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SCE/4 a . Inspetoria Geral de Controle Externo 2 TITULAR DO ÓRGÃO: Hans Fernando Rocha Dohmann Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil UNIDADES DE SAÚDE: Hospital Municipal Miguel Couto Diretor: Dra. Maria Luiza A Toscano Cunha Hospital Municipal Lourenço Jorge Diretor: Dr. Francisco Mateus Guimarães Hospital Municipal Ronaldo Gazolla Subsecretário de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência: Dr. João Luiz Ferreira da Costa ÉPOCA DA INSPEÇÃO: De 13/04/2009 a 15/05/2009 PERÍODO ABRANGIDO: 2008/2009 TIPO DE INSPEÇÃO: Ordinária EQUIPE INSPECIONANTE: Cícero dos Santos Silva Inspetor Setorial Matrícula nº 40/900.724 Jones Wilson G. Flexa Técnico de Controle Externo Matrícula nº 40/901.385

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TITULAR DO ÓRGÃO:

Hans Fernando Rocha Dohmann Secretário Municipal de Saúde e Defesa Civil

UNIDADES DE SAÚDE:

Hospital Municipal Miguel Couto Diretor: Dra. Maria Luiza A Toscano Cunha Hospital Municipal Lourenço Jorge Diretor: Dr. Francisco Mateus Guimarães Hospital Municipal Ronaldo Gazolla Subsecretário de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência: Dr. João Luiz Ferreira da Costa

ÉPOCA DA INSPEÇÃO:

De 13/04/2009 a 15/05/2009

PERÍODO ABRANGIDO:

2008/2009

TIPO DE INSPEÇÃO:

Ordinária

EQUIPE INSPECIONANTE:

Cícero dos Santos Silva Inspetor Setorial

Matrícula nº 40/900.724

Jones Wilson G. Flexa Técnico de Controle Externo

Matrícula nº 40/901.385

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ÍNDICE

1 - Identificação das Unidades Hospitalares e seus responsáveis..................

2 - Sumário Executivo.................................................................................... 3 - Introdução..................................................................................................

4 - Vistoria às Instalações da Unidade............................................................ 4.1 - Hospital Municipal Miguel Couto.............................................................

4.1.1 - Recepção do Pronto-Socorro......................................................... 4.1.2 - Pronto-Socorro (Emergência)....................................................... 4.1.3 - Pediatria......................................................................................... 4.1.4 - Ortopedia....................................................................................... 4.1.5 - Emergência Clínica....................................................................... 4.1.6 - Clínica Médica.............................................................................. 4.1.7 - Laboratório.................................................................................... 4.1.8 - Politrauma..................................................................................... 4.1.9 - Centro Cirúrgico............................................................................ 4.1.10 - Ambulatórios............................................................................... 4.1.11 - Maternidade................................................................................. 4.1.12 - Gestão dos Contratos...................................................................

4.1.12.1 - Contrato nº 1308/2008.................................................. 4.1.12.2 - Contrato nº 13/2009..................................................... 4.1.12.3 - Contrato nº 97/2007..................................................... 4.1.12.4 - Contrato nº 49/2008.....................................................

4.1.13 - Faturamento ao SUS.................................................................... 4.1.14 - Manutenção dos equipamentos Médicos..................................... 4.1.15 - Recursos Humanos......................................................................

4.2 – Hospital Municipal Lourenço Jorge.........................................................

4.2.1 - Gestão dos Contratos..................................................................... 4.2.1.1 - Contrato nº 180/2008..................................................... 4.2.1.2 - Contrato nº 593/2007..................................................... 4.2.1.3 - Contrato nº 235/2008..................................................... 4.2.1.4 - Contrato nº 1742/2007...................................................

4.2.2 - Faturamento ao SUS...................................................................... 4.2.3 - Diagnóstico por Imagem............................................................... 4.2.4 - Cirurgias e Uis e UTIs................................................................... 4.2.5 - Necrotério...................................................................................... 4.2.6 - Recursos Humanos........................................................................ 4.2.7 - Itens Diversos................................................................................

Fls.

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06

07

08

08

09 09 10 10 11 11 12 13 13 14 14 15 15 16 17 19 20 23 23

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4.3 - Hospital Municipal Ronaldo Gazolla........................................................

4.3.1 - Construção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla.................... 4.3.2 - Alterações no Cronograma do Projeto.......................................... 4.3.3 - Pagamentos efetuados à Construtora OAS Ltda............... 4.3.4 - Relatório Técnico Sobre Funcionamento dos Sistemas................ 4.3.5 - Edital de Concorrência Pública nº 13/2005................................... 4.3.6 - Contrato nº 1302/2007.................................................................. 4.3.7 - 1º Termo Aditivo nº 293/2008...................................................... 4.3.8 - 2º Termo Aditivo nº 1574/2008.................................................... 4.3.9 - 3º Termo Aditivo nº 10/2009........................................................ 4.3.10 - Programa de Saúde da Família.................................................... 4.3.11 - Sistema de Agendamento de Consultas e Exames...................... 4.3.12 - Leitos Existentes x Leitos Disponíveis.......................................

4.3.13 - Análise dos Pagamentos Efetuados à Empresa Contratada........ 5 - Questionamentos e Oportunidades de Melhoria......................................... 5.1 - Questionamentos.............................................................................. 5.1.1 - Assessoria de Engenharia e Obras......................................... 5.1.2 - Hospital Municipal Miguel Couto.......................................... 5.1.3 - Hospital Municipal Lourenço Jorge....................................... 5.1.4 - Hospital Municipal Ronaldo Gazolla .................................... 5.2 – Oportunidades de Melhoria......................................... 6 – Conclusão....................................................................................................

SIGLAS E ABREVIATURAS UTILIZADAS NESTE RELATÓRIO.............. ANEXOS I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X .

33

34 35 38 41 42 45 53 56 59 63 64 65 66

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1 – Identificação das Unidades Hospitalares e seus Gestores

UNIDADES HOSPITALARES

• Hospital Municipal Miguel Couto Objetivo: prestar assistência médico-hospitalar de pequena, média e alta complexidade, sobretudo nas especialidades de clínica médica, cirúrgica, pediátrica, obstétrica, neurologia, ortopedia e cardiologia,funcionando em regime de atendimento ambulatorial, emergencial e de internação, em turnos ininterruptos de 24 horas. End.: Rua Mário Ribeiro, 117 – Gávea Gestor: Dra.Maria Luiza A Toscano Cunha

• Hospital Municipal Lourenço Jorge Objetivo: prestar assistência médico-hospitalar de pequena e média complexidade, sobretudo nas especialidades de clínica médica, cirúrgica, pediátrica e ortopedia, funcionando em regime de atendimento ambulatorial, emergencial e de internação, em turnos ininterruptos de 24 horas. End.: Av. Ayrton Senna, 2000 - Barra da Tijuca Gestor: Dr. Francisco Mateus Guimarães

• Hospital Municipal Ronaldo Gazolla Objetivo: prestar assistência médico-hospitalar de pequena complexidade, com abertura gradual que será feita em três etapas, sendo que na primeira o Hospital terá 59 leitos, na segunda 241 leitos e na terceira etapa 298 leitos, implantação do PSF e saúde bucal, bem como emergência aberta. End.: Av. Martin Luther King, 1976 - Acari Gestão Terceirizada: Empresa GPS Total Gerenciamento Participativo em Saúde, conforme Contrato nº 1302/2007.

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2- Sumário Executivo

A presente inspeção ordinária realizou-se no período de 13/04/2009 a 15/05/2009,

abrangendo as operações efetivadas em 2008/2009, tendo sido constatados diversos

problemas relacionados à infra-estrutura das unidades hospitalares, conforme

destacamos abaixo:

� Ausência de um sistema padrão para todas as unidades que possibilite a emissão

dos relatórios de indicadores gerenciais, que demonstre a qualidade do

atendimento, a estatística da produção e a avaliação da gestão, por meio da

análise de metas e indicadores de qualidade, nos Hospitais Municipais: Miguel

Couto e Lourenço Jorge;

� Necessidade de recursos humanos, bem como de equipamentos essenciais a uma

unidade de emergência;

� Ausência de fiscalização na execução dos Contratos nos hospitais visitados,

ocasionando o descumprimento, por parte das empresas, do contratado,

conforme estabelece o projeto básico;

� Não realização de inventários anuais nos bens móveis;

� Problemas de infra-estrutura no prédio do Hospital Municipal Lourenço Jorge.

Conforme já mencionado nas inspeções anteriores, o desempenho adequado das

unidades de emergência depende, principalmente, de investimentos na melhoria da

qualidade dos serviços preventivos e corretivos voltados para a assistência básica à

população e do equilíbrio do quadro funcional da SMSDC às necessidades demandadas

nas unidades de emergência.

Quanto ao Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, verifica-se que o mesmo é

totalmente regulado, através do SISREG, que é um sistema de informações on-line

disponibilizado pelo Datasus (Ministério da Saúde) para o gerenciamento e operação da

Central de Regulação, sendo composto por dois módulos: a Central de Marcação de

Consultas e a Central de Internação Hospitalar.

Ressalte-se que é imprescindível planejar a compra de serviços com base nos

diagnósticos da necessidade de saúde da população e na capacidade de oferta. A

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definição do escopo, quantidade de procedimentos, etapas de abertura, formas de

pagamentos, devem ser bem delineadas.

Diante do quadro apresentado, sendo o hospital referenciado, foram contratadas

quantidades de procedimentos, além do que é possível atingir, fazendo com que a

jurisdicionada efetuasse os pagamentos pelo total contratado. Por isso, constata-se a

necessidade de haver uma repactuação entre o gestor contratado e a SMSDC, conforme

já previsto no Contrato.

É necessário que as metas estabelecidas no Termo de Referência, quantitativas e

qualitativas, estejam de acordo com as necessidades da população e pagas de acordo

com a produção realizada.

Na análise contratual, verifica-se que o instrumento celebrado estabelece todas as

condições para garantir que a população seja atendida, através do SISREG, tendo uma

assistência de qualidade e requer da Comissão de Avaliação e Gestão do HMRG a

adoção de mecanismos efetivos de monitoramento e avaliação dos serviços prestados

pela empresa GPS Total, fazendo os ajustes necessários mediante termos aditivos.

3 – Introdução

A Inspeção Ordinária de que trata o presente relatório tem sua legitimidade

conferida pela Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro (art. 88, IV), pela

Deliberação TCM nº 034/1983 (art. 37, III), bem como pelo Plenário desta Corte em

Sessão Ordinária de 09/02/2009, processo nº 40/00318/2009, a qual aprovou o

calendário de Inspeções Ordinárias para o exercício de 2009, tendo sido realizada no

período de 13/04/2009 a 15/05/2009, abrangendo os Hospitais Municipais: Miguel

Couto e Lourenço Jorge, considerados como de emergência, bem como o Hospital

Municipal Ronaldo Gazolla, considerado hospital geral com abertura gradual em três

etapas, cuja emergência será aberta somente na última etapa. A inspeção foi conduzida

com enfoque nas áreas de recursos humanos, infra-estrutura, instalações médicas,

faturamento, bem como nos indicadores gerenciais.

O desenvolvimento do trabalho baseou-se, principalmente, na adoção dos

seguintes procedimentos:

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• Entrevistas com gestores e responsáveis pelos setores que apóiam as atividades

dos hospitais;

• Análise de relatórios gerenciais contendo dados estatísticos referentes ao

atendimento aos pacientes;

• Levantamento da carência de recursos humanos;

• Análise dos indicadores de desempenho;

• Avaliação da adequação e disponibilização da estrutura física e dos

equipamentos médico-hospitalares.

Os referidos exames foram efetuados por amostragem, não abrangendo, portanto,

a totalidade das operações nas unidades visitadas, tendo sido realizados na extensão

necessária, conforme decisão da Equipe Inspecionante, segundo os critérios, as técnicas

e de acordo com as normas de inspeção aplicáveis por esta Corte de Contas, não

havendo nenhuma restrição quanto aos métodos ou extensão dos trabalhos realizados.

4 – Vistoria das Instalações das Unidades

Com o objetivo de verificar as condições atuais das instalações e do atendimento

médico-hospitalar, a comissão inspecionante vistoriou diversos setores dos hospitais,

onde pôde constatar problemas ocasionados por falta de pessoal, em sua maioria,

apontados em inspeções anteriores.

4.1 – Hospital Municipal Miguel Couto

Situado na Gávea, o Miguel Couto é um dos maiores hospitais de emergência do

Rio de Janeiro, contando com aproximadamente 1637 servidores municipais e 37

federais, 18 cooperativados, 470 leitos clínicos e cirúrgicos, além de maternidade,

centros de tratamento intensivo adulto e infantil e unidade coronariana.

Quanto à nova sistemática de trabalho, baseada na autogestão orçamentária,

constatou-se que a mesma não ocorre, integralmente, pois as unidades emitem apenas as

Notas de Autorização de Despesas (NAD’s) e Notas de Empenho, sendo que os

contratos continuam sendo celebrados no Nível Central.

Constatou-se também que os procedimentos de alto custo realizados no hospital

também não estão sendo faturados na sua totalidade.

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O responsável pelo controle dos bens tangíveis e intangíveis informou à Comissão

Inspecionante, que não é realizado inventário dos mesmos, há pelo menos 5 (cinco)

anos, e que existem vários bens sem arrolamento no cadastro de bens patrimoniais.

4.1.1 - Recepção do Pronto-Socorro

Após a chegada do paciente, o pessoal que trabalha na recepção abre e registra os

boletins de atendimento, encaminhando os mesmos para o setor de Triagem (composto

de apenas duas salas), que é o setor responsável pela avaliação da situação do paciente.

Na avaliação verificam-se as características do caso para atendimento pelo Serviço

de Pronto Atendimento (SPA) ou pelo Pronto-Socorro.

4.1.2 - Pronto-Socorro (Emergência)

O setor de emergência continua no mesmo espaço, medindo, aproximadamente, 80

m², sendo composto de uma sala para exame físico, cinco boxes para repouso com dois

leitos cada, um boxe com quatro mesas onde são realizados os atendimentos, comando

de enfermagem, uma área recuada com poltronas para repouso e inaloterapia e dois

banheiros.

Destacam-se, abaixo, alguns apontamentos pendentes de solução, constantes do

relatório da inspeção anterior (processo 40/2611/2006), que encontra-se em tramitação

interna:

� Apesar de lotado, os pacientes de todos os níveis de complexidade estavam

sendo atendidos por ordem de chegada, havendo apenas um leito extra

posicionado fora dos boxes;

� Uma das situações que ainda perdura no Pronto-Socorro é que o mesmo

deveria ser destinado a pacientes de curta permanência (6-12 h), mas tem

abrigado pacientes idosos, pacientes considerados crônicos e ainda alguns

classificados como população de rua, que ficam muitas vezes “internados”, em

observação junto com pacientes em atendimento, por mais de 24 horas, por

falta de leitos nas enfermarias, provocando a superlotação;

� Continua a falta de equipamentos para reanimação de pacientes, incluindo leito

para tal, havendo a necessidade de deslocar o paciente para o 2º andar,

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perdendo-se um tempo vital entre a localização e chegada do maqueiro,

elevador, etc;

� Falta de equipamentos essenciais, tais como aparelho de ecocardiograma com

desfibrilador;

� Continua o número insuficiente de profissionais;

� Houve uma melhora na higienização e condições sanitárias do setor;

� Não foi implantada uma Ouvidoria, bem como não há indicadores na porta de

entrada para medir a qualidade da assistência prestada aos pacientes.

4.1.3 - Pediatria

Conforme já apontado nas inspeções anteriores, o espaço físico no primeiro andar

é pequeno; existem (03) três consultórios individuais para o atendimento; a demanda é

espontânea, sem utilização da recepção; a maioria dos casos atendidos não é

emergencial; a sala de espera é ampla, com televisão; são realizados pequenos

procedimentos (suturas, nebulizações, injeções, curativos e outros) com eficiência.

4.1.4 - Ortopedia

Na ortopedia, não houve mudanças, continua o apontado nas inspeções anteriores,

a saber: o atendimento é realizado numa sala pequena, no primeiro andar, sem

consultórios individualizados, sendo realizados alguns procedimentos de pequena

complexidade, tais como: reduções; infiltrações, imobilizações com talas e gessos e

outros. A sala de espera é improvisada num corredor pequeno, onde circulam diversos

pacientes, o que causa tumulto. A maioria dos casos, aproximadamente 90%, não é

constituída de doenças ortopédicas emergenciais (falta protocolo para a emergência da

ortopedia), não tem enfermaria própria, bem como faltam técnicos de gesso.

Na parte da manhã, os pacientes estavam sendo atendidos em pé pelos médicos,

inclusive, aqueles que estavam com dores, conforme fotos, a seguir. A equipe passou

novamente pelo local às 13:10 h e constatou que não havia médico para atender vários

pacientes que estavam aguardando.

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4.1.5 – Emergência Clínica

Um dos problemas considerado grave pelos médicos foi corrigido com a compra

de respiradores mais modernos (09 respiradores da marca Intermed). As questões ainda

não resolvidas são: número de pacientes acima da capacidade de atendimento, pacientes

com doenças infecto-contagiosas em atendimento juntamente com pacientes de outras

patologias, os acompanhantes dos idosos aumentam a superpopulação em virtude do

espaço físico reduzido, o que tumultua sobremaneira o setor, uma vez que não existindo

espaço destinado aos acompanhantes, estes permanecem de pé ao lado do leito

correspondente

A permanência dos pacientes no setor, que deveria ser curta, acaba se

prolongando, por vários motivos: por falta de vagas nas enfermarias; dificuldade de

transferência para outras unidades; permanência de pacientes com alta hospitalar cujos

familiares relutam em recebê-los e a falta de vagas nos setores especializados para os

pacientes graves (CTI e Unidade Coronariana).

4.1.6 – Clínica Médica

Na clínica médica, são 07 médicos para atender 48 pacientes e, conforme

informação dos médicos, há necessidade da realização de treinamento e cursos de

reciclagem, tendo em vista a falta de capacitação existente.

Relacionam-se abaixo, alguns dos problemas deste setor ainda não solucionados,

apontados na inspeção anterior:

Pacientes sendo atendido em pé. Às 13:10 horas, não havia médico atendendo.

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� Devido à superlotação de pacientes no setor de imagem, os exames de

tomografia demoram a ser realizados, ocasionando reclamações por parte dos

médicos;

� A infra-estrutura da clínica médica é deficiente, faltam computadores,

ar-condicionado, necessidade de reforma e suporte de informática;

� Os residentes ficam, esporadicamente, sozinhos;

� É comum o encaminhamento de pacientes considerados graves para a clínica

médica, pois não há na emergência clínica uma unidade intermediária que

receba esses pacientes;

� Falta monitor cardíaco;

� Falta isolamento para os pacientes com doenças contagiosas;

� Faltam pia e lavatório;

� Não há água potável para os médicos e enfermeiros;

� Os pacientes chegam a ficar “internados” na emergência por mais de 10 (dez)

dias, por falta de vagas.

4.1.7 – Laboratório

A sobrecarga de exames provocada pelo grande número de solicitações da equipe

da urgência/emergência foi resolvida com a mudança do local do SPA, pois facilitou a

coleta do material, porém ainda necessita de mais profissionais, bem como de um

médico para atendimento à demanda.

Laboratório em Obras

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4.1.8 – Politrauma

Fica numa sala grande, superlotada, com doentes de diversos níveis de

complexidade, sem vigilância adequada, tendo como gênese da superpopulação a falta

de vagas nas enfermarias.

Durante a visita, foi constatado que desde a ultima inspeção, não houve solução

para os seguintes problemas:

� O pessoal médico e de enfermagem não é suficiente e, salvo algumas

exceções, não tiveram treinamento especializado para este tipo de

atendimento;

� A enfermagem é reduzida, e seu trabalho dividido nas duas salas

(ressuscitação e salão), sendo incontáveis as vezes em que os pacientes

graves são atendidos sem o auxílio do grupo de enfermagem que está

ocupado em outras situações;

� Freqüentemente, o pós-operatório imediato dos pacientes da emergência é

realizado na Sala de Atendimento ao Politraumatizado, quando deveria ser

encaminhado, de acordo com seu estado clínico, para as enfermarias, para a

UTI ou CTI;

� Na enfermaria, as janelas estavam sem telas.

4.1.9 – Centro Cirúrgico

Tendo em vista que a sala de recuperação pós-anestésica não está equipada e que a

mesma virou um depósito de equipamentos quebrados, o paciente fica na própria sala do

centro cirúrgico, aguardando passar o efeito da anestesia, ocupando a sala que poderia

estar sendo utilizada para outra cirurgia.

As informações abaixo relacionadas, foram obtidas com os funcionários do setor,

a saber:

� Cirurgias eletivas são suspensas ocasionalmente por falta de sangue, horário,

falta de exames, falta de staff, falta de vaga na CTI e na enfermaria,

� Não há vagas no Centro de Tratamento Intensivo para o pós-operatório;

� Ocorre que, ocasionalmente, neurocirurgiões da emergência entram para

cirurgia sem um auxiliar, obrigando a instrumentadora a participar da cirurgia;

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� Diariamente, macas são utilizadas como leito pós-operatório;

� Falta de segurança e de controle de entrada de pessoas no centro cirúrgico;

� Falta de profissionais de enfermagem, tanto técnicos como enfermeiros, tendo

em vista que a demanda de cirurgias cresce e o número de profissionais

diminui com aposentadorias e exonerações;

� Alguns materiais têm sido esterilizados na estufa;

� Algumas torneiras das pias não são adequadas para um centro cirúrgico.

4.1.10 – Ambulatórios

Nos ambulatórios, são feitos atendimentos para as especialidades de cirurgia geral,

otorrinolaringologia, proctologia, pré-natal, ortopedia, homeopatia, cardiologia,

neurocirurgia, cirurgia plástica, oftamologia, fonodiaudiologia, EEG, nutrição, pós-

operatório de cirurgia vascular e pós-operatório buco-maxilo-facial

O SPA de clinica médica e o de clínica pediátrica também funcionam como

ambulatórios, para atendimento com hora marcada.

Além da falta das especialidades de Dermatologia e Clínica Médica, o setor

precisa de um arquivo e de recursos humanos.

Na especialidade Ortopedia são apenas 30 vagas diárias, sendo 23 para fraturas

com gesso e 07 vagas para fraturas crônicas, pois atende retorno de consultas e pós-

operatório.

Tendo em vista a grande procura para ortopedia, há consultas marcadas para

agosto/2009.

4.1.11 – Maternidade

Quando da visita da comissão inspecionante, o ar condicionado estava

funcionando a contento.

Foram solucionados alguns problemas mencionados na inspeção anterior, além da

refrigeração, outros continuam, conforme relacionados abaixo:

� O vestiário é pequeno e está sendo usado como depósito de materiais, que

também é pequeno;

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Vestiário pequeno

� O material esterilizado transita com o material contaminado no mesmo

ambiente mostrado na foto abaixo;

Cruzamento material

� As incubadoras são muito antigas e a manutenção é efetuada pela Engenharia

Clínica.

� Faltam anestesistas exclusivos para o setor;

� Faltam lavadoras de instrumentais.

4.1.12 – Gestão dos Contratos

4.1.12.1 – Contrato nº 1308/2008

A SMSDC celebrou em 29/10/2008, contrato com a Medicalcoop Cooperativa de

Assistência Médica Ltda, tendo como objeto a contratação estimada de 702.309 horas

de profissionais de diversas categorias para prestação de serviços nas Unidades da

SMSDC, no valor de R$ 13.978.478,88, pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias, no

período de 01/11/2008 a 29/04/2009.

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O instrumento contratual foi processado nesta Corte sob o nº 40/5965/2008 e

encontra-se arquivado, conforme Sessão Plenária de 22/06/2009.

A contratação se fundamentou no disposto no Inciso IV, do art. 24, da Lei nº

8666/93 e suas alterações, ou seja, dispensa de licitação.

A despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota

de empenho nº 2008/004211, no valor de R$ 4.659.492,96, em 20/10/2008.

O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 13.978.478,88,

sendo que o total pago foi de 11.045.921,39, restando a pagar o valor de R$

2.339.044,64, que corresponde a 01 mês de prestação de serviços, conforme Relação

dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução, apesar do Contrato ter encerrado

em 29/04/2009 (Anexo VIII).

Apesar do encerramento do contrato, constatou-se que não foi celebrado nenhum

instrumento contratual com a Medicalcoop, continuando a mesma a prestar serviços

que, posteriormente, serão pagos através de Termos de Ajuste de Contas.

4.1.12.2 – Contrato nº 13/2009

A SMSDC celebrou em 30/01/2009, contrato com a empresa Seven Segurança e

Vigilância Privada Ltda, tendo como objeto a prestação de serviços de vigilância e

segurança desarmada em diversas unidades de saúde, no valor de R$ 1.680.000,00, pelo

prazo de 12 meses, no período de 01/02/2009 a 31/01/2010.

O instrumento contratual foi processado nesta corte sob o nº 40/000.729/2009 e

encontra-se em tramitação interna.

A contratação se fundamentou no Pregão Presencial nº 005/08, sendo que a

despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota de

empenho nº 2008/004921, no valor de R$ 140.000,00, em 28/11/2008.

O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 1.680.000,00,

sendo que o total pago foi de R$ 264.600,00, conforme Relação dos Dados do

Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo VIII).

O Termo de Referência menciona que a empresa deveria disponibilizar 12 rádios

portáteis para os vigilantes. Os vigilantes não possuem rádios portáteis para uso no

hospital conforme contratado e também não estavam portando cassetete.

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Nas entrevistas realizadas com os empregados da empresa, todos reclamaram do

atraso nos pagamentos dos salários, bem como da falta de pagamento do vale-

transporte.

Após conferência dos postos de trabalho, conforme distribuição, foi constatado o

que segue:

VIGILANTES DIURNOS

LOCAL HAVIA

02 Politrauma 01 01 pediatria 1º andar 00 03 entrada emergência 02 01 hall ambulância 00 01 cti pediatria 01 02 entrada mário ribeiro 01 02 escada de visita 01 01 hall de emegência 01 01 gabinete diretoria 01 01 Ambulatório 01 01 Maternidade 01 01 Fiscal 01 17 /////////////////////////////////////////// 11

Por ocasião da conferência, não estavam em seus postos 06 vigilantes.

NOTAS FISCAIS EMITIDAS PELA SEVEN EMISSÃO Nº NOTA VALOR PROCESSO DESTINO PAGTº 27/01/2009 338 88.898,16 09/170277/09 CUL - 02/02/2009 359 88.898,16 09/170556/09 S/CIN - 02/03/2009 392 88.898,16 09/170294/09 - 01/04/2009

4.1.12.3 – Contrato nº 97/2007

A SMSDC celebrou em 04/04/2007, contrato com a empresa Qualidade Total

Operadora de Recursos Humanos Ltda, tendo como objeto a prestação de serviços de

portaria em diversas unidades de saúde, no valor de R$ 7.216.272,72, pelo prazo de 12

meses, no período de 01/06/2007 a 31/05/2008.

O instrumento contratual foi processado nesta Corte sob o nº 40/3338/2007 e

foram celebrados: 1º Termo Aditivo nº 1421/2007 (acréscimo de 0,73%), 2º Termo

Aditivo nº 435/2008 (prorrogação do prazo de vigência para 31/05/2009) e 3º Termo

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Aditivo (acréscimo de 2,56%), encontrando-se arquivado, conforme Sessão Plenária de

02/06/2008.

A contratação se fundamentou no Pregão Presencial nº 002/2007, sendo que a

despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota de

empenho nº 2007/0864, no valor de R$ 1.804.068,18, em 30/03/2007.

O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 14.666.149,08,

sendo que o total pago, até o mês de novembro de 2008, foi de R$ 10.737.746,51,

restando a pagar o valor de R$ 1.113.872,31, apesar do término da vigência contratual já

ter expirado em 31/05/2009, conforme Relação dos Dados do Instrumento Contratual e

sua Execução (Anexo VIII).

Nas entrevistas realizadas com os empregados da empresa, todos reclamaram do

atraso no pagamento dos salários, bem como do vale-transporte.

Apesar de constar no Termo de Referência que os porteiros seriam distribuídos

nos seguintes locais: horário diurno: 3º andar - Pediatria, Gabinete do Diretor,

Refeitório e Coordenadoria, constatou-se a seguinte distribuição:

PORTEIROS DIURNOS

LOCAL HAVIA PRESENTE

01 Ambulatórios 01 01 Emergência 01 01 portão azul 00 02 entrada garagem 02 01 standy by 01 06 /////////////////////////////////////////////// 05

Por ocasião da conferência, no portão azul não havia porteiro.

NOTAS FISCAIS EMITIDAS PELA QUALIDADE TOTAL EMISSÃO Nº NOTA VALOR PROCESSO DESTINO PAGTº 24/11/2008 4856 15.407,79 09/171464/08 S/GAB - 01/12/2008 4915 15.407,79 09/171689/08 S/CIN - 02/01/2009 5227 15.407,79 09/170161/09 S/CIN - 02/02/2009 5509 15.407,79 09/170199/09 S/GAB - 02/03/2009 5726 15.407,79 09/170321/09 S/GAB -

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4.1.12.4 – Contrato nº 49/2008

A SMSDC celebrou em 29/02/2008, contrato com a empresa CNS Nacional de

Serviços Ltda, tendo como objeto a prestação de serviços de recepção administrativa da

clientela em diversas unidades de saúde, no valor de R$ 3.011.052,00, pelo prazo de 12

meses, no período de 03/03/2008 a 02/03/2009.

O instrumento contratual foi processado nesta Corte sob o nº 40/1313/2008 e

foram celebrados vários Termos Aditivos. O 6º Termo Aditivo nº 28/09 prorrogou o

prazo da vigência contratual para o período de 03/03/2009 a 02/03/2010, tendo sido

votado pela diligência na Sessão Plenária de 26/11/2008.

A contratação se fundamentou no Pregão Presencial nº 60/2007, sendo que a

despesa gerada por esta contratação foi inicialmente empenhada, através da nota de

empenho nº 2008/0361, no valor de R$ 250.921,00, em 04/01/2008.

O preço total dos serviços foi de R$ 6.756.090,00, sendo que o total pago, até o

mês de novembro/2008, foi de R$ 2.531.458,17, restando a empenhar o valor de

3.646.187,02, conforme Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução

(Anexo VIII).

Destaca-se que os dados orçamentários e financeiros referentes ao 6º Termo

Aditivo não estão registrados no Fincon Citrix.

Nas entrevistas realizadas com os empregados da empresa, todos reclamaram do

atraso no pagamento dos salários, bem como da falta de pagamento do vale-transporte.

Após conferência da distribuição, foi constatado que na recepção do Ambulatório

havia apenas uma recepcionista, quando deveria haver três.

Cabe destacar que o atendimento prestado à clientela pelas recepcionistas,

conforme projeto básico, fica restrito à recepção administrativa, o que inclui o registro

em boletins de atendimento ou prontuários, seja através de impressos ou por meio

informatizado, identificação do cliente, acompanhantes ou visitantes, encaminhamentos

internos e externos, seguindo o que for determinado pelo grupo técnico-assistencial.

Não obstante o previsto no projeto básico, a equipe inspecionante encontrou 03

(três) recepcionistas trabalhando na área administrativa do hospital.

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NOTAS FISCAIS EMITIDAS PELA CNS EMISSÃO Nº NOTA VALOR PROCESSO DESTINO PAGTº 01/12/2008 2421 32.659,00 09/171606/08 S/CIN - 02/01/2009 2699 32.659,00 09/17037/09 S/CIN - 02/02/2009 2980 34.248,50 09/170223/09 - 30/03/2009 02/03/2009 3122 34.248,50 09/170370/09 S/GAB

Foi constatado pela comissão inspecionante que não há fiscal designado para

acompanhamento dos serviços prestados, em todos os contratos analisados. A direção

enviou o ofício nº 722/2009/S/SUBASS/HMMC ao Coordenador da S/SUBG/CIN

solicitando informações sobre a designação dos servidores responsáveis pela

fiscalização dos contratos e, posterior, publicação.

4.1.13 – Faturamento ao SUS

Desde a implantação das novas regras do SUS para a cobrança das despesas com

os pacientes, iniciada em janeiro/2008, a responsável pelo setor repassou as novas

exigências para as chefias, diretorias e administrativos.

Uma das exigências era que a partir das novas regras do preenchimento das

SARCH (Sumário de Alta / Resumo da Conta Hospitalar), tornava-se necessário o

preenchimento correto da 1ª folha – AIH (Autorização para Internação Hospitalar), onde

deveria constar de forma legível o nome do profissional solicitante, bem como o

carimbo, devendo o mesmo estar cadastrado no CNES.

A folha da AIH precisa ser corretamente preenchida, contendo todos os dados

do paciente, principalmente o nome da mãe, documento de identidade ou CPF. Nos

pacientes que realizam hemodiálise o CPF é obrigatório.

Foram destacados, a seguir, os problemas que tem prejudicado o faturamento da

unidade:

1) Prontuários com carimbos e assinaturas de médicos e residentes não cadastrados no

CNES;

2) Quanto às cirurgias eletivas, as AIH’s não estão sendo preenchidas corretamente.

Como exemplo, em março/2009, foram enviadas 54 cópias de AIH’s, sendo

autorizadas pela Central de Autorização para fins de cobrança 14 AIH’s, retornando

40 à Unidade para devolução às chefias das clínicas cirúrgicas, a fim de que fossem

preenchidas corretamente e então reapresentadas em abril/2009;

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3) Quanto aos serviços de hemodiálise, os mesmos são realizados pela empresa UTN,

cadastrada no CNES. O que tem impedido o faturamento deste procedimento de alto

custo é o fato de que não consta o CPF do médico responsável (nefrologista), bem

como o CPF do paciente. Sem esses dados, ocorre a glosa pelo SUS;

4) A responsável pelo faturamento informa que precisa cobrar tudo o que se gasta com

o paciente. Se os setores competentes não registram, por exemplo, nos resumos de

altas, óbitos e transferências o uso de albumina, nutrição parenteral, rhogan,

estreptoquinase, diária de CTI, etc, não há como cobrá-los ao SUS;

5) Todo paciente idoso tem direito à acompanhante, sem pernoite, pois não há

acomodações necessárias para o pernoite. Nesses casos, o setor de faturamento

necessita que seja anotado no prontuário do paciente o nome completo do

acompanhante. Poucos são os prontuários com tal registro. A data de nascimento,

por exemplo, em 40% dos prontuários, não é registrada;

6) Quanto aos prontuários dos pacientes que fazem uso de próteses, precisam aguardar

de 2 a 3 meses para que as notas fiscais cheguem. O setor informou que perde-se

dinheiro, pois o faturamento de um paciente, dois meses após a alta, diminui o

percentual de pagamento. Informa ainda, que tem telefonado para as empresas para

as mesmas enviarem as notas fiscais e não obtêm respostas. Não chegando a nota

fiscal, após terminar o prazo para faturar tal prontuário, ele segue com a cobrança do

procedimento e dos exames realizados. Quando a nota fiscal chega ao departamento

ela recebe o nº da AIH do prontuário e é efetuado o pagamento ao fornecedor, mas o

faturamento fica prejudicado, pois o SUS não repassa o valor da nota fiscal;

7) Quanto aos procedimentos de cirurgia vascular, considerados de alta complexidade,

a responsável pelo setor informa que deixou de apresentá-los para fins de

faturamento, pois não tem autorização para tal, uma vez que o procedimento não

está habilitado no SUS. Informa ainda que, na gestão anterior, houve a solicitação

do cadastramento desses procedimentos, não sabendo os motivos da demora, tendo

em vista que são procedimentos caros e efetuados com muita freqüência.

O quadro, a seguir, demonstra, a título de exemplo, o valor não faturado ao SUS,

no período de janeiro a março/2009, de alguns procedimentos de alto custo.

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CÓDIGO PROCEDIMENTOS QUANTIDADE JAN A MAR/09

VALOR PAGO PELO SUS

VALOR NÃO FATURADO

0406020124 emboledomia arterial 8 1.530,75 12.246,00 0406020302 plastia arterial com remendo 5 1.457,61 7.288,05 0406020310 ponte áxilo-bifemural 2 1.457,57 2.915,14 0406020329 ponte áxilo-femural 1 1.457,57 1.457,57 0406020345 ponte femoro-femural cruzada 1 1.457,57 1.457,57 0406020353 trombo endarterectomia aorto femural 4 1.458,25 5.833,00 0406020360 ponte tromboendarterectomia de carótida 2 1.231,36 2.462,72 0406020434 revascularização por ponte

tromboendarterectomia de outras artérias distais

8

1.142,89

9.143,12 0406020442 revascularização por ponte

tromboendarterectomia femoropoplitea distal

5

1.457,57

7.287,85

TOTAL 50.091,02

Constatou-se que o faturamento da Unidade ao SUS depende de todos os dados

preenchidos nos prontuários, por isso torna-se necessária a colaboração de todos os

profissionais do hospital. A responsável pelo faturamento tem realizado reuniões com os

chefes de serviços e enfermagem, solicitando o empenho de todos para que insistam

com os médicos, no preenchimento completo dos prontuários.

Foram destacados, a seguir, os procedimentos de hemodiálise não faturados no

período de outubro/2008 a março/2009, pois os serviços são prestados pela empresa

UTN – Unidade de Tratamento Nefrológico e Comércio Ltda e a mesma não possui

nefrologista cadastrado no CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde,

conforme planilha fornecida pela Diretora Administrativa. O contrato nº 843/2007 foi

processado nesta Corte sob o nº 40/4137/2007, tendo sido arquivado na sessão Plenária

de 28/05/2008.

MESES VALOR NF VALOR UNITÁRIO

QTD. EXAMES REALIZADOS

VALOR NÃO FATURADO (Qtd. exames x R$ 111,00- SUS)

Out/08 94.710,00 410,00 231 25.641,00

Nov/08 78.720,00 410,00 192 21.312,00

Dez/08 84.050,00 410,00 205 22.755,00

Jan/09 109.060,00 410,00 266 29.526,00

Fev/09 78.310,00 410,00 191 21.201,00

Mar/09 81.590,00 410,00 199 22.089,00

TOTAL 526.440,00 //////////////////// 1.284 142.524,00

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4.1.14 – Manutenção nos Equipamentos Médicos

O HMMC mantém contrato com a empresa Engeclinic Serviços Ltda1, com as

atribuições de adotar ações emergenciais para restabelecer a operacionalidade do parque

de equipamentos médico-hospitalares e manter um sistema de gerenciamento do parque,

inclusive, com acompanhamento dos serviços prestados por terceiros e com a realização

de manutenção nos equipamentos não cobertos por contratos de manutenção, prevendo-

se também, o fornecimento de peças, até o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) por

mês.

Por meio do engenheiro da EngeClinic, Nando Murra, foram apresentadas

algumas sugestões, visando economia orçamentária e financeira do hospital, conforme

documento juntado (Anexo XIX).

4.1.15 – Recursos Humanos

Na visita aos diversos setores do hospital, os responsáveis pelos mesmos

declararam haver déficit de pessoal, em quase todas as especialidades médicas, quando

comparado com o quantitativo necessário ao atendimento da demanda.

A Diretora Geral da Unidade, por ocasião da inspeção, ainda não havia efetuado o

levantamento da carência de Recursos Humanos do hospital.

4.2 – Hospital Municipal Lourenço Jorge

Situado na Barra da Tijuca, contando com aproximadamente 1.922 funcionários

em média em 2009, 151 leitos ativos, 41 na emergência, 120 nas unidades de

internação, além de maternidade Leila Diniz, centros de tratamento intensivo adulto e

infantil, e 19 consultórios ambulatoriais.

Quanto à nova sistemática de trabalho, baseada na autogestão orçamentária,

constatou-se que a mesma não ocorre efetivamente, pois as unidades emitem apenas as

Notas de Autorização de Despesas (NAD’s) e Notas de Empenho, sendo que os

contratos continuam sendo celebrados no Nível Central.

1 Contrato nº 56/2009, por Pregão Presencial nº 132/2008, pelo prazo de 24 meses (01/03/2009 a 28/02/2011), processado nesta Corte sob o nº 40/000728/2009, em tramitação interna.

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Tendo em vista a publicação no DO. Rio, de 15/02/2006, da Resolução nº 1185,

que criou as atividades de neurocirurgia e de cirurgia vascular, constata-se que não

houve a implantação dos serviços.

4.2.1 – Gestão dos Contratos

4.2.1.1 – Contrato nº 180/2008

A manutenção preventiva e corretiva predial hospitalar é realizada pala empresa

TEKNO Sistemas de Engenharia LTDA., sob o contrato nº 180/2008, processo

administrativo nº 09/003914/2008, no valor de R$ 2.654.874,32, com vigência de

02/010/2008 a 28/09/2009, celebrado com a RIOURBE, autuado nesta Corte sob nº

040/005380/2008, votado por diligência na Sessão Plenária de 15/06/2009.

Segundo informações da unidade, a referida empresa suspendeu os serviços que

vinham sendo prestados em razão da falta de pagamento. Em consulta ao sistema

FINCON em 19/06/2009, foi verificado que houve o pagamento de R$ 671.811,34,

conforme documento juntado no Anexo VIII.

A seguir, são apresentadas fotos de locais que tiveram as suas obras paralisadas.

Paredes inacabadas devido à suspensão de serviços de manutenção por falta de pagamento

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Paredes inacabadas devido à suspensão de serviços de manutenção por falta de pagamento

Material de obra abandonado pela empresa na área da Maternidade Leila Diniz

4.2.1.2 – Contrato nº 593/2007 (comum ao HM Miguel Couto)

A contratação se fundamentou no Edital de Concorrência Pública 04/2007.

A SMSDC celebrou contrato com a empresa CNS Nacional de Serviços Ltda, para

prestação de serviços de administração operacional de transporte, locomoção e/ou

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movimentação de pacientes tanto no HM Lourenço Jorge quanto na Maternidade Leila

Diniz, estando em vigor o seu 2º Termo Aditivo nº 619/08, no valor de R$

1.046.160,00, pelo prazo de 12 meses, no período de 01/07/2008 a 30/06/2009.

Este 2º Termo foi processado nesta Corte sob o nº 40/3432/2008, tendo sido

votado pela diligência na Sessão Plenária de 09/02/2009.

O preço total dos serviços foi de R$ 2.029.632,00, sendo que o total pago foi de

R$ 1.652.509,37, restando a empenhar o valor de R$ 323.017,80, conforme Relação dos

Dados do Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo VIII).

4.2.1.3 – Contrato nº 235/2008 (comum ao HM Miguel Couto)

Este contrato segue os moldes do descrito no item 4.1.14. Foi celebrado entre a

SMSDC e a empresa Medsystem Comércio, Manutenção e Serviços Hospitalares Ltda-

ME, tendo como objeto a contratação de serviços de manutenção preventiva e corretiva

de equipamentos básicos de laboratório (centrífugas, agitador, banho-maria,

deionizador, destilador espectofotômetro, estufa, microcentrífuga) pertencentes a

diversas unidades da SMS.

Tal instrumento foi celebrado em decorrência do Pregão Presencial n.º 15/2008.

O preço total dos serviços foi de R$ 1.194.816,00, sendo que o total pago foi de

R$ 440.529,67, restando a empenhar o valor de R$ 560.736,80, conforme Relação dos

Dados do Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo VIII).

4.2.1.4 – Contrato nº 1742/2007 (comum ao HM Miguel Couto)

Foi celebrado entre a SMSDC e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana –

COMLURB, segundo processo administrativo nº 09/019.711/07, tendo como objeto a

prestação de serviços de Higiene Hospitalar e Gestão Interna dos Resíduos Sólidos dos

Hospitais Municipais Souza Aguiar, Miguel Couto, Lourenço Jorge, Salgado Filho e

Maternidade Leila Diniz, no valor de R$ 74.724.667,24, com vigência de 01/01/2008 a

31/12/2011. Foi verificado que a composição do valor do custo da mão-de-obra teve

como base, a tabela apurada pela Fundação Getúlio Vargas.

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Este contrato se encontra nesta Corte autuado sob nº 040/499/08 e houve decisão

pela diligência determinada pelo Exmo. Senhor Conselheiro Relator Antonio Carlos

Flores de Moraes em Sessão de 17/09/2008.

A distribuição de pessoal se dá tanto no HM Lourenço Jorge, 107 profissionais,

quanto na Maternidade Leila Diniz, 95 profissionais. Observou-se duplicidade de

utilização de 10 destes nas listagens de pessoal fornecidas.

O preço total dos serviços para várias unidades de saúde foi de R$ 74.724.667,20,

sendo que o total pago foi de R$ 23.940.477,14, restando a empenhar o valor de R$

37.583.834,40, conforme Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução

(Anexo VIII).

4.2.2 – Faturamento ao SUS

O quadro geral do faturamento dos procedimentos de alto custo realizados no

hospital, apresentado pela unidade de saúde e pago (acolhido) pelo SUS tem o perfil a

seguir apresentado:

AIH MÉDIA

2008

MÉDIA

2009

JAN/09 FEV/09 MAR/09 TOTAIS

Apresentado, R$ 602.232,10 532.622,29 570.541,72 494.702,85 966.057,88

Pago, R$ 561.493,49 383.426,20 405.584,94 361.267,45 -------

Valor não acolhido, R$ 40.738,61 140.196,09 164.956,78 133.435,40 787.255,80

... percentuais 0,07 0,28 0,29 0,27

Quantidade apresentada 964 821,50 842 801 1.251

Quantidade aprovada 911 609 619 598 -------

... percentuais 0,05 0,26 0,26 0,25

Ambulatorial

Apresentado, R$ 329.882,15 597.649,90 894.198,12 301.101,68 337.665,67

Pago, R$ 266.721,57 512.556,72 762.356,21 262.757,22 -------

Valor não acolhido, R$ 63.160,58 85.093,18 131.841,91 38.344,46 928.113,33

... percentuais 0,19 0,14 0,15 0,13

Totais 1.715.368,83

Fonte: dados extraídos e compilados de planilha fornecida pela unidade de saúde

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Destaca-se o percentual de não acolhimento médio do faturamento (AIH)

apresentado pela unidade ao SUS em 2009, 26 %, correspondente a R$ 298.392,18,

assim como o ambulatorial , correspondendo a R$ 170.186,37.

Já, para o período de 2008 e janeiro e fevereiro de 2009, há um acumulado de

faturamento não acolhido pelo SUS de R$ 1.715.368,83.

4.2.3 – Diagnóstico por imagem

Nesta área, os problemas se concentram basicamente no TOMÓGRAFO marca

PHILIPS modelo MX 4000, localizado no setor de raios-X, de nº série PDL055EI, o

qual, segundo informado, foi obtido através de uma doação à unidade.

Conforme quadro demonstrativo da situação do tomógrafo, desde sua

operacionalização, emitido pela unidade, este equipamento entrou em uso no dia

11/07/2007, tendo apresentado até 17/04/2009 nove vezes problemas que ocasionaram a

sua paralisação num período em torno de 171 dias, de acordo com o exposto a seguir:

Aparelho de tomógrafo

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Conforme se pode observar, há uma grande quantidade de dias de

indisponibilidade deste equipamento, comprometendo sobremaneira a operação da

unidade, uma vez que ações de outros setores dependem fundamentalmente dos

exames ali produzidos.

4.2.4 – Cirurgias e UIs / UTIs

A unidade de cirurgia dispõe de 05 salas cirúrgicas, tendo sido realizadas uma

média mensal de 252 cirurgias em 2008, e 229 em 2009.

Um importante problema relatado refere-se às suspensões de cirurgias, as quais

se dão por diferentes causas. A seguir, é apresentado quadro relativo aos quantitativos

no período de janeiro a outubro de 2008.

DATA PARALISAÇÃO

PLANTÃO DEFEITO DATA

FUNCIONAMENTO TEMPO

INOPERANTE

07/05/2008 Quarta-feira Não dá “X” 04/07/2008 58 dias

07/07/2008 Segunda-feira Não indicado no relatório da

Manutenção 10/07/2008 03 dias

13/07/2008 Domingo “COD ERRO” 14/07/2008 01 dia

14/10/2008 Terça-feira Monitor “apagou” 27/10/2008 13 dias

02/11/2008 Domingo “COD TALK TYPE: SCAN AND RECONSTITUTION”

03/11/2008 01 dia

17/11/2008 Quarta-feira Gerado pela queda de energia

da LIGHT 06/02/2009 79 dias

02/03/2009 Terça-feira Aparelho “desarma quando

dá o X” 06/03/2009 04 dias

23/03/2009 Segunda-feira Problema no software 25/03/2009 02 dias

07/04/2009 Terça-feira Defeito na ventoinha do

Cooler Unit do tubo de RX Prevista para hoje

(17/04/2009) 10 dias

Tempo total de inoperância do Tomógrafo: 171 dias

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ESPECIALIDADES CIRURGIAS MARCADAS

CIRURGIAS SUSPENSAS

%

Cirurgia Geral 579 132 22

Ortopedia 951 224 23

Buco Maxilo 148 35 23

Cirurgia Infantil 84 27 32

Cirurgia plástica 30 3 10

Total 1792 421 23

Fonte: dados extraídos de relatório estatístico fornecido pela unidade

Verifica-se que há um percentual médio de 23% de suspensões. Segundo

informações coletadas junto a Dra. Tatiana, responsável pela elaboração dos macro-

indicadores gerenciais da unidade, estas ocorrências se devem a um elenco de fatores os

quais estão sendo dimensionados pelas áreas responsáveis com vistas a se verificar

aqueles que apresentam maior freqüência de forma a se tomar medidas saneadoras com

intuito de reduzir estes percentuais detectados.

Observou-se, ainda, que na particularização dos dados por mês no ano de 2008,

há pontos que chamam mais a atenção pelo seu alto índice de suspensões, tais como:

ESPECIALIDADES MÊS CIRURGIAS MARCADAS

CIRURGIAS SUSPENSAS

%

Cirurgia Geral agosto 62 20 33,8

Ortopedia março 102 39 38,2

Buco Maxilo março 15 7 46,7

Cirurgia Infantil Julho 11 7 63,6

Em 2009, o quadro de suspensões de cirurgia continua preocupante, tendo em

vista os dados a seguir:

MÊS EM 2009 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO MÉDIA

% Cirurgias Suspensas 21,3 18,2 19,3 19,6

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Houve informação, ainda, que há 03 autoclaves, sendo que 01 é novo, que nunca

funcionou, e 02 que eventualmente entram em pane. Há 14 ortopedistas, quando na

realidade deveriam existir 46, segundo os responsáveis pelos serviços.

Com relação à estrutura de assistência neonatal na Maternidade Leila Diniz,

verificou-se que havia setor com todos os seus requisitos para o integral funcionamento

e que, contudo, estava desativado, conforme demonstrado nas fotos a seguir:

Centro de atendimento UI / UTI sem utilização na Maternidade Leila Diniz

Outro fato que chamou bastante atenção é o atinente às luvas cirúrgicas

descartáveis. Foi apresentada à equipe uma amostra que, logo após a retirada da

embalagem original se apresentava impregnada de diversos resíduos de cirurgia, tais

como manchas de sangue, conforme fotos a seguir:

Luvas cirúrgicas desembaladas como novas, porém com sinais de reutilização

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Luvas cirúrgicas desembaladas como novas, porém com sinais de reutilização

4.2.5 – Necrotério

A gerente administrativa, Sra. Tania informou à comissão inspecionante sobre a

existência de corpos no necrotério há pelo menos 04 (quatro) anos. No período de

inspeção ocorreram diversas retiradas de corpos viabilizadas por determinação judicial.

A previsão era que nos próximos dias fosse completada a operação de retirada de todos

os corpos.

4.2.6 – Recursos Humanos

Nas diversas áreas visitadas houve, de forma recorrente, a informação de que

havia carência de pessoal em diversas especialidades, assim como em serviços de apoio,

tais como segurança, portaria, lavanderia. Para agravar o cenário apresentado à equipe

inspecionante, foi ressaltado pelos responsáveis pela unidade que, em virtude da

publicação do Decreto nº 30.375, publicado no DO Rio em janeiro/2009, haveria um

corte linear de 25% no pessoal da unidade.

Ressalte-se que o mesmo prevê, inicialmente, um contigenciamento da ordem de

20%, percentual que poderá ser modificado a critério da CPFGF.

Não obstante reiteradas solicitações da equipe inspecionante para que fosse

fornecida a nova situação de quantitativo e qualitativo de pessoal após reunião realizada

no Nível Central, não houve resposta da unidade, o que não nos permitiu aquilatar o real

impacto, se realmente existe, derivado daquela redução de pessoal.

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4.2.7 – Itens diversos

A administração da unidade informou sobre o furto de uma impressora, que se

encontrava na sala das secretárias da diretoria da unidade, no período de 15/02/2008,

sexta-feira, a 17/02/2008, domingo, o qual foi registrado no boletim de ocorrência nº

016-01839/2008, na DP.

Abaixo, é apresentada foto do local onde estava instalado o referido

equipamento.

Local onde estava instalada a impressora.

4.3 – Hospital Municipal Ronaldo Gazolla

O HMRG está localizado na AP 3.3 (Área de Planejamento), no bairro de Acari,

numa região com alta densidade populacional e com o terceiro IDH (Índice de

Desenvolvimento Humano) mais baixo da cidade (0,720), sendo limítrofe com

municípios da Baixada Fluminense.

O presente trabalho tem o objetivo de realizar uma análise pormenorizada do

projeto do HMRG, abrangendo desde o início da sua construção à implementação das

atividades previstas no Edital de Concorrência nº 13/2005, destacando o que foi

efetivamente contratado, bem como suas alterações por meio de Termos Aditivos.

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Vista geral frontal Entrada de pessoal

4.3.1 - Construção do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla

A construção do hospital teve início a partir do contrato nº 15/2003, celebrado

com a Construtora OAS Ltda, em 07/01/2003, para o período de 720 dias, no valor de

R$ 29.166.663,83, processo instrutivo nº 09/27188/2002, processado nesta Corte sob o

nº 40/00618/2003, arquivado na Sessão Plenária de 26/11/2008, nos termos do voto do

Exmº Sr. Conselheiro Relator, Antonio Carlos Flores de Moraes, proveniente da

Concorrência Pública nº 29/2002, processo 40/4272/2002, arquivado na Sessão Plenária

de 15/12/2003.

Para o contrato nº 15/2003, foram celebrados 06 termos aditivos com os objetivos

de: modificação da planilha original, alteração do cronograma físico-financeiro,

prorrogação do prazo de vigência e acréscimo de valor, alterando o valor inicialmente

previsto para R$ 36.452.496,95.

Ressalte-se que, apesar da assinatura do contrato ter sido em 07/01/2003, somente

foram emitidos os empenhos de nºs 2005/18.388 e 2006/2613, em 31/12/2005 e

19/07/2006, respectivamente. A empresa recebeu em 31/12/2005, de uma vez, o valor

de R$ 32.807.070,84 e em 30/08/2006, o valor de R$ 3.645.426,11, totalizando R$

36.452.496,95, conforme registra a Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua

Execução, extraídos do Fincon (Anexo VIII).

Posteriormente, foi celebrado o contrato nº 138/2003, em 24/10/2003, com a

mesma Construtora, com o objetivo da realização das obras de complementação do

hospital, constando de subestação, ar-condicionado central, centro de apoio e serviços,

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galeria técnica, passarela, automação, para o período de 360 dias, no valor de R$

32.537.608,78, processo instrutivo nº 09/17.006/2003, processado nesta Corte sob o nº

40/6313/2003, arquivado na Sessão Plenária de 14/06/2004, nos termos do voto do

Exmº Sr. Conselheiro Relator Antonio Carlos Flores de Moraes, proveniente da

Concorrência Pública nº 39/2003, processo nº 40/4789/2003, arquivado na Sessão

Plenária de 17/11/2003.

Para o contrato nº 138/2003, foram celebrados 05 termos aditivos com os

objetivos de: modificação da planilha original, alteração do cronograma físico-

financeiro, acréscimo de valor alterando o valor inicialmente previsto para R$

40.668.727,16.

Ressalte-se que, apesar da assinatura do contrato ter sido em 24/10/2003, somente

foram emitidos os empenhos de nºs 2005/19.027 e 2005/19.028, em 31/12/2005. A

empresa recebeu em 31/12/2005, de uma vez, o valor de R$ 40.668.727,21, ou seja, o

valor total do Contrato, conforme registra a Relação dos Dados do Instrumento

Contratual e sua Execução, extraídos do Fincon (Anexo VIII).

CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL MUNICIPAL RONALDO GAZOLLA

PROCESSO OBJETO FONTE VALOR PAGO

09/027.188/2002 Execução das obras de construção 100 36.452.496,95

09/017.006/2003 Obras de complementação 100 40.668.727,16

TOTAL PAGO À CONSTRUTORA OAS LTDA 77.121.224,11

4.3.2 – Alterações no cronograma do projeto

Apesar do aceite definitivo dado pela RIOURBE no final de 2005, a jurisdicionada

informa que foi indispensável a realização de um amplo projeto de reformas e reparos,

visando à conformidade do prédio para o início das atividades hospitalares, pois a ação

do tempo, transcorrido até 2008, aliada à ausência de manutenção no período, provocou

desgastes, tanto na parte da construção civil, quanto nos equipamentos instalados.

Conseqüentemente, após a implementação das reformas supracitadas, a jurisdicionada

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promoveu alterações nas etapas, datas e quantitativo de procedimentos, partindo da

previsão inicial prevista no edital.

Da mesma forma, a SMSDC fez algumas adequações no projeto tais como:

construção de ralos para a instalação dos balcões térmicos na cozinha, substituição das

janelas fixas por janelas móveis nos corredores, etc.

Após a contratação da empresa GPS, mencionada no subitem 4.3.6, a mesma

alegou a necessidade de efetuar reparos em diversos equipamentos e sistemas, devido ao

desgaste do tempo.

Destaca-se também, conforme ofício GT-ACARI nº 09/2008, de 27/03/2008, que

trata da análise do adiantamento solicitado pela empresa GPS supracitada, a informação

prestada pelo Sr. Paulo Maurício, membro da Comissão de Avaliação e Gestão do

HMRG, da existência de um débito, em torno de um R$ 1.000.000,00 com a CEDAE,

anterior à aquisição do terreno pela SMSDC, o qual impedia a ligação do fornecimento

de água. Após a realização de várias reuniões entre a SMSDC e a CEDAE, foi firmado

um acordo equacionando o novo valor em dois pagamentos de R$ 187.000,00, com

vencimentos em 25/02 e 25/03/2008. A normalização do fornecimento de água deu-se

com a instalação do hidrômetro em 24/02/2008, sendo este um fator preponderante para

a inauguração do hospital.

O Centro de Serviços, prédio contíguo ao HMRG, foi transformado em Centro de

Cidadania, mediante o Decreto nº 27.528, de 10 de janeiro de 2007, com a finalidade de

fomentar amplas atividades de desenvolvimento social, oferecendo programas de

inclusão social e diversos serviços públicos tais como: ensino fundamental, cursos

profissionalizantes, atividades culturais e oportunidades de emprego e renda, por

intermédio dos órgãos que compõem a Macrofunção das Políticas Sociais, em especial

as Secretarias Municipais: Educação, Assistência Social, Trabalho e Emprego, Cultura e

Qualidade de Vida.

Da mesma forma, a Resolução SMS nº 1255, de 25 de janeiro de 2007, dispõe

sobre a instalação do Centro de Cidadania no prédio anexo ao hospital

No entanto, a jurisdicionada informa que por problemas orçamentários, de cada

Secretaria, o Centro de Serviços não foi ocupado, bem como não foram iniciadas as

obras de adaptação das lojas, sendo este um fator que impediu o início das etapas de

ocupação do complexo hospitalar, conforme previsto no edital.

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Lojas no primeiro andar Escadas rolantes

Hall vazio Vista parcial

Quanto à construção de um acesso viário, que assegurasse um atalho rápido, com a

Avenida Brasil, para uso, principalmente, das ambulâncias, informa que todas as opções

viárias de saída do HMRG, passam por pontos “problemáticos”. Desse modo, a fim de

viabilizar o funcionamento do hospital, minimizando os riscos de circulação, tanto no

que tange aos funcionários e clientes, quanto para circulação das ambulâncias, foi

necessária a construção de um binário, com mão inglesa, na Avenida Pastor Martin

Luther King, que propiciou um acesso a Av. Brasil, rápido e eficiente.

Todavia, a abertura desta nova via suscitou um amplo debate com as lideranças

locais, havendo o seu término em fevereiro/2008.

De acordo com a jurisdicionada, em virtude dos percalços ocorridos, ficam

patentes, os motivos das alterações efetuadas no cronograma, tanto no início, quanto na

forma de ocupação, interferindo nas etapas de inauguração do HMRG, previstas no

edital. Contribuíram também, os reparos necessários no prédio, bem como no prédio

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anexo (centro de serviços), além de equipamentos primordiais para o início das

atividades, os quais ainda não tinham sido adquiridos à época.

4.3.3 – Pagamentos efetuados à Construtora OAS Ltda

A SMSDC celebrou o Termo de Ajuste de Contas nº 740/2008, referente a

liquidação e pagamento do valor de R$ 1.638.894,45, correspondente à prestação de

serviços de manutenção corretiva e adequações para instalação de equipamentos

médico-hospitalares do HMRG, pertinente ao mês de abril/2008, tendo sido processado

nesta Corte sob o nº 40/000775/2009, encontrando-se em tramitação interna.

Para justificar a celebração desse Termo de Ajuste, o então Secretário Municipal

de Saúde, Jacob Kligerman, informou que, considerando o tempo em que o hospital

permaneceu inoperante, todos os sistemas instalados necessitaram de manutenção

corretiva, bem como informou da necessidade de realizar as adequações necessárias

para instalação de equipamentos médico-hospitalares.

Na planilha de custos que discrimina os valores que compõem o total de R$

1.638.894,45, pagos a Construtora OAS Ltda, destaca-se, que foi incluída na mesma o

valor de R$ 5.101,38, referente à pintura da quadra de esportes em piso cimentado, com

tinta 100% acrílica, equivalente a Suvinil piso, Nova Cor ou Coral Piso ou similar,

considerando-se a limpeza da superfície e duas demãos de acabamento. Ocorre, que o

hospital não tem quadra de esportes.

Após a finalização dos serviços de construção do HMRG, em setembro de 2004 e

durante a fase em que o hospital esteve inoperante, foram celebrados 02 (dois) Termos

de Ajustes de Contas, referentes ao ressarcimento de despesas extraordinárias visando à

preservação das condições físicas do hospital.

Cabe, preliminarmente, tecer alguns comentários acerca de alguns pontos em

comum aos dois pagamentos:

� Tais processos estavam inicialmente consolidados num único instrumento, sob o

nº 09/071.937/2008, que trata do Termo de Ajuste de Contas nº 1185/2008, no

valor de R$ 3.322.617,84, sendo que após o cancelamento da NAD e na Nota de

Empenho, o mesmo foi também cancelado;

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� Foi informado pelo Engº Roberto Almendra de Almeida, da Assessoria de

Engenharia e Obras da SMSDS, que os serviços foram prestados, desde o seu

inicio, sem contratação;

� Não houve a formalização periódica da verificação, medição e atestação da

efetiva prestação dos referidos serviços à época de realização dos mesmos;

� Em 03/03/2008, a empresa Construtora OAS Ltda.apresentou correspondência

pleiteando ressarcimento das despesas extraordinárias para vigilância e

preservação das condições físicas do HMRG, anexando planilha relativa ao

período de novembro/04 a janeiro/2006, no valor de R$ 4.265.864,65;

� Após a análise dos fiscais da Assessoria de Engenharia e Obras da SMS, houve

glosa no valor de R$ 943.246,81, reduzindo o valor para R$ 3.322.617,24;

� Não obstante estes fatos, em 07/05/2008 houve autorização tanto do então

Secretário Municipal de Saúde quanto do Prefeito, para pagamento das despesas

totais no valor de R$ 3.322.617,84;

� Posteriormente, em 15/05/2008, foi emitida a primeira nota fiscal nº 3451 no

valor de R$ 3.322.617,84, tendo a mesma sido cancelada por ocasião do

desdobramento do processo;

� Em 11/07/2008 foi instaurado processo de sindicância nº 09/010.132/2008 para

apurar a origem das obrigações a pagar referentes à prestação de serviços

constante do processo 09/071.937/2008;

� Em 05/08/2008, houve reconhecimento da dívida pelo então Subsecretário de

Administração e Finanças;

� Posteriormente, após análise da Assessoria de Engenharia e Obras da SMS em

06/11/2008, tais despesas foram desdobradas nos processos de nºs

09/073.762/2008 e 09/073.763/2008, nos valores de R$ 512.046,43 e R$

2.810.571,41, respectivamente.

Quanto ao processo 09/073.762/2008:

• Termo de Ajuste de Contas nº 1373/2008, no valor de R$ 512.046,43,

relativo a despesas extraordinárias para preservação das condições físicas do

HMRG, no período de 01/11/2004 a 31/08/2006.

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Estes serviços foram prestados durante 22 meses, de 01/11/2004 a 31/08/2006.

Observa-se, no entanto, que na planilha de custos estão especificados 35 e 30 meses de

serviços, conforme a seguir, acarretando no cálculo que originou o valor em comento:

TIPO DE PROFISSIONAL QUANTIDADE QTD. DE MESES DE SERVIÇO

Engenheiro 01 35

Chefe de escritório 01 35

Encarregado, eletricista 01 30

Encarregado, bombeiro 01 30

Apontador 01 30

Servente 09 30

Eletricista 02 30

Bombeiro hidráulico 02 30

Observa-se ainda, que a Nota fiscal nº 3533 foi emitida em 21/10/2008, ou seja,

mais de 25 meses depois dos supostos serviços prestados, tendo sido paga pelo Termo

de Ajuste de Contas nº 1373/08, assinado em 12/11/2008, processado nesta Corte sob o

nº 40/5969/2008 e encontra-se sobrestado.

Quanto ao pagamento deste Termo, de acordo com informação extraída do sistema

FINCON, foi integralizado em 10/12/2008.

Quanto ao processo 09/073.763/2008:

• Termo de Ajuste de Contas nº 1374/2008, no valor de R$ 2.810.571,41,

relativo a despesas extraordinárias para vigilância do HMRG, no período de

01/11/2004 a 31/12/2007.

Estes serviços foram subcontratados pela Construtora OAS Ltda para a empresa

JGS Assessoria Patrimonial e Eventos Ltda., sob contrato nº OHARJ 014/03, tendo sido

prorrogado em 09 (nove) meses, estendendo seu término para 29/02/2008.

Observa-se que a Nota fiscal nº 3534 foi emitida em 21/10/2008, ou seja, mais de

09 meses depois dos serviços prestados, tendo sido paga através do Termo de Ajuste de

Contas nº 1374/08, assinado em 12/11/2008. Este termo se encontra nesta Corte autuado

sob nº 040/005.968/08, sobrestado.

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41

Quanto ao pagamento, este, de acordo com informação extraída do sistema

FINCON, foi integralizado em 10/12/2008.

Constata-se que foi celebrado o contrato nº 1418/2007, em 30/11/2007, entre a

SMSDC e a mesma empresa JGS, pelo prazo de 180 dias (16/01/2008 a 13/07/2008),

para fins de prestação de serviços de apoio operacional, controle de acesso e

manutenção das áreas externas do HMRG, ou seja, fornecimento de mão-de-obra

especializada para vigilância e segurança não armada, no valor total de R$ 293.760,00,

encontrando-se o mesmo arquivado na Sessão Plenária de 10/12/2008.

Comparando os valores pagos à empresa OAS e a empresa JGS, conforme a

proporcionalidade do prazo contratual, verifica-se uma diferença de R$ 950.041,41,

conforme demonstrado abaixo:

Contrato nº 1418/2007 – prazo de 6 meses – R$ 293.760,00

Valor Mensal = R$ 293.760,00 = R$ 48.960,00 6 Termo de Ajuste de Contas nº 1374/2008 – prazo de 38 meses – R$ 2.810.571,41

Se fosse utilizado o valor mensal do contrato acima, o valor pago seria de :

R$ 48.960,00 x 38 = R$ 1.860.480,00.

4.3.4 – Relatório técnico sobre o funcionamento dos sistemas

Conforme pesquisa no SCP, deu entrada nesta Corte o 1º Termo Aditivo nº

408/2007 ao contrato nº 144/2007, celebrado com a empresa Walkam Climatização

Ltda, tendo como objeto prorrogar por mais 30 dias o prazo inicialmente contratado

(22/10 a 22/12/2007), referente à prestação de serviços de engenharia, para fins da

expedição de relatório técnico das instalações e sistemas do hospital, tendo sido

processado nesta Corte sob o nº 40/3198/2008 e encaminhado ao Serviço de Arquivo

(SAR) deste Tribunal, em 09/07/2008. Ressalte-se que não foi localizado no SCP o

contrato nº 144/2007, contudo, tendo em vista que o mesmo é oriundo de licitação na

modalidade convite, a sua remessa não é obrigatória, de acordo com a Deliberação nº

127/99.

Quanto ao pagamento, este, de acordo com informação extraída do sistema

FINCON, foi integralizado em 21/07/2008, no total de R$ 145.739,00.

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Conforme mencionado no Relatório Técnico das Instalações Eletromecânicas

emitido pela empresa, foram encontrados defeitos e necessidade de trocas de peças em

vários sistemas, a saber: detecção e combate a incêndio; chamada de enfermeiras;

cronometria; sonorização; controle de acessos; supervisão e controle predial; drenagem

de águas pluviais do subsolo; vácuo; ar comprimido medicinal; ar comprimido

industrial; subestação/geradores; ar condicionado central; exaustão mecânica; câmaras

frigoríficas; elevadores; escadas rolantes; pressurização das cinco escadas; supervisão

de elevadores e escadas rolantes e distribuição de oxigênio medicinal.

4.3.5 – Edital de Concorrência Pública nº 13/2005

A Secretaria Municipal de Saúde realizou a licitação na modalidade Concorrência

do tipo menor preço, sob o regime de execução de empreitada por preço global, para

contratação de pessoa jurídica, com ou sem fins lucrativos, para prestação de serviços

de execução das ações e serviços programados para o Hospital Municipal Ronaldo

Gazolla, operacionalização de 09 (nove) equipes do Programa de Saúde da Família

(PSF) e operacionalização e administração do Centro de Cidadania, localizados na AP.

3.3, no bairro de Acari, com abertura em 03 (três) etapas, e que estão devidamente

descritos, caracterizados e especificados no Termo de Referência que faz parte

integrante do Edital.

O Edital de Licitação foi processado nesta Corte sob o nº 40/000577/2006,

encontrando-se arquivado na Sessão Plenária de 10 de setembro de 2007. O resultado

da mesma foi publicado no Diário Oficial de 28/09/2007, tendo como vencedora a

empresa GPS Total Gerenciamento Participativo em Saúde.

Com a finalidade de acompanhamento das alterações que envolveram este

processo, destacam-se, a seguir, algumas informações do edital:

• A estimativa prevista totaliza a importância de R$ 347.310.306,53;

• O prazo de prestação dos serviços será de 60 (sessenta) meses;

• Será admitida a subcontratação dos seguintes serviços: centro de diagnóstico de

imagem, laboratório, serviços médicos e para-médicos, refeitório, higienização e

limpeza, segurança patrimonial, manutenção de equipamentos médicos, serviços de

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lavanderia e manutenção predial, serviços administrativos e de tecnologia da

informação;

Sala de controle do tomógrafo Tomógrafo

Laboratório Laboratório

• Quanto à proposta de preço, o mesmo deverá incluir todas as despesas previstas no

edital e decorrente da execução dos serviços, abrangendo todas as despesas

trabalhistas, previdenciárias, tributárias cíveis, administrativas, com materiais e

insumos, e outros custos de qualquer espécie, constituindo-se das seguintes receitas:

RECEITAS RELATIVAS À EXECUÇÃO DAS AÇÕES E SERVIÇOS PROGRAMADOS PARA O HOSPITAL MUNICIPAL RONALDO GAZOLLA

Rh1.t Parcela Total Mensal correspondente a 1ª Etapa

Rh2 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 2ª Etapa

Rh2.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 2ª Etapa

Rh3 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 3ª Etapa

Rh3.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 3ª Etapa

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RECEITAS RELATIVAS À SERVIÇOS DE OPERACIONALIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DO CENTRO DE CIDADANIA

RC1.t Parcela Total Mensal correspondente a 1ª Etapa

R22 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 2ª Etapa

Rc2.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 2ª Etapa

Rc3 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 3ª Etapa

Rc3.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 3ª Etapa

RECEITAS RELATIVAS AO SERVIÇO DE OPERACIONALIZAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA – PSF

RF3 Parcela Fixa Mensal de 90% correspondente a 3ª Etapa

Rf3.1 Parcela Variável Mensal de 10% correspondente a 3ª Etapa

• As receitas pertinentes a 1ª Etapa (Fase de Implantação), com duração prevista de 05

meses (1º ao 5º mês do Contrato), serão faturadas em uma parcela, no valor total do

serviço (pagamento em 30 dias, após as atestações);

• As receitas pertinentes a 2ª Etapa (Hospital geral sem emergência com pleno

funcionamento), com duração prevista de 07 meses (6º ao 12º do Contrato), serão

faturadas em duas parcelas: uma fixa, correspondente a 90% do valor total, e uma

variável correspondente a 10% (pagamento em 60 dias, após as atestações);

• As receitas pertinentes a 3ª Etapa (Hospital completo com emergência e PSF), com

duração prevista de 48 meses (13º ao 60º do Contrato), serão divididas em duas

parcelas: uma fixa, correspondente a 90% do valor total, e uma variável

correspondente a 10% (pagamento em 60 dias, após as atestações);

• A licitante vencedora prestará garantia de 2% (dois por cento) do valor total do

Contrato, como determina o artigo 457 do RGCAF, a ser prestado antes do ato da

assinatura;

• A fiscalização da execução dos serviços caberá a Comissão de Avaliação e Controle

do HMRG da SMS.

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4.3.6 – Contrato nº 1302/2007

O contrato nº 1302/2007 foi celebrado entre a SMS e a empresa GPS Total

Gerenciamento Participativo em Saúde, em 01/11/2007, tendo como objeto a prestação

de serviços de execução de ações e serviços programados para o HMRG,

operacionalização de 09 equipes do Programa Saúde da Família - PSF e

operacionalização e administração do Centro da Cidadania, localizado na AP. 3.3, no

bairro de Acari, com abertura em 03 (três) etapas, processado nesta Corte sob o nº

40/5717/2007, encontrando-se em tramitação interna.

O valor do contrato é de R$ 340.065.365,25, pelo prazo de 60 (sessenta) meses.

Ressalta-se que um dos questionamentos na análise de conformidade do referido termo

diz respeito à garantia, pois, apesar do Edital de Concorrência nº 13/2005 determinar, no

item 15, a prestação da mesma em 2% (dois por cento) do valor total do Contrato, como

determina o artigo 457 do RGCAF”, perfazendo um montante estimado em R$

6.801.307,30 (2% do valor total), a empresa contratada prestou garantia no valor de R$

1.360.261,46, o que equivale a 2% para o período de 12 meses, o que viola o princípio

da vinculação do instrumento convocatório.

Ressalte-se, que o Termo de Referência anexado ao Contrato nº 1302/2007,

somente menciona a capacidade operacional das consultas ambulatoriais, internações e

SADT para as 1ª e 2ª etapas, bem como as metas de produção às quais diferem

completamente do constante do Edital de Licitação nº 13/2005, da mesma forma já

questionado quando da análise de conformidade.

Quanto aos equipamentos médicos cedidos ao HMRG, a SMSDC ainda não

celebrou os Termos de Cessão de Uso dos mesmos, conforme determinado no Termo de

Referência do Contrato.

Destacam-se, a seguir, os Indicadores Sociais constantes do Edital e do Contrato,

bem como as alterações no número de protocolos clínicos, taxa de ocupação e tempo de

permanência de internação.

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INDICADORES HOSPITALARES

INDICADORES PREVISTO NO EDITAL

PREVISTO NO CONTRATO

Taxa de Infecção Hospitalar 3% 3%

Nº de protocolos clínicos e administrativos por mês 3 10

Taxa de Mortalidade Institucional Inferior a média dos hospitais públicos

Inferior a média dos hospitais públicos

Taxa de ocupação Não inferior a 80% Não inferior a 75%

Tempo de Permanência de Internação Não superior à média Não superior à 5 dias

Taxa de Cesárea - máximo 35% 35%

Pesquisa de satisfação 80% 80%

Apesar do mencionado no Termo de Referência do Contrato, constata-se que as

metas dos indicadores hospitalares consideradas para fins de análise da parte variável

(10%), são as que estão mencionadas no edital de licitação.

Na visitação efetuada, pela equipe do TCMRJ, foi constatado o descumprimento

ao item VII, da cláusula nona (obrigações do contratado), que determina que a

contratação do pessoal deverá obedecer a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho,

pois a empresa GPS contratou uma cooperativa (o pessoal entrevistado desconhece o

que é fazer parte de uma cooperativa).

Apesar da equipe inspecionante ter solicitado à empresa GPS, por meio da

Comissão de Avaliação, Gestão e Controle do HMRG, relação contendo o total dos

cooperativados mês a mês, bem como a lotação dos mesmos, no período de março/2008

a abril/2009, a mesma informou apenas o total dos contratados, conforme documento

datado de 02/06/2009, a saber:

• 650 cooperativados;

• 350 contratados pela CLT;

• 200 subcontratados (terceirizados).

Apesar do contrato ter sido celebrado em 01/11/2007, as atividades do hospital

tiveram início em 17/03/2008, distribuídas pelas etapas de abertura da seguinte forma:

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VALOR TOTAL POR ETAPA

1ª etapa Fase de implantação 5 meses (1º ao 5º mês) 1.511.022,85

2ª etapa Hospital geral sem emergência 7 meses (6º ao 12º mês) – 28 leitos 23.125.164,85

3ª etapa Hospital com emergência e PSF 48 meses (13º ao 60º) – 298 leitos 315.429.177,55

TOTAL GERAL 340.065.365,25

CONTRATO Nº 1302/2007 – ABERTURA DO HOSPITAL EM NOVEMBRO/2007

FASE DE IMPLANTAÇÃO ETAPA

PERÍODO SERVIÇOS QUANTIDADE MENSAL

1ª ETAPA sem leitos - - -

� 1ª fase nov/07 a mar/08 Centro de Cidadania -

� 2ª fase (8 Consultórios – 2 turnos) fev/08 a mar/08 Ambulatório 4.833

(04 especialidades e 7 tipos de exame) SADT 18.417

2ª ETAPA abr/08 a out/08 Centro de Cidadania -

(28 Consultórios - 3 turnos) 17 especialidades Ambulatório 21.750

(218 Leitos) 16 especialidades Internação 1.072

(10 tipos de exame) SADT 29.614

3ª ETAPA nov/08 a out/12 Centro de Cidadania -

(31 Consultórios – 3 turnos) 19 especialidades Ambulatório 24.500

(298 Leitos) 23 especialidades Internação 1.261

(10 tipos de exame) SADT 116.362

Emergência 24.500

Adiantamento no valor de R$ 3.300.000,00

A empresa GPS, através do Ofício GPS nº 018/2008, informa a SMSDC que, em

que pese a publicação do resultado da licitação em 28/09/2007, existem motivos que a

impediram de assumir, em trinta dias, o contrato, respeitando as etapas de abertura,

conforme previsto no edital.

A empresa informa ainda, que para cumprir as exigências do edital, fez o

planejamento financeiro, com projeção de fluxo de caixa das receitas pertinentes a 1ª

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etapa, onde seria efetuado um processo de estruturação progressiva e gradual dos

elementos necessários para assumir a 2ª etapa, além disso, que contratou pessoal

capacitado e providenciou o devido treinamento para obtenção do máximo de

excelência nos atendimentos, enquanto aguardava que a SMSDC fornecesse as

condições operacionais e estruturais para a inauguração do hospital e que, “com espírito

de cooperação”, fez, as suas próprias custas, o levantamento de todos os problemas

referentes à unidade.

Cita-se, a seguir, o levantamento de problemas relacionados à Unidade,

informados pela empresa GPS, no ofício GPS nº 18/2008, encaminhado à SMSDC,

conforme mencionado abaixo:

� “O prédio encontrava-se com diversos problemas: vazamentos, necessidade de

troca do piso da entrada da emergência, rachaduras, problemas na vedação das

janelas, forros danificados, instalação de ralos na cozinha, canos danificados,

adequação do Centro de Cidadania, dentre outros”;

� “Os equipamentos que compõem a infra-estrutura dos prédios apresentavam

defeitos em razão da falta ou inadequada manutenção, sendo que alguns foram

solucionados outros não (elevadores, bombas de recalque, subestação de força,

sistema de gazes hospitalares e geradores de energia)”;

� “Os equipamentos de imagem, somente em março/2008, foram transportados

para as salas apropriadas”;

� “Mobiliário hospitalar – Itens essenciais como mobiliário para atendimento do

público e colchões para as camas, na ocasião, ainda não haviam chegado”;

� “Mobiliário administrativo – Na ocasião, ainda não havia sido entregue”;

� “Informática – os microcomputadores e impressoras que comporão o sistema de

informação não há previsão de entrega”;

� “Instrumental cirúrgico – Não havia, na época, previsão de entrega”;

� “Foco cirúrgico – menciona que, à época, o mesmo ainda não havia sido

instalado”.

Além dos problemas acima citados, a empresa informa que a SMS promoveu

alterações significativas e unilaterais, nas etapas de abertura, mudando o escopo das

mesmas, devido à pressão da demanda por atendimento hospitalar nas AP’s 3.3, 5.1, 5.2

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e 5.3 e que essas alterações causaram um forte impacto no planejamento inicial da

empresa, exigindo uma reestruturação organizacional e um fluxo de caixa maior, fluxo

de caixa que já estava comprometido devido aos dispêndios que a mesma teve ao

esperar, mantendo um quadro de funcionários ociosos, pela entrega do hospital em

condições para inauguração.

A GPS cita, como exemplo, que somente a partir do sexto mês iniciariam as

cirurgias e que o hospital não seria inaugurado com o funcionamento da UTI e

internações, o que implicaria em maiores gastos, tanto com despesas administrativas,

quanto com os custos para aquisição de insumos com os quais não contavam.

A empresa destacou, também, que todo o investimento efetuado em treinamento

de pessoal, estava seriamente comprometido, tendo em vista que os novos

conhecimentos ao não serem colocados em prática, não se solidificam e acabam no

esquecimento. Acrescenta que, levando em consideração apenas a primeira e a segunda

data prevista para a inauguração do hospital, após o levantamento dos problemas

descritos, teriam uma despesa com treinamento e arregimentação de mão de obra

(equipes técnicas) no valor de R$ 300.000,00. Além disso, afirma que a empresa deixou

de auferir até março/2008 uma receita de R$ 1.511.022,85 e para a imediata

inauguração do hospital em conformidade aos novos parâmetros determinados pela

SMS, teriam que disponibilizar recursos que somente seriam necessários depois de

alguns meses de funcionamento da unidade..

A empresa destaca, ainda, que o fornecimento do instrumental cirúrgico,

computadores e impressoras são de responsabilidade da SMS e tais equipamentos foram

colocados, a título de empréstimo, por parte da empresa, gerando um ônus

extraordinário da ordem de R$ 1.799.636,27; portanto, mesmo com projeções mais

otimistas da perda financeira, informa o valor de R$ R$ 3.610.659,12.

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CÁLCULO DA GPS REFERENTE A PERDA COM O CONTRATO ATÉ MARÇO/2008

QUANT MATERIAL OU SERVIÇO VALOR UNITÁRIO TOTAL

01 Treinamento/Arregimentação p/28/02/2008 150.000,00 150.000,00

01 Treinamento/Arregimentação p/25/03/2008 150.000,00 150.000,00

00 Caixas de instrumental cirúrgico 748.286,27 748.286,27

300 Microcomputador HTECH 3.000,00 900.000,00

300 Impressoras HP Officejet J 5780 504,50 151.350,00

00 Receita não auferida até março de 2008 1.511.022,85 1.511.022,85

TOTAL 3.610.659,12

Em face do exposto, a GPS solicita uma antecipação financeira no valor de R$

3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais), como forma de restabelecer o

equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, sendo que este valor deverá ser

descontado do pagamento das faturas relativas aos últimos dez meses do contrato, ou

seja, 10 (dez) parcelas no valor de R$ 330.000,00.

Após a análise por parte do Sr. Paulo Maurício Dias de Araújo, a proposta foi

encaminhada à aprovação do Sr. Secretário Municipal de Saúde, Jacob Kligerman, bem

como ao Excelentíssimo Sr Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, César Epitácio Maia,

que a aprovou.

No anexo I, procurou-se demonstrar a descrição detalhada do que foi efetivamente

contratado, em confronto com o previsto inicialmente no edital de licitação.

A previsão da ocupação do prédio, ou seja, execução da 1ª etapa, conforme consta

no edital, foi para o período de nov/2007 a mar/2008 (05 meses), dividido em duas

fases, sendo a 1ª fase: o início, apenas, das atividades de operacionalização e

administração do Centro de Cidadania e a 2ª fase (4º e 5º mês), no período de fev/2008

a mar/2008, o início gradativo dos serviços de execução das ações e serviços

programados para o HMRG, período no qual não haveria serviços de Internações.

Quanto ao início dos serviços de Ambulatório e SADT, os mesmos se encontram

demonstrados no anexo I, conforme previsto no edital.

Conforme justificativas apresentadas pela SMSDC, por ocasião da análise do

Edital de Licitação por este Tribunal, os valores citados foram obtidos de acordo com

as informações fornecidas pelo engenheiro da empresa OAS (responsável pela obra),

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que tiveram como base: o uso do ar-condicionado central em 3 pavimentos, 4 escadas

rolantes, instalação do Centro de Cidadania no subsolo e na sobreloja, existência da

Praça de Alimentação e ainda, a existência da torre de refrigeração do ar-condicionado.

Inicialmente, houve a previsão, na 2ª fase da 1ª etapa, da realização de 7 tipos de

exames e 18.417 exames mensais, aumentando, na 2ª etapa, para 10 tipos de exames e a

realização de 29.614 exames mensais, no período de abr/08 a out/08.

O total da 1ª etapa menciona o custo inicialmente previsto para os 05 primeiros

meses, no valor total de R$ 1.511.022,85, sem Internação, Urgência e PSF.

TOTAL DA 1ª ETAPA – FASE DE IMPLANTAÇÃO

MÊS ORIGEM CENTRO DE CIDADANIA

CONSULTAS SADT TOTAL

NOV/07 1º MÊS 90.284,99 90.284,99

DEZ/07 2º MÊS 90.284,99 90.284,99

JAN/08 3º MÊS 90.284,99 90.284,99

FEV/08 4º MÊS 90.284,99 63.147,63 466.651,32 620.083,94

MAR/08 5º MÊS 90.284,99 63.147,63 466.651,32 620.083,94

TOTAL 451.424,95 126.295,26 933.302,64 1.511.022,85

Na 2ª etapa, período de abr/08 a out/08, houve a previsão do hospital estar em

pleno funcionamento, com 218 leitos, Ambulatório Referenciado Secundário,

Maternidade, Centro Cirúrgico e Obstétrico, UTI/UI Neonatal, leitos clínicos, leitos

cirúrgicos, leitos intensivos e SADT, conforme demonstrado no anexo I.

Houve a previsão do hospital funcionar em três turnos para as consultas

ambulatoriais. Observam-se também alterações do quantitativo de especialidades e

consultas para o período de 07 meses, aumentando de 4 (1ª etapa) para 17

especialidades e de 8 para 28 consultórios (2ª etapa), no período de abr/08 a out/08.

O total da 2ª etapa menciona o custo previsto para 07 meses (6º ao 12º mês), de

abril a out/08, no valor total de R$ 23.125.164,93, sem Urgência e PSF.

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TOTAL DA 2ª ETAPA HOSPITAL GERAL SEM EMERGÊNCIA (pl eno funcionamento)

MÊS ORIGEM CENTRO CIDADANIA

CONSULTAS SADT INTERNAÇÃO TOTAL

ABR/08 6º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99

MAI/08 7º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99

JUN/08 8º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99

JUL/08 9º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99

AGO/08 10º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99

SET/08 11º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99

OUT/08 12º MÊS 90.284,99 429.945,00 779.099,82 2.004.265,18 3.303.594,99

TOTAL 631.994,93 3.009.615,00 5.453.698,74 14.029.856,26 23.125.164,93

Na realização da 3ª etapa, havia a previsão do hospital funcionar com 298 leitos,

emergência, 9 equipes de PSF e 5 equipes de saúde bucal, com duração prevista de 48

meses (13º ao 60º mês), no período de nov/08 a out/12.

Nesta etapa, o custo mensal do Centro de Cidadania foi reduzido de R$ 90.284,99

para R$ 84.784,99, com o abatimento do valor de aluguel das lojas, de R$ 5.500,00. São

incluídos os atendimentos de emergência, sendo o total anual de 294.000 consultas de

urgência, bem como tem início a operacionalização das 9 equipes de PSF e 5 equipes de

Saúde Bucal, apresentando o custo mensal de R$ 263.523,15.

Demonstra-se, abaixo, o custo anual e total da 3ª etapa, hospital completo com 298

leitos, Emergência, 9 equipes de PSF e 5 equipes de Saúde Bucal, com duração prevista

de 48 meses (13º ao 60º) de nov/08 a out/12:

TOTAL DA 3ª ETAPA – HOSPITAL GERAL C/EMERGÊNCIA 298 LEITOS, 9 EQUIPES DE PSF E 5 EQUIPES DE SAÚDE BUCAL

SERVIÇOS 2ª ANO 3ª ANO 4ª ANO 5ª ANO TOTAL

C. CIDADANIA 1.017.419,88 1.017.419,88 1.017.419,88 1.017.419,88 4.069.679,52

CONSULTAS 5.912.640,00 5.912.640,00 5.912.640,00 5.912.640,00 23.650.560,00

SADT 27.185.371,20 27.185.371,20 27.185.371,20 27.185.371,20 108.741.484,80

INTERNAÇÃO 31.845.245,52 31.845.245,52 31.845.245,52 31.845.245,52 127.380.982,08

URGÊNCIA 9.734.340,00 9.734.340,00 9.734.340,00 9.734.340,00 38.937.360,00

PSF 3.162.277,80 3.162.277,80 3.162.277,80 3.162.277,80 12.649.111,20

TOTAL 78.857.294,40 78.857.294,40 78.857.294,40 78.857.294,40 315.429.177,60

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4.3.7 – 1º Termo Aditivo nº 293/08 ao Contrato nº 1302/2007

Posteriormente, foi celebrado o 1º Termo Aditivo nº 293/08, em 31/03/2008,

processado nesta Corte sob o nº 40/1985/2008, encontrando-se apensado ao processo nº

40/5717/2007 (diligência), o qual alterou substancialmente o contrato nº 1302/2007,

tendo como objeto o acréscimo de 10,09%, correspondendo ao valor de R$

34.312.927,42, passando o valor do contrato para R$ 374.378.292,67, alterando a forma

de abertura gradual quanto ao número de etapas, quantidade e tipos de procedimentos,

bem como formas e prazos de pagamento, retroagindo os seus efeitos a 17/03/2008, data

da abertura do hospital, conforme Termo de Referência anexado ao mesmo, que apesar

de fazer parte integrante do aditivo, não consta nenhuma cláusula que o vincule ao

termo aditivo.

Ressalte-se que deu entrada neste Tribunal, em duplicidade, o mesmo termo

aditivo supracitado, tendo sido processado sob o nº 40/3643/2008, encontrando-se

sobrestado.

Consta no Termo de Referência anexado ao processo nº 40/3643/2008, a citação

do parágrafo terceiro, da Cláusula Segunda, o qual não foi identificado no Termo de

Referência anexado ao processo nº 40/1985/2008, ou seja, redações diferentes para o

mesmo instrumento. Nas atestações efetuadas nos processos de faturamento pelo Sr.

Paulo Maurício Dias de Araújo, membro da Comissão de Gestão, Avaliação e Controle

do HMRG, é mencionada a existência do Parágrafo Terceiro, garantindo ao gestor

contratado 90% do total programado, conforme transcrito a seguir:

� “Parágrafo Terceiro – Quando não forem atingidas as metas estabelecidas para

as etapas, por culpa exclusiva da SMS, das receitas pertinentes à execução das

ações e serviços programados para o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla e o

serviço de operacionalização da estratégia de saúde da família (PSF), será

garantido o pagamento de 90% do total programado para as etapas da seguinte

forma:

1ª etapa (1º ao 3º mês) – 90% de Rh1.t

2ª etapa (4º ao 6º mês) – Rh2 (correspondente a 90% do total)

3ª etapa (7º ao 12º mês) – Rh3 e Rf3 (correspondem a 90% do total)

4ª etapa (13º ao 60º mês) – Rh4 eRf4 (correspondem a 90% do total)

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54

Obs: A aplicação desta “cláusula” deverá ser precedida de uma análise,

pormenorizada e justificada, pela Comissão de Avaliação e Controle do HMRG,

item a item”.

Ainda com base neste “parágrafo terceiro” a Comissão de Avaliação e Controle do

HMRG, apesar de constar no Termo de Referência original o pagamento de 100% na 1ª

etapa, efetuou o pagamento de 90% do valor, no período de 17/03/2008 a 10/08/2008.

A SMSDC concluiu pela necessidade da celebração deste termo aditivo,

considerando o tempo em que o prédio esteve parado, a sobrecarga de atendimentos nos

hospitais da rede municipal de saúde, devido aos inúmeros casos de dengue, carência de

ofertas de exames de imagem e laboratoriais nas áreas das AP’s 3.3, 5.1, 5.2 e 5.3, bem

como a modificação das etapas de inauguração do HMRG, adequando-as às carências

citadas acima e à demanda das áreas de planejamento.

Quanto à abertura do hospital, o 1º Termo Aditivo menciona que o perfil será de

um hospital geral com abertura gradual, e altera para 04 etapas (o edital de licitação

menciona 3 etapas).

O Termo de Referência do 1º TA menciona que há a previsão de começar, na 3ª

etapa, o serviço de operacionalização de 5 equipes de PSF, com custo mensal de R$

124.255,65.

Informa também que prosseguem as atividades de operacionalização e

administração do Centro de Cidadania e, na 4ª etapa, inicia o desconto mensal de R$

5.500,00 a título de locação, passando o valor que antes era de R$ 90.284,99 para R$

84.784,99.

Foi prevista, na 4ª etapa, a ampliação do serviço de operacionalização de equipes

do PSF, passando para 09 equipes de PSF e 05 equipes de saúde bucal, com custo

mensal de R$ 263.523,13.

Convém lembrar que no 1º Termo Aditivo nº 293/2008, não consta cláusula

mencionando a vinculação do Termo de Referência ao mesmo. Consta, ainda, no

parágrafo único da cláusula primeira, que os serviços citados no caput da mesma,

seriam realizados a partir de 01/04/2008.

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Ressalte-se que, apesar do hospital ter iniciado suas atividades em 17/03/2008 e o

termo aditivo ter sido celebrado em 31/03/2008, consta no mesmo que o início das

atividades do hospital seria a partir de 01/04/2008.

Por meio deste termo aditivo, houve a modificação da forma de abertura gradual

do hospital quanto ao número de etapas, quantidade e tipos de procedimentos, bem

como a forma e prazos de pagamento, alterando substancialmente o contrato.

Destacam-se, a seguir, as alterações no quantitativo de exames em comparação ao

aumento do número de consultas ambulatoriais e internações, a saber:

EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE SADT EM COMPARAÇÃO ÀS CO NSULTAS AMBULATORIAIS, EMERGENCIAIS E AS INTERNAÇÕES

ETAPAS SERVIÇOS CONTRATO 1º TERMO ADITIVO 1ª Ambulatório 4.833 15.168 Internação - 252 SADT 18.417 92.809 Emergência - 2.000

2ª Ambulatório 21.750 24.500 Internação 1.072 1.129 SADT 29.614 104.411 Emergência - 2.000

3ª Ambulatório 24.500 24.500 Internação 1.261 1.275 SADT 116.362 110.210 Emergência 24.500 2.000

4ª Ambulatório - 24.500 Internação - 1.275 SADT - 116.362 Emergência - 24.500

VALOR TOTAL POR ETAPA (ALTERADA PELO 1º TERMO ADITI VO)

1ª etapa 1º ao 3º mês - hospital com 59 leitos 8.501.710,10

2ª etapa 4º ao 6º mês – hospital com 243 leitos (inicia a maternidade) 14.706.013,84

3ª etapa 7º ao 12º mês – hospital com 298 leitos 33.634.534,06

4ª etapa 13º ao 60º mês – hospital completo com emergência e PSF 317.536.034,67

TOTAL GERAL 374.378.292,67

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56

DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR EXERCÍCIO

2008 40.024.990,97

2009 76.355.273,53

2010 79.384.008,67

2011 79.384.008,67

2012 79.384.008,67

2013 19.846.002,17

TOTAL 374.378.292,67

4.3.8 – 2º Termo Aditivo nº 1574/2008 ao Contrato nº 1302/2007

Posteriormente, foi celebrado o 2º Termo Aditivo nº 1574/2008, em 22/12/2008,

processado nesta Corte sob o nº 40/000656/2009, encontrando-se sobrestado, tendo

como objetivo a adequação da execução do contrato nº 1302/2007, alterando a nova

forma de abertura gradual, quanto ao número de etapas de execução e a inclusão e

exclusão de tipos de procedimentos por etapa de execução, bem como estabelecendo

novos prazos de pagamentos e modificar a redação do Termo de Referência sobre

Órtese e Prótese, tudo vigorando a partir de 11 de agosto de 2008.

Com essa alteração o valor do contrato sofreu uma redução de R$ 891.655,99,

passando o valor total do mesmo para R$ 373.486.636,68, conforme Termo de

Referência anexado ao mesmo, que faz parte integrante do aditivo.

Ressalte-se que, apesar do Termo Aditivo ter sido celebrado em 22/12/2008, o

mesmo retroage seus efeitos a 11/08/2008, (início da 2ª etapa de abertura do hospital).

Embora o Termo de Referência, que faz parte integrante do 2º Termo Aditivo,

mencione a alteração do quantitativo de etapas, referente à abertura do hospital, para 4

etapas, verifica-se que há menção a apenas 3 etapas, conforme demonstrado no anexo I.

A 1ª etapa de abertura do hospital passou a ser no período de 17/03/2008 a

10/08/2008, hospital com 59 leitos, não havendo alteração no quantitativo de

procedimentos.

A 2ª etapa de abertura do hospital passou a vigorar no período de 11/08/2008 a

16/06/2009, hospital com 241 leitos, com início do funcionamento da maternidade,

havendo alteração no quantitativo de consultas mensais do ambulatório, internações e

exames.

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Quanto ao ambulatório, na 2ª etapa, houve a inclusão da especialidade de

Reumatologia, redução de consultórios ambulatoriais, bem como de consultas mensais,

passando de 24.500 para 16.668 mensais.

No 1º Termo Aditivo estava prevista a realização das consultas do ambulatório em

3 turnos, tendo sido alterado, através do 2º Termo Aditivo, para 2 turnos.

No que tange às internações, na 2ª etapa, houve alteração no número de leitos, que

antes era de 243 e com o 2º Termo Aditivo passou a 241 leitos, produzindo 1.134 saídas

mensais, havendo um aumento de 5 saídas mensais.

Quanto à emergência (SPA), não houve alteração no quantitativo de consultas,

permanecendo 2.000 mensais.

A 3ª etapa passou a ser no período de 17/06/2009 a 16/03/2013, hospital com 298

leitos e 09 Equipes de PSF e 5 de Saúde Bucal e prosseguem as atividades de

operacionalização e administração do Centro de Cidadania, no valor mensal de R$

90.284,99.

No que se refere às internações, houve alteração no número de leitos, que antes era

de 241 e com o 2º Termo Aditivo passou a 298 leitos, na 3ª etapa, produzindo 1.379

saídas mensais, havendo um aumento de 245 saídas mensais.

Quanto ao SADT, aumentou de 9 tipos de exames para 11, produzindo o total de

117.010 exames mensais, havendo um aumento da ordem de 11.588 exames, em

comparação às alterações produzidas na 3ª etapa.

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ETAPAS SERVIÇOS CONTRATO 1º TERMO 2º TERMO 1ª Ambulatório 4.833 15.168 15.168 Internação - 252 252 SADT 18.417 92.809 92.809 Emergência - 2.000 2.000

2ª Ambulatório 21.750 24.500 16.668 Internação 1.072 1.129 1.134 SADT 29.614 104.411 105.422 Emergência - 2.000 2.000

3ª Ambulatório 24.500 24.500 16.668 Internação 1.261 1.275 1.379 SADT 116.362 110.210 117.010 Emergência 24.500 2.000 2.000

4ª Ambulatório - 24.500 - Internação - 1.275 - SADT - 116.362 - Emergência - 24.500 -

VALOR TOTAL POR ETAPA (ALTERADA PELO 2º TERMO ADITI VO)

1ª etapa 17/03/2008 a 10/08/2008 - 59 leitos 14.690.849,46

2ª etapa 11/08/2008 a 16/06/2009 - 241 leitos (inicia a maternidade) 50.345.324,68

3ª etapa 17/06/2009 a 16/03/2013 - 298 leitos, 9 equipes PSF e 5 de saúde bucal. 308.450.462,54

TOTAL GERAL 373.486.636,68

DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR EXERCÍCIO

2008 38.128.979,32

2009 71.333.923,15

2010 82.253.456,68

2011 82.253.456,68

2012 79.943.456,68

2013 19.573.364,17

TOTAL 373.486.636,68

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4.3.9 - 3º Termo Aditivo nº 110/2009 ao Contrato nº 1302/2007

Em 30 de abril de 2009, foi celebrado o 3º termo aditivo ao contrato nº 1302/2007,

ainda não remetido a esta Corte, tendo como objeto a introdução de nova forma de

abertura gradual, quanto ao número de etapas de execução, a inclusão e exclusão de

tipos de procedimentos por etapas, ao mesmo tempo em que estabelece novos prazos de

pagamentos e exclusão do serviço de operacionalização e administração do Centro de

Cidadania, tudo vigorando a partir de 01/04/2009.

Com esta alteração o valor do contrato sofreu uma redução de R$ 39.984.043,23,

reduzindo o valor total do mesmo para R$ 333.502.593,46, conforme Termo de

Referência anexado ao mesmo, que faz parte integrante do aditivo.

Ressalte-se que, apesar do termo aditivo ter sido celebrado em 30/04/2009, o

mesmo retroage seus efeitos a 01/04/2009 (nova data de início da 3ª etapa de abertura

do hospital).

Destaca-se no Termo de Referência o funcionamento de um Centro de Hidratação

para atendimento a pacientes vitimados pela dengue, no período de 01/02/2009 a

28/02/2009, a ser pago numa única parcela de R$ 219.150,00, no faturamento do mês de

abril/2009, bem como a amortização do pagamento antecipado de R$ 3.300.000,00, em

nove parcelas de R$ 366.666,67, a partir de 01/04/2009.

O Termo de Referência altera outra vez o número de etapas, voltando à abertura

gradual do hospital a ser de 4 etapas, conforme demonstrado no anexo I.

Quanto à 1ª etapa, no período de 17/03/2008 a 10/08/2008, hospital com 59 leitos,

não houve alteração no quantitativo dos procedimentos.

Quanto à 2ª etapa, no período de 11/08/2008 a 31/03/2009, hospital com 241

leitos, (alteração introduzida pelo 2º Termo Aditivo), ocorreram alterações no

quantitativo de procedimentos, no período de 01/04/2009 a 16/06/2009, conforme pode

ser observado no anexo I.

Quanto à 3ª etapa, no período de 01/04/2009 a 16/03/2010, o hospital passou a

funcionar com 158 leitos (alteração introduzida pelo 3º Termo Aditivo), havendo

redução de consultas, internações e exames, conforme abaixo:

• Quanto ao ambulatório, houve a redução de consultórios ambulatoriais, bem como

de consultas mensais, reduzindo de 16.668 para 16.002 mensais;

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• Quanto ao SADT, reduziu para 9 tipos de exames, produzindo o total de 57.170

exames, havendo uma redução de 59.840 exames, em comparação à 2ª etapa

mencionada no 2º Termo Aditivo;

• Quanto às internações, houve alteração no número de leitos, reduzindo de 241 para

158 leitos; produzindo 863 saídas mensais;

• Quanto à emergência (SPA), o quantitativo de consultas foi reduzido para 400

entradas mensais;

• Foi retirado do contrato, a partir de 01/04/2009, a operacionalização e administração

do Centro de Cidadania.

Apesar de não constar no Termo de Referência, foi informado pelo Sr Paulo

Maurício, membro da Comissão de Gestão, Avaliação e Controle do HMRG, que a

SMSDC efetuará na fatura do mês de abril/2009, o abatimento dos valores pagos na

rubrica “Centro de Cidadania”, dos meses de janeiro a março/2009.

Quanto à 4ª etapa, no período de 17/03/2010 a 16/03/2013, o hospital passa a

funcionar com 298 leitos (alteração introduzida pelo 3º Termo Aditivo), havendo

aumento no quantitativo de consultas, internações e exames, conforme abaixo:

• Incrementação de serviços de emergência (SPA), ampliação de ambulatórios,

ampliação de leitos clínicos, cirúrgicos e de terapia intensiva. Ambulatório

referenciado secundário, Maternidade, Centro Cirúrgico e Obstétrico, UTI/UI

Neonatal, leitos intensivos, SADT, inicia os serviços de emergência “aberta” e

entram em atividade nove equipes de PSF e cinco de Saúde Bucal;

• Quanto ao SADT, aumentou para 11 tipos de exames, produzindo o total de 117.010

exames, havendo um aumento de 59.840 exames, em comparação à 2ª etapa

mencionada no 2º Termo Aditivo;

• Quanto às internações, houve alteração no número de leitos, aumentando para 298

leitos; produzindo 1.379 saídas mensais;

• Quanto à emergência (SPA), o quantitativo de consultas foi aumentado para 24.500

entradas mensais;

• Nesta etapa inicia o serviço de operacionalização de 09 equipes de PSF e 05 de

Saúde Bucal, ao custo mensal de R$ 263.523,13.

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61

DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA POR EXERCÍCIO

2008 43.163.511,79

2009 40.163.923,66

2010 74.163.744,94

2011 81.236.036,80

2012 81.236.036,80

2013 13.539.339,47

TOTAL 333.502.593,46

Destacam-se, a seguir, as alterações provocadas pela celebração dos termos

aditivos em relação às etapas, bem como as quantidades dos procedimentos, a partir do

contrato:

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62

ALTERAÇÕES DAS QUANTIDADES DE PROCEDIMENTOS CONTRATO 1º ADITIVO 2º ADITIVO 3º ADITIVO SERVIÇOS

1ª ETAPA (1º ao 5º mês)

1ª ETAPA (1º ao 3º mês)

1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08

1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08)

1ª fase (1º ao 5º mês) CUSTO MENSAL PREVISTO – R$ C. CIDADANIA 90.284,99 90.284,99 90.284,99 90.284,99

2ª fase (4º e 5º mês) QUANTIDADE MENSAL PREVISTA

AMBULATÓRIO 4.833 15.168 15.168 15.168 SADT 18.417 92.809 92.809 92.809

INTERNAÇÃO - 252 252 252 EMERGÊNCIA - 2.000 2.000 2.000

SERVIÇOS 2ª ETAPA (6º ao 12º mês)

2ª ETAPA (4º ao 6º mês)

2ª ETAPA (11/08/08 a 16/06/09)

2ª ETAPA (11/08/08 a 31/03/09)

CUSTO MENSAL PREVISTO– R$ C. CIDADANIA 90.284,99 90.284,99 90.284,99 90.284,99

C. HIDRATAÇÃO - - - 219.150,00 QUANTIDADE MENSAL PREVISTA

AMBULATÓRIO 21.750 24.500 16.668 16.668 SADT 29.614 104.411 105.422 105.422

INTERNAÇÃO 1.072 1.129 1.134 1.134 EMERGÊNCIA - 2.000 2.000 2.000

SERVIÇOS 3ª ETAPA (13º ao 60º mês)

3ª ETAPA (7º ao 12º mês)

3ª ETAPA (17/06/09 a 16/03/13)

3ª ETAPA (01/04/09 a 16/03/10)

CUSTO MENSAL PREVISTO – R$ C. CIDADANIA 90.284,99 90.284,99 84.784,99 - 5 EQUIPES PSF - 124.255,65 - -

9 PSF e 5 Saúde Bucal - - 263.523,13 -

QUANTIDADE MENSAL PREVISTA AMBULATÓRIO 24.500 24.500 16.668 16.002

SADT 116.362 110.210 117.010 57.170 INTERNAÇÃO 1.261 1.275 1.379 863 EMERGÊNCIA 24.500 2.000 2.000 400

SERVIÇOS 4ª ETAPA

(13 ao 60º mês) 4ª ETAPA

(17/03/10 a 16/03/13) CUSTO MENSAL PREVISTO – R$

C. CIDADANIA - 84.784,99 - - 9 PSF e 5 Saúde Bucal - - - 263.523,13

QUANTIDADE MENSAL PREVISTA

AMBULATÓRIO - 24.500 - 16.668 SADT - 116.362 - 117.010

INTERNAÇÃO - 1.275 - 1.379 EMERGÊNCIA - 24.500 - 24.500

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63

4.3.10 – Programa de Saúde da Família

A demanda, via rubrica “ações e serviços”, que incluem Serviços Auxiliares de

Diagnóstico e Terapia, SADT, Internações e Saídas Hospitalares, Consultas

Ambulatoriais e Serviço de Pronto Atendimento – SPA, oferecidas pelo HMRG, em

sua maioria, derivam da central de regulação.

Há, contudo, outra porta de entrada importante que deve ser considerada que é o

PSF, uma vez que ela possui potencial de geração de demandas significativas pelas

ações e serviços mencionadas dada a natureza do Programa em sua forma de atuação,

ou seja, captação de pacientes pelos agentes comunitários diretamente nas comunidades

atendidas.

No 2º Termo Aditivo está prevista a entrada em operação de 09 equipes de PSF e

05 equipes de saúde bucal, a um custo mensal de R$ 263.523,13 , com início em

17/06/09, o que efetivamente não ocorreu, não tendo sido verificadas justificativas para

tal. Agrava-se o quadro quando se constata que sequer foi iniciada a obra civil do local

previsto para abrigar tais equipes. Como conseqüência imediata, tem-se a manutenção

do nível de ociosidade verificada na unidade.

Já no 3º Termo Aditivo, em tramitação na PCRJ, houve postergação da data de

implementação do Programa, nas mesmas bases estipuladas no 2º Termo Aditivo, para

17/03/10, ou seja, mais uma vez perdeu-se a oportunidade de reduzir a citada ociosidade

do hospital.

Tais ocorrências contribuem para o aumento do desperdício do dinheiro público,

seja pela não utilização, dada a intensidade que o PSF poderia agregar, das ações e

serviços pagos pelo Erário seja pelo não uso intrínseco dos espaços na estrutura física da

unidade construída a um custo de R$ 77.121.224,11.

Terreno vazio onde está prevista a obra para o PSF

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4.3.11 – Sistema de Agendamento de Consultas e Exames

De acordo com as informações colhidas junto à SMSDC, neste setor estão

localizadas as atendentes, que utilizam o sistema informatizado denominado SISREG,

fornecido pelo Ministério da Saúde e prestam os serviços de:

• Confirmação de que o paciente está registrado no SISREG, a partir do

agendamento realizado por outra unidade de saúde, visando a sua liberação

para atendimento médico pela unidade naquele momento;

• Remarcação de consulta solicitada em recente atendimento por um médico

que atua no próprio HMRG;

• Agendamento de primeira consulta para paciente que se dirige diretamente

ao HMRG, o que é um caso fora da rotina normal de operação do hospital;

• Marcação de exame médico por outra unidade.

Na visitação feita pela equipe inspecionante neste setor, em 14/05/2009, quinta-

feira, foi verificada a existência de extensa fila de pacientes desejando realizar um dos

procedimentos acima descritos. Em conversa com algumas atendentes, a equipe foi

informada que o sistema somente permite agendar datas, após 30 dias, que recaiam em

dias úteis. Não há, portanto, a necessária flexibilidade no SISREG para, por exemplo,

agendamento para o próximo dia útil após o 30º dia. Cabe ressaltar que não houve

agendamento no dia 13/05/2009 para o dia 12/06/2009, sexta-feira, dia entre o feriado

de 11/06/2009, quinta-feira, e o sábado seguinte, 13/06/2009. Ao que tudo indica, esse

não agendamento para 12/06/09 deveu-se à expectativa de ponto facultativo municipal

nesta data.

Para melhor esclarecer estes fatos, segue tabela elucidativa, a qual demonstra que

foram 04 dias de agenda fechada para os pacientes, o que reflete no não atingimento das

metas pactuadas.

TENTATIVA DE MARCAÇÃO APÓS 30 DIAS MOTIVO DA NÃO MARCAÇÃO

12/05/2009 11/06/09 Feriado em 11/06/09, quinta-feira

13/05/09 12/06/09 Expectativa de ponto facultativo municipal

14/05/09 13/06/09 Sábado

15/05/09 14/06/09 Domingo

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Ressalte-se que os pacientes não têm esta informação sobre a forma de

funcionamento da agenda e se deslocam, por vezes de regiões distantes e com grandes

dificuldades físicas e financeiras, conforme constatado, até a unidade de saúde, quando,

então, são informados que não haverá marcações naquele dia. Na presente situação

descrita, o paciente poderia comparecer 04 dias sucessivos e, ainda assim, não

conseguiria o seu intento.

Fachada do local de marcação Atendimento de pacientes

Fila de acesso à área de atendimento

4.3.12 – Leitos Existentes x Disponíveis

Para a efetiva verificação do controle de leitos pela unidade, foram levantados na

SMSDC, por intermédio do SISREG, os pacientes internados no dia 13/05/09.

Posteriormente, “in loco” , junto aos vários setores de internação na unidade, foram

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verificadas as fichas de internação daquele mesmo dia 13/05/09. No cotejo das duas

informações, foram constatados os seguintes pontos:

� Em levantamento, por amostragem, de 103 leitos, havia 79 pacientes

internados, restando portanto 24 leitos disponíveis. Destes 79, foram

localizados 55 na listagem do SISREG. Quanto aos demais não localizados

no SISREG, 14 estavam na maternidade e 10 estavam internados em outras

áreas;

� Divergência e duplicação de nomes de pacientes: havia 02 pacientes com o

mesmo nome que constavam na listagem do SISREG, com laudo e

codificação de patologia diferente;

� Divergência de quantidades de leitos disponíveis:

Considerando-se a totalidade dos leitos, conforme alteração efetuada no 3º

Termo Aditivo, etapa 3, ou seja, 138 leitos, fora as 20 de UI´s e UTI´s, verificou-se:

Leitos fora UI´s e UTI´s Pela contagem nas listas de internação no dia do HMRG

Pelo levantamento via SISREG

Ocupados 95 102

Sem ocupação 43 36

4.3.13 – Análise dos Pagamentos Efetuados à Empresa Contratada

Aqui são apresentados os valores efetivamente despendidos desde o início da

operação do HMRG, em 17/03/2008, cobrindo a presente análise o período amostral, até

o mês de março de 2009, período ao qual se referem os dados disponibilizados de forma

integral pela jurisdicionada. Neste estudo deu-se destaque àquelas despesas que não se

reverteram em serviços para a população e que foram detalhados nas planilhas

constantes dos anexos II a VI.

Os dados foram extraídos das análises do faturamento mensal realizado pela

Comissão de Gestão, Avaliação e Controle do HMRG, sendo que, a partir destas, foram

geradas as planilhas anexas aqui aludidas.

Destacam-se, a seguir, as formas de pagamentos mencionadas no Edital de

Licitação, bem como as alterações posteriores.

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FORMAS DE PAGAMENTOS E VALORES PREVISTOS NO EDITAL DE LICITAÇÃO

SERVIÇOS 1ª ETAPA (1º ao 5º mês)

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania. (1º ao 3º mês). Execução das ações e serviços programados e operacionalização e administração do Centro de Cidadania (4º e 5º mês).

1ª fase 100% do valor global será repassado em 3 parcelas mensais fixas de até 90.426,37.

2ª fase 100% do valor global será repassado em 2 parcelas mensais fixas de até R$ 621.562,89.

SERVIÇOS 2ª ETAPA (6º ao 12º mês)

Execução das ações e serviços programados e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.

90% do valor global será repassado em 7 parcelas mensais fixas de até R$ 2.980.981,43.

O valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração.

10% do valor global com valor estimado de R$ 321.220,16.

SERVIÇOS 3ª ETAPA (duração prevista de 48 meses)

Execução das ações e serviços programados, operacionalização de 09 equipes de PSF e operacionalização e administração do Centro de Cidadania. e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.

90% do valor global será repassado em 48 parcelas mensais fixas de até R$ 6.048.946,70.

O valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração.

10% do valor global com valor estimado de R$ 672.105,18.

Observações A avaliação da parte variável será realizada trimestralmente, podendo gerar um ajuste financeiro a menor no trimestre subseqüente, dependendo do percentual de alcance dos indicadores, pelo hospital. A cada 3 meses, o gestor contratado procederá a consolidação e análise conclusiva dos dados do trimestre findo, para avaliação e pontuação dos indicadores que condicionam o valor do pagamento de valor variável. Nos meses de julho e dezembro, a SMS procederá a análise das quantidades de atividades assistenciais realizadas pelo gestor contratado, verificando e avaliando os desvios (para mais ou para menos) ocorridos em relação às quantidades estabelecidas no Termo de Referência, isto é, a cada semestre será realizada uma avaliação das metas operacionais (quantidades de procedimentos) estabelecidas para o serviço de execução das ações e serviços programados para o HMRG e operacionalização de 09 equipes de PSF. Da análise acima, caso seja imperioso, poderá resultar uma re-pactuação das quantidades de atividade assistencial ora estabelecidas e seu correspondente reflexo econoômico-financeiro, efetuada através de Termo Aditivo ao Termo de Referência, na forma e limites estabelecidos em lei. A análise supramencionada não anula a possibilidade de que sejam firmados Termos Aditivos ao Termo de Referência em relação às cláusulas que quantificam as atividades assistenciais a serem desenvolvidas pelo gestor contratado e seu correspondente reflexo econômico-financeiro, a qualquer momento, se condições e/ouocorrências excepcionais incidirem de forma muito intensa sobre as atividades do hospital, inviabilizando e/ou prejudicando a assistência ali prestada. Os Termos Aditivos que venham a ser firmados, sejam estes para adição ou supressão nas quantidades de atividade assistencial pactuadas, serão estabelecidos na conformidade e nos limites do que dispõe a legislação que regula a matéria.

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FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO CONTRATO

1ª ETAPA (1º ao 5º mês)

Execução das ações e serviços programados, operacionalização de 9 equipes de PSF e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.

90% do valor global será repassado em 12 parcelas mensais fixas, no valor de até R$ 3.267.033,40.

O valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração. (não menciona Centro de Cidadania ou serviços)

10% do valor global com valor estimado em R$ 363.003,71.

SERVIÇOS 2ª ETAPA (6º ao 12º mês)

Execução das ações e serviços programados, operacionalização de 9 equipes de PSF e operacionalização e administração do Centro de Cidadania.

90% do valor global será repassado em 12 parcelas mensais fixas, no valor de até R$ 4.912.738,02.

Este valor será repassado mensalmente, juntamente com as parcelas fixas, com valor mensal vinculado à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração.

10% do valor global com valor estimado em R$ 545.859,78.

FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO 1º TERMO ADITIV O

1ª ETAPA (1º ao 3º mês)

Execução das ações e serviços programados. 100% do valor total será pago em 3 parcelas mensais de até R$ 2.743.618,38.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

100% do valor total será pago em 3 parcelas mensais fixas de até R$ 90.284,99.

SERVIÇOS 2ª ETAPA (4º ao 6º mês)

Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 3 parcelas mensais fixas de até R$ 4.330.547,66.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

90% do valor total será pago em 3 parcelas mensais fixas de até R$ 81.256,49.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 3 parcelas mensais variáveis de até R$ 481.171,96.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

10% do valor total será pago em 3 parcelas mensais variáveis de até R$ 9.028,50.

SERVIÇOS 3ª ETAPA (7º ao 12º mês)

Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 6 parcelas mensais fixas no valor de até R$ 4.852.093,53.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

90% do valor total será pago em 6 parcelas mensais fixas de até R$ 81.256,49.

Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 6 parcelas mensais fixas de até R$ 111.830,09.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 6 parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 539.121,50.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

10% do valor total será pago em 6 parcelas mensais variáveis de até R$ 9.028,50.

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Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 6 parcelas mensais variáveis de até R$ 12.425,57.

SERVIÇOS 4ª ETAPA (13º ao 60º mês)

Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 48 parcelas mensais fixas no valor de até R$ 5.640.323,35 (vencimento 30 dias).

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

90% do valor total será pago em 48 parcelas mensais fixas de até R$ 76.306,49.

Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 48 parcelas mensais fixas de até R$ 237.170,81.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 48 parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 626.702,59 (vencimento 60 dias).

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

10% do valor total será pago em 48 parcelas mensais variáveis de até R$ 8.478,50.

Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 48 parcelas mensais variáveis de até R$ 26.352,31.

FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO 2º TERMO ADITIV O

1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08)

Execução das ações e serviços programados. 100% do valor total será pago em parcelas mensais, no valor de até R$ 2.743.618,38.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

100% do valor total será pago em parcelas mensais fixas de até R$ 90.284,99.

SERVIÇOS 2ª ETAPA (11/08/08 a 16/06/09)

Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em parcelas mensais de até R$ 4.449.822,73 .

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

90% do valor total será pago em parcelas mensais de até R$ 90.284,99.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em parcelas mensais variáveis de até R$ 494.424,75.

Na 2ª etapa foi citado 90% do valor referente ao Centro de Cidadania como sendo de R$ 90.284,99, quando o correto seria R$ 81.256,49.

SERVIÇOS 3ª ETAPA (17/06/09 a 16/03/13)

Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 35 parcelas mensais no valor de até R$ 5.855.531,95.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

100% do valor total será pago em 45 parcelas mensais fixas de até R$ 84.784,99.

Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 45 parcelas mensais fixas de até R$ 237.170,81.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 35 parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 650.614,66.

Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 45 parcelas mensais variáveis de até R$ 26.352,31.

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FORMAS DE PAGAMENTOS ALTERADAS PELO 3º TERMO ADITIV O SERVIÇOS 1ª ETAPA (17/03/08 a 10/08/08)

Execução das ações e serviços programados. 100% do valor total será pago em parcelas mensais, no valor de até R$ 2.743.618,38.

Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

100% do valor total será pago em parcelas mensais fixas de até R$ 90.284,99.

SERVIÇOS 2ª ETAPA (11/08/08 a 31/03/09) Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em parcelas

mensais de até R$ 4.449.822,73. Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

100% do valor total será pago em parcelas mensais de até R$ 90.284,99.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em parcelas mensais variáveis de até R$ 494.424,75 (pagtº 60 dias após as atestações).

Montagem de um Centro de hidratação para pacientes vitimados pela dengue, no período de 01/02/2009 a 28/02/2009.

100% do valor total no valor de R$ 219.150,00.

SERVIÇOS 3ª ETAPA (01/04/09 a 16/03/10) 13º mês (17/03/09 a 16/04/09 Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em uma parcela

mensal no valor de até R$ 3.628.675,37. Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em uma parcela

mensal variável no valor de até R$ 403.186,15.

14º ao 22º mês ( começa a amortização do adiantamento)

Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em nove parcelas mensais no valor de até R$ 2.580.171,42.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em nove parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 286.685,71.

23º ao 24º mês Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em duas

parcelas mensais no valor de até R$ 2.910.171,42.

Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em duas parcelas mensais variáveis no valor de até R$ 323.352,38.

Nesta etapa é retirado do Contrato a operacionalização e administração do Centro de Cidadania. 4ª ETAPA (17/03/10 a 16/03/13)

(17/03/10 a 16/03/13) Execução das ações e serviços programados. 90% do valor total será pago em 36 parcelas

mensais no valor de até R$ 5.855.531,95. Operacionalização do PSF. 90% do valor total será pago em 36 parcelas

mensais no valor de até R$ 237.170,81. Execução das ações e serviços programados. 10% do valor total será pago em 36 parcelas

mensais variáveis no valor de até R$ 650.614,66.

Operacionalização do PSF. 10% do valor total será pago em 36 parcelas mensais variáveis de até R$ 26.352,31.

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Observações As parcelas variáveis correspondentes a 10% do valor total, terão seus pagamentos vinculados à avaliação dos indicadores e conforme sua valoração, de acordo com o estabelecido no Termo de Referência no item “indicadores de Avaliação de desempenho de Qualidade na Prestação de Serviços”, com pagamento em 60 dias após as atestações pertinentes. Nesta etapa será descontado em nove prestações iguais e sucessivas o valor de R$ 366.666,67 do total da fatura do 14º mês (17/04/2009 a 16/05/2009) ao 22º mês (17/02/2010 a 16/03/2010)

Em linhas gerais, inicialmente, devem-se destacar:

� As formas de pagamentos e os valores definidos no edital de licitação foram

totalmente alterados, por ocasião da celebração do contrato, bem como através do

1º, 2º e 3º Termos Aditivos, conforme pode ser observado no quadro supra;

� Que os números pactuados no contrato-mãe praticamente não prevaleceram, uma

vez que de imediato foi assinado o 1º Termo Aditivo, em 31/03/2008, com vigência

a partir de 01/04/2008, alterando as quantidades inicialmente previstas desde

17/03/2008, início do contrato-mãe. Em 22/12/2008, foi celebrado o 2º Termo

Aditivo com vigência retroativa à 2º etapa, a partir de 11/08/2008, ajustando, ainda,

a etapa 1 no período de 17/03/2008 a 10/08/2008;

� Que os valores dos pagamentos efetuados do inicio do contrato até 10/08/2008,

foram baseados no 2º Termo Aditivo e sofreram redução de 10%, considerando o

mencionado no parágrafo 3º do 1º Termo Aditivo, que não consta formalmente

neste. A exceção ocorre somente na rubrica Operacionalização e Administração do

Centro de Cidadania.

Preliminarmente, e para maior facilidade de visualização, consideraram-se, no

texto explicativo, individualmente, as despesas classificadas segundo as mesmas

rubricas utilizadas pela Comissão referida supra. Ao final, é apresentado quadro

executivo que sintetiza os gastos em tela.

O texto que trata do percentual do pagamento menciona o percentual sobre o valor

total que será pago em parcelas mensais fixas de até determinado valor, ou seja, se a

SMSDC conseguir encaminhar, por meio da Central de Regulação, o total dos

procedimentos contratados e a empresa GPS não conseguir cumprir o contratado (culpa

exclusiva da empresa), este dispositivo garante o pagamento ao gestor contratado dos

serviços efetivamente realizados.

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72

Ocorre que, conforme informação da Comissão de Avaliação e Gestão, a empresa

nunca foi testada na sua capacidade de cumprir as metas pactuadas.

Observa-se que nos processos de análise dos pagamentos da cota variável dos

meses de agosto (11 a 31/08/2008), setembro, outubro e novembro (último mês

entregue) é assinalado o campo “qualificação do atendimento como atendido

plenamente”, não havendo uma análise detalhada dos indicadores hospitalares

realizados pela unidade, com exceção do tempo de permanência em algumas

especialidades médicas.

A seguir, são comentados os grupos de despesas:

a) Consultas Ambulatoriais

Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo II. O ambulatório teve o seu

funcionamento iniciado em 12/05/2008, tendo sido definidas pelo 2º Termo Aditivo as

seguintes quantidades:

No que se refere às quantidades, o contratado foi de 15.168 consultas mensais

definidas para a 1º etapa do 2º TA, de 17/03/08 a 10/08/08. Não obstante as demandas

nestes meses terem sido bastante aquém do contratado, ou seja, 1.074, em 18 dias de

maio, 3.526 e 5.671, em junho e julho, respectivamente, defasagem esta conhecida à

época da assinatura do 2º TA, houve alteração para maior das quantidades contratadas

mensais, ou seja, passaram a ser de 16.668 a partir da 2º etapa, em 10/08/2008, do

mesmo aditivo. Como conseqüência, para o período em estudo, houve significativo

agravamento da quantidade de consultas não realizadas e pagas em relação à contratada

de março de 2008 a março de 2009, conforme demonstrado a seguir:

ETAPA CONSULTÓRIOS ESPECIALIDADES

1º 28 17

2º 32 19

3º 32 19

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73

DISCRIMINAÇÃO DAS CONSULTAS QUANTIDADES

Contratadas 200.927

Agendadas 105.377

Efetuadas (b) 93.385

Não efetuadas e pagas 85.034

(b): a quantidade efetuada é menor que a agendada devido ao não comparecimento

dos pacientes ( absenteísmo).

Com relação aos valores despendidos, foram contratualizados R$ 290.179,48

mensais, de 17/03/2008 a 10/08/2008, 1º etapa, tendo sido, então, este valor aumentado

para R$ 350.050,08 mensais a partir da 2º etapa. Verifica-se que, decorrente das

diferenças substanciais entre as quantidades contratadas e utilizadas, há também uma

correspondente discrepância entre os valores pagos e aqueles que de fato reverteram em

serviços para a população.

Para o período total em análise, é relevante o fato de que, em consultas que sequer

foram agendadas, foi gasto um valor de R$ 1.463.319,32 e que, considerando-se os

valores relativos às faltas às consultas agendadas, R$ 247.043,16 , o valor de consultas

não efetuadas e pagas sobe para R$ 1.710.362,48.

DISCRIMINAÇÃO DE CONSULTAS VALORES, R$

Contratados 4.084.430,52

Pagos 3.458.998,40

Consultas não agendadas e pagas 1.463.319,32

Consultas agendadas e não efetuadas (absenteísmo) 247.043,16

Consultas não efetuadas e pagas 1.710.362,48

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74

b) Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapia - SADT

Os dados apresentados a seguir se apóiam nos anexos III e IV. No que se refere às

quantidades de exames auxiliares contratados, houve redefinição destas no 2º Termo

Aditivo conforme a seguir:

As demandas na 1º etapa do 1º TA se apresentaram bastante aquém do contratado,

conforme explicitado na tabela a seguir.

PERÍODO ---> 17 a 31/03/2008 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08

QUANTIDADE

Contratada 92809 92809 92809 92809 92809

Realizada 0 0 30.624 47.919 45.151

Observa-se que em março e abril de 2008, não foram realizados quaisquer exames

e, nos meses seguintes, o máximo atingido foi de 51,63 % das metas previstas.

Não obstante esta defasagem na série histórica mensal já conhecida à época da

assinatura do 2º TA em 22/12/2008, houve a manutenção em níveis elevados, frente à

demanda, das quantidades contratadas mensais para todas as especialidades, a partir da

2º etapa, em 11/08/2008, à exceção da ultra-sonografia, que foi mantida a quantidade

contratada muito embora não tivessem sido realizados 6.698 exames dos 14.381

contratados até a época da assinatura do 2º TA.

O quadro seguinte demonstra as novas quantidades definidas nesse 2º TA.

ETAPA EXAMES CONTRATADOS / MÊS TIPOS DE EXAMES

1º 92.809 08

2º 105.422 09

3º 117.010 11

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EXAMES – SADT 1º ETAPA 2º ETAPA

Contratado mensal

Patologia Clínica 81.620 91.823

Radiodiagnóstico 6.577 7.399

Ultra-sonografia 1.152 1.152

Colonoscopia 0 384

Tomografia 576 888

Endoscopia 576 708

Ecocardiografia 605 1.152

Eletrocardiografia 1.210 1.361

Cardiotocografia 493 555

Total 92.809 105.422

No que se refere à quantidade não realizada e paga de exames no período

considerado na análise em comento, tem-se o seguinte cenário:

DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE

Não realizada e paga 652.810

Quantidade contratada 1.253.922

Constata-se que, para o período em estudo, houve significativa perda, em

quantidade, de exames em relação ao contratado, correspondente a cerca de 52 %.

No que tange aos valores despendidos, verificam-se diferenças substanciais entre

aqueles contratados e efetivamente pagos, R$ 24.095.267,35, e os utilizados, R$

8.115.442,06 , refletindo uma importante discrepância entre esses valores, significando

que, de fato, não reverteram em serviços para a população R$ 15.248.918,89, conforme

se destaca na tabela a seguir.

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DISCRIMINAÇÃO VALORES, R$

Contratado 25.031.423,98

Pago 24.095.267,35

Pago e não utilizado 15.248.918,89

Com relação aos diversos tipos de especialidades, pode-se, de forma resumida,

destacar as perdas financeiras e físicas no período em comento por meio do quadro

seguinte.

TIPOS DE EXAMES TOTAL NÃO REALIZADO (R$) QUANTIDADE NÃO REALIZADA

Patologia Clínica 7.872.115,17 538.817

Radiodiagnóstico 2.194.919,01 69.023

Ultrasonografia 404.258,30 7.067

Colonoscopia 529.777,92 2.688

Tomografia 3.427.600,51 9.363

Endoscopia 372.234,80 3.593

Ecocardiografia 302.924,88 4.248

Eletrocardiografia 118.591,40 10.636

Cardiotocografia 26.496,90 4.491

SUBTOTAL NÃO REALIZADO 15.248.918,89 649.926

Chama a atenção, em especial, o caso do tomógrafo, que, inclusive, é o que tem

preço unitário de exames com mais alto valor, isto é, R$ 366,09. Este equipamento

efetivamente só passou a operar em janeiro de 2009, ou seja, ficou inoperante por cerca

de 09 meses e meio. Foram realizados 220 exames até março de 2009 de um total de

9.583 contratados e pagos. Portanto, o valor de exames pagos e não realizados totaliza

R$ 3.427.600,51, e este valor corresponde à quantidade de 9.363.

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De grande relevância também são os dados relativos aos exames de patologia

clínica e de radiodiagnóstico que totalizam o desperdício de R$ 10.067.034,18 e uma

quantidade de 607.839 exames não realizados e pagos.

c) Internações e Saídas hospitalares

Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo V. O 2º TA define os leitos

que deveriam ser disponibilizados bem como a quantidade de altas mensais e as

especialidades, de acordo com a tabela seguinte:

Na análise dos números, levantou-se a tabela seguinte da qual podem ser

destacadas as próximas observações.

� Não houve a realização de 3.490 altas das 9.908 previstas e pagas no período de

17/03/08 a 31/03/09;

� Do valor efetivamente pago de R$ 20.270.485,38 , não foram revertidos em

serviços para a população R$ 7.236.821,46;

DISCRIMINAÇÃO TOTAIS

Quantidade contratada 9.908

Altas contratadas menos as realizadas 3.490

Valor contratado das altas, R$ 20.554.519,67

Valor pago das altas, R$ 20.270.485,38

Altas pagas e não utilizadas, R$ 7.236.821,46

ETAPAS ���� 1º 2º 3º

LEITOS 59 243 298

SAÍDAS (ALTAS) MENSAIS 252 1.134 1.379

ALTAS POR ESPECIALIDADES

51, em 09 especialidades

148, em 12 especialidades

105, em especialidades clínicas, 50, em especialidades cirúrgicas, 84 materno-infantis

ALTAS EM UI´S/CTI´S 08 41 65

ALTAS EM MATERNIDADE 0 52 52

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� Não obstante a série histórica já conhecida, informada abaixo, houve substancial

alteração, para maior, das quantidades contratadas mensais das saídas

hospitalares, a partir da 2º etapa, em 10/08/2008. Passou-se de 252 saídas

mensais para 1.134, passando para 1.379 na 3º etapa.

d) Serviço de Pronto Atendimento – SPA (Urgência e Emergência)

Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo VI. O 2º TA define a

quantidade de atendimentos de urgência e emergência a serem disponibilizados para a

população, a qual ficou no patamar de 2000 mensais.

Como destaque, é apresentada a tabela seguinte sobre a qual são feitos

comentários.

� Este serviço, segundo informações colhidas “in loco”, tendo em vista a inspeção

realizada no HMRG, não foi divulgado à população, ou seja, não houve

funcionamento de portas abertas de uma forma ampla de tal maneira que

pudesse ser atingida a meta pactuada contratualmente de 2.000 atendimentos de

urgência e emergência. Ressalte-se que, devido à natureza de tal serviço, há a

pressuposição de acesso direto à unidade sem interveniência da central de

DISCRIMINAÇÃO 17/03 A 31/03/08 ABR/08 MAI/08 JUN/08 JUL/08

Quantidade contratada 252 252 252 252 252

Altas não realizadas -11 -68 158 152 133

DISCRIMINAÇÃO TOTAIS

Quantidade contratada 24.968

Atendimentos realizados não comprovado

Valores contratados, R$ 826.683,86

Valores pagos sem comprovação à SMSDC 794.782,41

da prestação dos serviços, R$

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regulação e que, portanto, tais acessos só se dariam com o amplo conhecimento

da existência dos serviços pela população;

� Houve valores pagos à GPS relativos à prestação dos serviços mesmo sem

informação à SMSDC quanto aos seus quantitativos. O único mês em que

houve informação de quantitativo de atendimentos realizados foi em novembro

de 2008, sendo este de 241;

� Do valor contratado de R$ 826.683,86, foram pagos, de 17 de março de 2008 a

31 de março de 2009, a quantia de R$ 794.782,41 sem, em princípio,

comprovação da devida prestação dos serviços.

e) Operacionalização e administração do Centro de Cidadania

Os dados apresentados a seguir se apóiam no anexo VII. Este centro, cujo objetivo

é descrito no item 4.3.2, em verdade nunca foi utilizado.

No período de análise em tela, foram despendidos R$ 1.127.106,17 sem qualquer

retorno à população.

Deve-se destacar que, neste caso, a característica é diferente de serviços de

atendimento ambulatorial, exames, internações, ou atendimento em emergência, dado

que, para estes é alegado pela empresa GPS que a estrutura a seu encargo estava

disponível para utilização. No presente caso, sequer está implantada a estrutura física e

de pessoal, não incorrendo portanto as despesas previstas, o que, por si só, enseja o não

pagamento de qualquer parcela, além disso, ficou evidente que não houve gasto com

energia

f) Centro de Hidratação

Este centro foi implantado e funcionou durante o mês de fevereiro de 2009

objetivando a atendimento aos pacientes vitimados pela dengue. Segundo informações

da empresa GPS, foram atendidos 17 pacientes neste período, conforme informação

dada pelo Sr. Paulo Maurício, membro da Comissão de Avaliação e Gestão do HMRG.

O 3º TA, em tramitação na PCRJ, prevê o pagamento destes serviços em um valor

total de R$ 219.150,00, ou seja, intenta-se pagar a posteriori um serviço que se sabe não

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ter um valor justificável dado que este pagamento acarretaria um valor unitário por

paciente de R$ 12.891,18 para hidratá-lo.

g) Resumo dos valores pagos (não revertidos em benefício à população)

Objetivando apresentar uma visão sintetizada dos valores contratados, dos

efetivamente pagos e utilizados pela população no período sob análise, segue quadro

sinótico.

QUADRO EXECUTIVO DAS DESPESAS DE OPERAÇÃO DE 17/03/08 A 31/03/09, EM REAIS

SERVIÇOS CONTRATADOS PAGOS NÃO UTILIZADOS

Auxiliares de Diagnóstico e Terapia , SADT 25.031.423,98 24.095.267,35 15.248.918,89

Internações e Saídas Hospitalares 20.554.519,67 20.270.485,38 7.236.821,46

Consultas Ambulatoriais 4.084.430,52 3.458.998,40 1.710.362,48

Serviço de Pronto Atendimento - SPA 826.683,86 794.782,41 794.782,41 (a)

Centro de Cidadania 1.127.106,17 1.127.106,17 1.127.106,17

Centro de Hidratação, em fevereiro/2009 219.150,00 219.150,00 219.150,00 (b)

TOTAIS 51.843.314,20 49.965.789,71 25.323.209,00

(a): não houve comprovação ou informação da utilização dos serviços, tendo sido informado à equipe inspecionante que não houve divulgação à comunidade da existência dos serviços. Somente para nov 08 houve informação de quantidade de atendimentos.

(b): Conforme informação do Sr. Paulo Maurício, membro da Comissão de Avaliação e Gestão do HMRG, houve o atendimento de apenas 17 pessoas no período de 01 mês (01 a 28/02/2009).

Destacam-se os seguintes pontos:

� O valor TOTAL e o percentual de dinheiro público GASTO E NÃO

UTILIZADO , são, respectivamente: R$ 25.323.209,00 , correspondentes a

cerca de 50% das quantias efetivamente pagas.

� O valor referente aos SERVIÇOS AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPIA

(SADT) assim como o percentual GASTO E NÃO UTILIZADO são,

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respectivamente: R$ 15.248.918,89, correspondentes a cerca de 63 % das

quantias efetivamente pagas nesta rubrica;

� O valor referente a INTERNAÇÕES E SAÍDAS HOSPITALARES e o

percentual GASTO E NÃO UTILIZADO , são, respectivamente: R$

7.236.821,46, correspondentes a cerca de 36 % das quantias efetivamente pagas

nesta rubrica;

� O valor referente a CONSULTAS AMBULATORIAIS e o percentual GASTO

E NÃO UTILIZADO , são, respectivamente: R$ 1.710.362,48, correspondentes

a cerca de 49 % das quantias efetivamente pagas nesta rubrica;

� O total dos valores referentes a SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO

(SPA), CENTRO DE CIDADANIA e CENTRO DE HIDRATAÇÃO e o

percentual GASTO E NÃO UTILIZADO , são, respectivamente: R$

1.127.106,17, correspondentes a 100% das quantias efetivamente pagas nestas

rubricas.

5 - Questionamentos e Oportunidades de Melhoria

Face ao exposto neste relatório, solicitamos que a Secretaria Municipal de Saúde e

Defesa Civil se manifeste acerca dos seguintes pontos:

5.1 - Questionamentos

5.1.1 - Assessoria de Engenharia e Obras – AEO • Quanto aos processos nºs 09/073.762/2008 e 09/073.763/2008, informar por

que estes serviços foram prestados durante 22 meses no HMRG, de

01/11/2004 a 31/08/2006, ao passo que na planilha de custos foram

especificados 35 e 30 meses de serviços, acarretando o cálculo que originou

o valor de R$ 512.045,43 e 2.810.571,41, respectivamente, por que não

houve a formalização periódica da verificação, medição e atestação da

efetiva prestação dos referidos serviços à época de realização dos mesmos,

de tal forma que se tornasse inquestionável a sua execução, bem como

esclareça por que não foi utilizado o valor mensal do Contrato nº 1418/2007,

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de R$ 48.960,00, mais vantajoso para o município do Rio de janeiro,

conforme subitem 4.3.3;

• Juntar aos autos a conclusão do processo de sindicância nº 09/010.132/2008,

instaurado para apurar a origem das obrigações a pagar referentes à

prestação de serviços constante do processo 09/071.937/2008, desdobrado,

posteriormente, nos processos de nºs 09/073.762/2008 e 09/073.763/2008,

conforme subitem 4.3.3;

• Quanto ao pagamento do Termo de Ajuste de Contas nº 740/2008, esclarecer

a inclusão na planilha de custos do valor de R$ 5.101,38, referente à pintura

da quadra de esportes em piso cimentado, uma vez que não há quadra de

esportes no hospital, conforme subitem 4.3.3.

5.1.2 - Hospital Municipal Miguel Couto

• Tendo em vista a informação da administração de que há vários bens sem

arrolamento no cadastro de bens patrimoniais e que não há realização de

inventário, há pelo menos, 05 (cinco) anos, providenciar o inventário total

dos bens móveis da unidade, conforme subitem 4.1;

• Informar as providências adotadas sobre a falta de equipamentos essenciais,

tais como: aparelho de ecocardiograma com desfibrilador, leitos e

equipamentos para reanimação dos pacientes no Setor de Emergência,

conforme subitem 4.1.2;

• Adotar providências, no Setor de Emergência Clínica, na segregação de

pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas, evitando o contágio dos

portadores de outras patologias, bem como providenciar monitores

cardíacos, pia e lavatório, água potável para os médicos e enfermeiros e

isolamento dos pacientes com doenças contagiosas na Emergência Clínica

do HMMC, conforme subitem 4.1.6;

• Providenciar a colocação de telas no setor de Politrauma do HMMC,

conforme subitem 4.1.8;

• Adotar providências no Centro Cirúrgico com a finalidade de evitar

suspensões de cirurgias, conforme subitem 4.1.9;

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• Adotar providências para a correção do apontado no subitem 4.1.11; na

Maternidade Leila Diniz;

• Quanto ao Contrato nº 13/2009, celebrado com a empresa Seven Segurança e

Vigilância Privada Ltda, providenciar rádios e cassetetes para os vigilantes,

conforme determina o projeto básico, bem como que a empresa cumpra o

quantitativo de vigilantes contratados, conforme citado no subitem 4.1.12.2;

• Quanto ao Contrato nº 49/2008, celebrado com a empresa CNS Nacional de

Serviços Ltda, providenciar o cumprimento do projeto básico, no tocante ao

quantitativo de recepcionistas contratadas, conforme citado no subitem

4.1.12.4;

• Quanto ao Contrato nº 97/2007, celebrado com a empresa Qualidade Total

Operadora de Recursos Humanos Ltda, providenciar o cumprimento do

projeto básico, no tocante ao quantitativo de porteiros contratados, conforme

subitem 4.1.12.3;

• Adotar providências para que os procedimentos de alto custo sejam faturados

na sua totalidade, conforme subitem 4.1.13;

• Informar a real carência de recursos humanos na unidade, discriminados por

setor e especialidade, conforme subitem 4.1.15.

5.1.3 - Hospital Municipal Lourenço Jorge • Informar as ações saneadoras referentes à manutenção preventiva e corretiva

predial hospitalar realizada pala empresa TEKNO Sistemas de Engenharia

LTDA., sob o contrato nº 180/2008, processo administrativo nº

09/003914/2008, conforme subitem 4.2.1.1, cujos serviços foram suspensos

pela empresa prestadora;

• Apresentar as ações, em andamento e/ou finalizadas, com intuito de reduzir

os valores de não acolhimento pelo SUS do faturamento AIH, assim como o

ambulatorial, apresentado pela unidade ao SUS, conforme subitem 4.2.2;

• Descrever as ações tomadas pela unidade no sentido de prevenir os

problemas no TOMÓGRAFO marca PHILIPS modelo MX 4000, localizado

no setor de raios-X, de nº série PDL055EI, conforme subitem 4.2.3;

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• Com relação às suspensões de cirurgias, item 4.2.4, informar os motivos

geradores de tais ocorrências, as suas quantificações e suspensões, bem

como as ações efetivas já realizadas, assim como as ações em andamento,

relativas aos aludidos motivos geradores, de tal forma que as ocorrências

apontadas tenham os seus percentuais reduzidos;

• Esclarecer a origem das luvas cirúrgicas descartáveis, bem como se o

fornecedor destas apresentou, ou apresenta regularmente, algum tipo de

certificado de órgãos fiscalizadores referentes à qualidade e atendimento às

especificações técnicas do produto fornecido. Ou, ainda, se no próprio ato de

recebimento do produto no hospital é realizado algum tipo de controle sobre

a adequação do mesmo. Caso exista este controle, informar se há alguma

formalização de atestação de qualidade, devendo neste caso ser encaminhado

junto à resposta desta diligência o referido documento de aceitação,

conforme subitem 4.2.4;

• Informar a situação atual referente à remoção dos corpos restantes no

necrotério, conforme subitem 4.2.5;

• Identificar a carência de pessoal nas diversas especialidades, assim como nos

serviços de apoio, se existirem, decorrentes do referido no subitem 4.2.6;

• Atualizar a situação acerca do furto da impressora que se encontrava na sala

das secretárias da diretoria da unidade no período de 15/02/2008, sexta-feira,

a 17/02/2008, domingo, conforme registro da ocorrência policial nº

016-01839/2008, mencionado no subitem 4.2.7.

5.1.4 - Hospital Municipal Ronaldo Gazolla

• Encaminhar a cópia do acordo celebrado com a CEDAE, mencionado no

subitem 4.3.1, bem como informar sobre como se deu a aquisição do terreno

onde foi construído o hospital;

• Esclarecer as bases que estabeleceram os quantitativos iniciais de exames,

consultas, internações e SPA, bem como as alterações. Caso haja estudo,

encaminhar a esta Corte a conclusão deste, conforme subitens 4.3.5 a 4.3.9;

• Quanto ao descumprimento do item VII, da Cláusula Nona, do cContrato nº

1302/2007, pela empresa contratada , esclarecer o porquê não foram tomadas

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às devidas providências, no tocante às contratações pela CLT, conforme

subitem 4.3.6;

• Remeter cópias das guias de recolhimento dos pagamentos efetuados ao

INSS (retenção dos 11%) dos cooperados, bem como dos 15% cobrados do

tomador dos serviços, de todo o período contratual, conforme subitem 4.3.6;

• Providenciar a celebração dos Termos de Cessão de Uso dos equipamentos

médicos cedidos ao HMRG, conforme subitem 4.3.6;

• Apresentar as razões que resultaram, em 31/03/2008, imediatamente após o

inicio efetivo do contrato-mãe, ter sido assinado o 1º Termo Aditivo, com

vigência a partir de 01/04/2008, alterando-se as quantidades inicialmente

previstas no mesmo, bem como no edital de licitação, conforme subitem

4.3.7;

• Esclarecer qual foi o embasamento contratual para a redução de 10% do

valor dos pagamentos efetuados do inicio do contrato até 10/08/2008, tendo

em vista que o mencionado parágrafo 3º do 1º Termo Aditivo, não consta

formalmente neste e também não consta nos demais termos aditivos,

conforme subitem 4.3.7;

• Esclarecer o aumento no quantitativo dos exames de 18.417 (1ª etapa do

Contrato nº 1302/207) para 92.809 (1ª etapa do 1º Termo Aditivo),

considerando o total de 59 leitos, conforme subitem 4.3.7;

• Esclarecer o aumento de 11.588 exames, na 3ª etapa do 2º Termo Aditivo,

em comparação à 2ª etapa do mesmo Termo, uma vez que não houve

aumento nas consultas ambulatoriais, sendo que nas internações houve um

aumento de, apenas, 245 saídas mensais, conforme subitem 4.3.8;

• Informar os motivos que, não obstante as demandas das ações e serviços, de

uma forma geral, apresentarem forte defasagem na série histórica mensal,

para menos, em relação às quantidades contratadas, houve assinatura do 2º

Termo Aditivo, em 22/12/2008, alterando para mais das quantidades

contratadas mensais, conforme subitem 4.3.8;

• Esclarecer os motivos de não ter sido implementado, em 17/06/09, o PSF

com 09 equipes e 05 equipes de Saúde Bucal, conforme previsto no 2º

Termo Aditivo, conforme subitem 4.3.8;

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• Informar as providências em andamento e/ou já concluídas tendo em vista o

efetivo início das operações do PSF em 17/03/10, conforme definido no 3º

Termo Aditivo, em tramitação na PCRJ, conforme subitem 4.3.9;

• Esclarecer as alterações sucessivas das quantidades de procedimentos, das

etapas, das formas e dos valores de pagamentos, efetuadas no Contrato-mãe,

bem como nos demais termos aditivos celebrados, contrariando o previsto no

edital de licitação, alterações estas que ensejam falta de planejamento

adequado, conforme demonstrado na planilha juntada no subitem 4.3.9;

• Informar como é controlado o efetivo funcionamento da Central de

Regulação, de tal forma que se tenha segurança de que as demandas

potenciais realmente estejam sendo direcionadas para o HMRG, dado que há

reclamações de usuários que não conseguem atendimento, conforme subitem

4.3.11;

• Esclarecer as razões de não ter sido implementada uma rotina alternativa

e/ou uma solução definitiva para a questão do agendamento de serviços para

os pacientes, uma vez que a questão é de conhecimento dos gestores do

hospital, bem como da Comissão de Gestão, Avaliação e Controle do

HMRG, conforme subitem 4.3.11;

• Quanto as UI’s e CTI’s adulto e neonatal não estarem cadastradas no

SISREG, informar o andamento do processo de credenciamento junto ao

SUS, conforme subitem 4.3.11;

• Esclarecer a razão de, muito embora o Termo de Referência do contrato-mãe

prever a revisão dos valores pactuados semestralmente, em julho e

dezembro, a SMSDC não se beneficiou deste dispositivo mesmo com a

flagrante discrepância entre as quantidades demandadas e as contratadas,

fazendo com que a empresa recebesse, no período de 17/03/2008 a

31/03/2009, o total de R$ 49.965.789,71 e desse total R$ 25.323.209,00 por

serviços não realizados, representando 50,68%, ou seja, mais da metade dos

valores recebidos, conforme subitem 4.3.13;

• Esclarecer de que forma foi verificada e comprovada, pela Comissão de

Avaliação e Gestão do HMRG, a efetiva disponibilização, pela GPS, da

estrutura necessária para a prestação dos serviços nas quantidades

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contratadas e pagas. Solicita-se, ainda, que sejam encaminhadas a esta Corte

os relatórios comprobatórios destas verificações à sua época, conforme

subitem 4.3.13;

• Considerando o não funcionamento do tomógrafo em 2008, esclarecer os

motivos que levaram a SMSDC a continuar pagando por esses serviços não

realizados, não havendo nenhuma providência por parte da mesma, tendo à

empresa recebido R$ 3.427.600,51, por serviços não realizados, conforme

subitem 4.3.13 (b);

• Esclarecer a inclusão de 384 exames de colonoscopia, a partir de

11/08/2008, não tendo sido realizado nenhum exame até março/2009, tendo

à empresa recebido R$ 529.777,92, por serviços não realizados, conforme

subitem 4.3.13 (b);

• Esclarecer de que forma a SMSDC tinha a expectativa de que fosse atingida

a meta pactuada contratualmente de 2.000 atendimentos de urgência e

emergência se, segundo informações colhidas durante a inspeção no HMRG,

verificou-se que o citado serviço não foi divulgado à população, ou seja, não

houve funcionamento de portas abertas de uma forma ampla de tal maneira

que pudesse ser atingida esta meta, conforme subitem 4.3.13 (d);

• Informar como foram efetuados os atendimentos de SPA – Urgência e

Emergência, e em que quantidades mensais. De que forma se comprovou

que os referidos serviços foram de fato realizados e como se constatou que a

estrutura para prestá-los estava disponibilizada pela GPS, conforme subitem

4.3.13 (d);

• Com relação ao Centro de Cidadania, esclarecer as razões, que mesmo sem

sequer estar implantado e, em verdade nunca ter sido utilizado, ter havido o

regular pagamento das parcelas mensais, totalizando para o período em

análise o montante de R$ 1.127.106,17, conforme subitem 4.3.13 (e);

• Apresentar os gastos mensais, contemplando, limpeza, vigilância,

manutenção (ar, escada rolante, etc), luz e força, água e administração, que

efetivamente incorreram no Centro de Cidadania desde a inauguração do

HMRG, conforme subitem 4.3.13 (e);

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• Esclarecer a razão de ter sido fixado o valor total de R$ 219.150,00 no 3º

TA, em tramitação na PCRJ, para o pagamento dos serviços do Centro de

Hidratação, mesmo a posteriori, quando, aparentemente, o valor não é

justificável, pois foram atendidos 17 pacientes, acarretando um valor unitário

por cada paciente atendido de R$ 12.891,18, para hidratá-lo, conforme

subitem 4.3.13 (f);

• Esclarecer acerca da implantação do banco de exames, bem como relacionar

os exames que farão parte do mesmo, bem como se foi celebrado termo

aditivo para dar suporte a essa alteração contratual, conforme mencionado na

conclusão, item 6;

• Tendo em vista a falta de cobertura orçamentária para o período de junho a

dezembro/2009, providenciar o devido empenhamento, conforme observa-se

na Relação dos Dados do Instrumento Contratual e sua Execução (Anexo

XIX).

5.2 – Oportunidades de Melhoria

• No HMMC, no Setor de Ortopedia, providenciar para que os pacientes sejam

atendidos sentados, conforme subitem 4.1.4;

• Verificar a possibilidade, no HMMC, de haver uma UI (unidade

intermediária) na Emergência Clínica, para recebimento de pacientes graves,

conforme subitem 4.1.5;

• Melhorar a infra-estrutura da Clínica Médica do HMMC quanto a

refrigeração, computadores, reforma e suporte de informática, conforme

subitem 4.1.6;

• Verificar as sugestões apresentadas pela empresa EngeClinic, quanto a

utilização de novas tecnologias, bem como redução de custos para a unidade,

conforme subitem 4.1.14;

• Quanto ao HMRG, que a jurisdicionada sempre vincule o Termo de

Referência ao instrumento contratual, de forma a evitar o que ocorreu no 1º

Termo Aditivo ao Contrato nº 1302/2007, conforme subitem 4.3.7;

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• Quanto ao HMRG, recomenda-se que seja efetuada a verificação adequada e

sejam adotadas as medidas necessárias, com vistas a corrigir e prevenir

falhas no cadastramento de dados no SISREG, citados no subitem 4.3.12.

6 - Conclusão

Com relação ao Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, verificou-se haver relevante

antieconomicidade no Contrato de Gestão celebrado com a empresa GPS face aos

serviços contratados, confrontados com àqueles efetivamente realizados, razão pela qual

concluímos que a jurisdicionada deve tomar imediatas providências no sentido de

conferir o necessário equilíbrio entre os despêndios da Administração e os benefícios

efetivos gerados à população, procedendo a repactuação das quantidades estabelecidas,

conforme determinam os itens 7 e 8 do Sistema de Acompanhamento e Avaliação, item

pertencente ao Termo de Referência, que faz parte integrante do Contrato.

Destaca-se ainda, o ofício de nº 294/2009 da Subsecretaria de Atenção Hospitalar,

Urgência e Emergência, emitido em 07/05/2009, encaminhado à empresa GPS, com a

tentativa de minimizar o desperdício do dinheiro público, objetivando a implementação

de um banco de exames, na especialidade de Patologia Clínica, os quais não foram

realizados no período de janeiro a março/2009. Ocorre que ainda não houve o “de

acordo” da GPS, conforme informou o representante da empresa, Sr Milton Filho.

Ressalte-se que do total empenhado no valor de R$ 62.900.000,04, foi pago o

montante de R$ 51.415.181,65, restando a empenhar R$ 11.484.818,39, ou seja, valor

suficiente para os meses de abril e maio/2009, não havendo cobertura orçamentária

suficiente para o período de junho a dezembro/2009, conforme dados do Fincon, em

19/06/2009.

Em face do exposto, sugerimos a remessa deste processo à Secretaria Municipal

de Saúde e Defesa Civil, para que a mesma se pronuncie a respeito dos pontos

enumerados no item 5.1 e 5.2.

Sugerimos ainda, a remessa do presente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro,

em virtude da instauração da CPI, por meio da Resolução nº 1.140/2009, que tem por

finalidade apurar denúncias acerca de pagamentos efetuados em 2008, sem

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contraprestação de serviços constantes do Contrato de Gestão para o HMRG, celebrado

entre a SMSDC e a empresa GPS Total Gerenciamento Participativo em Saúde.

Cícero dos Santos Silva Jones Wilson G. Flexa Inspetor Setorial Técnico de Controle Externo Matrícula nº 40/900.724 Matrícula nº 40/901.385

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SIGLAS E ABREVIATURAS UTILIZADAS NESTE RELATÓRIO

AIH Autorização para Internação Hospitalar

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

APAC Autorização de Procedimentos de Alto Custo / Alta Complexidade

CAP Coordenação de Área Programática

CPFGF Comissão de Programação Financeira e Gestão Fiscal

CPI Comissão Parlamentar de Inquérito

CTEC Coordenadoria de Tecnologia em Saúde

COMLURB Companhia Municipal de Limpeza Urbana

CTI Centro de Tratamento Intensivo

DATASUS Banco de Dados do Sistema Único de Saúde

DO Diário Oficial

EAS Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

FINCON Sistema Financeiro Contábil da Prefeitura do Município do Rio de Janeiro

HMLJ Hospital Municipal Lourenço Jorge

HMMC Hospital Municipal Miguel Couto

HMRG Hospital Municipal Ronaldo Gazolla

HOSPUB Sistema de Processamento de Dados para Hospitais

MS Ministério da Saúde

PSF Programa de Saúde da Família

RIOURBE Empresa Municipal de Urbanização

RPA Recibo de Pagamento a Autônomo

SADT Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico

SCP Sistema de Controle de Processos

SPA Serviço de Pronto Atendimento

S/SIN/CAL Coordenadoria de Infra Estrutura

SMS Secretaria Municipal de Saúde

SMSDC Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil

SUS Sistema Único de Saúde

QUALISUS Qualificação de Atenção à Saúde, do Sistema Único de Saúde

UTI Unidade de Tratamento Intensivo

UI Unidade Intermediária