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Serviços Sociais têm futuro A Assembleia da República autorizou o Governo a definir - até ao final do ano - os critérios que regulem as transferências de verbas das câmaras municipais para as entidades de apoio social a trabalhadores e respectivos familiares, como os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (SSCML). O Secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, já tinha defendido no final de 2009, por despacho, que o artigo 156º da Lei do Orçamento do Estado para 2007 não se aplicava às autarquias, pelo que com base neste entendimento e no artigo 38º-A do Orçamento do Estado para 2010, os Serviços Sociais esperam que o Governo seja célere na regulamentação. Os SSCML comprometem-se por isso a continuar a diligenciar junto do Governo, para que seja efectuada a regulamentação necessária para que as transferências das verbas possam ser totalmente desbloqueadas. A proposta socialista que foi aprovada na Assembleia da República - com os votos favoráveis dos grupos parlamentares do PS e do CDS-PP, a abstenção do Bloco de Esquerda, d’Os Verdes, do PCP e o voto contra do PSD, durante a votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2010 - constituiu uma vitória dos SSCML que desde a divulgação do relato do Tribunal de Contas, em Novembro de 2009 - declarando a ilegalidade da concessão de verbas às entidades de assistência social e afins- encetou várias diligências com vista à resolução do problema. Conhecido o relato da autoria do Tribunal de Contas, que considerou ilegais os financiamentos de 12 das 30 autarquias inspeccionadas, os SSCML solicitaram de imediato pareceres aos conceituados jurisconsultos Marcelo Rebelo de Sousa e Sérvulo Correia. Estes foram contrários à interpretação do Tribunal de Contas e defenderam que a solução deveria constar no Orçamento do Estado (OE) porque só «desta forma será possível evitar - com a brevidade que se impõe - as consequências dramáticas da manutenção da interpretação do TC, que conduziu à decisão de suspensão das transferências de verbas por parte das autarquias e que, num curto espaço de tempo, implicará, inevitavelmente, a extinção dos serviços sociais». A 5 de Fevereiro, os SSCML promoveram na sua sede um encontro com mais de 50 representantes de organismos sociais afectados pela interpretação do Tribunal de Contas, de que resultou uma declaração conjunta aprovada por unanimidade. O documento reclamava que a questão fosse resolvida na esfera do OE e que a solução não punisse “qualquer tipo de responsabilidade financeira” dos autarcas que autorizaram as transferências de verbas para os organismos sociais. Os SSCML pediram audiências a todos os grupos parlamentares e ao Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama. Os SSCML entregaram ainda a declaração conjunta de 5 de Fevereiro aos Secretários de Estado Emanuel dos Santos (Orçamento) e José Junqueiro (Administração Local), reuniram com o Secretário-Geral da Associação Nacional de Munícipios Portugueses, Eng. Artur Trindade, e estando presente no congresso desta Associação, que decorreu a 4 e 5 de Dezembro, em Viseu. Confiança nos SSCML A proposta do Partido Socialista aprovada pela Assembleia da República a propósito das transferên- cias de verbas dos Municípios para os Serviços Sociais, Casas de Pessoal e afins é um marco fundamental para todos. Esta proposta valida o nosso presente e pretende criar mecanismos reguladores destas transferências de forma a uniformizar princípios, de que na verdade o sector carece. Não sendo a solução defendida pelos SSCML, não podemos deixar de considerar que traduz uma vitória para todos aqueles que acreditam no papel social do Estado bem como na necessidade de, com rigor e transparência, todos zelarmos pelo bem comum. Os SSCML aguardam agora com toda a serenidade que o governo produza a legislação em falta e, por outro lado, que a CML reinicie as transferências das verbas necessárias para a persecução das nossas actividades. Pretendemos continuar a prestar um serviço de qualidade aos nossos associados mas igualmente à Cidade, porque para nós solidariedade não é uma palavra vã. Estamos certos da nossa opção, dos caminhos que trilhamos e daquilo que temos a fazer no futuro. Com a certeza de que não tememos o Hoje nem o Amanhã. Aos Associados dos SSCML o nosso agradecimento pela serenidade com que acompanharam o desenvol- vimento deste processo bem como pelas provas de solidariedade demonstradas aos longo destes meses para com os SSCML. Bem Hajam. Luís Filipe Figueiredo Vice-Presidente dos SSCML O Governo tem de definir até ao final de 2010 os critérios para as transferências de verbas das autarquias para os Serviços Sociais que se encontram suspensas desde o final de 2009 FOLHA INFORMATIVA Nº 02 | ABRIL 2010

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Serviços Sociais têm futuro

A Assembleia da República autorizou o Governo a definir - até ao final do ano - os critérios que regulem as transferências de verbas das câmaras municipais para as entidades de apoio social a trabalhadores e respectivos familiares, como os Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (SSCML). O Secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, já tinha defendido no final de 2009, por despacho, que o artigo 156º da Lei do Orçamento do Estado para 2007 não se aplicava às autarquias, pelo que com base neste entendimento e no artigo 38º-A do Orçamento do Estado para 2010, os Serviços Sociais esperam que o Governo seja célere na regulamentação.

Os SSCML comprometem-se por isso a continuar a diligenciar junto do Governo, para que seja efectuada a regulamentação necessária para que as transferências das verbas possam ser totalmente desbloqueadas.

A proposta socialista que foi aprovada na Assembleia da República - com os votos favoráveis dos grupos parlamentares do PS e do CDS-PP, a abstenção do Bloco de Esquerda, d’Os Verdes, do PCP e o voto contra do PSD, durante a votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2010 - constituiu uma vitória dos SSCML que desde a divulgação do relato do Tribunal de Contas, em Novembro de 2009 - declarando a ilegalidade da concessão de verbas às entidades de assistência social e afins- encetou várias diligências com vista à resolução do problema.

Conhecido o relato da autoria do Tribunal de Contas, que considerou ilegais os financiamentos de12 das 30 autarquias inspeccionadas, os SSCML solicitaram de imediato pareceres aos conceituadosjurisconsultos Marcelo Rebelo de Sousa e Sérvulo Correia. Estes foram contrários à interpretação do Tribunal de Contas e defenderam que a solução deveria constar no Orçamento do Estado (OE) porque só «desta forma será possível evitar - com a brevidade que se impõe - as consequências dramáticas da manutenção da interpretação do TC, que conduziu à decisão de suspensão das transferências de verbas por parte das autarquias e que, num curto espaço de tempo, implicará, inevitavelmente, a extinção dos serviços sociais».

A 5 de Fevereiro, os SSCML promoveram na sua sede um encontro com mais de 50 representantes de organismos sociais afectados pela interpretação do Tribunal de Contas, de que resultou uma declaração conjunta aprovada por unanimidade. O documento reclamava que a questão fosse resolvida na esfera do OE e que a solução não punisse “qualquer tipo de responsabilidade financeira” dos autarcas que autorizaram as transferências de verbas para os organismos sociais.

Os SSCML pediram audiências a todos os grupos parlamentares e ao Presidente da Assembleia da República, Dr. Jaime Gama. Os SSCML entregaram ainda a declaração conjunta de 5 de Fevereiro aos Secretários de Estado Emanuel dos Santos (Orçamento) e José Junqueiro (Administração Local), reuniram com o Secretário-Geral da Associação Nacional de Munícipios Portugueses, Eng. Artur Trindade, e estando presente no congresso desta Associação, que decorreu a 4 e 5 de Dezembro, em Viseu.

Confiança nos SSCML A proposta do Partido Socialista aprovada pela Assembleia da República a propósito das transferên-cias de verbas dos Municípios para os Serviços Sociais, Casas de Pessoal e afins é um marco fundamental para todos.Esta proposta valida o nosso presente e pretende criar mecanismos reguladores destas transferências de forma a uniformizar princípios, de que na verdade o sector carece.Não sendo a solução defendida pelos SSCML, não podemos deixar de considerar que traduz uma vitória para todos aqueles que acreditam no papel social do Estado bem como na necessidade de, com rigor e transparência, todos zelarmos pelo bem comum.Os SSCML aguardam agora com toda a serenidade que o governo produza a legislação em falta e, por outro lado, que a CML reinicie as transferências das verbas necessárias para a persecução das nossas actividades.Pretendemos continuar a prestar um serviço de qualidade aos nossos associados mas igualmente à Cidade, porque para nós solidariedade não é uma palavra vã. Estamos certos da nossa opção, dos caminhos que trilhamos e daquilo que temos a fazer no futuro. Com a certeza de que não tememos o Hoje nem o Amanhã. Aos Associados dos SSCML o nosso agradecimento pela serenidade com que acompanharam o desenvol-vimento deste processo bem como pelas provas de solidariedade demonstradas aos longo destes meses para com os SSCML. Bem Hajam.

Luís Filipe Figueiredo Vice-Presidente dos SSCML

O Governo tem de definir até ao final de 2010 os critérios para as transferências de verbas das autarquias para os Serviços Sociais que se encontram suspensas desde o final de 2009

FOLHA INFORMATIVA Nº 02 | ABRIL 2010

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SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Av. Afonso Costa, 41 (junto à Rotunda das Olaias) 1900-032 Lisboa

T.: +351 21 844 77 00 || F.: +351 21 844 77 11

E-mail: [email protected] || http://sscml.cm-lisboa.pt/

FOLHA INFORMATIVA Nº 02 | ABRIL 2010

||PROTOCOLOS COM FARMÁCIAS||

Descontos na aquisição de produtos

No âmbito dos protocolos realizados, os associados, beneficiários e utilizadores dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa têm descontos nas farmácias Atena, Alcântara, Lusitana e nas que pertencem ao Grupo Barral. Para o efeito, todos deverão estar devidamente inscritos, com as quotas actualizadas e serem portadores do respectivo cartão que, aliás, deve ser apresentado no acto de compra.

Farmácia Atena – desconto de 10% na aquisição de produtos farmacêuticos não comparticipados pelo Estado e de 2% na compra de leite para crianças e papas.

Farmácia Alcântara – desconto de 10% na aquisição de produtos farmacêuticos não comparticipados pelo Estado e de 10% em todos os artigos de venda, com excepção de receituário, leites, análises e consultas de cuidados farmacêuticos.

Farmácia Lusitana – Desconto de 10% sobre todos os produtos adquiridos.

Grupo Barral – Desconto de 10% sobre os medicamentos sujeitos a receita médica (o valor do desconto será aplicado sobre o preço a pagar pelo utente, após comparticipação). Desconto de 10% sobre os medicamentos não sujeitos a receita médica, cosméticos e produtos parafarmacêuticos.

||TERAPIAS COMPLEMENTARES||

Protocolo de Terapias Complementares

Para as consultas de homeopatia, acupunctura e osteopatia efectuadas nos consultórios das entidades convencionadas (Dr. Hélio Jacôme Paulino, Dr. Pedro Choy e Terapêuta André Caeiro) está definida uma comparticipação em regime livre de 50% contra entrega de recibo original de despesa até ao limite máximo anual de 300 euros por agregado familiar do associado ou utilizador. No caso dos produtos prescritos o valor da comparticipação é igual, sendo que o limite máximo é de 200 euros, mediante a apresentaçãoda respectiva prescrição e recibo original de despesa. Os utilizadores destas terapias deverão pertencer às categorias de 10 a 50. Mais informações no site dos SSCML.

||COMPARTICIPAÇÕES||

Apoio a crianças e jovens com deficiência

Os associados e utilizadores dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa com descendentes portadores de deficiência de natureza física, orgânica, sensorial, motora ou mental, com idade até aos 24 anos, têm direito a uma comparticipação mensal. Para a atribuição do valor, que varia de acordo com a idadeda criança ou jovem, deve ser clara a impossibilidade do portador de deficiência em assegurar a sua subsistência a nível profissional.

A comparticipação destina-se àqueles que frequentem um estabe-lecimento de educação sujeito ao pagamento de mensalidade, que necessitem de apoio individualizado pedagógico ou terapêutico ou que estejam integrados em estabelecimentos de reabilitação ou em condições de frequência ou de internamento. A comparticipaçãoé definida de acordo com os grupos etários e renumeração ou pensão do associado/utilizador.

A comparticipação deve ser requerida através do preenchimento de um impresso a disponibilizar pelos SSCML e apoiada em documentos de prova da deficiência, conforme as regras que constam no verso do referido impresso. O processamento mensal da comparticipação é realizado mediante a entrega dos recibos originais da despesa paga até ao valor máximo estabelecido pelos SSCML.

O apoio a crianças e jovens com deficiência encontra-se definido na área social dos SSCML e destina-se a compensar o acréscimo dos encargos familiares com os descendentes que ingressem na escolaridade obrigatória mas que necessitem de apoios específicos disponibilizados pelos respectivos estabelecimentos de ensino. Tal como nos casos anteriores, a comparticipção deve ser requerida.

Em cada ano lectivo o seu processamento mensal é realizado mediante a entrega do recibo original da mensalidade paga até ao máximo estabelecido para a comparticipação na despesa de infantário (60 euros por mês).