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1 Semiótica e transdisciplinaridade em revista, São Paulo, v.9, n.1, p.188-205, Jun. 2019 | ISSN 2178-5368 semeiosis SEMIÓTICA E TRANSDISCIPLINARIDADE EM REVISTA TRANSDISCIPLINARY JOURNAL OF SEMIOTICS resumo Motivados pela inquietação de que a rotulagem ambiental não está cumprindo com o seu objetivo de trazer ao usuário informações sobre materiais empregados na embalagens; procedimentos de descarte; origem das matérias-primas, etc., e apoiados no trabalho de tricotomias sígnicas da Gramática Especulativa de Pierce (1977), este artigo investiga a percepção de usuários sobre rotulagem ambiental. A coleta de dados se deu a partir da aplicação de um questionário com estudantes dos cursos de Administração e Design da Universidade Federal de Pernambuco para os quais foram apresentadas imagens de símbolos de rotulagem e selos verdes de uso frequente em embalagens. A escolha dos sujeitos foi por amostragem aleatória simples não estratificada. Os resultados indicam que os usuários reconhecem os símbolos e selos, no entanto não os conhecem, ou seja, já viram o selo/rótulo em algum momento mas não sabem explicar a sua finalidade. Reconhecem também que os selos podem transmitir informações ambientais, mas não necessariamente promovem efetivas transformações de comportamento, uma vez que a qualidade da informação não é suficiente, principalmente na clareza da informação que se quer transmitir. PALAVRAS-CHAVE: Rotulagem ambiental. Percepção do usuário. Design para a sustentabilidade. abstract Driven by unrest that environmental labeling is not fulfilling its goal of informing the user about the kind of materials used in packaging; disposal procedures; origin of raw materials, etc. and based on the trichotomies of signs described in Pierce’s Especulative Grammar (1977), this paper investigates the perception of users regarding environmental labeling. Data collection was carried out through questionnaires applied to students of Management and Design curses at the Federal University of Pernambuco for which were presented images of ecolabelling frequently used in packaging. Subjects were selected though not stratified random sampling. Results suggest that users recognize the labels, however they did not know the meaning. Further, they have seen seen those labels at some point but they cannot explain what are they communicating. The study also shows that users do not value eco-labels for their purchase decision, despite acknowledging that eco-labels can convey useful environmental information. In this way, information communicated through ecolabelling seems not being able to promote effective changes in user’s behavior since the quality of the information is not enough, or sometimes it is confusing regarding the information they wish to convey. KEYWORDS: Ecolabelling. User’s perception. Design for sustainability. Avaliação da percepção dos usuários sobre o significado de selos e rótulos ambientais em embalagens Leonardo Castillo | [email protected] Carla Regina Pasa Gómez | [email protected] Semiótica e transdisciplinaridade em revista, São Paulo, v.9, n.1, p.188-205, Jun. 2019 | ISSN 2178-5368

SEMIÓTICA E TRANSDISCIPLINARIDADE EM REVISTA · Figura 1), apesar de ser visual, se for descontextualizado, pode adquirir um viés de interpretação subjetiva (CARVALHO E ARAGÃO,

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    Semiótica e transdisciplinaridade em revista, São Paulo, v.9, n.1, p.188-205, Jun. 2019 | ISSN 2178-5368

    semeiosisSEMIÓTICA E TRANSDISCIPLINARIDADE EM REVISTA

    TRANSDISCIPLINARY JOURNAL OF SEMIOTICS

    resumoMotivados pela inquietação de que a rotulagem ambiental não está cumprindo com o seu objetivo de trazer ao usuário informações sobre materiais empregados na embalagens; procedimentos de descarte; origem das matérias-primas, etc., e apoiados no trabalho de tricotomias sígnicas da Gramática Especulativa de Pierce (1977), este artigo investiga a percepção de usuários sobre rotulagem ambiental. A coleta de dados se deu a partir da aplicação de um questionário com estudantes dos cursos de Administração e Design da Universidade Federal de Pernambuco para os quais foram apresentadas imagens de símbolos de rotulagem e selos verdes de uso frequente em embalagens. A escolha dos sujeitos foi por amostragem aleatória simples não estratificada. Os resultados indicam que os usuários reconhecem os símbolos e selos, no entanto não os conhecem, ou seja, já viram o selo/rótulo em algum momento mas não sabem explicar a sua finalidade. Reconhecem também que os selos podem transmitir informações ambientais, mas não necessariamente promovem efetivas transformações de comportamento, uma vez que a qualidade da informação não é suficiente, principalmente na clareza da informação que se quer transmitir.

    PALAVRAS-CHAVE: Rotulagem ambiental. Percepção do usuário. Design para a sustentabilidade.

    abstractDriven by unrest that environmental labeling is not fulfilling its goal of informing the user about the kind of materials used in packaging; disposal procedures; origin of raw materials, etc. and based on the trichotomies of signs described in Pierce’s Especulative Grammar (1977), this paper investigates the perception of users regarding environmental labeling. Data collection was carried out through questionnaires applied to students of Management and Design curses at the Federal University of Pernambuco for which were presented images of ecolabelling frequently used in packaging. Subjects were selected though not stratified random sampling. Results suggest that users recognize the labels, however they did not know the meaning. Further, they have seen seen those labels at some point but they cannot explain what are they communicating. The study also shows that users do not value eco-labels for their purchase decision, despite acknowledging that eco-labels can convey useful environmental information. In this way, information communicated through ecolabelling seems not being able to promote effective changes in user’s behavior since the quality of the information is not enough, or sometimes it is confusing regarding the information they wish to convey.

    KEYWORDS: Ecolabelling. User’s perception. Design for sustainability.

    Avaliação da percepção dos usuários sobre o significado de selos e rótulos ambientais em embalagens

    Leonardo Castillo | [email protected] Regina Pasa Gómez | [email protected]

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    1 IntroduçãoEconomias emergentes como o Brasil, vivenciaram nas últimas décadas

    significativo incremento nos níveis de produção de bens de consumo. Isso levou, consequentemente, ao aumento exponencial na quantidade de embalagens produzidas e descartadas na natureza, o que tem sido apontado por especialistas como uma das causas dos diversos problemas de degradação ambiental e social da contemporaneidade.

    As toneladas de lixo que se acumulam na natureza começam a alarmar a sociedade e colocam em “cheque” a capacidade da indústria de reciclar e reaproveitar resíduos em quantidade equivalente à produzida. Por exemplo, em 2016, foram produzidas no Brasil 6.665 mil toneladas de resinas plásticas, das quais, 83% foram destinadas à fabricação de embalagens (ABIPLAST, 2016: 68-69); dentre esse montante, foram produzidas 840.000 toneladas de PET (Polietilenotereftalato) para a fabricação de embalagens de refrigerante, água e suco (ABIPET, 2016).

    Em um movimento crescente de pressão de diversos stakeholders, instituições como a ISO (Internacional Standard Organization) a ONU (Organizações das Nações Unidas) e, governos locais vem instituindo políticas e legislações que visem a diminuição da lacuna existente entre produção-consumo-descarte. Nesse sentido é importante que exista o compromisso e esforço de todos os atores desse processo.

    Ou seja, diante da crescente produção de embalagens, é fundamental orientar e informar os consumidores sobre os impactos negativos decorrentes do seu descarte inadequado no meio ambiente. Dessa forma, o uso de rótulos e selos ambientais torna-se em uma das estratêgias de comunicação e orientação sobre os procedimentos (mais sustentáveis) de uso e de descarte de embalagens.

    Motivados pela inquietação de que os selos e símbolos ambientais contidos nas embalagens dos produtos de consumo não estejam cumprindo com o objetivo comunicacional a respeito de materiais empregados; procedimentos de descarte; origem das matérias-primas; dentre outras, e, dado ao argumento de Pierce (1977) de que as possibilidades interpretativas do signo presente nas relações sígnicas podem facilitar ou comprometer a tomada de decisão do usuário, este artigo investiga a percepção de usuários sobre o significado da rotulagem ambiental.

    Para tanto, buscou-se evidenciar a percepção de um conjunto de usuários em relação às informações dos rótulos contidos numa amostra de embalagens/produtos a partir de: (a) o (re)conhecimento dos selos apresentados nesses rótulos; (b) a valorização desses selos na tomada de decisão de compra; (c) a capacidade de comunicação desses selos; (d) a qualidade da comunicação dos

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    selos; e, (e) a fonte de origem do (re)conhecimento sobre a informação contida nos selos.

    Justifica-se a pesquisa sobre rotulagem ambiental não apenas pela grandiosidade dos números de produção das embalagens e por conseguinte do tamanho do impacto ambiental causado pelo descarte, mas também pela relevância acadêmica da pesquisa dos fenômenos geradores de sentido para as áreas de administração, comunicação e design. Sua contribuição visa evidenciar novas formas de promoção de mudanças de comportamento da sociedade que resultem na mitigação dos impactos ao meio ambiente gerados pelo descarte inadequado de embalagens.

    2 Revisão TeóricaA embalagem e seu papel informacional no contexto da

    sustentabilidade

    Os estudos relacionados ao papel informacional da rotulagem ambiental assumem destaque nos modelos de análise e avaliação do ciclo de vida do produto. Por exemplo, nas etapas de transporte, armazenagem e consumo, os rótulos fornecem informações relacionadas à questão nutricional, funcional ou ambiental, orientando quanto aos componentes, alertas e cuidados necessários para o manuseio e utilização do produto. Já no fim da vida útil, os rótulos são fundamentais para orientar a separação e descarte adequado da embalagem, de forma que seja destinada corretamente para reciclagem.

    Tais informações são um ponto essencial para o atendimento dos objetivos da sustentabilidade, e “podem contribuir para a mudança de condutas e comportamentos dos usuários" (TAVARES E FREIRE, 2003:125), sendo capazes de tornar o consumidor consciente do seu papel na promoção da sustentabilidade, daí a importância de projetar rótulos que remetam ao papel ativo do usuário nesse processo.

    Diversos estudos apontam sobre o papel da embalagem em direção à sustentabilidade. Yoshihara e Cassiano (2010); Sena et al (2012), Chinem e Flório (2006) discutem sobre a capacidade de comunicação das embalagens e as estratégias utilizadas para atingir seus objetivos. García, Prado e Gonzáles-Portela (2012) destacam o papel da embalagem na promoção da logística reversa e à prática de reciclagem, reutilização e reaproveitamento. Buelow, Lewis e Sonneveld (2010) discorrem sobre o sucesso ou fracasso dos programas de reciclagem associados a capacidade de comunicação das embalagens e rótulos para o descarte correto por parte dos consumidores. Coltro e Duarte (2013) pesquisaram a simbologia dos materiais utilizados nas embalagens plásticas e a capacidade de informação para a reciclagem. Medianeira (2012) aponta o

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    comportamento de um consumidor mais exigente com relação a embalagens em termos de comunicação e informações claras e objetivas a respeito do produto, manipulação da embalagem, descarte, dentre outras. E ainda a pesquisa de Hussain (2000) que apontou para o importante papel da rotulagem ambiental em transferir informações ao consumidor.

    Contudo, do ponto de vista comunicacional, existe ainda uma lacuna entre o que é informado e o que de fato é interpretado e compreendido pelos usuários nas embalagens, abrindo espaço para a investigação dos diversos aspectos das relações sígnicas contidas nos rótulos e selos ambientais.

    De um modo geral, a informação apresentada em rótulos e selos ambientais é composta por signos que buscam comunicar uma mensagem, fazendo uso da linguagem visual, principalmente do tipo gráfico. Na visão de Twyman (1985), tais informações podem ser apresentadas através de modos de simbolização verbal, pictórica e/ou esquemática. Já na visão de Horn (1998), a mensagem pode ser construída a partir de textos, imagens e/ou formas (Figura 1).

    Os textos têm a capacidade de nomear, definir e classificar elementos. As imagens são representações gráficas da realidade e as formas se diferenciam das imagens por terem um caráter mais abstrato (HORN, 1998). Assim, “a integração de texto, imagens e formas em uma única unidade de comunicação, e/ ou, o uso de texto e imagens, ou, texto e formas para compor uma única unidade de comunicação definem a linguagem visual e sua eficácia na comunicação da mensagem” (HORN, 1998: 8).

    Expandindo a discussão é possível utilizar o modelo de “Tipos Marcarios” formulado por Cassisi (2011) para classificar os selos e rótulos em dois grandes

    Figura 1: Exemplos de rotulagem ambiental conforme proposto por Horn (1998).Fonte: Adaptado a partir de Carvalho e Aragão, 2012.

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    grupos: os de caráter simbólico e os de caráter nominal. Os simbólicos podem ser logo-símbolos, símbolos puros e, logotipos com símbolo. Já os rótulos nominais são classificados em logotipos com acessório, logotipos puros ou, logotipos com fundo (Figura 02).

    No entanto, se o objetivo da rotulagen ambiental é o de influenciar a tomada de decisão de compra ou de descarte do produto, a qualidade da linguagem visual, ou seja, o emprego de textos, imagens ou formas, não pode ser realizado de maneira aleatória, de forma que possa causar ceticismo e confusão durante a experiência sígnica da rotulagem.

    Isto porque tais questões devem ser consideradas segundo o contexto cultural no qual se insere o processo comunicacional (NIEMEYER, 2003) considerando que as vezes o texto (ver exemplos no primeiro bloco da Figura 1) comunica a informação mas visualmente não é eficaz na transmissão da mensagem, e por outras, as o uso de formas (ver exemplos terceiro bloco da Figura 1) sem um contexto cultural, não convergem de maneira eficiente à comunicação. Já o emprego de imagens (ver exemplos no segundo bloco da Figura 1), apesar de ser visual, se for descontextualizado, pode adquirir um viés de interpretação subjetiva (CARVALHO E ARAGÃO, 2012).

    Nesse sentido é possível lançar mão da tricotomia das relações sígnicas apresentadas na proposta que Pierce denominou de Gramática Especulativa

    Figura 2: Exemplos de linguagem gráfica utilizada na rotulagem ambiental.Fonte: Adaptado a partir de Cassis, 2011.

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    (PIERCE, 1977), a fim de interpretar as dificuldades de comunicação da rotulagem ambiental. Essa tricotomia das relações signicas está baseada na relação construida entre o signo em si (representâmem), o objeto, e, o interpretante.

    No contexto das relações sígnicas, o representâmem corresponde à dimensão sintática e material da rotulagem. A sintaxe abrange a estrutura e funcionamento do signo, e fornece subsídios sobre sua composição formal, como simplicidade e complexidade da forma como um todo, simetria, equilíbrio, dinamismo e ritmo, construção técnica e detalhes visuais do rótulo (NIEMEYER, 2003). Tais informações são o suporte das significações que serão extraídas do signo.

    Já a interpretação das relações sígnicas da rotulagem podem, segundo o referido autor, serem analisadas no nível do objeto semântico através de suas referências icônicas, indiciais e simbólicas. Tais referências definem estratégias de representação do signo. Embora o conceito de dimensão semântica do produto (product semantics) não se aplique de forma estrita dentro da semiótica baseada nas relações triádicas formuladas por Pierce (1977), pode facilitar a compreensão das qualidades expressiva e representacional da rotulagem ao fornecer pistas sobre o quê o rótulo representa, como a mensagem é representada, e dentro de que contexto faz sentido.

    Por fim, Pierce (1977 apud Niemeyer, p. 39-40) considera o interpretante como as possibilidades interpretativas do signo (apesar de ser comumente confundido como sendo o sujeito que interpreta). Nessa dimensão da tricotonomia, o autor aponta a existencia de três níveis de análise do signo: (a) no primeiro estágio chamado “rema” o signo pode gerar imprecisão, ou indefinição de sentido pelo contato com o novo; (b) no segundo estágio chamado de “discente” o signo permite a compreensão com particularizações interpretativas; e, (c) no último estágio o interpretante apresenta certezas, e portanto ele se torna um “argumento” dotado de precisão e rigor de significado (Niemeyer, 2003, 40).

    Tipologias de rotulagem ambiental para embalagemDo ponto de vista da normatividade, três normas ditam as diretrizes para

    a definição da rotulagem ambiental: a ISO 14024 que trata dos programas de rótulos ambientais do tipo I, mais conhecidos como “selos verdes”; a ISO 14021 que normatiza os rótulos ambientais tipo II, e que consistem em autodeclarações ambientais por parte da empresa; e, a ISO 14025 que contempla os aspectos ambientais a partir da análise do ciclo de vida do produto.

    Os selos verdes são de uso voluntário, e seu uso é concedido para determinados produtos ou serviços que são avaliados com base em critérios

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    múltiplos previamente definidos por uma entidade de terceira parte, de forma imparcial. Tais critérios são pautados nos princípios e procedimentos de rotulagem ambiental estabelecidos na norma ISO 14024 (Figura 03).

    Apesar de ser considerado um importante mecanismo de implementação de políticas ambientais, um selo verde traz informações parciais, apontando apenas melhorias ambientais do processo, sem levar em consideração todo o ciclo de vida do produto.

    Os rótulos ambientais tipo II, ou autodeclarações, são regulados pela norma ISO 14021, que especifica os requisitos para autodeclarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos a serem utilizados na rotulagem (Figura 04). A norma descreve também os critérios para a elaboração dos termos referentes à qualidade e atributos ambientais que um produto ou serviço possa ter, como por exemplo, “anti littering”, "material reciclável”, “reutilizável”, etc. (CEMPRE, 2013).

    A pesar da norma ISO 14021 definir elementos-chave para o uso de rótulos ambientais de Tipo II (ISO, 2012), se faz necessário verificar se o usuario (re)conhece os selos apresentados nesses rótulos; se ele valoriza esses selos na tomada de decisão de compra; além da avaliação da capacidade e qualidade de comunicação desses selos. Dessa forma será possível avaliar se os elementos de semiótica utilizados nas embalagens estão colaborando com a melhoria da tomada de decisão rumo a sustentabilidade.

    Para isso, buscou-se identificar a percepção e o comportamento dos alunos do curso de Administração e de Design da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com relação a simbologias e selos verdes utilizados para transmitir informações ambientais nas embalagens dos produtos.

    Figura 3: Exemplos de selos verdes conforme a norma ISO 14024.Fonte: Reprodução própria.

    Figura 4: Exemplos de selos tipo autodeclaração conforme a ISO 14021.Fonte: Reprodução própria.

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    3 Procedimentos metodológicosNa definição dos procedimentos metodológicos sugere-se a apresentação

    dos pressupostos que delineiam o como fazer a pesquisa. As técnicas de coleta de dados utilizadas foram:

    ▪ qualitativas: levantamento bibliográfico, análise documental, observação não participante.

    ▪ quantitativa: pesquisa com uma amostra de 128 alunos do curso de Administração e, 99 alunos do curso de Design da UFPE.

    Os dados primários foram coletados a partir de uma amostra aleatória simples do universo de 1.135 alunos de Administração e 340 alunos de Design, utilizando-se 95% de índice de confiabilidade e margem de erro de 5%.

    A escolha aos sujeitos de pesquisa se deu por acessibilidade dos pesquisadores ao público-alvo, pela representatividade destes futuros profissionais em termos de envolvimento com a temática quando estiverem atuando como tomadores de decisões junto à empresas e instituições responsáveis pela utilização, disseminação e promoção dos selos e rótulos ambientais, e por entendermos que ao mesmo tempo em que são consumidores, estão em constante contato com meios de comunicação e mídias que discutem temas contemporâneos como a problemática socio-ambiental. Ressalta-se ainda que ambos os cursos oferecem disciplinas que discutem o tema. Em Administração a disciplina de Governança e RSAE (7o. Período do curso) e em Design um conjunto de disciplinas tratam do tema ao longo do processo de formação do aluno.

    O questionário foi composto de duas partes, sendo a primeira destinada a identificação de dados sociodemográficos dos respondentes (Gráfico 1), e, a segunda parte composta por trinta e três (33) questões (abertas e fechadas) referêntes ao grau de conhecimento de um conjunto de símbolos frequentemente utilizados na rotulagem ambiental (Figura 05). As questões foram divididas em oito (8) blocos a saber: símbolo de reciclagem de alumínio (a); de vidro (b); de descarte de forma seletiva (c); de aço (d); de PVC (e); selo Qualidade Ambiental ABNT (f); selo IBD de produtos orgânicos (g); selo FSC de madeira reflorestada (h) (Figura 05). Os dados foram tabulados com o auxílio do software Numbers.

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    Questionou-se aos entrevistados se os mesmos conheciam tais símbolos/selos e o seu significado; a indicação de um ou mais produtos que contenham aqueles símbolos/selos; se o usuário leva em conta tal informação no momento da compra ou do descarte do produto (para símbolos de reciclagem buscou-se evidenciar o ato de descarte); se o usuário avalia que os símbolos/selos conseguem transmitir a informação a que se propõe. Para o símbolo de reciclagem de PVC questionou-se, ainda, pelo significado do número contido na parte interior do símbolo.

    4. Apresentação e discussão dos dadosO (re)conhecimento dos símbolos de reciclagem e dos

    selos verdesQuando questionados se conheciam os símbolos (Gráfico 2) apresentados,

    47% dos alunos de Administração e 37% dos alunos de Design não conseguiram identificar o símbolo de reciclagem de alumínio, apesar de estar presente em produtos de consumo com alta demanda como latas de refrigerante e cerveja. Ou seja, aparentemente, poderia ser considerado o nível “rema” do interpretante da tricotomia de Pierce (1977).

    Isso pressupõe que os usuários aparentemente não estão lendo as embalagens dos produtos, no entanto o baixo (re)conhecimento não está associado à falta de clareza do símbolo em transmitir a informação uma vez

    Figura 5: Símbolos apresentados no questionário aplicado no estudo. Fonte: Dados da pesquisa

    Gráfico 1: Perfil sociodemográfico da amostra estudada.Fonte: Dados da pesquisa

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    que 63% dos alunos de Administração e, 76% dos alunos de Design avaliam que o símbolo consegue transmitir a informação de reciclagem de alumínio (Gráfico 03), o que nos permite considerar que, em “nivel de objeto”, o signo é capaz de fornecer pistas sobre o quê o rótulo representa, como a mensagem é representada, e dentro do contexto da rotulagem ambiental este faz sentido.

    Chama a atenção que, apesar de 69% dos alunos de Administração e, 48% dos de Design reconhecerem o símbolo da reciclagem de vidro (Gráfico 02), 58% dos alunos de Administração e, 55% dos de Design não lembram ou não sabem apontar um produto que contenha esse símbolo; e ainda, 9% dos de Administração relacionaram equivocadamente o símbolo com o de descarte seletivo. Tal resultado tem relação com o fato de que 62% dos alunos do curso de Administração e, 75% dos de Design consideram que o símbolo de reciclagem de vidro não consegue cumprir com papel informacional (Gráfico 03).

    Por outro lado, esses dados devem ser analisados conjuntamente com as respostas da questão sobre descarte seletivo (Gráfico 04), na qual os alunos de Administração (77%) e de Design (88%) dizem não conferir o símbolo no momento do descarte da embalagem. Isso leva a crer que as embalagens de vidro conseguem orientar o usuário a descartar o produto no seu destino dado o contato visual com o material (quando o usuário identifica que a embalagem é de vidro ele não procura o símbolo para certificar-se desse fato), porém há produtos de vidro como as lâmpadas por exemplo que não devem ser descartadas no lixo comum e, portanto, pode-se inferir que o símbolo requer um maior destaque em produtos que devem ter destino diferenciado do que o procedimento padrão de separação de lixo. Ou seja, pode-se atribuir a problemas de sintaxe, pois o signo não consegue fornecer subsídios sobre sua composição formal, dada a complexidade quanto à construção técnica da forma.

    Gráfico 2: (re)conhecimento dos símbolos de reciclagem e de selos verdes.Fonte: Dados da pesquisa.

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    Dos símbolos selecionados para esta pesquisa, o de reciclagem de embalagens utilizando o descarte seletivo foi o que teve maior congruência nas respostas e também reconhecimento por parte dos entrevistados. Isso pode ser visto nos dados dos gráficos anteriores, uma vez que 77% dos alunos de Administração e, 67% dos de Design (re)conhecem o símbolo (Gráfico 02), 96% de Administração e, 66% de Design o associam com, e que o conferem no descarte seletivo (73% e, 53% respectivamente) (Gráfico 04). Isso condiz com o nível “argumento” do interpretante da tricotomia de Pierce (1977).

    Apesar de 81% dos alunos de Administração e, 65% dos de Design declararem que o símbolo consegue transmitir a informação a que se propõe (função “objeto” da tricotomia de Pierce (1977), 70% de respondentes de Administração e 82% de Design não souberam ou não lembraram de algum produto que indique o símbolo de anti-littering em sua embalagem, por isso, pode-se inferir que o signo não está cumprindo com a função de interpretante estando ainda em nivel “rema” nessa categoria.

    O símbolo de reciclagem de aço teve baixo (re)conhecimento por parte dos alunos do curso de Administração (63%) e, de Design (57%) uma vez que disseram não saber o que ele significa (Gráfico 02), o que permite supor que (a) apesar de padronizado internacionalmente (ISO 14021); (b) apesar de trazer em formato de texto a tipologia do material que representa, sendo esta a forma mais eficaz de comunicação dentro da linguagem visual (Horn, 1998); na tricotomia de “objeto” pode-se considerar que suas referências icônicas, indiciais e simbólicas são confusas. A pesar de utilizar simultaneamente texto, imagens e formas em uma única unidade de comunicação, à disposição desses elementos converge em nível de “interpretante” uma imprecisão que pode ser considerado de “rema”.

    Gráfico 3: avaliação da capacidade de transmissão de significado.Fonte: Dados da pesquisa.

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    Isto fica ainda mais evidente porque 86% dos alunos de Administração e, 76% dos de Design não souberam indicar algum produto que apresenta tal simbologia, e de que os alunos não consideram o símbolo no momento do descarte seletivo (67% de Administração e, 62% de Design) (Gráfico 04).

    No entanto, enquanto os designers avaliaram que o símbolo consegue transmitir a mensagem (Gráfico 3) a que se propõe (61%), os administradores avaliaram que ele não cumpre com sua função (63%). Apesar de que as respostas apresentam uma aparente contradição com a questão anterior, acredita-se que tal fato pode ser explicado por que os designers têm maior conhecimento sobre materiais utilizados para a fabricação dos produtos, uma vez que o curso de Design da UFPE oferece disciplinas com foco no uso de materiais e processos de fabricação.

    Já para o símbolo de reciclagem do PVC, é interessante notar que apesar de ele trazer a indicação do tipo de plástico de forma textual 47% dos alunos de Administração e, 39% de Design disseram não conhecer o mesmo (Gráfico 2), bem como na hora de indicar um produto que contenha o símbolo de reciclagem de PVC 56% dos administradores e, 69% dos designers não souberam citar algum produto. Apesar disso, 58% do total de entrevistados de Administração e, 72% de Design avaliam que o símbolo transmite a informação a que se propõe (Gráfico 3).

    Aquí sim podemos dizer que os discursos de Horn (1998) sobre a combinação de texto e forma para a construção de signos, buscam comunicar uma mensagem. Por outro lado, quando questionados sobre o número constante no interior do símbolo, 29% dos alunos de Administração e, 32% dos de Design apontaram incorretamente ser o número de vezes que o produto pode ser reciclado. Foram os designers que souberam apontar que se trata da tipologia do plástico (44%) contra 40% dos administradores que disseram não saber do que se trata o número (Gráfico 05) e acredita-se que isso ocorre pela diferença na formação dos profissionais.

    Gráfico 4: confere o símbolo de reciclagem e de selo verde no momento do descarte.Fonte: Dados da pesquisa.

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    Por isso, pode-se dizer que em “nivel de objeto” o signo é capaz de fornecer pistas sobre o quê o rótulo representa, no entanto a mensagem não é representada, e mesmo dentro do contexto ela não faz sentido. E ainda, pode-se afirmar que em “nível de interpretante” o signo está no segundo estágio chamado de “discente” pois permite a compreensão com particularizações interpretativas.

    O último bloco de perguntas foi direcionado para a percepção sobre os selos ambientais do Tipo I: o selo Qualidade Ambiental ABNT, o IBD - Instituto Biodinâmico e, o FSC - Forest Stewardship Council.

    Na pesquisa, o selo de Qualidade Ambiental ABNT, teve pouco reconhecimento por parte dos alunos. Apenas 16% dos alunos de Administração, e 23% dos alunos de Design disseram (re)conhecer o símbolo e destes apenas 9% e 3% respectivamente souberam identificar o Programa Nacional da Qualidade Ambiental. Desses, 18% e 31% dizem que tomaram conhecimento sobre o selo na sala de aula, no próprio produto ou nos meios de comunicação (Gráfico 6).

    Além disso, 95,32% dos alunos de Administração e, 98% dos de Design não souberam indicar um produto ou serviço que possua o selo verde da ABNT, assim como 91% da Administração e 80% do Design declararam que não levam em consideração o selo no ato da compra e que independentemente de o produto possuir o selo ou não, realizariam sua compra (Gráfico 7). Apesar do baixo índice de alunos que dizem conhecer o selo, 51% dos administradores e 55% dos designers avaliam que o símbolo consegue transmitir a informação de selo verde.

    Gráfico 5: confere o símbolo de reciclagem e de selo verde no momento do descarte.Fonte: Dados da pesquisa.

    Gráfico 6: forma como obteve conhecimento sobre o selo Qualidade Ambiental ABNT.Fonte: Dados da pesquisa.

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    Já em relação ao selo do IBD (Gráfico 2), o mesmo foi (re)conhecido apenas por 27% dos entrevistados. Além do alto índice de desconhecimento desse símbolo (73%), o mesmo não é considerado na tomada de decisão de compra por parte dos entrevistados (86% dos aluno de administração e 80% dos alunos de design respectivamente) (Gráfico 7). Porém, quando questionados se o selo consegue transmitir a informação sobre o produto orgânico, 53% e 52% avaliaram positivamente (Gráfico 3).

    Por último, questionou-se sobre o selo do FSC que foi (re)conhecido (Gráfico 2) pela minoria (18% e, 30%) que o associou a madeira certificada, indicando móveis, lápis, cadernos, livros, resmas de papel, palitos de picolé, como produtos onde esse selo pode ser encontrado. Dado o alto índice de respostas apontando desconhecimento sobre o selo (82% e 70%), tem-se que 87% e 78% do total de entrevistados em Administração e Design, respectivamente, não o levam em consideração no ato da compra (Gráfico 7), pois afirmam que comprariam o produto independentemente de o mesmo ter o símbolo ou não; e, ainda, que o símbolo não consegue transmitir a informação de certificação de madeira de reflorestamento (Gráfico 3).

    De acordo com as respostas referentes à percepção sobre os selos ambientais do Tipo I, pode-se inferir que existem lacunas e contradições em relação à forma como são utilizados os elementos da linguagem visual.

    Acredita-se que a adoção de indicadores simbólicos como “Logotipo com Símbolo” ou “Logo-símbolo” (Cassisi, 2013) pode tornar confusa a mensagem, visto que, a combinação de texto, formas e imagens para compor um signo, demanda a realização de diversas operações de decodificação e (re)configuração da mensagem por parte dos usuários. Isto sugere que esse tipo de selos precisam de uma maior articulação dos elementos constituintes da forma no nível sintático, a fim de estabelecer uma estrutura mais clara do signo, a partir de um esforço mais apurado na composição formal, de forma tal que possam dar um melhor suporte às significações que serão extraídas do mesmo.

    Gráfico 7: considera o selo no momento da decisão de compra.Fonte: Dados da pesquisa.

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    Considerações finaisConfrontando os dados coletados e a revisão teórica é possível estabelecer

    algumas discussões referentes à eficácia da transmissão dos selos e símbolos que remetem a produtos direcionados à sustentabilidade.

    Uma delas é em relação à percepção dos entrevistados quanto à informação apresentada nas embalagens/produtos que dependem em grande parte do uso e combinação apropriada dos elementos da linguagem visual. Por exemplo, nos símbolos apresentados no questionário (Figura 6), os do selo de alumínio reciclável (a) e o de descarte seletiva (d) foram os mais reconhecidos e os que mais conseguiram transmitir seu significado.

    No caso do alumínio, são utilizadas formas que transmitem a ideia de ciclo juntamente com a representação textual do material. Já no selo de descarte seletivo, o uso de uma figura representando uma pessoa realizando uma ação direta transmite a mensagem de forma clara. Entretanto, conceitos abstratos como o número no centro do rótulo de PVC, ou a imagem de um ímã atraindo uma lata de aço (d) ou um beija-flor (f) se prestam para diversas interpretações por parte do usuário. Formas abstratas como a apresentada no selo de produto orgânico (g), ou para madeira certificada (h) certamente dificultam sua correta interpretação. Soma-se a isso o fato de que siglas como IBD ou FSC não contribuem para esclarecer o caráter abstrato desses selos.

    Assim, o uso exclusivo de textos, imagens ou formas isoladas em rótulos ambientais (HORN, 1998) mostrou-se ineficiente na comunicação, isso porque o texto comunica, mas não visualmente; já as formas são visuais mas não comunicam sozinhas; e, imagens descontextualizadas são visuais mas sua comunicação torna-se subjetivo.

    Outra discussão que desponta é que a formação dos diferentes profissionais influencia apenas no reconhecimento do símbolo quando ele se refere a materiais, pois os alunos de Design souberam relacionar produtos aos símbolos de alumínio, aço, e PVC melhor do que os alunos de Administração. No entanto, o que poderia ser um argumento para a sustentabilidade não se confirma na tomada de decisão de compra ou no momento do descarte da embalagem/produto, uma vez que os comportamentos se igualam independentemente da sua formação acadêmica.

    Portanto, abre-se espaço para novas investigações sobre o aprendizado formal sobre sustentabilidade em ambos os cursos, e ainda em outros níveis de ensino como o Médio e o Fundamental; além de sugerir que seja medida a eficácia de programas de educação ambiental como as de ONGs, fundações, instituições, associações, e, governos.

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    Entretanto, não apenas discussões sobre aspectos de conteúdo são necessárias, mas sobretudo sobre aspectos gráficos desses símbolos e selos, de forma que sejam capazes de promover maior conhecimento do significado das imagens, ou seja, coloca-se em pauta a discussão sobre a qualidade da comunicação do selo e não apenas sua capacidade de comunicação. Recomenda-se portanto a ampliação dessa pesquisa para outros públicos com (ou em processo de) formaçao distintas para verificar percepções sobre a eficacia dos signos para a promoção da sustentabilidade.

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    autor

    Leonardo Castillo | [email protected] do Programa de Pós-Graduação em Design, Universidade Federal de

    Pernambuco – UFPE

    Carla Regina Pasa Gómez | [email protected] Professora do Programa de Pós-Graduação em Administração - PROPAD,

    Universidade Federal de Pernambuco – UFPESEMEIOSIS 2019. ALGUNS DIREITOS RESERVADOS. MAIS INFORMAÇÕES EM SEMEIOSIS.COM.BR

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