem estar embaixo da barra, e não para trás.

SERVIÇOSUA MELHORACADEMIA

Local:

Informações:

Rua Acre, 66, Nossa Senhora das Graças

3584-0317 e3584-2115

Para muitas mulheres o sonho de ser mãe é interrompido com a chegada da menopausa, mas será que esse é o fim do caminho?

É possível engravidar no

climatério?Muitas mulheres rela-

xam os cuidados na fase do climatério acreditando que não

existe mais o risco de uma gravidez inesperada. Porém,

para aquelas que não dese-jam ter filhos é preciso se

proteger, pois mesmo com a irregularidade

menstrual é possível engravidar perto

da menopausa.Segundo a

doutora Erica Mantelli, gi-necologista e obstetra pós–graduada em s e x o l o g i a pela Univer-sidade de São Pau-lo (USP), a menopausa geralmen-te ocorre dos 45 aos 55 anos. Se

ocorrer antes dos 40 anos é caracte-rizado como menopausa precoce. “A menopausa é a ausência de menstru-ação durante 12 meses consecutivos. O período de transição entre a fase reprodutiva e menopausa é chamado de climatério, onde já aparecem sintomas como irregularidade menstrual, ausên-cia de menstruação, ondas de calor e alterações na libido. Nesse período algumas mulheres podem ter chance de conseguir engravidar”, afirma.

Durante a menopausa a mulher não consegue engravidar espontaneamen-te, somente com o auxílio da reprodução assistida. Já no climatério a mulher pode ovular e conseguir completar uma gestação. “Mesmo com a produção de hormônios e os ovários em baixa e apresentando uma irregularidade mens-trual a mulher pode ovular e ocorrer à concepção”, explica a ginecologista.

A gravidez que ocorre após os 40 anos já pode ser considerada uma gestação tardia mesmo que seja planejada, pois envolve uma série de cuidados por cau-sa dos riscos de saúde que a mãe e o bebê podem sofrer. “Após os 35 anos, a saúde reprodutiva da mulher está em

declínio, o que exige um cuidado espe-cial da parte de todos os médicos. O acompanhamento deve ser criterioso e intensivo, principalmente no pré-natal”, ressalta a doutora Erica.

Na gravidez tardia há um risco maior de síndromes genéticas, abortamen-to, diabetes gestacional, hipertensão arterial e trabalho de parto prematuro. “Os sintomas da gravidez não mudam no climatério, mas é preciso que a mulher fique atenta a suspensão da menstruação. Muitas vezes a mulher está grávida e não tem conheci-mento. Por isso, ao notar qualquer sensibilidade nas mamas, enjoos, dor pélvica, procure um ginecologista”, esclarece a ginecologista.

Independente da idade, é importante que a mulher tome alguns cuidados, principalmente se ela quer engravidar. “Como a gravidez após os 35 anos a mãe e o bebê correm mais risco, é importante que ela tome ácido fólico no mínimo 90 dias antes da concepção, polivitamínicos, além de manter outros hábitos saudáveis como cuidar da ali-mentação e evitar o álcool e o cigarro”, orienta a ginecologista.

Gestação saudávelSe você ficou grávida após

os 35 anos, não se preocupe! A ginecologista e obstetra Erica Mantelli listou alguns cuidados que a futura mamãe deve ter para que a gestação aconteça de forma saudável e sem complicações. Confira:

Check-up prévioÉ importante para a mu-

lher que deseja engravidar manter a rotina dos exames ginecológicos fazendo um check-up completo.

AlimentaçãoÉ importante que a mulher

mantenha uma alimentação saudável e consulte o seu gi-necologista para obter orien-tações sobre o consumo do ácido fólico e vitaminas para

garantir a saúde do bebê.

Exercícios físicosA prática de atividade

física também é indicada sendo essencial para uma gravidez saudável. A mulher com mais de 35 anos, que tem uma boa saúde antes de engravidar apresenta mais chances de conseguir uma gravidez tranquila.

Dicas essenciais à saúde da mãe

Ao fazer os exercícios, tenha cuidado para evitar lesões sérias

Se a gravidez vem um pouco mais tarde, o cuidado deve ser maior

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Page 7: Saúde - 16 de novembro de 2014

MANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

Má circulação sanguínea pode causar câimbras, varizes e até mesmo infartos do miocárdio

Câimbraspodem indicar

circulatóriosproblemas

Quem já foi aco-metido por uma câimbra sabe bem o quanto é

dolorosa. Mas, você sabia que sentir esses incômo-dos com frequência não é normal e pode indicar doenças circulatórias como arteriosclerose, isquemia e insuficiência venosa?

As contrações da câim-bra constantes ocorrem devido uma má irrigação sanguínea dos músculos por causa de um estreita-mento ou obstrução dos vasos que impede o sangue de levar oxigênio às célu-las, explica o angiologista Ary Elwing, especialista em cirurgia vascular peri-férica e tratamento a la-ser. “A falta de hidratação ou desequilíbrio mineral, principalmente deficiência de potássio, são outros fa-

tores que colaboram para o surgimento de câimbras nas pernas”, diz ele.

Contudo, a má circulação sanguínea pode causar não apenas câimbras e varizes como ser responsável pelo acometimento de infartos do miocárdio e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). “A obesidade é a maior responsável pela obstrução das artérias. Isso porque, as placas de gordura acabam ficando acumuladas nas pa-redes das artérias, gerando o endurecimento e enfra-quecimento das mesmas ou até o entupimento das veias”, informa Elwing.

Outros fatores respon-sáveis pelo aparecimento de problemas de má circu-lação são: tabagismo, co-lesterol alto, hipertensão, sedentarismo, diabetes e estresse. “A baixa ingestão

de água ou o uso frequente de bebidas alcoólicas são outros fatores responsá-veis pelo aparecimento das indesejáveis câimbras. Como a sudorese intensa causa desidratação e, con-sequentemente, traz uma perda de sais, em especial, do sódio no sangue, um dos primeiros sintomas é o surgimento de câimbras”, esclarece o médico.

TratamentoO tratamento para a má

circulação é realizado com medicação e terapia. En-tretanto, se o quadro for grave, gera uma gangrena das pontas dos dedos, o médico recomenda a ci-rurgia como angioplastia, revascularização e aterec-tomia. “Algumas atividades de fisioterapia podem pro-mover alívio”, diz ele.

A perda de sais minerais é um fator que pode con-tribuir para as câimbras

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AÇÃO

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Page 8: Saúde - 16 de novembro de 2014

F8 MANAUS, DOMINGO, 16 DE NOVEMBRO DE 2014Saúde e bem-estar

Inimigo íntimo

Psicologia no Divã[email protected]

Psicologia no Divã - Rockson Costa Pessoa

Quando o endocrinologista húngaro Hans Selye investigou a dimensão biológica do estres-se, isso na década de 30, talvez não imaginasse a repercussão que esse transtorno teria no futuro. Ao explicar o quanto de pressão suportamos, ou seja, de que modo nossos prazos, me-tas e obrigações repercutem no nosso organismo, Selye desve-lava o fenômeno estresse. Esse estresse que é um componente necessário para nossa sobrevi-vência, passou a assumir formas potencialmente perigosas e se consolida na atualidade como uma janela para patologias que podem ser fatais, como o Aci-dente Vascular Encefálico (AVE) que é considerado uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo.

O estresse é em tudo ruim? Não! O estresse nos permite sobreviver. Nos deixa alerta quando nos sentimos amea-çados e nos permite uma res-posta rápida quando avaliamos um risco qualquer. O estresse é a expressão de um sistema de “luta e fuga”, proposto pelo então fi siologista norte-ame-ricano Walter B. Cannon em 1932, que ao perceber que o estresse habilita o organismo a responder frente o perigo: fugindo ou enfrentando o es-tressor, acabou por escrever seu livro a sabedoria do corpo onde discutiria sobre essa dupla possibilidade em responder ao

estresse. Sendo essa resposta compartilhada com os mais di-versos animais. Entretanto nos humanos, o estresse nos torna mais vulneráveis, uma vez que pensamos sobre um evento es-tressante já vivido.

Um roedor responde do mes-mo modo que nós ao se deparar com um predador e ao respon-der do mesmo modo, ao nos depararmos com um assaltan-te acionaremos padrão “luta e fuga” e buscaremos a resolução do problema, seja pela entrega de item de valor ou pela resis-tência ou até mesmo confronto, o que não é aconselhável. A distinção entre nós e o roedor é que esse animal ao perceber que não está mais em risco, continuará seu percurso, ao contrário de nós, que ruminaremos todo o episódio por um número variado de vezes em tempo indeterminado ao ponto de podermos entrar em campo pa-tológico.

O estresse é o resultado de uma crença! Como se inicia o estresse? Pela avaliação negati-va frente a um evento qualquer: um seminário, o cumprimento de um prazo, a morte de alguém querido... Quando avalio que algo é uma ameaça, permito o de-senrolar de um amplo processo fi siológico que culminará na ex-pressão de substâncias nocivas

ao corpo, em especial o glicocor-ticoide, um hormônio que causa impacto em todo organismo e a expressão de sua produção exagerada pode resultar em úl-ceras estomacais e difi culdades na memória, por exemplo. O estresse em seu aspecto crôni-co pode denunciar insegurança, uma vez que o indivíduo sempre se vê ameaçado pelas mais diversas questões.

Em linhas gerais, uma ava-liação positiva frente as difi cul-dades pode ajudar a minimizar a chance de sermos afetados pelo estresse de modo crônico. A procura por apoio social quan-do vivenciamos difi culdades, o compartilhar nossos anseios

com pessoas de nossa confi ança ou a busca por um psicotera-peuta são formas de minimi-zar o impacto desse transtorno. Portanto, é válida uma melhor apreciação sobre o estresse, o que não se pode é desconsiderar o quão perigoso ele é.

O estresse nos permite

sobreviver. Nos dei-xa alerta quando nos

sentimos ameaçados e nos permite uma resposta rápida”

Rockson Costa Pessoa

Representante Estadual da Socie-dade Brasileira de

Neuropsicologia – SBNp

Mestre em psico-logia e neuropsi-

cólogo

pensamos sobre um evento es-tressante já vivido.

Um roedor responde do mes-mo modo que nós ao se deparar com um predador e ao respon-der do mesmo modo, ao nos depararmos com um assaltan-te acionaremos padrão “luta e fuga” e buscaremos a resolução do problema, seja pela entrega de item de valor ou pela resis-tência ou até mesmo confronto, o que não é aconselhável. A distinção entre nós e o roedor é que esse animal ao perceber que não está mais em risco, continuará seu percurso, ao contrário de nós, que ruminaremos todo o episódio por um número variado de vezes em tempo indeterminado ao ponto de podermos entrar em campo pa-

O estresse é o resultado de uma crença! Como se inicia o estresse? Pela avaliação negati-va frente a um evento qualquer: um seminário, o cumprimento de um prazo, a morte de alguém querido... Quando avalio que algo é uma ameaça, permito o de-senrolar de um amplo processo fi siológico que culminará na ex-pressão de substâncias nocivas

ceras estomacais e difi culdades na memória, por exemplo. O estresse em seu aspecto crôni-co pode denunciar insegurança, uma vez que o indivíduo sempre se vê ameaçado pelas mais diversas questões.

A procura por apoio social quan-do vivenciamos difi culdades, o compartilhar nossos anseios

apreciação sobre o estresse, o que não se pode é desconsiderar o quão perigoso ele é.

O estresse nos permite

sobreviver. Nos dei-xa alerta quando nos

sentimos ameaçados e nos permite uma resposta rápida”

Representante Estadual da Socie-dade Brasileira de

Neuropsicologia

Mestre em psico-logia e neuropsi-

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