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1ª RODADA - 14/11/2016 CEI-DPE/ES SEGUNDA FASE MATERIAL ÚNICO Questões totalmente inéditas ACESSÍVEL Computador, Tablet, Smartphone 9 QUESTÕES DISSERTATIVAS Por rodada 3 PEÇAS JUDICIAIS Por rodada 14/11/2016 A 08/12/2016 DURAÇÃO IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo. CEI-DPE/ES SEGUNDA FASE 1ª ED. 2016 1ª RODADA - 14/11/2016 CEI-DPE/ES SEGUNDA FASE

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CEI-DPE/ESSEGUNDA FASE

MATERIAL ÚNICOQuestões totalmente inéditas

ACESSÍVELComputador, Tablet, Smartphone

9 QUESTÕES DISSERTATIVASPor rodada

3 PEÇAS JUDICIAISPor rodada

14/11/2016 A 08/12/2016DURAÇÃO

IMPORTANTE: é proibida a reprodução deste material, ainda que sem fins lucrativos. O CEI possui um sistema de registro de dados que marca o material com o seu CPF ou nome de usuário. O descumprimento dessa orientação acarretará na sua exclusão do Curso. Agradecemos pela sua gentileza de adquirir honestamente o curso e permitir que o CEI continue existindo.

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1ª ED.2016

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PROFESSORES

Caio Paiva – Coordenador do curso. Defensor Público Federal. Especialista em Ciências Criminais. Autor dos livros Prática Penal para Defensoria Pública, Audiência de Custódia e o Processo Penal Brasileiro e Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos (em coautoria com Thimotie Heemann).

André Giamberardino. Defensor Público do Estado do Paraná, Professor da UFPR e da UP, doutor em Direito (UFPR) e Mestre em Direito (UFPR) e Criminologia (Università di Padova). Coautor com Massimo Pavarini do livro “Teoria da Pena e Execução Penal – Uma Introdução Crítica” (Lumen Juris).

Daniel Chiaretti. Defensor Público Federal. Bacharel em Direito e Filosofia pela USP. Mestrando em Ética e Filosofia pela USP. Defensor Regional dos Direitos Humanos em São Paulo.

Thimotie Heemann. Direitos Humanos. Advogado. Especialista em Processo Penal Internacional. Coautor do livro Jurisprudência Internacional de Direitos Humanos.

Edilson Santana. Defensor Público Federal. Ex Defensor Público do Estado do Maranhão. Coautor do livro Dicionário de Ministério Público e autor dos livros A Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais – sua vinculação às relações particulares. Especialista em Direito Processual e Defensoria Pública e a Tutela Coletiva de Direitos.

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Franklyn Roger. Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro, mestre e doutorando em Direito Processual pela UERJ e coautor do livro “Princípios Institucionais da Defensoria Pública”.

Maria Helena Rocha. Defensora Pública do Estado de Pernambuco. Aprovada nos concursos da DPU, DPE/RN e AGU. Especialista em Direito e Processo do Trabalho (ESMAT-13ª Região).

Allan Ramalho. Defensor Público do Estado de São Paulo, com atuação na área da Infância e Juventude. Especialista em Direito Constitucional pela PUC/SP e mestrando em Direito Urbanístico pela PUC/SP.

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Prezado(a)s aluno(a)s,

sejam todos e todas bem vindo(a)s à mais este curso do CEI, agora direcionado para a segunda fase do concurso da DPE/ES. Para que o curso seja realizado perfeitamente, peço para que observem as seguintes instruções:

1. Leiam com atenção o calendário do curso abaixo, disponibilizado também no site do CEI, para se programarem e se organizarem.

2. Os exercícios decorrentes das questões dissertativas e das peças judiciais devem ser enviados tempestivamente, até a data indicada em cada rodada, para o email do respectivo professor. Não é obrigatório o envio dos exercícios para ter acesso ao Espelho de Correção.

3. Se deseja submeter seu exercício escrito à mão, baixe o arquivo no formato .pdf e depois envie para o email do professor em arquivo único (e não dividido, portanto). Se deseja submeter seu exercício digitado, baixe o arquivo no formato .doc e igualmente o envie depois para o respectivo professor.

4. Para atingirmos o nível esperado de simulação da prova real, recomendamos que respondam às questões dissertativas e elaborem as peças judiciais consultando apenas a legislação seca. Após enviar seu exercício para o professor, pesquise os temas à vontade.

5. Para qualquer dúvida operacional sobre o CEI (problemas para acessar o site, p. ex.), entre em contato com o suporte no email [email protected]

6. Para qualquer crítica, elogio ou consideração sobre os materiais do curso ou sobre determinado professor, entre em contato comigo pelo email [email protected]

Vamos em frente, rumo à aprovação nos concursos das Defensorias Públicas!

CAIO PAIVAProfessor e Coordenador do CEI-DPEs

PUBLICAÇÃO RODADA

LIMITE PARA RESPOSTA

LIMITE PARA CORREÇÃO

PUBLICAÇÃO ESPELHO

1ª. RODADA14/11/16

(segunda-feira) até às 16h

17/11/16 (quinta-feira)

22/11/16 (terça-feira)

23/11/16 (quarta-feira) até às 20h

2ª. RODADA21/11/16

(segunda-feira) até às 16h

24/11/16 (quinta-feira)

29/11/16 (terça-feira)

30/11/16 (quarta-feira) até às 20h

3ª. RODADA28/11/16

(segunda-feira) até às 16h

01/12/16 (quinta-feira)

07/12/16 (quarta-feira)

08/12/16 (quinta-feira) até às 20h

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SUMÁRIO

PROVA ESCRITA ESPECÍFICA (P2) ...........................................................................................6

PEÇA CÍVEL .........................................................................................................................6

QUESTÕES DISSERTATIVAS............................................................................................8DIREITO CIVIL ............................................................................................................8DIREITO DO CONSUMIDOR ....................................................................................9DIREITOS HUMANOS .............................................................................................10

PROVA ESCRITA ESPECÍFICA (P3) .........................................................................................11

PEÇA PENAL .....................................................................................................................11

QUESTÕES DISSERTATIVAS..........................................................................................13DIREITO PENAL .......................................................................................................13EXECUÇÃO PENAL .................................................................................................13FILOSOFIA DO DIREITO .........................................................................................14

PROVA ESCRITA ESPECÍFICA (P4) .........................................................................................15

PEÇA DIREITO ADMINISTRATIVO, DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS .................................................................................................15

QUESTÕES DISSERTATIVAS..........................................................................................16DIREITOS HUMANOS .............................................................................................16DIREITO CONSTITUCIONAL..................................................................................16TUTELA COLETIVA .................................................................................................16

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PROVA ESCRITA ESPECÍFICA (P2)

PEÇA CÍVEL PROFESSOR: ALLAN RAMALHO FERREIRAE-mail: [email protected]

Marta, 49 anos, compareceu ao atendimento inicial da Unidade Guarapari da Defensoria Pública do Espírito Santo. A usuária contou que viveu com Genival durante 19 (dezenove) anos. Deste relacionamento adveio o nascimento de 2 (dois) filhos, Isabelle, de nove anos, e Francisco, de seis anos. A usuária suportou violências física, sexual e psicológica por diversas vezes, em razão das quais passou a ter crises epilépticas e de depressão. Seu quadro restou estabilizado por 3 (três) anos, período após o qual passou a sofrer novas empreitadas de violência. Em virtude das recorrentes ameaças de morte e de lesão, saiu de casa, alugada, levando seus dois filhos. Atualmente, a usuária se encontra morando com sua irmã, que é casada e tem uma filha de 07 (sete) anos, em uma casa de 02 (dois) cômodos. Diante da situação precária, dorme no chão da cozinha com seus dois filhos. Marta não está trabalhando, tendo em vista seu estado de saúde agravado com as violências sofridas. A usuária foi atendida por psicóloga e assistente social, agentes da Defensoria Pública, que elaboraram relatório que demonstra a situação de (hiper)vulnerabilidade, além de encaminhá-la à rede para a inserção em programas federais de transferência de renda. A usuária, contudo, pretende atendimento habitacional provisório, com vistas à reconstrução de seu lar e a busca de emprego e melhores condições de estudo e desenvolvimento para seus dois filhos. O Programa de Bolsa Aluguel no Município de Guarapari foi instituído pela Lei n.º 1/2016, que integra a Política Municipal de Habitação e dá suporte às demais intervenções urbanas de interesse público, tendo como objetivo a concessão de subsídio para locação de imóvel, por parte do Poder Executivo Municipal, para famílias em situações habitacionais de emergência, em situação de rua ou moradores de áreas submetidas às intervenções urbanas de interesse público. Considera-se família em situação de emergência, conforme o artigo 2º da lei em comento, aquela que teve sua moradia destruída ou interditada em função de deslizamentos, inundações ou outras condições que impeçam o uso seguro da moradia, e, ainda, que resida há pelo menos um ano no mesmo imóvel no momento da constatação da emergência. Emitido ofício pela Defensoria Pública, a Municipalidade respondeu no sentido de que não há previsão específica de atendimento habitacional a mulheres em situação de violência doméstica.

Elabore a petição inicial com a finalidade de garantir o direito individual da usuária, atentando-se especificamente ao seguintes pontos em sua fundamentação: (a) interpretação

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constitucional e convencionalmente adequada do termo “família em situação de emergência” (adotado pela legislação municipal) para, a partir dele, construir a fundamentação do direito da mulher em situação de violência doméstica à inserção do programa “Bolsa-aluguel” do Município de Guarapari; (b) dever do Estado (lato sensu) de proteção à mulher em situação de violência doméstica e a sua omissão como constituição de uma forma de violência, além daquelas previstas no artigo 7º da Lei n.º 11.340/2006 (algo que poderia receber o nome de violência institucional contra a mulher); (c) possibilidade de implementação do direito à moradia pela via jurisdicional (judicialização de políticas públicas e reserva do possível).

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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QUESTÕES DISSERTATIVAS

DIREITO CIVIL PROFESSORA: MARIA HELENAE-mail: [email protected]

Questão 1. João, filho de Maria, foi registrado voluntariamente por Pedro como sendo, também, seu filho, embora, biologicamente, não o fosse. Pedro – ciente da situação – criou o menino, sendo por todos reconhecido como seu genitor. Quando João completou dezoito anos e recebeu a notícia de aprovação no vestibular, Pedro faleceu, vítima de um acidente de trânsito. Depois disso, Maria decidiu contar a João que, na verdade, seu pai biológico era José, dono de um dos maiores escritórios de advocacia de Vitória. João, que pretendia cursar a faculdade de Direito, mas não tinha condições de pagá-la, resolve ajuizar ação de investigação de paternidade contra José, pretendendo que, após a sentença declaratória, constem, em seu registro, como pais, tanto João, quem o criou e quem sempre reconheceu como pai, quanto José, seu pai biológico.

Diante da situação narrada, elabore um texto sobre a viabilidade da pretensão de João, à luz da jurisprudência do STF, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos:

a) Qual princípio constitucional relativo à parentalidade se relaciona diretamente à situação exposta?

b) Quais os requisitos apontados pela doutrina para o reconhecimento de filiação socioafetiva e se eles estão presentes no caso em questão?

c) Definição de multiparentalidade, com indicação sobre a existência de previsão legal, (in)viabilidade jurídica do reconhecimento e seu fundamento.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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DIREITO DO CONSUMIDOR PROFESSORA: MARIA HELENAE-mail: [email protected]

Questão 2. Maria, trabalhadora rural, dirigiu-se, em outubro de 2016, a uma loja de eletrodomésticos na cidade de Linhares, a fim de adquirir um computador para seu filho, João. Com base nas economias que fez para tal aquisição, Maria decidiu comprar o produto em três vezes, no crediário. Porém, ao cadastrar-se na loja, foi surpreendida com a notícia de que seu nome estava inscrito em um cadastro de restrição de crédito, por uma dívida vencida em setembro de 2011. Já que nunca foi notificada, nem sequer sabia da existência dessa dívida – a qual não contraiu –, Maria ligou para o órgão de proteção ao crédito, ocasião em que a atendente lhe informou que, como a inscrição no banco de dados só aconteceu em novembro de 2011, não havia nenhuma irregularidade. Inconformada, Maria procurou a Defensoria Pública do Estado, para uma consulta.

Diante disso, disserte sobre a orientação jurídica que você, Defensor Público, dará a Maria. Na resposta, mencione os seguintes pontos:

a) Previsão legal sobre o prazo máximo de anotação do consumidor nos cadastros de inadimplentes;

b) Se o termo inicial para a contagem desse prazo é o vencimento da dívida ou a inscrição no cadastro, indicando os fundamentos para a conclusão adotada;

c) Quem é o responsável pela notificação do consumidor antes da inscrição; e

d) Se, no caso de Maria, já que a inscrição foi indevida, está configurada a existência de dano moral e se é necessária sua comprovação.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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DIREITOS HUMANOS PROFESSOR: THIMOTIE HEEMANNE-mail: [email protected]

Questão 3. Discorra sobre quatro pontos de divergência entre a jurisprudência internacional e a jurisprudência dos tribunais superiores brasileiros. A abordagem crítica será levada em consideração no momento da avaliação.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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PROVA ESCRITA ESPECÍFICA (P3)

PEÇA PENAL PROFESSOR: FRANKLYN ROGERE-mail: [email protected]

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo ofereceu denúncia em face de Cainho, perante o órgão competente, tendo em vista que no dia 14 de junho de 2010 o denunciado, de forma livre e consciente atentou contra a vida de Chiaretti (art. 121, § 2º, c/c art. 14, II, todos do CP), quando ambos participavam de evento acadêmico (ComeCEI os Estudos) no município de Colatina – ES.

Citado por hora certa, o acusado deixou fluir o prazo in albis, oportunidade em que a Defensoria Pública foi intimada para oferecer a resposta e patrocinar a defesa de Cainho.

Na audiência de instrução e julgamento, presidida pelo juiz Arnaldo, foram ouvidas a vítima sobrevivente, que não se recordava do ocorrido, as três testemunhas de acusação, que não presenciaram o fato, e duas testemunhas defensivas (Edilson e Thim), que, apesar de não arroladas na resposta, compareceram espontaneamente na sala de audiências e afirmaram que Cainho encontrava-se em Campinas na data do fato.

Apresentadas as alegações finais do Parquet pugnando pela pronúncia, Cainho comparece na Defensoria Pública e informa que tomou conhecimento do presente feito dias antes da AIJ e não pôde comparecer ao ato processual por estar fora do país. No entanto, solicitou que as duas testemunhas comparecessem a audiência para prestar depoimento sobre o ocorrido. Afirmou que gostaria de ser interrogado, razão pela qual a Defensoria Pública requereu a realização do interrogatório naquele momento processual, o que foi deferido pelo juiz Alex, quem colheu o depoimento em outro ato processual. Cainho alegou que Chiaretti era seu grande amigo e que jamais atentaria contra da vida dele, até porque encontrava-se em SP na data dos fatos.

Renovadas as alegações finais, o magistrado Alex impronunciou o acusado, baseando-se nos depoimentos das testemunhas de defesa, na versão apresentada pelo acusado e pela falta de exame de corpo de delito, considerando haver nos autos apenas o boletim de atendimento médico.

Ciente da decisão na quinta-feira (10/11), o MP interpôs o competente recurso na quinta-feira da semana seguinte (17/11), valendo-se da regra de contagem de prazos prevista no NCPC,

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alegando:

1 - As testemunhas de defesa não arroladas não podem ser ouvidas na AIJ;

2 - O interrogatório deve sempre ser realizado ao final da AIJ, sob pena de preclusão;

3 - O art. 77 da Lei n. 9.099/95 permite a utilização do boletim de atendimento médico para comprovação da materialidade do delito.

4 - O reconhecimento pessoal é fonte segura do processo penal.

5 - Violação ao princípio da identidade física, considerando que a instrução foi presidida pelo Juiz Arnaldo.

6 - A interceptação telefônica juntada por ocasião das razões recursais indicando diálogos colhidos durante o período de 20 dias, em que Alexandre e André, agentes públicos investigados em inquérito policial que apura a prática do crime previsto no art. 2º, I, da Lei n. 8.137/90, conversavam sobre o suposto desentendimento de Cainho e a vítima.

Recebido o recurso, os autos ingressaram na Defensoria Pública em 23 de novembro de 2016. Redija a peça adequada.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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QUESTÕES DISSERTATIVAS

DIREITO PENAL PROFESSOR: ANDRÉ GIAMBERARDINOE-mail: [email protected]

Questão 1. Sobre o tema da culpabilidade, explique:

a) A diferença entre culpabilidade e periculosidade e sua respectiva filiação a um direito penal do fato ou a um direito penal do autor;

b) A diferença entre o conceito normativo e o conceito psicológico de culpabilidade;

c) A diferença entre culpabilidade pela vulnerabilidade e co-culpabilidade e sua relação com a seletividade do sistema penal.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

EXECUÇÃO PENAL PROFESSOR: ANDRÉ GIAMBERARDINOE-mail: [email protected]

Questão 2. Considere que CLODOALDO, assistido da Defensoria Pública do Espírito Santo e recolhido na Penitenciária Estadual de Vila Velha, cumpre pena de 12 anos de reclusão por ter sido condenado duas vezes pelo delito de roubo majorado. Embora ele esteja preso desde 02 de fevereiro de 2012, apenas em 02 de fevereiro de 2015 foi realizado o pedido de progressão ao regime semiaberto, o qual foi deferido em 05 de março do mesmo ano, tendo CLODOALDO sido transferido ao regime semiaberto em 10 de abril de 2015. Diante de tais fatos e a posição dos Tribunais Superiores, responda: a) qual é a natureza jurídica da decisão que concede a progressão de regime?; b) qual é a data-base para a segunda progressão (para o regime aberto)?; c) o cálculo do requisito objetivo da segunda progressão será feito com base na pena total ou na pena restante?; d) é possível, à luz do princípio da legalidade, exigir-se exame criminológico para a concessão da progressão de regime?

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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FILOSOFIA DO DIREITO PROFESSOR: DANIEL CHIARETTIE-mail: [email protected]

Questão 3. É correto dizer que a produção acadêmica de Norberto Bobbio sobre o ordenamento jurídico é “kelseniana”? Fundamente sua resposta.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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PROVA ESCRITA ESPECÍFICA (P4)

PEÇA DIREITO ADMINISTRATIVO,DIREITO CONSTITUCIONAL,DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS

PROFESSOR: EDILSON SANTANA G. FILHOE-mail: [email protected]

Dr. Caio, Defensor Público do Estado do Espírito Santo, realizou inspeção em hospital público estadual, situado na cidade de Vitória, oportunidade na qual constatou a suspensão do fornecimento de determinada medicação de fornecimento obrigatório. Na semana seguinte, esteve em hospital público municipal, constatando o mesmo problema.

Após oficiar os entes públicos (municipal e estadual), obteve como resposta a total ausência de fornecimento do medicamento nas redes estadual e municipal, tendo em vista a atual crise financeira. Em suas respostas, ambos os entes informaram que a dispensação do medicamento comprometeria o orçamento público respectivo, motivo pelo qual reservavam-se a fornecer os serviços públicos dentro do possível.

Diante disso, o Defensor Público realizou audiência extrajudicial com os representantes dos entes públicos, não obtendo, todavia, solução amigável para a questão, quando, então, enviou recomendação para que a situação fosse normalizada no prazo de dez dias úteis.

Em resposta, reiterou-se as justificativas anteriores, adicionando a impossibilidade de realização de licitação para a compra dos medicamentos em prazo tão curto.

Diante disso, na qualidade de Defensor Público, elabore a medida cabível.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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QUESTÕES DISSERTATIVAS

DIREITOS HUMANOS PROFESSOR: THIMOTIE HEEMANNE-mail: [email protected]

Questão 1. Discorra sobre quatro pontos de convergência entre a jurisprudência internacional e a jurisprudência dos tribunais superiores brasileiros. A abordagem crítica será levada em consideração no momento da avaliação.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR: DANIEL CHIARETTIE-mail: [email protected]

Questão 2. Disserte sobre o controle judicial de políticas públicas, apontando a posição atual da jurisprudência e o papel da Defensoria Pública no tema.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

TUTELA COLETIVA PROFESSOR: DANIEL CHIARETTIE-mail: [email protected]

Questão 3. É possível dizer que a Defensoria Pública, nos últimos anos, adquiriu um novo perfil no que tange à tutela de direitos difusos e coletivos? Fundamente sua resposta com base na legislação pertinente e na jurisprudência.

A resposta para correção individualizada pode ser enviada para o seguinte e-mail, até o dia 17/11/2016: [email protected]

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