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SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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TITULAR DO ÓRGÃO:
Hans Fernando Rocha Dohmann Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil
UNIDADES DE SAÚDE:
Hospital Municipal Miguel Couto Diretor: Dra. Maria Luiza A Toscano Cunha Hospital Municipal Lourenço Jorge Diretor: Dr. Francisco Mateus Guimarães Hospital Municipal Ronaldo Gazolla Subsecretário de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência: Dr. João Luiz Ferreira da Costa
ÉPOCA DA INSPEÇÃO:
De 13/04/2009 a 15/05/2009
PERÍODO ABRANGIDO:
2008/2009
TIPO DE INSPEÇÃO:
Ordinária
EQUIPE INSPECIONANTE:
Cícero dos Santos Silva Inspetor Setorial
Matrícula nº 40/900.724
Jones Wilson G. Flexa Técnico de Controle Externo
Matrícula nº 40/901.385
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ÍNDICE
1 - Identificação das Unidades Hospitalares e seus responsáveis..................
2 - Sumário Executivo.................................................................................... 3 - Introdução..................................................................................................
4 - Vistoria às Instalações da Unidade............................................................ 4.1 - Hospital Municipal Miguel Couto.............................................................
4.1.1 - Recepção do Pronto-Socorro......................................................... 4.1.2 - Pronto-Socorro (Emergência)....................................................... 4.1.3 - Pediatria......................................................................................... 4.1.4 - Ortopedia....................................................................................... 4.1.5 - Emergência Clínica....................................................................... 4.1.6 - Clínica Médica.............................................................................. 4.1.7 - Laboratório.................................................................................... 4.1.8 - Politrauma..................................................................................... 4.1.9 - Centro Cirúrgico............................................................................ 4.1.10 - Ambulatórios............................................................................... 4.1.11 - Maternidade................................................................................. 4.1.12 - Gestão dos Contratos...................................................................
4.1.12.1 - Contrato nº 1308/2008.................................................. 4.1.12.2 - Contrato nº 13/2009..................................................... 4.1.12.3 - Contrato nº 97/2007..................................................... 4.1.12.4 - Contrato nº 49/2008.....................................................
4.1.13 - Faturamento ao SUS.................................................................... 4.1.14 - Manutenção dos equipamentos Médicos..................................... 4.1.15 - Recursos Humanos......................................................................
4.2 – Hospital Municipal Lourenço Jorge.........................................................
4.2.1 - Gestão dos Contratos..................................................................... 4.2.1.1 - Contrato nº 180/2008..................................................... 4.2.1.2 - Contrato nº 593/2007..................................................... 4.2.1.3 - Contrato nº 235/2008..................................................... 4.2.1.4 - Contrato nº 1742/2007...................................................
4.2.2 - Faturamento ao SUS...................................................................... 4.2.3 - Diagnóstico por Imagem............................................................... 4.2.4 - Cirurgias e Uis e UTIs................................................................... 4.2.5 - Necrotério...................................................................................... 4.2.6 - Recursos Humanos........................................................................ 4.2.7 - Itens Diversos................................................................................
Fls.
05
06
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08
08
09 09 10 10 11 11 12 13 13 14 14 15 15 16 17 19 20 23 23
23
24 24 25 26 26 27 28 29 32 32 33
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4.3 - Hospital Municipal Ronaldo Gazolla........................................................
4.3.1 - Construção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla.................... 4.3.2 - Alterações no Cronograma do Projeto.......................................... 4.3.3 - Pagamentos efetuados à Construtora OAS Ltda............... 4.3.4 - Relatório Técnico Sobre Funcionamento dos Sistemas................ 4.3.5 - Edital de Concorrência Pública nº 13/2005................................... 4.3.6 - Contrato nº 1302/2007.................................................................. 4.3.7 - 1º Termo Aditivo nº 293/2008...................................................... 4.3.8 - 2º Termo Aditivo nº 1574/2008.................................................... 4.3.9 - 3º Termo Aditivo nº 10/2009........................................................ 4.3.10 - Programa de Saúde da Família.................................................... 4.3.11 - Sistema de Agendamento de Consultas e Exames...................... 4.3.12 - Leitos Existentes x Leitos Disponíveis.......................................
4.3.13 - Análise dos Pagamentos Efetuados à Empresa Contratada........ 5 - Questionamentos e Oportunidades de Melhoria......................................... 5.1 - Questionamentos.............................................................................. 5.1.1 - Assessoria de Engenharia e Obras......................................... 5.1.2 - Hospital Municipal Miguel Couto.......................................... 5.1.3 - Hospital Municipal Lourenço Jorge....................................... 5.1.4 - Hospital Municipal Ronaldo Gazolla .................................... 5.2 – Oportunidades de Melhoria......................................... 6 – Conclusão....................................................................................................
SIGLAS E ABREVIATURAS UTILIZADAS NESTE RELATÓRIO.............. ANEXOS I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X .
33
34 35 38 41 42 45 53 56 59 63 64 65 66
81
81
81 82 83 84
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1 – Identificação das Unidades Hospitalares e seus Gestores
UNIDADES HOSPITALARES
• Hospital Municipal Miguel Couto Objetivo: prestar assistência médico-hospitalar de pequena, média e alta complexidade, sobretudo nas especialidades de clínica médica, cirúrgica, pediátrica, obstétrica, neurologia, ortopedia e cardiologia,funcionando em regime de atendimento ambulatorial, emergencial e de internação, em turnos ininterruptos de 24 horas. End.: Rua Mário Ribeiro, 117 – Gávea Gestor: Dra.Maria Luiza A Toscano Cunha
• Hospital Municipal Lourenço Jorge Objetivo: prestar assistência médico-hospitalar de pequena e média complexidade, sobretudo nas especialidades de clínica médica, cirúrgica, pediátrica e ortopedia, funcionando em regime de atendimento ambulatorial, emergencial e de internação, em turnos ininterruptos de 24 horas. End.: Av. Ayrton Senna, 2000 - Barra da Tijuca Gestor: Dr. Francisco Mateus Guimarães
• Hospital Municipal Ronaldo Gazolla Objetivo: prestar assistência médico-hospitalar de pequena complexidade, com abertura gradual que será feita em três etapas, sendo que na primeira o Hospital terá 59 leitos, na segunda 241 leitos e na terceira etapa 298 leitos, implantação do PSF e saúde bucal, bem como emergência aberta. End.: Av. Martin Luther King, 1976 - Acari Gestão Terceirizada: Empresa GPS Total Gerenciamento Participativo em Saúde, conforme Contrato nº 1302/2007.
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2- Sumário Executivo
A presente inspeção ordinária realizou-se no período de 13/04/2009 a 15/05/2009,
abrangendo as operações efetivadas em 2008/2009, tendo sido constatados diversos
problemas relacionados à infra-estrutura das unidades hospitalares, conforme
destacamos abaixo:
� Ausência de um sistema padrão para todas as unidades que possibilite a emissão
dos relatórios de indicadores gerenciais, que demonstre a qualidade do
atendimento, a estatística da produção e a avaliação da gestão, por meio da
análise de metas e indicadores de qualidade, nos Hospitais Municipais: Miguel
Couto e Lourenço Jorge;
� Necessidade de recursos humanos, bem como de equipamentos essenciais a uma
unidade de emergência;
� Ausência de fiscalização na execução dos Contratos nos hospitais visitados,
ocasionando o descumprimento, por parte das empresas, do contratado,
conforme estabelece o projeto básico;
� Não realização de inventários anuais nos bens móveis;
� Problemas de infra-estrutura no prédio do Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Conforme já mencionado nas inspeções anteriores, o desempenho adequado das
unidades de emergência depende, principalmente, de investimentos na melhoria da
qualidade dos serviços preventivos e corretivos voltados para a assistência básica à
população e do equilíbrio do quadro funcional da SMSDC às necessidades demandadas
nas unidades de emergência.
Quanto ao Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, verifica-se que o mesmo é
totalmente regulado, através do SISREG, que é um sistema de informações on-line
disponibilizado pelo Datasus (Ministério da Saúde) para o gerenciamento e operação da
Central de Regulação, sendo composto por dois módulos: a Central de Marcação de
Consultas e a Central de Internação Hospitalar.
Ressalte-se que é imprescindível planejar a compra de serviços com base nos
diagnósticos da necessidade de saúde da população e na capacidade de oferta. A
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definição do escopo, quantidade de procedimentos, etapas de abertura, formas de
pagamentos, devem ser bem delineadas.
Diante do quadro apresentado, sendo o hospital referenciado, foram contratadas
quantidades de procedimentos, além do que é possível atingir, fazendo com que a
jurisdicionada efetuasse os pagamentos pelo total contratado. Por isso, constata-se a
necessidade de haver uma repactuação entre o gestor contratado e a SMSDC, conforme
já previsto no Contrato.
É necessário que as metas estabelecidas no Termo de Referência, quantitativas e
qualitativas, estejam de acordo com as necessidades da população e pagas de acordo
com a produção realizada.
Na análise contratual, verifica-se que o instrumento celebrado estabelece todas as
condições para garantir que a população seja atendida, através do SISREG, tendo uma
assistência de qualidade e requer da Comissão de Avaliação e Gestão do HMRG a
adoção de mecanismos efetivos de monitoramento e avaliação dos serviços prestados
pela empresa GPS Total, fazendo os ajustes necessários mediante termos aditivos.
3 – Introdução
A Inspeção Ordinária de que trata o presente relatório tem sua legitimidade
conferida pela Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro (art. 88, IV), pela
Deliberação TCM nº 034/1983 (art. 37, III), bem como pelo Plenário desta Corte em
Sessão Ordinária de 09/02/2009, processo nº 40/00318/2009, a qual aprovou o
calendário de Inspeções Ordinárias para o exercício de 2009, tendo sido realizada no
período de 13/04/2009 a 15/05/2009, abrangendo os Hospitais Municipais: Miguel
Couto e Lourenço Jorge, considerados como de emergência, bem como o Hospital
Municipal Ronaldo Gazolla, considerado hospital geral com abertura gradual em três
etapas, cuja emergência será aberta somente na última etapa. A inspeção foi conduzida
com enfoque nas áreas de recursos humanos, infra-estrutura, instalações médicas,
faturamento, bem como nos indicadores gerenciais.
O desenvolvimento do trabalho baseou-se, principalmente, na adoção dos
seguintes procedimentos:
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• Entrevistas com gestores e responsáveis pelos setores que apóiam as atividades
dos hospitais;
• Análise de relatórios gerenciais contendo dados estatísticos referentes ao
atendimento aos pacientes;
• Levantamento da carência de recursos humanos;
• Análise dos indicadores de desempenho;
• Avaliação da adequação e disponibilização da estrutura física e dos
equipamentos médico-hospitalares.
Os referidos exames foram efetuados por amostragem, não abrangendo, portanto,
a totalidade das operações nas unidades visitadas, tendo sido realizados na extensão
necessária, conforme decisão da Equipe Inspecionante, segundo os critérios, as técnicas
e de acordo com as normas de inspeção aplicáveis por esta Corte de Contas, não
havendo nenhuma restrição quanto aos métodos ou extensão dos trabalhos realizados.
4 – Vistoria das Instalações das Unidades
Com o objetivo de verificar as condições atuais das instalações e do atendimento
médico-hospitalar, a comissão inspecionante vistoriou diversos setores dos hospitais,
onde pôde constatar problemas ocasionados por falta de pessoal, em sua maioria,
apontados em inspeções anteriores.
4.1 – Hospital Municipal Miguel Couto
Situado na Gávea, o Miguel Couto é um dos maiores hospitais de emergência do
Rio de Janeiro, contando com aproximadamente 1637 servidores municipais e 37
federais, 18 cooperativados, 470 leitos clínicos e cirúrgicos, além de maternidade,
centros de tratamento intensivo adulto e infantil e unidade coronariana.
Quanto à nova sistemática de trabalho, baseada na autogestão orçamentária,
constatou-se que a mesma não ocorre, integralmente, pois as unidades emitem apenas as
Notas de Autorização de Despesas (NAD’s) e Notas de Empenho, sendo que os
contratos continuam sendo celebrados no Nível Central.
Constatou-se também que os procedimentos de alto custo realizados no hospital
também não estão sendo faturados na sua totalidade.
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O responsável pelo controle dos bens tangíveis e intangíveis informou à Comissão
Inspecionante, que não é realizado inventário dos mesmos, há pelo menos 5 (cinco)
anos, e que existem vários bens sem arrolamento no cadastro de bens patrimoniais.
4.1.1 - Recepção do Pronto-Socorro
Após a chegada do paciente, o pessoal que trabalha na recepção abre e registra os
boletins de atendimento, encaminhando os mesmos para o setor de Triagem (composto
de apenas duas salas), que é o setor responsável pela avaliação da situação do paciente.
Na avaliação verificam-se as características do caso para atendimento pelo Serviço
de Pronto Atendimento (SPA) ou pelo Pronto-Socorro.
4.1.2 - Pronto-Socorro (Emergência)
O setor de emergência continua no mesmo espaço, medindo, aproximadamente, 80
m², sendo composto de uma sala para exame físico, cinco boxes para repouso com dois
leitos cada, um boxe com quatro mesas onde são realizados os atendimentos, comando
de enfermagem, uma área recuada com poltronas para repouso e inaloterapia e dois
banheiros.
Destacam-se, abaixo, alguns apontamentos pendentes de solução, constantes do
relatório da inspeção anterior (processo 40/2611/2006), que encontra-se em tramitação
interna:
� Apesar de lotado, os pacientes de todos os níveis de complexidade estavam
sendo atendidos por ordem de chegada, havendo apenas um leito extra
posicionado fora dos boxes;
� Uma das situações que ainda perdura no Pronto-Socorro é que o mesmo
deveria ser destinado a pacientes de curta permanência (6-12 h), mas tem
abrigado pacientes idosos, pacientes considerados crônicos e ainda alguns
classificados como população de rua, que ficam muitas vezes “internados”, em
observação junto com pacientes em atendimento, por mais de 24 horas, por
falta de leitos nas enfermarias, provocando a superlotação;
� Continua a falta de equipamentos para reanimação de pacientes, incluindo leito
para tal, havendo a necessidade de deslocar o paciente para o 2º andar,
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perdendo-se um tempo vital entre a localização e chegada do maqueiro,
elevador, etc;
� Falta de equipamentos essenciais, tais como aparelho de ecocardiograma com
desfibrilador;
� Continua o número insuficiente de profissionais;
� Houve uma melhora na higienização e condições sanitárias do setor;
� Não foi implantada uma Ouvidoria, bem como não há indicadores na porta de
entrada para medir a qualidade da assistência prestada aos pacientes.
4.1.3 - Pediatria
Conforme já apontado nas inspeções anteriores, o espaço físico no primeiro andar
é pequeno; existem (03) três consultórios individuais para o atendimento; a demanda é
espontânea, sem utilização da recepção; a maioria dos casos atendidos não é
emergencial; a sala de espera é ampla, com televisão; são realizados pequenos
procedimentos (suturas, nebulizações, injeções, curativos e outros) com eficiência.
4.1.4 - Ortopedia
Na ortopedia, não houve mudanças, continua o apontado nas inspeções anteriores,
a saber: o atendimento é realizado numa sala pequena, no primeiro andar, sem
consultórios individualizados, sendo realizados alguns procedimentos de pequena
complexidade, tais como: reduções; infiltrações, imobilizações com talas e gessos e
outros. A sala de espera é improvisada num corredor pequeno, onde circulam diversos
pacientes, o que causa tumulto. A maioria dos casos, aproximadamente 90%, não é
constituída de doenças ortopédicas emergenciais (falta protocolo para a emergência da
ortopedia), não tem enfermaria própria, bem como faltam técnicos de gesso.
Na parte da manhã, os pacientes estavam sendo atendidos em pé pelos médicos,
inclusive, aqueles que estavam com dores, conforme fotos, a seguir. A equipe passou
novamente pelo local às 13:10 h e constatou que não havia médico para atender vários
pacientes que estavam aguardando.
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4.1.5 – Emergência Clínica
Um dos problemas considerado grave pelos médicos foi corrigido com a compra
de respiradores mais modernos (09 respiradores da marca Intermed). As questões ainda
não resolvidas são: número de pacientes acima da capacidade de atendimento, pacientes
com doenças infecto-contagiosas em atendimento juntamente com pacientes de outras
patologias, os acompanhantes dos idosos aumentam a superpopulação em virtude do
espaço físico reduzido, o que tumultua sobremaneira o setor, uma vez que não existindo
espaço destinado aos acompanhantes, estes permanecem de pé ao lado do leito
correspondente
A permanência dos pacientes no setor, que deveria ser curta, acaba se
prolongando, por vários motivos: por falta de vagas nas enfermarias; dificuldade de
transferência para outras unidades; permanência de pacientes com alta hospitalar cujos
familiares relutam em recebê-los e a falta de vagas nos setores especializados para os
pacientes graves (CTI e Unidade Coronariana).
4.1.6 – Clínica Médica
Na clínica médica, são 07 médicos para atender 48 pacientes e, conforme
informação dos médicos, há necessidade da realização de treinamento e cursos de
reciclagem, tendo em vista a falta de capacitação existente.
Relacionam-se abaixo, alguns dos problemas deste setor ainda não solucionados,
apontados na inspeção anterior:
Pacientes sendo atendido em pé. Às 13:10 horas, não havia médico atendendo.
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� Devido à superlotação de pacientes no setor de imagem, os exames de
tomografia demoram a ser realizados, ocasionando reclamações por parte dos
médicos;
� A infra-estrutura da clínica médica é deficiente, faltam computadores,
ar-condicionado, necessidade de reforma e suporte de informática;
� Os residentes ficam, esporadicamente, sozinhos;
� É comum o encaminhamento de pacientes considerados graves para a clínica
médica, pois não há na emergência clínica uma unidade intermediária que
receba esses pacientes;
� Falta monitor cardíaco;
� Falta isolamento para os pacientes com doenças contagiosas;
� Faltam pia e lavatório;
� Não há água potável para os médicos e enfermeiros;
� Os pacientes chegam a ficar “internados” na emergência por mais de 10 (dez)
dias, por falta de vagas.
4.1.7 – Laboratório
A sobrecarga de exames provocada pelo grande número de solicitações da equipe
da urgência/emergência foi resolvida com a mudança do local do SPA, pois facilitou a
coleta do material, porém ainda necessita de mais profissionais, bem como de um
médico para atendimento à demanda.
Laboratório em Obras
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4.1.8 – Politrauma
Fica numa sala grande, superlotada, com doentes de diversos níveis de
complexidade, sem vigilância adequada, tendo como gênese da superpopulação a falta
de vagas nas enfermarias.
Durante a visita, foi constatado que desde a ultima inspeção, não houve solução
para os seguintes problemas:
� O pessoal médico e de enfermagem não é suficiente e, salvo algumas
exceções, não tiveram treinamento especializado para este tipo de
atendimento;
� A enfermagem é reduzida, e seu trabalho dividido nas duas salas
(ressuscitação e salão), sendo incontáveis as vezes em que os pacientes
graves são atendidos sem o auxílio do grupo de enfermagem que está
ocupado em outras situações;
� Freqüentemente, o pós-operatório imediato dos pacientes da emergência é
realizado na Sala de Atendimento ao Politraumatizado, quando deveria ser
encaminhado, de acordo com seu estado clínico, para as enfermarias, para a
UTI ou CTI;
� Na enfermaria, as janelas estavam sem telas.
4.1.9 – Centro Cirúrgico
Tendo em vista que a sala de recuperação pós-anestésica não está equipada e que a
mesma virou um depósito de equipamentos quebrados, o paciente fica na própria sala do
centro cirúrgico, aguardando passar o efeito da anestesia, ocupando a sala que poderia
estar sendo utilizada para outra cirurgia.
As informações abaixo relacionadas, foram obtidas com os funcionários do setor,
a saber:
� Cirurgias eletivas são suspensas ocasionalmente por falta de sangue, horário,
falta de exames, falta de staff, falta de vaga na CTI e na enfermaria,
� Não há vagas no Centro de Tratamento Intensivo para o pós-operatório;
� Ocorre que, ocasionalmente, neurocirurgiões da emergência entram para
cirurgia sem um auxiliar, obrigando a instrumentadora a participar da cirurgia;
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� Diariamente, macas são utilizadas como leito pós-operatório;
� Falta de segurança e de controle de entrada de pessoas no centro cirúrgico;
� Falta de profissionais de enfermagem, tanto técnicos como enfermeiros, tendo
em vista que a demanda de cirurgias cresce e o número de profissionais
diminui com aposentadorias e exonerações;
� Alguns materiais têm sido esterilizados na estufa;
� Algumas torneiras das pias não são adequadas para um centro cirúrgico.
4.1.10 – Ambulatórios
Nos ambulatórios, são feitos atendimentos para as especialidades de cirurgia geral,
otorrinolaringologia, proctologia, pré-natal, ortopedia, homeopatia, cardiologia,
neurocirurgia, cirurgia plástica, oftamologia, fonodiaudiologia, EEG, nutrição, pós-
operatório de cirurgia vascular e pós-operatório buco-maxilo-facial
O SPA de clinica médica e o de clínica pediátrica também funcionam como
ambulatórios, para atendimento com hora marcada.
Além da falta das especialidades de Dermatologia e Clínica Médica, o setor
precisa de um arquivo e de recursos humanos.
Na especialidade Ortopedia são apenas 30 vagas diárias, sendo 23 para fraturas
com gesso e 07 vagas para fraturas crônicas, pois atende retorno de consultas e pós-
operatório.
Tendo em vista a grande procura para ortopedia, há consultas marcadas para
agosto/2009.
4.1.11 – Maternidade
Quando da visita da comissão inspecionante, o ar condicionado estava
funcionando a contento.
Foram solucionados alguns problemas mencionados na inspeção anterior, além da
refrigeração, outros continuam, conforme relacionados abaixo:
� O vestiário é pequeno e está sendo usado como depósito de materiais, que
também é pequeno;
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Vestiário pequeno
� O material esterilizado transita com o material contaminado no mesmo
ambiente mostrado na foto abaixo;
Cruzamento material
� As incubadoras são muito antigas e a manutenção é efetuada pela Engenharia
Clínica.
� Faltam anestesistas exclusivos para o setor;
� Faltam lavadoras de instrumentais.
4.1.12 – Gestão dos Contratos
4.1.12.1 – Contrato nº 1308/2008
A SMSDC celebrou em 29/10/2008, contrato com a Medicalcoop Cooperativa de
Assistência Médica Ltda, tendo como objeto a contratação estimada de 702.309 horas
de profissionais de diversas categorias para prestação de serviços nas Unidades da
SMSDC, no valor de R$ 13.978.478,88, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, no
período de 01/11/2008 a 29/04/2009.
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O instrumento contratual foi processado nesta Corte sob o nº 40/5965/2008 e
encontra-se arquivado, conforme Sessão Plenária de 22/06/2009.
A contratação se fundamentou no disposto no Inciso IV, do art. 24, da Lei nº
8666/93 e suas alterações, ou seja, dispensa de licitação.
A despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota
de empenho nº 2008/004211, no valor de R$ 4.659.492,96, em 20/10/2008.
O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 13.978.478,88,
sendo que o total pago foi de 11.045.921,39, restando a pagar o valor de R$
2.339.044,64, que corresponde a 01 mês de prestação de serviços, conforme Relação
dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução, apesar do Contrato ter encerrado
em 29/04/2009 (Anexo VIII).
Apesar do encerramento do contrato, constatou-se que não foi celebrado nenhum
instrumento contratual com a Medicalcoop, continuando a mesma a prestar serviços
que, posteriormente, serão pagos através de Termos de Ajuste de Contas.
4.1.12.2 – Contrato nº 13/2009
A SMSDC celebrou em 30/01/2009, contrato com a empresa Seven Segurança e
Vigilância Privada Ltda, tendo como objeto a prestação de serviços de vigilância e
segurança desarmada em diversas unidades de saúde, no valor de R$ 1.680.000,00, pelo
prazo de 12 meses, no período de 01/02/2009 a 31/01/2010.
O instrumento contratual foi processado nesta corte sob o nº 40/000.729/2009 e
encontra-se em tramitação interna.
A contratação se fundamentou no Pregão Presencial nº 005/08, sendo que a
despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota de
empenho nº 2008/004921, no valor de R$ 140.000,00, em 28/11/2008.
O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 1.680.000,00,
sendo que o total pago foi de R$ 264.600,00, conforme Relação dos Dados do
Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo VIII).
O Termo de Referência menciona que a empresa deveria disponibilizar 12 rádios
portáteis para os vigilantes. Os vigilantes não possuem rádios portáteis para uso no
hospital conforme contratado e também não estavam portando cassetete.
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Nas entrevistas realizadas com os empregados da empresa, todos reclamaram do
atraso nos pagamentos dos salários, bem como da falta de pagamento do vale-
transporte.
Após conferência dos postos de trabalho, conforme distribuição, foi constatado o
que segue:
VIGILANTES DIURNOS
LOCAL HAVIA
02 Politrauma 01 01 pediatria 1º andar 00 03 entrada emergência 02 01 hall ambulância 00 01 cti pediatria 01 02 entrada mário ribeiro 01 02 escada de visita 01 01 hall de emegência 01 01 gabinete diretoria 01 01 Ambulatório 01 01 Maternidade 01 01 Fiscal 01 17 /////////////////////////////////////////// 11
Por ocasião da conferência, não estavam em seus postos 06 vigilantes.
NOTAS FISCAIS EMITIDAS PELA SEVEN EMISSÃO Nº NOTA VALOR PROCESSO DESTINO PAGTº 27/01/2009 338 88.898,16 09/170277/09 CUL - 02/02/2009 359 88.898,16 09/170556/09 S/CIN - 02/03/2009 392 88.898,16 09/170294/09 - 01/04/2009
4.1.12.3 – Contrato nº 97/2007
A SMSDC celebrou em 04/04/2007, contrato com a empresa Qualidade Total
Operadora de Recursos Humanos Ltda, tendo como objeto a prestação de serviços de
portaria em diversas unidades de saúde, no valor de R$ 7.216.272,72, pelo prazo de 12
meses, no período de 01/06/2007 a 31/05/2008.
O instrumento contratual foi processado nesta Corte sob o nº 40/3338/2007 e
foram celebrados: 1º Termo Aditivo nº 1421/2007 (acréscimo de 0,73%), 2º Termo
Aditivo nº 435/2008 (prorrogação do prazo de vigência para 31/05/2009) e 3º Termo
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Aditivo (acréscimo de 2,56%), encontrando-se arquivado, conforme Sessão Plenária de
02/06/2008.
A contratação se fundamentou no Pregão Presencial nº 002/2007, sendo que a
despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota de
empenho nº 2007/0864, no valor de R$ 1.804.068,18, em 30/03/2007.
O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 14.666.149,08,
sendo que o total pago, até o mês de novembro de 2008, foi de R$ 10.737.746,51,
restando a pagar o valor de R$ 1.113.872,31, apesar do término da vigência contratual já
ter expirado em 31/05/2009, conforme Relação dos Dados do Instrumento Contratual e
sua Execução (Anexo VIII).
Nas entrevistas realizadas com os empregados da empresa, todos reclamaram do
atraso no pagamento dos salários, bem como do vale-transporte.
Apesar de constar no Termo de Referência que os porteiros seriam distribuídos
nos seguintes locais: horário diurno: 3º andar - Pediatria, Gabinete do Diretor,
Refeitório e Coordenadoria, constatou-se a seguinte distribuição:
PORTEIROS DIURNOS
LOCAL HAVIA PRESENTE
01 Ambulatórios 01 01 Emergência 01 01 portão azul 00 02 entrada garagem 02 01 standy by 01 06 /////////////////////////////////////////////// 05
Por ocasião da conferência, no portão azul não havia porteiro.
NOTAS FISCAIS EMITIDAS PELA QUALIDADE TOTAL EMISSÃO Nº NOTA VALOR PROCESSO DESTINO PAGTº 24/11/2008 4856 15.407,79 09/171464/08 S/GAB - 01/12/2008 4915 15.407,79 09/171689/08 S/CIN - 02/01/2009 5227 15.407,79 09/170161/09 S/CIN - 02/02/2009 5509 15.407,79 09/170199/09 S/GAB - 02/03/2009 5726 15.407,79 09/170321/09 S/GAB -
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
19
4.1.12.4 – Contrato nº 49/2008
A SMSDC celebrou em 29/02/2008, contrato com a empresa CNS Nacional de
Serviços Ltda, tendo como objeto a prestação de serviços de recepção administrativa da
clientela em diversas unidades de saúde, no valor de R$ 3.011.052,00, pelo prazo de 12
meses, no período de 03/03/2008 a 02/03/2009.
O instrumento contratual foi processado nesta Corte sob o nº 40/1313/2008 e
foram celebrados vários Termos Aditivos. O 6º Termo Aditivo nº 28/09 prorrogou o
prazo da vigência contratual para o período de 03/03/2009 a 02/03/2010, tendo sido
votado pela diligência na Sessão Plenária de 26/11/2008.
A contratação se fundamentou no Pregão Presencial nº 60/2007, sendo que a
despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota de
empenho nº 2008/0361, no valor de R$ 250.921,00, em 04/01/2008.
O preço total dos serviços foi de R$ 6.756.090,00, sendo que o total pago, até o
mês de novembro/2008, foi de R$ 2.531.458,17, restando a empenhar o valor de
3.646.187,02, conforme Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução
(Anexo VIII).
Destaca-se que os dados orçamentários e financeiros referentes ao 6º Termo
Aditivo não estão registrados no Fincon Citrix.
Nas entrevistas realizadas com os empregados da empresa, todos reclamaram do
atraso no pagamento dos salários, bem como da falta de pagamento do vale-transporte.
Após conferência da distribuição, foi constatado que na recepção do Ambulatório
havia apenas uma recepcionista, quando deveria haver três.
Cabe destacar que o atendimento prestado à clientela pelas recepcionistas,
conforme projeto básico, fica restrito à recepção administrativa, o que inclui o registro
em boletins de atendimento ou prontuários, seja através de impressos ou por meio
informatizado, identificação do cliente, acompanhantes ou visitantes, encaminhamentos
internos e externos, seguindo o que for determinado pelo grupo técnico-assistencial.
Não obstante o previsto no projeto básico, a equipe inspecionante encontrou 03
(três) recepcionistas trabalhando na área administrativa do hospital.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
20
NOTAS FISCAIS EMITIDAS PELA CNS EMISSÃO Nº NOTA VALOR PROCESSO DESTINO PAGTº 01/12/2008 2421 32.659,00 09/171606/08 S/CIN - 02/01/2009 2699 32.659,00 09/17037/09 S/CIN - 02/02/2009 2980 34.248,50 09/170223/09 - 30/03/2009 02/03/2009 3122 34.248,50 09/170370/09 S/GAB
Foi constatado pela comissão inspecionante que não há fiscal designado para
acompanhamento dos serviços prestados, em todos os contratos analisados. A direção
enviou o ofício nº 722/2009/S/SUBASS/HMMC ao Coordenador da S/SUBG/CIN
solicitando informações sobre a designação dos servidores responsáveis pela
fiscalização dos contratos e, posterior, publicação.
4.1.13 – Faturamento ao SUS
Desde a implantação das novas regras do SUS para a cobrança das despesas com
os pacientes, iniciada em janeiro/2008, a responsável pelo setor repassou as novas
exigências para as chefias, diretorias e administrativos.
Uma das exigências era que a partir das novas regras do preenchimento das
SARCH (Sumário de Alta / Resumo da Conta Hospitalar), tornava-se necessário o
preenchimento correto da 1ª folha – AIH (Autorização para Internação Hospitalar), onde
deveria constar de forma legível o nome do profissional solicitante, bem como o
carimbo, devendo o mesmo estar cadastrado no CNES.
A folha da AIH precisa ser corretamente preenchida, contendo todos os dados
do paciente, principalmente o nome da mãe, documento de identidade ou CPF. Nos
pacientes que realizam hemodiálise o CPF é obrigatório.
Foram destacados, a seguir, os problemas que tem prejudicado o faturamento da
unidade:
1) Prontuários com carimbos e assinaturas de médicos e residentes não cadastrados no
CNES;
2) Quanto às cirurgias eletivas, as AIH’s não estão sendo preenchidas corretamente.
Como exemplo, em março/2009, foram enviadas 54 cópias de AIH’s, sendo
autorizadas pela Central de Autorização para fins de cobrança 14 AIH’s, retornando
40 à Unidade para devolução às chefias das clínicas cirúrgicas, a fim de que fossem
preenchidas corretamente e então reapresentadas em abril/2009;
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
21
3) Quanto aos serviços de hemodiálise, os mesmos são realizados pela empresa UTN,
cadastrada no CNES. O que tem impedido o faturamento deste procedimento de alto
custo é o fato de que não consta o CPF do médico responsável (nefrologista), bem
como o CPF do paciente. Sem esses dados, ocorre a glosa pelo SUS;
4) A responsável pelo faturamento informa que precisa cobrar tudo o que se gasta com
o paciente. Se os setores competentes não registram, por exemplo, nos resumos de
altas, óbitos e transferências o uso de albumina, nutrição parenteral, rhogan,
estreptoquinase, diária de CTI, etc, não há como cobrá-los ao SUS;
5) Todo paciente idoso tem direito à acompanhante, sem pernoite, pois não há
acomodações necessárias para o pernoite. Nesses casos, o setor de faturamento
necessita que seja anotado no prontuário do paciente o nome completo do
acompanhante. Poucos são os prontuários com tal registro. A data de nascimento,
por exemplo, em 40% dos prontuários, não é registrada;
6) Quanto aos prontuários dos pacientes que fazem uso de próteses, precisam aguardar
de 2 a 3 meses para que as notas fiscais cheguem. O setor informou que perde-se
dinheiro, pois o faturamento de um paciente, dois meses após a alta, diminui o
percentual de pagamento. Informa ainda, que tem telefonado para as empresas para
as mesmas enviarem as notas fiscais e não obtêm respostas. Não chegando a nota
fiscal, após terminar o prazo para faturar tal prontuário, ele segue com a cobrança do
procedimento e dos exames realizados. Quando a nota fiscal chega ao departamento
ela recebe o nº da AIH do prontuário e é efetuado o pagamento ao fornecedor, mas o
faturamento fica prejudicado, pois o SUS não repassa o valor da nota fiscal;
7) Quanto aos procedimentos de cirurgia vascular, considerados de alta complexidade,
a responsável pelo setor informa que deixou de apresentá-los para fins de
faturamento, pois não tem autorização para tal, uma vez que o procedimento não
está habilitado no SUS. Informa ainda que, na gestão anterior, houve a solicitação
do cadastramento desses procedimentos, não sabendo os motivos da demora, tendo
em vista que são procedimentos caros e efetuados com muita freqüência.
O quadro, a seguir, demonstra, a título de exemplo, o valor não faturado ao SUS,
no período de janeiro a março/2009, de alguns procedimentos de alto custo.
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CÓDIGO PROCEDIMENTOS QUANTIDADE JAN A MAR/09
VALOR PAGO PELO SUS
VALOR NÃO FATURADO
0406020124 emboledomia arterial 8 1.530,75 12.246,00 0406020302 plastia arterial com remendo 5 1.457,61 7.288,05 0406020310 ponte áxilo-bifemural 2 1.457,57 2.915,14 0406020329 ponte áxilo-femural 1 1.457,57 1.457,57 0406020345 ponte femoro-femural cruzada 1 1.457,57 1.457,57 0406020353 trombo endarterectomia aorto femural 4 1.458,25 5.833,00 0406020360 ponte tromboendarterectomia de carótida 2 1.231,36 2.462,72 0406020434 revascularização por ponte
tromboendarterectomia de outras artérias distais
8
1.142,89
9.143,12 0406020442 revascularização por ponte
tromboendarterectomia femoropoplitea distal
5
1.457,57
7.287,85
TOTAL 50.091,02
Constatou-se que o faturamento da Unidade ao SUS depende de todos os dados
preenchidos nos prontuários, por isso torna-se necessária a colaboração de todos os
profissionais do hospital. A responsável pelo faturamento tem realizado reuniões com os
chefes de serviços e enfermagem, solicitando o empenho de todos para que insistam
com os médicos, no preenchimento completo dos prontuários.
Foram destacados, a seguir, os procedimentos de hemodiálise não faturados no
período de outubro/2008 a março/2009, pois os serviços são prestados pela empresa
UTN – Unidade de Tratamento Nefrológico e Comércio Ltda e a mesma não possui
nefrologista cadastrado no CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde,
conforme planilha fornecida pela Diretora Administrativa. O contrato nº 843/2007 foi
processado nesta Corte sob o nº 40/4137/2007, tendo sido arquivado na sessão Plenária
de 28/05/2008.
MESES VALOR NF VALOR UNITÁRIO
QTD. EXAMES REALIZADOS
VALOR NÃO FATURADO (Qtd. exames x R$ 111,00- SUS)
Out/08 94.710,00 410,00 231 25.641,00
Nov/08 78.720,00 410,00 192 21.312,00
Dez/08 84.050,00 410,00 205 22.755,00
Jan/09 109.060,00 410,00 266 29.526,00
Fev/09 78.310,00 410,00 191 21.201,00
Mar/09 81.590,00 410,00 199 22.089,00
TOTAL 526.440,00 //////////////////// 1.284 142.524,00
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4.1.14 – Manutenção nos Equipamentos Médicos
O HMMC mantém contrato com a empresa Engeclinic Serviços Ltda1, com as
atribuições de adotar ações emergenciais para restabelecer a operacionalidade do parque
de equipamentos médico-hospitalares e manter um sistema de gerenciamento do parque,
inclusive, com acompanhamento dos serviços prestados por terceiros e com a realização
de manutenção nos equipamentos não cobertos por contratos de manutenção, prevendo-
se também, o fornecimento de peças, até o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) por
mês.
Por meio do engenheiro da EngeClinic, Nando Murra, foram apresentadas
algumas sugestões, visando economia orçamentária e financeira do hospital, conforme
documento juntado (Anexo XIX).
4.1.15 – Recursos Humanos
Na visita aos diversos setores do hospital, os responsáveis pelos mesmos
declararam haver déficit de pessoal, em quase todas as especialidades médicas, quando
comparado com o quantitativo necessário ao atendimento da demanda.
A Diretora Geral da Unidade, por ocasião da inspeção, ainda não havia efetuado o
levantamento da carência de Recursos Humanos do hospital.
4.2 – Hospital Municipal Lourenço Jorge
Situado na Barra da Tijuca, contando com aproximadamente 1.922 funcionários
em média em 2009, 151 leitos ativos, 41 na emergência, 120 nas unidades de
internação, além de maternidade Leila Diniz, centros de tratamento intensivo adulto e
infantil, e 19 consultórios ambulatoriais.
Quanto à nova sistemática de trabalho, baseada na autogestão orçamentária,
constatou-se que a mesma não ocorre efetivamente, pois as unidades emitem apenas as
Notas de Autorização de Despesas (NAD’s) e Notas de Empenho, sendo que os
contratos continuam sendo celebrados no Nível Central.
1 Contrato nº 56/2009, por Pregão Presencial nº 132/2008, pelo prazo de 24 meses (01/03/2009 a 28/02/2011), processado nesta Corte sob o nº 40/000728/2009, em tramitação interna.
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24
Tendo em vista a publicação no DO. Rio, de 15/02/2006, da Resolução nº 1185,
que criou as atividades de neurocirurgia e de cirurgia vascular, constata-se que não
houve a implantação dos serviços.
4.2.1 – Gestão dos Contratos
4.2.1.1 – Contrato nº 180/2008
A manutenção preventiva e corretiva predial hospitalar é realizada pala empresa
TEKNO Sistemas de Engenharia LTDA., sob o contrato nº 180/2008, processo
administrativo nº 09/003914/2008, no valor de R$ 2.654.874,32, com vigência de
02/010/2008 a 28/09/2009, celebrado com a RIOURBE, autuado nesta Corte sob nº
040/005380/2008, votado por diligência na Sessão Plenária de 15/06/2009.
Segundo informações da unidade, a referida empresa suspendeu os serviços que
vinham sendo prestados em razão da falta de pagamento. Em consulta ao sistema
FINCON em 19/06/2009, foi verificado que houve o pagamento de R$ 671.811,34,
conforme documento juntado no Anexo VIII.
A seguir, são apresentadas fotos de locais que tiveram as suas obras paralisadas.
Paredes inacabadas devido à suspensão de serviços de manutenção por falta de pagamento
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Paredes inacabadas devido à suspensão de serviços de manutenção por falta de pagamento
Material de obra abandonado pela empresa na área da Maternidade Leila Diniz
4.2.1.2 – Contrato nº 593/2007 (comum ao HM Miguel Couto)
A contratação se fundamentou no Edital de Concorrência Pública 04/2007.
A SMSDC celebrou contrato com a empresa CNS Nacional de Serviços Ltda, para
prestação de serviços de administração operacional de transporte, locomoção e/ou
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26
movimentação de pacientes tanto no HM Lourenço Jorge quanto na Maternidade Leila
Diniz, estando em vigor o seu 2º Termo Aditivo nº 619/08, no valor de R$
1.046.160,00, pelo prazo de 12 meses, no período de 01/07/2008 a 30/06/2009.
Este 2º Termo foi processado nesta Corte sob o nº 40/3432/2008, tendo sido
votado pela diligência na Sessão Plenária de 09/02/2009.
O preço total dos serviços foi de R$ 2.029.632,00, sendo que o total pago foi de
R$ 1.652.509,37, restando a empenhar o valor de R$ 323.017,80, conforme Relação dos
Dados do Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo VIII).
4.2.1.3 – Contrato nº 235/2008 (comum ao HM Miguel Couto)
Este contrato segue os moldes do descrito no item 4.1.14. Foi celebrado entre a
SMSDC e a empresa Medsystem Comércio, Manutenção e Serviços Hospitalares Ltda-
ME, tendo como objeto a contratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva
de equipamentos básicos de laboratório (centrífugas, agitador, banho-maria,
deionizador, destilador espectofotômetro, estufa, microcentrífuga) pertencentes a
diversas unidades da SMS.
Tal instrumento foi celebrado em decorrência do Pregão Presencial n.º 15/2008.
O preço total dos serviços foi de R$ 1.194.816,00, sendo que o total pago foi de
R$ 440.529,67, restando a empenhar o valor de R$ 560.736,80, conforme Relação dos
Dados do Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo VIII).
4.2.1.4 – Contrato nº 1742/2007 (comum ao HM Miguel Couto)
Foi celebrado entre a SMSDC e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana –
COMLURB, segundo processo administrativo nº 09/019.711/07, tendo como objeto a
prestação de serviços de Higiene Hospitalar e Gestão Interna dos Resíduos Sólidos dos
Hospitais Municipais Souza Aguiar, Miguel Couto, Lourenço Jorge, Salgado Filho e
Maternidade Leila Diniz, no valor de R$ 74.724.667,24, com vigência de 01/01/2008 a
31/12/2011. Foi verificado que a composição do valor do custo da mão-de-obra teve
como base, a tabela apurada pela Fundação Getúlio Vargas.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
27
Este contrato se encontra nesta Corte autuado sob nº 040/499/08 e houve decisão
pela diligência determinada pelo Exmo. Senhor Conselheiro Relator Antonio Carlos
Flores de Moraes em Sessão de 17/09/2008.
A distribuição de pessoal se dá tanto no HM Lourenço Jorge, 107 profissionais,
quanto na Maternidade Leila Diniz, 95 profissionais. Observou-se duplicidade de
utilização de 10 destes nas listagens de pessoal fornecidas.
O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 74.724.667,20,
sendo que o total pago foi de R$ 23.940.477,14, restando a empenhar o valor de R$
37.583.834,40, conforme Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução
(Anexo VIII).
4.2.2 – Faturamento ao SUS
O quadro geral do faturamento dos procedimentos de alto custo realizados no
hospital, apresentado pela unidade de saúde e pago (acolhido) pelo SUS tem o perfil a
seguir apresentado:
AIH MÉDIA
2008
MÉDIA
2009
JAN/09 FEV/09 MAR/09 TOTAIS
Apresentado, R$ 602.232,10 532.622,29 570.541,72 494.702,85 966.057,88
Pago, R$ 561.493,49 383.426,20 405.584,94 361.267,45 -------
Valor não acolhido, R$ 40.738,61 140.196,09 164.956,78 133.435,40 787.255,80
... percentuais 0,07 0,28 0,29 0,27
Quantidade apresentada 964 821,50 842 801 1.251
Quantidade aprovada 911 609 619 598 -------
... percentuais 0,05 0,26 0,26 0,25
Ambulatorial
Apresentado, R$ 329.882,15 597.649,90 894.198,12 301.101,68 337.665,67
Pago, R$ 266.721,57 512.556,72 762.356,21 262.757,22 -------
Valor não acolhido, R$ 63.160,58 85.093,18 131.841,91 38.344,46 928.113,33
... percentuais 0,19 0,14 0,15 0,13
Totais 1.715.368,83
Fonte: dados extraídos e compilados de planilha fornecida pela unidade de saúde
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Destaca-se o percentual de não acolhimento médio do faturamento (AIH)
apresentado pela unidade ao SUS em 2009, 26 %, correspondente a R$ 298.392,18,
assim como o ambulatorial , correspondendo a R$ 170.186,37.
Já, para o período de 2008 e janeiro e fevereiro de 2009, há um acumulado de
faturamento não acolhido pelo SUS de R$ 1.715.368,83.
4.2.3 – Diagnóstico por imagem
Nesta área, os problemas se concentram basicamente no TOMÓGRAFO marca
PHILIPS modelo MX 4000, localizado no setor de raios-X, de nº série PDL055EI, o
qual, segundo informado, foi obtido através de uma doação à unidade.
Conforme quadro demonstrativo da situação do tomógrafo, desde sua
operacionalização, emitido pela unidade, este equipamento entrou em uso no dia
11/07/2007, tendo apresentado até 17/04/2009 nove vezes problemas que ocasionaram a
sua paralisação num período em torno de 171 dias, de acordo com o exposto a seguir:
Aparelho de tomógrafo
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Conforme se pode observar, há uma grande quantidade de dias de
indisponibilidade deste equipamento, comprometendo sobremaneira a operação da
unidade, uma vez que ações de outros setores dependem fundamentalmente dos
exames ali produzidos.
4.2.4 – Cirurgias e UIs / UTIs
A unidade de cirurgia dispõe de 05 salas cirúrgicas, tendo sido realizadas uma
média mensal de 252 cirurgias em 2008, e 229 em 2009.
Um importante problema relatado refere-se às suspensões de cirurgias, as quais
se dão por diferentes causas. A seguir, é apresentado quadro relativo aos quantitativos
no período de janeiro a outubro de 2008.
DATA PARALISAÇÃO
PLANTÃO DEFEITO DATA
FUNCIONAMENTO TEMPO
INOPERANTE
07/05/2008 Quarta-feira Não dá “X” 04/07/2008 58 dias
07/07/2008 Segunda-feira Não indicado no relatório da
Manutenção 10/07/2008 03 dias
13/07/2008 Domingo “COD ERRO” 14/07/2008 01 dia
14/10/2008 Terça-feira Monitor “apagou” 27/10/2008 13 dias
02/11/2008 Domingo “COD TALK TYPE: SCAN AND RECONSTITUTION”
03/11/2008 01 dia
17/11/2008 Quarta-feira Gerado pela queda de energia
da LIGHT 06/02/2009 79 dias
02/03/2009 Terça-feira Aparelho “desarma quando
dá o X” 06/03/2009 04 dias
23/03/2009 Segunda-feira Problema no software 25/03/2009 02 dias
07/04/2009 Terça-feira Defeito na ventoinha do
Cooler Unit do tubo de RX Prevista para hoje
(17/04/2009) 10 dias
Tempo total de inoperância do Tomógrafo: 171 dias
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30
ESPECIALIDADES CIRURGIAS MARCADAS
CIRURGIAS SUSPENSAS
%
Cirurgia Geral 579 132 22
Ortopedia 951 224 23
Buco Maxilo 148 35 23
Cirurgia Infantil 84 27 32
Cirurgia plástica 30 3 10
Total 1792 421 23
Fonte: dados extraídos de relatório estatístico fornecido pela unidade
Verifica-se que há um percentual médio de 23% de suspensões. Segundo
informações coletadas junto a Dra. Tatiana, responsável pela elaboração dos macro-
indicadores gerenciais da unidade, estas ocorrências se devem a um elenco de fatores os
quais estão sendo dimensionados pelas áreas responsáveis com vistas a se verificar
aqueles que apresentam maior freqüência de forma a se tomar medidas saneadoras com
intuito de reduzir estes percentuais detectados.
Observou-se, ainda, que na particularização dos dados por mês no ano de 2008,
há pontos que chamam mais a atenção pelo seu alto índice de suspensões, tais como:
ESPECIALIDADES MÊS CIRURGIAS MARCADAS
CIRURGIAS SUSPENSAS
%
Cirurgia Geral agosto 62 20 33,8
Ortopedia março 102 39 38,2
Buco Maxilo março 15 7 46,7
Cirurgia Infantil Julho 11 7 63,6
Em 2009, o quadro de suspensões de cirurgia continua preocupante, tendo em
vista os dados a seguir:
MÊS EM 2009 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO MÉDIA
% Cirurgias Suspensas 21,3 18,2 19,3 19,6
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31
Houve informação, ainda, que há 03 autoclaves, sendo que 01 é novo, que nunca
funcionou, e 02 que eventualmente entram em pane. Há 14 ortopedistas, quando na
realidade deveriam existir 46, segundo os responsáveis pelos serviços.
Com relação à estrutura de assistência neonatal na Maternidade Leila Diniz,
verificou-se que havia setor com todos os seus requisitos para o integral funcionamento
e que, contudo, estava desativado, conforme demonstrado nas fotos a seguir:
Centro de atendimento UI / UTI sem utilização na Maternidade Leila Diniz
Outro fato que chamou bastante atenção é o atinente às luvas cirúrgicas
descartáveis. Foi apresentada à equipe uma amostra que, logo após a retirada da
embalagem original se apresentava impregnada de diversos resíduos de cirurgia, tais
como manchas de sangue, conforme fotos a seguir:
Luvas cirúrgicas desembaladas como novas, porém com sinais de reutilização
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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Luvas cirúrgicas desembaladas como novas, porém com sinais de reutilização
4.2.5 – Necrotério
A gerente administrativa, Sra. Tania informou à comissão inspecionante sobre a
existência de corpos no necrotério há pelo menos 04 (quatro) anos. No período de
inspeção ocorreram diversas retiradas de corpos viabilizadas por determinação judicial.
A previsão era que nos próximos dias fosse completada a operação de retirada de todos
os corpos.
4.2.6 – Recursos Humanos
Nas diversas áreas visitadas houve, de forma recorrente, a informação de que
havia carência de pessoal em diversas especialidades, assim como em serviços de apoio,
tais como segurança, portaria, lavanderia. Para agravar o cenário apresentado à equipe
inspecionante, foi ressaltado pelos responsáveis pela unidade que, em virtude da
publicação do Decreto nº 30.375, publicado no DO Rio em janeiro/2009, haveria um
corte linear de 25% no pessoal da unidade.
Ressalte-se que o mesmo prevê, inicialmente, um contigenciamento da ordem de
20%, percentual que poderá ser modificado a critério da CPFGF.
Não obstante reiteradas solicitações da equipe inspecionante para que fosse
fornecida a nova situação de quantitativo e qualitativo de pessoal após reunião realizada
no Nível Central, não houve resposta da unidade, o que não nos permitiu aquilatar o real
impacto, se realmente existe, derivado daquela redução de pessoal.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
33
4.2.7 – Itens diversos
A administração da unidade informou sobre o furto de uma impressora, que se
encontrava na sala das secretárias da diretoria da unidade, no período de 15/02/2008,
sexta-feira, a 17/02/2008, domingo, o qual foi registrado no boletim de ocorrência nº
016-01839/2008, na DP.
Abaixo, é apresentada foto do local onde estava instalado o referido
equipamento.
Local onde estava instalada a impressora.
4.3 – Hospital Municipal Ronaldo Gazolla
O HMRG está localizado na AP 3.3 (Área de Planejamento), no bairro de Acari,
numa região com alta densidade populacional e com o terceiro IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) mais baixo da cidade (0,720), sendo limítrofe com
municípios da Baixada Fluminense.
O presente trabalho tem o objetivo de realizar uma análise pormenorizada do
projeto do HMRG, abrangendo desde o início da sua construção à implementação das
atividades previstas no Edital de Concorrência nº 13/2005, destacando o que foi
efetivamente contratado, bem como suas alterações por meio de Termos Aditivos.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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Vista geral frontal Entrada de pessoal
4.3.1 - Construção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla
A construção do hospital teve início a partir do contrato nº 15/2003, celebrado
com a Construtora OAS Ltda, em 07/01/2003, para o período de 720 dias, no valor de
R$ 29.166.663,83, processo instrutivo nº 09/27188/2002, processado nesta Corte sob o
nº 40/00618/2003, arquivado na Sessão Plenária de 26/11/2008, nos termos do voto do
Exmº Sr. Conselheiro Relator, Antonio Carlos Flores de Moraes, proveniente da
Concorrência Pública nº 29/2002, processo 40/4272/2002, arquivado na Sessão Plenária
de 15/12/2003.
Para o contrato nº 15/2003, foram celebrados 06 termos aditivos com os objetivos
de: modificação da planilha original, alteração do cronograma físico-financeiro,
prorrogação do prazo de vigência e acréscimo de valor, alterando o valor inicialmente
previsto para R$ 36.452.496,95.
Ressalte-se que, apesar da assinatura do contrato ter sido em 07/01/2003, somente
foram emitidos os empenhos de nºs 2005/18.388 e 2006/2613, em 31/12/2005 e
19/07/2006, respectivamente. A empresa recebeu em 31/12/2005, de uma vez, o valor
de R$ 32.807.070,84 e em 30/08/2006, o valor de R$ 3.645.426,11, totalizando R$
36.452.496,95, conforme registra a Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua
Execução, extraídos do Fincon (Anexo VIII).
Posteriormente, foi celebrado o contrato nº 138/2003, em 24/10/2003, com a
mesma Construtora, com o objetivo da realização das obras de complementação do
hospital, constando de subestação, ar-condicionado central, centro de apoio e serviços,
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35
galeria técnica, passarela, automação, para o período de 360 dias, no valor de R$
32.537.608,78, processo instrutivo nº 09/17.006/2003, processado nesta Corte sob o nº
40/6313/2003, arquivado na Sessão Plenária de 14/06/2004, nos termos do voto do
Exmº Sr. Conselheiro Relator Antonio Carlos Flores de Moraes, proveniente da
Concorrência Pública nº 39/2003, processo nº 40/4789/2003, arquivado na Sessão
Plenária de 17/11/2003.
Para o contrato nº 138/2003, foram celebrados 05 termos aditivos com os
objetivos de: modificação da planilha original, alteração do cronograma físico-
financeiro, acréscimo de valor alterando o valor inicialmente previsto para R$
40.668.727,16.
Ressalte-se que, apesar da assinatura do contrato ter sido em 24/10/2003, somente
foram emitidos os empenhos de nºs 2005/19.027 e 2005/19.028, em 31/12/2005. A
empresa recebeu em 31/12/2005, de uma vez, o valor de R$ 40.668.727,21, ou seja, o
valor total do Contrato, conforme registra a Relação dos Dados do Instrumento
Contratual e sua Execução, extraídos do Fincon (Anexo VIII).
CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL MUNICIPAL RONALDO GAZOLLA
PROCESSO OBJETO FONTE VALOR PAGO
09/027.188/2002 Execução das obras de construção 100 36.452.496,95
09/017.006/2003 Obras de complementação 100 40.668.727,16
TOTAL PAGO À CONSTRUTORA OAS LTDA 77.121.224,11
4.3.2 – Alterações no cronograma do projeto
Apesar do aceite definitivo dado pela RIOURBE no final de 2005, a jurisdicionada
informa que foi indispensável a realização de um amplo projeto de reformas e reparos,
visando à conformidade do prédio para o início das atividades hospitalares, pois a ação
do tempo, transcorrido até 2008, aliada à ausência de manutenção no período, provocou
desgastes, tanto na parte da construção civil, quanto nos equipamentos instalados.
Conseqüentemente, após a implementação das reformas supracitadas, a jurisdicionada
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
36
promoveu alterações nas etapas, datas e quantitativo de procedimentos, partindo da
previsão inicial prevista no edital.
Da mesma forma, a SMSDC fez algumas adequações no projeto tais como:
construção de ralos para a instalação dos balcões térmicos na cozinha, substituição das
janelas fixas por janelas móveis nos corredores, etc.
Após a contratação da empresa GPS, mencionada no subitem 4.3.6, a mesma
alegou a necessidade de efetuar reparos em diversos equipamentos e sistemas, devido ao
desgaste do tempo.
Destaca-se também, conforme ofício GT-ACARI nº 09/2008, de 27/03/2008, que
trata da análise do adiantamento solicitado pela empresa GPS supracitada, a informação
prestada pelo Sr. Paulo Maurício, membro da Comissão de Avaliação e Gestão do
HMRG, da existência de um débito, em torno de um R$ 1.000.000,00 com a CEDAE,
anterior à aquisição do terreno pela SMSDC, o qual impedia a ligação do fornecimento
de água. Após a realização de várias reuniões entre a SMSDC e a CEDAE, foi firmado
um acordo equacionando o novo valor em dois pagamentos de R$ 187.000,00, com
vencimentos em 25/02 e 25/03/2008. A normalização do fornecimento de água deu-se
com a instalação do hidrômetro em 24/02/2008, sendo este um fator preponderante para
a inauguração do hospital.
O Centro de Serviços, prédio contíguo ao HMRG, foi transformado em Centro de
Cidadania, mediante o Decreto nº 27.528, de 10 de janeiro de 2007, com a finalidade de
fomentar amplas atividades de desenvolvimento social, oferecendo programas de
inclusão social e diversos serviços públicos tais como: ensino fundamental, cursos
profissionalizantes, atividades culturais e oportunidades de emprego e renda, por
intermédio dos órgãos que compõem a Macrofunção das Políticas Sociais, em especial
as Secretarias Municipais: Educação, Assistência Social, Trabalho e Emprego, Cultura e
Qualidade de Vida.
Da mesma forma, a Resolução SMS nº 1255, de 25 de janeiro de 2007, dispõe
sobre a instalação do Centro de Cidadania no prédio anexo ao hospital
No entanto, a jurisdicionada informa que por problemas orçamentários, de cada
Secretaria, o Centro de Serviços não foi ocupado, bem como não foram iniciadas as
obras de adaptação das lojas, sendo este um fator que impediu o início das etapas de
ocupação do complexo hospitalar, conforme previsto no edital.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
37
Lojas no primeiro andar Escadas rolantes
Hall vazio Vista parcial
Quanto à construção de um acesso viário, que assegurasse um atalho rápido, com a
Avenida Brasil, para uso, principalmente, das ambulâncias, informa que todas as opções
viárias de saída do HMRG, passam por pontos “problemáticos”. Desse modo, a fim de
viabilizar o funcionamento do hospital, minimizando os riscos de circulação, tanto no
que tange aos funcionários e clientes, quanto para circulação das ambulâncias, foi
necessária a construção de um binário, com mão inglesa, na Avenida Pastor Martin
Luther King, que propiciou um acesso a Av. Brasil, rápido e eficiente.
Todavia, a abertura desta nova via suscitou um amplo debate com as lideranças
locais, havendo o seu término em fevereiro/2008.
De acordo com a jurisdicionada, em virtude dos percalços ocorridos, ficam
patentes, os motivos das alterações efetuadas no cronograma, tanto no início, quanto na
forma de ocupação, interferindo nas etapas de inauguração do HMRG, previstas no
edital. Contribuíram também, os reparos necessários no prédio, bem como no prédio
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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anexo (centro de serviços), além de equipamentos primordiais para o início das
atividades, os quais ainda não tinham sido adquiridos à época.
4.3.3 – Pagamentos efetuados à Construtora OAS Ltda
A SMSDC celebrou o Termo de Ajuste de Contas nº 740/2008, referente a
liquidação e pagamento do valor de R$ 1.638.894,45, correspondente à prestação de
serviços de manutenção corretiva e adequações para instalação de equipamentos
médico-hospitalares do HMRG, pertinente ao mês de abril/2008, tendo sido processado
nesta Corte sob o nº 40/000775/2009, encontrando-se em tramitação interna.
Para justificar a celebração desse Termo de Ajuste, o então Secretário Municipal
de Saúde, Jacob Kligerman, informou que, considerando o tempo em que o hospital
permaneceu inoperante, todos os sistemas instalados necessitaram de manutenção
corretiva, bem como informou da necessidade de realizar as adequações necessárias
para instalação de equipamentos médico-hospitalares.
Na planilha de custos que discrimina os valores que compõem o total de R$
1.638.894,45, pagos a Construtora OAS Ltda, destaca-se, que foi incluída na mesma o
valor de R$ 5.101,38, referente à pintura da quadra de esportes em piso cimentado, com
tinta 100% acrílica, equivalente a Suvinil piso, Nova Cor ou Coral Piso ou similar,
considerando-se a limpeza da superfície e duas demãos de acabamento. Ocorre, que o
hospital não tem quadra de esportes.
Após a finalização dos serviços de construção do HMRG, em setembro de 2004 e
durante a fase em que o hospital esteve inoperante, foram celebrados 02 (dois) Termos
de Ajustes de Contas, referentes ao ressarcimento de despesas extraordinárias visando à
preservação das condições físicas do hospital.
Cabe, preliminarmente, tecer alguns comentários acerca de alguns pontos em
comum aos dois pagamentos:
� Tais processos estavam inicialmente consolidados num único instrumento, sob o
nº 09/071.937/2008, que trata do Termo de Ajuste de Contas nº 1185/2008, no
valor de R$ 3.322.617,84, sendo que após o cancelamento da NAD e na Nota de
Empenho, o mesmo foi também cancelado;
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
39
� Foi informado pelo Engº Roberto Almendra de Almeida, da Assessoria de
Engenharia e Obras da SMSDS, que os serviços foram prestados, desde o seu
inicio, sem contratação;
� Não houve a formalização periódica da verificação, medição e atestação da
efetiva prestação dos referidos serviços à época de realização dos mesmos;
� Em 03/03/2008, a empresa Construtora OAS Ltda.apresentou correspondência
pleiteando ressarcimento das despesas extraordinárias para vigilância e
preservação das condições físicas do HMRG, anexando planilha relativa ao
período de novembro/04 a janeiro/2006, no valor de R$ 4.265.864,65;
� Após a análise dos fiscais da Assessoria de Engenharia e Obras da SMS, houve
glosa no valor de R$ 943.246,81, reduzindo o valor para R$ 3.322.617,24;
� Não obstante estes fatos, em 07/05/2008 houve autorização tanto do então
Secretário Municipal de Saúde quanto do Prefeito, para pagamento das despesas
totais no valor de R$ 3.322.617,84;
� Posteriormente, em 15/05/2008, foi emitida a primeira nota fiscal nº 3451 no
valor de R$ 3.322.617,84, tendo a mesma sido cancelada por ocasião do
desdobramento do processo;
� Em 11/07/2008 foi instaurado processo de sindicância nº 09/010.132/2008 para
apurar a origem das obrigações a pagar referentes à prestação de serviços
constante do processo 09/071.937/2008;
� Em 05/08/2008, houve reconhecimento da dívida pelo então Subsecretário de
Administração e Finanças;
� Posteriormente, após análise da Assessoria de Engenharia e Obras da SMS em
06/11/2008, tais despesas foram desdobradas nos processos de nºs
09/073.762/2008 e 09/073.763/2008, nos valores de R$ 512.046,43 e R$
2.810.571,41, respectivamente.
Quanto ao processo 09/073.762/2008:
• Termo de Ajuste de Contas nº 1373/2008, no valor de R$ 512.046,43,
relativo a despesas extraordinárias para preservação das condições físicas do
HMRG, no período de 01/11/2004 a 31/08/2006.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
40
Estes serviços foram prestados durante 22 meses, de 01/11/2004 a 31/08/2006.
Observa-se, no entanto, que na planilha de custos estão especificados 35 e 30 meses de
serviços, conforme a seguir, acarretando no cálculo que originou o valor em comento:
TIPO DE PROFISSIONAL QUANTIDADE QTD. DE MESES DE SERVIÇO
Engenheiro 01 35
Chefe de escritório 01 35
Encarregado, eletricista 01 30
Encarregado, bombeiro 01 30
Apontador 01 30
Servente 09 30
Eletricista 02 30
Bombeiro hidráulico 02 30
Observa-se ainda, que a Nota fiscal nº 3533 foi emitida em 21/10/2008, ou seja,
mais de 25 meses depois dos supostos serviços prestados, tendo sido paga pelo Termo
de Ajuste de Contas nº 1373/08, assinado em 12/11/2008, processado nesta Corte sob o
nº 40/5969/2008 e encontra-se sobrestado.
Quanto ao pagamento deste Termo, de acordo com informação extraída do sistema
FINCON, foi integralizado em 10/12/2008.
Quanto ao processo 09/073.763/2008:
• Termo de Ajuste de Contas nº 1374/2008, no valor de R$ 2.810.571,41,
relativo a despesas extraordinárias para vigilância do HMRG, no período de
01/11/2004 a 31/12/2007.
Estes serviços foram subcontratados pela Construtora OAS Ltda para a empresa
JGS Assessoria Patrimonial e Eventos Ltda., sob contrato nº OHARJ 014/03, tendo sido
prorrogado em 09 (nove) meses, estendendo seu término para 29/02/2008.
Observa-se que a Nota fiscal nº 3534 foi emitida em 21/10/2008, ou seja, mais de
09 meses depois dos serviços prestados, tendo sido paga através do Termo de Ajuste de
Contas nº 1374/08, assinado em 12/11/2008. Este termo se encontra nesta Corte autuado
sob nº 040/005.968/08, sobrestado.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
41
Quanto ao pagamento, este, de acordo com informação extraída do sistema
FINCON, foi integralizado em 10/12/2008.
Constata-se que foi celebrado o contrato nº 1418/2007, em 30/11/2007, entre a
SMSDC e a mesma empresa JGS, pelo prazo de 180 dias (16/01/2008 a 13/07/2008),
para fins de prestação de serviços de apoio operacional, controle de acesso e
manutenção das áreas externas do HMRG, ou seja, fornecimento de mão-de-obra
especializada para vigilância e segurança não armada, no valor total de R$ 293.760,00,
encontrando-se o mesmo arquivado na Sessão Plenária de 10/12/2008.
Comparando os valores pagos à empresa OAS e a empresa JGS, conforme a
proporcionalidade do prazo contratual, verifica-se uma diferença de R$ 950.041,41,
conforme demonstrado abaixo:
Contrato nº 1418/2007 – prazo de 6 meses – R$ 293.760,00
Valor Mensal = R$ 293.760,00 = R$ 48.960,00 6 Termo de Ajuste de Contas nº 1374/2008 – prazo de 38 meses – R$ 2.810.571,41
Se fosse utilizado o valor mensal do contrato acima, o valor pago seria de :
R$ 48.960,00 x 38 = R$ 1.860.480,00.
4.3.4 – Relatório técnico sobre o funcionamento dos sistemas
Conforme pesquisa no SCP, deu entrada nesta Corte o 1º Termo Aditivo nº
408/2007 ao contrato nº 144/2007, celebrado com a empresa Walkam Climatização
Ltda, tendo como objeto prorrogar por mais 30 dias o prazo inicialmente contratado
(22/10 a 22/12/2007), referente à prestação de serviços de engenharia, para fins da
expedição de relatório técnico das instalações e sistemas do hospital, tendo sido
processado nesta Corte sob o nº 40/3198/2008 e encaminhado ao Serviço de Arquivo
(SAR) deste Tribunal, em 09/07/2008. Ressalte-se que não foi localizado no SCP o
contrato nº 144/2007, contudo, tendo em vista que o mesmo é oriundo de licitação na
modalidade convite, a sua remessa não é obrigatória, de acordo com a Deliberação nº
127/99.
Quanto ao pagamento, este, de acordo com informação extraída do sistema
FINCON, foi integralizado em 21/07/2008, no total de R$ 145.739,00.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
42
Conforme mencionado no Relatório Técnico das Instalações Eletromecânicas
emitido pela empresa, foram encontrados defeitos e necessidade de trocas de peças em
vários sistemas, a saber: detecção e combate a incêndio; chamada de enfermeiras;
cronometria; sonorização; controle de acessos; supervisão e controle predial; drenagem
de águas pluviais do subsolo; vácuo; ar comprimido medicinal; ar comprimido
industrial; subestação/geradores; ar condicionado central; exaustão mecânica; câmaras
frigoríficas; elevadores; escadas rolantes; pressurização das cinco escadas; supervisão
de elevadores e escadas rolantes e distribuição de oxigênio medicinal.
4.3.5 – Edital de Concorrência Pública nº 13/2005
A Secretaria Municipal de Saúde realizou a licitação na modalidade Concorrência
do tipo menor preço, sob o regime de execução de empreitada por preço global, para
contratação de pessoa jurídica, com ou sem fins lucrativos, para prestação de serviços
de execução das ações e serviços programados para o Hospital Municipal Ronaldo
Gazolla, operacionalização de 09 (nove) equipes do Programa de Saúde da Família
(PSF) e operacionalização e administração do Centro de Cidadania, localizados na AP.
3.3, no bairro de Acari, com abertura em 03 (três) etapas, e que estão devidamente
descritos, caracterizados e especificados no Termo de Referência que faz parte
integrante do Edital.
O Edital de Licitação foi processado nesta Corte sob o nº 40/000577/2006,
encontrando-se arquivado na Sessão Plenária de 10 de setembro de 2007. O resultado
da mesma foi publicado no Diário Oficial de 28/09/2007, tendo como vencedora a
empresa GPS Total Gerenciamento Participativo em Saúde.
Com a finalidade de acompanhamento das alterações que envolveram este
processo, destacam-se, a seguir, algumas informações do edital:
• A estimativa prevista totaliza a importância de R$ 347.310.306,53;
• O prazo de prestação dos serviços será de 60 (sessenta) meses;
• Será admitida a subcontratação dos seguintes serviços: centro de diagnóstico de
imagem, laboratório, serviços médicos e para-médicos, refeitório, higienização e
limpeza, segurança patrimonial, manutenção de equipamentos médicos, serviços de
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
43
lavanderia e manutenção predial, serviços administrativos e de tecnologia da
informação;
Sala de controle do tomógrafo Tomógrafo
Laboratório Laboratório
• Quanto à proposta de preço, o mesmo deverá incluir todas as despesas previstas no
edital e decorrente da execução dos serviços, abrangendo todas as despesas
trabalhistas, previdenciárias, tributárias cíveis, administrativas, com materiais e
insumos, e outros custos de qualquer espécie, constituindo-se das seguintes receitas:
RECEITAS RELATIVAS À EXECUÇÃO DAS AÇÕES E SERVIÇOS PROGRAMADOS PARA O HOSPITAL MUNICIPAL RONALDO GAZOLLA
Rh1.t Parcela Total Mensal correspondente a 1ª Etapa
Rh2 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 2ª Etapa
Rh2.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 2ª Etapa
Rh3 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 3ª Etapa
Rh3.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 3ª Etapa
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RECEITAS RELATIVAS À SERVIÇOS DE OPERACIONALIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO DE CIDADANIA
RC1.t Parcela Total Mensal correspondente a 1ª Etapa
R22 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 2ª Etapa
Rc2.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 2ª Etapa
Rc3 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 3ª Etapa
Rc3.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 3ª Etapa
RECEITAS RELATIVAS AO SERVIÇO DE OPERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – PSF
RF3 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 3ª Etapa
Rf3.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 3ª Etapa
• As receitas pertinentes a 1ª Etapa (Fase de Implantação), com duração prevista de 05
meses (1º ao 5º mês do Contrato), serão faturadas em uma parcela, no valor total do
serviço (pagamento em 30 dias, após as atestações);
• As receitas pertinentes a 2ª Etapa (Hospital geral sem emergência com pleno
funcionamento), com duração prevista de 07 meses (6º ao 12º do Contrato), serão
faturadas em duas parcelas: uma fixa, correspondente a 90% do valor total, e uma
variável correspondente a 10% (pagamento em 60 dias, após as atestações);
• As receitas pertinentes a 3ª Etapa (Hospital completo com emergência e PSF), com
duração prevista de 48 meses (13º ao 60º do Contrato), serão divididas em duas
parcelas: uma fixa, correspondente a 90% do valor total, e uma variável
correspondente a 10% (pagamento em 60 dias, após as atestações);
• A licitante vencedora prestará garantia de 2% (dois por cento) do valor total do
Contrato, como determina o artigo 457 do RGCAF, a ser prestado antes do ato da
assinatura;
• A fiscalização da execução dos serviços caberá a Comissão de Avaliação e Controle
do HMRG da SMS.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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4.3.6 – Contrato nº 1302/2007
O contrato nº 1302/2007 foi celebrado entre a SMS e a empresa GPS Total
Gerenciamento Participativo em Saúde, em 01/11/2007, tendo como objeto a prestação
de serviços de execução de ações e serviços programados para o HMRG,
operacionalização de 09 equipes do Programa Saúde da Família - PSF e
operacionalização e administração do Centro da Cidadania, localizado na AP. 3.3, no
bairro de Acari, com abertura em 03 (três) etapas, processado nesta Corte sob o nº
40/5717/2007, encontrando-se em tramitação interna.
O valor do contrato é de R$ 340.065.365,25, pelo prazo de 60 (sessenta) meses.
Ressalta-se que um dos questionamentos na análise de conformidade do referido termo
diz respeito à garantia, pois, apesar do Edital de Concorrência nº 13/2005 determinar, no
item 15, a prestação da mesma em 2% (dois por cento) do valor total do Contrato, como
determina o artigo 457 do RGCAF”, perfazendo um montante estimado em R$
6.801.307,30 (2% do valor total), a empresa contratada prestou garantia no valor de R$
1.360.261,46, o que equivale a 2% para o período de 12 meses, o que viola o princípio
da vinculação do instrumento convocatório.
Ressalte-se, que o Termo de Referência anexado ao Contrato nº 1302/2007,
somente menciona a capacidade operacional das consultas ambulatoriais, internações e
SADT para as 1ª e 2ª etapas, bem como as metas de produção às quais diferem
completamente do constante do Edital de Licitação nº 13/2005, da mesma forma já
questionado quando da análise de conformidade.
Quanto aos equipamentos médicos cedidos ao HMRG, a SMSDC ainda não
celebrou os Termos de Cessão de Uso dos mesmos, conforme determinado no Termo de
Referência do Contrato.
Destacam-se, a seguir, os Indicadores Sociais constantes do Edital e do Contrato,
bem como as alterações no número de protocolos clínicos, taxa de ocupação e tempo de
permanência de internação.
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INDICADORES HOSPITALARES
INDICADORES PREVISTO NO EDITAL
PREVISTO NO CONTRATO
Taxa de Infecção Hospitalar 3% 3%
Nº de protocolos clínicos e administrativos por mês 3 10
Taxa de Mortalidade Institucional Inferior a média dos hospitais públicos
Inferior a média dos hospitais públicos
Taxa de ocupação Não inferior a 80% Não inferior a 75%
Tempo de Permanência de Internação Não superior à média Não superior à 5 dias
Taxa de Cesárea - máximo 35% 35%
Pesquisa de satisfação 80% 80%
Apesar do mencionado no Termo de Referência do Contrato, constata-se que as
metas dos indicadores hospitalares consideradas para fins de análise da parte variável
(10%), são as que estão mencionadas no edital de licitação.
Na visitação efetuada, pela equipe do TCMRJ, foi constatado o descumprimento
ao item VII, da cláusula nona (obrigações do contratado), que determina que a
contratação do pessoal deverá obedecer a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho,
pois a empresa GPS contratou uma cooperativa (o pessoal entrevistado desconhece o
que é fazer parte de uma cooperativa).
Apesar da equipe inspecionante ter solicitado à empresa GPS, por meio da
Comissão de Avaliação, Gestão e Controle do HMRG, relação contendo o total dos
cooperativados mês a mês, bem como a lotação dos mesmos, no período de março/2008
a abril/2009, a mesma informou apenas o total dos contratados, conforme documento
datado de 02/06/2009, a saber:
• 650 cooperativados;
• 350 contratados pela CLT;
• 200 subcontratados (terceirizados).
Apesar do contrato ter sido celebrado em 01/11/2007, as atividades do hospital
tiveram início em 17/03/2008, distribuídas pelas etapas de abertura da seguinte forma:
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
47
VALOR TOTAL POR ETAPA
1ª etapa Fase de implantação 5 meses (1º ao 5º mês) 1.511.022,85
2ª etapa Hospital geral sem emergência 7 meses (6º ao 12º mês) – 28 leitos 23.125.164,85
3ª etapa Hospital com emergência e PSF 48 meses (13º ao 60º) – 298 leitos 315.429.177,55
TOTAL GERAL 340.065.365,25
CONTRATO Nº 1302/2007 – ABERTURA DO HOSPITAL EM NOVEMBRO/2007
FASE DE IMPLANTAÇÃO ETAPA
PERÍODO SERVIÇOS QUANTIDADE MENSAL
1ª ETAPA sem leitos - - -
� 1ª fase nov/07 a mar/08 Centro de Cidadania -
� 2ª fase (8 Consultórios – 2 turnos) fev/08 a mar/08 Ambulatório 4.833
(04 especialidades e 7 tipos de exame) SADT 18.417
2ª ETAPA abr/08 a out/08 Centro de Cidadania -
(28 Consultórios - 3 turnos) 17 especialidades Ambulatório 21.750
(218 Leitos) 16 especialidades Internação 1.072
(10 tipos de exame) SADT 29.614
3ª ETAPA nov/08 a out/12 Centro de Cidadania -
(31 Consultórios – 3 turnos) 19 especialidades Ambulatório 24.500
(298 Leitos) 23 especialidades Internação 1.261
(10 tipos de exame) SADT 116.362
Emergência 24.500
Adiantamento no valor de R$ 3.300.000,00
A empresa GPS, através do Ofício GPS nº 018/2008, informa a SMSDC que, em
que pese a publicação do resultado da licitação em 28/09/2007, existem motivos que a
impediram de assumir, em trinta dias, o contrato, respeitando as etapas de abertura,
conforme previsto no edital.
A empresa informa ainda, que para cumprir as exigências do edital, fez o
planejamento financeiro, com projeção de fluxo de caixa das receitas pertinentes a 1ª
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
48
etapa, onde seria efetuado um processo de estruturação progressiva e gradual dos
elementos necessários para assumir a 2ª etapa, além disso, que contratou pessoal
capacitado e providenciou o devido treinamento para obtenção do máximo de
excelência nos atendimentos, enquanto aguardava que a SMSDC fornecesse as
condições operacionais e estruturais para a inauguração do hospital e que, “com espírito
de cooperação”, fez, as suas próprias custas, o levantamento de todos os problemas
referentes à unidade.
Cita-se, a seguir, o levantamento de problemas relacionados à Unidade,
informados pela empresa GPS, no ofício GPS nº 18/2008, encaminhado à SMSDC,
conforme mencionado abaixo:
� “O prédio encontrava-se com diversos problemas: vazamentos, necessidade de
troca do piso da entrada da emergência, rachaduras, problemas na vedação das
janelas, forros danificados, instalação de ralos na cozinha, canos danificados,
adequação do Centro de Cidadania, dentre outros”;
� “Os equipamentos que compõem a infra-estrutura dos prédios apresentavam
defeitos em razão da falta ou inadequada manutenção, sendo que alguns foram
solucionados outros não (elevadores, bombas de recalque, subestação de força,
sistema de gazes hospitalares e geradores de energia)”;
� “Os equipamentos de imagem, somente em março/2008, foram transportados
para as salas apropriadas”;
� “Mobiliário hospitalar – Itens essenciais como mobiliário para atendimento do
público e colchões para as camas, na ocasião, ainda não haviam chegado”;
� “Mobiliário administrativo – Na ocasião, ainda não havia sido entregue”;
� “Informática – os microcomputadores e impressoras que comporão o sistema de
informação não há previsão de entrega”;
� “Instrumental cirúrgico – Não havia, na época, previsão de entrega”;
� “Foco cirúrgico – menciona que, à época, o mesmo ainda não havia sido
instalado”.
Além dos problemas acima citados, a empresa informa que a SMS promoveu
alterações significativas e unilaterais, nas etapas de abertura, mudando o escopo das
mesmas, devido à pressão da demanda por atendimento hospitalar nas AP’s 3.3, 5.1, 5.2
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
49
e 5.3 e que essas alterações causaram um forte impacto no planejamento inicial da
empresa, exigindo uma reestruturação organizacional e um fluxo de caixa maior, fluxo
de caixa que já estava comprometido devido aos dispêndios que a mesma teve ao
esperar, mantendo um quadro de funcionários ociosos, pela entrega do hospital em
condições para inauguração.
A GPS cita, como exemplo, que somente a partir do sexto mês iniciariam as
cirurgias e que o hospital não seria inaugurado com o funcionamento da UTI e
internações, o que implicaria em maiores gastos, tanto com despesas administrativas,
quanto com os custos para aquisição de insumos com os quais não contavam.
A empresa destacou, também, que todo o investimento efetuado em treinamento
de pessoal, estava seriamente comprometido, tendo em vista que os novos
conhecimentos ao não serem colocados em prática, não se solidificam e acabam no
esquecimento. Acrescenta que, levando em consideração apenas a primeira e a segunda
data prevista para a inauguração do hospital, após o levantamento dos problemas
descritos, teriam uma despesa com treinamento e arregimentação de mão de obra
(equipes técnicas) no valor de R$ 300.000,00. Além disso, afirma que a empresa deixou
de auferir até março/2008 uma receita de R$ 1.511.022,85 e para a imediata
inauguração do hospital em conformidade aos novos parâmetros determinados pela
SMS, teriam que disponibilizar recursos que somente seriam necessários depois de
alguns meses de funcionamento da unidade..
A empresa destaca, ainda, que o fornecimento do instrumental cirúrgico,
computadores e impressoras são de responsabilidade da SMS e tais equipamentos foram
colocados, a título de empréstimo, por parte da empresa, gerando um ônus
extraordinário da ordem de R$ 1.799.636,27; portanto, mesmo com projeções mais
otimistas da perda financeira, informa o valor de R$ R$ 3.610.659,12.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
50
CÁLCULO DA GPS REFERENTE A PERDA COM O CONTRATO ATÉ MARÇO/2008
QUANT MATERIAL OU SERVIÇO VALOR UNITÁRIO TOTAL
01 Treinamento/Arregimentação p/28/02/2008 150.000,00 150.000,00
01 Treinamento/Arregimentação p/25/03/2008 150.000,00 150.000,00
00 Caixas de instrumental cirúrgico 748.286,27 748.286,27
300 Microcomputador HTECH 3.000,00 900.000,00
300 Impressoras HP Officejet J 5780 504,50 151.350,00
00 Receita não auferida até março de 2008 1.511.022,85 1.511.022,85
TOTAL 3.610.659,12
Em face do exposto, a GPS solicita uma antecipação financeira no valor de R$
3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais), como forma de restabelecer o
equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, sendo que este valor deverá ser
descontado do pagamento das faturas relativas aos últimos dez meses do contrato, ou
seja, 10 (dez) parcelas no valor de R$ 330.000,00.
Após a análise por parte do Sr. Paulo Maurício Dias de Araújo, a proposta foi
encaminhada à aprovação do Sr. Secretário Municipal de Saúde, Jacob Kligerman, bem
como ao Excelentíssimo Sr Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, César Epitácio Maia,
que a aprovou.
No anexo I, procurou-se demonstrar a descrição detalhada do que foi efetivamente
contratado, em confronto com o previsto inicialmente no edital de licitação.
A previsão da ocupação do prédio, ou seja, execução da 1ª etapa, conforme consta
no edital, foi para o período de nov/2007 a mar/2008 (05 meses), dividido em duas
fases, sendo a 1ª fase: o início, apenas, das atividades de operacionalização e
administração do Centro de Cidadania e a 2ª fase (4º e 5º mês), no período de fev/2008
a mar/2008, o início gradativo dos serviços de execução das ações e serviços
programados para o HMRG, período no qual não haveria serviços de Internações.
Quanto ao início dos serviços de Ambulatório e SADT, os mesmos se encontram
demonstrados no anexo I, conforme previsto no edital.
Conforme justificativas apresentadas pela SMSDC, por ocasião da análise do
Edital de Licitação por este Tribunal, os valores citados foram obtidos de acordo com
as informações fornecidas pelo engenheiro da empresa OAS (responsável pela obra),
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
51
que tiveram como base: o uso do ar-condicionado central em 3 pavimentos, 4 escadas
rolantes, instalação do Centro de Cidadania no subsolo e na sobreloja, existência da
Praça de Alimentação e ainda, a existência da torre de refrigeração do ar-condicionado.
Inicialmente, houve a previsão, na 2ª fase da 1ª etapa, da realização de 7 tipos de
exames e 18.417 exames mensais, aumentando, na 2ª etapa, para 10 tipos de exames e a
realização de 29.614 exames mensais, no período de abr/08 a out/08.
O total da 1ª etapa menciona o custo inicialmente previsto para os 05 primeiros
meses, no valor total de R$ 1.511.022,85, sem Internação, Urgência e PSF.
TOTAL DA 1ª ETAPA – FASE DE IMPLANTAÇÃO
MÊS ORIGEM CENTRO DE CIDADANIA
CONSULTAS SADT TOTAL
NOV/07 1º MÊS 90.284,99 90.284,99
DEZ/07 2º MÊS 90.284,99 90.284,99
JAN/08 3º MÊS 90.284,99 90.284,99
FEV/08 4º MÊS 90.284,99 63.147,63 466.651,32 620.083,94
MAR/08 5º MÊS 90.284,99 63.147,63 466.651,32 620.083,94
TOTAL 451.424,95 126.295,26 933.302,64 1.511.022,85
Na 2ª etapa, período de abr/08 a out/08, houve a previsão do hospital estar em
pleno funcionamento, com 218 leitos, Ambulatório Referenciado Secundário,
Maternidade, Centro Cirúrgico e Obstétrico, UTI/UI Neonatal, leitos clínicos, leitos
cirúrgicos, leitos intensivos e SADT, conforme demonstrado no anexo I.
Houve a previsão do hospital funcionar em três turnos para as consultas
ambulatoriais. Observam-se também alterações do quantitativo de especialidades e
consultas para o período de 07 meses, aumentando de 4 (1ª etapa) para 17
especialidades e de 8 para 28 consultórios (2ª etapa), no período de abr/08 a out/08.
O total da 2ª etapa menciona o custo previsto para 07 meses (6º ao 12º mês), de
abril a out/08, no valor total de R$ 23.125.164,93, sem Urgência e PSF.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
52
TOTAL DA 2ª ETAPA HOSPITAL GERAL SEM EMERGÊNCIA (pl eno funcionamento)
MÊS ORIGEM CENTRO CIDADANIA
CONSULTAS SADT INTERNAÇÃO TOTAL
ABR/08 6º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99
MAI/08 7º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99
JUN/08 8º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99
JUL/08 9º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99
AGO/08 10º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99
SET/08 11º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99
OUT/08 12º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99
TOTAL 631.994,93 3.009.615,00 5.453.698,74 14.029.856,26 23.125.164,93
Na realização da 3ª etapa, havia a previsão do hospital funcionar com 298 leitos,
emergência, 9 equipes de PSF e 5 equipes de saúde bucal, com duração prevista de 48
meses (13º ao 60º mês), no período de nov/08 a out/12.
Nesta etapa, o custo mensal do Centro de Cidadania foi reduzido de R$ 90.284,99
para R$ 84.784,99, com o abatimento do valor de aluguel das lojas, de R$ 5.500,00. São
incluídos os atendimentos de emergência, sendo o total anual de 294.000 consultas de
urgência, bem como tem início a operacionalização das 9 equipes de PSF e 5 equipes de
Saúde Bucal, apresentando o custo mensal de R$ 263.523,15.
Demonstra-se, abaixo, o custo anual e total da 3ª etapa, hospital completo com 298
leitos, Emergência, 9 equipes de PSF e 5 equipes de Saúde Bucal, com duração prevista
de 48 meses (13º ao 60º) de nov/08 a out/12:
TOTAL DA 3ª ETAPA – HOSPITAL GERAL C/EMERGÊNCIA 298 LEITOS, 9 EQUIPES DE PSF E 5 EQUIPES DE SAÚDE BUCAL
SERVIÇOS 2ª ANO 3ª ANO 4ª ANO 5ª ANO TOTAL
C. CIDADANIA 1.017.419,88 1.017.419,88 1.017.419,88 1.017.419,88 4.069.679,52
CONSULTAS 5.912.640,00 5.912.640,00 5.912.640,00 5.912.640,00 23.650.560,00
SADT 27.185.371,20 27.185.371,20 27.185.371,20 27.185.371,20 108.741.484,80
INTERNAÇÃO 31.845.245,52 31.845.245,52 31.845.245,52 31.845.245,52 127.380.982,08
URGÊNCIA 9.734.340,00 9.734.340,00 9.734.340,00 9.734.340,00 38.937.360,00
PSF 3.162.277,80 3.162.277,80 3.162.277,80 3.162.277,80 12.649.111,20
TOTAL 78.857.294,40 78.857.294,40 78.857.294,40 78.857.294,40 315.429.177,60
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
53
4.3.7 – 1º Termo Aditivo nº 293/08 ao Contrato nº 1302/2007
Posteriormente, foi celebrado o 1º Termo Aditivo nº 293/08, em 31/03/2008,
processado nesta Corte sob o nº 40/1985/2008, encontrando-se apensado ao processo nº
40/5717/2007 (diligência), o qual alterou substancialmente o contrato nº 1302/2007,
tendo como objeto o acréscimo de 10,09%, correspondendo ao valor de R$
34.312.927,42, passando o valor do contrato para R$ 374.378.292,67, alterando a forma
de abertura gradual quanto ao número de etapas, quantidade e tipos de procedimentos,
bem como formas e prazos de pagamento, retroagindo os seus efeitos a 17/03/2008, data
da abertura do hospital, conforme Termo de Referência anexado ao mesmo, que apesar
de fazer parte integrante do aditivo, não consta nenhuma cláusula que o vincule ao
termo aditivo.
Ressalte-se que deu entrada neste Tribunal, em duplicidade, o mesmo termo
aditivo supracitado, tendo sido processado sob o nº 40/3643/2008, encontrando-se
sobrestado.
Consta no Termo de Referência anexado ao processo nº 40/3643/2008, a citação
do parágrafo terceiro, da Cláusula Segunda, o qual não foi identificado no Termo de
Referência anexado ao processo nº 40/1985/2008, ou seja, redações diferentes para o
mesmo instrumento. Nas atestações efetuadas nos processos de faturamento pelo Sr.
Paulo Maurício Dias de Araújo, membro da Comissão de Gestão, Avaliação e Controle
do HMRG, é mencionada a existência do Parágrafo Terceiro, garantindo ao gestor
contratado 90% do total programado, conforme transcrito a seguir:
� “Parágrafo Terceiro – Quando não forem atingidas as metas estabelecidas para
as etapas, por culpa exclusiva da SMS, das receitas pertinentes à execução das
ações e serviços programados para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla e o
serviço de operacionalização da estratégia de saúde da família (PSF), será
garantido o pagamento de 90% do total programado para as etapas da seguinte
forma:
1ª etapa (1º ao 3º mês) – 90% de Rh1.t
2ª etapa (4º ao 6º mês) – Rh2 (correspondente a 90% do total)
3ª etapa (7º ao 12º mês) – Rh3 e Rf3 (correspondem a 90% do total)
4ª etapa (13º ao 60º mês) – Rh4 eRf4 (correspondem a 90% do total)
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
54
Obs: A aplicação desta “cláusula” deverá ser precedida de uma análise,
pormenorizada e justificada, pela Comissão de Avaliação e Controle do HMRG,
item a item”.
Ainda com base neste “parágrafo terceiro” a Comissão de Avaliação e Controle do
HMRG, apesar de constar no Termo de Referência original o pagamento de 100% na 1ª
etapa, efetuou o pagamento de 90% do valor, no período de 17/03/2008 a 10/08/2008.
A SMSDC concluiu pela necessidade da celebração deste termo aditivo,
considerando o tempo em que o prédio esteve parado, a sobrecarga de atendimentos nos
hospitais da rede municipal de saúde, devido aos inúmeros casos de dengue, carência de
ofertas de exames de imagem e laboratoriais nas áreas das AP’s 3.3, 5.1, 5.2 e 5.3, bem
como a modificação das etapas de inauguração do HMRG, adequando-as às carências
citadas acima e à demanda das áreas de planejamento.
Quanto à abertura do hospital, o 1º Termo Aditivo menciona que o perfil será de
um hospital geral com abertura gradual, e altera para 04 etapas (o edital de licitação
menciona 3 etapas).
O Termo de Referência do 1º TA menciona que há a previsão de começar, na 3ª
etapa, o serviço de operacionalização de 5 equipes de PSF, com custo mensal de R$
124.255,65.
Informa também que prosseguem as atividades de operacionalização e
administração do Centro de Cidadania e, na 4ª etapa, inicia o desconto mensal de R$
5.500,00 a título de locação, passando o valor que antes era de R$ 90.284,99 para R$
84.784,99.
Foi prevista, na 4ª etapa, a ampliação do serviço de operacionalização de equipes
do PSF, passando para 09 equipes de PSF e 05 equipes de saúde bucal, com custo
mensal de R$ 263.523,13.
Convém lembrar que no 1º Termo Aditivo nº 293/2008, não consta cláusula
mencionando a vinculação do Termo de Referência ao mesmo. Consta, ainda, no
parágrafo único da cláusula primeira, que os serviços citados no caput da mesma,
seriam realizados a partir de 01/04/2008.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
55
Ressalte-se que, apesar do hospital ter iniciado suas atividades em 17/03/2008 e o
termo aditivo ter sido celebrado em 31/03/2008, consta no mesmo que o início das
atividades do hospital seria a partir de 01/04/2008.
Por meio deste termo aditivo, houve a modificação da forma de abertura gradual
do hospital quanto ao número de etapas, quantidade e tipos de procedimentos, bem
como a forma e prazos de pagamento, alterando substancialmente o contrato.
Destacam-se, a seguir, as alterações no quantitativo de exames em comparação ao
aumento do número de consultas ambulatoriais e internações, a saber:
EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE SADT EM COMPARAÇÃO ÀS CO NSULTAS AMBULATORIAIS, EMERGENCIAIS E AS INTERNAÇÕES
ETAPAS SERVIÇOS CONTRATO 1º TERMO ADITIVO 1ª Ambulatório 4.833 15.168 Internação - 252 SADT 18.417 92.809 Emergência - 2.000
2ª Ambulatório 21.750 24.500 Internação 1.072 1.129 SADT 29.614 104.411 Emergência - 2.000
3ª Ambulatório 24.500 24.500 Internação 1.261 1.275 SADT 116.362 110.210 Emergência 24.500 2.000
4ª Ambulatório - 24.500 Internação - 1.275 SADT - 116.362 Emergência - 24.500
VALOR TOTAL POR ETAPA (ALTERADA PELO 1º TERMO ADITI VO)
1ª etapa 1º ao 3º mês - hospital com 59 leitos 8.501.710,10
2ª etapa 4º ao 6º mês – hospital com 243 leitos (inicia a maternidade) 14.706.013,84
3ª etapa 7º ao 12º mês – hospital com 298 leitos 33.634.534,06
4ª etapa 13º ao 60º mês – hospital completo com emergência e PSF 317.536.034,67
TOTAL GERAL 374.378.292,67
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
56
DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR EXERCÍCIO
2008 40.024.990,97
2009 76.355.273,53
2010 79.384.008,67
2011 79.384.008,67
2012 79.384.008,67
2013 19.846.002,17
TOTAL 374.378.292,67
4.3.8 – 2º Termo Aditivo nº 1574/2008 ao Contrato nº 1302/2007
Posteriormente, foi celebrado o 2º Termo Aditivo nº 1574/2008, em 22/12/2008,
processado nesta Corte sob o nº 40/000656/2009, encontrando-se sobrestado, tendo
como objetivo a adequação da execução do contrato nº 1302/2007, alterando a nova
forma de abertura gradual, quanto ao número de etapas de execução e a inclusão e
exclusão de tipos de procedimentos por etapa de execução, bem como estabelecendo
novos prazos de pagamentos e modificar a redação do Termo de Referência sobre
Órtese e Prótese, tudo vigorando a partir de 11 de agosto de 2008.
Com essa alteração o valor do contrato sofreu uma redução de R$ 891.655,99,
passando o valor total do mesmo para R$ 373.486.636,68, conforme Termo de
Referência anexado ao mesmo, que faz parte integrante do aditivo.
Ressalte-se que, apesar do Termo Aditivo ter sido celebrado em 22/12/2008, o
mesmo retroage seus efeitos a 11/08/2008, (início da 2ª etapa de abertura do hospital).
Embora o Termo de Referência, que faz parte integrante do 2º Termo Aditivo,
mencione a alteração do quantitativo de etapas, referente à abertura do hospital, para 4
etapas, verifica-se que há menção a apenas 3 etapas, conforme demonstrado no anexo I.
A 1ª etapa de abertura do hospital passou a ser no período de 17/03/2008 a
10/08/2008, hospital com 59 leitos, não havendo alteração no quantitativo de
procedimentos.
A 2ª etapa de abertura do hospital passou a vigorar no período de 11/08/2008 a
16/06/2009, hospital com 241 leitos, com início do funcionamento da maternidade,
havendo alteração no quantitativo de consultas mensais do ambulatório, internações e
exames.
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57
Quanto ao ambulatório, na 2ª etapa, houve a inclusão da especialidade de
Reumatologia, redução de consultórios ambulatoriais, bem como de consultas mensais,
passando de 24.500 para 16.668 mensais.
No 1º Termo Aditivo estava prevista a realização das consultas do ambulatório em
3 turnos, tendo sido alterado, através do 2º Termo Aditivo, para 2 turnos.
No que tange às internações, na 2ª etapa, houve alteração no número de leitos, que
antes era de 243 e com o 2º Termo Aditivo passou a 241 leitos, produzindo 1.134 saídas
mensais, havendo um aumento de 5 saídas mensais.
Quanto à emergência (SPA), não houve alteração no quantitativo de consultas,
permanecendo 2.000 mensais.
A 3ª etapa passou a ser no período de 17/06/2009 a 16/03/2013, hospital com 298
leitos e 09 Equipes de PSF e 5 de Saúde Bucal e prosseguem as atividades de
operacionalização e administração do Centro de Cidadania, no valor mensal de R$
90.284,99.
No que se refere às internações, houve alteração no número de leitos, que antes era
de 241 e com o 2º Termo Aditivo passou a 298 leitos, na 3ª etapa, produzindo 1.379
saídas mensais, havendo um aumento de 245 saídas mensais.
Quanto ao SADT, aumentou de 9 tipos de exames para 11, produzindo o total de
117.010 exames mensais, havendo um aumento da ordem de 11.588 exames, em
comparação às alterações produzidas na 3ª etapa.
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ETAPAS SERVIÇOS CONTRATO 1º TERMO 2º TERMO 1ª Ambulatório 4.833 15.168 15.168 Internação - 252 252 SADT 18.417 92.809 92.809 Emergência - 2.000 2.000
2ª Ambulatório 21.750 24.500 16.668 Internação 1.072 1.129 1.134 SADT 29.614 104.411 105.422 Emergência - 2.000 2.000
3ª Ambulatório 24.500 24.500 16.668 Internação 1.261 1.275 1.379 SADT 116.362 110.210 117.010 Emergência 24.500 2.000 2.000
4ª Ambulatório - 24.500 - Internação - 1.275 - SADT - 116.362 - Emergência - 24.500 -
VALOR TOTAL POR ETAPA (ALTERADA PELO 2º TERMO ADITI VO)
1ª etapa 17/03/2008 a 10/08/2008 - 59 leitos 14.690.849,46
2ª etapa 11/08/2008 a 16/06/2009 - 241 leitos (inicia a maternidade) 50.345.324,68
3ª etapa 17/06/2009 a 16/03/2013 - 298 leitos, 9 equipes PSF e 5 de saúde bucal. 308.450.462,54
TOTAL GERAL 373.486.636,68
DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR EXERCÍCIO
2008 38.128.979,32
2009 71.333.923,15
2010 82.253.456,68
2011 82.253.456,68
2012 79.943.456,68
2013 19.573.364,17
TOTAL 373.486.636,68
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4.3.9 - 3º Termo Aditivo nº 110/2009 ao Contrato nº 1302/2007
Em 30 de abril de 2009, foi celebrado o 3º termo aditivo ao contrato nº 1302/2007,
ainda não remetido a esta Corte, tendo como objeto a introdução de nova forma de
abertura gradual, quanto ao número de etapas de execução, a inclusão e exclusão de
tipos de procedimentos por etapas, ao mesmo tempo em que estabelece novos prazos de
pagamentos e exclusão do serviço de operacionalização e administração do Centro de
Cidadania, tudo vigorando a partir de 01/04/2009.
Com esta alteração o valor do contrato sofreu uma redução de R$ 39.984.043,23,
reduzindo o valor total do mesmo para R$ 333.502.593,46, conforme Termo de
Referência anexado ao mesmo, que faz parte integrante do aditivo.
Ressalte-se que, apesar do termo aditivo ter sido celebrado em 30/04/2009, o
mesmo retroage seus efeitos a 01/04/2009 (nova data de início da 3ª etapa de abertura
do hospital).
Destaca-se no Termo de Referência o funcionamento de um Centro de Hidratação
para atendimento a pacientes vitimados pela dengue, no período de 01/02/2009 a
28/02/2009, a ser pago numa única parcela de R$ 219.150,00, no faturamento do mês de
abril/2009, bem como a amortização do pagamento antecipado de R$ 3.300.000,00, em
nove parcelas de R$ 366.666,67, a partir de 01/04/2009.
O Termo de Referência altera outra vez o número de etapas, voltando à abertura
gradual do hospital a ser de 4 etapas, conforme demonstrado no anexo I.
Quanto à 1ª etapa, no período de 17/03/2008 a 10/08/2008, hospital com 59 leitos,
não houve alteração no quantitativo dos procedimentos.
Quanto à 2ª etapa, no período de 11/08/2008 a 31/03/2009, hospital com 241
leitos, (alteração introduzida pelo 2º Termo Aditivo), ocorreram alterações no
quantitativo de procedimentos, no período de 01/04/2009 a 16/06/2009, conforme pode
ser observado no anexo I.
Quanto à 3ª etapa, no período de 01/04/2009 a 16/03/2010, o hospital passou a
funcionar com 158 leitos (alteração introduzida pelo 3º Termo Aditivo), havendo
redução de consultas, internações e exames, conforme abaixo:
• Quanto ao ambulatório, houve a redução de consultórios ambulatoriais, bem como
de consultas mensais, reduzindo de 16.668 para 16.002 mensais;
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60
• Quanto ao SADT, reduziu para 9 tipos de exames, produzindo o total de 57.170
exames, havendo uma redução de 59.840 exames, em comparação à 2ª etapa
mencionada no 2º Termo Aditivo;
• Quanto às internações, houve alteração no número de leitos, reduzindo de 241 para
158 leitos; produzindo 863 saídas mensais;
• Quanto à emergência (SPA), o quantitativo de consultas foi reduzido para 400
entradas mensais;
• Foi retirado do contrato, a partir de 01/04/2009, a operacionalização e administração
do Centro de Cidadania.
Apesar de não constar no Termo de Referência, foi informado pelo Sr Paulo
Maurício, membro da Comissão de Gestão, Avaliação e Controle do HMRG, que a
SMSDC efetuará na fatura do mês de abril/2009, o abatimento dos valores pagos na
rubrica “Centro de Cidadania”, dos meses de janeiro a março/2009.
Quanto à 4ª etapa, no período de 17/03/2010 a 16/03/2013, o hospital passa a
funcionar com 298 leitos (alteração introduzida pelo 3º Termo Aditivo), havendo
aumento no quantitativo de consultas, internações e exames, conforme abaixo:
• Incrementação de serviços de emergência (SPA), ampliação de ambulatórios,
ampliação de leitos clínicos, cirúrgicos e de terapia intensiva. Ambulatório
referenciado secundário, Maternidade, Centro Cirúrgico e Obstétrico, UTI/UI
Neonatal, leitos intensivos, SADT, inicia os serviços de emergência “aberta” e
entram em atividade nove equipes de PSF e cinco de Saúde Bucal;
• Quanto ao SADT, aumentou para 11 tipos de exames, produzindo o total de 117.010
exames, havendo um aumento de 59.840 exames, em comparação à 2ª etapa
mencionada no 2º Termo Aditivo;
• Quanto às internações, houve alteração no número de leitos, aumentando para 298
leitos; produzindo 1.379 saídas mensais;
• Quanto à emergência (SPA), o quantitativo de consultas foi aumentado para 24.500
entradas mensais;
• Nesta etapa inicia o serviço de operacionalização de 09 equipes de PSF e 05 de
Saúde Bucal, ao custo mensal de R$ 263.523,13.
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DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR EXERCÍCIO
2008 43.163.511,79
2009 40.163.923,66
2010 74.163.744,94
2011 81.236.036,80
2012 81.236.036,80
2013 13.539.339,47
TOTAL 333.502.593,46
Destacam-se, a seguir, as alterações provocadas pela celebração dos termos
aditivos em relação às etapas, bem como as quantidades dos procedimentos, a partir do
contrato:
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ALTERAÇÕES DAS QUANTIDADES DE PROCEDIMENTOS CONTRATO 1º ADITIVO 2º ADITIVO 3º ADITIVO SERVIÇOS
1ª ETAPA (1º ao 5º mês)
1ª ETAPA (1º ao 3º mês)
1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08
1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08)
1ª fase (1º ao 5º mês) CUSTO MENSAL PREVISTO – R$ C. CIDADANIA 90.284,99 90.284,99 90.284,99 90.284,99
2ª fase (4º e 5º mês) QUANTIDADE MENSAL PREVISTA
AMBULATÓRIO 4.833 15.168 15.168 15.168 SADT 18.417 92.809 92.809 92.809
INTERNAÇÃO - 252 252 252 EMERGÊNCIA - 2.000 2.000 2.000
SERVIÇOS 2ª ETAPA (6º ao 12º mês)
2ª ETAPA (4º ao 6º mês)
2ª ETAPA (11/08/08 a 16/06/09)
2ª ETAPA (11/08/08 a 31/03/09)
CUSTO MENSAL PREVISTO– R$ C. CIDADANIA 90.284,99 90.284,99 90.284,99 90.284,99
C. HIDRATAÇÃO - - - 219.150,00 QUANTIDADE MENSAL PREVISTA
AMBULATÓRIO 21.750 24.500 16.668 16.668 SADT 29.614 104.411 105.422 105.422
INTERNAÇÃO 1.072 1.129 1.134 1.134 EMERGÊNCIA - 2.000 2.000 2.000
SERVIÇOS 3ª ETAPA (13º ao 60º mês)
3ª ETAPA (7º ao 12º mês)
3ª ETAPA (17/06/09 a 16/03/13)
3ª ETAPA (01/04/09 a 16/03/10)
CUSTO MENSAL PREVISTO – R$ C. CIDADANIA 90.284,99 90.284,99 84.784,99 - 5 EQUIPES PSF - 124.255,65 - -
9 PSF e 5 Saúde Bucal - - 263.523,13 -
QUANTIDADE MENSAL PREVISTA AMBULATÓRIO 24.500 24.500 16.668 16.002
SADT 116.362 110.210 117.010 57.170 INTERNAÇÃO 1.261 1.275 1.379 863 EMERGÊNCIA 24.500 2.000 2.000 400
SERVIÇOS 4ª ETAPA
(13 ao 60º mês) 4ª ETAPA
(17/03/10 a 16/03/13) CUSTO MENSAL PREVISTO – R$
C. CIDADANIA - 84.784,99 - - 9 PSF e 5 Saúde Bucal - - - 263.523,13
QUANTIDADE MENSAL PREVISTA
AMBULATÓRIO - 24.500 - 16.668 SADT - 116.362 - 117.010
INTERNAÇÃO - 1.275 - 1.379 EMERGÊNCIA - 24.500 - 24.500
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4.3.10 – Programa de Saúde da Família
A demanda, via rubrica “ações e serviços”, que incluem Serviços Auxiliares de
Diagnóstico e Terapia, SADT, Internações e Saídas Hospitalares, Consultas
Ambulatoriais e Serviço de Pronto Atendimento – SPA, oferecidas pelo HMRG, em
sua maioria, derivam da central de regulação.
Há, contudo, outra porta de entrada importante que deve ser considerada que é o
PSF, uma vez que ela possui potencial de geração de demandas significativas pelas
ações e serviços mencionadas dada a natureza do Programa em sua forma de atuação,
ou seja, captação de pacientes pelos agentes comunitários diretamente nas comunidades
atendidas.
No 2º Termo Aditivo está prevista a entrada em operação de 09 equipes de PSF e
05 equipes de saúde bucal, a um custo mensal de R$ 263.523,13 , com início em
17/06/09, o que efetivamente não ocorreu, não tendo sido verificadas justificativas para
tal. Agrava-se o quadro quando se constata que sequer foi iniciada a obra civil do local
previsto para abrigar tais equipes. Como conseqüência imediata, tem-se a manutenção
do nível de ociosidade verificada na unidade.
Já no 3º Termo Aditivo, em tramitação na PCRJ, houve postergação da data de
implementação do Programa, nas mesmas bases estipuladas no 2º Termo Aditivo, para
17/03/10, ou seja, mais uma vez perdeu-se a oportunidade de reduzir a citada ociosidade
do hospital.
Tais ocorrências contribuem para o aumento do desperdício do dinheiro público,
seja pela não utilização, dada a intensidade que o PSF poderia agregar, das ações e
serviços pagos pelo Erário seja pelo não uso intrínseco dos espaços na estrutura física da
unidade construída a um custo de R$ 77.121.224,11.
Terreno vazio onde está prevista a obra para o PSF
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64
4.3.11 – Sistema de Agendamento de Consultas e Exames
De acordo com as informações colhidas junto à SMSDC, neste setor estão
localizadas as atendentes, que utilizam o sistema informatizado denominado SISREG,
fornecido pelo Ministério da Saúde e prestam os serviços de:
• Confirmação de que o paciente está registrado no SISREG, a partir do
agendamento realizado por outra unidade de saúde, visando a sua liberação
para atendimento médico pela unidade naquele momento;
• Remarcação de consulta solicitada em recente atendimento por um médico
que atua no próprio HMRG;
• Agendamento de primeira consulta para paciente que se dirige diretamente
ao HMRG, o que é um caso fora da rotina normal de operação do hospital;
• Marcação de exame médico por outra unidade.
Na visitação feita pela equipe inspecionante neste setor, em 14/05/2009, quinta-
feira, foi verificada a existência de extensa fila de pacientes desejando realizar um dos
procedimentos acima descritos. Em conversa com algumas atendentes, a equipe foi
informada que o sistema somente permite agendar datas, após 30 dias, que recaiam em
dias úteis. Não há, portanto, a necessária flexibilidade no SISREG para, por exemplo,
agendamento para o próximo dia útil após o 30º dia. Cabe ressaltar que não houve
agendamento no dia 13/05/2009 para o dia 12/06/2009, sexta-feira, dia entre o feriado
de 11/06/2009, quinta-feira, e o sábado seguinte, 13/06/2009. Ao que tudo indica, esse
não agendamento para 12/06/09 deveu-se à expectativa de ponto facultativo municipal
nesta data.
Para melhor esclarecer estes fatos, segue tabela elucidativa, a qual demonstra que
foram 04 dias de agenda fechada para os pacientes, o que reflete no não atingimento das
metas pactuadas.
TENTATIVA DE MARCAÇÃO APÓS 30 DIAS MOTIVO DA NÃO MARCAÇÃO
12/05/2009 11/06/09 Feriado em 11/06/09, quinta-feira
13/05/09 12/06/09 Expectativa de ponto facultativo municipal
14/05/09 13/06/09 Sábado
15/05/09 14/06/09 Domingo
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65
Ressalte-se que os pacientes não têm esta informação sobre a forma de
funcionamento da agenda e se deslocam, por vezes de regiões distantes e com grandes
dificuldades físicas e financeiras, conforme constatado, até a unidade de saúde, quando,
então, são informados que não haverá marcações naquele dia. Na presente situação
descrita, o paciente poderia comparecer 04 dias sucessivos e, ainda assim, não
conseguiria o seu intento.
Fachada do local de marcação Atendimento de pacientes
Fila de acesso à área de atendimento
4.3.12 – Leitos Existentes x Disponíveis
Para a efetiva verificação do controle de leitos pela unidade, foram levantados na
SMSDC, por intermédio do SISREG, os pacientes internados no dia 13/05/09.
Posteriormente, “in loco” , junto aos vários setores de internação na unidade, foram
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66
verificadas as fichas de internação daquele mesmo dia 13/05/09. No cotejo das duas
informações, foram constatados os seguintes pontos:
� Em levantamento, por amostragem, de 103 leitos, havia 79 pacientes
internados, restando portanto 24 leitos disponíveis. Destes 79, foram
localizados 55 na listagem do SISREG. Quanto aos demais não localizados
no SISREG, 14 estavam na maternidade e 10 estavam internados em outras
áreas;
� Divergência e duplicação de nomes de pacientes: havia 02 pacientes com o
mesmo nome que constavam na listagem do SISREG, com laudo e
codificação de patologia diferente;
� Divergência de quantidades de leitos disponíveis:
Considerando-se a totalidade dos leitos, conforme alteração efetuada no 3º
Termo Aditivo, etapa 3, ou seja, 138 leitos, fora as 20 de UI´s e UTI´s, verificou-se:
Leitos fora UI´s e UTI´s Pela contagem nas listas de internação no dia do HMRG
Pelo levantamento via SISREG
Ocupados 95 102
Sem ocupação 43 36
4.3.13 – Análise dos Pagamentos Efetuados à Empresa Contratada
Aqui são apresentados os valores efetivamente despendidos desde o início da
operação do HMRG, em 17/03/2008, cobrindo a presente análise o período amostral, até
o mês de março de 2009, período ao qual se referem os dados disponibilizados de forma
integral pela jurisdicionada. Neste estudo deu-se destaque àquelas despesas que não se
reverteram em serviços para a população e que foram detalhados nas planilhas
constantes dos anexos II a VI.
Os dados foram extraídos das análises do faturamento mensal realizado pela
Comissão de Gestão, Avaliação e Controle do HMRG, sendo que, a partir destas, foram
geradas as planilhas anexas aqui aludidas.
Destacam-se, a seguir, as formas de pagamentos mencionadas no Edital de
Licitação, bem como as alterações posteriores.
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67
FORMAS DE PAGAMENTOS E VALORES PREVISTOS NO EDITAL DE LICITAÇÃO
SERVIÇOS 1ª ETAPA (1º ao 5º mês)
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania. (1º ao 3º mês). Execução das ações e serviços programados e operacionalização e administração do Centro de Cidadania (4º e 5º mês).
1ª fase 100% do valor global será repassado em 3 parcelas mensais fixas de até 90.426,37.
2ª fase 100% do valor global será repassado em 2 parcelas mensais fixas de até R$ 621.562,89.
SERVIÇOS 2ª ETAPA (6º ao 12º mês)
Execução das ações e serviços programados e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.
90% do valor global será repassado em 7 parcelas mensais fixas de até R$ 2.980.981,43.
O valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração.
10% do valor global com valor estimado de R$ 321.220,16.
SERVIÇOS 3ª ETAPA (duração prevista de 48 meses)
Execução das ações e serviços programados, operacionalização de 09 equipes de PSF e operacionalização e administração do Centro de Cidadania. e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.
90% do valor global será repassado em 48 parcelas mensais fixas de até R$ 6.048.946,70.
O valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração.
10% do valor global com valor estimado de R$ 672.105,18.
Observações A avaliação da parte variável será realizada trimestralmente, podendo gerar um ajuste financeiro a menor no trimestre subseqüente, dependendo do percentual de alcance dos indicadores, pelo hospital. A cada 3 meses, o gestor contratado procederá a consolidação e análise conclusiva dos dados do trimestre findo, para avaliação e pontuação dos indicadores que condicionam o valor do pagamento de valor variável. Nos meses de julho e dezembro, a SMS procederá a análise das quantidades de atividades assistenciais realizadas pelo gestor contratado, verificando e avaliando os desvios (para mais ou para menos) ocorridos em relação às quantidades estabelecidas no Termo de Referência, isto é, a cada semestre será realizada uma avaliação das metas operacionais (quantidades de procedimentos) estabelecidas para o serviço de execução das ações e serviços programados para o HMRG e operacionalização de 09 equipes de PSF. Da análise acima, caso seja imperioso, poderá resultar uma re-pactuação das quantidades de atividade assistencial ora estabelecidas e seu correspondente reflexo econoômico-financeiro, efetuada através de Termo Aditivo ao Termo de Referência, na forma e limites estabelecidos em lei. A análise supramencionada não anula a possibilidade de que sejam firmados Termos Aditivos ao Termo de Referência em relação às cláusulas que quantificam as atividades assistenciais a serem desenvolvidas pelo gestor contratado e seu correspondente reflexo econômico-financeiro, a qualquer momento, se condições e/ouocorrências excepcionais incidirem de forma muito intensa sobre as atividades do hospital, inviabilizando e/ou prejudicando a assistência ali prestada. Os Termos Aditivos que venham a ser firmados, sejam estes para adição ou supressão nas quantidades de atividade assistencial pactuadas, serão estabelecidos na conformidade e nos limites do que dispõe a legislação que regula a matéria.
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FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO CONTRATO
1ª ETAPA (1º ao 5º mês)
Execução das ações e serviços programados, operacionalização de 9 equipes de PSF e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.
90% do valor global será repassado em 12 parcelas mensais fixas, no valor de até R$ 3.267.033,40.
O valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração. (não menciona Centro de Cidadania ou serviços)
10% do valor global com valor estimado em R$ 363.003,71.
SERVIÇOS 2ª ETAPA (6º ao 12º mês)
Execução das ações e serviços programados, operacionalização de 9 equipes de PSF e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.
90% do valor global será repassado em 12 parcelas mensais fixas, no valor de até R$ 4.912.738,02.
Este valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração.
10% do valor global com valor estimado em R$ 545.859,78.
FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO 1º TERMO ADITIV O
1ª ETAPA (1º ao 3º mês)
Execução das ações e serviços programados. 100% do valor total será pago em 3 parcelas mensais de até R$ 2.743.618,38.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
100% do valor total será pago em 3 parcelas mensais fixas de até R$ 90.284,99.
SERVIÇOS 2ª ETAPA (4º ao 6º mês)
Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 3 parcelas mensais fixas de até R$ 4.330.547,66.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
90% do valor total será pago em 3 parcelas mensais fixas de até R$ 81.256,49.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 3 parcelas mensais variáveis de até R$ 481.171,96.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
10% do valor total será pago em 3 parcelas mensais variáveis de até R$ 9.028,50.
SERVIÇOS 3ª ETAPA (7º ao 12º mês)
Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 6 parcelas mensais fixas no valor de até R$ 4.852.093,53.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
90% do valor total será pago em 6 parcelas mensais fixas de até R$ 81.256,49.
Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 6 parcelas mensais fixas de até R$ 111.830,09.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 6 parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 539.121,50.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
10% do valor total será pago em 6 parcelas mensais variáveis de até R$ 9.028,50.
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Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 6 parcelas mensais variáveis de até R$ 12.425,57.
SERVIÇOS 4ª ETAPA (13º ao 60º mês)
Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 48 parcelas mensais fixas no valor de até R$ 5.640.323,35 (vencimento 30 dias).
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
90% do valor total será pago em 48 parcelas mensais fixas de até R$ 76.306,49.
Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 48 parcelas mensais fixas de até R$ 237.170,81.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 48 parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 626.702,59 (vencimento 60 dias).
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
10% do valor total será pago em 48 parcelas mensais variáveis de até R$ 8.478,50.
Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 48 parcelas mensais variáveis de até R$ 26.352,31.
FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO 2º TERMO ADITIV O
1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08)
Execução das ações e serviços programados. 100% do valor total será pago em parcelas mensais, no valor de até R$ 2.743.618,38.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
100% do valor total será pago em parcelas mensais fixas de até R$ 90.284,99.
SERVIÇOS 2ª ETAPA (11/08/08 a 16/06/09)
Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em parcelas mensais de até R$ 4.449.822,73 .
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
90% do valor total será pago em parcelas mensais de até R$ 90.284,99.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em parcelas mensais variáveis de até R$ 494.424,75.
Na 2ª etapa foi citado 90% do valor referente ao Centro de Cidadania como sendo de R$ 90.284,99, quando o correto seria R$ 81.256,49.
SERVIÇOS 3ª ETAPA (17/06/09 a 16/03/13)
Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 35 parcelas mensais no valor de até R$ 5.855.531,95.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
100% do valor total será pago em 45 parcelas mensais fixas de até R$ 84.784,99.
Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 45 parcelas mensais fixas de até R$ 237.170,81.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 35 parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 650.614,66.
Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 45 parcelas mensais variáveis de até R$ 26.352,31.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
70
FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO 3º TERMO ADITIV O SERVIÇOS 1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08)
Execução das ações e serviços programados. 100% do valor total será pago em parcelas mensais, no valor de até R$ 2.743.618,38.
Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
100% do valor total será pago em parcelas mensais fixas de até R$ 90.284,99.
SERVIÇOS 2ª ETAPA (11/08/08 a 31/03/09) Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em parcelas
mensais de até R$ 4.449.822,73. Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
100% do valor total será pago em parcelas mensais de até R$ 90.284,99.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em parcelas mensais variáveis de até R$ 494.424,75 (pagtº 60 dias após as atestações).
Montagem de um Centro de hidratação para pacientes vitimados pela dengue, no período de 01/02/2009 a 28/02/2009.
100% do valor total no valor de R$ 219.150,00.
SERVIÇOS 3ª ETAPA (01/04/09 a 16/03/10) 13º mês (17/03/09 a 16/04/09 Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em uma parcela
mensal no valor de até R$ 3.628.675,37. Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em uma parcela
mensal variável no valor de até R$ 403.186,15.
14º ao 22º mês ( começa a amortização do adiantamento)
Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em nove parcelas mensais no valor de até R$ 2.580.171,42.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em nove parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 286.685,71.
23º ao 24º mês Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em duas
parcelas mensais no valor de até R$ 2.910.171,42.
Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em duas parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 323.352,38.
Nesta etapa é retirado do Contrato a operacionalização e administração do Centro de Cidadania. 4ª ETAPA (17/03/10 a 16/03/13)
(17/03/10 a 16/03/13) Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 36 parcelas
mensais no valor de até R$ 5.855.531,95. Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 36 parcelas
mensais no valor de até R$ 237.170,81. Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 36 parcelas
mensais variáveis no valor de até R$ 650.614,66.
Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 36 parcelas mensais variáveis de até R$ 26.352,31.
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71
Observações As parcelas variáveis correspondentes a 10% do valor total, terão seus pagamentos vinculados à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração, de acordo com o estabelecido no Termo de Referência no item “indicadores de Avaliação de desempenho de Qualidade na Prestação de Serviços”, com pagamento em 60 dias após as atestações pertinentes. Nesta etapa será descontado em nove prestações iguais e sucessivas o valor de R$ 366.666,67 do total da fatura do 14º mês (17/04/2009 a 16/05/2009) ao 22º mês (17/02/2010 a 16/03/2010)
Em linhas gerais, inicialmente, devem-se destacar:
� As formas de pagamentos e os valores definidos no edital de licitação foram
totalmente alterados, por ocasião da celebração do contrato, bem como através do
1º, 2º e 3º Termos Aditivos, conforme pode ser observado no quadro supra;
� Que os números pactuados no contrato-mãe praticamente não prevaleceram, uma
vez que de imediato foi assinado o 1º Termo Aditivo, em 31/03/2008, com vigência
a partir de 01/04/2008, alterando as quantidades inicialmente previstas desde
17/03/2008, início do contrato-mãe. Em 22/12/2008, foi celebrado o 2º Termo
Aditivo com vigência retroativa à 2º etapa, a partir de 11/08/2008, ajustando, ainda,
a etapa 1 no período de 17/03/2008 a 10/08/2008;
� Que os valores dos pagamentos efetuados do inicio do contrato até 10/08/2008,
foram baseados no 2º Termo Aditivo e sofreram redução de 10%, considerando o
mencionado no parágrafo 3º do 1º Termo Aditivo, que não consta formalmente
neste. A exceção ocorre somente na rubrica Operacionalização e Administração do
Centro de Cidadania.
Preliminarmente, e para maior facilidade de visualização, consideraram-se, no
texto explicativo, individualmente, as despesas classificadas segundo as mesmas
rubricas utilizadas pela Comissão referida supra. Ao final, é apresentado quadro
executivo que sintetiza os gastos em tela.
O texto que trata do percentual do pagamento menciona o percentual sobre o valor
total que será pago em parcelas mensais fixas de até determinado valor, ou seja, se a
SMSDC conseguir encaminhar, por meio da Central de Regulação, o total dos
procedimentos contratados e a empresa GPS não conseguir cumprir o contratado (culpa
exclusiva da empresa), este dispositivo garante o pagamento ao gestor contratado dos
serviços efetivamente realizados.
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72
Ocorre que, conforme informação da Comissão de Avaliação e Gestão, a empresa
nunca foi testada na sua capacidade de cumprir as metas pactuadas.
Observa-se que nos processos de análise dos pagamentos da cota variável dos
meses de agosto (11 a 31/08/2008), setembro, outubro e novembro (último mês
entregue) é assinalado o campo “qualificação do atendimento como atendido
plenamente”, não havendo uma análise detalhada dos indicadores hospitalares
realizados pela unidade, com exceção do tempo de permanência em algumas
especialidades médicas.
A seguir, são comentados os grupos de despesas:
a) Consultas Ambulatoriais
Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo II. O ambulatório teve o seu
funcionamento iniciado em 12/05/2008, tendo sido definidas pelo 2º Termo Aditivo as
seguintes quantidades:
No que se refere às quantidades, o contratado foi de 15.168 consultas mensais
definidas para a 1º etapa do 2º TA, de 17/03/08 a 10/08/08. Não obstante as demandas
nestes meses terem sido bastante aquém do contratado, ou seja, 1.074, em 18 dias de
maio, 3.526 e 5.671, em junho e julho, respectivamente, defasagem esta conhecida à
época da assinatura do 2º TA, houve alteração para maior das quantidades contratadas
mensais, ou seja, passaram a ser de 16.668 a partir da 2º etapa, em 10/08/2008, do
mesmo aditivo. Como conseqüência, para o período em estudo, houve significativo
agravamento da quantidade de consultas não realizadas e pagas em relação à contratada
de março de 2008 a março de 2009, conforme demonstrado a seguir:
ETAPA CONSULTÓRIOS ESPECIALIDADES
1º 28 17
2º 32 19
3º 32 19
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73
DISCRIMINAÇÃO DAS CONSULTAS QUANTIDADES
Contratadas 200.927
Agendadas 105.377
Efetuadas (b) 93.385
Não efetuadas e pagas 85.034
(b): a quantidade efetuada é menor que a agendada devido ao não comparecimento
dos pacientes ( absenteísmo).
Com relação aos valores despendidos, foram contratualizados R$ 290.179,48
mensais, de 17/03/2008 a 10/08/2008, 1º etapa, tendo sido, então, este valor aumentado
para R$ 350.050,08 mensais a partir da 2º etapa. Verifica-se que, decorrente das
diferenças substanciais entre as quantidades contratadas e utilizadas, há também uma
correspondente discrepância entre os valores pagos e aqueles que de fato reverteram em
serviços para a população.
Para o período total em análise, é relevante o fato de que, em consultas que sequer
foram agendadas, foi gasto um valor de R$ 1.463.319,32 e que, considerando-se os
valores relativos às faltas às consultas agendadas, R$ 247.043,16 , o valor de consultas
não efetuadas e pagas sobe para R$ 1.710.362,48.
DISCRIMINAÇÃO DE CONSULTAS VALORES, R$
Contratados 4.084.430,52
Pagos 3.458.998,40
Consultas não agendadas e pagas 1.463.319,32
Consultas agendadas e não efetuadas (absenteísmo) 247.043,16
Consultas não efetuadas e pagas 1.710.362,48
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74
b) Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapia - SADT
Os dados apresentados a seguir se apóiam nos anexos III e IV. No que se refere às
quantidades de exames auxiliares contratados, houve redefinição destas no 2º Termo
Aditivo conforme a seguir:
As demandas na 1º etapa do 1º TA se apresentaram bastante aquém do contratado,
conforme explicitado na tabela a seguir.
PERÍODO ---> 17 a 31/03/2008 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08
QUANTIDADE
Contratada 92809 92809 92809 92809 92809
Realizada 0 0 30.624 47.919 45.151
Observa-se que em março e abril de 2008, não foram realizados quaisquer exames
e, nos meses seguintes, o máximo atingido foi de 51,63 % das metas previstas.
Não obstante esta defasagem na série histórica mensal já conhecida à época da
assinatura do 2º TA em 22/12/2008, houve a manutenção em níveis elevados, frente à
demanda, das quantidades contratadas mensais para todas as especialidades, a partir da
2º etapa, em 11/08/2008, à exceção da ultra-sonografia, que foi mantida a quantidade
contratada muito embora não tivessem sido realizados 6.698 exames dos 14.381
contratados até a época da assinatura do 2º TA.
O quadro seguinte demonstra as novas quantidades definidas nesse 2º TA.
ETAPA EXAMES CONTRATADOS / MÊS TIPOS DE EXAMES
1º 92.809 08
2º 105.422 09
3º 117.010 11
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75
EXAMES – SADT 1º ETAPA 2º ETAPA
Contratado mensal
Patologia Clínica 81.620 91.823
Radiodiagnóstico 6.577 7.399
Ultra-sonografia 1.152 1.152
Colonoscopia 0 384
Tomografia 576 888
Endoscopia 576 708
Ecocardiografia 605 1.152
Eletrocardiografia 1.210 1.361
Cardiotocografia 493 555
Total 92.809 105.422
No que se refere à quantidade não realizada e paga de exames no período
considerado na análise em comento, tem-se o seguinte cenário:
DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE
Não realizada e paga 652.810
Quantidade contratada 1.253.922
Constata-se que, para o período em estudo, houve significativa perda, em
quantidade, de exames em relação ao contratado, correspondente a cerca de 52 %.
No que tange aos valores despendidos, verificam-se diferenças substanciais entre
aqueles contratados e efetivamente pagos, R$ 24.095.267,35, e os utilizados, R$
8.115.442,06 , refletindo uma importante discrepância entre esses valores, significando
que, de fato, não reverteram em serviços para a população R$ 15.248.918,89, conforme
se destaca na tabela a seguir.
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76
DISCRIMINAÇÃO VALORES, R$
Contratado 25.031.423,98
Pago 24.095.267,35
Pago e não utilizado 15.248.918,89
Com relação aos diversos tipos de especialidades, pode-se, de forma resumida,
destacar as perdas financeiras e físicas no período em comento por meio do quadro
seguinte.
TIPOS DE EXAMES TOTAL NÃO REALIZADO (R$) QUANTIDADE NÃO REALIZADA
Patologia Clínica 7.872.115,17 538.817
Radiodiagnóstico 2.194.919,01 69.023
Ultrasonografia 404.258,30 7.067
Colonoscopia 529.777,92 2.688
Tomografia 3.427.600,51 9.363
Endoscopia 372.234,80 3.593
Ecocardiografia 302.924,88 4.248
Eletrocardiografia 118.591,40 10.636
Cardiotocografia 26.496,90 4.491
SUBTOTAL NÃO REALIZADO 15.248.918,89 649.926
Chama a atenção, em especial, o caso do tomógrafo, que, inclusive, é o que tem
preço unitário de exames com mais alto valor, isto é, R$ 366,09. Este equipamento
efetivamente só passou a operar em janeiro de 2009, ou seja, ficou inoperante por cerca
de 09 meses e meio. Foram realizados 220 exames até março de 2009 de um total de
9.583 contratados e pagos. Portanto, o valor de exames pagos e não realizados totaliza
R$ 3.427.600,51, e este valor corresponde à quantidade de 9.363.
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
77
De grande relevância também são os dados relativos aos exames de patologia
clínica e de radiodiagnóstico que totalizam o desperdício de R$ 10.067.034,18 e uma
quantidade de 607.839 exames não realizados e pagos.
c) Internações e Saídas hospitalares
Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo V. O 2º TA define os leitos
que deveriam ser disponibilizados bem como a quantidade de altas mensais e as
especialidades, de acordo com a tabela seguinte:
Na análise dos números, levantou-se a tabela seguinte da qual podem ser
destacadas as próximas observações.
� Não houve a realização de 3.490 altas das 9.908 previstas e pagas no período de
17/03/08 a 31/03/09;
� Do valor efetivamente pago de R$ 20.270.485,38 , não foram revertidos em
serviços para a população R$ 7.236.821,46;
DISCRIMINAÇÃO TOTAIS
Quantidade contratada 9.908
Altas contratadas menos as realizadas 3.490
Valor contratado das altas, R$ 20.554.519,67
Valor pago das altas, R$ 20.270.485,38
Altas pagas e não utilizadas, R$ 7.236.821,46
ETAPAS ���� 1º 2º 3º
LEITOS 59 243 298
SAÍDAS (ALTAS) MENSAIS 252 1.134 1.379
ALTAS POR ESPECIALIDADES
51, em 09 especialidades
148, em 12 especialidades
105, em especialidades clínicas, 50, em especialidades cirúrgicas, 84 materno-infantis
ALTAS EM UI´S/CTI´S 08 41 65
ALTAS EM MATERNIDADE 0 52 52
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
78
� Não obstante a série histórica já conhecida, informada abaixo, houve substancial
alteração, para maior, das quantidades contratadas mensais das saídas
hospitalares, a partir da 2º etapa, em 10/08/2008. Passou-se de 252 saídas
mensais para 1.134, passando para 1.379 na 3º etapa.
d) Serviço de Pronto Atendimento – SPA (Urgência e Emergência)
Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo VI. O 2º TA define a
quantidade de atendimentos de urgência e emergência a serem disponibilizados para a
população, a qual ficou no patamar de 2000 mensais.
Como destaque, é apresentada a tabela seguinte sobre a qual são feitos
comentários.
� Este serviço, segundo informações colhidas “in loco”, tendo em vista a inspeção
realizada no HMRG, não foi divulgado à população, ou seja, não houve
funcionamento de portas abertas de uma forma ampla de tal maneira que
pudesse ser atingida a meta pactuada contratualmente de 2.000 atendimentos de
urgência e emergência. Ressalte-se que, devido à natureza de tal serviço, há a
pressuposição de acesso direto à unidade sem interveniência da central de
DISCRIMINAÇÃO 17/03 A 31/03/08 ABR/08 MAI/08 JUN/08 JUL/08
Quantidade contratada 252 252 252 252 252
Altas não realizadas -11 -68 158 152 133
DISCRIMINAÇÃO TOTAIS
Quantidade contratada 24.968
Atendimentos realizados não comprovado
Valores contratados, R$ 826.683,86
Valores pagos sem comprovação à SMSDC 794.782,41
da prestação dos serviços, R$
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
79
regulação e que, portanto, tais acessos só se dariam com o amplo conhecimento
da existência dos serviços pela população;
� Houve valores pagos à GPS relativos à prestação dos serviços mesmo sem
informação à SMSDC quanto aos seus quantitativos. O único mês em que
houve informação de quantitativo de atendimentos realizados foi em novembro
de 2008, sendo este de 241;
� Do valor contratado de R$ 826.683,86, foram pagos, de 17 de março de 2008 a
31 de março de 2009, a quantia de R$ 794.782,41 sem, em princípio,
comprovação da devida prestação dos serviços.
e) Operacionalização e administração do Centro de Cidadania
Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo VII. Este centro, cujo objetivo
é descrito no item 4.3.2, em verdade nunca foi utilizado.
No período de análise em tela, foram despendidos R$ 1.127.106,17 sem qualquer
retorno à população.
Deve-se destacar que, neste caso, a característica é diferente de serviços de
atendimento ambulatorial, exames, internações, ou atendimento em emergência, dado
que, para estes é alegado pela empresa GPS que a estrutura a seu encargo estava
disponível para utilização. No presente caso, sequer está implantada a estrutura física e
de pessoal, não incorrendo portanto as despesas previstas, o que, por si só, enseja o não
pagamento de qualquer parcela, além disso, ficou evidente que não houve gasto com
energia
f) Centro de Hidratação
Este centro foi implantado e funcionou durante o mês de fevereiro de 2009
objetivando a atendimento aos pacientes vitimados pela dengue. Segundo informações
da empresa GPS, foram atendidos 17 pacientes neste período, conforme informação
dada pelo Sr. Paulo Maurício, membro da Comissão de Avaliação e Gestão do HMRG.
O 3º TA, em tramitação na PCRJ, prevê o pagamento destes serviços em um valor
total de R$ 219.150,00, ou seja, intenta-se pagar a posteriori um serviço que se sabe não
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
80
ter um valor justificável dado que este pagamento acarretaria um valor unitário por
paciente de R$ 12.891,18 para hidratá-lo.
g) Resumo dos valores pagos (não revertidos em benefício à população)
Objetivando apresentar uma visão sintetizada dos valores contratados, dos
efetivamente pagos e utilizados pela população no período sob análise, segue quadro
sinótico.
QUADRO EXECUTIVO DAS DESPESAS DE OPERAÇÃO DE 17/03/08 A 31/03/09, EM REAIS
SERVIÇOS CONTRATADOS PAGOS NÃO UTILIZADOS
Auxiliares de Diagnóstico e Terapia , SADT 25.031.423,98 24.095.267,35 15.248.918,89
Internações e Saídas Hospitalares 20.554.519,67 20.270.485,38 7.236.821,46
Consultas Ambulatoriais 4.084.430,52 3.458.998,40 1.710.362,48
Serviço de Pronto Atendimento - SPA 826.683,86 794.782,41 794.782,41 (a)
Centro de Cidadania 1.127.106,17 1.127.106,17 1.127.106,17
Centro de Hidratação, em fevereiro/2009 219.150,00 219.150,00 219.150,00 (b)
TOTAIS 51.843.314,20 49.965.789,71 25.323.209,00
(a): não houve comprovação ou informação da utilização dos serviços, tendo sido informado à equipe inspecionante que não houve divulgação à comunidade da existência dos serviços. Somente para nov 08 houve informação de quantidade de atendimentos.
(b): Conforme informação do Sr. Paulo Maurício, membro da Comissão de Avaliação e Gestão do HMRG, houve o atendimento de apenas 17 pessoas no período de 01 mês (01 a 28/02/2009).
Destacam-se os seguintes pontos:
� O valor TOTAL e o percentual de dinheiro público GASTO E NÃO
UTILIZADO , são, respectivamente: R$ 25.323.209,00 , correspondentes a
cerca de 50% das quantias efetivamente pagas.
� O valor referente aos SERVIÇOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPIA
(SADT) assim como o percentual GASTO E NÃO UTILIZADO são,
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
81
respectivamente: R$ 15.248.918,89, correspondentes a cerca de 63 % das
quantias efetivamente pagas nesta rubrica;
� O valor referente a INTERNAÇÕES E SAÍDAS HOSPITALARES e o
percentual GASTO E NÃO UTILIZADO , são, respectivamente: R$
7.236.821,46, correspondentes a cerca de 36 % das quantias efetivamente pagas
nesta rubrica;
� O valor referente a CONSULTAS AMBULATORIAIS e o percentual GASTO
E NÃO UTILIZADO , são, respectivamente: R$ 1.710.362,48, correspondentes
a cerca de 49 % das quantias efetivamente pagas nesta rubrica;
� O total dos valores referentes a SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO
(SPA), CENTRO DE CIDADANIA e CENTRO DE HIDRATAÇÃO e o
percentual GASTO E NÃO UTILIZADO , são, respectivamente: R$
1.127.106,17, correspondentes a 100% das quantias efetivamente pagas nestas
rubricas.
5 - Questionamentos e Oportunidades de Melhoria
Face ao exposto neste relatório, solicitamos que a Secretaria Municipal de Saúde e
Defesa Civil se manifeste acerca dos seguintes pontos:
5.1 - Questionamentos
5.1.1 - Assessoria de Engenharia e Obras – AEO • Quanto aos processos nºs 09/073.762/2008 e 09/073.763/2008, informar por
que estes serviços foram prestados durante 22 meses no HMRG, de
01/11/2004 a 31/08/2006, ao passo que na planilha de custos foram
especificados 35 e 30 meses de serviços, acarretando o cálculo que originou
o valor de R$ 512.045,43 e 2.810.571,41, respectivamente, por que não
houve a formalização periódica da verificação, medição e atestação da
efetiva prestação dos referidos serviços à época de realização dos mesmos,
de tal forma que se tornasse inquestionável a sua execução, bem como
esclareça por que não foi utilizado o valor mensal do Contrato nº 1418/2007,
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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de R$ 48.960,00, mais vantajoso para o município do Rio de janeiro,
conforme subitem 4.3.3;
• Juntar aos autos a conclusão do processo de sindicância nº 09/010.132/2008,
instaurado para apurar a origem das obrigações a pagar referentes à
prestação de serviços constante do processo 09/071.937/2008, desdobrado,
posteriormente, nos processos de nºs 09/073.762/2008 e 09/073.763/2008,
conforme subitem 4.3.3;
• Quanto ao pagamento do Termo de Ajuste de Contas nº 740/2008, esclarecer
a inclusão na planilha de custos do valor de R$ 5.101,38, referente à pintura
da quadra de esportes em piso cimentado, uma vez que não há quadra de
esportes no hospital, conforme subitem 4.3.3.
5.1.2 - Hospital Municipal Miguel Couto
• Tendo em vista a informação da administração de que há vários bens sem
arrolamento no cadastro de bens patrimoniais e que não há realização de
inventário, há pelo menos, 05 (cinco) anos, providenciar o inventário total
dos bens móveis da unidade, conforme subitem 4.1;
• Informar as providências adotadas sobre a falta de equipamentos essenciais,
tais como: aparelho de ecocardiograma com desfibrilador, leitos e
equipamentos para reanimação dos pacientes no Setor de Emergência,
conforme subitem 4.1.2;
• Adotar providências, no Setor de Emergência Clínica, na segregação de
pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas, evitando o contágio dos
portadores de outras patologias, bem como providenciar monitores
cardíacos, pia e lavatório, água potável para os médicos e enfermeiros e
isolamento dos pacientes com doenças contagiosas na Emergência Clínica
do HMMC, conforme subitem 4.1.6;
• Providenciar a colocação de telas no setor de Politrauma do HMMC,
conforme subitem 4.1.8;
• Adotar providências no Centro Cirúrgico com a finalidade de evitar
suspensões de cirurgias, conforme subitem 4.1.9;
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
83
• Adotar providências para a correção do apontado no subitem 4.1.11; na
Maternidade Leila Diniz;
• Quanto ao Contrato nº 13/2009, celebrado com a empresa Seven Segurança e
Vigilância Privada Ltda, providenciar rádios e cassetetes para os vigilantes,
conforme determina o projeto básico, bem como que a empresa cumpra o
quantitativo de vigilantes contratados, conforme citado no subitem 4.1.12.2;
• Quanto ao Contrato nº 49/2008, celebrado com a empresa CNS Nacional de
Serviços Ltda, providenciar o cumprimento do projeto básico, no tocante ao
quantitativo de recepcionistas contratadas, conforme citado no subitem
4.1.12.4;
• Quanto ao Contrato nº 97/2007, celebrado com a empresa Qualidade Total
Operadora de Recursos Humanos Ltda, providenciar o cumprimento do
projeto básico, no tocante ao quantitativo de porteiros contratados, conforme
subitem 4.1.12.3;
• Adotar providências para que os procedimentos de alto custo sejam faturados
na sua totalidade, conforme subitem 4.1.13;
• Informar a real carência de recursos humanos na unidade, discriminados por
setor e especialidade, conforme subitem 4.1.15.
5.1.3 - Hospital Municipal Lourenço Jorge • Informar as ações saneadoras referentes à manutenção preventiva e corretiva
predial hospitalar realizada pala empresa TEKNO Sistemas de Engenharia
LTDA., sob o contrato nº 180/2008, processo administrativo nº
09/003914/2008, conforme subitem 4.2.1.1, cujos serviços foram suspensos
pela empresa prestadora;
• Apresentar as ações, em andamento e/ou finalizadas, com intuito de reduzir
os valores de não acolhimento pelo SUS do faturamento AIH, assim como o
ambulatorial, apresentado pela unidade ao SUS, conforme subitem 4.2.2;
• Descrever as ações tomadas pela unidade no sentido de prevenir os
problemas no TOMÓGRAFO marca PHILIPS modelo MX 4000, localizado
no setor de raios-X, de nº série PDL055EI, conforme subitem 4.2.3;
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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• Com relação às suspensões de cirurgias, item 4.2.4, informar os motivos
geradores de tais ocorrências, as suas quantificações e suspensões, bem
como as ações efetivas já realizadas, assim como as ações em andamento,
relativas aos aludidos motivos geradores, de tal forma que as ocorrências
apontadas tenham os seus percentuais reduzidos;
• Esclarecer a origem das luvas cirúrgicas descartáveis, bem como se o
fornecedor destas apresentou, ou apresenta regularmente, algum tipo de
certificado de órgãos fiscalizadores referentes à qualidade e atendimento às
especificações técnicas do produto fornecido. Ou, ainda, se no próprio ato de
recebimento do produto no hospital é realizado algum tipo de controle sobre
a adequação do mesmo. Caso exista este controle, informar se há alguma
formalização de atestação de qualidade, devendo neste caso ser encaminhado
junto à resposta desta diligência o referido documento de aceitação,
conforme subitem 4.2.4;
• Informar a situação atual referente à remoção dos corpos restantes no
necrotério, conforme subitem 4.2.5;
• Identificar a carência de pessoal nas diversas especialidades, assim como nos
serviços de apoio, se existirem, decorrentes do referido no subitem 4.2.6;
• Atualizar a situação acerca do furto da impressora que se encontrava na sala
das secretárias da diretoria da unidade no período de 15/02/2008, sexta-feira,
a 17/02/2008, domingo, conforme registro da ocorrência policial nº
016-01839/2008, mencionado no subitem 4.2.7.
5.1.4 - Hospital Municipal Ronaldo Gazolla
• Encaminhar a cópia do acordo celebrado com a CEDAE, mencionado no
subitem 4.3.1, bem como informar sobre como se deu a aquisição do terreno
onde foi construído o hospital;
• Esclarecer as bases que estabeleceram os quantitativos iniciais de exames,
consultas, internações e SPA, bem como as alterações. Caso haja estudo,
encaminhar a esta Corte a conclusão deste, conforme subitens 4.3.5 a 4.3.9;
• Quanto ao descumprimento do item VII, da Cláusula Nona, do cContrato nº
1302/2007, pela empresa contratada , esclarecer o porquê não foram tomadas
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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às devidas providências, no tocante às contratações pela CLT, conforme
subitem 4.3.6;
• Remeter cópias das guias de recolhimento dos pagamentos efetuados ao
INSS (retenção dos 11%) dos cooperados, bem como dos 15% cobrados do
tomador dos serviços, de todo o período contratual, conforme subitem 4.3.6;
• Providenciar a celebração dos Termos de Cessão de Uso dos equipamentos
médicos cedidos ao HMRG, conforme subitem 4.3.6;
• Apresentar as razões que resultaram, em 31/03/2008, imediatamente após o
inicio efetivo do contrato-mãe, ter sido assinado o 1º Termo Aditivo, com
vigência a partir de 01/04/2008, alterando-se as quantidades inicialmente
previstas no mesmo, bem como no edital de licitação, conforme subitem
4.3.7;
• Esclarecer qual foi o embasamento contratual para a redução de 10% do
valor dos pagamentos efetuados do inicio do contrato até 10/08/2008, tendo
em vista que o mencionado parágrafo 3º do 1º Termo Aditivo, não consta
formalmente neste e também não consta nos demais termos aditivos,
conforme subitem 4.3.7;
• Esclarecer o aumento no quantitativo dos exames de 18.417 (1ª etapa do
Contrato nº 1302/207) para 92.809 (1ª etapa do 1º Termo Aditivo),
considerando o total de 59 leitos, conforme subitem 4.3.7;
• Esclarecer o aumento de 11.588 exames, na 3ª etapa do 2º Termo Aditivo,
em comparação à 2ª etapa do mesmo Termo, uma vez que não houve
aumento nas consultas ambulatoriais, sendo que nas internações houve um
aumento de, apenas, 245 saídas mensais, conforme subitem 4.3.8;
• Informar os motivos que, não obstante as demandas das ações e serviços, de
uma forma geral, apresentarem forte defasagem na série histórica mensal,
para menos, em relação às quantidades contratadas, houve assinatura do 2º
Termo Aditivo, em 22/12/2008, alterando para mais das quantidades
contratadas mensais, conforme subitem 4.3.8;
• Esclarecer os motivos de não ter sido implementado, em 17/06/09, o PSF
com 09 equipes e 05 equipes de Saúde Bucal, conforme previsto no 2º
Termo Aditivo, conforme subitem 4.3.8;
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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• Informar as providências em andamento e/ou já concluídas tendo em vista o
efetivo início das operações do PSF em 17/03/10, conforme definido no 3º
Termo Aditivo, em tramitação na PCRJ, conforme subitem 4.3.9;
• Esclarecer as alterações sucessivas das quantidades de procedimentos, das
etapas, das formas e dos valores de pagamentos, efetuadas no Contrato-mãe,
bem como nos demais termos aditivos celebrados, contrariando o previsto no
edital de licitação, alterações estas que ensejam falta de planejamento
adequado, conforme demonstrado na planilha juntada no subitem 4.3.9;
• Informar como é controlado o efetivo funcionamento da Central de
Regulação, de tal forma que se tenha segurança de que as demandas
potenciais realmente estejam sendo direcionadas para o HMRG, dado que há
reclamações de usuários que não conseguem atendimento, conforme subitem
4.3.11;
• Esclarecer as razões de não ter sido implementada uma rotina alternativa
e/ou uma solução definitiva para a questão do agendamento de serviços para
os pacientes, uma vez que a questão é de conhecimento dos gestores do
hospital, bem como da Comissão de Gestão, Avaliação e Controle do
HMRG, conforme subitem 4.3.11;
• Quanto as UI’s e CTI’s adulto e neonatal não estarem cadastradas no
SISREG, informar o andamento do processo de credenciamento junto ao
SUS, conforme subitem 4.3.11;
• Esclarecer a razão de, muito embora o Termo de Referência do contrato-mãe
prever a revisão dos valores pactuados semestralmente, em julho e
dezembro, a SMSDC não se beneficiou deste dispositivo mesmo com a
flagrante discrepância entre as quantidades demandadas e as contratadas,
fazendo com que a empresa recebesse, no período de 17/03/2008 a
31/03/2009, o total de R$ 49.965.789,71 e desse total R$ 25.323.209,00 por
serviços não realizados, representando 50,68%, ou seja, mais da metade dos
valores recebidos, conforme subitem 4.3.13;
• Esclarecer de que forma foi verificada e comprovada, pela Comissão de
Avaliação e Gestão do HMRG, a efetiva disponibilização, pela GPS, da
estrutura necessária para a prestação dos serviços nas quantidades
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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contratadas e pagas. Solicita-se, ainda, que sejam encaminhadas a esta Corte
os relatórios comprobatórios destas verificações à sua época, conforme
subitem 4.3.13;
• Considerando o não funcionamento do tomógrafo em 2008, esclarecer os
motivos que levaram a SMSDC a continuar pagando por esses serviços não
realizados, não havendo nenhuma providência por parte da mesma, tendo à
empresa recebido R$ 3.427.600,51, por serviços não realizados, conforme
subitem 4.3.13 (b);
• Esclarecer a inclusão de 384 exames de colonoscopia, a partir de
11/08/2008, não tendo sido realizado nenhum exame até março/2009, tendo
à empresa recebido R$ 529.777,92, por serviços não realizados, conforme
subitem 4.3.13 (b);
• Esclarecer de que forma a SMSDC tinha a expectativa de que fosse atingida
a meta pactuada contratualmente de 2.000 atendimentos de urgência e
emergência se, segundo informações colhidas durante a inspeção no HMRG,
verificou-se que o citado serviço não foi divulgado à população, ou seja, não
houve funcionamento de portas abertas de uma forma ampla de tal maneira
que pudesse ser atingida esta meta, conforme subitem 4.3.13 (d);
• Informar como foram efetuados os atendimentos de SPA – Urgência e
Emergência, e em que quantidades mensais. De que forma se comprovou
que os referidos serviços foram de fato realizados e como se constatou que a
estrutura para prestá-los estava disponibilizada pela GPS, conforme subitem
4.3.13 (d);
• Com relação ao Centro de Cidadania, esclarecer as razões, que mesmo sem
sequer estar implantado e, em verdade nunca ter sido utilizado, ter havido o
regular pagamento das parcelas mensais, totalizando para o período em
análise o montante de R$ 1.127.106,17, conforme subitem 4.3.13 (e);
• Apresentar os gastos mensais, contemplando, limpeza, vigilância,
manutenção (ar, escada rolante, etc), luz e força, água e administração, que
efetivamente incorreram no Centro de Cidadania desde a inauguração do
HMRG, conforme subitem 4.3.13 (e);
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
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• Esclarecer a razão de ter sido fixado o valor total de R$ 219.150,00 no 3º
TA, em tramitação na PCRJ, para o pagamento dos serviços do Centro de
Hidratação, mesmo a posteriori, quando, aparentemente, o valor não é
justificável, pois foram atendidos 17 pacientes, acarretando um valor unitário
por cada paciente atendido de R$ 12.891,18, para hidratá-lo, conforme
subitem 4.3.13 (f);
• Esclarecer acerca da implantação do banco de exames, bem como relacionar
os exames que farão parte do mesmo, bem como se foi celebrado termo
aditivo para dar suporte a essa alteração contratual, conforme mencionado na
conclusão, item 6;
• Tendo em vista a falta de cobertura orçamentária para o período de junho a
dezembro/2009, providenciar o devido empenhamento, conforme observa-se
na Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo
XIX).
5.2 – Oportunidades de Melhoria
• No HMMC, no Setor de Ortopedia, providenciar para que os pacientes sejam
atendidos sentados, conforme subitem 4.1.4;
• Verificar a possibilidade, no HMMC, de haver uma UI (unidade
intermediária) na Emergência Clínica, para recebimento de pacientes graves,
conforme subitem 4.1.5;
• Melhorar a infra-estrutura da Clínica Médica do HMMC quanto a
refrigeração, computadores, reforma e suporte de informática, conforme
subitem 4.1.6;
• Verificar as sugestões apresentadas pela empresa EngeClinic, quanto a
utilização de novas tecnologias, bem como redução de custos para a unidade,
conforme subitem 4.1.14;
• Quanto ao HMRG, que a jurisdicionada sempre vincule o Termo de
Referência ao instrumento contratual, de forma a evitar o que ocorreu no 1º
Termo Aditivo ao Contrato nº 1302/2007, conforme subitem 4.3.7;
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• Quanto ao HMRG, recomenda-se que seja efetuada a verificação adequada e
sejam adotadas as medidas necessárias, com vistas a corrigir e prevenir
falhas no cadastramento de dados no SISREG, citados no subitem 4.3.12.
6 - Conclusão
Com relação ao Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, verificou-se haver relevante
antieconomicidade no Contrato de Gestão celebrado com a empresa GPS face aos
serviços contratados, confrontados com àqueles efetivamente realizados, razão pela qual
concluímos que a jurisdicionada deve tomar imediatas providências no sentido de
conferir o necessário equilíbrio entre os despêndios da Administração e os benefícios
efetivos gerados à população, procedendo a repactuação das quantidades estabelecidas,
conforme determinam os itens 7 e 8 do Sistema de Acompanhamento e Avaliação, item
pertencente ao Termo de Referência, que faz parte integrante do Contrato.
Destaca-se ainda, o ofício de nº 294/2009 da Subsecretaria de Atenção Hospitalar,
Urgência e Emergência, emitido em 07/05/2009, encaminhado à empresa GPS, com a
tentativa de minimizar o desperdício do dinheiro público, objetivando a implementação
de um banco de exames, na especialidade de Patologia Clínica, os quais não foram
realizados no período de janeiro a março/2009. Ocorre que ainda não houve o “de
acordo” da GPS, conforme informou o representante da empresa, Sr Milton Filho.
Ressalte-se que do total empenhado no valor de R$ 62.900.000,04, foi pago o
montante de R$ 51.415.181,65, restando a empenhar R$ 11.484.818,39, ou seja, valor
suficiente para os meses de abril e maio/2009, não havendo cobertura orçamentária
suficiente para o período de junho a dezembro/2009, conforme dados do Fincon, em
19/06/2009.
Em face do exposto, sugerimos a remessa deste processo à Secretaria Municipal
de Saúde e Defesa Civil, para que a mesma se pronuncie a respeito dos pontos
enumerados no item 5.1 e 5.2.
Sugerimos ainda, a remessa do presente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro,
em virtude da instauração da CPI, por meio da Resolução nº 1.140/2009, que tem por
finalidade apurar denúncias acerca de pagamentos efetuados em 2008, sem
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
90
contraprestação de serviços constantes do Contrato de Gestão para o HMRG, celebrado
entre a SMSDC e a empresa GPS Total Gerenciamento Participativo em Saúde.
Cícero dos Santos Silva Jones Wilson G. Flexa Inspetor Setorial Técnico de Controle Externo Matrícula nº 40/900.724 Matrícula nº 40/901.385
SCE/4a . Inspetoria Geral de Controle Externo
91
SIGLAS E ABREVIATURAS UTILIZADAS NESTE RELATÓRIO
AIH Autorização para Internação Hospitalar
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
APAC Autorização de Procedimentos de Alto Custo / Alta Complexidade
CAP Coordenação de Área Programática
CPFGF Comissão de Programação Financeira e Gestão Fiscal
CPI Comissão Parlamentar de Inquérito
CTEC Coordenadoria de Tecnologia em Saúde
COMLURB Companhia Municipal de Limpeza Urbana
CTI Centro de Tratamento Intensivo
DATASUS Banco de Dados do Sistema Único de Saúde
DO Diário Oficial
EAS Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
FINCON Sistema Financeiro Contábil da Prefeitura do Município do Rio de Janeiro
HMLJ Hospital Municipal Lourenço Jorge
HMMC Hospital Municipal Miguel Couto
HMRG Hospital Municipal Ronaldo Gazolla
HOSPUB Sistema de Processamento de Dados para Hospitais
MS Ministério da Saúde
PSF Programa de Saúde da Família
RIOURBE Empresa Municipal de Urbanização
RPA Recibo de Pagamento a Autônomo
SADT Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico
SCP Sistema de Controle de Processos
SPA Serviço de Pronto Atendimento
S/SIN/CAL Coordenadoria de Infra Estrutura
SMS Secretaria Municipal de Saúde
SMSDC Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil
SUS Sistema Único de Saúde
QUALISUS Qualificação de Atenção à Saúde, do Sistema Único de Saúde
UTI Unidade de Tratamento Intensivo
UI Unidade Intermediária