Senai Noções Mec. Automotiva

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    NOESDEMECNICAAUTOMOTIVA

    ESCOLASENAI CONDEJOSVICENTEDEAZEVEDO

    NOESDEMECNICAAUTOMOTIVA

    2005

    MECNICADEVECULOSLEVES

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    MECNICADEVECULOSLEVES

    ESCOLASENAI CONDEJOSVICENTEDEAZEVEDO

    2005. SENAI-SP

    Noes de Mecnica Automotiva

    Publicao organizada e editorada pela Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo

    Coordenao geral

    Coordenador do projeto

    Planejamento e

    organizao do contedo

    Editorao

    Luiz Carlos Emanuelli

    Jos Antonio Messas

    Glaudinei Menegatti dos Santos

    Ulisses Miguel

    Teresa Cristina Mano de Azevedo

    SENAI

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    Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo

    Rua Moreira de Godi, 226 - Ipiranga - So Paulo-SP - CEP. 04266-060

    (0xx11) 6166-1988

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    http://www.sp.senai.br/automobilistica

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    APRESENTAO 7

    A HISTRIADOAUTOMVEL 9

    O Automvel 10

    SISTEMASDESUSPENSO 14

    Suspenso Dianteira 15 Suspenso Traseira 16

    SISTEMASDEDIREO 17

    Sistema de Direo Servo-Assistida 17

    Alinhamento de Rodas 18

    Geometria de Direo 19

    Balanceamento de Rodas 20

    SISTEMADEFREIOS 24

    Freios 24

    Freios a Tambor 25

    Freio a Disco 26

    Servo-Freio 27

    Sistema Anti-Bloqueio de Freios ABS 27

    Substituio de Componentes em Sitemas de Freios 28

    Freios de Estacionamento 28

    TRANSMISSOMECNICA 29

    Caixa de Mudanas 29

    Caixa de Mudanas Manual e Embreagem 29

    Componentes e Funcionamento da Embreagem 30

    Componentes da Caixa de Mudanas Manual e seu Funcionamento 31

    Caixa de Mudanas Automtica 33

    SUMRIO

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    DIFERENCIALESISTEMASDETRAO 36

    Motor Dianteiro com Trao Traseira 36

    Motor Dianteiro com Trao Dianteira - Transversal e Longitudinal 37

    O Diferencial e suas Funes 37

    rvore de Transmisso Articulada 38

    Juntas Homocinticas 39

    MOTORDECOMBUSTOINTERNA(CICLOOTTO) 40

    Tipos de Motores 41

    Pisto, Biela e Virabrequim 41

    Cilindrada 42

    Cabeote 42

    O que Comanda as Vlvulas? 43

    Funcionamento dos Motores de Quatro Tempos 45

    SISTEMADELUBRIFICAODOMOTOR 48

    Funes do Lubrificante 48

    SISTEMADEARREFECIMENTO 50

    Arrefecimento a Ar 50

    Arrefecimento a gua 51

    SISTEMADEALIMENTAO 53

    Bomba de Combustvel 54

    A Funo do Carburador e da Injeo Eletrnica 55

    INJEOELETRNICA 56

    Sistema de Ar 56

    Sistema de Combustvel 57

    SISTEMADEIGNIO 58

    Bateria 58

    Chave de Ignio 59

    Distribuidor 59

    Bobina 60

    Cabos de Velas 61

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    Velas 61

    Ignio Convencional 63

    Ignio Eletrnica 63

    SISTEMASDECARGAEPARTDA 65

    REFERNCIASBIBLIOGRFICAS 66

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    APRESENTAO

    A finalidade desta apostila a de facilitar a compreenso sobre os principais sistemas e

    componentes que fazem partes de um veculo.

    Os componentes aqui apresentados, so de grande importncia para o candidato mecnica

    ou ao usurio, pois lhe direcionar qual o caminho a seguir na profisso ou na hora de levar

    o veculo para conserto.

    A leitura desta apostila ser muito importante para voc. Leia uma, duas trs...., quantas

    vezes forem necessrias. Lembre-se que muitas vezes os ensinamentos adquiridos nosbancos escolares e as noes aprendidas no dia a dia da oficina precisam ser reavivados

    e reordenados para um melhor desempenho profissional.

    O SENAI espera que voc tire o mximo proveito deste Treinamento. E que, medida que

    voc se atualize, possa crescer cada vez mais na profisso que escolheu.

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    A HISTRIADOAUTOMVEL

    Desde os primrdios da civilizao, o homem j sentia a necessidade de transportar seus

    pertences. O boi e o cavalo foram, segundo alguns historiadores, os primeiros animais a

    servirem ao homem, mas sua bagagem foi-se tornando cada vez mais volumosa at o

    ponto em que os animais no podiam transport-la, tanto no que se refere a capacidade

    quanto rapidez.

    O homem ps-se a campo, e comeou a aproveitar o que existia a seu redor, pois a natureza

    nos oferece muito mais do que aquilo que aproveitamos atualmente.

    O mundo contemporneo depende do uso intenso de energia, pois ela est ligada diretamente

    aos ndices de produtividade humana.

    Para resistir s intempries e no morrer de fome, o homem construiu abrigos, vestiu-se,

    trabalhou a terra e alimentou-se.

    A mquina a vapor definiu os rumos da civilizao industrial. E, a partir do sculo XIX, o

    petrleo revelou-se uma das maiores conquistas do campo da energia, dando um vigorosoimpulso ao progresso.

    O desenvolvimento do motor de combusto interna deu feio ao uso de petrleo e a medida

    que a tecnologia e a industrializao avanavam, aplicaes cada vez maiores eram

    encontradas para este combustvel.

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    O AUTOMVELA inveno do automvel atribuda a vrias pessoas. Muitas existncias foram dedicadas

    na tentativa de produzi-lo. Torna-se importante citar os nomes daqueles que mais contriburam

    para que hoje, as facilidades oferecidas pelos automveis possam ser utilizadas.

    Tais facilidades, apenas para exemplificar so:

    Passear

    Transportar

    Trabalhar

    Rapidez em transpor distncias

    As pessoas da Histria do automobilismo que mais contriburam para essas conquistas

    foram:

    1650 Hans Hautsch (Nuremberg). Carroa mecnica acionada por mecanismo de relgio.1748 Vaucanson (Frana). Veculo acionado por fita de ao igual mola de relgio.

    1770 Nicolas Joseph Cugnot (Frana). Carreta de artilharia acionada por caldeira a vapor.

    1780 Dallery (Frana). Veculo acionado por caldeira tubular.

    1801 Philippe Lebon. Motor de expanso a ar. Movido a gs de hulha inflamado.

    1803 Trevithick (Estados Unidos). Carro a vapor usando biela e conjunto de engrenagens.

    1823 Griffith (Estados Unidos). Veculo com caldeira tubular de grande rendimento.

    1830 James Watt (Inglaterra). Veculo a vapor com presso diferente nos cilindros e mudana

    de velocidade.1833 Dr. Chuch (Inglaterra). Carro a vapor para percorrer grandes distncias.

    1834 John Scott Russel (Frana). Veculo coletivo movido a vapor em linha regular.

    1860 Loan Joseph Lenoir (Frana). Motor a exploso com gs de hulha vaporizado em

    carburador.

    1862 Nikolaus Augusto Otto (Alemanha). Motor de 4 tempos a combustvel comprimido e

    ignio (ciclo Otto).

    1875 Amode Bolle (Frana). Veculo com 2 motores e 2 cilindros em V. Com mudana

    de velocidade.

    1876 Bean de Rochas. Motor com mistura comprimida antes da combusto.

    1883 Gotllieb Daimler (Alemanha). Motor a gasolina mais leve e mais rpido, o invento

    constitua-se de um tubo ligado cmara de combusto e aquecido externamente

    por uma chama.

    1884 Dellomans Deboutteville (Frana). Veculo com motor de 2 cilindros horizontais

    alimentado a leo leve.

    1885 Epopia dos veculos eltricos com tendncia a sobrepujar os demais.

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    1886 Karl Benz (Alemanha). 1 veculo til com motor a gasolina de 0,8HP a 800 rpm.

    1888 Leon Serpollet (Frana). Triciclo com cadeira a vapor.

    1889 Jenatzi (Frana). Veculo eltrico com velocidade superior a 100km/h.

    1891 Panhard e Lavassor. Criam o 1 automvel com motor a frente.

    1892 Maybach. Inventa um carburador com bia.

    1894 Vacheron. Lana o automvel com volante.1895 Panhard. Fabrica o primeiro automvel fechado. Os irmos Andr e Edouard Michelin

    introduzem os primeiros pneus para automvel.

    1896 Mors (Frana). Fabrica o primeiro motor V4. Graf e Stift (ustria), constrem o primeiro

    automvel a gasolina com trao nas rodas da frente.

    1898 Daimler. Constri o primeiro motor de 4 cilindros em linha.

    1899 Daimler. Utiliza o radiador em colmeia, com depsito de gua incorporado a mudana

    de marchas em H e o acelerador de pedal. Renault (Frana) o primeiro a utilizar o

    eixo de transmisso ligado ao eixo traseiro pr meio de cardans.1901 Daimler. Lana na Alemanha o Mercedes.

    1902 Spyker (Holanda). Fabrica um automvel com trao nas quatro rodas e com um motor

    de 6 cilindros em linha.

    1903 Mors. Apresenta um automvel provido de amortecedores. Ader (Frana) fabrica o

    primeiro motor V8.

    1904 Sturevant (Estados Unidos). Vende o primeiro automvel com transmisso automtica.

    A Cadillac, nos Estados Unidos, oferece como acessrio extra a primeira chave de

    ignio anti-roubo.

    1906 Nos Estados Unidos surge os pra-choques nos veculos.

    1908 A DELCO, nos Estados Unidos, fabrica o primeiro sistema de bobina e distribuidor de

    ignio.

    1909 Christie (Estados Unidos). Instala um motor de 4 cilindros e a caixa de mudanas

    transversalmente em relao as rodas da frente.

    1911 A Cadillac apresenta o motor de arranque eltrico e a iluminao eltrica com dnamo.

    Em Los Angeles instalado um telefone num automvel. A Isotta Fraschini (Itlia),

    cria o primeiro sistema eficaz de freios nas quatro rodas.

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    1912 A Peugeot fabrica o primeiro motor com rvore de comando de vlvulas duplo no

    cabeote. Oakland e Hupmobile (Estados Unidos), fabricam carrocerias totalmente

    feitas em ao.

    1913 So lanados nos Estados Unidos dois tipos de indicador de direo, ambos

    comandados por cabos. A Peugeot utiliza pela primeira vez a lubrificao forada em

    crter seco. Na Gr-Bretanha surge o carburador SU, de vcuo constante, com mbolo

    deslizante.

    1915 Aparece, nos Estados Unidos os limpadores de pra-brisas acionados por vcuo. A

    Cadillac lana o sistema de arrefecimento com controle termosttico.

    1916 A Packard pe a venda o primeiro automvel de srie equipado com motor V12. O

    Twin Six. Aparecem nos Estados Unidos, as luzes de freio acionadas pelo pedal de

    freio.

    1920 Duesenberg, nos Estados Unidos, aplica freios hidrulicos de expanso interna nas

    quatro rodas.1922 O Lancia Lambida apresenta, pela primeira vez a construo monobloco e a suspenso

    dianteira independente.

    1923 Adiciona-se chumbo etlico a gasolina para reduzir a detonao. A Dodge nos Estados

    Unidos fabrica a primeira carroaria fechada totalmente em ao. A Fiat, na Itlia,

    monta uma coluna ajustvel de direo.

    1925 Nos Estados Unidos, todos os automveis apresentam par-choques dianteiros e

    traseiros.

    1926 Surge, nos Estados Unidos, o aquecimento interior dos automveis por meio de gua.1927 A Studbaker e a Oldsmobile, nos Estados Unidos, utilizam os cromados.

    1928 A Cadillac e a La Salle apresentam a caixa de mudanas sincronizada.

    1929 Aparecem os rdios para automveis.

    1930 O Vauxnall Cadet o primeiro europeu com mudanas sincronizadas.

    1931 Embreagens automticas, acionadas por vcuo proveniente do motor, so adotadas

    pela Standard e pela Rover.

    1933 A GENERAL MOTORS, nos Estados Unidos apresenta o sistema de ventilao sem

    correntes de ar.

    1935 O Fiat apresenta um motor de 6 cilindros chassi com reforo central, freios hidrulicos,

    suspenso dianteira independente e formas aerodinmicas.

    1937 A Studbaker apresenta jatos de gua para lavar os pra-brisas.

    1938 Alemanha lana o Volkswagen.

    1939 Os automveis Oldsmobile apresentam transmisso Hydra-Matic.

    1940 A CHRYSLER apresenta limpadores de pra-brisa de 2 velocidades.

    1945 A PHILIPS, na Holanda, produz a lmpada de filamento duplo para mudanas de luzes.

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    1946 Nos Estados Unidos aparecem dispositivos eletrnicos para levantar e baixar os vidros

    das janelas.

    1947 anunciado o lanamento do primeiro Ferrari V12, tipo 125, de 1,5 litros.

    1948 A Jaguar lana o automvel esportivo XK120, capaz de desenvolver uma velocidade

    de 190 km/h. A Michelin apresenta o pneu radial X. A Triplex fabrica pra-brisas curvos.

    A Goodrich, nos Estados Unidos, lana o primeiro pneu sem cmara de ar.

    1949 O Triumph Mayflower apresenta unidades conjuntas de mola helicoidal e amortecedores

    telescpicos.

    1950 A Ford, na Gr-Bretanha, adota a suspenso dianteira independente Mac Pherson

    nos modelos Cnsul MK1. A Dunlop registra a patente de freios a disco com pastilhas

    aplicadas por pinas.

    1951 A Chrysler e a Buick apresentam modelos com direo assistida.

    1952 A GENERAL MOTORS instala pela primeira vez o ar condicionado.

    1954 A Cadillac utiliza faris duplos. A Buick apresenta um pra-brisas envolvente. A Boschna Alemanha, instala ao novo modelo Mercedes-Benz 300L um motor com injeo

    de combustvel.

    1957 A Chrysler instala o piloto mecnico, dispositivo equipado com um boto sobre o qual

    se exerce presso a fim de manter uma acelerao constante na conduo na estrada.

    1958 A DAF, na Holanda lana a transmisso automtica Variomatic, que funciona por meio

    de correias que giram sobre tambores expansveis.

    1959 A BMC lana o mini com trao a frente, motor transversal e suspenso independente

    de borracha.1961 A Renault R4 utiliza um circuito fechado de arrefecimento.

    1962 A BMC anuncia o 1100, sucessor do Mini, com suspenso hidroelstica.

    1963 A Dunlop demonstra a hidroplanagem, at ento no considerada.

    1964 A Cibi e a Philips apresentam conjuntamente a lmpada de iodo.

    1966 Nos Estados Unidos surge uma legislao sobre as normas de segurana nos

    automveis.

    1967 A Cibi lana os faris de nivelamento automticos, criados para o Citroen.

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    SISTEMASDESUSPENSO

    O sistema de suspenso pode ser resumido nos pneumticos, nos amortecedores, nas

    molas e barras estabilizadoras. E tm por finalidade tornar o veculo confortvel, estvel, ter

    boa dirigibilidade e garantir seu desempenho dentro dos padres de segurana recomendados.

    Pequenas irregularidades das vias de rodagem so absorvidas pelos pneumticos. Quando

    essas irregularidades se tornam maiores, so absorvidas pelo sistema de molas que tem

    importncia fundamental na suspenso. Os amortecedores entram em ao para reduzir o

    nmero e a amplitude das oscilaes das molas.

    Nas suspenses so empregados diversos tipos de molas e amortecedores. As molas

    podem ser helicoidais, de ar, semi-elpticas ou barras de toro e os amortecedores podem

    ser comuns, de dupla ao, pressurizados a gs, podem ter controle eletrnico, etc.

    Mola helicoidal

    Feixe de molas Amortecedor

    Barras de toro

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    A barra estabilizadora uma barra de seo circular confeccionada com ao liga de

    mangans, para poder sofrer tores sem se deformar. geralmente instalada, atravs de

    coxins de borracha, na suspenso dianteira, podendo tambm ser instalada na suspenso

    traseira. Tm a funo de diminuir a inclinao da carroaria nas curvas e irregularidades

    do piso.

    Os veculos possuem duas suspenses, uma instalada na dianteira e a outra na traseira.

    SUSPENSODIANTEIRAOs sistemas de suspenso mais usados atualmente nos veculos so do tipo independente.

    Para isto utiliza-se suspenses do tipo Mac Pherson e suspenses Multi-Link, que uma

    suspenso de mltiplos braos, onde o cmber e o cster variam com o veculo emmovimento. Uma vez que a maioria dos veculos atuais esto equipados com trao nas

    rodas dianteiras, o sistema de suspenso muito importante, pois deve suportar todo o

    peso da frente do veculo, das rodas de trao e da direo.

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    O sistema Mac Pherson amplamente utilizado devido a seu projeto compacto. Um suporte

    tubular conecta o conjunto da roda ao chassi. Uma mola helicoidal envolve o suporte, com o

    amortecedor localizado no seu centro.

    Todo o conjunto pode mover-se lateralmente para esterar as rodas e flexionar para cima e

    para baixo, atravs das juntas esfricas e buchas de borracha, com os braos interligados

    com a finalidade de se acomodar as condies do piso de rodagem. O sistema requer

    apenas manuteno de rotina, de acordo com as instrues contidas no Plano de Manuteno

    Preventiva.

    Rolamento nas rodas permitem que elas girem livremente.

    SUSPENSOTRASEIRA

    A suspenso traseira, desde os primrdios dos tempos passou por vrias modificaes.Foi do tipo dependente, encontrada em veculos de trao traseira com eixo rgido. Atualmente,

    a mais empregada nos veculos a do tipo independente, onde tambm usada a suspenso

    Multi-Link.

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    SISTEMASDEDIREO

    As rodas do veculo, assim como os pneus, bsicas para qualquer projeto, so apoiadas

    sobre mangas ou pontas de eixo, ficando o eixo propriamente dito fixado estrutura principal

    do carro ou chassis. A direo tem por objetivo alterar a angulao das rodas relativamente

    linha de centro do veculo de modo a permitir que este possa realizar alteraes de direo

    em curvas e manobras. So usados vrios tipos de sistemas de direo.

    SISTEMADEDIREOSERVO-ASSISTIDAO crescente aumento de velocidade e peso mdio do veculo, bem como o crescimento no

    nmero de veculos em uso e ainda o progressivo desejo de maior conforto foraram o

    desenvolvimento de direes que solicitassem menores esforos dos motoristas.

    Sistema de cremalheira

    Sistema setor sem-fim

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    O tipo de direo servo-assistida que tem emprego mais freqente a do tipo hidrulico. O

    sistema possui um reservatrio de fludo e uma bomba acionada pelo motor do veculo. A

    bomba conectada caixa por meio de dutos adequados. Atualmente j se utiliza uma

    bomba eltrica para a circulao do fludo, aliviando-se assim o esforo realizado pelo motor.

    ALINHAMENTODERODASAlinhamento de rodas o posicionamento preciso das rodas dianteiras e traseiras em relao

    aos sistemas de direo e suspenso. Para que as rodas de um veculo se mantenham

    paralelas e os pneus perfeitamente apoiados no solo, necessrio que os parmetros de

    alinhamento estejam com seus valores dentro das especificaes do fabricante. Desta forma

    se obter uma melhor estabilidade do veculo e uma maior vida til dos pneus.

    Os valores especificados para tais parmetros geralmente so reduzidos e seu controle

    deve ser realizado com aparelhagens especiais. O controle e as eventuais correes

    somente devero ser efetuadas desde que no hajam folgas excessivas nos terminais de

    direo, nos rolamentos, nos embuchamentos e pivs de suspenso ou aros defeituosos.

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    GEOMETRIADEDIREOA geometria de direo composta de uma combinao de ngulos os quais influem

    diretamente na dirigibilidade e estabilidade do veculo. Em um alinhamento fundamental a

    medio desses ngulos e linhas, tais como: cmber, cster, convergncia, KPI, ngulo

    incluso, divergncia em curvas, SET BACK (diferena coaxial entre eixos), raio de giro,

    ngulo direcional do eixo traseiro e paralelismo total. A seguir explicaremos alguns deles.

    CMBER

    Termo em ingls que indica o ngulo de inclinao, ou seja, o ngulo compreendido entre a

    linha vertical e o plano mediano da roda, medido observando-se o veculo pela frente e com

    as rodas sem esterar. Obviamente, as duas rodas de um mesmo eixo devem ter a mesma

    inclinao. Ela positiva quando as rodas tm a parte superior inclinada para fora; e negativa

    quando a parte superior das rodas est inclinada para dentro.

    Os construtores de veculos adotam ngulos diferentes para os diversos modelos que devem

    ser respeitados na manuteno do veculo, para no comprometer a performance, sobretudo

    em estradas, e causar um desgaste anormal dos pneus.

    Exemplo de pneu com desgaste irregulardevido ao cmber incorreto.

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    CSTER

    o ngulo formado pela inclinao longitudinal do pino mestre ou da linha imaginria que

    passa pelos pivs em relao a um plano vertical. Tal ngulo tem a finalidade de permitir o

    retorno das rodas dianteiras sua posio central, aps efetuada uma curva.

    Se o ngulo cster estiver irregular e seu valor de inclinao no for correto para as duas

    rodas dianteiras, o veculo tender a derivar para o lado cuja roda estiver mais atrasada,provocando o arrastamento da mesma e consequentemente reduzindo a vida til do pneu.

    Outra irregularidade que pode ocorrer a vibrao (efeito shimmy) durante a marcha

    retilnea.

    Em bicicletas encontramos o cster positivo.

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    Convergncia +A > B

    Convergncia ou DivergnciaA < B

    CONVERGNCIAEDIVERGNCIA

    Convergncia o ngulo formado entre o eixo longitudinal do veculo e a linha mediana das

    rodas. A convergncia positiva (toe in) quando as linhas medianas das rodas convergem

    para a parte dianteira do veculo e negativa (toe out), quando as duas linhas medianas tendem

    a se encontrar atrs do veculo. Nesse caso, fala-se, tambm, de divergncia. Em geral, a

    convergncia positiva adotada nos veculos com trao traseira e a negativa nos modelos

    com trao dianteira, nos quais as rodas, de certa forma, puxam o veculo.

    Caso o veculo trabalhe com convergncia ou divergncia fora das especificaes, os pneus

    sofrero um desgaste prematuro e irregular.

    BALANCEAMENTODERODASEm geral, uma roda completa sempre possui certos desequilbrios, que se traduzem em

    vibraes, afetando o desgaste do pneu e o conforto, alm de reduzir a vida til dos

    rolamentos, dos amortecedores e elementos da suspenso e direo do veculo. Esses

    desequilbrios se classificam em estticos, dinmico simples e dinmico combinado.

    DESEQUILBRIOESTTICO

    causado por uma massa disposta simetricamente em relao ao plano mediano vertical

    da roda. Com este desequilbrio ocorrem oscilaes no

    sentido vertical produzindo sucessivos impactos no pneu,

    que afetam a suspenso e a direo do veculo causando

    desgaste localizado na banda de rodagem do pneu.

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    DESEQUILBRIODINMICOSIMPLES

    causado por uma ou mais massas dispostas de maneira assimtrica em relao ao plano

    mediano vertical, e no uniformes ao longo da circunferncia.

    Quando a roda est em rotao, as duas massas geram

    duas foras do tipo centrfuga que provocam oscilaes

    transversais.

    O pneu sofre rpido desgaste e tanto o conforto como a

    dirigibilidade so prejudicados, bem como os elementos

    mecnicos da suspenso e direo do veculo.

    DESEQUILBRIODINMICOCOMBINADO

    Esse desequilbrio representado pela soma dos desequilbrios esttico e dinmico simples.

    CUIDADOSCOMOSPNEUS

    Qualquer que seja o tipo de pneu utilizado a presso correta o fator mais importante. Na

    realidade a presso incorreta a principal causa do desgaste prematuro dos pneus. Pouca

    presso tende a fazer com que as bordas do pneus se desgastem mais rapidamente:

    excesso de presso provoca desgaste mais rpido no centro da banda rodagem. Infle os

    pneus presso recomendada e faa verificao sempre com pneus frios. A presso

    recomendada diferenciada de acordo com a carga (peso) que o veculo carrega.

    Para se obter um desgaste por igual de todos os pneus, necessrio efetuar o rodzio

    peridico. Faa rodzio a cada 10.000 km, de preferncia com os cinco pneus, conforme

    figuras abaixo.

    Diagonais Radiais

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    Importncia dos Pneus

    Para pneus radiais recomenda-se no inverter o sentido de rodagem.

    Devem ser usados sempre pneus da mesma marca e tipo. Se voc desejar um tamanho

    maior siga as recomendaes do fabricante. Lembre-se que no possvel misturar pneus

    diagonais com pneus radiais.

    A diferena bsica entre pneus diagonais (ou convencionais) e os radiais est principalmente

    na estrutura de suas carcaas.

    TIPOSDEPNEUS

    O pneu diagonal tem uma estrutura de lonas txteis cruzadas, umas em relao s outras,

    cujos cordonis formam um determinado ngulo.

    No pneu radial, a estrutura constituda de uma ou mais lonas cujos cordonis so colocados

    paralelamente e no sentido radial. Esta estrutura reforada com cinturas que envolvem

    toda a periferia do pneu, sob a banda de rodagem e mantm inalterada a circunferncia

    externa do pneu, permitindo que seja mantida constante a rea de contato com o solo,

    mesmo nas curvas.

    Os pneus so itens de segurana, sua banda de rodagem dotada de sulcos e blocos que

    tem a funo de oferecer mxima aderncia em pisos molhados e estradas escorregadias.

    Essa aderncia tende a diminuir medida que o pneu se desgasta. Por isso o CONTRAN

    (Conselho Nacional do Trnsito) probe a circulao de veculos com pneus cujo desgaste

    tenha atingido os indicadores existentes na banda de rodagem (T.W.I.) ou cuja profundidade

    remanescente seja inferior a 1,6mm.

    Pneu Diagonal

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    SISTEMADEFREIOS

    FREIOSFreios em bom estado so vitais para uma conduo segura do veculo. Seu funcionamento

    eficiente depende no apenas de suas prprias condies, como tambm das condies

    dos pneus, das estradas, ruas e do tempo de reflexo do motorista. Com todos esses fatores

    envolvidos, extremamente importante manter os freios sempre em condies ideais de

    funcionamento.

    COMOFUNCIONAMOSFREIOS

    Os sistemas de freio basicamente so compostos de pedal de freio, servo-freio, cilindro

    mestre, cilindros de rodas, pinas de freios, tambores, discos, lonas, pastilhas, alavanca ou

    pedal do freio de estacionamento, tubulaes, vlvulas e fludo de freio. Quando o motorista

    aciona o pedal move os pistes internos do cilindro mestre que por sua vez empurra o fludo

    pelas tubulaes at atingirem os cilindros de rodas ou pinas de freio. Desta forma as

    pastilhas ou lonas so empurradas contra os discos ou tambores respectivamente gerando

    atrito.

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    O princpio fundamental da frenagem o atrito. Vrias solues foram empregadas para

    parar ou reduzir os veculos, contudo, todas empregando a frico como elemento de parada

    ou de reduo da velocidade do veculo. Quando dois corpos so postos em contato e um

    deles se move e o outro no, ou ainda, quando ambos se movem em direes contrrias,

    ocorre entre eles um atrito dinmico que recebe o nome de frico. A frico promove a

    dissipao de energia sob a forma de calor.

    Nos automveis, o sistema mais simples que empregado, o sistema a tambor. O mais

    comum, em termos de maior segurana, o sistema de freios a disco e os sistemas servo-

    assistidos.

    FREIOSATAMBORPraticamente suplantados nas rodas dianteiras pelos freios a disco, os freios a tambores

    ainda equipam as rodas traseiras de muitos modelos. O freio a tambor constitudo de um

    componente (o tambor) que gira junto com a roda e tem uma banda anular interna contra a

    qual, em uma frenagem, so pressionadas duas

    sapatas recobertas por material de atrito. O

    alargamento das sapatas obtido por meio de

    pequenos cilindros hidrulicos, fixados ao porta

    sapatas ( que tambm tem a funo de suportar

    as sapatas e fechar o tambor do lado oposto da

    roda) e ligados ao circuito de comando de freio por

    meio de tubulaes. Para retornar posio de

    repouso, as sapatas tm molas especiais.

    Tambor de freio

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    FREIOADISCOOs freios a disco substituram h muito tempo os freios a tambor nas rodas dianteiras e, em

    diversos modelos nas traseiras. Um freio a disco formado por uma pina, no interior da

    qual esto localizadas duas pastilhas recobertas por um material de atrito. Quando se pisa

    no pedal, as pastilhas comprimem com fora um disco ligado roda. As pinas podem ser

    fixas ou de duplo efeito e, nesse caso, possuem dois ou quatro pequenos pistes opostos

    dois a dois. As pinas flutuantes ou de efeito simples tm um pisto s (s vezes dois

    paralelos colocados do mesmo lado).

    O disco de freio normalmente feito de ferro, mas em alguns carros de corrida pode ser de

    carbono, assim como as pastilhas. Para garantir um resfriamento adequado ao sistema, o

    disco possui uma srie de passagens de ar radiais ou autoventilante.

    SERVO-FREIOO servo freio no proporciona uma frenagem mais rpida, mas apenas facilita a ao quando

    o pedal de freio acionado. Fica entre o cilindro mestre e o pedal de freio, aliviando grande

    parte do esforo fsico que seria necessrio para realizar a frenagem.

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    O vcuo necessrio para o funcionamento do servo-freio gerado pelo motor em

    funcionamento.

    SISTEMAANTI-BLOQUEIODEFREIOS(ABS)ABS a sigla de Anti-lock Breaking System. Trata-se de um sistema de segurana que evita

    o bloqueio de uma ou mais rodas durante uma frenagem brusca em piso de pouca aderncia,

    como gua, neve, cascalho, etc. Tambm atua quando existem condies de aderncia

    diferentes entre as rodas do veculo. Embora existam vrias verses do ABS, seu princpio

    de funcionamento sempre o mesmo.

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    Sensores informam uma central eletrnica sobre a velocidade de cada uma das rodas. Ela

    as compara entre si, calcula a desacelerao de cada uma e controla uma possvel tendncia

    ao travamento.

    Neste caso, intervm imediatamente e, por meio de um grupo de vlvulas, reduz a presso

    no circuito do freio conectado roda em questo. Assim, a central evita qualquer risco de

    travamento; restabelece a presso assim que o problema for eliminado. O ciclo reduo

    manuteno restabelecimento da presso repete-se vrias vezes por segundo, permitindo

    que todas as rodas sejam mantidas no campo de deslizamento durante frenagens de

    emergncias. Isso garante uma frenagem segura, j que o travamento pode levar perda

    de controle do veculo.

    SUBSTITUIODECOMPONENTESEMSISTEMASDEFREIOS

    As lonas e as pastilhas do freio sofrem um desgaste natural. Se esse desgaste for muitoacentuado o tambor, o disco, ou ambos podero ser danificados pela sapata ou pelo suporte

    das pastilhas. Neste caso, o tambor ou disco devem ser recondicionados (em geral, so

    retificados, para a remoo de rebarbas e ranhuras) ou substitudos quando o limite de

    segurana for atingido. Sua pronta substituio evitar despesas adicionais maiores.

    Quando as pastilhas ou lonas forem substitudas, verifiquem tambm o cilindro mestre e os

    cilindros das rodas. Troque todo o fludo, sangrando o sistema, que deve estar isento de ar.

    O fludo de freio deve ser trocado de acordo com as especificaes do fabricante.

    Depois que os freios forem totalmente inspecionados, ao se aplicar um pouco de presso

    no pedal, o veculo deve parar suavemente. O pedal deve estar firme, sem estar

    excessivamente duro ou excessivamente elstico.

    FREIOSDEESTACIONAMENTOQuando a alavanca do freio de estacionamento puxada, os cabos de ao so estirados,

    forando as sapatas contra o tambor, imobilizando o veculo. Se ele no permanecer

    imobilizado numa rampa, pode ser necessria uma regulagem dos cabos.

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    TRANSMISSOMECNICA

    CAIXADEMUDANASSuponha que voc esteja andando de bicicleta por uma rua plana e asfaltada, sem dificuldade

    alguma para desenvolver uma boa velocidade. Ao chegar a uma ladeira, o esforo para

    subir faz com que voc pedale mais devagar. A velocidade ser cada vez menor e, se a

    subida for longa e ngreme, talvez voc no consiga mais pedalar.

    Para vencer as dificuldades que os percursos apresentam, as bicicletas atuais possuem

    marchas, que nada mais so do que um conjunto de engrenagens na roda traseira, a fim de

    auxiliar o pedalar, independentemente do tipo de percurso.

    No automvel, a caixa de mudanas tem a funo de adaptar e controlar a potncia do

    motor, de modo que o veculo possa ter uma arrancada suave, acelerao rpida, capacidade

    de subir ladeiras ngremes e transportar cargas pesadas.

    CAIXADEMUDANASMANUALEEMBREAGEMSe o veculo equipado com caixa de mudanas manual, necessariamente tambm possui

    o conjunto da embreagem. Este conjunto est localizado entre o motor e a caixa de mudanas. acionado pelo pedal mais a esquerda do assoalho. Quando este pedal no est acionado,

    o motor e a caixa de mudanas esto ligados e a potncia do motor chega a caixa de

    mudanas, e depois ao diferencial e as rodas.

    Quando o pedal pressionado, o movimento do motor fica separado da caixa de mudanas

    e a potncia do motor no chega at ela, possibilitando que, neste instante, as marchas

    sejam trocadas suavemente.

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    COMPONENTESEFUNCIONAMENTODAEMBREAGEM

    Basicamente ela formada pelo volante e plat, que so fixos ao virabrequim do motor e o

    disco da embreagem, que ligado ao eixo primrio da caixa de mudanas.

    O pedal, cabo da embreagem, garfo e rolamento so os demais componentes do sistema.

    O disco da embreagem se localiza entre o volante e o plat, sendo comprimido contra o

    volante pelo plat.

    Quando o pedal de embreagem no est sendo pressionado, os trs componentes (volante,

    plat e disco) giram com a rvore de manivelas.

    No momento em que o pedal pressionado, o cabo da embreagem aciona o garfo e este

    desloca o rolamento, que por sua vez, faz com que o plat deixe de comprimir o disco

    contra o volante e, desta forma, o motor desligado da caixa de mudanas. Neste instante,

    a alavanca de mudanas pode ser movimentada para efetuar a troca de marcha.

    Ao tirar o p do pedal da embreagem, o motor e a caixa de mudanas voltam a se ligar

    novamente.

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    COMPONENTESDACAIXADEMUDANASMANUALESEUFUNCIONAMENTO

    Engrenagens, eixos, rolamentos, garfos e conjuntos sincronizados so os principais

    componentes de uma caixa de mudanas manual. Eles ficam dentro de uma carcaa,

    mergulhados em leo, prprio para caixa de mudanas manual.

    As engrenagens trabalham acopladas em pares. Para cada marcha existe um par de

    engrenagens.

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    A rotao do motor entra na caixa de mudanas atravs do eixo primrio. Em seguida,

    movimenta a rvore intermediria, chamado trem de engrenagens (conhecido como carretel),

    que tem uma engrenagem para cada marcha.

    Paralelamente ao trem de engrenagens, existe um outro eixo, chamada rvore secundria,

    no qual existem outras engrenagens, as quais formam pares com aquelas do trem de

    engrenagens. Na rvore secundria, situam-se tambm os conjuntos sincronizados, que

    so comandados por garfos.

    Quando voc pressiona o pedal de embreagem e movimenta a alavanca de mudanas,

    esta aciona o garfo, que faz funcionar o conjunto sincronizador. Neste momento, este conjunto

    faz o acoplamento do par de engrenagens correspondente marcha que est sendo

    engatada.

    Quando a marcha a r engatada, engrenagens atuam, com a diferena que entre elas,

    existe uma engrenagem intermediria, que promove a inverso no sentido de rotao do

    eixo principal.

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    CAIXADEMUDANASAUTOMTICA

    Em sua configurao clssica formada por alguns grupos epicicloidais dispostos em srie

    e alojados dentro de uma caixa de liga de alumnio. A entrada e a sada do movimento ocorrem

    portanto, ao longo do mesmo eixo.

    CAIXA AUTOMTICA LONGITUDINAL

    CAIXA AUTOMTICA TRANSVERSAL

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    Entre o motor e o cmbio automtico colocado um conversor de torque, que substitui a

    embreagem tradicional, e como o prprio nome j diz, multiplica o torque reduzindo as

    rotaes vindas do motor quando assim for necessrio.

    O engate de marchas obtido por meio de frices de multidisco comandadas

    hidraulicamente e que, de acordo com a necessidade, agem sobre os vrios elementos de

    cada grupo epicicloidal. Estes podem ser tanto bloqueados como receber ou transmitir

    movimento. O funcionamento ocorre segundo as necessidades de rodagem.

    Nas construes mais modernas, os cmbios automticos so comandados por uma central

    eletrnica de controle.

    POSIESDAALAVANCADACAIXAAUTOMTICA

    P Estacionamento

    destinada a travar o movimento do veculo

    Deve ser aplicada s depois do veculo estar parado e ter sido acionado o freio de

    estacionamento.

    Permite dar partida ao motor.

    R Marcha R

    Deve ser aplicada somente com o veculo parado, alguns veculos que possuem sistema

    de controle eletrnico, voc pode mudar a alavanca para esta posio, mesmo com o

    carro em movimento que a marcha s entrar depois que o veculo parar.

    No permite dar partida ao motor.

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    N Neutro

    Pode ser aplicada juntamente com os freios nas paradas prolongadas, com o motor

    funcionando. Jamais use essa posio com o veculo em movimento.

    Deve ser usada normalmente com o veculo parado, estando o motor em funcionamento

    ou no.

    Permite dar a partida ao motor.

    D Marchas Frente

    destinada condies normais de movimento; todas as marchas so engrenadas

    automaticamente.

    No permite dar partida ao motor.

    3

    Nesta posio s sero engrenadas as 1, 2 e 3 marchas. usada quando no sedeseja o engate da 4 marcha, normalmente em trnsito pesado.

    No permite dar partida ao motor.

    2

    Nesta posio s sero engrenadas a 1 e 2 marchas. usada quando estiver subindo

    ladeiras muito ngremes e no desejado o engate das 3 e 4 marchas.

    No permite dar partida ao motor.

    1

    Nesta posio s ser engrenada a 1 marcha. usada para descer ladeiras muito

    ngremes, pois nesta posio que o veculo vai poder contar com freio motor.

    No permite dar partida ao motor.

    CUIDADOSPARAEVITARDANOSACAIXADEMUDANASAUTOMTICA

    No mude a alavanca das posies N ou P com o motor em alta rotao.

    Nunca mova a alavanca para a posio P, com o veculo em movimento.

    No use caixa de mudanas por mais de 10 segundos com o motor em alta rotao e se

    as rodas do veculo estiverem travadas, atoladas por exemplo.

    No use o acelerador para manter o veculo parado em subidas.

    No caso de reboque, procure sempre suspender o veculo no lado das rodas de trao,

    se isso no for possvel, remova o eixo cardan.

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    DIFERENCIALESISTEMASDETRAO

    MOTORDIANTEIROCOMTRAOTRASEIRANeste sistema, o fluxo de fora ser: motor, embreagem, caixa de mudanas (cmbio), eixo

    cardan, eixo traseiro (diferencial), e rodas.

    Este sistema apresenta como vantagens, melhor capacidade de trao em derrapagens.

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    MOTORDIANTEIROETRAODIANTEIRA-TRANSVERSALELONGITUDINALA vantagem deste sistema a compactao dos conjuntos mecnicos, o que resulta em

    maior espao interno do veculo para uma mesma dimenso externa. Alm disso, o fato das

    rodas motrizes serem dirigveis, do ao veculo uma tendncia direcional muito apreciada

    por alguns motoristas.

    O DIFERENCIALESUASFUNESO diferencial executa um trabalho difcil; deve aumentar o torque (ou a fora) transmitido

    pelo motor; deve mudar a direo desta rotao para fazer girar os eixos das rodas e por

    fim; deve permitir que cada eixo gire com velocidades diferentes em curvas, j que nelas a

    roda externa percorre um caminho maior que a interna. A primeira tarefa executada por

    duas engrenagens que trabalham acopladas, mais conhecidas como o par coroa e pinho.

    A segunda tarefa executada pelo diferencial que formado por quatro engrenagens, duas

    chamadas de satlites e duas chamadas de planetrias, que criam o efeito de diferentes

    rotaes entre as rodas durante as curvas. Da, o nome Diferencial.

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    RVOREDETRANSMISSOARTICULADA(CARDAN)A rvore de transmisso transfere a energia da caixa de mudanas para o diferencial. Ela

    pode ser ou no separada em duas partes (entre as quais existe um suporte de apoio com

    um rolamento).

    Em cada extremidade da rvore de transmisso existe junta universal, ou cruzeta, que

    permite que a rvore de transmisso se movimente convenientemente quando o veculo

    dirigido sobre terrenos irregulares.

    Cada rvore de transmisso balanceada com aparelhos sofisticados durante sua fabricao,

    para evitar vibraes quando o veculo roda. Danos por instalao incorreta e empenamento

    indevido da rvore de transmisso, provocam vibraes no veculo.

    Cardans

    Cruzeta

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    JUNTASHOMOCINTICASNo sistema de trao dianteira, os semi-eixos das rodas possuem em suas extremidades

    uma pea chamada junta homocinticas, cuja funo mudar o ngulo dos semi eixos de

    acordo com a modificao da altura da suspenso e do esteramento das rodas.

    Homocintica

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    MOTORDECOMBUSTOINTERNA(CICLOOTTO)

    O motor de combusto interna uma mquina termodinmica, na qual uma mistura de ar e

    combustvel inflamada e queimada. O calor liberado pela queima aumenta a presso dos

    gases previamente comprimidos. Esta presso gerada pela queima transformada em

    trabalho mecnico atravs do movimento retilneo dos mbolos, transformado em movimento

    rotativo pela rvore de manivelas. Aps cada tempo de trabalho os gases queimados so

    expelidos e admitida nova carga da mistura ar/combustvel.

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    TIPOSDEMOTORESO bloco do motor uma pea fundida, com uma srie de cavidades circulares chamadas

    cilindros, abertas em cima e embaixo. Se os cilindros estiverem todos alinhados, diz-se que

    o motor do tipo em linha, se estiverem dispostos em forma de um V, o motor do tipo em

    V e se os cilindros forem opostos diz-se motor de cilindros contrapostos (caso do motor a

    ar, Fusca). Os motores atuais variam de 4 at 12 cilindros, dispostos em linha, em V ou

    contrapostos.

    PISTO, BIELAEVIRABREQUIMDentro de cada cilindro fica alojado um mbolo, tambm chamado popularmente de pisto.

    Canaletas na lateral dos mbolos alojam anis que ficam pressionados contra a parede dos

    cilindros, para que haja uma vedao perfeita.

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    Por sua vez o pisto conectado ao virabrequim por intermdio da biela. O virabrequim

    responsvel pela transformao do movimento retilneo dos pistes em movimento circular

    que ser enviado para a caixa de cmbio.

    CILINDRADACilindrada o volume deslocado por todos os mbolos desde o ponto mais alto do seu

    curso at o ponto mais baixo. Quando se diz motor 1,8 litros ou 1800cm3, ou seja, todos os

    cilindros juntos deslocam este volume durante o seu curso.

    CABEOTENo cabeote esto instaladas vlvulas que atuam como portas. A vlvula de admisso,

    permite a entrada da mistura de ar e combustvel, e a vlvula de escapamento permite a

    sada dos gases queimados. No cabeote tambm fica alojada a vela de ignio que fornecea centelha que inicia a queima da mistura.

    Biela Virabrequim

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    O QUECOMANDAASVLVULAS?O movimento abre e fecha das vlvulas de admisso e de escapamento comandado por

    um eixo com vrios ressaltos chamados cames, que so circulares at certo ponto e da

    para frente terminam num bico. Este eixo a rvore de comando das vlvulas, tambm

    conhecida como comando ou eixo de cames. medida que a rvore de comando gira, cada

    ressalto comanda uma vlvula de admisso ou de escapamento, abrindo-as.

    Para que o motor funcione, as vlvulas devem trabalhar em total sincronismo. Para haver

    sincronismo perfeito entre o movimento das vlvulas e dos mbolos, a rvore de comando acionada pela rvore de manivelas, por meio de correia dentada, engrenagens ou por

    corrente.

    CORREIA

    1 - correia dentada2 - pontos de sincronizao3 - tensor4 - engrenagens de sincronizao

    ENGRENAGEM

    CORRENTE

    1 - engrenagens de distribuio2 - pontos de sincronizao

    1 - corrente2 - engrenagens de distribuio3 - pontos de sincronizao

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    VISO GERAL DO MOTOR

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    FUNCIONAMENTODOSMOTORESDEQUATROTEMPOS- CICLOOTTO

    1 Tempo - Admisso

    medida que o pisto move-se do PMS para o PMI, a vlvula de admisso se abre e a

    mistura de ar e combustvel vaporizada aspirada para o interior do cilindro. O virabrequim

    efetua meia volta (180).

    2 Tempo - Compresso

    A seguir a vlvula de admisso fecha-se. medida que o pisto desloca-se do PMI para oPMS, comprime a mistura de combustvel e ar. O virabrequim executa outra meia volta,

    completando a primeira volta (360).

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    3 Tempo - Combusto

    Pouco antes do pisto atingir o PMS, o sistema de ignio transmite corrente eltrica vela,

    fazendo saltar uma centelha (fasca) entre os eletrodos desta, que inflama a mistura

    fortemente comprimida. Os gases em expanso, resultantes da combusto, foram o pisto

    do PMS para o PMI. O virabrequim efetua outra meia volta (540).

    4 Tempo - Escape

    Depois da queima da mistura e expanso dos gases, a vlvula de escape se abre. Os

    gases queimados so forados para fora do cilindro, quando o pisto se movimenta do PMI

    para o PMS. O virabrequim executa outra meia volta, completando a segunda volta (720).

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    Uma vez que o pisto realiza quatro tempos, admisso, compresso, combusto e escape,

    o nome tcnico dessa operao ciclo de quatro tempos.

    importante salientar que nos motores de quatro tempos somente no tempo de combusto

    se produz energia mecnica, enquanto que os outros trs tempos so auxiliares, isto ,

    absorvem energia, que posteriormente so compensados pelo volante do motor que tem

    como funo receber, armazenar e transmitir fora motriz.

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    SISTEMADELUBRIFICAODOMOTOR

    Apesar de relativamente simples, um dos sistemas mais importante do motor. Falha nesse

    sistema promovendo lubrificao inadequada ou insuficiente causar srios danos no motor.

    FUNESDOLUBRIFICANTEEntre as funes do lubrificante podemos citar: evitar contato entre as partes metlicas

    mveis, reciclar e eliminar na medida do possvel o calor no interior do motor (refrigerar), e

    no deixar acontecer a formao de borras. Pela sua capacidade de formar pelculas, isto ,

    resistncia ao escoamento, utilizado para preencher os espaos (folgas) indispensveis

    entre os pistes, anis e cilindros, vedando a passagem dos gases para o crter.

    O leo circulado a partir de um reservatrio ou crter para as partes mveis do motor, pela

    ao de uma bomba de leo. A bomba puxa o leo do crter atravs do pescador, o leo sob

    presso passa pelo filtro de leo e conduzido pelos dutos at os pontos que necessitam

    de lubrificao.

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    Os leos so classificados de acordo com a sua viscosidade atravs de uma srie numrica

    SAE (Society of Automotive Enginners) ou API (American Petroleum Institute).

    CLASSIFICAO API

    DESCRIO

    SA Lubrificantes para motores em servios leves. No requerem dados de performance.

    SB Lubrificantes para motores em servios leves.

    SC Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1964. Devem proporcionar o controle dosdepsitos em altas e baixas temperaturas, do desgaste, da oxidao e da corroso.

    SDLubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1968. Devem proporcionar proteo contradepsitos em altas e baixas temperaturas, contra o desgaste, a ferrugem e a corroso. Podemsubstituir qualquer um dos anteriores.

    SELubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1972. Devem proporcionar maior resistncia oxidao, formao de depsitos am altas e baixas temperaturas, ferrugem e corrosoque os SD. Podem ser usados onde esses so recomendados.

    SF

    Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1980. Devem proporcionar maior estabilidade

    contra a oxidao e melhor desempenho antidesgaste que os SE. Tambm proporcionam proteocontra depsitos, ferrugem e corroso. Podem substituir qualquer um dos anteriores.

    SG Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1989. Podem substituir qualquer um dosanteriores.

    SH Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de julho de 1993. Podem substituir qualquer umdos anteriores.

    SJLubrificantes para motores, sob garantia a partir de agosto de 1997. Podem substituir qualquer umdos anteriores.

    S= Spark

    SLLubrificantes para motores, sob garantia a partir de 2001. Devem proporcionar estabilidade oxidaes, detergncia a altas temperaturas, volatilidade e propriedade antiespumante melhoresque a anterior.

    DESIGNAO

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    SISTEMADEARREFECIMENTO

    Todos os motores de combusto interna so providos de um sistema de arrefecimento,

    visando lhes assegurar, uma temperatura ideal de funcionamento.

    Esta temperatura especificada pelos fabricantes de motores e deve ser mantida, uma vez

    que est relacionada com, economia de combustvel, durabilidade do motor e a diminuio

    da emisso de poluentes na atmosfera.

    Usa-se 2 tipos de agentes arrefecedores: ar e gua.

    ARREFECIMENTOAARO sistema de arrefecimento a ar simples pois emprega apenas um ventilador, e algumas

    vezes equipado com uma saia que conduz o ar para as aletas do cabeote e cilindro.

    Assim sendo, quanto maior a velocidade do motor, maior a ventilao que recebe, mantendo-

    se desta forma na temperatura ideal de trabalho.

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    ARREFECIMENTOAGUAO sistema de arrefecimento a gua mais eficiente, pois mantm o motor sob uma

    temperatura adequada para o seu funcionamento. Dentre seus componentes podemos citar

    bomba dgua, radiador, ventilador, vlvula termosttica, interruptor trmico, etc.

    O sistema funciona basicamente da seguinte forma:

    Motor frio (incio de funcionamento)

    A vlvula termosttica est fechada, impedindo a passagem para o radiador e mantendo

    o lquido de arrefecimento no motor.

    Bomba dgua Radiador Vlvula termosttica

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    Motor com temperatura de condies normais de trabalho

    A vlvula termosttica est parcialmente aberta, permitindo uma troca lenta de lquido de

    arrefecimento entre o motor e o radiador.

    Motor com temperatura de condies severas de trabalho

    A vlvula termosttica est totalmente aberta, permitindo uma troca rpida de lquido de

    arrefecimento entre o motor e o radiador.

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    SISTEMADEALIMENTAO

    O sistema de alimentao fornece ao motor do veculo uma mistura adequada de ar e

    combustvel necessria ao seu funcionamento.

    Este sistema composto pelo tanque de combustvel, tubos ou mangueiras de combustvel,

    bomba, filtro e carburador, ou injeo eletrnica, indo literalmente de uma extremidade at a

    outra do veculo.

    Alm destes componentes uma bia, instalada dentro do tanque, mede o nvel de combustvel

    e envia um sinal ao indicador de combustvel, situado no painel de instrumentos, para que o

    motorista possa saber quanto combustvel tem no tanque.

    O sistema de alimentao desempenha as seguintes funes:

    Armazenar o combustvel (tanque)

    Conduzi-lo at o motor (bomba, tubos ou mangueiras)

    Mistur-lo com o ar na proporo correta (carburador ou injeo eletrnica)

    Distribuir a mistura de ar e combustvel para as cmaras de combusto do motor para

    que seja ela queimada e produzir energia mecnica.

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    BOMBADECOMBUSTVELAtualmente, encontramos nos veculos bombas de combustvel de acionamento mecnico

    ou eltrico.

    As bombas de acionamento mecnico so utilizadas em veculos equipados com carburador

    e geralmente so fixadas no motor do veculo.

    As bombas de acionamento eltrico so utilizadas em veculos equipados com injeo

    eletrnica e podem ser instaladas em qualquer ponto do veculo, inclusive dentro do tanque

    de combustvel.

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    A FUNODOCARBURADOREDAINJEOELETRNICADevem fornecer quantidade de combustvel de acordo com o ar admitido, para formar uma

    mistura ideal que atenda os diversos regimes de funcionamento do motor.

    Carburador

    No carburador preparada a mistura do combustvel com o ar nas propores convenientes

    para o tipo de operao a que submetido o motor.

    Antes do ar e do combustvel chegarem ao carburador, passam por elementos filtrantes noqual ficam retidas as impurezas.

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    INJEOELETRNICA

    Este sistema substitui o carburador. A principal diferena que a injeo de combustvel

    controlada eletronicamente. Um exemplo de sistema de injeo eletrnica de combustvel

    apresentado a seguir.

    O sistema de injeo eletrnica de combustvel pode ser melhor compreendido se forem

    separados em 2 sub-sistemas:

    Sistema de Ar

    Sistema de Combustvel

    SISTEMADEARTodo ar aspirado pelo deslocamento dos mbolos do motor, aps passar pelo filtro, se

    encaminha para o medidor de fluxo de ar (12).

    O volume de ar admitido controlado pela borboleta (11), que acionada pelo pedal do

    acelerador. Esta borboleta possui sensor que tem, como funo, enviar sinais central de

    comando eletrnica(6), informando a posio da borboleta.

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    Existem tambm dois sistemas auxiliares de ar adicional (17 e 18) que adicionam ar ao

    sistema, quando o motor est frio, em marcha lenta ou quando o ar condicionado acionado.

    Toda vez que a borboleta acionada, o volume de ar admitido alterado, fazendo com que

    o medidor de fluxo ar envie sinais central de comando eletrnica. A central, por sua vez,

    controla o tempo de abertura dos injetores.

    SISTEMADECOMBUSTVELAcionada pelo rel de comando (14), independente da central de comando, a bomba eltrica

    de combustvel (2) succiona o combustvel do tanque (1) e o envia ao tubo distribuidor (4),

    aps ele passar pelo filtro de combustvel (3).

    Com uma presso constante, a bomba eltrica mantm os injetores (7) alimentados. Quando

    ocorre uma queda ou elevao na presso do sistema, o regulador de presso (5) atua,diminuindo ou aumentando o retorno do combustvel para o tanque, at que a presso

    estabilize.

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    SISTEMADEIGNIO

    O sistema de ignio tem a funo de criar e distribuir a centelha para cada cilindro no

    momento exato para que acontea a combusto. Os componentes descritos a seguir so

    partes integrantes do sistema de ignio.

    BATERIAA bateria um acumulador de energia eltrica que contm placas metlicas positivas e

    negativas montadas alternadamente dentro de uma caixa isolante e mergulhadas numa

    soluo eletroltica.

    A bateria alm de armazenar energia eltrica capaz de fornecer e reter corrente contnua,

    graas a reaes qumicas em seu interior.

    As principais funes da bateria so:

    Fornecer energia para fazer funcionar o motor da partida.

    Prover de corrente eltrica o sistema de ignio durante a partida.

    Suprir de energia as lmpadas das lanternas de estacionamento e outros equipamentos

    que podero ser usados enquanto o motor no estiver operando.

    Agir como estabilizador de tenso para o sistema de carga e outros circuitos eltricos.

    Providenciar corrente quando a demanda de energia do automvel exceder a capacidade

    do sistema de carga (alternador).

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    CHAVEDEIGNIOTem como funo ligar o sistema de ignio e outros componentes.

    DISTRIBUIDOR

    Distribui a corrente de ignio para as velas de acordo com os tempos de ignio. As partesdo distribuidor so: eixos, contrapesos para avanos, platinados ou bobinas impulsoras,

    rotor, tampa com os segmentos e ligaes para os cabos das velas etc.

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    Para adiantar automaticamente o ponto de ignio, de acordo com as rotaes do motor,

    possui sistema de avano centrfugo, e para avanar o ponto de acordo com a carga do

    motor conta com o avano a vcuo.

    A tampa do distribuidor deve estar seca e sem rachaduras, para evitar fuga de corrente e

    consequentemente, falhas do motor.

    BOBINA o componente de ignio que origina a corrente de alta tenso. Consiste de um ncleo de

    lminas de ferro, em redor do qual h o enrolamento primrio (de relativamente poucas

    espiras e fio mais espesso) e um enrolamento secundrio (de grande nmero de espiras e

    fio mais fino).

    A corrente de alta tenso induzida no enrolamento secundrio no momento em que o fluxode corrente de baixa tenso interrompido.

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    CABOSDEVELASTem a funo de transportar a corrente de alta tenso da bobina para o distribuidor e do

    distribuidor para as velas e, em alguns casos, da bobina diretamente s velas.

    VELAS responsvel pelo incio da combusto no momento em que a centelha salta entre seus

    eletrodos.

    As partes da vela so: carcaa com o eletrodo massa, corpo de isolao de porcelana com

    o eletrodo central e anis de vedao.

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    Durante o trabalho do motor, as velas esto expostas a carga trmicas mais variadas, que

    devem ser dissipadas. Isto obtido pr meio do tipo e da forma da porcelana e dos eletrodos.

    Existem diversos graus calorficos das velas: velas frias, mdias e quentes.

    Para que ocorra uma centelha eficiente para a combusto, os eletrodos devem estar em

    bom estado e a folga entre eles, de acordo com as especificaes do fabricante.

    Os sistemas de ignio podem ser comandados por platinado (ignio convencional) ou

    eletronicamente (ignio eletrnica).

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    IGNIOCONVENCIONALEsse sistema utiliza um platinado para interromper o fluxo da corrente de baixa tenso.

    IGNIOELETRNICANo sistema de ignio eletrnica o platinado substitudo por um gerador de impulsos

    instalado no prprio distribuidor, aproximadamente no mesmo lugar dos ressaltos de um

    distribuidor convencional.

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    Os impulsos so transmitidos a um mdulo que por sua vez atua na bobina de ignio para

    produzir a alta-tenso para as velas. Seu gerador de impulsos dispensa qualquer tipo de

    manuteno.

    Existem sistemas de ignio que no utilizam distribuidor, um mdulo eletrnico controla

    todo o sistema.

    EXEMPLOS DE BOBINAS UTILIZADAS EM SISTEMAS SEM DISTRIBUIDOR

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    SISTEMADECARGAEPARTIDA

    O sistema de carga e partida composto por bateria, motor de partida e alternador.

    No momento que a chave de ignio acionada para ligar o motor, a bateria fornece corrente

    para o motor de partida.

    O motor de partida, por sua vez, gira o motor de combusto interna o suficiente para que

    entre em funcionamento.

    O alternador acionado pelo motor e a sua finalidade de - estando o motor em funcionamento

    - alimentar de energia eltrica todos os consumidores e repor a carga da bateria.

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    REFERNCIASBIBLIOGRFICAS

    CHOLLET, H. M. Mecnicos de Automveis - O veculo s seus componentes. So Paulo.

    Hemus Editora, s.d.

    PUGLIESE, Mrcio. Manual Completo do Automvel. So Paulo. Hemus Editora, 1976.

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