298
SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Washington, D.C. 20549 FORMULÁRIO 20F TERMO DE REGISTRO DE ACORDO COM O ARTIGO 12(b) OU (g) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 OU RELATÓRIO ANUAL DE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934, REFERENTE AO EXERCÍCIO SOCIAL FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 OU RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO DE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Referente ao período de transição de ______________ a __________________________ OU RELATÓRIO SHELL COMPANYDE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Data do evento que exige este relatório de shell company__________________________ Número de arquivo de comissão 00131317 Companhia de Saneamento Básico do Estado de São PauloSABESP (Denominação exata da Requerente conforme especificado em seu estatudo social) Basic Sanitation Company of the State of São Paulo-SABESP (Tradução da denominação da Requerente para o inglês) República Federativa do Brasil (Jurisdição de Constituição) Rua Costa Carvalho, 300 05429-900 São Paulo, SP, Brazil (Endereço da sede) Rui de Britto Álvares Affonso [email protected] (+55 11 3388 8247) Rua Costa Carvalho, 300 05429-900 São Paulo, SP, Brazil Valores mobiliários registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(b) da Lei: Nome de cada classe Denominação de cada bolsa em que está registrado Ações Ordinárias (1) , sem valor nominal Bolsa de Valores de Nova York * American Depositary Shares, evidenciadas por American Depositary Receipts, cada qual representativo de 1 Ação Ordinária (2) Bolsa de Valores de Nova York (1) Em 22 de abril de 2013, nossos acionistas aprovaram desdobramento de ações, segundo o qual cada ação ordinária passou a representar três novas ações ordinárias. (2) Até 23 de janeiro de 2013, cada American Despositary Share (ADS) representava duas ações ordinárias. A partir de 24 de janeiro de 2013, cada American Depositary Share representa uma ação ordinária. * Não para fins de negociação, mas apenas em relação ao registro de American Depositary Shares de acordo com as exigências da Securities and Exchange Commission.

SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION DOS ESTADOS … · ITEM 4.A. COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS.....76 ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS ... e para os 3 últimos

  • Upload
    phamdan

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION

DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Washington, D.C. 20549

FORMULÁRIO 20F

TERMO DE REGISTRO DE ACORDO COM O ARTIGO 12(b) OU (g) DA LEI DE VALORES

MOBILIÁRIOS DE 1934

OU

RELATÓRIO ANUAL DE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934, REFERENTE AO EXERCÍCIO SOCIAL FINDO EM 31 DE

DEZEMBRO DE 2013

OU

RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO DE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE

VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934

Referente ao período de transição de ______________ a __________________________

OU

RELATÓRIO “SHELL COMPANY” DE ACORDO COM O ARTIGO 13 OU 15(d) DA LEI DE

VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934

Data do evento que exige este relatório de “shell company”__________________________

Número de arquivo de comissão 00131317

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo–SABESP

(Denominação exata da Requerente conforme especificado em seu estatudo social)

Basic Sanitation Company of the State of São Paulo-SABESP

(Tradução da denominação da Requerente para o inglês)

República Federativa do Brasil

(Jurisdição de Constituição)

Rua Costa Carvalho, 300

05429-900 São Paulo, SP, Brazil

(Endereço da sede)

Rui de Britto Álvares Affonso

[email protected]

(+55 11 3388 8247)

Rua Costa Carvalho, 300 05429-900 São Paulo, SP, Brazil

Valores mobiliários registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(b) da Lei:

Nome de cada classe

Denominação de cada bolsa em que está

registrado

Ações Ordinárias(1)

, sem valor nominal Bolsa de Valores de Nova York*

American Depositary Shares, evidenciadas por American

Depositary Receipts, cada qual representativo de 1 Ação

Ordinária(2)

Bolsa de Valores de Nova York

(1) Em 22 de abril de 2013, nossos acionistas aprovaram desdobramento de ações, segundo o qual cada ação ordinária passou a representar três novas ações ordinárias. (2) Até 23 de janeiro de 2013, cada American Despositary Share (ADS) representava duas ações ordinárias. A partir de 24 de janeiro de 2013,

cada American Depositary Share representa uma ação ordinária.

* Não para fins de negociação, mas apenas em relação ao registro de American Depositary Shares de acordo com as

exigências da Securities and Exchange Commission.

i

Valores mobiliários registrados ou a serem registrados de acordo com o Artigo 12(g) da Lei: Nenhum

Valores mobiliários em relação aos quais existe obrigação de prestação de informações de acordo com o Artigo

15(d) da Lei: Nenhum

Indicar o número de ações em circulação de cada classe de ações ou ações ordinárias da emitente no fechamento do

período coberto pelo relatório anual.

683.509.869 PARTES DE AÇÕES ORDINÁRIAS

Indicar, assinalando o quadrado apropriado, se a requerente for uma “well-known seasoned issuer” (emissor

experiente bem-conhecido) conforme definida na Regra 405 do Securities Act.

SIM NÃO

Se este relatório for um relatório anual ou de transição indicar, assinalando o quadrado apropriado, se a requerente

não estiver obrigada a apresentar relatórios nos termos do Artigo 13 ou do Artigo 15(d) do Securities Exchange Act

de 1934.

SIM NÃO

Indicar, assinalando o quadrado apropriado, se a requerente (1) apresentou todos os relatórios exigidos pelo Artigo

13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 no período anterior a 12 meses (ou período menor no qual a

requerente estava obrigada a arquivar tais relatórios) e (2) esteve sujeita a exigências de arquivamento nos últimos

90 dias.

SIM NÃO

Indicar, assinalando o quadrado apropriado, se a requerente entregou eletronicamente e postou em seu website

corporativo, se houver, cada Arquivo de Dados Interativos que devem ser entregues e postados de acordo com a

Regra 405 do Regulamento S-T (Parágrafo 232.405 deste capítulo) no período anterior a 12 meses (ou período

menor no qual a requerente estava obrigada a entregar e postar esses arquivos.)

SIM NÃO

Indicar, assinalando o quadrado apropriado, se a requerente é um “large accelerated filer”, um “accelerated filer” ou

um “non-accelerated filer”. Vide a definição de “Accelerated filer e large accelerated filer” na Regra 12b-2 do

Exchange Act. (Assinale um quadrado):

LARGE ACCELERATED FILER ACCELERATED FILER NON-ACCELERATED FILER

Indicar, assinalando o quadrado apropriado, qual a base contábil utilizada pela requerente para elaborar suas

demonstrações financeiras incluídas neste arquivamento:

U.S. GAAP INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS AS ISSUED BY THE

INTERNATIONAL ACCOUNTING STANDARDS BOARD OUTRA

Se “Outra” foi assinalado em resposta à questão anterior, indicar assinalando o quadrado apropriado qual item das

demonstrações financeiras a requerente optou por seguir.

ITEM 17 ITEM 18

Se este for um relatório anual, indicar assinalando o quadrado apropriado se a requerente é uma “shell company”,

conforme definida na Regra 12b-2 do Exchange Act.

SIM NÃO

ii

Sumário

PARTE I ........................................................................................................................................................................ 5

ITEM 1. IDENTIDADE DOS CONSELHEIROS, DA DIRETORIA E DOS ASSESSORES E

CONSULTORES....................................................................................................................................... 5 ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO ........................................ 5 ITEM 3. INFORMAÇÕES ESSENCIAIS ............................................................................................. 5 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA ........................................................................ 25 ITEM 4.A. COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS ........................................................................ 76 ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS.......................... 77 ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS ...................................................... 102 ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ......... 112 ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................................................... 120 ITEM 9. OFERTA E LISTAGEM ..................................................................................................... 124 ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS .......................................................................................... 126

ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE MERCADO144 Risco de Mercado..................................................................................................................................................... 144 ITEM 12. DESCRIÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO TÍTULOS DE PARTICIPAÇÃO

SOCIETÁRIA .......................................................................................................................................................... 147 A. Títulos de Dívida ................................................................................................................................................ 147

PARTE II ............................................................................................................................................... 149 ITEM 13. INADIMPLEMENTOS, DIVIDENDOS EM MORA E ATRASOS ................................................ 149 ITEM 14. MODIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS DOS DIREITOS DOS DETENTORES DE VALORES

MOBILIÁRIOS E DESTINAÇÃO DE RECURSOS ............................................................................................... 149 ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS .............................................................................. 149

ITEM 16 [RESERVADO] .................................................................................................................................... 151 ITEM 16A. ESPECIALISTA EM FINANÇAS DO COMITÊ DE AUDITORIA ................................ 151 ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA ......................................................................................................... 152 ITEM 16C. PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE AUDITORIA ...................................... 152 ITEM 16D. ISENÇÕES DOS PADRÕES DE LISTAGEM PARA COMITÊS DE AUDITORIA ...... 153 ITEM 16E. COMPRAS DE TÍTULOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA POR EMISSORES E

COMPRADORES AFILIADOS ........................................................................................................... 153 ITEM 16F. MUDANÇA DOS AUDITORES INDEPENDENTES DA REQUERENTE .................... 153 ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA .............................................................................. 153 PARTE III ............................................................................................................................................. 156

ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................................................................................... 156 ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................... 156 ITEM 19. ANEXOS.......................................................................................................................... 157 ASSINATURAS .................................................................................................................................... 159

1

APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES

GERAL

Mantemos nossos livros e registros em Reais. Elaboramos nossas demonstrações financeiras de acordo

com os International Financial Reporting Standards, ou IFRS, conforme editados pelo International

Accounting Standards Board, ou IASB. Nossas demonstrações financeiras referentes aos exercícios findos em

31 de dezembro de 2013 e 2012, e para os 3 últimos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 foram

auditadas, conforme declarado no relatório anexo ao presente, e estão incluídas neste relatório anual no

Formulário 20-F.

Nossas demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram

reapresentadas, como resultado da adoção, a partir de 1º de janeiro de 2013, de duas novas normas emitidas

pelo IASB: IAS 19 (Benefícios a empregados – revisada em 2011) e IFRS 11 (Negócios em conjunto). Estes

novos pronunciamentos foram aplicados retrospectivamente em 2012 e 2011 em conformidade com o IAS 8

(Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificações de Erro) para fins de comparação. A adoção

dessas novas normas contábeis impactou vários itens de nossas demonstrações financeiras. Um desses

impactos refere-se ao método de contabilização de empresas controladas em conjunto (“joint-ventures”), que

agora são reconhecidos usando o método de equivalência patrimonial ao invés do método de consolidação

proporcional utilizado antes da adoção do IFRS 11. Vide nota 4.1 das nossas demonstrações financeiras para

uma descrição desses pronunciamentos e os impactos em nossas demonstrações financeiras.

CONVERSÕES DE CONVENIÊNCIA

Alguns dos montantes expressos em reais neste relatório anual foram convertidos para dólares norte-

americanos. A taxa de conversão utilizada para tanto, no que se refere ao exercício findo em 31 de dezembro

de 2013, foi de R$2,3426 por US$1,00, taxa comercial de compra de dólares norte-americanos vigente em 31

de dezembro de 2013, conforme divulgado pelo Banco Central. As informações apresentadas neste relatório

anual pelo equivalente em dólares norte-americanos são fornecidas exclusivamente para servir à conveniência

do leitor, e não devem ser interpretadas como alusão implícita de que os montantes em reais representem, ou

que possam ser, ou pudessem ter sido convertidos, em dólares norte-americanos à taxa acima. Vide “Item 3.A.

Informações Financeiras Selecionadas – Taxas de Câmbio” para informações mais detalhadas relativas ao

sistema de câmbio brasileiro e aos dados históricos sobre a taxa de câmbio do real em relação ao dólar norte-

americano.

ARREDONDAMENTO

Alguns percentuais e números incluídos neste relatório anual foram arredondados. Consequentemente, os

valores indicados como totais em algumas tabelas podem não ser a soma aritmética dos números que os

precedem.

OUTRAS INFORMAÇÕES

Neste relatório anual, a menos que o contexto indique diversamente, menções a “nós”, “nos”, “nossa”,

“Companhia” ou “SABESP” se referem à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo –

SABESP.

Além disso, as referências a:

“real”, “reais” ou “R$” são relativas ao Real, moeda oficial do Brasil;

“dólares norte-americanos”, “dólar norte-americano” ou “US$” são relativas ao Dólar norte-

americano, moeda oficial dos Estados Unidos;

“Brasil” são relativas à República Federativa do Brasil;

“Estado” são relativas ao Estado de São Paulo, que é também nosso acionista controlador;

2

“governo federal” e “governo do Brasil” são relativas ao governo federal da República Federativa do

Brasil, e “Governo do Estado” são relativas ao governo do Estado de São Paulo;

“região metropolitana de São Paulo” são relativas à área de operação da Diretoria Metropolitana, que

compreende 37 municípios, incluindo a cidade de São Paulo;

“sistemas regionais” – são relativas à área de operação da Diretoria de Sistemas Regionais,

compreendendo 326 municípios do interior e do litoral do Estado de São Paulo;

“índice de abastecimento de água” são relativos ao número de domicílios conectados à rede de

abastecimento de água dividido pelo número de domicílios urbanos em uma determinada área; e

“índice de cobertura de esgoto” são relativas ao número de domicílios conectados à rede de coleta de

esgoto dividido pelo número de domicílios urbanos em uma determinada área.

As informações contidas neste relatório anual, a respeito a litros, volumes de água e de esgoto, número de

funcionários, quilômetros, ligações de água e de esgoto, população atendida, produtividade operacional, taxa

de produção de água, redes de esgoto (em quilômetros), numero de economias e investimentos em programas

de melhoria não foram auditadas.

Fornecer Informações de Mercado

Fazemos afirmações neste relatório anual a respeito de nossa participação de mercado e de outras

informações relativas ao Brasil e ao setor em que operamos. Essas afirmações são feitas com base em

informações obtidas de fontes externas e informações públicas disponíveis que acreditamos ser confiáveis,

tais como informações e relatórios do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e da SEADE

(Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), entre outros. Não temos motivos para acreditar que

quaisquer dessas informações são incorretas em qualquer aspecto relevante.

Referências à população urbana e à população total neste relatório anual são estimadas com base em

pesquisa preparada pela SEADE, denominada “Projeções para o Estado de São Paulo - População e

Domicílios até 2025”.

Nossos Contratos e Municípios que Prestamos Serviços

Ao longo deste documento, nos referimos aos 363 municípios que prestamos serviços de manutenção e

aos nossos 365 contratos de fornecimento de água. Esta diferença resulta do fato de que temos dois contratos

parciais de fornecimento de água com o município de Mogi das Cruzes. Esses contratos são parciais porque

em relação aos mesmos atendemos apenas dois bairros desse município e, como resultado, não incluímos

Mogi das Cruzes, no total de municípios para os quais prestamos serviços.

3

ADVERTÊNCIAS SOBRE CONSIDERAÇÕES ACERCA DE EXPECTATIVAS PARA O FUTURO

O presente relatório anual inclui considerações acerca de expectativas para o futuro, principalmente nos

Itens 3 a 5 abaixo. Baseamos nossas considerações acerca do futuro, em grande parte, em nossas expectativas,

estimativas e projeções atuais sobre acontecimentos futuros e tendências financeiras que influenciam nossos

negócios. As considerações acerca do futuro adotam pressuposições e estão sujeitas a riscos e incertezas que

incluem, entre outros, fatores:

conjuntura econômica, política, demográfica ou de outra natureza no Brasil e em outros mercados

emergentes;

mudanças nas leis e regulamentos aplicáveis, assim como a edição de novas leis e regulamentos,

inclusive a respeito de questões ambientais e fiscais ou assuntos relativos a emprego e trabalho no

Brasil;

flutuações nos índices de inflação, nas taxas de juros e taxas de câmbio no Brasil;

interesses do nosso acionista controlador;

nossa capacidade de cobrar valores devidos à nossa empresa por nosso acionista controlador e pelos

municípios;

nossa capacidade de continuar a utilizar determinados reservatórios sob os mesmos termos e

condições atuais

nosso programa de investimento e demais necessidades de liquidez e de recursos de capital;

estiagens, escassez de água, precipitações intensas ou outras condições climáticas;

nossa exposição a provável intensificação na ocorrência de condições climáticas extremas;

escassez de energia elétrica, racionamento no fornecimento de energia, ou mudanças substanciais nas

tarifas de energia;

os efeitos do contrato que celebramos com o Estado e o município de São Paulo, para prestação de

serviços de fornecimento de água e esgoto na cidade de São Paulo;

a inexistência de contratos formais entre a nossa empresa e alguns municípios para os quais

prestamos serviços de água e esgoto, incluindo cidades que compõem as regiões metropolitanas, e o

fato de o Estado e os municípios compartilharem a titularidade desses serviços;

a faculdade que têm os municípios de rescindir nossas atuais concessões antes dos respectivos

términos e nossa capacidade de renovar esses contratos;

nossa capacidade de fornecer serviços de água e de esgoto em outros municípios e de manter o

direito de prestar os serviços para os quais atualmente temos contratos;

tamanho e crescimento da nossa base de clientes;

nossa capacidade de cumprir com os requisitos no que diz respeito aos níveis de serviço de água e

esgoto exigidos em nossos contratos com os municípios;

nosso nível de endividamento e limitações da nossa capacidade de contrair dívidas adicionais;

nossa capacidade de acesso a financiamentos em termos favoráveis no futuro;

4

custos relativos à observância das leis ambientais e potenciais multas decorrentes da inobservância

de tais leis;

o resultado final de ações judiciais atuais e futuras;

as expectativas e estimativas da administração de nossa empresa quanto ao nosso desempenho

financeiro futuro;

as regulamentações expedidas pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São

Paulo – ARSESP, a respeito de diversos aspectos das nossas atividades, inclusive limitações à nossa

capacidade de estabelecer e reajustar tarifas;

os impactos do programa de incentivo a redução de consumo de água no nosso negócio e outras

medidas que nós poderemos ser obrigados a tomar até que o nível dos nossos reservatórios seja

normalizado e suficiente para atender os consumidores da Região Metropolitana de São Paulo;

decisões pelo Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo (DAEE) e da Agência

Nacional de Águas (ANA) limitando o volume de captação de água dos sistemas de água que

utilizamos para abastecer a região metropolitana de São Paulo e as medidas que possam ser tomadas

para garantir fornecimento de água para nossos consumidores; e

outros fatores de risco previstos no “Item 3.D ― Fatores de Risco”.

As palavras “acredita”, “poderá”, “estima”, “continua”, “prevê”, “planeja”, “pretende”, “espera”, e

palavras semelhantes são usadas para identificar considerações acerca de expectativas para o futuro. Em vista

desses riscos e incertezas, os acontecimentos e circunstâncias prospectivos tratados no presente relatório anual

poderão não se confirmar. Nossos resultados efetivos poderão diferir substancialmente daqueles previstos em

nossas considerações acerca de expectativas para o futuro. Considerações acerca de expectativas para o futuro

referem-se tão somente ao momento em que são feitas e nós não assumimos qualquer obrigação de atualizar

ou rever qualquer delas, seja em consequência de novas informações, de eventos futuros ou outros, a menos

que isso seja exigido por lei. Nenhuma dessas considerações acerca do futuro constitui indicação de

desempenho futuro, e todas envolvem riscos.

5

PARTE I

ITEM 1. IDENTIDADE DOS CONSELHEIROS, DA DIRETORIA E DOS ASSESSORES E

CONSULTORES

Não se aplica.

ITEM 2. ESTATÍSTICAS DA OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO

Não se aplica.

ITEM 3. INFORMAÇÕES ESSENCIAIS

A. Informações Financeiras Selecionadas

As seguintes informações financeiras selecionadas devem ser lidas em conjunto com nossas

demonstrações financeiras (incluindo as respectivas notas explicativas), “Item 5. Análise e Perspectivas

Operacionais e Financeiras” e “Apresentação das Informações Financeiras e Outras Informações”.

Os dados financeiros selecionados de 31 de dezembro de 2013 e 2012 e para os exercícios findos em 31

de dezembro de 2013, 2012 e 2011 foram extraídos de nossas demonstrações financeiras, elaboradas de

acordo com os IFRS e incluídos neste relatório anual. Conforme descrito acima e em maiores detalhes na nota

4.1 das nossas demonstrações financeiras auditadas, as nossas demonstrações financeiras para os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram reapresentadas como resultado da adoção retrospectiva de

certas novas normas contábeis. Os dados financeiros selecionados para os exercícios findos em 31 de

dezembro de 2010 e 2009 foram extraídos de nossas demonstrações financeiras, elaboradas de acordo com os

IFRS e não incluídas neste relatório anual. Pelo fato destas demonstrações financeiras e os dados financeiros

extraídos não terem sido ajustados para refletir a adoção dos novos pronunciamentos descritos acima, os

mesmos não são comparáveis com as demonstrações financeiras e os dados financeiros extraídos para os

exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 (vide nota 4.1 das nossas demonstrações

financeiras).

Incluímos informações com relação aos dividendos e/ou juros sobre o capital próprio pagos aos

detentores de ações ordinárias desde 1 de Janeiro de 2009, em reais e em dólares norte-americanos

convertidos de reais à taxa de venda no mercado comercial em vigor na da data de pagamento, sob o título

“Item 8. Informações Financeiras—Dividendos e Política de Dividendos—Pagamento de Dividendos”.

As tabelas a seguir contêm um resumo das nossas informações financeiras em cada um dos períodos

indicados.

Sumario das Informações

Financeiras em IFRS

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2013 2012(3)

2011(3)

2010(4)

2009(4)

(em milhões de dólares norte-

americanos)

(em milhões de reais, exceto os dados por

ação e por ADS(1)

)

Dados da demonstração de

resultado:

Receita operacional líquida .................................................... 4.830,3 11.315,6 10.737,6 9.927,4 9.231,0 8.579,5

Custo das vendas e serviços ................................................... (2.909,7) (6.816,3) 6.449,9 (6.018,7) (5.194,5) (5.087,3)

Lucro bruto ............................................................................. 1.920,6 4.449,3 4.287,7 3.908,7 4.036,5 3.492,2

Despesas com vendas ............................................................. (272,0) (637,1) (697,3) (619,3) (712,9) (614,4)

Despesas administrativas ........................................................ (311,2) (729,1) (717,4) (683,6) (653,2) (717,1)

Lucro operacional ................................................................... 1.339,9 3.138,8 2.843,3 2.512,0 2.672,2 2.120,3

Receita financeira (despesa),

líquida ................................................................................. (206,3)

(483,2)

(295,7) (633,0) (379,4) (10,0)

Lucro Líquido ......................................................................... 821,1 1.923 1.911,9 1.380,9 1.630,5 1.507,7

6

Sumario das Informações

Financeiras em IFRS

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2013 2012(3)

2011(3)

2010(4)

2009(4)

(em milhões de

dólares norte-americanos)

(em milhões de reais, exceto os dados por

ação e por ADS(1)

)

Ganhos por ação ― básico e

diluído(2) ............................................................................ 1,20

2,81

2,80 2,02 2,39 2,21

Ganhos por ADS – básico e

diluído (2)(*) ....................................................................... 1,20

2,81 2,80 2,02 2,39 2,21

Dividendos e juros sobre o

capital próprio por ação(2) .................................................. 0,29 0,67 0,66 0,43 0,57 0,58

Dividendos e juros sobre o

capital próprio por ADS

(2)(3) ................................................................................... 0,29

0,67 0,66 0,43 0,57 0,58

Média ponderada da

quantidade de ações

ordinárias em circulação(2) ................................................. 683.509.869 683.509.869 683.509.869 683.509.869 683.509.869 683.509.869

______________

(1) American Depositary Shares, ou ADS.

(2) Em 22 de abril de 2013, nossos acionistas aprovaram a divisão de ações, onde cada ação ordinária

representa três novas ações ordinárias. Portanto, as informações por ação nos dados financeiros

selecionados foram revisadas para dar efeito à divisão de ações, retrospectivamente, a todos os períodos

apresentados.

(3) Os dados financeiros para 2012 e 2011 foram reapresentados como resultado da aplicação do IAS 19 -

Benefícios a Empregados (revista em 2011) e IFRS 11 – Negócios em Conjunto, conforme descrito na

nota 4.1 de nossas demonstrações financeiras. Com relação ao IAS 19 - Benefícios a Empregados, o

principal ajuste é a mudança no método de registro contábil dos ganhos e perdas atuariais, tais que as

diferenças acumuladas entre as estimativas atuariais e obrigações reais são reconhecidas em outros

resultados abrangentes quando ocorrem. Com relação ao IFRS 11 – Negócios em Conjunto, os resultados

das controladas em conjunto (“joint-ventures”) Sesamm – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim S/A,

Águas de Andradina, Águas de Castilho, Saneaqua Mairinque, Aquapolo Ambiental e Attend Ambiental

são reconhecidos usando o método da equivalência patrimonial em 2013, 2012 e 2011, ao invés da

consolidação proporcional, como anteriormente.

(4) Os dados financeiros para 2010 e 2009 não foram reapresentados em aplicação do IAS 19 - Benefícios a

Empregados (revista em 2011) e IFRS 11 – Negócios em Conjunto, descritos na nota 4.1 de nossas

demonstrações financeiras. Em particular, os dados para 2010 e 2009 refletem os resultados das joint-

ventures Sesamm – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim S/A, Águas de Andradina, Águas de

Castilho, Saneaqua Mairinque, Aquapolo Ambiental e Attend Ambiental através da consolidação

proporcional em 2010 e 2009, ao contrário do método de equivalência patrimonial aplicável em 2013,

2012 e 2011.

(*) Em 10 de janeiro de 2013, a proporção de American Depositary Receipts (“ADRs”), para ações

ordinárias mudou de 1:2 para 1:1. Ajustamos o lucro por ADS e dividendos e juros sobre o capital

próprio por ADS para anos anteriores para fins de comparação na tabela acima.

7

Em 31 de dezembro de

2013 2013 2012(3)

2011(3)

2010(4)

2009(4)

(em milhões de dólares

norte-

americanos)

(em milhões de reais)

Dados do balanço patrimonial

Propriedade, instalações e

equipamentos ................................................. 85,2 199,5 196.7 181,6 249,6 190,4

Ativos intangíveis .......................................... 10.179,4 23.846,2 21.967,5 20.125,7 18.546,8 16.917,5

Total dos ativos ............................................. 12.069,6 28.274,3 26.476.1 24.983,2 23.350,6 20.243,1

Parcela corrente de Empréstimos e

financiamento de longo prazo ....................... 273,6 640,9 1,342.6 1.629,2 1.242,1 1.009,9

Empréstimos e financiamento de

longo prazo .................................................... 3.760,4 8.809,1 7,532.7 6.794,1 7.022,5 5.548,0

Juros sobre o capital próprio a pagar ............. 195,1 457,0 414.4 247,5 354,3 365,4

Total do passivo............................................. 6.549,8 15.343,5 15,219.4 14.438,3 13.668,8 11.804,5

Patrimônio Líquido ........................................ 5.519,9 12.930,8 11,256.8 10.544,9 9.681,8 8.438,6

Capital social ................................................. 2.648,2 6.203,7 6,203.7 6.203,7 6.203,7 6.203,7

Outras Informações Financeiras ................

Caixa proveniente das atividades

operacionais ................................................... 1.185,9 2.777,2 2,343.2 2.698,6 2.083,0 2.072,5

Caixa utilizado em atividades de

investimento .................................................. (973,9) (2.281,5) (1,996.7) (1.883,2) (2.091,4) (1.964,0)

Caixa proveniente de (usado em)

atividades de financiamento .......................... (268,8) (629,7) (572.7) (661.3) 1.226,5 36,9

Compra de ativos intangíveis, e

imobilizados, conforme apresentado

em nossa demonstração de fluxo de

caixa .............................................................. (997,1) (2.335,8) (2,026.1) (2.268,8) (1.901,5) (1.982,4)

Dados operacionais

Exercícios findos em 31 de dezembro de

2013 2012 2011 2010 2009

Número de ligações de água (em

milhares) ........................................................

7.888 7.679 7.481 7.295 7.118

Número de ligação de esgoto (em

milhares) ........................................................

6.340 6.128 5.921 5.718 5.520

Percentual da população com

ligação de água ..............................................

99 99 99 99 99

Percentual da população com

ligação de esgoto ...........................................

84 83 82 81 80

Percentual de esgoto tratado (5) .................... 78 77 76 75 74

Volume faturado de água durante o

período (em milhões de metros

cúbicos) .........................................................

2.149 2.094 2.045 1.992 1.917

Índice de perdas de faturamento de

água no período (média) (6) ..........................

24,4 25,7 25,6 26,0 26,0

Índice de perdas de água no período

(média) (6) ..................................................... 31.2 31.1 32.0 32.3 32.4

Perda de água por ligação por dia

(média) (7) ..................................................... 372 393 395 403 402

Número de funcionários ................................ 15.015 15.019 14.896 15.330 15.103

8

______________

(5) Esgoto tratado como percentual do esgoto coletado

(6) Inclui perdas físicas e não-físicas de água. O índice de perdas de faturamento representa o quociente entre

(i) a diferença entre (a) o volume total de água que produzimos menos (b) o volume total de água que

faturamos aos consumidores menos (c) o volume de água descrito abaixo que excluímos dos nossos

cálculos de perdas de água, dividida por (ii) o volume total de água produzido por nós. O índice de perdas

de água representa o quociente entre (i) a diferença entre (a) o volume total de água que produzimos

menos (b) o volume total de água que micromedimos na entreaga aos consumidores menos (c) o volume

de água descrito abaixo que excluímos dos nossos cálculos de perdas de água, dividida por (ii) o volume

total de água produzido por nós.

Excluímos do nosso cálculo de perdas de água o seguinte: (i) água utilizada para manutenção periódica

de adutoras e reservatórios de água; (ii) água fornecida para uso de municípios, como por exemplo, para

combate a incêndios; (iii) água consumida por nós em nossos estabelecimentos; e (iv) perdas de água

estimadas associadas à água fornecidas a favelas.

(7) Medida em litros/ligações por dia, de acordo com o método de mensuração de perdas de água, baseada na

prática mundial do mercado para o setor. Vide “Item 4.B. Visão Geral das Atividades—Descrição de

Nossas Atividades – Operações de Água —Perdas de Água.”

Taxas de Câmbio

No passado, o Conselho Monetário Nacional, ou CMN, promoveu mudanças no regime cambial vigente,

tais como a unificação dos mercados de taxas livres (também conhecidas como “comerciais”) e taxas

flutuantes, ou a flexibilização das regras para a compra de moeda estrangeira por pessoas residentes no Brasil,

entre outras. Em 24 de março de 2010, o CMN e o Banco Central aprovaram a Deliberação nº 3.844, o que

levou a uma série de medidas para consolidar e simplificar a regulamentação do mercado de câmbio no

Brasil.

O sistema cambial brasileiro permite a qualquer pessoa física ou jurídica comprar ou vender moeda

estrangeira ou realizar transferências internacionais em reais, independentemente da quantidade, mas sujeito a

certos procedimentos regulatórios.

A moeda brasileira sofreu frequentes e substanciais variações em relação ao dólar norte-americano e a

outras moedas estrangeiras nas últimas décadas. Entre 2003 e meados de 2008, o real valorizou de forma

significativa frente ao dólar com a taxa de câmbio alcançando R$1,634 em agosto de 2008. Principalmente

como resultado da crise financeira global, o real desvalorizou 32,0% perante o dólar norte-americano ao longo

de 2008, fechando o ano a R$2,337 por US$ 1,00. O real valorizou novamente 25,5% em 2009 e 4,3% em

2010, mas desvalorizou em relação ao dólar norte-americano em 12,6% em 2011, 8,94% em 2012 e 14,63%

em 2013. Em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, a cotação do real para dólar norte-americano era de

R$2.3426, R$2,0435 and R$1,8758 por US$1,00, respectivamente.

O Banco Central intervém ocasionalmente no mercado para controlar a instabilidade das taxas de câmbio.

Não é possível prever se o Banco Central ou o governo brasileiro continuarão a permitir que o real flutue

livremente ou se irão intervir na taxa de câmbio através de um sistema de banda cambial ou por outro meio. O

real poderá flutuar substancialmente em relação ao dólar no futuro. Para mais informações sobre esse risco,

vide “Item 3.D. Fatores de Risco — Riscos Relativos ao Brasil — A instabilidade cambial pode afetar

negativamente a Companhia e o preço de mercado das nossas ações ordinárias ou ADSs”.

As flutuações na taxa de câmbio afetarão o equivalente em dólares norte-americanos ao preço das nossas

ações ordinárias em reais na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&FBOVESPA), bem como o

equivalente em dólares de quaisquer distribuições que façamos em reais em relação às nossas ações

ordinárias.

9

As tabelas a seguir mostram a taxa de venda, expressa em reais por dólar norte-americano (R$/US$), para

os períodos indicados.

R$por US$1,00

Exercício findo em 31 de dezembro de Final do

exercício

Média(1)

Alta Baixa

2009......................................................... 1,7412 1,9935 2,4218 1,7024

2010......................................................... 1,6662 1,7593 1,8811 1,6554

2011......................................................... 1,8758 1,6746 1,9016 1,5345

2012......................................................... 2,0435 1,9550 2,1121 1,7024

2013......................................................... 2,3426 2,1605 2,4457 1,9528

R$por US$1,00

Mês findo Período findo Média(1)

Alta Baixa

31 de outubro de 2013 2,2026 2,1886 2,2123 2,1611

30 de novembro de 2013 2,3249 2,2954 2,3362 2,2426

31 de dezembro e 2013 2,3426 2,3455 2,3817 2,3102

31 de janeiro de 2014 2,4263 2,3822 2,4397 2,3335

28 de fevereiro de 2014 2,3334 2,3837 2,4238 2,3334

31 de março de 2014 2,2630 2,3261 2,3649 2,2603

16 de abril de 2014 2,2342 2,2310 2,2811 2,1974

______________

Fonte: Banco Central

(1) Média das taxas de câmbio no último dia de cada período.

As tabelas a seguir mostram a taxa de venda, expressa em reais por Iene japonês (R$/¥ 1,00):

R$por ¥ 1,00

Exercício findo em 31 de dezembro de Final do

exercício

Média(1)

Alta Baixa

2009............................................................ 0,0188 0,0213 0,0268 0,0186

2010............................................................ 0,0205 0,0201 0,0212 0,0183

2011............................................................ 0,0243 0,0211 0,0249 0,0186

2012 ........................................................................... 0,0237 0,0245 0,0263 0,0211

2013 0,0223 0,0221 0,0248 0,0196

R$por ¥ 1,00

Mês findo Período findo Média Alta Baixa

31 de outubro de 2013 ............................................... 0,0224 0,0224 0,0228 0,0219

30 de novembro de 2013 .......................................... 0,0227 0,0229 0,0235 0,0225

31 de dezembro de 2013 ............................................ 0,0223 0,0227 0,0233 0,0223

31 de janeiro de 2014 ................................................ 0,0237 0,0229 0,0239 0,0224

28 de fevereiro de 2014 ............................................. 0,0224 0,0233 0,0238 0,0228

31 de março de 2014 ................................................. 0,0219 0,0277 0,0233 0,0219

16 de abril de 2014 0,0218 0,0217 0,0219 0,0215

Fonte: Banco Central

(1) Média das taxas de câmbio no último dia de cada mês.

10

B. Capitalização e Individamento

Não se aplica.

C. Motivos da Oferta e Destinaçao dos Recursos

Não se aplica.

D. Fatores de Risco

Riscos Relacionados ao Brasil

O governo brasileiro exerceu, e continua a exercer, influência significativa sobre a economia

brasileira. Tal influência, bem como a situação política e econômica do Brasil, pode afetar adversamente

nossa Companhia e o preço de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs.

O governo brasileiro intervém frequentemente na economia brasileira e ocasionalmente introduz

mudanças significativas nas políticas e regulamentos. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação

e outras políticas e regulamentos muitas vezes envolveram, entre outras medidas, mudanças nas taxas de

juros, políticas fiscais, controles de preços e tarifas, desvalorização ou apreciação da moeda, controles de

capital e limites nas importações. Nossas operações comerciais, condição financeira e resultados das

operações, bem como o preço de nossas ações ordinárias ou ADSs, podem ser adversamente afetados por

mudanças na política pública em nível federal, estadual e municipal, referentes a tarifas públicas e controles

de câmbio, bem como de outros fatores, tais como:

o ambiente regulatório que afeta nossas operações comerciais e contratos de concessão;

taxas de juros;

taxas de câmbio e controle ou restrições cambiais nas remessas para o exterior;

flutuações da moeda;

inflação;

liquidez no mercado doméstico financeiro e de capitais e mercado de empréstimos;

política fiscal e regime tributário e leis;

instabilidade econômica e financeira; e

outros eventos de natureza política, social, diplomática e econômica que ocorram no ou possam

afetar o Brasil.

Por exemplo, o governo brasileiro pode mudar a sua política fiscal, como alterar as alíquotas ou impor

tributos temporários. Se os impostos gerais são aumentados, podemos não ser capazes de repassar

imediatamente a diferença aos nossos consumidores, o que pode ter um efeito adverso sobre nossa condição

financeira e resultados das operações.

A incerteza quanto à implementação de mudanças promovidas pelo governo com relação a políticas ou

normas que venham a afetar esses ou outros fatores pode contribuir para a incerteza econômica no Brasil e o

aumento da volatilidade do mercado de valores mobiliários do Brasil e dos valores mobiliários emitidos no

exterior por emissores brasileiros, o que poderá ter um efeito adverso significativo sobre nós, nossas ações

ordinárias e nossas ADSs.

11

A inflação e os esforços do governo para combater a inflação podem contribuir para a incerteza

econômica no Brasil e podem afetar negativamente a Companhia e o preço de mercado das nossas ações

ordinárias e ADSs.

O Brasil vivenciou altas taxas de inflação no passado. A inflação e as medidas do governo brasileiro para

combater a inflação tiveram efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira, contribuindo para a

incerteza econômica e o aumento da volatilidade no mercado de valores mobiliários brasileiro. As medidas do

governo brasileiro para controlar a inflação frequentemente têm incluído a manutenção de política monetária

restritiva com altas taxas de juros, restringindo assim a disponibilidade de crédito e reduzindo o crescimento

econômico. O Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, a taxa oficial de juros overnight no Brasil,

chegou a 9,90%, 7,14%, e 10,91% no final de 2013, 2012 e 2011, respectivamente, em linha com a taxa

estabelecida pelo Comitê de Política Monetária.

A taxa anual de inflação brasileira medida com base no Índice Geral de Preços―Mercado, ou IGP-M, em

2013, 2012 e 2011 foram de 5,51%, 7,81% e 5,1%, respectivamente. As ações do governo brasileiro,

incluindo a diminuição das taxas de juros, a intervenção no mercado de câmbio e ações para ajustar ou fixar o

valor do real podem desencadear aumentos das taxas inflacionárias. Se o Brasil novamente vivenciar altas

taxas de inflação, nossos custos e despesas poderão aumentar, sendo que podemos não ser capazes de

aumentar nossas tarifas para compensar os efeitos da inflação e nosso desempenho financeiro geral pode ser

negativamente afetado. Além disso, um aumento substancial da inflação poderá enfraquecer a confiança dos

investidores no Brasil, causando uma queda no preço de nossas ações ordinárias ou ADSs.

Além disso, no caso de um aumento da inflação, o governo brasileiro poderá optar por elevar as taxas de

juros oficiais. Aumentos nas taxas de juros não só afetam o nosso custo de captação, mas também podem ter

um efeito material adverso sobre a nossa empresa e sobre o preço de nossas ações ordinárias ou ADSs.

A instabilidade cambial pode afetar negativamente a Companhia e o preço de mercado das nossas

ações ordinárias ou ADSs”.

A moeda brasileira sofreu desvalorizações freqüentes e substanciais em relação ao dólar norte-americano

e outras moedas estrangeiras durante as décadas que antecederam a meados da década de 1990. Durante esse

período, o governo brasileiro implementou vários planos econômicos e políticas cambiais, incluindo

desvalorizações súbitas e mini-desvalorizações periódicas durante as quais a periodicidade de reajustes variou

entre diária e mensal, controles cambiais, mercados de câmbio múltiplos e regime de taxa de câmbio

flutuante. De tempos em tempos, desde esse período, flutuações significativas na taxa de câmbio entre o real

brasileiro e o dólar norte-americano e outras moedas continuaram ocorrendo. Por exemplo, em 2005, 2006 e

2007 o real valorizou 13,8%, 9,5% e 20,7%, respectivamente, frente ao dólar norte-americano. Em 2008,

principalmente como resultado da crise financeira global, o real desvalorizou 32,0% perante o dólar norte-

americano, fechando o ano a R$2,337 por US$ 1,00. O real ganhou força novamente em 25,5% em 2009 e

4,3% em 2010, mas desvalorizou em relação ao dólar norte-americano em 12,6% em 2011 e 8,94% em 2012 e

14,63% em 2013. Em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, a cotação do real para dólar norte-americano era

de R$2,343, R$2,043 e R$1,876 por US$1,00, respectivamente. Não é possível assegurar que o real não

perderá valor frente ao dólar no futuro. Em 16 de abril de 2014, a taxa de venda comercial reportada pelo

Banco Central foi de R$2,2342 por US$1,00.

A depreciação do real perante o dólar norte-americano pode gerar pressões inflacionárias no Brasil e

provocar aumentos nas taxas de juros, o que por sua vez pode afetar negativamente o crescimento da

economia brasileira como um todo e prejudicar nossa situação financeira e resultados operacionais, reduzir

nosso acesso aos mercados financeiros e induzir uma intervenção do governo, até mesmo provocando

políticas governamentais recessivas. A depreciação do real frente ao dólar norte-americano pode, também,

levar a uma redução do nível de consumo, a pressões deflacionárias e a uma contenção no crescimento da

economia como um todo.

Na hipótese de uma desvalorização significativa do real em relação ao dólar norte-americano ou outras

moedas, nossa capacidade de cumprir nossas obrigações em moeda estrangeira poderá ser adversamente

afetada, porque nossas receitas provenientes de tarifas e demais fontes de receita são exclusivamente

denominadas em reais. Ademais, uma vez que possuímos endividamento em moeda estrangeira, qualquer

12

desvalorização significativa do real durante um exercício aumentará nossas despesas financeiras em

decorrência das perdas cambiais que devemos registrar. Em 31 de dezembro de 2013 possuíamos dívida total

em moeda estrangeira no montante de R$3.698,6 milhões, e poderemos incorrer em valores significativos

adicionais de dívida em moeda estrangeira no futuro. Em 2013, os resultados de nossas operações foram

afetados negativamente pela desvalorização de 14,64% do real frente ao dólar-americano, e uma valorização

do real em relação ao iene em 5,91%, o que causou um impacto negativo de R$267.8 milhões em nosso

resultado de variação cambial. Não dispomos atualmente de quaisquer instrumentos derivativos em vigor

para nos proteger contra uma desvalorização do real em relação a qualquer moeda estrangeira. A

desvalorização do real pode afetar adversamente a Companhia e o preço de mercado das nossas ações

ordinárias ou ADSs.

Acontecimentos e a percepção de riscos em outros países, sobretudo nos Estados Unidos da América e

em países emergentes, podem prejudicar o valor de mercado dos valores mobiliários brasileiros, inclusive o

das nossas ações ordinárias ou ADSs.

O preço de mercado de valores mobiliários de emissão de companhias brasileiras é influenciado, de

diferentes maneiras, pelas condições econômicas e de mercado de outros países, incluindo os Estados Unidos,

países da América Latina e países emergentes. Embora as condições econômicas nesses países possam diferir

significativamente das condições econômicas no Brasil, as reações dos investidores aos acontecimentos

nesses outros países podem ter um efeito adverso sobre o preço dos títulos de emissores brasileiros. Crises em

outros países emergentes ou políticas econômicas de outros países podem reduzir o interesse do investidor em

títulos de emissores brasileiros, inclusive o nosso. Isso pode afetar adversamente o preço de nossas ações

ordinárias ou ADSs, e também pode tornar mais difícil para nós acessar os mercados de capitais e financiar

nossas operações no futuro, em termos aceitáveis ou absolutos.

A crise financeira global tem causado consequências significativas, inclusive no Brasil, como ações e

volatilidade do mercado de crédito, indisponibilidade de crédito, taxas de juros mais altas, uma desaceleração

geral da economia mundial, taxas de câmbio voláteis e pressões inflacionárias, entre outros, que têm e podem

continuar a afetar direta ou indiretamente, material e adversamente a nossa empresa e os preços dos valores

mobiliários emitidos por companhias brasileiras, incluindo nossas ações ordinárias e ADSs.

Riscos Relacionados ao Nosso Controle pelo Estado de São Paulo

Somos controlados pelo Governo do Estado de São Paulo, cujos interesses podem diferir dos interesses

dos acionistas minoritários, incluindo os detentores de ADSs.

Por ser nosso acionista majoritário, o Estado de São Paulo é quem determina nossas políticas e estratégias

operacionais e elege a maioria dos membros do nosso Conselho de Administração e nomeia nossa Diretoria.

Em 16 de abril de 2014, o Estado era titular de 50,3% das nossas ações ordinárias.

Tanto através do controle de nosso Conselho de Administração, como ao promulgar decretos estaduais,

no passado o Estado já direcionou nossa empresa a participar de negócios e realizar gastos que promoveram

objetivos políticos, econômicos ou sociais, mas que não necessariamente melhoraram nossa atividade

comercial e os resultados das operações. O Estado pode direcionar nossa companhia a agir desta maneira

novamente no futuro. Tais decisões por parte do Estado podem não ser do interesse dos nossos acionistas

minoritários, inclusive detentores de ADSs. Vide “Item 5.A. Análise e Perspectivas Operacionais e

Financeiras —Determinadas Operações com o Acionista Controlador”.

Após as eleições para o governo do Estado em 2010, o novo Governador indicou a Sra. Dilma Seli Pena

como nossa diretora-presidente em 2011 na reunião do Conselho de Administração de 27 de janeiro de 2011.

No final de março de 2014 o Sr. Alberto Goldman assumiu provisoriamente o cargo de presidente de nosso

conselho de administração. Na Assembleia de Acionistas que ocorrerá no dia 30 de abril de 2014 será eleito o

presidente de nosso conselho de administração para o mandato de dois anos. Futuras alterações na política por

parte do governo do Estado podem causar alterações em todos ou parte dos membros de nossa administração,

o que pode causar um efeito material adverso sobre nossos negócios e nos resultados operacionais.

13

O Estado e algumas entidades do Estado têm dívidas substanciais não pagas conosco. Não podemos

assegurar-lhe quando ou se o Estado irá nos pagar.

Historicamente, o Estado e algumas entidades estaduais atrasam o pagamento de quantias substanciais

devidas relacionadas a prestação de serviços de água e esgoto. Adicionalmente, o Estado nos deve alguns

valores significativos relacionados a reembolsos de pagamentos de aposentadorias e pensões especiais

exigidos pelo Estado, os quais efetuamos para alguns de nossos ex-empregados, e que o Estado é obrigado a

nos reembolsar. Em 31 de dezembro de 2013, o Estado nos devia R$ 63,9 milhões referentes aos serviços de

água e esgoto. No que diz respeito ao pagamento de aposentadorias em nome do Estado, temos em 31 de

dezembro de 2013 um saldo referente a parte incontroversa a ser reembolsado de R$ 179,1 milhões, e um

valor controverso e/ou disputa de R$ 1.412,5 milhão na mesma data. Nós não registramos esse valor

controverso a ser reembolsado devido à incerteza de pagamento por parte do Estado. Além disso, em 31 de

dezembro de 2013, tínhamos uma provisão para passivo atuarial no valor de R$1.780,3 milhão com relação a

futuros pagamentos de pensão e aposentadorias complementares pelos quais o Estado não acredita ser

responsável. Os valores devidos a nós pelo Estado para os serviços de água e esgoto, e reembolsos de pensões

pagas podem aumentar no futuro.

Celebramos acordos com o Estado para liquidar os montantes em atraso relacionados a serviços de água e

esgoto. Para uma descrição detalhada sobre esses contratos, ver “Item 7.B. Transações com Partes

Relacionadas, Acordos com o Estado de São Paulo” e Nota 9 de nossas demonstrações financeiras.

Não podemos assegurar quando ou se o Estado irá pagar os valores em atraso restantes que nos deve.

Devido ao histórico de pagamento do Estado pelos serviços de água e esgoto, e o fato de não nos reembolsar

de maneira oportuna pelos benefícios previdenciários pagos em seu nome, não podemos assegurar que o

montante de contas a receber devidas a nós pelo Estado e algumas entidades do Estado não aumentará

significativamente no futuro.

Além disso, alguns municípios e outras entidades governamentais também nos devem. Vide “—

”Podemos enfrentar dificuldades em cobrar os valores em atraso devidos a nós por municípios para os quais

fornecemos água por atacado e por entidades do governo municipal.”

Uma empresa controlada pelo Estado e que detém a concessão para geração de energia nos

reservatórios do Guarapiranga e Billings pretende nos obrigar a pagar indenizações pelo uso da água

destes reservatórios.

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia SA, ou EMAE, pretende nos obrigar a compensá-los

financeiramente pelo uso da água dos reservatórios de Guarapiranga e Billings, que eles vêem como uma

perda de energia que poderiam ter gerado e vendido. Portanto, a EMAE entrou com pedido para que nós a

compensemos. Caso as águas desses reservatórios não estivessem disponíveis para nosso uso, pode haver

necessidade de captar água em localidades mais distantes, havendo o risco de inviabilizar a prestação

adequada de nossos serviços na região, além de elevar o custo de captação.

O acionista majoritário de ambas as empresas (Sabesp e EMAE), o Estado de São Paulo, poderá exigir

uma solução para a disputa pela utilização das águas dos reservatórios Guarapiranga e Billings, que poderá

não atender aos nossos interesses resultando em efeitos negativos aos nossos negócios. Atualmente, o assunto

está em discussão judicial devido a vários recursos interpostos pela EMAE. No dia 10 de abril de 2014 nós

anunciamos através de Comunicado ao Mercado que estamos em tratativas com a EMAE com vistas a um

eventual futuro acordo. No entanto, até o presente momento, nenhum ajuste foi firmado nem qualquer outro

acordo foi celebrado entre as partes.

Adicionalmente, caso sejamos obrigados a realizar os pagamentos de crédito e compensação requeridos,

nossa posição de caixa e liquidez em geral poderá ser adversamente afetada.

14

Podemos ser requeridos a pagar valores substanciais pelo uso de reservatórios que não são de nossa

propriedade

Utilizamos os reservatórios Billings e Guarapiranga para fornecer serviços de água. Temos o direito de

utilizar água desses reservatórios de acordo com autorização do Departamento de Águas e Energia Elétrica do

Estado de São Paulo - DAEE. Não somos cobrados pela utilização desses reservatórios e não temos certeza se

continuaremos a ter a permissão de usar os reservatórios sem pagamento de taxas, ou qual seria a taxa se ela

nos fosse imposta.

É possível também que sejamos obrigados a pagar adicional de manutenção e custos operacionais pelo

uso dos reservatórios. Se formos obrigados a pagar taxas substanciais ou adicional de manutenção ou custos

operacionais para o uso desses reservatórios, poderemos sofrer um efeito material e adverso.

Riscos Relacionados às Nossas Atividades

A incerteza regulatória atual, especialmente no que diz respeito à aplicação e interpretação da Lei de

Saneamento Básico no Brasil, pode ter um efeito adverso sobre nossos negócios.

A Lei de Saneamento Básico nº 11.445, entrou em vigor no início de 2007, e embora o Decreto Federal

nº 7.217 (e modificações do Decreto Federal No. 8.211/14) tenha implementado uma primeira série de novos

princípios sob a Lei de Saneamento Básico, a plena implementação de suas disposições permanece sujeita a

regulamentações que ainda não foram publicadas pelo Governo Federal. Como resultado, atualmente, ainda

não podemos prever se haverá, e quais poderão ser os efeitos de tal Lei de Saneamento Básico sobre nossos

negócios e operações.

A Lei de Saneamento Básico obriga os Estados a criarem entidades reguladoras independentes, com a

responsabilidade de regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico, incluindo a regulação

tarifária. Em resposta, o Estado de São Paulo estabeleceu em 2007 a Agência Reguladora de Saneamento e

Energia do Estado de São Paulo – ARSESP, que regula e fiscaliza os serviços de saneamento básico que

fornecemos em municípios que se comprometeram a estar sob a jurisdição da ARSESP.

Em 2009, a ARSESP promulgou regras em relação ao seguinte: (i) termos e condições gerais para os

serviços de água e esgoto, (ii) procedimentos para a comunicação sobre qualquer falha nos nossos serviços,

(iii) as penas para deficiências na prestação de serviços de saneamento básico, e (iv) os procedimentos de

tratamento confidencial das informações pessoais de nossos clientes. A implementação desta e de outras

normas mais recentes impactará especialmente nosso processos comerciais e de operações, e pode nos afetar

adversamente de forma que não podemos atualmente prever. A implementação dessas regras começou em

2011 e deve continuar para os próximos anos. Para mais informações, consulte “Visão do Negócio—

Regulamentação Governamental—Promulgação de Regras da ARSESP”.

Em 2011, a ARSESP alterou o contrato padrão que somos obrigados a usar em nossos relacionamentos

com os clientes do varejo. Esta alteração exige que as faturas sejam enviadas para o consumidor do serviço,

em vez do proprietário do imóvel. Estimamos que essa mudança vá afetar os litígios em curso,

particularmente aqueles referentes a processos de cobrança, assim como as discussões comerciais em geral.

Uma vez que esta mudança ainda está sendo implementada, atualmente não podemos prever seu impacto

sobre nossos negócios.

A Lei de Saneamento Básico também permite que os municípios criem suas próprias agências

reguladoras, em vez de serem regulados pela ARSESP. Como resultado uma série de municípios, portanto,

criaram suas próprias agências reguladoras. Se outros municípios criarem novas agências ou mantiverem

poderes reguladores, estaremos sujeitos à regulamentação deles e a todas as limitações que tais agências

possam colocar sobre os nossos serviços. Estamos envolvidos em processos legais que contestam a autoridade

dessas novas agências para nos regular. Não podemos prever as alterações que quaisquer novas agências

possam implementar em relação à nossas atividades. Se nos forem desfavoráveis, essas alterações poderão

nos afetar substancial e adversamente.

15

Para mais informações sobre os regulamentos da ARSESP, vide “Informações sobre a Companhia—

Visão Geral das Atividades—Regulação Governamental—Regulamentação de Tarifas no Estado de São

Paulo” e “Promulgação de Regras da ARSESP—Relações com Consumidor no Estado de São Paulo”.

Novas entidades conjuntas foram e continuarão a serem criadas para fiscalizar os serviços de

saneamento básico em regiões metropolitanas, incluindo a Região Metropolitana de São Paulo. Nós não

podemos prever como a gestão compartilhada dessas operações serão realizadas na Região Metropolitana

de São Paulo e em outras regiões metropolitanas nas quais operamos ou o efeito que isso pode ter sobre

nossas atividades, condição financeira ou nos resultados das operações.

Existem alguns casos pendentes perante o Supremo Tribunal Federal sobre se o direito de executar

contratos de concessão e de programa nas regiões metropolitanas pertence ao Estado ou ao município. Em 28

de fevereiro de 2013 o Supremo Tribunal Federal decidiu um caso pendente sobre esse assunto relacionado

com o Estado do Rio de Janeiro. A maioria do tribunal decidiu que o Estado do Rio de Janeiro e os

municípios devem criar novas entidades conjuntas para supervisionar o planejamento, a regulação e a

fiscalização dos serviços de saneamento básico em regiões metropolitanas. Em 6 de março de 2013, o tribunal

decidiu que esta decisão entrará em vigor no Estado do Rio de Janeiro após um período de 24 meses. Tal

decisão pode ser considerada precedente relevante no caso e, logo, novas decisões podem ser tomadas com

base em outros casos pendentes bem como em novos casos que venham a ser iniciados. O Supremo Tribunal

Federal ainda não esclareceu os efeitos e extensão de sua decisão. Nós obtemos 73,2% da nossa receita bruta

de serviços em 2013 (excluindo as receitas relativas à construção da infraestrutura da concessão) da Região

Metropolitana de São Paulo, (incluindo os municípios nos quais vendemos água no atacado), uma das quais

novas decisões sobre casos pendentes ou novos casos podem ser aplicadas. Nós não podemos prever como a

gestão compartilhada dessas operações podem ser realizadas na Região Metropolitana de São Paulo e outros

municípios nos quais operamos, ou o efeito que isso pode ter sobre nossas atividades, condição financeira ou

resultados das operações.

Os termos do nosso contrato de prestação de serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo poderão

trazer um efeito adverso significativo sobre nós.

A prestação de serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo foi responsável por 53,6% da nossa

receita operacional bruta (excluindo receitas relacionadas à construção de infraestrutura de concessão) no

exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

Em 23 de junho de 2010, o Estado e a cidade de São Paulo assinaram um contrato na forma de convênio,

ao qual nós e ARSESP consentimos, sob o qual eles concordaram em gerenciar o planejamento e

investimento para o sistema de saneamento básico da cidade de São Paulo em uma base conjunta. Os

principais termos desse convênio foram como se segue:

O Estado e a cidade de São Paulo assinaram um contrato separado conosco, concedendo-nos direitos

exclusivos para prestação de serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo.

A ARSESP será o ente regulador e fiscalizador das nossas atividades relativas aos serviços de água

e esgoto na cidade de São Paulo, incluindo tarifas.

O Comitê Gestor será responsável pelo planejamento de serviços de água e esgoto da cidade e por

revisar nossos planos de investimento. O Comitê Gestor é composto por seis membros nomeados

para mandatos de dois anos. O Estado e a cidade de São Paulo têm o direito de indicar três membros

cada. Podemos participar nas reuniões do Comitê Gestor, mas não podemos votar.

Na aplicação do convênio, assinamos um contrato separado com o Estado e a cidade de São Paulo,

também datado de 23 de junho de 2010, para regulamentar a prestação desses serviços para os próximos 30

anos. Os principais termos desse contrato foram como se segue:

O investimento total indicado no contrato deve equivaler a 13% da receita bruta de prestação de

serviços para a cidade de São Paulo, líquido dos impostos sobre as receitas, que totalizam

aproximadamente R$600 milhões por ano.

16

Devemos transferir 7,5% da receita bruta que derivam no âmbito do convênio, líquido de (i)

COFINS e PASEP, e (ii) contas não pagas das propriedades públicas da cidade de São Paulo, para o

Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura, estabelecido pela Lei Municipal nº

14.934/2009.

Nosso plano de investimento deve ser compatível com os planos de saneamento do Estado, da cidade

de São Paulo e, se necessário, da região Metropolitana.

A ARSESP irá garantir que as tarifas nos compensem de forma adequada pelos serviços que

prestamos e que as tarifas possam ser ajustadas a fim de restaurar o equilíbrio original entre as

obrigações e ganho econômico de cada parte (equilíbrio econômico-financeiro).

Atualmente, temos um plano de investimento em vigor que reflete essas obrigações e aborda a sua

compatibilidade com os planos de saneamento para os municípios em que operamos, que inclui a cidade de

São Paulo e a região metropolitana. O plano de investimento não é irrevogável e será revisto por nosso comitê

executivo a cada quatro anos, particularmente em relação aos investimentos a serem executados no período

seguinte.

Como nós não eramos requeridos anteriormente a transferir 7,5% para o Fundo Municipal de Saneamento

Ambiental e Infraestrutura, como descrito acima, nossas tarifas e a fórmula de reajuste existentes não

consideram esse repasse. No entanto, a ARSESP deve garantir que as tarifas vão compensar-nos

adequadamente pelos serviços que prestamos, o que inclui o repasse para as tarifas.

Em abril de 2013, a ARSESP aprovou a Deliberação nº 407 nos autorizando a repassar para a tarifa

de água e esgoto a transferência de 7,5% que repassamos para o Fundo Municipal de Saneamento

Ambiental e Infraestrutura de São Paulo como um encargo legal, conforme definido pela legislação

municipal. De acordo com os Contratos de Programa e os Contratos de serviço de fornecimento de

água e esgoto, este encargo deve ser considerado na revisão tarifária.

Em abril de 2013, a ARSESP aprovou a Deliberação nº 413, o que efetivamente suspendeu a

Deliberação nº 407 até que o processo de revisão tarifária seja concluído, adiando assim a nossa

autorização para repassar na conta de água e esgoto o encargo para os consumidores. O adiamento

da Deliberação nº 407 foi devido a um pedido do Governo do Estado de São Paulo para analisar,

entre outros, métodos de redução desse impacto para os consumidores. Embora a Deliberação nº 407

estabeleça a conclusão da revisão tarifária como a data para a implementação do repasse, não temos

certeza de quando a Deliberação nº 407 será implementada.

Em abril de 2014, a ARSESP aprovou a Deliberação nº 484 que estabelece a conclusão da revisão

tarifária. Nenhuma decisão foi tomada com relaçao à cobrança dos 7,5% dos consumidores e nós não

sabemos quando uma decisão final será tomada. Nós não sabemos quando poderemos passar a

cobrança dos 7,5% para a conta de serviços dos clientes.

17

Desde 2010 até dezembro de 2013, nós transferimos cerca de R$ 1,1 bilhão para o Fundo Municipal de

Saneamento e Infraestrutura de São Paulo. Não podemos garantir quando e como recuperaremos este

montante.

Nós não podemos garantir que este encargo será eventualmente repassado aos clientes ou que o atraso

continuado no repasse do encargo para os clientes não vai afetar nossa condição financeira. Para mais

informações sobre a regulação da ARSESP, consulte “Informações sobre a Companhia – Visão do Negócio –

Regulação Governamental – ‘Regulamentação de Tarifas no Estado de São Paulo’ e ‘Lei dos Consórcios

Públicos e Acordo de Cooperação para Gestão Associada’.”

Atualmente, não temos contratos formais ou concessões com 61 dos municípios para os quais

prestamos serviço, e 38 de nossos contratos de concessão existentes expirarão entre 2014 e 2034. Podemos

enfrentar dificuldades para continuar a fornecer serviços de água e esgoto com retorno adequado nesses e

em outros municípios, e não podemos garantir que tais municípios aceitarão manter os atuais termos e

condições da prestação de serviços

Em 31 de dezembro de 2013, mantínhamos contratos formais de 30 anos com 265 municípios (incluindo

a cidade de São Paulo) com 265 dos 363 municípios que atendemos. Renovamos 7 desses contratos durante

2013. Os 265 municípios com os quais tínhamos acordos formais no final do ano representaram 72,9% de

nossa receita total para o ano findo em 31 de dezembro de 2013 e 64,6% de nossos ativos intangíveis em 31

de dezembro de 2013. Dos 61 municípios atendidos para os quais não tínhamos acordos formais no final do

ano, estávamos em processo de renegociação ativa com todos eles, inclusive o município de Santos. Juntos,

esses 61 municípios foram responsáveis por 16,1% de nossa receita total no exercício findo em 31 de

dezembro de 2013 e 25,1% de nossos ativos intangíveis naquela data. Entre 2014 e 2034, 38 de nossos

contratos de concessão existentes irão expirar. Esses 38 contratos de concessão representavam 9,0% do total

da nossa receita em 31 de dezembro de 2013 e 8,0% de nossos ativos intangíveis nessa mesma data.

É possível que não possamos continuar a prestar serviço nas condições atuais, ou nenhum serviço, nos

municípios para os quais não temos contratos formais, incluindo os 61 para os quais estamos renegociando

contratos vencidos. Em particular, a falta de concessões formais ou direitos contratuais desses municípios

significa que podemos não ser capazes de cumprir o nosso direito de continuar a prestação de serviços e

podemos enfrentar dificuldades para sermos pagos em tempo hábil, ou totalmente pagos, pelos serviços que

nós fornecemos. Se formos bem sucedidos na renegociação dos contratos expirados ou na execução de

contratos formais com os municípios para os quais nunca tivemos contratos, esses contratos podem não conter

termos tão favoráveis quanto aqueles nos quais operamos atualmente. Não podemos fazer qualquer suposição

porque a Lei de Saneamento Básico nos impede de planejar, regulamentar e fiscalizar nossos serviços e exige

um controle mais rigoroso por parte dos municípios ou pela ARSESP. Os municípios para os quais não temos

acordos formais podem optar por iniciar a prestação de serviços de água e esgoto diretamente por si mesmos,

ou podem realizar licitações para selecionar outro prestador de serviços. Eles podem estabelecer requisitos de

elegibilidade para os quais não nos qualificamos e, se nos qualificarmos e participarmos dessas licitações,

podemos não ganhar. Além disso, a nossa capacidade de continuar a operar sem acordos formais pode ser

modificada ou cancelada por parte dos governos federal, estadual ou municipal, decisões judiciais ou outros

fatores.

Qualquer um desses eventos poderá ter um efeito material adverso sobre nossas atividades, resultados das

operações e condição financeira. Vide “Item 4.B. Visão Geral das Atividades – Nossas Operações” e “Item

4.B. Visão Geral das Atividades – Regulação Governamental – Lei de Consórcios Públicos e Convênio de

Cooperação para Gestão Associada.”

Nos municípios com os quais não tínhamos contratos formais em 31 de dezembro de 2013, continuamos

a operar com a aprovação do município ou com apoio judicial.

18

Os municípios poderão rescindir nossas concessões antes que expirem, em determinadas

circunstâncias. Os pagamentos de indenização que receberemos nesses casos podem ser menores do que o

valor dos investimentos que fizemos.

Os municípios têm o direito de rescindir nossas concessões caso deixemos de cumprir com nossas

obrigações contratuais ou legais, ou se o município determinar em processos de expropriação, que a rescisão

antecipada da concessão é de interesse público. Se um município rescindir nossa concessão, temos o direito

de sermos indenizados pela parte não remunerada de nossos investimentos.

A Lei de Saneamento Básico prevê que no caso de rescisão antecipada da concessão, a entidade que

fornece os serviços de saneamento deve realizar uma avaliação dos ativos relacionados aos serviços prestados,

a fim de calcular a parcela não remunerada de nossos investimentos. Essa avaliação utiliza os critérios

definidos no contrato de serviço, ou, na ausência de um contrato, é baseada em prática costumeira em relação

aos serviços, nos últimos 20 anos. O pagamento de indenização resultante pode ser menor do que o valor dos

investimentos que realizamos.

Além disso, a constituição do Estado de São Paulo permite que os municípios nos pague essa

compensação em parcelas ao longo de 25 anos. Receber compensação durante esse período prolongado após o

término de uma concessão significativa teria um efeito material adverso sobre nossa condição financeira. O

Supremo Tribunal Federal suspendeu este mecanismo de pagamento diferido em uma decisão de 1997, mas

não podemos garantir que o mecanismo não será reintegrado. Este caso ainda está aguardando uma decisão

final, mas em 15 de março de 2004, a Procuradoria-Geral emitiu um parecer que este método de pagamento é

inconstitucional. A Lei de Saneamento Básico reduziu o período de tempo máximo para pagamento de

indenização nesses casos para quatro anos. Essa disposição aplica-se aos contratos de concessão celebrados

antes da promulgação da Lei de Saneamento Básico apenas na medida em que o contrato de concessão não

contenha uma cláusula de indenização contratual, ou não tenhamos celebrado contrato com o município no

que diz respeito a tal rescisão antecipada. Essas disposições não foram ainda testadas pelos tribunais e,

portanto, somos incapazes de prever o efeito da Lei de Saneamento Básico em nossos direitos a indenização

pela rescisão antecipada de qualquer concessão específica.

Em 1997, o município de Santos promulgou uma lei, a fim de reaver os nossos sistemas de água e esgoto

em Santos. Adotamos as medidas judiciais necessárias para contestar isso e em 31 de dezembro de 2013

continuamos a operar nossos serviços em Santos. Nós ajuizamos ação ordinária contra o município de Santos,

e a nossa operação ainda está em vigor. O tribunal de apelações emitiu uma decisão favorável a nós, e

consideramos que o risco de perda é remota.

Em 1995, o município de Diadema rescindiu o seu contrato de concessão conosco. Iniciamos um

processo judicial contra o município, que foi resolvido em 1996, mas o município não cumpriu com os termos

do acordo. Em dezembro de 2008, celebramos um memorando de entendimentos com o Estado de São Paulo,

o município de Diadema e a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, anteriormente

conhecida como Secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo. Sob este memorando de entendimento, as

partes concordaram em concluir as negociações e resolver todos os montantes em dívida, e nós concordamos

em suspender o processo de cobrança que tínhamos movido contra o município. Em 2011, nós e o município

de Diadema concordamos em desenvolver uma infra-estrutura compartilhada de serviços de água e esgoto por

meio de uma sociedade de economia mista a ser chamada de Companhia de Água e Esgoto de Diadema, ou

CAED. Estudos sobre o estabelecimento da CAED foram descontinuados, e em 18 de março de 2014,

firmamos um contrato para retomar a prestação direta de serviços de água e esgoto no município de Diadema.

Concomitantemente, nós celebramos termo de acordo e avenças judiciais para solução das dívidas de

fornecimento de água e indenizações. Há garantias vigentes, caso o município de Diadema viole o seu

contrato conosco.

Outros municípios podem tentar rescindir seus contratos de concessão outorgados antes de suas

respectivas datas de expiração. Se isso ocorrer e não recebermos indenização adequada para os nossos

investimentos, ou se a indenização for paga durante um período prolongado, podemos sofrer danos materiais à

nossa posição financeira.

19

Podemos enfrentar dificuldades em cobrar os valores em atraso devidos a nós por municípios para os

quais fornecemos água por atacado e por entidades do governo municipal.

Em 31 de dezembro de 2013, o total de nossas contas a receber foi de R$ 4.372,2 milhões. Desse

montante, certos municípios aos quais fornecemos água no atacado nos devia R$ 1.917,9 milhões, e algumas

entidades do governo municipal nos deviam R$ 679,6 milhões. Do montante total devido pelos municípios,

R$ 205,2 milhões estavam vencidos entre 30 e 360 dias e R$ 1.645,3 milhões estavam vencidos por mais de

360 dias.

Os tribunais brasileiros têm o direito de nos obrigar a continuar a fornecer água a esses municípios,

mesmo quando não tenhamos recebido os pagamentos a nós devidos. Não temos como garantir que as

negociações com esses municípios ou a ação legal tomada contra os municípios resultarão em pagamentos.

Algumas entidades associadas com os governos municipais para os quais prestamos serviços também não

efetuam pagamentos regulares. Não podemos garantir se ou quando essas entidades vão efetuar os

pagamentos regularmente ou pagar os valores devidos a nós. Se os municípios e entidades relacionadas não

pagarem os valores devidos a nós, podemos sofrer danos materiais à nossa posição financeira.

Qualquer falha na obtenção de novos financiamentos poderá afetar adversamente nossa capacidade

de dar continuidade ao nosso plano de investimentos.

Nosso plano de investimentos demandará recursos de capital de aproximadamente R$12,8 bilhões no

período entre os anos de 2014 e 2018. Em 2013, foram registrados R$ 2,7 bilhões em investimentos.

Temos financiado esses investimentos com o caixa gerado pelas nossas operações, bem como

financiamentos em reais e em moedas estrangeiras, e pretendemos continuar a financiar nossos investimentos

a partir dessas fontes. Uma parcela significativa das nossas necessidades de financiamento tem sido provido

por bancos públicos governamentais brasileiros. Obtivemos financiamento de longo prazo a taxas de juros

atraentes de agências multilaterais e bancos de desenvolvimento governamentais nacionais e internacionais.

Se o governo brasileiro mudar sua política em relação ao financiamento dos serviços de água e esgoto, ou se

não formos capazes de obter financiamento de longo prazo a taxas de juros atraentes de agências multilaterais

nacionais e internacionais e bancos de desenvolvimento, no futuro talvez não sejamos capazes de cumprir

nossas obrigações ou financiar nosso programa de investimentos, o que pode ter um efeito material adverso

sobre nossos negócios e condição financeira.

Agências governamentais, financiadores institucionais e agências multilaterais constituem nossas

principais fontes de financiamento, além de caixa gerado pelas nossas operações e emissões de títulos de

dívida nos mercados de capitais nacional e internacional. As instituições financeiras brasileiras estão

legalmente limitadas a um certo percentual do patrimônio de seus acionistas para fornecer empréstimos para

entidades do setor público, como nós. Tais limitações podem afetar adversamente nossa capacidade de

continuar nosso plano de investimentos.

Nossa dívida inclui covenants financeiros que impõem limites de endividamento sobre nós, o que pode

ter um efeito material adverso sobre nós. Para mais informações sobre esses covenants, vide “Item 5.B.

Liquidez e Recursos de Capital—Fontes de Capital—Financiamento de Endividamento— Covenants

Financeiros”. Deixar de cumprir com esses compromissos poderá prejudicar nossa capacidade de financiar

nosso plano de investimento, o que pode causar um efeito adverso significativo sobre nós.

Cumprimento das leis ambientais e pagamentos de responsabilidade ambiental podem ter um efeito

material adverso sobre nós.

Estamos sujeitos a diversas leis e regulamentos federais, estaduais e municipais que tratam da proteção da

saúde humana e do meio ambiente. Tais leis e regulamentos estabelecem padrões de potabilidade de água e

limitam ou proíbem a descarga ou derramamento de efluente produzido em nossas operações, principalmente

o esgoto não tratado. Ocasionalmente sofremos acidentes, como vazamentos ou rompimentos de tubulações

que podem levar à responsabilidade por danos nos termos da legislação ambiental. Podemos estar sujeitos a

vários tipos de processos penais, administrativos e civis por não-conformidade com as leis e os regulamentos

ambientais, o que pode nos expor a penalidades e sanções penais, tais como multas, ordens de fechamento e

20

obrigações de indenização significativas. O alcance e a aplicação das leis ambientais no Brasil estão se

tornando mais rigorosas, e nossos investimentos e custos de conformidade ambiental podem aumentar

substancialmente como resultado. Essas despesas podem levar-nos a reduzir os gastos em investimentos

estratégicos, o que pode prejudicar nossos negócios. Além disso, os tribunais brasileiros estão aplicando a

legislação ambiental mais rigorosamente do que no passado, o que pode resultar em multas ou

responsabilidade por perdas e danos, que são significativamente mais altas do que as que atualmente

antecipamos. Somos parte em diversos processos ambientais que podem ter um impacto material adverso

sobre nós, incluindo processos civis e investigações relacionadas com o lançamento de esgoto sem tratamento

nos cursos de água e a eliminação do lodo gerado por estações de tratamento. Qualquer sentença desfavorável

em relação a esses processos, ou qualquer responsabilidade ambiental material imprevista, pode ter um efeito

material adverso sobre nós. Para mais informações sobre os processos, vide “Item 8.A. Informações

Financeiras ― Demonstrações Financeiras e Outras Informações Financeiras ― Ações Judiciais”. Para mais

informações sobre os investimentos em programas ambientais, vide “Item 4.A “Principais Projetos do Nosso

Plano de Investimentos”, “Item 4.B – Visão das Atividades – Tratamento e Disposição de Esgoto”, “Item 4.B

– Visão das Atividades - Questões Ambientais” e “Item 4.B – Regulações Ambientais”.

Novas leis e regulamentos pertinentes a mudanças climáticas, a alterações da regulamentação vigente

e aos efeitos físicos dos eventos climáticos extremos, poderá resultar em mais obrigações e aumentos dos

investimentos, o que poderá ter um efeito adverso significativo sobre nós.

As leis federais, estaduais e municipais atuais e os regulamentos sobre mudança climática estabelecem

metas globais, a serem cumpridas referentes a emissões de gases de efeito estufa, e isso pode nos obrigar a

aumentar nossos investimentos, a fim de cumprir essas leis. Atualmente, no entanto, se aumentarmos nossos

investimentos para esse fim, podemos ser obrigados a reduzir os gastos com outros investimentos

estratégicos.

Além disso, as mudanças climáticas podem levar ao aumento de eventos climáticos extremos, como secas

ou chuvas torrenciais, que podem afetar nossa capacidade de oferecer nossos serviços e nos obrigar a tomar

medidas, tais como:

investir na busca de novas fontes de água localizadas mais distantes dos principais centros

consumidores;

investir em novas tecnologias;

aprimorar práticas de conservação de água e as alternativas de gestão de demanda alternativa, como

mecanismos econômicos ou de programas educacionais; e

aumentar a nossa capacidade de reserva.

Um aumento no nível do mar pode causar intrusão adicional de água salgada nos estuários dos rios onde

se coleta água, o que pode gerar problemas em nosso tratamento de água na região litorânea, também podendo

causar danos às redes de coleta.

Além disso, o aumento da temperatura do ar pode afetar a demanda por água. As alterações climáticas

podem também reduzir os níveis de água nos reservatórios de usinas hidrelétricas no Brasil, o que pode causar

escassez de energia e aumentar os preços da eletricidade, que podem afetar negativamente nossos custos e

operações.

Não podemos prever todos os efeitos de mudanças climáticas, o que dificulta a previsão dos

investimentos que possam ser necessários. Nós não provisionamos quaisquer fundos para eventuais mudanças

climáticas pois a tecnologia atual e entendimentos científicos acerca das alterações climáticas tornam difícil

prever possíveis despesas e passivos.

Podemos ser obrigados a adotar novas normas destinadas a melhorar a nossa eficiência energética e

minimizar as emissões de gases de efeito estufa quando da renovação das licenças ambientais dos sistemas em

operação ou quando da obtenção de licenças ambientais para novos empreendimentos.

21

Pode ser que precisemos realizar novos investimentos, seja para cumprir as novas normas ambientais

ligadas às mudanças climáticas ou para prevenir ou remediar os efeitos de mudanças climáticas, sendo que

qualquer um deles pode ter um efeito material adverso sobre os resultados das nossas operações. Para mais

informações vide “Item 4.B. Visão Geral das Atividades – Questões Ambientais – Regulamentos de

Mudanças Climáticas: Redução de Gases do Efeito Estufa (GEE).”

Estamos expostos a riscos associados à prestação de serviços de água e esgotos.

Nosso setor é afetado pelos seguintes riscos adicionais associados à prestação de serviços de água e

esgoto:

As agências governamentais estaduais e federais que administram recursos hídricos podem impor

encargos substanciais para a captação de água dos corpos de água e para a descarga de esgoto.

Podemos não ser capazes de repassar esses custos para os nossos clientes. Vide “Item 4.B. Visão

Geral das Atividades—Regulamentação Governamental—Uso da Água”.

O aumento da degradação das áreas de bacias hidrográficas pode afetar a quantidade e a qualidade da

água disponível para atender a demanda de nossos consumidores. Vide “Item 4.A. Histórico e

Evolução da Companhia―Plano de Investimentos—Principais Projetos do Nosso Plano de

Investimento”;

Além dos riscos discutidos sob o título “Os termos do nosso novo contrato de prestação de serviços

de água e esgoto na cidade de São Paulo poderão ter um efeito negativo sobre nós,” podemos não ser

capazes de aumentar nossas tarifas em tempo hábil, ou em momento algum, a fim de repassar os

aumentos de inflação ou de operação, incluindo impostos, para os nossos clientes. Estas restrições

podem ter um efeito negativo sobre nossa capacidade de financiar nosso programa de investimentos

e de financiamento, e para atender aos nossos pagamentos de dívida. Veja “Item 5.A. Revisão e

Perspectivas Operacionais e Financeiras—Fatores que Afetam os Resultados das Nossas

Operações—Efeitos dos Aumentos Tarifários”.

Além dos riscos discutidos sob o título “— Novas leis e regulamentos pertinentes a mudanças

climáticas, a alterações da regulamentação vigente e aos efeitos físicos das mudanças climáticas,

poderá resultar em mais obrigações e aumentos dos investimentos, o que poderá ter um efeito

adverso significativo sobre nós,” estamos expostos a vários riscos relacionados com o clima, uma

vez que o nosso desempenho financeiro está diretamente ligado a padrões climáticos. O aumento

esperado na frequência de mudanças climáticas no futuro poderá afetar adversamente a qualidade e a

quantidade da água disponível para captação, tratamento e fornecimento. Estiagens poderão afetar

negativamente nossos sistemas de abastecimento de água, resultando em redução do volume de água

distribuído e faturado, bem como da receita derivada dos serviços de abastecimento de água. Um

aumento de chuvas fortes poderá impactar a qualidade da água e a operação regular dos recursos

hídricos, inclusive a captação de água de nossas represas, devido ao aumento na erosão do solo, do

assoreamento, poluição e eutrofização dos ecossistemas aquáticos. Vide Item “5.A. Análise e

Perspectivas Operacionais e Financeiras―Fatores que Afetam Nossos Resultados

Operacionais―Efeitos de Eventos Climáticos Extremos—Seca”.

Dependemos de fontes de energia para conduzir nossas atividades. Qualquer falta ou racionamento

de energia poderá nos impedir de prestar os serviços de água e esgotos e poderá causar danos

significativos aos nossos sistemas de água e esgotos quando retomarmos as operações. Além disso,

podemos não ser capazes de repassar aumentos significativos nas tarifas de energia aos nossos

clientes. Vide “Item 4.A. Histórico e Evolução da Companhia—Consumo de Energia”.

Dependemos de outorga que é concedia pela ANA e DAEE para captar água do Sistema Cantareira.

Em 2013, o sistema Cantareira foi responsável por 47,1% da água fornecida para a região

metropolitana de São Paulo (incluindo os municípios para os quais fornecemos água no atacado), o

que representou 73,2% de nossas receitas operacionais brutas (excluindo receitas relacionadas para a

construção da infraestrutura da concessão) no ano. A outorga do Sistema Cantareira foi renovada em

2004 e expira em agosto de 2014. Estamos em processo para renovar esta outorga por um período de

22

30 anos e manter os mesmos direitos de retirada da bacia concedidos em 2004, que é de 33 m³/s.

Devido às condições climáticas atuais, particularmente a seca severa, o processo de renovação está

temporariamente suspenso. Além disso, a seca atual poderá trazer um novo contexto para a definição

das regras da outorga e nós não podemos garantir que seremos capazes de renovar a outorga de

acordo com as condições que nós solicitamos.

Qualquer dos fatores descritos acima poderá provocar um efeito adverso significativo sobre nós.

Secas, o programa de redução de consumo de água ou outras medidas podem resultar em uma

diminuição significativa no volume faturado de água e as receitas dos serviços que prestamos, que podem

ter um efeito material adverso sobre nós.

Experimentamos diminuições da disponibilidade de água ao longo do tempo devido às secas. Parte da

região sudeste do Brasil, principalmente da região sul do Estado de Minas Gerais e da bacia do rio Piracicaba

(da qual captamos a água utilizada no Sistema Cantareira), e na área norte da região metropolitana de São

Paulo experimentou chuvas abaixo da média em 2012. A seca se agravou no final de 2013 e início de 2014,

com chuvas bem abaixo da média, o que resultou em uma redução do nível de água nos reservatórios do

Sistema Cantareira durante o período chuvoso, de outubro de 2013 a março de 2014. Este foi particularmente

o caso do Sistema Cantareira, o maior sistema da Região Metropolitana de São Paulo.

A fim de minimizar os efeitos dessa seca, em fevereiro de 2014, aprovamos um programa de incentivo à

redução do consumo de água com base em um sistema de bônus, segundo o qual os clientes atendidos pelo

Sistema Cantareira que atingirem uma redução de 20% no consumo de água têm direito a um desconto de

30% na conta de água e esgoto. Inicialmente, o programa de incentivo foi programado para durar sete meses a

com início em 01 de fevereiro de 2014 ou até que o nível de água nos reservatórios seja normalizado e

suficiente para fornecer aos clientes da região metropolitana de São Paulo atendida pelo Sistema Cantareira.

No entanto, em abril de 2014 o programa de incentivo à redução do consumo de água foi prorrogado até o

final de 2014 e para toda a região metropolitana de São Paulo ou até que o nível de água nos reservatórios seja

normalizado. Em função da seca e do baixo volume de água no Sistema Cantareira, o Departamento de

Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) e a Agência Nacional de Águas (ANA)

determinaram que, desde 10 de março de 2014, somos obrigados, temporariamente, a restringir a vazão de

água captada do Sistema Cantereira de 33 m³/s para 27.9 m³/s. Para suprir essa menor disponibilidade de

água e continuar abastecendo a população, nós estamos realizando uma ampliação do uso da água de outros

manancias. Isso pode levar a um aumento nos custos para servir os consumidores da região metropolitana de

São Paulo. Se a situação dos reservatórios atingidos pela seca não melhorar, podemos ser obrigados a tomar

medidas mais drásticas.

Como resultado desta seca e da medida imposta pelo DAEE e ANA, o nosso volume faturado de água e

esgoto poderá diminuir ao longo de 2014. Além disso, nossos custos operacionais podem aumentar como

resultado de investimentos adicionais necessários para mitigar os efeitos dessa estiagem em nossos sistemas

de produção de água. Não podemos garantir que o programa de incentivo à redução do consumo será a única

medida mitigadora que tomaremos para resolver a grave seca. Embora esperemos que o nosso faturamento

diminua, devido à diminuição do volume e do pagamentos de bônus, não podemos estimar o impacto deste

programa sobre as nossas receitas. Além disso, nós não podemos garantir que a seca contínua no futuro não

terá qualquer impacto nas nossas cláusulas de covenants ou efeito material e adverso no nosso fornecimento

de água e, portanto, nos nossos negócios e resultados operacionais.

Condenações em processos judiciais de valor significativo contra a Sabesp poderão ter um efeito

negativo material sobre a Companhia.

Somos parte de várias ações judiciais envolvendo pedidos com valores monetários significativos. Essas

ações incluem, entre outras, ações cíveis, fiscais, trabalhistas, societáras e ambientais. Em 31 de dezembro de

2013, o valor total de todos os pleitos contra nós era de R$ R$38.604,6 milhões (líquido de R$ 323,4 milhões

em depósitos judiciais). A sentença desfavorável em uma ou mais destas ações judiciais de valores relevantes

poderá causar um efeito adverso significativo sobre a Companhia. Nós provisionamos um valor total de R$

1.180,4 milhões (líquido de depósitos judiciais) para cobrir perdas prováveis relacionados a processos

23

judiciais cuja perda seja considerada provável em 31 de dezembro de 2013. Essa provisão não cobre todas as

ações judiciais envolvendo valores monetários contra nós e pode ser insuficiente para cobrir todas as nossas

obrigações relacionadas às mesmas.

Qualquer sentença desfavorável referente a essas ações judiciais poderá ter um efeito adverso

significativo sobre a Companhia. Para mais informações sobre os principais processos judiciais envolvendo a

Companhia, vide “Item 8 A – Informações Financeiras – Demonstrações consolidadas e outras informações

financeiras-Processos judiciais”.

Riscos Relacionados as Nossas Ações Ordinárias ou ADSs

Podemos não estar sempre em condições de pagar dividendos ou juros sobre o capital dos acionistas e

ADSs.

Dependendo de nossos resultados futuros, nossos acionistas podem não receber dividendos ou juros sobre

o capital próprio, se não gerarmos lucro. Apesar da necessidade de distribuir um mínimo de 25% de nosso

lucro líquido anual aos acionistas, a nossa situação financeira futura poderá não permitir-nos distribuir

dividendos ou pagar juros sobre o capital próprio.

A relativa volatilidade e falta de liquidez do mercado de valores mobiliários brasileiro poderão limitar

de maneira significativa a capacidade de um detentor de vender nossas ações ordinárias que lastreiam

nossas ADSs pelos preços e à época que desejar.

O investimento em valores mobiliários de mercados emergentes tais como o Brasil frequentemente

envolve um risco maior do que o investimento em valores mobiliários de emissores dos principais mercados

de valores mobiliários, e normalmente tais investimentos são considerados como sendo de natureza mais

especulativa. O mercado de valores mobiliários brasileiro é substancialmente menor, menos líquido, mais

concentrado e pode ser mais volátil do que os principais mercados de valores mobiliários. Assim, embora

você tenha o direito de retirar as ações ordinárias subjacentes às ADSs do depositário a qualquer momento, a

sua capacidade de alienar as ações ordinárias subjacentes às ADSs pelo preço e no momento que você quiser

assim fazer pode ser substancialmente limitada. Há também uma concentração significativamente maior no

mercado de valores mobiliários brasileiro do que nos principais mercados de valores mobiliários. As dez

maiores empresas em termos de capitalização de mercado representaram aproximadamente 51,2% da

capitalização de mercado total da BM&FBOVESPA em 31 de dezembro de 2013. As dez maiores ações em

termos de volume de negociação foram responsáveis por aproximadamente 41,3%, 43,0% e 47.2% de todas as

ações negociadas na BM&FBOVESPA em 2013, 2012 e 2011, respectivamente.

Os investidores que permutarem as ADSs por ações ordinárias poderão perder a capacidade de

remeter moeda estrangeira para o exterior e de obter certas vantagens fiscais brasileiras.

O custodiante no Brasil das ações ordinárias que lastreiam as nossas ADSs deverá obter certificado de

registro do Banco Central para ter o direito de remeter dólares norte-americanos para o exterior em razão de

pagamentos de dividendos e demais distribuições relacionadas às nossas ações ordinárias ou quando da

alienação das nossas ações ordinárias. Se um detentor de ADSs decidir permutar suas ADSs pelas ações

ordinárias que lhe são subjacentes, terá direito de continuar a se servir pelo prazo de cinco dias úteis contados

da data da permuta do certificado de registro do agente de custódia. Após esse prazo, o detentor poderá não

ser capaz de obter e remeter dólares norte-americanos para o exterior quando da alienação das nossas ações

ordinárias, ou de distribuições referentes às nossas ações ordinárias, a menos que obtenha seu próprio

certificado de registro ou proceda ao registro de acordo com a Resolução CMN nº 2.689 de 26 de janeiro de

2000, que confere direitos a investidores estrangeiros registrados de comprar e vender em uma bolsa de

valores brasileira. Se o detentor não obtiver certificado de registro nem proceder seu registro de acordo com a

Resolução nº 2.689, ficará, de modo geral, sujeito a tratamento fiscal menos favorável no que diz respeito a

ganhos relacionados às nossas ações ordinárias.

Se um detentor tentar obter seu próprio certificado de registro, poderá incorrer em despesas ou enfrentar

atrasos no processo de pedido do registro, o que pode adiar sua capacidade de receber dividendos ou outras

distribuições feitas às nossas ações ordinárias ou de repatriar seu capital de maneira oportuna. O certificado de

24

registro do agente de custódia ou qualquer registro de capital estrangeiro obtido por um detentor pode ser

afetado por futuras mudanças legislativas e restrições adicionais aplicáveis ao detentor, a alienação das ações

ordinárias subjacentes ou a repatriação do produto da alienação pode ser imposta no futuro.

O detentor de ações ordinárias ou ADSs poderá enfrentar dificuldades em proteger seus interesses

como acionista, porque somos uma sociedade brasileira de economia mista.

Somos uma sociedade de economia mista constituída de acordo com as leis do Brasil, sendo que todos os

nossos conselheiros e diretores, bem como nosso acionista controlador, residem no Brasil. Todos os nossos

ativos, bem como os ativos fixos das pessoas mencionadas, estão localizados no Brasil. Em decorrência desse

fato, pode não ser possível que um detentor efetue citação da Companhia ou dessas outras pessoas nos

Estados Unidos, ou em outras jurisdições fora do Brasil, ou ajuíze ação de execução contra a Companhia ou

essas outras pessoas de sentenças obtidas nos Estados Unidos, ou em outras jurisdições fora do Brasil. Em

razão do fato de que as sentenças proferidas por tribunais norte-americanos tendo por objeto

responsabilidades civis baseadas nas leis de valores mobiliários federais dos Estados Unidos só podem ser

executadas no Brasil caso haja o atendimento de certos requisitos, o detentor poderá enfrentar dificuldades em

proteger seus interesses no caso de ações ajuizadas por nossos conselheiros, diretores ou acionista controlador

em relação aos acionistas de sociedade constituída em Estado ou outra jurisdição dos Estados Unidos.

Ademais, nos termos da legislação brasileira, nenhum dos nossos ativos que são essenciais à nossa capacidade

de prestação de serviços público está sujeito a penhora ou sequestro. A execução de sentença proferida contra

nosso acionista controlador poderá ser postergada já que o pagamento da sentença deverá ser efetuado de

acordo com o orçamento do Estado em exercício social subsequente. Nenhum dos bens públicos do nosso

acionista controlador está sujeito a penhora ou sequestro, anterior ou posterior à prolação de sentença.

As disposições obrigatórias sobre arbitragem existentes no nosso estatuto social podem limitar a

capacidade de um detentor de nossas ADSs de executar responsabilidades nos termos da legislação de

valores mobiliários dos Estados Unidos.

De acordo com nosso estatuto social, qualquer litígio entre a Companhia, nossos acionistas e nossa

administração em relação às regras do Novo Mercado, a Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei das

Sociedades por Ações) e emendas e regulamentações brasileiras no mercado de capitais será solucionado por

arbitragem conduzida conforme as Regras de Arbitragem da BM&FBOVESPA na Câmara de Arbitragem do

Mercado. Quaisquer litígios entre os acionistas, incluindo os detentores de ADRs, e litígios entre nossa

Companhia e seus acionistas, incluindo os detentores de ADRs, também será submetido a arbitragem. Em

consequência disso, um tribunal dos Estados Unidos poderá exigir que uma demanda proposta por um

detentor de ADR com fundamento na legislação norte-americana de valores mobiliários seja submetida a

arbitragem em conformidade com o nosso estatuto social. Nessa hipótese, o comprador das ADSs estaria

efetivamente impedido de buscar medidas reparadoras perante os tribunais norte-americanos com fundamento

na legislação norte-americana de valores mobiliários.

Um detentor de ADSs poderá não ser capaz de exercer direitos de preferência e de venda conjunta

(“tag-along”) no que diz respeito às nossas ações ordinárias.

Um detentor de ações ordinárias e ADSs americano poderá não ser capaz de exercer os direitos de

preferência e “tag-along” com relação às nossas ações ordinárias, a menos que uma declaração de registro ao

amparo do Securities Act de 1933 dos Estados Unidos esteja em vigor em relação a esses direitos, ou a menos

que uma isenção das exigências de registro do Securities Act esteja disponível. Não estamos obrigados a

apresentar declaração de registro para as nossas ações ordinárias referentes a esses direitos de preferência e

não podemos assegurar que apresentaremos qualquer declaração de registro. A menos que apresentemos a

declaração de registro ou a menos que esteja disponível uma isenção de registro, o detentor de ADRs poderá

receber apenas o produto líquido da venda de seus direitos de preferência e de tag-along, sendo que, se os

direitos de preferência não puderem ser vendidos, poderão caducar e o detentor de ADRs nada receberá por

eles.

25

Um detentor de nossas ADSs não tem os mesmos direitos de voto que nossos acionistas.

Os detentores de nossas ADRs não têm os mesmos direitos de voto que os detentores de nossas ações. Os

detentores de nossas ADSs têm direito aos direitos contratuais estabelecidos em seu benefício de acordo com

contrato de depósito. Detentores de ADR exercem o seu direito através do fornecimento de instruções ao

depositário, ao contrário da participação em assembleias de acionistas ou voto por outros meios disponíveis

para os acionistas. Na prática, a capacidade de um detentor de ADSs de instruir o depositário quanto à

votação vai depender do momento e procedimentos para fornecer instruções ao depositário, diretamente ou

através de custódia do titular e do sistema de compensação. O contrato de depósito também prevê que se o

banco depositário não receber instruções do detentor de ADRs, o detentor de ADR pode ser considerado

como tendo dado uma procuração discricionária a uma pessoa designada pela nossa Companhia e as ações

subjacentes podem ser votadas por essa pessoa. Entretanto, optamos por não designar qualquer pessoa para

exercer esses direitos de procuração considerados com relação à Assembléia Geral Ordinária realizada para

aprovar as demonstrações financeiras de 2013 e ADSs para os quais nenhuma instrução específica de voto foi

recebida pelo banco depositário, portanto, não foram votados nessa assembleia.

ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA

A. Histórico e Evolução da Companhia

VISÃO GERAL

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ― SABESP é uma sociedade de economia

mista, constituída em 6 de setembro de 1973, como sociedade de responsabilidade limitada segundo as leis do

Brasil, e está registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o NIRE número 35300016831. Nossa

sede social está localizada na Rua Costa Carvalho, 300, 05429-900, São Paulo, SP, Brasil. Nosso número de

telefone é (+55-11) 3388-8000. Nosso procurador para recebimento de citação nos Estados Unidos é a CT

Corporation System, com sede em 818 West Seventh Street ― Team 1, Los Angeles, Califórnia 90017.

Somos autorizados a operar, de forma subsidiária, em outras localidades brasileiras e no exterior. Vide “Item

4.B. Visão Geral das Atividades– Regulação Governamental – Concessões – Lei de Consórcios Públicos e

Convênio de Cooperação para Gestão Associada.”

Acreditamos ser uma das maiores companhias de prestação de serviços de água e esgotos do mundo (com

base no nosso número de clientes em 2012), de acordo com a 14ª edição do Pinsent Masons Water Yearbook

(2012-2013). Operamos os sistemas de água e esgotos no Estado de São Paulo, que inclui a cidade de São

Paulo, a maior cidade do Brasil. De acordo com o IBGE, o Estado de São Paulo é o estado mais populoso do

Brasil e o Estado com o maior produto interno bruto, ou PIB, no Brasil. No exercício findo em 31 de

dezembro de 2013, nossa receita líquida consolidada foi de R$ 11.315,6 milhões e lucro líquido consolidado

de R$ 1.923,6 milhões. Nossos ativos totais consolidados atingiram R$28.274,3 milhões e nosso patrimônio

líquido totalizou R$12.930,8 milhões em 31 de dezembro de 2013.

Em 31 de dezembro de 2013, fornecemos serviços de água e esgoto para uma ampla gama de clientes

residenciais, comerciais, industriais e governamentais em 363 dos 645 municípios do Estado de São Paulo,

incluindo a cidade de São Paulo. Praticamente todos os nossos contratos de concessão ou de programas têm

prazo de 30 anos. No final do ano de 2013 não tínhamos acordos formais com 61 dos municípios que

atendemos, com os quais estamos constantemente em renegociação, inclusive o município de Santos. Entre 1º

de janeiro de 2014 e 2034, outras 38 concessões expirarão e procuraremos substituí-las por contratos de

programas. Além dos 363 municípios que atendemos, também fornecemos água para o município de Mogi

das Cruzes, mediante dois contratos parciais nos termos dos quais servimos apenas certos bairros desse

município. Consulte “Outras Informações—Nossos contratos e Municípios que Servimos”.

Nós também fornecemos água no atacado para 6 (seis) municípios da região metropolitana de São Paulo

em que não operamos sistemas de distribuição de água (em conjunto, abrangendo uma população urbana total

estimada de cerca de 3,5 milhões). Cinco desses municípios também utilizam nossos serviços de tratamento

de esgoto. Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a região metropolitana de São Paulo (incluindo

os municípios aos quais fornecemos água no atacado) foi responsável por 73,2% de nossa receita operacional

26

bruta (excluindo as receitas relativas à construção da infraestrutura da concessão ), enquanto que os Sistemas

Regionais foram responsáveis por 26,8%.

Em 31 de dezembro de 2013, fornecíamos serviços de água através de 7,9 milhões de ligações de água

para aproximadamente 24,6 milhões de pessoas, representando aproximadamente 59% da população urbana

do Estado de São Paulo, e tivemos um índice de cobertura de água de aproximadamente 99% em todas as

regiões. Em 31 de dezembro de 2013, prestávamos serviços de esgotamento sanitário através de 6,3 milhões

de ligações de esgoto a aproximadamente 21,5 milhões de pessoas e tínhamos um índice de cobertura de

esgoto de 84%. Em 31 de dezembro de 2013, operávamos através de 69.619 quilômetros de tubulações e

adutoras de água e 47.103 km de rede de esgoto.

Também prestamos serviços de água e/ou esgoto a outros quatro municípios através de sociedades de

propósito específico. Além disso, prestamos serviços de consultoria relacionados ao uso racional da água e à

gestão comercial e operacional no Panamá e em Honduras em parceria com a Latin Consult. Recentemente

criamos duas novas atividades em parceria com outras empresas: Aquapolo Ambiental S.A., uma joint

venture com um operador privado de serviços de saneamento, que iniciou suas operações no segundo

semestre de 2012 e opera a maior unidade de água de reuso do hemisfério sul, fornecendo até 1.000 litros por

segundo para as indústrias do polo petroquímico de Capuava na região metropolitana de São Paulo; e Attend

Ambiental, uma joint venture com a Estre Ambiental S.A., que está construindo uma fábrica de pré-

tratamento e processamento de efluentes não domésticos na região metropolitana de São Paulo, que está

prevista para começar as operações no primeiro semestre de 2014.

De acordo com a legislação estadual, o Estado de São Paulo, nosso acionista controlador, deve ser titular

de pelo menos 50% mais uma de nossas ações ordinárias. Em 16 de abril de 2014, o Estado era titular de

50,3% das nossas ações ordinárias em circulação. Na qualidade de sociedade de economia mista, somos parte

integrante da estrutura governamental do Estado de São Paulo. Nossa estratégia e principais decisões políticas

são formuladas em conjunto com a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo,

como parte do planejamento estratégico geral do Estado de São Paulo. A maioria dos membros dos nosso

Conselho de Administração e da nossa Diretoria é indicada pelo Governo do Estado.

Ademais, nosso plano de investimento está sujeito à aprovação do Governo do Estado de São Paulo e é

aprovado em conjunto com o orçamento da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São

Paulo como um todo. Nossas demonstrações financeiras consolidadas e registros contábeis estão sujeitos à

fiscalização do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, assim como acontece com todas as contas do

Estado de São Paulo.

Nossos Pontos Fortes

Acreditamos que a nossa posição empresarial forte e perspectivas futuras promissoras derivam dos

seguintes pontos fortes:

Atividades já consolidadas, de porte e escala significativos, e know-how para operar em ambientes

urbanos complexos. Acreditamos ser uma das maiores companhias de prestação de serviços, de água e

esgotos do mundo. Fornecemos água diretamente a aproximadamente 24,6 milhões de pessoas e fornecemos

água no atacado uma população urbana de aproximadamente 3,5 milhões de pessoas. Em 31 de dezembro de

2013, tínhamos um índice de cobertura de água de aproximadamente 99% com relação a todas as regiões em

que operamos. Também prestamos serviços de coleta e tratamento de esgoto diretamente a aproximadamente

21,5 milhões de pessoas, tendo alcançado um índice de cobertura de esgotos de 84,0% em relação a todas as

regiões em que operávamos em 31 de dezembro de 2013. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de

2013, nossa receita operacional líquida (incluindo receitas relacionadas à construção da infraestrutura da

concessão) aumentou 5,4% em relação a 2012. Como temos porte e escala significativos, isso vem

possibilitando-nos operar em ambientes urbanos complexos, tais como favelas e ambientes sem planejamento

urbano, o que nos permitiu desenvolver habilidades para operar em condições adversas, pessoal bem treinado

e uma estrutura especializada que acreditamos faltar aos nossos concorrentes.

Operação no Estado mais populoso e rico do Brasil. O Estado de São Paulo, que está localizado na

região brasileira mais desenvolvida e economicamente ativa, é o Estado mais populoso do Brasil com uma

27

população total estimada de 44 milhões em 31 de dezembro de 2013. A cidade de São Paulo tinha uma

população total estimada em 11,0 milhões na mesma data, enquanto a região metropolitana de São Paulo tinha

uma população total de 21 milhões. Com base no seu PIB, o Estado de São Paulo é o estado mais rico e a

maior economia no Brasil. O PIB do Estado de São Paulo foi de aproximadamente R$ 1,3 trilhão em 2011,

representando aproximadamente 33% do PIB total do Brasil. O Estado de São Paulo gera mais receitas de

serviços de água e esgotos do que qualquer outro Estado brasileiro.

Forte base de negócios contratados. Entre 1º de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2013, nós

assinamos contratos de 30 anos com 266 dos 363 municípios, incluindo o contrato com a cidade de São Paulo,

em junho de 2010. Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, esses contratos foram responsáveis por

72,9% de nossa receita operacional bruta (incluindo receitas relacionadas à construção de infraestrutura de

concessão).

Acesso a fontes de financiamento de baixo custo e variadas. Nossa forte geração de caixa de operações

e nosso papel de prestadora de serviços públicos essenciais nos colocam em situação privilegiada no nosso

setor para obter financiamento de longo prazo e a custos baixos junto a bancos públicos brasileiros, agências

multilaterais e bancos de desenvolvimento nacionais e internacionais. Não dependemos de um número

limitado de fontes de financiamento, mas temos acesso a diversas alternativas de financiamento nos mercados

brasileiro e internacional para financiar nossas necessidades de capital de giro e os nossos planos de

investimentos.

Sólidas práticas de governança corporativa. Em 2002, aderimos ao segmento do Novo Mercado da

BM&FBOVESPA, que é o segmento de listagem no Brasil com os mais rígidos requisitos de governança

corporativa. Em consequência disso, estamos comprometidos com regras de governança corporativa , que não

são exigidas pela legislação brasileira, o que oferece proteção adicional aos nossos acionistas e melhora a

qualidade das informações que divulgamos ao mercado. Em 1º de dezembro de 2007, passamos a fazer parte

do Índice de Sustentabilidade Empresarial, ou ISE, da BM&FBOVESPA, o que reflete nosso alto grau de

comprometimento com o meio ambiente sustentável e as práticas de cunho social.

Operações de alta qualidade. Acreditamos aderir aos mais altos padrões de serviços e empregamos a

melhor tecnologia disponível no setor de saneamento para controlar a qualidade da água captada, tratada e

distribuída por nós. Todos os nossos laboratórios de controle de qualidade da água operam em conformidade

com a norma ABNT NBR ISO 9001, o mais alto padrão internacional de qualidade de água. Além do nosso

laboratório central, 12 dos nossos laboratórios regionais são acreditados pelo Instituto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, ou INMETRO, e estão em conformidade com a norma

ABNT NBR ISO IEC 17025, garantindo assim a qualidade e a precisão dos resultados das análises. Além

disso, nossos laboratórios e equipes de campo utilizam equipamentos de última geração para detectar

substâncias controladas por regulamentos e têm equipes altamente treinadas para lidar com contingências e

reclamações de clientes. Acreditamos que nossa tecnologia aumenta a eficiência e a qualidade de nossas

operações.

Nossa Estratégia

Nossa missão é fornecer serviços de água e esgoto, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e

do meio ambiente. Para tanto, nossos objetivos estratégicos baseiam-se em princípios orientadores de

crescimento, qualidade, universalização dos serviços de saneamento, sustentabilidade social, econômica e

ambiental, capital humano como uma força competitiva e inovação, centrados na busca da excelência em

prestação de serviços ao consumidor. Nossos objetivos estratégicos também estão focados nas nossas relações

políticas e institucionais, bem como no nosso compromisso com o mercado para aumentar o valor do

acionista. Buscamos implementar esses princípios orientadores através das seguintes estratégias:

Busca contínua do crescimento com melhores resultados mediante redução de custos operacionais,

aumento da produtividade e da rentabilidade, e gestão prudente dos níveis de endividamento. Pretendemos

aplicar os princípios de crescimento financeiro e sustentabilidade em cada unidade de negócios, atribuindo

metas e estabelecendo deveres claramente de modo a fortalecer nossos resultados financeiros. Para atingir este

objetivo, temos a intenção de usar nossos melhores esforços para reduzir os custos operacionais e aumentar a

produtividade e lucratividade. Pretendemos melhorar a gestão de nossos ativos, bem como continuar a reduzir

28

nossas despesas operacionais totais, automatizando algumas de nossas instalações, racionalizando os

processos operacionais, implementando planejamento integrado e investindo mais em pesquisa e

desenvolvimento tecnológico internos. Também pretendemos continuar nossos esforços para melhorar a

cobrança de contas vencidas e não pagas de municípios para os quais prestamos serviços, do Estado e de

outras entidades governamentais, inclusive explorando oportunidades para compensar as dívidas pendentes

contra determinado possessório ou direitos de propriedade sobre serviços públicos relacionados aos sistemas

de água e esgoto. Temos a intenção de continuar a financiar nossas necessidades de capital de giro e planos de

investimentos estimados com fontes diversificadas de financiamento, como os bancos de desenvolvimento

nacionais e internacionais e agências multilaterais. Continuaremos a buscar oportunidades de mercado para

financiamento de baixo custo e reestruturação da nossa dívida se e quando vantajoso e adequado.

Melhoria da eficiência operacional e redução de perdas de água. Procuramos reduzir tanto as perdas

físicas de água, resultantes principalmente de vazamentos, quanto a perdas não físicas de água, que resultam

principalmente da imprecisão de nossos medidores de água instalados nas casas de consumidores e em nossas

instalações de tratamento de água, bem como as decorrentes de uso ilícito ou clandestino de água. Além disso,

visando obter resultados de longo prazo mais consistentes, desenvolvemos um programa abrangente de 12

anos para reduzir nossa taxa de perda de água. Os primeiros quatro anos do programa de 2009-2012 foram

financiados pelo BNDES. De 2013 a 2017, o programa será financiado por um empréstimo concedido pelo

governo do Japão, através da Agência de Cooperação Internacional do Japão, ou JICA. O programa centra-se

na renovação da nossa infra-estrutura de distribuição de água e no aprimoramento do controle de pressão e

dos serviços de manutenção e controle, como um meio de reduzir a perda de água física. Estamos também

buscando reduzir a perda de água física, criando distritos de abastecimento de água menores, através da

construção de áreas distritais de medição, ou DMAs, que reduzem a pressão do sistema e estouros de

tubulação, e permitem que vazamentos sejam detectados e reparados de forma mais eficiente. O programa

também busca reduzir a perda de água não-física através da modernização e substituição de hidrômetros

imprecisos e através de inspeções de consumo de água não autorizado em ligações de serviço de água.

Garantia da qualidade e disponibilidade de serviços em nossas atuais áreas de atendimento. Nossa

meta é manter um índice de cobertura de água de aproximadamente 100% combinado com um alto padrão de

qualidade e disponibilidade para atender ao crescimento esperado da população através da adição de 1,17

milhão de ligações de água entre 2014 e 2020. Também pretendemos aumentar o nosso índice de cobertura de

esgoto para 95% até 2020, adicionando 1,65 milhão de ligações de esgoto. Além disso, também estamos

desenvolvendo estratégias de marketing de curto, médio e longo prazo, tais como segmentação de clientes e

soluções customizadas para cada tipo de cliente, que acreditamos que nos auxiliarão a aumentar nossa base de

clientes. E pretendemos melhorar nossas estratégias de suporte ao cliente pela modernização dos serviços de

suporte baseados em comunicação telefônica e via Internet, além da constante mediação dos índices de

satisfação de nossos clientes.

Manutenção e continuidade de expansão de nossas áreas de atendimento existentes. Pretendemos

manter e expandir a nossa base operacional por meio da assinatura de novos contratos. Para esse fim,

buscamos ativamente desenvolver relacionamentos mais próximos com os governos municipais a que

atendemos atualmente, como forma a aumentar a fidelidade dos consumidores e assim renovar todos ou a

maior parte dos contratos de concessão assim que expirarem. Em junho de 2010 celebramos um contrato de

30 anos com o Estado e a cidade de São Paulo para a prestação de serviços de água e esgotos na cidade de São

Paulo que, no exercício findo em 31 de dezembro de 2013, foi responsável por 51,8% da nossa receita

operacional bruta (excluindo as receitas relacionadas à construção de infraestrutura de concessão). Entre 1º de

janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2013, celebramos contratos de 30 anos com 265 municípios (incluindo

nosso contrato de prestação de serviços com a cidade de São Paulo), sete dos quais celebrados em 2013. Esses

265 municípios representavam 72,9% do total da nossa receita em 31 de dezembro de 2013 e 64,6% de nossos

ativos intangíveis nessa mesma data. Em 31 de dezembro de 2013, 61 de nossas concessões haviam vencido e

atualmente estão sendo renegociadas. Esses contratos com os 61 municípios representavam 16,1% do total da

nossa receita em 31 de dezembro de 2013 e 25,1% de nossos ativos intangíveis nessa mesma data. De 1º de

janeiro de 2014 até 2034, expirarão 38 contratos de concessão que representaram 9,0% da nossa receita no

exercício findo em 31 de dezembro de 2013 e 8,0% de nossos ativos intangíveis naquela data.

Nosso plano de investimento incluirá recursos de R$ 12,8 bilhões entre 2014 e 2018, destinado a

melhorar e expandir nosso sistema de água e esgoto e para aumentar e proteger nossas fontes de água, a fim

29

de atender à crescente demanda por serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo, a fim de incentivar

esses clientes a continuar a usar nossos serviços. Também exploramos regularmente a possibilidade de

celebrar contratos para a prestação de serviços de água e esgoto em municípios do Estado de São Paulo nos

quais no momento não temos operações ou aos quais atualmente fornecemos água e tratamento de esgoto

somente no atacado, os quais juntos representam uma população total de aproximadamente 17 milhões.

Avaliamos possíveis oportunidades de expansão em termos de proximidade com as nossas áreas de serviço

existentes para maximizar o retorno sobre o investimento e melhorar o nosso desempenho financeiro.

Pretendemos também estudar e tirar proveito das oportunidades em outros estados brasileiros e em outros

países para expandir os nossos serviços e aumentar a nossa quota de mercado.

Expansão de nossos serviços de água e esgoto. Alcançamos um índice de cobertura de esgoto de 84%

em 31 de dezembro de 2013, e planejamos aumentar esse índice para 95,0% até 2020 pelo acréscimo de 1,65

milhão de ligações de esgoto adicionais. Além disso, há municípios no Estado de São Paulo representando

uma população total de aproximadamente 17 milhões para os quais atualmente não fornecemos água ou

esgoto, ou aos quais atualmente fornecemos água apenas no atacado. Nossa forte presença no Estado e

experiência na prestação de serviços de água e esgoto nos coloca em uma posição privilegiada para expandir

nossos serviços de esgoto para esses novos municípios no Estado de São Paulo, bem como para outros estados

brasileiros e no exterior. Além disso, buscamos aprofundar nosso relacionamento com clientes estratégicos

que consomem grandes volumes de água (mais de 500 m3 por mês), aplicando tarifas especiais para esses

clientes.

Busca de oportunidades selecionadas para expandir nossas atividades. Nossas atividades incluem

serviços de água e esgoto, tais como gestão de águas pluviais urbanas e serviços de drenagem, de limpeza

urbana e de gestão de resíduos sólidos. Estamos avaliando atividades relacionadas, incluindo o planejamento,

operação, manutenção e comercialização de energia, e da comercialização de serviços, produtos, benefícios e

direitos direta ou indiretamente decorrentes de nossos ativos, operações e atividades. Estamos autorizados a

agir, de forma subsidiária, em outras localidades do Brasil e do exterior. Desde 2008, nós expandimos para

atividades que complementam os serviços de água e esgoto em que podemos alavancar nosso know-how,

tamanho, escala e rentabilidade. Por exemplo:

Estamos planejando instalar pequenas centrais hidrelétricas em nossas estações de tratamento de

água em Guaraú e Cascata em conjunto com o consórcio Servitec/Tecniplan. Esperamos começar a

construção das duas primeiras usinas, com capacidade de 4 e 2 MW, no segundo semestre de 2014.

Trabalhamos com a empresa de saneamento básico do estado de Alagoas para transferir tecnologia

para a redução da perda de água na cidade de Maceió. Nesse tipo de contrato, somos renumerados

com base em nossa taxa de sucesso, ou, mais especificamente, lucramos com base na redução da

perda de água alcançado na cidade de Maceió.

Em parceria com a empresa de consultoria Latin Consult, estamos oferecendo serviços de consultoria

para o Instituto Costarricense de Acueductos y Alcantarillados Nacionales, a empresa responsável

pelos serviços de água e esgoto nas províncias centrais do Panamá, na área de uso sustentável de

água e para implementar um novo modelo de gestão e planejamento comercial, financeiro e

operacional.

Também em parceria com a Latin Consult, estamos oferecendo serviços de consultoria para sete

municípios em Honduras para implementar um novo modelo de gestão comercial e operacional.

Criamos a Attend Ambiental, uma joint venture com a Estre Ambiental S.A., que está construindo

uma estação de pré-tratamento e processamento de efluentes não domésticos na região metropolitana

de São Paulo, que está prevista para começar as operações no primeiro semestre de 2014.

Estamos planejando a produção e distribuição de bio metano do gás gerado em nossos processos de

tratamento de esgoto.

Adotar maneiras eficientes e competitivas para atrair, reter e motivar nosso pessoal. Pretendemos nos

tornar referência em termos de gestão de recursos humanos, dando reconhecimento e oportunidades de

30

crescimento ao nosso pessoal. Procuramos elevar o nível de satisfação no local de trabalho através da criação

de programas para o desenvolvimento profissional e pessoal de nossos funcionários, definindo pacotes de

benefícios atrativos e criando um ambiente de trabalho saudável e colaborativo.

Simplificação de processos internos. Estamos implementando planos para aumentar a nossa agilidade e

produtividade na resposta às mudanças regulatórias, reforçar e simplificar nossa estrutura financeira,

comercial e administrativa, e aumentar a eficiência de nossas operações, além de reduzir os custos. Para este

fim, em 2012, começamos a implementar um sistema de gestão empresarial (Enterprise Resourcing Planning),

ou ERPs, para substituir os nossos sistemas de informações comerciais e de gestão. Nós contratamos através

de um processo de licitação o Consórcio Águas Claras, que consiste nas empresas Accenture e Engeneering e

que irá nos fornecer sistema ERP da SAP e sistema Net@suite. Estimamos que o ERP será implementado em

2014, e o Net@suite em 2015.

Acreditamos que nossa estratégia global nos permitirá atender à demanda por água de alta qualidade e

serviços de esgoto no Estado de São Paulo, em outros estados brasileiros e no exterior, reforçando os

resultados de nossas operações e nossa condição financeira e criando valor para os acionistas.

Estado de São Paulo

O Estado de São Paulo é um dos 26 Estados que, juntamente com o Distrito Federal, constituem a

República Federativa do Brasil. O Estado está localizado na Região Sudeste do país, que também inclui os

Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro e é, de acordo com o IBGE, a mais desenvolvida e

economicamente ativa do Brasil. O Estado de São Paulo está localizado na costa atlântica do Brasil e faz

fronteira com os Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais ao norte, com o Estado do Paraná ao sul e com o

Estado de Mato Grosso do Sul ao oeste.

O Estado de São Paulo ocupa 3% do território brasileiro e abrange uma área no total de aproximadamente

248.600 km2. De acordo com o SEADE, o Estado de São Paulo tinha uma população total estimada em 44

milhões em 31 de dezembro de 2013. A cidade de São Paulo, capital do Estado de São Paulo, tinha uma

população total estimada em 11,0 milhões, com uma população total de 21 milhões de habitantes na região

metropolitana de São Paulo, em 31 de dezembro de 2013. A região metropolitana de São Paulo abrange 39

municípios, é a maior região metropolitana das Américas e a sexta maior do mundo, segundo a United

Nations’ World Urbanization Prospects, edição de 2011, com aproximadamente 47% da população total do

Estado de São Paulo em 31 de dezembro de 2013.

De acordo com o IBGE, o PIB do Estado de São Paulo foi de aproximadamente R$ 1,3 trilhão em 2011,

representando cerca de 33% do PIB total do Brasil, o que a torna a maior economia de qualquer estado do

Brasil com base no PIB. De acordo com o IBGE, o Estado de São Paulo também é o principal estado

brasileiro em termos de atividade manufatureira e industrial, com uma forte posição na indústria

automobilística, farmacêutica, fabricação de computadores, fabricação de aço e plásticos, entre outras

atividades, bem como uma posição de liderança na indústria de serviços bancários e financeiros. O Estado de

São Paulo é o estado líder de exportação no Brasil, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior.

Histórico

Até o fim dos século XIX, os serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo eram geralmente

prestados por empresas privadas. Em 1875, a Província de São Paulo outorgou à Companhia Cantareira de

Água e Esgotos concessão para prestação de serviços de água e esgotos. Em 1893, o governo da Província de

São Paulo assumiu a responsabilidade pela prestação dos serviços de água e esgotos da Companhia Cantareira

de Água e Esgotos e constituiu a Repartição de Água e Esgotos, que era um órgão governamental. Desde

então, os serviços de água e esgotos para a Região Metropolitana de São Paulo têm sido administrados pelo

governo do Estado de São Paulo. Historicamente, os serviços de água e esgotos em grande parte dos demais

municípios do Estado de São Paulo eram administrados diretamente pelos municípios, quer através de

departamentos municipais de saneamento básico, quer através de autarquias municipais. Autarquias são

órgãos públicos relativamente autônomos com existência jurídica, ativos e receitas, criadas por lei para

31

realizar a administração de serviços públicos onde o governo considera que a estrutura administrativa e

financeira descentralizada seria vantajoso.

Em 1954, como resposta ao expressivo crescimento da população na Região Metropolitana de São Paulo,

o governo do Estado de São Paulo criou o Departamento de Águas e Esgotos, autarquia do governo do

Estado. O Departamento de Águas e Esgotos prestava serviços de água e esgotos para vários municípios da

Região Metropolitana de São Paulo.

Uma reestruturação importante das entidades prestadoras de serviços de água e esgotos no Estado de São

Paulo ocorreu em 1968, com a criação da Companhia Metropolitana de Água de São Paulo, ou COMASP,

cujo objetivo era fornecer água potável no atacado para consumo público nos vários municípios da Região

Metropolitana de São Paulo. Todos os ativos relacionados à produção de água potável na Região

Metropolitana de São Paulo, anteriormente pertencentes ao Departamento de Águas e Esgotos, foram

transferidos à COMASP. Em 1970, o governo do Estado criou a Superintendência de Água e esgotos da

Capital, ou SAEC, para distribuir água e coletar esgoto na Cidade de São Paulo. Todos os ativos relacionados

aos serviços de água anteriormente pertencentes ao Departamento de Água e Esgotos foram transferidos para

a SAEC. Também em 1970, o governo do Estado constituiu a Companhia Metropolitana de Saneamento de

São Paulo, ou SANESP, para prestar serviços de tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo.

Todos os ativos relacionados aos serviços de esgoto anteriormente pertencentes ao Departamento de Água e

Esgotos foram transferidos para a SANESP. O Departamento de Água e Esgotos foi posteriormente fechado.

Com o objetivo de implementar as diretrizes do governo federal estabelecidas no Plano Nacional de

Saneamento, em 29 de junho de 1973 a Lei Estadual nº 119 autorizou a fusão da COMASP, da SAEC e da

SANESP para a nossa formação. Somos uma empresa constituída segundo as leis do Brasil, como uma

sociedade anônima com prazo de duração indeterminado. O Plano Nacional de Saneamento era um programa

patrocinado pelo governo federal que financiava investimentos e auxiliava no desenvolvimento de empresas

de água e esgotos controladas pelo Estado. Desde a nossa constituição, outras companhias do governo do

Estado e controladas pelo estado envolvidas em abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto no

Estado de São Paulo foram incorporadas em nossa companhia. O Estado sempre foi nosso acionista

controlador, conforme exigido pela Lei Estadual nº 119. Portanto, integramos à estrutura administrativa do

Governo do Estado, sendo que nossas estratégias são formuladas em conjunto com as estratégias adotadas

pela Secretaria de Estado do Saneamento e Recursos Hídricos. Além disso, a maioria dos membros do nosso

Conselho de Administração e da nossa Diretoria são nomeados pelo Governo do Estado.

Nosso orçamento de capital está sujeito a aprovação do Estado e é obtida simultaneamente à aprovação

do orçamento da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo do Estado de São

Paulo. Ademais, estamos sujeitos à supervisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo quanto a

assuntos de ordem contábil, financeira e orçamentária e relacionados aos nossos ativos operacionais.

Fornecemos serviços de água e esgoto diretamente a um grande número de consumidores privados

residencial, comercial e industrial, bem como a uma variedade de entidades públicas, em 363 dos 645

municípios do Estado, inclusive na cidade de São Paulo. Nós também fornecemos água no atacado para 6

(seis) municípios da região metropolitana de São Paulo em que não operamos sistemas de distribuição de

água, e cinco desses municípios também utilizam nossos serviços de tratamento de esgoto. Atualmente, somos

a quinta maior empresa de serviços de água e esgoto no mundo em número de clientes, de acordo com a 14a

edição do Pinsent Masons Water Yearbook (2012-2013).

Em 1994 obtivemos o registro de companhia aberta junto à CVM, ficando sujeitos à regulação da CVM,

inclusive quanto à divulgação de relatórios financeiros periódicos e de atos e fatos relevantes. Nossas ações

ordinárias estão listadas na BM & FBOVESPA sob o código “SBSP3” desde 4 de junho de 1997.

Em 2002, aderimos ao segmento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, que é o segmento de listagem

no Brasil com os mais rígidos requisitos de governança corporativa. Naquele mesmo ano obtivemos nosso

registro junto à Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos, ou SEC, e nossas ações ordinárias

passaram a ser negociadas na Bolsa de Nova York, a NYSE, na forma de American Depositary Receipts –

Level III (“ADRs”).

32

Em 2004, o Estado de São Paulo realizou uma oferta secundária de ações ordinárias de nossa empresa

nos mercados brasileiro e internacional. Em 1º de dezembro de 2007, passamos a fazer parte do Índice de

Sustentabilidade Empresarial, ou ISE, da BM&FBOVESPA, o que reflete nosso alto grau de

comprometimento com o meio ambiente sustentável e as práticas de cunho social.

Em dezembro de 2007, a Lei nº 1.025, que prevê a criação de agências reguladoras para a supervisão dos

serviços de água e esgoto, criou a ARSESP, a agência reguladora que regula e fiscaliza os serviços que

prestamos.

Organização Societária

Temos atualmente seis diretorias, cada uma delas supervisionada por um de nossos diretores.

Nosso conselho de administração atribui responsabilidades aos nossos diretores após uma proposta inicial

feita pelo nosso Presidente, de acordo com o nosso estatuto social. O Presidente é responsável pela

coordenação de todas as nossas diretorias em conformidade com as políticas e diretrizes estabelecidas por

nosso Conselho de Administração e Diretoria, inclusive a coordenação, avaliação e controle de todas as

funções relacionadas à Presidência e a sua equipe, planejamento integrado, organização e gestão empresarial,

comunicação, auditoria, ouvidoria e negociação de concessões. O Presidente representa nossa companhia

perante terceiros e determinados poderes podem ser substabelecidos a procuradores. Os diretores abaixo estão

subordinados ao Presidente:

Diretor de Gestão Corporativa, que é responsável pelos processos comerciais e relacionamento com

os clientes, recursos humanos, qualidade e responsabilidade social, tecnologia da informação,

patrimônio, serviços jurídicos e suprimentos e contratações;

Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, que é responsável pelo planejamento

financeiro, custos e tarifas, pela obtenção de capital e destinação de recursos aos departamentos da

Companhia, pela condução de todas as operações no mercado de capitais e outras operações de

captação de recursos e gestão dos níveis de endividamento, controladoria, contabilidade, governança

corporativa e relações com investidores. Além disso, o Diretor Financeiro faz parte do comitê de

assuntos regulatórios e é responsável pela implementação das diretrizes definidas pelo comitê, com o

apoio da nossa divisão responsável por assuntos regulatórios;

Diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente, que é responsável pela gestão

ambiental, desenvolvimento operacional e tecnológico, controle de qualidade da água e esgotos,

coordenação e execução de programas especiais de investimento, projetos, pesquisa e inovação; e

Diretor Metropolitano e Diretor de Sistemas Regionais, que são responsáveis pelo gerenciamento da

operação, manutenção, execução do planejamento e das obras de sistemas de abastecimento de água

e esgoto (incluindo os serviços de água que fornecemos no atacado), serviços de venda e call center,

e têm a responsabilidade geral pelo desempenho financeiro e operacional de suas divisões. Além

disso, os Diretores de Operações fazem parte do comitê de assuntos regulatórios e são responsáveis

pela implementação das diretrizes definidas pelo comitê nas suas equipes de gestão, com o apoio da

nossa divisão responsável por assuntos regulatórios, assessoramento aos municípios autônomos e

pela mediação e negociação de concessões junto aos titulares dos serviços, negociação com as

comunidades locais visando harmonizar os interesses da companhia e do cliente.

Plano de Investimento

Nosso plano de investimento destina-se a melhorar e expandir nossos sistemas de produção e distribuição

de água e coleta e tratamento de esgoto, e aumentar e proteger os recursos hídricos a fim de atender à

crescente demanda por serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo. Nosso plano de investimento

compreende quatro metas específicas para os municípios a que atendemos:

(i) continuar a atender à demanda máxima por água tratada;

33

(ii) ampliar o percentual de domicílios ligados à nossa rede de esgoto;

(iii) aumentar o tratamento de águas residuais coletadas; e

(iv) melhorar a eficiência operacional e reduzir a perda de água.

Os investimentos realizados entre 2011 e 2013 totalizaram R$7,7 bilhões. Temos um plano de

investimentos no valor total de R$12,8 bilhões de 2014 até 2018. Investimos R$2,7 bilhões, R$2,5 bilhões,

R$2,4 bilhões em 2013, 2012 e 2011, respectivamente.

A tabela a seguir apresenta nossos investimentos planejados para infraestrutura de água e esgoto para os

anos indicados.

Investimentos Planejados

2014 2015 2016 2017 2018 Total

Água 1.139 1.129 1.087 956 974 5.284

Coleta de Esgoto 1.092 1.069 889 893 1.107 5.051

Tratamento de esgoto 411 478 553 647 339 2.428

Total 2.642 2.676 2.529 2.496 2.420 12.763

Nosso plano de investimentos de 2014 até 2018 continuará a se concentrar em alcançar nossos objetivos,

fazendo investimentos regulares para manter e expandir a nossa infraestrutura e reduzir as perdas de água nos

363 municípios que servimos em 31 de dezembro de 2013.

Principais Projetos de Nosso Programa de Investimento

Segue uma descrição dos principais projetos em nosso programa de investimento.

Plano de Investimentos na Região Metropolitana

Programa Metropolitano de Água

Na Região Metropolitana de São Paulo, a demanda por nossos serviços de abastecimento de água cresceu

constantemente ao longo dos anos e, algumas vezes, excedeu a capacidade dos nossos sistemas. Como

resultado, até setembro de 1998, parte dos clientes nesta região recebiam água em dias alternados da semana.

Nós nos referimos a isso como “rodízio de água”. A fim de sanar essa situação, implementamos o Programa

Metropolitano de Água para melhorar o fornecimento regular de água a toda a Região Metropolitana de São

Paulo. O Programa terminou em 2000 e o sistema de rodízio de água foi eliminado; todavia, mantivemos

nosso plano de investimento para a região.

A segunda fase do Programa Metropolitano de Água, que projetou aumentar a capacidade de produção

em 13,2 m3/s, começou em 2006 e está prevista para ser executada até 2014. Desde então, houve um aumento

de 5,5 m3/s na capacidade de produção de água (dos quais 5 m³/s por meio da Parceria Público Privada do

Alto do Tietê (PPP) concluída em 2011) e o plano é aumentar mais 1m³/s em 2014.

O total de investimentos feitos de 2006 a 31 de dezembro de 2013 foi de R$1,6 bilhão, incluindo recursos

próprios, financiamentos junto à Caixa Econômica Federal (“CEF”) e Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (“BNDES”) e os investimentos da PPP do Alto Tietê. Em 2013, investimos

aproximadamente R$128 milhões neste programa.

Em 2013, os objetivos do Programa foram revisados, e iniciamos a terceira fase do Programa.

Pretendemos aumentar a capacidade de produção de água em 9,5 m³/s na Região Metropolitana de São Paulo

até 2018, incluindo o novo sistema de São Lourenço. Somente este novo sistema vai aumentar a capacidade

de produção de água em 4,7 m³/s. Os investimentos previstos na terceira fase do Programa podem chegar a

R$4,4 bilhões, incluindo os investimentos da PPP São Lourenço. Para obter informações sobre as Parcerias

Público-Privadas, consulte “Visão Geral dos Negócios - Parcerias Público Privadas”.

34

Alto Tietê – Parceria Público Privada

Em junho de 2008, formamos a PPP Alto Tietê uma sociedade de propósito específico conhecida como

Cab Spat, cujos acionistas principais são Cab Ambiental e Galvão Engenharia SA. A PPP Alto Tietê faz parte

da segunda fase do Programa Metropolitano de Água e visa melhorar a confiabilidade, flexibilidade e

disponibilidade do sistema integrado da água que serve a região metropolitana de São Paulo. Através desta

PPP, Cab Spat realizou obras de infra-estrutura, que foram concluídas em dezembro de 2011, e ampliou a

capacidade nominal do sistema Alto Tietê de 10 metros cúbicos por segundo para 15 metros cúbicos por

segundo.

Cab Spat também se comprometeu a realizar a manutenção contínua das barragens do Sistema do Alto

Tietê. Este trabalho de manutenção consiste em serviços de engenharia civil, eletromecânicos e operacionais,

bem como tratamento de lodo, adutora e abastecimento de água.

O custo total estimado para este projeto, incluindo os investimentos e a manutenção do sistema, é de

R$1,0 bilhão. Pretendemos completar este pagamento até 2024. Para obter informações sobre as Parcerias

Público-Privadas, consulte “Visão Geral dos Negócios - Parcerias Público Privadas.”

Projeto São Lourenço

A região metropolitana sofre com a escassez de água, o que nos obriga a captar água de fontes cada vez

mais distantes. Para remediar esta situação, estamos desenvolvendo atualmente um novo sistema de

abastecimento chamado São Lourenço, que irá expandir a nossa capacidade de produção em 4,7m3/s, e deverá

ser capaz de beneficiar uma população de quase 1,5 milhão de pessoas. O contrato PPP foi assinado em

agosto de 2013 e as obras terão início no primeiro semestre de 2014. O Sistema Produtor São Lourenço S.A. é

uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), constituída pelas construtoras Camargo Correa e Andrade

Gutierrez. O novo sistema está previsto para começar a operar em 2018. Para obter informações sobre as

Parcerias Público-Privadas, consulte Visão Geral dos Negócios - Parcerias Público Privadas”.

O valor do contrato é de aproximadamente R$6 bilhões (incluindo o investimento na construção, de

R$2,2 bilhões, operação e manutenção do sistema) e tem um prazo de 25 anos, dos quais quatro anos serão

dedicados à construção e 21 anos serão dedicados à prestação de serviços. Estes serviços incluem a operação

e manutenção do sistema de tratamento de lodos da estação de tratamento de água e eliminação dos resíduos

assim gerados, manutenção eletromecânica e civil das estações elevatórias de água bruta, da estação de

tratamento de água e adutora de água bruta, preservação e limpeza, vigilância e segurança patrimonial.

Projeto Tietê

O Rio Tietê corta a Região Metropolitana de São Paulo e recebe a maior parte do esgoto e águas pluviais

da região. A situação ambiental do rio atingiu um nível crítico em 1992. Buscando reverter tal situação, o

Estado de São Paulo criou um programa de recuperação destinado a reduzir a poluição do Rio Tietê através da

construção de redes de coleta de esgoto ao longo de suas margens e de seus afluentes. Tais redes coletam o

esgoto bruto e o encaminam às nossas estações de tratamento de esgotos. Realizamos a primeira etapa do

programa entre os anos de 1992 a 1998.

Na primeira etapa do Projeto Tietê, concluímos a construção de três estações de tratamento de esgoto

adicionais em junho de 1998. Isso envolveu investimento total de US$ 1,1 bilhão, dos quais US$450 milhões

financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento ou BID, aproximadamente US$100 milhões pela

Caixa Econômica Federal e aproximadamente US$550milhões com recursos próprios.

A segunda fase do projeto, que foi realizada entre 2000 e 2008, envolveu a instalação de 290 mil ligações

de esgoto e mais de 1.500 km de redes coletoras de esgoto, coletores tronco e interceptores. O total de

investimentos nesta etapa foi de cerca de US$ 500 milhões, dos quais US$200 milhões foram financiados pelo

BID, R$60 milhões diretamente pelo BNDES e R$180 milhões pelo BNDES através de outra instituição

financeira.

35

O principal objetivo da segunda etapa foi continuar a expandir e otimizar o sistema de esgoto na região

metropolitana de São Paulo, concentrando-se principalmente em melhorias para expandir o encaminhamento

de esgoto bruto para as estações de tratamento de esgotos que foram construídas na primeira etapa. Após a

conclusão da segunda etapa do projeto, em 2008, passamos a coletar cerca de 5.000 litros de esgoto bruto por

segundo e enviá-lo para as cinco estações de tratamento de esgoto em nosso sistema integrado de tratamento.

Como parte da segunda etapa do Projeto Tietê, implementamos um sistema de informação geográfica

chamado SIGNOS. SIGNOS é um sistema de informação de gestão que automatiza e integra diversos

processos de negócio, incluindo gerenciamento de projetos, manutenção, operações e atendimento ao cliente e

traça toda a nossa infraestrutura por municipio, na região metropolitana de São Paulo.

A primeira e segunda etapa do Projeto Tietê contribuíram para um aumento de 70% para 84% no índice

de coleta de esgoto e de um aumento de 24% para 70% no tratamento de esgotos coletados na região

metropolitana de São Paulo. Como resultado, o sistema de coleta de esgotos passou a abranger um total de

15,8 milhões de pessoas (5,1 milhões a mais do que o número de pessoas atendidas quando o Projeto Tietê foi

iniciado), e o sistema de tratamento de esgoto passou a abranger 11,1 milhões de pessoas (8,5 milhões a mais

do que o número de pessoas atendidas quando o Projeto Tietê foi iniciado). As cinco principais estações de

tratamento de esgoto da Região Metropolitana de São Paulo têm uma capacidade total instalada de 18 metros

cúbicos de esgoto por segundo e tratam atualmente um volume total de 15,7 metros cúbicos de esgoto por

segundo. Planejamos construir redes de coleta adicionais para direcionar mais esgoto bruto para as estações

de tratamento.

A terceira fase do Projeto Tietê, iniciada em 2010, tem como objetivo melhorar a qualidade da água na

bacia do rio Tietê, expandindo os níveis de coleta para 87% e os níveis de tratamento de esgoto para 84,0% na

região metropolitana de São Paulo. O custo total estimado da terceira fase é de cerca de US$ 2 bilhões, dos

quais US$600 milhões serão financiados por um empréstimo do BID efetivado em setembro de 2010 e

aproximadamente R$1,35 bilhão por um empréstimo do BNDES celebrado em Fevereiro de 2013. A terceira

fase consiste principalmente dos seguintes itens:

melhorias no sistema de coleta de efluentes através de redes coletoras e ligações domiciliares;

remoção e transporte dos efluentes para tratamento através de coletores-tronco e interceptores; e

construção, de novas estações de tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo.

Aproximadamente 76% do trabalho para a terceira etapa está em fase de construção, e mais 7% está em

processo de licitação. Após a conclusão da terceira etapa do Projeto Tietê, o sistema de coleta de esgoto irá

atender um adicional de 1,5 milhão de pessoas e o sistema de tratamento de esgoto vai atender um adicional

de 3,0 milhões de pessoas. Investimos R$1,1 bilhão na terceira etapa, dos quais R$358 milhões durante 2013.

Continuando nossos esforços para eliminar a disposição de esgotos in natura nos rios da Região

Metropolitano de São Paulo, nas áreas em que atuamos, atualmente estamos estruturando a quarta e última

etapa do Projeto Tietê, que está prevista para começar em 2014, com investimentos estimados em US$ 2

bilhões. Os recursos serão fontes de financiamento do Governo Federal e de instituições internacionais,

semelhante ao que aconteceu nas fases iniciais do programa.

Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água

O objetivo do Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água é reduzir as perdas de água de forma

eficiente por meio da integração e expansão de iniciativas já existentes em nossas unidades de negócios. Este

programa tem um prazo de 12 anos, que começou em 2009. Investimos R$1,5 bilhão no projeto até agora,

incluindo R$424 milhões investidos em 2013, e prevemos investimentos totais de aproximadamente R$5,9

bilhões ao longo do período de vigência do programa. Os recursos para o programa virão de recursos

próprios, bem como de crédito oferecidos pela JICA, Caixa Econômica Federal e BNDES. O Programa visa a

reduzir a incidência de perda de água de 436 litros diários por ligação em dezembro de 2008 para 280 litros

diários por ligação em 2020, o que equivale a reduzir o índice de perdas de faturamento de água de 27,6% em

dezembro de 2008 para 18% em 2020 ou o índice de perdas micromedido de 34,1% em dezembro de 2008

para 25,7% em dezembro de 2020. Desde o começo do programa, nós reduzimos o índice de perdas de

36

faturamento de água em 3,2%, alcançando 24,4% em Dezembro de 2013. Com relação ao uso de recursos

hídricos, a queda na perda real ou física de água (água fisicamente perdida, que corresponde a

aproximadamente 65% do índice de perdas de água) foi reduzida de 22,2% em dezembro de 2008 para 20,3%

em dezembro de 2013.

Mananciais /Programa Vida Nova

O Programa Mananciais/Vida Nova consiste de programas voltados à melhoria e à preservação dos

recursos hídricos da Região Metropolitana de São Paulo, especialmente nas represas de Guarapiranga e

Billings. Os recursos serão aplicados principalmente na criação de infraestruturas para coletar esgoto e

transportá-lo para as estações de tratamento de modo a reduzir o despejo de efluentes nos cursos d’água. O

programa também inclui a proteção de áreas verdes e a urbanização de favelas e deverá beneficiar diretamente

58 mil famílias até 2015.

O governo do Estado, as autoridades municipais e o governo federal devem investir aproximadamente

R$1,6 bilhão no programa até o fim de 2015. Para implementar este programa, estimamos investir R$335

milhões. Em 31 de dezembro de 2013, o valor total de investimentos acumulados neste programa alcançou

R$117 milhões, dos quais investimos R$48,4 milhões em 2013.

Programa Córrego Limpo

O Programa Córrego Limpo é uma parceria entre o Estado, por meio da nossa empresa e o município de

São Paulo e visa descontaminar córregos urbanos da cidade de São Paulo, com a eliminação do despejo de

esgoto nos córregos e galerias de águas pluviais, a limpeza dos córregos e margens de córregos, assim como a

remoção e realocação de propriedades situadas em margens de rios. O total de investimentos feito neste

programa foi de R$730,3 milhões em 31 de dezembro de 2013, dos quais investimos R$130 milhões. 146

córregos urbanos foram descontaminados desde 2007, beneficiando aproximadamente 2 milhões de pessoas.

Em 2013, 30 córregos urbanos foram descontaminados e investimos R$20 milhões neste Programa. Parte dos

investimentos relacionados ao Projeto Tietê beneficiam o Programa Córrego Limpo.

Em 2013 começamos nossa quarta fase do Programa Córrego Limpo e esperamos descontaminar total ou

parcialmente mais de 20 grandes córregos até o fim de 2014, com investimentos de aproximadamente R$100

milhões.

Programas de Investimento nos Sistemas Regionais

Atualmente, temos uma série de projetos em andamento e planejados para os nossos Sistemas Regionais.

Estes referem-se à captação de água, bem como a coleta, remoção e destinação do esgoto. Investimos nesses

projetos R$1,1 bilhão por ano em 2013, 2012 e 2011, e já temos previsão orçamentária para investimentos

adicionais da ordem de aproximadamente R$3,7 bilhões entre 2014 e 2018.

Programa Onda Limpa

Aa principal meta do Programa Onda Limpa é melhorar e expandir os sistemas de esgoto nos municípios

que abrangem a região metropolitana da Baixada Santista, aumentando o índice de coleta de esgoto para 95%

e tratar 100% do esgoto coletado, com isso melhorando a balneabilidade de 82 praias da região até o final da

década. Este projeto está sendo realizado em duas fases, a primeira está em execução, e a segunda está em

fase de planejamento. A primeira etapa está prevista para ser concluída em 2016, com o objetivo de aumentar

a taxa de coleta de esgoto para 88%. Os fundos virão de recursos próprios, bem como de contratos de

empréstimo celebrados com a JICA e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS.

Até 31 de dezembro de 2013, investimos aproximadamente R$1,9 bilhão no programa, dos quais R$75,5

milhões foram investidos em 2013. Como resultado, a coleta de esgotos aumentou de 53% para 72%, e o

tratamento dos esgotos coletados passou de 96% para 100%.

Com o término da construção das estações de tratamento de esgoto e das redes coletoras, estamos

priorizando a ligação dos usuários ao sistema de coleta de esgotos. Até 31 de dezembro de 2013, concluímos

84 mil ligações domiciliares.

37

Além disso, obras complementares da primeira etapa serão executadas entre 2013 e 2016, incluindo um

acréscimo de 33 mil ligações de esgoto. Esperamos elevar o índice de coleta de esgotos para 88% até o fim

desta etapa. Estas obras têm um valor de investimento aproximado de R$400 milhões.

Ainda na primeira etapa, vamos trabalhar até 2017 no emissário submarino da Praia Grande, uma

importante cidade na região da Baixada Santista, no litoral do estado de São Paulo. Isso envolverá

investimentos de aproximadamente R$300 milhões.

A segunda etapa está sendo planejada para o período entre 2015 e 2020. Nós estimamos investimentos no

valor de R$1 bilhão, para ampliar e implementar sistemas de coleta e tratamento de esgoto e realizar 50 mil

novas ligações. Esta fase do Programa Onda Limpa visa à universalização dos serviços de esgoto na Região

Metropolitana da Baixada Santista.

Programa Onda Limpa Litoral Norte

O Programa Onda Limpa Litoral Norte tem como objetivo expandir a coleta e tratamento de esgoto no

litoral norte do Estado de São Paulo, pretendendo beneficiar 600 mil pessoas, incluindo a população local e os

turistas que visitam a região a cada ano. O programa visa aumentar o índice de coleta e tratamento de esgoto

na região de 36,0% em 2008 para 85% em 2016, melhorando assim a saúde e o bem estar da população e

estimulando o desenvolvimento econômico através do aumento do turismo. Em 2013, a taxa de coleta de

esgoto era de 56%.

Como parte deste programa, em 2013 implementamos redes coletoras, ligações de esgoto e emissários, e

construimos duas Estações de Tratamento de Esgoto em praias do litoral norte do estado de São Paulo. Os

recursos no valor de R$510 milhões, que são necessários para concluir este programa até 2016 virão de

recursos próprios, bem como de contratos de empréstimo celebrados com o BNDES e com a Caixa

Econômica Federal. Até 31 de dezembro de 2013, havíamos investido R$ 144 milhões nesse programa, dos

quais R$18 milhões foram investidos durante 2013.

Programa Água no Litoral

O Programa Água no Litoral combina várias atividades de longo prazo para expandir a capacidade de

produção de água na região metropolitana da Baixada Santista eem todo o litoral sul do Estado de São Paulo.

O programa visa beneficiar aproximadamente três milhões de pessoas, incluindo população local e turistas, e

aumentar o nível de confiabilidade dos sistemas locais, eliminando deficiências e irregularidades, existentes e

potenciais, no abastecimento de água. Através desse programa pretende-se alcançar universalização dos

serviços na Região Metropolitana da Baixada Santista, aumentar a disponibilidade de água tratada para a

população local e os turistas, e melhorar da qualidade da água disponível à população. Os investimentos serão

feitos com recursos próprios e de financiamento da Caixa Econômica Federal.

Durante a primeira etapa deste programa, focamos o aumento da produção de água a fim de satisfazer a

demanda e melhorar a qualidade da água no sul da região metropolitana da Baixada Santista. Para alcançar

este objetivo, construímos duas estações de tratamento de água, que iniciou suas operações em 2013: Mambu

/ Branco, com capacidade de tratamento de água de 1,6 m³/s, e Jurubatuba, com capacidade de tratamento de

água de 2 m³/s.

Até 31 de dezembro de 2013, investimos aproximadamente R$858 milhões no programa, dos quais

R$100 milhões foram investidos durante 2013. Na primeira etapa do programa esperamos investir um total de

R$1,1 bilhão. A segunda fase do programa está em planejamento, com o objetivo de aumentar ainda mais a

disponibilidade de água tratada para a população local e os turistas e melhorar a qualidade da água disponível

para a região metropolitana da Baixada Santista nos próximos anos.

Novas Políticas e Programas

Nossa Guarapiranga

Lançamos em dezembro de 2011 o projeto Nossa Guarapiranga, cujo principal objetivo é contribuir para

a melhoria da qualidade da água da represa Guarapiranga, que abastece a região metropolitana de São Paulo.

38

A represa serve um milhão de pessoas diretamente nas áreas próximas e, indiretamente, mais dois milhões de

pessoas. Instalamos 11 barreiras para contenção de lixo nas saídas dos principais córregos que deságuam na

bacia e desde julho de 2012, nós desenvolvemos serviços de diagnóstico e de controle para a retirada das

plantas aquáticas que obstruem a captação de água e depósito de lixo na parte inferior da barragem da bacia.

O valor total investido de recursos próprios era R$12,2 milhões em março de 2014. Essas ações vão continuar

durante 2014-2015, durante o qual mais R$4,3 milhões serão investidos.

Pró Conexão

Em dezembro de 2011, a Câmara de Vereadores do município de São Paulo aprovou um projeto para

subsidiar as ligações à rede de esgoto para famílias de baixa renda. Inicialmente esperado para durar 8 anos, o

projeto envolve investimentos de capital de até R$349,5 milhões, dos quais 80% serão fornecidos pelo

governo do Estado e 20% por nós. Neste período esperamos que este programa crie 192 mil novas ligações

beneficiando cerca de 800 mil pessoas.

Até dezembro de 2013, concluímos aproximadamente 15 mil conexões. Acreditamos que este programa

vai aumentar a eficiência dos nossos programas de coleta de esgoto e ajudar a melhorar a qualidade da água

em rios e bacias da região, bem como melhorar a qualidade de vida das famílias de baixa renda.

Programa Água É Vida

O programa Água é vida, criado em novembro de 2011, tem como objetivo fornecer serviços de água e

esgoto para 41 comunidades isoladas e de baixa renda em 20 municípios das regiões do Alto Paranapanema e

Vale do Ribeira. Na primeira fase do programa, esperamos cobrir 81 comunidades de 30 municípios,

beneficiando cerca de 15 mil pessoas. Nesse projeto, somos responsáveis pelo abastecimento de água e os

municípios, com financiamento do Governo do Estado, pela instalação de Unidades Sanitárias Individuais,

que é uma tecnologia mais adequada para comunidades isoladas e de baixa renda. Para o abastecimento de

água, nós investimos aproximadamente R$6,5 milhões em perfuração de poços projetos de infraestrutura

(reservatórios, equipamentos, redes e dutos). Esperamos investir aproximadamente R$15 milhões até 2015.

Em 2013, executamos quase 64 quilômetros de redes e dutos para atender o programa. Uma grande parte

destes trabalhos foram executados por pessoal próprio, o que reduziu consideravelmente a necessidade de

investimento. Também entraram em operação 20 poços e tem estudos e projetos para outros 18. Estima-se que

até o final do programa vamos chegar 220 km de rede e dutos e 45 poços.

Um montante de aproximadamente R$6 milhões é estimado para a construção da infraestrutura de esgoto,

que será financiada pelo governo estadual. Este valor é negociado entre os municípios eo Governo do Estado,

e só indicamos a solução técnica que é mais adequada para cada região.

B. Visão Geral das Atividades

Nossas Operações

Em 31 de dezembro de 2013, prestávamos serviços de água e esgotos para 363 municípios no Estado de

São Paulo, nos termos de contratos de concessão, contratos de programa ou outras espécies de acordos legais

ou sem contrato formal. Também fornecemos água tratada no atacado para 6 municípios localizados na região

metropolitana de São Paulo. O Artigo 2 do nosso Estatuto Social nos permite realizar as seguintes atividades:

prestação de serviços de abastecimento de água e esgoto, gestão de águas pluviais urbanas e serviços de

drenagem, serviços de limpeza urbana e serviços de gestão de resíduos sólidos. Além disso, nosso Estatuto

Social autoriza-nos a realizar outras atividades correlatas, incluindo o planejamento, operação e manutenção

dos sistemas de produção, armazenamento, conservação e comercialização de energia, e o comércio de

serviços, produtos, benefícios e direitos que, direta ou indiretamente, resultem de nossos ativos, projetos e

atividades, bem como o direito de operar uma subsidiária em qualquer lugar no Brasil ou no exterior para

prestar os serviços acima mencionados.

Em virtude da edição da Lei de Saneamento Básico, a qual regula o setor de saneamento básico no Brasil,

operamos atualmente sob dois ambientes contratuais distintos: (i) em relação aos contratos de concessão já

39

expirados, estamos atualmente negociando ou negociaremos novos contratos que adotem os termos e as

condições da Lei de Saneamento Básico, conhecidos como “contratos de programa”, e (ii) em relação aos

contratos de concessão ainda não expirados, continuaremos a operar nos termos e condições dos contratos de

concessão existentes, exceto em circunstâncias em que a Lei de Saneamento Básico seja aplicável, não

obstante estar o contrato de concessão ainda em vigor. Para mais informações sobre este tópico, vide

“Regulação Governamental ―Concessões― Lei de Convênio de Cooperação e de Consórcios Públicos”.

Em 31 de dezembro de 2013, 61 de nossas concessões ainda estavam em processo de ser regularizadas

através de contratos formais. Vide “Item 3.D. Fatores de Risco—Riscos Relacionados às Nossas Atividades—

Atualmente, não temos contratos formais ou concessões com 61 dos municípios para os quais prestamos

serviço, e 38 de nossos contratos de concessão existentes expirarão entre 2014 e 2034. Podemos enfrentar

dificuldades para continuar a fornecer serviços de água e esgoto com retorno adequado nesses e em outros

municípios, e não podemos garantir que tais municípios aceitarão manter os atuais termos e condições da

prestação de serviços”.

Concessões

De acordo com a Constituição Federal, a autoridade para desenvolver sistemas de água e esgoto públicos

é compartilhada pelos estados e municípios, sendo que os municípios têm a responsabilidade primária pela

prestação de serviços de água e esgoto para os seus residentes. A Constituição do Estado de São Paulo prevê

que o Estado deve assegurar a correta operação, necessária expansão e eficiente administração dos serviços de

água e esgoto no Estado de São Paulo por uma empresa sob seu controle.

De acordo com a Lei de Saneamento Básico, as concessões existentes permanecerão em vigor até que o

pagamento da indenização seja feito com base na avaliação de investimentos. A Lei de Saneamento Básico

prevê que os novos contratos de concessão sejam planejados, supervisionados e regulados pelos municípios

junto com o Estado sob um novo modelo de gestão associada, que permitirá um melhor controle, fiscalização,

transparência e eficiência na prestação de serviços públicos.

Em 31 de dezembro de 2013, prestávamos serviços de água e esgoto para 363 municípios. Praticamente

todas essas concessões têm prazo de 30 anos. Devido a ordens judiciais, suspendemos temporariamente os

nossos serviços em outros 5 municípios (Cajobi, Iperó, Álvares Florence, Macatuba e Embaúba), que

representavam menos de 0,1% da nossa receita operacional bruta e dos nossos ativos intangíveis em 31 de

dezembro de 2013. Para mais informações, vide “Item 8.A. Informações Financeiras―Demonstrações

Financeiras e Outras Informações Financeiras―Ações Judiciais―Ações Judiciais Relacionadas a

Concessão”. Entre 1º de janeiro de 2007 e 31 de dezembro de 2013, celebramos contratos com 265

municípios (incluindo nosso contrato de prestação de serviços com a cidade de São Paulo) em conformidade

com a Lei de Saneamento Básico, 7 dos quais foram celebrados em 2013. Em 31 de dezembro de 2013, esses

265 municípios respondiam por 72,9% da nossa receita operacional bruta (incluindo receitas relacionadas à

construção da infraestrutura da concessão). Além dos contratos que têm prazo de 30 anos, os municípios

celebraram contratos de cooperação com o Estado de São Paulo, delegando a regulação e fiscalização da

prestação de serviços à ARSESP. Em 31 de dezembro de 2013, 61 de nossos contratos de concessões tinham

expirado, mas continuamos a fornecer serviços de água e esgoto para todos os 61 municípios e estávamos em

negociações com esses municípios para celebrar contratos de programa para substituir as concessões

expiradas. De 1º de janeiro de 2014 a 2034, 38 contratos de concessão expirarão.

Acompanhando o aumento na demanda por trabalho de regulação, criamos uma superintendência de

assuntos regulatórios, que se concentra em questões de regulação e centralização da comunicação com as

agências reguladoras, conduzindo os negócios para o novo regime regulatório e propondo para a ARSESP

assuntos nos quais temos interesse.

Em abril de 2011, dada a importância do assunto para a continuação de nossos negócios, criamos uma

superintendência específica em nossa Diretoria Econômico-Financeira e de Relações com Investidores, que é

responsável pelos custos e tarifas. Também criamos estatutariamente um Comitê de Assuntos Regulatórios. O

comitê é composto por nosso Diretor-Presidente, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com

Investidores, o Diretor Metropolitano e o Diretor de Sistemas Regionais. Esse comitê é responsável por

40

definir as diretrizes, estratégias e fazer recomendações de natureza regulatória para a nossa empresa e por

coordenar o trabalho do Departamento de Assuntos Regulatórios.

As concessões atuais são baseadas em contratos-padrão celebrados entre nós e o respectivo município.

Cada contrato deve receber a aprovação prévia da Câmara Municipal do respectivo município. Os ativos que

integram os sistemas municipais de água e esgotos são transferidos do município para nós para que possamos

prestar os serviços. Até 1998, adquiríamos as concessões e os ativos municipais existentes relacionados à

prestação dos serviços de água e esgotos, oferecendo, em troca, ações ordinárias de nosso capital social,

emitidas pelo valor patrimonial. Desde 1998, adquirimos concessões e ativos de água e esgotos mediante

pagamento, ao município, de valor igual ao valor presente do fluxo de caixa estimado para a concessão pelo

prazo de 30 anos da concessão objeto da aquisição, pressupondo-se uma taxa de desconto de pelo menos 12%.

Como referência, em 2011 a ARSESP fixou em 8,06% a taxa de desconto adotada nos contratos de

concessão.

As principais disposições dos nossos contratos de concessão existentes são:

assumimos toda a responsabilidade por fornecer serviços de água e de esgoto no município;

de acordo com as leis municipais que autorizam a concessão, poderíamos recolher tarifas referentes

aos nossos serviços e os reajustes de tarifas são determinados de acordo com as diretrizes

estabelecidas pela Lei de Saneamento Básico e a ARSESP;

em geral, até o momento gozamos de isenção de impostos municipais e nenhum royalty é devido ao

município em decorrência da concessão;

recebemos o direito de uso ou servidão quanto aos imóveis municipais destinados à instalação de

tubulações e adutoras, bem como para implementação das redes de esgoto; e

quando do término da concessão, ou quando de sua rescisão por qualquer razão, estaremos obrigados

a devolver ao município os ativos que compõem o sistema de água e esgotos e o município estará

obrigado a nos pagar o valor contábil não amortizado dos ativos relativo à concessão. Esses ativos

são considerados ativos intangíveis desde janeiro de 2008. Vide Nota 3.8 das nossas demonstrações

financeiras. Nos termos dos contratos de concessão firmados antes de 1998, estava previsto

reembolso por tais ativos através do pagamento:

o do valor contábil dos ativos; ou

o do valor de mercado dos ativos conforme determinado por avaliação patrimonial realizada

por terceiro, em conformidade com os termos específicos do contrato.

No Brasil, existem três regimes jurídicos federais para contratação de serviços de água e esgoto: (i)

concessões públicas, reguladas pela Lei nº 8.987/1995, que exigem um processo de licitação pública prévia,

(ii) administração de serviços públicos através de acordos de cooperação entre o governo federal e as

autoridades públicas locais a nível estatal e municipal, sem a necessidade de um processo público de licitação,

regulada pela Lei de Consórcios Públicos e Convenio de Cooperação, e (iii) parcerias público-privadas,

reguladas pela Lei nº 11.079/2004, usadas para conceder concessões a empresas privadas para prestar serviços

públicos e usadas em relação com as obras de construção associadas à prestação dos serviços públicos. Até

2005, tínhamos adotado o regime de concessões públicas. Após a entrada em vigor da Lei de Consórcios

Públicos e Convênio de Cooperação, adotamos a administração de serviços públicos através de acordos de

cooperação, que podem ser usados juntamente com os outros dois regimes.

Desde 1998, nossos contratos com os municípios têm sido regulamentados pela Lei Federal de

Concessões nº 8.987/1995. Geralmente, esses contratos têm prazo de 30 anos, e o valor da concessão é

determinado pelo método de fluxo de caixa descontado. Segundo este método, quando o fluxo de caixa

contratual esperado é atingido, o valor total da concessão e dos ativos é amortizado de tal forma que, na data

de vencimento do contrato de concessão, o valor dos ativos nos nossos livros seja igual a zero. Se a concessão

for rescindida antes do término do prazo de 30 anos, interrompendo, assim, o fluxo de caixa contratual

41

normal, somos pagos um montante igual ao valor presente do fluxo de caixa esperado ao longo dos anos

restantes na concessão, ajustado pela inflação.

A Lei Federal nº 11.107, ou a Lei de Consórcios Públicos Federais e Convênio de Cooperação

estabeleceram a base legal para a administração dos contratos de prestação de serviços públicos, concedendo

aos municípios responsáveis pelos serviços de saneamento mais direitos e obrigações e estabelecendo mais

claramente as condições da prestação de serviços e as responsabilidades das partes. Novos contratos de

concessões expirados adotarão o novo modelo. Vide “―Regulação Governamental―Lei de Consórcios

Públicos e Convênio de Cooperação para Gestão Associada”.

Nosso novo modelo de contrato acompanha as disposições da Lei de Saneamento Básico. Suas principais

disposições contratuais incluem a execução conjunta de planejamento, supervisão e regulação dos serviços, a

nomeação de uma entidade reguladora para os serviços, e divulgação periódica de demonstrações financeiras.

Além disso, as fórmulas econômicas e financeiras em novos acordos devem basear-se na metodologia de

fluxo de caixa descontado e na reavaliação dos ativos reversíveis. De acordo com a Lei de Saneamento

Básico, os ativos pré-existentes serão ativos reversíveis, mas realizaremos todos os novos investimentos e os

municípios irão registrá-los como ativos. Os municípios, então, irão transferir a posse desses ativos para nós,

para o nosso uso e gestão, e também irão registrar um crédito no mesmo valor dos ativos registrados em nosso

favor. De acordo com o artigo 42 da Lei de Saneamento Básico e do novo modelo de contrato, os

investimentos realizados durante o período contratual são de propriedade do município aplicável, que por sua

vez gera créditos para nós que deverão ser recuperados através da operação dos serviços. Esses créditos

também podem ser usados como garantias em operações de financiamento.

Outro avanço importante foi que o novo modelo de contrato inclui isenções de tributos municipais

incidentes sobre nossas áreas operacionais e a possibilidade de reavaliação de nossos ativos que existiam

antes da assinatura dos contratos do programa em casos que envolvem a rápida retomada dos serviços pelo

Poder Concedente.

Os municípios têm o poder inerente na legislação brasileira de rescindir concessões antes do término

contratual por razões de interesse público. Os municípios de Diadema e Mauá, dois municípios que

anteriormente servimos, rescindiram nossas concessões em Fevereiro de 1995 e Dezembro de 1995,

respectivamente. O município de Mauá rescindiu nossa concessão com o nosso consentimento. Já o município

de Diadema rescindiu nossa concessão sem o nosso consentimento, após alegar que os serviços de água e

esgotos eram inadequados. Em 2011, nós e o município de Diadema concordamos em desenvolver

infraestrutura compartilhada de serviços de água e esgoto através de uma empresa de capital misto chamada

CAED. Estudos sobre o estabelecimento de CAED foram descontinuados, e em 18 de março de 2014,

firmamos um contrato para retomar a prestação direta de serviços de água e esgoto, para o município de

Diadema. Concomitantemente, nós celebramos termo de acordo e avenças judiciais para solução das dívidas

de fornecimento de água e esgoto e indenizações. Há garantias vigentes, caso o município de Diadema viole o

seu contrato conosco.

O recebível devido a nós por Mauá e Diadema totaliza R$85,9 milhões e R$60,3 milhões

respectivamente, os quais não reconhecemos em nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de

2013 devido à incerteza da nossa capacidade de recebimento. Para mais informações sobre esses assuntos,

vide Nota 8 de nossas demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual. Apesar destes

desenvolvimentos, nós fornecemos água para Diadema e Mauá atualmente.

Não esperamos, neste momento, que outros municípios tentem rescindir as concessões outorgadas devido

ao nosso relacionamento estreito com os municípios, às melhorias recentes nos serviços de água e esgotos que

prestamos e à obrigação do município de nos indenizar pela retomada da concessão. No entanto, não podemos

ter certeza de que outros municípios não tentarão rescindir suas concessões no futuro. Vide “Item 3.D. Fatores

de Risco—Riscos Relacionados às Nossas Atividades—Os municípios poderão rescindir nossas concessões

antes que expirem em determinadas circunstâncias. Os pagamentos de indenização que recebemos nesses

casos podem ser menores do que o valor dos investimentos que fizemos”.

42

Além disso, atualmente estamos envolvidos em litígios relacionados a municípios que pretendem

desapropriar nossos sistemas de água e esgotos ou rescindir contratos de concessão antes de nos pagar

qualquer indenização. Para uma discussão detalhada sobre esses processos, vide “Item 8.A. Informações

Financeiras―Demonstrações Financeiras e Outras Informações Financeiras―Ações Judiciais―Ações

Judiciais Relacionadas a Concessão”.

Operações na Cidade de São Paulo e em Determinadas Regiões Metropolitanas

Em 31 de dezembro de 2013, 61 concessões haviam expirado, as quais eram conjuntamente responsáveis

por 16,1% da nossa receita bruta. Celebramos 7 contratos no exercício findo em 31 de dezembro de 2013,

elevando o número total de contratos de programa celebrados entre 2007 e 2013 para 266. Esses 7 novos

contratos representavam 1,2% do total da nossa receita e 1,2% de nossos ativos intangíveis em 31 de

dezembro de 2013.

Em 23 de junho de 2010, o Estado e a cidade de São Paulo assinaram um convênio, ao qual nós e

ARSESP consentimos, sob o qual eles concordaram em gerenciar o planejamento e investimento para o

sistema de saneamento básico da cidade de São Paulo em uma base conjunta. Os principais termos desse

convênio foram como se segue:

O Estado e a cidade de São Paulo assinariam um contrato separado conosco, concedendo-nos direitos

exclusivos para prestação de serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo.

A ARSESP é o ente regulador e fiscalizador das nossas atividades relativas aos serviços de água e

esgoto na cidade de São Paulo, incluindo tarifas.

Um Comitê Gestor é o responsável pelo planejamento de serviços de água e esgoto da cidade e por

revisar nossos planos de investimento. O Comitê Gestor é composto por seis membros nomeados

para mandatos de dois anos. O Estado e a cidade de São Paulo têm o direito de indicar três membros

cada. Podemos participar nas reuniões das comissões de gestão, mas não podemos votar.

Na mesma data assinamos um contrato com o Estado e a cidade de São Paulo, para regulamentar a

prestação desses serviços para os próximos 30 anos. Os principais termos desse contrato foram como se

segue:

O investimento total indicado no contrato deve ser equivalente a 13% da receita bruta de prestação

de serviços para a cidade de São Paulo, líquido dos impostos sobre as receitas, que totalizam

aproximadamente R$600 milhões por ano.

Devemos transferir 7,5% da receita bruta, liquida de (i) COFINS e PASEP, e (ii) contas não pagas

dos próprios da Prefeitura de São Paulo, para o Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e

Infraestrutura, estabelecido pela Lei Municipal nº 14.934/2009. A ARSESP editou em abril de 2013

a Deliberação Nº 413, adiando a aplicação da Deliberação Nº 407 e postergando, até a conclusão do

processo de revisão tarifária, o repasse na fatura dos serviços e valores referentes aos encargos

municipais que estava estipulado na Deliberação N º 407. O adiamento da aplicação da Deliberação

Nº 407 se deveu à solicitação do Governo do Estado de São Paulo para analisar, entre outros,

métodos de redução desses impactos aos consumidores.

Nosso plano de investimento deve ser compatível com os planos de saneamento do Estado, a cidade

de São Paulo e, se necessário, a região Metropolitana.

A ARSESP irá garantir que as tarifas nos compensem de forma adequada pelos serviços que

prestamos e que as tarifas possam ser ajustadas a fim de restaurar o equilíbrio original entre as

obrigações de cada parte e ganho econômico (equilíbrio econômico-financeiro).

Atualmente, temos um plano de investimento em vigor que reflete essas obrigações e aborda a sua

compatibilidade com os planos de saneamento para 363 municípios nos quais operamos, que inclui a cidade

de São Paulo e a região metropolitana. O plano de investimento não é irrevogável e será revisto por nosso

43

comitê executivo a cada quatro anos, particularmente em relação aos investimentos a serem executados no

período seguinte.

Operações no Atacado

Serviços de água no atacado

Fornecemos serviços de água no atacado a seis municípios da região metropolitana de São Paulo

(Diadema, Mauá, Santo André, São Caetano do Sul, Guarulhos e Mogi das Cruzes). Contratos para prestação

de serviços de água no atacado devem estar em conformidade com a Lei de Saneamento Básico, que designa

esses serviços como “atividades interdependentes” e regula cada etapa do serviço. A lei requer que o serviço

seja supervisionado por uma agência independente, estipula o registro do custo do serviço, e exige garantia de

pagamento entre os vários prestadores de serviços a fim de continuar a prestação dos serviços, de acordo com

as regras a serem publicadas pela ARSESP. Nossos contratos atualmente cumprem com as disposições da Lei

de Saneamento Básico. Em 2013, as receitas de serviços de água no atacado totalizaram R$208,7 milhões.

Para mais informações vide “Visão dos Negócios – Concessões” acima.

Serviços de esgoto no atacado

Prestamos serviços de esgoto no atacado para os municípios de Mogi das Cruzes, Santo André, São

Caetano, Mauá e Diadema. Nosso contrato com Santo André para estes serviços foi celebrado com a

intervenção do Ministério Público. Nossos contratos com os outros municípios resultaram de nossos esforços

ambientais e da sensibilização para as questões ambientais das autoridades municipais. Através desses

contratos, em 2013 tratamos aproximadamente 38 milhões de metros cúbicos de esgoto desses municípios.

Acreditamos que isso ilustra o nosso compromisso com a responsabilidade social e ambiental. Em 2013, as

receitas de serviços de esgoto no atacado totalizaram R$26,1 milhões.

Em dezembro de 2008, firmamos um acordo de cinco anos para a coleta e tratamento de 20% do esgoto

gerado pela cidade de Guarulhos. Nós ainda não começamos a prestar esses serviços, que começam somente

quando as obras de ligação do esgoto de Guarulhos ao nosso sistema de esgoto sejam finalizadas. Essas obras

são de responsabilidade da empresa de saneamento de Guarulhos.

Descrição das Nossas Atividades

Conforme descrito no Artigo 2 do nosso Estatuto Social, somos autorizados a prestar serviços de

saneamento básico, cuja meta é a universalização do saneamento básico no Estado de São Paulo sem prejuizo

da sustentabilidade financeira de longo prazo. Nossas atividades incluem o abastecimento de água,

esgotamento sanitário, manejo das águas pluviais urbanas, serviços de drenagem, serviços de limpeza urbana,

serviços de gerenciamento de resíduos sólidos e atividades correlatas, incluindo o planejamento, operação,

manutenção e comercialização de energia, e a comercialização de serviços, produtos, benefícios e direitos que

direta ou indiretamente sejam decorrentes de nossos ativos, operações e atividades. Somos autorizados a

constituir subsidiária, em outras localidades brasileiras e no exterior. Vide “― Regulação Governamental ―

Lei de Consórcios Públicos e Convênio de Cooperação para Gestão Associada”. Para uma descrição de

nossos segmentos operacionais vide nota 23 de nossas demonstrações financeiras a partir de e para o exercício

findo em 31 de dezembro de 2013.

Segmentos operacionais são apresentados em nosso relatório anual de forma consistente com o relatório

interno fornecido à administração, composta pelo conselho de administração e pela diretoria, de acordo com o

IFRS 8. Nos termos dos Princípios Contábeis brasileiros, antes de nossa conversão ao IFRS, as informações

financeiras para os serviços de construção não eram apresentados separadamente e os custos de construção

relacionados às concessões não eram capitalizados dentro do ativo fixo. Como consequência, nossa

administração não revisa os resultados relacionados aos serviços de contrução. Seguindo nossa conversão ao

IFRS, nossa administração decidiu continuar a excluir os resultados de construção do relatório de

administração de nossas receitas e despesas, desta forma, sem basear suas decisões em informações

financeiras para este negócio. As características descritas no parágrafo 5(b) do IFRS 8 para os segmentos

operacionais separados não são, dessa forma, satisfeitas para este negócio específico. Não obstante, após

nossa conversão ao IFRS e somente para fins de consolidação do IFRS, começamos a registrar os resultados

44

separadamente como receita de construção e custos, nos termos do IFRIC 12. Embora estas informações

sejam disponibilizadas, no entanto, elas não são analisadas por nossa administração como tal e não são a base

para decisões operacionais.

Destacamos a seguir uma descrição de nossas atividades.

Produção e Distribuição de Água

O fornecimento de água por nós aos nossos consumidores envolve, de forma geral, a captação de água de

várias fontes e o subsequente tratamento e distribuição aos estabelecimentos dos consumidores. Em 2013,

produzimos cerca de 3.053 milhões de metros cúbicos de água. A região metropolitana de São Paulo

(incluindo os municípios para as quais fornecemos água por atacado), atualmente é, e tem sido,

historicamente, nosso principal mercado, sendo responsável por aproximadamente 66% da água faturada em

volume em 2013.

A tabela a seguir apresenta o volume de água que produzimos e faturamos nos períodos indicados.

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

(em milhões de metros cúbicos)

Produzido

Região Metropolitana de São Paulo 2.220,6 2.235,3 2.182,8

Sistemas Regionais 832,0 823,5 809,2

Total 3.052,6 3.058,8 2.992,0

Faturado

Região Metropolitana de São Paulo 1.206,9 1.181,9 1.150,6

Atacado 299,0 297,5 297,3

Sistemas Regionais 628,1 614,0 596,8

Água de reuso 0,4 0,4 0,3

Efluentes 14,7 - -

Total 2.149,1 2.093,8 2.045,0

A diferença entre o volume de água produzido e o volume de água faturado geralmente representa tanto

as perdas de água físicas quanto as não físicas. Vide “― Perdas de Água”. Ademais, nós não faturamos:

água descartada em decorrência da manutenção periódica de redes e adutoras de água e de tanques de

armazenamento de água;

água fornecida para o uso de municípios, como para o combate a incêndios;

água consumida nas nossas instalações; e

perda estimada de água associada a fornecimento a favelas.

Sazonalidade

Embora nosso negócio não seja significativamente afetado pelo fator sazonalidade, observamos que

geralmente há maior demanda de água durante o verão e menor demanda de água no inverno. O verão

coincide com a estação das chuvas, enquanto o inverno corresponde à estação seca. A demanda na região

costeira é aumentada pelo turismo, com a maior demanda ocorrendo durante os meses de férias de verão no

Brasil.

Recursos Hídricos

Podemos captar água bruta apenas na medida permitida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica

do Estado de São Paulo e de acordo os direitos de uso de água concedidos por esse Departamento. Em

45

algumas circunstâncias, dependendo da localização geográfica da bacia hidrográfica ou se o rio cruzar mais

de um Estado (domínio federal), é necessária a aprovação da Agência Nacional de Águas - ANA, uma

agência federal ligada ao Ministério do Meio Ambiente. Atualmente, captamos em rios e represas quase todo

o volume de água necessário ao abastecimento, sendo que uma pequena parcela é captada de águas

subterrâneas. Nossos reservatórios são abastecidos pelo represamento de água de rios e riachos, pelo desvio

da vazão de rios próximos, ou por uma combinação dos dois métodos. Para mais informações sobre

regulamento do uso de água veja “—Uso de Água” a seguir.

A fim de fornecer água para a região metropolitana de São Paulo, contamos com 20 dos reservatórios de

água não tratada e de 405 reservatórios de água tratada, localizados nas áreas sob a influência dos oito

sistemas de produção de água que compõem o sistema integrado de água da região metropolitana de São

Paulo. A capacidade das fontes de água disponíveis para o tratamento nesta área é de 72 m3/s. A capacidade

total instalada atual é 73,2 m3/s, que pode ser tratada a partir do sistema integrado de água interligado da

região metropolitana de São Paulo. A produção média verificada ao longo de 2013 nos sistemas integrado de

água da região metropolitana de São Paulo foi de 69,1m3/s. Os sistemas Cantareira, Guarapiranga e Alto

Tietê, como um todo, fornecem 84,3% da água que produzimos para a região metropolitana de São Paulo em

2013.

Em 2013, o sistema Cantareira, foi responsável por 47,1% da água que fornecemos para a região

metropolitana de São Paulo (incluindo os municípios para os quais fornecemos água no atacado), o que

representou 73,2% da nossa receita operacional bruta (excluindo as receitas relativas à construção da

infraestrutura da concessão) para o ano. A outorga do Sistema Cantareira foi renovada em 2004 e expirará em

agosto de 2014. Estamos trabalhando para renovar esta outorga por um período de 30 anos e de manter a

condição de retirada da bacia, que é de 33 m³/s. Devido às condições climáticas atuais, em particular a forte

estiagem, os próximos passos no processo de renovação estão temporariamente suspensos. Para mais

informações sobre as secas ver “Riscos Relacionados ao Nosso Negócio - Secas, o programa de redução de

consumo de água ou outras medidas podem resultar em uma diminuição significativa no volume faturado de

água e as receitas dos serviços que prestamos, que pode ter um efeito material adverso sobre nós”.

Os Comitês de Bacias Hidrográficas estão autorizados a cobrar tanto pela utilização da água, como pelo

lançamento de esgoto em corpos de água. Nós participamos da gestão descentralizada e integrada dos

recursos hídricos estabelecidos pela Política Nacional de Recursos Hídricos. Nós somos representados por

150 funcionários nos 21 Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado, nos quatro comitês federais que atuam

no Estado de São Paulo e nos Conselhos Nacional e Estaduais de Recursos Hídricos. Em 2013, os Comitês

Estaduais e parte dos Comitês Federais renovaram a sua gestão para os próximos dois anos, e nós mantivemos

nossa representação.

De 2008 a 2012, A ARSESP ajustou nossas tarifas em conformidade com a fórmula que seguimos desde

2003. Em março de 2013, a ARSESP divulgou a Deliberação no 406, em que a fórmula de reajuste tarifário

anual foi aprovada, que será utilizado no segundo ciclo tarifário (2013-2016). Esta fórmula é composta pela

variação percentual do IPCA para o referido período ajustado pelo fator de eficiência, que transfere parte dos

ganhos de produtividade para os usuários, e por um fator de ajuste para as variações na qualidade dos serviços

prestados, o qual ainda está por ser definido. Para mais informações sobre tarifas, consulte “Visão Geral dos

Negócios – Tarifas”.

A tabela abaixo indica os sistemas de produção de água a partir dos quais produzimos água para a Região

Metropolitana de São Paulo:

Índice de Produção(1)

2013 2012 2011

Sistema de produção de água: (em metros cúbicos por segundo)

Cantareira.............................................................. 32,6 32,7 31,5

Guarapiranga......................................................... 13,6 13,7 12,6

Alto Tietê.............................................................. 12,1 12,4 13,0

Rio Claro............................................................... 4,8 3,7 4,0

Rio Grande (represa Billings)............................... 3,9 4,7 4,6

Alto Cotia............................................................. 1,2 1,2 1,2

46

Baixo Cotia.......................................................... 0,8 0,9 0,9

Ribeirão da Estiva................................................. 0,1 0,1 0,1

Total..................................................................... 69,1 69,4 67,9

______________

(1) Média dos períodos de doze meses findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011.

Somos proprietários de todos os reservatórios dos nossos sistemas de produção de água, exceto os das

Represas de Guarapiranga e Billings, e alguns dos reservatórios do Sistema Alto Tietê, que são de

propriedade de empresas controladas pelo Estado de São Paulo. Atualmente não pagamos quaisquer taxas no

que diz respeito ao uso desses reservatórios. Em dezembro de 2001, firmamos um acordo com o Estado

através do qual o Estado, entre outras coisas, concordou em transferir os reservatórios restantes do sistema

Alto Tietê para nós. Aceitamos, em caráter temporário, os reservatórios do Sistema Alto Tietê como parte do

pagamento até que o Estado transfira os direitos de propriedade relativos aos reservatórios para nós. Não

podemos garantir se e quando essa transferência será efetivada, tendo em vista que o Ministério Público

Estadual de São Paulo ajuizou uma ação civil pública alegando que a transferência dos reservatórios do

Sistema Alto Tietê para nós seria ilegal.

Em janeiro de 2009, começamos a operar, monitorar e manter os reservatórios no sistema Alto do Tietê,

formado pelos reservatórios de Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba, Jundiaí e Taiaçupeba. Nos municípios do

Interior, a principal fonte de água para nós consiste de água de superfície proveniente de rios próximos e de

poços. A região costeira recebe água principalmente das águas de superfície de rios e nascentes de montanha.

Em todo o Estado, estima-se que somos capazes de atender praticamente toda a demanda de água em

todas as áreas em que atuamos, no entanto estamos sujeitos a secas e eventos climáticos extremos. Fomos

capazes de atender a demanda de água na região metropolitana de São Paulo, principalmente como resultado

do nosso programa de conservação da água, redução da perda de água, e a instalação de novas ligações de

água. Instalamos 226.421, 212.775 e 207.840 novas ligações de água em 2013, 2012 e 2011, respectivamente.

O sistema integrado de água da região metropolitana de São Paulo atende 30 municípios, dos quais 24

são operados diretamente por nós sob este sistema. Através deste sistema, atendemos a outros seis municípios

no atacado, e a distribuição é feita por outras empresas ou departamentos ligados a cada município.

A fim de chegar ao cliente final, a água é armazenada e transportada através de um sistema complexo e

interligado. Este sistema de água requer supervisão permanente operacional, inspeção de engenharia,

manutenção e monitoramento da qualidade e controle de medição.

Para garantir a prestação continuada de abastecimento regular de água na região metropolitana de São

Paulo, pretendemos investir R$4,5 bilhões (incluindo o investimento na PPP São Lourenço ) de 2014 a 2018

para aumentar a nossa capacidade de produção e distribuição de água, bem como para melhorar os sistemas

de abastecimento de água. Em 2013, nosso investimento total em sistemas de abastecimento de água foi de

R$1,1 bilhão.

Tratamento de Água

Tratamos toda a água antes de colocá-la na nossa rede de distribuição. Operamos 232 estações de

tratamento, sendo que as oito maiores, localizadas na região metropolitana de São Paulo, são responsáveis por

aproximadamente 73% de toda a água que produzimos em 2013. O tipo de tratamento utilizado depende da

natureza da origem e da qualidade da água bruta. A água captada de rios exige, em geral, um maior nível de

tratamento, que o requerido para a água captada de fontes subterrâneas. Toda a água tratada por nós também

recebe tratamento com flúor.

Distribuição de Água

Distribuímos água através de nossas próprias redes e adutoras, que variam de 2,5 metros a 75 milímetros

de diâmetro. Tanques de armazenamento e estações de bombeamento regulam o volume de água que flui

através das redes para manter a pressão adequada e o fornecimento de água contínuo. A tabela a seguir

47

apresenta o número total de quilômetros de tubulações e adutoras e o número de ligações em nossa rede a

partir das datas indicadas.

Em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Tubulações de distribuição de água e adutoras de água (em km)............ 69.619 67.647 66.389

Número de ligações (em milhares)........................................................... 7.888 7.679 7.481

Mais de 90% das tubulações de água em nossa rede de distribuição de água são feitos de ferro fundido ou

de policloreto de vinila, ou PVC. As tubulações de distribuição nas residências dos clientes normalmente são

feitos de tubos de polietileno de alta densidade. Nossas linhas de transmissão de água são feitas

principalmente de aço, ferro fundido ou concreto.

Em 31 de dezembro de 2013, nossas tubulações e adutoras de água de distribuição de água

compreendiam aproximadamente: (i) 36,334 quilômetros na Região Metropolitana de São Paulo; e (ii) 33.285

quilômetros nos Sistemas Regionais.

Em 31 de dezembro de 2013, possuíamos 405 reservatórios de água na Região Metropolitana de São

Paulo com capacidade total de 2,2 milhões de metros cúbicos e 1.879 reservatórios de água nos Sistemas

Regionais. Naquela mesma data, tínhamos 126 estações de bombeamento de água tratada no sistema de

aqueduto na região metropolitana de São Paulo, incluindo estações nas instalações de tratamento, estações de

bombeamento de transferência tronco intermediárias e pequenas estações auxiliares que atendem áreas locais.

Adutoras de água que requerem manutenção são limpas e seu revestimento é substituído. Somos

normalmente informados das principais rompimentos e vazamentos de rede de distribuição de água pelo

público através de um número gratuito mantido por nós. Na data deste relatório anual, consideramos que o

estado de conservação das tubulações de água e adutoras na região metropolitana de São Paulo é adequado.

Devido a idade, fatores externos, como tráfego, população densa, desenvolvimento comercial e industrial,

tubulações e adutoras da região metropolitana de São Paulo são mais suscetíveis à degradação do que as dos

Sistemas Regionais. Para combater esses efeitos, temos um programa de manutenção em vigor para

tubulações e adutoras que se destina a abordar rompimentos e entupimentos devido a fragilidade e

incrustação, e para ajudar a garantir a qualidade da água na região. Os novos consumidores são responsáveis

por cobrir parte dos custos da ligação à nossa rede de distribuição de água se estiverem a mais de 20 metros

de distância da rede de água. A partir daí, o cliente deve cobrir os custos de ligação à rede a partir das

instalações do cliente, incluindo os custos de compra e instalação do hidrômetro e os custos de mão-de-obra

relacionados. Realizamos a instalação do hidrômetro e inspeções e medições periódicas. Depois de concluída

a instalação, o cliente é responsável pelo hidrômetro.

A tabela a seguir mostra as novas ligações de água projetadas para os períodos indicados:

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2014 - 2020

Região Metropolitana de São

Paulo.......................................... 103 99 94 85 84 76 76 617

Sistemas Regionais.................... 77 78 78 79 80 82 82 556

Total.......................................... 108 177 172 164 164 158 158 1.173

Perdas de água

A diferença entre o volume de água produzido e o volume de água faturado geralmente representa tanto

as perdas físicas quanto as não-físicas de água. O índice de perda de faturamento de água representa o

quociente entre (i) a diferença entre (a) o volume total de água que produzimos menos (b) o volume total de

água que faturamos aos consumidores menos (c) o volume de água descrito abaixo que excluímos dos nossos

cálculos de perdas de água, dividida por (ii) o volume total de água produzido por nós.

Excluímos do nosso cálculo de perdas de água o seguinte: (i) água utilizada para manutenção periódica

de redes de distribuição e adutoras de água e reservatórios de água; (ii) água fornecida para uso de

48

municípios, como por exemplo, para combate a incêndios; (iii) água consumida pela SABESP em nossos

estabelecimentos; e (iv) perdas de água estimadas associadas à água que fornecemos a favelas.

Entre os principais indicadores utilizados para medir o índice de perdas de água são os seguintes:

Índice de Perdas de Faturamento (IPF), em %;

Índice de Perdas de Água (IPA), em %; e

Índice de perdas totais por ligação, (IPDT) em litros/ramal.

Estes indicadores são calculados através da aplicação das seguintes fórmulas:

Vproduzido – (Vfaturado + Vusado)

IPF = ______________________________________

Vproduzido

Vproduzido – (Vmicromedido + Vusos)

IPA = ______________________________________

Vproduzido

Vproduzido – (Vmicromedido + Vusos)

(IPDT) = _____________________________________________________

Nligação x nº de dias de um determinado período

Onde:

Vproduzido: corresponde ao volume de água produzido num determinado período;

Vfaturado: corresponde ao volume de água faturado num determinado período;

Vmicromedido: corresponde ao volume de água micromedido num determinado

período;

Vusado: corresponde ao volume de água usado para as necessidades operacionais,

públicas, privadas e sociais (abastecimento de áreas de favela) em um determinado

período

Nligações: corresponde número médio de ligações de água ativas

Desde 2005 temos utilizado um novo método de mensuração das nossas perdas de água, baseado na

prática mundial do setor. De acordo com este método de medição, a perda média de água é calculada

dividindo (i) a perda de água média anual pelo (ii) número médio de ligações de água ativas multiplicado pelo

número de dias do ano. O resultado deste cálculo é o número de litros de água perdidas por ligação por dia.

Com base nesse método de cálculo, em 31 de dezembro de 2013, registramos perdas de água da ordem de

446 litros diários por ligação na Região Metropolitana de São Paulo e 261 litros diários por ligação nos

Sistemas Regionais, atingindo a média de 372 litros diários por ligação. Pretendemos reduzir a perda total de

água para cerca de 280 litros por ligação, o índice de perdas de faturamento para 18,1% e o índice de perdas

de água para 25,7% até 2020.

Nossa estratégia para reduzir a perda de água tem duas abordagens:

redução do nível de perdas físicas, resultante principalmente de vazamento. Para isso estamos

atuando, principalmente na substituição e reparação de redes de distribuição de água e tubulações e

instalação de sonda e outros equipamentos, incluindo válvulas reguladoras de pressão

estrategicamente localizadas, e

49

redução de perdas não-físicas, resultante principalmente da imprecisão dos nossos hidrômetros

instalados nos imóveis dos nossos clientes e em nossas estações de tratamento de água, e do uso

clandestino e ilegal. Para isso estamos atuando na modernização e substituição de hidrômetros

imprecisos e da expansão da nossa equipe antifraude.

Estamos adotando medidas para diminuir as perdas físicas através da redução do prazo de resposta para

conserto de tubulações e adutoras de água quebradas e de um melhor monitoramento de rompimentos não

visíveis de adutoras. Dentre outras medidas que adotamos para reduzir as perdas físicas de água estão:

a introdução de válvulas tecnicamente avançadas para regular a pressão da água em toda a nossa

redes de distribuição de água fim de manter a pressão a jusante de água adequada. Essas válvulas são

programadas para responder automaticamente às variações de demanda. Durante o pico de uso, o

fluxo de água nas tubulações está no seu ponto mais alto, no entanto, quando a demanda diminui, a

pressão acumula-se nas redes de distribuição de água e o stress resultante na rede pode causar perdas

significativas de água através de rachaduras e do aumento das rupturas dos tubos. As válvulas

tecnicamente avançadas são equipados com sondas programadas para alimentar dados para a válvula,

de modo a reduzir ou a aumentar a pressão nas redes de distribuição de água de água conforme a

oscilação do consumo de água. Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos instalado 1.912 válvulas em

pontos estratégicos da rede, com 1.141 válvulas que sendo instaladas na região metropolitana de São

Paulo e 771 nos Sistemas Regionais;

a reconfiguração de distribuição de água interligada para permitir a distribuição de água em baixa

pressão;

a implementação de estudos de detecção de vazamentos operacionais de rotina em áreas de alta

pressão de água para reduzir a perda total de água;

monitoramento e melhor contabilização das ligações de água, especialmente com relação a

consumidores em grande escala;

análise regular dos consumidores que sejam contabilizados por nós como inativos e monitoramento

dos consumidores não residenciais que são contabilizados como residenciais e, dessa forma, são

faturados com base em tarifas mais baixas;

medidas para combater fraudes e o uso de hidrômetros novos e mais sofisticados que sejam mais

precisos e menos sujeitos a manipulação indevida;

instalação de hidrômetros onde ainda não foram instalados, e

realização de manutenção preventiva de hidrômetros existentes e recém-instalados.

Qualidade da Água

Acreditamos que o fornecimento de água tratada de alta qualidade é consistente com os padrões

estabelecidos pela legislação brasileira, que são semelhantes aos padrões estabelecidos nos Estados Unidos da

América e na Europa. Nos termos da legislação do Ministério da Saúde em vigor no Brasil, possuímos

obrigações regulamentares significativas no tocante à qualidade da água tratada. Tal legislação estabelece

certos padrões que regem a qualidade da água.

Em geral, o Estado de São Paulo tem uma excelente qualidade de água provenientes de fontes de água

subterrânea ou superficial. No entanto, as altas taxas de crescimento populacional, o aumento da urbanização

e ocupação desordenada de algumas áreas da região metropolitana de São Paulo reduziram a quantidade e a

qualidade da água disponível para atender a população na zona sul da região metropolitana de São Paulo e

litoral. Atualmente, conseguimos tratar esta água para torná-la potável. Também trabalhamos para recuperar a

qualidade das redes de distribuição de água e investir em melhorias dos nossos sistemas de tratamento para

garantir a qualidade e disponibilidade de água para os próximos anos.

50

A qualidade da água é monitorada em todas as fases do processo de distribuição, inclusive nas fontes de

água, nas instalações de tratamento de água e na rede de distribuição. Temos 15 laboratórios regionais, um

laboratório central e laboratórios localizados em todas as estações de tratamento de água que monitoram a

qualidade da água, conforme exigido pelos nossos padrões e pelos padrões definidos por lei. Nossos

laboratórios analisam uma média de 50 mil amostras por mês em água distribuída, com amostras coletadas em

residências. Nosso laboratório central, localizado na cidade de São Paulo é responsável pela análise de

compostos orgânicos utilizando os métodos de cromatografia e espectrometria, bem como a análise de metais

pesados por técnica de absorção atômica. Todos os nossos laboratórios obtiveram certificação ABNT NBR

ISO 9001 e nosso laboratório central e 12 de nossos laboratórios regionais obtiveram o credenciamento

ABNT NBR ISO/IEC 17025 (credenciamento por atender aos requisitos gerais de competência de

laboratórios de teste e calibração) concedido pelo INMETRO.

Todos os produtos químicos utilizados para o tratamento da água são analisados e atendem às rigorosas

especificações estabelecidas nas recomendações feitas pela Fundação Nacional de Saúde - FNS, pela

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e pela American Water Works Association - AWWA,

visando eliminar substâncias tóxicas nocivas à saúde humana. De tempos em tempos, enfrentamos problemas

com a proliferação de algas que podem causar paladar ou odor desagradável à água. De forma a mitigar esse

problema, (i) trabalhamos no combate ao crescimento de algas nas fontes de água e (ii) utilizamos processos

avançados nas estações de tratamento de água, que envolvem o uso de carbono ativado em pó e oxidação com

permanganato de potássio. O crescimento de algas gera custos adicionais significativos de tratamento de água

em vista do alto volume de produtos químicos utilizados no tratamento da água. Em 2013, não detectamos o

crescimento significativo de algas. Participamos do Programa Mananciais/Vida Nova juntamente com outras

organizações dedicadas à promoção do desenvolvimento urbano e da inclusão social como formas de

mitigação do problema da poluição na Região Metropolitana de São Paulo. Além disso, participamos do

Programa Córrego Limpo destinado a despoluir córregos importantes da cidade de São Paulo. Outras

iniciativas visando melhorar a qualidade das fontes de abastecimento de água situadas na região metropolitana

de São Paulo incluem o programa Nossa Guarapiranga e Pró-Conexão. Vide “― Plano de Investimento

―Principais Projetos de Nosso Programa de Investimento – Programa de Investimento na Região

Metropolitana –Programa Mananciais/Vida Nova, Nossa Guarapirange e Programa Córrego Limpo”.

Acreditamos que não existem instâncias significativas nas quais nossos padrões não estejam sendo

atendidos. Entretanto, não podemos ter certeza de que futuras violações destas normas não ocorrerão.

Fluoretação

Conforme exigido pela legislação brasileira, adotamos um programa de fluoretação da água que é

destinado a auxiliar na prevenção de cáries da população. A fluoretação consiste principalmente de adição de

ácido fluorsilícico à água em 0,7 partes por milhão. Adicionamos flúor à água em nossas instalações de

tratamento antes de sua distribuição na rede de abastecimento de água.

Operações de Esgoto

Somos responsáveis pela coleta e pela remoção do esgoto através de nossos sistemas de coleta de esgoto

e pelo seu despejo posterior, precedido ou não de tratamento. Em 31 de dezembro de 2013, coletamos

aproximadamente 87% e 77% de todo o esgoto produzido nos municípios em que operamos da Região

Metropolitana de São Paulo e dos sistemas regionais, respectivamente. Durante 2013, coletamos

aproximadamente 84% de todo o esgoto produzido nos municípios em que operamos no Estado de São Paulo.

Instalamos 236.647, 240.687 e 246.441 novas ligações de esgoto em 2013, 2012, 2011 respectivamente.

Sistemas de Esgoto

Somos responsáveis pela coleta, remoção, tratamento e disposição final do esgoto. Em 31 de dezembro

de 2013, éramos responsáveis pela operação e manutenção de aproximadamente 47.103 quilômetros de redes

de coleta de esgoto, dos quais cerca de 25.085 quilômetros estão localizados na Região Metropolitana de São

Paulo e 22.018 quilômetros estão localizados nos Sistemas Regionais.

51

A tabela a seguir apresenta o número total de quilômetros de redes de esgoto e o número de ligações de

esgoto em nossa rede para os períodos indicados.

Em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Redes de esgoto (em quilômetros) 47.103 45.778 45.073

Ligações de esgoto (em milhares) 6.340 6.128 5.921

Nossa rede de coleta de esgoto é composta por uma série de sistemas construídos em diferentes épocas,

feita principalmente de tubos cerâmicos e, mais recentemente, tubulações de PVC. Redes de esgoto com mais

de 0,5 metros de diâmetro são construídas, principalmente, de concreto. O sistema de esgoto é geralmente

concebido para operar por fluxo gravitacional, embora as estações de bombeamento sejam necessárias em

certas partes do sistema para assegurar o fluxo contínuo de esgoto. Onde estação de bombeamento são

necessárias, usamos redes de esgoto de ferro fundido.

O sistema de esgoto público operado por nós foi estruturado para receber efluentes não domésticos

(exemplo de efluentes industriais e efluentes de outras fontes não domésticas) para o tratamento em conjunto

com esgoto doméstico. Os efluentes não domésticos tem características qualitativa e quantitativamente

diferentes dos efluentes domésticos. Como resultado, o lançamento de efluentes não domésticos no sistema de

esgoto público está sujeita ao cumprimento de exigências legais específicas, com o propósito de proteger os

sistemas de coleta e de tratamento de esgotos, a saúde e segurança dos operadores e o meio ambiente. A atual

legislação ambiental estabelece padrões para o lançamento desses efluentes na rede pública de esgoto e

estabelece que esses efluentes tem que passar por pré-tratamento. Esses padrões são definidos no artigo 19A

do Decreto Estadual n º 8.468 de 8 de Setembro de 1976, e em suas posteriores alterações.

Antes que o lançamento seja permitido, executamos estudos de aceitação que avaliam a capacidade do

sistema de esgoto público para receber o lançamento, bem como o cumprimento dos regulamentos legais.

Após a conclusão desses estudos, são estabelecidas as condições técnicas e comerciais para receber o

lançamento, que são, então, formalizadas em um documento assinado por nós e pelo gerador de efluentes não

domésticos. O não cumprimento destas condições pode levar à aplicação de sanções. Em casos extremos, a

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB é notificada, para que se apliquem as medidas

cabíveis.

Os efluentes de nossas estações de tratamento de esgotos também devem atender aos padrões de

lançamento de efluentes em corpos d’água receptores. Ademais, a qualidade da água no corpo d’água receptor

não pode ser prejudicada pela emissão dos efluentes, conforme estabelecido pelo Decreto Estadual no.

8.468/76 e Resoluções 357/2005 e 430/2011 do Conama.

Na data deste relatório anual, consideramos que o estado de conservação das redes de esgoto da Região

Metropolitana de São Paulo é, em geral, adequado. Devido ao maior volume de esgoto coletado, uma

população maior e desenvolvimento comercial e industrial mais amplo, as redes de esgoto na região

metropolitana de São Paulo são mais deterioradas do que as dos sistemas regionais. Para combater os efeitos

da deterioração, mantemos um programa contínuo para a manutenção de redes de esgoto, para tratar

rompimentos decorrentes de obstruções causadas pela sobrecarga do sistema.

Ao contrário da região metropolitana de São Paulo, o interior do Estado de São Paulo geralmente não

sofre obstruções causadas pela sobrecarga do sistema de esgoto. A região costeira, no entanto, enfrenta

obstruções em suas redes de esgoto, principalmente devido à infiltração de areia, especialmente durante a

estação das chuvas nos meses de verão. Além disso, o índice de cobertura de esgoto na região do litoral é

menor do que nas outras regiões atendidas por nós, com aproximadamente 60% de todas as residências da

região costeira atualmente ligadas à nossa rede de esgoto em 31 de dezembro de 2013.

As novas ligações de esgoto são feitas substancialmente nas mesmas bases que as ligações nas redes de

água. Assumimos o custo de instalação dos primeiros vinte metros das redes de esgoto a partir da rede de

coleta até as novas ligações de esgoto de todos os consumidores e o consumidor é responsável pelos demais

custos.

52

A tabela a seguir mostra as novas ligações de esgoto projetadas para os períodos indicados:

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2014 - 2020

Região Metropolitana de São

Paulo........................................... 124 135 135 125 117 105

121

862

Sistemas Regionais..................... 111 111 108 118 118 123 101 709

Total.......................................... 235 246 243 243 235 228 222 1.652

Tratamento e Disposição do Esgoto

Em 2013 aproximadamente 68% e 95% do esgoto coletado por nós na Região Metropolitana de São

Paulo e nos Sistemas Regionais, respectivamente, ou 78% dos esgotos coletados por nós no Estado de São

Paulo, foram tratados em nossas estações de tratamento de esgoto, sendo posteriormente despejados em

massas de água receptoras, tais como rios e o Oceano Atlântico, em conformidade com a legislação aplicável.

Ainda não alçamos a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgotos nas regiões operadas pela

SABESP, havendo, no entanto, um esforço da empresa e metas estabelecidas nessa direção.

Atualmente operamos 500 estações de tratamento de esgotos e 9 emissários submarinos, das quais as

cinco maiores, localizados na região metropolitana de São Paulo, têm capacidade de tratamento de

aproximadamente 18 m3/s.

Na região metropolitana de São Paulo, o processo de tratamento utilizado pela maioria das estações de

tratamento é o processo de lodo ativado.

O tratamento de esgoto dos Sistemas Regionais varia de acordo com as particularidades de cada região.

Na Região do Interior do Estado de São Paulo, o tratamento consiste, de modo geral, em lagoas aeradas. Há

também 407 estações de tratamento secundário no Interior do Estado de São Paulo que possuem capacidade

para tratamento de aproximadamente 14 metros cúbicos de esgoto por segundo. A maior parte do esgoto

coletado na Região do Litoral recebe tratamento e desinfecção, sendo, então, lançado em rios e também no

Oceano Atlântico através dos nossos emissários submarinos, de acordo com a legislação ambiental. Temos 74

estações de tratamento de esgoto na Região do Litoral.Somos parte em uma série de ações judiciais

relacionadas a questões ambientais. Vide “Item 8.A―Informações Financeiras―Demonstrações

Consolidadas e Outras Informações Financeiras―Ações Judiciais”. Ademais, nosso plano de investimento

inclui projetos para aumentar a quantidade de esgoto que tratamos. Vide “Item 4.A Histórico e Evolução da

Companhia―Plano de Investimento” e “Item 4.B―Visão Geral das Atividades―Regulação

Governamental―Requisitos para Coleta e Tratamento de Esgoto”.

Disposição do Lodo

A geração de lodo é inerente ao ciclo de saneamento. O tratamento de água e esgoto produz um resíduo

que precisa ser descartado de forma adequada para impedir danos ao meio ambiente. O lodo removido através

dos processos de tratamento primário e secundário contém tipicamente água e uma proporção muito pequena

de sólidos. Utilizamos, entre outros processos, prensas de filtragem, prensas de esteira, leitos de secagem e

centrífugas para desidratação do lodo.

Atualmente, o lodo gerado através de nossa atividade vai principalmente para os aterros sanitários. Em

troca nós tratamos o chorume gerado nesses aterros.

Por outro lado, a legislação vigente, bem como a sociedade, exige avanços na busca de alternativas

tecnológicas que considerem a minimização da geração e o uso benéfico desses resíduos. Diante dessas

questões, a Sabesp tem trabalhado em várias frentes, buscando inovações em relação à destinação e à

disposição final desses resíduos.

Parte dos R$ 6,4 milhões investidos no desenvolvimento da pesquisa em 2013 foi destinada aos temas

voltados à disposição e uso benéfico do lodo, de modo a atender aos Princípios da Produção Mais Limpa. As

parcerias com a Agência Brasileira de Inovação – FINEP e Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do

Estado de São Paulo) contemplam projetos sobre a utilização do lodo como material de recuperação de áreas

53

degradadas, sua aplicação na cobertura a aterros sanitários e extração de areia para emprego na construção

civil.

A disposição do lodo deve cumprir com as exigências estaduais e federais, tais como a Resolução nº 375

de 29 de agosto de 2006 da CONAMA, Lei Federal nº 12.305/2010, Decreto Federal nº 7.404/2010, Lei

Estadual nº 12.300/2006 e Decreto Estadual nº 54.645/2009.

Principais Mercados em que Operamos

Em 31 de dezembro de 2013, operamos sistemas de água e esgotos em 363 dos 645 municípios do

Estado de São Paulo. Além disso, fornecemos água no atacado a seis municípios localizados na região

metropolitana de São Paulo, com uma população urbana de aproximadamente 3,5 milhões.

A tabela seguinte fornece uma divisão das nossas receitas brutas de serviços de água e esgotos por

mercado geográfico, nos períodos apresentados:

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

(em milhões de R$)

Região Metropolitana de São Paulo 6.984,4 6.625,0 6.144,7

Sistemas Regionais 2.555,7 2.301,7 2.160,4

Total 9.540,1 8.926,7 8.305,1

A tabela a seguir fornece uma discriminação da receita bruta de fornecimento de água e serviços de

esgoto por categoria de atividade durante os períodos indicados.

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

(em milhões de R$)

Fornecimento de água 5.276,1 4.944,2 4.607,2

Serviços de esgoto 4.264,0 3.982,5 3.697,9

Total 9.540,1 8.926,7 8.305,1

Concorrência

No Estado de São Paulo, existem aproximadamente 276 municípios que operam seus próprios sistemas

de água e esgotos e que possuem em conjunto uma população total em torno de 13,7 milhões de habitantes, ou

aproximadamente 31% da população do Estado de São Paulo, excluindo-se a população dos municípios aos

quais prestamos serviços de fornecimento de água no atacado.

A concorrência para concessões municipais surge principalmente dos municípios, já que esses podem

rescindir a concessão que nos foi outorgada e passar a prestar os serviços de água e esgotos diretamente à

população local. Nesse caso, os governos municipais estarão obrigados a nos indenizar pela parcela não

amortizada do nosso investimento. Vide “― Visão Geral das Atividades ― Nossas Operações ―

Concessões”. No passado, alguns governos municipais rescindiram nossos contratos de concessão antes de

suas datas de expiração. Além disso, alguns governos municipais tentaram desapropriar nossos ativos em um

esforço de retomar a prestação de serviços de água e esgotos às populações locais. Vide “Item 8.A ―

Informações Financeiras ― Demonstrações Financeiras e Outras Informações Financeiras ― Ações

Judiciais”. Negociamos contratos de concessão expirados e próximos a expirar com os municípios como

forma de manter nossas atuais áreas de operação. No Estado de São Paulo, enfrentamos a concorrência de

prestadores de serviços de água e esgoto privados e municipais.

Nos últimos anos, experimentamos um nível crescente de concorrência no setor de abastecimento de

água para grandes clientes. Vários clientes industriais de grande porte estabelecidos em municípios atendidos

por nós utilizam poços próprios para se abastecer de água. Além disso, a concorrência na disposição do lodo

não residencial, comercial e industrial na Região Metropolitana de São Paulo aumentou nos últimos anos a

54

medida em que empresas privadas passaram a oferecer soluções personalizadas dentro das instalações dos

clientes. Também estabelecemos novos esquemas de tarifas para clientes comerciais e industriais de forma a

nos ajudar a manter tais clientes. Para esse grupo de consumidores obtivemos autorização especial da

ARSESP para fixar tarifas distintas daquelas que a agência regulatória estabelece para os consumidores

comuns.

Procedimentos de Cobrança

O procedimento de faturamento e pagamento dos nossos serviços de água e esgotos é esencialmente o

mesmo para todas as categorias de consumidor. O faturamento de água e esgotos baseia-se na utilização da

água, determinado pela leitura mensal dos hidrômetros. Os maiores consumidores, contudo, ficam sujeitos à

leitura de seus medidores a cada 15 dias, a fim de evitar perdas não físicas, decorrentes de hidrômetros

defeituosos. O faturamento de esgoto é incluído na conta de água e toma por base a leitura dos hidrômetros.

A maioria das contas de serviços de água e esgotos é entregue aos nossos consumidores pessoalmente,

principalmente por intermédio de nossos colaboradores e de prestadores de serviços que são também

responsáveis pela leitura dos hidrômetros. As contas remanescentes, por determinação judicial, são enviadas

pelo correio. O pagamento das contas de água e esgotos pode ser efetuado em alguns bancos e outros locais

do Estado de São Paulo. Esses recursos nos são repassados após deduzidas as taxas médias de serviço que

variam de R$0,29 a R$1,21 pela cobrança e remessa dos pagamentos.

Os consumidores devem pagar suas contas de água e esgotos até a data de vencimento para evitar o

pagamento de multa. Cobramos, em geral, multa e juros com relação aos pagamentos de contas em atraso.

Em 2013, 2012 e 2011, recebemos o pagamento de 95,2%, 94,7% e 94,8% respectivamente, do valor faturado

a nossos consumidores varejistas e 95,5%, 95,5% e 94,7% respectivamente, do valor faturado aos demais

consumidores que não sejam empresas públicas ou entes governamentais, em até 30 dias da data de

vencimento. Em 2013, 2012 e 2011, recebemos o pagamento de 100,5%, 100,7% e 96,0% respectivamente,

do valor faturado a empresas e entes estatais. Os valores que excedem 100,0% refletem nossa recuperação de

valores faturados em exercícios anteriores. No que diz respeito a vendas no atacado, em 2013, 2012 e 2011

recebemos o pagamento de 45,8%, 50,1% e 54,7% respectivamente, do valor faturado no prazo de 30 dias.

Nós monitoramos as leituras dos hidrômetros mediante o uso de microprocessadores e transmissores

portáteis. O sistema permite que o leitor do medidor insira os níveis de medição que constam dos medidores

no computador e automaticamente imprima a conta para o consumidor. O microprocessador portátil

monitora o consumo de água em cada local medido e elabora contas com base nas leituras efetivas dos

medidores. Parte desse trabalho é realizado por nossos próprios empregados que são treinados e

supervisionados por nós e parte através de provedores terceirizados que empregam e treinam seus próprios

leitores de medidores, sendo o treinamento supervisionado por nós.

Tarifas

Os reajustes de tarifas seguem as diretrizes estabelecidas pela Lei de Saneamento Básico e pela

ARSESP. Tais diretrizes também estabelecem as providências procedimentais e os termos dos reajustes

anuais. Reajustes devem ser anunciados com antecedência mínima de 30 dias da data efetiva na qual as

novas tarifas entram em vigor, ou seja em setembro. De acordo com a revisão tarifária mais recente, tanto a

data-base e ajustes futuros ocorrerão agora em abril.

As tarifas têm sido historicamente ajustadas uma vez ao ano e por períodos de pelo menos 12 meses.

Vide “—Regulação Governamental—Regulamentação de Tarifas no Estado de São Paulo” para mais

informações sobre nossas tarifas.

Com a edição da Lei de Saneamento Básico, a regulação dos serviços de saneamento básico, inclusive

regulação de tarifação, passou a ser responsabilidade de um ente regulatório independente. Para esse fim, o

Estado de São Paulo criou a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, ou

ARSESP, a agência estadual responsável pela regulamentação e fiscalização dos serviços que prestamos ao

Estado e aos municípios que delegaram seu poder regulatório ao Estado mediante acordos de cooperação

específicos.

55

Aos municípios que não selecionaram ARSESP expressamente para desempenhar essa tarefa, a Lei de

Saneamento Básico permite criar suas próprias agências regulatórias. A cidade de Lins, que decidiu criar sua

própria entidade regulatória em 2007, reconsiderou essa decisão em 2010, tendo transferido para a ARSESP o

poder regulatório sobre fornecimento de água e revisão tarifária em Lins, retendo, porém, o poder de dar

aprovação final às tarifas estabelecidas pela ARSESP.

Além disso em 2011, os municípios em que se localizam as bacias hidrográficas dos rios Piracicaba,

Capivari e Jundiaí criaram um consórcio (ARES/PCJ) para a regulação e supervisão de nossas atividades

naquelas regiões. Como resultado da criação do ARES/PCJ, estamos atualmente envolvidos com os processos

judiciais em que este consórcio está reivindicando que possui jurisdição sobre o regulamento e supervisão das

nossas atividades em dois municípios (Piracaia e Mombuca). No município de Piracaia, ARSESP é a entidade

responsável pela aplicação da política tarifária do Estado (Decreto 41446/96), que está em vigor devido a um

contrato de concessão existente. No município de Mombuca, a regulação e supervisão dos serviços de

saneamento básico foi delegada ao Estado de São Paulo, a fim de que a ARSESP possa exclusivamente

executar esses serviços. Não podemos prever o resultado deste caso ou como poderá impactar em nossas

atividades. Vide “―Fatores de Risco—Riscos relacionados ao nosso negócio—A incerteza regulatória atual,

especialmente no que diz respeito à aplicação e interpretação da Lei de Saneamento Básico no Brasil, pode ter

um efeito adverso sobre nossos negócios.”

Em 2012 e 2011, reajustamos nossas tarifas em 5,15% e 6,83% com início em 11 de setembro de 2012 e

11 de setembro de 2011, respectivamente. Em 22 de abril de 2013, a ARSESP aprovou tarifa preliminar de

2,3509% aplicado igualmente sobre as tarifas de todos os clientes. Esses reajustes foram válidos para todos os

municípios atendidos por nós com exceção dos municípios de Lins e Magda, os quais têm regras e datas de

reajustes diferentes. As tarifas no município de São Bernardo do Campo são reajustadas de acordo com uma

metodologia distinta devido à diferença existente entre as tarifas cobradas naquele município quando

assumimos os serviços e as tarifas que estávamos cobrando em outros municípios metropolitanos que

atendemos. Os reajustes em São Bernardo do Campo foram fixados de forma que, em setembro de 2012, a

tarifa cobrada neste município passou a ser a mesma cobrada nos demais municípios da região. Desde então,

os reajustes tarifários neste município seguem o calendário de ajuste da região metropolitana de São Paulo.

Em relação ao município de Lins, nossas tarifas são reajustadas em janeiro, de acordo com a variação do

IPCA para o período de 12 meses findo no último dia 30 de novembro. No caso de Magda, as tarifas serão

igualadas às tarifas da região em julho de 2014. Quanto aos municípios de Glicério e Torrinha as tarifas serão

igualadas às tarifas da região em 2017.

Em 1º de novembro de 2013, a ARSESP editou a Deliberação nº 435 que nos autoriza a implementar um

reajuste tarifário. Inicialmente, esse ajuste considerou uma taxa de inflação de 6,2707%, medida pelo IPCA

para o período de agosto de 2012 a julho de 2013. A partir deste número, a ARSESP deduziu o Fator de

Eficiência (Fator X) de 0,4297% no período, e isso resultou em um ajuste de 5,8410%. Além disso, a

ARSESP estima o ganho que tivemos com a revisão tarifária de 2,3509% a partir de abril de 2013, e isso

resultou em um desconto adicional de 0,9249% no indicador. Além disso, a ARSESP também estimou a nossa

perda de 0,6538% resultante da demora na reposição do IPCA e acrescentou esse montante estimado. O

produto desses movimentos e considerações resultou em um aumento linear de 3,1451% nas tarifas desde 11

de dezembro de 2013.

Com relação à estrutura tarifária, a Deliberação ARSESP nº 463, publicada em janeiro de 2014,

estabeleceu o prazo de 10 de abril de 2014 para a publicação do calendário de implementação da nossa nova

estrutura tarifária. No entanto, em 17 de abril de 2014, a ARSESP aprovou a Deliberação nº 484 na qual

mantém a Estrutura Tarifária existente e não estipula data para a implantação da nova estrutura tarifária. Até

que a ARSESP aprove a nova estrutura tarifária que propusemos, continuaremos a adotar a estrutura atual,

que divide as tarifas em duas categorias: residencial e não residencial. A categoria residencial é subdividida

em residencial básica, social e favela. A tarifa residencial social se aplica a residências de famílias de baixa

renda, residências de desempregados por mais de 12 meses e residências coletivas. A tarifa favela se aplica a

residências em favelas, caracterizadas pela falta de infraestrutura urbana. As duas últimas subcategorias

foram criadas para beneficiar consumidores de baixa renda por meio da cobrança de tarifas reduzidas de

consumo. A categoria não residencial abrange: (i) empresas privadas, entidades governamentais e

consumidores industriais; (ii) entidades “sem fins lucrativos” que pagam 50% da tarifa não residencial

praticada; (iii) entidades governamentais que celebraram acordo de redução de perdas de água conosco e que

56

pagam 75% da tarifa não residencial praticada; e (iv) entidades públicas que celebraram contratos de

programa, para municípios com população de até 30.000 habitantes dos quais a metade ou mais são

classificados pela SEDAE como IPVS 5 ou 6 (Índice Paulista de Vulnerabilidade Social) de acordo com seu

grau de vulnerabilidade social, obtido através da análise das estatísticas do Censo do ano 2000 para passar a

receber benefícios tarifários de acordo com a nossa regra normativa, na categoria de uso público, em nível

municipal. As tarifas são iguais àquelas oferecidas a entidades privadas/de assistência social e que

corresponde a 50,0% das tarifas públicas sem as previsões contratuais mencionadas no item (iv) acima.

A partir de maio de 2002 estabelecemos um novo esquema de tarifas para clientes comerciais e

industriais com consumo mínimo de 5.000 metros cúbicos de água por mês com os quais celebramos

contratos de demanda firme (take-or-pay) com prazo mínimo de um ano. Em outubro de 2007, o volume

mínimo para celebrar esses contratos foi reduzido de 5.000 m³ por mês para 3.000 m³ por mês. Acreditamos

que este esquema de tarifas ajudará a impedir que nossos clientes comerciais e industriais optem por passar a

recorrer ao uso de poços privados. Desde 2008, estamos autorizados pela ARSESP para estabelecer tarifas

para consumidores não residenciais, tais como consumidores dos setores industrial e comercial, que

consomem mais de 3.000 m3 por mês, com tarifas máximas iguais as tarifas aplicáveis a consumidores não

residenciais que consomem mais de 50 m3 por mês. Em 2010, a ARSESP autorizou uma redução no valor

mínimo de consumo de consumidores que celebram contratos de demanda conosco de no mínimo 500 m3 por

mês.

Estabelecemos uma estrutura tarifária distinta em cada uma das três regiões que servimos, quais sejam, a

Região Metropolitana de São Paulo, o Interior e o Litoral do Estado de São Paulo, que compõe nossos

Sistemas Regionais. Cada estrutura tarifária incorpora subsídios cruzados, levando-se em consideração o tipo

de consumidor e o volume consumido. Os consumidores com alto consumo mensal de água pagam tarifas

maiores do que nossos custos para a prestação do serviço de água em questão. Utilizamos o excedente da

tarifa cobrada dos consumidores com maiores volumes de consumo para compensar as tarifas menores pagas

por consumidores com menores volumes de consumo. Paralelamente, tarifas de consumidores não

residenciais são estabelecidas em níveis que subsidiam consumidores residenciais. Além disso, as tarifas

para a Região Metropolitana de São Paulo são, em geral, mais altas do que as tarifas para o Interior e para o

Litoral do Estado de São Paulo.

A conta de esgoto em cada região é cobrada em função da conta mensal de água. Na região

metropolitana de São Paulo e na região do litoral, as tarifas de esgoto são iguais às tarifas de água. Na região

do interior do Estado de São Paulo, as tarifas de esgoto são, aproximadamente, 20% mais baixas do que as

tarifas de água. As tarifas de água fornecida no atacado são as mesmas para todos os municípios atendidos.

Também disponibilizamos serviços de tratamento de esgoto a esses municípios de acordo com os contratos e

tarifas aplicáveis. Ademais, vários consumidores industriais pagam tarifa adicional de esgoto, dependendo

das características do esgoto que produzem.

Cada categoria e classe de consumidor paga tarifas de acordo com o volume de água consumido. A

tarifa paga por uma determinada categoria e classe de consumidor aumenta progressivamente de acordo com

o aumento no volume de água consumido. A tabela a seguir mostra as tarifas para serviços de água e esgotos

por (i) categoria e classe de consumidor e (ii) volume de água consumido cobrado em metros cúbicos durante

os anos e os períodos indicados, na região metropolitana de São Paulo:

57

Consumo da Categoria de Consumidor

Em 11 de

dezembro

de 2013

Em 22 de

abril de

2013 (5)

Em 11 de

stembro de

2012 (4)

Em 11 de

setembro de

2011(3)

Residencial

Residencial Básico:

0-10(1)

................................................................ 1.68 1,63 1,59 1,52

11-20................................................................. 2.63 2,55 2,49 2,37

21-50................................................................. 6.57 6,37 6,22 5,92

Acima de 50...................................................... 7.24 7,02 6,86 6,52

Social:

0-10(1)

............................................................... 0.57 0,55 0,54 0,51

11-20................................................................. 0.99 0,96 0,94 0,89

21-30................................................................. 3.48 3,37 3,29 3,13

31-50................................................................. 4.97 4,82 4,71 4,48

Acima de 50...................................................... 5.49 5,32 5,20 4,95

Favela:

0-10(1)

............................................................... 0.44 0,42 0,41 0,39

11-20................................................................. 0.50 0,48 0,47 0,45

21-30................................................................. 1.64 1,59 1,55 1,47

31-50................................................................. 4.97 4,82 4,71 4,48

Acima de 50...................................................... 5.49 5,32 5,20 4,95

Comercial/Industrial/Governamental:

0-10(1)

3.38 3,28 3,20 3,04

11-20 6.57 6,37 6,22 5,92

21-50 12.59 12,21 11,93 11,35

Acima de 50 13.12 12,72 12,43 11,82

Entidades de Assistência Social:

0-10(1)

1.69 1,64 1,60 1,52

11-20 3.29 3,19 3,12 2,97

21-50 6.32 6,13 5,99 5,70

Acima de 50 5.56 6,36 6,21 5,91

Entidades públicas que adotam o Programa

de Uso Racional da Água, ou PURA, com

acordo de redução:

0-10(1)

2.53 2,40 2,28 2,14

11-20 4.92 4,66 4,43 4,15

21-50 9.47 8,97 8,53 7,98

Acima de 50 9.84 9,32 8,86 8,29 (1) O volume mínimo cobrado é de dez metros cúbicos por mês.

(2) A partir de 11 de setembro de 2011 a 10 de setembro de 2012. (3) Desde 11 de setembro de 2012 até 21 de abril de 2013.

(4) Desde 22 de abril de 2013 até 10 de dezembro de 2013.

(5) A partir de 11 de dezembro de 2013

Em 2013, 2012 e 2011, a tarifa média calculada para os Sistemas Regionais foi aproximadamente 30%

abaixo da tarifa média da região metropolitana de São Paulo.

A Lei de Saneamento Básico exige que os Estados estabeleçam reguladores independentes com a

responsabilidade de monitorar os serviços de saneamento básico e regular tarifas, lei federal Nº 11.445/07 e

lei estadual Nº 1.025/07, estabeleceu a ARSESP, que regula e supervisiona os serviços de saneamento básico

que fornecemos nos municípios que concordaram em estar sob a jurisdição da ARSESP. Para os municípios

que atualmente fornecemos os serviços e que não fazem parte da jurisdição da ARSESP, nós reajustamos a

58

tarifa com base no Decreto Estadual 41.446/96. A ARSESP propôs ou promulgou uma série de alterações

regulatórias que incluem o seguinte:

Em 2009 ARSESP abriu para discussão e audiência pública a metodologia para revisão tarifária. Em

2010 ARSESP publicou a Deliberação nº 156. Esta deliberação estabeleceu a metodologia e os

critérios gerais para a valoração de nossa base regulatória de ativos a ser usada para fins de processos

e auditorias de revisão tarifária. Durante 2011 e 2012, a ARSESP realizou mais consultas públicas

sobre a metodologia de revisão tarifária, que foi finalmente especificada e divulgada em Abril de

2012. Em novembro de 2012, a ARSESP publicou uma nota técnica preliminar para consulta

pública, propondo uma tarifa preliminar inicial média máxima (P0) e fator de ganhos de eficiência

(X), com base em uma avaliação preliminar dos bens detidos por nós. Após outras consultas

públicas, em março de 2013, a ARSESP publicou duas resoluções, a Deliberação no 406 e a

Deliberação no 407.

A Deliberação 406 estabelece principalmente: (i) uma tarifa média máxima inicial (P0) e um valor

base preliminar do ativo para aplicar até a conclusão de uma auditoria externa da base de ativos

elaborada por nós, implicando uma revisão tarifária de 2,3509% a ser aplicado nas tarifas; (ii)

autoriza o repasse aos consumidores da taxa de Regulação e Supervisão de 0,5% imediatamente após

a conclusão dos ajustes operacionais necessários para a inclusão desta taxa nas faturas nos

municípios onde será cobrado; (iii) estabelece uma fórmula de reajuste anual de tarifas a ser

implementada durante o ciclo tarifário, que consiste na variação do IPCA (Índice Nacional de Preço

ao Consumidor Amplo) para o período, reajustado por um fator de eficiência projetado a transferir

uma porção de nossos ganhos de produtividade ao consumidor, que foi implementado em 1º de

novembro de 2013 e também reajustado para refletir as alterações na qualidade do serviço a ser

definido e aplicado a partir do terceiro ano do segundo ciclo tarifário. De acordo com o cronograma

da ARSESP, a tarifa média máxima final (P0) seria anunciada em agosto de 2013, após a auditoria

do valor base dos ativos que apresentamos, mas foi adiado até abril de 2014. Porém, foi adiada para

abril de 2014.

Com relação a Deliberação No. 406 a revisão tarifária de 2.3509% foi implementada em Abril 2013.

Além disso, a Companhia irá repassar aos consumidores a taxa de fiscalização de 0,5% tão logo

sejam concluídos os ajustes operacionais necessários para a discriminação desta nas faturas dos

municípios em que esta será cobrada. A adaptação dos processos internos para acomodar esse

encargo não foi finalizada ainda, e deverá ser finalizada em 2014.

Em abril de 2013, ARSESP aprovou a Deliberação nº 407 nos autorizando a repassar para a tarifa de

água e esgoto a transferência de 7,5% para o Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e

Infraestrutura de São Paulo como um encargo legal, conforme definido pela legislação municipal. De

acordo com os Contratos de Programa e os Contratos de serviço de fornecimento de água e esgoto,

este encargo deve ser considerado na revisão tarifária.

Em abril de 2013, ARSESP aprovou a Deliberação nº 413, o que efetivamente suspendeu a

Deliberação nº 407 até que o processo de revisão tarifária seja concluído, adiando assim a nossa

autorização para passar o encargo para consumidores na conta de água e esgoto. O adiamento da

Deliberação nº 407 foi devido a um pedido do Governo do Estado de São Paulo para analisar, entre

outros assuntos, métodos de reduzir o impacto sobre os consumidores. Embora a Deliberação nº 407

estabeleça a conclusão da revisão tarifária como a data para a implementação do repasse, não

podemos ter a certeza de quando a Deliberação nº 407 será implementada. Em abril de 2014, a

ARSESP aprovou a Deliberação nº 484 que estabelece a conclusão da revisão tarifária. Nenhuma

decisão foi tomada com relaçao à cobrança dos 7,5% dos consumidores e nós não sabemos quando

uma decisião final será tomada. Nós não sabemos quando poderemos passar a cobrança dos 7,5%

para a conta de serviços dos clientes.

Em julho de 2013, a ARSESP anunciou que, devido à falta de quorum pelo seu conselho de

administração para deliberar sobre o processo de revisão tarifária, o processo seria adiado até que o

59

quórum fosse formado. Três conselheiros são necessários para que a ARSESP possa deliberar sobre

qualquer assunto e, naquela época, contava com apenas dois conselheiros.

Deliberação nº 427, publicada pela ARSESP em 1 de Agosto de 2013 manteve a suspensão da nossa

revisão tarifária e exigiu que reavaliamos 19 pontos da nossa Base de Remuneração Regulatória.

Pedimos 90 dias para avaliar, esclarecer e fazer os ajustes necessários para a Base de Remuneração

Regulatória. A Base de Remuneração Regulatória revista foi apresentada em dezembro de 2013, em

conformidade com a programação.

Em outubro de 2013, o Conselho da ARSESP cumpriu a exigência de quórum mínimo necessário

para deliberar sobre assuntos relacionados com o reajuste e/ou revisão que havia sido paralisada

desde agosto de 2013. Em 1º de novembro de 2013, a ARSESP publicou a Deliberação nº 435,

autorizando-nos a implementar um reajuste tarifário. Inicialmente, esse ajuste considerou uma taxa

de inflação de 6,2707%, medida pelo IPCA para o período de agosto de 2012 a julho de 2013. A

partir deste número, a ARSESP deduziu o Fator de Eficiência (Fator X) de 0,4297% no período, e

isso resultou em um ajuste de 5,8410%. Além disso, a ARSESP estima o ganho que tivemos com a

revisão tarifária de 2,3509% desde abril de 2013, e isso resultou em um desconto adicional de

0,9249% no indicador. Além disso, a ARSESP também estimou a nossa perda de 0,6538% resultante

da demora na reposição do IPCA e acrescentou esse montante estimado. O produto desses

movimentos e considerações resultou em um reajuste tarifário linear de 3,1451% desde 11 de

dezembro de 2013.

Deliberação ARSESP n º 463 publicada em janeiro de 2014 estabeleceu um novo cronograma para o

desenvolvimento de nossas fases de revisão tarifária e estabeleceu 10 abril de 2014, como a data para

a divulgação do Preço Máximo Inicial (P0) e Fator de Eficiência (Fator X) final para o ciclo tarifário

iniciado em 10 de agosto de 2012. As fases da nossa revisão tarifária foram determinadas como

segue:

o 11 de fevereiro de 2014 – a ARSESP publicou a Nota Técnica RTS 001/2014 , que

apresenta as suas propostas para Preço Máximo Inicial (P0) e Fator de Eficiência (Fator X)

definitivos e o início da consulta pública e convocação para uma audiência pública. Com a

Nota Técnica RTS 001/2014, a ARSESP determinou o Nível Final de Tarifa, que consiste

em: (i) a definição da P0 Final, que se refere a dezembro de 2012, com a Base Líquida de

Remuneração Regulatória de Ativos (BRRL) inicial definitiva; (ii) a quantificação dos

ajustes compensatórios para aplicação retroativa para o início do ciclo; e (iii) os valores

tarifários a serem aplicados nos serviços prestados a partir de 11 abril de 2014;

o 12 de março de 2014 – audiência pública e fim da consulta pública; e

o 10 de abril de 2014 – divulgação e publicação dos resultados relativos Preço Máximo Inicial

(P0) e Fator de Eficiência (Fator X) definitivos e os relatórios consubstanciados sobre as

contribuições da consulta pública e da publicação do cronograma de implementação da

nossa nova estrutura tarifária. No entanto, no dia 10 de abril a ARSESP suspendeu a

divulgação e publicou a Deliberação nº 484 em 17 de abril.

o Em 17 de abril, a ARSESP publicou a Deliberação nº 484, que entre outros (i) estabelece

que, a partir de 11 de maio de 2014, um índice de reposicionamento tarifário de 5,4408%

em relação às nossas tarifas vigentes e um fator de eficiência anual (Fator X) de 0,9386%, a

ser deduzido nos próximos reajustes tarifários anuais, deverá ser aplicado às contas de água

dos clientes, (ii) permite a nós aplicar o índice de reposicionamento decorrente da revisão

tarifária em data futura mais oportuna, procedendo-se ao recálculo e à atualização monetária

dos valores aplicáveis, de forma a assegurar nosso equilíbrio econômico-financeiro,

levando-se em conta a situação atípica em nosso mercado, devido à escassez hídrica e

nossas medidas para estimular a economia de água a fim de assegurar o abastecimento, (iii)

estabelece que os próximos reajustes tarifários anuais ocorrerão em 11 de abril de 2015 e

em 11 de abril de 2016, com a próxima revisão tarifária em 11 de abril de 2017, e (iv)

ratifica as regras de reajuste previstas na Deliberação 406 (descrita acima), e (iv) atualiza o

60

Fator X para o ciclo tarifário de 0,836% para 0,9386%. A estrutura tarifária vigente será

mantida para os nossos serviços até que a nova estrutura seja aprovada pela ARSESP e

implementada. Considerando o que estabelece a Deliberação nº 484, decidimos postergar a

aplicação do índice de reposicionamento tarifário para uma data oportuna até, no máximo,

final de dezembro de 2014.

Em agosto de 2012, a ARSESP publicou a Deliberação nº 346, que estabelecia os princípios de que os

usuários devem ser compensados por qualquer interrupção no abastecimento de água. A implementação desta

regulamentação foi suspensa, dependendo de futuras discussões técnicas. Em 2013, a ARSESP realizou

consultas públicas que retomaram as discussões técnicas sobre o assunto, mas a nova deliberação que

substituirá a Deliberação nº 346 ainda não foi publicada.

Canais de Marketing

Em 31 de dezembro de 2013, éramos a concessionária de serviços de abastecimento de água, coleta,

tratamento e disposição de esgoto diretamente ao consumidor final em 363 municípios do Estado de São

Paulo. Também fornecemos água no atacado a seis municípios da região metropolitana de São Paulo. É

responsabilidade desses municípios a distribuição de água aos consumidores finais. Prestamos serviços de

tratamento de esgoto a cinco desses municípios. Em virtude de nossa estrutura de distribuição, os

consumidores finais, a quem oferecemos serviços de água no atacado, não podem adquirir de forma

alternativa esses serviços diretamente de nós. Para obter mais informações sobre concessão de serviços, vide

“4.B. Visão Geral das Atividades – Operações no Atacado.”

Consumo de Energia Elétrica

O uso de energia elétrica é essencial às nossas operações e, em decorrência disso, somos uma das

maiores usuárias de eletricidade do Estado de São Paulo. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013,

utilizamos 1,78% do total de energia elétrica consumida no Estado de São Paulo. Até o momento, não

enfrentamos quaisquer interrupções significativas no fornecimento de eletricidade. Qualquer interrupção

significativa no fornecimento de energia elétrica pode causar efeito material adverso significativo sobre

nossos negócios, condição financeira, resultados operacionais ou perspectivas. Vide “Item 3.D. Fatores de

Risco ― Riscos Relacionados às Nossas Atividades ― Estamos Expostos a Riscos Associados à Prestação de

Serviços de Água e esgotos”.

Os preços de energia elétrica têm um impacto significativo sobre nossos resultados operacionais. Em

2013, 42,6% de nosso consumo total de energia elétrica ocorreu no “mercado livre”, onde podemos negociar

de maneira mais eficiente o fornecimento de energia. Em outubro de 2012, celebramos contratos a longo

prazo com a AES Tietê (39%) e a Tractebel Energia S.A. (61%) para fornecer estes serviços até 2015.

Seguros

Mantemos seguro que cobre, entre outros, incêndio e demais danos a nossos bens, edifícios de

escritórios e seguro de responsabilidade contra terceiros. Também mantemos cobertura de seguro de

responsabilidade civil para conselheiros e diretores (“seguro D&O”). Atualmente, contratamos seguros por

meio de licitações que contam com a participação das principais companhias seguradoras brasileiras e

internacionais que operam no Brasil. Em 31 de dezembro de 2013, havíamos pago um valor total de R$5,6

milhões em prêmios. Além disso, pagamos R$1,4 milhão para uma apólice de seguros D&O, cobrindo R$4,1

bilhões em ativos, responsabilidade de terceiros e D&O assegurados. Não possuímos cobertura de seguro

contra risco de interrupção de atividades porque não acreditamos que os altos prêmios pagos para tal seguro

se justifiquem em função do baixo risco de interrupção significativa de nossas atividades. Ademais, não

possuímos cobertura de seguro de responsabilidade em decorrência de contaminação de água ou demais

problemas que envolvam nosso fornecimento de água a consumidores e para responsabilidade em danos

ambientais correlatos. Acreditamos que mantemos seguros em níveis usuais no Brasil para o ramo de negócio

em que atuamos.

61

Propriedade Intelectual

Marcas comerciais

Obtivemos registro para nosso logotipo e nossa marca mista perante o Instituto Nacional da Propriedade

Industrial, - INPI. Registramos perante o INPI as seguintes marcas: “Sabesp,” “Sabesp Soluções

Ambientais,” “Projeto Tietê,” “Programa Córrego Limpo,” “Programa Onda Limpa,” “Prol – Programa de

Reciclagem do Óleo De Fritura,” “Revista DAE,” “Ligação Sabesp,” “Agente da Gente – Sabesp na

Comunidade”, “PURA – Programa de Uso Racional da Água”, “Sabesp Inteligência Ambiental” “Clubinho

Sabesp,” “Cauã,” “Denis,” “Gabi,” “Gotucho,” “Gota Borralheira,” “Dr. Gastão,” “Iara,” “Ratantan,”

“Sayuri” e “SuperH20”. Cauã, Denis, Gabi, Gotucho, Gota Borralheira, Dr. Gastão, Iara, Sayuri e Ratantan

são alguns dos personagens do “Clubinho SABESP”, que é uma ferramenta de educação ambiental

direcionada a crianças através de nosso site na internet.

Também apresentamos pedidos de registro perante o INPI para as seguintes marcas: “Parque Da

Integração,” “Programa de Recuperação Ambiental,” “Signos” (Sistema De Informação Geográfica No

Saneamento), “Scorpion,” “Semana do Meio Ambiente Sabesp,” “Eficaz,” “Água de Reuso Sabesp,” “Água

Sabesp Aquífero Guarani,” “Água Sabesp Estação Cantareira,” “Contrato de Fidelização Sabesp,” “Esgotos

não Domésticos Sabesp,” “Cine Sabesp”, “Ecoposto Sabesp”, “PEA – Programa de Educação Ambiental”,

“Projeto Tietê”, “Sabesp Abraço Verde”, “Super H2O”, “Programa Córrego Limpo” e a seguinte personagem

do Clubinho SABESP: “Cadu”.

Patentes

Temos a patente concedida pelo INPI sobre um dispositivo construtivo em um simulador hidráulico de

edifício para fins didáticos. Também apresentamos pedidos para os seguintes outros dispositivos:

Uma unidade de medição de consumo de água;

Unidade de controle de odor por meio de biofiltro;

Dispositivo para remoção de flutuantes no tratamento de esgoto;

Dispositivo móvel para a calibração de hidrômetros;

Dispositivos rotativos utilizados para a limpeza de reservatórios de água, transportados por

caminhões com sistemas de hidrojateamento de alta pressão; e

Equipamento portátil de teste meteorológico.

Atualmente, aguardamos respostas de nossos pedidos de patentes feitos ao INPI. Enquanto os pedidos

estão sob avaliação, nós temos o direito exclusivo de uso destes equipamentos.

Software

Adotamos uma política interna que prevê uma auditoria e prevenção ativa e efetiva de programas de

computador não autorizados. Adquirimos as licenças de software necessárias para todas as estações de

trabalho.

Também desenvolvemos determinados programas de computador para gestão e controle das instalações

de tratamento de água e esgotos, bem como para a gestão de serviços de terceiros, denominados “CSI–

Sistema Comercial, Serviços e Informações”, “AQUALOG (Estações de Controle de Tratamento de Água),”

“SGL (Sistema de Gerenciamento de Licitações),” “SCORPION (Software para Controle Operacional),”

"Cotação Eletrônica de Preços", “PREGÃO SABESP ONLINE,” “SISDOC – Sistema de Controle de

Documentos,” “Sistema de análise do comportamento metrológico de hidrômetros,” “Modelo padronizado de

Laudo Técnico- MPLT,” “Sistema de Gestão de Hidrometria - SGH”, “SIA – Sistema de Informações de

Auditoria,” “SAN – Sistema de Apoio à Navegação,” e software on-line para gerenciar artigos específicos

publicados na revista DAE. Também obtivemos o registro desses programas junto ao INPI.

62

AQUALOG é um software brasileiro desenvolvido para monitorar o tratamento de água através do

emprego de inteligência artificial. Em 2001, completamos a primeira prestação de serviços a terceiros baseada

no software AQUALOG com a automação da estação de tratamento de água na cidade de Jaraguá do Sul,

Santa Catarina. Celebramos um contrato de licença desse software com a Sanesul, no Estado do Mato Grosso

do Sul, e com a fábrica de medicamentos Teuto, na cidade de Anápolis, Estado de Goiás. Atualmente temos

uma licença temporária do software AQUALOG e estamos aguardando seu registro final no INPI.

SGL é um sistema eletrônica de cotação de preços que nos permite visualizar e controlar todos os

procedimentos de licitação e aquisições em tempo real.

Nomes de Domínio

Somos titulares dos nomes de domínio listados abaixo, os quais foram registrados perante a autoridade

competente no Brasil, chamada Registro.br:

www.sabesp.com.br;

www.corregolimpo.com.br;

www.projetotiete.com.br;

www.revistadae.com.br;

blogdasabesp.com.br;

blogsabesp.com.br;

sustentabilidadesabesp.com.br;

clubinhosabesp.com.br; e

superh2o.com.br.

Questões Ambientais

A gestão ambiental da Sabesp, pautada nas diretrizes de sua Política de Meio Ambiente, é inerente à

prestação de serviços de saneamento e à essência do nosso negócio. Na direção de consolidar a cultura

ambiental, priorizamos a disseminação interna e externa dos conhecimentos e experiências relacionados às

boas práticas ambientais. São ações presentes nos programas de gestão ambiental corporativos que contam

com envolvimento dos funcionários, da comunidade e parcerias com organizações não governamentais.

Implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (ou SGA) em nossas estações de tratamento de

água e esgoto (“ETA” e “ETE”). O SGA está presente em 95 estações e temos um plano de

ampliação progressiva até 2020. Além disso, buscamos a certificação ISO 14001 para nossas

estações estratégicas. Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos certificação ISO 14001 para 50 ETEs;

Participação no Carbon Disclosure Project desde 2006;

Desenvolvimento do Programa Corporativo de Gestão de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)

em consonância com as diretrizes da Política de Mudança Climática do Estado de São Paulo

(PEMC), incluindo a elaboração de inventários de emissões, totalizando seis inventários concluídos

desde 2007;

Continuação das ações previstas nos programas corporativos para obtenção e manutenção de licenças

ambientais e de outorgas de direito de uso de recursos hídricos;

63

Implementação do Programa de Educação Ambiental (PEA - SABESP), incluindo mais de cem

ações e projetos de educação ambiental envolvendo a comunidade e outros interessados;

Gestão de nossa representação institucional nos Sistemas Nacional e Estadual de Recursos Hídricos,

incluindo a capacitação de representantes para participação no processo de estabelecimento de

critérios para a cobrança de utilização de água, monitoramento dos Planos de Bacias, revisão de

enquadramentos de corpos de água e análise de leis específicas de proteção de mananciais; e

Implementação do Programa SABESP - 3Rs para redução, reutilização e reciclagem de resíduos de

atividades administrativas, em parceria com as Cooperativas de Catadores e que inclui o treinamento

de funcionários capacitando-os para atuar como multiplicadores na implantação do programa.

Além dos Programas Corporativos de Gestão Ambiental, estão em desenvolvimento diversas iniciativas

e projetos em prol do meio ambiente com envolvimento da sociedade.

Em 2013 foram investidos R$32,5 milhões em programas e projetos de meio ambiente.

Regulamentos sobre Mudanças Climáticas: Redução de Gases de Efeito Estufa (GEE)

Estamos sujeitos e obrigados a cumprir as leis e regulamentos relativos a mudanças climáticas, inclusive

os acordos internacionais e tratados de que o Brasil é signatário.

A Política Estadual de Mudança Climática no Estado de São Paulo (Lei nº 13.798), editada em 9 de

novembro de 2009, objetiva reduzir as emissões globais de dióxido de carbono em 20% até 2020 comparadas

aos níveis de 2005. A Política Nacional de Mudança Climática (Lei nº 12.187), editada em 29 de dezembro

de 2009, estabelece um compromisso nacional voluntário para redução entre 36,1% e 38,9%. Essas metas

ainda não foram estabelecidas para o setor de saneamento.

Estamos desenvolvendo um Programa Corporativo de Gestão de Emissões de Gases Efeito Estufa –

GEE, visando à redução e a gestão de emissões desses gases, incluindo a elaboração de inventários anuais de

emissões de GEE. Em 2013 foram concluidos os inventários corporativos de GEE de 2011 e 2012, totalizando

seis inventários desde 2007. Nota-se que a tendência observada nos inventários anteriores foi confirmada, de

tal modo que as atividades referentes à coleta e tratamento de esgotos permanecem como as maiores fontes

emissoras de GEE da empresa, representando cerca de 91% das emissões de CO2e. A energia elétrica

contribui com cerca de 8% e as atividades administrativas representam cerca de 1% do total das emissões.

Participamos de iniciativas que podem potencialmente reduzir as nossas emissões de gases de efeito

estufa, tais como a implantação de uma pequena central hidrelétrica, o aproveitamento de biogás gerado a

partir do tratamento de esgotos, a compostagem do lodo de esgotos, a cobertura de lagoas, entre outras ações.

Neste ponto, ainda não é possível prever se as políticas de mudança climática proporcionarão

oportunidades ou gerarão novos custos para nós. A redução de nossas emissões de dióxido de carbono

envolve custos e despesas relativos à implementação de mecanismos de controle mais rigorosos, adoção de

medidas preventivas e ações para minimizar a geração de gases de efeito estufa. Podemos não receber

incentivos financeiros para compensar toda ou parte desses custos. Além disso, se limitações nas emissões de

GEE afetarem nossa cadeia de suprimento e aumentarem nossos custos, podemos não conseguir repassar

esses custos aos nossos consumidores finais. Vide “4.B. Visão Geral das Atividades– Tarifas.”

Carbon Disclosure Project

Carbon Disclosure Project - Investidores. Participamos do Carbon Disclosure Project – CDP, uma

iniciativa global que se concentra nos riscos financeiros relacionados à mudança climática. Através

deste projeto, os principais investidores institucionais internacionais pedem que as maiores

companhias do mundo demonstrem que estão administrando o carbono de forma eficiente. Nós

recebemos e respondemos aos questionários do projeto desde 2006.

64

Efeitos Físicos de Eventos Climáticos Extremos

Visto que o nosso desempenho financeiro está fortemente ligado a padrões climáticos que influenciam a

disponibilidade de água (em termos de quantidade e qualidade dos recursos hídricos), condições climáticas

extremas podem afetar adversamente nossos negócios e operações. Se a mudança climática a longo prazo

causar alterações significativas nas condições ambientais, tais como um aumento na frequência de condições

climáticas extremas, isto poderia afetar a qualidade e a quantidade de água disponível para captação,

tratamento e fornecimento, o que poderia afetar os custos de serviços e tarifas.

Um aumento de chuvas fortes pode afetar a qualidade da água e o funcionamento regular das fontes de

água, incluindo a captação de água de nossas barragens, por meio do aumento da erosão do solo,

assoreamento, poluição e eutrofização de ecossistemas aquáticos. Além disso, o aumento dos fluxos de águas

pluviais nos sistemas de esgoto pode sobrecarregar a capacidade das estações de tratamento de esgoto. Pode

ser que precisemos implementar novos sistemas de produção, construir reservatórios maiores, ou aumentar a

capacidade operacional automatizando ainda mais o nosso equipamento existente. Para aumentar a

automação, seria necessário comprar e operar novos equipamentos para medir os níveis e volumes de

barragens, a vazão de rios e a quantidade de chuva em bacias hidrográficas, criar modelos matemáticos para

operações em tempo real e capacitar técnicos para operar esses sistemas.

No caso de períodos prolongados de seca, por exemplo, níveis reduzidos de água em barragens podem

causar um aumento na concentração de matéria vegetal, aumentando a eutrofização e, consequentemente,

aumentando os custos de tratamento de água e a complexidade operacional. Nesses casos, os custos de

produção podem aumentar, afetando nossas margens financeiras e a qualidade da água que produzimos. As

secas também diminuem os níveis de reservatórios disponíveis para as usinas hidrelétricas, o que pode levar a

escassez de energia, particularmente devido ao fato de que energia hidrelétrica responde pela maior parte do

fornecimento de energia elétrica no Brasil. Falta de energia elétrica pode levar a instabilidade no

fornecimento de água e nos serviços de coleta e tratamento de esgoto, o que pode prejudicar a nossa

reputação. Além disso, visto que somos um dos maiores consumidores de energia elétrica do Estado de São

Paulo, um potencial aumento de tarifas de energia elétrica devido a uma escassez de energia hidrelétrica

poderia ter um impacto econômico significativo sobre nós.

Nós também somos a concessionária de serviços de água e esgoto para todos os municípios do litoral do

Estado de São Paulo. A subida do nível do mar pode resultar em aumento da salinidade nos estuários dos rios

onde abstraímos água, o que poderia afetar o tratamento da água nessas áreas. A elevação do nível do mar

também pode prejudicar a nossa rede de coleta de esgoto.

Eventos extremos também podem afetar a extração, produção e transporte dos materiais necessários para

as nossas operações, tais como materiais de tratamento de água, e podem levar a um aumento no custo desses

materiais. Um aumento na temperatura do ar também pode aumentar a demanda dos consumidores por água,

aumentando a necessidade de expandir tanto o abastecimento de água quanto o tratamento de esgoto.

Neste contexto, nossa estratégia exige que identifiquemos ações mitigadoras, ampliando sua cobertura e

gerenciando possíveis riscos operacionais relacionados às mudanças climáticas, e identifiquemos

oportunidades para aumentar a nossa eficácia e implementar novas tecnologias. O aproveitamento de biogás

gerado no tratamento de esgoto é um exemplo de iniciativa adotada nessa direção. Com relação ao risco de

redução da disponibilidade de água, estamos trabalhando para nos adaptar a um novo cenário de escassez de

água devido às alterações climáticas por meio de iniciativas como o Programa Corporativo para Redução de

Perda, o Programa de Uso Racional da Água e a expansão da reutilização planejada de efluentes para fins

urbanos e industriais.

Vide “Item 3.D. Fatores de Risco―Riscos Relacionados às Nossas Atividades―Novas leis e

regulamentos pertinentes a mudanças climáticas, a alterações da regulamentação vigente e aos efeitos físicos

das mudanças climáticas, poderá resultar em mais obrigações e aumentos dos investimentos, o que poderá ter

um efeito adverso significativo sobre nós.”

Com relação à seca que afetou o Sistema Cantareira no final de 2013 e início de 2014, vide “Item 3.D

Fatores de Riscos—Riscos Relacionados às Nossas Atividades— Secas, o programa de redução de consumo

65

de água ou outras medidas podem resultar em uma diminuição significativa no volume faturado de água e as

receitas dos serviços que prestamos, que podem ter um efeito material adverso sobre nós” e “Item 5.A.

Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras—Fatores que Afetam Nosso Resultado Operacional—

Efeitos de Eventos Climáticos Extremos – Seca”.

Regulação Governamental

Os serviços de saneamento básico no Brasil estão sujeitos a uma extensa legislação e regulamentação

em âmbito federal, estadual e municipal que, entre outros aspectos, regulamentam:

a outorga de concessões para a prestação de serviços de água e esgotos;

o desenvolvimento de parcerias público-privadas (“PPPs”);

a necessidade da realização de processo de licitação pública para a nomeação de prestadoras de

serviços privados de água e esgotos;

a necessidade de celebração de contrato para a nomeação de prestadoras de serviços públicos de água

e esgotos;

a gestão conjunta de serviços públicos através de cooperação, permitindo a celebração de um

contrato de programa sem a necessidade de processo de licitação pública para a prestadora do

serviço, sujeita à condição de que as atividades de planejamento, regulação ou fiscalização não sejam

desempenhadas pela prestadora do serviço;

requisitos mínimos dos serviços de água e esgotos;

utilização de recursos hídricos;

qualidade da água e proteção do meio ambiente; e

restrições governamentais ao endividamento por empresas públicas.

Aspectos Gerais

Em conformidade com o artigo 23 da Constituição Federal, os serviços de água e esgotos são de

responsabilidade conjunta da União, dos Estados e dos municípios. O artigo 216 da Constituição do Estado de

São Paulo estabelece que, por força de lei, o Estado de São Paulo deverá fornecer as condições para a

eficiente administração e ampliação adequada dos serviços de saneamento básico prestados por suas agências

ou empresas por ele controladas ou por qualquer outra concessionária sob seu controle. A Legislação

Estadual autorizou a nossa constituição com o objetivo de planejar, fornecer e operar serviços de saneamento

básico no Estado de São Paulo, tendo, também, reconhecido a autonomia dos municípios.

De acordo com o artigo 175 da Constituição Federal, incumbe ao Poder Público aplicável, a prestação de

serviços públicos, incluindo os serviços de saneamento básico. Entretanto, qualquer autoridade pública tem o

direito de prestar tais serviços diretamente ou através de concessão ou permissão para terceiros.

No Brasil, há três regimes legais de âmbito federal para a contratação de serviços de água e de esgoto:

(i) concessões públicas, regulamentadas pela Lei nº 8.987/1995, que exige um processo prévio de licitação

pública; (ii) administração de serviços públicos por meio de acordos de cooperação entre o governo federal e

as autoridades públicas locais a nível Estadual e Municipal sem a necessidade de um processo de licitação

pública, regulamentada pela Lei de Consórcios Públicos e Acordo de Cooperação; e (iii) parcerias público-

privadas, regulamentadas pela Lei nº 11.079/2004, utilizada para conceder concessões a companhias privadas

para prestar serviços públicos e usadas em relação a obras de construção associadas à prestação de serviços

públicos. Até 2005, adotamos o regime de concessões públicas. Após a entrada em vigor da Lei de

Consórcios Públicos e Acordo de Cooperação, adotamos a administração de serviços públicos através de

acordos de cooperação, que podem ser usados junto com os outros dois regimes.

66

A Lei de Consórcios Públicos e Acordo de Cooperação e a Lei de Saneamento Básico causaram

impactos significativos no desenvolvimento da política estadual de saneamento e na estrutura reguladora do

setor.

Tendo em vista sermos a concessionária legal para prestação dos serviços de água e esgotos no Estado

de São Paulo, atendendo a aproximadamente 59% da população do Estado e prestando serviços de

saneamento por meio de contratos de concessão, a Lei de Consórcios nos afetou ao dispor sobre a expiração

dos nossos contratos de concessão celebrados nos anos 70, quando o Plano Nacional de Saneamento -

PLANASA foi criado. A Lei de Consórcios trouxe importantes mudanças no relacionamento entre

municípios, estados e prestadoras de serviços públicos de saneamento, mais especificamente às empresas de

economia mista, como a nossa, em virtude da implementação dos contratos de programa em substituição aos

contratos de concessão.

Além disso, a Lei de Saneamento Básico, no seu papel de diretriz geral para o desenvolvimento do setor

brasileiro de saneamento, aborda as condições da delegação dos serviços de água e esgotos, o exercício da

titularidade por parte do poder concedente e as condições regulamentares do setor. A Lei de Saneamento

Básico também introduziu uma alteração significativa ao Artigo 42 da Lei de Concessões, que trata da

rescisão das concessões antes da sua data de expiração e das condições de reversibilidade dos ativos não

amortizados. A alteração determina que a prestadora dos serviços seja indenizada pelos ativos não

amortizados, priorizando um acordo entre as partes que estabeleça os critérios para cálculo e pagamento da

indenização.

A Lei de Saneamento Básico

Em 5 de janeiro de 2007, a Lei Federal nº 11.445, ou Lei de Saneamento Básico, foi editada,

estabelecendo as diretrizes de saneamento básico em nível nacional e busca criar soluções adequadas para a

situação de cada estado e município, facilitando a cooperação técnica entre os estados e os municípios. Além

disso, o governo federal divulgará sua política pública visando facilitar o acesso as alternativas de

financiamento que sejam compatíveis com os custos e as condições do setor de saneamento no Brasil, em

substituição ao modelo do PLANASA. Em 21 de junho de 2010, o governo federal editou o Decreto Federal

nº 7.217 (e modificações do Decreto Federal No. 8.211/14), que regula a Lei de Saneamento Básico. Vide

“Fatores de Risco – Riscos Relacionados às Nossas Atividades – A incerteza regulatória atual, especialmente

no que diz respeito à aplicação e interpretação da Lei de Saneamento Básico no Brasil, pode ter um efeito

adverso sobre nossos negócios.”

A Lei de Saneamento Básico estabelece os seguintes princípios para os serviços públicos de saneamento

básico: universalização, integralidade, eficiência e sustentabilidade econômica, transparência de ações,

controle social e integração da infraestrutura e dos serviços com a gestão dos recursos hídricos. Tal lei não

define a titularidade dos serviços de saneamento, mas estabelece as responsabilidades mínimas para o

exercício da titularidade, tais como o desenvolvimento do plano de saneamento, a definição da pessoa

responsável pela regulamentação e controle e o estabelecimento de direitos e obrigações dos usuários e os

mecanismos de controle social. A lei também define a prestação regionalizada dos serviços (ou seja, uma

única prestadora atende a dois ou mais titulares, hipótese em que pode haver um plano contemplando a

combinação dos serviços).

Decreto Federal n º 7.217, que foi promulgado em 21 de junho de 2010, e da Lei 11.445 implementaram

uma primeira série de novos princípios sob a Lei de Saneamento Básico, incluindo o seguinte:

para contratos de parceria público-público (ou contratos de programa), as audiências públicas devem

ser realizadas com relação a anúncios de licitação, e estudos de viabilidade técnica e econômica

devem ser realizadaos;

os direitos e obrigações de clientes e prestadores de serviços, incluindo as sanções, são determinados

pelo proprietário do serviço público, e não pela agência reguladora (já que sua função é assegurar o

pleno cumprimento das condições legais e contratuais );

função da agência reguladora é assegurar a conformidade com a lei e com as condições contratuais;

67

a viabilidade técnica e financeira da prestação dos serviços de água e esgoto deve ser determinada

com base em : (i) contribuições necessárias de capital para oferecer os serviços e (ii) as receitas

esperadas provenientes da prestação do serviço; e

quando um serviço regulado deve ser fornecido por diferentes prestadores de serviços, os prestadores

devem executar um acordo que regulamente as suas respectivas atividades.

Ademais, a Lei de Saneamento Básico define as diretrizes e os objetivos da política federal de

saneamento básico a serem observados quando da obtenção de recursos públicos gerados ou operados por

agências ou entidades do governo federal e prevê a possibilidade da existência de subsídios como instrumento

de política social para assegurar o acesso a todos aos serviços de saneamento básico, notadamente à

população de baixa renda. Os subsídios podem ser concedidos tanto diretamente, através de tarifas, ou

indiretamente, dependendo das características dos beneficiários e da origem dos recursos.

Além disso, a Lei de Saneamento Básico também prevê que os serviços de saneamento podem ser

interrompidos pela prestadora na hipótese de inadimplemento do pagamento das tarifas pelo consumidor,

entre outros motivos, mediante notificação escrita e desde que os requisitos mínimos de saúde sejam

mantidos.

A Lei de Saneamento Básico também estabelece os critérios para a reversão dos ativos na ocasião da

rescisão do contrato e em relação às concessões, quando as mesmas expirarem ou estiverem em vigor por

tempo indefinido, ou nos casos em que não há um contrato formal. Ademais, tal lei estabelece a base de

cálculo do montante de indenização devido, que deve ser calculado por uma instituição especializada

selecionada por acordo mútuo entre as partes.

Consoante as disposições da Lei de Saneamento Básico, as partes da concessão podem celebrar um

acordo em relação ao pagamento de indenização devida à concessionária. Todavia, na ausência de um

acordo, a Lei de Saneamento Básico estabelece que a indenização deva ser paga no máximo em quatro

prestações anuais iguais e sucessivas, sendo a primeira prestação devida no último dia útil do exercício social

no qual os ativos forem revertidos.

Regulamentação de Tarifas no Estado de São Paulo

As tarifas que cobramos por nossos serviços estão sujeitas à regulamentação da União e do Estado.

Em 16 de dezembro de 1996, o governador do Estado de São Paulo editou decreto que aprovou o

sistema de tarifas existente e permitiu que nós continuássemos fixando nossas próprias tarifas. Fixamos as

tarifas com base nos objetivos gerais de manutenção de nossa condição financeira e preservação de

“igualdade social” em termos de prestação de serviços de água e esgotos à população, enquanto obtemos um

retorno no investimento. Esse decreto determina que nós apliquemos os seguintes critérios na fixação de

nossas tarifas:

categoria de uso;

capacidade do hidrômetro;

características de consumo;

volume consumido;

custos fixos e variáveis;

variações sazonais no consumo; e

condições sociais e econômicas de consumidores residenciais.

Com a edição da Lei de Saneamento Básico e a Lei de Consórcios Públicos, estamos proibidos de

desenvolver as atividades de planejamento, supervisão e regulamentação dos serviços, o que inclui a

68

determinação da política de tarifas a ser adotada. Tais atividades devem ser exercidas pelo titular da

concessão. Com exceção da responsabilidade pelo planejamento, as atividades remanescentes não podem ser

delegadas.

A atual estrutura tarifária mantém diferentes programas de tarifas, dependendo da localização do

consumidor, ou seja, na região metropolitana de São Paulo ou nos Sistemas Regionais. Há quatro níveis de

volume consumido por cada uma das categorias de consumidor, com exceção do residencial social e das

favelas. As tarifas de residencial social são aplicáveis a residências de famílias de baixa renda, residências de

pessoas desempregadas a mais de 12 meses e residências de moradia coletiva. As tarifas das favelas são

aplicáveis a residências nas favelas caracterizadas pela falta de infraestrutura urbana. As últimas duas

subcategorias foram instituídas para assistir clientes de renda mais baixa ao oferecer tarifas mais baixas de

consumo. Os consumidores são cobrados mensalmente. As contas de água e esgoto são baseadas na

utilização de água determinada pelas leituras dos hidrômetros. Grandes consumidores, no entanto, têm a

leitura feita a cada 15 dias para evitar a perda não física resultante de hidrômetros defeituosos. A cobrança de

esgoto é incluída como parte da conta de água e é baseada na leitura do hidrômetro. Também estamos

autorizados a celebrar contratos individuais com certos consumidores, tais como municípios, para prestar

serviços de abastecimento de água ou também de tratamento de esgoto no atacado.

Ademais, como a Lei nº 11.445 permite aos municípios criar suas próprias agências regulatórias, ao invés

de submeterem-se ao poder regulatório da ARSESP, várias cidades efetivamente criaram tais agências

regulatórias. A cidade de Lins, que criou sua própria entidade regulatória em 2007, reconsiderou essa decisão

em 2010, tendo transferido para a ARSESP o poder regulatório sobre fornecimento de água e revisão tarifária

em Lins, retendo, porém, o poder de dar aprovação final às tarifas estabelecidas pela ARSESP.

Além disso em 2011, os municípios em que se localizam as bacias hidrográficas dos rios Piracicaba,

Capivari e Jundiaí criaram um consórcio (ARES/PCJ) para a regulação e supervisão de nossas atividades

nessas regiões, como resultado da criação do ARES/PCJ, estamos atualmente envolvidos com os processos

judiciais em que este consórcio está reivindicando que possui jurisdição sobre nossas atividades em dois

municípios (Piracaia e Mombuca). No município de Piracaia a ARSESP é a entidade responsável pela

aplicação da política tarifária do Estado (Decreto 41446/96), que está em vigor devido a um contrato de

concessão existente. No município de Mombuca, a regulação e supervisão dos serviços de saneamento básico

foi delegada ao Estado de São Paulo, a fim de que a ARSESP possa exclusivamente executar esses serviços.

Não podemos prever o resultado destes processos ou como poderá impactar em nossas atividades. Vide

“Fatores de Risco – Riscos Relacionados às Nossas Atividades – “A incerteza regulatória atual, especialmente

no que diz respeito à aplicação e interpretação da Lei d e Saneamento Básico no Brasil, pode ter um efeito

adverso sobre nossos negócios.”

Promulgação de Regras da ARSESP

Em 2009, a ARSESP promulgou regras relativas ao seguinte:

Termos e condições gerais para serviços de água e esgoto;

Procedimentos de comunicação relativos a qualquer falha em nossos serviços;

Penalidades por deficiências na provisão de serviços sanitários básicos; e

Procedimentos para tratamento confidencial das informações privadas de consumidores.

Relações de Consumo no Estado de São Paulo

Em 2011 a ARSESP alterou o contrato padrão que somos obrigados a usar em nossos relacionamentos

com os clientes a varejo, que exige que as faturas sejam enviadas para o consumidor do serviço, em vez de o

proprietário do imóvel. Nós estimamos que essa mudança vai afetar as disputas judiciais em curso, em

particular aquelas em relação aos procedimentos de cobrança, bem como discussões de negócios em geral.

69

Uma vez que esta mudança ainda está sendo implementada, não estamos atualmente em condições de prever o

seu impacto sobre o nosso negócio.

No que diz respeito às alterações no processo de comunicação para a comunicação de falhas, a ARSESP

tem modificado as regras e normas de supervisão e notificação de incidentes. Implementamos estas mudanças

solicitadas. Atualmente, parte da comunicação de incidentes ocorre on-line, através do Sistema de Incidentes

(“Sistema de Comunicação de Incidentes”), estabelecido pela ARSESP, que introduz uma maior transparência

e controle às nossas operações.

Em 2013, estabelecemos procedimentos para comunicar interrupções programadas no fornecimento de

serviços de água, através do desenvolvimento da comunicação de interrupções programadas de Saneamento

Básico - SISCIP -S.

Estamos atualmente avaliando a aplicabilidade e legalidade de algumas destas regras. A implementação

destas regras iniciada durante 2011 está atualmente em progresso e espera-se que continue para os próximos

anos. A implementação destas regras impactará nossos processos comerciais e operacionais e poderá nos

afetar de forma adversa o que não podemos prever atualmente.

Estamos atentos a essas mudanças regulatórias e trabalhando para atender as demandas e recomendações

da ARSESP, além de havermos apresentado justificativas de ordem técnica ou legal ou factual para qualquer

conduta questionada pela ARSESP. Como resultado, estamos sujeitos a raras infrações regulatórias e a

multas limitadas. Vide “Fatores de Risco—Riscos Relacionados às Nossas Atividades—A incerteza

regulatória atual, especialmente no que diz respeito à aplicação e interpretação da Lei de Saneamento Básico

no Brasil, pode ter um efeito adverso sobre nossos negócios.”

Concessões

As concessões para prestação de serviços de água e esgotos são formalizadas por contratos celebrados

entre o estado ou município, conforme o caso, e uma concessionária à qual é outorgada a prestação desses

serviços em um determinado município ou região. As nossas concessões normalmente têm prazo contratual

de 30 anos. Entretanto, as nossas concessões, de modo geral, podem ser revogadas a qualquer tempo, caso

certos padrões de qualidade e segurança não sejam atendidos ou caso ocorra inadimplemento nos termos do

contrato de concessão.

Um município que opte por assumir o controle direito de seus serviços de água e esgotos deverá

rescindir o relacionamento existente e indenizar devidamente a prestadora de serviços. Em seguida, o

município deverá encarregar-se da prestação desses serviços ou conduzir um processo de licitação pública

para a outorga da concessão a concessionárias em potencial, incluindo a celebração de contratos com

empresas públicas diretamente. Embora a Constituição do Estado de São Paulo determine que o município

deva reembolsar a nós o valor econômico não amortizado de seus ativos relacionados a qualquer concessão e

assumir qualquer dívida correspondente, com exceção de quaisquer valores que possam ser pagos a nós pelo

município, na hipótese de rescisão ou de não renovação da concessão, o pagamento por rescisão pode não ser

efetuado imediatamente e uma rescisão nessas circunstâncias pode afetar negativamente nosso fluxo de caixa,

resultado operacional e condição financeira. A Lei de Saneamento Básico reduziu o período mínimo para

pagamento de indenização nestes casos para quatro anos. Vide “Item 3.D. - Fatores de Risco ― Fatores

Relacionados às Nossas Atividades ― Os municípios podem, sob determinadas circunstâncias, rescindir

nossas concessões antes do término, em determinadas circunstâncias. Os pagamentos de indenização que

recebemos podem ser menores do que o valor integral dos investimentos que fizemos”.

A Lei Federal de Concessões nº 8.987/1995 e a Lei Estadual de Concessões nº 7.835/1992 determinam

que a outorga de concessão pelo poder público seja precedida de processo de licitação. A Lei Federal de

Licitações Públicas nº 8.666/1993, que estabelece as regras do processo de licitação pública, determina, no

entanto, que é dispensada a licitação pública em certas circunstâncias, incluindo o caso de serviços a serem

prestados por entidade pública criada para esse fim específico em data anterior à vigência dessa lei, desde que

o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. Ademais, dispositivo da Lei Federal de

Licitações Públicas, conforme alterada pela Lei de Consórcios Públicos e Acordo de Cooperação, prevê que o

programa contratado pode ser executado com dispensa do processo de licitação pública.

70

Na maioria dos municípios em que operamos, os novos contratos foram formalizados de acordo com as

disposições da Lei Federal de Licitações Públicas que permite que o processo de licitação pública seja

dispensado em determinadas circunstâncias. Além disso, existem alguns casos pendentes perante o Supremo

Tribunal Federal sobre se o direito de executar contratos de concessão e de programa nas regiões

metropolitanas pertence ao Estado ou ao município. Em 28 de fevereiro de 2013, o Supremo Tribunal Federal

decidiu um caso pendente relativa a esta questão no Estado do Rio de Janeiro. A maioria do tribunal

considerou que os governos estadual e municipal devem estabelecer novas entidades conjuntas para

supervisionar o regulamento de planejamento e auditoria dos serviços de saneamento básico nas regiões

metropolitanas. Em 6 de março de 2013, o tribunal decretou que esta decisão entraria em vigor após um

período de 24 meses no Estado do Rio de Janeiro. Nós obtemos 73,2% de nossa receita operacional bruta em

2013 (excluindo receitas relacionadas à construção da infraestrutura da concessão) da região metropolitana de

São Paulo. Não podemos prever como a gestão compartilhada destas operações será realizada na região

metropolitana de São Paulo e em outras regiões metropolitanas em que operamos ou qual efeito poderá ter em

nossas atividades, situação financeira ou resultados de operações. Vide Item 3.D “Fatores de Risco – Riscos

Relacionados às Nossas Atividades –A incerteza regulatória atual, especialmente no que diz respeito à

aplicação e interpretação da Lei de Saneamento Básico no Brasil, pode ter um efeito adverso sobre nossos

negócios.” Em 18 de junho de 2009, foi editada a Lei Municipal nº 14.934/2009, que revogou a Lei nº

13.670/2003 que antes dera ensejo à controvérsia a respeito do ente competente – Estado ou Município – para

conceder e fiscalizar os serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos na cidade de São Paulo. Em 23

de junho de 2010 celebramos contrato formal com o Estado e município de São Paulo com prazo de vigência

de 30 anos (renovável por igual período). Vide Item 3.D “Fatores de Risco – Riscos Relacionados às Nossas

Atividades – “Os termos do nosso contrato de prestação de serviços de água e esgoto na cidade de São Paulo

poderão trazer um efeito adverso significativo sobre nós”.

Lei de Consórcios Públicos e Acordo de Cooperação para Gestão Associada

Em 6 de abril de 2005, o governo federal editou a Lei Federal nº 11.107, ou a Lei de Consórcios

Públicos e Acordo de Cooperação que regulamenta o Artigo 241 da Constituição Federal. Essa lei estabelece

os princípios básicos a serem observados quando da contratação de consórcios públicos pelo governo federal,

estadual ou municipal, com vistas à gestão conjunta de serviços públicos de interesse comum.

O Decreto Federal nº 6.017/2007 detalha as condições do estabelecimento da gestão conjunta e da

celebração de contratos de programa e regulamenta a Lei de Consórcios Públicos e Acordo de Cooperação.

Tal decreto introduz modificações significativas no relacionamento entre municípios, estados e empresas

prestadoras de serviços públicos de saneamento, proibindo estas últimas de exercer atividades de

planejamento, regulação ou fiscalização dos serviços, inclusive em relação à regulamentação de tarifas, e

criando a figura do contrato de programa para a contratação de consórcios públicos por entidades controladas

pela União, Estados ou municípios com dispensa de realização de licitação pública e cumprimento da

legislação de concessão, conforme for o caso.

Em 13 de janeiro de 2006, o governador do Estado de São Paulo editou o Decreto Estadual nº 50.470,

alterado pelo Decreto Estadual nº 52.020 de 30 de julho de 2007 e pelo Decreto Estadual nº 53.192 de 1º de

julho de 2008, que dispõe acerca da prestação de serviços de água e esgotos no Estado de São Paulo. De

acordo com tais decretos, podemos celebrar acordos com municípios para a prestação de serviços de água e

esgotos através dos chamados “contratos de programa sem necessidade de realização de processo de licitação

pública.” Além disso, os decretos requerem a continuidade da prestação de serviços nas áreas cobertas pelas

concessões outorgadas pelo Estado.

Com base nesses diplomas legais, em janeiro de 2007 firmamos nosso primeiro contrato de programa

com o município de Lins, localizado no Estado de São Paulo. Posteriormente, formalizamos contratos com

outros municípios no Estado de São Paulo. Esses outros municípios transferiram ao Estado a

responsabilidade pela fiscalização e regulamentação dos nossos serviços através de um convênio de

cooperação.

Em 8 de junho de 2006, o Estado de São Paulo editou o Decreto nº 50.868 criando a Comissão de

Regulação do Serviço de Saneamento do Estado de São Paulo (CORSANPA) para regulamentar os serviços

de saneamento. Essa Comissão é subordinada diretamente à Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos

71

Hídricos. Em 5 de agosto de 2009, o Estado de São Paulo promulgou o Decreto n º 54.644, que revogou o

Decreto n º 50.868 e regulamentou a composição, organização e funcionamento do Conselho Estadual de

Saneamento ( CONESAN), criado pela Lei Complementar n º 7.750/92.

A principal função da Comissão de Regulação do Serviço de Saneamento do Estado de São Paulo era

realizar estudos para a criação de uma agência reguladora para o setor de saneamento básico e a apresentação

de medidas de natureza jurídica e regulatória. A conclusão dessas tarefas resultou na publicação da Lei

Complementar nº 1.025 de 7 dezembro de 2007, que criou a ARSESP e parcialmente revogou a Lei

Complementar nº. 7.750/92. Ademais, a Lei Complementar no 1.025/2007 manteve o Conselho Estadual de

Saneamento como um conselho consultivo incumbido de definir e implementar a política estadual de

saneamento básico, e também o Fundo Estadual de Saneamento, ou FESAN. Este último está vinculado à

Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos e faz a arrecadação e gestão dos recursos de apoio aos

programas estaduais, assim como ao desenvolvimento de recursos tecnológicos, gerenciais e humanos, e de

um sistema de informações sobre saneamento, além de outros programas de apoio.

A ARSESP regulamenta os serviços de saneamento básico de titularidade do Estado, preservadas as

competências e as prerrogativas federais e municipais, e é responsável:

pelo cumprimento das exigências da legislação federal de saneamento básico;

pela publicação da plataforma organizacional dos serviços, indicando os tipos de serviços prestados

pelo Estado, bem como os equipamentos e as instalações que compõem o sistema;

pela aceitação, quando for o caso, das atribuições legais da autoridade jurisdicional;

pelo estabelecimento, em conformidade com as diretrizes de tarifas determinadas pelo Decreto

41.446/96, das tarifas e outros métodos que preveem a remuneração dos nossos serviços, ajusta e

revê tais tarifas e métodos de forma a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro entre serviços e

tarifas baixas através de mecanismos que aumentem a eficiência dos serviços e levem à distribuição

de ganhos de produtividade à sociedade; e

pela aprovação, fiscalização e regulamentação (incluindo questões ligadas a tarifas) dos contratos de

serviços de tratamento de esgoto e fornecimento de água no atacado celebrados entre o fornecedor do

Estado e outros fornecedores, nos termos do Artigo 12 da Lei de Saneamento Básico.

Em relação ao saneamento básico municipal, a ARSESP fiscaliza e regulamenta serviços (incluindo

questões ligadas a tarifas) que foram delegados pelos municípios ao Estado em virtude de convênios de

cooperação que autorizam contratos de programa entre nós e os municípios enquanto for conveniente ao

interesse público do município.

Por seus serviços, a ARSESP cobra uma taxa de 0,50% do total anual faturado da receita operacional

bruta (excluindo as receitas relacionadas à construção da infraestrutura de concessão) pelo município. Essa

taxa é cobrada de municípios que celebraram contratos de programa conosco quanto e com os municípios

localizados nas regiões metropolitanas.

Quanto ao escopo de nossos serviços, a Lei Complementar nº 1.025/2007 também expandiu a gama de

serviços que estamos autorizados a prestar, com a inclusão de serviços de captação e gestão de águas pluviais

urbanas, serviços de limpeza pública urbana e manejo de resíduos sólidos, bem como o exercício de

atividades de geração, armazenamento, conservação e venda de energia elétrica para uso próprio ou de

terceiros.

Além disso, as regras simplificaram o processo de expansão das nossas atividades no Brasil e no

exterior, autorizando-nos a:

participar do bloco de controle ou do capital de outras empresas;

criar subsidiárias que podem se tornar acionistas majoritárias ou minoritárias de outras empresas; e

72

celebrar parcerias com empresas nacionais ou estrangeiras, incluindo outras empresas estaduais ou

municipais de saneamento básico, com vistas a expandir nossas atividades, compartilhar tecnologia e

expandir os investimentos relacionados aos serviços de saneamento básico.

Parcerias Público-Privadas (“PPPs”)

A Parceira Público Privada (PPP) é uma forma de acordo com a administração pública utilizada para a

concessão de serviços somente a empresas privadas, bem como para obras de construção combinadas com

prestação de serviços. As PPPs são reguladas pelo Estado de São Paulo pela Lei nº 11.688, que foi editada

em 19 de maio de 2004. PPPs podem ser utilizadas para: (i) a implantação, expansão, melhoria, reforma,

manutenção ou gestão da infraestrutura pública; (ii) a prestação de serviços públicos; e (iii) a exploração de

ativos públicos e direitos não-materiais pertencentes ao Estado.

O pagamento é condicionado ao desempenho. O pagamento pode ser cobrado através de: (i) tarifas

pagas pelos usuários, (ii) uso de recursos do orçamento; (iii) cessão de créditos de titularidade do Estado; (iv)

transferência de direitos relacionados à exploração comercial de ativos públicos; (v) transferência de imóveis

e outros ativos; (vi) valores mobiliários de dívidas públicas; e (vii) outras receitas.

Em nosso caso, o pagamento é condicionado ao desempenho e recolhido através do uso de recursos do

orçamento.

Processo Licitatório

Em conformidade com a Lei Federal de Licitações, o processo de licitação pública tem início com a sua

publicação, pelo poder concedente, no Diário Oficial da União, do Estado ou do município, conforme o caso,

e em outro jornal brasileiro de grande circulação. A publicação anuncia que o poder concedente realizará um

processo de licitação em conformidade com as disposições contidas no edital. O edital deverá especificar,

entre outras coisas: (i) a finalidade, duração e fins da licitação; (ii) a participação de licitantes, tanto

individualmente quanto sob a forma de consórcios, (iii) a descrição das qualificações necessárias à prestação

adequada dos serviços abrangidos pela licitação; (iv) os termos e condições finais para entrega das propostas;

(v) os critérios utilizados para a seleção do licitante vencedor; e (vi) a lista dos documentos necessários para

comprovação das capacidades técnicas, financeiras e jurídicas do licitante.

O edital vincula o poder concedente. Os licitantes poderão apresentar suas propostas isoladamente ou

em consórcio, conforme previsto no edital. Após receber as propostas, o poder concedente avaliará cada

proposta de acordo com os seguintes critérios, que deverão ter sido estabelecidos no edital:

a qualidade técnica da proposta;

o menor preço ou a menor tarifa a ser praticada na prestação do serviço público oferecido;

combinação dos critérios acima; ou

o maior valor oferecido para pagamento da concessão.

As disposições da Lei Estadual nº 6.544 de 2 de novembro de 1989, conforme alterada, ou da Lei

Estadual de Licitações equiparam-se às disposições da Lei Federal de Licitações. A Lei Federal de

Licitações e a Lei Estadual de Licitações aplicar-se-ão a nós, caso venhamos buscar novas concessões. Além

disso, essas leis de licitações atualmente aplicam-se a nós no que se refere à obtenção de bens e serviços de

terceiros, para nossas operações comerciais ou com relação a nosso plano de investimento, em cada caso,

observadas certas exceções.

Utilização dos Recursos Hídricos

A legislação estadual estabelece os princípios básicos que regem o uso dos recursos hídricos no Estado

de São Paulo de acordo com a Constituição Estadual. Esses princípios incluem:

73

utilização racional dos recursos hídricos, assegurando que seu uso principal é o fornecimento de água

à população;

otimização dos benefícios econômicos e sociais resultantes do uso dos recursos hídricos;

proteção dos recursos hídricos contra ações que comprometam seu uso atual e futuro;

defesa contra eventos hidrológicos críticos que possam causar risco à saúde e segurança da

população ou prejuízos econômicos e sociais;

desenvolvimento de transporte hidroviário para benefício econômico;

desenvolvimento de programas permanentes de conservação e proteção de água subterrânea contra

poluição e exploração excessiva; e

prevenção de erosão do solo em áreas urbanas e rurais, com vistas à proteção contra poluição física e

assoreamento dos recursos hídricos.

Entre os instrumentos estabelecidos nesta Política está a emissão da outorga de direito de uso dos

recursos hídricos por parte da autoridade pública competente, para a implantação de qualquer

empreendimento que demande a utilização de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos (seja para

captação ou lançamento de efluentes) e a execução de obras ou serviços que alterem seu regime, qualidade

de tais recursos hídricos. No caso de rios sob o domínio do governo federal (rios que cortam mais de um

Estado), a ANA é a autoridade responsável pela concessão da outorga. Em relação a rios sob o domínio de

um Estado, a autoridade estadual competente tem o poder para outorgar o direito de uso. No Estado de São

Paulo, o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) é a autoridade

responsável pela concessão dessa autorização.

Nossas principais unidades operacionais receberam outorgas de direito de uso de recursos hídricos, e

nós temos um programa corporativo para obtenção do direito de uso de recursos hídricos para as demais

unidades operacionais. Na data deste relatório anual, não estamos de posse de todas as autorizações para o uso

da água em relação a nossas operações. No entanto, todos os nossos serviços que requerem o uso de água

estão com o pedido de outorga protocolado junto aos órgãos competentes, sendo que muitos já foram

deferidos e outros estão em análise pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE e a Agência

Nacional de Águas – ANA.

A Lei Estadual n.º 12.183, de 29 de dezembro de 2005, estabeleceu a base para a cobrança pelo uso de

recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo. Para implementar essa a cobrança, a lei prevê, dentre

outros, a participação dos Comitês de Bacias Hidrográficas, a criação de Agências de Bacias e a organização

de um cadastro de usuários de recursos hídricos. As propostas dos Comitês, definindo os critérios e os valores

da cobrança a serem aplicados em cada bacia hidrográfica, devem ser aprovadas pelo Conselho Estadual de

Recursos Hídricos, e formalizadas por um decreto do Governador do Estado.

De acordo com a legislação vigente, os comitês das bacias hidrográficas estão autorizados a cobrar

usuários que, como nós, captam água dos corpos de água ou neles lançam efluentes.

A cobrança pelo uso da água está em implementação gradual no Estado de São Paulo, onde os maiores

contribuintes individuais estão localizados, sendo uma ferramenta de gestão contemplada nas Políticas de

Recursos Hídricos para promover o uso racional da água e financiar programas e ações estabelecidas nos

planos de bacia. Em 2013, pagamos cerca de R$27,1 milhões pelo uso de recursos hídricos.

A cobrança para o uso de água de rios de domínio federal começou em 2003 na bacia Paraíba do Sul, e

nos rios de domínio do Estado, começou em 2007 nessa mesma bacia e nas bacias Piracicaba, Capivari e

Jundiaí. Posteriormente, a cobrança foi implementada nas bacias Sorocaba, Médio Tietê e Baixada Santista.

Em 2013 foi implementada a cobrança na Bacia do Baixo Tietê e em abril de 2014 na bacia do Alto Tietê. É

provável que a mesma ainda ocorra em 2014 nas seguintes bacias: Tietê / Batalha, Tietê / Jacaré, Baixo Pardo

e Grande, Litoral Norte, Mogi -Guaçu, Pardo, Pontal do Paranapanema, Sapucaí Mirim / Grande, Serra da

74

Mantiqueira, Ribeira do Iguape / Litoral Sul e Turvo / Grande. Em 2015 é esperada a implementação da

cobrança nas bacias do Alto Paranapanema, Aguapeí / Peixe, Médio Paranapanema e São José dos Dourados.

Qualidade da Água

A Portaria nº 2.914/2011 editada pelo Ministério da Saúde do governo federal estabelece os padrões de

água potável para consumo humano no Brasil. Essa portaria ajusta-se ao modelo do U.S. Safe Drinking

Water Act (Lei da Água Potável dos Estados Unidos) e regulamentações editadas pela Agência de Proteção

Ambiental dos Estados Unidos da América, que estabelecem regras de amostragem, e limites relativos a

substâncias potencialmente perigosas para a saúde humana.

Em cumprimento à legislação brasileira, nós conduzimos análises físico-químicas, orgânicas e

bacteriológicas das amostras em nossos laboratórios para fins de controle de qualidade da água, utilizando os

procedimentos dos “Métodos Padrão para Água e Resíduos” (Edição 21) estabelecidos pela American Water

Works Association.

O Decreto Nº 5.440/2005 determina que a qualidade da água deve ser divulgada aos consumidores.

Estamos cumprindo com essa regra através da publicação da informação exigida nas contas mensais e nos

relatórios anuais entregues a todos os consumidores a que atendemos.

Regulação Ambiental

A implantação e a operação de sistemas de água e esgotos estão sujeitas a leis e regulamentos rigorosos

em âmbito federal, estadual e municipal, visando à proteção do meio ambiente e dos recursos hídricos. O

Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA é a entidade do governo federal responsável pela

regulamentação de atividades potencialmente poluidoras. No Estado de São Paulo, a Companhia Ambiental

do Estado de São Paulo – CETESB é a entidade governamental responsável pelo controle, fiscalização,

monitoramento e licenciamento de atividades potencialmente poluidoras, conforme a Lei Estadual nº

997/1976 e a Lei Estadual nº 13.542/2009.

Os instrumentos de controle e planejamento ambiental encontram-se definidos em diversos diplomas

legais, tais como a Lei Estadual nº 997/1976 que regulamenta o controle da poluição ambiental; a Resolução

CONAMA nº 05/1988, que exige o licenciamento de projetos de saneamento que causam alterações

significativas no meio ambiente; a Resolução CONAMA nº 237/1997, que regulamenta (i) as licenças

ambientais, (ii) as jurisdições federais, estaduais e locais a respeito de questões ambientais, (iii) a lista de

atividades sujeitas a licenciamento; e (iv) relatórios e estudos sobre impacto ambiental; Decreto Estadual nº

47.400/2002 e artigos relacionados da Lei Estadual nº 9.509/1997 referente a licenciamento ambiental; e o

Decreto Estadual nº 8.468/76 e a Resolução CONAMA nº 357/2005 e Resolução CONAMA nº 397/08 que

estabelecem padrões de qualidade dos corpos d água, e Decreto Estadual 8468/76 e a Resolução CONAMA nº

430/11 que estabelecem os padrões de lançamento de efluente e a Portaria Departamento de Águas e Energia

Elétrica 717/96 sobre a concessão de direitos de uso e interferência em recursos hídricos. Projetos com

impacto ambiental significativo estão sujeitos a estudos específicos elaborados por equipes multidisciplinares

que apresentam uma série de recomendações destinadas a minimizar o impacto ambiental. Tais estudos são,

em seguida, submetidos à análise e aprovação das autoridades governamentais. O processo de licenciamento é

composto de três estágios, incluindo as licenças a seguir:

licença prévia – concedida no estágio de planejamento, aprova a localização e o conceito e atesta a

viabilidade ambiental do projeto.;

licença de instalação – autoriza o início das obras para instalação do empreendimento, mediante o

cumprimento dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo medidas de controle ambiental e

outros requisitos técnicos necessários; e

licença de operação – autoriza a operação da unidade ou atividade, mediante o cumprimento dos

requisitos técnicos contidos na licença de instalação.

75

Estamos em franca operacionalização do Programa Corporativo de Manutenção e Obtenção do

Licenciamento Ambiental, desde 2010, para o atendimento da regulamentação ambiental até 2016. Na data

deste relatório anual, ainda não tínhamos todas as licenças exigidas com relação às nossas operações.

Requisitos para Coleta e Tratamento de Esgotos.

A legislação estadual estabelece regulamentos que tratam do controle da poluição e da proteção do meio

ambiente no Estado de São Paulo. . De acordo com essa legislação, em áreas em que há sistema público de

esgotos, todos os efluentes de “fonte poluidora” deverão ser lançados nesse sistema, a exemplo de

estabelecimentos industriais. Cabe à fonte poluidora conectar-se ao sistema público de esgotos. Todos os

efluentes a serem lançados deverão atender os padrões e condições estabelecidos pela legislação ambiental

aplicável, que permitam que esses efluentes sejam tratados pelas nossas estações de tratamento de esgotos e

lançados de maneira segura em termos ambientais. Os efluentes que não atendam a esses critérios não

poderão ser lançados no sistema público de esgotos. A legislação estadual exige que efluentes líquidos, exceto

os que se relacionam ao saneamento básico, sejam submetidos a pré-tratamento antes de seu lançamento nas

redes públicas de esgotos. Os Efluentes de nossas estações de tratamento devem estar de acordo com os

padrões de lançamento de efluentes e com os padrões de qualidade dos corpos d'água estabelecidos pela

legislação federal e estadual. Para maiores informações Veja o "Item 4.B Visão Geral dos Negócios -

Operações de Esgotos – Sistema de Esgoto".

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB tem competência, nos termos da legislação

estadual, para monitorar o lançamento de efluentes nos corpos d’água, entre outras competências. É também

responsável pela emissão das licenças ambientais para as fontes de poluição, inclusive para estações de

tratamento de esgotos. Para maiores informações vide item 4.b regulação ambiental”

A legislação estadual e federal de recursos hídricos estabelece as bases para as tarifas a serem cobradas

pelo lançamento de efluentes tratados nos corpos de água. Essa cobrança já está em vigor em algumas bacias

hidrográficas, e está em diferentes estágios de implementação nas bacias remanescentes. Vide “Item 4.b

Visão Geral dos Negócios “Regulação Governamental – Utilizaçãodos Recursos Hídricos”.

Regras de Restrições à Contração de Dívida pelo Setor Público

Em 30 de junho de 1998, o CMN editou a Resolução nº 2.215/98 alterando certas condições que deverão

ser observadas com relação às operações de crédito externas (empréstimos em moeda estrangeira) de Estados,

do Distrito Federal, de municípios e de suas respectivas autarquias, fundações e sociedades de economia

mista, o que nos inclui. Tal resolução, observadas certas exceções com relação à importação de bens e

serviços, estabelece, entre outras coisas:

que os recursos advindos de operações de crédito externas deverão ser utilizados para refinanciar

obrigações financeiras em aberto da emissora, sendo dada preferência às obrigações que tenham

maior custo ou menor prazo que a dívida em moeda estrangeira e, na pendência da respectiva

utilização, os recursos captados deverão permanecer depositados, conforme determinação do Banco

Central do Brasil, em conta caucionada; e

que o valor total da obrigação contratual deve ficar sujeito a depósitos mensais em conta caucionada,

devendo cada depósito mensal ser igual à obrigação de serviço da dívida total, incluindo principal e

juros, dividido pelo número de meses em que a obrigação permanecerá em aberto.

Essa resolução do CMN também estabelece que as exigências descritas acima não se aplicam a

operações financeiras que envolvam organizações multilaterais ou oficiais, tais como o Banco Internacional

para Reconstrução e Desenvolvimento, ou (BIRD), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ou o

Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). A circular do Banco Central do Brasil que

regulamenta essa resolução estabelece, entre outras coisas, que a conta mencionada no primeiro item deverá

ser uma conta de depósito em garantia, aberta em instituição financeira federal, que deverá manter esses

recursos até sua liberação para o fim de refinanciamento de obrigações vincendas da devedora. A circular

estabelece, ademais, que a conta de depósito em garantia descrita no segundo item acima deverá ser aberta em

76

uma instituição financeira federal e deverá garantir o pagamento de principal e juros incidentes sobre a dívida

obtida em moeda estrangeira.

Nossas operações de crédito externas também estão sujeitas à aprovação da Secretaria do Tesouro

Nacional e do Banco Central. Após examinar os termos e condições financeiros da operação, a Secretaria do

Tesouro Nacional e o Banco Central emitirão aprovação para o fechamento de câmbio referente ao ingresso

de recursos no Brasil. Após o ingresso, requeremos a emissão do certificado de registro eletrônico por meio

do qual todos os pagamentos programados de principal, juros e despesas serão remetidos por nós. O

certificado de registro eletrônico propicia à tomadora acesso ao mercado de câmbio.

Limites de Empréstimo de Instituições Financeiras Brasileiras

A Resolução CMN no 2.827 de 30 de março de 2001, e posteriores alterações, limita o valor que as

instituições financeiras brasileiras poderão emprestar a empresas do setor público, tais como nós. O

financiamento de projetos destinados à licitação internacional e quaisquer financiamentos em Reais

concedidos pela contraparte brasileira de tais licitações internacionais estão excluídos desses limites.

Escopo dos Negócios

A Lei Estadual nº 12.292, datada de 2 de março de 2006, e a Lei Estadual alterada nº 119 de 29 de junho

de 1973, que criou a nossa empresa, nos autorizou a prestar serviços de água e esgoto fora de São Paulo (em

outros estados do Brasil e em outros países). Essa lei também nos autoriza a deter participação em outras

companhias públicas ou público-privadas e em consórcios brasileiros e internacionais. Além disso, a lei nos

permite constituir subsidiárias, celebrar acordos de parceria ou adquirir participação em companhia privada

cujo objeto social esteja relacionado a atividades de saneamento.

C. Estrutura Organizacional

Não se aplica.

D. Ativo Imobilizado e Intangível

Nossos principais imobilizados consistem em instalações administrativas que são demonstradas ao custo

histórico menos depreciação. Os reservatórios, estações de tratamento de água, redes de distribuição de água

compostas de tubulações e adutoras, ligações de água e hidrômetros, estações de tratamento de esgotos e

redes de coleta de esgoto compostas de redes de coleta de esgotos e ligações de esgotos, são contabilizados

como ativos intangíveis (ativos de concessão). Em 31 de dezembro de 2013, operávamos 69.619 quilômetros

de tubulações e adutoras e 47.103 quilômetros de redes de esgotos. Na mesma data, operávamos também

232 estações de tratamento de água e 509 estações de tratamento de esgotos (incluindo nove emissários

submarinos), além de 16 laboratórios de controle de qualidade.

Somos proprietários do prédio onde está localizada a nossa sede e de outros prédios administrativos

principais. Demos em garantia alguns de nossos imóveis em favor do governo federal no que se refere a

certos contratos de financiamento de longo prazo que celebramos com o BIRD, garantido pelo governo

federal. Em 31 de dezembro de 2012, nós mantínhamos ativos no valor de R$249,0 milhões dados em

garantia ao pedido de parcelamento especial – PAES. O débito relativo ao PAES foi totalmente pago em 120

meses, sendo que a última parcela foi quitada em 28 de junho de 2013.

Em 31 de dezembro de 2013, o valor contábil líquido total do nosso imobilizado e ativos intangíveis

(incluindo ativos de concessão) era de R$24.045,7 milhões.

Todos os nossos imóveis relevantes estão localizados no Estado de São Paulo.

ITEM 4.A. COMENTÁRIOS NÃO RESOLVIDOS

Não se aplica.

77

ITEM 5. ANÁLISE E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS

A seguinte discussão e análise da situação financeira e resultados operacionais pela administração deve

ser lida em conjunto com nossas demonstrações financeiras auditadas, incluídas neste relatório anual. As

demonstrações financeiras incluídas neste relatório anual foram elaboradas de acordo com os IFRS, como

editados pelo IASB. O presente relatório anual contém declarações e informações acerca do futuro, que

envolvem riscos e incertezas. Nossos resultados efetivos poderão divergir materialmente daqueles discutidos

nessas declarações e informações prospectivas em decorrência de vários fatores, inclusive, sem limitação, os

que constam em “Fatores de Risco”.

Na exposição a seguir, as referências a aumentos ou diminuições ao longo de qualquer exercício são

feitas por comparação ao correspondente exercício precedente, salvo indicação em sentido contrário.

A. Análise e Perspectivas Operacionais e Financeiras

Visão Geral

Em 31 de dezembro de 2013, operávamos os sistemas de água e esgotos no Estado de São Paulo,

inclusive na cidade de São Paulo, a maior do Brasil, e em 362 outros municípios, que representam 56% do

total de municípios do Estado de São Paulo. Também fazemos o abastecimento de água no atacado para mais

seis municípios localizados na região metropolitana de São Paulo, nos quais não operávamos sistemas de

distribuição de água.

A Região Metropolitana de São Paulo, que inclui a cidade de São Paulo, constitui nossa mais importante

área de atuação. Com população total de aproximadamente 21 milhões, a Região Metropolitana de São Paulo

respondeu por 73,2%, 74,2% e 74,0% de nossa receita operacional bruta em 2013, 2012 e 2011 (excluindo

receitas relacionadas à construção de infraestrutura de concessão), respectivamente. Em 31 de dezembro de

2013, 56,9% dos ativos intangíveis de concessão reconhecidos em nosso balanço patrimonial estão

localizados nessa região. Em um esforço para responder à demanda da região metropolitana de São Paulo, e

à vista do fato de que a região representa a principal oportunidade de aumento das receitas operacionais

líquidas, dedicamos parcela expressiva do nosso plano de investimento à expansão dos sistemas de água e

esgotos, bem como ao incremento e à proteção dos recursos hídricos da região. Nosso plano de

investimentos constitui nossa mais significativa necessidade de liquidez e de recursos financeiros.

Fatores que Afetam Nosso Resultado Operacional

Nosso resultado operacional e nossa situação financeira são de maneira geral afetados pela nossa

capacidade de elevar tarifas, controles de custo e melhoria de produtividade pelas condições econômicas

gerais no Brasil e no exterior, em alguns períodos no passado, pelas condições meteorológicas.

Nossos resultados de operações para 2013, 2012 e 2011 também foram afetados por uma provisão para

pagamento de indenizações no valor de R$21,3 milhões para os empregados que foram demitidos em 2013,

R$49,9 milhões para os empregados que foram demitidos em 2012 e R$47,0 milhões para os empregados que

foram demitidos em 2011.

Efeitos dos Aumentos de Tarifas

Nossos resultados operacionais e condição financeira são altamente dependentes de nossa capacidade de

aumentar as tarifas cobradas por nossos serviços de água e esgoto. A partir da edição da Lei de Saneamento

Básico em 2007, de modo geral, as agências de fiscalização ficaram responsáveis pela fixação, reajuste e

revisão das nossas tarifas, levando em consideração, entre outros fatores, os seguintes:

considerações de ordem política decorrentes de nossa condição de empresa estatal;

medidas anti-inflacionárias editadas pelo governo federal ao longo do tempo; e

78

quando necessário, reajustes para manter o equilíbrio original entre a obrigação de cada parte e o

ganho econômico (equilíbrio econômico financeiro) segundo o acordo.

Os reajustes das nossas tarifas continuam a ser fixados anualmente, e dependem de parâmetros

estabelecidos pela Lei de Saneamento Básico e pela ARSESP. As diretrizes também estabelecem

providências de natureza procedimental e os termos dos reajustes anuais. Os reajustes anuais devem ser

anunciados 30 dias antes da data efetiva das novas tarifas. Ver “4.B. Visão Geral dos Negócios – Tarifas”..

A tabela a seguir mostra o percentual de aumento das tarifas nos períodos indicados, em comparação

com três índices de inflação:

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Aumento na tarifa média (1)

............. 5,8410% 5,2% 6,8%

Inflação – IPC – FIPE.................... 3,88% 5,1% 5,8%

Inflação – IPCA.............................. 5,91% 5,8% 6,5%

Inflação – IGP-M............................ 5,51% 7,8% 5,1%

__________________________

(1) Consulte “Item 4.B. Visão Geral dos Negócios – Tarifas” para obter informações adicionais sobre os aumentos de tarifas.

Fontes: Banco Central, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

Efeitos da Situação Econômica do Brasil

Sendo uma companhia cujas operações são todas no Brasil, nossos resultados operacionais e situação

financeira são afetados pela conjuntura econômica brasileira, particularmente pela atividade econômica e pela

taxa de inflação. Por exemplo, o desempenho da economia brasileira como um todo pode afetar o custo de

capital enquanto a inflação pode afetar nossos custos e margens. A conjuntura econômica brasileira tem-se

caracterizado por variações significativas nas taxas de crescimento econômico. No entanto, visto que nosso

produto é tido como essencial, nossa receita de vendas demonstrou uma elevada estabilidade nos últimos três

anos.

Conjuntura Econômica Geral

Em 2011, o PIB brasileiro aumentou 2,7% em comparação com 2010. No mesmo ano, o Brasil

registrou US$352,0 bilhões em reservas de moeda e seu saldo comercial positivo foi de US$29,8 bilhões. A

taxa média de desemprego nas principais regiões metropolitanas do Brasil foi de 6,0% em 2011.

Em 2012, o PIB brasileiro aumentou 0,9% em comparação com 2011. No mesmo ano, o Brasil

registrou US$378 bilhões em reservas de moeda e seu saldo comercial positivo foi de US$ 19,4 bilhões. A

taxa média de desemprego nas principais regiões metropolitanas do Brasil foi de 5,5% em 2012, a menor

taxa desde março de 2002.

Em 2013, o PIB brasileiro cresceu 2,3% na comparação com 2012. Também em 2013, o Brasil teve

US$375,0 milhões de dólares em reservas de moeda e seu superávit comercial foi de US$ 2,6 bilhões, o pior

em 13 anos, e o saldo da balança comercial caiu 86% em comparação com 2012. A taxa média de desemprego

nas principais regiões metropolitanas do Brasil foi de 5,4%, a menor taxa da história de acordo com o

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ou IBGE.

Taxas de Juros

Em 2011, até o mês de agosto, o Banco Central continuou a aumentar a taxa SELIC, alcançando 12,50%

em julho. No mês de agosto, o Banco Central começou a diminuir a SELIC, fechando 2011 em 11,00%. Esta

tendência de queda foi mantida em 2012, com a taxa SELIC fechando o ano de 2012 em 7,25%. Em 2013, a

79

taxa SELIC foi mantida em 7,25% até abril, depois que o Banco Central começou a aumentá-lo gradualmente.

A taxa SELIC em 31 de dezembro de 2013 foi de 9,9%.

Quanto à dívida denominada em moeda estrangeira, em 2013 observou-se estabilidade no custo da

dívida ligada a taxas de juros variáveis, comparado a 2012, mas com uma tendência a aumento começando no

segundo semestre de 2013. Em relação a nossa dívida de mercado de capitais denominado em moeda

estrangeira com taxa fixa, a redução na rentabilidade nos mercados secundários em 2012 continuou durante o

primeiro semestre de 2013. No começo do terceiro trimestre, essa rentabilidade elevou-se, voltando aos níveis

de 2010-2011 semelhantes aos existentes no momento de nossa emissão do Eurobond de 2010.

Não recorremos a qualquer instrumento financeiro derivativo ou a qualquer instrumento de hedge para

mitigar os efeitos da variação das taxas de juros. Todavia, priorizamos a dívida a longo prazo em moeda

estrangeira com organizações multilaterais e agências oficiais governamentais estrangeiras e aproveitamos as

oportunidades do mercado para realizarmos a gestão da dívida a fim de reduzir o custo e antecipar as

situações de refinanciamento.

Inflação

A inflação afeta nosso desempenho financeiro porque aumenta os custos dos serviços que prestamos,

bem como nossas despesas operacionais. Parte de nossas dívidas em Reais são corrigidas monetariamente, de

sorte a refletir os efeitos da inflação. Além disso, estamos expostos à incompatibilidade entre os índices de

reajuste da inflação de nossos empréstimos e financiamos e aqueles de nossas contas a receber. As tarifas de

abastecimento de água e serviços de esgoto não seguem necessariamente os aumentos no reajuste da inflação

e taxas de juros que afetam nossa dívida. Não podemos assegurar que seremos capazes, em exercícios futuros,

de aumentar nossas tarifas para compensar, no todo ou em parte, os efeitos da inflação.

Os reajustes de inflação derivam da cobrança de ou pagamento a terceiros, como contratualmente

exigido por lei ou decisão do tribunal e são reconhecidos de forma cumulativa. Os reajustes de inflação

incluídos nestes acordos e decisões não são considerados derivativos embutidos, visto que são considerados

como reajustes da inflação para nossa empresa. Vide Notas 3.20, 4.3.1 e 26 das Demonstrações Financeiras

para os impactos dos reajustes da inflação sobre nosso desempenho financeiro e dívida.

Taxas de Câmbio

O total do nosso endividamento em moeda estrangeira perfazia R$3.698,6 milhões em 31 de dezembro

de 2013, dos quais R$216,0 milhões são relativos à parcela corrente de nossas obrigações de longo prazo em

moeda estrangeira. Caso venham a ocorrer expressivas desvalorizações do Real em relação ao dólar norte-

americano ou outras moedas, o custo do serviço de nossas obrigações em moeda estrangeira aumentará

quando apurado em Reais, em especial porque nossas tarifas e demais receitas são auferidas unicamente em

Reais. Ademais, qualquer desvalorização significativa do Real acarretará aumento de nossas despesas

financeiras, em decorrência das perdas cambiais que devemos reconhecer Em 2011, a desvalorização de

12,6% do real frente ao dólar norte-americano e 18,6% frente ao Iene respectivamente, levou a uma perda

cambial de R$382,3 milhões. Em 2012, a desvalorização de 8,94% do real frente ao dólar norte-americano

subtraído da apreciação do real frente ao Iene respectivamente levou a uma perda cambial estrangeira de

R$50,5 milhões. Em 2013, a desvalorização de 14,64% do real frente ao dólar norte-americano compensado

por valorização de 5.91% do real frente ao iene respectivamente levou a uma perda de câmbio de R$267,8

milhões. No entanto, uma vez que a maior parte de nossa dívida em moeda estrangeira é composta por dívidas

a longo prazo, com um cronograma de amortização a longo prazo, o impacto de uma desvalorização do real

sobre nosso fluxo de caixa ocorreria somente sobre a parcela corrente de nossa dívida a longo prazo.

Acompanhamos de perto nosso portfólio de endividamento de forma a reduzir o custo do serviço das

nossas dívidas como um todo e nossa exposição às variações da taxa de câmbio. Não especulamos em

moeda estrangeira nem temos exposição a derivativos lastreados em moeda estrangeira.

A tabela abaixo mostra a variação do Real frente ao dólar norte-americano, a taxa de câmbio ao final do

período e as taxas médias nos períodos indicados:

80

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Desvalorização (valorização) do Real frente ao dólar.......... 14,6% 8,9% 12,6%

Taxa de câmbio ao final do período - US$1,00.................... R$2,3426 R$2,0435 R$1,8758

Taxa de câmbio média – US$1,00(1)

..................................... R$2,1605 R$1,9550 R$1,6746

_______________________________

(1) Representa a média para o período indicado.

Fonte: Banco Central.

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Desvalorização (valorização) do Real frente ao Iene........... (5,9)% (2,4)% 18,6%

Taxa de câmbio ao final do período - ¥1.00......................... R$0,0223 R$0,0237 R$0,0243

Taxa de câmbio média – ¥1.00 (1)

......................................... R$0,0221 R$0,0245 R$0,0211

(1) Representa a média para o período indicado.

Fonte: Banco Central.

Periodicamente, podermos realizar operações de câmbio a termo para mitigar a exposição cambial. Além

disso, temos monitorado, fiscalizado e controlado nosso endividamento em moeda estrangeira, beneficiando-

nos de oportunidades de mercado para melhorar o perfil da nossa dívida e reduzir nossos custos. Durantes os

anos terminados em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 não tivemos qualquer operação de câmbio a termo.

Efeitos de Eventos Climáticos Extremos – Seca

Nossas operações no Brasil ocorrem numa região propensa a estiagens, embora, historicamente, o

impacto das mesmas não tenha atingido de maneira uniforme cada um de nossos sistemas de abastecimento

de água. O Brasil foi afetado uma estiagem severa e prolongada durante 2000 e 2001. Em razão disso, de

meados de junho a meados de setembro de 2000, procedemos ao racionamento de água na zona sul da Região

Metropolitana de São Paulo, afetando aproximadamente 3,5 milhões de pessoas ou 20% da população total da

Região, que reduziu nossa produção total de água em 8%. Em março de 2004, quando nossos reservatórios

estavam em níveis extremamente baixos, implementamos um programa de bonus para redução do uso de

água. Após retornar aos níveis pluviométricos normais entre 2004 e início de 2005, as condições dos nossos

reservatórios melhoraram. Em 2007 e 2008, o índice pluviométrico excedeu os níveis dos anos anteriores,

aumentando o volume de água mantida em nossos reservatórios e fornecendo uma folga para atender à

demanda.

Parte da região Sudeste do Brasil, em particular na região sul do Estado de Minas Gerais e na bacia do

Rio Piracicaba, de onde extraímos a água utilizada no Sistema Cantareira, e na área norte da região

metropolitana de São Paulo tem experimentado chuvas abaixo da média desde 2012, que se agravou no final

de 2013 e início de 2014. Com chuvas significativamente abaixo da média, houve uma redução no nível de

água armazenada durante a estação chuvosa, de outubro a março, nos reservatórios do Sistema Cantareira, que

é o maior sistema da Região Metropolitana de São Paulo. A fim de minimizar os efeitos dessa seca, em

fevereiro de 2014, nós aprovamos um programa que incentiva a redução do consumo de água, com base em

um sistema de bônus, segundo o qual os clientes que alcançam a sua meta de redução de consumo (20% de

redução de consumo de água) terá direito a um desconto de 30% na sua conta de água e esgoto. Inicialmente,

o programa de incentivo foi programada para durar sete meses desde de 01 de fevereiro de 2014 ou até que o

nível de água nos reservatórios sejam normalizados. No entanto, em abril o programa de bônus foi extendido

até o final do ano de 2014 e para toda a Região Metropolianta de São Paulo que atendemos ou até que o nível

de água nos reservatórios sejam normalizados. Para mais informações sobre as secas, consulte “Riscos

Relacionados ao Nosso Negócio – “Secas, o programa de redução de consumo de água ou outras medidas

81

podem resultar em uma diminuição significativa no volume faturado de água e as receitas dos serviços que

prestamos, que podem ter um efeito material adverso sobre nós”.

Em 31 de dezembro de 2013, os reservatórios na região metropolitana de São Paulo, onde o nosso maior

mercado está localizado, tinha uma taxa de utilização de 41%, em comparação com uma taxa de utilização de

50,6% em 31 de dezembro de 2012.

Principais Estimativas e Premissas Contábeis

Fazemos estimativas e adotamos premissas acerca do futuro. As estimativas contábeis resultantes, por

definição, dificilmente igualam os resultados reais correspondentes. As premissas e estimativas que implicam

risco significativo de provocar um ajuste relevante no valor contábil de ativos ou passivos no decorrer do

próximo exercício são abordadas a seguir.

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

Constituímos provisão para créditos de liquidação duvidosa em montante que nossa administração,

baseada em análise de risco de não realização de créditos a receber de clientes, considere suficiente para

cobrir perdas prováveis, de acordo com a política contábil descrita na Nota 3.4 das nossas demonstrações

financeiras de 31 de dezembro de 2013 e 2012 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012

e 2011. As provisões para créditos de liquidação duvidosa são incluídas em despesas de vendas, líquidas de

recuperações. As despesas líquidas de provisão para créditos de liquidação duvidosa somaram R$103,9

milhões, R$192,3 milhões, R$120,3 milhões em 2013, 2012 e 2011, respectivamente.

A metodologia para determinação de contas de devedores duvidosos requer a utilização de estimativas

substanciais que consideram diversos fatores, incluindo histórico de experiência em cobrança, atuais

tendências econômicas, estimativa de previsões de baixas, a idade do portfólio das contas a receber e outros

fatores. Embora acreditemos que as estimativas utilizadas sejam razoáveis, os resultados efetivos poderão

diferir de tais estimativas.

Mensuração de Ativos Realizáveis a Longo Prazo

Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos imobilizado e ativos intangíveis de R$199,5 milhões e

R$23.846,2 milhões, respectivamente.

O ativo imobilizado e o ativo intangível e outros ativos não circulantes com vidas úteis definidas são

anualmente revisados para perda de valor ou sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem

que o valor contábil não poderá ser recuperável. A Companhia não possui ativos com vidas úteis indefinidas e

concluiu que não há indicações de perda na recuperação de ativos.

Reconhecemos ativos intangíveis oriundos de contratos de concessão nos termos da IFRIC 12.

Estimamos o valor justo de construção e outras obras em infraestrutura para reconhecer o custo do ativo

intangível, que é reconhecido quando a infraestrutura é construída e fornecida para que gere futuros

benefícios econômicos. A grande maioria dos contratos da Companhia para acordos de concessão de serviços

celebrados com cada outorgante está nos termos de contratos de concessão de serviços em que a Companhia

tem direito a receber, no fim do contrato, um pagamento equivalente ao saldo não amortizado do ativo do

ativo intangível da concessão, que, neste caso, é amortizado sobre a vida útil do ativo físico subjacente; dessa

forma, no fim do contrato, o valor remanescente do ativo intangível seria igual ao valor residual do ativo

físico relacionado.

O valor justo da construção e outras obras em infraestrutura é reconhecido como receita, ao seu valor

justo, quando a infraestrutura é construída, contanto que há a expectativa de que esta obra gere futuros

benefícios econômicos. A política contábil de reconhecer a receita de construção é descrita na Nota 3.3

“Receita Operacional Bruta”.

O ativo intangível relacionado aos contratos de concessão e contratos do programa, quando não há

direito a receber o valor residual dos ativos no fim do contrato, é amortizado em uma base regular durante o

período do contrato ou a vida útil do ativo subjacente, o que for menor.

82

Os investimentos feitos e não recuperados através da prestação de serviços, dentro dos termos do nosso

contrato, devem ser indenizados pelo outorgante da concessão; (1) com dinheiro ou equivalentes ou também,

em geral (2) com uma extensão do contrato. Estes investimentos são amortizados durante a vida útil do ativo.

A Lei 11445/07 prescreve que, sempre que possível, as unidades públicas de saneamento básico deverão

ter sua sustentabilidade econômica e financeira garantida através da consideração recebida da cobrança de

serviços, preferencialmente como tarifas e outros encargos públicos, que podem ser estabelecidos para cada

serviço ou ambos. Portanto, os investimentos feitos e não recuperados através destes serviços, dentro do prazo

original do contrato, são registrados como ativos intangíveis e amortizados durante a vida útil do ativo,

levando em consideração um histórico operacional da renovação de concessão e, portanto, a continuidade dos

serviços.

O reconhecimento do valor justo dos ativos intangíveis que surge em contratos de concessão está sujeito

a pressupostos e estimativas e o uso de diferentes pressupostos pode afetar os saldos registrados. A

amortização dos ativos intangíveis e das vidas úteis estimadas dos ativos subjacentes também exige

pressupostos e estimativas significativos, que diferentes pressupostos e estimativas e alterações em futuras

circunstancias podem afetar a amortização de ativos intangíveis e as vidas úteis remanescentes dos ativos

subjacentes e podem ter um impacto significativo nos resultados das operações.

Provisão

Em 31 de dezembro de 2013 éramos parte em processos judiciais e administrativos, relativos a questões

civis, ambientais e fiscais envolvendo um total de R$1.180,4 milhões (deduzindo o valor de R$309,5 milhões

em depósitos judiciais), a respeito dos quais consideramos o risco de perda como provável. Naquela data os

processos em que o risco de perda foi considerado possível montavam R$3.244,5 milhões, e aqueles em que o

risco de perda foi considerado remoto totalizaram R$34.179,7 milhões.

Somos parte em várias ações judiciais envolvendo pedidos com valores pecuniários significativos. Essas

ações referem-se a controvérsias e litígios com consumidores e fornecedores, além de processos de natureza

fiscal, trabalhista, cível, ambiental e outros. Para informações mais detalhadas sobre esses processos, vide

Nota 18 às nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2013 e 2012 e para os exercícios findos

em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011. Provisionamos perdas prováveis resultantes desses pleitos e

processos quando verificamos que a chance de perda é provável, desde que o valor dessa perda possa ser

razoavelmente estimado. Portanto, é necessário que façamos julgamentos relativos a eventos futuros baseado

na opinião de nossos advogados. Como as avaliações e estimativas relativas a tais provisões para riscos

requerem julgamentos significativos, as perdas efetivas realizadas no futuro poderão diferir significativamente

de nossas estimativas e exceder o valor provisionado.

Benefícios Previdenciários

O valor presente das nossas obrigações com planos de pensões depende de uma série de fatores que são

determinados em base atuarial utilizando diversas premissas. As premissas usadas na determinação do custo

líquido (resultado) das pensões incluem uma taxa de desconto e uma tabela de mortalidade. Qualquer

mudança nessas premissas poderá impactar o valor contábil das obrigações com planos de pensão.

Ao final de cada exercício determinamos as taxas de desconto apropriadas, a ser utilizadas a título de

taxa de juros na determinação do valor presente das estimativas de fluxos de saída de caixa futuros para

quitação das obrigações com pensões. A taxa de desconto aumentou de 4,0% em 2012 para 6,46% em 2013,

nos termos do Plano G0 e de para 4,1% em 2012 para 6,36% em 2013, nos termos do Plano G1, a fim de

seguir a redução nas taxas aplicáveis ao NTN-B do Governo brasileiro, notas de longo prazo, cujo prazo é

semelhante à duração dos benefícios previdenciários como descrito nas Notas 3.19(a) e 19(b) para nossas

demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012 e para os exercícios findos em 31 de dezembro

de 2013, 2012 e 2011.

Outros pressupostos fundamentais pertinentes a nossas obrigações com pensões são baseados

parcialmente nas atuais condições de mercado. A Nota 19 contém informações adicionais sobre os planos de

pensão Plano G0 e G1.

83

Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido

A Companhia reconhece e estabelece impostos sobre o lucro com base nos resultados de operações

verificadas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, levando em consideração as provisões das leis

tributárias. De acordo com o IAS 12, a Companhia reconhece os ativos e os passivos de impostos diferidos

com base nas diferenças entre os saldos contábeis e as bases tributárias dos ativos e passivos.

A Companhia revisa regularmente a recuperabilidade dos ativos de impostos diferidos e reconhece uma

provisão para perdas de valor se for provável que estes ativos não sejam realizados, com base na lucro

tributável histórico, a projeção de lucro tributável futuro e no período estimado para reverter as diferenças

temporárias. Estes cálculos exigem o uso de estimativas e pressupostos. O uso de diferentes estimativas e

pressupostos pode resultar na provisão para perdas de todo o montante ou parte significativa dos impostos

diferidos ativos.

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, reconhecemos R$114,4 milhões e R$145,3 milhões,

respectivamente, como imposto de renda diferido ativos líquido dos passivos de impostos de renda deferidos,

como demonstrado na Nota 17 para nossas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012 e

para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011.

Determinadas Operações com o Acionista Controlador

Reembolso devido pelo Estado.

O reembolso devido pelo Estado referente a pensões pagas representa os pagamentos de previdência

complementar (Plano G0) que nós fazemos, em nome do Estado, aos ex-empregados das empresas estatais

que se fundiram e nos formaram. Tais montantes são reembolsáveis pelo Estado, na qualidade de devedor

primário.

Em novembro de 2008, celebramos o terceiro aditivo ao contrato com o Estado relacionado aos

pagamentos dos benefícios previdenciários efetuados por nós em nome do Estado. O Estado confessou sua

dívida para conosco em relação ao saldo em aberto de R$915,3 milhões em 30 de setembro de 2008 dos

pagamentos dos benefícios previdenciários efetuados por nós em seu nome. Aceitamos provisoriamente, mas

não reconhecemos em nossos livros, os reservatórios do Sistema do Alto Tietê como pagamento parcial no

valor de R$696,3 milhões, sujeito à transferência dos direitos de propriedade de tais reservatórios a nós.

Desde novembro de 2008, o Estado vem pagando o saldo em aberto no valor de R$219,0 milhões em 114

prestações mensais sucessivas. Vide Nota 9 às nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2013

e 2012 e para exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, e “Item 7. - Acionistas

Majoritários e Transações com Partes Relacionadas”.

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os montantes não reconhecidos, relativos a benefícios

previdenciários pagos em nome do Estado pela Companhia, totalizou R$1.412,5 milhões e R$1.351,2

milhões, respectivamente, incluindo o montante de R$696,3 milhões relacionados com a transferência dos

reservatórios no sistema Alto Tietê. Como resultado, a Companhia também reconheceu a obrigação

relacionada com os benefícios previdenciários, mantidos com os beneficiários e pensionistas do Plano G0. Em

31 de dezembro de 2013 e 2012, as obrigações de benefícios previdenciários do Plano G0 totalizaram

R$1.780,3 milhões e R$1.987,7 milhões, respectivamente. Para obter informações detalhadas sobre as

obrigações de benefícios previdenciários referir a Nota 19 de nossas Demonstrações Financeiras.

Contas a Receber do Estado por Serviços de Água e esgotos Prestados.

Algumas contas a receber do Estado pela prestação de serviços de água estão vencidas há longo tempo.

Celebramos acordos com o Estado a respeito dessas contas a receber. Para mais informações sobre tais

acordos, vide a Nota 9 às nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2013 e 2012 e para

exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, e “Item 7. - Acionistas Majoritários Transações

com Partes Relacionadas”.

84

Utilização de certos ativos

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. – EMAE pretende receber crédito e obter

compensação financeira pela utilização de água dos reservatórios Guarapiranga e Billings, os quais utilizamos

em nossas operações, bem como o reembolso de danos relacionados ao não-pagamento em tempo hábil.

Entendemos que não há valores devidos pelo uso desses reservatórios haja vista as outorgas concedidas.

Se esses reservatórios não estiverem disponíveis para o nosso uso, pode haver a necessidade de captarmos

água em locais mais distantes e pode haver o risco de não conseguirmos fornecer serviços na região, bem

como o risco de um aumento no custo de fornecimento de água .

Diversas ações foram ajuizadas pela EMAE, entre elas uma ação judicial para fazer valer uma cláusula de

arbitragem relacionada ao reservatório Guarapiranga, um processo que já começou, e outra ação judicial,

pedindo uma compensação financeira devido à nossa coleta de água no reservatório Billings para o

abastecimento público. Estes dois processos alegam que essa conduta causou perda permanente e crescente na

capacidade da usina hidrelétrica Henry Borden para gerar eletricidade, bem como perdas financeiras.

A expectativa para todos os casos é de perdas possíveis e por enquanto não é possível estimar os valores

totais envolvidos, uma vez que não foram determinados.

Em 10 de abril de 2014, emitimos um Comunicado ao Mercado para anunciar que estamos negociando

com a EMAE a respeito de um potencial futuro acordo. No entanto, nenhum ajuste foi confirmado, e nenhum

acordo foi executado por qualquer das partes até o momento.

Resultados das Operações

A tabela a seguir demonstra, para os períodos indicados, determinados itens em nossa demonstração dos

resultados, cada um expresso como uma porcentagem da receita operacional líquida:

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

(em milhões de reais, exceto porcentagens)

Receitas operacionais líquidas..... 11.315,6 100,0% 10.737,6 100,0% 9.927,4 100,0%

Custo de vendas e serviços.......... (6.816,3) (60,2)% (6.449,9) (60,1)% (6.018,7) (60,6%)

Lucro bruto.................................. 4.499,3 39,8% 4.287,7 39,9% 3.908,7 39,4%

Despesas com vendas.................. (637,1) (5,6)% (697,3) (6,5)% (619,3) (6,2%)

Despesas administrativas............. (729,1) (6,4)% (717,4) (6,7)% (683,6) (6,9%)

Outras receitas operacionais

(despesas), líquidas...................... (5,7) (0,1)% (29,7) (0,3)% (93,8) (0,9%)

Lucro operacional........................ 3.138,48 27,7% 2.843,3 26,5% 2.512,0 25,3%

Despesas financeiras, líquidas..... (483,2) (4,3)% (295,7) (2,8)% (633,0) (6,4%)

Lucro antes do imposto de renda

e contribuição social.................... 2.655,6 23,5% 2.547,6 23,7% 1.879,0 18,9%

Imposto de renda e contribuição

social............................................ (732,0) (6,5)% (635,7) (5,9)% (498,1) (5,0%)

Lucro líquido do exercício.......... 1.923,6 17,0% 1.911,9 17,8% 1.380,9 13,9%

Exercício findo em 31 de dezembro de 2013 comparado ao exercício findo 31 de dezembro de 2012

Nossas demonstrações financeiras em e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 foram

reapresentadas, como resultado da adoção, a partir de 1º janeiro de 2013, de duas novas normas emitidas pelo

IASB: IAS 19 (Benefícios a Empregados - revista em 2011) e IFRS 11 (Negócios em Conjunto). Esses novos

pronunciamentos foram aplicados retrospectivamente para 2012 e 2011 em conformidade com o IAS 8

(Políticas Contábeis, Mudança de Estimativas e Correção de Erros) para fins de comparação. A adoção dessas

novas normas impactou vários itens de nossas demonstrações financeiras. Um desses impactos refere-se ao

método de contabilização de empresas controladas em conjunto (“joint-ventures”), que agora são

85

reconhecidos usando o método da equivalência patrimonial, ao invés do método de consolidação

proporcional, utilizado antes da adoção do IFRS 11. Veja a nota 4.1 para o nosso demonstrações financeiras

para uma descrição desses pronunciamentos e os impactos em nossas demonstrações financeiras.

Receita operacional líquida

As receitas operacionais líquidas aumentaram em R$578,0 milhões, ou 5,4%, para R$11.315,6 milhões

em 2013, de R$10.737,6 milhões em 2012.

As receitas operacionais líquidas relacionadas aos serviços de água aumentaram em R$323,7 milhões, ou

7,1%, para R$4.906,0 milhões em 2013, de R$4.582,3 milhões em 2012. Este aumento foi principalmente

devido a:

um aumento médio de 2,6% no volume de água faturado em 2013; e

o efeito do aumento de 5,15% na tarifa em setembro de 2012, reajuste tarifário de 2,35% em abril de

2013 e reajuste tarifário de 3,1% em dezembro de 2013.

As receitas operacionais líquidas relacionadas a serviços de esgoto aumentaram em R$274,0 milhões, ou

7,4%, para R$3.964,9 milhões em 2013, de R$3.690,9 milhões em 2012. Este aumento foi principalmente

devido a:

um aumento médio de 2,9% no volume de serviços de esgoto faturados em 2013, e

o efeito do aumento de 5,15% na tarifa em setembro de 2012, reajuste tarifário de 2,35% em abril de

2013 e reajuste tarifário de 3,1% em dezembro de 2013.

A receita bruta de construção diminuiu R$19,7 milhões, ou 0,8%, para R$2.444,8 milhões em 2013 de

R$2.464,5 milhões em 2012. Ver Nota 3.3 (b) de nossas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de

2013 e 2012 e para os anos findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 para uma descrição das políticas

contábeis aplicáveis ao nosso negócio de serviços de construção.

Custo de Vendas e Serviços

O custo das vendas e dos serviços prestados aumentou em R$366,4 milhões, ou 5,7%, passando para

R$6.816,3 milhões em 2013, de R$6.449,9 milhões em 2012. Como percentual das receitas operacionais

líquidas, o custo das vendas e dos serviços aumentou para 60,2% em 2013 de 60,1% em 2012.

Esse aumento no custo das vendas e serviços deveu-se principalmente aos seguintes fatores :

um aumento de R$147,3 milhões, ou 11,7%, em salários e encargos sociais, devido aos seguintes

fatores: (i) um aumento de 6,17% nos salários desde maio de 2012 e 8,0% desde maio de 2013

associados à implantação do novo plano de cargos e salários da Companhia, o que gerou um impacto

de aproximadamente R$109,3 milhões, e (ii) o aumento da provisão para despesas com planos de

pensão, no valor de R$22,1 milhões, devido a mudanças nas premissas atuariais;

um aumento de R$95,2 milhões em depreciação e amortização, devido à transferência de obras em

andamento para o ativo intangível operacional;

um aumento de R$63,2 milhões ou 35,6% nas despesas com materiais de tratamento de água,

principalmente devido ao aumento do consumo e a substituição de produtos de tratamento de água, a

fim de atender à demanda crescente mantendo os mesmos níveis de eficiência;

um aumento de R$62,0 milhões em custos de serviços de terceiros, principalmente devido a: (i)

manutenção preventiva e corretiva do sistema de esgoto, no montante de R$17,7 milhões, (ii)

compensação ambiental com o serviço de recuperação de praias, no valor de R$9,4 milhões, (iii)

despesas relacionadas com consultoria, assessoria e serviços especializados, que totalizaram R$9,3

milhões, (iv) manutenção preventiva e corretiva nos sistemas operacionais de esgoto e água, no valor

86

de R$9,2 milhões, e (v) serviços para a conservação de bens e instalações operacionais no montante

de R$5,9 milhões, devido ao aumento em áreas sob monitoramento; e

um aumento de R$21,2 milhões a pagar incorridos em desapropriações, principalmente para honrar

os compromissos assumidos com o município de Paraguaçu Paulista.

Estes aumentos foram parcialmente compensados por uma redução de R$36,5 milhões no custo da

eletricidade devido principalmente à diminuição da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), como

conseqüência da Medida Provisória 579/12 e da Lei 12.783/13.

Lucro bruto

Como resultado dos fatores discutidos acima, o lucro bruto do exercício findo em 31 dezembro de 2013

aumentou em R$211,6 milhões, ou 4,9%, passando de R$4.287,7 milhões em 2012 para R$4.499,3 em 2013.

Como percentual da receita operacional líquida, o lucro bruto diminuiu, passando para 39,8% em 2013 de

39,9% em 2012.

Despesas com Vendas

As despesas com vendas diminuíram em R$60,2 milhões, ou 8,6%, passando para R$637,1 milhões em

2013 de R$697,3 milhões em 2012. Como percentual da receita operacional líquida, as despesas com vendas

diminuíram, passando para 5,6% em 2013, de 6,49% em 2012.

A redução nas despesas com vendas deveu-se principalmente a provisão para perdas de contas a receber,

devido à maior recuperação de valores em 2013, no âmbito de acordos de parcelamento.

Esta redução foi parcialmente compensada por um aumento de R$18,7 milhões em salários e encargos,

devido ao aumento de 6,17% nos salários desde maio de 2012 e 8,0% desde maio de 2013 associado à

implantação de novo plano de cargos e salários da Companhia, que teve um impacto de aproximadamente

R$12,5 milhões.

Despesas administrativas

As despesas administrativas aumentaram em R$11,7 milhões, ou 1,6%, passando para R$729,1 em 2013,

de R$717,4 milhões em 2012. Como percentual da receita operacional líquida, as despesas administrativas

diminuíram para 6,4% em 2013, de 6,7% em 2012.

O aumento das despesas administrativas foi devido principalmente aos seguintes fatores :

um aumento de R$34,6 milhões em custos de amortização de software em 2013;

um aumento de R$22,2 milhões em salários e encargos sociais, devido aos seguintes fatores : (i) um

aumento de 6,17% nos salários desde maio de 2012 e 8,0% desde maio de 2013 associados à

implantação do novo plano de cargos e salários da Companhia, que teve um impacto de

aproximadamente R$7,8 milhões, e (ii) o aumento da provisão para despesas com plano de pensão,

no valor de R$13,5 milhões, devido a mudanças nas premissas atuariais;

um aumento nas despesas com imposto de R$7,3 milhões, ou 12,0%, devido a: (i) imposto

regulatório à ARSESP, no valor de R$4,3 milhões, e (ii) R$1,0 milhões em imposto de renda sobre

remessas para o exterior, como resultado da desvalorização da moeda local, em 2013.

O aumento foi parcialmente compensado pelo seguinte:

uma diminuição de R$28,9 milhões, ou 19,9%, principalmente sobre os serviços prestados por

terceiros relativas a campanhas de publicidade, no valor de R$29,4 milhões;

uma diminuição de R$25,3 milhões em despesas gerais, principalmente devido às despesas com

processos judiciais no montante de R$14,2 milhões.

87

Outras Receitas (Despesas) Operacionais, Líquidas

Outras receitas (despesas) líquidas diminuíram em R$35,4 milhões, ou 119,2%, passando para R$5,7

milhões em receita em 2013, de R$29,7 milhões em despesas em 2012. Outras despesas operacionais

apresentaram uma redução de R$37,5, ou 40,9%, principalmente devido à provisão de perdas para a

indenização dos bens vinculados à concessão para o município de Diadema, no valor de R$60,3 milhões em

2012. A redução foi parcialmente compensada pela baixa de ativos por motivo de obsolescência, no valor de

R$17,8 milhões em 2013.

Receitas (despesas) financeiras líquidas

Receitas (despesas) financeiras, líquidas, consistem principalmente de juros sobre nosso endividamento

e perdas (ou ganhos) cambiais em relação a nosso endividamento, compensadas parcialmente pela receita de

juros sobre equivalentes de caixa e provisões de indexação baseados em inflação, principalmente relativos a

acordos celebrados com alguns clientes para liquidação de contas vencidas a receber.

As receitas (despesas) financeiras, líquidas aumentaram em R$187,5 milhões, ou 63,4%, passando para

uma despesa de R$483,2 milhões em 2013, de uma despesa de R$295,7 milhões em 2012. Como percentual

da receita operacional líquida, as receitas (despesas) financeiras, líquidas aumentaram para 4,3% em 2013, de

2,80% em 2012.

O aumento nas receitas (despesas ) financeiras, líquidas deveu-se principalmente a:

um aumento nas perdas cambiais relativas a empréstimos e e financiamentos no valor de R$217,3

milhões, como resultado da depreciação de 14,6% do real em relação ao dólar norte-americano em

2013, em comparação a uma depreciação de 8,9% do real em relação ao dólar em 2012; e

um aumento de R$38,1 milhões em despesas com variações monetárias sobre empréstimos e

financiamentos internos, principalmente pela captação da 17ª e 18ª emissões de debêntures ocorridas

em fevereiro e dezembro de 2013, respectivamente.

O aumento nas receitas (despesas) financeiras, líquidas foi parcialmente compensado por:

um aumento de R$34,3 milhões em receitas financeiras, principalmente devido ao investimento de

juros em planos de parcelamento, e aos juros reconhecidos das 17ª e 18ª debêntures; e

uma diminuição de R$10,0 milhões nas despesas com juros sobre empréstimos e financiamentos

locais, principalmente em função do pagamento da dívida ao Banco do Brasil em 2013, em R$380,7

milhões, associada à variação da dívida (emissão da 17ª debênture XVII em fevereiro de 2013 e

antecipação da amortização do saldo da 11ª debênture).

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social

Como um resultado dos fatores discutidos acima, o lucro antes do imposto de renda e contribuição social

aumentou em 4,2%, passando para R$2.655,6 milhões em 2013, de R$2.547,6 milhões em 2012. Como

percentual da receita operacional líquida, nosso lucro antes do imposto de renda e contribuição social

diminuiu para 23,5% em 2013, de 23,7% em 2012.

Imposto de Renda e Contribuição Social

Imposto de renda e contribuição social aumentaram em R$96,3, milhões ou 15,1%, passando para

R$732,0 milhões em 2013, de R$635,7 milhões em 2012. Este aumento foi devido principalmente a uma

receita tributável maior em 2013.

88

Lucro Líquido do exercício

Como resultado dos fatores discutidos acima, o lucro líquido aumentou para R$1.923,6 em 2013, de

R$1.911,9 milhões em 2012. Como percentual da receita operacional líquida, o lucro líquido diminuiu para

17,0% em 2013, de 17,8% em 2012.

Exercício findo em 31 de dezembro de 2012 comparado com o exercício findo em 31 de dezembro de 2011

Receitas operacionais líquidas

As receitas operacionais líquidas aumentaram em R$810,2 milhões, ou 8,2%, para R$10.737,6 milhões

em 2012 de R$9.927,4 milhões em 2011.

As receitas operacionais líquidas relacionadas com serviços de água aumentaram em R$319,2 milhões,

ou 7,2%, para R$4.582,3 milhões em 2012, de R$4.273,1 milhões em 2011. Este aumento foi devido

principalmente a:

um aumento médio de 2,4% no volume de água faturado em 2012; e

o efeito do aumento de tarifa em 6.83% em setembro de 2011, e o aumento de tarifa de 5,15% em

setembro de 2012.

Receitas operacionais líquidas relacionadas com serviços de esgotos aumentaram em R$261,2 milhões,

ou 7,6%, para R$3.690,9 milhões em 2012, de R$3.429,7 milhões em 2011. Este aumento foi devido

principalmente a:

um aumento médio de 3,2% no volume de serviços de esgoto faturados em 2012; e

o efeito do aumento de tarifa em 6.83% em setembro de 2011, e o aumento de tarifa de 5,15% em

setembro de 2012.

Receita bruta de construção aumentou em R$239,9 milhões, ou 10,8%, para R$2.464,65 milhões em

2012, de R$2.224,6 milhões em 2011. Ver Nota 3.3 (b) de nossas demonstrações financeiras a partir de 31 de

dezembro de 2012 e 2011 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012, 2011 e 2010, para obter

uma descrição das políticas contábeis aplicáveis ao nosso negócio de serviços de construção.

Custo de Vendas e Serviços

O custo das vendas e dos serviços prestados apresentou um acréscimo de R$431,2 milhões, ou 7,2%,

passando para R$6.449,9 milhões em 2012, de R$6.018,7 milhões em 2011. Como percentual das receitas

operacionais líquidas de vendas e serviços, o custo das vendas e dos serviços diminuiu para 60,1% em 2012

em comparação com 60,6% em 2011.

Esse aumento no custo de vendas e serviços deveu-se principalmente aos seguintes fatores:

um aumento nos custos de construção de R$237,5 milhões, ou 10,9%, em relação ao ano anterior.

Tal mudança deveu-se principalmente ao aumento de investimentos em 2012;

um aumento de R$92,6 milhões, ou 8,2% em salários e encargos devido aos seguintes fatores: (i) um

aumento de 6.17% nos salários desde maio de 2012, resultando em um aumento de cerca de R$88,7

milhões; e (ii) um aumento na provisão que fizemos para benefícios de rescisão, no valor de R$17,2

milhões, devido ao aumento no número de funcionários solicitando aposentadoria e a adoção de uma

nova lei, que aumentou o aviso prévio exigido de 30 para 90 dias em caso de demissão sem justa

causa. Estes aumentos foram parcialmente compensados por uma diminuição do custo real em

relação ao cálculo atuarial em 2012 relacionado ao nosso plano de contribuição definida no valor de

R$12,5 milhões;

89

um aumento de R$56,3 milhões, ou 8,4%, dos custos dos serviços terceirizados, principalmente

devido a: (i) aluguel de veículo no valor de R$22,9 milhões; (ii) aumento de R$17 milhões no Alto

Tietê PPP tal devido ao início das operações em setembro de 2011; (iii) serviços de manutenção e

reposicionamento de pavimento no valor de R$13,7 milhões, como parte dos esforços intensificados

para evitar perdas de água; (iv) despesas relacionadas com a segurança de nossos ativos no valor de

R$14,9 milhões, devido a aumentos em compras de equipamentos e monitoramento de áreas; e (v)

manutenção de sistemas de água e esgoto, que totalizou R$5,9 milhões. O aumento dos custos de

serviços terceirizados foi parcialmente compensado por uma diminuição de R$19,7 milhões

relacionada com programas socioambientais estabelecidos nos termos de um convênio com o

município de São Paulo;

um aumento de R$31,5 milhões, ou 8,5%, nas despesas gerais, principalmente em função de: (i) a

provisão de R$22,1 milhões nos termos do nosso acordo de prestação de serviços com o município

de São Paulo e (ii) a partir de fevereiro de 2012, taxas pelo uso de água do reservatório da Baixada

Santista, no montante de R$6,9 milhões;

um aumento de R$22,7 milhões, ou 14,7%, nas despesas de tratamento de água, devido

principalmente ao aumento do consumo e a substituição de produtos de tratamento de água para

atender o aumento da demanda, e o mesmo tempo manter os mesmos níveis de eficiência no

tratamento de água;

um aumento de R$21,9 milhões, ou 14,9%, nas despesas de manutenção, principalmente em função

de: (i) manutenção preventiva e corretiva dos sistemas de operação de água e esgoto no montante de

R$8,7 milhões e (ii) manutenção de ligações de rede de água e esgoto no montante de R$7,2

milhões; e.

um aumento de R$5,8 milhões, ou 1%, no custo de energia elétrica em função do aumento do

consumo e das tarifas de energia mais elevadas. Este aumento do consumo e aumento das tarifas foi

parcialmente compensado por um desconto de 15% nas taxas de uso dos sistemas de distribuição

relacionados ao saneamento básico aplicado desde setembro de 2011.

Estes aumentos foram parcialmente compensados por uma diminuição de R$24,0 milhões, ou 3,2%, nas

despesas de depreciação e amortização, que diminuíram de R$739,0 milhões para R$715,1 milhões,

principalmente devido à revisão dos critérios de amortização de ativos intangíveis ocorridos em 2011 em

conexão com nosso acordo de prestação de serviços com o município de São Paulo.

Lucro Bruto

Em consequência dos fatores discutidos acima, o lucro bruto para o exercício findo em 31 de dezembro

de 2012 aumentou em R$379,0 milhões, ou 9,7%, passando de R$3.908,7 milhões em 2011 para R$4.287,7

milhões 2012. Como percentual das receitas operacionais líquidas, o lucro bruto aumentou para 39,9% em

2012, em comparação com 39,4% em 2011.

Despesas com Vendas

As despesas com vendas aumentaram em R$78,0 milhões, ou 12,6%, para R$697,3 milhões em 2012,

em comparação com R$619,3 milhões em 2011. Como percentual da receita operacional líquida, as despesas

com vendas aumentaram para 6,49% em 2012, comparadas com 6,2% em 2011.

Esse aumento nas despesas com vendas deve-se principalmente aos seguintes fatores:

um aumento de R$72,0 milhões, ou 59,9%, passando de R$120,3 milhões em 2011 para R$192,2

milhões em 2012, principalmente devido à provisão para créditos de liquidação duvidosa de clientes.

Este aumento ocorreu principalmente às provisões adicionais de R$14,4 milhões relacionados a

clientes particulares, R$8,8 milhões relacionados a entidades municipais, e R$35,1 milhões

relacionados a entidades do estado;

90

um aumento de R$3,5 milhões ou 1,7%, nas despesas relacionadas com serviços terceirizados,

devido principalmente à nova tecnologia de cobrança relacionada com a leitura de consumo, emissão

de faturas e entregas de contas, que custou cerca de R$11,3 milhões, além de um aumento no número

de conexões e reajustes de inflação dos contratos na região metropolitana de São Paulo. Este

aumento foi parcialmente compensado por: uma redução de R$4,5 milhões, resultante da redução de

serviços prestados relacionados à implementação do Programa de Uso Racional da Água ou “PURA”

nas escolas municipais; e

um aumento de R$4,0 milhões, ou 2,1%, em salários e encargos como resultado de: um reajuste

salarial de 6.17% a partir de maio de 2011, que teve um impacto de cerca de R$2,7 milhões.

Despesas administrativas

Despesas administrativas aumentaram em R$33,8 milhões, ou 4,9%, para R$717,4 milhões em 2012, de

R$683,6 milhões em 2011. Como percentual da receita operacional líquida, as despesas administrativas

diminuíram para 6,7% em 2012 de 6,9% em 2011.

O aumento das despesas administrativas deveu-se principalmente aos seguintes fatores:

um aumento nas despesas de serviços terceirizados no valor de R$22,2 milhões, ou 18,0%,

principalmente sobre serviços prestados por terceiros, relacionados à: (i) campanhas publicitárias

focadas em programas socioambientais, no valor de R$16,7 milhões e (ii) contratação de consultores

e prestadores de serviços especializados, no valor de R$5,6 milhões;

um aumento nas despesas fiscais no valor de R$6,8 milhões, ou 11,1%, em função de: (i) R$3,7

milhões em Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e (ii) imposto regulamentar à ARSESP no

valor de R$3,2 milhões.

A redução foi parcialmente compensada pela redução de R$6.7 milhões ou 30,3% nos custos de

amortização de software em 2012.

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas, diminuíram em R$64,1 milhões, ou 68,3%, para

R$29,7 milhões em 2012 de R$93,8 milhões de despesa em 2011. Outras despesas operacionais apresentaram

um decréscimo de R$67,1 milhões, ou 74,3%, principalmente devido a: (i) provisão para perdas relacionadas

com um passivo indenizatório relacionado com a concessão para o município de Mauá, no valor de R$85,9

milhões em 2011, (ii) baixas de ativos - em 2011 relacionadas à obsolescência de ativos, no valor de R$35,3

milhões; e (iii) baixas em 2011 relacionadas a estudos e projetos que não eram economicamente viáveis no

valor de R$6,1 milhões. Estas diminuições foram parcialmente compensadas pela provisão para perdas da

indenização de ativos relacionados com a concessão para o município de Diadema, no valor de R$60,3

milhões em 2012.

Receitas (despesas) financeiras, líquidas

Receitas (despesas) financeiras, líquidas, consistem principalmente de juros sobre nosso endividamento

e perdas (ou ganhos) cambiais em relação a nosso endividamento, compensadas parcialmente pela receita de

juros sobre equivalentes de caixa e provisões de indexação baseados em inflação, principalmente relativos a

acordos celebrados com alguns clientes para liquidação de contas vencidas a receber.

As receitas (despesas) financeiras, líquidas diminuíram em R$337,3 milhões, ou 53,3%, passando para

uma despesa de R$295,7 milhões em 2012, de uma despesa de R$633,0 milhões 2011. Como percentual da

receita líquida de vendas e prestação de serviços, as receitas (despesas) financeiras, líquidas diminuíram para

2,80% em 2012, de 6,4% em 2011.

A diminuição das receitas (despesas) financeiras, líquidas deveu-se principalmente aos seguintes fatores:

91

uma diminuição na variação cambial negativa resultante dos empréstimos e financiamentos de

R$331,8 milhões, como resultado da depreciação de 8,9% do real frente ao dólar em 2012, em

comparação com uma depreciação de 12,6% do real frente ao dólar em 2011, e a valorização de

2,4% do real frente ao iene japonês em 2012, em comparação com uma depreciação de 18,6% do

real frente ao iene japonês em 2011;

uma redução de R$48,7 milhões em despesas com juros, principalmente devido à amortização de

nossas oitava, nona e décima terceira emissões de debêntures em junho e outubro de 2011 e fevereiro

de 2012, respectivamente;

uma redução de R$46,4 milhões em despesas relativas a processos judiciais, envolvendo

principalmente clientes; e

uma redução de R$34,8 milhões em reajustes da inflação, principalmente relativas aos nossos

contratos com municípios.

A diminuição de receitas (despesas) financeiras, líquidas foi parcialmente compensada por:

uma diminuição das taxas de juros relacionadas com nossas posições de caixa, no valor de R$108,9

milhões, ou 40,1%; e

uma diminuição de R$22,8 milhões no reajuste da inflação, em função principalmente dos valores

recebidos como resultado da exclusividade sobre as contas-salário de nossos funcionários em 2011.

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social

Como um resultado dos fatores discutidos acima, o resultado antes dos impostos de renda e contribuição

social sobre lucros aumentou em 35,6%, passando de R$1.879,0 milhões em 2011 para R$2.547,6 milhões em

2012. Como percentual da receita operacional líquida, nosso resultado antes de impostos sobre o lucro

aumentou de 18,9% em 2011 para 23,7% em 2012.

Imposto de Renda e Contribuição Social

Os impostos sobre renda aumentaram em R$137,6 milhões, ou 27,6%, de R$498,1 milhões em 2011

para R$635,7 milhões em 2012. Este aumento deveu-se principalmente a um aumento do lucro tributável em

2012.

Lucro líquido do exercício

Como resultado dos fatores discutidos acima, o lucro líquido aumentou para R$1.911,9 milhões em

2012, de R$1.380,9 milhões em 2011. Como porcentagem das receitas operacionais líquidas, nossa renda

líquida aumentou para 17,8%, em 2012, de 13,9% em 2011.

B. Liquidez e recursos de capitais

Fontes de Capital

De forma a satisfazer nossas necessidades de liquidez e recursos financeiros, temos confiado

primordialmente de recursos de caixa gerados pelas nossas atividades operacionais, de recursos captados a

longo prazo junto a instituições financeiras públicas federais e estaduais, e de financiamentos a longo prazo

obtidos de organizações multilaterais e financiamentos tomados nos mercados de capitais e financeiros

domésticos e internacionais. Em 31 de dezembro de 2013, dispúnhamos de R$1.782,0 milhões em caixa e

equivalentes de caixa. A parcela atual pendente de nossa dívida de longo prazo era de R$641,0 milhão em 31

de dezembro de 2013, dos quais R$216,0 milhões denominados em moeda estrangeira. A dívida de longo

prazo era de R$8.809,11 milhões em 31 de dezembro de 2013, sendo R$3.482,6 milhões representados por

obrigações denominadas em moeda estrangeira. Acreditamos dispor de fontes de liquidez e de recursos

financeiros suficientes para atender às nossas necessidades de liquidez e recursos financeiros para os

92

próximos anos, à luz da nossa situação financeira atual e da expectativa de geração de caixa pelas nossas

atividades operacionais.

Fluxo de Caixa

Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais

O caixa gerado pelas nossas atividades operacionais é nossa maior fonte singular de liquidez e recursos

financeiros e esperamos que continue a ser no futuro. Nosso caixa gerado por atividades operacionais foi de

R$2.777,2 milhões, R$2.343,2 milhões e R$2.698,6 milhões em 2013, 2012 e 2011, respectivamente. O

principal componente de nosso fluxo de caixa a partir das atividades operacionais se relaciona a nossos forte

fluxo de receitas, que é devido à natureza dos negócios ao fato de que estamos expandindo nossa

infraestrutura.

Caixa Aplicado nas Atividades de Investimentos

Nosso caixa aplicado nas atividades de investimentos foi de R$2.281,5,milhões, R$1.996,7 milhões e

R$1.883,2 milhões em 2013, 2012 e 2011, respectivamente. O principal componente de nosso fluxo de caixa

das atividades de investimento são os investimentos em ativos intangíveis, como exigido nos termos de

nossos contratos de concessão e programa, que é devido ao fato de que estamos expandindo nossa

infraestrutura e cobertura de serviço.

Caixa Aplicado nas Atividades de Financiamento

Nosso caixa aplicado nas atividades de financiamentos foi de R$629,7 milhões, R$572,7 e 661,3

milhões em 2013, 2012 e 2011, respectivamente. O principal componente de nosso fluxo de caixa das

atividades de financiamento se relaciona com as captações e pagamentos de empréstimos usados para

financiar os investimentos em ativos intangíveis relacionados com nossos contratos de concessão e programa,

a fim de suportar a expansão de nossos serviços e o pagamento de juros sobre capital próprio.

Financiamento do Endividamento

Nosso endividamento financeiro total aumentou 6,5%, passando de R$8.875,3 milhões em 31 de

dezembro de 2012 para R$9.450,1 em 31 de dezembro de 2013. Além disso, durante o mesmo período, nosso

endividamento total registrado em moeda estrangeira cresceu 15%, passando de R$3.215,8 milhões em 31 de

dezembro de 2012 para R$3.698,6 em 31 de dezembro de 2013.

Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos R$8.809,1 milhões em aberto como endividamento de longo

prazo, (excluindo a parcela corrente da dívida de longo prazo), dos quais R$3.482,6 milhões são dívidas de

longo prazo denominadas em moeda estrangeira. Nossa parcela circulante da dívida de longo prazo em aberto

era de R$640,9 milhão em 31 de dezembro de 2013. Em 31 de dezembro de 2013, R$216,0 milhões desta

parcela circulante da dívida de longo prazo eram denominados em moeda estrangeira. Em 1º de dezembro de

2013, nossa classificação nacional dada pela agência de classificação de risco e crédito Standard & Poor’s era

“braAA+” enquanto a classificação S&P internacional era “BB+. Desde de julho de 2013 também

começamos a ser cobertos pela Moody’s America Latina Ltda, por quem nossa classificação nacional foi Aa.1

br e nossa classificação global foi Baa3.

Diversos acordos contratuais que celebramos, inclusive certos contratos de financiamento com a Caixa

Econômica Federal e o BNDES, preveem a garantia sobre uma parcela de nossos fluxos de caixa

operacionais. Além da Caixa Econômica Federal e do BNDES, damos como garantia parte de nosso fluxo de

caixa derivado de operações relativas a contratos que envolvem operações de securitização, à PPP Alto Tietê

e a acordos envolvendo o arrendamento de certos ativos. Segundo esses contratos, o caixa recebido das

operações deve transitar por contas predefinidas. Na hipótese de inadimplemento do contrato correspondente,

esse caixa e os fluxos de caixa que transitarão por essas contas no futuro ficariam sujeitos a restrições,

constituindo garantia do respectivo credor. Em 31 de dezembro de 2013, uma parcela substancial de nossos

fluxos de caixa mensais derivados de operações estava sujeita a essas garantias. Naquela data, o valor total de

93

nossa dívida garantida, inclusive endividamento para o qual outorgamos tais garantias, era de R$2.234,5

milhões.

A tabela abaixo contém dados sobre nosso endividamento em aberto em 31 de dezembro de 2013:

Em 31 de dezembro de 2012

Corrente Longo Prazo Total

Vencimento

Final

Denominado em moeda local Banco do Brasil 100.497 - 100.497 2014 UPR + 8.50%

Debêntures 10ª emissão 37.171 220.109 257.280 2020

TJLP+1,92% (1ª

e 3ª séries) e IPCA + 9,53%

(2ª série)

Debêntures 12ª emissão 22.727 476.702 499.429 2025 TR + 9,5%

Debêntures 14ª emissão 20.079 269.862 289.941 2022

TJLP+1,92% (1ª

e 3ª séries) e IPCA + 9,19%

(2ª série)

Debêntures 15ª emissão - 820.887 820.887 2019

DI + 0,99% (1ª série) e IPCA +

6,2% (2ª série)

Debêntures 16ª emissão - 499.434 499.434

2015 DI + 0,30% a 0,70%

Debêntures 17ª emissão - 1.027.925 1.027.925

Debêntures 18ª emissão - 160.859 160.859

Caixa Econômica Federal

83.267 959.853 1.043.120

2011 /2032

UPR + 6,8%

(média)

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 16.309 81.546 97.855 2013 3% + TJLP

Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) Região costeira 9.370 79.644 89.014 2019 2,5% + TJLP

Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) PAC 2.308 29.192 31.500 2023 2,15% + TJLP Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) PAC II

9751 - 20.400 20.400 2027 1,72% + TJLP

Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) PAC II

9752 19.230 196.821 216.051 2027 1,72% + TJLP Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES) Onda

Limpa - 98.404 98.404 2025 1,92% + TJLP Arrendamento Financeiro - 382.492 382.492

Outros 498 2.431 2.929

2011/ 2018/

2025

TJLP + 6% /

12% Juros e outros encargos 113.504 - 113.504

Total denominado em moeda local 424.960 5.326.561 5.751.521

Denominado em moeda estrangeira

Inter-American Development Bank (IADB) US$417.295.000 (2011 - US$

386.862.000) 89.378 1.018.693 1.018.071 2017 a 2035 0,99% a 3,00%

International Bank for Reconstruction and Development (IBRD) US$26.864.000

(2011 - US$ 10.316.000) - 87.077 87.077 2034 0,82%

Eurobonds - US$ 140.000.000 (2011 - US$ 140.000.000) - 327.640 327.640 2016 7,50%

Eurobonds - US$ 350.000.000 (2011 -

US$ 350.000.000) - 813.650 813.650 2020 6,25% JICA 15 - ¥ 19.591.310.000 (2011 - ¥

20.743.740.000) 25.733 386.007 411.740 2029 1,8% e 2,5%

JICA 18 - ¥ 17.614.720.000 (2011 - ¥ 18.650.880.000) 23.137 346.733 369.870 2029 1,8% e 2,5%

JICA 17 - ¥ 324.213.000 (2011 - ¥ 62.292.000) - 9.704 9.704 2035 1,2% e 0,01%

JICA 19 - ¥ 5.407.000 - 134.010 134.010 2037 1,7% e 0,01%

94

IADB 1983AB - US$ 202.115.000 (2011 -

US$ 226.058.000) 56.087 359.059 415.146 2023 2,49% a 2,99%

Juros e outros encargos 21.645 - 21.645

Total denominado em moeda estrangeira 215.980 3.482.573 3.698.553

Total de empréstimos e financiamentos 640.940 8.809.134 9.450.074

______________

(1) UPR significa Unidade Padrão Referência e equivale à Taxa Referencial—TR, que era de 0,04940% por mês em 31 de dezembro de 2013; CDI é o Certificado de Depósitos Interbancários, que era de 9,77% por ano em 31 de dezembro de 2013; IGP--M é o Índice

Geral de Preços a Mercado, que era de 5,51% por ano em 31 de dezembro de 2013; TJLP é a Taxa de Juros- de Longo Prazo fixada

trimestralmente pelo Banco Central, que era de 5,00% por ano em 31 de dezembro de 2013.

(2) Este item representa o valor total em aberto segundo os contratos de financiamento que celebramos com a Caixa Econômica Federal, que vencem em diferentes datas e incidem diferentes taxas de juros. Os números acima refletem uma série de vencimentos

e as taxas de juros médias ponderadas segundo esses contratos.

A tabela abaixo mostra o cronograma de vencimento de nossa dívida em 31 de dezembro de 2013, para

os períodos indicados (em milhões de reais):

2014 2015 2016 2017

2018

Após

2019 Total

Empréstimos e

financiamentos 640,9 1.019,4 995,8 717,7

836,6 5.239,7 9.450,1

A nossa dívida denominada em moeda estrangeira, no montante de R$2.766,1 milhões em 31 de

dezembro de 2013, líquido de custos de transação, estava denominada em dólares norte-americanos. Essa

dívida consistia basicamente de:

R$1.108,1 milhões (US$ 475,7 milhões) pertinente aos empréstimos denominado em dólares norte-

americanos tomado junto ao Banco Interamericano do Desenvolvimento – BID, sendo estes: (i) dois

empréstimos para o financiamento da primeira fase do Projeto Tietê em 1992 e outro para a segunda

fase em 2000; nos termos desses empréstimos, os pagamentos de principal são efetuados em

prestações semestrais com vencimento final em dezembro de 2016, dezembro de 2017 e julho de 2025,

respectivamente. O montante do principal deste empréstimo é reajustado semestralmente com base

na variação do dólar norte-americano e incorre em juros a uma taxa que varia entre 1,14% a 3,00%

mais a LIBOR; (ii) o empréstimo celebrado em setembro de 2010 com o BID para o financiamento

da terceira fase do Projeto Tiête. Este empréstimo tem vencimento final em 3 de setembro de 2035.

As amortizações serão em parcelas semestrais após um período de carência de seis anos. Sobre o

principal incidem juros à taxa LIBOR. Concedemos como garantia parte dos nossos recebíveis de

vendas e serviços até o montante devido;

R$87,1 milhões (US$ 37,3 milhões) (denominado em dólares norte-americanos) tomados junto

Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) celebrado em 28 de outubro de

2009, no valor de US$ 100 milhões, para financiar o Programa Mananciais. O empréstimo vence em

março de 2034, com amortizações semestrais do principal a partir de setembro de 2019. Sobre o

principal incidem juros à taxa LIBOR em dólares norte americanos mais um spread variável.

R$415,1milhões (US$178,2 milhões) em empréstimos denominados em dólares norte-americanos no

âmbito do financiamento “AB Loan” contratado junto ao BID, em maio de 2008. De acordo com os

termos desse empréstimo, os pagamentos de principal são efetuados em prestações anuais com

vencimento final em maio de 2023. O montante do principal é reajustado semestralmente de acordo

com a LIBOR mais spread e envolvem juros a uma taxa que varia entre 2,49% a 2,99%. Esse

empréstimo foi utilizado para amortizar uma série de títulos de dívida pública relacionados à

implementação do nosso plano de investimentos; e

R$1.141,3 milhões (US$490,0 milhões) em empréstimos denominados em dólares norte-americanos

decorrentes de Eurobonds emitidos em novembro de 2006 (US$140,0 milhões, com taxa de juros de

7,5%) e em dezembro de 2010 (US$350,0 milhões, com taxa de juros de 6,25%). Segundo estas

95

obrigações, os pagamentos de juros são feitos em parcelas semestrais e o principal será pago no final

do contrato com vencimentos finais em 2016 e 2020, respectivamente. Os recursos da oferta foram

utilizados para pagar compromissos financeiros ao longo de 2007 e 2011; e

R$925,3 milhões (¥41.504,2 milhões) relativos a empréstimos denominados em Ienes do Japão

contratados com a JICA, os quais estão assim compostos: (i) ¥21.320,0 milhões em empréstimos

denominados em Ienes do Japão, contratados em agosto de 2004 para o financiamento do programa

de recuperação ambiental da região metropolitana da Baixada Santista denominado “Programa Onda

Limpa”. Nos termos deste empréstimo, os pagamentos do principal são feitos em parcelas semestrais

com vencimento final em 2029. Os juros são computados a taxas variáveis entre 1,8% a 2,5% por

ano; (ii) ¥6.208 milhões em empréstimos denominados em Ienes do Japão, contratados com a JICA

em outubro de 2010 para o financiamento do programa de melhorias ambientais na bacia da represa

Billings como parte de nosso Programa Vida Nova. O contrato vence em outubro de 2035. Haverá

amortizações semestrais a partir de outubro de 2017, após sete anos de carência. Sobre o principal

incidem juros à taxa variando entre 0,01% a 1,2%; e (iii) ¥19.169 milhões em empréstimos

denominados em Ienes do Japão, contratados em fevereiro de 2011 para completar o financiamento

do primeiro estágio do Programa Onda Limpa, o empréstimo possui condições comerciais similares

ao empréstimo celebrado em agosto de 2004. Esses fundos serão utilizados na realização de obras e

serviços na região metropolitana da Baixada Santista. O contrato de crédito expira em 18 anos e os

juros variam entre 1,8% e 2,5% por ano, e (iv) em fevereiro de 2012 contratamos um empréstimo de

¥33.584 milhões denominado em Ienes do Japão para o financiamento Programa Corporativo de

Redução das Perdas de Água. O empréstimo vence em fevereiro de 2037. Haverá amortizações

semestrais a partir de fevereiro de 2019. Sobre o principal incidem juros a uma taxa que varia de

0,01% a 1,7%. O primeiro reembolso do Programa de Perda, no valor de ¥ 6 bilhões, ocorreu em

março de 2013.

Nossos empréstimos tomados junto a instituições multilaterais e com Agência do Governo, como o BID,

BIRD e JICA, foram no passado, e provavelmente serão no futuro, garantidos pelo governo federal e pelo

Estado. Não pagamos taxas por tais garantias. Nos termos de alguns contratos de financiamento celebrados

com o BID, BIRD e JICA, asseguramos ao governo federal uma contra garantia. Para mais informações

sobre os termos destes contratos de empréstimo, vide “Item 7”. B. Operações com Partes Relacionadas –

Garantias do Governo de Financiamento.

Nossa dívida doméstica em aberto era de R$5.751,5 milhões em 31 de dezembro de 2013 e consistia

primordialmente de empréstimos em Reais obtidos junto a bancos estaduais e federais, particularmente o

Banco do Brasil S.A., a Caixa Econômica Federal e o BNDES, bem como debêntures emitidas em novembro

de 2009, em junho de 2010, fevereiro de 2011, fevereiro de 2012, novembro de 2012, janeiro de 2013 e

outubro de 2013 as primeiras emissões de debêntures de nossa investida (Aquapolo) emitidas em agosto de

2011 e arrendamentos mercantis financeiros.

A seguir encontra-se um resumo dos nossos principais empréstimos obtidos junto a bancos estaduais e

federais:

Em março de 1994, celebramos um contrato de financiamento com o Banco do Brasil S.A., no valor

de R$2,3 bilhões. Amortizações do principal são feitas em 240 prestações mensais sucessivas, com

vencimento final em março de 2014. O montante do principal possui juros à taxa de juros diária do

governo mais 8,50% ao ano e correção monetária

de 1996 a 2013, celebramos diversos contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal,

cujas amortizações do principal são pagas em 60, 120, 180 ou 240 meses em parcelas mensais com

início 30 dias após do término do período de carência aplicável que varia de 14 a 48 meses a partir

da data da assinatura da linha de crédito. O vencimento final é em 2037. Sobre o montante do

principal incidem juros de 5,0% a 9,5%. As linhas de crédito são garantidas por (i) cobranças de

faturamentos diários de abastecimento de água e serviços de esgoto até o valor total da dívida, ou (ii)

por um plano de faturamento mensal que corresponde a um mínimo de três vezes a cobrança mensal,

dependendo dos termos da linha de crédito relevante.

96

Em novembro de 2007, celebramos um contrato de financiamento de R$129,9 milhões com o

BNDES. Amortizações de principal serão feitas em 96 parcelas mensais sucessivas, com

vencimento final em 2019. Sobre o montante principal incidem juros, porém limitados a 6,0% ao

ano mais 2,50% ao ano. Se a TJLP exceder 6% por ano, esse excedente será somado ao montante do

principal. O contrato de financiamento é garantido pelo faturamento proveniente da prestação de

serviços de água e esgoto;

Em maio de 2008, celebramos um contrato de financiamento com o BNDES contemplando um

montante de R$174,0 milhões. As amortizações do principal serão feitas em 150 prestações mensais

sucessivas, com vencimento final em 2023. Sobre o montante principal incidem juros com base na

TJLP, limitada a 6,0% ao ano, mais 2,15% ao ano. Se a TJLP exceder 6,0% ao ano, esse excedente

será somado ao montante do principal. O contrato de financiamento é garantido pelo faturamento

proveniente da prestação de serviços de água e esgoto;

Em março de 2010, celebramos um contrato de financiamento de R$294,3 milhões com o

BNDES. As amortizações do principal serão feitas em 156 prestações mensais sucessivas com início

30 dias após o término do período de carência de 24 meses - com vencimento final em

2025. Sobre o montante principal incidem juros com base na TJLP, limitada a 6,0% ao ano, mais

1,92% ao ano. Se a TJLP exceder 6,0% ao ano, esse excedente será somado ao montante do

principal. O contrato de financiamento é garantido pelo faturamento proveniente da prestação de

serviços de água e esgoto;

Em março de 2012, celebramos um contrato de financiamento de R$180,8 milhões com o

BNDES. As amortizações do principal serão feitas em 156 prestações mensais sucessivas com início

30 dias após o término do período de carência de 36 meses com vencimento final em 2027. Sobre

o montante principal incidem juros com base na TJLP, limitada a 6,0% ao ano, mais 1,72% ao

ano. Se a TJLP exceder 6,0% ao ano, esse excedente será somado ao montante do principal. O

contrato de financiamento é parcialmente garantido pelo faturamento proveniente da prestação de

serviços de água e esgoto;

Em fevereiro de 2013, celebramos um contrato de financiamento de R$1,3 bilhão com o BNDES. A

amortização do principal será feita em 144 parcelas mensais e sucessivas a partir de 30 dias após o

período de carência de 36 meses, com o vencimento final em 2028. O valor do principal incide juros

à TJLP, mas é limitado a 6,0% ao ano, mais um anual de 1,66%. Se a TJLP for superior a 6,0% ao

ano, tal excesso será adicionado ao valor do principal. O contrato de financiamento é parcialmente

garantido pelo faturamento proveniente da prestação de serviços de água e esgoto;

Em dezembro de 2013, firmamos um contrato de financiamento de R$415,8 milhões com o BNDES.

O principal será amortizado em até 108 parcelas mensais e sucessivas a partir de 30 dias após o

período de carência de 36 meses, com vencimento final em 2025. O principal comporta juros a TJLP,

mas é limitado a 6,0% ao ano, mais um anual de 1,66%. Se TJLP for superior a 6,0% ao ano, tal

excedente será adicionado ao valor do principal. O contrato de financiamento é parcialmente

garantido pelo faturamento proveniente da prestação de serviços de água e esgoto; e

Em 2011, contratamos operações de arrendamento mercantil no montante total de R$49,6 milhões

com certos empreiteiros para fins de construção da infraestrutura em terrenos que nos pertencem.

Durante a fase de construção, reconhecemos ao valor justo os ativos intangíveis e as correspondentes

obrigações relativas ao arrendamento. Na conclusão da obra, que está programada para ocorrer entre

2014 e 2015, começaremos a pagar as 240 parcelas pelo arrendamento da infraestrutura e o valor dos

pagamentos será atualizado conforme contratado. Em 13 de agosto de 2013, SES Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista começaram operações e o valor correspondente em 31 de dezembro de

2013 era de R$144.384 milhões.

No âmbito do programa do BNDES, no valor de R$826,1 milhões, realizamos três emissões de

debêntures. Em novembro de 2009, realizamos nossa 10ª emissão de debêntures no valor total do principal de

R$275,4 milhões. As debêntures são divididas em três séries: a primeira e a terceira séries vencerão em

novembro de 2020 e a segunda em dezembro de 2020. Sobre as debêntures da primeira e da terceira séries,

97

no valor total do principal de R$77,1 milhões e R$115,7 milhões, respectivamente, incidem juros de 1,92% ao

ano mais a TJLP. Se a TJLP exceder 6,0% ao ano, esse excedente será somado ao montante do

principal. Sobre as debêntures da segunda série no valor total do principal totalizam R$82,6 milhões incidem

juros com base no índice IPCA mais 9,53% ao ano. Esta emissão foi integralmente subscrita pelo

BNDES. Em fevereiro de 2011, emitimos nossa 14ª debênture, a segunda das três previstas, também subscrita

exclusivamente pelo BNDES. Essas debêntures são divididas em três séries: a primeira e a terceira série

vencerão em fevereiro de 2022 e a segunda série vencerá em março de 2022. As debêntures da primeira e da

terceira séries, no valor total do principal de R$77,1 milhões e R$115,7 milhões, respectivamente, possuem

juros de 1,92% ao ano mais a TJLP. Se a TJLP exceder 6,0% ao ano, esse excedente será somado ao montante

do principal. As debêntures da segunda série no valor total do principal totalizam R$82,6 milhões e

comportam juros com base no índice IPCA mais 9,20% ao ano. Em outubro de 2013, emitimos nossa 18ª

debênture, a terceira das três previstas, também subscrita exclusivamente pelo BNDES. Essas debêntures são

divididas em três séries: a primeira e a terceira séries vencerão em outubro de 2024 e a segunda série vencerá

em novembr de 2024. As debêntures da primeira e da terceira séries, no valor total do principal de R$77,1

milhões e R$115,7 milhões, respectivamente, possuem juros de 1,92% ao ano mais a TJLP. Se a TJLP

exceder 6,0% ao ano, esse excedente será somado ao montante do principal. As debêntures da segunda série

no valor total do principal totalizam R$82,6 milhões e comportam juros com base no índice IPCA mais 8,26%

ao ano. Em dezembro de 2013 o BNDES subscreveu a primeira e a segunda séries. A terceira série será

subscrita em 2015. Os recursos captados nas três emissões foram utilizados para investimentos

primordialmente no Programa Corporativo de Redução de Perdas de Água e em melhorias e reformas da

estação de tratamento de água de Rio Grande, incluindo outros projetos para sistemas de abastecimento de

água e coleta de esgoto nas regiões do Litoral Norte de São Paulo, Vale do Paraíba e Mantiqueira.

Além disso, em junho de 2010, emitimos 500.000 debêntures para o Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço - FGTS, com base no programa do FGTS de financiamento de empresas dos setores de saneamento,

transporte e imobiliário (nossa décima segunda emissão). As debêntures possuem juros baseados na TR mais

9,5% ao ano e vencerão em junho de 2025. As debêntures têm um período de carência de quatro anos com

relação a pagamentos, e poderemos de resgatar os debêntures que se iniciam em julho de 2014. Aplicamos os

recursos da décima segunda emissão ao financiamento de uma parte do nosso plano de investimento dos

sistemas de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

Em agosto de 2011, a entidade Aquapolo emitiu 326,732 debêntures, registradas como primeira emissão

de debêntures simples não conversíveis, em uma única série no valor principal total de R$326,7 milhões. As

debêntures vencerão em agosto de 2029 e possuem juros, pagos mensalmente, com base na TR mais 8,75% ao

ano. Os recursos da primeira emissão foram usados para construir a estação e infraestrutura da Aquapolo para

tratamento de água industrial deste polo petroquímico e industrial no município de Mauá.

Em fevereiro de 2012, emitimos nossa décima quinta debênture em duas séries no montante total do

principal de R$771,0 milhões. As primeira e segunda séries vencerão em fevereiro de 2017 e 2019,

respectivamente. As debêntures da primeira série (no valor total do principal totalizam R$287,3 milhões)

possuem juros a uma taxa com base no CDI mais 0,99% ao ano. A segunda série (no montante total do

principal de R$483,7 milhões) comporta juros com base no índice IPCA mais 6,2% ao ano. Os recursos

líquidos foram utilizados para pagar compromissos financeiros em 2012, incluindo o resgate antecipado de

nossa décima terceira emissão de debêntures.

Em novembro de 2012, realizamos nossa 16ª emissão de debêntures no valor de R$500 milhões, com

data de vencimento para novembro de 2015 e possuem juros trimestrais a uma taxa de juros entre 0,30% e

0,7% ao ano mais a taxa do CDI. Os recursos desta emissão foram usados para pagar os compromissos

financeiros da Companhia para 2012 e 2013.

Em janeiro de 2013, realizamos nossa décima sétima emissão de debêntures, no valor de R$1 bilhão em

três séries, a primeira no valor de R$424,7 milhões com prazo de vencimento para janeiro de 2018 e possuem

uma taxa de juros de 0,75% ao ano mais a taxa do CDI; a segunda no valor de R$395,2 milhões, com prazo de

vencimento para janeiro de 2020 e possuem uma taxa de juros de 4,50% ao ano mais a variação do IPCA; e a

terceira no valor de R$180,1 milhões, com prazo de vencimento para janeiro de 2023 e possuem uma taxa de

juros de 4,75% ao ano mais a variação do IPCA. Os recursos destas emissões foram usados para pagar

nossos compromissos financeiros para 2013.

98

Em março de 2013, efetuamos os pagamentos de amortização de primeira e segunda séries e o resgate

antecipado do saldo remanescente da primeira série da 11ª emissão de debêntures. O vencimento desta

emissão estava programado para março de 2015.

Parte da dívida denominada em Reais está indexada à inflação. Nessas dívidas, os contratos preveem

reajustes inflacionários dos seus respectivos montantes de principal, sendo a inflação determinada pela

variação do IPCA (maior parte) ou IPC.

Compromissos Financeiros – “Covenants”

Estamos sujeitos a compromissos financeiros (“covenants”) previstos nos contratos que evidenciam ou

regem nosso endividamento em aberto.

Endividamento em moeda estrangeira

Em relação à nossa dívida em dólares norte-americanos, estamos sujeitos a compromissos financeiros

que incluem, sem limitação, aqueles que estão previstos nos contratos de financiamento celebrados com o

BID. Cada um desses contratos contém, entre outras disposições, limitações à nossa capacidade de incorrer

em dívidas. Os covenants financeiros relacionados aos contratos de empréstimos 713, 896 e 1212 consideram

que Tarifas devem: (a) produzir receitas suficientes para cobrir as despesas operacionais do sistema, incluindo

despesas administrativas, operacionais, de manutenção e depreciação; (b) fornecer retorno sobre os valores do

balanço patrimonial do ativo fixo acima de 7% e (c) durante a execução do projeto, os saldos de empréstimos

de curto prazo não devem exceder 8,5% do patrimônio total. Estes contratos possuem uma cláusula de cross

default com IADB. Os covenants financeiros relacionados aos contratos de empréstimos AB (1983AB)

consideram a razão de cobertura de serviços de dívida da Companhia, que deve ser maior ou iguais a

2,35:1,00; e a dívida total reajustada sobre EBITDA, determinada de forma consolidada, que deve ser menor

ou igual a 3,65:1,00. O presente contrato possui uma cláusula de inadimplência cruzada, Vide nota 15 de

nossas Demonstrações Financeiras.

As disposições relativas às nossas notas promissórias no valor de US$140,0 milhões a 7,5% com

vencimento em 2016 e US$350,0 milhões a 6,25% com vencimento em 2020 proíbem, com certas exceções, o

endividamento adicional quando: (i) o quociente entre a Dívida Total Ajustada e o EBITDA Ajustado

(conforme definido nas disposições em questão), for superior a 3,65:1,00, ou (ii) o Coeficiente de Cobertura

dos Serviços da Dívida (conforme descrito nas disposições em questão) for inferior a 2,35:1,00. O contrato

possui uma cláusula de inadimplência cruzada. O presente contrato possui uma cláusula de inadimplência

cruzada, ou seja, o vencimento antecipado de qualquer endividamento por empréstimos da Companhia ou

qualquer de suas Subsidiárias tendo um valor de principal total de US$25,0 milhões ou mais (ou valor

equivalente em outras moedas) implicará em vencimento antecipado deste contrato. Vide Nota 15 de nossas

Demonstrações Financeiras.

Não acreditamos que tais compromissos serão obstáculos à nossa capacidade de financiar nosso plano de

investimento ou, mais genericamente, de desenvolver nossas atividades e melhorar nosso desempenho

financeiro.

Endividamento na moeda local

Com relação a nossas dívidas pendentes em reais, celebramos diversos contratos de crédito com o

BNDES que exigem que mantenhamos (i) EBITDA Ajustado/ receita operacional líquida ajustada igual ou

superior a 38%; (ii) EBITDA Ajustado/despesas financeiras ajustada igual ou superior a 2,35:1,00; e (iii)

Dívida líquida ajustada/EBITDA Ajustado igual ou inferior a 3,65:1,00.

Além disso, todos os nossos contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal e a maioria de

nossos contratos de financiamento com o BNDES estão sujeitos a um Acordo de Melhoria de Desempenho.

O Acordo de Melhoria de Desempenho, ou AMD, datado de 28 de maio de 2007, e alterado em agosto de

2012, foi celebrado entre o governo federal e a nossa empresa, sendo a Caixa Econômica Federal e o BNDES

as partes intervenientes. De acordo com este contrato, devemos cumprir com pelo menos quatro de oito

indicadores operacionais e financeiros anos estipulados para o período de 2012 a 2016. Se deixarmos de

99

cumprir qualquer desses indicadores, a Caixa Econômica Federal e o BNDES podem suspender nossas linhas

de crédito e nós seremos impedidos de celebrar quaisquer outros contratos de financiamento com essas

instituições. No entanto, nós podemos renegociar os indicadores, se necessário. Em março de 2013, o

Ministério das Cidade revogou a instrução normativa que regulamentava os AMDs. De acordo com esta

instrução, os AMDs assinados até 14 de março de 2013 permanecerão válidos até a data de expiração de suas

respectivas vigências, não sendo necessário a celebração ou repactuação de AMD para as novas contratações.

Nosso contrato de financiamento com o governo federal e o Banco do Brasil S.A e nossos contratos de

crédito com a Caixa Econômica Federal não possuem compromissos financeiros substanciais. O contrato com

a Caixa Econômica Federal possui uma cláusula de inadimplência cruzada. Vide Nota 15 de nossas

Demonstrações Financeiras.

Quanto às nossas debêntures em circulação, os termos da 12ª emissão determinam que mantenhamos um

coeficiente de dívida corrente reajustado (ativos circulantes divididos por passivo circulante, excluindo do

passivo circulante a parcela atual das dívidas não correntes incorridas pela Companhia que são registradas no

passivo circulante) - superior a 1,0:1,0 e um quociente entre o EBITDA e os dispêndios financeiros igual ou

superior a 1,5:1,0. Esta emissão tem uma cláusula de inadimplência cruzada. Vide Nota 15 de nossas

demonstrações financeiras.

A décima, décima quarta e décima oitava emissões exigem que mantenhamos (i) uma relação EBITDA

ajustado / receita operacional líquida ajustada igual ou superior a 38%, (ii) uma relação EBITDA ajustado /

despesas financeiras ajustadas igual ou superior a 2,35:1,0, e (iii ) uma relação dívida líquida ajustada /

EBITDA ajustado igual ou superior a 3,65:1,0. Estas emissões têm uma cláusula de inadimplência cruzada.

Veja a Nota 15de nossas demonstrações financeiras.

A 15ª e a 17ª emissão exigem que mantenhamos (i) um quociente entre o EBITDA e pagamento de

despesas financeiras igual ou superior a 1,5:1,0 e (ii) um quociente entre o EBITDA e a dívida total ajustado e

o EBITDA igual ou inferior a 3,65:1,0. Estas emissões possuem uma cláusula de inadimplência cruzada. O

presente contrato possui uma cláusula de inadimplência cruzada. Vide Nota 15 de nossas Demonstrações

Financeiras.

A tabela abaixo mostra as cláusulas mais restritivas em comparação com nossos índices atuais em 31 de

dezembro de 2013.

Cláusulas Restritivas Índice em 31 de

Dezembro de 2013

EBITDA Ajustado/Receita Operacional

Líquida Ajustada

Igual ou maior que 38% 45%

EBITDA Ajustado/Despesa Financeira

Ajustada

Igual ou maior que 2.35:1.00 7,51:1,00

Dívida Líquida Ajustada/EBITDA Ajustado Igual ou menor que 3.65:1.00 2,32:1,00

Quociente de Liquidez Ajustado Maior 1.0:1.0 1,32:1,00

EBITDA/Despesa Financeira Paga Igual ou maior que 1.5:1.0 6,56:1,00

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, nós estávamos em conformidade com todos os requisitos estabelecidos

em seus contratos de empréstimo e financiamento.

Necessidades de Capital

Temos e esperamos continuar a ter liquidez substancial e recursos de capital. Tais necessidades incluem

obrigações do serviço da dívida, investimentos para manter, melhorar e expandir nossos sistemas de água e

esgotos, e pagamentos de dividendos e outras distribuições aos nossos acionistas, incluindo o Estado.

100

Investimentos

Historicamente, financiamos e planejamos continuar financiando nossos investimentos com recursos

gerados por operações e com financiamentos - de longo prazo obtidos junto a agências multilaterais e bancos

de desenvolvimento nacionais e internacionais. Geralmente incluímos no nosso plano de investimentos para

o ano seguinte o montante de investimentos que não foi realizado no ano anterior. Em 2013, registramos

R$2,7 bilhões para melhoria e expansão da nossa infraestrutura do tratamento de água e esgoto, e proteger

nossa fonte de água para atender a crescente demanda por serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo.

Já incluímos investimentos no valor de aproximadamente R$12,8 bilhões no orçamento de 2014 até 2018.

Veja Informações da Sociedade – Histórico e Desenvolvimento da Sociedade – Plano de Investimento”.

Distribuições de Dividendos

Somos obrigados por nosso estatuto a distribuir dividendos, o que pode ser feito através do pagamento

de juros sobre o capital próprio aos nossos acionistas em valor igual ou superior a 25% dos montantes

disponíveis para fins de distribuição. Nós declaramos dividendos totais de R$537,5 milhões, R$534,3

milhões, R$578,7 milhões, em 2013, 2012 e 2011, respectivamente. Vide “Item 7.B. Operações com Partes

Relacionadas – Dividendos.”

C. Pesquisa e Desenvolvimento, Patentes e Licenças, Etc.

Nossa política é a de investir continuamente na modernização dos nossos equipamentos e na tecnologia

necessária para identificar, avaliar e aprimorar nossa prestação de serviços de saneamento básico, ao mesmo

tempo promovendo a proteção do meio ambiente e mantendo nossa competitividade e rentabilidade. Nossa

atividade de pesquisa e desenvolvimento está dividida em comitês, em função da estratégia e da

complexidade das questões. Em 2013, 2012 e 2011, investimos R$6,4 milhões, R$6,3 milhões, R$3,2

milhões, respectivamente, em pesquisa e desenvolvimento.

Com vistas a avançar o desenvolvimento de nossos planos de expansão, criamos uma nova divisão de

pesquisa, desenvolvimento de tecnologia e inovação em maio de 2010. Entre outras iniciativas, a nova divisão

é responsável por monitorar as tendências tecnológicas, definir nossa carteira de projetos de pesquisa, obter

recursos de agências de desenvolvimento, desenvolver uma política de proteção de propriedade intelectual e

estabelecer contratos de cooperação para o desenvolvimento de pesquisas que são de nosso interesse. A nova

divisão também nos permitirá uma melhora na qualidade de nossos procedimentos e carteira de tecnologia.

Em relação à nossa parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, ou a

FAPESP para desenvolver e apoiar projetos de pesquisa envolvendo pesquisadores de escolas de pós-

graduação, o estado de São Paulo e nossos funcionários. Esta parceria prevê R$50 milhões em incentivos, a

serem pagos igualmente por cada uma das duas instituições. No âmbito desta parceria, foram aprovados 12

projetos e nove deles estão em andamento. Eles estão relacionados com: (i) o desenvolvimento de tecnologia

relacionada ao uso de membranas de filtragem em tratamento de água e esgoto; (ii) alternativas para o

tratamento, eliminação da lama e uso em estações de tratamento de água e esgoto; (iii) novas tecnologias para

a implantação, operação e manutenção de sistemas de distribuição de água e coleta de esgoto, (iv) novas

tecnologias para melhorar os processos de operações unitárias; (v) monitoramento da qualidade de água; (vi)

eficiência energética; e (vii) economia sanitária.

Em maio de 2013, lançamos uma segunda fase do nosso contrato com a Fundação de Pesquisa de São

Paulo. Nesta segunda fase, as sete linhas de pesquisa foram definidas com maior detalhe, a fim de contemplar

precisamente as nossas necessidades. Nesta fase, 37 propostas foram apresentadas, e a Fundação de Pesquisa

de São Paulo está atualmente analisando essas propostas com relação aos seus méritos científicos e técnicos.

Nós também estamos pleiteando financiamento garantido para o projeto “Sabesp - Inovações

Tecnológicas para o Setor de Saneamento” da Agência Brasileira de Inovação – FINEP. O programa “FINEP

Inova Brasil” pretende apoiar os planos de empresas brasileiras para o investimento estratégico na inovação.

Estes planos devem detalhar as metas e objetivos para o período durante o qual receberão financiamento, nos

termos do “Plano Brasil Maior – PBM”, do Governo Federal. Nosso projeto é avaliado em aproximadamente

101

R$90 milhões. Este projeto consiste em cinco partes como segue: (i) sistema de coleta a vácuo e remoção de

esgotos; (ii) sistema de produção de água reutilizada em usos urbanos e industriais; (iii) unidades de

biofiltração para controle de odor; (iv) secador de lodo com base em radiação de energia solar para as

estações de tratamento de esgoto – Estação de Tratamento de Esgoto de Franca; e (v) sistema de gaseificação

de plasma para resíduos sólidos de estações de tratamento de esgoto.

Iniciamos também uma parceria com o Instituto Fraunhofer, da Alemanha em 2011, a fim de obter

biometano a partir do processo de tratamento de esgoto para ser usado como combustível para carros. No

segundo semestre de 2014, o sistema começará a abastecer uma frota de 49 carros, em substituição à gasolina,

um teste de 3 anos. Este projeto contribuirá para reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. Estamos

investindo R$900 mil neste sistema enquanto nosso parceiro alemão está investindo R$5,1 milhões.

Em busca da eficiência energética em nossas operações, projetamos um equipamento para calcular a

dosagem correta de oxigênio a ser usada em difusores de ar, que são utilizados no processo de tratamento de

esgoto. O projeto visa também a encontrar o melhor momento para limpeza e substituição destes dispositivos.

Além disso, desenvolvemos biofiltros personalizados feitos para reduzir o odor das estações de

elevatórias de esgoto e estações de tratamento de esgoto.

D. Informações sobre Tendências

Diversos fatores podem afetar nossos resultados operacionais, liquidez e recursos de capital, inclusive:

os interesses de nosso acionista controlador;

regulamentos emitidos pela ARSESP relativos a diversos aspectos de nossos negócios, inclusive à

nossa capacidade de ajustar nossas tarifas e a competência do Estado e dos municípios para gerir

seus negócios de saneamento;

a situação econômica do Brasil;

condições meteorológicas;

os efeitos de quaisquer agitações financeiras internacionais contínuas que possam afetar a liquidez

nos mercados de empréstimo e de capital do Brasil;

os efeitos de alterações futuras na Lei de Saneamento Básico bem como os efeitos que a sua

interpretação possam causar no setor de saneamento básico no Brasil e em nós;

os efeitos da inflação em nossos resultados operacionais;

os efeitos de flutuações no valor do real e nas taxas de juros sobre nossa receita líquida de juros;

os efeitos da revisão tarifária realizada pela ARSESP;

a renovação de nossos contratos de concessão; e

decisões pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) e da

Agência Nacional de Águas (ANA) limitando o volume captação de água do sistema de água que

utilizamos para abastecer a região metropolitana e as medidas que possam ser tomadas para

assegurar o fornecimento de água para nossos clientes;

os impactos do programa de incentivo a redução de consumo de água no nosso negócio e outras

medidas que nós poderemos ser obrigados a tomar até que o nível dos nossos reservatórios seja

normalizado e suficiente para atender os consumidores da Região Metropolitana de São Paulo; e

a formalização de contratos com determinados municípios que atendemos.

102

Cada um desses fatores é descrito mais detalhadamente em “5.A. Análise e Perspectivas Operacionais e

Financeiras.”

Além disso, o investidor deve consultar “3.D. Fatores de Riscos” para uma discussão dos riscos que

enfrentamos em nossas operações comerciais, os riscos que pode afetar nossas atividades, resultados

operacionais ou situação financeira.

E. Acordos Não Registrados no Balanço Patrimonial

Não tínhamos quaisquer ajustes fora do balanço em 31 de dezembro de 2013.

F. Divulgação de Obrigações Contratuais

Nossas obrigações do serviço da dívida e outras obrigações contratuais em 31 de dezembro de 2013

eram as seguintes:

Menos de

1 ano 1-3 anos 3-5 anos

Mais de 5

anos Total

(em milhões de reais)

Empréstimos e financiamentos ...................... 640,9 2.015,1 1.554,3 5.239,7 9.450,0

Pagamentos estimados de juros(1)

................. 545,9 989,0 757,6 1.620,9 3.913,4

Obrigações operacional e de

arrendamento mercantil(2)

............................. 48,6 147,6 238,7 2.301,1 2.736,0

Alto Tietê PPP ............................................... 93,8 202,2 199,9 534,2 1.030,1

Obrigações de compra(3)

............................... 2.619,0 2.499,7 175,2 5.971,5 11.265,3

Total .............................................................. 3.948,2 5.853,6 2.925,7 15.667,4 28.394,9 ______________

(1) Pagamentos estimados de juros sobre empréstimos e financiamentos foram determinados levando em consideração as taxas de juros

em 31 de dezembro de 2013. Todavia, nossos empréstimos e financiamentos estão sujeitos a taxas de juros variáveis e a

flutuações cambiais e tais pagamentos estimados de juros podem diferir significativamente dos pagamentos efetivamente realizados.As obrigações com empréstimos e financiamentos possuem cláusulas de cross default

(2) Inclui obrigações de arrendamento financeiro que são garantidas por parte dos faturamentos provenientes da prestação de serviços

de água e esgoto anteriores.

(3) As obrigações de compra são as obrigações contratuais de investimentos e despesas e considerações dos reajustes inflacionários

estimados para cada exercício.

Acreditamos que podemos cumprir o cronograma de vencimentos através de uma combinação de

recursos gerados pelas nossas operações, os proventos líquidos das novas emissões de títulos de dívida nos

mercados de capitais brasileiros e internacionais e empréstimos adicionais tomados junto a credores nacionais

e estrangeiros. Nossos empréstimos tomados não são afetados por sazonalidade. Para informações acerca

das taxas de juros incidentes sobre o nosso endividamento em aberto em 31 de dezembro de 2013, vide Nota

15 de nossas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012 e para os exercícios findo em 31

de dezembro de 2013, 2012 e 2011, incluída em outra parte deste relatório anual.

ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS

A. Conselheiros e Diretoria

De acordo com nosso estatuto social e a Lei das Sociedades por Ações, somos administrados por um

Conselho de Administração composto atualmente por oito conselheiros e por uma Diretoria composta

atualmente por seis diretores executivos.

Na qualidade de nosso acionista controlador, o Estado de São Paulo tem poderes para eleger a maioria

dos membros de nosso Conselho de Administração e, portanto, controlar nossas orientações e nossas futuras

operações. Historicamente, quando da eleição de um novo governador estadual e, por conseguinte, de

mudanças na administração do governo do Estado de São Paulo, todos ou alguns dos membros do Conselho

de Administração, incluindo o Presidente, têm sido substituídos por pessoas indicadas pela nova

103

administração. O Conselho de Administração poderá, por sua vez, substituir alguns ou todos os diretores

executivos. Vide “Item 3.D—Fatores de Risco―Riscos Relacionados ao Nosso Controle pelo Estado de São

Paulo―Somos controlados pelo Estado de São Paulo, cujos interesses podem divergir dos nossos e dos

interesses dos acionistas minoritários, incluindo os detentores de ADR”.

Conselho de Administração

Nosso Estatuto Social prevê que nosso Conselho de Administração terá no mínimo cinco e no máximo 15

membros. Os membros do Conselho de Administração são eleitos pela Assembleia Geral Ordinária, para

mandato de dois anos-, sendo permitida a reeleição. Em conformidade com nosso Estatuto Social, nossos

empregados têm a opção de eleger um membro do nosso Conselho de Administração. Atualmente, não há em

nosso Conselho de Administração um conselheiro nomeado pelos empregados. Ademais, de acordo com a Lei

nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) e emendas, no mínimo um membro do

Conselho de Administração de sociedades de economia mista, tais como a nossa, deve ser nomeado por

nossos acionistas minoritários. Finalmente, de acordo com o Regulamento do Novo Mercado, pelo menos

20% do Conselho de Administração devem ser formados por conselheiros independentes.

Seis dos atuais membros do nosso Conselho de Administração, Dilma Seli Pena, Walter Tesch, Alberto

Goldman, Jerônimo Antunes, Reinaldo Guerreiro e Alexander Bialer foram eleitos na Assembleia Geral

Ordinária realizada em 23 de abril de 2012. O conselheiros, Claudia Polto da Cunha e Francisco Vidal Luna

foram eleitos na assembleia geral de acionistas realizada em 22 de abril de 2013. O mandato de todos os

conselheiros terminará com a eleição de membros para o novo mandato na assembleia geral de acionistas a

ser realizada em 30 de abril de 2014. Atualmente, temos quatro conselheiros considerados independentes de

acordo com o regulamento do Novo Mercado.

Nosso Conselho de Administração reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês, ou quando convocado

pela maioria dos conselheiros ou pelo Presidente. Suas atribuições incluem o estabelecimento das políticas e

da orientação genérica de nossos negócios, assim como a nomeação e a supervisão dos nossos diretores

executivos.

A seguir constam os nomes, as idades, os cargos, datas da eleição e uma breve biografia dos atuais

membros do nosso Conselho de Administração:

Conselheiro Idade Cargo Ocupado Data da Eleição

Alberto Goldman.................................. 76 Presidente 23 de abril de 2012

Claudia Polto da Cunha………………. 46 Conselheiro 22 de abril de 2013

Dilma Seli Pena..................................... 64 Conselheiro 23 de abril de 2012

Walter Tesch......................................... 70 Conselheiro 23 de abril de 2012

Jerônimo Antunes................................. 58 Conselheiro Independente* 23 de abril de 2012

Reinaldo Guerreiro............................... 61 Conselheiro Independente* 23 de abril de 2012

Francisco Vidal Luna………………… 67 Conselheiro Independente* 22 de abril de 2013

Alexander Bialer................................... 67 Conselheiro Independente* 23 de abril de 2012

______________

* Esses Conselheiros cumprem a exigência de Conselheiros Independentes determinada pelo Regulamento do Novo Mercado.

Alberto Goldman. O Sr. Goldman tem atuado como presidente suplente do nosso conselho de

administração desde 27 de março de 2014, quando substituiu Edson de Oliveira Giriboni, nosso presidente de

abril de 2011 a março de 2014. O Sr. Goldman é membro de nosso conselho desde abril de 2011. É graduado

em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. O Sr. Goldman foi vice-

governador - de São Paulo de janeiro de 2007 a março de 2010 e governador de São Paulo de abril a

dezembro de 2010. Ele foi membro de nosso conselho de administração de abril de 2009 a março de

2010. Ele também foi Secretário de Estado do Desenvolvimento (atualmente, Departamento Estadual de

Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia) de janeiro de 2007 a fevereiro de 2009, Deputado Estadual por dois

mandatos e Deputado Federal por seis mandatos. O Sr. Goldman foi presidente da Comissão Mista de

104

Orçamento em 2000 e relator da Lei Geral de Telecomunicações. Ele foi Secretário Especial de Estado de

Coordenação de Programa em 1987 e de Administração entre 1988 e 1990. O Sr. Goldman atuou como

Ministro dos Transportes entre 1992 e 1994.

Claudia Polto da Cunha. A Sra. Cunha é membro de nosso conselho de administração desde abril de

2013. Ela é formada em direito e possui mestrado em Direito Público pela Faculdade de Direito da

Universidade São Paulo, USP. Ela é procuradora o Estado de São Paulo desde 2001, atuando como Diretora

para Assuntos Societários para a Companhia Paulista de Parcerias e Secretaria Executiva no Conselho de

Defesa dos Capitais do Estado, desde 2006. A Sra. Cunha é membro do conselho de administração na

Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e membro do Conselho Fiscal na Companhia de

Desenvolvimento Habitacional e Urbano. Ela era membro do conselho de administração da Companhia do

Metropolitano de São Paulo, membro do Conselho Fiscal da Rede Ferroviária Federal, assim como membro

da Junta Diretora da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor.

Dilma Seli Pena. A Sra. Dilma Pena é membro de nosso conselho de administração desde janeiro de

2007 e nossa Diretora-Presidente desde janeiro de 2011. Ela possui mestrado em Administração Pública

pela FGV e é formada em Geografia pela Universidade de Brasília. Em 1976, a Sra. Pena iniciou sua

carreira de servidora pública trabalhando no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ou IPEA. Ela foi

diretora da divisão de saneamento da Secretaria de Política de Saneamento Urbano, diretora da divisão de

investimentos estratégicos do Ministério de Planejamento e diretora da Agência Nacional de Águas. A

Sra. Pena foi secretária adjunta da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo. Foi

também membro efetivo do Conselho Ambiental da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. De

2007 a 2011, a Sra. Pena foi responsável pela Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos

(anteriormente conhecida como Secretaria Estadual de Saneamento e Energia) e foi presidente do Conselho

de Administração da EMAE e da CESP, empresas estatais do Estado de São Paulo. A Sra. Pena é autora de

diversos artigos, textos e livros nas áreas de saneamento, recursos hídricos e planejamento.

Walter Tesch. O Sr. Tesch é membro de nosso conselho de administração desde abril de 2011. Ele é

graduado em sociologia pela Universidade do Uruguai e possui mestrado em ciências sociais pela Pontifícia

Universidade Católica do Peru. O Sr. Tesch trabalhou no Peru, Venezuela e em diversos países da América

Latina. Entre 2005 e 2008, atuou como chefe do distrito administrativo de Parelheiros, uma região de

mananciais da cidade de São Paulo, e até 2010 foi Secretário Executivo adjunto da operação de Defesa das

Águas, um acordo entre os governos do município e do Estado de São Paulo. O Sr. Tesch também é o autor

de livros sobre cooperativismo e recursos hídricos na cidade de São Paulo.

Jerônimo Antunes. O Sr. Antunes é membro do nosso Conselho de Administração e coordenador do

Comitê de Auditoria desde abril de 2008. Ele possui mestrado e é PhD em Contabilidade e Controladoria

pela Universidade de São Paulo e graduado em Administração de Empresas e Contabilidade. O Sr.

Antunes é contador independente e consultor em contabilidade e finanças corporativas desde 1977. É

professor da FEA-USP - desde 1999, professor de diversos cursos de MBA da Fundação Instituto de

Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, ou FIPECAFI desde 2000, da FEA-USP, desde 2000 e da FIA –

Fundação Instituto de Administração desde 2006, entre outras instituições. Sr. Antunes atua como auditor

independente desde 1977, e especialista em exames de contabilidade, e presidente do Conselho Fiscal da

Desenvolve SP desde maio de 2013. É membro do IBGC e foi diretor executivo da IPECAFI, IBRACON e

ANEFAC.

Reinaldo Guerreiro. O Sr. Guerreiro é membro do nosso Conselho de Administração desde janeiro de

2007. Ele é Ph.D em Contabilidade e Controladoria, possui mestrado em Contabilidade e Controladoria e

graduou-se em Ciências Contábeis, tudo pela FEA--USP. Atualmente, o Sr. Guerreiro é professor titular e

Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo-. É autor

dos livros “A meta da empresa, seu alcance sem mistérios”, “Gestão do lucro”, “Estruturação de sistemas de

custos para gestão de rentabilidade” e coautor dos livros “Controladoria uma abordagem de gestão

econômica” e “Contabilidade gerencial”. É pesquisador do CNPQ, autor de diversos livros de contabilidade

gerencial, tendo publicado diversos artigos científicos em revistas nacionais e internacionais. É consultor

especializado em gestão financeira. Trabalhou em vários projetos nas áreas de gestão financeira, custos,

orçamentos e sistemas de informação em diversas empresas, como Banco do Brasil, Caixa Econômica

Federal, Previ e para o Governo de São Paulo – GESP.

105

Francisco Vidal Luna. O Sr. Luna é membro de nosso conselho de administração desde abril de 2013.

Ele possui doutorado em Economia pela Faculdade de Economia e Administração e Contabilidade da

Universidade de São Paulo. Professor aposentado pela FEA-USP. No setor público, prestou serviços como

Secretário de Planejamento na cidade de São Paulo. Ele também trabalhou na Secretaria de Fazenda do

Estado de São Paulo e Agência Federal de Planejamento, entre outras funções. No setor privado, o Sr. Luna

foi Presidente do Conselho e Presidente do Banco Inter American S.A. No nível governamental, ele prestou

serviços como membro do conselho de consultoria da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste –

Sudene, membro do conselho de administração do BNDES; superintendente do Instituto de Planejamento da

Agência Federal de Planejamento, Secretaria Especial para Assuntos Econômicos da Agência Federal de

Planejamento. No nível estadual, o Sr. Luna também foi Presidente do Conselho de Consultoria para a divisão

de Assuntos Econômicos da Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo e secretário executivo do

Conselho de Coordenação Financeira de São Paulo. Atualmente, o Sr. Luna é membro do conselho de

administração e do comitê de auditoria do Desenvolve SP, presidente do Conselho de Administração da

IDBRASIL e do Museu Afro-Brasileiro, membro da Junta Diretora da Fundação Padre Anchieta e membro do

conselho de consultoria da Fundação Faculdade de Medicina – FFM.

Alexander Bialer. O Sr. Bialer é membro do nosso Conselho de Administração desde abril de 2003 como

representantes dos acionistas minoritários. Graduou-se em Engenharia Mecânica pelo Instituto Tecnológico

da Aeronáutica—ITA, com especialização em Administração de Sistemas pela FGV. O Sr. Bialer é membro

do Conselho de Administração da AVIANCA e Andritz Hydro Inepar. Ele fez parte do conselho da Pacific

Rubiales e ROMI Além disso, o Sr. Bialer foi diretor de desenvolvimento de novos negócios da General

Electrics do Brasil e da América Latina, tendo se aposentado em 2002. Ele também colaborou com as

empresas Avon, Máquinas Piratininga e ASEA.

Diretoria Executiva

Nossa diretoria é composta de seis diretores executivos nomeados por nosso Conselho de Administração

para mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição. Nossos diretores executivos são responsáveis

pelos assuntos relacionados à administração e às operações no nosso dia-a-dia. Os membros da nossa

diretoria têm responsabilidades individuais estabelecidas pelo Conselho de Administração e pelo nosso

Estatuto Social.

A seguir estão os nomes, idades, cargos ocupados, data de eleição e uma breve biografia dos nossos

diretores executivos:

Diretor Executivo Idade Cargo Ocupado Data da Eleição

Dilma Seli Pena 64 Diretor Executivo 14 de junho de 2013

Manuelito Pereira Magalhães Junior 46 Diretor Gestão Corporativa 14 de junho de 2013

Rui de Britto Álvares Affonso 56 Diretor Econômico-Financeiro e

de Relações com Investidores

14 de junho de 2013

Paulo Massato Yoshimoto 61 Diretor Metropolitano 14 de junho de 2013

Luiz Paulo de Almeida Neto 57 Diretor de Sistemas Regionais 14 de junho de 2013

Paulo Massato Yoshimoto

(respondendo cumulativamente por

esta Diretoria)

61 Diretor de Tecnologia,

Empreendimentos e Meio

Ambiente

14 de junho de 2013

Dilma Seli Pena. Vide acima “– Conselho de Administração.”

Manuelito Pereira Magalhães Júnior. O Sr. Magalhães é nosso Diretor de Gestão Corporativa desde

janeiro de 2011. Ele foi membro de nosso Conselho de Administração de janeiro de 2007 a fevereiro de

2011. Graduou-se e possui mestrado em Ciências Econômicas pelo Instituto de Economia, Universidade

Estadual de Campinas. Foi membro do Conselho de Administração da Companhia de Engenharia de Tráfego

de São Paulo, da COHAB e da Empresa de Tecnologia de Informação e Comunicação de São Paulo. Foi

assessor parlamentar do Senado Federal. De 1998 a 2002, foi assessor especial do Ministério da Saúde.

De 2005 a 2006, foi ombudsman da Agência Nacional de Saúde, ou ANS. De 2005 a 2006, o Sr. Magalhães

foi subsecretário da Secretaria de Planejamento e Secretário de Planejamento da cidade de São Paulo. Foi

106

também assessor técnico, secretário de finanças e diretor do Departamento de Assessoria, Planejamento e

Administração do município de Campinas, Estado de São Paulo.

Rui de Britto Álvares Affonso. O Sr. Affonso é nosso Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com

Investidores desde julho de 2003. Possui mestrado e é PhD em Economia pela Universidade Estadual de

Campinas, ou UNICAMP, tendo se formado em Economia pela Universidade de São Paulo. O Sr. Affonso é

professor da UNICAMP desde 1986, foi professor da FEA de 1983 a 1989 e foi diretor de Economia Pública

da Fundação do Desenvolvimento Administrativo de 1994 a 2003. Também representou o Brasil no

Conselho do Forum of Federations (uma organização não governamental sediada no Canadá), de 2000 a

2006. O Sr. Affonso também ocupou diversos cargos no governo estadual.

Paulo Massato Yoshimoto. O Sr. Yoshimoto é o nosso diretor Metropolitano desde fevereiro de 2004.

Desde 2 de abril de 2014 passou a responder cumulativamente pela Diretoria de Tecnologia,

Empreendimentos e Meio Ambiente. É formado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia de Lins e faz

parte da nossa equipe desde 1983, em que tem exercido várias funções, entre elas: assistente executivo do

setor de Operações e chefe do Departamento de Produção de Água, e Manutenção, e departamento de

Planejamento Metropolitano. O Sr. Yoshimoto também ocupou posição sênior no setor de planejamento da

Empresa Metropolitana de Planejamento entre 1975 e 1983.

Luiz Paulo de Almeida Neto. O Sr. Almeida é o nosso diretor dos Sistemas Regionais desde janeiro de

2011. É formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e em

Administração de Empresas pela Fundação Educacional Votuporanga/SP e pós-graduado em Engenharia de

Saneamento pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O Sr. Almeida passou a fazer

parte da nossa equipe em 1979 e trabalhou como chefe da Unidade de Negócios do Baixo Tietê,

Tietê-Batalha, São José dos Dourados e Turvo Grande. Sr. Almeida é autor de diversos artigos.

B. Remuneração

De acordo com a legislação societária brasileira, nossos acionistas são responsáveis pela fixação da

remuneração global dos membros de nosso Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria. De

acordo com a Instrução nº 480 expedida pela CVM, devemos divulgar periodicamente determinadas

informações sobre a remuneração global, tais como médias e benefícios indiretos.

Nos exercícios sociais findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, a remuneração global, incluindo

benefícios concedidos, que pagamos aos membros do Conselho de Administração, à Diretoria e ao conselho

fiscal por serviços prestados, seja a que título for, foram de R$4,2 milhões, R$4,1 milhões e R$3,9 milhões,

respectivamente.

As tabelas abaixo detalham a remuneração paga aos nossos conselheiros, diretores e membros do

conselho fiscal, além de outros dados pertinentes a sua remuneração nos períodos indicados:

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Remuneração total por órgão administrativo (em milhares de R$,exceto

quando indicado de outra forma)

Conselho de Administração 1.026 1.004 1.240

Diretoria Executiva 2.929 2.878 2.442

Conselho fiscal 258 226 217

Valor total da remuneração 4.213 4.108 3.899

Número de membros (individuos)

Conselho de Administração 9 10 10

Diretoria Executiva 6 6 6

Conselho fiscal 5 4 5

Remuneração fixa anual

Salário

107

Conselho de Administração 788 804 853

Diretoria Executiva 1.673 1.553 1.265

Conselho fiscal 198 179 217

Benefícios Diretos e Indiretos

Conselho de Administração 239 200 -

Diretoria Executiva 690 653 495

Conselho fiscal 60 47 -

Remuneração variável

Bônus

Conselho de Administração - 387

Diretoria Executiva 566 672 681

Conselho fiscal - -

Valor máximo de remuneração

Conselho de Administração 157 148 169

Diretoria Executiva 530 516 444

Conselho fiscal 64 56 46

Valor mínimo de remuneração

Conselho de Administração 96 50 81

Diretoria Executiva 471 335 276

Conselho fiscal 17 56 46

Valor médio de remuneração

Conselho de Administração 111 100 128

Diretoria Executiva 469 480 407

Conselho fiscal 57 56 46

Planos de Participação nos Resultados e Planos Previdenciários

Constituímos a SABESPREV - Fundação SABESP de Seguridade Social como um fundo de pensão e

aposentadoria para propiciar aos nossos empregados benefícios de aposentadoria complementar e

previdenciária. Esse plano previdenciário prevê pagamentos de benefícios a ex-empregados e suas famílias.

Tanto nós quanto nossos empregados efetuamos contribuições ao plano previdenciário. Somos também

obrigados a efetuar pagamentos de pensões complementares relacionados aos contratos de trabalho de

determinados empregados antes da criação da SABESPREV. Nossas contribuições totais ao plano

previdenciário atingiram o montante de R$18,4 milhões em 2013, R$7,4 milhões em 2012 e R$8,9 milhões

em 2011. Com base em relatórios atuariais independentes, em 31 de dezembro de 2013, nossas obrigações no

âmbito desses planos eram de R$2.327,0 milhões. Para mais informações sobre nossos planos de pensão, vide

a Nota 19 das nossas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012, e para os exercícios

findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, incluída em outra parte deste relatório anual.

A partir de 2008, os pagamentos nos termos do plano de participação nos resultados foram baseados tanto

em metas gerais que nos avaliam como um todo quanto em outras que avaliam nossas diversas unidades de

negócio. Os pagamentos são reduzidos proporcionalmente a cada ano se as metas não forem integralmente

atingidas.

Registramos despesas com valores pagos a título de participação nos resultados de R$68,5 milhões,

R$60,5 milhões e R$56,6 milhões em 2013, 2012 e 2011, respectivamente. Não temos um plano de opção de

compra de ações para nossos empregados.

C. Práticas do Conselho de Administração

Os membros do Conselho de Administração são eleitos pela Assembleia Geral Ordinária, para mandato

de dois anos, sendo permitida a reeleição. Nossa próxima assembleia geral será realizada em 30 de abril de

2014. Nosso Conselho de Administração reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês, ou quando convocado

108

pela maioria dos conselheiros ou pelo Presidente. Vide “Item 6.A - Conselheiros e Administração ―

Diretoria”.

Nossa diretoria é composta de seis diretores executivos nomeados por nosso Conselho de Administração

para mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição. Reuniões da Diretoria são realizadas semanalmente

no caso de reuniões ordinárias, ou quando convocadas pelo Diretor Presidente no caso de reuniões especiais

ou extraordinárias. Vide “Item 6.A - Conselheiros e Adminitração ― Diretoria”.

Nenhum dos nossos conselheiros e/ou diretores executivos é parte de contrato de trabalho que preveja

benefícios quando da rescisão de seu vínculo empregatício. Os conselheiros e diretores que também são

nossos funcionários permanecerão como nossos funcionários após seu mandato como conselheiros e/ou

diretores, neste caso, mantendo todos os benefícios concedidos aos nossos funcionários.

Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal, estabelecido de forma permanente, possui o mínimo de três e o máximo de cinco

membros e, de modo geral, se reúne uma vez por mês. Nosso conselho fiscal atualmente é composto de quatro

membros e quatro suplentes. Cada membro possui um suplente. Os atuais membros do Conselho Fiscal

foram eleitos na Assembleia de Acionistas realizada em 22 de abril de 2013 e seu mandato terminará em 30

de abril de 2014. A principal atribuição do Conselho Fiscal, que é independente da nossa administração e dos

auditores externos nomeados pelo Conselho de Administração, é examinar as nossas demonstrações

financeiras e emitir parecer para nossos acionistas.

A seguir estão os nomes, idades, cargos ocupados, data de eleição e uma breve biografia dos membros

efetivos e suplentes do nosso Conselho Fiscal:

Membros do Conselho Fiscal Idade Cargo Ocupado Data da Eleição

José Antonio Xavier.............................. 53 Membro 22 de abril de 2013

Humberto Macedo Puccinelli............... 56 Membro 22 de abril de 2013

Horácio José Ferragino........................ 64 Membro 22 de abril de 2013

Massao Fábio Oya…………………... 32 Membro 22 de abril de 2013

Tomás Bruginski de Paula.................. 53 Suplente 22 de abril de 2013

José Rubens Gozzo Pereira................. 66 Suplente 22 de abril de 2013

Joaldir Reynaldo Machado.................. 65 Suplente 22 de abril de 2013

Jorge Michel Lepeltier………………. 66 Suplente 22 de abril de 2013

José Antonio Xavier. O Sr. Xavier é membro de nosso conselho fiscal desde abril de 2011. Ele é

graduado em Economia e pós-graduado em Controladoria Governamental pela Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo (PUC-SP). O Sr. Xavier foi auditor da Fazenda Estadual de 1993 a 1998 e é Diretor

Técnico da Fazenda Estadual desde 1998. O Sr. Xavier foi membro do conselho fiscal da BANESCARD,

CESP e CDHU.

Humberto Macedo Puccinelli. O Sr. Puccinelli é membro de nosso conselho fiscal desde abril de

2011. Ele é graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-

SP). Trabalhou no Departamento de Planejamento de 1985 a 1995, no Departamento Estadual de Saúde

como assessor do secretário de 1995 a 1996, na Fazenda Estadual de 1996 a 2002, e no Departamento de

Planejamento como assessor do secretário em 2003. Desde janeiro de 2004 tem atuado como Assessor

Técnico da Fazenda Estadual.

Horácio José Ferragino. O Sr. Farragino é membro de nosso conselho fiscal desde 23 de abril de 2012.

Ele é graduado em ciências contábeis pela Faculdades Integradas Santo Antônio – FISA-SP. Exerceu suas

atividades no setor público no FECE – Fundo Estadual de Construções Escolares de 1970 a 1976, na

CONESP – Cia de Construções Escolares de 1976 a 1988, na FDE – Fundação para o Desenvolvimento da

Educação de 1988 a 1995, e na Casa Civil e Secretaria de Gestão Pública, onde coordenou projetos voltados à

política de compras públicas, de 1995 a 2012. Atualmente o Sr. Ferragino atua no Conselho para Inovação do

Governo, na Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional e ministra diversos cursos na área de

compras públicas. Sr. Ferragino foi Conselheiro Fiscal das Relações Públicas do Estado de São Paulo.

109

Massao Fábio Oya. O Sr. Oya é membro de nosso conselho fiscal desde abril de 2013. Ele é formado em

contabilidade e possui MBA com especialização em Gestão Financeira pela Universidade de Anchieta. O Sr.

Oya é consultor e aconselha companhias sobre contabilidade, bem como governança societária. Também

presta serviço nos conselhos fiscais de diversas companhias, como membro titular, incluindo COPEL, Wetzel

S.A., Banrisul, Sanepar, TIM Participações, Pettenati Indústria Têxtil S.A., Cristal Pigmentos do Brasil S.A.

and Bardella S.A. – Indústrias Mecânicas, e como membro suplente: EZ TEC Empreendimentos e

Participações S.A., Companhia Providência Indústria e Comércio S.A. M&G Poliester S.A., Companhia de

Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa e Eucatex S.A.

Tomás Bruginski de Paula. O Sr. De Paula é membro suplente de nosso conselho fiscal desde abril de

2006. Ele é graduado e pós-graduado em economia pela UNICAMP. É professor do Departamento de

Economia da Pontifícia Universidade Católica – PUC desde 1986. Ele foi diretor da Companhia Paulista de

Parcerias desde 2004 e da Companhia Paulista de Securitização desde 2009. O Sr. De Paula atuou como

consultor para diversas entidades, inclusive a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), o

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Instituto Brasileiro de Administração

Municipal, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV (EBAPE/FGV), a Fundação

Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), a Agência Nacional de Energia Elétrica nas áreas

financiamento de infraestrutura e de política pública. Ele também é membro do conselho fiscal da Nossa

Caixa Desenvolvimento e o membro do conselho de administração do DERSA. O Sr. de Paula foi também

membro do conselho fiscal da Companhia de Energia Elétrica de São Paulo.

José Rubens Gozzo Pereira. O Sr. Pereira é membro suplente de nosso conselho fiscal desde abril de

2010. Ele é graduado em Economia pela Universidade Mackenzie, pós-graduado pela FGV e frequentou

programas de extensão de estudos internacionais nas Universidades de Londres e de Paris. Ele é responsável

pela área de Captação de Recursos da Secretaria da Fazenda desde 1989. O Sr. Pereira ocupou cargos no

setor público no DAEE, em que foi responsável pela área de Orçamento e Financiamento; ele foi diretor

executivo da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET e do departamento de Cooperação Internacional da

Companhia Energética de São Paulo – CESP

Joaldir Reinaldo Machado. O Sr. Machado é membro suplente de nosso conselho fiscal desde abril de

2010. Ele graduado em Economia pela Universidade de São Paulo. O Sr. Machado é funcionário da SEADE

desde 1979. Ele também ocupou diversos outros cargos administrativos, inclusive consultor de gestão da

Empresa Metropolitana de Planejamento – EMPLASA, diretor financeiro do nosso Departamento Financeiro,

Chefe de Gabinete da Secretaria do Meio Ambiente e chefe de gabinete e chefe de departamento da Fundação

SEADE. O Sr. Machado é atualmente chefe de gabinete da Secretaria de Economia e Planejamento do

Governo do Estado de São Paulo.

Jorge Michel Lepeltier. O Sr. Lepeltier é membro de nosso conselho fiscal desde abril de 2013. Ele é

formado em Mercado de Capitais, Finanças e Planejamento Estratégico pela New York University. Ele

também é formado em economia e contabilidade pela Pontifíca Universidade Católica de São Paulo. O

Sr. Lepeltier possui experiência com companhias de equipamentos e trabalhou no Whirlpool Group de maio

de 1978 a agosto de 1993, inicialmente como Tesoureiro. Após dois anos prestando serviço como Diretor

Financeiro e Diretor de Relações do Investidor no Brasmotor Group, o Sr. Lepeltier foi trabalhar na Price

Waterhouse por doze anos. Atualmente, o Sr. Lepeltier é sócio da Jorge Lepeltier Consultores Associados,

que oferece serviços de consultoria em administração, finanças, estrutura societária e auditoria. Ele presta

serviço em diversos conselhos de administração, conselhos fiscais e comitês de auditoria e, nos últimos cinco

anos, ele prestou serviço no conselho de administração das seguintes companhias: AES Tietê S.A.,

Companhia Paranaense de Energia – Copel e Triunfo Participações e Investimentos S.A., entre outros. Como

membro do conselho fiscal, ele prestou serviços nos conselhos das seguintes companhias: TIM Participações

S.A., Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp e Drogasil S.A., entre outros. Como

membro do comitê de auditoria, ele prestou serviços nas seguintes companhias: Triunfo Participações e

Investimentos S.A. e Positivo Informática S.A., entre outros. Atualmente, ele é membro do conselho fiscal da

Alpargatas S.A., Companhia Providência Indústria e Comércio e M&G Poliester S.A., e membro do conselho

de auditoria da Anhanguera Educacional Participações S.A., entre outros.

110

Comitê de Auditoria

Nosso Estatuto Social prevê a existência de um comitê de auditoria a ser composto por três membros do

Conselho de Administração, que deverão cumulativamente observar os requisitos de (i) independência, (ii)

expertise técnica, e (iii) identificação e cumprimento com as isenções aplicáveis, em conformidade com as

regras da Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos, ou SEC, e a Bolsa de Valores de Nova

York, ou NYSE. Nosso Conselho de Administração determinou que Jerônimo Antunes é qualificado como

especialista financeiro nos termos das normas do SEC. Os membros são nomeados pelo Conselho de

Administração.

O comitê de auditoria é responsável por auxiliar e assessorar o Conselho de Administração em suas

responsabilidades de forma a assegurar a qualidade, a transparência e a integridade das informações

financeiras da Companhia, conforme publicadas. Para esse fim, o comitê de auditoria supervisiona todas as

questões referentes à contabilidade, controles internos e funções internas e externas de auditoria. O comitê

de auditoria e seus membros não possuem poder de decisão ou funções executivas.

A disponibilidade mínima exigida de cada membro do comitê de auditoria é de trinta horas por mês.

De acordo com nosso Estatuto Social, os membros devem exercer seus papéis pelo mesmo período que o seu

mandato correspondente, exceto quando for decidido de forma diversa pela assembleia de acionistas ou pelo

Conselho de Administração. Todos os membros do nosso Comitê de Auditoria são independentes.

A seguir estão os nomes, as idades, os cargos e datas de eleição dos membros do nosso Comitê de

Auditoria:

Conselheiro Cargo Ocupado Data da Eleição

Jerônimo Antunes.......................... Coordenador e Especialista em

Finanças

26 de abril de 2012

Reinaldo Guerreiro........................ Membro 26 de abril de 2012

Francisco Vidal Luna…………… Membro 25 de abril de 2013

Comitê de Assuntos Regulatórios

Nosso Estatuto Social prevê a existência de um comitê de assuntos regulatórios a ser composto pelo

nosso Presidente, pelo Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, pelo Diretor

Metropolitano e pelo Diretor de Sistemas Regionais. O comitê de assuntos regulatórios é responsável por

definir as diretrizes, estratégias e orientações de regulação da companhia e coordenar os trabalhos da

superintendência de assuntos regulatórios, sob as diretrizes do nosso Conselho de Administração.

Nosso Presidente atua como presidente deste comitê e é responsável por propor seus regimentos internos

a serem aprovados pelo comitê. De acordo com nosso Estatuto Social, o Superintendente de Assuntos

Regulatórios deverá atuar como secretário do comitê.

As deliberações desse órgão tem caráter vinculante, cabendo às diretorias implementá-las no âmbito de

suas competências. As reuniões deste comitê são realizadas ordinariamente ao menos uma vez ao mês e,

extraordinariamente, podem ser convocadas por qualquer de seus membros.

D. Empregados

Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos 15.015 empregados em tempo integral. Em 2013, tínhamos

uma média de 924 estagiários e 491 aprendizes, conforme definidos na Lei nº 10.097 de 19 de dezembro de

2000.

A tabela a seguir mostra o número de empregados em tempo integral por categoria principal de atividade

e localização geográfica nas datas indicadas:

111

Em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Número de funcionários por categoria de atividade:

Projetos e operações 9.983 9.919 9.782

Administração 2.443 2.474 2.501

Financeiro 455 454 454

Marketing 2.134 2.172 2.159

Número de funcionários por divisão:

Sede 1.510 1.513 1.475

Região Metropolitana de São Paulo 6.856 6.865 6.861

Sistemas Regionais 6.649 6.641 6.560

Número total de funcionários 15.015 15.019 14.896

O tempo médio de serviços dos nossos empregados é de 17 anos. Também terceirizamos alguns

serviços, tais como manutenção, entrega de contas de água e esgotos, leitura de hidrômetros, fornecimento de

alimentação e segurança. Acreditamos que nossas relações com os nossos empregados são, de maneira geral,

satisfatórias.

Aproximadamente 70% dos nossos empregados são sindicalizados. Os cinco principais sindicatos que os

representam são: (i) Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo,

SINTAEMA, (ii) Sindicato dos Trabalhadores nas Regiões Urbanas de Santos, Região da Baixada Santista,

Litoral Sul e Vale do Ribeira - SINTIUS, (iii) Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, SEESP (iv)

Sindicato dos Advogados de São Paulo, SASP e (v) Sindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio no

Estado de São Paulo, SINTEC.

O acordo de negociação coletiva, celebrado em 2011 determinou as seguintes cláusulas: (i) aumentou os

salários em 8,00% (o que corresponde ao ajuste da inflação do período) mais um ganho real de 1,51%, (ii)

estabeleceu uma garantia de manutenção do emprego a 98% de nossos empregados; e(iii) aumentou o vale

refeição em 10,0% e 8% os demais benefícios, (iv) aumentou o vale alimentação em 10,7% entre outras

disposições.

O acordo de negociação coletiva, celebrado em 2012 resultou no seguinte: (i) aumentou os salários em

6,17% (o que corresponde ao ajuste da inflação do período) mais um ganho real de 1,93%, (ii) estabeleceu

uma garantia de contratação de 98% de nossos funcionários, (iii) aumentou o vale alimentação em 10%, mais

um adicional de 8% em todos os demais benefícios e (iv) suspendeu extinguiu o adicional pago aos

empregados que dirigem veículos da companhia, entre outras disposições.

Nosso último acordo coletivo, firmado em 2013, resultou em: (i) um aumento salarial de 8% (o que

corresponde ao ajuste da inflação do período, mais um ganho real de 2,5%), (ii) estabeleceu uma garantia de

manutenção do emprego para 98% dos nossos empregados, (iii) um aumento no vale refeição de 13,6%, e (iv)

um aumento no vale alimentação de 21,5% e um adicional de 15% para os empregados que trabalham em

turnos de trabalho flexíveis, entre outras coisas.

Passamos pelas seguintes greves nos últimos sete anos, nenhuma das quais interrompeu os serviços

essenciais que prestamos: uma greve de quatro dias em junho de 2008, uma greve de três dias em maio de

2009 e uma greve de oito dias em 2010 e um dia de greve em 2011 e dois dias de greve em 2013. Não houve

greves em 2007 e 2012. Nos termos da legislação brasileira, nossos empregados não administrativos são

considerados “empregados essenciais” e, por esse motivo, têm direitos de greve limitados.

E. Titularidade das Ações

Em 16 de abril de 2014 os membros do nosso Conselho de Administração e diretores executivos eram

titulares de um total de 1.515 ações ordinárias. Os membros do nosso Conselho de Administração e diretores

executivos, individualmente e em conjunto, eram titulares de menos de 0,1% das nossas ações

ordinárias. Vide “Item 7.A. - Acionista Principal” para mais informações. Na mesma data, nenhum dos

nossos conselheiros ou diretores executivos detinha qualquer plano de opção de compra de ações.

112

ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

A. Principal Acionista

Em 22 de abril de 2013, nossos acionistas aprovaram um desdobramento de ações, por meio do qual

cada ação ordinária foi desdobrada em três ações ordinárias. Desde então, nosso capital social consiste de

683.509.869 ações ordinárias, sem valor nominal. De acordo com o nosso Estatuto Social e com as leis

estaduais do Estado de São Paulo, o Estado deve ser titular de pelo menos a metade mais uma de nossas ações

ordinárias. Todos os nossos acionistas, incluindo o Estado, têm os mesmos direitos de voto

A tabela a seguir traz as informações de titularidade para cada um dos nossos acionistas que são titulares

(“beneficial owners”) de 5,0% ou mais das nossas ações ordinárias e para nossos conselheiros e diretores,

isoladamente e em conjunto, em 16 de abril de 2014.

Ações Ordinárias

Ações %

Estado de São Paulo................................................................. 343.524.258 50,3%

Conselheiros e diretores executivos da SABESP.................... 1.515 Menos de 0,1%

Outros...................................................................................... 339.984.096 49,7%

Total(1)

.................................................................................... 683.509.869 100,0%

______________

(1) Em 16 de abril de 2014, 25,6% de nossas ações ordinárias eram detidas por 5.433 acionistas registrados no Brasil.

Em 16 de abril de 2014, 24,1% de nossas ações ordinárias em circulação eram detidas nos Estados

Unidos, na forma de ADSs. De acordo com os registros do depositário das ADSs, que contêm informações

referentes à titularidade de nossas ADSs, havia em 31 de março de 2014, 36 titulares de ADSs

registrados nos Estados Unidos.

B. Operações com Partes Relacionadas

Operações com o Estado de São Paulo

Realizamos diversas operações com o Estado, que é nosso acionista controlador e esperamos continuar a

fazê-lo. O Estado é nosso maior cliente. Ele é proprietário de algumas instalações que utilizamos em nossas

atividades, é um dos órgãos governamentais que regulam nossas atividades e tem nos auxiliado a obter

financiamentos em condições favoráveis.

Muitas das nossas operações com o Estado são influenciadas pela política estadual que depende das

decisões dos funcionários nomeados ou políticos eleitos, estando, assim, sujeitas a mudanças. Dentre as

mudanças que podem ocorrer nessas operações estão aquelas descritas abaixo, incluindo a constituição de

garantias pelo Estado e as condições de utilização, por nós, dos reservatórios de propriedade do Estado.

Prestação de Serviços

Nós prestamos serviços de água e esgotos à União, Estados e municípios, assim como a entidades e

órgãos da administração pública no curso normal de nossas atividades. A receita bruta da prestação de

serviços de água e esgotos para o Estado, incluindo a prestação desses serviços para entidades controladas

pelo Estado, totalizou R$449,1 milhões em 2013, R$431,0 milhões em 2012 e R$405,0 milhões em 2011.

Nossas contas a receber do Estado por serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos totalizavam

R$63,9 milhões e R$65,5 milhões em 31 de dezembro de 2013 e 2012, respectivamente. Conforme exigido

por lei, nós investimos nosso caixa e equivalentes de caixa em instituições financeiras governamentais.

113

Pagamento de Benefícios Previdenciários

Conforme lei editada pelo Estado, alguns ex-empregados das companhias estatais que nos prestaram

serviços no passado e posteriormente fundiram e formaram a Sabesp, adquiriram o direito de receber

pagamentos referentes aposentadoria e pensão. Tais direitos são chamados de “Plano G0”. Tais montantes são

pagos por nós, em nome do governo estadual e são pleiteados por nós como reembolsos pelo governo

estadual, tendo em vista sua obrigação original. Em 2013, 2012 e 2011, pagamos a tais ex-empregados

R$140,1 milhão, R$132,7 milhões e R$124,4 milhões, respectivamente, com relação ao Plano G0. O Estado

realizou reembolsos em 2013, 2012 e 2011no valor de R$111,0 milhões, R$104,4 milhões e R$89,5 milhões,

respectivamente.

Acordos com o Estado

Em setembro de 1997, firmamos com o Estado de São Paulo um protocolo de entendimentos por meio do

qual ficou estabelecido que os valores não pagos pelo Estado de São Paulo, referentes aos serviços de água e

esgotos prestados por nós, seriam pagos mediante a compensação de dividendos por nós devidos ao Estado de

São Paulo ou a suas entidades controladas.

Em 11 de dezembro de 2001, firmamos contrato com o Estado de São Paulo e o Departamento de Águas

e Energia Elétrica do Estado de São Paulo. Por meio desse contrato, o Estado reconheceu e concordou em

nos pagar valores que nos eram devidos, valores esses sujeitos, porém, a uma auditoria a ser realizada por

auditor indicado pelo Estado, com relação ao seguinte:

serviços de água e esgotos prestados por nós a órgãos da administração direta, autarquias e

fundações pertencentes ao Estado até 1 de dezembro de 2001, totalizando R$358,2 milhões, que não

foram compensados em conformidade com o memorando de entendimento de setembro de

1997. Esse valor foi renegociado e incluído no segundo aditamento a este contrato discutido abaixo;

e

benefícios relacionados a aposentadorias e pensões complementares pagos por nós, desde março de

1986 até novembro de 2001, em nome do Estado a antigos empregados de empresas controladas pelo

Estado que foram fundidas para a formação da Sabesp, totalizando R$320,6 milhões. Como não

houve acordo em relação a esses valores, uma auditoria conjunta foi iniciada para assegurar o acordo

entre nós e o Estado. Esse valor foi renegociado e incluído no terceiro aditamento a este contrato

discutido abaixo.

O contrato acima mencionado estabelece que o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de

São Paulo nos transferirá a propriedade dos reservatórios de Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte

Nova (doravante, “os reservatórios”), que formam o Sistema Alto Tietê e que o valor de mercado de tais

ativos reduzirá os valores que nos são devidos pelo Estado.

Nos termos do contrato de dezembro de 2001, em 2002 uma empresa estatal de construção (Companhia

Paulista de Obras e Serviços - CPOS), agindo por conta do Estado e uma empresa de avaliação independente

(ENGEVAL-Engenharia de Avaliações), agindo por nossa conta, apresentaram seus relatórios de avaliação

dos reservatórios. O acordo previa que o valor justo dos reservatórios seria a média aritmética dessas

avaliações. As avaliações contidas nesses relatórios foram nos valores de R$335,8 milhões e R$341,2

milhões, respectivamente. Tendo em vista que havíamos realizado investimentos nesses reservatórios, o

montante que submetemos em agosto de 2002 ao Conselho de Administração de R$300,9 milhões, já incluía a

dedução da porcentagem correspondente aos investimentos da média aritmética daquelas avaliações. Nosso

Conselho de Administração aprovou os relatórios de avaliação. Este valor foi atualizado ate Setembro de

2008 e totaliza R$696,3 milhões de acordo com o índice ICPA.

Nos termos do referido acordo, o montante que exceder o valor justo dos reservatórios deverá ser

dividido em 114 parcelas mensais e consecutivas. O valor nominal devido pelo Estado não será corrigido

por meio da incidência de índice representativo da inflação ou juros se houver atraso na avaliação do valor

justo dos reservatórios. As parcelas serão corrigidas mensalmente com base no IGP-M, acrescidas de juros de

6,0% ao ano, a partir da data do vencimento da primeira parcela.

114

Desde 29 de outubro de 2003, o Ministério Público do Estado de São Paulo vem contestado a validade do

contrato de dezembro de 2001 através de ação civil pública perante a 12ª Vara de Fazenda Pública do Estado

de São Paulo, alegando que a transferência para nós da propriedade dos reservatórios do Sistema do Alto

Tietê do Departamento Estadual de Água e Energia é ilegal. Foi concedida liminar a favor do Ministério

Público de São Paulo contra a transferência de tais reservatórios, contudo, a liminar foi posteriormente

cassada. Em outubro de 2004, o juízo de primeiro grau julgou a ação civil pública, decretando a nulidade do

contrato entre nós, o DAEE e o Estado de São Paulo. A Fazenda do Estado, o DAEE e nós recorremos dessa

decisão com efeito suspensivo. Em 23 de agosto de 2010, o recurso foi rejeitado. Opusemos embargos de

declaração para esclarecer a decisão do tribunal e pretendemos levar o caso ao Supremo Tribunal. Os efeitos

da decisão de primeiro grau permanecerão suspensos até o final do processo jurídico. Avaliamos o risco de

perda como provável, o que impediria a transferência dos reservatórios em pagamento das contas a receber

devidas pelo Estado.

O contrato de dezembro de 2001 também previa que os consultores jurídicos da Secretaria de Finanças do

Estado efetuariam análises específicas, as quais já se iniciaram, para assegurar a concordância entre as partes

quanto à metodologia empregada para se determinar o valor do reembolso dos benefícios previdenciários que

nos é devido pelo Estado. O início dos pagamentos atinentes aos valores de pensão que nos é devido pelo

Estado foi postergado até que tais análises sejam concluídas, o relatório de avaliação seja aprovado e as

cessões de crédito atinentes à transferência dos reservatórios descrita acima sejam formalizadas. Conforme

indicado acima, a transferência desses reservatórios está sendo questionada e não temos certeza de que a

transferência será legalmente viável. Nos termos do contrato de dezembro de 2001, o primeiro pagamento

estava previsto originalmente para julho de 2002.

Em 22 de março de 2004, nós firmamos a Primeira Alteração do Contrato de dezembro de 2001 com o

Estado de São Paulo. Nos termos dessa alteração, o Estado de São Paulo confessou uma dívida que possui

conosco de R$581,8 milhões, relacionada a contas a receber do Estado não pagas até 29 de fevereiro de 2004,

enquanto nós reconhecemos o valor total de R$518,7 milhões devido ao Estado de São Paulo a título de

dividendos na forma de juros sobre o capital próprio. Dessa forma, o Estado concordou conosco em

compensar os demais créditos de cada qual até o limite de R$404,9 milhões, que era o valor reajustado até

fevereiro de 2004. O valor remanescente de R$176,9 milhões (em 29 de fevereiro de 2004) da dívida

consolidada do Estado seria pago em parcelas mensais sucessivas de maio de 2005 até abril de 2009. As

parcelas seriam corrigidas mensalmente de acordo com o IPCA, mais taxa de juros de 0,5% ao mês. Com a

assinatura da Primeira Alteração, parte da dívida do Estado para conosco pelo uso de serviços de água e

esgotos durante o mês de fevereiro de 2004 foi compensado por nossa dívida para com o Estado, a título de

dividendos na forma de juros sobre o capital próprio. O saldo em aberto de R$113,8 milhões em dividendos

na forma de juros sobre o capital próprio que devemos ao Estado foi compensado contra contas vencidas após

fevereiro de 2004. A referida alteração não modifica os termos e condições de pagamento referentes à

aposentadoria complementar e benefícios previdenciários pagos por nós por conta do Estado de março de

1986 até novembro de 2001, que permanecem regidos pelos termos do contrato de dezembro de 2001.

Em 28 de dezembro de 2007, nós firmamos o Segundo Aditamento do Contrato de dezembro de 2001

com o Estado de São Paulo, através da qual o Estado concordou em pagar (i) o saldo em aberto no âmbito do

Primeiro Aditamento, no valor de R$133,7 milhões (em 30 de novembro de 2007), em 60 parcelas mensais

consecutivas, a partir de 2 de janeiro de 2008, e (ii) o valor de R$236,1 milhões relacionado à parte das contas

vencidas e não pagas de março de 2004 até outubro de 2007, referentes à prestação de serviços de

abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos. Como parte da referida Alteração, nós concordamos

em pagar durante o período de janeiro a março de 2008 o saldo remanescente dos dividendos no valor de

R$400,8 milhões, na forma de juros sobre o capital próprio devidos de março de 2004 até dezembro de

2006. Pagamos esses valores conforme convencionado. O segundo aditamento já não requer a compensação

dos dividendos por nós distribuídos com nossos créditos a receber do Estado e, consequentemente, já não

temos como determinar o valor em dividendos distribuídos que o Estado (direta ou indiretamente) aplicará, se

é que aplicará, na compensação dos nossos créditos atuais ou futuros contra o Estado ou suas entidades. Além

disso, nos termos do Segundo Aditamento, nós e o Estado concordamos em cumprir determinadas obrigações

mútuas relacionadas (i) à melhoria dos processos de pagamento e dos procedimentos de gestão orçamentária;

(ii) à racionalização do uso da água e ao montante de contas de água e esgotos sob a responsabilidade do

Estado; (iii) ao registro de entidades do governo com contas vencidas em um sistema de faltosos ou dossiê de

115

referência; e; (iv) à possibilidade da interrupção do abastecimento de água a tais entidades em caso de não

pagamento das contas de água e esgotos. Finalmente, esse Segundo Aditamento não modificou as

disposições do acordo de dezembro de 2001 em relação aos benefícios de aposentadoria e previdência

complementar que pagamos de março de 1986 até novembro de 2001, em nome do Estado, a antigos

empregados de empresas estatais que se fundiram para formar nossa Companhia.

Em 2007, recebemos prestações de pagamento do Estado no valor de R$326,0 milhões. Em 31 de

dezembro de 2007, nossos dividendos devidos ao Estado de 2004 até 2007 somavam R$552,0 milhões. Não

temos como prever atualmente o montante, se houver, dos dividendos que o Estado aplicará às contas a

receber atuais e futuras que nos são devidas pelo Estado e por suas entidades. O Segundo Aditamento não

mais exige que os dividendos sejam aplicados para compensar contas a receber do Estado.

Em 26 de março de 2008, celebramos um termo de compromisso com o Estado com o objetivo de

encontrar uma solução alternativa para o impasse referente ao montante que nos é devido pelo Estado

relacionado aos benefícios de aposentadoria e previdência complementar que pagamos de março de 1986 até

novembro de 2001, por conta do Estado, a antigos empregados das empresas estatais que se fundiram para

formar a nossa Companhia. Neste acordo, nós e o Estado nos comprometemos a contratar empresas

especializadas para conduzir novas avaliações dos montantes que nos são devidos pelo Estado e do valor dos

reservatórios. Uma empresa de consultoria independente, FIPECAFI, foi contratada para resolver a desavença

e validar o valor que pagamos de março de 1986 a novembro de 2001 em nome do Estado a antigos

funcionários de empresas estatais que se fundiram para formar nossa Companhia, valores esses que o Estado

ainda não concordou em nos reembolsar, doravante designados “Montante Controverso de

Reembolso”. Além disso, a FIPECAFI está realizando, juntamente com outra empresa de consultoria

independente, uma nova avaliação dos reservatórios, que podem nos ser transferidos como forma de

amortização do reembolso que nos é devido pelo Estado.

Em 17 de novembro de 2008, nós, o Estado e o DAEE celebramos o terceiro aditamento ao acordo de

dezembro de 2001, nos termos do qual o Estado confessava um saldo devedor pagável a nós que totalizava

R$915,3 milhões, doravante designado “Montante Incontroverso de Reembolso” corrigido pelo IPCA. Nós

aceitamos provisoriamente os reservatórios do sistema do Alto Tietê como parte do pagamento do Montante

Incontroverso de Reembolso e oferecemos ao Estado uma quitação provisória, reconhecendo um crédito de

R$696,3 milhões correspondente ao valor dos reservatórios localizados na região do Alto Tietê. Nós e o

Estado concordamos que a compensação final somente será registrada quando a transferência efetiva dos

reservatórios for averbada no Registro de Imóveis. O saldo remanescente do Montante Incontroverso de

Reembolso no valor de R$219,0 milhões está sendo pago pelo Estado em 114 prestações mensais

consecutivas corrigidas pela variação anual do IPCA mais juros à taxa anual de 6,0%. A primeira prestação

foi paga em novembro de 2008.

Além do Montante Incontroverso de Reembolso, há ainda um saldo remanescente relacionado ao

Montante Controverso de Reembolso. Em 31 de dezembro de 2013, o Montante Controverso do Reembolso

e os reservatórios mencionado acima, totalizava R$1.412.5 milhões, mas em virtude da incerteza relacionada

ao valor de recuperação, nossa administração decidiu não reconhecer os reembolsos. Vide Nota 9 às nossas

demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 referentes ao

Montante Controverso de Reembolso. Nós e o Estado concordamos em que a controvérsia envolvendo o

Montante Controverso de Reembolso não nos impedirá de dar cumprimento aos compromissos estabelecidos

no acordo de dezembro de 2001.

Além disso, o terceiro aditamento ao acordo de dezembro de 2001 prevê a regularização do fluxo mensal

de benefícios. Enquanto permaneçamos responsáveis pelo fluxo mensal de benefícios aos antigos

funcionários das empresas estatais que se fundiram para formar a Companhia, o Estado reembolsará a

Companhia com base em critérios idênticos aos aplicados quando da determinação do Montante

Incontroverso de Reembolso. Caso não haja decisão judicial que o impeça, o Estado assumirá a parcela do

fluxo mensal do pagamento de benefícios considerada incontroversa.

Finalmente, o terceiro aditamento ao acordo de dezembro de 2001 ficou prevista uma reapreciação pela

Procuradoria Geral do Estado acerca do cálculo e dos critérios de elegibilidade do valor controverso dos

benefícios. Naquela ocasião, acreitávamos que a Procuradoria Geral do estado emitiria uma revisão da

116

interpretação que nos ajudaria a levar as negociações com o Estado a uma conclusão. Todavia, contrário às

nossas expectativas, a interpretação da Procuradoria Geral do Estado recusou o reembolso da maior parte do

montante em questão. Em 31 de dezembro de 2013, contabilizamos uma provisão de R$1.780,3 milhões

relativos ao passivo atuarial do plano de beneficio de aposentadoria G0.

Muito embora as negociações com o Estado ainda estejam em curso, não podemos assegurar que

recuperaremos os recebíveis relacionados ao Montante Controverso de Reembolso.

Não renunciaremos aos recebíveis do Estado, aos quais nos consideramos legitimamente habilitados.

Assim sendo, tomaremos todas as medidas possíveis para resolver a questão em todas as instâncias

administrativas e judiciais. Se esse conflito persistir, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger

nossos interesses. Em 24 de março de 2010, enviamos ao nosso acionista controlador oficio deliberado pela

Diretoria Colegiada, propondo que a questão seja discutida na Câmara de Arbitragem da

BM&FBOVESPA. Em junho de 2010, enviamos uma proposta de acordo à Secretaria da Fazenda, a qual não

obteve sucesso, e (iii) em 9 de novembro de 2010, instauramos uma ação judicial contra o Estado de São

Paulo buscando reembolso integral dos valores pagos como benefícios concedidos pela Lei nº

4.819/58. Independentemente da ação judicial civil, continuamos buscando ativamente a liquidação com o

Governo do Estado.

Contratos com o Estado e a cidade de São Paulo

Em 23 de junho de 2010, o Estado e a cidade de São Paulo celebraram um convênio com a intermediação

e o consentimento da ARSESP e o nosso nos termos do qual convencionaram a gestão conjunta do

planejamento e do investimento no sistema de saneamento básico da cidade de São Paulo, entre outras

coisas. Esse convênio estabeleceu que o Estado e a cidade de São Paulo celebrariam um acordo conosco,

concedendo-nos direitos exclusivos de prestação de serviços de água e esgotos na cidade de São

Paulo. Além disso, o convênio determina o papel da ARSESP na regulamentação e na fiscalização das

nossas atividades e cria um Comitê Gestor que será responsável pelo planejamento dos serviços de água e

esgotos e pela revisão dos nossos planos de investimento. O Comitê Gestor será composto por seis membros

nomeados para um mandato prorrogável de dois anos. O Estado e a cidade de São Paulo terão o direito de

nomear três membros cada. Nós podemos participar das reuniões do Comitê Gestor, mas não temos

quaisquer direitos de voto.

Em 23 de junho de 2010 o Estado e a Cidade de São Paulo formalizaram um convênio, consentido por

nós e pela ARSESP, nos termos do qual convencionaram a gestão conjunta do planejamento e investimento

para o sistema de saneamento básico da cidade de São Paulo. Os principais termos deste convênio foram os

seguintes:

O Estado e a cidade de São Paulo celebrariam um acordo separado conosco, concedendo-nos direitos

exclusivos de prestação de serviços de água e esgotos na cidade de São Paulo.

ARSESP regulamentaria e fiscalizaria as nossas atividades relativas a prestação dos serviços de água

e esgoto na cidade de São Paulo, incluindo as tarifas.

Um Comitê Gestor será responsável pelo planejamento dos serviços de água e esgotos à cidade e

pela revisão dos nossos planos de investimento. O Comitê Gestor será composto por seis membros

nomeados para um mandato prorrogável de dois anos. O Estado e a cidade de São Paulo terão o

direito de nomear três membros cada. Nós podemos participar das reuniões do Comitê Gestor, mas

não temos quaisquer direitos de voto.

Na mesma data do convênio, celebramos um contrato separado com o Estado e a cidade de São Paulo,

para regular a prestação destes serviços nos 30 anos seguintes. Os principais termos deste convênio foram os

seguintes:

O investimento total previsto no contrato deve ser equivalente a 13% da receita bruta da prestação de

serviços para a cidade de São Paulo, após a dedução do imposto de renda, que totalizam

aproximadamente R$600 milhões por ano.

117

Devemos transferir 7,5% da receita bruta que auferirmos do convênio, líquidade (i) COFINS e

PASEP e (ii) contas não pagas dos próprios do Municipio de São Paulo, para o Fundo Municipal de

Saneamento Ambiental e Infraestrutura, criado pela Lei Municipal nº 14.934/2009. Em abril de

2013, a ARSESP adiou a aplicação do repasse na fatura dos serviços e valores referentes aos

encargos municipais até a conclusão do processo de revisão tarifária, baseado na solicitação do

Governo do Estado de São Paulo para estudar, entre outras coisas, métodos de redução nos impactos

aos consumidores.

Nosso plano de investimento deve ser compatível com os planos de saneamento básico do Estado e

da cidade de São Paulo e, se necessário, da região metropolitana.

A ARSESP assegurará que as tarifas cobradas compensarão adequadamente a Companhia pelos

serviços que prestar e poderão ser reajustadas para restabelecer o equilíbrio original entre as

obrigações das partes e o equilíbrio econômico-financeiro.

Nosso atual plano de investimentos reflete essas obrigações e leva em consideração a questão da

compatibilidade com as atividades e programas incluídos nos planos de saneamento do Estado, do

Município e, se necessário, da região metropolitana de São Paulo. Esse plano de investimentos não é

irrevogável e deverá ser revisto por nosso comitê executivo gestor a cada quadriênio, particularmente

no que diz respeito aos investimentos a serem executados no período subsequente.

Dividendos

Pagamos regularmente dividendos aos nossos acionistas, incluindo o Estado de São Paulo. No passado,

retivemos parte dos dividendos aos quais o Estado faria jus, de forma a compensá-los contra os recebíveis que

nos são devidos pelo Estado.

Em conformidade com os nossos acordos com o Estado, não mais prevemos a retenção de dividendos aos

quais o Estado faria jus, para compensá-los contra os recebíveis que nos são devidos pelo Estado no futuro

próximo.

Garantias Governamentais a Financiamentos

Em alguns casos, o governo federal, o Estado de São Paulo ou outros órgãos governamentais garantem o

cumprimento de nossas obrigações decorrentes de contratos de dívida e projetos.

O Estado de São Paulo prestou contra garantias para parte do montante devido ao governo federal em

razão de contratos de empréstimo firmados com o BID em (i) 1992 e em 2000, no valor total original de

US$650,0 milhões, concernentes ao financiamento da primeira e segunda fases do projeto de recuperação e

despoluição do Rio Tietê; e (ii) em 2010 pelo valor total original de US$600,0 milhões, concernentes ao

financiamento da terceira fase do projeto de recuperação e despoluição do Rio Tietê. O governo federal

também garantiu e o Estado de São Paulo prestou contra-garantia em todos os contratos de financiamento

celebrados com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), no valor de US$100

milhões para o Programa Mananciais.

Celebramos também contratos de crédito com a JICA, com garantia do governo federal e contra garantia

prestada pelo governo do Estado de São Paulo, para financiamento (i) do Programa Onda Limpa da Região

Metropolitana da Baixada Santista em 6 de agosto de 2004, em relação a um montante principal total de

¥21.320 milhões; (ii) da segunda fase do Programa Onda Limpa da Região Metropolitana da Baixada

Santista, em contrato celebrado em fevereiro de 2011, com o valor principal total de ¥19.169 milhões; (iii) o

programa de melhoria ambiental na bacia da Represa Billings, como parte do Programa Vida Nova, em

contrato celebrado em outubro de 2010, pelo valor principal total de ¥6.208 milhões; e (iv) do Programa

Corporativo de Redução das Perdas de Água, em contrato celebrado em fevereiro de 2012, pelo valor

principal de ¥33.584 milhões.

118

O Estado de São Paulo também prestou garantia a parte de nossas obrigações sob os contratos de

empréstimos celebrados com o governo federal em 1994, por meio de seu agente financeiro, Banco do Brasil

S.A., que totalizava R$100,5 milhões em 31 de dezembro de 2013.

Para obter mais informações sobre os referidos empréstimos, consulte o “Item 5.B. Liquidez e Recursos

de Capital – Fontes de Capital – Financiamento de Endividamento”

Utilização de Reservatórios

Atualmente, utilizamos os reservatórios de Guarapiranga e Billings que são também utilizados por outra

empresa controlada pelo governo do Estado de São Paulo, com base em uma autorização dada pelo

DAEE. Atualmente, não pagamos quaisquer valores pela utilização desses reservatórios. Somos, entretanto,

responsáveis pela manutenção e pagamento dos custos operacionais desses reservatórios. O Estado de São

Paulo não assume qualquer custo operacional em nosso nome. Se esses reservatórios não estivessem

disponíveis para o nosso uso, teríamos que obter água de fontes mais distantes, o que seria mais dispendioso.

Acordos com Redução de Tarifas

Nós celebramos contratos de prestação de serviços de água e esgotos a aproximadamente 8 mil imóveis

que são administrados por entidades do poder público (Secretarias de Estado e Prefeituras). Segundo esses

contratos, essas empresas públicas pagam uma tarifa diferente que é aproximadamente 25,0% menor quando

comparadas às tarifas aplicáveis aos órgãos da administração pública que não tenham celebrado tais contratos

conosco. Os contratos preveem a implementação de programa de uso racional de água – PURA que tem meta

fixada de redução ou manutenção do consumo de água, de acordo com avaliações técnicas realizadas pela

Sabesp. Esses contratos têm vigência de 12 meses com renovação automática por períodos de igual

duração. De acordo com os termos desses contratos, se obrigações de pagamento não forem cumpridas na

data dos respectivos vencimentos, temos o direito de cancelar os contratos e, consequentemente, revogar a

redução de 25% no valor das tarifas.

Contratos de Cessão Temporária de Funcionários Entre Entidades Ligadas ao Governo do Estado

Temos contratos de cessão temporária de pessoal com entidades ligadas ao governo do Estado, nos

termos dos quais as despesas são integralmente repassadas e monetariamente reembolsadas. As despesas

relacionadas ao pessoal cedido por nós a outras entidades do governo do Estado em 2013, 2012 e

2011totalizaram R$12,9 milhões, R$12,3 milhões e R$10,9 milhões, respectivamente.

As despesas com pessoal cedido a nós por outras entidades totalizaram R$1,0 milhão em 2013 e 2012,

em 2011 nenhum pessoal foi alocado por outros escritórios..

Serviços Obtidos de Entidades do Governo do Estado

Em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, tínhamos um montante devido em aberto de R$2,0 milhões,

R$1,0 milhão e R$12,1 milhões, respectivamente por serviços prestados por entidades do governo estadual de

São Paulo, incluindo o fornecimento de energia elétrica pela CESP.

Ativos Não Operacionais

Cedemos terrenos gratuitamente ao DAEE. Esses ativos não operacionais totalizavam R$1,0 milhão,

R$1,0 milhão, R$2,3 milhões em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, respectivamente.

Banco do Brasil

Instauramos um a ação judicial contra a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo pleiteando

compensação financeira relacionada à transferência de nossos direitos exclusivos de serviços bancários. Em

27 de março de 2007, o Estado de São Paulo transferiu nossos direitos exclusivos relacionados a serviços

bancários para o Banco Nossa Caixa. Em 27 de maio de 2010, o Estado mais uma vez transferiu esses

direitos exclusivos para o Banco do Brasil. Tal ação judicial visava obter uma percentagem dos valores que

as instituições financeiras pagaram ao Estado para obter o contrato de prestação de serviços bancários.

119

Em 28 de junho de 2011 nós celebramos um acordo com o Estado de São Paulo pelo qual acordamos em

receber o valor de R$63,4 milhões por meio da compensação de créditos que o Estado de São Paulo possui a

título de dividendos relacionados ao ano fiscal de 2010.

Operações com o Fundo de Pensão SABESPREV

SABESPREV- Fundação SABESP de Seguridade Social é um fundo previdenciário de benefício

definido, com o objetivo principal de administrar planos previdenciários para propiciar benefícios de

aposentadoria complementar e programa assistencial previdenciário a nossos empregados. Os ativos da

SABESPREV são mantidos separadamente dos nossos. Porém, indicamos 50,0% dos conselheiros da

SABESPREV, incluindo o presidente do Conselho, que tem voto decisivo de acordo com a legislação em

vigor. Tanto a Companhia quanto nossos empregados contribuem para o plano previdenciário. Nós

contribuímos com R$R$8,4 milhões, 7,4 milhões e R$8,9 milhões durante os anos de 2013, 2012 e 2011,

respectivamente, com relação ao plano previdenciário. Em 29 de maio de 2001, uma lei federal foi editada

para, entre outras coisas, limitar o montante da contribuição que empresas de economia mista, como nós,

possam fazer para seus planos de pensão. Especificamente, as nossas contribuições normais para o seu plano

previdenciário não podem exceder a contribuição dos participantes de tal plano.

O plano de benefícios original, modelado como Benefício Definido, apresenta um déficit

atuarial. Estudos têm sido realizados para equalizar este déficit, havendo também a criação de um novo

plano, o Sabesprev Mais, modelado como contribuição definida. O novo plano foi aprovado pela Previc em

junho de 2010, sendo também, a partir desta data, proibido o ingresso de novos participantes no plano antigo.

As contribuições para o novo plano são também paritárias entre participantes e nós, sendo o benefício

estabelecido a partir do saldo de conta individual do participante no momento de início de pagamento de seu

benefício, saldo que é composto pelas contribuições e pela rentabilidade obtida na aplicação dos recursos. O

objetivo era que os participantes do plano deficitário migrassem suas reservas para o novo plano. Esta

migração foi interrompida pelo poder judiciário em atendimento a ação movida pelas entidades

representativas dos nossos empregados e ex-empregados aposentados. Em outubro de 2010, em decisão

liminar, o juiz responsável pelo processo impediu, até nova decisão, a migração de pessoas e reservas entre os

planos, impedindo também a cobrança de contribuições para a cobertura do déficit daqueles que

permaneceram no plano original. Em setembro de 2012, o juiz do caso ordenou uma perícia. O perito foi

nomeado no início de 2013, mas ainda não começou a inspeção.

Remuneração da Administração

A remuneração que pagamos aos membros do nosso Conselho de Administração, da diretoria e do

conselho fiscal totalizou R$3,6 milhões em 2013, R$3,4 milhões em 2012 e R$2.8 milhões em 2011,

referentes a salários e benefícios. Um montante adicional de R$0,6 milhão, R$0,7 milhão e R$1,1 milhão

relacionado ao programa de bônus incidiu em 2013, 2012 e 2011.

Para mais informações sobre remuneração da administração, vide “Item 6.B. Remuneração.”

Contrato de Empréstimo por Linha de Crédito

A Companhia detém participação em algumas empresas. Embora a participação da SABESP no capital

social de suas investidas não seja majoritária, o acordo de acionistas prevê o poder de veto sobre determinadas

matérias de gestão, indicando controle compartilhado participativo, e são avaliados por equivalência

patrimonial.

A Companhia entrou em um contrato de empréstimo por linha de crédito com a Águas de Andradina

S.A., e Aquapolo Ambiental S.A. para financiar as operações destas companhias, até que os empréstimos e

financiamentos com os bancos estejam quitados.

Os contratos assinados em 19 de janeiro de 2012 com Águas de Andradina e Águas de Castilho

terminaram em julho de 2012, de acordo com as provisões dos acordos. Em 18 de julho de 2012 novos

acordos foram assinados com ambas companhias, de acordo com os termos e condições da tabela abaixo. O

120

acordo assinado com Aquapolo Ambiental em 30 de março de 2012 continua com as mesmas características,

de acordo com a tabela abaixo:

Companhias

Limite

de

Crédito

Principal

Desembolsado Balanço Total Taxa Vencimento

Águas de Andradina 3.467 1.427 297 1.724

SELIC + 3.5%

p.a. (*)

Águas de Castilho 675 403 84 487

SELIC + 3.5%

p.a. (*)

Aquapolo Ambiental 5.629 5.629 1.429 7.058 CDI + 1.2% p.a. 30/04/2016

Aquapolo Ambiental 19.000 19.000 3.789 22.789 CDI + 1.2% p.a. 30/04/2015

Total 28.771 26.459 5.599 32.058

(*) Contratos de comodato com as SPEs Águas de Andradina e Águas de Castilho são extintos quando os fundos dos contratos de

longo prazo com BNDES são liberados momento em que o comodatário pagará toda dívida resultante da linha de crédito.

O total desembolsado é reconhecido no ativo, em “Outros recebíveis” e tem um principal de R$1.830 e

R$381 de juros reconhecidos como ativo circulante e um principal de R$24.629 e R$5.218 como juros em

ativo não circulante. Em 31 de dezembro de 2013, o saldo do principal mais juros destes contratos é de

R$32.058. Em 2013, o resultado financeiro foi afetado por R$3.977.

C. Participação de Especialistas e Advogados

Não aplicável

ITEM 9. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS

B. Demonstrações Financeiras e Outras Informações Financeiras

Vide “Item 3. A. Informações Financeiras Selecionadas” e “Item 18 ― Demonstrações Financeiras”.

Ações Judiciais

Estamos atualmente sujeitos a numerosos processos judiciais cíveis, tributários, trabalhistas, societários e

ambientais decorrentes do curso normal de nossos negócios. Vários litígios individuais respondem por uma

parte significativa do valor total das reivindicações contra nós. Nossas demonstrações financeiras auditadas

incluem apenas as provisões para perdas prováveis e perdas razoavelmente estimáveis que podemos incorrer

no âmbito de processos pendentes. Nossos processos materiais estão descritos na Nota 18 de nossas

demonstrações financeiras auditadas incluídas neste relatório anual, e essa descrição é incorporada por

referência nesta rubrica.

Ações Civis Públicas Relacionadas a Questões Ambientais

Somos réus em processos administrativos e judiciais, inclusive nos processos iniciados pela Companhia

de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, por

algumas organizações não governamentais, entre outros. Isso resulta de processos que alegam danos

ambientais incluindo processos: (i) requerendo que deixemos de despejar esgoto não tratado em determinados

cursos de água locais; (ii) em alguns casos, buscando reparação para danos ambientais que ainda não foram

especificados e avaliados pelos peritos do juízo; e (iii) procurando compelir-nos a instalar e operar estações de

tratamento de esgoto nos locais relacionados em tais ações civis públicas. Em certos casos, estamos sujeitos

a multas diárias por - descumprimento. Em nossas contestações a essas ações, enfatizamos que a instalação e

operação de estações de tratamento de esgotos nas localidades relacionadas em tais ações civis públicas estão

121

incluídas em nosso plano de investimento. Já foram proferidas algumas decisões judiciais desfavoráveis a

nós. Seus efeitos podem demandar: (i) investimentos em obras ou serviços não considerados em nosso plano

de investimento de longo prazo; (ii) antecipação de obras ou serviços que, no plano de investimento de longo

prazo, haviam sido considerados para execução futura, (iii) pagamentos relacionados a indenizações

ambientais; e (iv) impacto negativo à nossa imagem no mercado doméstico e internacional e perante os

órgãos públicos.

Embora não possamos prever o resultado final dessas ações judiciais, acreditamos que tal resultado, se

desfavorável, poderá ter um efeito adverso significativo sobre nós. Nós classificamos alguns desses processos

como perdas prováveis e perdas possíveis. Em 31 de dezembro de 2013 nós provisionamos R$182.7 milhões

para tais questões.

Outras Ações Judiciais

O Conselho Coordenador das Entidades Civis de Piracicaba propôs Ação Civil Pública contra nós, a

Agência Nacional de Águas e a Fazenda do Estado de São Paulo, objetivando, entre outros: i) a cessação do

uso do volume de 31 m³/s de um de seus reservatórios municipais; ii) a elaboração de um cronograma para

regular o uso e a retirada de água da bacia hidrográfica de Piracicaba pelo Sistema Cantareira, eliminando

possíveis danos às populações estabelecidas à jusante; e iii) a elaboração de estudo de impacto ambiental para

o Sistema Cantareira avaliando todos os impactos derivados do uso e retirada de água nas várias bacias

hidrográficas que o constituem. A Ação Civil Pública foi julgada improcedente na primeira e segunda

instâncias e o Autor interpôs Recurso Especial e Recurso Extraordinário, os quais foram negados por conta de

inadimissibilidade. Atualmente esperamos o julgamento da apelação ajuizada pelo réu contra esta sentença. O

valor atualizado da Ação em 31 de dezembro de 2013 é de R$19,2 bilhões. Acreditamos que a chance de

perda é remota, portanto, não contabilizamos nenhuma provisão.

O Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou Ação Civil Pública contra nós objetivando: i) a

declaração de nulidade de contrato celebrado entre nós e o Município de São Paulo em 23 de junho de 2010,

cujo objeto é a prestação do serviço de fornecimento de água e coleta de esgoto; ii) a nossa exclusão do ISE

da BM&FBovespa; e iii) a prestação do serviço de coleta e tratamento de esgoto em todo município de São

Paulo até 2018. O pedido de liminar do réu foi indeferido, e o tribunal manteve a decisão após apresentarmos

nossa defesa. Separadamente, nós interpomos recurso questionando o valor requerido pelo Ministério Público

do Estado de São Paulo no processo em questão. O valor da causa era de R$12,3 bilhões em 31 de dezembro

de 2013. Acreditamos que a chance de perda é remota, portanto, não contabilizamos nenhuma provisão.

Dividendos e Política de Dividendos

Montantes Disponíveis para Distribuição

Em cada Assembleia Geral Ordinária, nosso Conselho de Administração deverá apresentar uma proposta

sobre a destinação do lucro líquido do exercício social anterior. Para fins da Lei das Sociedades por Ações,

lucro líquido é definido como o resultado do exercício depois de deduzido o imposto de renda e a

contribuição social sobre o lucro líquido para o referido exercício social, após a dedução de quaisquer

prejuízos acumulados de exercícios sociais anteriores e de quaisquer valores destinados ao pagamento de

participações de colaboradores e administradores no lucro da Companhia. De acordo com a legislação

brasileira, os montantes disponíveis para fins de distribuição de dividendos são equivalentes ao nosso lucro

líquido menos quaisquer montantes alocados do lucro líquido para:

a) a reserva legal; e

b) O valor destinado a formar reservas para contingências e de montantes prescritos das mesmas

reservas formadas nos anos fiscais anteriores.

Somos obrigados a manter uma reserva legal, à qual devemos alocar 5,0% do lucro líquido de cada

exercício, até que o valor dessa reserva seja equivalente a 20,0% do nosso capital integralizado. Todavia, não

estamos obrigados a fazer quaisquer alocações à reserva legal em relação a um exercício social no qual o

montante total da reserva legal mais outras reservas de capital constituídas excedam 30,0% do nosso capital.

122

Prejuízos líquidos, se houver, podem ser compensados contra a reserva legal. Em 31 de dezembro de 2013,

2012 e 2011, o saldo da nossa reserva legal era de R$713,0 milhões, R$616.8 milhões e R$521,2 milhões,

respectivamente, que equivalia a 11,5%, 9,9% e 8,4% respectivamente, do nosso capital.

A Lei das Sociedades por Ações do Brasil também dispõe acerca de duas alocações discricionárias do

lucro líquido que são sujeitas à aprovação dos acionistas reunidos em assembleia geral ordinária. Primeiro,

uma percentagem do lucro líquido pode ser alocada a uma reserva de contingência para perdas havidas por

prováveis em anos vindouros. Quaisquer valores alocados dessa forma em um exercício anterior devem ser

ou revertidos no exercício social no qual a perda se realizar ou deixar de existir a razão da constituição da

reserva. Segundo, se o montante de distribuição obrigatória exceder a quantia de lucro líquido realizado em

um dado exercício, tal excedente poderá ser alocado a uma reserva de lucros não realizados. De acordo com a

Lei das Sociedades por Ações, o lucro líquido realizado é definido como sendo o montante do lucro líquido

que exceder o resultado líquido positivo dos ajustes ao patrimônio líquido e lucro ou receita de operações com

o resultado financeiro após o encerramento do exercício social imediatamente subsequente.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, uma empresa pode autorizar no seu Estatuto a criação de

uma reserva discricionária. Estatutos que autorizam a alocação de uma percentagem do lucro líquido da

empresa à reserva discricionária devem também indicar o propósito, o critério de alocação e o valor máximo

da reserva. Podemos também alocar uma parte do nosso lucro líquido discricionariamente para planos de

expansão e outros projetos de investimento de capital, cujo montante deverá estar baseado em um orçamento

de capital previamente submetido à administração e aprovado pelos acionistas. Nos termos da Lei nº 10.303

de 31 de outubro de 2001, orçamentos de capital para mais de um exercício devem ser revistos em cada

assembleia geral ordinária. Após a conclusão dos projetos de capital relevantes, podemos reter a alocação até

que os acionistas reunidos em assembleia votem a transferência da totalidade ou de parte da reserva ao capital

ou a lucros retidos. Em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, tínhamos uma reserva de investimentos de

R$5,980.5 milhões, R$4,690.6 milhões e R$3.408,6 milhões respectivamente.

Os montantes disponíveis para distribuição podem ser ainda aumentados pela reversão da reserva de

contingências para perdas previstas constituída em exercícios anteriores e não realizada. Os montantes

disponíveis para distribuição são determinados com base nas nossas demonstrações financeiras, elaboradas de

acordo com as Práticas Contábeis Brasileiras.

A reserva legal está sujeita à aprovação pelos acionistas reunidos em assembleia anual e pode ser

transferida ao capital. Todavia, ela não está disponível para fins de pagamento de dividendos em anos

subsequentes.

Distribuição Obrigatória

A Lei das Sociedades por Ações do Brasil determina genericamente que o estatuto de cada companhia

brasileira especifique uma percentagem mínima dos montantes disponíveis para distribuição em cada

exercício social que deve ser distribuída aos acionistas sob a forma de dividendos, também conhecida como

montante de distribuição obrigatória. De acordo com o nosso estatuto, o montante de distribuição obrigatória

foi fixado em valor equivalente a pelo menos 25,0% dos montantes disponíveis para distribuição, na extensão

em que houver montantes disponíveis para distribuição ao final de cada exercício social.

A distribuição obrigatória é baseada em uma percentagem do lucro líquido ajustado, não inferior a

25,0%, e não em um valor monetário fixo por ação. Todavia, a Lei das Sociedades por Ações permite que

uma companhia aberta como nós suspenda a distribuição obrigatória caso seu Conselho de Administração e o

Conselho Fiscal relatem à assembleia de acionistas que tal distribuição não seria recomendável em vista da

situação financeira da Companhia. A suspensão depende da aprovação dos detentores de ações ordinárias.

Nesse caso, o Conselho de Administração deve apresentar uma justificativa da referida suspensão à CVM.

Lucros não distribuídos em virtude de suspensão conforme acima mencionada serão alocados a uma reserva

especial e, se não absorvidos por perdas subsequentes, devem ser pagos como dividendos, tão logo a situação

financeira da empresa permita tal pagamento.

123

Pagamento de Dividendos

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e o nosso estatuto, estamos obrigados a realizar uma

assembleia geral ordinária anual até o quarto mês após o encerramento de cada exercício social na qual, entre

outras coisas, os acionistas devem deliberar acerca dos pagamentos de dividendos anuais. A decisão de pagar

dividendos anuais é baseada nas nossas demonstrações financeiras elaboradas para o exercício social

pertinente. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, dividendos devem, de maneira geral, ser pagos

dentro dos 60 dias seguintes à data de sua declaração, a menos que a assembleia geral estabeleça outra data

para tanto, a qual em qualquer das hipóteses deve ocorrer antes do encerramento do exercício social no qual

os dividendos foram declarados. O acionista dispõe de um período de três anos a partir da data do pagamento

para reivindicar os dividendos (ou juros sobre o capital próprio, conforme descrito em “― Registro de

Pagamentos de Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio”) distribuídos sobre suas ações, após o qual o

montante de dividendos não reivindicados é revertido à Companhia. O depositário estabelecerá a data de

conversão da moeda a ser utilizada para fins de pagamento aos detentores das ADSs tão logo quanto possível

após receber tais pagamentos de nós.

Nosso estatuto nos permite pagar dividendos intermediários a partir de lucros pré-existentes ou

acumulados em relação ao exercício atual ou anterior.

De maneira geral, acionistas que não sejam residentes no Brasil devem efetuar um registro junto ao

Banco Central para que os dividendos, proventos de vendas e outros montantes relacionados às suas ações se

qualifiquem para fins de remessa para o exterior. As ações ordinárias subjacentes às nossas ADSs são

mantidas no Brasil junto ao Banco Itaú Unibanco S.A. na qualidade de custodiante e agente para o

depositário, que é o titular registrado das ações subjacentes às ADSs. Nosso atual agente de registros é o

Banco Itaú Unibanco S.A.O depositário registra eletronicamente as ações ordinárias subjacentes às ADSs

junto ao Banco Central e, portanto, os dividendos, proventos de vendas e outros montantes relacionados a tais

ações passam a se qualificar para fins de remessa ao exterior. Vide “Item 10.D. Controles de Câmbio”.

Pagamentos de dividendos e distribuições em dinheiro, se houver, serão feitos em Reais ao custodiante

em nome e por conta do depositário, o qual converterá então tais recursos em dólares norte-americanos e fará

com que tais dólares sejam entregues ao depositário para distribuição aos detentores de ADSs. Vide “Item

10.D. - Informações Adicionais ― Controles de Câmbio”. Nos termos da legislação brasileira em vigor,

dividendos pagos a acionistas que não são residentes no Brasil, incluindo detentores de ADSs, não estarão, de

maneira geral, sujeitos ao imposto de renda brasileiro retido na fonte, com exceção de dividendos declarados

com base em lucros gerados antes de 31 de dezembro de 1995. Vide “Item 10.E. Tributação”.

Contabilização dos Pagamentos de Dividendos e Juros Sobre o Capital Próprio

As sociedades por ações brasileiras podem distribuir dividendos na forma de uma despesa dedutível de

juros sobre o capital próprio, conforme a Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e suas alterações. A taxa

à qual os juros são dedutíveis para fins fiscais, fica limitada ao produto da média da Taxa de Juros de Longo

Prazo (TJLP) e o patrimônio líquido durante o período em questão, não podendo exceder o que for maior

entre:

50,0% do lucro líquido (antes de s qualquer distribuição e dedução do imposto de renda, mas depois

de deduzida a contribuição social sobre lucro líquido) do período em relação ao qual o pagamento

for efetuado; ou

50,0% das reservas de lucro e lucros acumulados.

Qualquer pagamento de juros sobre o capital próprio a acionistas titulares de ADSs ou ações ordinárias,

sejam ou não residentes no Brasil, está sujeito à incidência do imposto de renda retido na fonte à alíquota de

15,0% ou, se o beneficiário for residente em paraíso fiscal, à alíquota de 25,0%. Vide “Item 10.E.

Tributação”. O valor pago a acionistas a título de juros sobre o capital próprio, líquido do imposto de renda

retido na fonte, poderá ser computado como parte do dividendo obrigatório anual conforme prescrito na Lei

de Sociedade por Ações.

124

Os montantes distribuídos a título de dividendos ou juros sobre o capital próprio que excederem o

montante do dividendo obrigatório estabelecido no estatuto social da companhia são contabilizados e

reconhecidos como tal após aprovados pela assembleia geral dos acionistas. Assim sendo, os valores

registrados como dividendos em nossas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2013, correspondem

ao montante mínimo do dividendo obrigatório estabelecido na lei, isto é, 25,0% do lucro líquido do período, e

a diferença de R$ 537,5 milhões será registrada em 2014 após a assembleia geral ordinária.

Distribuições de Dividendos

A tabela a seguir descreve a remuneração aos acionistas, realizadas ou a serem realizadas em relação aos

exercícios de 2013, 2012 e 2011. Todos esses montantes são ou serão distribuídos sob a forma de juros sobre

o capital próprio:

Exercício findo em

31 de dezembro de

Valor agregado

distribuído Datas de Pagamento

Pagamento

por ação

Pagamento por

ADS

(em milhões de

reais) (em reais)

2013.................................... 537,5 (*) 0,79 0,79

2012.................................... 534,3 21 de junho de 2013 0,78 0,78

2011.................................... 578,7 22 de junho de 2012 0,85 0,85 ______________

(*) Registramos dividendos no valor de R$456,8 milhões, que de acordo com nosso estatuto social é nosso valor mínimo de dividendo.

Os dividendos serão pagos até 60 dias após a Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá em 30 de abril de 2014.

Política de Dividendos

Nós pretendemos declarar e pagar dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, conforme estabelecido

na Lei das Sociedades por Ações e em nosso Estatuto Social. Nosso Conselho de Administração poderá

aprovar a distribuição de dividendos e/ou de juros sobre o capital próprio, calculados com base nas

demonstrações financeiras semestrais ou trimestrais de nossa empresa. A declaração de dividendo é anual,

incluindo dividendos superiores ao dividendo obrigatório e exige aprovação da maioria dos detentores de

nossas ações ordinárias. O valor de quaisquer distribuições dependerá de vários fatores, tais como, nosso

resultado operacional, condição financeira, necessidades de caixa, perspectivas e demais fatores considerados

relevantes pelo Conselho de Administração e pelos acionistas. No âmbito de nosso planejamento fiscal,

poderemos, no futuro, continuar a entender que a distribuição de juros sobre o capital próprio atende a nossos

melhores interesses.

C. Alterações Significativas

Além do que foi divulgado no relatório anual, não temos conhecimento de qualquer alteração

significativa desde a data das demonstrações financeiras auditadas incluídas neste relatório anual.

ITEM 10. OFERTA E LISTAGEM

B. Detalhes da Oferta e da Listagem

Preço de Mercado das Ações

Nossas ações ordinárias estão listadas na BM&FBOVESPA sob o símbolo “SBSP3” desde 4 de junho de

1997 e, desde 24 de abril de 2002, foram incluídas no segmento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA.

Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos 5.645 acionistas.

Em 30 de abril de 2007, nossos acionistas aprovaram um grupamento de ações ordinárias na proporção

de 125 para uma. Após a alteração da quantidade de ações por ADS (ratio change) efetivado em 24 de janeiro

de 2013, cada ADS representa atualmente uma ação ordinária. Em 22 de abril de 2013 nossos acionistas

aprovaram um desdobramento de ações, segundo o qual cada ação ordinária foi desdobrada em três ações

125

ordinárias. Os IFRS exigem a restauração retroativa dos cálculos dos ganhos - por -ação para dividendos,

desdobramentos de ações e grupamentos de ações.

A tabela a seguir mostra, para os períodos indicados, os preços de fechamento de venda na alta e na

baixa, em reais, para ações ordinárias na BM&FBOVESPA. Esta tabela mostra também preços por ADS,

assumindo-se que as ADSs estão em circulação nas datas em questão e convertidas para dólares norte-

americanos à taxa do dólar comercial em cada uma das datas de tais cotações. Além disso, a tabela mostra

ainda o volume médio de negociação diária das nossas ações ordinárias.

Reais por ação ordinária

Equivalente em USD

por ADS (1)

Baixa Alta Baixa Alta

Volume

médio de

negociação

diária

2014

Janeiro 21,78 25,96 8,93 10,83 1.170.873

Fevereiro 20,84 24,01 8,65 9,97 1.778.260

Março 19,61 21,50 8,37 9,31 1.926.095

16 de Abril 19,60 22,05 8,81 9,83 2.075.425

2013 19,55 32,13 8,15 15,95 1.373.958

Primeiro Trimestre 85,00 96,40 41,90 47,87 557,193

Segundo Trimestre 20,40 31,38 9,06 15,66 1.755.594

Terceiro Trimestre 19,55 23,96 8,15 10,76 1.719.845

Quarto Trimestre 21,4 26,55 9,70 11,28 1.401.226

Primeiro Trimestre 19,55 32,13 8,15 15,95 1.373.958

2012 50,42 92,48 53,97 91,52 409.457

Primeiro Trimestre 50,42 69,66 53,97 76,46 372.200

Segundo Trimestre 68,50 77,32 74,85 74,48 321.627

Terceiro Trimestre 75,67 92,48 74,51 91,52 417.208

Quarto Trimestre 80,54 90,50 76,98 89,40 534.115

2011 39,00 52,78 48,75 56,80 258.827

Primeiro Trimestre 40,10 47,00 47,91 57,71 282.548

Segundo Trimestre 45,00 49,50 56,39 60,75 267.042

Terceiro Trimestre 39,00 48,03 48,75 61,43 245.275

Quarto Trimestre 43,03 52,78 45,75 56,80 241.197

2010 30,27 44,47 32,70 52,56 311.996

Primeiro Trimestre 30,27 34,26 32,70 39,55 323.739

Segundo Trimestre 32,36 37,50 35,28 41,63 416.256

Terceiro Trimestre 33,41 37,90 38,05 44,74 265.725

Quarto Trimestre 37,59 44,47 44,53 52,56 242.943

2009 21,87 37,19 18,39 43,66 351.874

______________

(1) Após o ratio change efetivado em 24 de janeiro de 2013, cada ADS representa uma ação ordinária.

(2) Após 22 de abril de 2013, nossas ações ordinárias passaram a ser negociadas considerando o desdobramento de ações.

Preço de Mercado das ADSs

Nossas American Depositary Shares, ou ADSs, cada uma representando uma ação ordináriana na data

deste relatório anual estão listadas na Bolsa de Valores de Nova York (“NYSE”) sob o símbolo “SBS”. Até 8

de junho de 2007, cada ADS representava 250 das nossas ações ordinárias. Até 23 de janeiro de 2013, cada

ADS representava duas de nossas ações ordinárias. Após o ratio change efetivado em 24 de janeiro de 2013,

cada ADS representa agora uma ação ordinária. Em 22 de abril de 2013 nossos acionistas aprovaram um

desdobramento de ações, segundo o qual cada ação ordinária representam três novas ações ordinárias. Nossas

126

ADSs começaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de Nova York em 10 de maio de 2002 no âmbito da

oferta inicial das nossas ações nos Estados Unidos.

A tabela a seguir mostra, para os períodos indicados, os preços de fechamento de venda na alta e na

baixa, para ações ordinárias na BM&FBOVESPA.

Preço por ADS em dólares norte-

americanos

Baixa Alta

Volume médio de

negociação diária

2014

Janeiro 8,91 10,83 2.210.576

Fevereiro 8,66 10,20 3.006.556

Março 8,39 9,33 3.147.725

16 de Abril 8,86 9,84 4.086.361

2013 41,60 48,63 490.280

Primeiro Trimestre 9,33 15,88 1.649.436

Segundo Trimestre 8,38 10,82 2.055.875

Terceiro Trimestre 9,76 11,45 1.725.844

Quarto Trimestre 41,60 48,63 490.280

2012 56,62 91,48 311.242

Primeiro Trimestre 56,62 76,86 325.938

Segundo Trimestre 68,90 80,18 328.410

Terceiro Trimestre 74,49 91,48 316.824

Quarto Trimestre 78,16 88,35 321.333

2011 46,35 62,63 263.370

Primeiro Trimestre 48,60 58,74 297.927

Segundo Trimestre 56,91 62,63 284.122

Terceiro Trimestre 46,35 62,07 263.200

Quarto Trimestre 46,74 56,66 215.152

2010 33,09 53,18 275.432

Primeiro Trimestre 33,09 40,16 262.525

Segundo Trimestre 35,33 41,54 337.808

Terceiro Trimestre 37,97 45,51 266.393

Quarto Trimestre 45,15 53,18 234.667

2009 18,03 43,40 331.673

2008 16,76 56,35 414.961

2007 29,15 53,57 323.404

______________

(1) Após 23 de janeiro de 2013, nossas ações ordinárias foram negociadas considerando o ratio change. Em 22 de abril de 2013 nossos

acionistas aprovaram um desdobramento de ações, segundo o qual cada ação ordinária foi desdobrada em três ações ordinárias.

(2) Após 29 de abril de 2013, nossos ADSs são negociados em consideração à divisão de ações.

B. Plano de Distribuição

Não se aplica.

C. Mercados

Negociação nas Bolsas de Valores Brasileiras

As ações preferenciais e ordinárias são negociadas na BM&FBOVESPA, única bolsa de valores

brasileira que negocia ações.

127

A negociação na BM&FBOVESPA está restritra a sociedades corretoras a ela associadas e a um número

limitado de entidades autorizadas. A CVM e a BM&FBOVESPA possuem poderes discricionários para

suspender a negociação de ações de um determinado emissor em certas circunstâncias.

A negociação na BM&FBOVESPA é realizada entre 10h00 e 17h00 ou entre 11:00 e 18:00 (durante

horário de verão no Brasil). A BM&FBOVESPA também permite negociações das 17:30 às 18:00 ou 18h30

às 19h00 por um sistema denominado "after market". As negociações no after market estão sujeitas a limites

regulatórios sobre volatilidade de preços e sobre o volume de ações negociadas pelas corretoras que operam

pela internet.

A fim de manter um melhor controle sobre a oscilação do Índice BM&FBOVESPA, a BM&FBOVESPA

adotou um sistema circuit breaker de acordo com o qual o pregão é suspenso (i) por um período de 30

minutos sempre que o índice da bolsa de valores apresentar queda de mais de 10% em relação ao índice

registrado no pregão anterior, (ii) por uma hora, se o índice da bolsa cair 15% ou mais que o índice registrado

no pregão anterior, após a reabertura do negociação, e (iii) por um determinado período de tempo a ser

definido pela BM&FBOVESPA, se o índice dessa bolsa cair 20% ou mais que o índice registrado no pregão

anterior, após a reabertura da negociação. O preço mínimo e o máximo é baseado em um preço de referência

para cada ativo, o qual será equivalente ao preço de fechamento do pregão anterior, quando o ativo for

considerado no início do dia anterior à primeira negociação, ou o preço da primeira negociação do dia. O

preço de referência do ativo será alterado durante o pregão se houver um leilão iniciado pela violação dolimite

intradiário. Nesse caso, o preço de referência será equivalente ao resultado do leilão.

A BM&FBOVESPA liquida as operações conduzidas em três dias úteis após a data de negociação sem

quaisquer reajustes no preço de compra. A entrega das ações e o pagamento são feitos por intermédio de uma

câmara de compensação independente, afiliada à BM&FBOVESPA. A BM&FBOVESPA se ocupa da

liquidação de contraparte central multilateral tanto das obrigações financeiras quanto das operações que

envolvem valores mobiliários. De acordo com as regras da BM&FBOVESPA, a liquidação financeira é

conduzida através do sistema de transferência de fundos do Banco Central. As operações que envolvem a

compra e a venda de ações são liquidadas através do sistema de custódia da BM&FBOVESPA. Todas as

entregas e pagamentos são irrevogáveis.

Negociações na BM&FBOVESPA são substancialmente menos líquidas do que negociações na Bolsa de

Nova York (NYSE) ou outras bolsas de valores importantes do mundo. Embora quaisquer das ações em

circulação de uma companhia listada possam ser negociadas na BM&FBOVESPA, na maioria dos casos,

menos da metade dessas ações ficam efetivamente disponíveis para negociação pelo público, sendo o

remanescente detido por grupos de controladores ou entidades estatais. Ao final de 2013, a capitalização

total de mercado da BM&FBOVESPA era de aproximadamente US$1.030,57 bilhão (R$2.414,22 bilhões) e

o volume médio de negociação diária era de US$3.458,5 milhões (ou R$7.417.745 milhões). As dez

principais ações em volume de negociação em 2013 responderam por aproximadamente 41,31% de todas as

ações negociadas na BM&FBOVESPA no exercício findo em 31 de dezembro de 2013. Em 31 de dezembro

de 2013, respondíamos por aproximadamente 0,75% da capitalização de mercado de todas as empresas

listadas na BM&FBOVESPA.

As negociações na BM&FBOVESPA por detentores residentes fora do Brasil para os fins da legislação

brasileira fiscal e regulamentar, ou “detentores não brasileiros” estão sujeitas a determinadas limitações

previstas na legislação que regula investimentos estrangeiros. Com limitadas exceções, os detentores não

brasileiros podem negociar nas bolsas de valores brasileiras, contanto que cumpram os requisitos descritos na

Resolução nº 2.689 do CMN, que determina que os valores mobiliários detidos por detentores não brasileiros

devem ser registrados ou mantidos sob a custódia de instituições financeiras devidamente licenciadas pelo

Banco Central ou pela CVM ou em contas de depósito junto a instituições financeiras. Além disso, a

Resolução 2.689 determina que a comercialização de títulos por investidores estrangeiros é restrita a

transações na BM&FBOVESPA e em mercados de balcão organizados. Com certas exceções limitadas, os

investidores não brasileiros incluídos na Resolução nº 2.689 não podem transferir a titularidade de

investimentos feitos nos termos da dita resolução a outros detentores não brasileiros através de transações

privadas. Vide “Item 10.E. Tributação ― Considerações sobre a Tributação Brasileira ― Tributação de

Ganhos” para uma descrição de determinados benefícios fiscais estendidos a detentores não brasileiros que se

enquadrem nos termos da Resolução 2.689.

128

Segmento do Novo Mercado

Desde 24 de abril de 2002, nossas ações ordinárias estão listadas para negociação no segmento do Novo

Mercado da BM&FBOVESPA. O Novo Mercado é um segmento de listagem destinado à negociação de

ações emitidas por sociedades que se submetem, voluntariamente, a algumas práticas de governança

corporativa e a exigências de divulgação em acréscimo a outras já impostas pela legislação brasileira. As

companhias que ingressam no Novo Mercado devem seguir as boas práticas de governança corporativa. Tais

normas, de modo geral, aumentam os direitos dos acionistas e incrementam a qualidade das informações

fornecidas aos acionistas. Em 18 de abril de 2002, 19 de junho de 2006 e 23 de abril de 2012, nossos

acionistas aprovaram alterações do nosso estatuto social para se adequar às exigências do Novo Mercado.

Além disso, o Novo Mercado prevê a criação de uma Câmara de Arbitragem de Mercado para a solução de

conflitos entre investidores e sociedades listadas no Novo Mercado.

Além das obrigações impostas pela atual legislação brasileira, uma sociedade listada no Novo Mercado

está obrigada a:

manter apenas ações com direito a voto;

realizar ofertas públicas de ações de maneira que favoreça a diversificação da base acionária da

sociedade e um acesso mais amplo a investidores de varejo;

manter flutuação livre (“free float”) de no mínimo 25% das ações em circulação representativas do

capital da sociedade,

conceder direitos de venda conjunta (“tag along”) a todos os acionistas em relação à alienação do

controle da sociedade;

limitar o mandato de todos os conselheiros há dois anos;

assegurar que pelo menos 20,0% dos membros do Conselho de Administração sejam formados por

conselheiros independentes, conforme definido no Regulamento do Novo Mercado;

elaborar demonstrações financeiras anuais, inclusive demonstrativos de fluxo de caixa, em

conformidade com os U.S. GAAP ou IFRS ou reconciliadas de BR GAAP para US GAAP ou IFRS;

divulgar informações trimestrais, inclusive titularidade de ações por alguns dos nossos funcionários e

conselheiros e quantidade de ações em circulação;

realizar uma oferta pública pelo acionista controlador da sociedade (sendo que o preço mínimo das

ações a serem oferecidas será determinado em processo de avaliação) se este optar por sair do Novo

Mercado; e

efetuar divulgações mais amplas das operações com partes relacionadas.

Em 10 de maio de 2011, as regras do Novo Mercado foram revisadas e atualmente estabelecem as

seguintes obrigações adicionais:

o presidente do conselho de administração não pode acumular o cargo de diretor-presidente;

o conselho de administração deve divulgar sua opinião sobre qualquer oferta de aquisição das nossas

ações dentro de 15 dias do anúncio da oferta; e

a companhia deve manter uma política de negociação dos valores mobiliários que emitir e um código

de ética.

129

Regulamentação dos Mercados de Valores Mobiliários Brasileiros

Os mercados de valores mobiliários brasileiros são regidos principalmente pela Lei nº 6.385 de 7 de

dezembro de 1976, e pela Lei das Sociedades por Ações, cada qual conforme alterada e complementada, bem

como por regulamentos emitidos pela Comissão de Valores Mobiliários que tem poderes regulatórios sobre as

bolsas de valores e mercados de valores mobiliários em geral, pelo Conselho Monetário Nacional e pelo

Banco Central do Brasil, que tem competência para credenciar sociedades corretoras e para regulamentar os

investimentos estrangeiros e operações de câmbio. Essas leis e regulamentos, entre outras coisas, estipulam

exigências de divulgação de informações aplicáveis a emissores de valores mobiliários negociados, restrições

a negociação por pessoas com acesso a informações privilegiadas e manipulação de preço, e proteção de

acionistas minoritários. Preveem, ademais, o credenciamento e fiscalização das sociedades corretoras e a

governança das bolsas de valores brasileiras. No entanto, os mercados de valores mobiliários brasileiros não

são tão intensamente regulamentados e fiscalizados quanto os mercados de valores mobiliários norte-

americanos.

Nos termos da Lei das Sociedades por Ações, as companhias podem ser abertas, tal como nossa empresa,

ou fechadas. Todas as companhias abertas, inclusive nossa empresa, são registradas junto à Comissão de

Valores Mobiliários, estando sujeitas a exigências de apresentação de informações. Os valores mobiliários

das companhias registradas junto à Comissão de Valores Mobiliários podem ser negociados nas bolsas de

valores brasileiras ou no mercado de balcão brasileiro. As ações ordinárias da nossa empresa estão listadas e

são negociadas na BM&FBOVESPA e também podem ser negociadas de forma privada, observadas algumas

limitações.

Para ser listada em bolsa de valores brasileira, uma companhia precisa requerer registro junto à Comissão

de Valores Mobiliários e à bolsa de valores na qual a sede da companhia estiver localizada.

Nossa empresa tem a opção de solicitar que a negociação dos nossos valores mobiliários na

BM&FBOVESPA seja suspensa quando houver previsão de fato relevante. A negociação também poderá ser

suspensa por iniciativa da BM&FBOVESPA ou da CVM, entre outras razões, com base na convicção de que

uma companhia forneceu informações inadequadas relativas a fato relevante ou forneceu respostas

inadequadas a questionamentos feitos pela CVM ou pela BM&FBOVESPA.

O mercado de balcão brasileiro consiste em negociações diretas entre pessoas físicas nas quais uma

instituição financeira registrada junto à CVM atua como intermediária. Não é necessário um requerimento

especial, além do registro junto à CVM, para se negociar valores mobiliários de companhia aberta nesse

mercado. A CVM exige que os respectivos intermediários a notifiquem acerca de todas as negociações

realizadas no mercado de balcão brasileiro.

A negociação na Bolsa de Valores de São Paulo por pessoas não residentes no Brasil está sujeita a

limitações impostas pela legislação brasileira sobre investimentos estrangeiros e pela legislação fiscal. O

custodiante brasileiro das ações ordinárias subjacentes às ADSs deverá, em nome e por conta do depositário

das nossas ADSs, efetuar registro junto ao Banco Central para remeter dólares norte-americanos ao exterior

para pagamento de dividendos, de quaisquer outras distribuições em moeda ou quando da alienação das ações

e do produto da venda. Na hipótese em que o detentor de ADSs permutar as ADSs por ações ordinárias, o

detentor terá o direito de continuar a se valer do registro do custodiante pelo prazo de cinco dias úteis a contar

da permuta. Daí em diante, o detentor poderá não mais ser capaz de obter e remeter dólares norte-americanos

ao exterior quando da alienação das nossas ações ordinárias ou de distribuições atinentes às nossas ações

ordinárias, a menos que o detentor obtenha novo registro. Vide “Item 10.D. Controles de Câmbio”.

D. Acionistas Vendedores

Não se aplica.

E. Diluição

Não se aplica.

130

F. Despesas da Emissão

Não se aplica.

ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

A. Capital Acionário

Não se aplica.

B. Estatuto e Contrato Social

Encontra-se a seguir um resumo dos aspectos relevantes das nossas ações ordinárias, inclusive

disposições correlatas do nosso Estatuto Social e da Lei das Sociedades por Ações. Esta descrição está

qualificada por referência ao nosso Estatuto Social e à legislação brasileira.

Objetivo Social

Somos uma sociedade de economia mista com prazo de duração indeterminado, constituída em 6 de

setembro de 1973 com responsabilidade limitada e que opera de acordo com a Lei das Sociedades por Ações.

Conforme consta do artigo 2º do nosso Estatuto Social, o nosso objeto social é a prestação de serviços de

saneamento básico voltados à universalização do saneamento básico no Estado de São Paulo sem prejudicar

nossa sustentabilidade financeira de longo prazo. Nossas atividades compreendem o abastecimento de água,

serviços de tratamento de esgotos, serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, serviços de

limpeza urbana, serviços de manejo de resíduos sólidos e atividades correlatas, incluindo o planejamento, a

operação, a manutenção e a comercialização de energia e a comercialização de serviços, produtos, benefícios

e direitos que direta ou indiretamente decorram dos nossos ativos, operações e atividades. Somos autorizados

a operar, de forma subsidiária, em outras localidades brasileiras e no exterior.

Poderes dos Conselheiros

Embora nosso Estatuto Social não contenha disposição específica acerca do poder de voto de um

conselheiro ou diretor em relação a uma proposta, ajuste ou contrato no qual o conselheiro tenha interesse

relevante, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, um diretor ou conselheiro está proibido de votar

em qualquer assembleia ou reunião ou em relação a qualquer operação sobre a qual o conselheiro ou diretor

tenha conflito de interesses com a companhia e deverá divulgar a natureza e a extensão do conflito de

interesse para que seja transcrita nas atas da assembleia ou reunião. Em qualquer hipótese, o diretor ou

conselheiro não poderá deliberar sobre qualquer matéria atinente à Companhia, inclusive qualquer

empréstimo, exceto mediante termos e condições razoáveis ou justos que sejam idênticos aos termos e

condições vigentes no mercado ou oferecidos por terceiros.

Nos termos do nosso Estatuto Social, nossos acionistas são responsáveis por fixar a remuneração que

pagamos aos membros do nosso Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Diretoria.

Perante a Lei de Sociedade por Ações, cada um dos membros de nossa diretoria deve ser residente no

Brasil. Nosso Estatuto Social não estabelece qualquer limite de idade para aposentadoria compulsória.

Vide “Item 6. A. Directors and Senior Management”

Descrição das Ações Ordinárias

Aspectos Gerais

Cada ação ordinária confere ao respectivo titular direito a um voto nas nossas assembleias gerais

ordinárias e extraordinárias. A Lei das Sociedades por Ações exige que todas as assembleias gerais sejam

convocadas mediante publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, veículo oficial do governo do

Estado de São Paulo, assim como em jornal de grande circulação no local da nossa sede, atualmente, a Cidade

de São Paulo, no mínimo, quinze dias antes da assembleia. Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários

131

poderá determinar que a primeira convocação para nossas assembleias gerais de acionistas seja feita até 30

dias antes da realização da respectiva assembleia. O quórum de instalação das assembleias gerais, em

primeira convocação, é de acionistas que detenham 25% das ações com direito a voto em pessoa ou

representados por procuradores e, em segunda convocação, as assembleias podem ser realizadas com a

presença de qualquer número de acionistas titulares de ações com direito a voto, tanto pessoalmente quanto

representados por procuradores.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nossas ações ordinárias fazem jus a dividendos ou outras

distribuições efetuadas com relação às nossas ações ordinárias na proporção de sua participação no valor

disponível para pagamento como dividendo ou distribuição. Vide “Item 8.A. Demonstrações Financeiras e

Outras Informações Financeiras―Dividendos e Política de Dividendos” para uma descrição mais completa de

pagamento de dividendos e demais distribuições relativas às nossas ações ordinárias. Ademais, na

eventualidade de qualquer espécie de liquidação da Companhia, nossas ações ordinárias fazem jus a

reembolso de capital após o pagamento de todos os credores na proporção de sua participação no patrimônio

líquido da Companhia.

Em princípio, uma mudança dos direitos dos acionistas, tais como redução do dividendo mínimo

obrigatório, está sujeita à aprovação de acionistas que representem, no mínimo, 50% do total das ações com

direito de voto da Companhia. Diante de certas circunstâncias que possam resultar em uma mudança dos

direitos dos acionistas, tal como a criação de ações preferenciais, a Lei das Sociedades por Ações exige a

aprovação pela maioria dos acionistas que poderiam ser adversamente afetados pela mudança, reunidos em

assembleia geral extraordinária convocada para tal fim. Vale destacar, entretanto, que nosso estatuto - social

expressamente nos proíbe de emitir ações preferenciais. A Lei das Sociedades por Ações especifica outras

circunstâncias em que o acionista que discordar de tal deliberação poderá também ter o direito de se retirar da

companhia.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, nem o estatuto social de uma companhia nem as

decisões tomadas em assembleias de acionistas poderão privar um acionista de alguns direitos, tais como:

o direito de participar na distribuição dos lucros;

na hipótese de liquidação da companhia, o direito de participar, de maneira igualitária e

proporcional, dos ativos residuais remanescentes da Companhia;

o direito de supervisionar a gestão dos negócios da Companhia, conforme disposto na Lei das

Sociedades por Ações;

o direito de preferência na subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de

subscrição (exceto em alguns casos específicos previstos em lei); e

o direito de retirada em razão de eventos especificados na Lei das Sociedades por Ações.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e com nosso Estatuto Social, cada ação ordinária confere

a seus titulares direito a um voto em assembleia de acionistas. Esse direito de voto não pode ser restringido

ou negado por nós sem o consentimento dos detentores da maioria das ações representativas de seu capital

social que serão afetadas por tal restrição.

Nem a Lei das Sociedades por Ações nem o nosso Estatuto Social aborda expressamente os seguintes

aspectos:

mandatos alternados para os conselheiros;

voto cumulativo, exceto conforme descrito abaixo; ou

medidas que poderiam impedir uma aquisição de controle.

132

No entanto, de acordo com a legislação do Estado de São Paulo e com o nosso Estatuto Social, o Estado

tem a obrigação de deter, no mínimo, a maioria das nossas ações ordinárias em circulação.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações e seus regulamentos, os acionistas que representarem, no

mínimo, 5% do nosso capital votante, poderão solicitar a adoção de um procedimento de voto múltiplo para

fazer com que cada ação possa deter o direito a voto correspondente ao número de membros do Conselho de

Administração e outorgar a cada acionista o direito de voto cumulativamente para somente um candidato, ou

distribuir seus votos entre vários candidatos. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, os acionistas

deverão tomar decisões em assembleias gerais de acionistas devidamente convocadas e não por anuência

escrita.

Além disso, os acionistas que detiverem pelo menos 15% do capital podem requerer o direito de eleger,

em separado, um membro do Conselho de Administração.

Direitos de Preferência

Cada um dos nossos acionistas possui um direito de preferência genérico na subscrição de ações ou

valores mobiliários conversíveis em ações em qualquer aumento de capital, na proporção de sua participação

acionária à época do referido aumento de capital, exceto na hipótese de outorga e exercício de qualquer opção

de compra de ações do capital social. O direito de preferência é válido por um período de 30 dias contados da

publicação de aviso referente ao aumento de capital. Os acionistas têm o direito de vender seus direitos de

preferência a terceiros. De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, podemos alterar nosso Estatuto

Social no sentido de eliminar o direito de preferência ou diminuir o período de exercício com relação a ofertas

públicas de ações ou oferta de permuta efetuada para aquisição do controle de outra sociedade.

Na hipótese de aumento de capital por meio da emissão de novas ações, detentores de ADSs ou de ações

ordinárias, exceto nas circunstâncias descritas acima, terão direito de preferência na subscrição de qualquer

classe de novas ações emitidas por nós. descritas acima, terão direito de preferência na subscrição de

qualquer classe de novas ações emitidas por nós. Contudo, o detentor de ADSs poderá ficar impossibilitado

de exercer os direitos de preferência atinentes às ações ordinárias subjacentes às ADSs por ele detidas, a

menos que o seu termo de registro nos termos do Securities Act esteja em vigor com relação a tais direitos ou

uma isenção das exigências de registro do Securities Act esteja disponível. Vide “Item 3.D. “Item 3.D.

Fatores de Riscos - Riscos Relacionados às Nossas Ações Ordinárias e ADSs. - Um detentor das nossas ações

ordinárias e das nossas ADSs poderá ficar impossibilitado de exercer direitos de preferência e de venda

conjunta com relação às ações ordinárias”.

Resgate e Direito de Retirada

A Lei das Sociedades por Ações prevê que, em circunstâncias restritas, os acionistas têm direito de retirar

sua participação societária da companhia e receber o pagamento para a parcela do patrimônio do acionista

atribuível a sua participação societária. Esse direito de retirada poderá ser exercido pelos nossos acionistas

dissidentes na hipótese de, no mínimo, metade da totalidade das ações em circulação com direito a voto

deliberar sobre:

redução do dividendo obrigatório;

fusão da companhia, ou sua incorporação em outra, observadas as condições previstas na Lei das

Sociedades por Ações;

participação em grupo de sociedades conforme definição contida na Lei das Sociedades por Ações,

observadas as condições ali previstas;

mudança do objeto social;

cisão, conforme definição contida na Lei das Sociedades por Ações, observadas as condições ali

previstas;

133

criação de ações preferenciais ou aumento das classes de ações preferenciais existentes sem manter a

proporção existente com a classe restante de ações preferenciais, salvo quando já estabelecido ou

autorizado pelo estatuto;

transformação em outro tipo de sociedade;

transferência de todas as ações a outra companhia ou recebimento de ações de outra companhia a fim

de fazer com que nos tornemos subsidiária integral da companhia em questão, operação denominada

incorporação de ações; ou

aquisição do controle de outra companhia por preço que exceda os limites estabelecidos na Lei das

Sociedades por Ações.

O direito de retirada poderá ser exercido em até 30 dias contados da publicação da ata da assembleia

geral que tenha aprovado as deliberações societárias descritas acima. É-nos facultado reconsiderar qualquer

deliberação que enseje direito de retirada nos 10 dias subsequentes à expiração desses direitos, caso o

reembolso de ações de acionistas dissidentes ponha em risco a nossa estabilidade financeira. A Lei das

Sociedades por Ações faculta às sociedades anônimas reembolsar as ações dos acionistas dissidentes por seu

valor econômico, observadas as disposições constantes do respectivo estatuto social e outros requisitos legais.

Nosso Estatuto Social não prevê que as ações integrantes de nosso capital social sejam reembolsadas por seu

valor econômico e, consequentemente, qualquer reembolso de ações de nossa parte deverá, de acordo com a

Lei das Sociedades por Ações, ser realizado com base no valor patrimonial das ações, determinado em nosso

último balanço aprovado pelos acionistas. Entretanto, caso uma assembleia geral de acionistas deliberando

acerca de matérias que ensejam o direito de retirada ocorra após 60 (sessenta) dias contados da data de

divulgação do último balanço da sociedade, qualquer acionista poderá requerer que suas ações sejam

avaliadas com base em um novo balanço a ser aprovado em até 60 (sessenta) dias contados da realização da

respectiva assembleia geral de acionistas.

Ademais, o direito de retirada com base no terceiro, quarto e oitavo itens acima elencados não poderá ser

exercido pelos acionistas investidores caso as ações (1) sejam líquidas, ou seja, integrem o Índice da

BM&FBOVESPA ou outro índice de bolsa de valores (conforme definição da Comissão de Valores

Mobiliários), e (2) estejam amplamente dispersas entre os investidores de modo que o acionista controlador

ou suas subsidiárias possuam menos do que 50% das nossas ações. As nossas ações ordinárias estão

incluídas no Índice da BM&FBOVESPA.

O direito de retirada também poderá ser exercido na hipótese de a empresa resultante de incorporação de

ações, fusão, incorporação ou cisão de companhia listada em Bolsa de Valores deixar de ser companhia

listada no prazo de 120 dias contados da assembleia geral em que a deliberação tenha sido aprovada.

Podemos cancelar o direito de retirada se o montante de pagamento tiver um efeito adverso significativo

sobre as nossas finanças.

Direitos de Conversão

Não é aplicável, porque nosso capital social é representado somente por ações ordinárias.

Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias

Diferentemente das leis que regem as companhias constituídas de acordo com as leis do Estado de

Delaware (EUA), a Lei das Sociedades por Ações não permite aos acionistas aprovar matérias mediante

consentimento escrito obtido em resposta ao um processo de solicitação de consentimento. Todas as questões

submetidas à apreciação dos acionistas devem ser aprovadas em uma assembleia geral, devidamente

convocada segundo prevê a Lei das Sociedades por Ações. Os acionistas podem ser representados nas

assembleias gerais de acionistas por procuradores que sejam (i) acionistas da sociedade, (ii) um procurador

brasileiro, (iii) um membro da administração ou (iv) uma instituição financeira.

134

As assembleias gerais ordinárias serão convocadas e deliberadas nos termos da Legislação Societária

Brasileira para abordar todos os assuntos de interesse da Sociedade. A assembleia geral ordinária deve ser

convocada mediante publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo e em um jornal de grande

circulação no local da nossa sede social, no mínimo, e a primeira convocação deve ser feita quinze dias antes

da assembleia. Em nosso caso, a primeira convocação é feita com 30 dias de antecedência da emissão do

ADRs, conforme recomendado pela CVM. A segunda convocação deve ser feita com pelo menos 8 dias de

antecedência, se o quórum não for alcançado, de acordo com a Legislação Societária Brasileira.

Nas assembleias regularmente convocadas e instaladas, os acionistas têm poderes para tomar quaisquer

decisões relativas às nossas atividades. Nas assembleias gerais ordinárias, que devem ser realizadas dentro de

120 dias do final do exercício, os acionistas têm competência exclusiva para aprovar nossas demonstrações

financeiras e decidir sobre a destinação do lucro líquido e a distribuição de dividendos relativos ao último

exercício findo antes da data da assembleia. Os membros de nosso conselho de administração são geralmente

eleitos em assembleia geral ordinária ainda que, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, eles possam

também ser eleitos em assembleia geral extraordinária. Desde que acionistas titulares de um número

suficiente de ações o solicitem, o Conselho Fiscal poderá ser instalado e seus membros eleitos em qualquer

assembleia geral.

A assembleia geral extraordinária pode ser combinada à assembleia geral ordinária realizada anualmente,

ou ser realizada em outras épocas do ano. Os acionistas reunidos em assembleia geral têm competência

exclusiva para decidir sobre as seguintes matérias, entre outras:

eleição e destituição dos membros do conselho de administração e do conselho fiscal, se instalado a

pedido dos acionistas;

aprovação da remuneração global dos membros do conselho de administração e da diretoria, assim

como a remuneração dos membros do conselho fiscal, se instalado;

alteração do estatuto social;

aprovação de processos de incorporação, fusão ou cisão;

aprovação de processos de dissolução ou liquidação da Companhia, assim como a eleição ou

destituição de liquidante e aprovação de suas contas durante e ao final da liquidação;

aprovação da atribuição de bonificações em ações ou de desdobramento ou grupamento de ações;

aprovação de planos de opção de compra de ações destinados aos nossos administradores e

empregados ou de suas subsidiárias diretas ou indiretas;

aprovação da destinação do lucro líquido e pagamento de dividendos, mediante apreciação da

proposta de alocação dos resultados apresentada por nosso conselho de administração;

autorização para a saída do Novo Mercado ou para um processo de fechamento do capital e

cancelamento do registro de companhia aberta, exceto quando o cancelamento se imponha em

virtude de uma violação dos regulamentos do Novo Mercado pela nossa administração, e em

qualquer desses casos, a escolha de empresa especializada que então contrataremos para elaborar o

laudo de avaliação de nossas ações, em quaisquer desses eventos;

aprovação da prestação de contas de nossa administração e das nossas demonstrações financeiras;

aprovação de qualquer oferta pública primária de ações ou outros valores mobiliários conversíveis

em ações de nossa emissão; e

deliberação sobre qualquer assunto apresentado por nosso conselho de administração.

135

Restrições à Titularidade de Valores Mobiliários

Nem a legislação brasileira, nem o nosso estatuto social estabelecem restrições à titularidade de valores

mobiliários de nossa emissão por pessoas não residentes ou acionistas estrangeiros, que também não estão

sujeitos a quaisquer restrições aos direitos inerentes à propriedade desses valores mobiliários, inclusive direito

de voto.

Disposições sobre Tratamento Igualitário

De acordo com o Artigo 40 de nosso estatuto social e do Regulamentos do Novo Mercado, qualquer parte

que adquirir nosso controle está obrigada a realizar uma oferta pública de aquisição das ações de nossa

emissão detidas por acionistas não controladores, que deverá observar as mesmas condições e preço de

compra pago pelas ações de controle. Além disso, a Lei Estadual nº 119/73, que criou nossa Companhia,

exige que o Estado detenha sempre a maioria de nossas ações.

Reservas

Aspectos Gerais

A Lei das Sociedades por Ações determina que todas as alocações discricionárias de “lucro ajustado”

estão sujeitas à aprovação dos acionistas e podem ser acrescidas ao capital ou distribuídas como dividendos

em anos subsequentes. No caso da nossa reserva de capital e da reserva legal, essas estão também sujeitas à

aprovação dos acionistas, mas o uso de seus respectivos saldos é restrito à sua adição ao capital ou absorção

como prejuízo. Tais saldos não podem ser utilizados como fonte para distribuição de lucros aos acionistas.

Reserva de Capital

Nossa reserva de capital compreende incentivos fiscais e doações de agências governamentais e entidades

privadas recebidas até 31 de dezembro de 2007. Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos uma reserva de

capital de R$124,3 milhões.

Reserva de Investimentos

Nossa reserva de investimentos é composta especificamente de recursos internos para a expansão dos

sistemas para serviços de água e esgotos. Em 31 de dezembro de 2013, tínhamos uma reserva de

investimentos de R$5,980.5 milhões.

Reserva Legal

Conforme previsto pela Lei das Sociedades por Ações, somos obrigados a manter uma reserva legal, à

qual devemos alocar 5% do lucro líquido de cada exercício, até que o valor dessa reserva seja equivalente a

20,0% do nosso capital integralizado. O prejuízo acumulado, se houver, pode ser debitado contra a reserva

legal. Em 31 de dezembro de 2013, o saldo da nossa reserva legal era de R$713,0 milhões.

Arbitragem

Em relação à nossa listagem no segmento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, nós, nossos

acionistas, conselheiros e diretores comprometemo-nos a submeter a arbitragem todos e quaisquer litígios ou

controvérsias decorrentes das normas do Novo Mercado ou de quaisquer outras questões societárias. Vide

“Item 9.C. Mercados". Nos termos de nosso estatuto social, quaisquer litígios surgidos entre nós, nossos

acionistas e nossa administração com relação à aplicação das regas do Novo Mercado, da Lei das Sociedades

por Ações, e das normas e regulamentos relativos a mercados brasileiros de capitais serão dirimidos por meio

de arbitragem conduzida de acordo com as Regras de Arbitragem da BM&FBOVESPA na Câmara de

Arbitragem do Mercado. Quaisquer litígios surgidos entre acionistas, inclusive detentores de ADSs, e litígios

surgidos entre nós e acionistas, inclusive detentores de ADSs, serão também submetidos a arbitragem.

136

Opções

Não existem atualmente opções em aberto para a compra de quaisquer de nossas ações ordinárias.

C. Contratos Relevantes

Para uma descrição dos contratos relevantes celebrados por nós e pelo Estado de São Paulo, vide “Item

7.B Operações com Partes Relacionadas—Operações com o Estado de São Paulo —Contratos com o

Estado”.

D. Controles de Câmbio

O direito de converter dividendos ou pagamentos de juros e proventos da venda de ações em moeda

estrangeira e de remeter tais montantes ao exterior está sujeito a restrições previstas na legislação do

investimento estrangeiro que determina, genericamente e entre outras coisas, que os investimentos relevantes

sejam registrados no Banco Central e na CVM. Tais restrições à remessa de capital estrangeiro ao exterior

podem dificultar ou impedir o custodiante das nossas ações ordinárias representadas por nossas ADSs ou os

detentores das nossas ações ordinárias de converter dividendos, distribuições ou os proventos de qualquer

venda das ações em dólares norte-americanos e de remeter os montantes em dólares ao exterior. Detentores

das nossas ADSs podem ser negativamente afetados por atrasos ou pela recusa na concessão de autorizações

governamentais para a conversão de pagamentos em Reais referentes às ações ordinárias subjacentes às

nossas ADS e para a remessa dos proventos resultantes ao exterior.

A Resolução nº 1.927 de 18 de maio de 1992 do CMN prevê a emissão de “depositary receipts” em

mercados estrangeiros em relação às ações de emissores brasileiros. O Programa de ADSs foi aprovado de

acordo com Anexo V da Resolução CVM nº. 1289 de 20 de março de 1987 antes da emissão das ADSs.

Assim sendo, os proventos da venda das ADSs pelos detentores de ADRs fora do Brasil não estão sujeitos aos

controles de investimento estrangeiro no Brasil, e os detentores de ADSs fazem jus a um tratamento fiscal

favorável sob determinadas circunstâncias. Vide “Item 3.D. Fatores de Risco ― Riscos Relacionados às

Nossas Ações Ordinárias e ADSs ― O investidores que permutarem as ADSs por ações ordinárias poderão

perder a capacidade de remeter moeda estrangeira para o exterior e de obter certas vantagens fiscais

brasileiras” e “Item 10.E - Tributação ― Considerações sobre a Tributação Brasileira”.

E. Tributação

Este sumário contém a descrição de determinadas consequências no imposto de renda brasileiro e dos

Estados Unidos decorrentes da compra, titularidade e alienação de ações ordinárias ou ADSs por um detentor.

Este sumário toma por base a legislação fiscal do Brasil e a legislação federal do imposto de renda dos

Estados Unidos em vigor na data do presente relatório anual, as quais estão sujeitas a alteração, possivelmente

com efeito retroativo, e a divergência de interpretações. Os detentores de ações ordinárias ou ADSs deverão

consultar seus próprios consultores fiscais quanto às consequências fiscais brasileiras, norte-americanas ou de

outra natureza decorrentes da compra, titularidade e alienação das ações ordinárias ou das ADSs inclusive, em

particular, quanto ao efeito de qualquer lei fiscal estrangeira, estadual ou local.

Embora atualmente não haja tratado de imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as

autoridades fiscais dos dois países mantiveram discussões no passado sobre um tratado dessa natureza.

Nenhuma garantia pode ser dada, contudo, quanto a se ou quando tal tratado entrará em vigor, ou como o

mesmo afetará os detentores norte-americanos de ações ordinárias ou ADSs.

Considerações Sobre a Tributação Brasileira

A discussão a seguir resume as principais consequências fiscais no Brasil decorrentes da aquisição,

titularidade e alienação de ações ordinárias ou ADSs por um detentor que não seja domiciliado no Brasil, para

os fins de tributação no Brasil (um “detentor não brasileiro”). Ela se baseia na legislação brasileira e em

regras e regulamentos conforme atualmente em vigor, e, assim sendo, quaisquer alterações nos mesmos pode

137

alterar as consequências descritas a seguir. Cada detentor não-brasileiro deverá consultar seu próprio

consultor fiscal no que se refere às consequências fiscais de um investimento em ações ordinárias ou ADSs.

Um detentor não-brasileiro de ADSs pode cancelá-las em troca de ações ordinárias no Brasil. Nos

termos da legislação brasileira, os detentores não-brasileiros poderão investir em ações ordinárias nos termos

da Resolução nº 2.689 de 26 de janeiro de 2000 do CMN (um “detentor 2.689”).

Tributação de Dividendos

Em decorrência da legislação fiscal adotada em 26 de dezembro de 1995, dividendos baseados em lucros

gerados a partir de 1º de janeiro de 1996 incluindo dividendos pagos em espécie, pagáveis por nós sobre ações

ordinárias ou ADSs, estão isentos de imposto de renda retido na fonte. Dividendos referentes a lucros gerados

antes de 1º de janeiro de 1996 podem estar sujeitos ao imposto de renda retido na fonte no Brasil a alíquotas

variadas, dependendo do ano em que os lucros foram gerados.

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios de

2009 e 2008, a Companhia optou pelo RTT, que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei

11.638/07 e da MP 449/08, convertida na Lei 11.941/09, por meio de registros no livro de apuração do lucro

real – LALUR ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil.

A Companhia adota as mesmas práticas tributárias desde 2008, uma vez que o RTT passou a ser

obrigatório e terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos

contábeis, buscando a neutralidade tributária.

Em 11 de novembro de 2013, foi editada a Medida Provisória 627, alterando a legislação tributária

federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), à contribuição Social sobre o Lucro

Líquido (CSLL), à Contribuição para o Pis/Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade

Social (Cofins). Tal Medida Provisória revoga o Regime Tributário Transitório (RTT), instituído pela Lei

11.941/09 e dispões também sobre a tributação da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, com relação ao

acréscimo patrimonial decorrente de participação em lucros auferidos no exterior por controladas e coligadas

e de lucros auferidos por pessoa física residente no Brasil por intermédio de pessoa jurídica controlada no

exterior. A medida provisória permite à possiblidade da adoção de seus efeitos já no ano calendário de 2014.

A Companhia preparou um estudo dos potenciais efeitos da aplicação da Medida Provisória 627/2013 e

Instrução Normativa 1.397/2013 e concluiu que não resultam em efeitos relevantes em suas operações e em

suas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, baseada na melhor

interpretação do texto corrente da Medida Provisória. A possível conversão da Medida Provisória 627/2013

em Lei pode resultar em alteração na conclusão da Companhia, caso o texto final resulte em alterações não

contempladas na Medida Provisória e alterem a forma de tributação atual a que a Companhia está sujeita. A

Companhia está aguardando a conversão da referida Medida Provisória em Lei para que possa decidir sobre

sua adoção antecipada ou não, consoante o texto final a ser promulgado.

Tributação de Ganhos

Os ganhos realizados na alienação de ações ordinárias estão sujeitos ao imposto de renda no Brasil,

independentemente de a venda ser feita por um detentor não brasileiro para um residente ou pessoa

domiciliada no Brasil. Isto é devido ao fato de que as ações ordinárias podem ser consideradas ativos

localizados no Brasil para fins da Lei n º 10.833.

Assim, os ganhos, para fins de tributação dos ganhos auferidos em uma venda ou alienação de ações

ordinárias realizadas em bolsa de valores brasileira (que inclui transações realizadas no mercado de balcão

organizado mercado de balcão ) :

estão isentos de imposto de renda quando auferidos em um detentor não brasileiro que (1) tenha

registrado seu investimento no Brasil junto ao Banco Central de acordo com as normas da Resolução

CMN nº 2.689 / 00, ou 2.689 Titular, e (2) não é um residente ou domiciliado em Jurisdição de Baixa

Tributação; ou

138

em todos os outros casos, incluindo os ganhos realizados por um Detentor Não Residente que não

seja um Detentor 2.689 e / ou for residente ou domiciliado em um Jurisdição de Baixa Tributação,

sujeito a imposto de renda à alíquota de 15,0%. Nesses casos, um imposto de renda retido na fonte à

alíquota de 0,005% será aplicado e, posteriormente, poderá ser compensado com o eventual imposto

de renda devido sobre o ganho de capital.

Quaisquer outros ganhos auferidos sobre a alienação das ações ordinárias que não são realizadas na bolsa

de valores brasileira estão sujeitos a imposto de renda à alíquota de 15%, com exceção de Jurisdição de Baixa

Tributação, que, neste caso, estaria sujeito ao imposto de renda a uma alíquota de 25%. Caso esses ganhos

estejam relacionados a operações realizadas no mercado de balcão brasileiro não organizado com

intermediação, o imposto de renda retido na fonte de 0,005% também será aplicável e pode ser compensado

com o eventual imposto de renda devido sobre o ganho de capital.

Para fins brasileiros, a partir de janeiro de 2009, uma Jurisdição de Baixa Tributação é considerada um

regime: (i) que não impõe imposto de renda ou o faz a uma taxa de 20% ou inferior, ou ( ii) quando a

legislação local aplicável impuser restrições à divulgação da composição acionária ou a titularidade de

investimentos, ou ao beneficiário final da renda derivada de operações realizadas e atribuíveis a um detentor

não brasileiro. Ver “Discussão sobre Jurisdição de Baixa Tributação. “

No caso de resgate de títulos ou redução de capital por uma companhia brasileira, como nós mesmos, a

diferença positiva entre o valor efetivamente recebido pelo detentor não brasileiro e o custo de aquisição

correspondente é tratado, para efeitos fiscais, como ganho de capital derivado da alienação das ações

ordinárias não realizado em uma bolsa de valores brasileira e, portanto, sujeito a imposto de renda à alíquota

de 15% ou 25%, conforme o caso.

Qualquer exercício de direitos de preferência relativos às ações ordinárias não estará sujeito ao imposto

de renda brasileiro. Qualquer ganho na venda ou cessão de direitos de preferência relativos às ações ordinárias

por um detentor não brasileiro de ações ordinárias ou ADSs estará sujeito à tributação brasileira na mesma

taxa aplicável à venda ou alienação de ações ordinárias.

Não há garantia de que o atual tratamento preferencial para detentores de ADSs e detentores não

brasileiros de ações ordinárias segundo a Resolução 2.689 continuará no futuro ou que não será alterado no

futuro. Reduções na taxa de imposto prevista pelos tratados fiscais brasileiros não se aplicam ao imposto

sobre ganhos realizados em vendas ou trocas de ações ordinárias.

Venda de ADSs por detentor não-brasileiro a outro detentor não-brasileiro

Ganhos auferidos fora do Brasil por um detentor não-brasileiro em decorrência da alienação de ADSs a

outro detentor não-brasileiro não estão atualmente sujeitos a tributação no Brasil. Todavia, de acordo com

algumas interpretações do disposto na Lei nº 10.833 de dezembro de 2003, a alienação de ativos situados no

Brasil por um detentor não-brasileiro, quer para outro detentor não-brasileiro ou para detentores brasileiros,

pode vir a estar sujeita à tributação no Brasil. Embora acreditemos que as ADSs não se enquadrem na

definição de ativos situados no Brasil para os fins da Lei nº 10.833, tendo em vista o escopo geral e pouco

claro da mesma e a falta de jurisprudência pacífica sobre suas disposições, não temos condições de prever se

esse entendimento prevalecerá afinal nos tribunais brasileiros.

Caso o argumento acima não prevaleça, os ganhos auferidos na alienação de ADSs por um detentor

não-brasileiro a um residente brasileiro podem estar sujeitos a tributação no Brasil de acordo com as regras

descritas a seguir para ADSs, ou as regras fiscais aplicáveis a ações ordinárias, conforme for o caso.

Troca de ADSs por ações ordinárias

Embora não haja uma diretriz regulatória clara, o cancelamento de ADSs em troca de ações ordinárias

não está sujeito à incidência do imposto de renda no Brasil, desde que as regras fiscalizatórias sejam

adequadamente observadas em relação ao registro do investimento perante o Banco Central.

139

Após o recebimento das ações ordinárias subjacentes em troca de ADSs, os detentores não-brasileiros

também podem optar por registrar no Banco Central o valor em dólares norte-americanos de tais ações

preferenciais ou ordinárias como carteira de investimento estrangeiro nos termos da Resolução n º 2689/00,

ou como investimento estrangeiro direto, nos termos da Lei 4131/62.

Troca de ações ordinárias por ADSs

O depósito de ações ordinárias em troca de ADSs poderá estar sujeito ao imposto sobre os ganhos de

capital no Brasil à alíquota de 15%, ou 25% nos casos em que o detentor não-brasileiro estiver sediado em

uma jurisdição nula ou baixa tributação, se o custo de aquisição das ações ordinárias for inferior (1) ao preço

médio por ação ordinária em uma bolsa de valores no Brasil na qual tenha sido vendida a maior quantidade

dessas ações na data do depósito, ou (2) se nenhuma ação ordinária tiver sido vendida naquele dia, ao preço

médio na bolsa de valores no Brasil na qual tiver sido vendida a maior quantidade de ações ordinária nos

quinze pregões imediatamente anteriores a tal depósito. Nesse caso, a diferença entre o custo de aquisição e o

preço médio das ações ordinárias, calculado na forma acima, deverá ser considerado como ganho de capital.

Discussão sobre Jurisdições de Baixa Tributação

A Lei n º 11.727, publicada em 24 de junho de 2008, acrescentou o conceito de “regime fiscal

privilegiado”, em relação a transações sujeitas ao preço de transferência e das regras de subcapitalização.

Nesta concepção, os regimes fiscais privilegiados são mais abrangente do que o conceito de paraíso fiscal.

Considera-se “regime fiscal privilegiado” a jurisdição que: (i) não tribute a renda ou a tribute à alíquota

máxima inferior a 20%; (ii) conceda vantagem de natureza fiscal a pessoa física ou jurídica não -residente (a)

sem exigência de realização de atividade econômica substantiva no país ou dependência ou (b) condicionada

ao não exercício de atividade econômica substantiva no país ou dependência; - (iii) não tribute, ou o faça em

alíquota máxima inferior a 20% os rendimentos auferidos fora de seu território; e (iv) não permita o acesso a

informações relativas à composição societária, titularidade de bens ou direitos ou às operações econômicas

realizadas.

A despeito de o conceito de “regime fiscal privilegiado” ter sido editado para fins de aplicação das regras

de preços de transferência e das regras de subcapitalização, não é possível garantir que as autoridades fiscais

brasileiras não tentarão aplicar o conceito para outros tipos de transações, tais como investimentos nos

mercados financeiro e de capitais. Recomendamos que os potenciais investidores consultem seus próprios

assessores legais, de tempos em tempos, para verificar os impactos fiscais relativos à Lei n º 11.727.

Juros Sobre o Capital Próprio

De acordo com a legislação brasileira e com o nosso Estatuto Social, podemos optar por distribuir lucros

sob a forma de juros sobre o capital próprio em relação às ações ordinárias ou as ADSs como forma

alternativa de pagamento de dividendos.

A distribuição de juros sobre o capital próprio em relação às ações ordinárias ou ADSs como alternativa ao

pagamento de dividendos aos acionistas, quer sejam detentores não-brasileiros ou detentores brasileiros de

ações ordinárias ou ADSs, está sujeito a incidência de imposto de renda brasileiro na fonte à alíquota de 15%,

ou 25% no caso de residentes não-brasileiros que sejam sediados em jurisdição nula ou baixa tributação. Tais

pagamentos, observadas determinadas limitações, são dedutíveis para os fins do imposto de renda no Brasil.

Estes juros estão limitados à variação pro rata die da taxa de juros de longo prazo do Governo Federal,

conforme determinado pelo Banco Central eventualmente e não pode exceder o maior de:

(a) 50% do lucro líquido (após a contribuição social sobre o lucro líquido e antes da provisão para

imposto de renda, e os valores atribuíveis aos acionistas na forma de juros sobre o capital

próprio) para o período em relação ao qual o pagamento é efetuado, ou

(b) 50% da soma dos lucros acumulados e reservas de lucros a partir da data do início do período em

relação ao qual o pagamento é feito.

140

Outros Impostos Brasileiros

Não há quaisquer impostos brasileiros sobre herança, doação, ou sucessão incidentes sobre a titularidade,

transferência ou alienação de ações ordinárias ou ADSs por um detentor não-brasileiro, exceto os impostos

sobre transmissão de bens “inter-vivos” e “causa mortis” que são cobrados por alguns Estados do Brasil sobre

doações efetuadas ou heranças deixadas por pessoas físicas ou jurídicas não residentes no Brasil a pessoas

físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no respectivo Estado no Brasil. Não há impostos brasileiros de

selo, emissão, registro ou impostos ou tarifas similares devidos pelos detentores não-brasileiros de ações

ordinárias ou ADSs.

Imposto sobre Operações Cambiais (IOF/ Câmbio)

De acordo com o Decreto n º 6.306, de 14 de dezembro de 2007, conforme alterada, ou o Decreto n º

6.306 / 07, a conversão de moeda brasileira em moeda estrangeira (por exemplo, para fins de pagamento de

dividendos e juros) e a conversão de moeda estrangeira em moeda brasileira pode estar sujeita ao Imposto

sobre Operações de Câmbio ou IOF / Câmbio. Atualmente, para a maioria das operações de câmbio, a taxa de

IOF / Câmbio é de 0,38%. Em vigor a partir de 1 de Dezembro de 2011, operações de câmbio realizadas por

investidor (incluindo detentor não residente)para ingresso de recursos do país estão sujeitas à alíquota zero do

imposto. A mesma alíquota aplica-se ao retorno dos recursos ao exterior, incluindo os pagamentos de

dividendos e juros sobre o capital próprio. Finalmente, a alíquota zero aplica-se às operações de câmbio para

ingresso no país de recursos através de cancelamento de depositary receipts, para investimento em ações

negociáveis em bolsa de valores. A alíquota de IOF/ Câmbio também será de 0% para o fluxo de saída de

fundos do Brasil relativos a este tipo de pagamentos, inclusive os pagamentos de dividendos e juros de ações

dos detentores e a repatriação dos fundos investidos no mercado brasielrio.

O governo brasileiro pode aumentar a alíquota do IOF / Câmbio a um máximo de 25,0% do montante da

operação de câmbio, a qualquer momento, mas esse aumento não se aplica retroativamente.

Imposto sobre transações envolvendo títulos (“IOF/Imposto sobre títulos”)

As operações de aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação de títulos e valores

mobiliários, incluindo as operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros, também

estão sujeitas à incidência do IOF/Títulos. Como regra geral, as operações envolvendo ações ordinárias ou

ADSs (American Depositary Shares) estão atualmente sujeitas à alíquota zero do imposto. A alíquota do

imposto pode ser majorada a qualquer tempo, por ato do Poder executivo, até o percentual de 1,5% ao dia,

mas apenas em relação a transações futuras.

Considerações Sobre o Imposto de Renda Federal dos Estados Unidos

A discussão abaixo é um resumo de determinadas consequências da aquisição, titularidade e alienação de

ações ordinárias ou ADSs a partir a data deste instrumento quanto a imposto de renda federal dos Estados

Unidos. Essa discussão é aplicável apenas ao proprietário e beneficiário final de ações ordinárias ou ADSs

que seja considerado um “Detentor Norte-Americano”. Conforme definido neste relatório, o termo “Detentor

Norte-Americano” significa o proprietário e beneficiário final de uma ação ordinária ou ADS que, para fins de

imposto de renda federal dos Estados Unidos, seja:

um cidadão ou residente dos Estados Unidos;

uma sociedade por ações (ou outra empresa tratada como uma sociedade por ações para fins do

imposto de renda federal dos Estados Unidos) criada ou constituída nos termos das leis norte-

americanas ou de qualquer estado norte-americano ou do Distrito de Colúmbia;

um acervo cujo rendimento esteja sujeito a imposto de renda federal norte-americano,

independentemente de sua fonte; ou

um trust caso (1) esteja sujeito à supervisão primária de um tribunal nos Estados Unidos e uma ou

mais pessoas norte-americanas detiverem poderes para controlar todas as decisões substanciais do

141

trust ou (2) detenha uma opção válida em vigor nos termos dos regulamentos do Departamento do

Tesouro dos Estados Unidos para ser tratado como pessoa norte-americana;

Caso uma partnership (ou outra entidade tratada como tal para fins do imposto de renda federal norte-

americano) detenha ações ordinárias ou ADSs, o tratamento fiscal do sócio dependerá, de modo geral, da

situação do sócio e das atividades da partnership. Um detentor norte-americano que seja sócio de uma

partnership detentora de ações ordinárias ou ADSs, deverá consultar seus consultores fiscais.

Exceto onde for ressaltado, esta discussão trata apenas de ações ordinárias ou ADSs detidas como ativos

de capital dentro do significado atribuído pela Seção 1221 do Código de Receitas Internas de 1986 e

posteriores alterações, ou o “Código”, e não trata dos Detentores Norte-Americanos que podem estar sujeitos

a regras especiais de imposto de renda federal dos Estados Unidos, tais como negociadores de valores

mobiliários ou importâncias, moedas, negociantes de valores mobiliários que optem por utilizar a metodologia

contábil de “marcação a mercado” para os valores mobiliários por eles detidos, bancos e outras instituições

financeiras, entidades isentas de impostos, companhias seguradoras, trusts de investimento em bens imóveis,

sociedades de investimento reguladas, pessoas detentoras de ações ordinárias - ou ADSs como parte de

operação de hedge, integração, conversão, venda presumida ou operação de straddle, pessoas sujeitas a

imposto mínimo alternativo, entidades de repasse e investidores em entidade de repasse, pessoas detentoras de

10% ou mais das nossas ações com direito a voto ou pessoas cuja “moeda funcional” não seja o dólar norte-

americano.

Essa discussão toma por base as disposições do Código e os regulamentos, normas e pronunciamentos

atuais e propostos pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e decisões judiciais na presente data.

Tais instrumentos poderão ser revogados, anulados ou modificados de sorte a resultar em consequências do

imposto de renda federal norte-americano diferentes das discutidas abaixo, possivelmente com efeito

retroativo. Ademais, este sumário toma por base, em parte, declarações prestadas pelo Depositário e presume

que o contrato de depósito e todos os demais contratos correlatos, serão cumpridos em conformidade com

seus termos.

Exceto na medida em que estiver descrito abaixo, essa discussão parte da premissa de que nós não somos

uma sociedade de investimentos estrangeiros passivos (“passive foreign investment company”, ou “PFIC”

para fins do imposto de renda federal norte-americano). Vide a discussão contida no item “― Regras para

Sociedades de Investimentos Estrangeiros Passivos” a seguir. Ademais, essa discussão não aborda impostos

aplicáveis a espólios e doações, imposto mínimo alternativo, imposto Medicare sobre renda de investimentos

líquido, consequências fiscais em nível estadual ou municipal ou -consequências fiscais de aquisição detenção

e alienação de ações ordinárias ou ADSs.

ADSs

De modo geral, para fins do imposto de renda federal dos Estados Unidos, os detentores norte-

americanos de ADSs serão tratados como titulares das ações ordinárias subjacentes representadas pelas ADSs.

Depósitos ou retiradas de ações ordinárias por detentores norte-americanos de ADSs não ficarão sujeitos a

imposto de renda federal dos Estados Unidos. Contudo, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos

expressou preocupações no sentido de que partes envolvidas em transações em que as ações depositadas são

pré-liberadas poderão praticar atos que sejam incompatíveis com a reivindicação de créditos fiscais

estrangeiros pelos detentores de ADSs. Por conseguinte, a análise da possibilidade de crédito dos impostos

brasileiros descritos no presente instrumento pode ser afetada por atos futuros que poderão ser praticados pelo

Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Tributação de Dividendos

O valor bruto das distribuições pagas ao detentor norte-americano (inclusive impostos brasileiros retidos

na fonte, se houver, e quaisquer pagamentos de juros sobre o capital próprio, conforme descrito acima em “—

Considerações sobre a Tributação Brasileira”) será tratado como rendimento de dividendos, na medida em

que pago com utilização de nossos ganhos e lucros correntes ou acumulados, conforme determinado nos

termos dos princípios do imposto de renda federal dos Estados Unidos. Tal renda geralmente será passível de

inclusão na renda bruta do detentor norte-americano como renda ordinária quando efetiva ou presumidamente

142

recebida pelo mesmo, no caso de ações ordinárias, ou quando efetiva ou presumidamente recebida pelo

Depositário, no caso de ADSs. Esses dividendos não farão jus à dedução por dividendos recebidos permitida

a companhias nos termos do Código. Na medida em que o valor de qualquer distribuição exceda nossos

ganhos e lucros correntes ou acumulados em um dado exercício social, a distribuição será primeiramente

tratada como retorno de capital livre de impostos na extensão da base de cálculo ajustada do detentor

norte-americano para as ações ordinárias ou ADSs, acarretando uma redução em tal base de cálculo ajustada

(aumentando desse modo o valor do ganho ou reduzindo o valor da perda a ser reconhecido em alienação

subsequente de nossas ações ordinárias ou ADSs) e o saldo excedente da base ajustada será tributado como

ganho de capital reconhecido em venda ou permuta. Tendo em vista que não esperamos manter os cálculos

de ganhos e lucros em conformidade com os princípios do imposto de renda federal norte-americano, os

detentores norte-americanos devem esperar que, de maneira geral, uma distribuição seja tratada como

dividendo para fins do imposto de renda federal norte-americano. .A distribuição de ações ordinárias ou ADSs

adicionais a detentores norte-americanos que seja parte de uma distribuição proporcional a todos os nossos

acionistas não estará genericamente sujeita ao imposto de renda federal norte-americano.

O valor de qualquer dividendo pago em reais será igual ao valor em dólar norte-americano dos reais

recebidos, calculado com base na taxa de câmbio em vigor na data em que o dividendo seja recebido pelo

detentor norte-americano, no caso de ações ordinárias, ou pelo Depositário, no caso de ADSs,

independentemente de os Reais serem ou não convertidos em dólares norte-americanos. Caso os Reais

recebidos como dividendo não sejam convertidos em dólares norte-americanos na data do recebimento, o

detentor norte-americano disporá de uma base de cálculo em Reais igual ao seu valor em dólar norte-

americano na data do recebimento. Qualquer ganho ou perda realizado em uma conversão ou outra alienação

subsequente dos Reais será tratado como lucro ou prejuízo ordinário de fonte norte-americana. Se os

dividendos pagos em Reais forem convertidos em dólares norte-americanos, na data em que forem recebidos

pelo detentor norte-americano ou pelo Depositário, conforme o caso, o detentor norte-americano, via de regra,

não estará obrigado a reconhecer ganho ou prejuízo em moeda estrangeira em relação à receita de dividendos.

Os detentores norte-americanos devem consultar seus consultores fiscais acerca do tratamento de qualquer

ganho ou prejuízo em moeda estrangeira, se quaisquer valores em Reais recebidos por ele ou pelo Depositário

ou seu agente não forem convertidos em dólares norte-americanos na data do recebimento.

Alguns dividendos recebidos por determinados detentores norte-americanos não corporativos podem ser

elegíveis a alíquotas preferenciais, desde que (1) sejam cumpridas determinações acerca de períodos de

detenção especificados, (2) o detentor norte-americano não esteja vinculado a uma obrigação (quer nos termos

de uma venda a descoberto ou outra) de efetuar pagamentos correlatos referentes a posições em ativos

substancialmente similares ou relacionados, (3) a companhia que pagar os dividendos seja uma “qualified

foreign corporation” e (4) a companhia não seja uma companhia de investimentos estrangeiros passivos

(PFIC) para fins do imposto de renda nos Estados Unidos no exercício da distribuição ou no exercício anterior

Não acreditamos que tenhamos sido classificados como “PFIC” no nosso exercício anterior e não esperamos

sê-lo no exercício atual. Nós seremos tratados de forma geral como uma qualified foreign corporation no que

se refere às nossas ADSs enquanto essas permanecerem listadas na NYSE. No entanto, com base na

orientação existente, não está inteiramente claro se os dividendos recebidos em relação a ações ordinárias (na

medida em que não estejam representadas por ADSs) serão elegíveis a esse tratamento já que as ações

ordinárias não estão, elas próprias, listadas em uma bolsa de valores norte-americana. Os detentores norte-

americanos devem consultar os próprios consultores fiscais deles acerca da aplicação dessa alíquota

preferencial aos dividendos pagos diretamente sobre ações ordinárias.

Observadas certas limitações e condições complexas (inclusive uma exigência de período mínimo de

detenção), os impostos de renda brasileiros retidos na fonte incidentes sobre dividendos, se houver, poderão

ser tratados como impostos estrangeiros passíveis de crédito contra o imposto de renda federal dos Estados

Unidos de um detentor norte-americano. Alternativamente, por opção do detentor norte-americano, se este

não optar por reivindicar um crédito de imposto de renda estrangeiro em relação a quaisquer impostos

estrangeiros pagos durante o exercício financeiro, todos os impostos de renda estrangeiros pagos podem, ao

invés, ser deduzidos no cômputo da renda tributável desse detentor norte-americano. Para os fins de cálculo

do crédito de imposto estrangeiro, os dividendos pagos às nossas ações ordinárias serão tratados como renda

proveniente de fontes fora dos Estados Unidos. Para os fins das limitações ao crédito de impostos

estrangeiros, via de regra os dividendos pagos por nós constituirão “passive category income” para a maioria

143

dos detentores norte-americanos. As normas que regem o crédito de imposto estrangeiro são complexas. Os

detentores norte-americanos deverão consultar seus consultores fiscais sobre a disponibilidade de crédito de

imposto estrangeiro em circunstâncias particulares.

Tributação de Ganhos de Capital

Para fins do imposto de renda federal dos Estados Unidos, um detentor norte-americano de modo geral

reconhecerá ganho ou perda tributável em qualquer venda, permuta ou outra alienação tributável de ação

ordinária ou ADS em valor igual à diferença entre o valor em dólares norte-americanos do montante realizado

por ação ordinária ou ADS e a base de cálculo ajustada da ação ordinária ou ADS determinada em dólares

norte-americanos do detentor norte-americano. Tal ganho ou perda constituirá de modo geral ganho ou perda

de capital. O ganho ou perda de capital será ganho ou perda de capital de longo prazo se por ocasião da

venda, permuta ou outra alienação tributável que o detentor norte-americano detiver nossas ações ordinárias

ou ADSs por mais de um ano. Os ganhos de capital de pessoas físicas derivados de ativos de capital detidos

por mais de um ano são passíveis de alíquotas reduzidas de tributação. A dedutibilidade das perdas de capital

está sujeita a limitações. Qualquer ganho ou perda reconhecido por um detentor norte-americano será, de

modo geral, tratado como ganho ou perda com fonte nos Estados Unidos. Consequentemente, um detentor

norte-americano não poderá utilizar o crédito de imposto estrangeiro decorrente de eventual imposto

brasileiro incidente sobre a alienação de ação ordinária ou ADS, se houver, a menos que o crédito possa ser

aplicado (observadas as limitações aplicáveis) contra o imposto de renda federal norte-americano devido

sobre outra renda tratada como derivada de fontes estrangeiras.

Regras para Sociedades de Investimento Estrangeiro Passivo (“PFIC”)

Com base na nossa receita atual e projetada, ativos, atividades e planos de negócios atuais e projetados,

não esperamos que nossas ações ordinárias ou ADSs sejam consideradas ações de uma PFIC durante o atual

exercício (embora uma definição a respeito não possa ser feita até o final deste exercício), e pretendemos

continuar a operar de maneira tal que não esperamos vir a ser classificados como uma PFIC num futuro

próximo. Porém, tendo em vista que a determinação de se nossas ações ordinárias ou ADSs constituem ou não

ações de PFIC é feita anualmente e tem por base a composição de nossa receita, ativos e a natureza das nossas

atividades bem como a receita, os ativos e as atividades de entidades nas quais temos uma participação de

pelo menos 25%, e em função das incertezas na aplicação das regras relevantes, não podemos assegurar aos

Detentores Norte-Americanos que nossas ações ordinárias não sejam consideradas ações de uma PFIC em

qualquer exercício. Se as ações ordinárias ou as ADSs fossem ações de uma PFIC em qualquer exercício, os

detentores norte-americanos (incluindo determinados detentores indiretos) podem estar sujeitos a

consequências fiscais adversas, inclusive a possível cobrança de uma taxa de juros sobre ganhos ou

“distribuições excedentes” alocáveis a exercícios anteriores dentro do período de detenção do detentor norte-

americano, durante os quais nossa empresa foi uma pfic. Se nós formos considerados uma pfic em qualquer

exercício, os dividendos pagos sobre as nossas adss não seriam qualified dividend income elegíveis de

alíquotas preferenciais do imposto de renda federal norte-americano. Ademais, nos termos de legislação

editada recentemente, um detentor norte-americano de ações ordinárias ou adss em qualquer exercício

tributável em que nós sejamos tratados como uma pfic, via de regra, seria obrigado a arquivar um formulário

irs 8621 e atender outras exigências relativas aos arquivamentos anuais nos termos da legislação promulgada

em 2010. Os detentores norte-americanos deverão consultar seus próprios consultores fiscais sobre a

aplicabilidade das regras para PFICs às ações ordinárias e ADSs (inclusive exigências de apresentação de

informações a respeito).

Apresentação de Informações e Retenções Preventivas

De modo geral, as exigências de apresentação de informações serão aplicáveis aos dividendos pagos às

nossas ações ordinárias ou ADSs, ou ao produto da venda, permuta ou resgate das ADSs, em cada caso na

medida em que forem tratados como tendo sido pagos nos Estados Unidos (e, em certos casos, fora dos

Estados Unidos) a um detentor norte-americano, a menos que este estabeleça sua condição de destinatário

isento; sendo que a retenção preventiva na fonte (atualmente a uma taxa de 28%) poderá se aplicar a tais

valores caso o detentor norte-americano não estabeleça sua condição de destinatário isento ou deixe de

fornecer um número de identificação de contribuinte correto e de certificar que tal detentor norte-americano

não está sujeito a retenções preventivas. O valor de qualquer retenção preventiva decorrente de pagamento ao

144

detentor norte-americano será aceito como restituição ou crédito contra a responsabilidade por imposto de

renda federal dos Estados Unidos desse detentor norte-americano, desde que ele forneça tempestivamente as

informações exigidas ao Departamento da Receita Federal.

Ademais, os detentores norte-americanos devem estar cientes de que legislação editada recentemente

impõe novas exigências de apresentação de informações acerca da detenção de certos ativos financeiros

estrangeiros, inclusive ações de emissores estrangeiros que não seja detido em uma conta mantida por uma

instituição financeira, se o valor total de todos esses ativos ultrapassar US$50.000. Os detentores norte-

americanos devem consultar seus próprios consultores fiscais acerca da aplicação das regras de apresentação

de informações às nossas ações ordinárias e ADSs e da aplicação da legislação editada recentemente à sua

situação específica.

F. Dividendos e Agentes de Pagamento

Não se aplica.

G. Declaração de Peritos

Não se aplica.

H. Exibição de Documentos

Estamos sujeitos à apresentação periódica de informações e outras exigências informativas do Securities

Exchange Act de 1934 dos Estados Unidos, e alterações posteriores. Por conseguinte, estamos obrigados a

apresentar relatórios e outras informações à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, SEC. O

investidor poderá examinar e tirar cópia de relatórios e outras informações apresentadas por nós nas

instalações públicas mantidas pela SEC na 100 F. Street, N.W., Washington D.C., 20549. Nossos

arquivamentos também estão disponíveis no site da SEC em http://www.sec.gov. Os relatórios e outras

informações também poderão ser inspecionados e copiados nos escritórios da New York Stock Exchange,

Inc., 20 Broad Street, New York, New York, 10005.

Nosso site está localizado em http://www.sabesp.com.br e nossos sites de relacionamento com o

investidor está localizado em http://www.sabesp.com.br/investors. (Esta URLs são destinadas somente a uma

referência textual inativa. Eles não são destinados a serem um hyperlink ativo para nosso site. As informações

em nosso site, que podem ser acessadas através do hyperlink resultante desta URL, não são e nem devem ser

consideradas como incorporadas ao presente relatório anual).

Também fornecemos ao depositário relatórios anuais em inglês, inclusive demonstrações financeiras

anuais auditadas e demonstrações financeiras trimestrais não auditadas em inglês referentes a cada um dos

três primeiros trimestres do exercício social. Também fornecemos ao depositário traduções para o inglês ou

sumários de todos os avisos de assembleias gerais e demais relatórios e comunicações disponibilizados de

modo geral aos detentores de ações ordinárias.

I. Informações Subsidiárias

Não se aplica.

ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE RISCO DE

MERCADO

Risco de Mercado

Estamos expostos a vários riscos de mercado, especialmente risco cambial e risco de taxas de juros.

Estamos expostos a risco cambial porque uma parcela significativa da nossa dívida financeira está

denominada em moedas estrangeiras, principalmente dólar norte-americano, ao passo que geramos todas as

nossas receitas operacionais líquidas em Reais. De modo similar, estamos sujeitos a risco de taxas de juros

145

em razão de variações de taxas de juros que podem afetar nossas despesas financeiras líquidas. Para mais

informações acerca dos riscos de mercado, vide a Nota 4.3 das nossas demonstrações financeiras a partir de

31 de dezembro de 2013 e 2012 e para os anos findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 incluídos em

outro local neste relatório anual.

Risco de Câmbio

Em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, R$3.698,6 milhões, R$3.215,8 milhões, e R$3.053,4 milhões

ou 39,1%, 36,2% e 36,2%, respectivamente de nossas obrigações foram denominadas em outras moedas.

Assim sendo, nossa situação financeira e resultados operacionais, assim como nossa capacidade de liquidar o

serviço da dívida, poderiam ser prejudicados devido aos riscos de câmbio a que estamos expostos.

Sensibilidade à Taxa de Câmbio

Com relação ao nosso endividamento denominado em dólar norte-americano e iene, estimamos que o

prejuízo potencial que poderia nos resultar de cada variação hipotética, instantânea e desfavorável de 1% na

cotação do real perante o dólar norte-americano e o iene nas datas de 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011,

seria da ordem de R$37,0 milhões, R$32,3 milhões e R$30,7 milhões, respectivamente. Do mesmo modo,

uma variação hipotética, instantânea e desfavorável de 10% na cotação da taxa de câmbio teria resultado em

prejuízos de aproximadamente R$369,9 milhões, R$323,1 milhões e R$306,7 milhões, em 31 de dezembro de

2013, 2012 e 2011, respectivamente.

As flutuações do real frente ao dólar norte-americano e iene nos exercícios findos em 31 de dezembro de

2013, 2012 e 2011 eram as seguintes:

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

(em percentuais)

Desvalorização (valorização) do real com relação ao dólar

norte-americano

14,6 8,9 12,6

Desvalorização (valorização) do real com relação ao iene

(5,9) (2,4) 18,6

Não utilizamos instrumentos financeiros derivativos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013,

2012 e 2011.

Exceto quanto à parcela circulante da dívida de longo prazo, em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011,

não possuíamos endividamento de curto prazo em aberto.

Risco de Taxa de Juros

Em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, o saldo total da dívida a pagar em reais, que estava sujeita a

taxas de juros variáveis baseadas na UPR (que é equivalente à TR), importava, respectivamente, R$1.653,9

milhão ou 17,5% do todo, R$2.029,7 milhões, ou 22,9% do todo e R$2.364,1 milhões, ou 28,1% do todo.

Além disso, em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, o saldo total da dívida a pagar em reais, que estava

sujeita a taxas de juros baseadas no CDI, importava, respectivamente, R$1.245,9 milhão ou 13,2% do todo,

R$1.835,9 milhão, ou 20,2% do todo e R$1.882,3 milhão, ou 21,9% do todo. Em 31 de dezembro de 2013,

2012 e 2011, o saldo total da dívida denominada em moeda estrangeira, que estava sujeita a taxas de juros

variáveis do BID e do BIRD (que são determinadas com base no custo de financiamento para esses

organismos multilaterais em cada período) era de R$1.617,7 milhão, R$1.319,5 milhões e R$747,3 milhões,

respectivamente.

Nas datas 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 não tínhamos quaisquer contratos de derivativos em

aberto que limitassem nossa exposição à flutuação das taxas de juros variáveis baseadas na UPR ou CDI ou as

146

do BID ou BIRD. Entretanto, somos obrigados por lei a investir nosso caixa excedente em instituições

financeiras controladas pelo governo brasileiro. Investimos esses recursos excedentes, que totalizaram

R$1.529,2 milhões, R$1.796,6 milhões e R$2.027,0 milhões em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011,

respectivamente, principalmente em instrumentos de curto prazo. Consequentemente, nossa exposição ao

risco de taxa de juros do Brasil é parcialmente limitada por conta dos recursos mantidos em contas de

depósito a prazo remunerados por juros flutuantes, em reais, juros estes geralmente baseados no CDI. Além

da exposição relativa ao endividamento existente, poderemos ficar expostos à volatilidade das taxas de juros

no que diz respeito ao endividamento futuro.

Segundo nossas estimativas para o endividamento nas datas 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011,

teríamos sofrido um prejuízo anual de até R$94,5 milhões, R$88,8 milhões e R$86,0 milhões,

respectivamente, se tivesse havido uma variação hipotética, instantânea e desfavorável de 100 pontos base nas

taxas de juros aplicáveis às obrigações financeiras existentes naquelas datas. Se essa variação hipotética,

instantânea e desfavorável nas taxas de juros fosse de 1000 pontos base resultaria em prejuízos de

aproximadamente R$945,0 milhões, R$887,5 milhões e R$859,6 milhões em 31 de dezembro de 2013, 2012

e 2011, respectivamente. Essa análise de sensibilidade adota como pressuposto um movimento desfavorável

de 100 pontos base nas taxas de juros aplicáveis a cada categoria homogênea de obrigações financeiras,

sustentado durante um período de doze meses, conforme aplicável, e que esse movimento pode ou não afetar

as taxas de juros aplicáveis a qualquer outra categoria homogênea de obrigações financeiras.

A categoria homogênea é definida pela moeda em que as obrigações financeiras estão denominadas,

presumindo-se o mesmo movimento de taxa de juros dentro de cada categoria homogênea (ou seja, dólares

norte-americanos). Consequentemente, nosso modelo de sensibilidade a risco de taxa de juros pode em tese

superestimar os efeitos da flutuação da taxa de juros sobre esses instrumentos financeiros, já que movimentos

consistentemente desfavoráveis de todas as taxas de juros são improváveis.

A tabela abaixo fornece informações sobre nossos instrumentos sensíveis à taxa de juros. No que toca

ao endividamento sujeito a taxas de juros flutuantes, a taxa apresentada é a taxa média ponderada calculada

em 31 de dezembro de 2013. Para o endividamento em moeda estrangeira, os montantes foram convertidos à

cotação de venda da moeda na data 31 de dezembro de 2013 e não representam os montantes efetivamente

devidos dessas obrigações nas datas indicadas.

Em 31 de dezembro de 2013

Data de vencimento esperada

2014 2015 2016

2017 e

após Total

Taxa de juros

anual média

(in millions, except percentages)

Ativo

Equivalentes de caixa em

reais 1.592,2 - - - 1.592,2

Passivo

Dívida de longo prazo

(circulante e não circulante)

Taxa flutuante, em reais

indexada pela TR ou UPR 215 108,0 107,8 1.223,2 1.653,9 8,5%

Taxa flutuante, em reais

indexada pela TJLP 96,1 97,6 105,8 694,3 993,9 1,2%

Taxa flutuante, em reais

indexada pelo IPCA 77,8 25,2 25,2 1.347,1 1.475,3 12,2%

Taxa flutuante, em reais

indexada pelo CDI 36,1 594,3 235,0 380,6 1.245,9 12,0%

Taxa fixa, em reais - - - 382,5 382,5

Taxa flutuante, em dólares

norte-americanos 88,6 82,9 82,9 927,0 1.181,3 2,2%

Taxa fixa, em Iene 56,0 48,9 48,9 778,7 932,5 1,9%

147

Taxa fixa, em dólares norte-

americanos 71,4 62,6 390,2 1.060,5 1.584,8 3,4%

Total da dívida de longo 640,9 1.019,4 995,8 6.794,0 9.450,1 6,2%

O percentual de nosso endividamento sujeito à taxa de juros fixa e flutuante é conforme segue:

Em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

Dívida de taxa flutuante:

Em dólares norte-americanos 16,0% 10,0% 13,6%

Em reais 56,8% 61,3% 63,2%

Dívida de taxa fixa:

Em reais 4,0% 2,4% 0,6%

Em Iene 9,9% 10,1% 11,4%

Em dólares norte-americanos 13,3% 16,2% 11,2%

Total 100,0% 100,0% 100%

ITEM 12. DESCRIÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS QUE NÃO TÍTULOS DE

PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA

A. Títulos de Dívida

Não se aplica.

B. Warrants e Direitos

Não se aplica.

C. Outros Valores Mobiliários

Não se aplica.

D. American Depositary Shares

Nos Estados Unidos, nossas ações ordinárias são negociadas sob a forma de ADSs. Após a alteração da

quantidade de ações por ADS efetivada em 24 de janeiro de 2013, cada ADS representa uma ação ordinária

de nossa companhia. Seguindo uma divisão de ações que ocorreu em 22 de abril de 2013, emitimos duas

novas ADS para cada ADS atualmente em negociação e as distribuímos a nossos portadores em 29 de abril de

2013. As ADs são expedidas pelo The Bank of New York Mellon na qualidade de Depositário nos termos de

um Contrato de Depósito. As ADSs começaram a ser negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE) em 10 de

maio de 2002.

Taxas e Despesas

A tabela a seguir resume as taxas e despesas que devem ser pagas por detentores de ADRs:

Depositantes de ações ordinárias e detentores de ADRs

pagam:

Para:

US$5,00 (ou menos) para cada 100 ADSs (ou frações do lote de 100 ADSs)

Emissão das ADSs, incluindo emissões resultantes de distribuição de ações ordinárias, ou direitos, ou outros bens.

Cancelamento das ADSs para fins de saque, inclusive se o

contrato de depósito for rescindido

US$0,05 (ou menos) por ADS ou uma parcela disto (na Qualquer distribuição em dinheiro feita ao investidor

148

medida em que isso não seja proibido segundo as regras de

qualquer bolsa de valores em que as ADSs sejam admitidas à

negociação)

Taxa equivalente à que seria devida se os valores mobiliários

distribuídos fossem ações ordinárias depois depositadas para

emissão das ADSs

Distribuição de valores mobiliários a detentores de valores

mobiliários em depósito, que o depositário distribua aos

detentores de ADRs

US$0,05 (ou menos) por ADS ou parcela disto, por ano (além

da taxa de $0,02 por ADS a título de distribuição em dinheiro

durante o ano que o depositário tenha coletado)

Serviços de depósito

Taxas de registro ou de transferência

Transmissão de telegrama, telex ou fax (quando

expressamente previsto no contrato de depósito)

Transferência e registro de ações ordinárias em nosso registro de

ações ordinárias de ou para o nome do depositário, ou seu

agente, quando o investidor depositar ou sacar as ações ordinárias

Despesas do depositário na conversão de moeda estrangeira

em dólares norte-americanos

Despesas do depositário

Impostos e outros encargos governamentais que o depositário ou o custodiante tiverem que pagar sobre qualquer ADR ou

ação ordinária subjacente a uma ADR, como por exemplo,

impostos sobre transferência de ações, selo ou impostos retidos na fonte

Conforme seja necessário

Quaisquer encargos incorridos pelo depositário ou por seus

agentes para se encarregar dos valores mobiliários depositados

Nenhum encargo dessa natureza é cobrado atualmente no

mercado brasileiro

Pagamento de Impostos

O depositário poderá deduzir o valor de quaisquer impostos sobre quaisquer pagamentos feitos ao

investidor. Pode também vender os valores mobiliários em depósito, através de venda pública ou privada,

para pagar quaisquer impostos devidos. O investidor permanecerá responsável se os proventos da venda não

forem suficientes para pagar os impostos. Se o depositário vender valores mobiliários irá, se for apropriado,

reduzir o número de ADSs para refletir a venda e pagar ao investidor quaisquer proventos ou enviar ao

investidor qualquer bem remanescente após ter pago os ditos impostos.

Reembolso de Taxas

The Bank of New York Mellon, na qualidade de depositário, concordou em nos reembolsar as despesas

em que incorrermos em relação ao estabelecimento e à manutenção do programa de ADSs. O depositário

concordou em nos reembolsar nossas taxas anuais contínuas de listagem na bolsa de valores. O depositário

também concordou em pagar os custos ordinários usuais de manutenção das ADRs, que consistem nas

despesas de postagem e envelopes para o envio dos relatórios financeiros anuais e intermediários, impressão e

distribuição de cheques de dividendos, arquivamento eletrônico de imposto de renda federal nos Estados

Unidos, envio por correio de formulários de imposto, material de escritório, postagem, fax e telefonemas.

Ele também concordou em nos reembolsar anualmente determinados programas de relacionamento com

investidores ou atividades promocionais especiais de relações com investidores. Em determinadas

circunstâncias, o depositário concordou em nos proporcionar pagamentos adicionais com base em qualquer

indicador de desempenho aplicável em relação às ADRs. Existem limites ao montante de despesas que o

depositário nos reembolsará. Todavia, o montante de reembolsos disponível à Companhia não está

necessariamente ligado ao montante de taxas que o depositário cobrar dos investidores.

149

O depositário cobra suas taxas para envio e entrega das ADSs diretamente dos investidores que

depositarem ações ou entregarem ADSs para fins de saque ou dos intermediários que atuarem em nome

daqueles. O depositário cobra taxas para fazer distribuições aos investidores através da dedução dessas taxas

dos montantes distribuídos ou pela venda de uma parte dos bens distribuíveis para pagar tais taxas. O

depositário pode cobrar sua taxa anual pelos serviços de depósito através de dedução das distribuições em

dinheiro, por cobrança direta aos investidores ou através de lançamento nas contas do sistema de escrituração

dos participantes que atuarem em nome daqueles. O depositário poderá, de maneira geral, recusar-se a

fornecer serviços a taxas atrativas até que suas taxas por tais serviços tenham sido pagas.

Reembolso das Taxas Incorridas em 2012

De 1º de janeiro de 2013 até 31 de dezembro de 2013, nós recebemos reembolso no valor de

US$811.400 referentes aos custos ordinários usuais de manutenção das ADRs, quaisquer indicadores de

desempenho aplicáveis em relação às ADRs, taxas de subscrição e taxas e honorários legais.

PARTE II

ITEM 13. INADIMPLEMENTOS, DIVIDENDOS EM MORA E ATRASOS

Não se aplica.

ITEM 14. MODIFICAÇÕES SIGNIFICATIVAS DOS DIREITOS DOS DETENTORES DE VALORES

MOBILIÁRIOS E DESTINAÇÃO DE RECURSOS

Não se aplica.

ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS

a) Controles e Procedimentos de Divulgação de Informações

Realizamos uma avaliação, sob a supervisão e com a participação da nossa administração, incluindo

nossa Diretora Presidente e nosso Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, acerca da

eficácia da concepção e da operação dos nossos controles e procedimentos de divulgação de informações,

incluindo aqueles que se encontram definidos nas Regras 13a-15(e) do Securities Exchange Act dos Estados

Unidos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

Como resultado dessa avaliação, nosso diretor presidente e nosso diretor econômico-financeiro

concluíram que, na data 31 de dezembro de 2013, nossos controles e processos de divulgação de informações

estavam desenvolvidos e eram eficazes em nível de asseguração razoável, e que as informações que nós

devemos divulgar em relatórios apresentados e arquivados nos termos do Exchange Act foram registradas,

processadas, resumidas e relatadas nos prazos especificados nas normas e formulários da Securities and

Exchange Commission, e que tais informações são acumuladas e comunicadas à nossa administração,

incluindo nosso Diretor Presidente e Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, como

adequado para lhes permitir tomar decisões tempestivas acerca das informações que devam ser divulgadas.

b) Relatório da Administração acerca do Controle Interno da Divulgação de Informações Financeiras

Nossa administração é responsável por estabelecer e manter controles internos adequados sobre o

relatório financeiro.

Nossos controles internos sobre os relatórios financeiros são um processo projetado para proporcionar

garantia razoável relacionada com a confiabilidade do relatório financeiro e a preparação de demonstrações

financeiras para fins externos de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos aplicáveis. Nossos

controles internos sobre relatório financeiro inclui aquelas políticas e procedimentos que (1) se referem à

manutenção de registros que, em razoável detalhe, reflete justa e precisamente as transações e disponibilidade

150

de nossos ativos; (2) proporcionam garantia razoável de que transações são registradas conforme necessário

para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com princípios contábeis geralmente

aceitos aplicáveis, e que nossos recebimentos e desembolsos estão sendo feitos somente de acordo com

autorizações de nossos administradores e diretores; e (3) proporcionam garantia razoável relacionada com a

prevenção ou detecção oportuna de aquisição, uso ou alienação não autorizada de nossos ativos que poderiam

ter um efeito material sobre as demonstrações financeiras.

Devido às limitações inerentes, o controle interno sobre relatório financeiro pode não prevenir ou

detectar distorções. Também, projeções de qualquer avaliação da eficácia de períodos futuros estão sujeitas ao

risco de que os controles podem se tornar inadequados devido à alteração nas condições, ou que o grau de

conformidade com as políticas ou procedimentos pode se deteriorar.

Sob a supervisão e com a participação de nosso Presidente e Diretor Financeiro, nossa administração

conduziu uma avaliação de nosso controle interno sobre relatórios financeiros de 31 de dezembro de 2013,

baseado nos critérios estabelecidos pela “Estrutura Integrada – Controle Interno” emitida pelo COSO em

1992.

Como resultado da avaliação descrita acima, nossa administração concluiu que em 31 de dezembro de

2013, nós mantivemos controle interno efetivo sobre relatório financeiro com base nos critérios estabelecidos

na “Estrutura Integrada – Controle Interno” emitida pelo COSO em 1992.

Nossa firma de auditoria independente, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, emitiu

um parecer dos auditores sobre a eficácia de nosso controle interno sobre relatórios financeiros. Esse parecer é

incluído abaixo.

c) Relatório de Certificação da Firma de Auditoria Independente

(tradução livre para o português do relatório originalmente emitido em inglês, para fins de conveniência de

usuários no Brasil)

Relatório da Firma de Auditoria Independente com relação ao Controle Interno sobre o Relatório

Financeiro

Aos Acionistas, Conselho de Administração e Administração da

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

São Paulo - SP

Nós auditamos o controle interno sobre o relatório financeiro da Companhia de Saneamento Básico do Estado

de São Paulo - SABESP (a “Sociedade”) em 31 de dezembro de 2013, com base nos critérios estabelecidos na

“Estrutura Integrada – Controle Interno” (1992), emitidos pelo Committee of Sponsoring Organizations of the

Treadway Commission - COSO. A administração da Companhia é responsável por manter controle interno

eficaz sobre relatório financeiro e por sua avaliação da eficácia do controle interno sobre relatório financeiro,

incluído no Relatório da Administração sobre Controle Interno com relação a Relatório Financeiro anexo.

Nossa responsabilidade é expressar um parecer sobre o controle interno da Companhia sobre relatório

financeiro com base em nossa auditoria.

Conduzimos nossa auditoria de acordo com os padrões da Public Company Accounting Oversight Board

(Estados Unidos). Esses padrões exigem o nosso planejamento e realização da auditoria para obter garantia

razoável sobre se o controle interno eficaz sobre relatório financeiro foi mantido em todos os aspectos

relevantes. Nossa auditoria incluiu a obtenção de um entendimento de controle interno sobre relatório

financeiro, a avaliação de risco de que existe uma fraqueza material, de teste e avaliação do desenho e eficácia

operacional de controle interno com base no risco avaliado, e da realização de outros procedimentos que

forem considerados, por nós, como necessários nas circunstâncias. Acreditamos que nossa auditoria

estabelece uma base razoável para nosso parecer.

151

O controle interno da Companhia sobre relatório financeiro é um processo projetado por, ou sob a supervisão

do diretor presidente e diretor financeiro, ou pessoas realizando funções semelhantes, e efetivado pelo

conselho de administração da Companhia, administração e demais pessoal para proporcionar garantia

razoável relacionada com a confiabilidade do relatório financeiro e a preparação de demonstrações financeiras

para fins externos de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial

Reporting Standards - IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board ("IASB"). O controle

interno da companhia sobre relatório financeiro inclui aquelas políticas e procedimentos que (1) se referem à

manutenção de registros que, em razoável detalhe, reflete justa e precisamente as transações e disposições dos

ativos da companhia; (2) proporcionam garantia razoável de que transações são registradas conforme

necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as Normas Internacionais

de Contabilidade (International Financial Reporting Standards - IFRS), e que os recebimentos e desembolsos

da companhia estão sendo feitos somente de acordo com autorizações dos administradores e diretores da

companhia; e (3) proporcionam garantia razoável relacionada com a prevenção ou detecção oportuna de

aquisição, uso ou alienação não autorizada dos ativos da companhia que poderiam ter um efeito material sobre

as demonstrações financeiras.

Devido às limitações inerentes do controle interno sobre relatório financeiro, incluindo a possibilidade de

conluio ou descumprimento dos controles internos por parte da Administração, distorções relevantes devido a

erro ou fraude podem não ser prevenidas ou detectadas tempestivamente. Também, projeções de qualquer

avaliação da eficácia do controle interno sobre relatório financeiro de períodos futuros estão sujeitas ao risco

de que os controles podem se tornar inadequados devido à alteração nas condições, ou que o grau de

conformidade com as políticas ou procedimentos pode se deteriorar.

Em nossa opinião, a Companhia manteve, em todos os aspectos relevantes, controle interno efetivo sobre

relatório financeiro em 31 de dezembro de 2013, com base nos critérios estabelecidos na Estrutura Integrada -

Controle Interno (1992), emitidos pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission

- COSO.

Nós auditamos, ainda, de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board (Estados

Unidos), as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2013 da Companhia e nosso

relatório datado de 25 de abril de 2014 expressou um parecer sem ressalvas sobre essas demonstrações

financeiras e incluiu um parágrafo explicativo sobre as demonstrações financeiras que foram

retrospectivamente ajustadas como resultado das mudanças nas práticas contábeis relacionadas a benefícios a

empregados e contabilização de investimentos em empreendimentos controlados em conjunto.

Tradução livre para o português do relatório originalmente emitido em inglês, para fins de conveniência de

usuários no Brasil.

/s/Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

25 de abril de 2014

São Paulo, Brasil

d) Mudanças no controle interno sobre a divulgação de informações financeiras

Não houve mudança no controle interno sobre a divulgação de informações financeiras ocorrida durante

o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 que tenha afetado significativamente, ou que se espere que

venha a afetar significativamente, nosso controle interno sobre a divulgação de informações financeiras.

ITEM 16 [RESERVADO]

ITEM 16A. ESPECIALISTA EM FINANÇAS DO COMITÊ DE AUDITORIA

Em nossa reunião do Conselho de Administração realizada em 26 de junho de 2006, estabelecemos um

comitê de auditoria conforme definido na Seção 3(a)(58) do Exchange Act. Nosso Conselho de

Administração determinou que o Sr. Jerônimo Antunes se enquadra na condição de “especialista em finanças

152

do comitê de auditoria” conforme a definição para os fins deste Item 16.A no Item 16 do Formulário 20-F.

Jerônimo Antunes é um “conselheiro independente” dentro do significado atribuído pelas regras da SEC.

ITEM 16B. CÓDIGO DE ÉTICA

Adotamos um código de conduta empresarial e de ética conforme definido no Item 16.B do Formulário

20-F previsto no Exchange Act. Nosso código de conduta empresarial e de ética, denominado “Código de

Ética e Conduta da SABESP”, aplica-se a todos os nossos funcionários, incluindo conselheiros, o diretor

presidente, o diretor econômico-financeiro e de relações com investidores e o superintendente de

contabilidade, bem como nossos fornecedores e terceiros contratados. A fim de garantir o cumprimento do

Código de Ética e Conduta, nós temos um Comitê de Ética, um Canal de Denúncia interno, um Procedimento

empresarial de Apuração de Responsabilidade, uma Ouvidoria, além de Serviço de Atendimento ao Cliente

que recebem reclamações externas. O canal interno pode receber denúncias anônimas. Os resultados das

investigações são encaminhados ao Comitê de Auditoria. Os casos de reincidência são relatados ao Comitê de

Ética, que recomenda aos departamentos envolvidos a desenvolver ações preventivas. Em 2013, 105

denúncias foram registradas, das quais 62% foram verificadas e 38% estão sob investigação. Do total, 62%

referem-se a comportamento inadequado, como assédio moral, discriminação, perseguição e tratamento

injusto. Durante 2013, 25 de nossos empregados próprios ou terceirizados receberam penalidades (5

advertências, 2 suspensões e 18 demissões). Nosso Comitê de Ética também é responsável por guiar as

solicitações relevantes e interpretar as normas do Código de Ética para todos os nossos funcionários. O

Código de Ética e Conduta da SABESP está disponível no site: http://www.sabesp.com.br no item “Relações

com Investidores ― Governança Corporativa”. Se alterarmos as disposições do nosso Código de Ética e

Conduta ou se renunciarmos a qualquer delas, divulgaremos a alteração ou a renúncia no nosso site, no

mesmo endereço eletrônico.O investidor pode obter gratuitamente cópias de nosso Código de Ética e

Conduta, mediante solicitação pelo e-mail [email protected].

ITEM 16C. PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE AUDITORIA

A Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes atuou como nossa empresa de auditoria

independente para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012. A atividade da Deloitte Touche

Tohmatsu Auditores Independentes iniciou-se com a revisão do relatório das Informações Trimestrais

(“ITRs”) para o terceiro trimestre de 2012.

A PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes atuou como nossa empresa de auditoria

independente para o primeiro e segundo trimestres de 2012 e para o exercício findo em 31 de dezembro de

2011.

A tabela a seguir mostra os honorários totais pagos por serviços profissionais que nos foram prestados

pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes e PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes

em 2013, 2012 e 2011:

Exercício findo em 31 de dezembro de

2013 2012 2011

(em milhões de Reais)

Honorários de Auditoria(1)

1,4 2,5 3,9

Honorários Relacionados à

Auditoria -

-

-

Honorários de Consultoria

Tributária -

-

-

Outros Honorários - - -

Total 1,4 2,5 3,9

(1) Honorários de Auditoria são cobrados pelos nossos auditores independentes pela auditoria das nossas demonstrações

financeiras anuais, revisões de demonstrações trimestrais e serviços de certificação prestados em relação ao arquivamento ou

a compromissos de natureza legal ou regulatória.

153

Políticas e procedimentos de pré-aprovação

De acordo com a lei brasileira, nosso Conselho de Administração é responsável, dentre outras matérias,

pela contratação, dispensa e acompanhamento dos serviços prestados pelo auditor independente. Nossa

administração deve obter aprovação prévia do nosso Conselho de Administração antes de contratar auditores

independentes para nos prestar quaisquer serviços de auditoria ou que não sejam de auditoria, mas que sejam

permitidos. As leis federal e estadual de licitação pública também se aplicam a nós com relação à obtenção

de serviços de terceiros para as nossas atividades, incluindo os serviços prestados por nosso auditor externo

independente. Como parte do processo de licitação, as firmas de auditoria externa independente devem

apresentar propostas, sendo então selecionadas por nós com base em determinados critérios, incluindo

habilidade técnica e custo.

Durante os anos de 2012 e 2011, a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes não nos prestou

serviços não relacionados à auditoria independente. Durante o exercício de 2012 e 2013, a Deloitte Touche

Tohmatsu Auditores Independentes não nos prestou serviços não relacionados à auditoria independente.

ITEM 16D. ISENÇÕES DOS PADRÕES DE LISTAGEM PARA COMITÊS DE AUDITORIA

Não há.

ITEM 16E. COMPRAS DE TÍTULOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA POR EMISSORES E

COMPRADORES AFILIADOS

Não se aplica.

ITEM 16F. MUDANÇA DOS AUDITORES INDEPENDENTES DA REQUERENTE

Não se aplica.

ITEM 16G. GOVERNANÇA CORPORATIVA

Diferenças Significativas entre as Nossas Práticas de Governança Corporativa e os Padrões de

Governança Corporativa da NYSE

Nós estamos sujeitos às normas de governança corporativa da NYSE. Na qualidade de emissora

estrangeira privada, as normas aplicáveis à nós são consideravelmente diferentes daquelas aplicadas às

companhias listadas americanas. De acordo com as regras da NYSE, as exigências a que a Companhia deve

obedecer são apenas as seguintes: (a) manter um comitê ou conselho de auditoria, conforme dispensa

aplicável disponível a emissores privados, que atenda a determinadas exigências, conforme explicado abaixo,

(b) disponibilizar prontamente um certificado emitido por seu diretor-presidente comprovando a inexistência

de qualquer descumprimento relevante das regras de governança corporativa, e (c) fornecer uma breve

descrição das diferenças significativas entre as nossas práticas de governança corporativa e as da NYSE que

devem ser seguidas por companhias listadas norte-americanas. A discussão das diferenças significativas

entre as nossas práticas de governança corporativa e aquelas exigidas pelas companhias listadas norte-

americanas encontra-se abaixo:

Maioria de Conselheiros Independentes

As regras da NYSE exigem que o conselho seja, em sua maioria, composto por diretores

independentes. Define-se independência com base em uma série de critérios, inclusive a ausência de

relacionamento relevante entre o conselheiro e a companhia listada. A legislação brasileira aplicável não

prevê tal exigência. Segundo ela, nem o conselho de administração nem a diretoria precisam testar a

independência dos conselheiros antes de sua eleição para o conselho. Entretanto, tanto a Lei das Sociedades

por Ações, quanto a CVM estabeleceu regras que requerem que os diretores estejam em conformidade com

certas exigências de qualificação e abordem a remuneração, os deveres e responsabilidades dos diretores e

conselheiros, bem como as restrições aplicáveis a esses. O conselho de administração deve ser composto por

um mínimo de cinco membros, dos quais 20% (mesmo que o conselho seja composto por mais de cinco

154

membros) devem ser independentes, conforme definido no Regulamento do Novo Mercado. Atualmente,

quatro dos nossos oito conselheiros de administração são independentes, de acordo com o Regulamento do

Novo Mercado. A Companhia acredita que essas regras fornecem garantias adequadas de que os conselheiros

são independentes. Entretanto, elas não exigem que a maioria dos conselheiros seja independente, como

determinado pelas regras da NYSE.

Reuniões Executivas

De acordo com as regras da NYSE, conselheiros não-diretores devem reunir-se periodicamente em

reuniões executivas, sem a presença da diretoria. Essa é uma determinação que não consta da Lei das

Sociedades por Ações. De acordo com essa lei, até um terço dos membros do conselho de administração

pode ser eleito para a diretoria e não há nenhuma exigência de que os conselheiros não-diretores reúnam-se

periodicamente sem os conselheiros que participam da diretoria. O nosso presidente do conselho e o nosso

diretor-presidente são membros do conselho de administração, mas todos os outros membros do conselho de

administração se enquadram na definição da NYSE para conselheiros “não-diretores”. Os conselheiros não-

diretores raramente se encontram em reuniões executivas. Nosso conselho de administração consiste em sete

não-diretores.

Conselho Fiscal

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações, o Conselho Fiscal é um órgão corporativo independente

da administração e da auditoria externa da companhia. O conselho fiscal pode ser permanente ou não

permanente, e neste caso pode ser instalado pelos acionistas para atuar durante um exercício específico. Um

conselho fiscal não é equivalente, nem comparável ao comitê de auditoria dos Estados Unidos. A principal

responsabilidade do conselho fiscal é analisar as atividades da administração e as demonstrações financeiras

da companhia, e reportar suas conclusões aos acionistas da companhia. A Lei das Sociedades por Ações

requer que os membros do conselho fiscal recebam como remuneração no mínimo 10% do valor médio anual

pago aos diretores da companhia. A Lei das Sociedades por Ações requer que um conselho fiscal seja

formado por no mínimo três e no máximo cinco membros e seus respectivos suplentes.

Segundo a Lei das Sociedades por Ações, o conselho fiscal não pode ser formado por membros que (i)

estejam no nosso conselho de administração; (ii) estejam na nossa diretoria; (iii) sejam nossos empregados ou

de qualquer subsidiária sua; (iv) sejam cônjuges ou parentes de qualquer membro da administração, até o

terceiro grau de parentesco.

Nosso conselho fiscal é formado por quatro membros e quatro suplentes. As reuniões do conselho fiscal

acontecem uma vez por mês.

Comitê de Auditoria

De acordo com as regras da NYSE, companhias listadas devem manter um comitê de auditoria que (i)

seja composto por no mínimo três conselheiros independentes com profundos conhecimentos financeiros, (ii)

esteja em conformidade com as regras da SEC relativas a comitês de auditoria de companhias listadas, (iii)

possua ao menos um membro com experiência em gestão de contabilidade ou finanças e (iv) seja governado

por um regimento escrito que estabeleça o propósito do comitê, detalhando suas responsabilidades.

Entretanto, na qualidade de emissor estrangeiro privado, necessitamos somente cumprir a exigência de que o

comitê de auditoria respeite as normas da SEC relativas a comitês de auditoria para companhias listadas na

medida em que essas sejam compatíveis com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil. O nosso comitê de

auditoria, que não é equivalente nem comparável aos comitês de auditoria americanos, dá assistência ao

conselho de administração em questões que envolvem contabilidade, controles internos, relatórios financeiros

e compliance. O comitê recomenda ao conselho de administração a nomeação de auditores independentes,

analisa a remuneração dos auditores e ajuda a coordenar suas atividades. Também avalia a eficácia dos

controles internos financeiros e de compliance. O comitê é formado três membros, eleitos pelo conselho de

administração para um mandado de um ano com direito a reeleição, e todos são independentes. Os atuais

membros do comitê de auditoria são Jerônimo Antunes, Reinaldo Guerreiro e Francisco Vidal Luna. Todos

os membros atendem às exigências de independência da SEC e da NYSE, bem como a outras exigências da

155

NYSE. Jerônimo Antunes é o “especialista financeiro” do comitê dentro do escopo das regras da SEC que

cobrem a divulgação de especialistas financeiros em comitês de auditoria em arquivamentos financeiros

periódicos, de acordo com a Lei de Valores Mobiliários dos Estados Unidos de 1934.

Comitê de Riscos

Em 2009, nossa diretoria criou o Comitê de Riscos com responsabilidades para: (i) avaliar os montantes

máximos de risco que a Administração deve incorrer em suas operações a fim de obter os resultados

planejados; (ii) avaliar a identificação, mensuração, tratamento e transformação de riscos em planos de ação;

(iii) apresentar as suas declarações, propostas e avaliações para o comitê de auditoria e ao conselho de

diretores para a revisão, bem como apresentar tais declarações, propostas e avaliações ao conselho de

Administração para aprovação. O Comitê de Riscos é coordenado por um presidente e é composto por

representantes das seguintes diretorias: Gestão Empresarial; Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente;

Metropolitana; Econômico-Fincanceiro e de Relações com Investidores, e Sistemas Regionais.

Comitês de Indicação/Governança Corporativa e de Remuneração

As regras da NYSE requerem que companhias listadas possuam um comitê de indicação/governança

corporativa e um comitê de remuneração, em ambos os casos compostos, em sua totalidade, por conselheiros

independentes e governados por um regimento interno escrito que lhes identifique a finalidade, detalhando

seus deveres. No caso do comitê de indicação/governança corporativa, seus deveres incluem, entre outras

coisas, a identificação e seleção de candidatos qualificados a conselheiro e o desenvolvimento de um conjunto

de princípios de governança corporativa aplicáveis à companhia. Entre os responsabilidades do comitê de

remuneração estão, entre outras coisas, analisar as metas corporativas pertinentes à remuneração do diretor

presidente, avaliar o desempenho dos executivos e aprovar os níveis de remuneração destes e recomendar ao

conselho a remuneração direta e a remuneração variável em forma de incentivos e em forma de remuneração

baseada em ações atribuíveis aos demais diretores da companhia.

De acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil, uma companhia como nós não é obrigada a

manter um comitê de indicação/governança corporativa, nem um comitê de remuneração. Segundo a Lei das

Sociedades por Ações, o montante total disponível para remuneração dos conselheiros e diretores e para o

pagamento de participação nos lucros aos diretores é estabelecido pelos acionistas na assembleia geral

ordinária. O conselho de administração fica, então, responsável por determinar a remuneração individual e a

participação nos lucros atribuível a cada diretor, bem como a remuneração dos conselheiros e dos membros

dos comitês. Ao tomar essas decisões, o conselho analisa o desempenho dos diretores, inclusive do nosso

diretor-presidente, que geralmente não participa de discussões relacionadas ao seu desempenho e

remuneração.

Aprovação dos Acionistas aos Planos de Remuneração Baseada em Ações

As regras da NYSE garantem o direito de acionistas de votar em todos os planos de remuneração

baseada em ações e em revisões importantes dos mesmos, com algumas exceções. Nós não possuímos,

atualmente, nenhum plano de remuneração baseada em ações. Se tal plano for implementado, a Lei das

Sociedades por Ações do Brasil não exige que este seja aprovado pelos acionistas. Todavia, se a emissão de

novas ações associadas a qualquer plano de remuneração baseada em ações exceder o limite do capital social

autorizado no estatuto, o aumento desse limite exigirá a aprovação dos acionistas.

Diretrizes de Governança Societária

As regras da NYSE determinam que as companhias listadas adotem e divulguem suas diretrizes de

governança corporativa. Nós atendemos aos dispositivos e diretrizes de governança corporativa exigidos no

Regulamento do Novo Mercado e às diretrizes da CVM, e estabelecemos (i) a Política de Divulgação de Atos

ou Fatos Relevantes e Preservação do Sigilo, que exige a divulgação pública de todas as informações

relevantes, e (ii) a Política de Negociação de Valores Mobiliários, que requer que a diretoria informe a CVM

e a BM&FBOVESPA sobre qualquer compra ou venda de nossos valores mobiliários. A Companhia entende

que as diretrizes de governança corporativa aplicáveis à nós segundo o Regulamento do Novo Mercado e a

156

CVM não conflitam com as diretrizes estabelecidas pela NYSE. As diretrizes e práticas de governança

corporativa estão disponíveis no website da Companhia, em www.sabesp.com.br, e em seu relatório anual.

Código de Ética e Conduta

As regras da NYSE exigem que as companhias listadas adotem e divulguem um código de ética e

conduta para diretores, executivos e funcionários, e que divulgue, prontamente, quaisquer dispensas

concedidas a diretores ou executivos quanto à observância de tal código. A legislação brasileira aplicável não

prevê tal exigência. Nós adotamos e divulgamos um código de ética e conduta aplicável a todos os diretores,

conselheiros e empregados. A adoção e a divulgação de um código formal não são exigidas pela Lei das

Sociedades por Ações do Brasil. A Companhia entende que esse código aborda justamente as questões que as

regras aplicáveis da NYSE e da SEC indicam ser necessário abordar.

Função da Auditoria Interna

As regras da NYSE determinam que as companhias mantenham a função de auditoria interna para

fornecer à administração e ao comitê de auditoria avaliações contínuas dos processos de gestão de risco da

Companhia e do seu sistema de controles internos. Nosso departamento de auditoria interna está sob a

supervisão do diretor-presidente e nosso comitê de auditoria é responsável por assegurar o cumprimento das

exigências do Artigo 404 da Lei Sarbanes-Oxley dos Estados Unidos, de 2002, referente a controles internos

sobre relatórios financeiros. Nosso departamento de auditoria interna reporta-se ao nosso diretor presidente e

ao comitê de auditoria.

Acesso do Cidadão as Informações da Sabesp

A lei federal nº 12.527/11 (LAI), regulada pelo Decreto Estadual nº 58.052/12, determina que os órgãos

e entidades da Administração Pública devem criar uma unidade que viabilize os Serviços de Informações ao

Cidadão – SIC para atender e orientar os cidadãos, receber e gerenciar pedidos de informação, bem como

disponibilizar ao cidadão informações de seu interesse, sendo vedada a exigência de apresentação dos motivos

ou razões do pedido.

Para atender à LAI, a Sabesp implementou o Serviço de Informações ao Cidadão – SIC, estruturando

um fluxo interno de informações para servir aos cidadãos de acordo com os termos da lei e esta elaborando a

Tabela de Documentos, dados e informações, definindo informações restritivas, protegendo as informações

estratégicas ao negócios e buscando uma gestão transparente. Sabesp também disponibilizou em seu site

informações básicas exigidas pela legislação e o software para o cidadão solicitar informações, de acordo com

as normas do Governo do Estado de São Paulo.

Estes direitos estão ligados à área de Gestão de Riscos, cuja principal premissa é a transparência, a

qualidade das informações e cumprimento de regras estratégicas para uma empresa de capital aberto.

ITEM 16H. DIVULGAÇÃO DE SEGURANÇA DE MINAS

Não se aplica.

PARTE III

ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Respondemos ao Item 18 em lugar de responder a este Item 17.

ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

157

As seguintes demonstrações financeiras, juntamente com o Relatório do Auditor Independente, são

apresentados como parte deste Relatório Anual. Vide “Índice das Demonstrações Financeiras”.

ITEM 19. ANEXOS

Item Descrição

1.1 Estatuto Social da Registrante (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Formulário

6-K de 01 de maio de 2013).

4.1

Contrato entre a Registrante e o Departamento de Águas e Energia Elétrica — DAEE, datado

de 24 de abril de 1997 (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Anexo 10.1 da

Declaração de Registro da Registrante no Formulário F-1, arquivado em 8 de abril de 2002

(doravante denominado o “Formulário F-1 de 8 de abril de 2002”)).

4.2

Protocolo de Entendimentos entre a Registrante e o Estado de São Paulo, datado de 30 de

setembro de 1997 (tradução em inglês) (incorporado por referência ao Anexo 10.2 do

Formulário F-1 de 8 de abril de 2002).

4.3

Contrato entre a Registrante e o Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Finanças,

datado de 10 de setembro de 2001 (tradução em inglês) (incorporado por referência ao

Anexo 10.3 do Formulário F-1 de 8 de abril de 2002).

4.4

Contrato entre a Registrante e o Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Fazenda,

datado de 11 de dezembro de 2001 (tradução em inglês) (incorporado por referência ao

Anexo 10.4 do Formulário F-1 de 8 de abril de 2002).

4.5

Aditamento ao Contrato de 24 de abril de 1997 celebrado entre a Registrante e a Secretaria de

Água e Energia do Estado, datada de 16 de março de 2000 (tradução em inglês) (incorporada

por referência ao Anexo 10.5 do Formulário F-1 de 8 de abril de 2002).

4.6

Aditamento ao Contrato de 24 de abril de 1997 celebrado entre a Registrante e a Secretaria de

Água e Energia do Estado, datada de 21 de novembro de 2001 (tradução em inglês)

(incorporada por referência ao Anexo 10.6 do Formulário F-1 de 8 de abril de 2002).

4.7

Primeiro Aditamento do Contrato de 11 de dezembro de 2001 celebrado entre a Registrante e o

Estado de São Paulo, datada de 22 de março de 2004 (tradução em inglês) (incorporada por

referência ao Anexo 4.7 do Formulário 20-F de 28 de junho de 2004).

4.8

Segundo Aditamento do Contrato de 11 de dezembro de 2001 celebrado entre a Registrante e o

Estado de São Paulo, datada de 28 de dezembro de 2007 (tradução em inglês) (incorporada por

referência ao Formulário 6-K de 25 de fevereiro de 2008).

4.9

Terceiro Aditamento do Contrato de 11 de dezembro de 2001 celebrado entre a Registrante e o

Estado de São Paulo, datado de 17 de novembro de 2008 (tradução em inglês) (incorporada por

referência ao Formulário 6-K de 23 de dezembro de 2008).

4.10

Acordo de Compromisso, entre a Registrante e o Estado de São Paulo, datado de 26 de março

de 2008 (tradução para o inglês) (incorporado por referência ao Formulário 6-K de 28 de abril

de 2008).

4.11

Contrato firmado entre a Registrante e a Cidade de São Paulo, datado de 14 de novembro de

2007 (tradução para o inglês) (incorporado por referência ao Formulário 6-K de 12 de março de

2008).

4.12

Aditamento ao Contrato firmado entre a Registrante e a Cidade de São Paulo, datado de 10 de

fevereiro de 2008 (tradução para o inglês) (incorporado por referência ao Formulário 6-K de 12

de maio de 2008).

4.14 O Regimento do Comitê de Auditoria datado de 11 de fevereiro de 2010 (tradução para o

inglês) (incorporado por referência ao Formulário 6-K de 20 de abril de 2010).

158

4.15

Convênio entre o Estado de São Paulo e a cidade de São Paulo, datado de 23 de junho de 2010

com a interveniência e anuência da Registrante e da ARSESP (tradução para o inglês)

(incorporado por referência ao Formulário 6K de 13 de julho de 2010).

4.16

Contrato de prestação de serviços públicos de abastecimento de água e de coleta de esgoto

entre a Registrante, o Estado de São Paulo e a Cidade de São Paulo, datado de 23 de junho de

2010 (tradução para o inglês) (incorporado por referência ao Formulário 6K de 13 de julho de

2010).

11.1

Código de Ética e Conduta, datado de 26 de janeiro de 2006 (tradução para o inglês)

(incorporado por referência ao Formulário 6-K de 7 de julho de 2008).

12.1 Certificação de Dilma Seli Pena, Diretora Presidente, conforme o Artigo 302 da Lei Sarbanes-

Oxley de 2002.

12.2 Certificação de Rui de Britto Álvares Affonso, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações

com Investidores, conforme o Artigo 302 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002.

13.1

Certificação de Dilma Seli Pena, Diretora-Presidente, conforme o Título 18 do Código Norte-

Americano, Artigo 1350, conforme adotado em conformidade com o Artigo 906 da Lei

Sarbanes-Oxley de 2002.

13.2

Certificação de Rui de Britto Álvares Affonso, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações

com Investidores, conforme Título 18 do Código Norte-Americano, Artigo 1350 e Artigo 906

da Lei Sarbanes-Oxley de 2002.

159

ASSINATURAS

A Requerente pelo presente certifica que está cumprindo com todas as exigências para fins de

arquivamento do Formulário 20-F e que autorizou e fez com que os signatários abaixo firmassem este

relatório anual em seu nome.

1. COMPANHIA DE SANEAMENTO

BÁSICO DO ESTADO DE SÃO

PAULO-SABESP

2. Por: (ass.) Dilma Seli Pena

Nome: Dilma Seli Pena

Cargo: Diretora-Presidente

3. Por: (ass.) Rui de Britto Álvares

Affonso

Nome: Rui de Britto Álvares Affonso

Cargo: Diretor Econômico-Financeiro e de

Relações com Investidores

Data: 25 de abril de 2014

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2013 e 2012 e para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011

F-2

(tradução livre para o português do relatório originalmente emitido em inglês, para fins de conveniência de usuários no Brasil)

RELATÓRIO DA FIRMA DE AUDITORIA INDEPENDENTE COM REGISTRO PÚBLICO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Aos Acionistas, Conselho de Administração e Administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP São Paulo - SP

Nós auditamos o balanço patrimonial da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP (“Companhia”) de 31 de dezembro de 2013 e de 2012, e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para cada um dos dois anos do período findo em 31 de dezembro de 2013. Estas demonstrações financeiras são de responsabilidade da Administração da Companhia. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras com base em nossas auditorias. Conduzimos nossas auditorias de acordo com os padrões do Public Company Accounting Oversight Board (Estados Unidos) - PCAOB. Esses padrões exigem que planejemos e executemos a auditoria para obter segurança razoável se as demonstrações financeiras estão livres de distorções materiais. Uma auditoria inclui o exame, com base em testes, das evidências que suportam sobre os saldos e divulgações das demonstrações financeiras. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que as nossas auditorias fornecem uma base razoável para fundamentar nossa opinião. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para cada um dos dois anos do período findo em 31 de dezembro de 2013, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB.

F-3

Conforme mencionado na Nota 4.1, em decorrência das mudanças nas práticas contábeis para o exercício iniciado em 1 de janeiro de 2013 relativa a benefícios a empregados, de acordo com o IAS 19 (R) - Benefícios a empregados, bem como a alteração da política contábil relativa a contabilização de investimentos em empreendimentos controlados em conjunto, de acordo com o IFRS 11 – Empreendimentos em conjunto, os valores correspondentes registrados no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, foram ajustados retrospectivamente, de acordo com a IAS 8 - Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro e IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Contábeis. Nós auditamos ainda, de acordo com os padrões do Public Company Accounting Oversight Board (Estados Unidos) - PCAOB, os controles internos sobre as demonstrações financeiras da Companhia, em 31 de dezembro de 2013, com base nos critérios estabelecidos na Internal Control - Integrated Framework (1992) emitidos pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission e nosso relatório datado de 25 de abril de 2014 expressou um parecer sem ressalvas sobre os controles internos sobre as demonstrações financeiras da Companhia.

/s/ Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

São Paulo, Brasil 25 de abril de 2014

F-4

(Tradução livre do original em inglês)

Relatório do auditor independente

Ao Conselho de Administração e Acionistas Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP Em nossa opinião, as demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e do fluxo de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, os resultados das operações e do fluxo de caixa da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP (a "Companhia") para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011, em conformidade com as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), elaboradas sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas do Conselho de Supervisão de Assuntos Contábeis das Empresas de Capital Aberto dos EUA (Public Company Accounting Oversight Board) e as normas internacionais de auditoria. Essas normas requerem que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria inclui a constatação, com base em testes, das evidências que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, a avaliação dos princípios e estimativas contábeis mais representativos adotados pela administração da Companhia e a apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que nossa auditoria fornece uma base razoável para a nossa opinião.

Conforme discutido na Nota 4.1 às demonstrações financeiras, a Companhia alterou a maneira como contabilizava (i) negócios em conjunto conforme a IFRS 11 – Negócios em Conjunto e (ii) benefícios a empregados conforme a IAS 19 - Benefícios a Empregados. São Paulo 15 de maio de 2013, exceto para efeitos da adoção da IFRS 11 – Negócios em Conjunto e da IAS 19 - Benefícios a Empregados, conforme discutido na Nota 4.1 às demonstrações financeiras, em relação às quais a data é 25 de abril de 2014.

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 1º de janeiro de 2012 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

F-5

Ativo Nota 31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

1º de janeiro de 2012

Reapresentado

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 6 1.782.001 1.915.974 2.142.079

Contas a receber de clientes 8 (a) 1.120.053 1.038.945 1.072.015

Saldos com partes relacionadas 9 (a) 134.855 109.273 185.333

Estoques 58.401 53.028 44.576

Caixa restrito 7 10.333 64.977 99.733

Impostos a recuperar 16 (a) 87.405 118.421 117.893

Demais contas a receber 61.039 29.980 43.065

Total do ativo circulante 3.254.087 3.330.598 3.704.694

Não circulante

Contas a receber de clientes 8 (a) 395.512 335.687 333.713

Saldos com partes relacionadas 9 (a) 130.457 153.098 170.288

Indenizações a receber - - 60.295

Depósitos judiciais 54.827 53.158 54.178

Imposto de renda e contribuição social diferidos 17 114.030 145.302 142.603

Agência Nacional de Águas – ANA 10 107.003 108.099 100.551

Demais contas a receber 94.952 111.047 35.034

Investimentos 11 23.660 20.826 21.986

Propriedades para investimento 12 54.039 54.046 52.585

Intangível 13 23.846.231 21.967.526 20.125.721

Imobilizado 14 199.496 196.710 181.585

Total do ativo não circulante 25.020.207 23.145.499 21.278.539

Total do Ativo 28.274.294 26.476.097 24.983.233

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 1º de janeiro de 2012 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

F-6

Passivo e patrimônio líquido Nota 31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

1º de janeiro de 2012

Reapresentado

Circulante

Empreiteiros e fornecedores 275.051 295.392 244.658

Parcela corrente de empréstimos e financiamentos de longo prazo 15 640.940 1.342.594 1.629.184

Salários, encargos e contribuições sociais 314.926 267.332 243.502

Impostos e contribuições a recolher 16 (b) 115.382 152.710 180.794

Juros sobre o capital próprio a pagar 21 (c) 456.975 414.355 247.486

Provisões 18 (a) 631.374 565.083 764.070

Serviços a pagar 20 323.208 389.091 383.116

Parceria Público-Privada – PPP 13 (j) 20.241 24.357 12.693

Compromissos Contratos de Programa 13 (d) (iv) 77.360 148.220 62.287

Outras obrigações 116.924 159.055 188.356

Total do passivo circulante 2.972.381 3.758.189 3.956.146

Não circulante

Empréstimos e financiamentos 15 8.809.134 7.532.661 6.794.148

Impostos e contribuições a recolher - - 18.363

Cofins/Pasep diferidos 129.849 123.731 114.106

Provisões 18 (a) 549.008 624.071 807.759

Obrigações previdenciárias 19 (b) 2.327.016 2.592.550 2.016.327

Parceria Público-Privada – PPP 13 (j) 322.267 331.960 416.105

Compromissos Contratos de Programa 13 (d) (iv) 88.678 87.407 130.978

Outras obrigações 145.160 168.766 184.358

Total do passivo não circulante 12.371.112 11.461.146 10.482.144

Total do passivo 15.343.493 15.219.335 14.438.290

Patrimônio líquido 21

Capital social 6.203.688 6.203.688 6.203.688

Reserva de capital 124.255 124.255 124.255

Reservas de lucros 6.736.389 5.387.634 4.217.953

Ajuste de avaliação patrimonial (133.531) (458.815) (953)

Total do patrimônio líquido 12.930.801 11.256.762 10.544.943

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 28.274.294 26.476.097 24.983.233

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Demonstração do Resultado para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-7

Nota 2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Receita operacional líquida 24 11.315.567 10.737.631 9.927.445

Custo operacional 25 (6.816.263) (6.449.951) (6.018.732)

Lucro bruto 4.499.304 4.287.680 3,908,713

Despesas de vendas 25 (637.103) (697.252) (619.304)

Despesas administrativas 25 (729.117) (717.377) (683.550)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 27 3.296 (23.175) (90.253)

Equivalência patrimonial 11 2.465 (6.532) (3.584)

Lucro operacional antes do resultado financeiro 3.138.845 2.843.344 2.512.022

Despesas financeiras 26 (602.910) (578.230) (701.889)

Receitas financeiras 26 386.110 333.129 465.753

Variações cambiais, líquidas 26 (266.446) (50.571) (396.882)

Despesas financeiras, líquidas (483.246) (295.672) (633.018)

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 2.655.599 2.547.672 1.879.004

Imposto de renda e contribuição social

Corrente 17 (d) (742.578) (593.743) (598.024)

Diferido 17 (d) 10.538 (42.029) 99.966

(732.040) (635.772) (498.058)

Lucro líquido do exercício 1.923.559 1.911.900 1.380.946

Lucro por ação - básico e diluído (em reais) 22 2,81 2,80 2,02

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Demonstração do Resultado Abrangente para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 2011 Em milhares de reais

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-8

Nota 2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Lucro líquido do exercício 1.923.559 1.911.900 1.380.946

Outros resultados abrangentes 325.284 (457.862) 144.642

Itens que não serão reclassificados subsequentemente

para a demonstração do resultado:

Ganhos e (perdas) atuariais sobre planos de benefícios

definidos 19 (b) 325.284 (457.862) 144.642

Resultado abrangente total do exercício 2.248.843 1.454.038 1.525.588

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-9

Reservas de lucros

Nota Capital

social

Reserva de

capital

Reserva

legal Reserva de

investimentos

Dividendo adicional proposto

Lucros acumulados

Ajuste de avaliação

patrimonial

Total

Saldos em 1º de janeiro de 2011 publicado 6.203.688 124.255 460.048 2.825.048 68.761 - - 9.681.800

Reconhecimento de passivo atuarial IAS 19, líquido de tributos - - - - - -

(303.122)

(303.122)

Saldos em 1º de janeiro de 2011 reapresentado 6.203.688 124.255 460.048 2.825.048 68.761 -

(303.122)

9.378.678

Lucro líquido do exercício - - - - - 1.380.946 -

1.380.946

Ganhos e (perdas) atuariais - - - - - -

144.642 144.642

Total do resultado abrangente do exercício - - - - - 1.380.946

144.462 1.525.588

Reconhecimento de passivo atuarial IAS 19 - - - - - (157.527)

157.527 -

Reserva legal - - 61.171 - - (61.171) -

-

Juros sobre o capital próprio (R$ 1,27 por ação) - - - - - (290.562) -

(290.562)

Dividendos adicionais de 2010, aprovados (R$ 0,30 por ação) - - - - (68.761) - -

(68.761)

Dividendos adicionais propostos - - - - 288.143 (288.143) -

-

Transferências para reserva de investimentos - - - 583.543 - (583.543)

-

-

Saldos em 31 de dezembro de 2011 reapresentado 6.203.688 124.255 521.219 3.408.591 288.143 -

(953)

10.544.943

Lucro líquido do exercício - - - - - 1.911.900

-

1.911.900

Ganhos e (perdas) atuariais 19 (b) - - - - - -

(457.862)

(457.862)

Total do resultado abrangente do exercício - - - - - 1.911.900

(457.862)

1.454.038

Reserva legal 21 (e) - - 95.595 - - (95.595)

-

-

Juros sobre o capital próprio (R$ 1,99 por ação) 21 (c) - - - - - (454.076)

-

(454.076)

Dividendos adicionais de 2011, aprovados (R$ 1,26 por ação) - - - - (288.143) -

-

(288.143)

Dividendos adicionais propostos - - - - 80.201 (80.201)

-

-

Transferências para reserva de investimentos - - - 1.282.028 - (1.282.028)

-

-

Saldos em 31 de dezembro de 2012 reapresentado 6.203.688 124.255 616.814 4.690.619 80.201 -

(458.815)

11.256.762

Lucro líquido do exercício - - - - - 1.923.559

-

1.923.559

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-10

Ganhos e (perdas) atuariais 19 (b) - - - - - -

325.284

325.284

Total do resultado abrangente do exercício - - - - - 1.923.559

325.284

2.248.843

Reserva legal 21 (e) - - 96.178 - - (96.178)

-

-

Juros sobre o capital próprio (R$ 0,6684 por ação) 21 (c) - - - - - (456.845)

-

(456.845)

Dividendos adicionais de 2012, aprovados (R$ 1,99 por ação) - - - - (80.201) -

-

(80.201)

Dividendos adicionais propostos - - - - 80.620 (80.620) - -

IRRF s/juros s/capital próprio atribuídos como dividendos mínimos obrigatórios - - - - (37.758) -

-

(37.758)

Transferências para reserva de investimentos - - - 1.289.916 - (1.289.916)

-

-

Saldos em 31 de dezembro de 2013 6.203.688 124.255 712.992 5.980.535 42.862 - (133.531) 12.930.801

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 Em milhares de reais (continuação)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-11

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro

de 2012

Reapresentado

31 de dezembro

de 2011

Reapresentado

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 2.655.599 2.547.672 1.879.004

Ajustes para reconciliação do lucro líquido:

Depreciação e amortização 871.073 738.525 768.704

Valor residual do imobilizado e intangível baixados 28.498 12.059 56.548

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 103.864 192.236 289.589

Provisões e variações monetárias de provisões 202.730 201.196 310.075

Juros calculados sobre empréstimos e financiamentos a pagar 390.039 404.196 434.315

Variações monetárias e cambiais de empréstimos e financiamentos 340.492 85.122 442.954

Juros e variações monetárias passivas 18.401 24.553 31.422

Juros e variações monetárias ativas (7.671) (12.862) (33.589)

Encargos financeiros de clientes (234.138) (171.481) (169.941)

Margem de valor justo sobre ativos intangíveis resultantes de contratos de concessão (50.248) (50.072) (47.588)

Provisão para Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) 22.518 57.332 46.991

Indenizações a receber - 60.295 85.918

Resultado da equivalência patrimonial (2.465) 6.532 3.584

Repasse Prefeitura Municipal de São Paulo 3.168 2.466 15.386

Provisão Sabesprev Mais 9.167 5.728 (8.746)

Obrigações previdenciárias 260.003 213.747 100.400

Outros ajustes (33.576) 34.772 4.832

4.577.454 4.352.016 4.209.858

Variação no ativo

Contas a receber de clientes (11.515) 56.003 (188.202)

Saldos e transações com partes relacionadas 5.586 60.450 20.455

Estoques (6.133) (8.858) (8.490)

Impostos a recuperar 31.016 (29.758) (61.926)

Depósitos judiciais (1.669) 1.020 573

Demais contas a receber (13.868) (77.613) (41.080)

Variação no passivo

Empreiteiros e fornecedores (15.454) (16.898) 135.961

Serviços recebidos (65.883) 5.975 87.944

Salários, encargos e contribuições sociais 47.594 (33.502) (49.814)

Impostos e contribuições a recolher (146.664) (47.800) (14.416)

Cofins/Pasep diferidos 6.118 9.625 1.144

Provisões (211.502) (583.871) (197.521)

Obrigações previdenciárias (158.442) (140.115) (11.268)

Outras obrigações (59.211) (53.086) 140.220

Caixa proveniente das operações 3.977.427 3.493.588 4.023.438

Juros pagos (533.362) (589.189) (736.382)

Imposto de renda e contribuição social pagos (666.883) (561.158) (588.484)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 2.777.182 2.343.241 2.698.572

Fluxo de caixa das atividades de investimentos

Aquisição de intangíveis (2.305.031) (2.008.699) (2.056.756)

Caixa restrito 54.644 34.752 202.841

Aumento de investimento (369) (5.372) (17.308)

Aquisição de bens do ativo imobilizado (30.743) (17.377) (11.995)

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (2.281.499) (1.996.696) (1.883.218)

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Demonstrações dos Fluxos de Caixa para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011 Em milhares de reais (continuação)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. F-12

31 de dezembro de

2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

31 de dezembro de 2011

Reapresentado

Fluxo de caixa das atividades de financiamentos

Empréstimos e financiamentos

Captações 1.779.529 1.620.852 1.685.506

Amortizações (1.780.673) (1.518.240) (1.923.862)

Pagamento de juros sobre o capital próprio (498.669) (578.705) (422.923)

Parceria Público-Privada – PPP (13.809) (40.285) -

Compromissos Contratos de Programa (116.034) (56.272) -

Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (629.656) (572.650) (661.279)

Redução de caixa e equivalente de caixa (133.973) (226.105) 154.075

Representado por:

Caixa e equivalentes de caixa no inicio do exercício 1.915.974 2.142.079 1.988.004

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.782.001 1.915.974 2.142.079

Redução de caixa e equivalentes de caixa (133.973) (226.105) 154.075

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-13

1 Contexto operacional

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (“SABESP” ou “Companhia”) é uma empresa de

economia mista, com sede em São Paulo na Rua Costa Carvalho, 300, Cep 05429-900, que tem como acionista

controlador o Governo do Estado de São Paulo. Atua na prestação de serviços de saneamento básico e ambiental no

Estado de São Paulo, e também fornece água tratada no atacado.

Além de atuar na prestação de serviços de saneamento básico no Estado de São Paulo, a SABESP pode exercer estas

atividades em outros estados e países, podendo atuar nos mercados de drenagem, serviços de limpeza urbana,

manejo de resíduos sólidos e energia. A nova visão da SABESP estabelece como objetivo ser reconhecida como a

empresa que universalizou os serviços de saneamento em sua área de atuação, de forma sustentável e competitiva,

com excelência no atendimento ao cliente.

Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia operava os serviços de água e esgotos em 363 municípios do Estado de

São Paulo, na maioria dos municípios as operações decorrem de contratos de concessão, de programa e de

prestação de serviços firmados por 30 anos. A Companhia possui dois contratos parciais com o município de Mogi

das Cruzes, entretanto como a maior parte do município é atendida por atacado, o mesmo não foi considerado

dentro dos 363 municípios. Em 31 de dezembro de 2013 a Companhia possuía 365 contratos.

A SABESP não está operando temporariamente, em alguns municípios, por força de decisão judicial. Os processos

encontram-se em andamento e são relativos aos municípios de Iperó, Cajobi, Álvares Florense, Macatuba e

Embaúba, sendo que o valor contábil dos intangíveis desses municípios era de R$ 11.351 em 31 de dezembro de

2013 (R$16,516 em 31 de dezembro de 2012).

Encontram-se vencidos, em 31 de dezembro de 2013, 61 contratos de concessão, sendo que todos estão em fase de

negociação com os municípios. Entre 2014 e 2034 vencerão 38 contratos de concessão. A Administração prevê que

todos os contratos de concessão vencidos e ainda não renovados, resultarão em novos contratos, descartando o

risco de descontinuidade na prestação dos serviços de água e esgoto nessas localidades municipais. Até 31 de

dezembro de 2013, foram assinados 266 contratos de programa e de prestação de serviços (em 31 de dezembro de

2012 – 258 contratos).

Em 31 de dezembro de 2013, o valor contábil do intangível utilizado nos 61 municípios em negociação totaliza

R$ 5.972.414, que representam 25,05% do total, e a receita bruta desses municípios totaliza R$ 1.930.348 em 31 de

dezembro de 2013, que representam 16,11% do total.

As operações da Companhia estão concentradas no município de São Paulo, que representa 51,75% da receita bruta

em 31 de dezembro de 2013 (dezembro/2012 – 51,21% e dezembro/2011 – 51,43%) e 42,46% do ativo intangível

(dezembro/2012 – 43,51%).

Em 23 de junho de 2010 o Estado de São Paulo, por intermédio do seu Governador, o Município de São Paulo,

representado por seu Prefeito, com a interveniência e anuência da SABESP e da Agência Reguladora de

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-14

Saneamento e Energia – ARSESP celebraram o Convênio com a finalidade de compartilhar a responsabilidade pelo

oferecimento do serviço de abastecimento de água e esgoto sanitário na capital, pelo período de 30 anos, podendo

ser prorrogado por igual período, nos termos da lei. Além disso, atribui à SABESP exclusividade na prestação dos

serviços e define a ARSESP como responsável pelas funções de regulação, inclusive tarifária, controle e fiscalização

dos serviços.

Também em 23 de junho de 2010, foi assinado o “Contrato de Prestação de Serviços Públicos de Abastecimento de

Água e de Esgotamento Sanitário”. O Contrato foi celebrado entre o Estado de São Paulo, o Município de São Paulo

e a SABESP, pelo período de 30 anos, prorrogáveis por igual período, englobando as seguintes atividades:

i. a proteção de mananciais, em articulação com os demais órgãos do Estado e do Município;

ii. captação, adução e tratamento de água bruta;

iii. coleta, transporte, tratamento e disposição final de esgotos sanitários; e

iv. adoção de outras ações de saneamento básico e ambiental.

No município de Santos, na Baixada Santista, que possui população expressiva, a Companhia opera amparada em

escritura pública de autorização, situação similar a de alguns outros municípios das regiões da Baixada Santista e

do Vale do Ribeira, nos quais a Companhia passou a operar após a fusão das Companhias que a constituíram. O

valor contábil do intangível em 31 de dezembro de 2013 do município de Santos era de R$ 340.530

(dezembro/2012 – R$ 328.693) e a receita bruta no exercício findo em 31 de dezembro de 2013 era de R$ 249.393

(dezembro/2012 – R$ 202.103 e dezembro/2011 – R$196,831).

A Lei 11.445/07 em seu art. 58, define que as concessões em caráter precário, as que estiverem com prazo vencido e

as que estiverem em vigor por prazo indeterminado, inclusive as que não possuam instrumento que as formalize,

serão válidos até 31 de dezembro de 2010, porém a Lei 12.693 de 24 de julho de 2012 em seu art. 2º permite a

celebração dos contratos de programa até 31 de dezembro de 2016.

A administração da Companhia entende que os contratos de concessão ainda não renovados estão válidos e são

regidos pela Lei 8.987/95 combinado com a Lei 11.445/07, assim como os municípios atendidos sem contrato.

As escrituras públicas são válidas e são regidas pelo código civil brasileiro.

As ações da Companhia estão listadas no segmento “Novo Mercado” da BM&FBovespa sob o código SBSP3 desde

abril de 2002, e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), na forma de American Depositary Receipts (ADRs)

Level III, sob o código SBS, desde maio de 2002. Em 2007, a SABESP passou a fazer parte do Índice de

Sustentabilidade Empresarial, ou ISE, da BM&FBovespa, o que reflete o alto grau de comprometimento com o

desenvolvimento sustentável e as práticas de cunho social.

Desde 2008, a SABESP vem atuando em parceria com outras empresas, resultando na formação das seguintes

companhias: Sesamm, Águas de Andradina, Saneaqua Mairinque, Aquapolo Ambiental, Águas de Castilho e Attend

Ambiental. Embora a participação da SABESP no capital social destas empresas não seja majoritária, os acordos de

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-15

acionistas preveem o poder de veto e voto de qualidade sobre determinadas matérias em conjunto com as empresas

associadas, indicando controle compartilhado na gestão dessas investidas.

As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Administração em 25 de abril de 2014.

2 Base de elaboração e apresentação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras da Companhia foram preparadas de acordo com as normas internacionais de

contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS), emitidas pelo Conselho de Normas

Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standards Board – IASB).

As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto por determinados

instrumentos financeiros mensurados pelos seus valores justos quando requerido pelas normas.

A elaboração das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS, exige a utilização de determinadas

estimativas contábeis essenciais. Além disso, exige que a administração exerça seu julgamento no processo de

aplicação das políticas contábeis da Companhia. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou

complexidade ou que as premissas e estimativas sejam significativas às demonstrações financeiras estão descritas

na Nota 5.

3 Resumo das principais políticas contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo.

Essas políticas foram aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados.

3.1 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta

liquidez, com vencimentos originais inferiores a três meses da data da aplicação, e com risco insignificante de

mudança de valor, bem como contas garantidas.

3.2 Ativos financeiros

Classificação

A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do

resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. A classificação depende

da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus

ativos financeiros no reconhecimento inicial. Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, a Companhia não tinha ativos

financeiros classificados nas categorias de valor justo por meio de resultado, mantidos até o vencimento e

disponíveis para venda.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-16

Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado

Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são os mantidos para negociação. Um ativo

financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os

ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no

valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado são apresentados na

demonstração do resultado em "resultado financeiro" no período em que ocorrem, a menos que o instrumento

tenha sido contratado em conexão com outra operação. Nesse caso, as variações são reconhecidas na mesma linha

do resultado afetada pela referida operação.

Empréstimos e recebíveis

Incluem-se nessa categoria os recebíveis que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou

determináveis, não cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com

prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não

circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem caixa e equivalentes de caixa, os saldos de

contas a receber de clientes, saldos com partes relacionadas, demais contas a receber, saldos a receber da Agência

Nacional de Águas – ANA, empreiteiros e fornecedores, empréstimos e financiamentos, juros sobre capital próprio

a pagar, serviços a pagar, saldos a pagar decorrente de Parceria Público-Privada – PPP, e compromissos contratos

de programa. Os empréstimos e recebíveis são reconhecidos ao valor justo e subsequentemente contabilizados pelo

custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

3.3 Receita operacional

(a) Receita de serviços de água e esgoto

As receitas da prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto são reconhecidas por ocasião do

consumo de água ou por ocasião da prestação de serviços. As receitas, incluindo receitas não faturadas, são

reconhecidas ao valor justo da contrapartida recebida ou a receber pela prestação desses serviços e são

apresentadas líquidas de impostos incidentes sobre a mesma, abatimentos e descontos. As receitas ainda não

faturadas representam receitas incorridas, cujo serviço foi prestado, mas ainda não foi faturado até o final de cada

período. São reconhecidas como contas a receber de clientes com base em estimativas mensais dos serviços

completados. Para as receitas dos municípios permissionários que não pagam a fatura integral, a Companhia

constitui provisão para créditos de liquidação duvidosa no momento do faturamento em conta redutora da receita.

A Companhia reconhece a receita quando: i) os bens ou os serviços são entregues ii) o valor pode ser mensurado

com segurança, iii) seja provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a Companhia e iv) é provável que

os valores serão recebidos. Não se considera que o valor da receita seja mensurável com segurança até que todas as

condições relacionadas à sua prestação estejam atendidas. Os valores a receber em disputa judicial são

reconhecidos quando são recebidos.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-17

(b) Receita de Construção

A receita de construção é reconhecida de acordo com o IAS 11 (Contratos de construção), usando o método da

percentagem completada, desde que todas as condições aplicáveis sejam concluídas. Segundo esse método, a

receita contratual deve ser proporcional aos custos contratuais incorridos na data do balanço em relação ao custo

total estimado. Contratos na modalidade custo mais margem (cost plus), a receita é reconhecida por referência aos

custos incorridos dos contratos, adicionado de uma margem. Esta margem adicional é relativa ao trabalho

executado pela Companhia sobre os contratos de construção, sendo adicionada aos custos de construção incorridos

e o total é reconhecido como receita de construção.

3.4 Contas a receber de clientes e provisão para créditos de liquidação duvidosa

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pelo serviço prestado no decurso

normal das atividades da Companhia. São classificadas como ativo circulante, exceto quando o prazo de

vencimento for superior a 12 meses após a data do balanço. Nestes casos são classificadas como não circulantes.

A Companhia constitui provisão para créditos de liquidação duvidosa para os saldos a receber em montante

considerado suficiente pela administração para cobrir perdas prováveis nas contas a receber, com base na análise

dos dados objetivos do “contas a receber” e no histórico de recebimentos e garantias existentes, e não espera

incorrer em perdas adicionais significativas.

3.5 Estoques

Os estoques de materiais destinados ao consumo e à manutenção dos sistemas de água e esgoto são demonstrados

pelo menor valor entre o custo médio de aquisição ou o valor de realização, e estão classificados no ativo circulante.

3.6 Propriedades para investimento

As propriedades para investimento são registradas pelo custo de aquisição ou construção, deduzido das respectivas

depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear às taxas que levam em consideração o tempo de vida útil

estimado dos bens. Os gastos com reparos e manutenção são contabilizados no resultado quando incorridos.

A Companhia mantém alguns ativos para futuro uso indeterminado, ou seja, não existe definição se a Companhia

irá utilizar a propriedade na operação ou venderá a propriedade em curto prazo no curso ordinário do negócio.

3.7 Imobilizado

O imobilizado compreende principalmente as instalações administrativas que não integram os ativos objeto dos

contratos de concessão. Esses ativos são demonstrados ao custo histórico de aquisição ou construção menos a

depreciação, e as perdas por recuperabilidade, quando necessário. Os juros, demais encargos financeiros e efeitos

inflacionários decorrentes dos financiamentos, efetivamente aplicados nas imobilizações em andamento, são

computados como custo do respectivo imobilizado.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-18

Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado,

conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e

que o custo do item possa ser mensurado com segurança. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em

contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.

A depreciação é calculada de acordo com o método linear para alocar seus custos e é descrita na Nota 14 (c). Os

terrenos não sofrem depreciação.

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício.

Os ganhos e perdas sobre alienações são determinados pela diferença entre o valor de venda e o saldo residual

contábil e reconhecidos em outras receitas (despesas) operacionais, na demonstração dos resultados.

3.8 Intangível

Os ativos intangíveis são demonstrados ao custo de aquisição e/ou construção, incluindo a margem de construção,

os juros e demais encargos financeiros capitalizados durante o período de construção, neste último caso, para os

casos de ativos qualificáveis quando aplicável. Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um

período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendido. A Companhia estabeleceu que

este período seria superior a 12 meses. Este período foi definido considerando o prazo de término das obras, pois a

maioria das obras possui prazo médio superior a 12 meses, o que equivale a um ano fiscal da SABESP.

O ativo intangível tem a sua amortização iniciada quando está disponível para uso, em seu local e na condição

necessária para que seja capaz de operar da forma pretendida pela Companhia.

A amortização do ativo intangível reflete o período em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo

sejam consumidos pela Companhia, podendo ser o prazo final da concessão, ou a vida útil do ativo.

A amortização do ativo intangível é cessada quando o ativo estiver totalmente consumido ou baixado, o que ocorrer

primeiro.

Doações, em bens para o poder concedente, recebidas de terceiros e entidades governamentais para permitir que a

Companhia preste serviços de fornecimento de água e esgoto não são registrados nas demonstrações financeiras da

Companhia, uma vez que esses bens são controlados pelo poder concedente.

Os recursos financeiros, recebidos como doações, para a construção da infraestrutura são registrados na rubrica

“outras receitas operacionais”.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-19

(a) Contratos de concessão/programa

A Companhia opera contratos de concessão incluindo a prestação dos serviços de saneamento básico e ambiental,

fornecimento de água e coleta de esgotos, firmados com o poder concedente. A infraestrutura utilizada pela

SABESP relacionada aos contratos de concessão de serviços é considerada controlada pelo poder concedente

quando:

(i) O poder concedente controla ou regulamenta quais serviços o operador deve fornecer com a infraestrutura, a

quem deve fornecê-los e a que preço; e

(ii) O poder concedente controla a infraestrutura, ou seja, mantém o direito de retomar a infraestrutura no final

da concessão.

Os direitos da SABESP sobre a infraestrutura operada em conformidade com os contratos de concessão são

contabilizados como intangível, uma vez que a SABESP tem o direito de cobrar pelo uso dos ativos de infraestrutura

e os usuários (consumidores) têm a responsabilidade principal de pagar pelos serviços.

O valor justo de construção e outros trabalhos na infraestrutura é reconhecido como receita, pelo seu valor justo,

quando a infraestrutura é construída, desde que se espere que este trabalho gere benefícios econômicos futuros. A

política contábil do reconhecimento de receita de construção está descrita na Nota 3.3 “Receita operacional”.

Ativos intangíveis relacionados aos Contratos de Concessão e Contratos de Programa, onde não há direito de

receber o saldo residual do ativo no final do contrato, são amortizados pelo método linear de acordo com o período

do contrato ou vida útil do ativo subjacente, o que ocorrer primeiro.

Os investimentos efetuados e não recuperados por meio da prestação de serviços, no prazo do contrato, deverão ser

indenizados pelo poder concedente, (1) com caixa ou equivalentes de caixa ou ainda, em geral (2) com a

prorrogação do contrato. Estes investimentos são amortizados pela vida útil do ativo.

A Lei 11.445/07 indica que os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira

assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços, sendo preferencialmente na

forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos

conjuntamente. Desta forma, os investimentos efetuados e não recuperados por meio da prestação de serviços, no

prazo original do contrato, são mantidos como ativo intangível, amortizados pela vida útil do ativo, considerando o

sólido histórico de renovação de concessões e, portanto, da continuidade da prestação de serviços.

(b) Licenças de uso de software

As licenças de uso de software são capitalizadas com base nos custos de aquisição e demais custos de

implementação. As amortizações são registradas de acordo com a vida útil e as despesas associadas à sua

manutenção são reconhecidas como despesas quando incorridas.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-20

3.9 Avaliação do valor de recuperação dos ativos não financeiros (impairment)

Imobilizado, intangível e outros ativos não circulantes com vida útil definida são revistos anualmente com a

finalidade de identificar evidências que levem a perdas de valores não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos

ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável.

A Companhia não possui ativos com vida útil indefinida e avaliou que não há indicativo de perda por impairment.

3.10 Empreiteiros e fornecedores

As contas a pagar aos empreiteiros e fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram

adquiridos no curso ordinário dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes, exceto quando o prazo

de vencimento for superior a 12 meses após a data do balanço. Caso contrário, são apresentadas como passivo não

circulante e estão reconhecidas inicialmente ao valor justo, que em geral corresponde ao valor da fatura e

subsequentemente ao custo amortizado.

3.11 Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no momento do recebimento

dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, são apresentados pelo custo amortizado, conforme

Nota 15. Além disso, os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a

Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data

do balanço.

As Debêntures emitidas pela Companhia não são conversíveis e são contabilizadas como empréstimos.

3.12 Custos de empréstimos

Custo de empréstimos atribuídos à aquisição, construção ou produção de um ativo que, necessariamente, demanda

um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda são capitalizados como parte do custo

destes ativos. Os demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa no período em que são incorridos.

Custos de empréstimos são juros e outros encargos em que a Companhia incorre em conexão com o empréstimo de

recursos, incluindo variação cambial, nos termos descritos abaixo.

A capitalização ocorre durante o período no qual o ativo encontra-se em fase de construção, considerando a taxa

média ponderada dos empréstimos vigentes da data da capitalização.

Para casos de empréstimos ou financiamentos em moeda estrangeira, a Companhia os analisa como se fossem

tomados em moeda nacional, limitando a capitalização de juros e/ou variação cambial pelo montante que seria

capitalizado se os mesmos fossem feitos no mercado local.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-21

3.13 Salários e encargos sociais

Os salários, incluindo encargos de férias, de 13º salário e os pagamentos complementares negociados em acordos

coletivos de trabalho, adicionados dos encargos sociais correspondentes, são apropriados pelo regime de

competência.

3.14 Participação nos resultados

O programa de participação nos resultados para os funcionários da Companhia é baseado em metas operacionais e

financeiras, da Companhia como um todo, e no desempenho de cada unidade de negócio. A Companhia reconhece

uma provisão quando está contratualmente obrigada ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação

não formalizada (constructive obligation). A provisão para participação nos resultados é constituída de acordo com

o período de competência, sendo contabilizada como despesa operacional e custo operacional.

3.15 Provisões, obrigações legais, depósitos judiciais, depósitos caução e ativos contingentes

As provisões relativas às ações judiciais são reconhecidas quando: i) a Companhia tem uma obrigação presente ou

não formalizada como resultado de eventos passados; ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para

liquidar a obrigação; e iii) o valor possa ser estimado com segurança. Se houver diversas obrigações semelhantes, a

probabilidade de uma saída de recursos ser exigida para a liquidação é determinada ao se considerar a natureza das

obrigações como um todo.

As provisões são mensuradas pelo valor presente dos desembolsos que se esperam ser exigidas para liquidar a

obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor temporal do

dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é

reconhecido como despesa financeira.

Para fins de apresentação das demonstrações financeiras, a provisão é demonstrada líquida dos depósitos caução

embasados no direito legal de compensação. As bases e a natureza das provisões para riscos civis, tributários,

trabalhistas e ambientais estão descritas na Nota 18.

Os depósitos caução não vinculados às obrigações relacionadas são registrados no ativo não circulante. Os

depósitos caução são corrigidos pelos índices estabelecidos pelas autoridades fiscais.

Os ativos contingentes não são reconhecidos contabilmente.

3.16 Gastos ambientais

Gastos relacionados a programas ambientais contínuos são registrados como despesa no resultado do exercício,

quando da existência do fato gerador. Os programas contínuos são elaborados para minimizar o impacto ambiental

causado pelas operações e para a gestão dos riscos ambientais relacionados às atividades da Companhia.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-22

3.17 Imposto de renda e contribuição social – correntes e diferidos

A despesa com imposto de renda e contribuição social representa a soma dos impostos correntes e diferidos.

Para informações sobre o Regime Tributário de Transição (RTT) e Medida Provisória 627/2013, ver Nota 17 (e) e

(f), respectivamente.

Impostos correntes

A provisão para imposto de renda e contribuição social está baseada no lucro tributável do exercício. O imposto de

renda foi constituído à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$240.

A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. O lucro tributável difere do

lucro apresentado na demonstração do resultado, porque exclui receitas ou despesas tributáveis ou dedutíveis em

outros exercícios, além de excluir itens não tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. A provisão para

imposto de renda e contribuição social é calculada individualmente (por cada controlada em conjunto) com base

nas alíquotas vigentes no fim do exercício. A administração avalia periodicamente, as posições assumidas nas

declarações de impostos de renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a

interpretações. Estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às

autoridades fiscais.

Impostos diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade, conforme o conceito

descrito no IAS 12 - Tributos sobre o Lucro, sobre as diferenças entre os ativos e passivos reconhecidos para fins

fiscais e correspondentes valores reconhecidos nas demonstrações financeiras; entretanto, não são reconhecidos se

forem gerados no registro inicial de ativos e passivos em operações que não afetam as bases tributárias, exceto em

operações de combinação de negócios. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são determinados

considerando as alíquotas (e leis) vigentes na data de preparação das demonstrações financeiras e que se espera

sejam aplicáveis quando o respectivo imposto de renda e contribuição social forem realizados.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que seja

provável que existirá base tributável positiva para a qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas e os

prejuízos fiscais possam ser compensados.

Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são compensados quando há um direito exequível legalmente de

compensar os ativos fiscais correntes contra os passivos fiscais correntes e quando os impostos de renda diferidos

ativos e passivos se relacionam com os impostos de renda incidentes pela mesma autoridade tributável sobre a

entidade tributária.

3.18 Impostos sobre receitas

As receitas de serviços de água e esgoto estão sujeitas à incidência do Pasep – Programa Formador do Patrimônio do Servidor Público e da Cofins – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social, pelo regime de

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-23

competência, calculadas pelas alíquotas de 1,65% e 7,60%, respectivamente. Os impostos incidentes sobre os valores faturados à entidades públicas são devidos quando as faturas são recebidas. Esses tributos são apurados pelo regime da não cumulatividade, sendo apresentados líquidos dos créditos

decorrentes da não cumulatividade, como deduções da receita bruta. Os débitos apurados sobre “outras receitas

operacionais” são apresentados dedutivamente na própria linha da demonstração do resultado.

3.19 Plano de Previdência Privada

(a) Benefício definido

A Companhia faz contribuição, em bases contratuais, ao plano de beneficio previdenciário por ela patrocinado, na

modalidade beneficio definido, administrado pela Fundação Sabesp de Seguridade Social – Sabesprev, entidade

fechada de previdência complementar. As contribuições regulares compreendem os custos líquidos do custeio

administrativo e são registrados no resultado do período em que são devidas.

O passivo relacionado aos planos de pensão, está representado pelo valor presente da obrigação na data do balanço,

menos o valor justo dos ativos do plano. As obrigações de benefícios definidos (G1), bem como do plano de

complementação de aposentadoria e pensão (G0) são calculadas anualmente por atuários independentes, usando o

método de crédito unitário projetado. A estimativa de saída futura de caixa é descontada ao seu valor presente,

usando as taxas de juros de títulos públicos cujos prazos de vencimento se aproximam dos prazos do passivo

relacionado.

Com relação aos ganhos e perdas atuariais, decorrentes de ajustes com base na experiência e nas mudanças das

premissas atuariais são registrados diretamente no patrimônio líquido, como ajuste de avaliação patrimonial

(AAP), de forma que o ativo ou passivo líquido do plano seja reconhecido no balanço patrimonial para refletir o

valor integral do déficit ou superávit do plano.

As despesas com plano de pensão são classificadas no resultado como custo operacional, despesas de vendas ou

despesas administrativas, de acordo com o centro de custo do respectivo funcionário.

Quando ocorre uma redução ou liquidação do plano, mas esta se relaciona apenas a alguns empregados do plano,

ou quando apenas parte da obrigação é liquidada, o ganho ou a perda inclui uma parcela proporcional do custo do

serviço passado e dos ganhos e das perdas atuariais. A parcela proporcional é determinada com base no valor

presente das obrigações antes e após a redução ou a liquidação.

(b) Contribuição definida

A Companhia faz contribuição, em bases contratuais, ao plano de beneficio previdenciário por ela patrocinado, na

modalidade contribuição definida (Sabesprev Mais), administrado pela Fundação Sabesp de Seguridade Social –

Sabesprev, entidade fechada de previdência complementar, que provê a seus empregados benefícios pós-emprego.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-24

Um plano de contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual a Companhia faz contribuições fixas a

uma entidade separada. A Companhia não tem obrigação de fazer contribuições se o fundo não tiver ativos

suficientes para pagar a todos os empregados os benefícios relacionados com o serviço do empregado no período

corrente e anterior.

3.20 Receitas e despesas financeiras

As receitas financeiras são substancialmente representadas por juros, atualizações monetárias e variações cambiais,

resultantes de depósitos judiciais e acordos de parcelamento com clientes, usando o método de taxa efetiva de

juros.

As despesas financeiras referem-se a juros, atualizações monetárias e variações cambiais decorrentes de

empréstimos, financiamentos, refinanciamentos, provisões, parceria público privada, compromissos contratos de

programa e provisões, usando o método de taxa efetiva de juros.

As variações monetárias ativas ou passivas são decorrentes da cobrança ou pagamento a terceiros, conforme

requerido por contrato, por lei ou por decisão judicial, reconhecidas pelo regime de competência pro rata temporis.

As correções monetárias incluídas nos contratos não são consideradas como derivativos embutidos, pois são

considerados como índices de correção para o ambiente econômico da Companhia.

3.21 Arrendamento mercantil

Os contratos de arrendamento mercantil são classificados sob a modalidade financeira quando há transferência de

propriedade e dos riscos e benefícios inerentes a propriedade do bem ao arrendatário. Todos os demais

arrendamentos são classificados sob a modalidade operacional. Os arrendamentos operacionais são reconhecidos

como uma despesa no resultado de forma linear durante o prazo do contrato do arrendamento.

Os contratos de arrendamentos financeiros são valorizados com base no menor valor entre o valor presente dos

pagamentos mínimos obrigatórios do contrato ou valor justo do bem na data de início do contrato de

arrendamento. Os valores a pagar decorrentes das contraprestações dos contratos de arrendamento financeiro são

reconhecidos e alocados entre despesa financeira e amortização do passivo de arrendamento financeiro de forma a

alcançar uma taxa constante de juros. A correspondente obrigação ao arrendador é registrada como dívida de curto

e longo prazo.

3.22 Demais ativos e passivos circulantes e não circulantes

Os demais ativos são registrados ao custo de aquisição, reduzidos de provisão para ajuste ao valor recuperável,

quando aplicável. Os demais passivos são registrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando

aplicável, dos correspondentes encargos financeiros.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-25

3.23 Dividendos e juros sobre capital próprio

A Companhia utiliza o benefício fiscal da distribuição de dividendos na forma de Juros Sobre o Capital Próprio,

como permitido por lei. Os juros são contabilizados de acordo com as disposições contidas na Lei n.º 9.249/95,

para efeito de dedutibilidade, limitados à variação pró-rata dia das taxas de juros de longo prazo – TJLP. O

benefício atribuído aos acionistas é registrado no passivo circulante com contrapartida no Patrimônio Líquido, com

base no Estatuto Social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são

aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral. O reflexo fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido no

resultado do exercício, na mesma competência do reconhecimento.

3.24 Ajuste a valor presente

Os ativos e passivos financeiros decorrentes de operação de longo prazo ou de curto prazo, quando há efeitos

relevantes, são ajustados a valor presente com base em taxas de desconto de mercado da data da transação.

3.25 Apresentação de relatórios por segmento

O relatório por segmentos operacionais é apresentado de modo consistente com as informações utilizadas

internamente pela Administração, para a tomada de decisões estratégicas, a alocação de recursos e avaliação de

desempenho dos segmentos operacionais.

Com base na forma como a Companhia trata seus negócios e da maneira em que as decisões de alocação de recursos

são feitas, foram demonstrados dois segmentos operacionais (água e esgoto) para fins de reporte financeiro. As

informações por segmento estão demonstradas na Nota 23.

3.26 Conversão de saldos em moeda estrangeira

(a) Moeda funcional e moeda de apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados usando a moeda do principal ambiente

econômico em que a entidade atua ("moeda funcional"). As demonstrações financeiras estão apresentadas em reais

(R$), que é também a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real

foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

(b) Conversão de moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais utilizando-se as taxas de câmbio em vigor nas datas

das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço.

Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos

monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto para os

empréstimos e financiamentos que estão relacionados à ativos imobilizados ou intangíveis em andamento, onde os

ganhos e perdas cambiais são reconhecidos em contra-partida do próprio ativo enquanto estiver em andamento.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-26

4 Mudanças nas práticas contábeis e divulgações

4.1 Novas normas, alterações e interpretações de normas que entraram em vigor para períodos

iniciados em ou após 1º de janeiro de 2013

Novas normas e revisões

Norma Exigências-chave Data de vigência

Modificações à IFRS 7 –

Instrumentos Financeiros:

Evidenciação

As modificações à IFRS 7 aumentam as exigências de

divulgação das transações envolvendo ativos

financeiros. Essas alterações pretendem proporcionar

maior transparência às exposições de risco quando um

ativo financeiro é transferido, mas o transferente

continua retendo certo nível de exposição no ativo. As

alterações também exigem a divulgação da

transferência de ativos financeiros quando não foram

igualmente distribuídos no exercício.

1º de janeiro de 2013

IFRS 10 - Demonstrações

Financeiras Consolidadas

(substitui partes das IAS 27

e da SIC 12)

De acordo com a IFRS 10, existe somente uma base de

consolidação para todas as entidades, ou seja, o

controle. Esta alteração elimina a inconsistência entre

a versão anterior da IAS 27 e a SIC 12; a primeira

utilizava conceito de controle enquanto a última

enfatizava o conceito de riscos e benefícios.

Inclui uma definição mais detalhada de controle para

solucionar a definição resumida de controle da versão

anterior da IAS 27. A definição de controle de acordo

com a IFRS 10 inclui os seguintes três elementos:

i) poder sobre a investida;

ii) exposição, ou direitos, aos retornos variáveis

das atividades com a investida; e

iii)capacidade de utilizar o poder sobre a investida

para afetar o valor dos retornos dos

investimentos.

1º de janeiro de 2013

IFRS 11 – Negócios em

Conjunto (substitui à IAS 31

e SIC 13)

A definição de controle conjunto de acordo com a

nova norma é a mesma da anterior, exceto pelo fato de

que a nova definição enfatiza as atividades relevantes

da investida em vez de somente as atividades

operacionais e financeiras da investida. Esta nova

1º de janeiro de 2013

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-27

Norma Exigências-chave Data de vigência

abordagem está alinhada com a definição de controle

de acordo com a IFRS 10.

Aborda como um negócio em conjunto em que duas

ou mais partes detêm o controle conjunto de um

acordo deve ser classificado. Existem dois tipos de

negócios em conjunto de acordo com a IFRS 11:

operações em conjunto e empreendimentos

controlados em conjunto (joint ventures). Esses dois

tipos de negócios em conjunto são diferenciados pelos

direitos e pelas obrigações das partes.

IFRS 12 – Divulgação de

Participações em Outras

Entidades

É uma nova norma que define as divulgações a serem

incluídas nas demonstrações financeiras quando as

entidades detiverem participação em controladas,

negócios em conjunto, coligadas ou entidades

estruturadas não consolidadas (semelhantes às

entidades de propósito específico de acordo com a SIC

12).

1º de janeiro de 2013

IFRS 13 – Mensuração do

Valor Justo

Apresenta uma nova definição de valor justo. De

acordo com a IFRS 13, o valor justo é definido como o

preço que seria recebido na venda de um ativo ou pago

na transferência de um passivo em uma transação no

mercado principal na data de mensuração, de acordo

com as condições de mercado atuais,

independentemente se esse preço é diretamente

observável ou estimado por meio de outra técnica de

avaliação.

1º de janeiro de 2013

IAS 19 – Benefícios a

Empregados

As alterações à IAS 19 modificam a contabilização dos

planos de benefícios definidos e de benefícios

rescisórios. A modificação mais significativa refere-se

à contabilização das alterações nas obrigações de

benefícios definidos e ativos do plano. As alterações

exigem o reconhecimento das modificações nas

obrigações de benefícios definidos e no valor justo dos

ativos do plano conforme ocorram e, portanto,

eliminam a “abordagem de corredor” permitida na

versão anterior da IAS 19 e aceleram o

1º de janeiro de 2013

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-28

Norma Exigências-chave Data de vigência

reconhecimento dos custos de serviços passados. As

alterações exigem que todos os ganhos e perdas

atuariais sejam reconhecidos imediatamente em

outros resultados abrangentes, de forma que o ativo

ou passivo líquido do plano de pensão seja

reconhecido no balanço patrimonial para refletir o

valor integral do déficit ou superávit do plano.

IAS 27 – Demonstrações

Financeiras Separadas

A norma revisada trata somente das demonstrações

financeiras separadas. A maioria das exigências foi

mantida com relação à norma anterior.

1º de janeiro de 2013

IAS 28 – Investimentos em

Coligadas e

Empreendimentos em

Conjunto

De forma similar à norma anterior, a nova norma

oferece instruções sobre como aplicar o método de

equivalência patrimonial. No entanto, o escopo da

norma revisada foi alterado para tratar dos

investimentos em empreendimentos controlados em

conjunto (joint ventures) e pelo fato de a IFRS 11

exigir que esses investimentos sejam contabilizados

pelo método de equivalência patrimonial.

1º de janeiro de 2013

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-29

As novas normas, alterações ou interpretações das normas que tiveram efeito para a Companhia são as seguintes:

IFRS 11 Negócios em Conjunto e IAS 19 Benefícios a Empregados A adoção retrospectiva das IFRS 11 e IAS 19 para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 apresentou os

seguintes ajustes:

31 de dezembro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Ativo

Total do ativo circulante

3.336.865 (6.267) - 3.330.598

Imposto de renda e contribuição social diferidos

141.356 (5.459) 9.405 145.302

Investimentos - 20.826 - 20.826

Intangível 21.991.922 (24.396) - 21.967.526

Imobilizado 383.383 (186.673) - 196.710

Total do ativo não circulante

23.338.928 (202.834) 9.405 23.145.499

Total do Ativo

26.675.793 (209.101) 9.405 26.476.097

31 de dezembro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Passivo e patrimônio líquido

Total do passivo circulante

3.797.370 (39.181) - 3.758.189

Empréstimos e financiamentos

7.701.929 (169.268) - 7.532.661

Obrigações previdenciárias

2.124.330 - 468.220 2.592.550

Total do passivo não circulante

11.162.846 (169.920) 468.220 11.461.146

Total do passivo

14.960.216 (209.101) 468.220 15.219.335

Total do patrimônio líquido

11.715.577 - (458.815) 11.256.762

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido

26.675.793 (209.101) 9.405 26.476.097

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-30

31 de dezembro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Demonstração do resultado

Receita operacional líquida 10.754.435 (16.804) - 10.737.631

Custos operacionais (6.465.398) 15.447 - (6.449.951)

Despesas de vendas (697.874) 622 - (697.252)

Despesas administrativas (726.128) 8.751 - (717.377)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas

(19.775) (3.400) - (23.175)

Equivalência patrimonial

- (6.532) - (6.532)

Lucro operacional

2.845.260 (1.916) - 2.843.344

Despesas financeiras, líquidas

(301.356) 5.684 - (295.672)

Imposto de renda e contribuição social

(632.004) (3.768) - (635.772)

Lucro líquido do exercício

1.911.900 - - 1.911.900

31 de dezembro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Demonstração do resultado abrangente

Lucro líquido do exercício

1.911.900 - - 1.911.900

Outros resultados abrangentes

- - (457.862) (457.862)

. Itens que não serão reclassificados subsequentemente para a demonstração de resultado:

Ganhos e (perdas) atuariais sobre planos de benefícios definidos

- - (457.862) (457.862)

Resultado abrangente total do exercício 1.911.900 - (457.862) 1.454.038

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-31

31 de dezembro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Demonstrações dos fluxos de caixa

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

2.336.220 7.021 - 2.343.241

Caixa líquido das atividades de investimento (1.998.778) 2.082 - (1.996.696)

Caixa líquido das atividades de financiamento (566.253) (6.397) - (572.650)

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa

(228.811) 2.706 - (226.105)

1º de janeiro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Ativo

Total do ativo circulante

3.725.833 (21.139) - 3.704.694

Imposto de renda e contribuição social diferidos

179.463 (1.537) (35.323) 142.603

Demais contas a receber 39.933 (4.899) - 35.034

Investimentos - 21.986 - 21.986

Intangível 20.141.677 (15.956) - 20.125.721

Imobilizado 356.468 (174.883) - 181.585

Total do ativo não circulante

21.489.151 (175.289) (35.323) 21.278.539

Total do Ativo

25.214.984 (196.428) (35.323) 24.983.233

1º de janeiro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Passivo e patrimônio líquido

Total do passivo circulante

3.968.668 (12.522) - 3.956.146

Empréstimos e financiamentos

6.966.285 (172.137) - 6.794.148

Cofins/Pasep diferidos

114.957 (851) - 114.106

Obrigações previdenciárias

2.050.697 - (34.370) 2.016.327

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-32

1º de janeiro de 2012

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Outras obrigações

742.359 (10.918) - 731.441

Total do passivo não circulante

10.700.420 (183.906) (34.370) 10.482.144

Total do passivo

14.669.088 (196.428) (34.370) 14.438.290

Total do patrimônio líquido

10.545.896 - (953) 10.544.943

Total do Passivo e do Patrimônio Líquido

25.214.984 (196.428) (35.323) 24.983.233

31 de dezembro de 2011

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Demonstração do resultado

Receita operacional líquida

9.941.637 (14.192) - 9.927.445

Custos operacionais

(6.030.977) 12.245 - (6.018.732)

Despesas de vendas

(619.542) 238 - (619.304)

Despesas administrativas

(846.593) 5.516 157.527 (683.550)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas

(90.138) (115) - (90.253)

Equivalência patrimonial - (3.584) - (3.584)

Lucro operacional

2.354.387 (108) 157.527 2.512.022

Despesas financeiras, líquidas

(633.641) 623 - (633.018)

Imposto de renda e contribuição social

(497.327) (731) - (498.058)

Lucro líquido do exercício

1.223.419 - 157.527 1.380.946

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-33

31 de dezembro de 2011

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Demonstração do resultado abrangente

Lucro líquido do exercício 1.223.419 - 157.527 1.380.946

Outros resultados abrangentes - - - 144.642

. Itens que não serão reclassificados subsequentemente para a demonstração de resultado:

Ganhos e (perdas) atuariais sobre planos de benefícios definidos

- - - 144.642

Resultado abrangente total do exercício 1.223.419 - 157.527 1.525.588

31 de dezembro de 2011

Original Efeitos da IFRS 11 (a)

Efeitos da IAS 19 (b) Reapresentado

Demonstrações dos fluxos de caixa

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social

1.720.746 731 157.527 1.879.004

Obrigações previdenciárias 257.927 - (157.527) 100.400

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

2.717.058 (18.486) - 2.698.572

Caixa líquido das atividades de investimento (2.008.278) 125.060 - (1.883.218)

Caixa líquido das atividades de financiamento (547.970) (113.309) - (661.279)

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa (160.810) (6.735) - 154.075

(a) Adoção da IFRS 11 As empresas investidas em conjunto (Nota 11) passaram a ser classificadas como joint venture estando sujeitas ao

reconhecimento contábil pelo método da equivalência patrimonial IAS 28. Tal mudança implicou na alteração da

consolidação proporcional para contabilização do investimento pelo método da equivalência patrimonial.

A adoção da IFRS 11 resultou em alterações na consolidação dos investimentos mantidos pela Companhia na

Sesamm – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim S/A, Águas de Andradina S.A., Águas de Castilho, Saneaqua

Mairinque S.A., Aquapolo Ambiental S.A. e Attend Ambiental S/A.

(b) Adoção da IAS 19

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-34

A prática contábil da Companhia até 31 de dezembro de 2012 era contabilizar ganhos e perdas atuariais pelo

método do “corredor”, onde os ganhos e perdas decorrentes de alterações em premissas atuariais eram somente

reconhecidos no resultado na medida em que superassem o valor do “corredor” e amortizado ao longo da vida

média estimada remanescente da população que possui os benefícios; portanto, os ganhos e perda atuariais

mensurados num período não eram reconhecidos imediatamente. Como resultado deste método o valor

reconhecido no passivo diferia do valor presente estimado das obrigações pelo valor dos ganhos e perdas atuariais

ainda não reconhecidos.

Com a adoção da nova norma contábil a SABESP passou a contabilizar no balanço patrimonial o efeito total das

perdas atuariais líquidas de imposto de renda e contribuição social, com contrapartida em outros resultados

abrangentes; ou seja, sem transitar pelo resultado do exercício. Esta contabilização foi feita nas informações

contábeis intermediárias de 2013, com efeito retrospectivo às demonstrações financeiras da Companhia

correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e saldo de abertura em 1º de janeiro de 2012.

O imposto de renda e contribuição social diferidos foram contabilizados apenas para o plano G1, uma vez que as

despesas do plano G0 são consideradas indedutíveis.

Abaixo é apresentada a reconciliação dos novos saldos patrimoniais das obrigações atuariais relativos ao exercício

findo em 31 de dezembro de 2012 e ao saldo de abertura, em 1º de janeiro de 2012, afetados pela alteração na

norma:

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-35

31 de dezembro

de 2012

1° de janeiro

de 2012

Saldo das obrigações atuariais conforme prática contábil anterior - G1 577.169 538.619

Efeito da adoção da IAS 19 27.663 (103.892)

Saldo das obrigações atuariais após mudança de prática contábil 604.832 434.727

Saldo das obrigações atuariais conforme prática contábil anterior - G0 1.547.161 1.512.078

Efeito da adoção da IAS 19 440.557 69.522

Saldo das obrigações atuariais após mudança de prática contábil 1.987.718 1.581.600

Saldo total das obrigações atuariais após mudança de prática contábil 2.592.550 2.016.327

Em função do ajuste descrito acima decorrente da adoção da IAS 19, os saldos das rubricas “Impostos diferidos” no

ativo não circulante, “Obrigações previdenciárias” no passivo não circulante e “Outros resultados abrangentes” no

patrimônio líquido, de 31 de dezembro de 2012 e de 1º de janeiro de 2012, relativos aos períodos comparativos à

essa informação contábil intermediária, foram ajustados da seguinte maneira:

31 de dezembro de 2012

1° de janeiro de 2012

Saldo

Saldo

Saldo

Saldo

original

Ajuste

Reapresentado

original

Ajuste

reapresentado

Ativo não circulante

Impostos diferidos 135.897

9.405

145.302 177.926

(35.323)

142.603

Passivo não circulante

Obrigações previdenciárias 2.124.330

468.220

2.592.550 2.050.697

(34.370)

2.016.327

Patrimônio líquido

Outros resultados abrangentes 11.715.577

(458.815)

11.256.762 10.545.896

(953)

10.544.943

A adoção da IAS 19 não implicou em ajustes nas demonstrações do resultado e do fluxo de caixa apresentados nesta

demonstração financeira.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-36

IFRS 12 Divulgação de participação em outras entidades

Trata da divulgação de participação em outras entidades, cujo objetivo é possibilitar que os usuários conheçam os

riscos, a natureza e os efeitos sobre as demonstrações financeiras dessas participações. As divulgações incluídas nas

demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2013 estão em conformidade com a IFRS 12.

IFRS 13 Mensuração do Valor Justo

Aplicável quando outros pronunciamentos de IFRS exigem ou permitem mensurações ou divulgações do valor justo

(e mensurações, tais como o valor justo menos custo de venda, com base no valor justo ou em divulgações sobre as

referidas mensurações). As divulgações incluídas nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de

dezembro de 2013 estão em conformidade com a IFRS 13.

4.2 Normas novas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor

A Companhia não adotou de forma antecipada, as IFRSs novas e revisadas a seguir:

Alterações às IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Evidenciação2

IFRS 9 Instrumentos Financeiros2

Alterações às IFRS 10 e 12 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Divulgações de Participações em

Outras Entidades – Entidades de Investimento 1

Alterações à IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas – Entidades de Investimento1

Alterações à IAS 32 Compensação de Ativos e Passivos Financeiros1

1 Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014.

2 Em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2015.

4.3 Gestão de Risco Financeiro

4.3.1 Fatores de risco financeiro

As operações da Companhia são afetadas pela conjuntura econômica brasileira, expondo-a a risco de mercado

como, taxa de câmbio, taxa de juros, risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de risco financeiro da Companhia

se concentra na imprevisibilidade dos mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no

desempenho financeiro da Companhia.

A Companhia não utilizou instrumentos derivativos em nenhum dos períodos apresentados.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-37

(a) Risco de mercado

Risco cambial

A exposição cambial da SABESP implica riscos de mercado associados às oscilações cambiais do real em relação ao

dólar norte-americano e ao iene. Os passivos da SABESP em moeda estrangeira incluem empréstimos em dólares

norte-americanos e em iene, principalmente.

No caso de desvalorização do real em relação à moeda estrangeira na qual a dívida esteja denominada, a SABESP

incorrerá em prejuízo monetário com relação a tal dívida.

Os riscos cambiais específicos da SABESP estão associados às exposições geradas por sua dívida de curto e longo

prazos em moeda estrangeira.

A administração da exposição cambial da SABESP considera diversos fatores econômicos atuais e projetados, além

das condições de mercado.

Este risco decorre da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de

câmbio que impactem os saldos de passivo de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira captados no

mercado e, consequentemente, as despesas financeiras. A Companhia não mantém operações de “hedge” ou “swap”

e também não possui qualquer instrumento financeiro para proteção contra tal risco, no entanto, faz uma gestão

ativa da dívida, aproveitando as janelas de oportunidades, para trocar dívidas caras por dívidas mais baratas,

reduzindo o custo por meio de antecipação de vencimentos.

Uma parte significativa da dívida financeira da Companhia está atrelada ao dólar norte-americano e ao iene, no

valor total de R$ 3.715.645 em 31 de dezembro 2013 (dezembro/2012 – R$ 3.231.183). A exposição da Companhia

ao risco cambial é a seguinte:

31 de dezembro de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Moeda

estrangeira R$

Moeda

estrangeira R$

Empréstimos e financiamentos – US$ 1.181.256 2.767.210 1.136.274 2.321.976

Empréstimos e financiamentos – Iene 41.504.249 926.790 37.535.650 890.346

Juros e encargos de empréstimos e financiamentos – US$ 14.512 12.487

Juros e encargos de empréstimos e financiamentos – Iene 7.133 6.374

Total da exposição 3.715.645 3.231.183

Custo de captação (17.092) (15.422)

Total dos empréstimos em moeda estrangeira 3.698.553 3.215.761

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-38

Em 31 de dezembro de 2013, caso o Real tivesse se valorizado ou desvalorizado em 10% em comparação com o

dólar e o iene com todas as outras variáveis mantidas constantes, o efeito no resultado antes dos impostos para o

exercício teria sido de R$ 371.564 (dezembro/2012 - R$ 323.118), a mais ou menos, principalmente como resultado

dos ganhos ou perdas cambiais com a conversão de empréstimos em moeda estrangeira.

O cenário I abaixo apresenta o efeito no resultado para os próximos 12 meses considerando a projeção do dólar e do

iene. Com todas as outras variáveis mantidas constantes estão demonstrados no cenário II e no cenário III os

impactos, para os próximos 12 meses, de uma possível desvalorização do Real em 25% e 50%, respectivamente.

Cenário I

(Provável)

Cenário II

(+25%)

Cenário III

(+50%)

(*)

Exposição cambial líquida em 31 de dezembro de 2013

(Passiva) em US$

1.181.256 1.181.256 1.181.256

Taxa do US$ em 31 de dezembro de 2013 2,34260 2,34260 2,34260

Taxa cambial estimada conforme cenário 2,45000 3,06250 3,67500

Diferença entre as taxas (0,10740) (0,71990) (1,33240)

Efeito no resultado financeiro liquido em R$ - (perda) (126.867) (850.386) (1.573.905)

Exposição cambial líquida em 31 de dezembro de 2013

(Passiva) em Iene

41.504.249 41.504.249 41.504.249

Taxa do Iene em 31 de dezembro de 2013

0,02233 0,02233 0,02233

Taxa cambial estimada conforme cenário

0,02322 0,02903 0,03484

Diferença entre as taxas

(0,00089) (0,00670) (0,01251)

Efeito no resultado financeiro liquido em R$ - (perda) (36.939) (278.078) (519.218)

Total do efeito incremental no resultado financeiro liquido em R$

- (perda)

(163.806) (1.128.464) (2.093.123)

(*) Para o cenário provável em moeda estrangeira (dólar e iene) foi considerada a taxa de câmbio média para o período de

12 meses após a data de 31 de dezembro de 2013, conforme BM&FBovespa.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-39

Risco de taxa de juros

Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de

juros que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos.

A Companhia não tem pactuado contratos de derivativos para fazer “hedge” contra esse risco, porém monitora

continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a necessidade de substituição de suas

dívidas.

A tabela abaixo mostra os empréstimos e financiamentos da Companhia sujeitos à taxa de juros variável:

31 de dezembro de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

TR(i) 1.646.546 2.019.924

CDI(ii) 1.212.010 1.799.830

TJLP(iii) 990.273 845.913

IPCA(iv) 1.413.629 697.385

LIBOR(v) 1.599.815 1.243.058

Juros e encargos 120.839 95.475

Total 6.983.112 6.701.585

(i) TR – Taxa Referencial de Juros

(ii) CDI - Certificado de Depósito Interbancário

(iii) TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo

(iv) IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

(v) LIBOR - London Interbank Offered Rate

Outro risco que a Companhia enfrenta é a não correlação entre os índices de atualização monetária de suas dívidas

e das receitas de seus serviços. Os reajustes de tarifa de fornecimento de água e tratamento de esgoto não

necessariamente acompanham os aumentos dos índices de correção dos empréstimos, financiamentos e taxas de

juros que afetam as dívidas da Companhia.

Em 31 de dezembro de 2013, se as taxas de juros sobre os empréstimos mantidos em reais variassem em torno de

1% a mais ou menos, com todas as outras variáveis mantidas constantes, o efeito no resultado do exercício antes

dos impostos teria sido de R$ 69.831 (dezembro/2012 - R$ 67.015) a mais ou a menos, principalmente em

decorrência de despesas de juros mais baixas ou mais altas nos empréstimos de taxa variável.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-40

(b) Risco de crédito

O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem

como de exposições de crédito a clientes, incluindo contas a receber em aberto, caixa restrito, saldos com partes

relacionadas e indenizações. A Companhia deve, por força da lei, aplicar seus recursos exclusivamente junto ao

Banco do Brasil (rating AA+(bra)). Os riscos de crédito são atenuados pela venda a uma base de clientes

pulverizada.

A exposição máxima ao risco de crédito na data de apresentação do relatório é o valor contábil dos títulos

classificados como equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, caixa restrito, contas a

receber de clientes e saldos com partes relacionadas na data do balanço. Notas 6, 7, 8 e 9.

Com relação aos ativos financeiros mantidos junto a instituições financeiras, a qualidade do crédito que não está

vencido ou sujeito à provisão para deterioração, pode ser avaliada mediante referência às classificações externas de

crédito (se houver) ou às informações históricas sobre os índices de inadimplência das contrapartes. Para a

qualidade de crédito de contrapartes que são instituições financeiras, como depósitos e aplicações financeiras, a

Companhia considera o menor rating da contraparte divulgada pelas três principais agências internacionais de

rating (Moody's, Fitch e S&P), conforme política interna de gerenciamento de riscos de mercado:

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro

de 2012

Reapresentado

Conta-corrente e depósitos bancários de curto prazo

AAA(bra) 1.781.327 1.913.893

Outros (*) 674 2.081

1.782.001 1.915.974

(*) Foram incluídas nesta categoria contas correntes e fundos de investimento em bancos que não possuem

avaliação pelas três agências de rating utilizadas pela Companhia.

Apresentamos a seguir um quadro com a avaliação de rating das instituições financeiras contrapartes, com as quais

a Companhia realizou transações durante o exercício:

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-41

Contraparte Fitch Moody's Standard Poor's

Banco do Brasil S.A. AAA (bra) Aaa.br -

Banco Santander Brasil S.A. AAA (bra) Aaa.br brAAA

Caixa Econômica Federal AAA (bra) Aaa.br -

Banco Bradesco S.A. AAA (bra) Aaa.br brAAA

Itaú Unibanco Holding S.A. AAA (bra) Aaa.br brAAA

(c) Risco de liquidez

A liquidez da Companhia depende principalmente do caixa gerado pelas atividades operacionais, empréstimos de

instituições financeiras dos governos estaduais e federais, e financiamentos nos mercados internacionais e locais. A

gestão do risco de liquidez considera a avaliação dos requisitos de liquidez para assegurar que a Companhia

disponha de caixa suficiente para atender suas despesas de capital e operacionais, bem como o pagamento das

dívidas.

Os recursos mantidos pela Companhia são investidos em contas correntes com incidência de juros, depósitos a

prazo, depósitos de curto prazo e títulos e valores mobiliários, escolhendo instrumentos com vencimentos

apropriados ou liquidez suficiente para fornecer margem suficiente conforme determinado pelas previsões acima

mencionadas.

A tabela abaixo analisa os ativos e passivos financeiros da Companhia, por faixas de vencimento, incluindo as

parcelas de principal e juros a serem pagos de acordo com as cláusulas contratuais.

2014 2015 2016 2017

2018

2019 em

diante Total

Em 31 de dezembro de 2013

Passivo

Empréstimos e financiamentos 1.186.907 1.545.451 1.458.618 1.125.401 1.186.483 6.860.587 13.363.447

Empreiteiros e fornecedores 275.051 - - - - - 275.051

Serviços a pagar 323.208 - - - - - 323.208

Parceria Público-Privada - PPP 43.607 43.607 43.607 43.607 282.673 4.930.579 5.387.680

Compromissos Contrato de Programa 85.277 77.772 3.452 1.110 1.010 22.251 190.872

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-42

2013 2014 2015 2016

2017

2018 em

diante Total

Em 31 de dezembro de 2012

Passivo

Empréstimos e financiamentos 1.743.344 1.221.613 1.660.890 1.100.013 779.905 5.678.481 12.184.246

Empreiteiros e fornecedores 295.392 - - - - - 295.392

Serviços a pagar 389.091 - - - - - 389.091

Parceria Público-Privada - PPP 41.925 41.925 41.925 41.925 41.925 305.193 514.818

Compromissos Contrato de Programa 160.784 11.227 66.052 4.222 1.911 37.204 281.400

Juros futuros

Os juros futuros foram calculados considerando as cláusulas contratuais para todos os contratos. Para os contratos

com taxa de juros pós-fixada, foram utilizadas as taxas de juros nas datas bases acima.

Cross default

A Companhia possui contratos de empréstimos com cláusulas de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado

de quaisquer dívidas da Companhia implicará no vencimento antecipado desses contratos. Constantemente são

monitorados os indicadores a fim de evitar a execução de tal cláusula.

4.4 Gestão de capital

Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de sua continuidade

para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de

capital ideal para reduzir esse custo.

A Companhia monitora o capital com base nos índices de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida

líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos e

financiamentos subtraídos do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma

do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial, com a dívida líquida.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-43

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Total de empréstimos e financiamentos 9.450.074 8.875.255

Menos: caixa e equivalentes de caixa (1.782.001) (1.915.974)

Dívida líquida 7.668.073 6.959.281

Total do Patrimônio Líquido 12.930.801 11.256.762

Capital total 20.598.874 18.216.043

Índice de alavancagem 37% 38%

Em 31 de dezembro de 2013 o índice de alavancagem diminui para 37% em comparação aos 38% de 31 de dezembro

de 2012, devido ao aumento do patrimônio líquido decorrente do lucro do exercício e do ajuste de avaliação

patrimonial.

4.5 Estimativa do valor justo

Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes (circulante) e contas a pagar aos fornecedores pelo valor

contábil, menos a perda (impairment), esteja próxima de seus valores justos, tendo em vista o curto prazo de

vencimento. As contas a receber de clientes de longo prazo também estão próximas dos seus valores justos, pois

sofrerão correção e/ou juros contratuais no decorrer do tempo.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-44

4.6 Instrumentos financeiros

Em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012 a Companhia não tinha ativos financeiros classificados nas

categorias de valor justo por meio de resultado, mantidos até o vencimento e disponíveis para venda. Os

instrumentos financeiros da Companhia incluídos na categoria de empréstimos e recebíveis compreendem caixa e

equivalentes de caixa, os saldos a receber de clientes, saldos com partes relacionadas, demais contas a receber,

saldos a receber da Agência Nacional de Águas – ANA, empreiteiros e fornecedores, empréstimos e financiamentos,

juros sobre capital próprio a pagar, saldos a pagar decorrente de Parceria Público-Privada-PPP e compromissos de

contratos de programa, que são ativos e passivos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou

determináveis, não cotados em um mercado ativo.

Os valores justos estimados dos instrumentos financeiros são os seguintes:

Ativos Financeiros

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo

Caixa e equivalentes de caixa 1.782.001 1.782.001 1.915.974 1.915.974

Caixa restrito 10.333 10.333 64.977 64.977

Contas a receber de clientes 1.515.565 1.515.565 1.374.632 1.374.632

Saldos com partes relacionadas 265.312 265.312 262.371 262.371

Agência Nacional de Águas – ANA 107.003 107.003 108.099 108.099

Demais contas a receber 155.991 155.991 141.027 141.027

Passivos Financeiros

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Valor contábil Valor justo Valor contábil Valor justo

Empréstimos e financiamentos 9.450.074 9.439.094 8.875.255 9.201.317

Empreiteiros e fornecedores 275.051 275.051 295.392 295.392

Serviços a pagar 323.208 323.208 389.091 389.091

Compromisso Contratos de Programa 166.038 166.038 235.627 235.627

Parceria Público-Privada - PPP 342.508 342.508 356.317 356.317

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-45

Para a obtenção dos valores justos dos empréstimos e financiamentos, foram adotados os seguintes critérios:

(i) Os contratos com o Banco do Brasil e a CEF foram projetados até o vencimento final, às taxas contratuais

(TR projetada + spread) e descontados a valor presente pela TR x DI, ambas as taxas foram obtidas da

BM&FBovespa.

(ii) As debêntures foram projetadas até a data de vencimento final de acordo com as taxas contratuais (IPCA, DI,

TJLP ou TR), descontados a valor presente às taxas de mercado futuro de juros, divulgados pela ANBIMA no

mercado secundário, ou pelas taxas equivalentes de mercado, ou dos títulos da Companhia negociados no

mercado nacional.

(iii) Financiamentos – BNDES, são instrumentos considerados pelo valor nominal atualizados até a data de

vencimento, que possuem como característica a indexação pela TJLP.

Esses financiamentos reúnem características próprias e as condições definidas nos contratos de

financiamento do BNDES, entre partes independentes, e refletem as condições para aqueles tipos de

financiamentos. No Brasil, não há um mercado consolidado de dívidas de longo prazo com as características

dos financiamentos do BNDES, com o que a oferta de crédito às entidades em geral, com essa característica

de longo prazo, normalmente está limitada ao BNDES.

(iv) Os outros financiamentos em moeda nacional são considerados pelo valor nominal atualizados até a data de

vencimento, descontados a valor presente às taxas de mercado futuro de juros. As taxas futuras utilizadas

foram obtidas no site da BM&FBovespa.

(v) Os contratos com o BID, BIRD, foram projetados até o vencimento final em moeda de origem, utilizando as

taxas de juros contratadas, sendo descontados a valor presente utilizando a taxa futura da Libor, obtida na

Bloomberg. Os Eurobonus foram precificados a valor de mercado pelas cotações divulgadas pela Bloomberg.

Todos os valores obtidos foram convertidos em reais à taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2013.

(vi) Os contratos com a JICA foram projetados até o vencimento final em moeda de origem, utilizando as taxas

de juros contratadas e descontados a valor presente, utilizando à taxa futura da Tibor, obtida na Bloomberg.

Os valores obtidos foram convertidos em reais utilizando a taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2013.

(vii) Arrendamento mercantil são instrumentos considerados pelo valor nominal atualizados até a data de

vencimento, que possuem como característica a indexação por uma taxa pré-fixada em contrato, que é uma

modalidade específica, não sendo comparada a nenhuma outra taxa de mercado. Sendo assim, a Companhia

divulga como valor de mercado o montante contabilizado em 31 de dezembro de 2013.

Considerando a natureza dos demais instrumentos financeiros, ativos e passivos da Companhia, os saldos

reconhecidos no balanço patrimonial se aproximam dos valores justos, levando-se em conta os prazos de

vencimentos próximos a data do balanço, comparação das taxas de juros contratuais com as taxas de mercado em

operações similares nas datas de encerramento dos exercícios, e sua natureza e prazos de vencimento.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-46

5 Principais julgamentos e estimativas contábeis

As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados com base na experiência histórica e outros fatores,

incluindo as expectativas dos eventos futuros que se acredita serem razoáveis de acordo com as circunstâncias.

A Companhia estabelece estimativas e premissas referentes ao futuro. Tais estimativas contábeis, por definição,

podem diferir dos resultados reais. As estimativas e premissas que possuem um risco significativo de provocar um

ajuste importante nos valores contábeis de ativos e passivos dentro do próximo exercício contábil estão divulgadas

abaixo:

(a) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

A Companhia registra a provisão para créditos de liquidação duvidosa em valor considerado suficiente pela

administração para cobrir perdas prováveis, com base na análise do contas a receber de clientes, e de acordo com a

política contábil estabelecida na Nota 3.4.

A metodologia para determinar tal provisão exige estimativas significativas, considerando uma variedade de fatores

entre eles a avaliação do histórico de recebimento, tendências econômicas atuais, estimativas de baixas previstas,

vencimento da carteira de contas a receber e outros fatores. Ainda que a Companhia acredite que as estimativas

utilizadas são razoáveis, os resultados reais podem diferir de tais estimativas.

(b) Ativos intangíveis resultantes de contratos de concessão e contratos de programa

A Companhia registra como ativos intangíveis os ativos decorrentes de contrato de concessão. A Companhia estima

o valor justo das construções e outros trabalhos de infraestrutura para reconhecer o custo dos ativos intangíveis,

sendo reconhecido quando a infraestrutura é construída e é provável que tal ativo gere benefícios econômicos

futuros. A grande maioria dos contratos de concessão de serviço da Companhia firmados com o poder concedente é

regulado por acordos de concessão de serviço nos quais a Companhia tem o direito de receber, ao fim do contrato,

um pagamento equivalente ao saldo residual dos ativos intangíveis de concessão, que nesse caso, é amortizado de

acordo com a vida útil dos respectivos bens tangíveis, e no final do contrato, o valor remanescente do ativo

intangível será igual ao valor residual do relativo ativo fixo.

Ativos intangíveis de concessão sob Contratos de Concessão e Contratos de Programa, onde não há direito de

receber o saldo residual do ativo no final do contrato, são amortizados pelo método linear de acordo com a vida útil

do ativo ou período do contrato, o que ocorrer primeiro. Informações adicionais na contabilização dos ativos

intangíveis decorrentes dos contratos de concessão estão descritas na Nota 3.8.

O reconhecimento do valor justo dos ativos intangíveis decorrente dos contratos de concessão está sujeito a

premissas e estimativas, e o uso de diferentes estimativas pode afetar os registros contábeis. O uso de diferentes

premissas e estimativas e mudanças futuras podem afetar a vida útil desses ativos intangíveis e com um impacto

relevante no resultado das operações.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-47

(c) Provisões

A Companhia é parte em vários processos legais envolvendo valores significativos. Tais processos incluem, entre

outros, demandas fiscais, trabalhistas, civeis, ambientais, contestações de clientes e fornecedores e outros processos. A

Companhia constitui provisão referente a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de recursos seja

feita para liquidar a obrigação e o valor possa ser razoavelmente estimado. Julgamentos a respeito de eventos futuros,

cujos resultados podem diferir significativamente das estimativas atuais e exceder os valores provisionados. As

provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias que as envolvem. Informações

adicionais sobre tais processos são apresentadas na Nota 18.

(d) Obrigações Previdenciárias – Planos de Pensão

A Companhia patrocina plano de benefício definido e, também, de contribuição definida, descritos na Nota 19.

O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido é o valor

presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano. A obrigação

de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes, usando o método da unidade de crédito

projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras

estimadas de caixa, usando taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na

moeda em que os benefícios serão pagos e que tenham prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva

obrigação do plano de pensão.

(e) Imposto de renda e contribuição social diferidos

A Companhia reconhece e liquida os tributos sobre a renda com base nos resultados das operações apurados de

acordo com a legislação societária brasileira, considerando os preceitos da legislação fiscal. De acordo com a IAS 12, a

Companhia reconhece os ativos e passivos tributários diferidos com base nas diferenças existentes entre os saldos

contábeis e as bases tributárias dos ativos e passivos.

A Companhia revisa regularmente os ativos de tributos diferidos quanto à recuperabilidade e reconhece provisão para

redução ao valor recuperável caso seja provável que esses ativos não sejam realizados, baseada no lucro tributável

histórico, na projeção de lucro tributável futuro e no tempo estimado de reversão das diferenças temporárias

existentes. Esses cálculos exigem o uso de estimativas e premissas. O uso de diferentes estimativas e premissas

poderiam resultar em provisão para redução ao valor recuperável de todo ou de parte significativa do ativo de tributos

diferidos.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-48

6 Caixa e equivalentes de caixa

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Caixa e bancos 189.836 119.397

Equivalentes de caixa 1.592.165 1.796.577

1.782.001 1.915.974

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo de alta

liquidez, representados, principalmente, por operações compromissadas (remuneradas por CDI), depositados no

Banco do Brasil, cujos vencimentos originais são inferiores a três meses, que são prontamente conversíveis em um

montante conhecido de caixa e estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor.

Em dezembro de 2013 a remuneração média das aplicações financeiras equivale a 100,00% do CDI

(dezembro/2012 – 100,01%).

7 Caixa restrito

Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia registrava caixa restrito, no ativo circulante, no valor de R$ 10.333,

referente, principalmente ao contrato no município de São Paulo, onde a Companhia repassa 7,5% da receita do

Município para o Fundo Municipal (dezembro/2012 – R$ 64.977).

A variação ocorrida no período de janeiro a dezembro de 2013 quando comparada com as Demonstrações

Financeiras de 31 de dezembro de 2012, refere-se principalmente a liberação da restrição de uso dos recursos pela

Prefeitura Municipal de São Paulo.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-49

8 Contas a receber de clientes

(a) Saldos patrimoniais

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Particulares:

Clientes de rol comum e rol especial (i) (ii) 1.008.335 949.800

Acordos (iii) 287.662 249.470

1.295.997 1.199.270

Entidades governamentais:

Municipais 511.967 610.779

Federais 4.292 3.150

Acordos (iii) 167.642 181.271

683.901 795.200 Por atacado – Prefeituras Municipais: (iv)

Guarulhos 661.908 578.314

Mauá 327.451 281.398

Mogi das Cruzes 15.430 15.202

Santo André 700.550 620.276

São Caetano do Sul 2.114 2.072

Diadema 210.406 180.465

Total por atacado – Prefeituras Municipais 1.917.859 1.677.727

Fornecimento a faturar 474.492 425.843

Subtotal 4.372.249 4.098.040

Provisão para créditos de liquidação duvidosa (2.856.684) (2.723.408)

Total 1.515.565 1.374.632

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-50

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Circulante 1.120.053 1.038.945

Não circulante (v) 395.512 335.687

1.515.565 1.374.632

(i) Rol comum - residenciais, pequenas e médias empresas

(ii) Rol especial - grandes consumidores, comércios, indústrias, condomínios e consumidores com características

especiais de faturamento (esgotos industriais, poços, etc.).

(iii) Acordos - parcelamentos de débitos vencidos, acrescidos de atualização monetária e juros.

(iv) Por atacado: prefeituras municipais - O saldo de contas a receber de clientes por atacado refere-se à venda de

água tratada aos municípios, que são responsáveis pela distribuição, faturamento e arrecadação junto aos

consumidores finais. Alguns desses municípios contestam judicialmente as tarifas cobradas pela SABESP, os

quais possuem provisão para créditos de liquidação duvidosa integral. Além disso, os valores vencidos estão

incluídos na provisão para créditos de liquidação duvidosa e estão classificados no ativo não circulante.

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Saldo no início do exercício 1.677.727 1.486.342

Faturamento por serviços prestados 424.018 394.922

Recebimentos – serviços do exercício corrente (160.944) (165.967)

Recebimentos – serviços de exercícios anteriores (22.942) (37.570)

Saldo no final do exercício 1.917.859 1.677.727

Circulante 35.662 33.924

Não circulante 1.882.197 1.643.803 (v) A parcela do não circulante consiste de contas a receber vencidas e renegociadas junto a clientes e valores

vencidos de fornecimento por atacado a prefeituras municipais, e está registrada líquida da provisão para

créditos de liquidação duvidosos.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-51

(b) Sumário de contas a receber de clientes por idade de vencimento

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Valores a vencer 1.243.156 1.091.834

Vencidos:

Até 30 dias 191.668 197.936

Entre 31 e 60 dias 105.542 97.426

Entre 61 e 90 dias 60.868 61.527

Entre 91 e 120 dias 51.932 50.729

Entre 121 e 180 dias 90.498 89.297

Entre 181 e 360 dias 149.242 139.788

Acima de 360 dias 2.479.343 2.369.503

Total vencidos 3.129.093 3.006.206

Total 4.372.249 4.098.040

O aumento no saldo vencido se deve principalmente ao contas a receber no atacado, onde os municípios contestam

judicialmente as tarifas cobradas pela SABESP. Estes valores estão cobertos integralmente pela provisão para

crédito de liquidação duvidosa.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-52

(c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

31 de dezembro de 2011

Reapresentado

Saldo no início do exercício 2.723.408 2.436.428 2.219.420

De particular/entidades públicas 93.272 126.823 83.094

Recuperações (51.654) (49.183) (35.415)

De fornecimento por atacado 218.687 209.340 169.329

Adições no exercício 260.305 286.980 217.008

Baixa no exercício referente a contas a receber incobráveis (127.029) - -

Saldo no final do exercício 2.856.684 2.723.408 2.436.428

Circulante 1.182.484 1.242.967 1.132.638

Não circulante 1.674.200 1.480.441 1.303.790

Reconciliação provisão para perdas no resultado 2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Perdas (baixa) 63.102 79.454 77.905

Provisão entidades estaduais (partes relacionadas) (856) 35.142 -

Provisão particular/entidades públicas 93.272 126.823 83.094

Reversão de fornecimento por atacado - - (5.324)

Recuperações (51.654) (49.183) (35.415)

Saldo 103.864 192.236 120.260

A Companhia não possui clientes que representam 10% ou mais da receita.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-53

9 Saldos e Transações com Partes Relacionadas

A Companhia participa de transações com seu acionista controlador, o Governo do Estado, e empresas/entidades a

ele relacionadas.

(a) Contas a receber, juros sobre o capital próprio, receita e despesas com o Governo do Estado de São Paulo

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Contas a receber

Circulante:

Serviços de água e esgoto (i) 110.615 113.027

Provisão para perdas (i) (46.674) (47.531)

Reembolso de complementação de aposentadoria

e pensão –acordo Gesp (ii) e (vi) 39.201 35.278

Reembolso de complementação de aposentadoria

e pensão pagos – fluxo mensal (ii) e (vi) 9.399 8.499

Programa Se Liga na Rede (l) 22.314 -

Total do circulante 134.855 109.273

Não circulante:

Reembolso de complementação de aposentadoria

e pensão pagos – Acordo GESP (ii) e (vi) 130.457 153.098

Total do não circulante 130.457 153.098

Total de recebíveis do acionista 265.312 262.371

Ativos:

Prestação de serviços de água e esgoto 63.941 65.496

Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão 179.057 196.875

Programa Se Liga na Rede (l) 22.314 -

Total 265.312 262.371

Passivos:

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-54

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Juros sobre o capital próprio a pagar a partes relacionadas 229.605 228.214

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Receita de serviços de água e esgoto

Venda de água 239.513 228.890

216.933

Serviços de esgoto 209.585 202.094

188.059

Recebimentos de partes relacionadas (453.612) (481.204)

(425.129)

Recebimento de reembolso GESP referente a Lei 4.819/58 110.912 104.426

89.505

(i) Serviços de água e esgoto

A Companhia presta serviços de fornecimento de água e coleta de esgotos para o Governo do Estado e demais

Companhias a ele relacionadas, em termos e condições considerados pela Administração como normais de

mercado, exceto quanto à forma de liquidação dos créditos, que poderá ser realizada nas condições mencionadas

nos itens (iii), (iv) e (v).

Foi constituída provisão para perdas de valores vencidos há mais de 360 dias, em função da incerteza no

recebimento dos mesmos (R$ 46.674 em 2013 e R$ 47.531 em 2012).

(ii) Reembolso de complementação de aposentadoria e pensão pagos

Refere-se a valores de benefícios de complementação de aposentadoria e pensão previstos na Lei Estadual Paulista

nº 4.819/58 (“Benefícios”) pagos pela Companhia a ex-empregados ou pensionistas, denominados G0.

Nos termos do Acordo referido em (iii), o GESP reconhece ser responsável pelos encargos decorrentes dos

Benefícios, desde que obedecidos os critérios de pagamento estabelecidos pelo Departamento de Despesa de

Pessoal do Estado – DDPE, fundados na orientação jurídica fixada pela Consultoria Jurídica da Secretaria da

Fazenda e da Procuradoria Geral do Estado – PGE.

Conforme explicitado no item (vi), ao longo da validação pelo GESP dos valores devidos à Companhia por conta dos

Benefícios, surgiram divergências quanto aos critérios de cálculo e de elegibilidade dos Benefícios aplicados pela

Companhia.

Ver informações adicionais sobre o plano G0 na Nota 19 (b) (iii).

Em janeiro de 2004, os pagamentos de complementação de aposentadoria e pensão, foram transferidos para a

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-55

Secretaria da Fazenda, e seriam feitos de acordo com os critérios de cálculos definidos pela PGE. Por força de

decisão judicial, a responsabilidade pelos pagamentos retornou à SABESP, na forma original.

(iii) Acordo GESP

Em 11 de dezembro de 2001, a Companhia, o GESP (por intermédio da Secretaria de Estado dos Negócios da

Fazenda, atualmente Secretaria da Fazenda) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, com a

interveniência da Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, atualmente Secretaria de Saneamento e

Recursos Hídricos, celebraram o Termo de Reconhecimento e Consolidação de Obrigações, Compromisso de

Pagamento e Outras Avenças (“Acordo GESP”), com o intuito de equacionar as pendências existentes entre o GESP

e a Companhia relacionadas aos serviços de água e esgoto, bem como aos benefícios de aposentadoria.

Tendo em vista a importância estratégica dos reservatórios de Taiaçupeba, Jundiaí, Biritiba, Paraitinga e Ponte

Nova (“Reservatórios”), para a garantia da manutenção do volume de água do Alto Tietê, a Companhia acordou

recebê-los como parte do reembolso referente aos Benefícios. Os Reservatórios lhe seriam transferidos pelo DAEE,

que, por sua vez, se sub-rogaria em crédito de mesmo valor perante o GESP. No entanto, o Ministério Público do

Estado de São Paulo questiona a validade jurídica desse acordo, cujos argumentos principais são a falta de licitação

e a ausência de autorização legislativa específica para a alienação de patrimônio do DAEE. Há decisão desfavorável

para a SABESP ainda não transitada em julgado. Os advogados da Companhia avaliam o risco de perda desse

processo como provável. Ver informações adicionais no item (vi) abaixo.

(iv) Primeiro Aditamento ao Acordo GESP

Em 22 de março de 2004, a Companhia e o Governo do Estado aditaram os termos do Acordo GESP original, (1)

consolidando e reconhecendo valores devidos pelo Governo do Estado por serviços prestados de fornecimento de

água e coleta de esgoto, corrigidos monetariamente, até fevereiro de 2004; (2) formalmente autorizando a

compensação de valores devidos pelo Governo do Estado com juros sobre o capital próprio declarados pela

Companhia e qualquer outro débito existente junto ao Governo do Estado em 31 de dezembro de 2003, corrigido

monetariamente até fevereiro de 2004; e (3) definindo as condições de pagamento das obrigações remanescentes

do Governo do Estado pelo recebimento da prestação de serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto.

(v) Segundo Aditamento ao Acordo GESP

Em 28 de dezembro de 2007, a Companhia e o Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Fazenda

assinaram o segundo aditamento aos termos do acordo GESP original concordando com o parcelamento do saldo

remanescente do Primeiro Aditamento, no valor de R$133.709 em 30 de novembro de 2007, a ser pago em 60

parcelas iguais, mensais e consecutivas, vencendo-se a primeira em 02 de janeiro de 2008. Em dezembro de 2012

foi realizado o pagamento da última parcela.

O Estado e a SABESP concordam em retomar o cumprimento de suas obrigações recíprocas, pontualmente, sob

novas premissas: (a) implementação de sistema de gerenciamento eletrônico de contas para facilitar e agilizar o

acompanhamento dos processos de pagamento e os procedimentos de gestão orçamentária; (b) estruturação do

Programa de Uso Racional da Água – PURA para racionalizar o consumo de água e o valor das contas de água e

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-56

esgoto de responsabilidade do Estado; (c) estabelecimento, pelo Estado, de critérios na orçamentação de forma a

evitar o remanejamento dos valores na rubrica específica de contas de água e esgotos a partir de 2008; (d)

possibilidade de registro de órgãos e entidades estaduais em sistema ou cadastro de inadimplência; (e)

possibilidade de interrupção do fornecimento de água aos órgãos e entidades estaduais em caso de inadimplemento

do pagamento das contas de água e esgotos.

(vi) Terceiro Aditamento ao Acordo GESP

O GESP, a SABESP e o DAEE, celebraram em 17 de novembro de 2008, o Terceiro Aditamento ao Acordo GESP,

por meio do qual o GESP confessou dever à SABESP o valor de R$ 915.251, atualizados monetariamente até

setembro de 2008 pelo IPCA-IBGE, correspondente ao Valor Incontroverso, apurado pela FIPECAFI. A SABESP

aceitou, provisoriamente, os Reservatórios (ver item (iii) acima) como parte do pagamento do Valor Incontroverso

e ofereceu ao GESP quitação provisória, constituindo um crédito financeiro de R$ 696.283, correspondente ao

valor dos Reservatórios no sistema Alto Tietê. A Companhia não reconheceu o valor a receber de R$ 696.283

referente aos Reservatórios, tendo em vista a incerteza relacionada à transferência dos mesmos pelo Governo do

Estado. A quitação definitiva apenas ocorrerá com a efetiva transferência de propriedade no competente cartório de

registro de imóveis. O saldo devedor restante de R$218.967 está sendo pago em 114 parcelas mensais e

consecutivas, no valor de R$1.920 cada, atualizadas anualmente pelo IPCA-IBGE acrescidas de juros de 0,5% a.m.,

vencendo-se a primeira em 25 de novembro de 2008.

O Terceiro Aditamento prevê também a regularização do fluxo mensal de benefícios. Enquanto a SABESP estiver

responsável pelos pagamentos mensais, o Estado deverá reembolsar a Companhia com base nos critérios idênticos

aos aplicados na apuração do Valor Incontroverso. Não havendo mais decisão judicial impeditiva, o Estado

assumirá diretamente o fluxo de pagamento mensal da parcela tida por incontroversa.

(vii) Valor Controverso dos Benefícios

Como antes mencionado, em 17 de novembro de 2008 a Companhia e o Estado assinaram o Terceiro Aditivo ao

Acordo GESP, ocasião em que foram quantificados os valores denominados controversos e incontroversos. Nesse

aditivo, ficaram estabelecidos esforços para equacionar o que foi denominado Valor Controverso dos Benefícios. De

acordo com a cláusula quarta desse instrumento, o Valor Controverso é representado pela diferença entre o Valor

Incontroverso e o valor efetivamente pago pela Companhia a título de Benefícios de complementação de

aposentadoria e pensões previstos na Lei 4.819/58, de responsabilidade originária do Estado, mas pagos pela

SABESP por força de decisão judicial.

Ao celebrar o Terceiro Aditamento, ficou prevista uma reapreciação por parte da PGE das divergências que deram

causa ao valor controverso dos benefícios previstos na Lei 4.819/58. Essa expectativa estava à época baseada na

disposição da PGE reapreciar a questão e também no entendimento do direito da Companhia ao ressarcimento,

baseado inclusive em pareceres técnicos jurídicos externos.

Contudo, os novos pareceres emitidos pela PGE e recebidos em 04 e 22 de setembro de 2009 e em 04 de janeiro de

2010, negaram o reembolso da parcela anteriormente definida como valor controverso.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-57

Embora as negociações com o Estado ainda sejam mantidas, não é mais possível assegurar que a Companhia

recuperará, de forma inteiramente amigável, os créditos relativos ao Valor Controverso.

Dando continuidade às ações visando recuperar o crédito que a Administração entende como devido pelo Governo

do Estado, relativo às divergências acerca do reembolso dos benefícios de complementação de aposentadoria e

pensões pagas pela Companhia, a SABESP: (i) endereçou, em 24 de março de 2010, mensagem ao Acionista

Controlador, encaminhando ofício deliberado pela Diretoria Colegiada, propondo ação arbitral de comum acordo, a

ser encaminhada à Câmara Arbitral da Bovespa; (ii) em junho de 2010 encaminhou à Secretaria da Fazenda,

proposta de acordo visando o equacionamento das referidas pendências. Esta proposta não obteve sucesso; (iii) em

09 de novembro de 2010, protocolou ação judicial contra o Estado de São Paulo, para pleitear o ressarcimento

integral dos valores pagos a título de benefícios previstos na Lei Estadual nº 4819/58, o que permitirá equacionar,

em definitivo, o aludido valor controverso em discussão entre a Companhia e o GESP. A despeito da ação judicial, a

Companhia insistirá na obtenção de acordo durante o andamento da ação judicial, por entender que um acordo

razoável é melhor para a empresa e seus acionistas do que aguardar o fim da demanda judicial.

A administração da Companhia optou por não reconhecer tais valores, em razão da incerteza que envolve o

reembolso pelo Estado. Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, os valores não registrados no ativo, referentes à

complementação de aposentadoria e pensão pagos totalizavam R$ 1.412.479 e R$ 1.351.210, respectivamente,

incluindo o valor de R$ 696.283 referentes à transferência dos reservatórios no sistema Alto Tietê. A Companhia

também reconheceu a obrigação atuarial referente à complementação de aposentadoria e pensão mantida com os

funcionários e pensionistas do Plano G0. Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os valores correspondentes a essa

obrigação atuarial eram de R$ 1.780.268 e R$ 1.987.718, respectivamente. Para mais informações sobre as

obrigações de complementação de aposentadoria e pensão, ver Nota 19 (b) (iii).

(b) Ativos contingentes - GESP (não contabilizados)

Conforme mencionado acima, em 31 de dezembro de 2013 e 31 de dezembro de 2012, a SABESP possuía ativos

contingentes com o GESP, não registrados no ativo, referentes à complementação de aposentadoria e pensão pagos

(Lei 4.819/58), conforme abaixo:

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro

de 2012

Reapresentado

Valores controversos a receber 716.196 654.927

Valor incontroverso referente à transferência para a SABESP

dos reservatórios no sistema Alto Tietê (valor original) 696.283 696.283

Total 1.412.479 1.351.210

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-58

(c) Utilização de Reservatórios - EMAE

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. - EMAE pretende o recebimento de crédito e compensação

financeira pela utilização da água dos reservatórios Guarapiranga e Billings que a SABESP utiliza em suas

operações, bem como o ressarcimento de danos relacionados ao não pagamento em época própria.

A Companhia entende que não é devido qualquer valor pela utilização desses reservatórios haja vista as outorgas

concedidas. Caso esses reservatórios não estivessem disponíveis para uso da Companhia, poderia haver

necessidade de captar água em localidades mais distantes, havendo o risco de inviabilizar a prestação adequada de

seus serviços na região, além de elevar o custo de captação.

Diversas ações foram ajuizadas pela EMAE, entre elas uma ação para instituição de compromisso arbitral com

relação ao reservatório Guarapiranga, procedimento este já iniciado, e outra, pretendendo igualmente,

compensação financeira em razão da captação de água do reservatório Billings pela SABESP para abastecimento

público, alegando em ambas que tal conduta tem ocasionado perda permanente e crescente na capacidade de

geração de energia elétrica da usina Hidrelétrica de Henry Borden com prejuízos financeiros.

A SABESP entende que a expectativa para todos os casos é de possível perda, não sendo viável, por ora, estimar os

valores envolvidos em face de não terem sido delimitados.

(d) Contratos com Tarifa reduzida para Entidades Públicas Estaduais e Municipais que aderirem ao Programa de

Uso Racional de água (PURA).

A Companhia tem contratos assinados com entidades públicas ligadas ao Governo do Estado e aos municípios

operados que são beneficiados com uma redução de 25% na tarifa dos serviços de abastecimento de água e coleta de

esgotos, quando adimplentes. Os contratos preveem a implantação do programa de uso racional de água, que

considera a redução no consumo de água.

(e) Aval

O Governo do Estado concede aval para alguns empréstimos e financiamentos da Companhia e não cobra qualquer

taxa a ele relacionado.

(f) Contrato de cessão de pessoal entre entidades ligadas ao GESP

A Companhia possui contratos de cessão de funcionários com entidades ligadas ao Governo do Estado de São

Paulo, onde os gastos são integralmente repassados e reembolsados monetariamente. Em 2013, os gastos com os

funcionários cedidos pela SABESP à outras entidades estaduais somaram R$ 12.879 (dezembro/2012 - R$ 12.298 e

dezembro/2011 – R$10.888).

Os gastos com funcionários de outras entidades à disposição da SABESP em 31 de dezembro de 2013 somaram

R$ 695 (dezembro/2012 – R$ 689 e em dezembro/2011 não houve gastos registrados).

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-59

(g) Serviços contratados de entidades ligadas ao GESP

Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, a SABESP possuía em aberto o montante de R$ 1.791 e R$ 958 a pagar,

respectivamente, referente a serviços prestados por entidades ligadas ao Governo do Estado de São Paulo.

(h) Ativos não operacionais

A Companhia possuía, em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, o valor de R$ 969 relativo a terreno cedido em

comodato ao DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica (dezembro/2012 – R$969 e dezembro/2011 -

R$2.289).

(i) SABESPREV

A Companhia patrocina plano de benefício definido operado e administrado pela Fundação Sabesp de Seguridade

Social – (“SABESPREV”). O compromisso atuarial líquido, reconhecido até 31 de dezembro de 2013 é de

R$ 546.748 (dezembro/2012 – R$ 604.832), conforme Nota 19 (b).

(j) Remuneração da Administração

Remuneração:

A política de remuneração dos administradores é estabelecida de acordo com diretrizes do Governo do Estado de

São Paulo, o CODEC (Conselho de Defesa dos Capitais do Estado), e é baseada no desempenho, competitividade de

mercado, ou outros indicadores relacionados ao negócio da Companhia e está sujeita a aprovação dos acionistas na

Assembleia Geral Ordinária.

A remuneração dos executivos está limitada a remuneração do Governador do Estado. A remuneração do Conselho

de Administração corresponde a 30% da remuneração dos Diretores, condicionada à participação de no mínimo

uma reunião mensal.

O objetivo da política de remuneração é estabelecer um modelo de gestão privada, com o fim de incentivar a

manutenção em seus quadros e recrutar profissionais dotados de competência, experiência e motivação,

considerando-se o grau de eficiência atualmente exigido pela Companhia.

Além da remuneração mensal, os membros do Conselho de Administração e a Diretoria Colegiada recebem:

Gratificação anual:

Equivalente a um honorário mensal, calculada sobre uma base pro rata temporis, no mês de dezembro de cada ano.

A finalidade dessa gratificação é estabelecer uma similaridade com o décimo terceiro salário do regime trabalhista

dos empregados da Companhia, uma vez que a relação dos administradores com a Companhia é de natureza

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-60

estatutária.

Benefícios pagos apenas aos Diretores Estatutários – vale refeição, cesta básica, assistência médica, descanso anual

remunerado por meio de licença remunerada de 30 dias e pagamento de um prêmio equivalente a um terço dos

honorários mensais.

Bônus:

A SABESP paga bônus para fins de remuneração dos administradores das companhias em que o Estado é o

acionista controlador, como política motivacional, desde que a companhia efetivamente apure lucro trimestral,

semestral e anual, e distribua dividendos obrigatórios aos acionistas, mesmo que na forma de juros sobre o capital

próprio. Os bônus anuais não podem exceder seis vezes a remuneração mensal dos administradores, nem 10% dos

juros sobre capital próprio pagos pela companhia, prevalecendo o que for menor.

Os gastos relacionados a remuneração dos membros do Conselho de Administração e dos Diretores foi de

R$ 3.389, R$ 3.211 e R$ 2.614 para os exercícios de 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, respectivamente, e

referem-se a benefícios de curto prazo. Uma quantia adicional de R$ 566, referente ao programa de bônus, foi

registrado no exercício de 2013 (dezembro/2012 - R$ 1.074 e dezembro/2011 – R$ 1.069).

(k) Contrato de mútuo mediante abertura de crédito

A Companhia possui participação em algumas Sociedades de Propósito Específico (SPE), onde não possui maioria

das ações, porém possui voto qualificado e poder de veto em algumas matérias. Desta forma, estas SPE’s são

consideradas para fins contábeis como controladas em conjunto.

A Companhia formalizou contrato de mútuo mediante abertura de crédito com as SPE’s Águas de Andradina S.A,

Águas de Castilho S.A e Aquapolo Ambiental S.A, com o objetivo de financiar as operações destas empresas, até a

liberação dos empréstimos e financiamentos solicitados junto às instituições financeiras.

Os contratos firmados em 19 de janeiro de 2012 com Águas de Andradina e Águas de Castilho, foram liquidados em

julho de 2012, conforme previsão contratual. Em 18 de julho de 2012 foram assinados novos contratos na mesma

modalidade, com ambas as empresas, conforme condições apresentadas no quadro abaixo. O contrato firmado com

a Aquapolo Ambiental, em 30 de março de 2012, permanece com as mesmas características, conforme quadro a

seguir:

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-61

SPE Limite de

crédito Saldo principal desembolsado

Saldo de juros Total Taxa de juros Vencimento

Águas de Andradina 3.467 1.427 297 1.724 SELIC + 3,5 % a.a. (*)

Águas de Castilho 675 403 84 487 SELIC + 3,5 % a.a. (*)

Aquapolo Ambiental 5.629 5.629 1.429 7.058 CDI + 1,2% a.a. 30/04/2016

Aquapolo Ambiental 19.000 19.000 3.789 22.789 CDI + 1,2% a.a. 30/04/2015

Total 28.771 26.459 5.599 32.058

(*) Os contratos de mútuo com as SPE’s Águas de Andradina e Águas de Castilho têm seus vencimentos quando da

liberação de recursos provenientes do contrato de Longo Prazo com o Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social – BNDES, momento em que a mutuária liquidará todo e qualquer débito decorrente da atual

abertura de crédito.

O valor desembolsado está contabilizado no Ativo da Companhia na rubrica “Demais Contas a Receber”, sendo

R$ 1.830 de principal e R$ 381 de juros classificados no Ativo Circulante e R$ 24.629 de principal e R$ 5.218 de

juros no Ativo Não Circulante. Em 31 de dezembro de 2013 o saldo de principal e juros destes contratos é de

R$ 32.058 (em 31 de dezembro de 2012 – R$ 28.081). No exercício de 2013, a receita financeira reconhecida foi de

R$ 3.977 (em 31 de dezembro de 2012 – R$ 1.672).

(l) Programa Se Liga na Rede

O Governo do Estado sancionou a Lei Estadual nº 14.687/12, criando o Programa Pró-conexão, destinado a

subsidiar financeiramente a execução de ramais intradomiciliares necessária à efetivação de ligações às redes

coletoras de esgoto, em domicílios de famílias de baixa renda que concordem em aderir ao programa. Os gastos

com o programa, exceto custos indiretos, margem de construção e custos de financiamentos, serão custeados com

80% dos recursos oriundos do Governo do Estado e os 20% restantes investidos pela SABESP, que também é

responsável pela execução das obras. Em 31 de dezembro de 2013 o valor total com o programa foi de R$ 35.513,

sendo R$ 22.314 registrado em saldos a receber com partes relacionadas, o montante de R$ 9.896 registrado no

grupo de intangível e R$ 3.303 reembolsado pelo GESP.

10 Agência Nacional de Águas - ANA

Referem-se a contratos firmados no âmbito do Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (PRODES),

também conhecido como "Programa de Compra de Esgoto Tratado".

O programa não financia obras ou equipamentos, remunera pelos resultados alcançados, ou seja, pelo esgoto

efetivamente tratado. Nesse programa, a Agência Nacional de Águas (ANA) disponibiliza recursos, que ficam

bloqueados em conta corrente específica e são aplicados em fundos de investimentos na Caixa Econômica Federal

(CEF), até que sejam comprovados os cumprimentos das metas de volume de esgoto tratado e de abatimento de

cargas poluidoras de cada contrato.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-62

No momento da disponibilização dos recursos é constituído um passivo até que sejam liberados os recursos pela

ANA. Após a comprovação das metas estipuladas em cada contrato é reconhecida a receita decorrente desses

recursos, porém caso tais metas não sejam cumpridas os recursos são devolvidos ao Tesouro Nacional com os

devidos rendimentos dos fundos. Em 31 de dezembro de 2013 os saldos do ativo e do passivo eram de R$ 107.003

(31 de dezembro de 2012 – R$ 108.099), sendo que o passivo está registrado na rubrica "Outras obrigações" do

passivo não circulante.

11 Investimentos

A Companhia possui participação em algumas Sociedades de Propósito Específico (SPE), embora a participação da

SABESP no capital social de suas investidas não seja majoritária, o acordo de acionistas prevê o poder de veto sobre

determinadas matérias de gestão, indicando controle compartilhado participativo (joint venture ou “negócios em

conjunto” – IFRS 11).

A Companhia possui participação avaliada por equivalência patrimonial nas seguintes investidas:

Sesamm Em 15 de agosto de 2008, a Companhia, em conjunto com as empresas OHL Medio Ambiente, Inima S.A.U. Unipersonal (“Inima”), Técnicas y Gestion Medioambiental S.A.U. (“TGM”) e Estudos Técnicos e Projetos ETEP Ltda. (“ETEP”), constituíram a empresa Sesamm – Serviços de Saneamento de Mogi Mirim S/A, com prazo de duração de 30 anos contados da data de assinatura do contrato de concessão com o município, cujo objeto social é a prestação dos serviços de complementação da implantação do sistema de afastamento de esgotos e implantação de operação do sistema de tratamento de esgotos do município de Mogi Mirim, incluindo a disposição dos resíduos sólidos gerados. Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da Sesamm era de R$ 19.532, divididos em 19.532.409 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 36% de participação acionária e Inima detém 46% de participação. As operações foram iniciadas em junho de 2012. Águas de Andradina Em 15 de setembro de 2010, a Companhia, em conjunto com a empresa Companhia de Águas do Brasil – Cab Ambiental constituiu a empresa Águas de Andradina S.A., com prazo indeterminado, cujo objeto social é a prestação de serviços de água e de esgoto no Município de Andradina. Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da empresa era de R$ 3.097, divididos em 3.096.866 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 30% de participação acionária. Está registrado, no patrimônio líquido da investida, como adiantamento para futuro aumento de capital o valor de R$ 12.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-63

As operações foram iniciadas em outubro de 2010. Águas de Castilho Em 29 de outubro de 2010, a Companhia, em conjunto com a Companhia de Águas do Brasil – Cab Ambiental, constituiu a empresa Águas de Castilho cujo objeto social é a prestação de serviços de água e esgoto no município de Castilho. Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da empresa era de R$ 622 divididos em 622.160 ações nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 30% de participação acionária. As operações iniciaram-se em janeiro de 2011. Saneaqua Mairinque Em 14 de junho de 2010, a Companhia, em conjunto com a empresa Foz do Brasil S.A., constituiu a empresa Saneaqua Mairinque S.A., com prazo de duração indeterminado, cujo objeto é a exploração do serviço público de água e esgoto do município de Mairinque. Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da empresa era de R$ 2.000, divididos em 2.000.000 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 30% de participação acionária. As operações foram iniciadas em outubro de 2010. Attend Ambiental Em 23 de agosto de 2010, a Companhia, em conjunto com a Companhia Estre Ambiental S/A, constituiu a empresa Attend Ambiental S/A cujo objeto social é a implantação e operação de uma estação de pré tratamento de efluentes não domésticos e condicionamento de lodo, na região metropolitana da capital do Estado de São Paulo, bem como o desenvolvimento de outras atividades correlatas e a criação de infraestrutura semelhante em outros locais, no Brasil e Exterior. Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da empresa de R$ 2.000 divididos em 2.000.000 de ações ordinárias nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 45% de participação acionária. Está registrado, no patrimônio líquido da investida, como adiantamento para futuro aumento de capital o valor de R$ 11.400. A Attend encontra-se em fase pré-operacional com previsão de início das operações para maio de 2014. Aquapolo Ambiental S.A. Em 8 de outubro de 2009, a Companhia, em conjunto com a empresa Foz do Brasil S.A., constituiu a empresa Aquapolo Ambiental, cujo objeto é a produção, fornecimento e comercialização de água de reuso para a Quattor Química S.A.; Quattor Petroquímica S.A.; Quattor Participações S.A. e demais empresas integrantes do Polo Petroquímico.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-64

Em 31 de dezembro de 2013, o capital social da empresa era de R$ 36.412, divididos em 42.419.045 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, dos quais a SABESP detém 49% de participação acionária. As operações foram iniciadas em outubro de 2012. Abaixo segue resumo da participação da SABESP nas demonstrações financeiras dessas investidas:

12 Propriedades para Investimento

Em 31 de dezembro de 2013 os saldos de “Propriedades para investimento” são de R$ 54.039 (dezembro/2012 –

R$ 54.046). Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, o valor de mercado destas propriedades é de R$ 296.000,

aproximadamente.

Empresa Investimentos

Resultado de equivalência patrimonial

Percentual de participação

Patrimônio líquido

Resultado do período

2013 2012

2013 2012 2011

2013 2012 2011

2013 2012 2011

2013 2012 2011

Sesamm 8.239 5.760 2.479 674 (1.176)

36% 36% 36%

22.884 15.999 14.314 6.885 1.871 (3,267)

Águas de Andradina 1.087 751 336 (32) 62

30% 30% 30%

3.622 2.503 2.537 1.119 (107) 207

Águas de Castilho 619 474 145 155 88

30% 30% 30%

2.064 1.580 843 484 517 293

Saneaqua Mairinque 931 722 209 235 (188)

30% 30% 30%

3.102 2.407 1.563 695 783 (627)

Attend Ambiental 2.707 4.379 (1.672) (721) (932)

45% 45% 45%

6.016 9.731 (68) (3.715) (1.602) (2.071)

Aquapolo Ambiental 9.506 8.538 968 (6.843) (1.438)

49% 49% 49%

19.400 17.424 31.389 1.976 (13.966) (2.935)

Total 23.089 20.624 2.465 (6.532) (3.584)

57.088 49.644 50.578 7.444 (12.504) (8.400)

Outros investimentos 571 202

Total geral 23.660 20.826

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-65

13 Intangível

(a) Saldos patrimoniais

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Amortização Amortização

Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido

Intangíveis decorrentes de:

Contratos de concessão valor patrimonial (i) 8.578.886 (1.499.096) 7.079.790 8.408.007 (1.511.813) 6.896.194

Contratos de concessão – valor econômico (ii) 1.529.096 (342.950) 1.186.146 1.402.854 (292.918) 1.109.936

Contratos de programa (iii) 6.473.507 (1.804.940) 4.668.567 5.288.541 (1.469.369) 3.819.172

Contratos de programa – compromissos (iv) 693.029 (79.709) 613.320 627.989 (56.898) 571.091

Contrato de prestação de serviços – São Paulo (v) 11.555.381 (1.430.778) 10.124.603 10.604.942 (1.036.455) 9.568.487

Licença de uso de software 209.156 (35.351) 173.805 55.615 (52.969) 2.646

Total 29.039.055 (5.192.824) 23.846.231 26.387.948 (4.420.422) 21.967.526

(b) Movimentação

31 de dezembro

de 2012 Reapresentado

Adições Renovação Contrato

Transferências Baixas e

alienações Amortização

31 de dezembro

de 2013

Intangíveis decorrentes de:

Contrato de concessão valor patrimonial (i) 6.896.194 647.318 (310.844) (6.690) (3.458) (142.730) 7.079.790

Contratos de concessão - valor econômico (ii) 1.109.936 126.853 - 82 (86) (50.639) 1.186.146

Contratos de programa (iii) 3.819.172 733.796 310.844 4.789 (2.390) (197.644) 4.668.567

Contratos de programa – compromissos (iv) 571.091 65.040 - - - (22.811) 613.320

Contrato de prestação de serviços – São Paulo (v) 9.568.487 975.913 - 177 (21.939) (398.035) 10.124.603

Licença de uso de Software 2.646 201.399 - 5.155 - (35.395) 173.805

Total 21.967.526 2.750.319 - 3.513 (27.873) (847.254) 23.846.231

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-66

31 de dezembro

de 2011 Reapresentado

Adições Renovação Contrato

Transferências Baixas e

alienações Amortização

31 de dezembro

de 2012 Reapresentado

Intangíveis decorrentes de:

Contrato de concessão valor patrimonial (i) 6.731.822 976.205 (652.973) (21.602) (916) (136.342) 6.896.194

Contratos de concessão - valor econômico (ii) 1.004.988 150.963 - - (14) (46.001) 1.109.936

Contratos de programa (iii) 2.744.559 483.448 652.973 - (3.095) (58.713) 3.819.172

Contratos de programa – compromissos (iv) 434.986 154.662 - - - (18.557) 571.091

Contrato de prestação de serviços – São Paulo (v) 9.190.573 882.868 - (49.486) (5.977) (449.491) 9.568.487

Novos negócios (vi) 16.477 - - (16.477) - - -

Licença de uso de Software 2.316 2.872 - - - (2.542) 2.646

Total 20.125.721 2.651.018 - (87.565) (10.002) (711.646) 21.967.526

1º de janeiro de

2011 Reapresentado

Adições Renovação Contrato

Transferências Baixas e

alienações Amortização

31 de dezembro

de 2011 Reapresentado

Intangíveis decorrentes de:

Contrato de concessão valor patrimonial (i) 6.328.773 1.114.665 (403.786) (63.487) (16.228) (228.115) 6.731.822

Contratos de concessão - valor econômico (ii) 982.973 2,166 - 57.718 (2.780) (35.089) 1.004.988

Contratos de programa (iii) 2.134.377 225.510 403.786 (31) (3.810) (15.273) 2.744.559

Contratos de programa – compromissos (iv) 311.276 139.385 - - - (15.675) 434.986

Contrato de prestação de serviços – São Paulo (v) 8.764.958 930.961 - (36.234) (32.383) (436.729) 9.190.573

Novos negócios (vi) 11.228 9.271 - - - (4.022) 16.477

Licença de uso de Software 7.937 3.285 - - - (8.906) 2.316

Total 18.541.522 2.425.243 - (42.034) (55.201) (743.809) 20.125.721

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-67

Durante 2013 a Companhia renovou os seguintes contratos de programa:

Trimestre Municípios Prazo do contrato

1º/2013 Presidente Prudente e Embu-Guaçu 30 anos

2º/2013 Ibirá e Glicério 30 anos

3º/2013 Itatiba e Torrinha 30 anos

3º/2013 Mogi das Cruzes (*) 40 anos

4º/2013 Ibiúna 30 anos (*) Inclui a prestação de serviços de coleta e tratamento de esgoto dos bairros da divisa de Mogi das Cruzes ao serviço já prestado de fornecimento de água tratada. (c) Serviços de construção

2013

Água Esgoto Total

Receita de construção 1.011.412 1.433.323 2.444.735

Custo de construção 988.281 1.406.206 2.394.487

Margem 23.131 27.117 50.248

2012

Reapresentado

Água Esgoto Total

Receita de construção 1.053.543 1.410.939 2.464.482

Custo de construção 1.035.171 1.379.239 2.414.410

Margem 18.372 31.700 50.072

2011

Reapresentado

Água Esgoto Total

Receita de construção 1.066.053 1.158.580 2.224.633

Custo de construção 1.043.249 1.133.796 2.177.045

Margem 22.804 24.784 47.588

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-68

(d) Intangíveis decorrentes de contratos de concessão A Companhia opera contratos de concessão incluindo a prestação de serviços de saneamento básico e ambiental, fornecimento de água e coleta de esgoto. Esses contratos de concessão estabelecem direitos e deveres relativos à exploração dos bens relacionados à prestação de serviço público (ver Nota 3.8 (a)). Os contratos preveem que os bens

serão revertidos ao poder concedente ao fim do período de concessão.

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Companhia operava em 363 municípios no Estado de São Paulo. Na maior parte

desses contratos o período de concessão é de 30 anos.

A prestação de serviços é remunerada na forma de tarifa, regulamentada pela Agência Reguladora de Saneamento e

Energia do Estado de São Paulo (ARSESP).

Os intangíveis decorrentes de contratos de concessão incluem:

(i) Contratos de concessão – valor patrimonial

Referem-se a municípios assumidos até o ano de 2006, exceto municípios assumidos pelo valor econômico, através

de laudo de avaliação patrimonial efetuado por peritos independentes. A amortização dos ativos é calculada de

acordo com o método linear, que considera a vida útil dos bens.

(ii) Contratos de concessão – valor econômico

No período de 1999 a 2006, as negociações relacionadas à novas concessões foram realizadas considerando o

resultado econômico-financeiro do negócio, definido em laudo de avaliação emitido por peritos independentes.

O montante definido no respectivo instrumento de contratação, após a concretização do negócio junto ao

município, com realização mediante subscrição de ações da Companhia ou em dinheiro, está registrado nessa

rubrica e é amortizado pelo período da respectiva concessão (normalmente de 30 anos). Em 31 de dezembro de

2013 e 2012 não existiam valores pendentes relativos a esses pagamentos aos municípios.

Amortização dos bens intangíveis é realizada durante a vigência dos contratos ou pela vida útil dos bens adjacentes

(dos dois o menor) de concessão pelo método linear.

(iii) Contratos de programa

Refere-se a renovação dos contratos antigamente denominados contratos de concessão cujo objetivo é a prestação

de serviços de saneamento. A amortização dos ativos adquiridos até as datas das assinaturas dos contratos de

programa é calculada de acordo com método linear, que considera a vida útil dos bens. Os ativos adquiridos ou

construídos após as datas das assinaturas dos contratos de programa são amortizados durante o período do

contrato (30 anos) ou durante a vida útil dos ativos adjacentes, dos dois o menor.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-69

(iv) Contratos de programa - Compromissos

A partir do marco regulatório de 2007 as renovações passaram a ser feitas por meio de contratos de programa. Em

alguns desses contratos de programa, a Companhia assumiu o compromisso de participar financeiramente em

ações Sócio-ambientais. Os bens construídos e compromissos financeiros assumidos dentro dos contratos de

programa são registrados como ativo intangível e são amortizados pelo método linear de acordo com a vigência do

contrato de programa (em sua maioria 30 anos).

Em 31 de dezembro de 2013, as despesas de amortização relacionadas aos compromissos dos contratos de

programa foram de R$ 22.811 (dezembro/2012 – R$ 18.557).

Os valores ainda não desembolsados estão registrados na conta “Compromissos Contratos de Programa” no passivo

circulante (no montante de R$ 77.360 e R$ 148.220 em 31 de dezembro de 2013 e 2012, respectivamente) e não

circulante (no montante de R$ 88.678 e R$ 87.407 em 31 de dezembro de 2013 e 2012, respectivamente). Em 2013

foi utilizada a taxa de 8,06% ao ano (WACC), para cálculo do ajuste a valor presente destes contratos.

(v) Contratos de prestação de serviços – São Paulo

Em 23 de junho de 2010 a Companhia celebrou um Contrato com o Estado e o Município de São Paulo de prestação

de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Município de São Paulo por um período

de 30 anos, prorrogável por mais 30 anos.

Também em 23 de junho de 2010, foi assinado o Convênio entre o Estado e Município, com interveniência e

anuência da SABESP e Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (“ARSESP”), cujos

principais aspectos são os seguintes:

1. O Estado e o Município atribuem à SABESP o direito de explorar a prestação dos serviços de saneamento da

Capital do Estado de São Paulo, o que envolve a obrigação de prover os serviços e o direito de ser remunerada por

intermédio do recebimento de receitas tarifárias;

2. O Estado e Município definem a ARSESP como responsável pelas funções de regulação, inclusive tarifária,

controle e fiscalização dos serviços;

3. O modelo de avaliação utilizado foi o de fluxo de caixa descontado, o qual considerou a sustentabilidade

econômico-financeira da operação da SABESP na Região Metropolitana de São Paulo;

4. Foram considerados no fluxo de caixa todos os custos operacionais, tributos, investimentos e a remuneração do

custo de oportunidade dos investidores e credores da SABESP;

5. O contrato prevê investimentos equivalentes a 13% da receita bruta obtida pela prestação de serviços no

Município de São Paulo, líquida de Cofins e Pasep. Os planos de investimentos, no que tange à execução da

SABESP, deverão ser compatibilizados com as atividades e programas previstos nos planos de saneamento

Estadual, Municipal, e se for o caso, Metropolitano. O Plano de Investimentos não é definitivo e será revisado pelo

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-70

Comitê Gestor a cada quatro anos, em especial quanto aos investimentos a serem executados no período

subsequente;

6. O repasse ao Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura para aplicação em ações pertinentes

ao saneamento da capital constitui encargo a ser recuperado na tarifa, conforme disposição contratual. Este valor

corresponde a 7,5% (sete e meio por cento) da receita bruta obtida pela prestação de serviços no Município de São

Paulo, líquida de Cofins e Pasep, e inadimplência do período;

7. O custo de oportunidade dos investidores e credores da SABESP foi estabelecido pela metodologia CMPC (custo

médio ponderado de capital). Este custo foi utilizado como taxa de desconto do fluxo de caixa; e

8. O Contrato prevê a remuneração dos ativos líquidos em operação, apurados preferencialmente por meio de

avaliação patrimonial, ou pelo valor contábil atualizado monetariamente, conforme vier a ser definido pela

ARSESP. Além disso, prevê, também, a remuneração dos investimentos a serem executados pela SABESP, de forma

que não haja valor residual ao final do Contrato.

Com relação à recuperação, por meio de tarifa, mencionada no item 6 acima, do repasse ao Fundo Municipal de

Saneamento Ambiental e Infraestrutura, a ARSESP editou em abril de 2013 a Deliberação nº 413, adiando a

aplicação da Deliberação nº 407 e postergando, até a conclusão do processo de revisão tarifária, o repasse na fatura

dos serviços os valores referentes aos encargos municipais que estava estipulado na Deliberação nº 407. O

adiamento da aplicação da Deliberação nº 407 se deveu à solicitação do Governo do Estado de São Paulo para

estudar, entre outras coisas, métodos de redução nos impactos aos consumidores.

A contratualização com o Município de São Paulo, que representa 51,75% da receita total da Companhia, em 31 de

dezembro de 2013, garante segurança jurídica e patrimonial à SABESP, retorno adequado aos acionistas e

prestação de serviços de qualidade aos seus clientes.

A Prefeitura Municipal de São Paulo e a Companhia não concluíram um acordo para o equacionamento das

pendências financeiras existentes até a data da assinatura do Contrato, relacionadas à prestação dos serviços de

fornecimento de água e coleta de esgotos aos imóveis da Municipalidade, motivo pelo qual, a Companhia ajuizou as

referidas contas, que estão provisionadas para perdas.

(e) Baixas dos bens adjacentes do ativo intangível

A Companhia baixou, no exercício de 2013, bens adjacentes dos ativos intangíveis no valor de R$ 27.873

(dezembro/2012 – R$ 10.002 e dezembro/2011 – R$ 55,201) motivados por obsolescência, furtos, alienação e

obras desativadas, poços improdutivos e projetos economicamente inviáveis.

(f) Capitalização de juros e demais encargos financeiros

Em 2013, a Companhia capitalizou juros e variação monetária, inclusive variação cambial nos ativos intangíveis

de concessão no valor de R$ 205.012 com um taxa média de 4,02% (dezembro/2012 – R$ 283.016, com uma

taxa média de 5,92% e dezembro/2011 - R$261.886, com uma taxa média de 5,32%), durante o período no qual

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-71

os ativos eram apresentados como obras em andamento.

(g) Margem de construção

A Companhia atua como responsável primária pela construção e instalação da infraestrutura relacionada à

concessão, quer seja com seus próprios esforços ou por meio de contratação de terceiros, estando exposta,

significativamente, aos seus riscos e benefícios.

Dessa forma, a Companhia reconhece receita de construção, correspondente aos custos de construção

adicionados de uma margem bruta. Em geral as construções relacionadas com as concessões são realizadas por

terceiros contratados pela Companhia. Nesse caso a margem implícita da Companhia é menor, em geral, para

cobrir os custos de administração, bem como, a assunção do risco primário. Em 2013 e 2012 a margem apurada

foi de 2,3%.

O valor da margem de construção para o ano de 2013 foi de R$ 50.248 (dezembro/2012 – R$ 50.072 e

dezembro/2011 – R$ 47,588).

(h) Desapropriações

Em decorrência da execução de obras prioritárias relacionadas aos sistemas de água e esgoto, houve necessidade de

desapropriações ou instituição de servidão de passagem em propriedades de terceiros, cujos proprietários serão

ressarcidos por meios amigáveis ou judiciais.

Os bens objeto dessas desapropriações deverão ser registrados nos ativos intangíveis de concessão quando

concretizada a operação. Em 2013, o total referente às desapropriações foi de R$ 61.102 (dezembro/2012 -

R$ 34.731 e dezembro/2011 - R$ 12,167).

(i) Ativos dados em garantia

Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia mantinha ativos no valor de R$ 249.034 dados em garantia ao Pedido

de Parcelamento Especial – Paes (Nota 16). O débito relativo ao Paes foi totalmente pago em 120 meses, sendo que

a última parcela foi quitada em 28 de junho de 2013.

(j) Parceria Público-Privada - PPP

Sistema Produtor Alto Tietê

A SABESP e a sociedade de propósito especifico CAB-Sistema Produtor Alto Tietê S/A, formada pelas empresas

Galvão Engenharia S.A. e Companhia Águas do Brasil – CAB Ambiental, assinaram em junho de 2008, os contratos

da Parceria Público-Privada do Sistema Produtor Alto Tietê.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-72

O contrato de prestação de Serviços tem prazo de 15 anos, com o propósito de ampliação da capacidade da Estação

de Tratamento de Água de Taiaçupeba, de 10 para 15 mil litros por segundo, cuja operação iniciou em outubro de

2011.

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o valor contábil registrado no intangível da Companhia, relacionado a esta

PPP, era de R$ 415.619 e R$ 426.791, respectivamente.

Com relação às obrigações assumidas pela Companhia, em 31 de dezembro de 2013 e 2012, os saldos no passivo

circulante eram de R$ 20.241 e R$ 24.357, e no passivo não circulante eram de R$ 322.267 e R$ 331.960,

respectivamente. Em 2013 foi utilizada a taxa de desconto 8,20% ao ano, para cálculo do ajuste a valor presente

deste contrato.

Sistema Produtor São Lourenço

A SABESP e a sociedade de propósito específico CAB-Sistema Produtor São Lourenço S/A, formada pelas empresas

Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A e Construtora Andrade Gutierrez S/A, assinaram em agosto de 2013,

os contratos de Parceria Público-Privada do Sistema Produtor São Lourenço.

O contrato de prestação de serviços tem prazo de 25 anos, com o propósito de prestação de serviços de operação do

sistema de desidratação, secagem e disposição final do lodo, manutenção e obras do Empreendimento Sistema

Produtor São Lourenço, tendo como valor estimado o montante de R$ 6,0 bilhões, com o início das obras previsto

para abril de 2014.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-73

(k) Obras em andamento

Encontra-se registrado no intangível o montante de R$ 6.498 milhões de obras em andamento em 31 de dezembro

de 2013 (dezembro/2012 – R$ 5.067 milhões), sendo que as maiores obras estão localizadas nos seguintes

municípios:

31 de dezembro

de 2013 31 de dezembro

de 2012

São Paulo 3.201 2.582

Praia Grande 294 279

Peruíbe 267 253

Itanhaém 215 203

Guarujá 196 173

Outros 2.325 1.577

Total 6.498 5.067

(l) Amortização do Intangível

A taxa média de amortização foi de 3,9% em 2013, 4,0% em 2012 e 4,3% em 2011.

(m) Licença de uso de software

As licenças de uso de software são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os softwares e fazer

com que eles estejam prontos para serem utilizados. No primeiro trimestre de 2013 a Companhia iniciou a

implantação de solução integrada de gestão empresarial (Sistema ERP), onde está prevista a implementação do

módulo administrativo/financeiro para 1 de julho de 2014 e do módulo comercial para 1 de março de 2015.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-74

14 Imobilizado

(a) Saldos patrimoniais

31 de dezembro de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Depreciação Depreciação

Custo acumulada Líquido Custo acumulada Líquido

Terrenos 88.332 - 88.332 88.328 - 88.328

Edificações 54.187 (30.233) 23.954 56.339 (30.778) 25.561

Equipamentos 202.498 (130.665) 71.833 191.202 (121.569) 69.633

Equipamentos de transporte 13.856 (5.961) 7.895 13.882 (7.267) 6.615

Móveis e utensílios 17.060 (10.239) 6.821 16.203 (10.016) 6.187

Outros 1.201 (540) 661 1.109 (723) 386

377.134 (177.638) 199.496 367.063 (170.353) 196.710

(b) Movimentação

31 de dezembro de 2012

Reapresentado Adições Transferências Baixas e

alienações Depreciação 31 de dezembro

de 2013

Terrenos 88.328 - 4 - - 88.332

Edificações 25.561 - (133) (216) (1.258) 23.954

Equipamentos 69.633 24.678 (1.358) (350) (20.770) 71.833

Equipamentos de transporte 6.615 4.096 (1.795) - (1.021) 7.895

Móveis e utensílios 6.187 1.458 (5) (59) (760) 6.821

Outros 386 511 (226) - (10) 661

196.710 30.743 (3.513) (625) (23.819) 199.496

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-75

31 de dezembro de 2011

Reapresentado Adições Transferências Baixas e

alienações Depreciação

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Terrenos 109.303 - (20.349) (626) - 88.328

Edificações 9.432 - 18.768 (873) (1.766) 25.561

Equipamentos 60.217 11.829 16.825 (510) (18.728) 69.633

Equipamentos de transporte 1.491 4.572 1.427 (7) (868) 6.615

Móveis e utensílios 97 976 5.429 (41) (274) 6.187

Outros 1.045 - (498) - (161) 386

181.585 17.377 21.602 (2.057) (21.797) 196.710

1º de janeiro de 2011

Reapresentado Adições Transferências Baixas e

alienações Depreciação

31 de dezembro de 2011

Reapresentado

Terrenos 119.567 - (10.264) - - 109.303

Edificações 12.031 - (287) (3) (2.309) 9.432

Equipamentos 71.466 9.858 - (1.333) (19.774) 60.217

Equipamentos de transporte 1.661 1.002 - (4) (1.168) 1.491

Móveis e utensílios 453 961 - (7) (1.310) 97

Outros 1.206 174 - - (335) 1.045

206.384 11.995 (10.551) (1.347) (24.896) 181.585

(c) Depreciação

As taxas de depreciação são revisadas anualmente conforme segue: edificações 2%; equipamentos 10%;

equipamentos de transportes 10% e móveis e utensílios 6,7%. Os terrenos não são depreciados.

A taxa média da depreciação foi de 11,4%, no ano de 2013, 9,8% no ano de 2012 e 9,9% no ano de 2011.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-76

15 Empréstimos e Financiamentos

Saldo devedor de empréstimos e financiamentos

31 de dezembro de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Instituição financeira

Circulante Não

Circulante

Total

Circulante Não

Circulante

Total

EM MOEDA NACIONAL

Banco do Brasil 100.497 - 100.497 380.631 100.306 480.937

Debêntures 10ª Emissão 37.171 220.109 257.280 36.459 252.166 288.625

Debêntures 11ª Emissão - - - 472.500 535.949 1.008.449

Debêntures 12ª Emissão 22.727 476.702 499.429 - 499.511 499.511

Debêntures 14ª Emissão 20.079 269.862 289.941 - 284.649 284.649

Debêntures 15ª Emissão - 820.887 820.887 - 791.451 791.451

Debêntures 16ª Emissão - 499.434 499.434 - 499.457 499.457

Debêntures 17ª Emissão - 1.027.925 1.027.925 - - -

Debêntures 18ª Emissão - 160.859 160.859 - - -

Caixa Econômica Federal 83.267 959.853 1.043.120 116.867 918.756 1.035.623

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES - - - 4.154 - 4.154

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES BAIXADA SANTISTA 16.309 81.546 97.855 16.309 97.855 114.164

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC 9.370 79.644 89.014 8.447 80.244 88.691

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9751 2.308 29.192 31.500 - 6.500 6.500

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9752 - 20.400 20.400 - 13.000 13.000

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES ONDA LIMPA 19.230 196.821 216.051 19.230 216.026 235.256

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES TIETE III - 98.404 98.404 - - -

Arrendamento Mercantil - 382.492 382.492 - 215.774 215.774

Outros 498 2.431 2.929 763 2.923 3.686

Juros e Demais Encargos 113.504 - 113.504 89.567 - 89.567

TOTAL EM MOEDA NACIONAL 424.960 5.326.561 5.751.521 1.144.927 4.514.567 5.659.494

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-77

Saldo devedor de empréstimos e financiamentos

31 de dezembro de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Instituição financeira

Circulante Não

Circulante

Total

Circulante Não

Circulante

Total

EM MOEDA ESTRANGEIRA

Inter-American Development Bank - BID 713 US$100.391 mil (dez/12 - US$ 125.488 mil) 58.794 176.382 235.176 51.287 205.149 256.436

Inter-American Development Bank - BID 896 US$8.333 mil (dez/12 - US$ 11.111 mil) 6.507 13.014 19.521 5.677 17.029 22.706

Inter-American Development Bank - BID 1212 US$123.337 mil (dez/12 - US$ 133.615 mil) 24.077 264.854 288.931 21.003 252.040 273.043

Inter-American Development Bank - BID 2202 US$243.687 mil (dez/12 - US$ 147.080 mil) - 564.443 564.443 - 296.276 296.276

Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento -BIRD –US$37.335 mil (dez/12 - US$26.864 mil) - 87.077 87.077 - 54.492 54.492

Euro Bônus - US$ 140.000 mil (dez/12 –US$140.000 mil) - 327.640 327.640 - 285.655 285.655

Euro Bônus - US$350.000 mil (dez/12 – US$350.000 mil) - 813.650 813.650 - 708.076 708.076

JICA 15– Iene 18.438.880 mil (dez/12 – Iene 19.591.310 mil) 25.733 386.007 411.740 27.335 437.371 464.706

JICA 18 – Iene 16.578.560 mil (dez/12 – Iene 17.614.720 mil) 23.137 346.733 369.870 24.578 392.894 417.472

JICA 17-Iene 450.484 mil (dez/12 – Iene 324.213 mil) - 9.704 9.704 - 7.524 7.524

JICA 19-Iene 6.036.325 mil (dez/12- Iene 5.407 mil - 134.010 134.010 - 1 1

BID 1983AB - US$178.173 mil (dez/12 - US$202.115 mil) 56.087 359.059 415.146 48.926 361.587 410.513

Juros e Demais Encargos 21.645 - 21.645 18.861 - 18.861

TOTAL EM MOEDA ESTRANGEIRA 215.980 3.482.573 3.698.553 197.667 3.018.094 3.215.761

TOTAL DOS EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 640.940 8.809.134 9.450.074 1.342.594 7.532.661 8.875.255

Cotação de 31 de dezembro de 2013 US$ 2,34260; Iene 0,022330 (em 31 de dezembro de 2012 US$ 2,0435; Iene 0,023720)

Em 31 de dezembro de 2013 a Companhia não possuía saldos de empréstimos e financiamentos captados durante o ano com vencimento em até 12 meses.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-78

GARANTIAS VENCTO.

FINAL TAXA ANUAL DE JUROS

ATUALIZAÇÃO CAMBIAL

EM MOEDA NACIONAL

Banco do Brasil GOV.EST.S.PAULO E

RECURSOS PRÓPRIOS 2014 8,50% TR

Debêntures 10ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2020 TJLP +1,92% (1ª e 3ª série) e 9,53% (2ª série) IPCA (2ª série)

Debêntures 12ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2025 TR + 9,5%

Debêntures 14ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2022 TJLP +1,92% (1ª e 3ª séries) e 9,19% (2ª série) IPCA (2ª série)

Debêntures 15ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2019 CDI + 0,99% (1ª série) e 6,2% (2ª série) IPCA (2ª série)

Debêntures 16ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2015 CDI + 0,30% à 0,70%

Debêntures 17ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2023 CDI +0,75 (1ª série) e 4,5% (2ª série) e+4,75%

(3ª série) IPCA (2ª e 3ª

série)

Debêntures 18ª Emissão RECURSOS PRÓPRIOS 2024 TJLP + 1,92 % ( 1ª e 3ª série) e 8,25% (2ª série) IPCA (2ª série)

Caixa Econômica Federal RECURSOS PRÓPRIOS 2013/2032 6,8% (ponderado) TR

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES BAIXADA SANTISTA RECURSOS PRÓPRIOS 2019 2,5% + TJLP

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC RECURSOS PRÓPRIOS 2023 2,15% + TJLP

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9751 RECURSOS PRÓPRIOS 2027 1,72%+TJLP

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES PAC II 9752 RECURSOS PRÓPRIOS 2027 1,72%+TJLP

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES ONDA LIMPA RECURSOS PRÓPRIOS 2025 1,92% + TJLP

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES TIETE III RECURSOS PRÓPRIOS 2025 1,66% + TJLP

Arrendamento Mercantil 2035 7,73% a 10,12% IPC

Outros RECURSOS PRÓPRIOS 2018/2025 12% TR

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-79

GARANTIAS VENCTO.

FINAL TAXA ANUAL DE JUROS

ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA

EM MOEDA ESTRANGEIRA

Inter-American Development Bank - BID 713 - US$100.391 mil GOVERNO FEDERAL 2016 2,30% US$

Inter-American Development Bank - BID 896 - US$8.333 mil GOVERNO FEDERAL 2017 3,00% US$

Inter-American Development Bank - BID 1212 - US$123.337 mil GOVERNO FEDERAL 2025 2,58% US$

Inter-American Development Bank - BID 2202 - US$243.687 mil GOVERNO FEDERAL 2035 1,14% US$

Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD US$37.335 mil GOVERNO FEDERAL 2034 0,45% US$

Euro Bônus – US$140.000 mil - 2016 7,50% US$

Euro Bônus – US$350.000 mil - 2020 6,25% US$

JICA 15 – Iene 18.438.880 mil GOVERNO FEDERAL 2029 1,8% e 2,5% Iene

JICA 18– Iene 16.578.560 mil GOVERNO FEDERAL 2029 1,8% e 2,5% Iene

JICA 17– Iene 450.484 mil GOVERNO FEDERAL 2035 1,2% e 0,01% Iene

JICA 19– Iene 6.036.325 mil GOVERNO FEDERAL 2037 1,7% e 0,01% Iene

BID 1983AB – US$178.173 mil - 2023 2,49% a 2,99% US$

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-80

(i) Cronograma de liquidação – saldos contábeis

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 até

2036 TOTAL

EM MOEDA NACIONAL

Banco do Brasil 100.497 - - - - - - 100.497

Debêntures 79.977 713.121 355.437 376.069 550.360 613.341 867.450 3.555.755

Caixa Econômica Federal 83.267 61.953 61.721 64.692 68.345 72.450 630.692 1.043.120

BNDES 47.217 49.386 56.018 58.073 58.073 58.074 226.383 553.224

Arrendamento Mercantil - - - - - - 382.492 382.492

Outros 498 561 632 713 525 - - 2.929

Juros e Demais Encargos 113.504 - - - - - - 113.504

TOTAL EM MOEDA NACIONAL 424.960 825.021 473.808 499.547 677.303 743.865 2.107.017 5.751.521

EM MOEDA ESTRANGEIRA

BID 89.378 89.378 89.378 112.916 54.123 54.123 618.775 1.108.071

BIRD - - - - - 2.915 84.162 87.077

Euro Bônus - - 327.640 - - - 813.650 1.141.290

JICA 48.870 48.871 48.871 49.143 49.415 56.701 623.453 925.324

BID 1983AB 56.087 56.087 56.087 56.087 55.727 41.446 93.625 415.146

Juros e Demais Encargos 21.645 - - - - - - 21.645

TOTAL EM MOEDA ESTRANGEIRA 215.980 194.336 521.976 218.146 159.265 155.185 2.233.665 3.698.553

Total Geral 640.940 1.019.357 995.784 717.693 836.568 899.050 4.340.682 9.450.074

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-81

(a) Debêntures

O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 6.402 (2012 – R$ 8.586), que

serão amortizados durante a vigência de cada contrato.

(i) Principais captações

Debêntures (17ª emissão)

Em 15 de janeiro de 2013, a Companhia realizou a 17ª emissão de debêntures simples, não conversíveis

em ações, da espécie quirografária, em três séries, para distribuição pública, nos termos da Instrução

CVM nº 400/2003, no valor total de R$ 1.000.000, quantidade de 100.000 debêntures, em três séries,

valor unitário de R$ 10, cujas características são as seguintes:

Quantidade Atualização Juros Pagamento de juros Amortização Vencimento

1ª Série 42.468 -

DI+ 0,75% a.a.

Semestral (janeiro e julho)

Anual (a partir de

janeiro de 2016) Janeiro/2018

2ª Série 39.523 IPCA

4,50%a.a

Anual (janeiro) Anual (a partir de

janeiro de 2019) Janeiro/2020

3ª Série 18.009 IPCA

4,75%a.a

Anual (janeiro) Anual (a partir de

janeiro de 2021) Janeiro/2023

Os recursos provenientes da captação por meio da 17ª Emissão de Debêntures foram destinados,

exclusivamente, da seguinte forma: R$ 500.000 para liquidação de compromissos financeiros

vincendos em 2013, e R$ 500.000 para resgate antecipado de outras dívidas da Companhia.

Debêntures (18ª emissão)

Em 15 de outubro de 2013, a Companhia promoveu o lançamento de 100 debêntures, mediante

subscrição exclusiva pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Essas

debêntures foram distribuídas em três séries, não conversíveis em ações, pelo valor unitário de

R$ 2.753,70, perfazendo um total de R$ 275.370. O BNDES subscreveu e liquidou a 1ª e 2ª séries,

totalizando 58 debêntures das 100 previstas, em 16 de dezembro de 2013, num valor de R$ 159.715. A

3ª série, de 42 debêntures, deverá ser subscrita em 2015.

A 1ª e 3ª séries possuem prazo total de 132 meses com carência de 36 meses e serão remuneradas

através da TJLP + 1,92% a.a. A 2ª série possui prazo total de 133 meses com carência de 37 meses, a

partir de 15 de outubro de 2014, e será remunerada à taxa de 8,25% a.a. + IPCA.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-82

Quantidade Atualização Juros Pagamento de juros Amortização Vencimento

1ª Série 28 - TJLP + 1,92% a.a. Trimestral até outubro/2016 e a partir dessa data

mensal

Mensal (a partir de novembro de 2016)

Outubro/2024

2ª Série 30 IPCA 8,25% a.a. Anual Anual (a partir de novembro de 2017)

Novembro/2024

3ª Série 42 - TJLP + 1,92% a.a. Trimestral até outubro/2016 e a partir dessa data

mensal

Mensal (a partir de novembro de 2016)

Outubro/2024

Os recursos irão reembolsar investimentos feitos em obras em sistemas de abastecimento de água e

coleta de esgoto, composto pelos seguintes projetos: ETA Rio Grande, Litoral Norte, Vale do Paraíba e

Mantiqueira, Bacia do Piracicaba - Capivari - Jundiaí (PCJ) além de suportar parte do Programa de

Redução de Perdas da SABESP.

A amortização antecipada, parcial ou total, das debêntures subscritas, quando autorizado pelo BNDES

e/ou pela BNDESPAR, deverá ser realizada sempre em conjunto, respeitada a proporcionalidade

existente entre os saldos devedores das Debêntures da 1ª Série, das Debêntures da 2ª Série e das

Debêntures da 3ª Série, da totalidade das emissões. O contrato não contempla prêmio pela

antecipação.

(ii) Principais Resgates

Debêntures (11ª emissão)

Em 1º de março de 2013 a Companhia efetuou o resgate total da 11ª emissão de debêntures no

montante de R$ 1.060.428, sendo R$ 1.012.500 referente ao principal e R$ 47.928 referente aos juros

e prêmio.

(iii) Covenants

Para os contratos vigentes, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas:

Aplicáveis a 10ª emissão, 14ª emissão e 18ª emissão:

Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-83

demonstrações financeira anuais:

- Ebitda ajustado / Receita operacional líquida ajustada deve ser igual ou superior a 38%.

- Ebitda ajustado / Despesas financeiras ajustadas deve ser igual ou superior a 2,35.

- Dívida líquida ajustada / Ebitda ajustado deve ser menor ou igual a 3,65.

Para essas Emissões, na hipótese de não atendimento dos níveis estabelecidos nos Compromissos

Financeiros, a Companhia deverá constituir, no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da

comunicação por escrito dos debenturistas, garantias adicionais, aceitas pelos debenturistas, sob pena

de ser decretado o vencimento antecipado do contrato.

Os contratos também possuem cláusulas de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de

quaisquer dívidas da Companhia, cujo montante possa, de qualquer forma, vir a prejudicar o

cumprimento de suas obrigações previstas na escritura, implicará em vencimento antecipado deste

contrato.

Aplicável a 12ª emissão:

Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou

demonstrações financeira anuais:

- Liquidez corrente ajustada (ativo circulante dividido pelo passivo circulante, excluída do passivo

circulante a parcela registrada no circulante das dívidas do não circulante contraídas pela

Companhia) maior que 1,0.

- Ebitda/Despesas financeiras pagas igual ou superior a 1,5.

A falta de cumprimento dessas obrigações somente ficará caracterizada quando verificada nas suas

demonstrações financeiras trimestrais, por no mínimo dois trimestres consecutivos, ou ainda por dois

trimestres não consecutivos dentro de um período de doze meses.

Na falta de observância dos “covenants” deverá o agente fiduciário convocar no prazo de 48 horas da

data que tomar conhecimento do ocorrido, uma assembleia geral de debenturistas para deliberar sobre

a declaração do vencimento antecipado das debêntures.

O contrato possui cláusula de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de quaisquer dívidas da

Companhia, em montante igual ou superior a R$ 50 milhões, corrigidos pela variação do IPCA a partir

da data de emissão, em razão de inadimplemento contratual, cujo montante possa, de qualquer forma,

vir a prejudicar o cumprimento das obrigações pecuniárias da Companhia decorrentes da Emissão,

implicará em vencimento antecipado deste contrato.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-84

Aplicáveis a 15ª emissão, 16ª emissão e 17ª emissão:

Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou

demonstrações financeira anuais:

- Dívida total ajustada em relação ao Ebitda menor ou igual a 3,65; e

- Ebitda/Despesas financeiras pagas igual ou superior a 1,5.

O não cumprimento das cláusulas de “covenants”, por no mínimo dois trimestres consecutivos, ou

ainda por dois trimestres não consecutivos dentro de um período de doze meses, levará ao vencimento

antecipado do contrato.

Os contratos possuem cláusula de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de quaisquer

dívidas da Companhia, em montante igual ou superior a R$ 90 milhões, corrigidos pela variação do

IPCA a partir da data de emissão, em razão de inadimplemento contratual, cujo montante possa, de

qualquer forma, vir a prejudicar o cumprimento das obrigações pecuniárias da Companhia decorrentes

da Emissão.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-85

(b) Caixa Econômica Federal

A garantia para os contratos é a vinculação de parte da arrecadação proveniente do pagamento das

tarifas de água e esgoto, até o valor total da dívida. Para os contratos firmados, também é realizada a

constituição de conta reserva com saldo não inferior ao montante equivalente à uma prestação de

amortização do principal e acessórios da dívida.

(i) Covenants

Para os contratos vigentes, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas:

- AMD – Acordo de Melhoria de Desempenho (*)

- Cláusula de “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de quaisquer dívidas da Companhia, em

razão de inadimplemento contratual, cuja ocorrência possa, de qualquer forma, vir a prejudicar o

cumprimento de suas obrigações pecuniárias decorrentes destas contratações, implicará em

vencimento antecipado.

(c) BNDES

O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 531 (2012 – R$ 317), que

serão amortizados durante a vigência de cada contrato.

(i) Principais captações

BNDES TIETÊ III

Contrato 12.2.1381. 1 – Firmado em fevereiro de 2013, no valor de R$ 1.350.000, com a finalidade de

financiar parte da contrapartida da Companhia na execução do projeto de Despoluição do Rio Tietê –

Etapa III, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. O contrato tem como

objetivo a implantação de coletores, interceptores, redes coletoras e ligações domiciliares de esgoto,

bem como ampliação da capacidade de tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo.

Prazo total é de 180 meses, com 36 meses de carência e o primeiro desembolso ocorreu em 27 de

dezembro de 2013.

Juros – Compostos pela TJLP limitada a 6% a.a., acrescida de “spread” de 1,66% a.a., a serem pagos

trimestralmente durante o período de carência, e mensalmente na fase de retorno. A parcela da TJLP

que exceder a 6% a.a. será incorporada ao saldo devedor em aberto.

A garantia para os contratos é a vinculação de parte da receita proveniente da prestação de serviços de

água e esgoto.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-86

(ii) Covenants

Para os contratos vigentes a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas:

Aplicáveis a Baixada Santista, PAC, Onda Limpa e PAC II 9751, PAC II 9752:

- AMD – Acordo de Melhoria de Desempenho (*)

Aplicáveis a Baixada Santista, PAC, Onda Limpa e PAC II 9751, PAC II 9752, Tietê III e

PAC 2012/2013:

Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou

demonstrações financeira anuais:

. Ebitda ajustado / Receita operacional líquida ajustada: igual ou superior a 38%.

. Ebitda ajustado /Despesas financeiras ajustadas: igual ou superior a 2,35.

. Dívida líquida ajustada / Ebitda ajustado: igual ou inferior a 3,65;

Na hipótese de não atendimento dos níveis estabelecidos nos Compromissos Financeiros, a Companhia

deverá constituir, no prazo de 90 (noventa) dias, contados da data da comunicação por escrito do

BNDES, garantias adicionais, aceitas pelo BNDES, sob pena de suspensão da liberação dos recursos e,

se for o caso, decretar o vencimento antecipado do contrato.

O contrato Onda Limpa possui cláusula “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de qualquer

dívida da Companhia, em razão de inadimplemento contratual, cujo montante possa, de qualquer

forma, vir a prejudicar o cumprimento de suas obrigações decorrentes deste contrato, implicará em

vencimento antecipado deste contrato.

(*) AMD - Acordo de Melhoria de Desempenho, calculados trimestralmente, quando da divulgação das

demonstrações financeiras trimestrais ou demonstrações financeira anuais:

De acordo com a Instrução Normativa nº 05 de 22 de janeiro de 2008, os contratos que são objetos de

fundos públicos de investimento, tendo como fonte de recurso o Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço (“FGTS”) ou Fundo de Amparo ao Trabalhador (“FAT”), os quais passam por seleção do

Ministério das Cidades, devem manter um Acordo de Melhoria de Desempenho (“AMD”) válido, tendo

metas, para indicadores financeiros e operacionais, projetadas anualmente para os 5 anos seguintes,

com base na média dos dois últimos anos.

O Acordo de Melhoria de Desempenho, datado de 28 de maio de 2007 e aditado em agosto de 2012, foi

celebrado entre a SABESP e o Governo Federal, tendo como intervenientes a Caixa Econômica Federal

e o BNDES. De acordo com este contrato, a Companhia deve cumprir com pelo menos quatro dos oito

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-87

indicadores operacionais e financeiros, estipulados para o período de 2012 à 2016. Se deixarmos de

cumprir cinco destes indicadores, a Caixa Econômica Federal e o BNDES podem suspender os

desembolsos e seríamos impedidos de celebrar quaisquer outros contratos de financiamento com essas

instituições até que novas metas sejam negociadas. É previsto a possibilidade de renegociar as metas se

necessário.

Em 14 de março de 2013, através da Instrução Normativa nº 06, o Ministério das Cidades revogou a

Instrução Normativa nº 05 de 22 de janeiro de 2008, que regulamentava o Acordo de Melhoria de

Desempenho. Conforme estipula o artigo 2º da Instrução Normativa nº 06, os AMD´s assinados até 14

de março de 2013 permanecerão válidos até a data de expiração de suas respectivas vigências, não

sendo necessário a celebração ou a repactuação de AMD para as novas contratações.

(d) Arrendamento mercantil

A Companhia possui contratos de obras firmados na modalidade Locação de Ativos. Durante o período

de construção, as obras são capitalizadas ao ativo intangível em andamento e o valor do arrendamento

é registrado na mesma proporção. Está previsto para 2014 e 2015 a finalização das obras.

Após a entrada em operação, é iniciado o período de pagamento do arrendamento (240 parcelas

mensais), cujo valor é periodicamente corrigido pelo índice de preços contratado.

Em 31 de agosto de 2013, iniciou a operação da SES Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista e o valor

correspondente em 31 de dezembro de 2013 é de R$ 144.384.

(e) Eurobônus

O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 6.584 (2012 – R$ 7.584), que

serão amortizados durante a vigência do contrato.

(i) Covenants

Para os contratos vigentes, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas:

Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou

demonstrações financeira anuais:

Limitar a captação de novas dívidas de modo que:

. a dívida total ajustada em relação ao Ebitda não seja superior a 3,65;

. o índice de cobertura do serviço da dívida da Companhia, determinado na data de incursão dessa

dívida, não seja inferior a 2,35.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-88

O não cumprimento das cláusulas de “covenants” levará ao vencimento antecipado do contrato.

O contrato possui cláusula “cross default”, ou seja, o vencimento antecipado de qualquer

endividamento por empréstimos da Companhia ou qualquer de suas Subsidiárias tendo um valor de

principal total de US$ 25.000.000,00 ou mais (ou seu valor equivalente em outras moedas) implicará

em vencimento antecipado deste contrato.

(f) Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 6.418 (2012 – R$ 4.281), que

serão amortizados durante a vigência do contrato.

(i) Covenants

Para os contratos vigentes, a Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas:

Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou

demonstrações financeira anuais:

. Contratos 713, 896 e 1.212 - As tarifas devem: a) produzir uma receita suficiente para cobrir os

gastos de exploração do sistema, inclusive os relacionados com Administração, operação,

manutenção e depreciação; b) proporcionar uma rentabilidade sobre o ativo imobilizado superior a

7%; e c) durante a execução do projeto os saldos dos empréstimos contratados a curto prazo não

deverão ser superiores a 8,5% do seu patrimônio líquido.

O não cumprimento das cláusulas de “covenants” levará ao vencimento antecipado do contrato.

O contrato possui cláusula de “cross default” entre os contratos do BID (mesmo banco financeiro), ou

seja, o vencimento antecipado ocorrerá, caso haja inadimplemento de qualquer obrigação com este ou

quaisquer outros contratos subscritos com o Banco para financiamento de projeto.

(g) Banco Japonês para Cooperação Internacional - JICA

O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 1.466 (2012 – R$ 653), que

serão amortizados durante a vigência do contrato.

(h) AB Loan (IADB 1983AB)

O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 2.243 (2012 – R$ 2.509), que

serão amortizados durante a vigência do contrato.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-89

(i) Covenants

A Companhia possui as seguintes cláusulas restritivas:

Calculados trimestralmente, quando da divulgação das demonstrações financeiras trimestrais ou

demonstrações financeira anuais:

- Índice de cobertura do serviço da dívida da Companhia, determinado a partir das demonstrações

consolidadas, deve ser maior ou igual a 2,35; e

- Dívida total ajustada em relação ao Ebitda, determinado a partir das demonstrações consolidadas,

deve ser menor ou igual a 3,65.

O contrato possui clausula de “cross default”, ou seja, se ocorrer e continuar ocorrendo um Evento de

Inadimplemento (quer voluntário quer involuntário, quer resultante do efeito de qualquer lei aplicável

quer de acordo com ou em virtude de qualquer ato ou omissão em agir por qualquer Autoridade ou

outra), o BID pode, por comunicação para a Tomadora, determinar o vencimento antecipado do

empréstimo ou parte dele como especificado no aviso (com juros acumulados sobre o mesmo) e todas

as outras obrigações estão vencidas e são pagáveis imediatamente.

(i) Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)

O saldo apresentado está deduzido dos custos de captação no valor de R$ 384 (2012 – R$ 405), que

serão amortizados durante a vigência do contrato.

(j) Compromissos financeiros – “Covenants”

Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a Companhia cumpriu os requisitos vigentes em seus contratos de

empréstimos e financiamentos.

(k) Empréstimos e financiamentos contratados e ainda não utilizados

Caixa Econômica Federal

Em 02 de dezembro de 2013 a SABESP formalizou junto à Caixa Econômica Federal a contratação de

nove operações de crédito na modalidade PAC. Os recursos são oriundos do Programa Saneamento

para Todos, seleção do Ministério das Cidades – PAC 2012/2013. O total do investimento é da ordem

de R$ 1,31 bilhão, sendo R$ 1,23 bilhão a serem financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 80

milhões de contrapartida da SABESP. Os recursos serão aplicados em obras do Projeto Tietê e

Programa Metropolitano de Água. Prazo total de até 24 anos, com até 4 anos de carência, dependendo

da operação de crédito, e encargos financeiros de TR + 7,7% a.a..

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-90

BNDES PAC 2012/2013

Contrato 13.2.1060. 1 – Em 05 de dezembro de 2013 a SABESP formalizou junto ao Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a contratação de operação de crédito. Os recursos são

oriundos do FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador, seleção do Ministério das Cidades relativo aos

exercícios de 2012 e 2013. O total do investimento é da ordem é de R$ 462 milhões, sendo R$ 415,8

milhões a serem financiados pelo BNDES e R$ 46,2 milhões de contrapartida da SABESP. Os recursos

serão aplicados em obras do Programa Metropolitano de Água. Prazo total de 144 meses, com 36 meses

de carência e encargos financeiros de TJLP + 1,66% a.a..

A SABESP, para cumprir seu plano de investimentos, conta com um plano de captações de

financiamento.

Os recursos dos financiamentos contratados possuem propósitos específicos, sendo liberados para a

execução de seus respectivos investimentos, de acordo com o andamento das obras.

Agente 31 de dezembro de 2013

(em milhões de Reais (*))

Caixa Econômica Federal 2.265

Banco Japonês para Cooperação Internacional – JICA 744

Inter-American Development Bank – BID 835

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social 2.020

Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD 147

Outros 48

TOTAL 6.059

(*) Utilizada cotação de fechamento de 31/12/2013. (US$ 1,00 = R$ 2,3426; ¥ 1,00 = R$ 0,02233).

16 Impostos e contribuições

(a) Ativo circulante

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Impostos a recuperar

Imposto de renda e contribuição social 79.548 100.225

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-91

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

IRRF sobre aplicações financeiras 2.437 14.302

Outros tributos federais 4.764 3.238

Outros tributos municipais 656 656

Total dos tributos a recuperar 87.405 118.421

A redução do saldo da rubrica “Tributos a recuperar” deve-se principalmente ao menor saldo de

imposto de renda e contribuição social a recuperar em 2013 e, da queda da provisão de IRRF sobre

aplicações financeiras, devido à concentração das aplicações financeiras em fundos de investimentos,

onde semestralmente (maio e novembro) devem ser recolhidos os tributos sobre o saldo das aplicações.

(b) Passivo circulante

Impostos e contribuições a recolher 31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Cofins e Pasep 21.797 46.576

Paes - 19.011

INSS 30.822 29.401

IRRF 39.330 41.588

Outros 23.433 16.134

Total 115.382 152.710

A redução dos tributos a pagar do passivo circulante decorre principalmente da recuperação de crédito

de Cofins e Pasep de 2012 e pela quitação do Paes no exercício.

A Companhia solicitou o Pedido de Parcelamento Especial (Paes) em 15 de julho de 2003, conforme Lei

nº 10.684, de 30 de maio de 2003, incluindo nesse pedido os débitos relativos à Cofins e ao Pasep

envolvidos em ação judicial contra a aplicação da Lei nº 9.718/98, e consolidou o saldo remanescente

do Programa de Recuperação Fiscal (Refis). O valor total incluído no Paes era de R$ 316.953.

O débito relativo ao Paes (Parcelamento Especial) foi totalmente pago em 120 meses, sendo que a

última parcela foi quitada em 28 de junho de 2013. Os montantes pagos em 2013, 2012 e 2011 foram de

R$ 19.164, R$ 37.421 e R$ 36.091, respectivamente, e foram registradas despesas financeiras de R$

153, R$ 1.353 e R$ 2.761, respectivamente. Não há saldo devedor em 31 de dezembro de 2013. Não há

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-92

restrições nos ativos dados em garantia no Programa Refis anterior, no montante de R$ 249.034, que

continuaram a garantir os valores do Programa Paes, de acordo com a Lei nº 9.532, de 10 de dezembro

de 1997, já que os créditos tributários incluídos no referido programa, foram extintos com pagamento

da parcela final.

17 Impostos e contribuições diferidos

(a) Saldos patrimoniais

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro

de 2012

Reapresentado

Impostos diferidos ativo

Provisões 506.568 512.107

Obrigações previdenciárias – G0 (1) 85.271 85.271

Obrigações previdenciárias – G1 215.187 193.125

Ganho/perda atuarial – Plano G1 (32.405) 9.405

Doações de ativos relacionados aos contratos de concessão 43.901 41.312

Provisão para perdas de crédito 172.482 162.670

Outros 87.266 97.425

Total do ativo fiscal diferido 1.078.270 1.101.315

Impostos diferidos passivo

Diferença temporária sobre concessão de ativo intangível (595.285) (650.093)

Capitalização de custos de empréstimos (200.343) (158.298)

Lucro sobre o fornecimento a órgãos públicos (81.711) (77.827)

Outros (86.901) (69.795)

Total do passivo fiscal diferido (964.240) (956.013)

Ativo fiscal diferido líquido 114.030 145.302

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-93

(1) Refere-se à parcela de R$ 250.798 da correção do contas a receber (GESP), que foi

provisionada como perda em anos anteriores.

(b) Realização

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Impostos diferidos ativo

a ser recuperado em até 12 meses 216.515 176.604

a ser recuperado depois de um ano 861.755 924,711

Total do ativo fiscal diferido 1.078.270 1.101.315

Impostos diferidos passivo

a ser recuperado em até 12 meses (37.126) (38.267)

a ser recuperado depois de um ano (927.114) (917.746)

Total do passivo fiscal diferido (964.240) (956.013)

Ativo fiscal diferido 114.030 145.302

(c) Movimentação

Impostos diferidos ativo

31 de dezembro de 2012

Reapresentado Variação

líquida 31 de dezembro

de 2013

Provisões 512.107 (5.539) 506.568

Obrigações previdenciárias – G0 85.271 - 85.271

Obrigações previdenciárias - G1 193.125 22.062 215.187

Ganho/perda atuarial – G1 9.405 (41.810) (32.405)

Doações de ativos relacionados aos contratos de concessão 41.312 2.589 43.901

Perdas de créditos 162.670 9.812 172.482

Outros 97.425 (10.159) 87.266

Total 1.101.315 (23.045) 1.078.270

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-94

Impostos diferidos passivo

31 de dezembro de 2012

Reapresentado Variação

líquida 31 de dezembro

de 2013

Diferença temporária sobre concessão de ativo intangível (650.093) 54.808 (595.285)

Capitalização de custos de empréstimos (158.298) (42.045) (200.343)

Lucro sobre o fornecimento a órgãos públicos (77.827) (3.884) (81.711)

Outros (69.795) (17.106) (86.901)

Total (956.013) (8.227) (964.240)

Ativo fiscal diferido líquido 145.302 (31.272) 114.030

Impostos diferidos ativo

1º de janeiro

de 2012

Reapresentado Variação

líquida 31 de dezembro

de 2012

Provisões 575.473 (63.366) 512.107

Obrigações previdenciárias – G0 85.271 - 85.271

Obrigações previdenciárias - G1 180.018 13.107 193.125

Ganho/perda atuarial – G1 (35.323) 44.728 9.405

Doações de ativos relacionados aos contratos de concessão 38.213 3.099 41.312

Perdas de créditos 135.223 27.447 162.670

Outros 77.175 20.250 97.425

Total 1.056.050 45.265 1.101.315

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-95

Impostos diferidos passivo

1º de janeiro

de 2012

Reapresentado Variação

líquida 31 de dezembro

de 2012

Diferença temporária sobre concessão de ativo intangível (692.210) 42.117 (650.093)

Capitalização de custos de empréstimos (101.507) (56.791) (158.298)

Lucro sobre o fornecimento a órgãos públicos (76.773) (1.054) (77.827)

Outros (42.957) (26.838) (69.795)

Total (913.447) (42.566) (956.013)

Ativo fiscal diferido líquido 142.603 2.699 145.302

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro

de 2012

Reapresentado

31 de dezembro 31, 2011

Reapresentado

Saldo inicial 145.302 142.603

68.533

Variação líquida no ano:

- contrapartida na demonstração de resultado 10.538

(42.029)

99.966

- contrapartida em ajuste de avaliação patrimonial (41.810)

44.728

(25.896)

Total da variação (31.272) 2.699 74.070

Saldo final 114.030

145.302

142.603

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-96

(d) Conciliação da alíquota efetiva de imposto

Os valores registrados como despesas de imposto de renda e contribuição social nas demonstrações

financeiras estão conciliados com as alíquotas nominais previstas em lei, conforme demonstrado a

seguir:

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Lucro antes dos impostos 2.655.599 2.547.672 1.879.004

Alíquota nominal 34% 34% 34%

Despesa esperada à taxa nominal (902.904) (866.208) (638.861)

Benefícios fiscais do juro sobre capital próprio 182.596 252.355 122.170

Diferenças permanentes

Provisão Lei 4.819/58 (i) (33.279) (32.514) (33.559)

Doações (12.218) (11.447) (13.692)

Recuperação de créditos tributários - - 37.858

Outras diferenças 33.765 22.042 28.026

Imposto de renda e contribuição social (732.040) (635.772) (498.058)

Imposto de renda e contribuição social correntes (742.578) (593.743) (598.024)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 10.538 (42.029) 99.966

Alíquota efetiva 28% 25% 27%

(i) Diferença permanente relativa a provisão da obrigação atuarial (Nota 9 (vii)).

(e) Regime Tributário de Transição (RTT)

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos exercícios

de 2009 e 2008, a Companhia optou pelo RTT, que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos

contábeis da Lei 11.638/07 e da MP 449/08, convertida na Lei 11.941/09, por meio de registros no livro

de apuração do lucro real – LALUR ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da

escrituração mercantil.

A Companhia adota as mesmas práticas tributárias desde 2008, uma vez que o RTT passou a ser

obrigatório e terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos

métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-97

(f) Medida Provisória 627/2013

Em 11 de novembro de 2013, foi editada a Medida Provisória 627, alterando a legislação tributária

federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), à contribuição Social sobre o

Lucro Líquido (CSLL), à Contribuição para o Pis/Pasep e à Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social (Cofins). Tal Medida Provisória revoga o Regime Tributário Transitório (RTT),

instituído pela Lei 11.941/09 e dispões também sobre a tributação da pessoa jurídica domiciliada no

Brasil, com relação ao acréscimo patrimonial decorrente de participação em lucros auferidos no

exterior por controladas e coligadas e de lucros auferidos por pessoa física residente no Brasil por

intermédio de pessoa jurídica controlada no exterior. A medida provisória permite à possiblidade da

adoção de seus efeitos já no ano calendário de 2014.

A Companhia preparou um estudo dos potenciais efeitos da aplicação da Medida Provisória 627/2013 e

Instrução Normativa 1.397/2013 e concluiu que não resultam em efeitos relevantes em suas operações

e em suas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2013, baseada na

melhor interpretação do texto corrente da Medida Provisória. A possível conversão da Medida

Provisória 627/2013 em Lei pode resultar em alteração na conclusão da Companhia, caso o texto final

resulte em alterações não contempladas na Medida Provisória e alterem a forma de tributação atual a

que a Companhia está sujeita. A Companhia está aguardando a conversão da referida Medida

Provisória em Lei para que possa decidir sobre sua adoção antecipada ou não, consoante o texto final a

ser promulgado.

18 Provisões

(a) Processos com probabilidade de perda provável

(i) Saldos Patrimoniais

A Companhia é parte em uma série de ações judiciais decorrentes do curso normal dos negócios,

incluindo processos de natureza cível, tributária, trabalhista e ambiental. A Administração acredita que

as provisões são suficientes para cobrir eventuais perdas. Essas provisões, líquidas dos depósitos

judiciais, estão assim demonstradas:

Provisões

Depósitos

Judiciais

Vinculados

31 de

dezembro

de 2013 Provisões

Depósitos

Judiciais

Vinculados

31 de dezembro

de 2012

Reapresentado

Ações com clientes (i) 621.999 (110.384) 511.615 652.663 (131.408) 521.255

Ações com fornecedores (ii) 340.100 (183.606) 156.494 290.593 (175.437) 115.156

Outras questões cíveis (iii) 129.400 (11.965) 117.435 169.513 (4.978) 164.535

Ações tributárias (iv) 59.659 (1.956) 57.703 71.141 (3.056) 68.085

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-98

Provisões

Depósitos

Judiciais

Vinculados

31 de

dezembro

de 2013 Provisões

Depósitos

Judiciais

Vinculados

31 de dezembro

de 2012

Reapresentado

Ações trabalhistas (v) 156.060 (1.614) 154.446 173.227 (1.529) 171.698

Ações ambientais (vi) 182.689 - 182.689 149.061 (636) 148.425

Total 1.489.907 (309.525) 1.180.382 1.506.198 (317.044) 1.189.154

Circulante 631.374 - 631.374 565.083 - 565.083

Não circulante 858.533 (309.525) 549.008 941.115 (317.044) 624.071

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-99

(ii) Movimentação

31 de

dezembro de

2012

Reapresentado

Provisões

adicionais

Juros e

atualização

monetária

Valores

utilizados

da provisão

Valores não

utilizados

(reversão)

31 de

dezembro

de 2013

Ações com clientes (i) 652.663 109.920 106.094 (101.710) (144.968) 621.999

Ações com fornecedores (ii) 290.593 17.126 45.328 (2.968) (9.979) 340.100

Outras questões cíveis (iii) 169.513 31.022 26.517 (9.175) (88.477) 129.400

Ações tributárias (iv) 71.141 2.506 7.981 (6.320) (15.649) 59.659

Ações trabalhistas (v) 173.227 75.842 22.284 (80.670) (34.623) 156.060

Ações ambientais (vi) 149.061 44.519 10.360 (660) (20.591) 182.689

Subtotal 1.506.198 280.935 218.564 (201.503) (314.287) 1.489.907

Depósitos judiciais vinculados (317.044) (34.318) (17.391) 24.319 34.909 (309.525)

Total 1.189.154 246.617 201.173 (177.184) (279.378) 1.180.382

(b) Processos com probabilidade de perda possível

A Companhia é parte integrante em ações judiciais e processos administrativos referentes a questões

ambientais, tributárias, cíveis e trabalhistas, as quais são consideradas pela Administração como sendo

de perda possível e que não estão registradas contabilmente. Os processos de naturezas passivas,

classificados como de perda possível, estão assim representados:

31 de dezembro de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Ações com clientes (i) 737.800 862.100

Ações com fornecedores (ii) 1.071.000 775.200

Outras questões cíveis (iii) 422.400 362.000

Ações tributárias (iv) 570.700 490.900

Ações trabalhistas (v) 278.700 190.000

Ações ambientais (vi) 163.900 116.300

Total 3.244.500 2.796.500

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-100

(c) Explicação sobre as naturezas das principais classes de processos

(i) Ações com clientes

Aproximadamente 1.380 ações foram ajuizadas por clientes comerciais que pleiteiam que suas tarifas

deveriam ser iguais às de outras categorias de consumidores e 720 ações em que pleiteiam a redução da

tarifa de esgotos em função de perdas ocorridas no sistema, requerendo, em consequência, a devolução

de valores cobrados pela Companhia. A Companhia obteve decisões definitivas, tanto favoráveis como

desfavoráveis, nas diversas instâncias judiciais, sendo constituídas provisões quando a expectativa de

perda é considerada provável. O decréscimo ocorrido de R$ 9.640 nos processos com expectativa de

perda provável (líquidos dos depósitos judiciais), está relacionado principalmente aos pagamentos e

arquivamento de processos ocorridos no ano e a revisões de expectativas ocasionadas por decisões

favoráveis à Companhia, durante o exercício de 2013 compensados pelos juros, honorários e

atualizações dos processos em andamento. Essas mesmas revisões de expectativas favoráveis à

Companhia ocasionaram um decréscimo de R$ 124.300 nos processos com expectativa de possível

perda.

(ii) Ações com fornecedores

As reclamações com fornecedores foram ajuizadas por alguns fornecedores alegando pagamento a

menor de ajustes de atualização monetária, retenção de valores relacionados a expurgos decorrentes do

Plano Real e desequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Essas ações estão em tramitação nas

diversas esferas judiciais, sendo provisionadas quando a expectativa de perda é considerada provável.

O acréscimo ocorrido de R$ 41.338 nos processos com expectativa de perda provável (líquidos dos

depósitos judiciais) está relacionado principalmente a juros, honorários e atualizações de processos em

andamento. O acréscimo ocorrido de R$ 295.800 nos processos com expectativa de possível perda está

relacionado ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2013 e a juros, honorários e

atualizações de processos em andamento.

(iii) Outras questões cíveis

Referem-se principalmente a indenização por danos materiais, morais e lucros cessantes alegadamente

causados a terceiros, que se encontra em diversas instâncias judiciais, provisionados quando

classificados como de perda provável. O decréscimo apresentado de R$ 47.100 para os casos de

expectativa de perda provável (líquidos dos depósitos judiciais), foi provocado por pagamentos e

arquivamento de processos ocorridos no ano e revisões de expectativas ocasionadas por decisões

favoráveis à Companhia, durante o exercício de 2013. O acréscimo ocorrido de R$ 60.400 nos

processos com expectativa de possível perda está relacionado a juros, honorários e atualizações de

processos em andamento e ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2013.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-101

(iv) Ações Tributárias

Os processos de natureza tributária referem-se, principalmente, a questões ligadas à cobrança de

tributos, questionada em virtude da divergência de interpretação da legislação por parte da

administração da Companhia, provisionados quando classificados como de perda provável. O

decréscimo ocorrido de R$ 10.382 nos processos com expectativa de perda provável (líquidos dos

depósitos judiciais) foi provocado por pagamentos e arquivamento de processos ocorridos no ano e

revisões de expectativas ocasionadas por decisões favoráveis à Companhia, durante o exercício de 2013.

O acréscimo ocorrido de R$ 79.800 nos processos com expectativa de perda possível está relacionado

ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2013 e principalmente à atualização decorrente

das ações ajuizadas pelo município de São Paulo, conforme descritos no item “b” abaixo.

Os principais processos são os seguintes:

(a) Em 2006, a Receita Federal, por meio de ação fiscal, autuou a Companhia com respeito as

obrigações tributárias relativas ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o

Lucro Líquido, no ano calendário 2001, apurando crédito tributário atualizado em 31 de dezembro de

2013 no valor de R$ 411.890 (dezembro/2012 – R$ 389.505). A Companhia protocolou impugnação,

tempestivamente, e recorrerá à autuação em todas as instâncias administrativas e judiciais. A

administração da Companhia considera que aproximadamente 90% desse processo administrativo, é

considerado como de perda remota, e 10% como de perda possível.

(b) O Município de São Paulo, por meio de lei, revogou a isenção do imposto sobre serviços que até

então a empresa detinha e na sequência efetuou autuações relativas ao serviço de esgotamento

sanitário e sobre atividades meio, em um montante atualizado de R$ 307.817 (dezembro/2012 – R$

264.627), que atualmente são objeto de três Executivos Fiscais, classificadas pela Administração como

possível perda. A SABESP impetrou mandado de segurança contra a revogação, que teve a segurança

denegada, estando atualmente em fase de admissibilidade dos Recursos Especial e Extraordinário

interpostos. Ajuizou ainda medidas cautelares e ações anulatórias, visando a suspensão da exigibilidade

dos créditos e a nulidade das autuações, por entender que, não obstante a revogação da isenção, as

atividades relativas ao esgotamento sanitário e às atividades meio não estão no rol das atividades

passíveis de serem tributadas pelo Município. A administração da Companhia avaliou o risco como de

possível perda.

(c) A Receita Federal do Brasil indeferiu alguns pedidos de compensação realizados pela Companhia,

que objetivavam a extinção de créditos tributários do IRPJ/CSLL, com aproveitamento de montantes

que lhe eram favoráveis, oriundos de recolhimentos indevidos do IRPJ/CSLL, pagos por estimativa

mensal. O valor envolvido nesses processos atualizados em 31 de dezembro de 2013 é de R$ 50.065

(dezembro/2012 – R$ 47.498). A administração da Companhia avaliou o risco como de perda possível.

(d) A Companhia teve indeferido Pedido de Compensação de tributos, devidos nas competências de

julho, agosto e setembro de 2002, com o aproveitamento dos créditos advindos do excesso de

recolhimentos do IRPJ nos anos de 1997 e 1998 causados pela realocação das parcelas de correção

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-102

monetária sobre as demonstrações financeiras (Lei 8.200/91), que haviam sido antecipadas no ano de

1996 por força de liminar, posteriormente excluídas por desistência do processo e adesão à MP 38/02.

Após o julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, restou não homologado pelo Fisco

o crédito provindo da competência de 1997. O valor envolvido está estimado e atualizado em 31 de

dezembro de 2013 em R$ 43.689 (dezembro/2012 – R$ 42.403). A administração da Companhia

avaliou o risco como de perda possível.

(e) Em 23 de junho de 2010, a SABESP celebrou com o Município de São Paulo contrato, cujo objeto é

a prestação dos serviços de água e coleta de esgotos. Para a celebração do presente acordo, algumas

ações judiciais entre as partes foram extintas. Porém outras não fizeram parte do mencionado ajuste,

prosseguindo o feito normalmente. Estas ações, cuja expectativa é provável e possível perda, versam

sobre tributos e multas em geral e o montante atualizado até 31 de dezembro de 2013 é de R$ 13.696

(dezembro/2012 – R$ 23.882) e R$ 62.979 (dezembro/2012 – R$ 39.063), respectivamente.

(f) Em 2005 a Receita Federal indeferiu parcialmente Pedido de Compensação realizado pela

Companhia, que objetivava a extinção de crédito tributário do IRPJ, de aproximadamente R$ 56.118, e

da CSLL, de aproximadamente R$ 8.659, dos períodos de apuração janeiro a abril de 2003, com o

aproveitamento de saldos negativos de IRPJ e CSLL de anos anteriores. No despacho decisório, a

autoridade não homologou o equivalente a R$ 11.164 de IRPJ e R$ 698 de CSLL, totalizando valor

aproximado de R$ 11.862. A Companhia obteve provimento parcial no recurso de manifestação de

inconformidade interposto, de maneira que classificou como de possível perda o valor atualizado em 31

de dezembro de 2013 de R$ 6.999 (dezembro/2012 – R$ 6.782) e de perda provável o valor de R$ 1.194

(dezembro/2012 – R$ 1.157).

(g) A SABESP interpôs dois mandados de segurança, visando a declaração de inconstitucionalidade de

lei municipal que impõe cobrança de taxa decorrente de uso de áreas públicas para a instalação de rede

de água e de esgoto, para a prestação de serviços públicos de saneamento básico. O primeiro mandado

de segurança teve provimento parcial, mas não surtirá efeito porque as leis municipais foram revogadas

e o segundo aguarda julgamento de recurso de apelação do Município, uma vez que neste mandado a

segurança foi concedida suspendendo a cobrança pelo uso do solo urbano e prestação de caução. A

Administração avaliou o risco como possível perda, porém, não foi possível fazer uma estimativa do

valor envolvido, tendo em vista que seria necessário saber a extensão das redes de água e esgotos e

demais equipamentos instalados no solo urbano do município (vias públicas), bem como definir o valor

do respectivo terreno com base na metragem utilizada.

(v) Ações Trabalhistas

A Companhia está envolvida em diversos processos trabalhistas, tais como questões referentes à horas-

extras, escala de revezamento, adicionais de insalubridade e periculosidade, aviso-prévio, desvio de

função, equiparação salarial e outros pleitos, sendo que parte do montante envolvido encontra-se em

execução provisória ou definitiva, nas diversas instâncias judiciais, classificado, dessa forma, como de

probabilidade de perda provável e, consequentemente, provisionados. O decréscimo de R$ 17.252

ocorridos nos processos de provável perda (líquidos dos depósitos judiciais) se deve, principalmente,

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-103

aos pagamentos e arquivamento de processos ocorridos no ano de 2013. O acréscimo de R$ 88.700

ocorrido nos processos de perda possível se deve ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de

2013.

(vi) Ações Ambientais

As ações ambientais referem-se a vários processos administrativos e judiciais instaurados por órgãos

públicos, inclusive pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Cetesb, pelo Ministério

Público do Estado de São Paulo e outros, que objetivam algumas obrigações de fazer e não fazer, com

previsão de multa pelo descumprimento além da imposição de indenização por danos ambientais

alegadamente causados pela Companhia. Os valores provisionados representam a melhor estimativa da

Companhia nesse momento, no entanto podem diferir do montante a ser desembolsado a título de

indenização aos danos alegados, tendo em vista a fase atual em que se encontram os referidos

processos. O acréscimo ocorrido de R$ 34.264 nos processos com expectativa de perda provável

(líquido dos depósitos judiciais) está relacionado principalmente ao complemento de estimativas dos

processos em andamento. O acréscimo de R$ 47.600 ocorrido nos processos de perda possível se deve

ao aumento do número de causas ajuizadas no ano de 2013 e ao complemento de estimativas dos

processos em andamento.

Dentre os principais casos que a Companhia está envolvida, existem quatro ações civis públicas, cujos

objetos são: a) condenar a SABESP a abster-se de lançar ou deixar cair o esgoto sem o devido

tratamento; b) investir no sistema de tratamento de água e esgoto do Município, sob pena de

pagamento de multa; c) pagamento de indenização pelos danos ambientais; dentre outros. Em 31 de

dezembro de 2013 a administração classificou parte das demandas como de provável perda, no

montante de R$ 158.135 (dezembro/2012 – R$ 127.514) e, outra parte como possível perda no

montante de R$ 124.880 (dezembro/2012 – R$ 85.081).

(vii) Processos com acordos firmados em 2013

A Companhia firmou, durante o exercício de 2013, diversos acordos judiciais e administrativos, sendo

que os principais totalizam o montante de R$ 29.460. Desse valor, R$ 28.692 está relacionado a obras

e R$ 768 relacionados às compensações ambientais, este último, registrado como “outras obrigações”,

no Balanço Patrimonial. O saldo acumulado, em 31 de dezembro de 2013, relativo a essas obrigações

ambientais totalizam o montante de R$ 15.363.

(viii) Outros processos relacionados às concessões

A Companhia é parte em processos relacionados às concessões, casos em que pode perder o direito de

explorar os serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto em alguns municípios, dentre os quais

destacamos: a) O Município de Cajobi ajuizou ação de reintegração de posse contra a SABESP, esta foi

julgada procedente para manter o Município na posse dos bens e do serviço de água e esgoto, com

expectativa de provável perda; b) O Município de Tarumã ajuizou ação cautelar contra a SABESP,

sendo que a operação está mantida, mas ainda não existe decisão definitiva, com expectativa de

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-104

possível perda; c) A Companhia ajuizou ação ordinária contra o Município de Santos, sendo que a

operação está mantida e existe decisão definitiva de 2ª instância favorável a SABESP, com expectativa

de perda remota; d) A Companhia ingressou com ação de reintegração de posse contra o Município de

Álvares Florence, a decisão de segunda instância foi desfavorável para SABESP e a operação não está

mantida, com expectativa de provável perda; e) A Companhia ajuizou Ação de Reintegração de Posse

em face do Município de Macatuba objetivando liminarmente retornar à posse das instalações afetadas

à concessão, a medida liminar foi indeferida e a operação não está mantida no Município até a presente

data, com expectativa possível perda; f) A Companhia ingressou com ação de reintegração de posse em

face do Município de Iperó, esta foi julgada improcedente em primeira e 2ª instâncias. Atualmente

aguarda aceitação dos recursos extremos, com expectativa de provável perda; g) O município de

Embaúba ajuizou ação de reintegração de posse contra a SABESP, com pedido de liminar, para mantê-

lo na posse; o pedido foi deferido e cumprido em 20 de maio de 2013. A decisão foi contestada e

interpusemos agravo de instrumento contra a decisão liminar. Tanto a ação de reintegração como a

decisão liminar aguardam julgamento, com expectativa de possível perda.

Ver informações sobre processos referente a EMAE na Nota 9 (c).

19 Benefícios a funcionários

(a) Plano de benefício assistencial

Administrado pela Fundação SABESP de Seguridade Social – SABESPREV, é constituído por planos de

saúde optativos, de livre escolha, mantidos por contribuições da patrocinadora e dos participantes, que

no exercício foram às seguintes:

. Da Companhia: 7,3% (31 de dezembro de 2012 – 7,8%) em média da folha bruta de salários;

. Dos participantes: 3,21%, sobre o salário base e gratificação, que corresponde à média de 2,2% da

folha de pagamento.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-105

(b) Planos de benefícios previdenciários

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Plano financiado – G1 (i)

Valor presente das obrigações de benefício definido

1.988.912

2.262.440

Valor justo dos ativos do plano

(1.442.164)

(1.657.608)

Passivo líquido reconhecido para obrigações de benefício definido

546.748

604.832

31 de dezembro

de 2013

31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Plano não financiado – G0 (iii)

Valor presente das obrigações de benefício definido

1.780.268

1.987.718

Passivo líquido reconhecido para obrigações de benefício definido

1.780.268

1.987.718

Passivo no balanço patrimonial – obrigações previdenciárias (*)

2.327.016

2.592.550

(*) A redução do passivo em 2013 é devida, principalmente, pelo aumento na taxa de desconto de

4,10% e 4,00% em 2012 para 6,36% e 6,46% em 2013, respectivamente, para os planos G1 e G0.

A Companhia em atendimento a IAS19, reconhece os (ganhos)/perdas no patrimônio líquido, como

ajuste de avaliação patrimonial, conforme demonstrado a seguir:

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-106

Plano G1 Plano G0 Total

Em 31 de dezembro de 2013

Ganhos/(perdas) atuariais sobre as obrigações 432.426 244.121 676.547

Ganhos/(perdas) nos ativos financeiros (312.857) - (312.857)

Outros 3.404 - 3.404

Total dos ganhos/(perdas) 122.973 244.121 367.094

Imposto de renda e contribuição social diferidos – Plano G1 (41.810) - (41.810)

Ajuste de avaliação patrimonial 81.163 244.121 325.284

Plano G1 Plano G0 Total

Em 31 de dezembro de 2012

Ganhos/(perdas) atuariais sobre as obrigações (488.956) (371.035) (859.991) Ganhos/(perdas) nos ativos financeiros 357.400 - 357.400

Total dos ganhos/(perdas) (131.556) (371.035) (502.591) Imposto de renda e contribuição social diferidos –

Plano G1 44.729 - 44.729

Ajuste de avaliação patrimonial (86.827) (371.035) (457.862)

Plano G1 Plano G0 Total

Em 31 de dezembro de 2011

Ganhos/(perdas) atuariais sobre as obrigações 57.583 94.281 151.864

Ganhos/(perdas) nos ativos financeiros 18.805 - 18.805 Outros (131) - (131)

Total dos ganhos/(perdas) 76.257 94.281 170.538

Imposto de renda e contribuição social diferidos – Plano G1 (25.896) - (25.896)

Ajuste de avaliação patrimonial 50.361 94.281 144.642

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-107

(i) Plano G1

Administrado pela Fundação Sabesp de Seguridade Social – SABESPREV, o plano de benefício

definido (“Plano G1”) recebe contribuições paritárias estabelecidas em plano de custeio do estudo

atuarial da Sabesprev que é o seguinte:

1,16% da parte do salário de participação até 20 salários unitários; e

9,88% do excesso, se houver, da parte do salário de participação sobre 20 salários unitários.

Em 31 de dezembro de 2013, a Companhia possuía um compromisso atuarial, líquido de R$ 546.748

(R$ 604.832 em 31 de dezembro de 2012) que representa a diferença entre o valor presente das

obrigações da Companhia relativamente aos participantes empregados, aposentados e pensionistas e o

valor justo dos ativos relacionados.

2013 2012

Reapresentado

Obrigação de benefício definido, início do exercício 2.262.440 1.638.220

Custo do serviço corrente 27.947 27.764

Custo dos juros 206.429 176.762

(Ganhos)/perdas atuariais contabilizados como ajuste de avaliação patrimonial (432.426) 488.956

Benefícios pagos (75.478) (69.262)

Obrigação de benefício definido, final do exercício 1.988.912 2.262.440

A movimentação do valor justo dos ativos do plano ao longo do ano é como segue:

2013 2012

Reapresentado

Valor justo dos ativos do plano, início do exercício 1.657.608 1.203.493

Rentabilidade esperada dos ativos do plano 151.139 147.548

Contribuições esperadas da Companhia 10.876 7.411

Contribuições esperadas dos participantes 10.876 11.018

Benefícios pagos (75.478) (69.262)

Ganhos/(perdas) financeiras contabilizados como ajuste de avaliação patrimonial (312.857) 357.400

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-108

2013 2012

Reapresentado

Valor justo dos ativos do plano, final do exercício 1.442.164 1.657.608

Os valores reconhecidos na demonstração do resultado são como segue:

2013 2012

2011

Custo do serviço corrente 27.947 16.746

13.462

Custo dos juros 206.429 176.762

158.069

Rentabilidade esperada dos ativos do plano (151.139) (147.548)

(111.307)

Total reconhecido na demonstração do resultado 83.237 45.960 60.224

Em 2013 as despesas relacionadas à obrigação de benefício definido nos montantes de R$ 55.781,

R$ 7.977 e R$ 19.479, foram alocadas em custos operacionais, despesas de vendas e despesas

administrativas.

Despesas previstas 2014

Custo do serviço corrente 30.072

Custo dos juros 54.850

Contribuição dos participantes (20.559)

Total da despesa adicional a reconhecer 64.363

Premissas atuariais:

2013 2012 2011

Taxa de desconto – taxa real (NTN-B) 6,36% a.a. 4,10% a.a. 5,75% p.a.

Taxa de inflação 5,80% a.a. 5,00% a.a. 5,00% p.a.

Taxa de rendimento esperada dos ativos 12,53% a.a. 9,30% a.a. 12,53% p.a.

Aumento salarial futuro 7,92% a.a. 7,10% a.a. 7,10% p.a.

Tábua de mortalidade AT-2000 AT-2000 AT-2000

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-109

O número de participantes ativos em 31 de dezembro de 2013 era de 8.885 (9.283 em 31 de dezembro

de 2012), e inativos era de 6.597 (6.328 em 31 de dezembro de 2012).

O benefício a ser pago do plano de pensão G1, esperado para o ano de 2014 é de R$ 117.491.

A análise de sensibilidade do passivo total do plano de pensão de benefício definido, em

31 de dezembro de 2013 às mudanças nas principais premissas ponderadas é:

Plano de pensão - G1 Alteração da premissa

Impacto sobre o valor

presente das obrigações de

benefício definido

Taxa de desconto Aumento de 1,0% Redução de R$ 192.978

Redução de 1,0% Aumento de R$ 231.785

Taxa de crescimento salarial Aumento de 1,0% Aumento de R$ 62.785

Redução de 1,0% Redução de R$ 53.478

Expectativa de vida Aumento de 1 ano Aumento de R$ 34.209

Redução de 1 ano Redução de R$ 37.988

Ativos do plano

As políticas e estratégias de investimento do plano têm como objetivo obter retornos condizentes e

reduzir os riscos associados a utilização de ativos financeiros disponíveis no Mercado de Capitais por

meio da diversificação, considerando fatores tais como as necessidades de liquidez e a natureza de

longo prazo do passivo do plano, tipos e disponibilidade dos instrumentos financeiros no mercado

local, condições e previsões econômicas gerais, assim como exigências estipuladas pela legislação. A

alocação dos ativos do plano e as estratégias de seu gerenciamento são determinadas com o apoio de

relatórios e análises preparados pela SABESPREV e consultores financeiros independentes:

31 de dezembro

de 2013 31 de dezembro

de 2012

Renda fixa

- NTNB's 712.017 772.882

- NTNC's 132.265 214.894

- NTNF's 5.858 6.835

Titulos públicos em carteira própria (a) 850.140 994.611

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-110

31 de dezembro

de 2013 31 de dezembro

de 2012

Cotas de fundos de renda fixa (b) 80.931 148.005

Cotas de fundos de investimento em crédito privado (c) 78.034 79.852

Total renda fixa 1.009.105 1.222.468

Renda variável

Cotas de fundos de investimento em ações (d) 259.717 226.123

Total renda variável 259.717 226.123

Investimentos estruturados

Cotas de fundos de investimento em participações (e) 76.338 67.867

Cotas de fundos de investimento imobiliários (f) 40.220 77.876

Cotas de fundos de investimento multimercados (g) 25.806 44.590

Total investimentos estruturados 142.364 190.333

Outros (h) 30.978 18.684

Valor justo dos ativos do plano 1.442.164 1.657.608

(a) Renda fixa: composta por títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, que vão de 2017 a

2050. Esses papeis tem como indexador os seguintes índices: NTN-b indexado pelo IPCA, NTN-c

indexado pelo IGPM e NTN-f que tem indexador pré-fixado.

(b) Cotas de Fundo de Renda Fixa: Fundos de investimentos que buscam retorno em ativos de

renda fixa e devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados diretamente,

sintetizados via derivativos, ao fator de risco.

(c) Cotas de Fundos de Investimento em Crédito Privado: Fundos que buscam retorno por meio

de aquisição de operações representativas de dívidas corporativas ou de carteira de recebíveis

pulverizadas (diretos ou títulos), originadas e vendidas por diversos cedentes, que antecipam recursos e

têm como de lastros recebíveis de atividades empresariais diversas.

(d) Renda variável: Fundo de ações, composto por ações de empresas brasileiras listadas na

BM&FBovespa.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-111

(e) Cotas de Fundos de Investimento em Participações: Constituído em forma de condomínio

fechado. Os recursos sob sua administração são destinados à aquisição de ações, debêntures, bônus de

subscrição ou outros títulos e valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de

companhias, abertas ou fechadas.

(f) Cotas de Fundos de Investimento Imobiliários: Fundos que investem em empreendimentos

imobiliários (edifícios comerciais, shopping centers, hospitais, etc). O retorno do capital investido se dá

por meio da distribuição de resultados do Fundo ou pela venda das suas cotas no Fundo.

(g) Cotas de Fundos de Investimento Multimercados: Podem ser classificados como

Multimercados Referenciados DI ou Multimercado Long & Short, buscam retorno básico do CDI ou

arbitragem em ações, respectivamente.

(h) Outros: basicamente formado por empréstimos e imóveis.

As restrições a respeito dos investimentos da carteira de ativos, no caso de títulos do governo federal

são:

i) papéis securitizados pelo Tesouro Nacional não serão permitidos;

ii) exposição a flutuações na taxa de câmbio não serão permitidas, na carteira e os derivativos só devem

ser utilizados para proteção contra a exposição existente.

As restrições a respeito dos investimentos da carteira de ativos, no caso de títulos de renda variável

para gerenciamento interno, são como segue:

i) operações de day-trade não serão permitidas;

ii) é proibida a venda de ações a descoberto;

iii) são proibidas operações de swap sem garantia;

iv) não será permitida a alavancagem, i.e., operações com derivativos que representam uma

alavancagem do ativo ou venda a descoberto, tais operações não podem resultar em perdas maiores que

os valores investidos.

A SABESPREV não possui em sua carteira de investimentos, títulos de renda fixa, emitidos pela

Companhia, em 31 de dezembro de 2013 e 2012. Os imóveis mantidos em carteira não são usados pela

Companhia.

Os ativos do plano renderam 7,4% em 2013 e 16,7% em 2012. Essa variação foi caracterizada,

principalmente, pelas dificuldades trazidas ao mercado de capitais brasileiro, como consequência dos

ambientes macroeconômicos – interno (combinação de baixo crescimento e o ciclo de alta da taxa

básica de juros) e externo (recuperação da economia americana, num patamar acima do esperado e a

percepção de que as economias da zona do Euro deixaram de piorar), que fizeram com que os preços

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-112

dos ativos tivessem uma significativa perda de valor.

As contribuições da Companhia e dos participantes ao Plano G1 para o exercício findo em 31 de

dezembro de 2013 foi de R$ 18.348 (Dezembro/2012 – R$ 7.411) e R$ 18.416 (Dezembro/12 – R$

8.935), respectivamente.

A Companhia e a Sabesprev estão em processo de negociação para que o déficit atuarial seja

equacionado, mediante a continuidade da migração do Plano BD para o Plano Sabesprev Mais. A

Administração estima reduzir o déficit atuarial em decorrência da mudança dos referidos planos.

(ii) Plano de benefício previdenciário – Contribuição definida

Em 31 de dezembro de 2013, o Plano Sabesprev Mais, modelado em contribuição definida tinha 5.627

participantes entre ativos e assistidos.

Para o Plano Sabesprev Mais, as contribuições da patrocinadora corresponderão ao resultado obtido

com a aplicação de um percentual de 100% sobre a contribuição básica efetuada pelo participante.

No Plano Sabesprev Mais, o montante de compromisso apurado para todos os participantes que

migraram até 31 de dezembro de 2013, foi de R$ 10.613 (dezembro/2012 – R$ 12.441) referentes a

participantes ativos. A Companhia efetuou contribuições no montante R$ 8.446, no exercício de 2013

(dezembro/2012 – R$ 7.496).

(iii) Plano G0

De acordo com a Lei Estadual nº 4819/58, funcionários que prestaram serviços antes de maio de 1974 e

foram aposentados como funcionários da Companhia adquiriram o direito de receber pagamentos

complementares às aposentadorias e pensões pagas dentro do Plano G0. A Companhia paga a

complementação dessas aposentadorias e pensões em nome do Governo do Estado e busca o reembolso

desses valores, que são registrados como contas a receber de acionista, limitando-se aos valores

considerados praticamente certos que serão reembolsados pelo Governo do Estado. Em 31 de

dezembro de 2013, a obrigação de benefício definido para o Plano G0 era de R$ 1.780.268

(dezembro/2012 - R$ 1.987.718).

2013 2012

Reapresentado

Obrigação de benefício definido, início do exercício 1.987.718 1.581.600

Custo dos juros e serviço corrente 176.766 167.787

(Ganhos)/perdas atuariais contabilizados como ajuste de avaliação patrimonial (244.121) 371.035

Benefícios pagos (140.095) (132.704)

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-113

Obrigação de benefício definido, final do exercício 1.780.268 1.987.718

Valores reconhecidos na demonstração de resultado:

2013 2012

2011

Custo do serviço corrente 296 400

548

Custo dos juros 176.470 167.387

161.718

Total 176.766 167.787

162.266

Em 2013 a despesa relacionada à obrigação de benefício definido nos termos do Plano G0 foi registrada em Despesas Administrativas.

Despesas previstas 2014

Custo dos juros 224.931

Total da despesa adicional a reconhecer 224.931

Principais premissas atuariais utilizadas:

2013 2012 2011

Taxa de desconto – taxa real (NTN-B) 6,46% a.a. 4,00% a.a. 5,75% p.a.

Taxa de inflação 5,80% a.a. 5,00% a.a. 5,00% p.a.

Aumento salarial futuro 7,92% a.a. 7,10% a.a. 7,10% p.a.

Tábua de mortalidade AT-2000 AT-2000 AT-2000

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-114

O número de participantes ativo do plano G0 em 31 de dezembro de 2013 é de 24 (27 em 31 de

dezembro de 2012) e o número de participantes assistidos e pensionistas em 31 de dezembro de 2013 é

de 2.412 (2.318 em 31 de dezembro de 2012).

O benefício a ser pago do plano de pensão G0, esperado para o ano de 2014 é de R$ 149.728.

A análise de sensibilidade do passivo total do plano de pensão de benefício definido, em 31 de dezembro de 2013 às mudanças nas principais premissas ponderadas é:

Plano de pensão – G0 Alteração da premissa

Impacto sobre o valor

presente das

obrigações de benefício

definido

Taxa de desconto Aumento de 1,0% Redução de R$ 145.899

Redução de 1,0% Aumento de R$ 170.444

Taxa de crescimento salarial Aumento de 1,0% Aumento de R$ 176.960

Redução de 1,0% Redução de R$ 152.934

Expectativa de vida Aumento de 1 ano Aumento de R$ 59.817

Redução de 1 ano Redução de R$ 62.843

(c) Participação nos resultados

Com base nas negociações realizadas entre a Companhia e as entidades representativas de classe

funcional, foi implementado o Programa de Participação nos Resultados, considerando o período de

janeiro a dezembro de 2013, com a distribuição do valor correspondente de até uma folha de

pagamento, mediante o estabelecimento de metas. No ano de 2013 o montante foi de R$ 68.495 (2012

– R$ 60.479).

20 Serviços a pagar

Na conta de serviços, são registrados os saldos a pagar principalmente relativos aos serviços recebidos

de terceiros, tais como fornecimento de energia elétrica, serviços de leitura de hidrômetros e entrega de

faturas de água e esgoto, serviços de limpeza, vigilância e segurança, cobrança, assessoria jurídica,

auditoria, publicidade e propaganda, consultorias entre outros. Também são registrados os valores a

pagar de participação na receita da Prefeitura Municipal de São Paulo (Nota 13 (v)). Os saldos em 31 de

dezembro de 2013 e 2012 era de R$ 323.208 e R$ 389.091, respectivamente.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-115

21 Patrimônio líquido

(a) Capital autorizado

A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de R$ 10.000.000

(dezembro/2012 – R$ 10.000.000), mediante deliberação do Conselho de Administração e ouvido o

Conselho Fiscal.

Em caso de aumento do capital social, emissão de debêntures conversíveis e/ou bônus de subscrição

mediante subscrição particular, os acionistas terão direito de preferência na proporção do número de

ações que possuírem na ocasião, observado o disposto no Artigo 171 da Lei nº 6.404/76.

(b) Capital social subscrito e integralizado

O capital social subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2013 é composto de 683.509.869 ações

ordinárias (dezembro/2012 – 683.509.869, após desdobramento informado abaixo), escriturais,

nominativas, sem valor nominal, assim distribuídas:

Houve aumento de ações devido ao desdobramento de ações em 22 de abril de 2013.

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Número de

ações % Número de

ações (**) %

Secretaria da Fazenda 343.524.258 50,26% 343.524.258 50,26%

Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia 174.076.755 25,47% 172.570.122 25,25%

The Bank Of New York ADR Department (equivalente em ações) (*) 165.291.202 24,18% 166.806.858 24,40%

Outros 617.654 0,09% 608.631 0,09%

683.509.869 100,00% 683.509.869 100,00%

(*) cada ADR corresponde a 1 ação.

(**) quantidade reapresentada devido ao desdobramento ocorrido em 22 de abril de 2013.

(c) Remuneração aos acionistas

Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido, ajustado de acordo

com a legislação societária. Sobre os dividendos aprovados não incidem juros, e os montantes não

reclamados dentro de 3 anos da data da Assembleia Geral que os aprovou prescreverão em favor da

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-116

Companhia.

2013 2012 2011

Lucro líquido do exercício 1.923.559 1.911.900 1.380.946

Reconhecimento de passivo atuarial IAS 19 - - (157.527)

Lucro líquido do exercício - publicado 1,923,559 1,911,900 1.223.419

(-) Reserva legal - 5% (96.178) (95.595) (61.171)

1.827.381 1.816.305 1.162.248

Dividendo mínimo obrigatório – 25% (R$ 0,67, R$ 0,66 e R$ 0,43 em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, respectivamente, por ação e por ADS) 456.845 454.076 290.562

Foi aprovado pela Assembleia Geral de Acionistas, em 22 de abril de 2013, a distribuição de dividendos na forma de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 534.277, relativo ao exercício de 2012. Dessa forma, o valor de R$ 80.201, relativo ao excedente aos dividendos mínimos obrigatórios de 25%, estabelecido no estatuto, registrado no patrimônio líquido de 2012 na rubrica “Dividendos adicionais propostos” foi transferido para o passivo circulante, sendo que tais valores foram pagos em junho de 2013. Os juros de R$ 498.684, líquidos do imposto de renda na fonte, de R$ 35.593, totalizaram R$ 534.277. A Companhia propôs “ad referendum” da Assembleia Geral de Acionistas de 2014, dividendos na forma de juros sobre o capital próprio no montante de R$ 456.845, correspondentes a R$ 0,6684 por ação ordinária, líquidos do imposto de renda na fonte, de R$ 37.758, a serem referendados na Assembleia Geral em 30 de abril de 2014. A Companhia registrou dividendos a pagar na forma de juros sobre o capital próprio no valor de R$ 456.845, considerando o limite mínimo estabelecido no estatuto. O montante excedente ao valor do dividendo mínimo obrigatório devido no exercício, de R$ 80.620 foi reclassificada dentro do Patrimônio Líquido para a conta de “Dividendos adicionais propostos”, neste montante está considerado o valor do imposto de renda na fonte de R$ 37.758. De acordo com a Deliberação CVM nº 207/1996, a Companhia imputou os juros sobre o capital próprio ao dividendo mínimo, pelo seu valor líquido do imposto de renda na fonte. O valor de R$ 37.758 referente ao imposto de renda na fonte foi reconhecido no passivo circulante, para cumprir com as obrigações fiscais relativos ao crédito do juros sobre o capital próprio. O saldo a pagar em 31 de dezembro de 2013 de R$ 456.845 é líquido do imposto de renda retido na fonte.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-117

(d) Reserva de capital

A reserva de capital compreende incentivos fiscais e doações recebidas pela Companhia e que poderá ser utilizada apenas para aumento de capital. (e) Reserva legal

Reserva de lucros - reserva legal: é constituída pela alocação de 5% do lucro líquido do exercício até o limite de 20% do capital social. A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital exceder de 30% do capital social. A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. Além disso, tal reserva não pode ser utilizada para pagamento de dividendos.

(f) Reserva de investimentos

Reserva de lucros - reserva para investimentos: é constituída especificamente da parcela correspondente aos recursos próprios que serão destinados à ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, baseado em orçamento de capital aprovado pela Administração. Em 31 de dezembro de 2013, 2012 e 2011, o saldo da reserva para investimentos era de R$ 5.980.535, R$ 4.690.619 e R$ 3.408.591, respectivamente. De acordo com o disposto no parágrafo quarto do Artigo 28 do estatuto social, o Conselho de

Administração poderá propor à assembleia geral que o saldo remanescente do lucro do exercício, após

dedução da reserva legal e do dividendo mínimo obrigatório, seja destinado à constituição de uma

reserva de investimentos que obedecerá os seguintes critérios:

I- seu saldo, em conjunto com o saldo das demais reservas de lucros, exceto as reservas para

contingências e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social;

II- a reserva tem por finalidade assegurar o plano de investimentos e seu saldo poderá ser

utilizado:

a) na absorção de prejuízos, sempre que necessário;

b) na distribuição de dividendos, a qualquer momento;

c) nas operações de resgate, reembolso ou compra de ações, autorizadas por lei;

d) na incorporação ao capital social.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-118

(g) Destinação do lucro do exercício

2013

Lucro líquido

(+) Lucro do exercício 1.923.559

(-) Reserva legal – 5% 96.178

(-) Dividendos mínimos obrigatórios 456.845

(-) Dividendos adicionais propostos 80.620

Reserva de investimentos constituída em 2013 1.289.916

A Administração encaminhará para aprovação da assembleia geral proposta para a transferência dos

saldos de lucros acumulados, no valor de R$ 1.289.916 para a conta de Reserva para Investimentos,

para fazer face às necessidades de investimentos prevista no Orçamento de Capital. Juntamente,

encaminhará a proposta de capitalização de parte da reserva de lucros no valor de R$ 3.672.057, em

função desta exceder o valor do capital social em 31 de dezembro de 2013. Além disso será proposta a

capitalização integral da reserva de capital no montante de R$ 124.255.

Após a capitalização de parte da reserva de lucros e do total da reserva de capital, a ser ainda aprovada

pela Assembleia Geral, o capital social passará a ser de R$ 10.000.000.

(h) Lucros acumulados

Lucros acumulados: o saldo estatutário desta conta é zero, pois todo lucro acumulado deve ser

destinado ou alocado para uma reserva de lucro.

(i) Ajuste de avaliação patrimonial

Os ganhos e perdas decorrentes de mudanças nas premissas atuariais são contabilizados como ajuste

de avaliação patrimonial, líquidos dos efeitos do imposto de renda e contribuição social. Ver na Nota 19

(b) a divulgação da composição dos valores contabilizados em 2013 e 2012.

22 Lucro por ação

Básico e diluído

O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia,

pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação durante o exercício. A Companhia

não possui potenciais ações ordinárias em circulação, como por exemplo, dívida conversível em ações

ordinárias. Assim, o lucro básico e o diluído por ação são iguais.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-119

2013

2012

Reapresentado

2011

Reapresentado

Lucro atribuível aos acionistas da Companhia 1.923.559 1.911.900 1.380.946

Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas 683.509.869 683.509.869 (*) 683.509.869

Lucro básico e diluído por ação (reais por ação) 2,81 2,80 2,02

(*) Quantidade reapresentada devido ao desdobramento ocorrido em 22 de abril de 2013.

23 Informações por segmento de negócios

A administração da Companhia, composta pelo Conselho de Administração e Diretoria Colegiada,

definiu os segmentos operacionais utilizados para a tomada de decisões estratégicas como prestação de

serviço de água e esgoto.

(i) Resultado

2013

Água Esgoto

Reconciliação para as

Demonstrações Financeiras

Saldo conforme Demonstrações

Financeiras

Receita operacional bruta clientes externos 5.276.056 4.263.965 2.444.735 11.984.756

Deduções da receita bruta (370.091) (299.098) - (669.189)

Receita operacional líquida clientes externos 4.905.965 3.964.867 2.444.735 11.315.567

Custos, despesas com vendas e administrativas (3.512.559) (2.275.437) (2.394.487) (8.182.483)

Lucro operacional antes das outras despesas operacionais líquidas e equivalência patrimonial 1.393.406 1.689.430 50.248 3.133.084

Outras receitas / (despesas) operacionais líquidas 3.296

Equivalência patrimonial 2.465

Resultado financeiro, líquido (483.246)

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-120

2013

Água Esgoto

Reconciliação para as

Demonstrações Financeiras

Saldo conforme Demonstrações

Financeiras

Lucro operacional antes dos impostos 2.655.599

Depreciação e amortização 461.426 409.647 - 871.073

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-121

2012

Reapresentado

Água Esgoto

Reconciliação para as

Demonstrações Financeiras

Saldo conforme Demonstrações

Financeiras

Receita operacional bruta clientes externos 4.944.257 3.982.480 2.464.482 11.391.219

Deduções da receita bruta (362.003) (291.585) - (653.588)

Receita operacional líquida clientes externos 4.582.254 3.690.895 2.464.482 10.737.631

Custos, despesas com vendas e administrativas (3.406.588) (2.043.582) (2.414.410) (7.864.580)

Lucro operacional antes das outras receitas / (despesas) operacionais líquidas e equivalência patrimonial 1.175.666 1.647.313 50.072 2.873.051

Outras despesas operacionais líquidas (23.175)

Equivalência patrimonial (6.532)

Resultado financeiro, líquido (295.672)

Lucro operacional antes dos impostos 2.547.672

Depreciação e amortização 403.980 334.545 - 738.525

2011

Reapresentado

Água Esgoto

Reconciliação para as

Demonstrações Financeiras

Saldo conforme Demonstrações

Financeiras

Receita operacional bruta clientes externos 4.607.160 3.697.883 2.224.633 10.529.676

Deduções da receita bruta (334.083) (268.148) - (602.231)

Receita operacional líquida clientes externos 4.273.077 3.429.735 2.224.633 9.927.445

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-122

2011

Reapresentado

Água Esgoto

Reconciliação para as

Demonstrações Financeiras

Saldo conforme Demonstrações

Financeiras

Custos, despesas com vendas e administrativas (3.206.338) (1.938.203) (2.177.045) (7.321.586)

Lucro operacional antes das outras receitas / (despesas) operacionais líquidas e equivalência patrimonial 1.066.739 1.491.532 47.588 2.605.859

Outras despesas operacionais líquidas (90.253)

Equivalência patrimonial (3.584)

Resultado financeiro, líquido (633.018)

Lucro operacional antes dos impostos 1.879.004

Depreciação e amortização 415.028 353.676 - 768.704

Explicação para os itens de reconciliação para as Demonstrações Financeiras: Os impactos na receita

operacional bruta e nos custos são como segue:

2013

2012

Reapresentado

2011

Reapresentado

Receita bruta de construção referente ao IFRIC 12 (a)

2.444.735 2.464.482 2.224.633

Custo de construção referente ao IFRIC 12 (a)

2.394.487 2.414.410 2.177.045

Margem de construção

50.248 50.072 47.588

(a) A receita de construção é reconhecida conforme IAS 11, “Contratos de Construção” usando o

método de execução percentual. Vide Nota 13 (c) e (g).

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-123

(ii) Intangível

Os ativos correspondentes aos segmentos reportados apresentam-se conciliados com o total do ativo

intangível, conforme segue:

31 de dezembro de 2013 31 de dezembro de 2012

Reapresentado

Ativo intangível:

Serviços de água 9.741.582 9.126.097

Serviços de esgoto 12.298.412 11.199.727

Ativos dos segmentos reportados 22.039.994 20.325.824

Outros intangíveis 1.806.237 1.641.702

Total do intangível 23.846.231 21.967.526

Não há passivo alocado aos segmentos reportados.

24 Receitas operacionais

(a) Receita de serviços de água e esgoto:

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Região Metropolitana de São Paulo 6.984.364 6.625.041 6.144.669

Sistemas Regionais (i) 2.555.657 2.301.696 2.160.374

Total (ii) 9.540.021 8.926.737 8.305.043

(i) Compreende os municípios operados no interior e litoral do Estado de São Paulo.

(ii) A receita de serviços de água e esgoto, apresentou um acréscimo de 6,9% em 31 de dezembro de

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-124

2013 quando comparado ao exercício de 2012. O volume faturado cresceu 2,8% em 31 de dezembro

de 2013 e o impacto do reajuste tarifário do ano de 2013 sobre 2012 foi de 5,65% .

(b) Reconciliação da receita operacional bruta para a receita operacional líquida:

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Receita de serviços de água e esgoto 9.540.021 8.926.737 8.305.043

Receitas de construção (Nota 13 (c)) 2.444.735 2.464.482 2.224.633

Impostos sobre vendas (669.189) (653.588) (602.231)

Receita líquida 11.315.567 10.737.631 9.927.445

25 Custos e despesas operacionais

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Custos operacionais

Salários e encargos 1.348.933 1.224.335 1.131.774

Obrigações previdenciárias 59.237 36.480 49.374

Custos de construção (Nota 13 (c)) 2.394.487 2.414.410 2.177.045

Materiais gerais 179.771 169.096 147.268

Materiais de tratamento 240.730 177.453 154.748

Serviços de terceiros 786.515 724.478 668.138

Energia elétrica 551.630 588.183 582.410

Despesas gerais 444.663 400.446 368.932

Depreciação e amortização 810.297 715.070 739.043

6.816.263 6.449.951 6.018.732

Despesas com vendas

Salários e encargos 215.083 198.762 194.747

Obrigações previdenciárias 8.470 6.054 7.942

Materiais gerais 6.995 8.313 7.703

Serviços de terceiros 208.943 205.393 201.941

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-125

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Energia elétrica 557 629 622

Despesas gerais 82.470 77.848 78.654

Depreciação e amortização 10.721 8.017 7.435

Provisão para créditos de liquidação duvidosa, líquida dos recuperados (Nota 8 (c)) 103.864 192.236 120.260

637.103 697.252 619.304

Despesas administrativas

Salários e encargos 176.845 168.514 157.704

Obrigações previdenciárias 118.600 104.717 105.070

Materiais gerais 6.700 4.374 4.142

Serviços de terceiros 116.735 145.673 123.500

Energia elétrica 694 1.175 1.047

Despesas gerais 183.874 209.191 208.365

Depreciação e amortização 50.055 15.438 22.226

Despesas fiscais 75.614 68.295 61.496

729.117 717.377 683.550

Custos e despesas operacionais

Salários e encargos 1.740.861 1.591.611 1.484.225

Obrigações previdenciárias 186.307 147.251 162.386

Custos de construção (Nota 13 (c)) 2.394.487 2.414.410 2.177.045

Materiais gerais 193.466 181.783 159.113

Materiais de tratamento 240.730 177.453 154.748

Serviços de terceiros 1.112.193 1.075.544 993.579

Energia elétrica 552.881 589.987 584.079

Despesas gerais 711.007 687.485 655.951

Depreciação e amortização 871.073 738.525 768.704

Despesas fiscais 75.614 68.295 61.496

Provisão para créditos de liquidação duvidosa, líquida dos recuperados (Nota 8 (c)) 103.864 192.236 120.260

8.182.483 7.864.580 7.321.586

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-126

26 Receitas e despesas financeiras

2013

2012

Reapresentado

2011

Reapresentado

Despesas financeiras

Juros e demais encargos sobre empréstimos e financiamentos - moeda nacional (294.729) (304.736) (354.813)

Juros e demais encargos sobre empréstimos e financiamentos - moeda estrangeira (84.648) (87.800) (79.816)

Outras despesas financeiras (i) (62.882) (33.860) (21.578)

Imposto de renda sobre remessa ao exterior (10.662) (11.660) (9.795)

Variação monetária sobre empréstimos e financiamentos (ii) (72.657) (34.599) (48.879)

Variação monetária sobre déficit incentivo Sabesprev mais (iii) (1.334) (1.525) (1.794)

Outras variações monetárias (iv) (5.731) (6.657) (41.449)

Juros e variações monetárias sobre provisões (70.267) (97.393) (143.765)

Total de despesas financeiras (602.910) (578.230) (701.889)

Receitas financeiras

Variações monetárias ativas (v) 85.245 66.497 89.351

Rendimento de aplicações financeiras 151.106 162.928 271.847

Juros e outras (vi) 149.759 103.704 104.555

Total de receitas financeiras 386.110 333.129 465.753

Financeiras, líquidas antes das variações cambiais (216.800) (245.101) (236.136)

Variações cambiais

Variação cambial sobre empréstimos e financiamentos (vii) (267.835) (50.523) (382.305)

Outras variações cambiais (6) (43) (96)

Variação cambial ativa 1.395 (5) (14.481)

Variações cambiais, líquidas (266.446) (50.571) (396.882)

Financeiras líquidas (483.246) (295.672) (633.018)

(i) Essa variação é decorrente, principalmente, do juros do contrato da Parceria Público-

Privada do Sistema Produtor Alto Tietê – CAB – Sistema Produtor Alto Tietê S/A no

montante de R$ 32.198 em 2013.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-127

(ii) A variação da conta é decorrente, principalmente, do aumento no estoque da dívida

indexada ao IPCA em razão da captação da 17ª Emissão de Debêntures. Essa variação

monetária é decorrente das mudanças nos indexadores definidos nos contratos de

empréstimos e financiamentos, tais como, UPR, IPCA, CDI e TJLP, que foram de 0,2%,

5,9%, 9,8% e 5,0%, respectivamente, em 2013. (0,3%, 5,8%, 6,9% e 5,5%, respectivamente,

em 2012 e 1,2%, 6,5%, 10,9% e 6,0%, respectivamente, in 2011). As exposições a essas

taxas são demonstradas na Nota 4.3.1.

(iii) Essa variação monetária é decorrente da mudança no indexador INPC (Índice Nacional de

Preços ao Consumidor), que foi de 5,6% em 2013 (6,2% em 2012 e 6,1% em 2011), e que é

utilizado para corrigir o saldo do compromisso da SABESP com relação ao déficit do plano

de pensão Sabesprev mais.

(iv) Outras despesas com variações monetárias são substancialmente atualização dos passivos

referente aos compromissos de investimentos exigidos pelas parcerias público-privada e

principalmente, contratos de programa que são indexados por IPC e IPCA que foram de

3,9% e 5,9% em 2013, 5,1% e 5,8% em 2012 e 6,4% e 6,5% em 2011, respectivamente.

(v) Essas variações monetárias são decorrentes das contas/faturas do contas a receber em

atraso que são atualizadas dependendo da data do pagamento, pelos indexadores IPCA

(5,9% em 2013, 5,8% em 2012 e 6,5% em 2011) ou IPC-FIPE (Índice de Preços ao

Consumidor, 3,9% em 2013, 5,1% em 2012 e 5,8% em 2011), e dos depósitos judiciais, que

são atualizados pelo índice definido pelo judiciário brasileiro que teve uma variação de

5,6% em 2013, 6,0% em 2012 e 6,2% em 2011.

(vi) A variação da conta é decorrente, principalmente, da aplicação de juros sobre acordos e

parcelamentos.

O acréscimo na variação cambial sobre empréstimos e financiamentos é decorrente,

principalmente, de maior valorização do dólar norte-americano frente ao real no ano de 2013,

em 14,6%, quando comparada com a valorização de 8,9% apresentada em 2012 (desvalorização

de 12,6% do real frente ao dólar norte-americano em 2011).

27 Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Outras receitas operacionais líquidas 57.382 68.364 72.386

Outras despesas operacionais (i) (54.086) (91.539)

(162.639)

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-128

2013 2012

Reapresentado 2011

Reapresentado

Outras receitas (despesas) operacionais líquidas 3.296 (23.175)

(90.253)

As outras receitas operacionais compõem-se, de lucro nas vendas do ativo imobilizado, vendas de

editais, indenizações e ressarcimento de despesas, multas e cauções, locação de imóveis, água de reuso,

projetos e serviços do Pura.

As outras despesas operacionais compõem-se, da baixa de bens do ativo imobilizado por obsolescência,

obras desativadas, poços improdutivos, projetos economicamente inviáveis, perda do ativo

imobilizado.

(i) A variação refere-se principalmente à provisão para perdas do município de Diadema e reconhecida

em 2012 no montante de R$ 60.295. Em 2013, refere-se a registro de baixa de bens, em função de

substituição de ligações, antigas por novas, de água e esgoto no montante de R$ 17.851.

28 Compromissos

A Companhia possui contratos para a administração e manutenção de suas atividades, bem como,

contratos para construção de novos empreendimentos, visando atingir os objetivos propostos em seu

plano de metas. Abaixo os principais valores compromissados em 31 de dezembro de 2013:

1 ano 1-3 anos 3-5 anos

Mais de

5 anos Total

Obrigações contratuais -

Despesas 1.211.431 882.827 50.658 3.785.112 5.930.028

Obrigações contratuais -

Investimentos 1.407.541 1.616.823 124.561 2.186.389 5.335.314

Total 2.618.972 2.499.650 175.219 5.971.501 11.265.342

O principal compromisso se refere a PPP São Lourenço, vide Nota 13 (j).

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-129

29 Informações suplementares aos fluxos de caixa

2013

2012

Reapresentado

2011

Reapresentado

Total das adições do intangível conforme Nota 13

2.750.319

2.651.018

2.425.243

Itens que não afetaram o caixa (ver composição abaixo)

(445.288)

(642.319)

(368.487)

Total das adições no intangível conforme demonstração do fluxo de caixa

2.305.031

2.008.699

2.056.756

Transações de investimentos e financiamentos que afetaram o intangível,

mas não envolveram caixa:

Juros capitalizados no período

205.012

283.016

261.900

Empreiteiros

(4.887)

67.631

(33.936)

Compromissos de contratos de programas

28.197

75.434

43.325

Arrendamento Mercantil

166.718

166.166

49.609

Margem de construção

50.248

50.072

47.589

Total

445.288

642.319

368.487

30 Eventos subsequentes

(a) Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água da Sabesp

Após ser aprovado em caráter emergencial pela ARSESP por meio da Deliberação 469/2014, a SABESP

adotou um incentivo econômico para estimular moradores da Grande São Paulo a reduzir o consumo

de água. A medida foi adotada por causa do calor recorde e da inédita falta de chuvas no Sistema

Cantareira, que está em nível crítico e abastece quase 10 milhões de pessoas.

Os clientes que reduzirem em pelo menos 20% o consumo médio de um período de 12 meses: de

fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, irão receber desconto de 30% na conta. Esse abatimento será

aplicado sobre um valor menor, já que a diminuição no consumo resultará em uma fatura mais barata

para a aplicação do benefício.

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-130

A medida vale para residências, comércios e indústrias abastecidos pelo Sistema Cantareira: toda a

zona norte e o centro de São Paulo, parte das zonas leste e oeste da capital, Barueri, Caieiras,

Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba. Em

Guarulhos e São Caetano do Sul, também atendidos pelo Cantareira, a distribuição é responsabilidade

das prefeituras, que compram água da SABESP. Caberá aos serviços municipais a decisão sobre a

concessão do incentivo.

O benefício terá validade para as contas dos meses de referência de fevereiro a agosto, que chegarão aos

consumidores de março a setembro. Para Santana de Parnaíba, a medida será aplicada nos meses de

referência de março a agosto, com a chegada da fatura entre abril e setembro.

No entanto, em abril de 2014 o programa de incentivo à redução do consumo de água foi prorrogado

até o final de 2014 e para toda a região metropolitana de São Paulo ou até que o nível de água nos

reservatórios seja normalizado. Em função da seca e do baixo volume de água no Sistema Cantareira, o

Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) e a Agência Nacional de

Águas (ANA) determinaram que, desde 10 de março de 2014, somos obrigados, temporariamente, a

restringir a vazão de água captada do Sistema Cantareira de 33 m³/s para 27.9 m³/s. Para suprir essa

menor disponibilidade de água e continuar abastecendo a população, nós estamos realizando uma

ampliação do uso da água de outros mananciais. Isso pode levar a um aumento nos custos para servir

os consumidores da região metropolitana de São Paulo. Se a situação dos reservatórios atingidos pela

seca não melhorar, podemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas.

(b) Revisão Tarifária - ARSESP

A ARSESP - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo, por meio de sua

Deliberação nº 463, de 09 de janeiro de 2014, alterou o cronograma para desenvolvimento das etapas

D2, D3, D4 e D5 constantes da Deliberação ARSESP nº 434, de 31/10/2013, referente à primeira

Revisão Tarifária da SABESP, e definiu como 10 de abril de 2014 a data da publicação do Preço -

Máximo Inicial (P0) e Fator de Eficiência (Fator X) definitivo, para o ciclo tarifário iniciado em 11 de

agosto de 2012, estabelecendo as seguintes datas para as etapas remanescentes:

i. Etapa D2 - Divulgação pela ARSESP das propostas para o Preço Máximo Inicial (P0) e Fator de

Eficiência (Fator X) definitivo, e abertura de consulta pública com convocação de audiência pública em

11/02/2014;

ii. Etapa D3 - Realização de Audiência Pública em 12/03/2014 e encerramento da Consulta Pública

prorrogada para 19/03/2014, conforme noticiado em seu sítio na internet;

iii. Etapa D4 - Publicação dos resultados relativos ao Preço Máximo Inicial (P0) e Fator de Eficiência

(Fator X) definitivo e do relatório consubstanciado sobre as contribuições da consulta pública em

10/04/2014; e

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-131

iv. Etapa D5 - Publicação do cronograma para definição e implantação da nova Estrutura Tarifária da

SABESP em 10/04/2014.

Em 17 de abril de 2014, a ARSESP publicou a Deliberação nº 484, que entre outros (i) estabelece que, a

partir de 11 de maio de 2014, um índice de reposicionamento tarifário de 5,4408% em relação às nossas

tarifas vigentes e um fator de eficiência anual (Fator X) de 0,9386%, a ser deduzido nos próximos

reajustes tarifários anuais, deverá ser aplicado às contas de água dos clientes, (ii) permite a nós aplicar

o índice de reposicionamento decorrente da revisão tarifária em data futura mais oportuna,

procedendo-se ao recálculo e à atualização monetária dos valores aplicáveis, de forma a assegurar

nosso equilíbrio econômico-financeiro, levando-se em conta a situação atípica em nosso mercado,

devido à escassez hídrica e nossas medidas para estimular a economia de água a fim de assegurar o

abastecimento, (iii) estabelece que os próximos reajustes tarifários anuais ocorrerão em 11 de abril de

2015 e em 11 de abril de 2016, com a próxima revisão tarifária em 11 de abril de 2017, (iv) ratifica as

regras de reajuste previstas na Deliberação 406 (descrita acima), e atualiza o Fator X para o ciclo

tarifário de 0,836% para 0,9386%. A estrutura tarifária vigente será mantida para os nossos serviços

até que a nova estrutura seja aprovada pela ARSESP e implementada. Considerando o que estabelece a

Deliberação nº 484, decidimos postergar a aplicação do índice de reposicionamento tarifário para uma

data oportuna até, no máximo, o final de dezembro de 2014.

(c) Assinatura de contrato de prestação de serviços com o Município de Diadema.

Foram assinados, em 18 de março de 2014, (i) acordos judiciais nas ações promovidas pela Sabesp contra o Município de Diadema e a Saned - empresa municipal, e (ii) contrato para a prestação de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Município de Diadema, com vigência de 30 anos a partir da data da assinatura do contrato, podendo ser prorrogado por igual período, mediante celebração dos competentes termos aditivos, nos termos da lei. A ARSESP autorizará as tarifas e homologará a tabela de preços proposta pela SABESP, bem como definirá a estrutura tarifária, observadas as diretrizes da Lei 11.445/07 e do Decreto Estadual 41.446/96, das normas que vierem a substituí-las e da legislação correlata. A partir da data da assunção dos serviços pela SABESP, prevista para 31 de março de 2014, haverá a equiparação das tarifas do Município àquelas praticadas pela SABESP na Região Metropolitana de São Paulo, por meio de cinco reajustes reais anuais consecutivos, iniciando-se em período não inferior a 12 meses da assinatura do referido contrato. Serão destinados R$ 95.000 ao Município de Diadema, para a implementação de ações relacionadas ao saneamento ambiental no Município, necessárias ao cumprimento das metas de universalização. Tal valor será pago em duas parcelas de R$ 47.500, sendo a primeira 30 dias após a assinatura do contrato e a parcela final doze meses após o pagamento da 1ª parcela, devendo essa parcela ser corrigida pelo IPC-IBGE. Esses valores serão depositados em conta específica, indicada pelo Município, o qual será responsável pela execução dessas ações, bem como pela regular prestação de contas, devendo fornecer semestralmente a relação das ações realizadas e dos respectivos valores. Os valores, enquanto não utilizados, deverão ser mantidos em aplicações financeiras e os respectivos rendimentos somente

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Notas explicativas às demonstrações financeiras para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

F-132

poderão ser utilizados na execução das ações mencionadas. Tais valores deverão ser computados pela ARSESP para fins de determinação do equilíbrio econômico financeiro do contrato. O contrato está sujeito às regulamentações da ARSESP, inclusive no que diz respeito ao equilíbrio econômico financeiro.

(d) Contratos de Programa

A Companhia renovou em 2014 Contratos de Programa de Serviços Públicos de Abastecimento de Água

e de Esgotamento Sanitário com os municípios de Itapevi, Piedade, Rosana, Lucélia, Parapuã,

Jaborandi e Registro. Esses contratos tem vigência de 30 anos.

(e) Utilização de reservatórios - EMAE

De acordo com nossas ações referentes à compensação financeira pela utilização da água dos

reservatórios Guarapiranga e Billings ajuizadas pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.

(“EMAE”), em 10 de abril de 2014, emitimos um Comunicado ao Mercado para anunciar que estamos

negociando com a EMAE a respeito de um potencial futuro acordo. No entanto, nenhum ajuste foi

confirmado, e nenhum acordo foi executado por qualquer das partes até o momento.

ANEXO 12.1

CERTIFICAÇÃO

Eu, Dilma Seli Pena, Diretora Presidente, certifico que:

1. Analisei este relatório anual em Formulário 20-F da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

– Sabesp;

2. Segundo meu entendimento, este relatório não contém qualquer declaração inverídica sobre fatos relevantes,

nem deixa de declarar fato relevante necessário para que as declarações feitas, à luz das circunstâncias em que

foram feitas, não sejam enganosas quanto ao período abrangido por este relatório.

3. Segundo meu entendimento, as demonstrações contábeis e demais informações financeiras incluídas neste

relatório apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação financeira, resultados

operacionais e fluxos de caixa da companhia para os períodos apresentados neste relatório;

4. O outro diretor da companhia, ora certificante, e eu somos responsáveis por estabelecer e manter os controles e

procedimentos de divulgação (como definidos nas Regras 13a-15(e) e 15d-15(e) do Exchange Act dos Estados

Unidos) e o controle interno sobre relatórios financeiros (como definido nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) do

Exchange Act dos Estados Unidos) para a companhia. Nós

a) criamos esses controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e

procedimentos fossem criados sob nossa supervisão, para assegurar que as informações relevantes

relativas à companhia, inclusive suas subsidiárias consolidadas, sejam trazidas a nosso conhecimento por

outras pessoas destas empresas, particularmente durante o período em que este relatório estava sendo

preparado;

b) criamos esse controle interno sobre relatórios financeiros, ou fizemos com que tal controle interno sobre

relatórios financeiros fosse criado sob nossa supervisão, para oferecer uma segurança razoável quanto à

confiabilidade das informações financeiras e quanto à preparação das demonstrações financeiras para fins

externos em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos;

c) avaliamos a eficácia dos controles e procedimentos de divulgação da companhia e, com base nessa

avaliação, apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e procedimentos

de divulgação no final do período abrangido por este relatório; e

d) divulgamos neste relatório qualquer mudança no controle interno da companhia sobre relatórios

financeiros, que tenha ocorrido durante o período abrangido pelo relatório anual e que tenha afetado ou

possa razoavelmente afetar, de modo relevante, o controle interno da companhia sobre relatórios

financeiros.

5. Com base em nossa mais recente avaliação do controle interno sobre relatórios financeiros, eu e o outro diretor

certificante informamos aos auditores e ao comitê de auditoria do conselho de administração da companhia (ou

pessoas que desempenhem função equivalente):

a) todas as deficiências significativas e falhas ou limitações relevantes na concepção ou funcionamento do

controle interno sobre relatórios financeiros, que tenham razoável probabilidade de afetar adversamente a

capacidade da companhia de registrar, processar, resumir e relatar informações financeiras; e

b) qualquer fraude, relevante ou não, que envolva a administração ou outros empregados que desempenhem

papel significativo no controle interno da companhia sobre relatórios financeiros.

Data: 25 de abril de 2014.

Por: (ass.) Dilma Seli Pena

Nome: Dilma Seli Pena

Cargo: Diretora Presidente

ANEXO 12.2

CERTIFICAÇÃO

Eu, Rui de Britto Álvares Affonso, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores, certifico que:

1. Analisei este relatório anual em Formulário 20-F da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

– Sabesp;

2. Segundo meu entendimento, este relatório não contém qualquer declaração inverídica sobre fatos relevantes,

nem deixa de declarar fato relevante necessário para que as declarações feitas, à luz das circunstâncias em que

foram feitas, não sejam enganosas quanto ao período abrangido por este relatório.

3. Segundo meu entendimento, as demonstrações contábeis e demais informações financeiras incluídas neste

relatório apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação financeira, resultados

operacionais e fluxos de caixa da companhia para os períodos apresentados neste relatório;

4. O outro diretor da companhia, ora certificante, e eu somos responsáveis por estabelecer e manter os controles e

procedimentos de divulgação (como definidos nas Regras 13a-15(e) e 15d-15(e) do Exchange Act dos Estados

Unidos) e o controle interno sobre relatórios financeiros (como definido nas Regras 13a-15(f) e 15d-15(f) do

Exchange Act dos Estados Unidos) para a companhia. Nós

a) criamos esses controles e procedimentos de divulgação, ou fizemos com que tais controles e

procedimentos fossem criados sob nossa supervisão, para assegurar que as informações relevantes

relativas à companhia, inclusive suas subsidiárias consolidadas, sejam trazidas a nosso conhecimento por

outras pessoas destas empresas, particularmente durante o período em que este relatório estava sendo

preparado;

b) criamos esse controle interno sobre relatórios financeiros, ou fizemos com que tal controle interno sobre

relatórios financeiros fosse criado sob nossa supervisão, para oferecer uma segurança razoável quanto à

confiabilidade das informações financeiras e quanto à preparação das demonstrações financeiras para fins

externos em conformidade com os princípios contábeis geralmente aceitos;

c) avaliamos a eficácia dos controles e procedimentos de divulgação da companhia e, com base nessa

avaliação, apresentamos neste relatório nossas conclusões sobre a eficácia dos controles e procedimentos

de divulgação no final do período abrangido por este relatório; e

d) divulgamos neste relatório qualquer mudança no controle interno da companhia sobre relatórios

financeiros, que tenha ocorrido durante o período abrangido pelo relatório anual e que tenha afetado ou

possa razoavelmente afetar, de modo relevante, o controle interno da companhia sobre relatórios

financeiros.

5. Com base em nossa mais recente avaliação do controle interno sobre relatórios financeiros, eu e o outro diretor

certificante informamos aos auditores e ao comitê de auditoria do conselho de administração da companhia (ou

pessoas que desempenhem função equivalente):

a) todas as deficiências significativas e falhas ou limitações relevantes na concepção ou funcionamento do

controle interno sobre relatórios financeiros, que tenham razoável probabilidade de afetar adversamente a

capacidade da companhia de registrar, processar, resumir e relatar informações financeiras; e

b) qualquer fraude, relevante ou não, que envolva a administração ou outros empregados que desempenhem

papel significativo no controle interno da companhia sobre relatórios financeiros.

Data: 25 de abril de 2014.

Por: (ass.) Rui de Britto Álvares Affonso

Nome: Rui de Britto Álvares Affonso

Cargo: Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores

ANEXO 13.1

CERTIFICAÇÃO

SEGUNDO O CÓDIGO DOS ESTADOS UNIDOS, TÍTULO 18 ARTIGO 1350,

COM A REDAÇÃO ADOTADA NO

ARTIGO 906 DA LEI SARBANES-OXLEY DOS ESTADOS UNIDOS, DE 2002

A propósito do Relatório Anual em Formulário 20-F da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São

Paulo – Sabesp (a “Companhia”) para o exercício social findo em 31 de dezembro de 2013, tal como arquivado

na Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos na data deste certificado (o “Relatório”), eu,

Dilma Seli Pena, Diretora Presidente, nos termos do Título 18, Artigo 1350 do Código dos Estados Unidos,

com a redação adotada no Artigo 906 da Lei Sarbanes-Oxley dos Estados Unidos, de 2002, certifico que,

segundo meu melhor entendimento:

(i) o Relatório cumpre integralmente as exigências do Artigo 13(a) ou 15(d) do Securities Exchange Act dos

Estados Unidos, de 1934; e

(ii) as informações contidas no Relatório apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a

situação financeira e os resultados das operações da Companhia.

Data: 25 de abril de 2014.

Por: (ass.) Dilma Seli Pena

Nome: Dilma Seli Pena

Cargo: Diretora Presidente

ANEXO 13.2

CERTIFICAÇÃO

SEGUNDO O CÓDIGO DOS ESTADOS UNIDOS, TÍTULO 18 ARTIGO 1350,

COM A REDAÇÃO ADOTADA NO

ARTIGO 906 DA LEI SARBANES-OXLEY DOS ESTADOS UNIDOS, DE 2002

A propósito do Relatório Anual em Formulário 20-F da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São

Paulo – Sabesp (a “Companhia”) para o exercício social findo em 31 de dezembro de 2013, tal como arquivado

na Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos na data deste certificado (o “Relatório”), eu, Rui

de Britto Álvares Affonso, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores,

nos termos do Título 18, Artigo 1350 do Código dos Estados Unidos, com a redação adotada no Artigo 906 da

Lei Sarbanes-Oxley dos Estados Unidos, de 2002, certifico que, segundo meu melhor entendimento :

(i) o Relatório cumpre integralmente as exigências do Artigo 13(a) ou 15(d) do Securities Exchange Act dos

Estados Unidos, de 1934; e

(ii) as informações contidas no Relatório apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a

situação financeira e os resultados das operações da Companhia.

Data: 25 de abril de 2014.

Por: (ass.) Rui de Britto Álvares Affonso

Nome: Rui de Britto Álvares Affonso

Cargo: Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores