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Bolem Informavo do Hospital Espírita André Luiz Ano 1 I Edição 6 | Maio/Junho 2017 Compromemento da qualidade, perda de produvidade, desmovação, atrasos e faltas injusficadas, acidentes de trabalho e problemas de relacionamento são alguns dos inúmeros problemas causados pela dependência química no ambiente de trabalho. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ál- cool é responsável por 50% das faltas no serviço. Além de ser um problema de saú- de pública, o alcoolismo causa uma série de prejuízos para o trabalhador: 5 vezes mais risco de acidentes; 3,6 vezes mais chance de provocar acidentes envolvendo os colegas; 3 vezes mais atrasos; 2,2 vezes mais demissões; 3 vezes mais assistên- cia médica (dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp). “O uso abusivo e constante das substâncias psicoavas prejudicam as relações so- ciais, familiares e de trabalho, afetando a qualidade de vida do indivíduo, inclusive financeiramente. Essa situação causa uma desorganização da vida”, afirma a psicó- loga e gerente do Centro de Terapia e Assistência Social (CETAS), Kelly Bonanno. A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a dependência química como uma doença. Por isso, o Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio, é um momento de também reforçar os direitos do trabalhador ao tratamento e de receber o auxílio-doença. “O tratamento é fundamental para reverter as gran- des perdas psicossociais que afetam o sujeito”, afirma Kelly. Durante dois anos, o pintor João (nome ficcio) teve um negócio próprio. As dificuldades financeiras e a gravidez inesperada da esposa, em um momento dicil, fizeram com que ele interrompesse o período de cinco anos sem inges- tão de bebida alcoólica. “Fechei a empresa e arrumei um novo serviço. Mas, com a dependência, os problemas foram aumentando. Fiquei agressivo, saía no meio do expediente sem jusficar e faltava sem avisar. Sena que não rendia o meu melhor nem com a mesma qualidade”. Há cinco meses em tratamento no CETAS, ele já se sente melhor e mais disposto. Solidário Dependência química causa uma série de prejuízos no ambiente de trabalho Para resgatar o equilíbrio REFLETIR EXPEDIENTE Ser + | Bolem Informavo do Hospital Espírita André Luiz | Nº 6 - Ano 1 - Maio/Junho 2017 | Equipe de Comunicação: Varda Kendler, Juliene Vilela e Renata Castano | Produção editorial e gráfica: Press Comunicação Empresarial (www.presscomunicacao.com.br) | Jornalista respon- sável: Lecia Espíndola (MG 11.928) | Designer gráfico: Claudia Daniel | Redação: Flávia Amaral e Lecia Espíndola | Edição: Luciana Neves | Fotos: Rachel Caxito e Banco de imagens/Freepik| Revisão: Cláudia Rezende | E-mail: [email protected] | Site: www.heal.org.br DIRETORIA Diretora-presidente: Eleusa Mizrahy Polakiewicz | Diretora Financeira: Patrícia Maria Nunes I Di- retor de Comunicação e Promoção Social: Edward Loures I Diretor Administravo: Francisco Van- derlei | Diretora de Atenção à Saúde: Walkíria Texeira Campos | Diretora de Assistência Espiritual: Esmeralda Vieira | Diretor Técnico: Dr. Roberto Lúcio Vieira de Souza (CRM-14987) | Diretor Clínico: Dr. Júlio César Menezes Vieira (CRM-43926) | Diretor Jurídico: Dr. Mauro Soares de Freitas CONVÊNIOS Amagis I Amil I AMMP I Bacen - Banco Central I BHTrans I Bradesco Saúde I Casu I CEF - Caixa Econômica Federal I Cassi I Cemig Saúde I Copass - Copasa I CNEN - Comissão Nacional Energia Nuclear I Desban - BDMG I Fundação Libertas I Fundação Fiat I Fundação Itaú I Fundaffemg I Good Life I Medial Saúde I Mediservice I Nipomed I PASA - Vale I Petrobras I Planassist I PMMG I Postal Saúde I Promed I Samp I Saúde Sistema I Unimed I Unafisco I Usiminas @ Todo mundo conhece alguém que teve depressão ou que está sofrendo desse mal, considerado a doença do século XXI. O problema vai muito além do desânimo e da tristeza momentâneos, situações comuns a toda pessoa. Essa enfermidade, assim como qualquer doença psiquiátrica, como o alcoolismo e o uso de drogas ilícitas, não escolhe o paciente pela condição social e/ou financeira, ou seja, qualquer um está sujeito a ela. Por isso, o Hospital Espírita André Luiz (HEAL) exerce a filantropia para acolher uma porcentagem dos pacientes que necessitam de tratamento, mas não têm como custeá-lo. Em 50 anos de avidades, o HEAL sempre atendeu pacientes socioeconomica- mente carentes. Para connuarmos fazendo o bem, precisamos contar com a solidariedade das pessoas, que podem ajudar com qualquer po de doação, seja financeira seja direta, com a entrega de itens em bom estado para serem comercia- lizados no nosso bazar ou para uso e consumo no hospital. Sabemos que estamos vivendo um momento de incertezas e crise econômica, mas é nessa hora que te- mos que ser solidários e unir esforços para ajudarmos uns aos outros. Nosso balanço da filantropia de 2016 nos mostra que precisamos connuar nes- se caminho, pelo volume de consultas aos portadores de transtorno mental que conseguimos oferecer para pessoas necessitadas. Orgulhamo-nos dos resultados alcançados, mas, principalmente, de estarmos firmes na nossa vocação, que é ofe- recer atendimento interdisciplinar para a reinserção social do paciente, sob os prin- cípios da doutrina espírita. Boa leitura! Eleusa Mizrahy Polakiewicz Diretora-presidente do Hospital Espírita André Luiz Geral: (31) 3115-2600 SAC: (31) 3115-2646 [email protected] www.heal.org.br facebook.com/HEALBR CANAIS DE COMUNICAÇÃO 2 A parr da edição de junho, o bolem Ser+ passará a ser veiculado apenas na versão eletrônica. Para recebê-lo, envie um e-mail para [email protected]

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Boleti m Informati vo do Hospital Espírita André LuizAno 1 I Edição 6 | Maio/Junho 2017

Comprometi mento da qualidade, perda de produti vidade, desmoti vação, atrasos e faltas injusti fi cadas, acidentes de trabalho e problemas de relacionamento são alguns dos inúmeros problemas causados pela dependência química no ambiente de trabalho. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ál-cool é responsável por 50% das faltas no serviço. Além de ser um problema de saú-de pública, o alcoolismo causa uma série de prejuízos para o trabalhador: 5 vezes mais risco de acidentes; 3,6 vezes mais chance de provocar acidentes envolvendo os colegas; 3 vezes mais atrasos; 2,2 vezes mais demissões; 3 vezes mais assistên-cia médica (dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp).

“O uso abusivo e constante das substâncias psicoati vas prejudicam as relações so-ciais, familiares e de trabalho, afetando a qualidade de vida do indivíduo, inclusive fi nanceiramente. Essa situação causa uma desorganização da vida”, afi rma a psicó-loga e gerente do Centro de Terapia e Assistência Social (CETAS), Kelly Bonanno.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a dependência química como uma doença. Por isso, o Dia do Trabalho, celebrado em 1º de maio, é um momento de também reforçar os direitos do trabalhador ao tratamento e de receber o auxílio-doença. “O tratamento é fundamental para reverter as gran-des perdas psicossociais que afetam o sujeito”, afi rma Kelly.

Durante dois anos, o pintor João (nome fi ctí cio) teve um negócio próprio. As difi culdades fi nanceiras e a gravidez inesperada da esposa, em um momento difí cil, fi zeram com que ele interrompesse o período de cinco anos sem inges-tão de bebida alcoólica. “Fechei a empresa e arrumei um novo serviço. Mas, com a dependência, os problemas foram aumentando. Fiquei agressivo, saía no meio do expediente sem justi fi car e faltava sem avisar. Senti a que não rendia o meu melhor nem com a mesma qualidade”. Há cinco meses em tratamento no CETAS, ele já se sente melhor e mais disposto.

SolidárioDependência química causa uma série de prejuízos no ambiente de trabalho

Para resgatar o equilíbrio

ReFletiR

EXPEDIENTESer + | Boleti m Informati vo do Hospital Espírita André Luiz | Nº 6 - Ano 1 - Maio/Junho 2017 | Equipe de Comunicação: Varda Kendler, Juliene Vilela e Renata Castano | Produção editorial e gráfi ca: Press Comunicação Empresarial (www.presscomunicacao.com.br) | Jornalista respon-sável: Letí cia Espíndola (MG 11.928) | Designer gráfi co: Claudia Daniel | Redação: Flávia Amaral e Letí cia Espíndola | Edição: Luciana Neves | Fotos: Rachel Caxito e Banco de imagens/Freepik| Revisão: Cláudia Rezende | E-mail: [email protected] | Site: www.heal.org.br

DIRETORIADiretora-presidente: Eleusa Mizrahy Polakiewicz | Diretora Financeira: Patrícia Maria Nunes I Di-retor de Comunicação e Promoção Social: Edward Loures I Diretor Administrati vo: Francisco Van-derlei | Diretora de Atenção à Saúde: Walkíria Texeira Campos | Diretora de Assistência Espiritual: Esmeralda Vieira | Diretor Técnico: Dr. Roberto Lúcio Vieira de Souza (CRM-14987) | Diretor Clínico: Dr. Júlio César Menezes Vieira (CRM-43926) | Diretor Jurídico: Dr. Mauro Soares de Freitas

CONVÊNIOSAmagis I Amil I AMMP I Bacen - Banco Central I BHTrans I Bradesco Saúde I Casu I CEF - Caixa Econômica Federal I Cassi I Cemig Saúde I Copass - Copasa I CNEN - Comissão Nacional Energia Nuclear I Desban - BDMG I Fundação Libertas I Fundação Fiat I Fundação Itaú I Fundaff emg I Good Life I Medial Saúde I Mediservice I Nipomed I PASA - Vale I Petrobras I Planassist I PMMG I Postal Saúde I Promed I Samp I Saúde Sistema I Unimed I Unafi sco I Usiminas

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Todo mundo conhece alguém que teve depressão ou que está sofrendo desse mal, considerado a doença do século XXI. O problema vai muito além do desânimo e da tristeza momentâneos, situações comuns a toda pessoa. Essa enfermidade, assim como qualquer doença psiquiátrica, como o alcoolismo e o uso de drogas ilícitas, não escolhe o paciente pela condição social e/ou fi nanceira, ou seja, qualquer um está sujeito a ela. Por isso, o Hospital Espírita André Luiz (HEAL) exerce a fi lantropia para acolher uma porcentagem dos pacientes que necessitam de tratamento, mas não têm como custeá-lo.

Em 50 anos de ati vidades, o HEAL sempre atendeu pacientes socioeconomica-mente carentes. Para conti nuarmos fazendo o bem, precisamos contar com a solidariedade das pessoas, que podem ajudar com qualquer ti po de doação, seja fi nanceira seja direta, com a entrega de itens em bom estado para serem comercia-lizados no nosso bazar ou para uso e consumo no hospital. Sabemos que estamos vivendo um momento de incertezas e crise econômica, mas é nessa hora que te-mos que ser solidários e unir esforços para ajudarmos uns aos outros.

Nosso balanço da fi lantropia de 2016 nos mostra que precisamos conti nuar nes-se caminho, pelo volume de consultas aos portadores de transtorno mental que conseguimos oferecer para pessoas necessitadas. Orgulhamo-nos dos resultados alcançados, mas, principalmente, de estarmos fi rmes na nossa vocação, que é ofe-recer atendimento interdisciplinar para a reinserção social do paciente, sob os prin-cípios da doutrina espírita.

Boa leitura!

Eleusa Mizrahy PolakiewiczDiretora-presidente do Hospital Espírita André Luiz

Geral: (31) 3115-2600SAC: (31) 3115-2646

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CANAIS DE COMUNICAÇÃO

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A parti r da edição de junho, o boleti m Ser+ passará a ser veiculado apenas na versão eletrônica. Para recebê-lo, envie um e-mail para [email protected]

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C.F.C., 54 anos, moradora do Betânia, bairrovizinho ao Hospital Espírita André Luiz (HEAL), ti nha frequentes crises de choro, andava sem vontade de sair de casa, vivia isolada, sem querer contato com amigos e familiares. O comportamento dela mudou depois que, em junho de 2016, iniciou o tratamento no ambulatório do HEAL e passou a receber acompanhamentos psicológico e psiquiá-trico, gratuitamente.

A fi lantropia do hospital é desti nada a pacientes com vulnerabilidade social e econômica. No ano passado, foram 228 pessoas acolhidas, por meio de 9.787 procedimentos, dentre consultas, ses-sões de eletroconvulsoterapia (ECT) e diárias nas internações e no Centro de Terapia e Assistência Social (CETAS).

Para oferecer tratamento multi disciplinar e humanizado a esse público, o hospital desti nou, no ano passado, R$ 1.429.745. Desse valor, 76% foram recursos fi nan-ceiros da própria insti tuição e o restante veio por meio de doações. “Apesar do agravamento da crise fi nanceira nos últi mos anos, conseguimos manter estável o nosso trabalho fi lantrópico. Isso é uma vitória muito signifi cati va, se avaliarmos que a ocupação do hospital caiu mais de 15%, entre 2016 e 2015, e o número de doações diminuiu para quase metade (43%), comparando o ano passado com os dois anos anteriores”, analisa a diretora fi nanceira do HEAL, Patrícia Maria Nunes.

A diretora ainda acrescenta que o hospital faz o máximo de fi lantropia que é viável fazer, assegurando a sobrevivência da insti tuição em longo prazo. “Para garanti r a saúde fi nanceira do hospital, há cerca de três anos, estamos fazendo um grande esforço de contenção e gerenciamento de custo e melhoria de efi ci-ência operacional”, conta.

O marido de C.F.C. comenta que a melhora da esposa é perceptí vel. “Ela está ex-celente, agora tem qualidade de vida, gosta de viajar comigo e de ir para a roça. Sou grato ao hospital por tê-la acolhido”, agradece.

Para o HEAL conti nuar exercendo a fi lantropia, é necessário recuperar o volume de doação, chegando ao que era em 2014 (ver quadro ao lado). O diretor de Comu-nicação e Promoção Social, Edward Magalhães Loures, conta que a previsão para este ano é criar novas campanhas que reforcem a importância da conti nuidade da doação. “Neste momento de crise, pessoas deixam de ajudar porque realmente não têm condições. Ao mesmo tempo, é quando mais precisamos, pois muitos perderam o plano de saúde e recorreram à fi lantropia”, explica. A proposta do diretor é juntar esforços com outras insti tuições. “Temos que trabalhar conjuntamente, de forma cooperada, para desenvolver projetos que busquem recursos em larga escala para todos. É uma alternati va sustentável, perene e permanente”.

Acolhimento

Números do bem

3

RAiO-X HEAL

AMPLO ATENDiMENTOAlém da fi lantropia, o HEAL disponibiliza assistência a parti culares e a asso-ciados de diversos convênios. O hospital possui 160 leitos em oito unida-des de tratamento de internação, além de um ambulatório para consultas e atendimentos de urgência, 60 vagas para tratamento de longa duração de permanência-dia no CETAS e uma residência terapêuti ca.

FiLANTROPiA DO HEAL

2014 2015 2016

Total de procedimentos

13.578 12.045 9.787

Investi mento total

R$ 1.729.202,00 R$ 1.386.884,00 R$ 1.429.745,00

Doações R$ 626.439,00 R$ 805.834,00* R$ 357.738,00 *Nesse ano, o hospital recebeu doação não recorrente, no valor de R$ 300 mil

REFERÊNCIA NO TRATAMENTO DE PSIQUIATRIA

ATENDIMENTO A PACIENTES DE TODO O BRASIL

50 anos de funcionamento do hospital

60 anos do

ambulatório

6.664Consultas do ambulatório

48.805diárias de internação

3.598sessões de ECT

6.474diárias do

CETAS

*Nesse ano, o hospital recebeu doação não recorrente, no valor de R$ 300 mil

Acolhimento e atendimento humanizado no HEAL

4

10.902pessoas

atendidas

69.470procedimentos

realizados no HEAL

3.929atendimentos

no PA

em 2016

10 anos do CETAS

+ 300 profi ssionais

+400 voluntários

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O ambulatório do Hospital Espírita André Luiz (HEAL) antecede o início dos trabalhos da instituição de saúde, que completa 50 anos, em 2017. Em abril de 1957, dez anos antes da fun-dação do HEAL, foi aberto um espa-ço de atendimento à população, com várias especialidades médicas. O mo-delo já era um prenúncio do André Luiz, pois contava com assistência de voluntários na área espiritual.

Hoje, com 60 anos de atividades, o ambulatório comemora milhares de atendimentos em psiquiatria e psi-cologia, particulares, por convênio e filantrópicos. Ao longo de todos esses anos, o HEAL já atendeu mais de 100 mil pacientes e realizou 500 mil consultas diárias gratuitas.

AÇão

60 anos do ambulatório

6

Bazar do HEAL (doação de roupas, sapatos e objetos, novos ou usados)

Dotz (doação de pontos)Cobrança automática via contas da Cemig ou da Copasa

Transferência bancária

Cartão de crédito/Paypall via site do HEAL

Boleto bancário

Como doarO HEAL conta com doações para continuar prestando o trabalho filantrópico. Veja as formas de doar.

Eu senti a necessidade de fazer um trabalho voluntário. Sou espírita, moro no bairro Nova Granada, que é perto do hos-

pital, gosto de música e queria contribuir de alguma maneira. É muito prazeroso, saio do HEAL renovado. Recebo mais do que doo.

ATiTuDE

Acolhimento

6

(31) 3115-2644 I E-mail: [email protected]

É preciso falar sobre depressão

Toda última sexta-feira do mês, o servidor público federal Flávio Ferreira Batista, 46 anos, tem um compromisso inadiável. Há cerca de um ano e meio, ele toca saxo-fone para os pacientes do HEAL. Flávio é um dos voluntários do projeto Reflexão Musical e costuma emocionar os presentes, iniciando e encerrando as apresenta-ções ao som de “Ave-Maria”. A música contribui para o tratamento dos pacientes, pois estimula o bom humor, aumenta a disposição, reduz a ansiedade, o estresse e a depressão. Você pode seguir o exemplo de Flávio, doando seu tempo e alguma habilidade, ou ajudar de outras formas (confira no quadro abaixo). Colabore!

5

Na infância, Thaís (nome fictício) foi diagnosticada com depressão e até chegou a se machucar fisicamente. Segundo a moça, hoje com 28 anos, as pessoas mais próximas não davam muita atenção para as angústias que sofria. “Elas não ti-nham esclarecimento sobre a depressão. Eu sentia muita culpa por ter nascido e vivia trancada no quarto, isolada, e já pensei em tirar minha vida”, revela.

A jovem já passou por muitos altos e baixos emocionais ao longo da vida, alguns, inclusive, causados pela descoberta da homossexualidade. “Tive dificuldade em me aceitar e receio de ser rejeitada pelas pessoas que me amam”. Ela conta que são 17 anos de tratamento marcado por sessões de terapia, visitas a diferentes médicos e trocas frequentes de medicamentos. “Digamos que eu esteja na me-lhor fase dos últimos tempos, mas não na melhor fase da minha vida”, lamenta.

A depressão é uma doença que ainda envolve muito preconceito e desconhe-cimento. O psiquiatra, geriatra e diretor clínico do Hospital Espírita André Luiz (HEAL), Júlio César Menezes Vieira, afirma que, infelizmente, muitas pessoas consideram ser fraqueza, culpa ou até pecado. “A depressão pode acontecer com qualquer pessoa, desde a infância até o envelhecimento”, ressalta Júlio Vieira.

“A sociedade apresenta resistência em falar sobre doenças mentais, e a ignorân-cia sobre o assunto reforça a necessidade de conversarmos a respeito. Nossa cul-tura tem uma visão de que só é doença aquilo que é visível”, reforça o psiquiatra e diretor técnico do HEAL, Roberto Lúcio Vieira de Souza.

Doença incapacitante

Para alertar a sociedade sobre sintomas e tratamentos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu a depressão como tema do Dia Mundial da Saúde, ce-lebrado em 7 de abril, por ser considerada o mal do século XXI, sendo a segunda causa incapacitante de indivíduos, só perdendo para doenças cardiovasculares. Hoje, 350 milhões de pessoas no mundo sofrem com a enfermidade.

A imprensa reservou espaço para abordar o tema, e os nossos médicos psiquia-tras Júlio César e Roberto Lúcio concederam relevantes entrevistas ao jornal Hoje em Dia, Rede Minas e TV Bandeirantes e rádios Inconfidência e Alvorada.

TRISTEZA persistente e falta de prazer na vida, acompanhada das alterações:

l do sono (dormir muito ou não dormir nada);l do apetite (comer muito ou não comer nada);l da psicomotricidade (integração das funções motoras e psíquicas);l da concentração, com prejuízos de memória;l sentimento profundo e sem explicação de culpa;l sensação de inutilidade;l idealização suicida.

Procure um especialista caso os sintomas abaixo se manifestem juntos, ao longo de duas semanas

Fonte: Júlio César Menezes Vieira - médico psiquiatra do HEAL

Na década de 1950, o ambulatório já prestava assistência espiritual