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0 SAÚDE PÚBLICA 2016

SAÚDE PÚBLICA 0 2016 - enfconcursos.com · (2) O ectoderma da origem ao epitélio de revestimento externo, o epitélio glandular e o tecido nervoso. (3) O mesoderma diferencia-se

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SAÚDE PÚBLICA

2016

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4

CONCEITOS GERAIS ................................................................................................. 7 NEOPLASIA ............................................................................................................. 7 CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................... 8

COMPORTAMENTO BIOLÓGICO ........................................................................ 8 HISTOGÊNESE .................................................................................................. 10

NOMENCLATURA ..................................................................................................... 12 REGRA GERAL ..................................................................................................... 12 EXCEÇÕES ............................................................................................................ 13

ESTADIAMENTO ....................................................................................................... 15 ESTADIAMENTO CLÍNICO ................................................................................... 15 ESTADIAMENTO PATOLÓGICO .......................................................................... 15 IMPORTÂNCIA DO ESTADIAMENTO ................................................................... 16

ESTADIAMENTO GERAL DOS TUMORES (ESTÁDIO E DESCRIÇÃO) ........... 17

PREVENÇÃO ............................................................................................................. 20 CAUSAS DE CÂNCER .......................................................................................... 20

CAUSAS EXTERNAS ......................................................................................... 21 CAUSAS INTERNAS .......................................................................................... 22

FATORES DE RISCO ............................................................................................ 23 FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS .............................................................. 23 FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS ...................................................... 25

DETECÇÃO PRECOCE ............................................................................................. 29 DIAGNÓSTICO PRECOCE .................................................................................... 29 RASTREAMENTO .................................................................................................. 29 CONHECIMENTO EM AÇÃO ................................................................................ 30 MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO.............................................................................. 31

TRATAMENTO DO CÂNCER .................................................................................... 36 CIRURGIA .............................................................................................................. 37

CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA ONCOLÓGICA .............................................. 37 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES NA CIRURGIA ONCOLÓGICA: ................... 38

QUIMIOTERAPIA (QT) ........................................................................................... 41 HORMONIOTERAPIA ......................................................................................... 42 BIOTERAPIA ....................................................................................................... 43 ALVOTERAPIA ................................................................................................... 44 MANUSEIO SEGURO DE QUIMIOTERÁPICOS ................................................ 44 BOAS PRÁTICAS NA QUIMIOTERAPIA: ........................................................... 49 CATETER TOTALMENTE IMPLANTÁVEL ......................................................... 55 HIPODERMÓCLISE ............................................................................................ 59

RADIOTERAPIA..................................................................................................... 62 TIPOS DE RADIOTERAPIA ................................................................................ 63

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA RADIOTERAPIA .................................. 65

URGÊNCIAS ONCOLÓGICAS .................................................................................. 69 URGÊNCIAS METABÓLICAS ............................................................................... 69

HIPERCALEMIA.................................................................................................. 69 HIPONATREMIA ................................................................................................. 70 SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT) .............................................................. 71

URGÊNCIAS INFECIOSAS ................................................................................... 74 NEUTROPÉNIA FEBRIL ..................................................................................... 74

ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR INTEGRADA E CUIDADOS PALIATIVOS ..... 79

TRATAMENTO DA DOR ........................................................................................... 82 CAUSAS DE DOR .................................................................................................. 82 CLASSIFICAÇÃO DA DOR POR SEU MECANISMO FISIOPATOLÓGICO ......... 83 RECURSOS AUXILIARES ..................................................................................... 88

RADIOTERAPIA ANTIÁLGICA ........................................................................... 88 QUIMIOTERAPIA ................................................................................................ 88 PROCEDIMENTOS ANESTÉSICOS .................................................................. 89 BLOQUEIO NEURAL .......................................................................................... 90 BLOQUEIO PERIFÉRICO ................................................................................... 91 BLOQUEIO AUTONÔMICO ................................................................................ 91

PRINCIPAIS PROTOCOLOS QUIMIOTERÁPICOS.................................................. 93 CÂNCER DE MAMA .............................................................................................. 93 CÂNCER DE CÓLON E RETO .............................................................................. 95 CÂNCER DE PRÓSTATA ...................................................................................... 98 CÂNCER DE PULMÃO .......................................................................................... 98 LINFOMAS ............................................................................................................. 99

SIMULADO .............................................................................................................. 104

GABARITO .............................................................................................................. 116

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 118

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INTRODUÇÃO

Segunda causa de óbitos no país, com tendência de crescimento nos próximos

anos, o câncer é uma questão de saúde pública, principalmente ao se levar em

consideração seu percentual de prevenção: cerca de um terço dos casos novos de

câncer no mundo poderia ser evitado. Atualmente, o câncer é um dos problemas de

saúde pública mais complexos que o sistema de saúde brasileiro enfrenta, dada a

sua magnitude epidemiológica, social e econômica. Ressalta-se que pelo menos um

terço dos casos novos de câncer que ocorre anualmente no mundo poderia ser

prevenido.

A palavra câncer vem do grego karkínos, que quer dizer caranguejo, e foi

utilizada pela primeira vez por Hipócrates, o pai da medicina, que viveu entre 460 e

377 a.C. O câncer não é uma doença nova. O fato de ter sido detectado em múmias

egípcias comprova que ele já comprometia o homem há mais de 3 mil anos antes de

Cristo. Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100

doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células, que tendem a

invadir tecidos e órgãos vizinhos. As células normais que formam os tecidos do corpo

humano são capazes de se multiplicar por meio de um processo contínuo que é

natural. A maioria das células normais cresce, multiplica-se e morre de maneira

ordenada, porém, nem todas as células normais são iguais: algumas nunca se

dividem, como os neurônios; outras – as células do tecido epitelial – dividem-se de

forma rápida e contínua. Dessa forma, a proliferação celular não implica

necessariamente presença de malignidade, podendo simplesmente responder a

necessidades específicas do corpo. O crescimento das células cancerosas é

diferente do crescimento das células normais. As células cancerosas, em vez de

morrerem, continuam crescendo incontrolavelmente, formando outras novas células

anormais. Diversos organismos vivos podem apresentar, em algum momento da vida,

anormalidade no crescimento celular – as células se dividem de forma rápida,

agressiva e incontrolável, espalhando-se para outras regiões do corpo – acarretando

transtornos funcionais. O câncer é um desses transtornos.

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Uma célula normal pode sofrer uma mutação genética, ou seja, alterações no

DNA dos genes. As células cujo material genético foi alterado passam a receber

instruções erradas para as suas atividades. Independentemente da exposição a

agentes cancerígenos ou carcinógenos, as células sofrem processos de mutação

espontânea, que não alteram seu desenvolvimento normal. As alterações podem

ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que, a princípio, são

inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes transformam-se

em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais.

Essas células diferentes são denominadas cancerosas. O processo de formação do

câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece

lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa se prolifere e

dê origem a um tumor visível. Os efeitos cumulativos de diferentes agentes

cancerígenos ou carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção,

progressão e inibição do tumor. A carcinogênese é determinada pela exposição a

esses agentes, em uma dada frequência e período de tempo, e pela interação entre

eles. Devem ser consideradas, no entanto, as características individuais, que facilitam

ou dificultam a instalação do dano celular. Esse processo é composto por três

estágios: • Estágio de iniciação, no qual os genes sofrem ação dos agentes

cancerígenos. • Estágio de promoção, no qual os agentes oncopromotores atuam na

célula já alterada. • Estágio de progressão, caracterizado pela multiplicação

descontrolada e irreversível da célula.

Partindo dessas considerações e de que a definição da linha de cuidado por tipo

de câncer é fundamental para orientar os profissionais de saúde sobre os protocolos

e de suas diretrizes clínicas, ou seja, o que, como, onde e por quem deve ser

realizado, veremos a seguir os conceitos e modalidades de tratamento que envolvem

esta doença avassaladora.

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CONCEITOS GERAIS

NEOPLASIA

No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controlada e não

controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento

controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não

controladas e são denominadas, na prática, de “tumores”. A primeira dificuldade que

se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na

morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento,

modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: “Neoplasia é uma proliferação

anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e

tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o

hospedeiro” (Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984).

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008): A displasia:

(A) refere-se aos mecanismos utilizados para controlar o ciclo de divisão celular.

(B) descreve a substituição de um tecido diferenciado por outro, sem coexistência com a

maturação ou diferenciação destes.

(C) descreve um distúrbio reversível do crescimento celular.

(D) é utilizada como termo para denominar carcinogênese.

RESPOSTA CORRETA: (C) descreve um distúrbio reversível do crescimento celular.

COMENTÁRIO: O termo displasia é empregado para designar o processo e as

consequências de um distúrbio da histogênese, ou seja, refere-se fundamentalmente

a um defeito da organização tissular. Do ponto de vista clínico, considera-se a

existência de dois tipos básicos de displasias: as puras ou sensu stricto e as

síndromes ou sensu lato. Nas displasias puras os sinais observados nos afetados

são atribuíveis apenas às alterações tissulares, ou seja, são sinais exclusivamente

displásicos. Nas síndromes, além dos sinais displásicos, ocorrem malformações,

constituindo uma associação entre distúrbios da histogênese e da organogênese.

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CLASSIFICAÇÃO

Várias classificações foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva

em consideração dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese.

COMPORTAMENTO BIOLÓGICO

De acordo com o comportamento biológico os tumores podem ser agrupados

em três tipos: benignos, limítrofes ou “bordeline”, e malignos. Um dos pontos mais

importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação

entre cada uma destas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil. Estes critérios

serão discutidos a seguir e são, na grande maioria dos casos, morfológicos:

Cápsula: Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e

expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a

formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o

crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação

desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser

equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno.

Crescimento: Todas as estruturas orgânicas apresentam um parênquima,

representado pelas células em atividade metabólica ou em duplicação, e um

estroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado, cujo objetivo é dar

sustentação e nutrição ao parênquima. Os tumores também têm estas estruturas,

sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma

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rede vascular adequada, por isso que raramente apresentam necrose e

hemorragia. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e

desorganização do crescimento, pela capacidade infiltrativa e pelo alto índice de

duplicação celular, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima

tumoral e o estroma vascularizado. Isto acarreta áreas de necrose ou hemorragia,

de grau variável com a velocidade do crescimento e a “idade” tumorais.

Morfologia: O parênquima tumoral exibe um grau variado de células. As dos

tumores benignos, que são semelhantes e reproduzem o aspecto das células do

tecido que lhes deu origem, são denominadas bem diferenciadas. As células dos

tumores malignos perderam estas características, têm graus variados de

diferenciação e, portanto, guardam pouca semelhança com as células que as

originaram e são denominadas pouco diferenciadas. Quando se estudam suas

características ao microscópio, veem-se células com alterações de membrana,

citoplasma irregular e núcleos com variações da forma, tamanho e cromatismo.

Mitose: O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto

significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será

o número de mitoses verificadas. No caso dos tumores, o número de mitoses está

inversamente relacionado com o grau de diferenciação. Quanto mais diferenciado

for o tumor, menor será o número de mitoses observada e menor a agressividade

do mesmo. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico,

enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas.

Antigenicidade: As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas,

não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas,

pouco diferenciadas, têm esta propriedade, embora raramente, que pode ser

utilizada no diagnóstico e no diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer.

Metástases: As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a

capacidade invasivo- destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a

metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem

dependência do foco primário.

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HISTOGÊNESE

O diagrama abaixo resume as etapas do desenvolvimento do ovo até a

formação do embrião tridérmico, do qual derivam todos os tecidos do corpo humano

(histogenese).

OVO

MÓRULA

BLÁSTULA (1)

GÁSTRULA

EMBRIÃO TRIDÉRMICO

ECTODERMA(2) MESODERMA(3) ENDODERMA(4)

MESÊNQUIMA

(1) Células blásticas, residuais, são daqui derivadas.

(2) O ectoderma da origem ao epitélio de revestimento externo, o epitélio glandular e o tecido

nervoso.

(3) O mesoderma diferencia-se em diversos tecidos, entre os quais os tecidos ósseo, muscular,

vascular, seroso, cartilaginoso e hematopoiético.

(4) O endoderma da origem ao epitélio de revestimento interno e de glândulas.

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NOMENCLATURA

REGRA GERAL

A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para

os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo “oma” (tumor) ao termo que

designa o tecido que os originou.

Exemplos:

- Tumor benigno do tecido cartilaginoso – condroma;

- Tumor benigno do tecido gorduroso – lipoma

- Tumor benigno do tecido glandular – adenoma.

Quanto aos tumores malignos, é necessário considerar a origem embrionária

dos tecidos de que deriva o tumor. Quando sua origem for dos tecidos epiteliais de

revestimento externo e interno, os tumores são denominados carcinomas. Quando o

epitélio de origem for glandular, passam a ser chamados de adenocarcinomas. Os

tumores malignos originários dos tecidos conjuntivos ou mesenquimais terão o

acréscimo de sarcoma ao vocábulo que corresponde ao tecido. Por sua vez, os

tumores de origem nas células blásticas, que ocorrem mais frequentemente na

infância, têm o sufixo blastoma acrescentado ao vocábulo que corresponde ao tecido

original.

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EXCEÇÕES

EPÔMINOS: Há tumores malignos que receberam os nomes daqueles que os

descreveram pela primeira vez: linfoma de Burkitt, Doença de Hodgkin, Sarcoma de

Ewing, Sarcoma de Kaposi, Tumor de Wilms, Tumor de Krukenberg (adenocarcinoma

mucinoso metastático para ovário).

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ESTADIAMENTO

ESTADIAMENTO CLÍNICO

Os tumores malignos, apesar da sua grande variedade (mais de 100 tipos

diferentes), apresentam um comportamento biológico semelhante, que consiste em

crescimento, invasão local, destruição dos órgãos vizinhos, disseminação regional e

sistêmica. O tempo gasto nestas fases depende tanto do ritmo de crescimento

tumoral como de fatores constitucionais do hospedeiro. O conhecimento da biologia

dos tumores levou a União Internacional Contra o Câncer (UICC) a desenvolver um

sistema que permitisse classificar a evolução das neoplasias malignas, para se

determinar o melhor tratamento e a sobrevida dos doentes.

Este sistema, denominado, no Brasil, de “estadiamento”, tem como base a

avaliação da dimensão do tumor primário (representada pela letra T), a extensão de

sua disseminação para os linfonodos regionais (representada pela letra N) e a

presença, ou não, de metástase à distância (representada pela letra M) e é conhecido

como Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. O estadiamento clínico

também representa, portanto, a linguagem de que o oncologista dispõe para definir

condutas e trocar conhecimentos a partir dos dados do exame físico e de exames

complementares pertinentes ao caso.

ESTADIAMENTO PATOLÓGICO

O estadiamento patológico baseia-se nos achados cirúrgicos e no exame

anatomopatológicos da peça operatória. É estabelecido após o tratamento cirúrgico e

determina a extensão da doença com maior precisão. Este estadiamento pode ou

não coincidir com o estadiamento clínico e não é aplicável a todos os tumores,

embora para alguns (pele e ovário, por exemplo) seja o único estadiamento possível.

É grafado com a letra p minúscula antes das letras T, N e M: Exemplo: pT1pN1pM0.

Grau de Diferenciação - Independentemente do tipo de sistema utilizado para a

classificação anatômica do tumor, este deve ser, sempre que possível classificado

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quanto ao grau de diferenciação histopatológica. Algumas vezes, a denominação

patológica do tumor já inclui a sua diferenciação: Exemplo: adenocarcinoma

gástrico difuso de Lauren, que significa pouco diferenciado, ou o do tipo intestinal

de Lauren, que é bem diferenciado.

Símbolos Adicionais - Foram propostos com a finalidade de permitir o

estadiamento, devendo ser de uso e aceitação restritos:

x: Para os casos em que o tumor primário, os linfonodos regionais ou

metástases não possam ser avaliados pelo exame físico ou exames

complementares, sendo grafado em letra minúscula após o T, N ou M. Não

corresponde a desconhecimento do estadiamento quando este já foi feito ou o

doente já foi anteriormente tratado.

y: Para os casos em que o estadiamento é feito durante ou após o tratamento,

sendo grafado com a letra y minúscula antes do TNM ou do pTNM.

r: Para os casos de recidiva tumoral, quando o estadiamento é feito após um

intervalo livre de doença, sendo grafado com a letra r minúscula antes do TNM

ou pTNM.

R: A ausência, ou presença, de tumor residual ao término do tratamento é

descrita pela letra R: Rx: a presença do tumor residual não pode ser avaliada;

R0: ausência de tumor residual;

R1: tumor residual microscópico;

R2: tumor residual macroscópico.

IMPORTÂNCIA DO ESTADIAMENTO

A determinação da extensão da doença e a identificação dos órgãos por ela

acometidos constituem um conjunto de informações fundamentais para:

Obtenção de informações sobre o comportamento biológico do tumor;

Seleção da terapêutica;

Previsão das complicações;

Obtenção de informações para estimar o prognóstico do caso;

Avaliação dos resultados do tratamento;

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ESTADIAMENTO GERAL DOS TUMORES (ESTÁDIO E DESCRIÇÃO)

1. carcinoma “in situ” (TisN0M0);

2. invasão local inicial;

3. tumor primário limitado ou invasão linfática regional mínima;

4. tumor local extenso ou invasão linfática regional extensa;

5. tumor localmente avançado ou presença de metástases.

(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista):Em casos de neoplasias, o estadiamento

determina o tamanho do tumor e a existência de metástases. No Brasil, o Instituto

Nacional de Câncer (INCA) recomenda o sistema TNM para a classificação de tumores

malignos e descrição de sua extensão anatômica. O significado correto do TNM é:

(A) T- a extensão do tumor primário; N - a ausência ou presença e a extensão de metástase

em linfonodos regionais; M - a ausência ou presença de metástase à distância.

(B) T- presença e extensão do tumor primário; N – localização do tumor primário; M –

presença de metástase à distância

(C) T- localização do tumor primário detectado; N – ausência ou presença de metástase em

linfonodos regionais; M - a ausência ou presença de metástase

(D) T- presença de tumoração malígna; N – número de tumorações malíngas; M - a

ausência ou presença de metástase à distância

RESPOSTA CORRETA: (A) T- a extensão do tumor primário; N - a ausência ou presença e

a extensão de metástase em linfonodos regionais; M - a ausência ou presença de

metástase à distância

COMENTÁRIO: A União Internacional Contra o Câncer (UICC) desenvolveu um

sistema que permitisse classificar a evolução das neoplasias malignas, para se

determinar o melhor tratamento e a sobrevida dos doentes. Este sistema,

denominado, no Brasil, de “estadiamento”, tem como base a avaliação da dimensão

do tumor primário (representada pela letra T), a extensão de sua disseminação para

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os linfonodos regionais (representada pela letra N) e a presença, ou não, de

metástase à distância (representada pela letra M) e é conhecido como Sistema TNM

de Classificação de Tumores Malignos.

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Considerando o estadiamento do câncer

humano, relacione a primeira coluna à segunda e, em seguida, assinale a opção

correta.

I – Extensão local do tumor.

II – Presença ou ausência de metástases em linfonodos regionais e sua extensão.

III– Presença ou ausência de metástases a distância.

( ) M1 presença de metástase a distância.

( ) Tis – tu in situ.

( ) N 0 – sem evidência de envolvimento de linfonodos

regionais.

( ) M 0 – Não há metástases a distância.

A sequência correta é:

(A) I, II, III, IV.

(B) II, I, III, IV.

(C) III, II, III, IV.

(D) III, I, II, III.

RESPOSTA CORRETA: (D) III, I, II, III.

COMENTÁRIO: O sistema TNM é interpretado da seguinte forma: Dimensão do tumor

primário (representada pela letra T), a extensão de sua disseminação para os

linfonodos regionais (representada pela letra N) e a presença, ou não, de metástase à

distância (representada pela letra M).Tendo ainda o uso numérico para classificar a

extensão da doença: 0 - carcinoma “in situ” (TisN0M0); I - invasão local inicial; II -

tumor primário limitado ou invasão linfática regional mínima; III - tumor local extenso

ou invasão linfática regional extensa; IV - tumor localmente avançado ou presença de

metástases.

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PREVENÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que cerca de 40% das

mortes por câncer poderiam ser evitadas, o que faz da prevenção um componente

essencial de todos os planos de controle do câncer.

Uma vez que o câncer é uma doença cujo processo tem início com um dano a

um gene ou a um grupo de genes de uma célula e progride quando os mecanismos

do sistema imunológico de reparação ou destruição celular falham, a pergunta que

cabe então é: quais fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer?

Dessa forma, a prevenção do câncer, que será tratada nesta unidade, refere-se a um

conjunto de medidas para reduzir ou evitar a exposição a fatores que aumentam a

possibilidade de um indivíduo desenvolver uma determinada doença ou sofrer um

determinado agravo, comumente chamados de fatores de risco. Os fatores de risco

de câncer podem ser encontrados no ambiente físico, ser herdados, ou representar

comportamentos ou costumes próprios de um determinado ambiente social e cultural.

A prevenção com ênfase nos fatores associados ao modo de vida, em todas as

idades, e com intervenções de combate a agentes ambientais e ocupacionais

cancerígenos, pode trazer bons resultados na redução do câncer.

CAUSAS DE CÂNCER

Atualmente, a definição de risco para a saúde vem sendo ampliada e engloba

várias condições que podem ameaçar os níveis de saúde de uma população ou

mesmo sua qualidade de vida. O risco de câncer, em uma determinada população,

depende das condições sociais, ambientais, políticas e econômicas que a rodeiam,

bem como das características biológicas dos indivíduos que a compõem. Essa

compreensão é essencial na definição de investimentos em pesquisas de avaliação

de risco e em ações efetivas de prevenção. Mesmo se considerarmos que o

conhecimento do mecanismo causal dos diversos tipos de câncer não seja completo,

na prática, do ponto de vista da saúde pública, a identificação de apenas um

componente pode ser suficiente para grandes avanços na prevenção, a partir da

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escolha de medidas preventivas. Em algumas ocasiões, por precaução, poderíamos

tomar atitudes em favor da proteção da saúde da população até mesmo antes que

qualquer componente do mecanismo causal seja descoberto.

Em contrapartida aos fatores de risco, há fatores que dão ao organismo a

capacidade de se proteger contra determinada doença, daí serem chamados fatores

de proteção. São fatores de proteção, por exemplo, o consumo de frutas, legumes e

verduras.

O estudo dos fatores de risco e de proteção, isolados ou combinados, tem

permitido estabelecer relações de causa-efeito com determinados tipos de câncer;

porém, três aspectos devem ser enfatizados:

Nem sempre a relação entre a exposição a um

ou mais fatores de risco e o desenvolvimento

de uma doença é reconhecida facilmente,

especialmente quando se presume que a

relação se dê com comportamentos sociais

comuns, como a alimentação, por exemplo.

Nas doenças crônicas, como o câncer, as

primeiras manifestações podem surgir após

muitos anos de uma única exposição

(radiações ionizantes, por exemplo) ou exposições contínuas (radiação solar ou

tabagismo, por exemplo) aos fatores de risco. Por isso, é importante considerar o

conceito de período de latência, isto é, o tempo decorrido entre a exposição ao

fator de risco e o surgimento da doença.

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao

organismo, estando ambas inter-relacionadas.

CAUSAS EXTERNAS

As causas externas, como substâncias químicas, irradiação, vírus e fatores

comportamentais, estão relacionadas ao meio ambiente, ou seja, constituem os

fatores de risco ambientais. De todos os casos de câncer, 80% a 90% estão

associados a fatores ambientais. Alguns desses fatores são bem conhecidos:

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O cigarro pode causar câncer de pulmão (cerca de 90% dos cânceres de pulmão

são causados pelo cigarro) e muitos outros tipos de câncer.

O uso de bebidas alcoólicas pode causar câncer de boca, orofaringe e laringe

(principalmente quando associado ao fumo), esôfago e fígado.

A exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele.

Alguns vírus também podem causar câncer (exemplo: leucemia, câncer do colo do

útero e câncer de fígado).

A irradiação também pode causar câncer: a incidência e a mortalidade por câncer

nos habitantes das cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, após a explosão

da bomba atômica (no fim da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945),

ainda hoje são muito altas

Existem outros fatores causais de câncer que ainda estão sendo estudados.

Alguns componentes dos alimentos que ingerimos são motivo de diversos estudos

que vêm sendo realizados, mas existem outros fatores causais que são ainda

completamente desconhecidos.

O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que

aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as

células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes

fatores de risco para câncer, explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais

frequente nessa fase da vida.

CAUSAS INTERNAS

As causas internas, como os hormônios, condições imunológicas e mutações

genéticas são, na maioria das vezes, geneticamente predeterminadas e estão ligadas

à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o

fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores (oncogênese),

são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários,

familiares e étnicos. Alguns tipos de câncer, como, por exemplo, os cânceres de

mama, estômago e intestino, parecem ter um forte componente familiar, embora não

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se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa

comum.

FATORES DE RISCO

Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais

susceptíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar por

que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo

carcinógeno.

FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS

Diversos fatores de risco classificados como modificáveis

já foram identificados, como: uso de tabaco e álcool, hábitos

alimentares inadequados, inatividade física, agentes

infecciosos, radiação ultravioleta, exposições ocupacionais,

poluição ambiental, radiação ionizante, alimentos

contaminados, obesidade e situação socioeconômica. Há ainda

nessa relação o uso de drogas hormonais, fatores reprodutivos e imunossupressão.

Essa exposição é cumulativa no tempo e, portanto, o risco de câncer aumenta com a

idade. Mas é a interação entre os fatores modificáveis e os não modificáveis que vai

determinar o risco individual de câncer.

A boa notícia é que parte desses fatores ambientais depende do comportamento do

indivíduo, que pode ser modificado, reduzindo o risco de desenvolver um câncer.

Algumas dessas mudanças dependem somente do indivíduo, enquanto outras

requerem alterações em nível populacional e comunitário. Um exemplo de uma

modificação em nível individual é a interrupção do uso do tabaco e, em nível

comunitário, a introdução de uma vacina para o controle de um agente infeccioso

associado com o desenvolvimento do câncer, como o vírus da hepatite B. É preciso

lembrar sempre que um alto percentual de mortes por câncer pode ser evitado, mas

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para isso acontecer todos devem contribuir para modificar o risco de desenvolvimento

do câncer (INCA, 2008, p. 159- 160).

Uso de tabaco: É a principal causa dos cânceres de pulmão, laringe, cavidade

oral e esôfago; tem um importante papel nos cânceres de bexiga, leucemia

mieloide, pâncreas, colo do útero e outros.

Alimentação inadequada: Uma alimentação rica em gordura saturada e

pobre em frutas, legumes e verduras aumenta o risco dos cânceres de mama,

cólon, próstata e esôfago. Uma alimentação rica em alimentos de alta

densidade energética aumenta o risco de ganho de peso de desenvolvimento

da obesidade, que é um fator de risco para diversos tipos de câncer.

Lembrando que alimentos de alta densidade energética concentram muitas

calorias em um pequeno volume. Em termos práticos, são alimentos que

contêm mais de duas calorias por grama. Na sua próxima ida ao

supermercado, olhe o rótulo de um biscoito qualquer, divida o número de

calorias da porção pelo total de gramas da porção, que aparece listada no

rótulo nutricional, e descubra se ele é um alimento de alta densidade

energética.

Consumir frutas, legumes e verduras diminui o risco de cânceres de pulmão,

pâncreas, cólon e reto, próstata, esôfago, boca, faringe e laringe. Por outro

lado, a contaminação de alimentos pode ocorrer naturalmente, como no caso

das aflatoxinas (câncer de fígado)

Inatividade física: A prática regular de atividade física diminui o risco de

câncer de cólon e reto, de mama (na pós- menopausa) e de endométrio; além

disso, reduz o risco de desenvolver obesidade (fator de risco para diversos

tipos de câncer).

Obesidade: É um fator de risco importante para os cânceres de endométrio,

rim, vesícula biliar e mama.

Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: O uso excessivo de bebidas

alcoólicas pode causar cânceres de boca, faringe, laringe, esôfago, fígado,

mama e cólon e reto. O risco de desenvolver câncer de cavidade oral é

aumentado quando há associação ao fumo.

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Agentes infecciosos: Eles respondem por 18% dos cânceres no mundo. O

HPV, o vírus da hepatite B e a bactéria Helicobacter pylori respondem pela

maioria dos cânceres associados a infecções.

Radiação ultravioleta / ionizante: Ultravioleta: a luz do sol é a maior fonte de

raios ultravioleta, causadores do câncer de pele. Ionizante: a mais importante

radiação ionizante é proveniente dos Raios X, mas ela também pode ocorrer

na natureza em pequenas quantidades.

Exposições ocupacionais: Substâncias encontradas no ambiente de

trabalho, tais como: asbesto, arsênio, benzeno, sílica, radiação, agrotóxico,

poeira de madeira e de couro e fumaça do tabaco são carcinogênicas. O

câncer ocupacional mais comum é o de pulmão, devido ao tabagismo passivo.

Poluição ambiental: A poluição da água, do ar e do solo responde por 1% a

4% dos cânceres em países desenvolvidos.

A poluição tabagística ambiental é a principal poluição em ambientes

fechados, segundo a OMS, sendo classificada como tabagismo passivo.

Nível socioeconômico: A associação do nível socioeconômico com vários

tipos de cânceres provavelmente se refere ao seu papel como marcador do

modo de vida e de exposição das pessoas a outros fatores de risco do câncer.

Comportamento sexual: Iniciar precocemente as atividades sexuais, possuir

parceiro sexual com múltiplas parceiras e possuir múltiplos parceiros sexuais

são fatores relacionados ao desenvolvimento de infecção pelo HPV, que é o

principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer do colo do útero.

FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS

Nesse grupo, estão relacionados os fatores de risco que não dependem do

comportamento, hábitos e práticas individuais ou coletivas. Também são conhecidos

como fatores de risco intrínsecos. São eles: idade, gênero, etnia/raça e herança

genética ou hereditariedade.

São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores

hereditários, familiares ou étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante

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papel na oncogênese. Um exemplo são os indivíduos com retinoblastoma (tumor

ocular) que, em 10% dos casos, apresentam história familiar desse tumor.

Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte

componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos

membros da família a uma causa comum. Determinados grupos étnicos parecem

estar protegidos de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, o

Sarcoma de Ewing (uma forma de tumor ósseo) é muito raro em negros.

Idade: O risco da maioria dos cânceres aumenta com a idade e, por esse

motivo, eles ocorrem mais frequentemente no grupo de pessoas com idade

avançada.

Etnia ou raça: Os riscos de câncer variam entre grupos humanos de

diferentes raças ou etnias. Algumas dessas diferenças podem refletir

características genéticas específicas, enquanto outras podem estar

relacionadas a estilos de vida e exposições ambientais.

Hereditariedade: Os genes de cânceres hereditários respondem por 4% de

todos os cânceres. Alguns genes afetam a susceptibilidade aos fatores de

risco para o câncer.

Gênero: Certos cânceres que ocorrem em apenas um sexo são devido a

diferenças anatômicas, como próstata e colo do útero; enquanto outros

ocorrem em ambos os sexos, mas com taxas marcadamente diferentes entre

um sexo e outro, como o câncer da bexiga (muito mais frequente no homem

que na mulher) e o da mama (mais frequente na mulher que no homem).

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(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): O enfermeiro deve manter-se

atualizado, para que possa orientar a população em relação a medidas de prevenção

e/ou redução do risco de câncer. Fazem parte dessas orientações:

(A) evitar o tabagismo e exposição excessiva ao sol.

(B) controlar o peso, diminuir ou evitar a ingestão de álcool e de sal na dieta.

(C) evitar exercícios periódicos e boa alimentação.

(D) evitar emoções negativas e aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras.

(E) evitar atividades físicas periódicas.

Resposta Correta: (A) evitar o tabagismo e exposição excessiva ao sol.

COMENTÁRIO: As radiações ionizantes como a luz do sol é a maior fonte de raios

ultravioleta, causadores do câncer de pele. Ionizante: a mais importante radiação

ionizante é proveniente dos Raios X, mas ela também pode ocorrer na natureza em

pequenas quantidades.O uso do tabaco é a principal causa dos cânceres de pulmão,

laringe, cavidade oral e esôfago; tem um importante papel nos cânceres de bexiga,

leucemia mieloide, pâncreas, colo do útero e outros.

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DETECÇÃO PRECOCE

De modo geral, sabe-se que, quanto antes o câncer for detectado e tratado,

mais efetivo o tratamento tende a ser, maior a possibilidade de cura e melhor será a

qualidade de vida do paciente. Agora, veremos as ações que fazem parte da

detecção precoce. Nessa etapa do cuidado, o objetivo é detectar lesões pré-

cancerígenas ou cancerígenas quando ainda estão localizadas no órgão de origem e

antes que invadam os tecidos circundantes ou outros órgãos. A seguir, você vai

conhecer as duas estratégias utilizadas na detecção precoce:

Diagnóstico precoce.

Rastreamento.

DIAGNÓSTICO PRECOCE

O diagnóstico precoce é realizado com o objetivo de descobrir o mais cedo

possível uma doença por meio dos sintomas e/ou sinais clínicos que o paciente

apresenta. A exposição a fatores de risco é umas das condições a que se deve estar

atento na suspeição de um câncer, principalmente quando o paciente convive com

tais fatores.

Programa Nacional para o Controle do Câncer da OMS (2002) recomenda que

todos os países promovam uma conscientização para os sinais de alerta que alguns

tipos de cânceres são capazes de apresentar. Os dois principais componentes de

programas nacionais para o controle do câncer são: informação para a população e

informação para profissionais. A prevenção e a detecção precoce são as melhores

armas para o controle do câncer.

RASTREAMENTO

O rastreamento (screening) é o exame de pessoas saudáveis (sem sintomas de

doenças) com o objetivo de selecionar aquelas com maiores chances de ter uma

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enfermidade por apresentarem exames alterados ou suspeitos e que, portanto,

devem ser encaminhadas para investigação diagnóstica.

De acordo com a OMS (2003), o rastreamento pode ser oferecido de três formas

diferentes:

Rastreamento organizado - dispensado a pessoas convidadas, de grupo

etário predefinido, com frequência preestabelecida e implementado por meio

de um planejamento ativo. Rastreamento organizado pode ser populacional ou

seletivo.

Rastreamento populacional - quando não há seleção de indivíduos de

acordo com um histórico que aponte um risco de adoecimento. Exemplo:

rastrear todas as mulheres entre 50 e 69 anos, residentes em uma

determinada localidade, para o câncer de mama.

Rastreamento seletivo - quando é oferecido a um subgrupo populacional

identificado como de alto risco para uma doença Exemplo: rastrear, a partir dos

35 anos, mulheres pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de

desenvolver câncer de mama (com história familiar de pelo menos um parente

de primeiro grau, mãe, irmã ou filha, com diagnóstico de câncer de mama

abaixo dos 50 anos, câncer de mama bilateral ou câncer de ovário; histórico

familiar de câncer de mama masculino; diagnóstico histopatológico de lesão

mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ).

Rastreamento oportunístico - oferecido, de modo oportuno, ao indivíduo que,

por outras razões, procura os serviços de saúde. Exemplo: realizar, por

decisão do médico ou por solicitação da própria paciente, exame clínico das

mamas nas mulheres que comparecerem para consulta ginecológica. Deve-se

ter sempre em mente que a finalidade de qualquer tipo de rastreamento é a

redução da morbimortalidade pela doença.

CONHECIMENTO EM AÇÃO

O diagnóstico precoce, como você viu, é a estratégia utilizada na tentativa de se

descobrir o mais cedo possível uma doença, valorizando e avaliando os sintomas

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e/ou sinais clínicos que o paciente apresenta, principalmente quando associados à

presença de fatores de risco. Sua atuação como profissional de saúde nessa forma

de controle é da maior importância, lembrando que a Atenção Primária é um espaço

privilegiado para ações de detecção precoce de câncer, ações essas que,

comprovadamente, terão impacto na sobrevida do paciente em muitos tipos de

câncer.

Assim, em sua prática assistencial, aplique seus conhecimentos:

Não subestime os sinais e sintomas do paciente (suspeite sempre!).

Não prescreva ou incentive indiscriminadamente o uso de medicamentos

sintomáticos (medicamentos que trazem apenas alívio dos sintomas).

Investigue o que pode estar levando aos sintomas e sinais detectados, por

meio da anamnese e do exame físico cuidadoso; e solicite exames

complementares quando julgar necessário.

Estabeleça, junto à equipe de saúde do seu serviço, rotinas e protocolos de

investigação dos pacientes.

Encaminhe os pacientes aos serviços de saúde que tenham possibilidade de

confirmar a doença e tratá-los.

MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO

Estudo citológico e histológico e Imuno- histoquímica: Visa determinar,

por meio de aspectos morfológicos, as alterações de amostras teciduais.

Estudo de alterações estruturais celulares; Pesquisa de células malignas;

Amostra celular por descamação espontânea ou artificial e por punções ou

LEMBRE-SE:

Qualquer ação ou medida de RASTREAMENTO ou método de DIAGNÓSTICO

PRECOCE só terá sucesso na redução das taxas de mortalidade e morbidade por

câncer se as lesões precursoras de câncer ou os casos de câncer diagnosticados

em estádio inicial forem tratados e acompanhados de forma adequada.

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aspirados ; Elaboração de esfregaços em lâminas de vidro Submetidos a

coloração (hematoxilina-eosina) e posterior análise em microscópio. Ex.:

Colpocitologia Oncótica, imuno – histoquímica (Usa-se a ligação entre

anticorpos específicos marcados e antígenos teciduais (celulares ou de

superfície) em tecidos fixados em parafina ou formol;

Citogenética: Diagnóstico de uma anormalidade cromossômica constitucional;

Usa grandes segmentos de DNA para todos os cromossomos ;Análise do

número, forma e da estrutura do cromossomo por meio da microscopia ótica;

Imunofenotipagem de leucemias: Determinação da origem celular (linfóide

ou mielóide) e anomalidade genética, Reconhecimento do estágio de

maturação, Orienta e reorienta a conduta);

Ensaio clonogênico: Simula a hematopoiese em meio semi-sólido. Na

hematologia clínica estes métodos são empregados para confirmar

diagnóstico, em transplantes de medula óssea ou ainda para predizer o tempo

de recuperação medular nos casos de falência deste órgão;

Hibridação: A hibridização in situ é uma técnica baseada na detecção de

pequenos segmentos de DNA ou RNA a partir de "sondas" específicas. As

sondas são sequências de nucleotídeos complementares desenvolvidas a

partir de segmentos conhecidos do DNA ou RNA que se deseja identificar.

Citometria de Fluxo: A citometria de fluxo é, por definição, a medida (metria)

das propriedades celulares (cito) feita quando as células dispersas em uma

solução. Após serem marcadas com fluorocromos (anticorpos monoclonais)

apropriados, são orientadas em um fluxo tubular e interceptadas, uma a uma,

por um feixe de luz, geralmente raio laser;

PCR: Reação em cadeia de polimerase .Amplificação exponencial de uma

sequência de DNA utilizando desoxinucleotídeos como monômeros até um

ponto em que sua concentração em dada solução seja tão alta que possa ser

facilmente detectável por métodos simples e clássicos de separação e

identificação de substâncias;

Marcadores Tumorais: Produzido só por um tecido; secretado em

quantidades mensuráveis; positivo apenas na malignidade; identificada antes

de sua expansão; refletir respostas ao tratamento e progressão da doença.

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Podem ser: Enzimas e proteínas, Glicoproteínas, Glicoproteínas Mucinas,

Moléculas do sistema imune, Hormônios.

MARCADORES TUMORAIS – GLICOPROTEÍNAS MUCINAS

ÓRGÃO/TUMOR DENOMINAÇÃO

Mama CA15-3, M26, M029,MCA,BR27

Gastrointestinal CA 19-9, CA 195, CA 245, TAG-72

Pulmão (não células pequenas)

CYFRA -21

MARACADORES TUMORAIS – GLICOPROTEÍNAS (ONCOFETAIS)

DOENÇA MARCADOR

Carcinoma de Próstata PSA, Fos. Àcida prostática

Carcinoma de Ovário CA 125

Carcinoma de Cólon CEA

Carcinoma Hepatocelular AFP

Tumor de células germinativas BhCG, AFP, Fosf alc placentária

HORMÔNIOS COMO MARCADORES TUMORAIS

ACTH Pulmão ( células pequenas)

CALCITONINA Tireóide ( Ca medular)

GONADOTROFINA

CORIÔNICA

Testículo (não seminoma), trofoblasto

HORMÔNIO DE

CRESCIMENTO

Hipófise, rim, pulmão

PARATORMÔNIO Fígado, rim, mama, pulmão

PROLACTINA Hipófise, rim, pulmão

ADH Pulmão, próstata

PIV Pâncreas, pulmão ( Ca broncogênico)

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ENZIMAS COMO MARCADORES TUMORAIS

MARCADOR DOENÇA

Fosfatase alcalina Osso, fígado, testículo (seminoma)

Desidrogenase láctica Sangue ( leucemia linfoblástica), fígado

Enolase Neuronal específica Pulmão ( células pequenas), pâncreas

Fosfatase àcida Próstata

PSA Próstata

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TRATAMENTO DO CÂNCER

Existem 3 formas para o tratamento do câncer são: cirurgia, radioterapia,

quimioterapia. Elas são usadas em conjunto no tratamento das malignas, variando

apenas quanto à importância de cada uma e a ordem de sua indicação. Atualmente,

poucas são as neoplasias malignas tratadas com apenas uma modalidade

terapêutica. Daí a importância de uma assistência integral pela integração de serviços

oncológicos (de cirurgia, radioterapia e quimioterapia), entre si e com serviços gerais,

em estrutura hospitalar, cuja regulamentação para credenciamento e habilitação foi

atualizada pelas portarias SAS/MS 741/2005, no 361/2007 (complementada pela

Portaria SAS 146/2008) e no 102/2012 e suas subsequentes. As portarias SAS/MS

741/2005 e 102/2012 foram revogadas pela SAS/MS 140/2014, que atualizou os

critérios, parâmetros e estabelecimentos habilitados em oncologia e os serviços

isolados de radioterapia autorizados para o atendimento no SUS. Obviamente, a

autorização de procedimentos deve verificar a compatibilidade com a real existência

de respectivos equipamentos e instalações, a habilitação dos estabelecimentos e seu

cadastro atualizado no Sistema Nacional de Estabelecimentos de Saúde - SCNES.

(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): De acordo com os objetivos de

tratamento quimioterápico neoadjuvante, adjuvante e paliativo, assinale a alternativa

correta.

(A) O tratamento neoadjuvante tem como objetivo a redução tumoral para posterior

tratamento local adequado.

(B) O tratamento adjuvante é usado como tratamento de primeira opção com finalidade de

combater micrometástase.

(C) O tratamento paliativo é utilizado em pacientes com metástase, diagnosticado com

recidiva em que a possibilidade de cura é certa.

(D) O tratamento adjuvante é utilizado em pacientes com diagnóstico com recidivas e

possibilidades de cura remota.

(E) O tratamento paliativo é utilizado em outras modalidades de tratamento, com finalidade

de combates à micrometástase.

RESPOSTA CORRETA: (A) O tratamento neoadjuvante tem como objetivo a redução

tumoral para posterior tratamento local adequado.

COMENTÁRIO: Tratamentos adjuvantes e neoadjuvantes são medidas comuns a,

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praticamente, todos os tipos de câncer. O primeiro é realizado após a cirurgia, para

destruir as células cancerígenas possivelmente remanescentes; o segundo é

composto por agentes terapêuticos indicados antes da cirurgia, com o objetivo de

reduzir o tamanho ou extensão do tumor enquanto que "cuidados paliativos

consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a

melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença

que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação

precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais,

psicológicos e espirituais".

CIRURGIA

Foi a primeira modalidade de tratamento que alterou o curso de uma neoplasia.

No seu planejamento, o diagnóstico e estadiamento são fundamentais. Antes do

advento da radio e quimioterapia, a cirurgia era a única possibilidade terapêutica.

Assim, já se praticavam ressecções amplas, imaginando que a neoplasia

representava, exclusivamente, um problema local. William Halsted preconizou o

método de ressecção tumoral + linfadenectomia, causando um grande impacto na

cirurgia oncológica, permitindo, junto com o advento da anestesia e antissepsia, o

desenvolvimento de procedimentos cirúrgicos agressivos para o tratamento do

câncer.

CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA ONCOLÓGICA

Por finalidade: Diagnóstica (biópsia) , Estadiamento (Mediastinoscopia,

Laparotomia, Laparoscopia)

Pela intenção: Curativa (Tem como princípio a remoção do TU primário, com

margem de ressecção adequadas, e pode compreender desde uma simples

excisão local com síntese direta, como se faz para os tumores de pele, até em

uma hemipelvectomia) Paliativa

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(Melhorar a sobrevivência e/ou qualidade de vida do paciente, como na

orquiectomia por câncer de próstata disseminado), Preventiva (Orquipexia ,

Colectomia )

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES NA CIRURGIA ONCOLÓGICA:

Todo material retirado em cirurgia deve ser enviado para exame

anatomopatológico.

O exame anatomopatológico é essencial para determinar as margens cirúrgicas.

Cada material retirado durante a cirurgia deve ser imediatamente identificado e

enviado separadamente.

O planejamento cirúrgico deve incluir todos os cuidados referentes aos princípios

gerais da cirurgia e ao preparo do paciente e seus familiares sobre as alterações

fisiológicas e/ou mutilações que poderão advir do tratamento

É IMPORTANTE DISTINGUIR OS CONCEITOS DE RESSECABILIDADE E

OPERABILIDADE:

1. Ressecabilidade: O tumor encontra-se em condições de ser removido.

2. Operabilidade: Depende das condições clínicas apresentadas pelo paciente.

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(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Quanto aos aspectos relacionados

ao planejamento para o alcance dos objetivos desejados na assistência dos pacientes

em uma unidade cirúrgica, podemos destacar:

(A) assistência integral ao paciente desde que seja um paciente educado, que saiba

reconhecer o trabalho prestado pela enfermagem.

(B) assistência Inicial ao paciente, ate que seja anestesiado, direcionando a atenção ao

processo burocrático da unidade de serviço.

(C) assistência às necessidades da equipe cirúrgica, para que nada falte e possa, desta

forma, atender em outra sala, colocando em prática o espírito de equipe.

(D) assistência integral ao paciente em todo período Perioperatório, proporcionando

recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico transcorra de forma ideal, técnica e

asséptica.

(E) assistência ao paciente, deixando-o tranquilo, sentando ao seu lado, conversando até

que seja anestesiado. Também, atender à equipe cirúrgica, oferecendo todos os materiais

necessários para realização do ato cirúrgico.

RESPOSTA CORRETA: (D) assistência integral ao paciente em todo período

Perioperatório, proporcionando recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico

transcorra de forma ideal, técnica e asséptica.

COMENTÁRIO: O paciente no período pré-operatório deve ser visto como um ser não

somente físico, mas como alguém que possui sentimentos; algumas vezes, estes são

difíceis de serem enxergados na rotina dos cuidados de enfermagem,

consequentemente nesse momento ele pode encontrar um profissional que o atende

com eficiência técnica, mas de forma mecânica, com cuidados pré-estabelecidos,

não levando em conta as suas vontades e ou necessidades, esquecendo-se de que

este apresenta sentimentos, angústias e dúvidas com individualidades próprias.

Assim sendo, é necessário que os profissionais tenham habilidade de identificar e

conhecer os sentimentos do paciente no momento em que estes podem surgir e, além

disso, saber interpretar e auxiliá-lo, para que suas sensações possam ser controladas

e minimizadas, com apoio e compreensão. Entende-se que o principal objetivo da

enfermagem é, na medida do possível, contribuir para proporcionar um atendimento

seguro e eficiente, com resultado eficaz para a equipe e para o próprio paciente.

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(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):Didaticamente, o período pré-

operatório está dividido em mediato e imediato, sendo assim o pré-operatório mediato

corresponde ao:

(A) período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua

realização, 10 horas antes do ato cirúrgico.

(B) período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua

realização, 24 horas antes do ato cirúrgico.

(C) período de tempo que decorre desde véspera da cirurgia até a chegada do paciente à

unidade de cirurgia, 10 horas antes do ato cirúrgico.

(D) período de tempo que decorre desde a véspera da cirurgia até a chegada do paciente à

unidade do centro cirúrgico, 12 horas antes do ato cirúrgico.

(E) período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua

realização, 15 horas antes do ato cirúrgico.

RESPOSTA CORRETA: (B) período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia

até as vésperas de sua realização, 24 horas antes do ato cirúrgico.

COMENTÁRIO: O período pré-operatório classifica-se em pré-operatório mediato e

pré-operatório imediato. O mediato consiste na assistência prestada ao paciente em

vigência de cirurgias eletivas. Compreende o período desde a internação até as 24

horas antes da cirurgia, e tem por objetivo principal preparar o paciente psicológica e

fisicamente par a o ato cirúrgico e estabilizar condições que podem interferir na

recuperação. O período pré-operatório imediato consiste na assistência pré-

operatória prestada ao paciente imediatamente, ou seja, algumas horas antes da

cirurgia, e termina com o início da cirurgia.

(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): Pacientes portadores de neopolasias

comumente necessitam da confecção de estomas como a cistostomia, gastrostomia e

jejunostomia, dentre outros. Tais estomas requerem inúmeros cuidados de

enfermagem. Com relação à colostomia, geralmente indicada para casos de câncer de

cólon e reto, é verdadeiro afirmar que:

(A) Após sua confecção cirúrgica, espera-se que a colostomia comece a funcionar em até

24 horas de pós-operatório

(B) A secreção efluente influencia a agressão cutânea, e na colostomia de sigmóide, as

fezes são macias e muito irritantes para a pele

(C) O orifício é medido para determinar o tamanho correto da bolsa, a qual deve ser

acoplada com uma abertura de 2,0 cm maior que o estoma

(D) Um estoma não possui controle muscular voluntário, porém pode-se esvaziá-lo a

intervalos regulares por meio de irrigação da colostomia

RESPOSTA CORRETA: D) Um estoma não possui controle muscular voluntário, porém

pode-se esvaziá-lo a intervalos regulares por meio de irrigação da colostomia

COMENTÁRIO: Na fase pós-operatória, cabe ao estomaterapeuta os cuidados

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imediatos com o estoma confeccionado, ferida operatória, tubos, sondas e drenos, e

eventuais complicações (prevenção e controle de infecções, fístulas, prevenção e

tratamento para úlcera por pressão) e orientação da equipe de enfermagem para

seguimento de conduta. Quanto às orientações alimentares, é fundamental a

participação do nutricionista na equipe multiprofissional que assiste o estomizado,

em especial os estomas alimentares. A enfermagem tem como função orientar o

paciente sobre preparo de cólon, que inclui períodos ordenados de dieta sem

resíduos, líquida e jejum conforme prescrição médica. Explicar a necessidade do

preparo de cólon, mecanismo de realização e solução a ser utilizada, bem como os

efeitos transitório de incontinência, Orientar o paciente para higiene íntima após

episódios evacuatórios e utilização de fralda geriátrica neste período.

QUIMIOTERAPIA (QT)

Definições e Orientações Gerais:

É a forma de tratamento sistêmico do

câncer que usa medicamentos

denominados genericamente de

“quimioterápicos” (sejam eles

quimioterápicos propriamente ditos,

hormonioterápicos, bioterápicos,

imunoterápicos, alvoterápicos) que

são administrados continuamente ou a intervalos regulares, que variam de acordo

com os esquemas terapêuticos. A maioria dos quimioterápicos utilizados tem sua

dose básica, para efeito antiblástico, que deve ser ajustada para cada doente de

acordo com sua superfície corporal. Esta é obtida a partir do peso e da altura do

doente (consultando tabela própria) e é expressa em metro quadrado (m2). Assim,

obtida a superfície corporal do doente multiplica-se esta pela dose básica do

quimioterápico se obtém a dose do doente. Porém, alguns quimioterápicos têm dose

única, que não se modifica com a superfície corporal do doente, e alguns outros são

prescritos por Kg do peso corporal. Os quimioterápicos de um esquema terapêutico

podem ser aplicados por dia, semana, quinzena, de 3/3 semanas, de 4/4 semanas,

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5/5 semanas ou de 6/6 semanas. Quando se completa a administração do(s)

quimioterápico(s) de um esquema terapêutico, diz-se que se aplicou um ciclo.

Portanto, a QT é aplicada em ciclos que consistem na administração de um ou

mais medicamentos a intervalos regulares.

Exemplos:

Esquema CMF modificado – intervalo de

3/3 semanas: C = CTX = ciclofosfamida

600 mg/m2 IV dia 1 M = MTX =

metotrexato 40 mg/m2 IV dia 1F = 5FU =

fluoro-uracila 600 mg/m2 IV dia 1

Esquema BEP – intervalo de 3/3 semanas

B = BLM = bleomicina 30 U IV dias 2, 9 e

16 , E = VP16 = etoposido 120 mg/m2 IV dias 1, 2, 3 P = CDDP = cisplatina 20

mg/m2 IV dias 1, 2, 3, 4 e 5. 2)

HORMONIOTERAPIA

Quimioterapia que consiste do uso de substâncias semelhantes ou inibidoras de

hormônios, para tratar as neoplasias que são dependentes destes. A sua

administração pode ser diária ou cíclica e se caracteriza por ser de longa duração. Os

tumores malignos sensíveis ao tratamento hormonal são: os carcinomas de mama, o

adenocarcinoma de próstata e o adenocarcinoma de endométrio. Exemplos:

Hormonioterápicos do câncer de mama: tamoxifeno, megestrol, inibidores

da aromatase.

Hormonioterápicos do câncer de próstata: flutamida, bicalutamida,

ciproterona, agonista/antagonista GnRH/análogo de LH-RH.

Hormonioterápico do câncer de endométrio: megestrol.

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BIOTERAPIA

É a quimioterapia na qual se usam medicamentos que inicialmente foram

identificados como substâncias naturais do próprio corpo humano. São exemplos: os

interferons, a interleucina e os anticorpos monoclonais. No caso dos anticorpos

monoclonais - que, à semelhança dos alvoterápicos , agem mais seletivamente -,

NOTAS:

1. Para a hormonioterapia, é necessária a comprovação da sensibilidade do tumor

a hormonioterápico, por meio da determinação de receptor hormonal para

estrogênios ou progesterona, no caso de mulheres e homens com câncer de

mama e de mulheres com adenocarcinoma de endométrio.

2. Todos os procedimentos de hormonioterapia do câncer de mama, estejam em

forma de organização de quimioterapia paliativa, prévia ou adjuvante, exigem

receptor positivo, que significa presença estabelecida de pelo menos um dos

dois receptores hormonais tumorais (para estrogênios ou para progesterona),

podendo estar à mulher em pré- ou em pós-menopausa. A hormonioterapia

prévia à cirurgia ou radioterapia do carcinoma de mama receptor positivo em

estádio III é autorizável, combinada, ou não, a radioterapia, em casos

excepcionais, individualizados, na falha ou contra indicação da quimioterapia,

devendo ser informada à parte, pelo gestor local, fora do sub-sistema

APACSIA/SUS.

3. Estabelecida a presença de receptor, a hormonioterapia poderá ser autorizada,

de acordo com a sua finalidade, estando à mulher em pré-menopausa ou em

pós-menopausa. [Se paliativa, estando a mulher em pré-menopausa, a

hormonioterapia pode ser feita por castração cirúrgica (ooforectomia bilateral)

ou actínica (radioterapia).] Estabelecida a ausência de receptor, a

hormonioterapia não deverá ser autorizada, esteja a mulher em pré-menopausa

ou em pós-menopausa. Sendo o receptor hormonal tumoral desconhecido, a

hormonioterapia não deverá ser autorizada.

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exige-se a positividade de exames específicos que demonstrem a presença dos

respectivos antígenos, como, por exemplo, o CD20, para a prescrição de Rituximabe

na quimioterapia do Linfoma não Hodgkin difuso de grandes células.

ALVOTERAPIA

Embora, a rigor, toda quimioterapia atue em alvo estrutural ou funcional das

células, define-se a alvoterapia como a quimioterapia que consiste na utilização de

substâncias que atuam mais seletivamente em alvos moleculares ou enzimáticos

específicos, para o que se exige a positividade de exames que demonstrem a

presença desses alvos. São exemplos, o Cromossoma Philadelphia positivo ou o

gene bcr-abl positivo, para o tratamento da leucemia mieloide crônica com inibidor da

tirosino-quinase; o antiCD117 ou cKIT positivo, para o tratamento do tumor do

estroma gastrintestinal com o mesilato de imatinibe; e o HER-2 para o tratamento do

câncer de mama com o trastuzumabe.

Para a autorização de procedimentos de radioterapia e de quimioterapia, é

necessária a apresentação de cópia do laudo cito ou histopatológico, e, conforme

especificado na descrição dos respectivos procedimentos, é indispensável a

comprovação de receptor hormonal positivo, nos casos de mulheres sob

hormonioterapia do carcinoma de mama ou do adenocarcinoma de endométrio; da

positividade do exame do anti-CD 117/c-Kit, nos casos de tumor do estroma

gastrintestinal; do cromossoma Philadelphia ou do gene bcr/abl, nos casos de

leucemia mielóide crônica e linfoblástica aguda; do HER- 2 (por exame de

imunohistoquímica com exame confirmatório por técnica molecular), em casos de

câncer de mama; e outros que venham a se estabelecer em portarias específicas.

MANUSEIO SEGURO DE QUIMIOTERÁPICOS

Os quimioterápicos são substâncias capazes de

produzir todos os tipos de lesão celular e os efeitos da

exposição a eles podem se manifestar imediata ou

tardiamente. Portanto, durante a preparação dos

medicamentos, é obrigatório que o profissional

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responsável utilize EPI, uma vez que essas substâncias oferecem efeitos

indesejáveis, exigindo, ainda, que sejam manipulados por profissionais capacitados e

informados sobre o risco potencial a que estão expostos e sobre as recomendações a

serem seguidas, em todas as fases de contato com esses agentes. O EPI é todo

dispositivo ou produto de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade

física do trabalhador de riscos suscetíveis de ameaças à segurança e à saúde no

trabalho, incluindo luvas, aventais, protetores oculares, faciais e auriculares,

protetores respiratórios e para os membros inferiores.

É responsabilidade do empregador o fornecimento gratuito do EPI adequado ao

risco e o treinamento dos trabalhadores quanto à forma correta de sua utilização e

conservação. A agência norte-americana Occupational Safety and Health

Administration (OSHA) estabelece o uso de luvas de látex ou prolipropileno,

descartáveis e sem talco; aventais descartáveis, com mangas longas, fechados na

parte frontal, punhos com elásticos e com baixa permeabilidade; máscaras com

proteção de carvão ativado, que age como filtro químico; óculos de proteção, que

impeça a contaminação frontal e lateral de partículas, sem reduzir o campo visual.

A mesma agência estabelece o uso de capela de fluxo laminar no preparo dos

antineoplásicos. Ela garante a proteção pessoal e ambiental, já que seu fluxo incide

verticalmente em relação à área de preparo e, a seguir, é totalmente aspirado e

submetido à nova filtragem em filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air). Esses

filtros devem ser trocados a cada seis meses. Os tipos de aparelhos considerados

mais seguros são os verticais de classe II, tipo B, ou classe III. Aparelhos do tipo

horizontal são desaconselháveis, pois oferecem riscos ao manipulador. Os

trabalhadores que manipulam quimioterápicos, durante o preparo, a administração e

o descarte (do medicamento ou do material contaminado, inclusive perfurocortantes),

estão expostos a um risco significativo. Além disso, há trabalhadores que podem se

expor indiretamente como decorrência da contaminação nas áreas de trabalho em

casos de acidentes com derramamento de quimioterápicos, reforçando-se que a

contaminação ambiental deve ser igualmente considerada. Os medicamentos

quimioterápicos podem vir a constituir risco que vai desde leves processos alérgicos

até o câncer. Em determinado nível, promovem, preservam e recuperam a saúde da

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população; mas, no ambiente hospitalar, podem provocar riscos ao trabalhador de

enfermagem, entre outros.

Como exemplos de grupos expostos aos efeitos dos quimioterápicos, podem ser

citados:

Os pacientes.

Os indivíduos que trabalham na indústria farmacêutica.

Os trabalhadores que preparam e administram os medicamentos.

Os médicos e os enfermeiros que cuidam dos pacientes.

O pessoal relacionado à limpeza.

Os familiares dos pacientes.

Os pesquisadores.

Os riscos advindos da manipulação de quimioterápicos envolvem:

A inalação de aerossóis.

O contato direto da substância com a pele e a mucosa.

A ingestão de alimentos contaminados por resíduos dos fármacos.

O risco pode advir também das excretas dos pacientes submetidos aos

tratamentos quimioterápicos, uma vez que uma parcela dessas substâncias

permanece inalterada ou sob a forma de metabólitos inativos, podendo ser

encontrados em fezes, urina e vômito dos pacientes e servindo de agentes

contaminantes que podem prejudicar a saúde dos trabalhadores, acarretando-lhes

mutagenicidade, infertilidade, aborto, malformações congênitas, genotoxicidade,

câncer, irregularidades menstruais, perda de cabelo e sintomas imediatos, como

tontura, cefaleia, náuseas, vômitos, irritação da garganta e dos olhos, alterações de

mucosa, bem como possíveis reações alérgicas e cutâneas.

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(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):O extravasamento de medicamentos

por administração não intencional de medicamentos ou soluções irritantes pode

ocasionar reações do tipo:

(A) cutânea de grande intensidade, como desconforto local ao longo da veia e queimação

associada à hiperemia e edema local.

(B) cutânea de grande intensidade, como desconforto, queimação e hiperemia local.

(C) cutânea de menor intensidade, como desconforto local ao longo da veia e queimação

associada à hiperemia local.

(D) cutânea, podendo evoluir para necrose tecidual, causando danos funcionais.

(E) dor, calor e rubor local.

RESPOSTA CORRETA: (C) cutânea de menor intensidade, como desconforto local ao

longo da veia e queimação associada à hiperemia local.

COMENTÁRIO: As drogas quimioterápicas podem ser classificadas de acordo com

seu potencial de citotoxidade em: Vesicantes, irritantes e não vesicantes. As drogas

irritantes podem causar reações cutâneas como ardor, flebite ou dor, mesmo quando

infundidas adequadamente. Raramente causam necrose ou ulcerações mesmo

quando extravasadas em grandes quantidades. A não vesicantes não causam

qualquer dano tecidual quando extravasadas. Já as vesicantes, quando extravasadas

causam grandes danos aos tecidos subjacentes, provocando do e levando a necrose

tecidual.

(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):O extravasamento é um termo usado

para descrever a administração não intencional de medicamentos ou solução

vesicantes em áreas fora do sistema venoso. Tal acontecimento pode ocasionar

reações como:

(A) dor, hiperemia, sensação de calor local, queimação e desconforto.

(B) dor, calor e rubor local.

(C) edema, hiperemia e formigamento no membro da punção.

(D) formigamento, edema e dor.

(E) vermelhidão em todo membro puncionado e dor.

RESPOSTA CORRETA: (A) dor, hiperemia, sensação de calor local, queimação e

desconforto.

COMENTÁRIO: O extravasamento consiste na infusão de quimioterápicos fora do

vaso sanguíneo.Atentar os seguintes sinais e sintomas: dor local , edema, calor ,

diminuição ou parada o gotejamento.

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(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Considerando os quimioterápicos irritantes e

vesicantes, relacione a primeira coluna à segunda e, em seguida, assinale a opção

correta.

I – quimioterápicos irritantes

II – quimioterápicos vesicantes

( ) paclitaxel

( ) doxorrubicina

( ) docetaxel

( ) vincristina

A seqüência correta é:

(A) I, II, I, I.

(B) I, I, I, II.

(C) I, I, II, II.

(D) II, I, I, II.

RESPOSTA CORRETA: (B) I, I, I, II.

COMENTÁRIOS: VESICANTES: doxoRrubicina , daunorubicina, epirrubicina,

idarrubicina, dactinomcina, mitomicina C, mitoxantrona , vincristina, vindesina,

vinorelbina , docetaxel e paclitaxel. IRRITANTES: Carmustina, Ifosfamida,

Dacarbazina, Melfalano, daunorrubicina, Lipossomal, etoposido, fluorouracil,

carboplatina, oxaliplatina, cisplatina, irinotecano, topotecano e NÃO VESICANTES;

Asparaginase, bleomicina, bortezomibe, cladribina, citarabina, etoposido fosfato,

gencitabina, fludarabina, interferons, interleukin-2, methotrexate, ciclosfosfamida,

pemetrexede, cetuximabe, bevacizumabe, rituximabe e trastuzumabe

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Em relação à administração de quimioterapia

sob infusão contínua, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em

seguida, assinale a opção correta.

I- Dor, eritema e flebite , são complicações locais associadas.

II – Quimioterápicos vesicantes provocam irritação severa com formação de vesículas e

destruição tecidual quando extravasados, ou seja , infiltrados fora do vaso sanguíneo

III– Quimioterápicos irritantes causam reações cutâneas mais intensas quando

extravasados.

IV– Quimioterápicos vesicantes não devem ser administrados sob infusão contínua por meio

da rede venosa periférica sem o recurso de um cateter central, ou seja, um cateter que

atinja as proximidades do átrio direito.

A sequência correta é:

(A) V, V, F, V.

(B) F, V, V, V.

(C) V, V, V, F.

(D) F, F, V, V.

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RESPOSTA CORRETA: (A) V, V, F, V.

COMENTÁRIO: As drogas irritantes, mesmo não havendo infiltração, podem provocar

reações dermatológicas como dor e queimação, sem necrose tecidual ou formação

de vesículas. As reações provocadas pelas drogas irritantes são menos intensas que

as das drogas vesicantes.

BOAS PRÁTICAS NA QUIMIOTERAPIA:

A forma como o trabalho de enfermagem é organizado pode ocasionar os

processos de desgaste dos trabalhadores pela exposição, entre outras, às cargas

químicas. Essa exposição ocorre pela interação do trabalhador com substâncias

químicas em salas mal ventiladas e espaços físicos inadequados, que são

potencializados por problemas com equipamentos, misturas químicas, uso

inadequado de EPI e falta de medidas de proteção coletiva que possibilitem ou

intensifiquem essa exposição. Fica evidente a necessidade da utilização de medidas

de segurança pelos profissionais que manipulam antineoplásicos, quer seja no

preparo, administração, descarte de material, ou manuseio de excretas dos

pacientes.

É vetado iniciar qualquer atividade relacionada ao manuseio de QA na falta de

EPI. Esses devem ser avaliados diariamente quanto ao estado de conservação e

segurança, estando disponíveis e armazenados em locais de fácil acesso. Por vezes,

o não uso de medidas protetoras é tido como uma forma de tornar o contato com os

usuários mais agradável, por esses já se encontrarem sensibilizados com a doença.

Porém, é obrigatório o uso de EPI especificamente para o manuseio de QA.

Prevenir é uma das formas de se evitar os problemas de saúde ocupacional que

podem ser desencadeados por essa exposição. Porém, para a efetividade dessa

prevenção, é necessário que os trabalhadores tenham conhecimento sobre o risco

propiciado pelas substâncias químicas. O trabalho cotidiano e o conhecimento podem

ser fundamentais no que diz respeito à vulnerabilidade de indivíduos.

O enfermeiro responsável pela administração dos QA deve se basear em

protocolos protetores, tais como os adotados no preparo pelo farmacêutico sob fluxo

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laminar, CSB e outros mecanismos de segurança. Usar durante o procedimento os

EPI preconizados como: óculos, máscara, gorro, avental e luvas. Não é recomendada

a utilização de adornos e maquiagens na sala de administração em virtude da fixação

de aerossóis e partículas de QA. Requer o reconhecimento dos riscos a que os

profissionais estão expostos como fator facilitador para mudanças no comportamento

profissional de uma equipe.

Apresentaremos, a seguir, uma síntese referente às recomendações de boas

práticas e biossegurança, durante a administração de QA, conforme recomendações

internacionais da OSHA:

Lavar as mãos rigorosamente antes e após a colocação das luvas.

Utilizar avental longo, com baixa liberação de partículas, baixa permeabilidade,

frente fechada, com mangas longas e punho elástico. Algumas referências

preconizam o uso de óculos de proteção e protetores faciais. Lembrar que

máscaras cirúrgicas não protegem da inalação de aerossóis.

Utilizar um campo descartável, impermeável na face inferior e absorvente na face

superior, na área de aplicação do quimioterápico antineoplásico.

Utilizar equipos, seringas e conectores, preferencialmente luer lock.

Manter uma gaze próxima às conexões para coleta de eventuais vazamentos, em

especial no momento de introdução e retirada de equipos ou conectores.

Não retirar o ar de seringas e equipos: eles devem vir prontos para aplicação.

Observar todas as conexões, respiros etc. para detectar vazamentos. Para

minimizar a contaminação por resíduos citotóxicos, as principais atividades são:

acondicionar frascos e seringas, com os quimioterápicos a serem administrados,

em saco plástico fechado; utilizar os EPI no manuseio de secreção e excretas;

descartar agulhas e seringas em recipientes apropriados; manusear roupa de

cama, camisolas e pijamas contaminados com luva de procedimento; descartar

frascos de soro e equipos em saco plástico fechado, depositado em lixo e

devidamente identificado como resíduo químico.

Assim, parece pertinente sugerir aos centros hospitalares envolvidos no

tratamento de pacientes com câncer que elaborem e promovam cursos de

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capacitação e recapacitação para os trabalhadores, implementem programas de

monitorização ambiental, biológica, de vigilância à saúde e de gerenciamento dos

resíduos sólidos produzidos. Incluindo o treinamento em casos de exposição

acidental à QA, apresentando o kit derramamento. As medidas de prevenção bem

empregadas minimizam os acidentes e a exposição.

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Assinale a opção que corresponde ao risco

de exposição durante o preparo de quimioterápicos antineoplásicos.

(A) Abertura de ampolas.

(B) Injeção de droga em push.

(C) Conexão e desconexão de equipos, seringas e tampas.

(D) Descarte de materiais contaminados (frascos, ampolas, equipos, seringas, aventais

luvas).

RESPOSTA CORRETA: A) Abertura de ampolas.

COMENTÁRIO: Os medicamentos quimioterápicos podem vir a constituir risco que

vai desde leves processos alérgicos até o câncer. Em determinado nível, promovem,

preservam e recuperam a saúde da população; mas, no ambiente hospitalar, podem

provocar riscos ao trabalhador de enfermagem, entre outros. O enfermeiro

responsável pela administração dos QA deve se basear em protocolos protetores, tais

como os adotados no preparo pelo farmacêutico sob fluxo laminar, CSB e outros

mecanismos de segurança. Usar durante o procedimento os EPI preconizados como:

óculos, máscara, gorro, avental e luvas.

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) Assinale a opção que apresenta efeitos

colaterais comuns associados à administração de quimioterapia sistêmica.

(A) necrose tissular severa

(B) náuseas e vômitos

(C) Flebite e urticária

(D) comprometimento irreversível de nervos e tendões

RESPOSTA CORRETA: (B) náuseas e vômitos

COMENTÁRIO: quimioterapia tem como principal objetivo eliminar as células

cancerígenas que formam o tumor. Os medicamentos utilizados, na maior parte dos

casos, não são capazes de diferenciar as células malignas das células normais.

Assim, dizemos que a quimioterapia possui ação sistêmica no organismo do ser

humano, ou seja, ela atinge tanto às células que formam o tumor quanto às células

sadias. O resultado disso é o aparecimento de efeitos colaterais que são

considerados normais ao tratamento e podem se manifestar tanto física quanto

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emocionalmente. s efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia são: Fadiga:

Sensação persistente de cansaço ou exaustão. É o sintoma mais comum relatado

pelos pacientes que recebem quimioterapia. Feridas na boca e garganta: A

quimioterapia pode danificar as células que revestem a boca e garganta. As feridas

(também conhecidas como mucosite) aparecem geralmente de cinco a 14 dias após o

tratamento com quimioterapia e podem ser infecciosas. No entanto, elas costumam

sarar completamente quando o tratamento é terminado. Diarreia: Certos

medicamentos provocam a eliminação de resíduos moles ou líquidos. Náuseas e

vômitos: A quimioterapia pode causar náuseas (vontade de vomitar, ou vomitar) e

vômitos – um risco que depende do tipo e dose de quimioterapia. Com os

medicamentos adequados, esses efeitos podem ser evitados em quase todos os

pacientes. Constipação: A quimioterapia, assim como alguns medicamentos para

tratar náuseas e vômitos, dor, depressão, diarreia e pressão arterial, podem causar

prisão de ventre, a passagem frequente ou difícil de fezes. Pacientes também podem

aumentar o risco de constipação caso não tenham uma dieta balanceado, não tomem

bastante líquido, ou façam atividades físicas suficientes. Doenças sanguíneas: A

quimioterapia afeta a produção de novas células sanguíneas na medula óssea, o

esponjoso, massa interna do osso. Testes são realizados para indicar as condições

do sangue e fazer contagem de células, evitando que o paciente tenha anemia

(diminuição a capacidade do sangue para levar oxigênio pelo corpo) ou outros

problemas. Essas condições podem ser tratadas com medicamentos que estimulam a

medula óssea a produzir mais células formadoras de sangue que se desenvolvem em

hemácias, leucócitos e plaquetas, entre ouros efeitos em diversos outros sistemas.

(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Conforme a RDC/ANVISA nº 220 de

2004, regulamentar a manipulação de drogas antineoplásicas e similares, nos

estabelecimentos de saúde, é atribuição privativa do:

(A) enfermeiro.

(B) técnico de enfermagem.

(C) médico.

(D) farmacêutico.

(E) auxiliares de enfermagem.

RESPOSTA CORRETA: (D) farmacêutico.

COMENTÁRIO: Resolução RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004 Aprova o

Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Terapia Antineoplásica .

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Em Consulta pública da n° 108 de

27 de novembro de 2003 reforça que A Empresa Prestadora de Bens e/ou Serviços

Antineoplásica que queira habilitar -se exclusivamente à prática da Preparação da

Quimioterapia Antineoplásica deve contar com: Licença de funcionamento expedida

pelo órgão sanitário competente e O responsável técnico deve ser farmacêutico, com

registro no CRF.

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(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Conforme regulamentação da

RDC/ANVISA nº 220 de 2004, a administração de drogas quimioterápicas é privativo

do:

(A) farmacêutico.

(B) técnico de enfermagem.

(C) auxiliar de enfermagem.

(D) enfermeiro.

(E) médico.

RESPOSTA CORRETA: (D) enfermeiro.

COMENTÁRIO: Consulta pública da n° 108 de 27 de novembro de 2003 reforça que A

Empresa Prestadora de Bens e/ou Serviços Antineoplásica que queira habilitar -se

exclusivamente à prática da administração da Quimioterapia Antineoplásica deve

contar com: Licença de funcionamento expedida pelo órgão sanitário competente e O

responsável técnico deve ser O responsável técnico deve ser Enfermeiro, com

registro no COREN. Temos ainda o reforço desta regulamentação na RESOLUÇÃO

COFEN-210/1998 que Dispõe sobre a atuação dos profissionais de Enfermagem que

trabalham com quimioterápico antineoplásicos e enfatiza que o Enfermeiro deve

Ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da droga e

protocolo terapêutico.

(EBSERH – AOCP/ 2013 Enfermeiro Oncologista): De acordo com a Resolução COFEN

N°. 210/1998, é de competência do Enfermeiro em quimioterapia antineoplásica,

EXCETO:

(A) planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as atividades de

Enfermagem, em cliente submetidos a tratamento quimioterápico antineoplásico,

categorizando-o como um serviço de alta complexidade, alicerçados na metodologia

assistencial de Enfermagem.

(B) preparar e ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da droga e

protocolo terapêutico.

(C) proporcionar condições para o aprimoramento dos profissionais de Enfermagem

atuantes na área, através de cursos e estágios em instituições afins.

(D) estabelecer relações técnico-científicas com as unidades afins, desenvolvendo estudos

investigacionais e de pesquisa.

(E) formular e implementar manuais educativos aos clientes e familiares, adequando-os a

sua realidade social.

RESPOSTA CORRETA: B) preparar e ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme

farmacocinética da droga e protocolo terapêutico.

COMENTÁRIO: Competência do Enfermeiro em quimioterapia antineoplásica de

acordo com Resolução COFEN N°. 210/1998:

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Planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as atividades de

Enfermagem, em clientes submetidos ao tratamento quimioterápico antineoplásico,

categorizando-o como um serviço de alta complexidade, alicerçados na metodologia

assistencial de Enfermagem.

” Elaborar protocolos terapêuticos de Enfermagem na prevenção, tratamento e

minimização dos efeitos colaterais em clientes submetidos ao tratamento

quimioterápico antineoplásico.

” Realizar consulta baseado no processo de Enfermagem direcionado a clientes em

tratamento quimioterápico antineoplásico.

” Assistir, de maneira integral, aos clientes e suas famílias, tendo como base o

Código de Ética dos profissionais de Enfermagem e a legislação vigente.

” Ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da droga e

protocolo terapêutico.

” Promover e difundir medidas de prevenção de riscos e agravos através da educação

dos clientes e familiares, objetivando melhorar a qualidade de vida do cliente.

” Participar de programas de garantia da qualidade em serviço de quimioterapia

antineoplásica de forma setorizada e global.

” Proporcionar condições para o aprimoramento dos profissionais de Enfermagem

atuantes na área, através de cursos e estágios em instituições afins.

” Participar da elaboração de programas de estágio, treinamento e desenvolvimento

de profissionais de Enfermagem nos diferentes níveis de formação, relativos à área

de atuação.

” Participar da definição da política de recursos humanos, da aquisição de material e

da disposição da área física, necessários à assistência integral aos clientes.

” Cumprir e fazer cumprir as normas, regulamentos e legislações pertinentes às áreas

de atuação.

” Estabelecer relações técnico-científicas com as unidades afins, desenvolvendo

estudos investigacionais e de pesquisa.

” Promover e participar da integração da equipe multiprofissional, procurando

garantir uma assistência integral ao cliente e familiares.

” Registrar informações e dados estatísticos pertinentes à assistência de

Enfermagem, ressaltando os indicadores de desempenho e de qualidade,

interpretando e otimizando a utilização dos mesmos.

” Formular e implementar manuais técnicos operacionais para equipe de Enfermagem

nos diversos setores de atuação.

” Formular e implementar manuais educativos aos clientes e familiares, adequando-

os a sua realidade social.

” Manter a atualização técnica e científica da biossegurança individual, coletiva e

ambiental, que permita a atuação profissional com eficácia em situações de rotinas e

emergenciais, visando interromper e/ou evitar acidentes ou ocorrências que possam

causar algum dano físico ou ambiental.

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CATETER TOTALMENTE IMPLANTÁVEL

Os pacientes são candidatos ao implante

destes cateteres quando seu tratamento envolver

qualquer uma das seguintes condições: acesso

venoso frequente, tratamento prolongado com

infusão, quimioterapia (hospitalar ou domiciliar),

dano tissular, trombose ou esclerose, devido ao

tratamento prévio com medicação irritante e

previsão de uso prolongado de medicações irritantes endovenosas. São os

dispositivos que apresentam menores riscos de IPCS.

VANTAGENS:

Via de acesso segura para infusão de drogas;

Evita punções repetitivas e suas

consequências;

Maior conforto ao paciente;

São menos susceptíveis à infecção;

Dispensam curativos (fora de uso);

Dispensam heparinização frequente;

Proporcionam melhor estética;

Não limitam atividades;

Não exige manuseio do paciente e/ou familiar;

Poucos acidentes (quebra, perfuração, corrosão).

Devem ser inseridos cirurgicamente em ambiente controlado, como: centro

cirúrgico e sala de hemodinâmica.

Os reservatórios são implantados em uma loja subcutânea, geralmente na

região peitoral entre o esterno e o mamilo. Escolher veia subclávia jugular ou cefálica.

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A punção do reservatório (port) deve ser realizada com

agulha/escalpe, angulada, própria para uso na membrana do

reservatório (agulha tipo Huber).

Durante a punção, utilizar máscara cirúrgica (profissional

e paciente), e luvas estéreis, obedecendo à técnica asséptica.

Realizar antissepsia com gluconato de clorexidina alcoólica 0,5 a 2%, antes de

puncionar o reservatório (AI). Manter a agulha por até 7 dias, protegida por cobertura

estéril. Garantir estabilização da fixação, evitando mobilização da agulha Huber.

Evitar sempre que possível, a coleta de sangue por meio do reservatório.

CUIDADOS COM O CTI:

Evitar pancadas na região do CTI;

Assepsia bem feita no local do CTI, para evitar infecções;

Após o banho, vestir roupas limpas;

Evitar ficar sem camisa/blusa.

Curativo deve ser realizado a cada 48 horas ou quando se fizer necessário

(sujo, molhado, fixação solta).

SOLUÇÃO HEPARINIZADA – CATETERES VENOSOS CENTRAIS DE LONGA

PERMANÊNCIA

Devido às obstruções frequentes em curtos períodos de manipulação dos

cateteres, foi normatizado, em 27 de dezembro de 1996, pela Comissão

Interdisciplinar de Cateteres do INCA, a

utilização de uma concentração de solução heparinizada de 500 ui/ml, com flush de 2

ml nos cateteres venosos centrais de longa permanência. Método de preparo da

solução:

• Aspirar 0,25 ml de liquemine (ampola 5.000 ui) e completar para 10 ml de solução

fisiológica 0,9%.

• Aspirar 1 ml de heparina sódica (frasco 25.000 ui), completar para 10 ml de solução

fisiológica 0,9%.

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• Instilar 2 ml dessa solução para heparinização dos cateteres totalmente ou semi

implantados: 500 iu/ml.

HEPARINIZAÇÃO DE CATETERES CENTRAIS DE INSERÇÃO PERIFÉRICA

Devido ao pequeno calibre desse tipo de cateter, a Comissão Interdisciplinar de

Cateteres indicou a utilização de heparina sódica pura.

A quantidade de heparina a ser administrada deverá ser igual ao volume

comportado pelo cateter (após ser reduzido), acrescentando mais 0,1 ml.

Exemplo: se um cateter de 60 cm comporta 1 ml de líquido e foi reduzido para 30 cm

para ser inserido, a quantidade de heparina a ser administrada será de 0,6 ml.

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Em relação aos cateteres totalmente

implantados, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em

seguida, assinale a opção correta.

I – Dispensam heparinização frequentes

II – Não exigem punção percutânea para serem utilizados.

III– Dispensam curativos.

IV– São menos suscetíveis à infecção.

A sequência correta é:

(A) V, V, F, V.

(B) V, V, F, F.

(C) V, F, V, V.

(D) F, F, V, V.

RESPOSTA CORRETA: C) V, F, V, V.

COMENTÁRIO: manipulação desse tipo de dispositivo está liberada de 24 a 72 horas

após a colocação, devido à sensibilidade do paciente. Caso seja necessária a

utilização imediata após a colocação, o dispositivo deve ser ativado no centro

cirúrgico. O primeiro curativo deverá ser realizado pelo enfermeiro no ambulatório de

cateter, no primeiro ou terceiro dia de pós-operatório, quando o paciente é orientado

ATENÇÃO!

A heparina age inibindo a conversão do fibrinogênio em fibrina, impedindo a

formação do coágulo.

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a realizar esse procedimento no domicílio. Nesse dia, é agendada a retirada de pontos

para o 15º dia de pós-operatório e são descritas no prontuário as condições da

incisão cirúrgica. Nesse tipo de cateter, somente é necessária a permanência de

curativo no pós-operatório até a retirada de pontos.

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Assinale a opção que apresenta uma

desvantagem na implantação do cateter semi-implantado.

(A) Procedimento cirúrgico em nível ambulatorial (sala de pequenas cirurgias).

(B) Heparinização semanal.

(C) Capacidade para grande volume de infusão.

(D) Dispensa de agulha.

RESPOSTA CORRETA: (B) Heparinização semanal.

COMENTÁRIO: A manutenção de todas as vias deve ser semanal, assim como a troca

de curativos do local de inserção do cateter. Dentre as vantagens desse tipo de

dispositivo, cabe ressaltar que a sua retirada é facilitada pela exposição da ponta

distal, a qual dispensa sala de cirurgia, em muitos casos, diminuindo o estresse do

paciente. Outra vantagem é que dispensa a utilização de agulhas, reduzindo a dor e o

desconforto do paciente, principalmente em se tratando de crianças. Quando se

refere às desvantagens, a mais inconveniente para o paciente é a necessidade de

manutenções e curativos semanais, além da ocorrência de um possível dano externo

ao cateter, como: quebra, perfurações e corrosões, entre outros.

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Para ativar o cateter totalmente implantado, é

necessário o uso de:

(A) glutaraldeído – 2%.

(B) agulha para biópsia

(C) agulha para punção do CVC-TI (Cateter Venoso Central com agulha tipo RUBER)

(D) álcool – 92ºGL

RESPOSTA CORRETA: (C) agulha para punção do CVC-TI (Cateter Venoso Central com

agulha tipo RUBER)

COMENTÁRIO: A manipulação desse tipo de dispositivo está liberada de 24 a 72

horas após a colocação, devido à sensibilidade do paciente. Caso seja necessária a

utilização imediata após a colocação, o dispositivo deve ser ativado (Procedimento

realizado para se utilizar o cateter, isto é, fazer infusão de solução fisiológica a 0,9%

por gravidade em equipos comuns ou com bureta, dependendo da finalidade da

ativação. )As agulhas indicadas são do tipo hubber ou do tipo “ponta de lápis”, e o

uso das mesmas permite até 3.000 perfurações sem riscos de vazamentos. Tais

agulhas estão disponíveis em diferentes comprimentos e diâmetros ou com placas de

fixação, adaptadas às necessidades físicas do paciente e à solução a ser infundida.

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(EBSERH – AOCP – 2013 / Enfermeiro Oncologista) : Mulher, 52 anos, portadora de

mieloma múltiplo candidatos à consolidação com altas doses de quimioterapia

seguidas de transplante de células-tronco hematopoéticas, será submetida a implante

de Port-a-cath para administração de esquema VAD como tratamento de primeira

linha. Nesse caso, é correto afirmar que:

(A) o cateter só poderá ser utilizado após 30 dias do implante.

(B) o cateter só poderá ser utilizado até no máximo 30 dias do implante.

(C) não há justificativa para implante do cateter.

(D) o implante se justifica porque cada ciclo é realizado com intervalos menores do que 5

dias.

(E) o implante do cateter se justifica porque o tempo de infusão de um ciclo é superior a 8

horas.

RESPOSTA CORRETA:(E) o implante do cateter se justifica porque o tempo de infusão de

um ciclo é superior a 8 horas.

COMENTÁRIO: O cateter totalmente implantado está indicado para implantes com

objetivo de duração de mais de seis meses, muito embora seja fundamental que se

leve em consideração todos os fatores individuais do paciente na escolha correta do

dispositivo. Segundo determinação da Comissão Interdisciplinar de Cateteres,

deverão ser observados:

• Paciente com dificuldade de acesso venoso periférico.

• Necessidade de acesso venoso por longo período.

• Quimioterapia de longa duração: múltiplos ciclos; drogas vesicantes ou que levem à

aplasia severa; tempo de infusão acima de 8 horas.

HIPODERMÓCLISE

É definida como a infusão de fluidos no tecido subcutâneo. O mecanismo da

hipodermóclise consiste na administração lenta de soluções no espaço subcutâneo,

sendo o fluido transferido para a circulação sanguínea por ação combinada entre

difusão de fluidos e perfusão tecidual. Constitui modalidade de administração de

fluidos para correção rápida de desequilíbrio hidroeletrolítico.

INDICAÇÃO DA VIA SC

Inviabilidade da via oral, decorrente de vômitos por períodos prolongados,

intolerância gástrica, disfagia, obstrução intestinal, dispneia severa e diarreia;

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Acesso venoso difícil;

Desidratação leve ou moderada

Distúrbios de coagulação;

Desequilíbrio hidroeletrolítico severo;

Sobrecarga fluidos (ICC, Síndrome de Veia Cava Superior –não puncionar

MMSS);

Edema acentuado e anasarca;

Desidratação severa.

BENEFÍCIOS COMO MÉTODO ALTERNATIVO

Método simples e seguro;

Eficiência e eficácia na absorção de fluidos;

A taxa de absorção é uniforme e lenta, podendo variar de acordo com o meio

utilizado: bolus ou contínua por bomba infusora;

A administração de fluidos e fármacos reduz o tempo de latência quando

comparada com a via oral.

Via segura para administração de opióides e com poucos efeitos colaterais.

Tem poucos efeitos adversos ou complicações severas;

É menos dolorosa e de fácil manejo tanto na conservação quanto na

manipulação;

Permite a utilização de arsenal medicamentoso para a terapêutica paliativa nos

estados de confusão mental, prejuízo cognitivo, agonia ou sedação;

Promove conforto, diminuindo o estresse e dor por repetidas tentativas de

punções venosas sem êxito;

Promove uma assistência de qualidade e humanização do cuidado melhorando

a prática assistencial.

DESVANTAGENS DA VIA SC

Velocidade de infusão mais lenta do que por via EV;

Administração máxima em 3000 ml/24hs em dois sítios de infusão (INCA –

2000 ml);

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Limitações na administração de eletrólitos;

Caquexia neoplásica com hipertrofia do SC;

Impossibilidade de reverter choques hipovolêmicos.

COMPLICAÇÕES

Edema local, dor, calor, endurecimento, necrose;

Eritema ao redor do sítio de inserção do cateter (esperado nas primeiras 4

horas);

Presença de infecção;

Extravasamento pelo óstio.

MEDICAMENTOS

RECOMENDADOS: Morfina, Haloperidol, Clorpromazina, Insulina, Aminofilina,

Fenobarbital, Metoclopramida, Dexametasona, Ondansetrona, Bromoprida,

Octreotida, Hioscina, Midazolan, Cetamina.

NÃO RECOMENDADOS: Diazepan, Fenitoína e Eletrólitos não diluídos

(solução glicose superior 5%, potássio superior a 20mmol/l, soluções coloidais,

sangue e seus derivados)

CUIDADOS NO PROCEDIMENTO:

Realizar o procedimento com técnica asséptica (AI).

Para o preparo da pele antes da punção realizar a degermação com gluconato

de clorexidina 2 ou 4% e na sequência fazer a antissepsia complementar com

gluconato de clorexidina alcoólica 0,5 a 2% (BII).

Trocar o curativo a cada 48h ou quando sujo, utilizando gluconato de

clorexidina alcoólica 0,5 a 2%.

Realize limpeza prévia com solução fisiológica 0,9%, se necessário (AII).

Recomenda-se a troca do sítio de inserção do cateter a cada 72 horas ou na

suspeita ou vigência de complicações.

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A utilização desta técnica deve levar em consideração o fármaco utilizado, o

volume administrado, o tempo, a concentração e as incompatibilidades.

(EBSERH – AOCP -2013 – Enfermeiro Oncologista) O método de hipodermóclise

subcutânea é uma alternativa utilizada em pacientes idosos e sob cuidados paliativos.

No entanto, por causar inflamação, é contraindicada para administração de

(A) Furosemida.

(B) Metoclopramida.

(C) Tramadol.

(D) Haloperidol.

(E) Diazepam.

RESPOSTA CORRETA: (E) Diazepam.

COMENTÁRIO: NÃO RECOMENDADOS: Diazepan, Fenitoína e Eletrólitos não diluídos

(solução glicose superior 5%, potássio superior a 20mmol/l, soluções coloidais,

sangue e seus derivados).

RADIOTERAPIA

A radioterapia é o uso médico de radiação ionizante como parte do tratamento

do câncer para controlar células malignas. Radioterapia pode ser usada como

tratamento paliativo (quando a cura não é possível e o objetivo é controle local da

doença e alívio dos sintomas) ou como tratamento terapêutico (quando a terapia

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pode ser curativa). Radioterapia também tem aplicações em condições não malignas,

porém seu uso nesses casos é limitado em parte pelas preocupações sobre o risco

de câncer induzido por radiação. Radioterapia pode ser utilizada como terapia

principal no tratamento do câncer. Também é comum combinar radioterapia com

cirurgia, quimioterapia, terapia hormonal ou alguma mistura dos três. Os tipos mais

comuns de câncer podem ser tratados com radioterapia de alguma forma. A

radioterapia é o método de tratamento local ou locorregional do câncer que utiliza

equipamentos e técnicas variadas para irradiar áreas do organismo humano, prévia e

cuidadosamente demarcadas. Finalidades da radioterapia: As finalidades da

radioterapia relacionadas abaixo se referem a pacientes adultos, já que, em crianças

e adolescentes, cada vez menos se utiliza a radioterapia, em virtude dos efeitos

colaterais tardios ao desenvolvimento orgânico que ela acarreta.

Radioterapia curativa: principal modalidade de tratamento radioterápico; visa à

cura do paciente

Radioterapia pré-operatória (RT prévia ou citorredutora): procedimento que

antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, para reduzir o

tumor e facilitar o procedimento operatório.

Radioterapia pós-operatória ou pós-quimioterapia (radioterapia profilática):

segue-se à principal modalidade de tratamento, com a finalidade de esterilizar

possíveis focos microscópicos do tumor.

Radioterapia paliativa: objetiva o tratamento local do tumor primário ou de

metástase(s), sem influenciar a taxa da sobrevida global do paciente. É usada

principalmente nas seguintes circunstâncias: - Radioterapia antiálgica:

modalidade de radioterapia paliativa com a finalidade específica de reduzir a

dor. Radioterapia anti-hemorrágica: modalidade de radioterapia paliativa com

a finalidade específica de controlar os sangramentos.

TIPOS DE RADIOTERAPIA

1. Teleterapia: Consiste na terapia à distância, ou seja, a fonte emissora de

radiação fica a mais ou menos 1 metro do paciente. Os principais aparelhos

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utilizados são: - Raios X Superficial, Semi-Profundo ou de Ortovoltagem -

Cobalto-60 - Aceleradores

2. Braquiterapia: É a terapia de curta distância onde, uma fonte encapsulada ou

um grupo destas fontes são utilizadas para liberação de radiação beta ou

gama a uma distância de poucos centímetros do volume tumoral.

3. Isotopoterapia: Os radioisótopos são utilizados em doses elevadas, visando o

efeito deletério da radioatividade sobre determinados tecidos. Trata-se de um

método novo de radioterapia.

(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):Dentre as várias

modalidades de tratamento de câncer, está a radioterapia, que utiliza a

radiação para terapêutica. Há três tipos de radioterapia, são elas:

(A) teleterapia, tomografia e braquiterapia.

(B) braquiterapia, iodoterapia e ressonância magnética.

(C) isotopoterapia, ressonância magnética e iodoterapia.

(D) teleterapia, braquiterapia e isotopoterapia.

(E) tomografia, teleterapia e iodo terapia.

RESPOSTA CORRETA: (D) teleterapia, braquiterapia e isotopoterapia.

COMENTÁRIO: Teleterapia: Consiste na terapia à distância, ou seja, a

fonte emissora de radiação fica a mais ou menos 1 metro do paciente.

Os principais aparelhos utilizados são: - Raios X Superficial, Semi-

Profundo ou de Ortovoltagem - Cobalto-60 – Aceleradores

Braquiterapia É a terapia de curta distância onde, uma fonte

encapsulada ou um grupo destas fontes são utilizadas para liberação

de radiação beta ou gama a uma distância de poucos centímetros do

volume tumoral Isotopoterapia: Os radioisótopos são utilizados em

doses elevadas, visando o efeito deletério da radioatividade sobre

determinados tecidos. Trata-se de um método novo de radioterapia.

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(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):A radioterapia é um tratamento

locorregional que tem por objetivo erradicar tumores, lesionando o mínimo possível

os tecidos adjacentes saudáveis. Esse tratamento acontece:

(A) em regime hospitalar, com seções de aplicações periódicas semanais por até três

meses.

(B) em regime hospitalar, com aplicações diárias, sendo a dose total aplicada a cada seção.

(C) em regime ambulatorial, diariamente, de segunda a segunda, sendo aplicada a dose

total por período de até dois meses.

(D) em regime ambulatorial, uma ou duas vezes ao dia, de segunda a sexta, sendo a dose

total fracionada e aplicada por um período de até dois meses.

(E) em regime ambulatorial, inicialmente seguido de hospitalização, para complemento do

ciclo, e aplicações diárias por período de até dois meses.

RESPOSTA CORRETA: D) em regime ambulatorial, uma ou duas vezes ao dia, de segunda

a sexta, sendo a dose total fracionada e aplicada por um período de até dois meses.

COMENTÁRIO: As sessões de tratamento são administradas ao longo de várias

semanas, pois dá às células normais a possibilidade de se reparar durante o tempo

entre as sessões. Este processo é chamado de "fracionamento", porque a dose de

radiação total é dividida em frações, que são dadas durante um tempo e que se

acumulam ao término do tratamento. Além disso, o médico pode modelar o feixe de

radiação de acordo com o tamanho e a localização do tumor, minimizando a dose que

atinge o tecido adjacente saudável. Embora o número de tratamentos administrados

varia dependendo do tipo de tumor, estado de saúde geral do paciente e a técnica de

radiação utilizada, os tratamentos são normalmente realizados cinco dias por semana

durante seis a sete semanas. Quando a radiação é usada para cuidados paliativos, o

decurso do tratamento é mais curto, normalmente de duas a três semanas. Cada

sessão de tratamento normalmente dura de 10 - 20 minutos.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA RADIOTERAPIA

• Cuidados com a pele:

• Orientar ingesta hídrica

• Uso de creme hidratante

• Não usar a força de jato d’água diretamente na

pele irradiada

• Não depilar com lâmina ou cera

• Usar roupas de tecido de algodão, evitar

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roupas escuras

• Não expor a pele ao sol durante o tratamento

• Manter higiene íntima rigoroso (irradiação em reto ou útero)

• Manter unhas limpas e aparadas

• Em caso de descamação seca, reforçar o uso de hidratante

A seguir, são destacadas as principais complicações oriundas do tratamento

radioterápico e as intervenções de enfermagem realizadas pelas enfermeiras, no

setor de radioterapia:

Problemas com a pele: a radiação atua na velocidade da renovação do epitélio da

pele, podendo causar irritações, eritema ou lesões que se assemelham a

queimaduras. Orienta-se o cliente a lavar a área irradiada com água e sabonete

neutro e a enxugar a pele com delicadeza, sem esfregá-la. Solicita-se que se use

roupas folgadas e de tecido leve, evitando-se o uso de tiras ou cintos na região do

tratamento. Igualmente enfatiza-se que se evite depilações. No caso de alguma

lesão a ser tratada, a enfermeira avalia a mesma e traça um plano de ação para

recuperação da pele, pois, feridas de grande porte podem levar à interrupção do

tratamento radioterápico, o que é prejudicial para o cliente, em se tratando de sua

doença. As reações causadas poderão ser superficiais (radioepitelite) ou atingir as

camadas mais profundas da pele (radiodermite). No momento do tratamento, não

deverá haver substância alguma sobre a pele, para que essas reações sejam

evitadas. Feridas cirúrgicas deverão ser monitoradas quanto à sua cicatrização,

que poderá estar lentificada pelo efeito do tratamento.

Náuseas, vômitos e alterações do apetite: podem ser causados por alteração na

estrutura do local irradiado. Para aliviar o desconforto, é recomendável que o

cliente prefira alimentação líquida ou pastosa, na temperatura ambiente e com

temperos suaves. É de grande valia o acompanhamento deste cliente pelo

nutricionista. A higiene oral deverá ser enfatizada. Náuseas e vômitos poderão ser

tratados com a medicação antiemética prescrita pelo médico do cliente.

Mucosite, xerostomia, estomatite, alterações no paladar e cáries: a radiação

aplicada diretamente na cavidade oral atua na velocidade normal da renovação de

seu epitélio, bem como na produção de saliva, causando os efeitos citados.

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Orienta-se, então, a realização frequente da higiene oral, com escova de dentes

de cerdas macias e água bicarbonatada diluída. A mucosite pode se estender à

faringe e ao esôfago, causando desconforto no ato da deglutição.

Diarreia: a radiação pode causar inflamação da mucosa intestinal e estenose da

luz do intestino, modificando o seu funcionamento. Nos casos de diarréia, é

sugerido ouso do chá de erva doce, que alivia cólicas e flatos. Sendo o

desconforto intenso, encaminhar o cliente à nutrição. Medicação para controle do

problema poderá ser prescrita pelo médico radioterapeuta.

Dor, dispneia e sangramentos: podem ser causados por alteração na estrutura da

região do corpo irradiada. O médico do cliente deverá ser informado, para

contornar estes problemas com medicação.

Lesões em região genital: podem ser causadas pela presença de secreções

oriundas da patologia do cliente e pelo aquecimento da região, sempre coberta

por roupas. Neste caso, é sugerido o banho de assento com chá de camomila ou

vinagre de maçã, de acordo com a necessidade.

Disúria e infecção urinária: pode ser causada pela inflamação e estenose das vias

urinárias. Orienta-se o cliente a aumentar a ingesta hídrica e a comunicar o

desconforto ao seu médico.

Fadiga: pode ser causada pela liberação de subprodutos da destruição de células

tumorais no sangue e pelo desgaste do organismo ao recompor os tecidos sadios

eventualmente atingidos pela radiação.

(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):Dentre os efeitos locais provocados

pela radioterapia, podemos citar principalmente as reações cutâneas conhecidas

como

(A) flebites.

(B) radiodermites.

(C) mucosites.

(D) pneumonites.

(E) grastroenterites.

RESPOSTA CORRETA: (B) radiodermites.

COMENTÁRIO: As reações causadas poderão ser superficiais (radioepitelite) ou

atingir as camadas mais profundas da pele (radiodermite). No momento do

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tratamento, não deverá haver substância alguma sobre a pele, para que essas

reações sejam evitadas.

(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Eventos Adversos (EA) agudos

ocorrem até três meses após o término da radioterapia. Dentre esses efeitos, estão

(A) radiodermites, mucosite, gastroenterites e esofagite.

(B) mucosite, flebite, esofagite, pneumonite.

(C) mucosite, esofagite, pneumonite, gastroenterites.

(D) pneumonite, lesões necrosantes, flebite, radiodermmites.

(E) radiodermite, flebite, gastroenterite e mucosite.

RESPOSTA CORRETA: (C) mucosite, esofagite, pneumonite, gastroenterites.

COMENTÁRIO: Dentre as reações adversas a radioterapia encontramos dentre as

principais: mucosite, radiodermite, trismo, xerostomia e osteorradionecrose. A

mucosite é uma reação inflamatória da mucosa oral e caracteriza-se por eritema e

edema na mucosa, seguidos comumente de ulceração e descamação, que continuam

até que a terapia seja concluída. Pode resultar em ulcerações, disfagia, perda de

paladar e dificuldade para se alimentar. É um efeito debilitante de tratamentos do

câncer, como a radioterapia e a quimioterapia, bastante frequente (afeta mais de 40%

dos pacientes) e doloroso.

(EBSERH – IADS 2014 Enfermeiro Oncologista) ; A xerostomia ocorre secundária à

radioterapia. Assinale a alternativa que apresenta o significado desse termo.

(A) Queda de cabelo.

(B) Ressecamento da boca.

(C) Perda do paladar.

(D) Salivação diminuída.

(E) Descamação da pele.

RESPOSTA CORRETA: (D) Salivação diminuída.

COMENTÁRIO: Na xerostomia evidencia-se o total de quatro indicadores empíricos:

cavidade oral seca, dificuldade de mastigação, dificuldade de deglutição e

comprometimento da articulação.

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URGÊNCIAS ONCOLÓGICAS

URGÊNCIAS METABÓLICAS

HIPERCALEMIA

A hipercalcemia é uma das urgências oncológicas mais comum. A incidência

descrita em doentes com cancro varia entre os 10 a 30%.1,2 Apesar de poder ocorrer

em qualquer tipo de cancro, está mais frequentemente associado aos cancros da

mama, do pulmão, do rim e da cabeça e pescoço e ao mieloma múltiplo. Quando

presente, é habitualmente um mau fator prognóstico.

Patogênese.

A hipercalcemia pode ser causada por vários mecanismos, incluindo os

mediados por hormonas envolvidas no metabolismo do cálcio e os decorrentes do

efeito osteolítico do tumor sobre o osso. A hipercalcemia humoral maligna é o

mecanismo mais comum, ocorrendo em 80% de todos os casos.

péptido relacionado com a Hormona Paratiroideia (prHPT) é produzido e secretado

pelas células tumorais. A sua analogia com a HPT é responsável pelo aumento de

reabsorção de cálcio pelo osso e pelo rim, conduzindo à hipercalcemia. A sua

presença deve ser suspeitada perante um doente com uma neoplasia sólida sem

metastização óssea com hipercalcemia. Habitualmente os níveis endógeneos de HPT

encontram-se reduzidos ou ausentes por mecanismos de feedback negativo.

Apresentação clínica e diagnóstico.

Os sintomas e sinais da hipercalcémia são vagos e pouco específicos, sendo

muitas vezes confundidos com as outras comorbilidades do doente. A velocidade de

elevação, mais do que o grau de variação dos níveis séricos de cálcio, é o fator mais

determinante na apresentação clínica. As manifestações clínicas mais comuns são:

náuseas, vómitos, obstipação, poliúria, depressão do estado de consciência e

alterações do comportamento. Ao exame objetivo é habitualmente evidente um

estado hipovolémico. As alterações electrocardiográficas mais comuns são um

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encurtamento do intervalo QT, bradicardia, bloqueio aurículo-ventricular e arritmias. O

diagnóstico é geralmente feito através do doseamento do cálcio sérico total. Por

ventura, este método é impreciso e pouco fiável.

Tratamento

O tratamento definitivo consiste essencialmente em medidas anti-tumorais. A

terapêutica antihipercalcémica é sintomática, não alterando a sobrevida, mas

permitindo um ganho de tempo até que a terapêutica anti-tumoral comece a ter efeito.

Em casos extremos, quando todas as opções terapêuticas falham pode ser

ponderada a ausência de tratamento.

HIPONATREMIA

A homeostasia da água e do sódio encontram-se frequentemente alterados num

doente com cancro. O sódio é o principal elemento na manutenção da concentração

e do volume do líquido extracelular. Constitui o principal catião do líquido extracelular,

e é o principal determinante da osmolalidade plasmática. A concentração sérica de

sódio e a osmolalidade plasmática são mantidos dentro da normalidade por

mecanismos homeostáticos estreitos. Os principais mecanismos são: a estimulação

da sede, o controlo da excreção renal de água pela hormona antidiurética (HAD) e a

regulação da excreção renal de sódio pelo péptido natriurético auricular (PNA) e

sistema reninaangiotensina.

Patogênese

A hiponatremia reflete habitualmente um estado hipotónico. No entanto, nalguns

casos a osmolalidade plasmática pode estar normal ou aumentada. Esta situação,

designada por pseudohiponatrémia, caracteriza-se pela ausência de variações ao

nível da quantidade total de água e sódio, havendo apenas uma redistribuição de

água pelo espaço extracelular, diluindo o sódio.

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Apresentação clínica

A apresentação clínica é variada, manifestando-se primariamente por sintomas

neurológicos. A sua gravidade vai depender do grau de hiponatremia e da velocidade

de instalação. Os sintomas mais comuns são: anorexia, náusea, astenia, cefaleias,

alteração do estado de consciência e cãibras musculares. Nos casos mais graves,

pode manifestar-se por crise convulsiva, coma ou até mesmo a morte.

Diagnóstico

A hiponatremia pode ser classificada como ligeira (131-135 mmol/L), moderada

(126-130 mmol/L) e grave (<125 mmol/L). Doentes com uma concentração de sódio

sérico inferior a 125 mmol/L estão em risco de edema cerebral e de morte por

herniação do tronco cerebral. O diagnóstico diferencial é extenso. Para além da

avaliação do estado de volémia, existem três exames laboratoriais que auxiliam nesta

tarefa: osmolalidade plasmática; osmolalidade renal e doseamento de sódio urinário.

Tratamento

Os objetivos terapêuticos são a identificação da causa subjacente e a correção

da natrémia com restrição hídrica e/ou espoliação de água e/ou reposição de sódio. A

urgência em iniciar o tratamento e a velocidade de correção da hiponatremia são

guiadas pela gravidade da apresentação clínica, pelos níveis séricos de natrémia e

pelo ritmo de instalação do desequilíbrio iónico.

SÍNDROME DE LISE TUMORAL (SLT)

Ocorre quando as células tumorais malignas entram em apoptose e libertam o

conteúdo intracelular, nomeadamente potássio, fósforo e ácido úrico, para a

circulação sanguínea. Dependendo dos fatores de risco do doente e do tipo de

neoplasia, a incidência de SLT varia entre 3 a 20%. A SLT geralmente ocorre

secundariamente ao início de tratamento anti-tumoral, particularmente a

quimioterapia. As doenças linfo-proliferativas, em particular os linfomas de alto grau

(p.e. linfoma de Burkit) e as leucemias agudas estão mais frequentemente

associados a esta síndroma. Raramente tumores sólidos com uma taxa proliferativa

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elevada podem induzir este SLT. Em casos raros a SLT pode ocorrer

espontaneamente em tumores com elevada taxa de proliferação.

Patogênese

A síndrome de lise tumoral é secundária à libertação massiva do conteúdo

intracelular - nomeadamente de potássio, fósforo e ácidos nucleicos - na circulação

sanguínea aquando da morte celular. O catabolismo dos ácidos nucleicos conduz à

hiperuricemia. A capacidade de excreção renal destas substâncias é ultrapassada

neste caso, levando à sua acumulação. O desenvolvimento abrupto de hipercalémia,

hiperuricemia, hiperfosfatémia e hipocalcémia acaba por ter efeitos devastadores

sobre os vários órgãos dos quais se destacam os rins, o miocárdio e o sistema

nervoso central. Os fatores de risco incluem: elevada carga tumoral, frequentemente

evidenciada por níveis elevados de LDH; tumores quimiossensíveis; elevada taxa

proliferativa; leucocitose elevada em doentes com leucemia; hiperuricemia previa ao

início de tratamento; disfunção renal prévia; uso concomitante de fármacos

nefrotóxicos; depleção de volume.

Apresentação clínica

A apresentação clínica é variada, podendo ir desde alterações laboratoriais

assintomáticas até sinais e sintomas inespecíficos secundários às alterações

metabólicas. Em geral surgem alguns dias após o início de terapêutica anti-

neoplásica, nomeadamente a quimioterapia. A hipercalémia é a alteração metabólica

com maior risco de morte iminente. Conduz a alterações da permeabilidade normal

das células musculares, com especial destaque para as células do miocárdio. Assim

é responsável por alterações electrocardiográficas como ondas T pontiagudas,

prolongamento do intervalo PR e alargamento do complexo QRS. Em casos

extremos, pode ser responsável por arritmias fatais. Outras manifestações incluem

sintomas neuromusculares - como cãibras musculares, fraqueza muscular e

parestesias - e sintomas constitucionais como náuseas, vómitos e diarreia.

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Diagnóstico

A síndrome de lise tumoral é definida por um conjunto de alterações

laboratoriais e clínicas. O sistema de classificação de Cairo-Bishop é o mais utilizado.

Tratamento

O melhor tratamento é a antecipação da ocorrência de SLT e a sua prevenção.

O tratamento preventivo deverá ser iniciado pelo menos 24 a 48 horas antes do início

da quimioterapia. O primeiro passo é a identificação dos doentes de risco. Um

sistema de estratificação de risco foi proposto, tendo em conta o tipo de tumor, a

carga tumoral, o tratamento, a resposta esperada ao tratamento e a função renal.

Para além do risco individual de cada patologia, este sistema de estratificação de

risco tem ainda em conta a disfunção renal, o envolvimento renal e a presença de

hiperuricémia, hiperfosfatémia e hipercaliémia de base. Assim, perante a presença de

um destes fatores, o risco era agravado para o nível seguinte (baixo para intermédio,

intermédio para alto).

A base de qualquer prevenção é a monitorização adequada do doente. A

hidratação constitui igualmente um passo fundamental, tendo como objetivo manter

um débito urinário elevado (mínimo 100mL/h).

(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): A trombocitopenia resulta da depressão

da medula óssea que comumente ocorre quando o paciente é submetido a

determinados tipos de quimioterapia e radioterapia. Assim, monitorar a contagem de

plaquetas em pacientes é um cuidado do enfermeiro para promover a intervenção

precoce. Assim, assinale a alternativa correta com relação ao resultado da contagem

de plaquetas e o risco de sangramento:

(A) Contagem de plaquetas = 60.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco

moderado.

(B) Contagem de plaquetas = 40.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco

brando.

(C) Contagem de plaquetas = 30.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco grave.

(D) Contagem de plaquetas = 30.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco

moderado.

RESPOSTA CORRETA: (D) Contagem de plaquetas = 30.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L)

considera-se risco moderado.

COMENTÁRIO: A toxicidade hematológica decorrente do tratamento quimioterápico

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engloba a leucopenia, a trombocitopenia/plaquetopenia, a anemia, a depressão da

medula óssea. A trombocitopenia, caracterizada pela diminuição do número de

plaquetas, é comumente causada pelos efeitos mielossupressores de alguns

quimioterápicos. O sangramento é a principal consequência, elevando o grau de

gravidade do sintoma apresentado. A plaquetopenia caracteriza-se também pela

ocorrência de outros sinais que podem ser verificados, como a equimose e petéquias,

URGÊNCIAS INFECIOSAS

NEUTROPÉNIA FEBRIL

A neutropenia febril continua a ser uma das principais complicações dos

regimes de quimioterapia apesar dos avanços na prevenção e no tratamento. A

mortalidade tem diminuído, mas mantém-se significativa. A taxa de mortalidade ronda

os 5% em doentes com tumores sólidos (1% nos de baixo risco), podendo atingir os

11% nalgumas neoplasias hematológicas. O prognóstico é pior e doentes com

bacteriemia documentada, com taxas de mortalidade de 18% se bacteriemia por

Gram negativo e 5% se por Gram positivo.

Patogênese

A contagem absoluta de neutrófilos (CAN) pode diminuir por interferência direta

do tumor na hematopoiese, como ocorre nas leucemias ou na metastização óssea

com substituição da medula óssea por células tumorais. No entanto, o efeito

citotóxico da quimioterapia constitui o principal responsável. Tipicamente, o nadir da

CAN ocorre entre os 5 a 10 dias após a última dose de quimioterapia. Os agentes

citotóxicos que mais frequentemente induzem neutropenia incluem: as antraciclinas,

os taxanos, os inibidores da topoisomerase, os derivados de platina, gencitabina,

vinorelbina e alguns agentes alquilantes. O risco de neutropenia febril depende do

grau e da duração do nadir dos neutrófilos, assim como das co-morbilidades –

nomeadamente disfunção hepática ou renal, da exposição prévia à quimioterapia e

da imunossupressão concomitante, entre outros. A infecção é responsável por cerca

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de metade dos casos de neutropenia febril. A detecção microbiológica de um agente

patogênico é possível numa pequena percentagem de casos. As bactérias gram

negativas são os agentes mais frequentemente isolados. No entanto, nas últimas

décadas as bactérias gram positivas têm assumido uma importância cada vez maior.

Apresentação clínica

A febre é frequentemente o único sintoma. Esta é definida por uma única

temperatura oral igual ou superior a 38.3ºC, ou duas leituras de temperaturas iguais

ou superiores a 38.0ºC com um intervalo mínimo entre elas de uma hora. A

capacidade limitada do doente desenvolver uma resposta inflamatória decorrente do

déficit de neutrófilos, pode limitar a presença de sinais ou sintomas localizadores do

local de infecção. Habitualmente, as infecções apresentam-se de forma atípica:

infecções da pele como eritema subtil, meningite sem sinais meníngeos, infecção

urinária sem leucocitúria, infecção pulmonar sem alterações auscultatórias ou

infiltrados radiológicos.

Diagnóstico

O diagnóstico é determinado pela presença de febre em conjunto com uma CAN

inferior a 0.5 x 109/L ou previsão de descida abaixo deste valor dentro de 48 horas. O

risco de infecção aumenta consideravelmente se CAN 1.0 x 109/L, sendo tanto maior

quanto menor o for este número.

A colheita da história clínica deve ser exaustiva. Deve ainda ser dado realce ao

agente de quimioterapia administrado, ao uso recente de antibioterapia, à toma

concomitante de corticoides, a intervenções cirúrgicas recentes, a exames

microbiológicos passados positivos. O exame físico deve ser meticuloso. A cavidade

oral deve ser examinada, assim como a região perineal. O toque retal ou qualquer

manipulação retal deve ser evitada. Todos os locais com dispositivos intravenosos

devem ser inspecionados. Recomenda-se a recolha de pelo menos duas

hemoculturas, uma das quais a ser colhida do dispositivo intravenoso quando

presente.

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Tratamento

Após o estabelecimento do diagnóstico de neutropenia febril e a colheita de

produtos biológicos para estudos microbiológicos, a administração empírica de

antibióticos de largo espectro deve ser o mais precoce possível. Estes doentes

podem rapidamente desenvolver um quadro de sépsis, pelo que qualquer atraso

aumenta significativamente o risco de mortalidade. Doentes febris sem outros

sintomas devem ser tratados, mesmo perante a um exame físico, exames

laboratoriais e imaginológicos sem alterações. O tratamento em regime de

internamento ou ambulatório é ditado pela avaliação de risco. Vários instrumentos

foram desenvolvidos na tentativa de predizer quais os doentes de alto risco, com

maior probabilidade de complicações.

Os doentes devem ser avaliados diariamente, quer clinica quer

laboratorialmente. Pode ser ainda necessário reavaliação imaginológica caso haja

persistência de febre. Perante a melhoria clínica e analítica ao fim de 48 horas, pode

suspender-se o aminoglicosídeo na ausência de um agente causal. Caso seja isolado

um microorganismo a antibioterapia deverá ser dirigida a este. Se persistir a febre

para além das 48horas pode ser necessário fazer um alargamento da cobertura

antibiótica com associação de outros fármacos. Quando a febre se mantém após 4-7

dias, sem isolamento de microrganismo, deve ser adicionado cobertura anti-fúngica.

(EBSERH – IADS 2014 Enfermeiro Oncologista) ; João foi diagnosticado com câncer

de pulmão e há um na iniciou o tratamento com quimioterapia e radioterapia. Na

última semana, evoluiu com mal-estar geral, náuseas, vômitos, febre, hipotensão e

rebaixamento do nível de consciência. Foi internado na UTI e ficou sob os cuidados

da equipe de enfermagem. Mara, enfermeira de plantão, elaborou um plano de

cuidado baseado no diagnóstico: risco para infecção relacionado com a resposta

imunológica alterada. Com base no texto apresentado, assinale a alternativa que

melhor justifica o diagnóstico da enfermeira:

(A) O quadro de hipotensão deixa o paciente mais propenso à infecção.

(B) O tratamento com quimioterapia e radioterapia ocasiona o aumento da contagem dos

leucócitos.

(C) O risco de broncoaspiração diminui devido ao rebaixamento do nível de consciência.

(D) A febre é causada diretamente pela resposta imunológica alterada.

(E) O tratamento com quimioterapia e radioterapia ocasiona a diminuição da contagem dos

leucócitos.

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RESPOSTA CORRETA: (E) O tratamento com quimioterapia e radioterapia ocasiona a

diminuição da contagem dos leucócitos.

COMENTÁRIO: As células da medula óssea, responsáveis pela produção das células

sanguíneas, também podem ser afetadas pelos agentes quimioterápicos, causando

uma redução na quantidade de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos

(leucopenia) e/ou plaquetas (plaquetopenia).

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ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR INTEGRADA E CUIDADOS PALIATIVOS

Os especialistas médicos, responsáveis pela indicação da cirurgia oncológica,

da quimioterapia e da radioterapia são, respectivamente, o cirurgião oncológico, o

oncologista clínico e o radioterapeuta. Entretanto, os tratamentos instituídos devem

estar inseridos em uma abordagem multidisciplinar em que outras áreas técnico-

assistenciais, como enfermagem, farmácia, serviço social, nutrição, fisioterapia,

reabilitação, odontologia, psicologia clínica, psiquiatria e estomaterapia (cuidados de

ostomizados), estejam obrigatoriamente envolvidas. Embora cada área tenha papel

bem estabelecido, a abordagem multidiscilinar integrada é mais efetiva do que uma

sucessão de intervenções isoladas no manejo do paciente. Exceto para cirurgias de

doenças muito limitadas ou lesões pré-malignas (como as lesões precursoras do

câncer do colo do útero), o tratamento oncológico de alta complexidade

(principalmente a cirurgia oncológica, a quimioterapia e a radioterapia) depende do

apoio de uma estrutura hospitalar de nível terciário, com maior densidade

tecnológica, especialmente preparada para: • Confirmar o diagnóstico. • Realizar o

estadiamento. • Promover o tratamento, a reabilitação e os cuidados paliativos, que

podem ser organizados, na rede de serviços de saúde, de forma integrada com os

níveis primário e secundário de atenção.

Cuidados Paliativos consistem na atenção promovida por uma equipe

multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus

familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio

do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento

de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Desse modo,

assinale a alternativa cuja conduta pode estar adequada ao controle do sintoma.

(A) Obstrução de vias aéreas com Zubrod PS2: traqueostomia.

(B) Anorexia: oferecimento de dieta hiperproteica e hipercalórica.

(C) Derrame pleural por diátese hemorrágica incorrigível: toracocentese.

(D) Hipercalcemia: restrição hídrica.

(E) Dispneia com escala de coma de Glasgow de 15 pontos e hemoglobina de 10mg%:

hemotransfusão com concentrado de hemácias.

RESPOSTA CORRETA: (A) Obstrução de vias aéreas com Zubrod PS2: traqueostomia.

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COMENTÁRIO: Escala de Zubrod ou Performance Status trata-se de uma escala que

mede a capacidade funcional do individuo que que nos permite definir as condutas a

serem tomadas em diversas situações

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TRATAMENTO DA DOR

De acordo com a International Association for the Study of Pain, dor é uma

sensação ou experiência emocional desagradável, associada com dano tecidual real

ou potencial, ou descrito nos termos de tal dano. “Dor é sempre subjetiva e pessoal”

A severidade da dor não é diretamente proporcional à quantidade de tecido lesado e

muitos fatores podem influenciar a percepção deste sintoma: • fadiga; • depressão; •

raiva; • medo/ ansiedade doença; • sentimentos de falta de esperança e amparo.

Cecily Saunders ( * ) introduziu o conceito de “Dor Total”, constituída por vários

componentes: físico, mental, social e espiritual. Pacientes com doença avançada se

deparam com muitas perdas; perda da normalidade, da saúde, de potencial de futuro.

A dor impõe limitações no estilo de vida, particularmente na mobilidade, paciência,

resignação, podendo ser interpretada como um “saldo” da doença que progride. Este

conceito de Dor Total mostra a importância de todas essas dimensões do sofrimento

humano e o bom alívio da dor não é alcançado, sem dar atenção a essas áreas.

CAUSAS DE DOR

A dor sentida pelo paciente pode ter como causa:

PRÓPRIO CÂNCER (CAUSA MAIS COMUM)- 46% A 92%:

invasão óssea tumoral;

invasão tumoral visceral;

invasão tumoral do sistema nervoso

periférico;

extensão direta às partes moles;

aumento da pressão intracraniana.

RELACIONADA AO CÂNCER-12% A 29%:

espasmo muscular;

linfedema;

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escaras de decúbito;

constipação intestinal, entre outras.

ASSOCIADA AO TRATAMENTO ANTITUMORAL-5% A 20%:

pós-operatória: dor aguda, pós-toracotomia, pós-mastectomia, pós-

esvaziamento cervical, pós-amputação (dor fantasma);

pós-quimioterapia: mucosite, neuropatia periférica, nevralgia pós-

herpética, espasmos vesicais, necrose da cabeça do fêmur, pseudo-

reumatismo (corticoterapia);

pós-radioterapia: mucosite, esofagite, retite actínica, radiodermite,

mielopatia actínica, fibrose actínica de plexo braquial e lombar.

DESORDENS CONCOMITANTES-8% A 22%:

osteoartrite;

espondiloartose, entre outras.

Muitos pacientes com câncer avançado sofrem de mais de um tipo de dor e o

tratamento adequado vai depender da identificação de sua origem. A dor pode ser

completamente aliviada em 80% a 90% dos pacientes e um nível aceitável de alívio

pode ser alcançado na maioria dos restantes.

CLASSIFICAÇÃO DA DOR POR SEU MECANISMO FISIOPATOLÓGICO

Dor Nociceptiva: Compreende dor somática e visceral e ocorre diretamente

por estimulação química ou física de terminações nervosas normais - é

resultado de danos teciduais mais comuns e freqüentes nas situações

inflamatórias, traumáticas e invasivas, ou isquêmicas. A mensagem de dor

viaja dos receptores de dor (nociceptores), nos tecidos periféricos, através de

neurônios intactos.

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Dor Neuropática: Resulta de alguma injúria a um nervo ou de fun- ção

nervosa anormal em qualquer ponto ao longo das linhas de transmissão

neuronal, dos tecidos mais periféricos ao SNC.

Dor simpaticomimética: diferenciada pelo relato de irradiação arterial

normalmente necessitando de diagnóstico diferencial por bloqueio anestésico.

Os princípios do controle da dor em pacientes com câncer têm sido sumariados

pela World Health Organization (WHO) por meio de um método eficaz, podendo-se

aliviar a dor do câncer em 80% dos casos. Este método pode ser resumido em seis

princípios:

1. Pela boca: A via oral é a via de escolha para a administração de medicação

analgésica (e outras), sempre que possível. Poupa o paciente do incômodo de

injeções. Dá ao paciente maior controle sobre sua situação, e autonomia para

o autocuidado.

2. Pelo relógio: Medicação analgésica para dor de moderada a intensa, deve ser

administrada a intervalos fixos de tempo. Escala de horário fixo assegura que

a próxima dose seja fornecida antes que o efeito da anterior tenha passado,

efeito de alívio da dor mais consistente, pois quando é permitido à dor que esta

reapareça antes da próxima dose, o paciente experimenta sofrimento extra

desnecessário e tolerância pode ocorrer, necessitando doses maiores do

analgésico.

3. Pela escada: A OMS desenvolveu uma escada analgésica de três degraus

para guiar o uso seqüencial de drogas, no tratamento da dor de câncer.

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4. Para o indivíduo: As necessidades individuais para analgesia variam

enormemente (a média dos pacientes vai requerer o equivalente a 60-120 mg

de morfina oral, por dia; alguns vão necessitar de menores doses e uma

pequena percentagem pode solicitar doses altas, acima de 2000mg/ dia). A

dosagem e escolha do analgésico devem ser definidas de acordo com a

característica da dor do paciente. A dose certa de morfina é aquela que alivia a

dor do paciente sem Instituto efeitos colaterais intoleráveis.

5. Uso de adjuvantes: para aumentar a analgesia (corticosteróides,

anticonvulsivantes). Para controlar efeitos adversos dos Opiáceos

(antieméticos, laxativos). Para controlar sintomas que estão contribuindo para

a dor do paciente, como ansiedade, depressão, insônia.

6. Atenção aos detalhes: dar ao paciente e cuidadores instruções precisas,

tanto escritas quanto orientadas verbalmente, sobre os nomes dos

medicamentos, sua indicação, dosagem, intervalo entre as tomadas e

possíveis efeitos colaterais. Explorar a “Dor Total” do paciente, determinando o

que o paciente sabe sobre sua situação, seus medos e crenças.

Para pacientes com dor leve a moderada, o primeiro degrau é usar droga não

opiácea, com adição de uma droga adjuvante, conforme a necessidade. Se a droga

não opiácea, dada na dose e frequência recomendada não alivia a dor, passa-se para

o segundo degrau, onde se adiciona um opiáceo fraco. Se a combinação de opiáceo

fraco com o não opiáceo também não for efetiva no alívio da dor, substitui-se o

opiáceo fraco por um forte.

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Em pacientes com câncer avançado, o sucesso no alívio da dor requer

avaliação criteriosa da causa deste sintoma e de seu impacto na vida social, familiar,

emocional. O conhecimento de um número adequado de drogas, atualizadas, e os

passos para utilizá-las, vão melhorar a dor na maioria dos pacientes. A reavaliação

continuada vai permitir modificações no regime do tratamento, de acordo com seus

efeitos colaterais ou mudanças clínicas. A minoria dos pacientes terá mais dificuldade

no controle da dor, onde drogas adjuvantes podem ser introduzidas de acordo com a

sua característica e a provável causa. Os pacientes em que a dor persista, mesmo

com as medidas inicialmente adequadas sendo tomadas, são referidos para o Grupo

de Dor, multidisciplinar, composto por médicos, enfermeiras, assistente social e

psicóloga, trabalhando a dor total destes pacientes.

• Foco no alívio gradual. Considerar e tratar co- morbidades dolorosas Os objetivos

que baseiam as intervenções são o controle ou alívio da dor, a melhora da

funcionalidade física, psíquica e social que possam ser traduzidas como melhoria da

qualidade de vida nas considerações do próprio cliente. Para tanto, devem considerar

a evolução natural da doença avançada, segundo “scores” de avaliação da

performance esperada e observada nos clientes. A escala de Karnofsky (* ) é

simplificada por Zubrod (*) , em 4 níveis de performance status – PS que serve de

base para avaliações e decisões de condutas terapêuticas em cuidados paliativos.

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Capacidade Funcional - ESCALA DE ZUBROD – ECOG

(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Considerando as sensações anormais na dor

neuropática, relacione a primeira coluna à segunda e, em seguida, assinale a opção

correta.

I – Sensação anormal espontânea.

II – Sensibilidade exagerada à estimulação.

III– Resposta exagerada a um estímulo normalmente doloroso.

IV– Dor causada por estímulo que normalmente não é doloroso.

( ) hiperestesia

( ) hiperalgesia

( ) disestesia

( ) alodínea

A sequência correta é:

(A) III, II, IV, I.

(B) II, I, III, IV.

(C) I, III, II, IV.

(D) II, III, I, IV.

RESPOSTA CORRETA: (D) II, III, I, IV.

COMENTÁRIO: Hiperestesia é um distúrbio neurológico que se dá ao excesso de

sensibilidade de um sentido ou órgão a qualquer estímulo. hiperalgesia: Sensibilidade

excessiva à dor; facilidade para sentir dor. Disestesia: é um distúrbio neurológico que

é caracterizado pelo enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos,

sobretudo do tato. Alodínea: trata-se de uma disfunção da atividade cerebral que se

manifesta como uma sensação de dor quando, normalmente, o estímulo não é

doloroso.

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RECURSOS AUXILIARES

RADIOTERAPIA ANTIÁLGICA

A radioterapia oferece excelentes resultados em alguns casos, como:

-dor óssea por metástase, com alívio total em 55% a 66% dos casos e melhora

expressiva em 90% dos casos;

-dor por compressão medular;

-dor torácica secundária a câncer inoperável;

-disfagia com dor devido a câncer de esôfago e cárdia;

-radiofármaco (samário, 153).

QUIMIOTERAPIA

Em tumores responsíveis, quimioterapia pode prover excelente alívio da dor, de longa

duração, especialmente nos casos a seguir:

doença leptomeníngea ou metástases intracranianas;

metástases hepáticas múltiplas;

câncer colorretal;

câncer pancreático (gemcitabine);

carcinoma epidermóide recorrente da cabeça e pescoço.

Orientações para o uso de QT para paliar dor em câncer avançado:

usar fórmulas orais, sempre que possível;

escolher agente único ao invés de combinação de agentes;

usar agentes de baixa toxicidade;

usar dose submáxima e aumentar gradualmente até o ponto de toxicidade e

retroceder;

cursos curtos.

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(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): A dor oncológica requer, na maioria dos

casos, a administração de analgésicos opióides, medicamentos que comumente

causam reações indesejadas as quais devem ser conhecidas pelo enfermeiro para

que o mesmo possa avaliar a necessidade dos cuidados em cada caso. Assim, são

efeitos colaterais esperados no uso de opióides:

(A) constipação e hipertensão

(B) êmese e hipertermia

(C) depressão respiratória e prurido

(D) hematêmese e vertigem

RESPOSTA CORRETA: C) depressão respiratória e prurido

COMENTÁRIO: Prurido: É o efeito colateral mais comum, ocorre em aproximadamente

60% quando da administração peridural ou intratecal por migração cefálica no LCR e

interação nos receptores opióides do núcleo trigeminal, podendo ou não ser dose-

dependente. Retenção urinária: De incidência muito variável, pode estar por volta de

70 a 80%, exata incidência do ponto de vista clínico pode ser dificultada devido aos

pacientes submetidos a grandes procedimentos serem sondados de rotina, é mais

observada em homens jovens. Depressão Respiratória: O uso de doses apropriadas

de opióides no neuroeixo não está relacionado com altas incidências de depressão

respiratória quando comparado ao uso de opióides sistêmicos, dose-dependente e

gira em torno de 0,1-0,9%, a incidência de infusão peridural contínua parece não ser

maior que o seu uso sistêmico.

Náuseas e vômitos: Ocorre em aproximadamente 20-50% dos pacientes com

administração de dose única de opióide e pode chegar a 45-80% em pacientes

recebendo infusão contínua de opióide. Sedação: É dose-dependente, ocorre mais

comumente com sufentanil. Associados a sedação descrevem-se ainda casos de

psicose paranóide, catatonia, alucinações; reversíveis com naloxona.

PROCEDIMENTOS ANESTÉSICOS

Em pacientes com dor não responsiva a tratamento com drogas, procedimentos

invasivos realizados por profissional especializado podem ser indicados. Com maior

retorno de tratamento naqueles pacientes com dor bem localizada, seja somática ou

visceral, não são muito efetivos em casos de deaferentação.

Anestesia intrapleural: para dor pós-toracotomia; plexopatia braquial; dor

muscular dorsal, em abdômen superior, tórax, ombro e braço;

Infusão epidural / intratecal: a analgesia espinhal compreende a administração

epidural ou intratecal de drogas para o alívio da dor. Cateteres espinhais são

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implantados por especialista (usualmente, anestesista do grupo de dor) e a

escolha pela infusão epidural ou intratecal dependerá de sua preferência.

Vários fatores influenciam na decisão deste tipo de analgesia:

Paciente tem dor não controlada com doses elevadas de opiáceos ou tem

efeitos colaterais intolerantes;

Outras possíveis medidas de controle da dor foram exploradas (por exemplo,

RXT), sem sucesso;

O maior sítio de localização da dor é geralmente na metade inferior do corpo.

Opiáceos, anestésicos locais (estes para dor neuropática) e outras drogas

adjuvantes podem ser dadas por via espinhal, sempre monitorando efeitos

colaterais, como sedação, depressão respiratória, hipotensão, perda do

sensório, fraqueza, prurido (analgesia espinhal pode mascarar compressão

medular). Ketamina e fentanil também têm sido usadas como analgésicos

espinhais. As maiores indicações são dor lombossacral uni ou bilateral e dor

perineal.

Pacientes podem ser acompanhados em casa, com as devidas orientações

aos cuidadores, e equipe disponível e preparada para resolução de quaisquer

problemas ou dúvidas, 24h/ dia.

BLOQUEIO NEURAL

Pacientes com dor localizada ou que parece estar na distribuição de uma única

raiz nervosa, são considerados para este tipo de procedimento. O bloqueio é

inicialmente executado com anestésico local, observando- se a resposta. Injeção de

anestésico local mais corticosteroide pode promover alívio da dor por algumas

semanas. Neuroablação usando fenol, álcool, crioterapia ou lesão de radiofrequência

é indicada quando a dor inicialmente melhora, mas depois recorre. Bloqueio neural

comumente inclui bloqueio periférico, utilizado nos casos de dor somática e bloqueio

autonômico.

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BLOQUEIO PERIFÉRICO

Bloqueio intercostal - dor em parede torácica (metástase em costelas ou

infiltração pleural);

Bloqueio paravertebral - dor radicular;

Bloqueio epidural - lombar/caudal - dor em raiz sacral e dorsal baixa.

BLOQUEIO AUTONÔMICO

Bloqueio de plexo celíaco - dor em epigástrio/ médio abdome, como nos casos

de câncer de pâncreas e metástases hepáticas;

Bloqueio de gânglio estrelado - nevralgia pós herpética, dor em braço por

plexopatia braquial, recorrência axilar de câncer de mama;

Simpatectomia lombar - tenesmo e dor pélvica visceral;

Bloqueio de gânglio de raiz dorsal - dor em região dorsal, radicular ou local.

(EBSERH- AOCP – 2015 Enfermeiro Oncologista) :A aplicação de medicamentos

quimioterápicos por via intratecal consiste na:

(A) aplicação em infusão de medicamentos via endovenoso em uma punção venosa.

(B) aplicação em infusão de medicamentos no líquor cefalorraquidiano em uma punção

lombar.

(C) aplicação em administração de medicação via oral.

(D) infusão de medicamentos via peritoneal.

(E) administração subcutânea.

RESPOSTA CORETA: (B) aplicação em infusão de medicamentos no líquor

cefalorraquidiano em uma punção lombar.

Comentário: Injeção intratecal, via intratecal ou via subaracnóidea, é uma via de

administração que consiste na injeção de substâncias no canal raquideano,

diretamente no espaço subaracnoide, evitando assim a barreira hematoencefálica

atuando assim no sistema nervoso.

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PRINCIPAIS PROTOCOLOS QUIMIOTERÁPICOS

CÂNCER DE MAMA

TAC:

TAXOTERE - 75 mg/m²

ADRIBLASTINA - 50 mg/m²

CICLOFOSFAMIDA - 500 mg/m²

Pré-Medicação Utilizada:

Ondasentrona – 16 Mg

Dexametasona – 20 Mg

Ranitidina – 50 Mg

Difenidrin – 50 mg

AC -> T:

4 CICLOS DE : ADRIBLASTINA – 60 mg/m²

CICLOFOSFAMIDA – 600 mg/m²

Seguidos de

12 semanas de : TAXOL – 80 mg/m²

Como a dose do taxol é baixa o tempo de infusão é de 60 minutos, observando a

tolerância do paciente.

Pré-Medicação Utilizada:

Ondasentrona – 16 Mg

Dexametasona – 20 Mg

Ranitidina – 50 Mg

CUIDADO! A ADRIBLASTINA É UMA DROGA VESICANTE!!!

PROTOCOLO EXTREMAMENTE

MIELOTÓXICO PACIENTE REALIZA 13

GRANULOKINES PROFILÁTICAS

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Difenidrin – 50 Mg

FAC:

5-FU - 500 mg/m²

ADRIBLASTINA - 50 mg/m²

CICLOFOSFAMIDA - 500 mg/m²

Pré-Medicação Utilizada:

Ondasentrona – 16 Mg

Dexametasona – 10 Mg

Ranitidina – 50 Mg

FEC

5-FU - 500 mg/m²

EPIRRUBICINA - 100 mg/m²

CICLOFOSFAMIDA - 500 mg/m²

Pré-Medicação Utilizada:

Ondasentrona – 16 Mg

Dexametasona – 20 Mg

Ranitidina – 50 Mg

CMF:

CICLOFOSFAMIDA -600 mg/m²

METOTREXATO -40 mg/m²

5-FU -600 mg/m²

CUIDADO! A EPIRRUBICINA É UMA DROGA VESICANTE!!!

OBSERVAR O PH DA URINA ANTES DE REALIZAR O MTX!

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Pré-medicação utilizada:

Ondasentrona – 16 mg

Dexametasona – 20 mg

Ranitidina – 50 mg

CAPECITABINA - PACLITAXEL

CAPECITABINA - 1.250 mg/m² D1-D14

TAXOL - 175 mg/m² D1

Pré-medicação utilizada:

Ondasentrona – 16 mg

Dexametasona – 20 mg

Ranitidina – 50 mg

Difenidramina – 50 mg

CÂNCER DE CÓLON E RETO

FOLFOX6

OXALIPLATINA- 85 mg/m²

LEUCOVORIN - 400 mg/m²

5-FU push -400 mg/m²

5-FU infusor - 2.400 mg/m²

A DOSE DO TAXOL É ALTA! INFUNDIR EM 3 HORAS !

Antes e após a oxaliplatina realizar eletrólitos para prevenir a neuropatia

periférica.

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Pré-medicação utilizada:

Ondasentrona – 16 mg

Dexametasona – 20 mg

Ranitidina – 50 mg

Difenidramina – 50 mg

CUIDADOS COM O INFUSOR:

Não expor ao sol;

Não tomar banhos extremamente quentes;

Não molhar o curativo em catéter;

Retirar o infusor somente em serviço especializado.

FOLFIRI

IRINOTECANO - 180 mg/m²

LEUCOVORIN- 200 mg/m²

5-FU push- 400 mg/m²

5-FU infusor - 2.400 mg/m²

REALIZAR A ATROPINA EM 30 MINUTOS PARA PREVINIR DIARRÉIA NO

PACIENTE.

Pré-medicação utilizada:

Ondasentrona – 16 mg

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Dexametasona – 20 mg

Ranitidina – 50 mg

Atropina – 50 mg

FLOX

5-FU - 500 mg/m²

LEUCOVORIN- 500 mg/m²

OXALIPLATINA- 85 mg/m²

Pré-medicação utilizada:

Ondasentrona – 16 mg

Dexametasona – 20 mg

Ranitidina – 50 mg

Difenidrin – 50 mg

XELOX

CAPECITABINA - 1.000 mg/m² D1-D14

OXALIPLATINA - 130 mg/m² D1

ORIENTAR O PACIENTE SOBRE O USO DO XELODA

XELIRI

CAPECITABINA 1.000 mg/m² D1-D14

IRINOTECANO 250 mg/m² D1

ORIENTAR O PACIENTE SOBRE O USO DO XELODA

OBSERVAR O PERCURSO VENOSO DO PACIENTE!

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CÂNCER DE PRÓSTATA

1ª Linha ZOLADEX 3,6 MG OU 10,8 MG

BICALUTAMIDA 50 MG/DIA

2ª Linha TAXOTERE – 75 MG/M²

PREDNISONA – 5 MG/ 2 X AO DIA

3ª Linha JEVTANA – 25 MG/M²

PREDNISONA – 5 MG/ 2 X AO DIA

CUIDADO COM O USO DO JEVTANA!!!

4ª Linha ABIROTERONA (ZYTIGA) – 250 MG/DIA

PREDNISONA – 5 MG/ 2 X AO DIA

CÂNCER DE PULMÃO

TAXOL - CARBO

PACLITAXEL- 225 mg/m²

CARBOPLATINA - Dose calculada para um AUC 6

NÃO ESQUECER!!!

INFUNDIR O TAXOL EM 3 HORAS

ADMINISTRAR 1 AMPOLA DE LASIX APÓS A CARBOPLATINA

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GEMZAR - CDDP

GEMCITABINA 1000 mg/m² D1 e D8

CISPLATINA 100 mg/m² D1

LINFOMAS

LINFOMA DE HODGKIN/ ABVD

ADRIBLASTINA 1000 mg/m²

BLEOMICINA 10 U/m²

VIMBLASTINA 6 mg/m²

DACARBAZINA 375 mg/m²

LINFOMA NÃO-HODGKIN/ RCHOP

RITUXIMABE 375 mg/m²

CICLOFOSFAMIDA 750 mg/m²

ADRIBLASTINA 50 mg/m²

VINCRISTINA 1,4 mg/m² (máximo de 2 mg)

PREDNISONA 100 mg/dia do D1 ao D5

- HIPERHIDRATAÇÃO NO PACIENTE - ADMINISTRAR MANITOL CONCOMITANTE A CDDP - MONITORAR DIURESE - AVALIAR FUNÇÃO RENAL

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(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista):Na quimioterapia, os agentes neoplásicos

são usados em uma tentativa de destruir as células tumorais ao interferir com as

funções celulares, inclusive a replicação e é um dos tratamentos mais utilizados no

combate aos tumores malignos. Contudo, tais drogas também são conhecidas por

seus efeitos colaterais e alta toxicidade. Assim, é correto afirmar que:

(A) a doxorrubicina é conhecida por causar toxicidade cardíaca irreversível

(B) a IL-11 é conhecida por seu efeito tóxico de trombocitopenia

(C) a eritropoetina é conhecida por causar supressão da medula óssea

(D) o GM-CSF é conhecido por seu efeito tóxico de neutropenia

RESPOSTA CORRETA: (A) a doxorrubicina é conhecida por causar toxicidade cardíaca

irreversível

COMENTÁRIO: A cardiotoxicidade aguda da Doxorrubicina consiste principalmente em

taquicardia sinusal e anormalidades no EGC. Contrações ventriculares prematuras,

taquicardia ventricular, bradicardia, bloqueios atrioventricular e do feixe

atrioventricular também foram observados. Com exceção das disritmias cardíacas

malignas, esses efeitos não são geralmente preditivos de desenvolvimento de

cardiotoxicidade tardia subsequente, são raramente de importância clínica e não são

considerados indicação para suspensão do tratamento. A cardiotoxicidade tardia é

dosecumulativa dependente e é representada por uma cardiomiopatia característica

que clinicamente é manifestada por sintomas/sinais de disfunção ventricular/ICC –

como dispneia, edema pulmonar, edema gravitacional (por exemplo, tornozelo),

hepatomegalia, ascite, efusão pleural, ritmo de galope.

(EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Homem, 38 anos, com

diagnóstico de câncer de cólon estádio clínico III, será submetido à quimioterapia

adjuvante com FLOX, como tratamento de primeira linha. Diante desse caso, é correto

afirmar que:

(A) a quimioterapia será realizada após o tratamento cirúrgico oncológico.

(B) a quimioterapia será realizada para induzir a redução do tumor para realização de

tratamento cirúrgico oncológico.

(C) a quimioterapia será realizada sem outro tratamento associado previamente ou

posteriormente.

(D) a quimioterapia será realizada concomitantemente à radioterapia.

(E) a quimioterapia é paliativa, pois o estadiamento clínico indica presença de metástase.

RESPOSTA CORRETA: (A) a quimioterapia será realizada após o tratamento cirúrgico

oncológico.

COMENTÁRIO: Terapia adjuvante: consiste na aplicação de quimioterapia, terapia

hormonal ou radioterapia, após a remoção cirúrgica de um tumor.

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(EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Ao considerar o esquema R-

CHOP, no tratamento de Linfoma não-Hodgkin, informe se é verdadeiro (V) ou falso

(F) o que se afirma a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) É recomendada a administração de Paracetamol como pré-quimioterápico.

( ) Usualmente, não há alopecia.

( ) Pode ocorrer constipação pelo uso da vincristina, sendo recomendada ingesta hídrica e

alimentos com alto teor de fibras.

( ) A mucosa oral pode ficar ressecada por causa do uso de rituximab, sendo recomendado

o uso de escova dental de cerdas macias para evitar lesões.

(A) F – V – V – V.

(B) F – F – V – V.

(C) V – F – V – V.

(D) V – V – F – F.

(E) V – F – F – F.

RESPOSTA CORRETA: (C) V – F – V – V

COMENTÁRIO: R-CHOP é uma combinação específica de fármacos de quimioterapia

consistindo em ciclofosfamida, cloridrato de doxorrubicina, vincristina e prednisolona

(CHOP), com a adição de rituximab (R). O rituximab é um anticorpo monoclonal que

tem como alvo a proteína CD20 encontrada em células B, as células cancerosas de

linfoma não-Hodgkin. Esta parte do tratamento, por conseguinte, ajuda a atingir os

fármacos de quimioterapia diretamente para as células cancerosas. O efeito colateral

mais comum das drogas quimioterápicas utilizadas no R-CHOP é a supressão da

medula óssea, o que resulta em baixa contagem de células do sangue. Outros efeitos

colaterais comuns dos medicamentos de quimioterapia incluem feridas na boca,

perda de cabelo, cólicas abdominais, constipação, dedos dos pés ou formigamento, e

problemas com infertilidade. Náuseas, vômitos e erupções cutâneas são efeitos

colaterais comuns, tanto da parte de quimioterapia e o rituximab.

(EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Homem, 47 anos, com carcinoma

de pequenas células de pulmão, sem alterações nos exames laboratoriais realizados

para início de tratamento com quimioterapia exclusiva com Cisplatina no D1 e

Etoposide de D1 a D3, a cada 21 dias. Diante desse caso, o enfermeiro deve orientar

quanto

(A) à manutenção da ingesta hídrica habitual, pois não há interferência de nenhuma das

drogas sobre o sistema renal.

(B) à restrição da ingesta hídrica devido à disfunção renal ocasionada pelo Etoposide.

(C) ao estímulo da ingesta hídrica pela nefrotoxicidade induzida pelo Etoposide.

(D) à restrição da ingesta hídrica devido à disfunção renal ocasionada pela Cisplatina.

(E) ao estímulo da ingesta hídrica pela nefrotoxicidade induzida pela Cisplatina.

RESPOSTA CORRETA: (E) ao estímulo da ingesta hídrica pela nefrotoxicidade induzida

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pela Cisplatina.

COMENTÁRIO: A nefrotoxicidade é a reação tóxica mais limitante no uso de

Cisplatina. A nefrotoxicidade é cumulativa e dependente da dose utilizada. A

toxicidade renal torna-se mais grave e prolongada após tratamentos repetidos com a

cisplatina. Recomenda-se administrações somente a cada 3 ou 4 semanas. Para

minimizar a nefrotoxicidade, recomenda-se tratamentos de hidratação intravenosa,

diurese por manitol e infusões de cisplatina com duração de 6-8 horas.

(EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Mulher com câncer de mama

está sendo tratada com esquema TAC. Sobre as complicações deste esquema é

correto afirmar que:

(A) Eritema, hipercromia e disestesia são efeitos colaterais cutâneos comuns ao uso de

paclitaxel e deve-se encaminhar a paciente para o dermatologista.

(B) A epífora é um problema comum com docetaxel e é recomendável encaminhamento da

paciente para o oftalmologista.

(C) Lâminas ungueais espessadas e amareladas associadas a onicólise e a inflamação do

leito ungueal e tecido periungueal podem ocorrer com a infusão de carboplatina, com

necessidade de avulsão das unhas.

(D) Cardiotoxicidade é um efeito comum da ciclofosfamida e é recomendável

acompanhamento da paciente pelo cardiologista.

(E) Sensação de ardor vaginal é um problema comum desse esquema, que contraindica a

administração da dexametasona.

RESPOSTA CORRETA: (B) A epífora é um problema comum com docetaxel e é

recomendável encaminhamento da paciente para o oftalmologista.

COMENTÁRIO: A epífora é o lacrimejamento involuntário e contínuo devido a

obstrução nas vias lacrimais.

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SIMULADO

1. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : A displasia:

(A) refere-se aos mecanismos utilizados para controlar o ciclo de divisão celular.

(B) descreve a substituição de um tecido diferenciado por outro, sem coexistência com a

maturação ou diferenciação destes.

(C) descreve um distúrbio reversível do crescimento celular.

(D) é utilizada como termo para denominar carcinogênese.

2.(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): Em casos de neoplasias, o

estadiamento determina o tamanho do tumor e a existência de metástases. No Brasil,

o Instituto Nacional de Câncer (INCA) recomenda o sistema TNM para a classificação

de tumores malignos e descrição de sua extensão anatômica. O significado correto

do TNM é:

(A) T- a extensão do tumor primário; N - a ausência ou presença e a extensão de metástase

em linfonodos regionais; M - a ausência ou presença de metástase à distância.

(B) T- presença e extensão do tumor primário; N – localização do tumor primário; M –

presença de metástase à distância

(C) T- localização do tumor primário detectado; N – ausência ou presença de metástase em

linfonodos regionais; M - a ausência ou presença de metástase

(D) T- presença de tumoração malígna; N – número de tumorações malíngas; M - a

ausência ou presença de metástase à distância

3. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Considerando o estadiamento do câncer

humano, relacione a primeira coluna à segunda e, em seguida, assinale a opção

correta.

I – Extensão local do tumor.

II – Presença ou ausência de metástases em linfonodos regionais e sua extensão.

III– Presença ou ausência de metástases a distância.

( ) M1 presença de metástase a distância.

( ) Tis – tu in situ.

( ) N 0 – sem evidência de envolvimento de linfonodos

regionais.

( ) M 0 – Não há metástases a distância.

A seqüência correta é:

(A) I, II, III, IV.

(B) II, I, III, IV.

(C) III, II, III, IV.

(D) III, I, II, III.

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4. ( EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): O enfermeiro deve manter-se

atualizado, para que possa orientar a população em relação a medidas de prevenção

e/ou redução do risco de câncer. Fazem parte dessas orientações:

(A) evitar o tabagismo e exposição excessiva ao sol.

(B) controlar o peso, diminuir ou evitar a ingestão de álcool e de sal na dieta.

(C) evitar exercícios periódicos e boa alimentação.

(D) evitar emoções negativas e aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras.

(E) evitar atividades físicas periódicas.

5. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):De acordo com os objetivos de

tratamento quimioterápico neoadjuvante, adjuvante e paliativo, assinale a alternativa

correta.

(A) O tratamento neoadjuvante tem como objetivo a redução tumoral para posterior

tratamento local adequado.

(B) O tratamento adjuvante é usado como tratamento de primeira opção com finalidade de

combater micrometástase.

(C) O tratamento paliativo é utilizado em pacientes com metástase, diagnosticado com

recidiva em que a possibilidade de cura é certa.

(D) O tratamento adjuvante é utilizado em pacientes com diagnóstico com recidivas e

possibilidades de cura remota.

(E) O tratamento paliativo é utilizado em outras modalidades de tratamento, com finalidade

de combates à micrometástase.

6. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Quanto aos aspectos

relacionados ao planejamento para o alcance dos objetivos desejados na assistência

dos pacientes em uma unidade cirúrgica, podemos destacar:

(A) assistência integral ao paciente desde que seja um paciente educado, que saiba

reconhecer o trabalho prestado pela enfermagem.

(B) assistência Inicial ao paciente, ate que seja anestesiado, direcionando a atenção ao

processo burocrático da unidade de serviço.

(C) assistência às necessidades da equipe cirúrgica, para que nada falte e possa, desta

forma, atender em outra sala, colocando em prática o espírito de equipe.

(D) assistência integral ao paciente em todo período Perioperatório, proporcionando

recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico transcorra de forma ideal, técnica e

asséptica.

(E) assistência ao paciente, deixando-o tranquilo, sentando ao seu lado, conversando até

que seja anestesiado. Também, atender à equipe cirúrgica, oferecendo todos os materiais

necessários para realização do ato cirúrgico.

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7. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Didaticamente, o período pré-

operatório está dividido em mediato e imediato, sendo assim o pré-operatório mediato

corresponde ao:

(A) período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua

realização, 10 horas antes do ato cirúrgico.

(B) período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua

realização, 24 horas antes do ato cirúrgico.

(C) período de tempo que decorre desde véspera da cirurgia até a chegada do paciente à

unidade de cirurgia, 10 horas antes do ato cirúrgico.

(D) período de tempo que decorre desde a véspera da cirurgia até a chegada do paciente à

unidade do centro cirúrgico, 12 horas antes do ato cirúrgico.

(E) período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua

realização, 15 horas antes do ato cirúrgico.

8. (FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): Pacientes portadores de neopolasias

comumente necessitam da confecção de estomas como a cistostomia, gastrostomia e

jejunostomia, dentre outros. Tais estomas requerem inúmeros cuidados de

enfermagem. Com relação à colostomia, geralmente indicada para casos de câncer de

cólon e reto, é verdadeiro afirmar que:

(A) Após sua confecção cirúrgica, espera-se que a colostomia comece a funcionar em até

24 horas de pós-operatório

(B) A secreção efluente influencia a agressão cutânea, e na colostomia de sigmoide, as

fezes são macias e muito irritantes para a pele

(C) O orifício é medido para determinar o tamanho correto da bolsa, a qual deve ser

acoplada com uma abertura de 2,0 cm maior que o estoma

(D) Um estoma não possui controle muscular voluntário, porém pode-se esvaziá-lo a

intervalos regulares por meio de irrigação da colostomia

9 .(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):O extravasamento de

medicamentos por administração não intencional de medicamentos ou soluções

irritantes pode ocasionar reações do tipo

(A) cutânea de grande intensidade, como desconforto local ao longo da veia e queimação

associada à hiperemia e edema local.

(B) cutânea de grande intensidade, como desconforto, queimação e hiperemia local.

(C) cutânea de menor intensidade, como desconforto local ao longo da veia e queimação

associada à hiperemia local.

(D) cutânea, podendo evoluir para necrose tecidual, causando danos funcionais.

(E) dor, calor e rubor local.

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10. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): O extravasamento é um termo

usado para descrever a administração não intencional de medicamentos ou solução

vesicantes em áreas fora do sistema venoso. Tal acontecimento pode ocasionar

reações como:

(A) dor, hiperemia, sensação de calor local, queimação e desconforto.

(B) dor, calor e rubor local.

(C) edema, hiperemia e formigamento no membro da punção.

(D) formigamento, edema e dor.

(E) vermelhidão em todo membro puncionado e dor.

11. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008): Considerando os quimioterápicos

irritantes e vesicantes, relacione a primeira coluna à segunda e, em seguida, assinale

a opção correta.

I – quimioterápicos irritantes

II – quimioterápicos vesicantes

( ) paclitaxel

( ) doxorrubicina

( ) docetaxel

( ) vincristina

A seqüência correta é:

(A) I, II, I, I.

(B) I, I, I, II.

(C) I, I, II, II.

(D) II, I, I, II.

12. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Em relação à administração de

quimioterapia sob infusão contínua, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou

Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção correta.

I- Dor, eritema e flebite são complicações locais associadas.

II – Quimioterápicos vesicantes provocam irritação severa com formação de vesículas e

destruição tecidual quando extravasados, ou seja, infiltrados fora do vaso sanguíneo

III– Quimioterápicos irritantes causam reações cutâneas mais intensas quando

extravasados.

IV– Quimioterápicos vesicantes não devem ser administrados sob infusão contínua por meio

da rede venosa periférica sem o recurso de um cateter central, ou seja, um cateter que

atinja as proximidades do átrio direito.

A sequência correta é:

(A) V, V, F, V.

(B) F, V, V, V.

(C) V, V, V, F.

(D) F, F, V, V.

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13. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Assinale a opção que corresponde ao

risco de exposição durante o preparo de quimioterápicos antineoplásicos.

(A) Abertura de ampolas.

(B) Injeção de droga em push.

(C) Conexão e desconexão de equipos, seringas e tampas.

(D) Descarte de materiais contaminados (frascos, ampolas, equipos, seringas, aventais

luvas).

14.(INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) Assinale a opção que apresenta efeitos

colaterais comuns associados à administração de quimioterapia sistêmica.

(A) necrose tissular severa

(B) náuseas e vômitos

(C) Flebite e urticária

(D) comprometimento irreversível de nervos e tendões

15. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):Conforme à RDC/ANVISA nº 220

de 2004, regulamentar a manipulação de drogas antineoplásicas e similares, nos

estabelecimentos de saúde, é atribuição privativa do:

(A) enfermeiro.

(B) técnico de enfermagem.

(C) médico.

(D) farmacêutico.

(E) auxiliares de enfermagem.

16.(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):Conforme regulamentação da

RDC/ANVISA nº 220 de 2004, a administração de drogas quimioterápicas é privativo

do:

(A) farmacêutico.

(B) técnico de enfermagem.

(C) auxiliar de enfermagem.

(D) enfermeiro.

(E) médico.

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17. (EBSERH – AOCP/ 2013 Enfermeiro Oncologista): De acordo com a Resolução

COFEN N°. 210/1998, é de competência do Enfermeiro em quimioterapia

antineoplásica, EXCETO:

(A) planejar, organizar, supervisionar, executar e avaliar todas as atividades de

Enfermagem, em cliente submetidos a tratamento quimioterápico antineoplásico,

categorizando-o como um serviço de alta complexidade, alicerçados na metodologia

assistencial de Enfermagem.

(B) preparar e ministrar quimioterápico antineoplásico, conforme farmacocinética da droga e

protocolo terapêutico.

(C) proporcionar condições para o aprimoramento dos profissionais de Enfermagem

atuantes na área, através de cursos e estágios em instituições afins.

(D) estabelecer relações técnico-científicas com as unidades afins, desenvolvendo estudos

investigacionais e de pesquisa.

(E) formular e implementar manuais educativos aos clientes e familiares, adequando-os a

sua realidade social.

18. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Em relação aos cateteres totalmente

implantados, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em

seguida, assinale a opção correta.

I – Dispensam heparinização fequentes

II – Não exigem punção percutânea para serem utilizados.

III– Dispensam curativos.

IV– São menos suscetíveis à infecção.

A sequência correta é:

(A) V, V, F, V.

(B) V, V, F, F.

(C) V, F, V, V.

(D) F, F, V, V.

19. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Assinale a opção que apresenta uma

desvantagem na implantação do cateter semi-implantado.

(A) Procedimento cirúrgico em nível ambulatorial (sala de pequenas cirurgias).

(B) Heparinização semanal.

(C) Capacidade para grande volume de infusão.

(D) Dispensa de agulha.

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20. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Para ativar o cateter totalmente

implantado, é necessário o uso de:

(A) glutaraldeído – 2%.

(B) agulha para biópsia

(C) agulha para punção do CVC-TI (Cateter Venoso Central com agulha tipo RUBER)

(D) álcool – 92ºGL

21. (EBSERH – AOCP – 2013 / Enfermeiro Oncologista) : Mulher, 52 anos, portadora de

mieloma múltiplo candidatos à consolidação com altas doses de quimioterapia

seguidas de transplante de células-tronco hematopoéticas, será submetida a implante

de Port-a-cath para administração de esquema VAD como tratamento de primeira

linha. Nesse caso, é correto afirmar que:

(A) o cateter só poderá ser utilizado após 30 dias do implante.

(B) o cateter só poderá ser utilizado até no máximo 30 dias do implante.

(C) não há justificativa para implante do cateter.

(D) o implante se justifica porque cada ciclo é realizado com intervalos menores do que 5

dias.

(E) o implante do cateter se justifica porque o tempo de infusão de um ciclo é superior a 8

horas.

22. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Dentre as várias modalidades de

tratamento de câncer, está a radioterapia, que utiliza a radiação para terapêutica. Há

três tipos de radioterapia, são elas:

(A) teleterapia, tomografia e braquiterapia.

(B) braquiterapia, iodoterapia e ressonância magnética.

(C) isotopoterapia, ressonância magnética e iodoterapia.

(D) teleterapia, braquiterapia e isotopoterapia.

(E) tomografia, teleterapia e iodo terapia.

23. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): A radioterapia é um tratamento

locorregional que tem por objetivo erradicar tumores, lesionando o mínimo possível

os tecidos adjacentes saudáveis. Esse tratamento acontece:

(A) em regime hospitalar, com seções de aplicações periódicas semanais por até três

meses.

(B) em regime hospitalar, com aplicações diárias, sendo a dose total aplicada a cada seção.

(C) em regime ambulatorial, diariamente, de segunda a segunda, sendo aplicada a dose

total por período de até dois meses.

(D) em regime ambulatorial, uma ou duas vezes ao dia, de segunda a sexta, sendo a dose

total fracionada e aplicada por um período de até dois meses. (E) em regime ambulatorial,

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inicialmente seguido de hospitalização, para complemento do ciclo, e aplicações diárias por

período de até dois meses.

24. (EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista):Dentre os efeitos locais

provocados pela radioterapia, podemos citar principalmente as reações cutâneas

conhecidas como

(A) flebites.

(B) radiodermites.

(C) mucosites.

(D) pneumonites.

(E) grastroenterites.

25.(EBSERH – AOCP/ 2015 Enfermeiro Oncologista): Eventos Adversos (EA) agudos

ocorrem até três meses após o término da radioterapia. Dentre esses efeitos, estão

(A) radiodermites, mucosite, gastroenterites e esofagite.

(B) mucosite, flebite, esofagite, pneumonite.

(C) mucosite, esofagite, pneumonite, gastroenterites.

(D) pneumonite, lesões necrosantes, flebite, radiodermmites.

(E) radiodermite, flebite, gastroenterite e mucosite.

26. (EBSERH – IADS 2014 Enfermeiro Oncologista) ; A xerostomia ocorre secundária à

radioterapia. Assinale a alternativa que apresenta o significado desse termo.

(A) Queda de cabelo.

(B) Ressecamento da boca.

(C) Perda do paladar.

(D) Salivação diminuída.

(E) Descamação da pele.

27.(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): A trombocitopenia resulta da

depressão da medula óssea que comumente ocorre quando o paciente é submetido a

determinados tipos de quimioterapia e radioterapia. Assim, monitorar a contagem de

plaquetas em pacientes é um cuidado do enfermeiro para promover a intervenção

precoce. Assim, assinale a alternativa correta com relação ao resultado da contagem

de plaquetas e o risco de sangramento:

(A) Contagem de plaquetas = 60.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco

moderado.

(B) Contagem de plaquetas = 40.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco

brando.

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(C) Contagem de plaquetas = 30.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco grave.

(D) Contagem de plaquetas = 30.000 / mm3 (0,02-0,05 x 1012 / L) considera-se risco

moderado.

28.(EBSERH – IADS 2014 Enfermeiro Oncologista) ; João foi diagnosticado com

câncer de pulmão e há um na iniciou o tratamento com quimioterapia e radioterapia.

Na última semana, evoluiu com mal-estar geral, náuseas, vômitos, febre, hipotensão e

rebaixamento do nível de consciência. Foi internado na UTI e ficou sob os cuidados

da equipe de enfermagem. Mara, enfermeira de plantão, elaborou um plano de

cuidado baseado no diagnóstico: risco para infecção relacionado com a resposta

imunológica alterada. Com base no texto apresentado, assinale a alternativa que

melhor justifica o diagnóstico da enfermeira:

(A) O quadro de hipotensão deixa o paciente mais propenso à infecção.

(B) O tratamento com quimioterapia e radioterapia ocasiona o aumento da contagem dos

leucócitos.

(C) O risco de broncoaspiração diminui devido ao rebaixamento do nível de consciência.

(D) A febre é causada diretamente pela resposta imunológica alterada.

(E) O tratamento com quimioterapia e radioterapia ocasiona a diminuição da contagem dos

leucócitos.

29. Cuidados Paliativos consistem na atenção promovida por uma equipe

multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus

familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio

do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento

de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Desse modo,

assinale a alternativa cuja conduta pode estar adequada ao controle do sintoma.

(A) Obstrução de vias aéreas com Zubrod PS2: traqueostomia.

(B) Anorexia: oferecimento de dieta hiperproteica e hipercalórica.

(C) Derrame pleural por diátese hemorrágica incorrigível: toracocentese.

(D) Hipercalcemia: restrição hídrica.

(E) Dispneia com escala de coma de Glasgow de 15 pontos e hemoglobina de 10mg%:

hemotransfusão com concentrado de hemácias.

30.(EBSERH – AOCP -2013 – Enfermeiro Oncologista) O método de hipodermóclise

subcutânea é uma alternativa utilizada em pacientes idosos e sob cuidados paliativos.

No entanto, por causar inflamação, é contraindicada para administração de

(A) Furosemida.

(B) Metoclopramida.

(C) Tramadol.

(D) Haloperidol.

(E) Diazepam.

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31. (INSTITUTO MOVENS – SESPA – 2008) : Considerando as sensações anormais na

dor neuropática, relacione a primeira coluna à segunda e, em seguida, assinale a

opção correta.

I – Sensação anormal espontânea.

II – Sensibilidade exagerada à estimulação.

III– Resposta exagerada a um estímulo normalmente doloroso.

IV– Dor causada por estímulo que normalmente não é doloroso.

( ) hiperestesia

( ) hiperalgesia

( ) disestesia

( ) alodínea

A sequência correta é:

(A) III, II, IV, I.

(B) II, I, III, IV.

(C) I, III, II, IV.

(D) II, III, I, IV.

32. (FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): A dor oncológica requer, na maioria

dos casos, a administração de analgésicos opióides, medicamentos que comumente

causam reações indesejadas as quais devem ser conhecidas pelo enfermeiro para

que o mesmo possa avaliar a necessidade dos cuidados em cada caso. Assim, são

efeitos colaterais esperados no uso de opióides:

(A) constipação e hipertensão

(B) êmese e hipertermia

(C) depressão respiratória e prurido

(D) hematêmese e vertigem

33.(EBSERH- AOCP – 2015 Enfermeiro Oncologista) :A aplicação de medicamentos

quimioterápicos por via intratecal consiste na:

(A) aplicação em infusão de medicamentos via endovenoso em uma punção venosa.

(B) aplicação em infusão de medicamentos no líquor cefalorraquidiano em uma punção

lombar.

(C) aplicação em administração de medicação via oral.

(D) infusão de medicamentos via peritoneal.

(E) administração subcutânea.

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34.(FADESP – 2009 – Enfermeiro Oncologista): Na quimioterapia, os agentes

neoplásicos são usados em uma tentativa de destruir as células tumorais ao interferir

com as funções celulares, inclusive a replicação e é um dos tratamentos mais

utilizados no combate aos tumores malignos. Contudo, tais drogas também são

conhecidas por seus efeitos colaterais e alta toxicidade. Assim, é correto afirmar que:

(A) a doxorrubicina é conhecida por causar toxicidade cardíaca irreversível

(B) a IL-11 é conhecida por seu efeito tóxico de trombocitopenia

(C) a eritropoetina é conhecida por causar supressão da medula óssea

(D) o GM-CSF é conhecido por seu efeito tóxico de neutropenia

35. (EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Homem, 38 anos, com

diagnóstico de câncer de cólon estádio clínico III, será submetido à quimioterapia

adjuvante com FLOX, como tratamento de primeira linha. Diante desse caso, é correto

afirmar que:

(A) a quimioterapia será realizada após o tratamento cirúrgico oncológico.

(B) a quimioterapia será realizada para induzir a redução do tumor para realização de

tratamento cirúrgico oncológico.

(C) a quimioterapia será realizada sem outro tratamento associado previamente ou

posteriormente.

(D) a quimioterapia será realizada concomitantemente à radioterapia.

(E) a quimioterapia é paliativa, pois o estadiamento clínico indica presença de metástase.

36.(EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Ao considerar o esquema R-

CHOP, no tratamento de Linfoma não-Hodgkin, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o

que se afirma a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) É recomendada a administração de Paracetamol como pré-quimioterápico.

( ) Usualmente, não há alopecia.

( ) Pode ocorrer constipação pelo uso da vincristina, sendo recomendada ingesta hídrica e

alimentos com alto teor de fibras.

( ) A mucosa oral pode ficar ressecada por causa do uso de rituximab, sendo recomendado

o uso de escova dental de cerdas macias para evitar lesões.

(A) F – V – V – V.

(B) F – F – V – V.

(C) V – F – V – V.

(D) V – V – F – F.

(E) V – F – F – F.

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37.(EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Homem, 47 anos, com

carcinoma de pequenas células de pulmão, sem alterações nos exames laboratoriais

realizados para início de tratamento com quimioterapia exclusiva com Cisplatina no

D1 e Etoposide de D1 a D3, a cada 21 dias. Diante desse caso, o enfermeiro deve

orientar quanto

(A) à manutenção da ingesta hídrica habitual, pois não há interferência de nenhuma das

drogas sobre o sistema renal.

(B) à restrição da ingesta hídrica devido à disfunção renal ocasionada pelo Etoposide.

(C) ao estímulo da ingesta hídrica pela nefrotoxicidade induzida pelo Etoposide.

(D) à restrição da ingesta hídrica devido à disfunção renal ocasionada pela Cisplatina.

(E) ao estímulo da ingesta hídrica pela nefrotoxicidade induzida pela Cisplatina.

38.(EBSERH – AOCP – 2013 – Enfermeiro Oncologista): Mulher com câncer de mama

está sendo tratada com esquema TAC. Sobre as complicações deste esquema é

correto afirmar que

(A) Eritema, hipercromia e disestesia são efeitos colaterais cutâneos comuns ao uso de

paclitaxel e deve-se encaminhar a paciente para o dermatologista.

(B) A epífora é um problema comum com docetaxel e é recomendável encaminhamento da

paciente para o oftalmologista.

(C) Lâminas ungueais espessadas e amareladas associadas a onicólise e a inflamação do

leito ungueal e tecido periungueal podem ocorrer com a infusão de carboplatina, com

necessidade de avulsão das unhas.

(D) Cardiotoxicidade é um efeito comum da ciclofosfamida e é recomendável

acompanhamento da paciente pelo cardiologista.

(E) Sensação de ardor vaginal é um problema comum desse esquema, que contraindica a

administração da dexametasona.

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GABARITO

1 C

2 A

3 D

4 A

5 A

6 D

7 B

8 D

9 C

10 A

11 B

12 A

13 A

14 B

15 D

16 D

17 B

18 C

19 B

20 C

21 E

22 D

23 D

24 B

25 C

26 B

27 D

28 E

29 A

30 E

31 D

32 C

33 B

34 A

35 A

36 C

37 E

38 B

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