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Sa úde Caderno F e bem- estar MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 O lanche na medida certa Págs. 4 e 5 Sob o sol do Amazonas No verão intenso da região é preciso cuidar da pele, porque o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país A pele é o nosso maior órgão. O sol em nossa região é de castigar. É fazendo a soma desses fatores que obtemos um resultado alarmante: o câncer de pele é um dos que mais atinge a população do Amazonas. Para se ter ideia, só na Fundação Alfredo da Matta (Fuam) foram realizadas 664 cirurgias apenas para os casos de câncer de pele, sendo 42 procedimentos em casos de melanoma, o tipo mais agressivo da doença, em 2013. Por esse motivo, está em Manaus o Tour de Combate ao Câncer da Pele, promovido pela Sociedade Bra- sileira de Dermatologia (SBD) e a marca de dermocosmético La Roche-Posay. Os profissionais vão atender a população até as 15h deste domingo, na Ponta Negra. “É o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado preco- cemente”, explica a médica Lyvia Salem. Apesar da alta incidência, a doença – que é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele – é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. Além disso, o câncer da pele não-melanoma tem baixa letalidade se detectado o mais cedo possível. “Mas mesmo assim é preciso cuidar da pele. A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento”, alerta a médica. Alerta O câncer da pele não melanoma é o mais prevalente no Brasil, cuja previsão era de 134.170 novos casos em 2013, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Dermatologia estima que haja dois milhões de casos novos a cada ano. Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo. O câncer de pele não-melanoma pode apresentar dois tipos de diagnóstico. O carcinoma basocelular é diagnosticado através de uma lesão (ferida ou nódulo), e apresenta evolução lenta. O carcinoma epidermoide também surge por meio de uma ferida, porém, evolui rapidamente e vem acompanhado de secreção e coceira. A maior gravidade do carcinoma epidermoide se deve à possibilidade dele apresentar me- tástase (espalhar-se para outros órgãos). Consultas Em sua 6ª edição, o tour realizado pela SBD com o apoio exclusivo da La Roche- Posay chega à capital do Amazonas ontem e atende hoje, das 9h às 15h, na Ponta Negra. O programa oferece à população atendimento gratuito e esclarecimentos sobre cuidados e prevenção da doença, incentivando os possíveis pacientes de risco a fazer o exame preventivo, que será oferecido pelo tour. Para isso, um caminhão com dois consultó- rios médicos cede espaço para os atendimen- tos. As equipes são formadas por médicos locais da SBD que realizam diagnósticos. O exame é detalhado e os especialistas pro- curam a presença de lesões, como pintas e manchas, em áreas expostas ao sol e também em regiões difíceis de serem vistas, como o couro cabeludo, as costas, entre os dedos e na planta dos pés. Em casos de qualquer suspeita da doença, os pacientes são encaminhados para um tratamento gratuito nos hospitais e clínicas credenciados do Estado. Banco de dados No ano passado, foram atendidas 2242 pes- soas durante o Tour, das quais 57% eram mu- lheres e 43% homens. Do total, apenas 33% das pessoas disseram se expor ao sol com proteção solar e a maioria, 53%, admitiu não usar proteção solar. Casos de câncer de pele na fa- mília foram relatados em 20% dos atendimentos, um aumento considerável com- parado ao ano de 2012, com 15% dos atendimentos. Foram diagnostica- das 242 pessoas com câncer de pele, um número menor que em 2012, mas propor- cionalmente maior (9,9% dos atendimentos versus 9,6 do ano anterior). Uma das constatações da etapa de 2013 foi a identificação de que ainda é grande o número de pessoas que não utilizam o pro- tetor solar. Esse percentual é ainda maior em cidades como Sinop (72%), Presidente Prudente (71%), Niterói (71%) e Palmeira dos Índios (67%), que apresentaram resultados acima da média brasileira. Segundo o relatório final do Tour 2013, o carcinoma basocelular continua sendo o que apresenta maior índice de diagnósticos sendo que em 36% dos casos a lesão foi en- contrada na face, reforçando a necessidade da utilização de protetor solar diariamente. Após o atendimento no caminhão, 32% dos pacientes foram encaminhados para cirur- gias ou realização de biópsia nos Serviços Credenciados pela SBD. Informações sobre o roteiro do Tour de Prevenção podem ser obtidas pelo telefone 0800 723 9710 ou pelo site www.previnaocancerdapele.com.br. MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

Saúde - 9 de novembro de 2014

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Saúde - Caderno de saúde e bem-estar do jornal Amazonas EM TEMPO http://www.emtempo.com.br

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o F

e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

O lanche na medida certa

Págs. 4 e 5

Sob o sol do Sob o sol do AmazonasNo verão intenso da região é preciso cuidar da pele, porque o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país

A pele é o nosso maior órgão. O sol em nossa região é de castigar. É fazendo a soma

desses fatores que obtemos um resultado alarmante: o câncer de pele é um dos que mais atinge a população do Amazonas. Para se ter ideia, só na Fundação Alfredo da Matta (Fuam) foram realizadas 664 cirurgias apenas para os casos de câncer de pele, sendo 42 procedimentos em casos de melanoma, o tipo mais agressivo da doença, em 2013. Por esse motivo, está em Manaus o Tour de Combate ao Câncer da Pele, promovido pela Sociedade Bra-sileira de Dermatologia (SBD) e a marca de dermocosmético La Roche-Posay. Os profi ssionais vão atender a população até as 15h deste domingo, na Ponta Negra.

“É o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado preco-cemente”, explica a médica Lyvia Salem.

Apesar da alta incidência, a doença – que é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele – é mais comum em pessoas com

mais de 40 anos. Além disso, o câncer da pele

não-melanoma tem baixa letalidade se detectado o mais cedo possível. “Mas mesmo assim é preciso cuidar da pele. A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento”, alerta a médica.

AlertaO câncer da pele não melanoma é o mais

prevalente no Brasil, cuja previsão era de 134.170 novos casos em 2013, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Dermatologia estima que haja dois milhões de casos novos a cada ano.

Como a pele - maior órgão do corpo humano - é heterogênea, o câncer de pele não melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo.

O câncer de pele não-melanoma pode apresentar dois tipos de diagnóstico. O carcinoma basocelular é diagnosticado através de uma lesão (ferida ou nódulo), e apresenta evolução lenta. O carcinoma epidermoide também surge por meio de uma ferida, porém, evolui rapidamente e vem acompanhado de secreção e coceira. A

maior gravidade do carcinoma epidermoide se deve à possibilidade dele apresentar me-tástase (espalhar-se para outros órgãos).

ConsultasEm sua 6ª edição, o tour realizado pela

SBD com o apoio exclusivo da La Roche-Posay chega à capital do Amazonas ontem e atende hoje, das 9h às 15h, na Ponta Negra. O programa oferece à população atendimento gratuito e esclarecimentos sobre cuidados e prevenção da doença, incentivando os possíveis pacientes de risco a fazer o exame preventivo, que será oferecido pelo tour.

Para isso, um caminhão com dois consultó-rios médicos cede espaço para os atendimen-tos. As equipes são formadas por médicos locais da SBD que realizam diagnósticos. O exame é detalhado e os especialistas pro-curam a presença de lesões, como pintas e manchas, em áreas expostas ao sol e também em regiões difíceis de serem vistas, como o couro cabeludo, as costas, entre os dedos e na planta dos pés. Em casos de qualquer suspeita da doença, os pacientes são encaminhados para um tratamento gratuito nos hospitais e clínicas credenciados do Estado.

Banco de dados No ano passado, foram atendidas 2242 pes-

soas durante o Tour, das quais 57% eram mu-lheres e 43% homens. Do total, apenas 33% das pessoas disseram se expor ao sol com proteção solar e a maioria, 53%, admitiu não usar proteção solar. Casos de câncer de pele

na fa-mília foram relatados em 20% dos atendimentos, um aumento considerável com-parado ao ano de 2012, com 15% dos atendimentos. Foram diagnostica-das 242 pessoas com câncer de pele, um número menor que em 2012, mas propor-cionalmente maior (9,9% dos atendimentos versus 9,6 do ano anterior).

Uma das constatações da etapa de 2013 foi a identifi cação de que ainda é grande o número de pessoas que não utilizam o pro-tetor solar. Esse percentual é ainda maior em cidades como Sinop (72%), Presidente Prudente (71%), Niterói (71%) e Palmeira dos Índios (67%), que apresentaram resultados acima da média brasileira.

Segundo o relatório fi nal do Tour 2013, o carcinoma basocelular continua sendo o que apresenta maior índice de diagnósticos sendo que em 36% dos casos a lesão foi en-contrada na face, reforçando a necessidade da utilização de protetor solar diariamente. Após o atendimento no caminhão, 32% dos pacientes foram encaminhados para cirur-gias ou realização de biópsia nos Serviços Credenciados pela SBD.

Informações sobre o roteiro do Tour de Prevenção podem ser obtidas pelo telefone 0800 723 9710 ou pelo site www.previnaocancerdapele.com.br.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

O elixir de alecrim e sálvia é excelente para combater problemas de memória e revigorar a mente já que os componentes da fórmula, são poderosos tônicos não só para a mente, mas para todo o organismo. O alecrim é um poderosíssimo estimulante orgânico que favorece a atividade mental (memória) e atua contra o estresse e a ansiedade. A sálvia contém grandes quantidades de fl avonoides que estimulam o funcionamento do cérebro e podem ter efeitos sobre o humor. Pesquisas mostraram que, depois de ingerirem uma cápsula de óleo de sálvia, volun-tários imediatamente apresentaram melhor desempenho em exercícios nos quais deveriam lembrar palavras.

Sálvia e alecrim, grandes remédios para a memória

A beringela é uma excelente fonte de fi tonutrientes e antioxidantes que ajudam a proteger as células do cérebro contra os radicais livres, que podem causar danos às células pelo processo de oxidação. Vale salientar que ela também ajuda a proteger os lípidos presentes na membrana celular dos danos. Além disso, é rica em vitaminas do Complexo B, que podem ajudar na saúde do sistema nervoso. Por exemplo, a vitamina B6 que ajuda na regulação fadiga mental e pode melhorar o humor. Por isso, se você não era muito amiga da berinjela em seu cardápio, pense duas vezes antes de deixá-la para trás no supermercado.

Fitonutrientes da berinjela para proteger o cérebro

DiagramaçãoAdyel Vieira

RevisãoDernando Monteiro

Homens e deuses curando doenças

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Por um Brasil saudável

Humberto Figliuolo

Tanto nas sociedades escravistas quanto no pre-sente é certo que os pobres têm muito menos acesso aos tratamen-tos médicos”.

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Humberto Figliuolo

farmacêutico

O que pode-mos esperar para o Brasil alterar esses índices negati-vos, na edu-cação, saúde, saneamento, agricultura, transporte e segurança?”.

No submundo social, é violenta a tensão nervosa do ser humano, na expectativa afl ita de futuros acontecimentos extraordinária que possam modifi car sua vida. É bem verdade que do jogo obscuro dos problemas sociais de hoje em todo o Brasil não se pode tirar uma res-posta clara e precisa. Os tempos atuais são realmente anormais. A vida humana de hoje ganha dentro da sua própria materialização o sentido profundo da sua tragédia. Muito se discutiu sobre os proble-mas atuais. Passou-se a comprar saúde, mas, curiosamente, nunca se comprou ausência de doenças. Uma propaganda incessante nos meios de comunicação do que faz tudo pelo social em quanto na verdade não proporciona maior agilidade no encaminhamento de soluções para os problemas da po-pulação como: equilibrar as contas publica e atender melhor as neces-sidades de cada região interagindo com as suas necessidades. Com isso, esperamos que se promova a qualidade à oferta e a equidade no aceso aos serviços públicos.

Enquanto a oposição comenta que a vida da sociedade moderna parece ser catastrófi smo.

O que podemos esperar para o

Brasil alterar esses índices nega-tivos, na educação, saúde, sane-amento, agricultura, transporte e segurança? Aonde vamos? É esse grito de desespero das criaturas que se sentem arrastadas por uma força estranha às profunde-zas desconhecidas de uma vida nova. Vamos à busca de novas formas sociais, novas prioridades para estabelecer uma política de desenvolvimento. Um desafi o.

As difi culdades são imensas te-mos que mudar a marginalização, a pobreza, um contraste social que vive entre a estagnação e o fausto como, uma das maiores economias do mundo. A questão é que há muito a ser feito sobre os gargalos, em portos, aeroportos, rodovias... Aprimorar a infraestrutura poderá melhorar muito a situação, pois irá gerar trabalho, isto é prioridade para recolocar o Brasil no rumo do crescimento. Às vezes parece que nem sabemos direito quem nos governa, que são os lideres, os mesmos são sempre candidatos e parte do nosso destino depen-de deles.Trabalhamos muito, mas somos os mais pobres dos países ricos. Temos ainda a penúltima pior expectativa de vida, 73 anos, e os piores indicadores de segurança

publica. Foi prometido muito e feito muito, muito pouco. Não podemos assim fi car alheios a tantos pro-blemas e defi ciências.

A descontinuidade institucional que tem marcado a vida brasileira desde o advento da República vem sendo, simultaneamente, causa e consequência dos fatos e circuns-tâncias a que aludimos. Enquanto isso, o próprio tempo, agravando a ação dos condicionamentos nega-tivos existentes, faz descer o nível do processo, estabelecendo uma atmosfera incomoda de angustia e de frustração em face da expec-tativa e da ausência de soluções que não chegam. É preciso que ninguém espere milagres, pois os mesmos estão disputando exercer mandatos no Executivo ou no Le-gislativo desta confusa Republica, essa é a razão porque pouco pode ser feito para a pronta erradicação de nossos males, fáceis, aliás, de identifi car. O povo que alimen-te desejos e curtas esperanças, pois sabemos que um dia o Brasil passará realmente por tempo de mudança. É preciso eliminar os velhos e injustos cerceamentos, abrindo-se um amplo e equânime legue de oportunidades sociais a todas as classes.

No panteão mesopotâmico, de 2.500 anos, entre os deuses cau-sadores de doenças, se destaca e temido Pazuzu, cuja representação é uma mistura grotesca de homem, leão e escorpião, com quatro asas emplumadas, pernas e garras.

Por outro lado, as descrições dos quadros clínicos de muitas doen-ças eram de extraordinária clareza: febres acompanhadas de outros sinais e sintomas sugestivos de malária; apoplexia, provavelmen-te resultantes de lesões cerebrais agudas; tuberculose em diferentes fases da evolução clínica; muitâme, uma doença infecciosa endêmica desconhecida; distúrbios mentais, atribuídas aos ferimentos ou aos demônios; doenças dos olhos e ouvidos; dores articulares; tumores; abscessos; taquicardia; lesões da pele, inclusive hanseníase e doen-ças venéreas.

Os sintomas de muitas árias doenças foram descritas com ex-traordinária precisão:

Tuberculose pulmonar: “o doente tosse muito e contínuo; a expecto-ração é densa e, às vezes, contém sangue, sua respiração dá um som semelhante ao de uma fl auta, sua pele é fria mas os pés estão quentes, ele sua muito e seu coração está muito perturbado. Quando a doen-ça é extremamente grave os intes-tinos se abrem muitas vezes”;

Otite: “Fogo penetra no interior do ouvido, paralisando a audição. Grande quantidade de pus irrompe no local e seu estado é de dores;

Gastrite: “Quando alguém come e bebe até ficar satisfeito, sentindo depois dores no estô-mago com o se sua pele inteira queimasse como fogo”;

Hepatite: “Quando os olhos de alguém ganham uma coloração amarela e a doença avança até sua vista, de modo que o interior do olho se torna amarelo como cobre... quando ele vomita e a bebida... quando até seu rosto e o corpo todo se torna amarelo, então a enfermidade resseca o corpo todo do doente, de modo que ele chega a falecer”;

Asma brônquica: “Quando o do-ente sofre de tosse; quando sua tra-quéia produz um chiado ao respirar; quando tem acessos de tosse...”

É possível que essas maravi-lhosas descrições clínicas, entre muitas foram feitas por médicos, reconhecidos pela administração:

Ashipu, como responsável pelo diagnóstico da doença, indicava o deus ou o demônio causador e analisava se os pecados do do-ente estavam relacionados à do-ença. Também prescrevia o rito do encantamento que deveria ser seguido para afastar o mal e obter a cura; Asu, o médico e especialista

em remédios obtidos a partir das plantas medicinais também cirur-gião. Muitos vegetais com proprie-dades curativas eram receitados, como a raiz da mandrágora que permaneceu no receituário até o fi nal da Idade Média. Como essa planta lembra, grosseiramente, o corpo humano, era-lhe atribuída propriedade mágica.

Baru, curador ligado às ideias e crenças religiosas, adivinhador, predizia o futuro, orientando contra as doenças e catástrofes coleti-vas. Não é possível separar, rigi-damente, as áreas de atuação dos três curadores: todos trabalhavam ligando o conhecimento historica-mente acumulado às crenças e idéias religiosas.

O ensino da medicina ocorria no interior dos templos e fica-va restrito aos parentes dos sacerdotes e ricos.

Esse fato não é novidade, tanto nas sociedades escravistas quan-to no presente é certo que aos pobres têm muito menos acesso aos tratamentos médicos e à pos-sibilidade de serem estudantes de medicina. Na Mesopotâmia, não era diferente. Assim, é pre-cisa a observação de Heródoto, no século 5 a. C.: levar os doen-tes à praça pública, para serem tratados por alguém que tivesse experiência na mesma doença.

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 F3Saúde e bem-estar

A doença é caracte-rizada pela perda da massa óssea e não é um problema ex-clusivo de mulheres pós-menopausa

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ose Sedentarismo, maus hábitos de

vida e alimentação defi ciente. Esse conjunto de fatores pode ser fatal para quem sofre com a

osteoporose. Ao contrário do que muita gente pensa, a osteoporose não é um problema exclusivo de mulheres pós-menopausa e de quem passou da faixa etária dos 60 anos. A doença pode afetar adultos a partir do fi nal da adolescência e até mesmo gestantes, podendo se agravar em decorrência de maus hábitos de vida de cada pessoa.

Ou seja, a ausência da prática de ativi-dades físicas diariamente e um cardápio pobre em vitaminas, nutrientes e, espe-cialmente, em cálcio pode comprometer a força dos ossos. “A osteoporose é uma doença metabólica caracterizada pela perda da massa óssea”, afi rma o fi sioterapeuta Dr. Helder Montenegro, es-pecialista em coluna vertebral, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna – ABRC.

Segundo o especialista, o osso é um tecido que – como qualquer outro pre-sente em nosso corpo – se renova com uma maior intensidade no decorrer das primeiras décadas da nossa vida. “A partir dos 30 anos, o corpo passa a diminuir a formação de novo material ósseo. Diante disso, a absorção de osso passa a ser maior do que a formação, aumentando a fragilidade dos mesmos e deixando a pessoa mais suscetível ao desenvolvimento da doença”, informa Montenegro.

Sintomas da doençaO fi sioterapeuta explica que essa é uma

doença silenciosa que se apresenta por meio do aparecimento de fraturas com pouco ou nenhum trauma em lugares como: punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Ela apresenta-se por meio dos seguintes sintomas:

• - Dor ou sensibilidade óssea;• - Diminuição de estatura com o passar

do tempo;• - Dor na região lombar devido a fraturas

dos ossos da coluna vertebral;• - Dor no pescoço devido a fraturas

dos ossos da coluna vertebral;• - Postura encurvada ou cifótica.

Osteoporose e gravidez:fatores de riscoÉ a partir do terceiro trimestre gestacio-

nal que a mulher apresenta uma probabi-lidade maior para o acometimento dessa condição. “Especialmente no fi nal da gra-videz, o feto necessita de uma quantidade maior de cálcio para o desenvolvimento de seu esqueleto. Porém, quando a gestante não se alimento devidamente, o cálcio é retirado do próprio esqueleto da futura mamãe”, informa Helder.

Geralmente, a perda de massa óssea é recuperada poucos meses após o parto ou

após o fi nal da amamentação. “As gestantes adolescentes são as que possuem um risco maior de perda de massa óssea porque nesta fase da vida elas ainda estão em um processo de ‘construção’ do seu próprio esqueleto ósseo. Os principais sintomas durante a gravidez são dores nas costas, diminuição de altura e acometimento de fraturas”, informa o especialista.

Cuidados redobradosÉ importante se manter atento ao que

é ingerido durante a gravidez. Isso por-que, as escolhas que fazemos refl etem diretamente na saúde óssea. “Muitos costumam acreditar que apenas o cálcio encontrado no leite é que é importante para combater a osteoporose. A vitamina D é uma das poucas fontes dietéticas deste importante nutriente”, diz ele.

A anorexia é uma das maiores bandeiras vermelhas para a osteoporose, porque quan-do o peso do corpo da mulher cai muito, seus níveis hormonais também sofrem redução, provocando a suspensão da menstruação, diminuindo os níveis de estrogênio, hormô-nio que interfere na construção óssea.

Pessoas que possuem casos de familia-res com desenvolvimento de osteoporose antes dos 50 anos devem fi car atentas, pois é um fator de risco. “Para preve-nir a doença é importante manter uma boa alimentação que seja rica em cálcio, presente no leite e em seus derivados, e em vitamina D, presente nas folhas, bem como a prática regular de atividades físicas”, fi naliza Montenegro.

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 F5

Lanches saudáveiscom menos de

100calorias

Fugindo de calorias, sódio e gordura saturada ou trans na hora do lanchinho? Se a res-posta é positiva, você poderá encontrar aqui excelentes op-

ções para o lanche que vai manter o seu organismo bem nutrido sem pesar na consciência ou na balança. As diversas opções incluem carboidra-tos, proteínas e gorduras boas, pre-sentes em alimentos saudáveis como torradas, pães integrais, frutas, queijos, peito de peru, iogurtes e sementes oleaginosas. Vale ressaltar que esses alimentos contêm um bom valor nutri-cional e evitam os picos glicêmicos que são o ponto negativo para quem busca emagrecer ou manter o peso.

Um copo pequeno, além de refrescante, tem 95 calorias. Lembre-se de não demorar muito para tomar o suco. Ele é rico em vitamina C, nutriente que em contato com o oxigênio, ela oxida e perde parte das propriedades.

Suco de laranja natural sem açúcar

O sanduíche com meio pão sírio integral e uma fatia de ricota tem menos de 93 calorias. E as vantagens não param por aí: esse lanche é rico em fi bras, carboidratos e proteínas e tem baixo índice glicêmico.

Sanduíche de pão sírio integral com ricota

A uva é fonte de catequinas, fl avonoides e carotenos. Ela protege as células, evitando o envelhecimento precoce. A beterraba contém um tipo de nitrato que reduz o consumo de oxigênio e evita o cansaço.

Suco de uva com beterraba

Rica em potássio, fósforo, ferro, vitamina A e C, a pera é uma boa escolha para comer fora de casa. Além disso, segundo um estudo, comer três peras por dia ajuda a eliminar os quilos extras.

Pera

O ideal é escolher as frutas da estação e que você gosta e aproveitar os benefícios delas. Uma boa sugestão é usar a medida de um copo pequeno com banana, maçã, laranja e mamão bem picadinhos.

Salada de frutas

A maçã - que tem em média 95 calorias - é uma das frutas mais ricas em fi toquímicos benéfi cos à saúde, como a quercetina, um an-tioxidante que ajuda na prevenção do câncer, melhora a circulação e diminui o colesterol.

Maçã assada com canela

Rica em potássio, fi bras e vitamina A, B6 e k, a banana maçã conta com 60 calorias. O potássio ajuda a prevenir cãibras, já que é importante para o processo de contração mus-cular. A canela estimula o gasto calórico.

Banana assada com canela

O kiwi diminui as chances do aparecimento de doenças, como câncer, além de impedir o envelhecimento da pele. O efeito ocorre graças à grande quantidade de antioxidantes que a fruta oferece. Um kiwi tem 45 calorias.

Kiwi com chocolate meio amargo

Uma xícara de chá de leite desnatado e meia xícara de chá de cereal matinal têm, juntos, aproximadamente 100 calorias. Além disso, o leite é um ótimo aliado de quem quer prevenir a osteoporose, já que é fonte de cálcio.

Leite desnatado com cereal light

Atualmente existem no mercado pacotes de frutas desidratadas fáceis de levar para qual-quer lugar e não tão calóricos. A vantagem é que esse petisco mantém os nutrientes da fruta fresca, mas o número de calorias dobra.

Frutas desidratadas

Amêndoas As amêndoas são ricas em gorduras insa-

turadas que ajudam a proteger o coração, têm fi bras que ajudam o trânsito intestinal e dão saciedade. Além de tudo são fonte de cálcio, que mantém a saúde óssea e auxilia nas contrações musculares. Uma porção com 14 unidades tem apenas 90 calorias e zero gordura saturada, aquela que faz mal à saúde, mas nem por isso deixa de ser gordurosa.

Bolacha água e sal com cottage Comer duas bolachas integrais de água

e sal com queijo cottage é uma boa alter-nativa para um lanche entre as refeições. A bolacha integral dispensa a farinha refi nada, o que mantém as quantidades de vitaminas, minerais e fi bras dos cereais no pão, tornan-do-o bastante nutritivo. O queijo contém a proteína que vai adiar a fome.

Sorvete light, frozen de iogurte desnatado e picolé de frutas

Uma bola de sorvete light tem, em mé-dia, 90 calorias. Mas a redução do número de calorias não melhora a qualidade das gorduras. Opte pelo frozen de iogurte des-natado, que tem os benefícios e as calorias do ingrediente base da receita, ou até pelo picolé de fruta, que tem entre 50 e 100 calorias por unidade.

Barra de cereal de morango com chocolate Esse lanche é ótima opção para quem

tem que fazer lanches fora de casa. A bar-rinha contém fi bras, minerais, como cálcio e potássio, além de algumas vitaminas. O valor calórico varia entre as marcas, mas a média é 100 calorias.

Iogurte com gelatina diet A forma mais comum de gelatina utilizada

na alimentação tem um conteúdo calórico equivalente a cerca de 100 calorias por taça de 100 g. Mas as versões diet e light são praticamente isentas de calorias e podem ser muito úteis na elaboração de sobreme-sas com baixo valor calórico, podendo ser consumidas na sua forma tradicional, com sabores de frutas ou utilizadas para dar consistência a mousses ou pudins.

Torrada com patê de atumUma unidade do petisco tem cerca de

70 calorias e vale a pena porque o patê de atum é rico em ferro, potássio, fósforo, magnésio e zinco, minerais que protegem o sistema cardiovascular e aumentam a imunidade. O atum também é rico em ômega-3, que diminui o risco de doenças cardiovasculares, é indicado no tratamento da obesidade, tem ação anti-infl amatória, é aliado da memória, do tratamento de depressão e prevenção de Alzheimer.

Pão com requeijão light Um clássico do cardápio brasileiro, o pão

com requeijão pode ser saudável se feito com pão e requeijão light. Uma fatia de pão light com uma colher de sopa de requeijão light têm 88 calorias. Mas preste atenção ao rótulo do alimento, já que o valor energético costuma variar entre as marcas.

Torrada com geleia diet Uma colher de sopa de geleia diet de

morango tem 25 calorias. Ela fica uma delícia com duas torradas integrais, totalizando 95 calorias.

Avelãs Ela contém uma grande quantidade de

gorduras monoinsaturadas, que combate o colesterol ruim, o LDL, no sangue. Além disso, a avelã é fonte de magnésio e vitaminas do complexo B que servem como anti-infl ama-tórios que protegem o coração.

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 F5

Lanches saudáveiscom menos de

100calorias

Fugindo de calorias, sódio e gordura saturada ou trans na hora do lanchinho? Se a res-posta é positiva, você poderá encontrar aqui excelentes op-

ções para o lanche que vai manter o seu organismo bem nutrido sem pesar na consciência ou na balança. As diversas opções incluem carboidra-tos, proteínas e gorduras boas, pre-sentes em alimentos saudáveis como torradas, pães integrais, frutas, queijos, peito de peru, iogurtes e sementes oleaginosas. Vale ressaltar que esses alimentos contêm um bom valor nutri-cional e evitam os picos glicêmicos que são o ponto negativo para quem busca emagrecer ou manter o peso.

Um copo pequeno, além de refrescante, tem 95 calorias. Lembre-se de não demorar muito para tomar o suco. Ele é rico em vitamina C, nutriente que em contato com o oxigênio, ela oxida e perde parte das propriedades.

Suco de laranja natural sem açúcar

O sanduíche com meio pão sírio integral e uma fatia de ricota tem menos de 93 calorias. E as vantagens não param por aí: esse lanche é rico em fi bras, carboidratos e proteínas e tem baixo índice glicêmico.

Sanduíche de pão sírio integral com ricota

A uva é fonte de catequinas, fl avonoides e carotenos. Ela protege as células, evitando o envelhecimento precoce. A beterraba contém um tipo de nitrato que reduz o consumo de oxigênio e evita o cansaço.

Suco de uva com beterraba

Rica em potássio, fósforo, ferro, vitamina A e C, a pera é uma boa escolha para comer fora de casa. Além disso, segundo um estudo, comer três peras por dia ajuda a eliminar os quilos extras.

Pera

O ideal é escolher as frutas da estação e que você gosta e aproveitar os benefícios delas. Uma boa sugestão é usar a medida de um copo pequeno com banana, maçã, laranja e mamão bem picadinhos.

Salada de frutas

A maçã - que tem em média 95 calorias - é uma das frutas mais ricas em fi toquímicos benéfi cos à saúde, como a quercetina, um an-tioxidante que ajuda na prevenção do câncer, melhora a circulação e diminui o colesterol.

Maçã assada com canela

Rica em potássio, fi bras e vitamina A, B6 e k, a banana maçã conta com 60 calorias. O potássio ajuda a prevenir cãibras, já que é importante para o processo de contração mus-cular. A canela estimula o gasto calórico.

Banana assada com canela

O kiwi diminui as chances do aparecimento de doenças, como câncer, além de impedir o envelhecimento da pele. O efeito ocorre graças à grande quantidade de antioxidantes que a fruta oferece. Um kiwi tem 45 calorias.

Kiwi com chocolate meio amargo

Uma xícara de chá de leite desnatado e meia xícara de chá de cereal matinal têm, juntos, aproximadamente 100 calorias. Além disso, o leite é um ótimo aliado de quem quer prevenir a osteoporose, já que é fonte de cálcio.

Leite desnatado com cereal light

Atualmente existem no mercado pacotes de frutas desidratadas fáceis de levar para qual-quer lugar e não tão calóricos. A vantagem é que esse petisco mantém os nutrientes da fruta fresca, mas o número de calorias dobra.

Frutas desidratadas

Amêndoas As amêndoas são ricas em gorduras insa-

turadas que ajudam a proteger o coração, têm fi bras que ajudam o trânsito intestinal e dão saciedade. Além de tudo são fonte de cálcio, que mantém a saúde óssea e auxilia nas contrações musculares. Uma porção com 14 unidades tem apenas 90 calorias e zero gordura saturada, aquela que faz mal à saúde, mas nem por isso deixa de ser gordurosa.

Bolacha água e sal com cottage Comer duas bolachas integrais de água

e sal com queijo cottage é uma boa alter-nativa para um lanche entre as refeições. A bolacha integral dispensa a farinha refi nada, o que mantém as quantidades de vitaminas, minerais e fi bras dos cereais no pão, tornan-do-o bastante nutritivo. O queijo contém a proteína que vai adiar a fome.

Sorvete light, frozen de iogurte desnatado e picolé de frutas

Uma bola de sorvete light tem, em mé-dia, 90 calorias. Mas a redução do número de calorias não melhora a qualidade das gorduras. Opte pelo frozen de iogurte des-natado, que tem os benefícios e as calorias do ingrediente base da receita, ou até pelo picolé de fruta, que tem entre 50 e 100 calorias por unidade.

Barra de cereal de morango com chocolate Esse lanche é ótima opção para quem

tem que fazer lanches fora de casa. A bar-rinha contém fi bras, minerais, como cálcio e potássio, além de algumas vitaminas. O valor calórico varia entre as marcas, mas a média é 100 calorias.

Iogurte com gelatina diet A forma mais comum de gelatina utilizada

na alimentação tem um conteúdo calórico equivalente a cerca de 100 calorias por taça de 100 g. Mas as versões diet e light são praticamente isentas de calorias e podem ser muito úteis na elaboração de sobreme-sas com baixo valor calórico, podendo ser consumidas na sua forma tradicional, com sabores de frutas ou utilizadas para dar consistência a mousses ou pudins.

Torrada com patê de atumUma unidade do petisco tem cerca de

70 calorias e vale a pena porque o patê de atum é rico em ferro, potássio, fósforo, magnésio e zinco, minerais que protegem o sistema cardiovascular e aumentam a imunidade. O atum também é rico em ômega-3, que diminui o risco de doenças cardiovasculares, é indicado no tratamento da obesidade, tem ação anti-infl amatória, é aliado da memória, do tratamento de depressão e prevenção de Alzheimer.

Pão com requeijão light Um clássico do cardápio brasileiro, o pão

com requeijão pode ser saudável se feito com pão e requeijão light. Uma fatia de pão light com uma colher de sopa de requeijão light têm 88 calorias. Mas preste atenção ao rótulo do alimento, já que o valor energético costuma variar entre as marcas.

Torrada com geleia diet Uma colher de sopa de geleia diet de

morango tem 25 calorias. Ela fica uma delícia com duas torradas integrais, totalizando 95 calorias.

Avelãs Ela contém uma grande quantidade de

gorduras monoinsaturadas, que combate o colesterol ruim, o LDL, no sangue. Além disso, a avelã é fonte de magnésio e vitaminas do complexo B que servem como anti-infl ama-tórios que protegem o coração.

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014F6 Saúde e bem-estar

www.personalfi tnessclub.com.brPersonal Fitness Club

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ULG

ACÃOEvite a dor nas costas com o exercício certo

Dor nas costas? Quem nunca se queixou desse incômodo? De acordo com um estudo da Es-cola Nacional de Saúde Pública, 36% dos brasileiros se queixam do problema. Dado mais alar-mante: a Organização Mundial de Saúde estima que 80% da população global teve, tem ou terá dor nas costas em algum momento da vida.

Não é para menos, a maioria das pessoas leva uma vida que favorece o surgimento das dores lombares. São horas trabalhan-do na frente do computador, mais horas presa no trânsito todo dia, postura inadequada no trabalho, no lazer e em casa. O resultado: dor nas costas. A mais comum é na região lombar. Quanto as causas, elas podem variar desde o sedentarismo, excesso de peso, erros na exe-cução dos exercícios à postura errada no dia a dia.

As mulheres são vítimas em potencial. Além da anatomia que convida a desequilíbrios

posturais existem outros fa-tores como salto alto, bolsa pesada carregada em um ombro só, exagero de exercícios para o bumbum, mania de encolher a barriga a fi m de parecer mais magra e por aí vai. Isso sem falar na gravidez - quando o peso cor-poral aumenta e a sobrecarga na coluna também.

Quem já deu um mau jeito nas costas ou sentiu a coluna travar de repente sabe o tamanho do incômodo. No auge da dor, vale tudo: analgésico, massa-gem, acupuntura, fi sioterapia, repouso. Todas são alternativas válidas para o alívio do descon-forto desde que adotadas com orientação médica. Também é importante descobrir a origem do problema, pois há casos em que a dor nas costas é um aler-ta de problemas respiratórios, renais e gastrointestinais ou hérnia de disco, que se forma quando os discos interverte-brais saem da posição normal e comprimem as raízes nervosas

entre as vértebras da coluna. Descartadas essas opções, não existe desculpa para não ma-lhar. Exercitar-se é unanimida-de entre os especialistas como uma ferramenta para fortalecer o corpo, aumentar a elasticida-de dos músculos das costas e relaxar - e, portanto, prevenir e tratar a dor.

Musculação Essencial para fortalecer o

core (que engloba os múscu-los do abdômen, da parte de baixo das costas e dos qua-dris), responsável pela sus-tentação da coluna. Quando se reforça essa musculatura, equilibra a forças entre a parte da frente e a de trás do corpo, diminuindo o risco de dor nas costas. A orientação de um professor é chave para evitar erros na execução e exagero nas repetições ou na escolha das cargas - o que pode piorar a situação, em vez de melhorar.

Pilates Mesmo quem procura o mé-

todo por outras razões - barriga durinha, músculos desenhados, mais alongamento - acaba pre-venindo (ou aliviando, caso já tenha) a dor na lombar. Os movimentos focam a estabili-zação da coluna e trabalham fl exibilidade, força e equilíbrio. O pilates é uma atividade ótima tanto para fortalecer o corpo quanto para tratar a dor, seja qual for a origem.

Urologista explica que a recuperação é rápida e os possíveis efeitos colaterais são tratáveis com novas tecnologias

Novembro Azul: vida saudável pós câncer de próstata

A prevenção e a detec-ção precoce são os melhores caminhos para evitar os efei-

tos graves do câncer de prós-tata, como alerta a campa-nha do Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre a doença. Apesar de tanta informação disponível, por que alguns homens ainda são resistentes a procurar ajuda médica? Especialis-tas alertam que – além do preconceito do exame - muitos ainda temem os efeitos do tratamento da doença, acreditando que podem ficar debilitados pela cirurgia.

A verdade é que o tra-tamento de câncer de próstata tem rápida recuperação e todos os possíveis efeitos colaterais são tratá-veis de forma cada vez mais acessível no Brasil. “O cân-cer de próstata é uma doença muito frequente e pode ser curada, desde que diagnostica-da precocemente. O homem não deve deixar de procurar seu urologista por medos infundados. As consequ-ências do tratamento do câncer podem ser tratadas adequadamente, mas a evo-lução do tumor, sem trata-mento, pode levá-lo a uma situação de impossibilidade de cura”, alerta o urologista Luis Seabra Rios, do Hospital Israelita Albert Einstein.

O médico explica que a recuperação tem duas fases.

SERVIÇOSUA MELHORACADEMIA

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Informações:

Rua Acre, 66, Nossa Senhora das Graças

3584-0317 e3584-2115

Na primeira, que dura de sete a 14 dias, é mantida uma sonda uretral de proteção. “Retirada esta sonda, o pa-ciente volta a urinar espon-taneamente e fi ca em obser-vação, para saber se está tudo bem”, explica. Se não houver efeitos colaterais na cirurgia, o paciente volta à vida normal em quatro semanas.

Sem efeitosOs efeitos colaterais pós-

cirurgia estão cada vez me-nos frequentes, mas – quan-do acontecem – já contam com um aparato da medi-cina para resolvê-los. Uma parte dos pacientes pode apresentar disfunção erétil, que varia de acordo com a idade e comorbidades. Ou-

tra possível complicação é a incontinência urinária, mais rara. “Incontinências impor-tantes que necessitem de tratamento cirúrgico ocor-rem em cerca de 5 a 8% dos pacientes”, explica.

Apesar de afetar muito a vida do paciente, a disfun-ção erétil pode ser resolvida de forma bem-sucedida. “Há várias formas de tratamento que incluem medicamentos orais, injeções e implante de próteses penianas.

Essas alternativas são bastante eficazes e ra-

ramente o paciente deixa de recuperar a função sexual quan-do busca tratamen-to”, afirma.

Já a incontinên-cia urinária pode ocorrer de forma leve até um ano

após a cirurgia. De-pois deste período,

o paciente deve p r o c u r a r ajudar mé-dica caso

continue apre-

sentando o problema, que tem solução. Nos casos leves e moderados, o tratamento é feito com slings – malhas cirúrgicas que funcionam como um suporte reforçando a sustentação da uretra - e injeções endoscópicas. Nos casos graves, o tratamento recomendado é a colocada de uma prótese, chamada de esfíncter urinário artificial. A boa notícia é que, desde o começo do ano, brasileiros com incontinência urinária começam a receber autori-zação dos planos de saúde para colocar esta prótese, considerada o padrão ouro da medicina. Até então, para ter direito à cirurgia – única eficaz nos casos graves - era preciso recorrer à justiça.p r o c u r a r

ajudar mé-dica caso

continue apre-

preciso recorrer à justiça.preciso recorrer à justiça.

Os novos trata-mentos permitem uma vida renovada

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MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014 F7Saúde e bem-estar

C

ordão umbilical: quandoe por que

doar?Proce-dimento apresenta importan-tes resul-tados para o trata-mento de doenças graves

processo para retirar o san-gue do cordão é indolor e não apresenta nenhum risco para a mãe ou para o bebê.

Atualmente existem duas entidades de armazenamen-to: banco de sangue privado e banco de sangue público. Nos privados, o sangue do cordão do bebê é armazenado

para seu próprio uso ou para utilização de um membro da família em caso de necessidade. Já nos bancos de sangue públicos, a família doará o sangue do cordão um-bilical, o qual será armazenado e estará disponível para quem seja compatível e precise de um transplante.

O cordão umbilical, que une o feto à placenta da mãe, é responsá-vel pela nutrição e

oxigenação do bebê durante a gestação. Após o parto, ele não é mais necessário para o desenvolvimento da criança, mas o sangue que permanece na placenta e na veia umbilical pode salvar vidas. O sangue que é descartado pode ajudar quem sofre de doenças he-matológicas, como leucemia e mielodisplasias.

De acordo com o hematolo-gista Dr. Nelson Tatsui, o sangue do cordão umbilical, assim como a medula óssea, é rico em cé-lulas-mãe, que podem originar diversos tipos de tecidos. “As células-mãe são células mes-tras, capazes de criar os com-ponentes principais do sangue humano e do sistema imunoló-gico do corpo. A partir dessas células, formam-se glóbulos vermelhos que levam o oxigê-nio aos tecidos, glóbulos bran-cos para combater infecções e plaquetas para a coagulação”, explica. Além do tratamento das leucemias, o material co-letado pode ser utilizado para o tratamento de 79 tipos de doenças, como talessemia e lin-fomas. Outras doenças como diabetes tipo 1, doenças neu-rológicas e, até mesmo, a Aids, são objetos de estudos.

O armazenamentoO momento do nascimento

é a única oportunidade para a coleta das células-tronco do cordão umbilical, portan-to, este procedimento deve ser incluído nos preparativos

que antecedem a chegada do bebê. “A retirada do san-gue do cordão umbilical deve ser realizada imediatamente após o parto. Depois, as cé-lulas-tronco são separadas em um laboratório e podem ser armazenadas por muitos anos em tanques refrigera-dos com nitrogênio, a uma temperatura próxima de -190°C”, diz Tatsui. O espe-cialista afirma ainda, que o

Os principais questionamentos:Onde posso coletar o

sangue de cordão do meu filho?

No Brasil existem dois sis-temas: um sistema dirigido para unidades públicas e ou-tro para o sistema privado. O BrasilCord representa a

rede pública e possui apro-ximadamente 13 unidades espalhadas pelo Brasil. A gestante deverá buscar uma das 13 unidades coletado-ra e seguir todos requisitos técnicos e legais.

No setor privado, o ideal é que a mãe busque uma unidade geograficamente próxima ao centro médico de opção em caso de necessida-de de transplante. Também deverá seguir critérios téc-nicos e legais específicos do sistema privado.

Como é feita a co-leta do Cordão Um-bilical?

A coleta é rápida, dura em torno de cinco minutos, e sempre é re-alizada imediatamente após o nascimento do

bebê. A drenagem do sangue do cordão um-

bilical é feita por meio de uma punção com agu-

lha na veia umbilical e seu acondicionamento se dá em uma bolsa contendo antico-agulante e nutrientes. Todo o processo da coleta deve ser realizado com rigorosa técnica asséptica. O tempo de transporte entre a coleta e o processamento deve ser no máximo de 48 horas.

Quanto tempo o cordão

pode ficar congelado?Não há tempo máximo

definido pela literatura. Há relatos de unidades congela-das há aproximadamente 23 anos, que demonstram viabi-lidade celular adequada.

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F8 MANAUS, DOMINGO, 9 DE NOVEMBRO DE 2014Saúde e bem-estar

Manter hábitos saudáveis e fugir de ambientes muito barulhentos são essenciais para preservar a audição

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

DIVULGAÇ

ÃO

Como diz a música, é preci-so saber viver... e também envelhecer. Manter uma atitude saudável perante

a vida está cada vez mais difícil com a rotina frenética dos dias modernos. Mas buscar alegria e re-laxamento, através do convívio com familiares e amigos, é essencial. Para isso, precisamos nos manter conectados ao mundo, precisamos escutar bem os sons das músicas, das conversas, seja em casa ou em restaurantes e casas de show.

Entre todas as dificuldades que afetam a vida de um idoso, uma das piores é a perda auditiva. A surdez pode isolar o indivíduo de sua família, de seus ami-gos e até criar dificuldades no ambiente de trabalho.

Pesquisa realizada pelo site He-art-it comprova que pessoas que sofrem de surdez têm problemas de relacionamento. O que ocorre mui-tas vezes é um constrangimento, de ambas as partes, devido à difi cul-dade na comunicação, o que acaba por afastar os defi cientes auditivos do convívio em sociedade, podendo acarretar isolamento, tristeza e até mesmo depressão.

“Falar sobre defi ciência auditiva nunca é fácil, por causa da resis-tência que as pessoas têm em ad-mitir a surdez. Mas trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer.

Estudos com-provam que o tratamento da perda auditi-va, geralmen-te com o uso de aparelhos auditivos, resulta em melhoras signi-fi cativas na qualida-de de vida do idoso”, afi rma a fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.

Segundo especialistas, muitas pessoas já experimentam algum grau de perda da audição a partir dos 40 anos, por causa do envelhe-cimento natural do corpo. O pro-cesso é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária tem um tipo ou grau de perda auditiva. Depois dos 65 anos, a perda audi-tiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. Por isso, o melhor é procurar um especialista aos primeiros sinais de surdez.

“O uso diário do aparelho e o apoio da família são essenciais para que o indivíduo resgate sua autoestima. Infelizmente, muitas vezes, quando se procura tratamento, o caso já está grave. A perda se dá de maneira lenta e progressiva e, com o decorrer dos anos, a defi ciência atinge um estágio mais avançado”, explica a

f o -noau-d i ó l o g a , especialista em audiologia.

A maioria das pessoas com presbiacusia começa a perder audição quando há um declínio na sua capacidade de ouvir sons de alta frequência. Por-tanto, o primeiro sinal de presbia-cusia pode ser a difi culdade de ouvir o que as pessoas dizem para você. Os sons da fala com mais alta frequência são as consoantes, como o S, T, K, P e F.

Cabe aos médicos otorrinolarin-gologistas examinar os pacientes e aos fonoaudiólogos indicar qual tipo e modelo de aparelho atende às necessidades do defi ciente.

Barulho excessi-vo pode preju-

dicar a audição irremediavel-

mente

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