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Espeleologia
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04 de Maio de 2015 | N 317 | www.cavernas.org.br SBE 1
SBE Boletim Eletrnico da Sociedade Brasileira de Espeleologia ISSN 1809-3213 - Ano 10 - n 317 - 01 de Maio de 2015 R
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O 33 Congresso Brasileiro de Espeleologia (33 CBE), j conta com mais de cem inscries e alguns cursos e ativi-dades praticas devem se esgotar nos prximos dias.
NOVO PRAZO PARA SUBMISSO DE TRABALHOS
Atendendo a pedidos, o prazo para submisso de trabalhos foi
prorrogado para dia 15 de maio de 2015.
importante ressaltar que j recebemos um bom volume de
trabalhos e apenas os 60 primeiros podero ser apresentados em
forma oral, os demais devero ser apresentados em painel, portanto,
no deixe para a ltima hora.
SIMPSIOS
Com o objetivo de estimular o debate sobre importantes temas
para a conservao do patrimnio espeleolgico, programamos dois
simpsios durante o congresso.
O simpsio sobre minerao e espeleologia deve apresentar
diferentes pontos de vista sobre o uso responsvel do recurso mine-
3 CIRCULAR DO 33 CONGRESSO
BRASILEIRO DE ESPELEOLOGIA
1 SIMPSIO DE MINERAO
E ESPELEOLOGIA
16 de julho das 14h s 17h, Clique aqui para mais detalhes
Projeto Ativos Ambientais
Por Clayton Ferreira Lino (RBMA)
A apresentao abordar o programa ATIVOS
cujo objetivo propor aes sustentveis atreladas
minerao de calcrio e aos aspectos sociais e ambi-
entais nas propriedades da Votorantim Cimentos.
Minerao e
Patrimnio Espeleolgico
Por Rinaldo Csar Mancin (IBRAM)
A apresentao abordar as lies aprendidas pelo
setor mineral na aplicao da legislao e o conheci-
mento acumulado quanto aos limites da legislao,
suas fragilidades e inconsistncias.
Guia de Boas Prticas da Minerao
de Calcrio em reas Crsticas
Por Heros A.S. Lobo (SBEUFSCar)
A apresentao abordar os processos de elaborao
de contedo e formatao do GUIA, sua elabora-
o, estgio atual e discusso sobre as perspectivas
de finalizao e implantao.
III SIMPSIO DE SUSTENTABILIDADE NO
MANEJO E GESTO DO TURISMO EM
REAS CRSTICAS E CAVERNAS
18 de julho das 14h s 17h, Clique aqui para mais detalhes
El Turismo Subterrneo en Espaa
Por Juan J.D. Valsero (IGME- CTIBA)
A apresentao abordar a experincia da Espa-
nha, pas com grande tradio no turismo subterr-
neo, e as possibilidades de sua aplicao em outros
pases Ibero-americanos.
A Gesto das Cavernas nos Parques
Estaduais do Vale Do Ribeira
Por Ktia Pisciotta (FF)
A apresentao abordar a gesto de 32 cavernas
vinculada aos Planos de Manejo Espeleolgicos
elaborados em 2010, alm de desafios como volume
de trabalho, seleo de materiais e monitoramento.
A Gesto do Patrimnio
Espeleolgico Brasileiro
Por Jocy Brando Cruz (CECAV)
A apresentao abordar a gesto do patrimnio
espeleolgico brasileiro frente as mudanas ocorridas
na legislao e nas competncias dos rgos ambien-
tais relacionadas ao licenciamento ambiental.
ral e a conservao ambi-
ental, avanando nas dis-
cusses em busca de pos-
sveis solues.
O simpsio sobre
turismo deve discutir as
possibilidades de gesto
do patrimnio, considerando a realidade do Vale do Ribeira, as
mudanas na gesto federal e a experincia Espanhola..
OUTROS INFORMES
A agncia oficial do evento est oferecendo passagens areas
com desconto e organizando translatos a partir de Campinas e So
Paulo programados para os dias 13 e 15/07 (ida) e 19/07 (volta).
Para saber mais escreva para [email protected].
As inscries no 33CBE podem ser feitas com desconto at 15/05
www.cavernas.org.br/33cbe.asp
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O Programa Panorama, da TV As-sembleia de Minas, exibiu dia 23/04, um especial sobre o dinamarqus Peter Wilhelm Lund, que, a partir de estu-dos da histria natural, aventurou-se nas cavernas mineiras e descobriu nossa pr-histria. O programa teve a participao de Castor Cartelle, professor de Paleonto-logia da Puc-Minas e Rogrio Tavares, do Parque Estadual do Sumidouro, uma das principais reas pesquisada por Lund.
Fonte: Assembleia de Minas 23/04/2015
E o que faz um espelelogo? O traba-lho deste pesquisador descobrir, mape-ar e registrar cavernas. A espeleologia ne-cessita do trabalho de arquelogos, ge-logos, paleontlogos e bilogos. Atravs destas pesquisas descobriu-se que a rea do Piemonte da Chapada, que tem vege-tao caracterstica da caatinga, j foi uma floresta densa. Isso porque fsseis de um macaco natural de florestas, como a Mata Atlntica, foram encontrados no interior da caverna.
Fonte: Globo Bahia 25/04/2015
TV EXIBE PROGRAMA
SOBRE PETER LUND
Voc sabia que a Bahia tem as maiores cavernas da Amrica Latina? Fica na regio do munic-pio de Campo Formoso. Na es-treia do quadro Conexo Bahia, lanado no dia 25/04, a equipe do programa Aprovado, da filia-da da Globo na Bahia, viajou at l para conhecer uma das caver-nas do local. A escolhida foi a To-ca do Angico. Diz a lenda que Lampio se abrigou por l.
A visita foi guiada pelos espelelogos Jorgean Silva e Andr Vieira, que expli-cam que as cavernas tm muito a dizer sobre o passado do local. A presena de gua, por exemplo, indica o estgio de desenvolvimento da caverna. Quanto mais jovem uma caverna, mais gua a gente vai encontrar, conta Andr.
A gua que infiltra nas paredes for-ma as estalactites e estalagmites. O bi-logo explica que a vida animal se adapta s condies de iluminao do local: o amblipgio, da famlia dos aracndeos, transformou suas patas em antenas.
PROGRAMA DE TV EXIBE A CAVERNA TOCA DO ANGICO
ENTREGUES AS LICENAS AMBIENTAIS NA REGIO DA GRUTA DA LAGOA AZUL
O Governo de Mato Grosso entre-gou as primeiras licenas ambi-entais aos empreendedores no Distrito de Bom Jardim, em Nobres-MT, no dia 24 de Abril. Durante a cerimnia o governador Pedro Taques ressaltou No viemos aqui inaugurar placas ou grandes obras, vie-mos investir no direito fundamental do cidado que ter uma vida digna, aliando isso questo ambiental e de desenvolvi-mento econmico.
Vrias autoridades estiveram presen-tes no evento. Para a secretria de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, este o primeiro passo para uma nova histria da comunidade que h mais de 20 anos aguarda por regularizao fundi-ria e h 10 anos deu entrada em pedidos de licenas ambientais para atividades na rea do ecoturismo, que s comearam a sair agora em razo de um esforo con-junto entre Sema, Ministrio Pblico do Estado e a Prefeitura. Queremos voltar aqui em breve para entregar mais licen-as e acompanhar os avanos disse ela.
Uma das figuras mais atuantes na concretizao da entrega das licenas foi
o Promotor de Justia Carlos Edu-ardo Pacianotto, que afirmou que a partir das licenas existe um grande trabalho a ser feito em infraestrutura e tambm de consci-entizao ambien-tal, mas este um passo importante. Como os empreen-dimentos esto em rea de assenta-mento rural da Uni-o, foi necessria a interveno do MP-MT para mediar o problema.
A regio recebe muitos turistas, a maioria vai conhecer o Pantanal e acaba esticando a viagem at l. Vem gente de todo canto, So Paulo, Belo Horizon-te, Rio de Janeiro, muitos estrangeiros, italianos, alemes, franceses e at rus-sos e eles do uma lio de educao em ns, bom receber essas pessoas disse Isaas Pedrosa de Almeida, dono da Pousa Bom Jardim.
A regio fica na zona de amortecimen-to do Parque Estadual da Gruta da Lagoa Azul, que abrange grutas e cavernas de formaes calcrias, lagoas de guas cris-talinas, com presena de estalactites, estalagmites, que so um patrimnio de grande importncia. A proposta poten-cializar desenvolvimento sustentvel da regio atravs do turismo, como o que ocorre em Bonito (MS).
Fonte: Folha Max 24/04/2015.
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Clique na imagem para assistir a videoreportagem
Gruta da Cerquinha na cidade de Nobres
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N o artigo Domnios espe-leogenticos da regio de Arcos-Pains-Dorespolis - MG Cludio M. Teixeira-Silva e outros pesquisadores se fundamenta no Projeto Arcos Pains Espeleologia (Proape), resultado de um acordo firmado entre o MPF e outras instituies, e com execuo da Sociedade Excursionista e Espeleolgica, entre 2010 e 2012.
Nesta regio desenvolve-se um relevo crstico tpico, em rochas calcrias do Grupo Bambu, caracterizado pela presen-a de drenagens subterrneas, paredes e macios calcrios com aspecto ruinifor-me, cavernamentos diversos, dolinas e sumidouros. No trabalho so apresenta-dos os domnios espeleogenticos, uma determinada regio com feies geolgi-cas e espeleogenticas caractersticas, como resultado da integrao dos conhe-cimentos da geologia local com os do le-vantamento espeleolgico efetuado. Co-mo consequncia do controle geolgico, as cavidades se desenvolvem com aspec-tos caractersticos em cada regio.
Fonte: Anais 32 CBE.
ESTUDO ABORDA A REGIO
CARSTICA DE PAINS-MG
MORCEGOS USAM SONS EMITIDOS POR COMPANHEIROS NOS VOOS
Q uem j precisou andar no meio da multido, sabe o quanto difcil no es-barrar em algum. Porm, mor-cegos conseguem realizar essa tarefa com destreza impressio-nante, mesmo quando esto voando em alta velocidade. Estudo conduzido por cientistas do Reino Unido conseguiu des-vendar como esses mamferos conseguem realizar tal faanha. De acordo com os pesquisado-res, os animais seguem uma espcie de regra de trnsito, obedecendo s sinalizaes dadas por seus companheiros. Os sinais, nesse caso, so os sons produzidos pelos bichos durante o voo.
Os morcegos distinguem o ambiente ao redor emitindo chamados altos e agu-dos e ouvindo o eco que produzem. Esses rudos, porm, tambm acabam servindo para orientar os companheiros, que, as-sim, podem acelerar ou desacelerar e at mesmo realizar manobras complexas, tudo para evitar uma coliso. Segundo Marc Holderied, pesquisador da Universi-dade de Bristol e um dos autores do estu-do publicado na revista Plos Computatio-nal Biology, a primeira vez que um tra-
balho consegue comprovar o refinamen-to da comunicao entre esses bichos. No tenho conhecimento de um estudo que tenha demonstrado esse comporta-mento. Claro que qualquer pessoa que observe os animais pode ver que eles estavam perseguindo um ao outro e, de algum modo, respondendo um ao outro. Mas isso no havia sido quantificado, disse Holderied.
Os pesquisadores acreditam que compreender a comunicao entre os morcegos pode ajudar na criao de aparelhos usados em avies e drones.
Fonte: Estado de Minas 19/04/2015
Foto do Leitor RIBEIRO TAPAGEM
Autor: Carlos da Silva
Moraes (AMAMEL)
Data: 03 de maro de 2015
Caverna do Diabo (SP-2)
Proj. Horizontal: 6.237 m.
Desnvel: 175 m.
Local: Eldorado SP
Parque Estadual da Caverna
do Diabo.
A caverna tambm cha-
mada de gruta da Tapagem
por conta do ribeiro que
atravessa toda sua extenso.
Mande sua foto com nome,
data e local para:
Engenheiros podem copiar tcnica de morcegos
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O IMPRESSIONANTE HOMEM DE ALTAMURA
A penas um pequeno grupo de pessoas no mundo todo teve o privilgio de v-lo cara a cara. Em 1993, uma equipe de espelelogos procurava novas cavernas perto de Altamura, uma pequena cidade no sul da Itlia. Aps descerem por uma passagem vertical de 15 metros entraram viram as paredes cobertas de ossos de animais presos en-tre as estalactites e estalagmites. No fim do corredor havia uma pequena cmara onde fica a impressionante caveira do homem de Altamura, um dos fsseis hu-manos mais espetaculares do mundo.
Os especialistas fizeram algumas fotos e descreveram a descoberta. Provavel-mente, tratava-se de um homem adulto que caiu em um poo no qual havia uma enormidade de animais mortos. Sobrevi-veu queda, mas ficou paralisado e aca-bou morrendo de fome. No sabiam de que espcie era, nem quando viveu. Mas comprovaram que sob o crnio havia muitos outros ossos do mesmo indivduo, tambm sepultados em uma tumba de mineral, impossveis de serem retirados sem danificar o conjunto rarssimo.
Pouco depois, as autoridades decidi-
ram restringir a entrada caverna de Lamalunga e a descoberta excepcional caiu no mais injusto esquecimento, diz Giorgio Manzi, pesquisador da Universi-dade de Roma La Sapienza. Agora, mais de 20 anos depois, ele lidera um novo projeto para tentar averiguar quem foi o homem de Altamura.
Os resultados, publicados recente-mente no Journal of Human Evolution, representam descobertas espetaculares. O homem de Altamura viveu h entre 130.000 e 172.000 anos e seu DNA de-monstra que era um nean-dertal. Acreditamos que o esqueleto mais completo e antigo de um neandertal, alm disso, trata-se do DNA mais antigo da espcie que j se obteve, afirma Cara-melli. No se sabe se o fs-sil poder resgatar DNA suficiente para responder as perguntas que restam em aberto.
A ressurreio cientfica do homem de Altamura tambm trouxe de volta as
Por Dra. Lvia M. Cordeiro (UFMS/GESB) e Dra. Ana Leal-Zanchet
A pesar do crescente desenvolvi-mento da bioespeleologia no Brasil ao longo das duas ltimas dcadas, a diversidade de espcies em cavernas Brasileiras ainda subestimada, especial-mente entre os invertebrados. Na Serra da Bodoquena, regio crstica localizada nos domnios do Cerrado sulmatogros-sense, muitas cavernas pertencem a sis-temas relevantes de gua subterrnea e so habitadas por uma rica fauna de es-pcies troglbias.
Recentemente, os trabalhos de cam-po realizados na regio pelos bilogos Dr. Lvia Medeiros Cordeiro e Msc. Rodrigo
NOVA ESPCIE ENCONTRADA NA SERRA DA BODOQUENA
Borghezan, membros do Grupo de Espe-leologia Serra da Bodoquena (GESB SBE G112), orientados pela prof. Dr. Eleonora Trajano (USP), registraram a primeira planria troglbia da subordem Continenticola (Platyhelminthes) na Amrica do Sul. A localidade onde fora encontrada a nova espcie consiste em um abismo estreito, com 25 m de pro-fundidade, cujo fundo termina na em um lago raso abastecido pela zona supe-rior do lenol fretico, com cerca de 10 m.
A nova espcie pertence ao gnero Girardia, cujas espcies so difceis de serem reconhecidas devido alta seme-lhana morfolgica. No entanto, a nova espcie Girardia multidiverticulata pode ser facilmente reconhecida por uma caracterstica distinta de seu aparato reprodutivo, uma cavidade bulbar gran-de com mltiplos divertculos. A espcie foi descrita pelo grupo de pesquisa em tricldidos, liderado pela Dr. Ana Leal-Zanchet, da UNISINOS, Rio Grande do Sul.
Fonte: ZooKeys 12/01/2015 Planria Girardia multidiverticulata sp
N os dias 02 a 06 de Setembro de 2015 ser realizado pelo Grupo de Espeleologia e Montanhismo (GEM), de Portugal, o 2 Congresso de Fotografia em Gruta. O grupo convida espelelogos para o evento que ser no Parque Nacio-nal de Serra de Aires e Candeeieros (PNSAC), em Portugal, e pretende divul-gar e aprofundar conceitos e tcnicas as-sociadas atividade de fotografia em gru-tas e cavernas, e, consequentemente, de-bater sobre questes relacionadas com salvaguarda e preservao do meio ambi-ente que envolve grutas, bem como sua respectiva fauna e flora. As inscries no site iro at o dia 21 de Agosto de 2015.
fotografia-tecnica-gruta.gem.pt/
CONGRESSO PORTUGUS DE FOTOGRAFIA EM
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dvidas sobre o que fazer com esse tipo de descobertas. As formaes calcrias, em forma de coral, o converteram em um exemplar nico. Os cientistas acreditam que se removerem os restos podero responder a muitas outras perguntas sobre os neandertais, uma espcie to prxima da nossa que chegamos a ter descendentes frteis com ele antes que se extinguissem. Mas, para retir-los, precisam destruir parte do conjunto.
Fonte: El Pas 18/04/2015
Imagem do crnio do homem de Altamura.
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MP PEDE BLOQUEIO DE R$ 198 MILHES QUE DEVERIAM SER APLICADOS EM PARQUES DE MG
O Ministrio Pblico (MP) pediu o bloqueio de R$ 198 milhes dos cofres pblicos do Estado recolhidos a ttulo de compensao ambiental que foram con-tingenciados e usados para outros fins. O dinheiro deveria ter sido aplicado em investimento e manuteno de unidades de conservao, como manda a Lei Fede-ral 9.985/2000. Alm de no dar a desti-nao correta aos valores, o governo tam-bm deixou de cobrar os percentuais de compensao ambiental de diversos em-preendimentos.
Com esses recursos, Minas tem con-dio de ter o melhor sistema de unida-des de conservao do pas. O que acon-tece que o Estado no apura, quando apura no cobra e, quando cobra, destina o recurso para outras coisas. Falta gesto e, por isso, os parques passam por uma situao de descaso e abandono cada vez mais crescentes, afirma o coordenador estadual de Defesa do Patrimnio Cultu-ral e Turstico, promotor Marcos Paulo de Souza Miranda .
A prpria Secretaria de Estado de Meio Ambiente confessa, na investigao feita pelo MP, a existncia de milhes de reais contingenciados pelo Estado. Isso sem contar os valores que deixaram de ser cobrados.
At 18 de dezembro de 2013 foram contabilizados 467 processos de compen-sao ambiental aguardando tramitao no Instituto Estadual de Florestas (IEF). Alguns deles foram abertos em 2004.
De acordo com a legislao federal, os responsveis por empreendimentos de significativo impacto ambiental so obri-gados a apoiar a implantao e a manu-teno de unidade de conservao do Grupo de Proteo Integral. Para isso, devem disponibilizar at 0,5% do valor total do empreendimento para aplicao obrigatria na implementao de parques e afins.
DEMANDA
E demanda para investimento o que no falta. De acordo com levantamento do MP, 70% das unidades de conservao em Minas s existem no papel. Diante desse cenrio, o questionamento que fica por que o Estado no cobra os valores que so previstos por lei e primordiais para a rea.
esse tipo de pergunta que a investi-gao quer esclarecer. Mesmo porque a apurao em si no foi fcil. Comeamos
o trabalho em 2012 e tivemos muita dificulda-de para obter dados que deve-riam ser pbli-cos, revela o promotor.
Visando a transparncia, alm do pedido de bloqueio de valores, o MP ainda solicitou Justia que os rus (Estado e IEF) divulguem nos respectivos sites oficiais, no prazo de 30 dias, a rela-o completa de todos os processos em tramitao envolvendo a apurao e cobrana de medidas compensatrias.
LICENA
Ainda foi pedida a instaurao de processos administrativos para suspen-der as licenas ambientais dos empreen-dimentos que esto inadimplentes. Nes-se mesmo sentido, o Estado no deve mais conceder certido negativa de d-bito financeiro de natureza ambiental para as empresas devedoras. Uma san-o que inviabilizaria a renovao de licenas ambientais.
Aps oficiados pela Justia, Estado e IEF tm 72 horas para se pronunciar sobre o caso para, ento, o juiz da 5 vara da Fazenda Pblica Estadual definir se acata ou no as solicitaes feitas pelo Ministrio Pblico
GOVERNO ATRIBUI PROBLEMA GES-TO ANTERIOR, QUE SE DEFENDE
Questionados sobre as denncias que embasaram a investigao do MP, o governo do Estado informou que importante esclarecer que todo o proce-dimento investigado pelo MP refere-se gesto anterior.
O diretrio estadual do PSDB tam-bm se posicionou sobre o assunto por meio de nota. Segundo o partido, a aplicao dos recursos nas unidades de conservao ambiental entre 2004 a 2013 foi realizada dentro do planeja-mento oramentrio do Estado e a partir da disponibilidade dos recursos do Te-souro, assim como todo o conjunto de despesas de natureza pblica.
INVESTIGAO
A investigao do Ministrio Pblico acerca da destinao incorreta e falta de cobrana dos valores de compensao ambiental em Minas foi iniciada em 2012. A apurao nasceu de uma representao de um membro do Conselho de Poltica Ambiental que alegou que Estado estava contingenciando recursos que deveriam ser aplicados nos parques.
H dois meses, segundo o MP, pelo menos R$ 69 milhes que poderiam ser usados para implementao e manuten-o de unidades de conservao estavam nas mos de empresas em dvida com o governo. Por falta de cobrana, o recurso no chegou ao destino final.
Dos mais de 605 mil hectares de reas protegidas em Minas, cerca de 420 mil ainda no foram desapropriados pelo Estado.
Em fevereiro desse ano foi denuncia-da a situao de diversos parques que ficaram com veculos usados para fiscali-zao parados por falta de combustvel. O problema inviabilizou visitas e manuten-es rotineiras. Outra consequncia da falta de recursos a no implementao efetiva dos parques.
Apenas com aes judiciais o MP tem conseguido obrigar o Estado a efetivar a implantao das reas protegidas, como o Parque Estadual de Cerca Grande (foto), em Matozinhos, na regio metropolitana. Na rea de 134 hectares, criada por de-creto estadual em 2010, esto expostas ao vandalismo pinturas rupestres datadas de mais de 8 mil anos.
Fonte: Hoje em Dia 30/04/2015.
70% da unidades no saram do papel por falta de investimentos
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Boletim NSS NEWS, vol. 73, n.1, National Speleological Society, janeiro de 2015.
Boletim NSS NEWS, vol. 73, n.3, National
Speleological Society, Maro de 2015. FARIA, . de.. Mapa Geologico do Distrito Federal.
Braslia: DNPM/UnB, 1997. CORRA J. A. et al. GEOLOGIA DAS REGIES CENTRO
E OESTE DE MATO GROSSO DO SULPROJETO BODOQUENA. Braslia: DNPM/CPRM, 1979.
Agenda SBE
15 a 19 de julho de 2015 33 Congresso Brasileiro de Espeleologia
Eldorado SP www.cavernas.org.br/33cbe.asp
Revista da
Sociedade Brasileira de Espeleologia
Comisso Editorial
Lucas Malafaia Delci Ishida
Todas as edies esto disponveis em www.cavernas.org.br/sbenoticias.asp
A reproduo permitida, desde que citada a fonte
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O boletim divulgado nos dias 1 e 15 de cada ms, mas qualquer contribuio deve chegar com pelo menos 5 dias de antecedncia para entrar na prxima edio.
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A data limite para submisso de trabalhos foi
prorrogada para 15 de Maio de 2015 e
regras esto disponveis na pgina do
Congresso.