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Revisão Data Descrição Breve Por Verif. Aprov. Autoriz. SERVIÇOS DE AVALIAÇÃO DO EFEITO DAS NOVAS REGRAS DE OUTORGA DO SISTEMA CANTAREIRA E DA PROPOSTA DE UMA NOVA BARRAGEM DA SANASA NO RIO ATIBAIA NO ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E AMBIENTAL DO SISTEMA ADUTOR REGIONAL PCJ SARPCJ. Elaborado por: Luiz Henrique Werneck e Equipe Supervisionado por: Carlos Alberto Amaral de Oliveira Pereira Aprovado por: Luiz Henrique Werneck Revisão Finalidade Data 02 2 Abril.2018 Legenda Finalidade: [1] Para Informação [2] Para Comentário [3] Para Aprovação COBRAPE SÃO PAULO Rua Capitão Antônio Rosa, 406 CEP 01443-010 Tel (11) 3897-8000 www.COBRAPE.com.br

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Revisão Data Descrição Breve Por Verif. Aprov. Autoriz.

SERVIÇOS DE AVALIAÇÃO DO EFEITO DAS NOVAS REGRAS DE OUTORGA DO SISTEMA CANTAREIRA E DA PROPOSTA DE UMA NOVA BARRAGEM DA

SANASA NO RIO ATIBAIA NO ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA, ECONÔMICA E AMBIENTAL DO SISTEMA ADUTOR REGIONAL PCJ – SARPCJ.

Elaborado por:

Luiz Henrique Werneck e Equipe

Supervisionado por:

Carlos Alberto Amaral de Oliveira Pereira

Aprovado por:

Luiz Henrique Werneck

Revisão Finalidade Data

02 2 Abril.2018

Legenda Finalidade: [1] Para Informação [2] Para Comentário [3] Para Aprovação

COBRAPE – SÃO PAULO Rua Capitão Antônio Rosa, 406

CEP 01443-010

Tel (11) 3897-8000

www.COBRAPE.com.br

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Relatório nº02 – R-02

Avaliação do Impacto das Novas Regras do Sistema

Cantareira e Barragem SANASA

Revisão 02

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Índice

Área de Estudo ............................................................................................................... 1

Barragens Duas Pontes, Pedreira e SANASA ................................................................ 4

Estudo original do SARPCJ ............................................................................................ 5

Estudo complementar do SARPCJ ................................................................................. 6

Resumo dos Novos Pré-Dimensionamentos por Simulação ......................................... 10

4.1.1 Pré-Dimensionamentos Associados à Simulação 01 .................................................. 11

4.1.1.1 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 01A – 1,7 m³/s (SIM 01A) ............... 12

4.1.1.2 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 01B – 1,5 m³/s (SIM 01B) ............... 14

4.1.1.3 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 01C – 1,0m³/s (SIM 01C) ............... 15

4.1.2 Pré-Dimensionamentos Associados à Simulação 02 .................................................. 17

4.1.2.1 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 02A – 1,7 m³/s (SIM 02A) ............... 17

4.1.2.2 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 02B – 1,5m³/s (SIM 02B) ................ 19

4.1.2.3 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 02C – 1,0 m³/s (SIM 02C) .............. 20

4.1.2.4 Simulação 02B – 1,5 m³/s com adicional às Industrias – SIM 02B IND .................... 21

4.1.3 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 03 (SIM 03) ....................................... 22

4.1.4 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 04 (SIM 04) ....................................... 24

4.1.5 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 05 (SIM 05) ....................................... 26

4.1.6 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 06 (SIM 06) ....................................... 28

Custo de Implantação ................................................................................................... 30

5.1.1 Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica ................................................... 30

5.1.2 Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica ....................................................... 36

Custo de Operação ....................................................................................................... 40

Custo de Manutenção ................................................................................................... 41

Custos Totais de Implantação, Operação e Manutenção das Simulações .................... 43

Critérios Técnicos ......................................................................................................... 45

Critérios Econômicos .................................................................................................... 49

Critérios Ambientais ...................................................................................................... 55

Alternativa Selecionada ................................................................................................ 62

Configuração Final com o Tramo Leste e Tramo Oeste ................................................ 64

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ii

Tabelas

Tabela 2.1 - Resumo das Simulações Estudadas ......................................................................................... 7

Tabela 3.1 - Comparação do déficit de atendimento às demandas urbanas de todas as simulações

realizadas ................................................................................................................................. 9

Tabela 4.1 - Composição de Trechos e Elevatórias da Simulação 01 ........................................................ 16

Tabela 4.2 - Composição de Trechos e Elevatórias da Simulação 02 ........................................................ 22

Tabela 4.3 - Composição do Trecho e Elevatória da Simulação 03 ........................................................... 24

Tabela 4.4 - Composição de Trechos e Elevatórias da Simulação 04 ........................................................ 26

Tabela 4.5 - Composição do Trecho e Elevatória da Simulação 05 ........................................................... 28

Tabela 4.6 - Composição do Trecho e Elevatória da Simulação 06 ........................................................... 30

Tabela 5.1 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 01 ..................... 34

Tabela 5.2 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 02 ..................... 34

Tabela 5.3 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 03 ..................... 34

Tabela 5.4 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 04 ..................... 35

Tabela 5.5 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 05 ..................... 35

Tabela 5.6 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 06 ..................... 35

Tabela 5.7 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 01 ......................................... 37

Tabela 5.8 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 02 ......................................... 38

Tabela 5.9 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 03 ......................................... 38

Tabela 5.10 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 04 ....................................... 39

Tabela 5.11 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 05 ....................................... 39

Tabela 5.12 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 06 ....................................... 39

Tabela 5.13 - Custos Mensais de Mão-de-Obra para Operação ................................................................ 40

Tabela 5.14 - Custos de Operação .............................................................................................................. 41

Tabela 5.15 - Custos de Manutenção Tramo Leste .................................................................................... 42

Tabela 5.16 - Custos de Manutenção CCO ................................................................................................. 42

Tabela 5.17 - Custo de Manutenção Total ................................................................................................... 43

Tabela 5.18 - Custos Totais de Implementação (com seguro e impostos), Operação e Manutenção ...... 44

Tabela 6.1 – Avaliação Técnica Executiva das Simulações 1 e 2 .............................................................. 45

Tabela 6.2 – Déficit de Atendimento das demandas urbanas das Simulações 1 e 2 ................................. 46

Tabela 6.3 – Volume máximo mantido pelos Reservatórios Duas Pontes e Pedreira ............................... 47

Tabela 6.4 – Resultados do Aspecto Econômico ........................................................................................ 51

Tabela 6.5 – Resumo dos aspectos de projeto e econômico das Simulações 1 e 2 ................................. 52

Tabela 6.6 – Classificação de Magnitude dos Impactos Referentes aos Parâmetros Ambientais

Avaliados ................................................................................................................ 55

Tabela 6.7 – Classificação de Magnitude dos Impactos Referentes aos Parâmetros Sociais Avaliados .. 56

Tabela 6.8 – Resultados dos Aspectos Ambientais ..................................................................................... 59

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Tabela 6.9 – Volume Escavado e de Areia dos Pré-dimensionamentos Associados à Simulação 01...... 60

Tabela 6.10 - Volume Escavado e de Areia dos Pré-dimensionamentos Associados à Simulação 02 .... 61

Tabela 6.11 – Resumo dos volumes escavados, de areia e de transporte ................................................ 62

Tabela 6.12 – Resultados parciais das simulações para os critérios técnico, econômico e ambiental ...... 63

Tabela 6.13 – Resultados com Variação da Ponderação dos Critérios ...................................................... 64

Tabela 6.14 – Configuração do SARPCJ Conforme a Simulação 02C ...................................................... 65

Tabela 6.15 – Resumo Econômico da Simulação 02C ............................................................................... 66

Figuras

Figura 1.1 – Topologia da Área do SARPCJ com as barragens Duas Pontes e Pedreira .............. 1

Figura 1.2 – Área de Estudo SARPCJ ........................................................................................... 3

Figura 4.1 – Representação do Traçado da Simulação 01A ........................................................ 12

Figura 4.2 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 01A ............................... 13

Figura 4.3 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 01B ............................... 14

Figura 4.4 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 01C ............................... 15

Figura 4.5 – Representação do Traçado da Simulação 02A ........................................................ 18

Figura 4.6 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 02A ............................... 19

Figura 4.7 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 02B ............................... 20

Figura 4.8 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 02C ............................... 21

Figura 4.9 – Representação do Traçado da Simulação 03 .......................................................... 23

Figura 4.10 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 03 ................................ 24

Figura 4.11 – Representação do Traçado da Simulação 04 ........................................................ 25

Figura 4.12 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 04 ................................ 25

Figura 4.13 – Representação do Traçado da Simulação 05 ........................................................ 27

Figura 4.14 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 05 ................................ 28

Figura 4.15 – Representação do Traçado da Simulação 06 ........................................................ 29

Figura 4.16 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 06 ................................ 29

Figura 6.1– Deplecionamento dos reservatórios Pedreira e Duas Pontes na SIM01 e SIM 02 .... 48

Figura 6.2 - Vazões de Projeto para suprir os Déficits de Atendimento às demandas urbanas ... 51

Figura 6.3 – Total de Investimentos para suprir os Déficits de Atendimento às demandas urbanas ........ 51

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i

APRESENTAÇÃO

Este relatório tem por finalidade mostrar os resultados dos “Serviços de Avaliação

do Efeito das Novas Regras de Outorgas do Sistema Cantareira e da Proposta de

uma Nova Barragem da SANASA no Rio Atibaia no estudo de Viabilidade Técnica,

Econômica e Ambiental do Sistema Adutor Regional das Bacias dos Rios

Piracicaba, Capivari e Jundiaí – SARPCJ”.

Uma vez que o Relatório R.01 (Relatório de Avaliação do Impacto das Novas

Regras do Sistema Cantareira) já apresentou o estudo de balanço hídrico

considerando a atual regra de outorgas do Sistema Cantareira e a proposta de uma

Nova Barragem da SANASA no Rio Atibaia, neste sentido, este Relatório R.02

apresenta os resultados revisados do dimensionamento dos trechos que foram

diretamente afetados, conforme escopo previsto no Termo de Referência do

Contrato em epígrafe.

Este Relatório R.02 apresenta os novos pré-dimensionamentos dos trechos do

SARPCJ cujas informações de traçado (planta e perfil) estão disponíveis, em

continuidade ao estudo original elaborado antes das novas regras de outorga do

Sistema Cantareira e do anúncio de uma nova barragem da SANASA no rio Atibaia

(da qual foram disponibilizadas informações apenas preliminares).

Além dos pré-dimensionamentos possíveis, o presente R.02 mostra os orçamentos

estimativos associados – que se alteram em relação aos originais do SARPCJ

apenas em seu Tramo Leste, permanecendo o Tramo Oeste inalterado nas

condições estudadas. Os orçamentos estimativos são apresentados em termos de

custo de implantação (tanto da parte hidráulica e mecânica quanto a infraestrutura

elétrica), além dos custos de operação anuais para o período de 2020 a 2045, e os

respectivos custos de manutenção para o mesmo período.

Na sequência, discute-se uma comparação das alternativas nos mesmos moldes

daquela do estudo original do SARPCJ, considerando aspectos técnicos,

econômicos e ambientais, para finalmente apresentar as conclusões e as

recomendações, seguidas das referências bibliográficas.

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Contextualização

Área de Estudo

O estudo original do Sistema Adutor Regional das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari

e Jundiaí – SARPCJ (DAEE, 2016) – teve por objetivo analisar a viabilidade técnica,

econômica e ambiental da construção de adutoras para o atendimento às demandas,

principalmente o abastecimento público urbano, dos municípios que, na modelagem

hídrica, apresentaram problemas de disponibilidade em suas captações superficiais,

para o horizonte de 2045.

O SARPCJ se articula funcionalmente com as barragens Duas Pontes e Pedreira, a

serem construídas, respectivamente, nos rios Camanducaia e Jaguari. As duas

barragens proverão uma vazão regularizada adicional de quase 9,0 m3/s na porção

central das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), beneficiando

substancialmente grande parte dos municípios a jusante.

Todavia, há uma forte concentração de consumos de água ao longo dos rios Atibaia,

Capivari e Jundiaí, que não são regularizados pelas barragens. Nesse contexto, o

SARPCJ visa transferir parte das vazões regularizadas pelas barragens para usuários

mais distantes dos rios em que as mesmas se localizam.

A Figura 1.1 a seguir mostra a topologia das bacias PCJ, destacando,

esquematicamente, as áreas diretamente beneficiadas pelas barragens Duas Pontes e

Pedreira, e a área de sub-bacias não regularizadas pelas mesmas, principais

candidatas a serem atendidas pelo SARPCJ.

Figura 1.1 – Topologia da Área do SARPCJ com as barragens Duas Pontes e Pedreira

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2

De certa maneira, o SARPCJ é dependente da existência das barragens Duas Pontes

e Pedreira, mas o contrário não é verdadeiro: as barragens beneficiam um contingente

populacional substancial mesmo sem o SARPCJ, mas este empreendimento é capaz

de transferir geograficamente os benefícios da regularização adicional para municípios

que não são diretamente banhados pelos rios a terem suas vazões regularizadas.

Inicialmente, o estudo do SARPCJ contemplava 27 municípios da região das Bacias

Hidrográficas PCJ, que são: Americana, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos

Perdões, Campinas, Campo Limpo Paulista, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia,

Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Jundiaí, Limeira, Louveira, Monte Mor,

Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Salto, Santa Bárbara D’Oeste, Sumaré, Valinhos,

Várzea Paulista e Vinhedo. Porém, na realização da modelagem para o Balanço

Hídrico, verificou-se a necessidade de incluir os municípios a jusante e a montante da

área de estudo, totalizando 64 municípios modelados, conforme apresentado na Figura

1.2, a seguir.

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Figura 1.2 – Área de Estudo SARPCJ

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4

Barragens Duas Pontes, Pedreira e SANASA

A busca de soluções para aumentar a capacidade de reservação de água bruta para o

atendimento às demandas das bacias PCJ tem sido objeto de vários estudos

realizados ao longo dos anos. Um apanhado mais detalhado foi mostrado no Relatório

R.01.

Muitos destes estudos já apontavam a necessidade de barramentos na região do PCJ

com o objetivo de ampliar os índices de abastecimento, garantindo, especialmente,

atendimento às demandas futuras.

Grande parte destes estudos já apontava, como solução para aumentar a reservação

de água bruta nas bacias PCJ, a construção das Barragens Duas Pontes e Pedreira.

Tendo em vista tal seleção dentre as opções estudadas, o DAEE contratou os projetos

executivos das barragens Duas Pontes e Pedreira e os respectivos EIA/RIMAs, que

destacaram que os reservatórios das barragens funcionariam como uma reserva

hídrica para o abastecimento de municípios da bacia, garantindo o atendimento das

demandas atuais e futuras, com maior segurança hídrica, especialmente nos períodos

de estiagem (DAEE, 2015a, EIA; 2015b, RIMA).

Avançando nesses temas, em 2014, o DAEE contratou o Estudos de Viabilidade

Técnica, Econômica e Ambiental do Sistema Adutor Regional PCJ dos Municípios das

Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí no Estado de São Paulo -

SARPCJ (DAEE, 2016). Durante e após a crise hídrica, ocorrida no período de 2014-

2015, a SANASA (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas)

também iniciou estudos para verificar a possibilidade de ampliação da reservação de

água bruta por meio de um barramento no rio Atibaia, ao norte do distrito de Sousas.

Após finalização do estudo original do SARPCJ, houve a renovação da outorga do

Sistema Cantareira, com a definição de novas regras operacionais deste sistema,

conforme Resolução Conjunta n° 925 (ANA/DAEE, 2017) emitida em 29 de maio de

2017, pela ANA – Agência Nacional de Águas e pelo DAEE. Em função desta nova

outorga, verificou-se a necessidade de avaliar suas consequências frente às novas

garantias de vazão para as Bacias PCJ, avaliação esta que foi objeto do Relatório

R.01, que apresentou a revisão dos cálculos de balanço hídrico do estudo original do

SARPCJ com tais novas condições. A partir dos resultados obtidos no referido relatório,

foi preciso atualizar os pré-dimensionamentos dos trechos do Tramo Leste do

SARPCJ, objeto no presente Relatório R.02.

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5

Estudos do SARPCJ

Estudo original do SARPCJ

Conforme apresentado anteriormente, a construção das barragens Pedreira e Duas

Pontes regularizará a vazão dos rios Camanducaia e Jaguari. Uma vez que os

municípios mais críticos da bacia PCJ encontram-se nas bacias dos rios Atibaia,

Capivari e Jundiaí, foi concebido o Sistema Adutor Regional PCJ – SARPCJ, com o

objetivo de conduzir as vazões regularizadas pelas barragens para esses municípios.

Assim, o estudo original do SARPCJ foi norteado pelos seguintes objetivos: (i) atender

às demandas dos 27 municípios da área de estudo para o horizonte de 2045; (ii) fazer

uso de direitos de passagem existentes, tais como rodovias; (iii) buscar pontos de

entrega estratégicos, como locais de captações existentes ou lançamentos em pontos

a montante destes nos corpos d’água; e (iv) estudar a transferência de água bruta. A

possibilidade de utilizar estações de tratamento de águas de cunho regional também foi

considerada, sendo enfatizada no Tramo Oeste do SARPCJ, onde se indica ampliação

do atual Sistema Boa Esperança, da Sabesp, o qual transfere água tratada para

Paulínia e Monte Mor, além de abastecer Hortolândia1. Para dar suporte a essas

análises, foi utilizado um software de Sistema de Suporte a Decisão (SSD) denominado

AcquaNet.

Foram definidas três alternativas básicas envolvendo diferentes pontos (locais e

estratégias) de captação de água bruta, estabelecendo-se conjuntos de traçados até

pontos de entrega coincidentes com as captações ou com os rios em que captam os

municípios nas sub-bacias dos rios Atibaia, Capivari e Jundiaí.

As Alternativas 1 e 2 foram subdivididas em 4 esquemas distintos cada, enquanto a

Alternativa 3 foi subdividida em 8 esquemas distintos. Os esquemas distintos testavam

(a) diferentes vazões a jusante das barragens Duas Pontes e Pedreira, respeitando

manter 18 m³/s na confluência do rio Camanducaia no rio Jaguari, e (b) a inclusão ou

não de Sumaré. Os conjuntos de 3 Alternativas compreendendo 16 esquemas foram

objeto de cálculos de balanço hídrico, buscando-se determinar vazões para manter as

falhas no abastecimento dentro de limites tolerados (5% do tempo para abastecimento

urbano, 10% do tempo para abastecimento industrial e 20% do tempo para

abastecimento rural), com série histórica de vazões médias mensais de janeiro de 1931

a dezembro de 2014.

Com base nos dados de balanço hídrico, no estudo original do SARPCJ definiram-se

as vazões para o pré-dimensionamento e a orçamentação das 3 Alternativas e seus

esquemas, estimando em nível conceitual os custos de capital (CAPEX) e os custos de

operação e manutenção (OPEX) de 2020 até 2045. Foram considerados no pré-

dimensionamento de todos trechos as elevatórias, as captações, os rebombeamentos e

as soluções de suprimento de energia para as elevatórias.

1 À época, Sumaré havia desativado uma captação de 800 l/s no rio Atibaia (junto ao reservatório Salto

Grande), e poderia ser candidato a receber água do SARPCJ através da ampliação do Sistema Boa Esperança, da Sabesp. Tal captação foi reativada ao longo dos estudos, e os esquemas com o SARPCJ atendendo Sumaré se mostraram menos atraentes e pouco vantajosos.

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6

Como resultado, selecionou-se a alternativa com melhor avaliação técnica, econômica

e ambiental. Nesta composição, a Alternativa 3 em seu Esquema 1 foi a escolhida

como sendo a mais vantajosa, apresentando a melhor consistência com base nas

ponderações utilizadas, mesmo não sendo a de menor custo de implantação dentre os

16 esquemas.

Estudo complementar do SARPCJ

Posteriormente à conclusão do estudo original do SARPCJ, surgiram duas novas

informações que influenciam diretamente na solução escolhida: (i) a nova outorga do

Sistema Cantareira, definida pela Resolução Conjunta ANA/DAEE nº 925, datada de 29

de maio de 2017; e (ii) o anúncio, pela SANASA e Prefeitura Municipal de Campinas,

da intenção de construir uma barragem a ser viabilizada em esquema de Parceria

Público-Privada (PPP) no rio Atibaia. Estes dois fatos novos tornaram oportuno e

prudente rever seus impactos no estudo original do SARPCJ.

Dessa forma, a partir da alternativa selecionada pelo estudo original (Alternativa 3 –

Esquema 1), foi criada uma rede (AcquaNet) considerando estes novos aspectos (nova

outorga e barragem SANASA) e assim iniciou-se uma nova análise da rede de fluxo,

tendo como objetivo a indicação do menor percentual de déficit de atendimento às

demandas nos setores agropecuários, industriais e urbanos, considerando os mesmos

1.020 meses (85 anos) de vazão natural do estudo original. Este foi o objeto de estudo

descrito no Relatório R.01.

A partir dos resultados apresentados no R.01, passa-se a avaliar os impactos nos pré-

dimensionamentos anteriormente realizados e, especialmente, nos custos de

implantação, operação e manutenção, objeto de estudo deste Relatório R.02.

Para gerar resultados consistentes e passíveis de comparação, o presente estudo

utilizou os mesmos parâmetros e as mesmas bases do estudo original do SARPCJ

para orçamentação do pré-dimensionamento.

No Relatório R.01 foram propostas 6 (seis) simulações de acordo com o Termo de

Referência – TR, que agruparam de forma distinta as barragens Duas Pontes, Pedreira

e a nova barragem proposta pela SANASA, juntamente com a solução para

abastecimento de Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista. Porém, buscando dar mais

subsídios para as análises, além das simulações propostas pelo TR, avaliaram-se

outras cinco simulações complementares, conforme apresentado na Tabela 2.1, a

seguir.

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7

Tabela 2.1 - Resumo das Simulações Estudadas

Simulações

Barragens na Rede de Simulação

Captação para Várzea Paulista e Campo

Limpo Paulista

Pedreira (A1) -

Campinas (B1)

Saída Ponto A1 Pedreira

(m³/s) Pedreira Duas

Pontes Nova

SANASA Pedreira

(A1) Rio Atibaia

(C1)

SIM 01A (1,7 m³/s)

X X X

1,7

SIM 01B (1,5 m³/s) 1,5

SIM 01C (1,0 m³/s) 1,0

SIM 02A (1,7 m³/s)

X X X X

1,7

SIM 02B (1,5 m³/s) 1,5

SIM 02B IND (1,5 m³/s) 1,5

SIM 02C (1,0 m³/s) 1,0

SIM 03 X X zero

SIM 04 X X X 0,9

SIM 05 X X X zero

SIM 06 X X X zero

Os resultados das vazões alocadas pelo cálculo do balanço hídrico foram utilizados

então para o novo pré-dimensionamento do SARPCJ sob a influência das novas regras

do Cantareira e da barragem proposta pela SANASA no rio Atibaia em Campinas,

visando verificar os reflexos nos custos de capital (CAPEX) e nos custos de operação e

manutenção (OPEX), novamente para o período de 2020 a 2045.

Resultados do Cálculo do Balanço Hídrico

Como já mencionado no item 2.1, o estudo original do SARPCJ utilizou o Sistema de

Suporte à Decisão (SSD) baseado no modelo denominado AcquaNet. Para manter a

consistência dos dados para análises comparativas, este novo estudo também utilizou

esse SSD, aplicando a mesma metodologia e utilizando os mesmos dados que

serviram de base para alimentar o modelo de simulação do estudo original, salvo os

dois novos fatores posteriores à conclusão do estudo original do SARPCJ (a nova

outorga do Sistema Cantareira e a nova barragem proposta pela SANASA).

Para uma visão mais ampla dos resultados do balanço hídrico, apresenta-se um

resumo do percentual de déficit de atendimento às demandas, sumarizando o maior

nível de detalhamento quanto aos valores obtidos no R.01. A Tabela 3.1 mostra os

resultados do balanço hídrico em termos de porcentagem do tempo com falhas no

abastecimento urbano e o que esse déficit representa no valor total do atendimento (%

do volume total associado à demanda ao longo do tempo) dos municípios da área de

estudo original do SARPCJ.

Como apresentado no Relatório R.01, as simulações 01 e 02 e suas variantes

apresentaram menores déficits de atendimento às demandas, quando comparadas às

demais simulações.

Já as simulações que consideraram a inclusão da barragem proposta pela SANASA,

para o abastecimento de Campinas, não tiveram como resultado maior segurança para

este município, quando desconsideradas as barragens Duas Pontes e Pedreira e ao

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considerar a captação no rio Atibaia (C1) para atender os municípios de Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista.

Por outro lado, no momento em que as barragens (Duas Pontes e/ou Pedreira) são

consideradas como existentes nos estudos de balanço hídrico, há uma pequena redução

nos déficits de atendimento à demanda urbana de Campinas.

Dentre todas as simulações realizadas, a SIM 2B (1,5 m³/s) foi a que apresentou

melhor desempenho no atendimento às demandas, uma vez que esta obteve o melhor

resultado no balanço hídrico, ou seja, menores valores no “volume acumulado dos

déficits”, para o setor urbano.

De maneira geral, todos os resultados apontam a necessidade de se ter as barragens

Duas Pontes e Pedreira como parte do suprimento às demandas das bacias PCJ.

Essas barragens, somadas à nova outorga do Sistema Cantareira agora vigente,

possibilitam garantias de 98% de atendimento às demandas urbanas na maioria dos 27

municípios, desde que seu benefício seja geograficamente expandido pelo SARPCJ.

Para o cálculo de pré-dimensionamento, objeto deste relatório (R.02), as vazões dos

trechos obtidas através do cálculo do balanço hídrico foram majoradas em 20% para

minimizar o impacto de tarifas de energia horo-sazonais (mais caras), aumentando

(pouco) o CAPEX e diminuindo (muito) o OPEX ao longo do período de operação

considerado.

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Tabela 3.1 - Comparação do déficit de atendimento às demandas urbanas de todas as simulações realizadas

Municípios

Demanda Urbana (2045)

SIM 01 A - 1,7 m³/s

SIM 01 B - 1,5 m³/s

SIM 01 C - 1,0 m³/s

SIM 02 A - 1,7 m³/s

SIM 02 B - 1,5 m³/s

SIM 02 B - IND 1,5 m³/s

SIM 02 C - 1,0 m³/s

SIM 03 SIM 04 SIM 05 SIM 06 SARPCJ

Alt. 03 Esq. 01

Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit Déficit

m³/s (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)

Americana 1,027 1,76 1,67 1,67 1,76 1,57 1,96 1,57 3,92 2,45 2,25 2,16 2,16

Artur Nogueira 0,120 1,18 1,18 1,18 1,18 1,18 1,27 1,18 2,16 1,47 1,47 1,47 1,27

Atibaia 0,470 1,86 1,86 1,86 1,86 1,86 1,96 1,86 3,04 2,16 2,16 2,06 4,51

Bom Jesus dos Perdões 0,069 1,76 1,76 1,76 1,67 1,67 1,76 1,67 2,94 1,86 1,86 1,86 4,02

Campinas 3,592 2,55 2,65 3,24 2,65 2,65 2,84 3,33 4,31 3,33 3,92 3,73 3,92

Campo Limpo Paulista 0,311 2,35 2,35 2,35 1,96 1,96 2,06 1,96 3,04 2,16 2,16 2,16 3,24

Cosmópolis 0,321 1,18 1,18 1,18 1,18 1,18 1,27 1,18 2,16 1,47 1,47 1,47 1,27

Holambra 0,049 1,18 1,18 1,18 1,18 1,18 1,27 1,18 2,16 1,47 1,47 1,47 1,27

Hortolândia 1,005 1,37 1,37 1,27 1,37 1,27 1,47 1,27 2,65 1,67 1,57 1,57 1,37

Indaiatuba 0,869 0,20 0,20 0,29 0,20 0,20 0,20 0,29 0,20 0,20 0,20 0,20 0,49

Itatiba 0,339 1,96 1,96 1,96 2,16 2,25 2,25 2,25 3,33 2,16 2,35 2,35 4,71

Itupeva 0,235 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10

Jaguariúna 0,211 1,37 1,37 1,37 1,37 1,37 1,47 1,37 2,25 1,96 1,76 1,76 1,37

Jarinu 0,119 1,86 1,86 1,86 1,86 1,86 2,06 1,86 3,04 2,16 2,16 2,06 4,51

Jundiaí 1,442 1,47 1,47 1,47 1,47 1,47 1,47 1,47 2,06 1,47 1,47 1,47 2,55

Limeira 0,806 1,47 1,47 1,47 1,47 1,37 1,57 1,37 3,33 1,96 1,86 1,76 1,76

Louveira 0,172 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92 3,92

Monte Mor 0,206 1,37 1,37 1,27 1,37 1,27 1,47 1,27 2,65 1,67 1,57 1,57 1,37

Nova Odessa 0,166 1,18 1,18 1,18 1,18 1,18 1,47 1,18 2,16 1,47 1,57 1,57 1,27

Pedreira 0,184 1,86 1,76 1,76 1,76 1,76 2,06 1,57 9,22 1,96 1,76 3,73 1,96

Paulínia 0,418 1,37 1,37 1,27 1,37 1,27 1,47 1,27 2,65 1,67 1,57 1,57 1,37

Santa Bárbara d'Oeste 0,777 1,76 1,76 1,67 1,76 1,76 2,06 1,67 3,92 2,45 2,25 2,16 2,16

Salto 0,352 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,29 0,78

Sumaré 1,003 1,37 1,37 1,27 1,37 1,27 1,47 1,27 2,65 1,57 1,57 1,57 1,37

Valinhos 0,401 1,76 1,86 1,86 1,86 1,86 1,96 1,86 2,75 1,67 2,16 2,06 3,14

Vinhedo 0,285 0,78 0,78 0,78 1,67 1,67 1,67 1,67 1,86 0,88 1,67 1,67 1,27

Várzea Paulista 0,393 2,55 2,45 2,55 1,96 1,96 2,06 2,06 3,14 2,25 2,16 2,16 3,53

Volume acumulado dos déficits Urbanos

538,02 Mm³ 536,86 Mm³ 552,35 Mm³ 534,70 Mm³ 532,19 Mm³ 572,28 Mm³ 551,04 Mm³ 1.020,15 Mm³ 666,94 Mm³ 706,70 Mm³ 699,85 Mm³ 759,58 Mm³

(%) do Vol. Total 1,31% 1,31% 1,34% 1,30% 1,29% 1,39% 1,34% 2,48% 1,62% 1,72% 1,70% 1,85%

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Novos Pré–Dimensionamentos

A seguir são apresentados os resultados do novo pré-dimensionamento decorrentes do

recálculo do balanço hídrico, para cada uma das simulações.

Destaca-se que o Tramo Oeste do estudo original do SARPCJ, que considera a

ampliação do Sistema Boa Esperança em 0,480 m³/s, com captação no ponto A3

(localizado no rio Jaguari), não fez parte deste escopo uma vez que seu traçado

permaneceu inalterado, assim como suas vazões, permanecem inalteradas.

Por outro lado, o Tramo Leste, que sofreu influência direta dos dois fatores que

motivaram este novo estudo, ou seja, a nova outorga do Sistema Cantareira e a

intenção do município de Campinas em construir uma barragem no rio Atibaia, teve

suas capacidades alteradas, tornando oportuno conduzir uma revisão de seus pré-

dimensionamentos.

Resumo dos Novos Pré-Dimensionamentos por Simulação

Com base nos resultados obtidos a partir da modelagem do balanço hídrico, para cada

uma das simulações estudadas, foram realizados o pré-dimensionamento e a

orçamentação das adutoras e das estações elevatórias necessárias.

As vazões máximas das estações elevatórias foram majoradas em 20%, com relação

aos valores calculados pelo modelo AcquaNet para todos as simulações, de modo a

permitir que a operação das bombas aconteça 20 horas por dia, e assim evitar o

consumo de energia elétrica no horário de tarifa maior2. Os diâmetros das linhas foram

adequados a essa nova condição e as alturas manométricas totais foram recalculadas

para definição das potências e espessuras da chapa de aço.

Os pré-dimensionamentos foram feitos para todos os trechos e elevatórias

considerando os seguintes elementos:

• Vazão Total (m³/s): as vazões indicadas no cálculo do balanço hídrico foram

majoradas em 20%, definindo-se as vazões físicas de pré-dimensionamento.

• Diâmetro da tubulação (mm): considerado como diâmetro nominal (comercialmente

disponível), nos materiais estudados (aço ou ferro fundido)3; nas tubulações em aço,

foi considerada a otimização de espessura de chapa, reduzindo o custo de alguns

trechos.

2 Operando 20 horas por dia com vazão 20% maior do que a média de 24 horas é possível fugir da tarifa horo-

sazonal, mais cara e onerosa. Isso aumenta os custos de investimento (CAPEX), mas diminui substancialmente os custos de operação (OPEX), sendo prática comum em sistemas de saneamento, cujos elementos, como elevatórias, são grandes consumidores de energia elétrica. Cabe ressaltar, no entanto, que as vazões são lançadas conceitualmente nos pontos de entrega após seu tempo de trânsito nas adutoras, não havendo previsão nesse nível conceitual, de reservatório pulmão para evitar perdas devido a descompassos operacionais entre o SARPCJ e as captações beneficiadas. Tal solução deverá ser melhor estudada e detalhada quando do desenvolvimento dos projetos básico e executivo do SARPCJ.

3 Os custos das tubulações e implantação foram extraídos do “Estudo de Custos de Empreendimentos – Janeiro/2014 – SABESP – Superintendência de Gestão de Empreendimentos TE – Departamento de Valoração para Empreendimentos TEV”, atualizados para 2016 pelo INCC. Tubulações em ferro fundido foram objeto de cotações junto a fornecedores quando do estudo original do SARPCJ.

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• Velocidade (m/s): adotada, sempre que possível, abaixo de 1,5 m/s para minimizar a

perda de carga distribuída, diminuindo o consumo de energia elétrica na operação

de bombeamento.

• Extensão (km): definida primeiro sobre imagens de Google Earth, depois ajustada

após visitas a campo, e posteriormente refinada à luz da planta-perfil em AutoCAD

Civil 3-D.

• Desnível geométrico (m): obtido utilizando Modelo Digital de Terreno (MDT) com

altimetria dos pontos (bits) a partir de imagens aéreas produzidas em escala

1:10.000, em 2011.

• Altura Manométrica Total (m): obtida pela fórmula de Hazen-Williams, considerando

a perda de carga distribuída ao longo do trajeto, à luz do material, diâmetro,

velocidade etc.

• Potência requerida (CV): obtida a partir da vazão (ajustada à tarifa elétrica horo-

sazonal) e da altura manométrica total, permitindo considerar alimentação elétrica

(kVA) em circuitos de média tensão (13,8kV) ou em pontos com novos circuitos de

alta tensão (138kV), com subestações dedicadas (até 15 MVA).

Cabe ressaltar que as simulações 03, 04, 05 e 06, que consideram a inclusão da

barragem proposta pela SANASA em Sousas, utilizaram-se dos dados preliminares

obtidos a partir do Termo de Referência.

Deve-se considerar que não há, no presente momento, elementos suficientes para uma

comparação efetiva da nova barragem proposta pela SANASA com as demais

simulações. Desta, desconhece-se o valor de sua implantação e a localização exata de

sua eventual captação adicional, que deveria ser objeto de estudo no mesmo nível do

SARPCJ original, definindo-se alternativas de caminhamento, local de captação e

ponto de entrega, de forma necessária e suficiente para avaliar as soluções conceituais

de planta e perfil de engenharia, visando estimar seu custo. Isso inclui um longo rol de

tarefas de estudo preliminar de traçados para definir plantas e perfis a serem objeto de

avaliação de visitas de campo, definindo e selecionando as melhores alternativas de

traçado e de travessias, para em seguida definir estaqueamento, elementos de

engenharia e orçamento dos elementos hidráulicos e da alimentação de energia

elétrica. Somente então é possível comparar as alternativas considerando critérios

técnicos, econômicos e ambientais nas mesmas bases do estudo do SARPCJ.

Assim, como não há uma definição de caminhamento origem-destino em planta e perfil,

não é possível avançar a contento com o pré-dimensionamento nas mesmas bases do

estudo do SARPCJ original. Para compensar, exploraram-se três alternativas de pré-

dimensionamento para as Simulações 1 e 2 (SIM 01A, SIM 01B, SIM 01C, SIM 02A,

SIM 02B, SIM 02C), mantendo um leque de comparações passíveis de análise.

4.1.1 Pré-Dimensionamentos Associados à Simulação 01

Como já comentado, buscando dar mais subsídios para as análises, além das

simulações propostas pelo Termo de Referência, avaliaram-se simulações

complementares que, por tentativa e erro, tiveram como objetivo indicar a menor vazão

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possível para cada trecho, sem que ocorresse incremento substancial no déficit de

atendimento às demandas no Balanço Hídrico.

Sendo assim, a Simulação 01 foi dividida em outras 3 simulações: 01A – 1,70 m³/s,

01B – 1,50 m³/s e, 01C – 1,00 m³/s, as quais têm suas condições muito parecidas com

a alternativa escolhida do estudo original do SARPCJ (Alternativa 3, Esquema 1). O

que difere uma simulação da outra é apenas a vazão captada no reservatório Pedreira

(ponto A1) e consequentemente o atendimento às demandas. Destaca-se que para

cada uma das vazões utilizadas, para efeito de pré-dimensionamento, os valores foram

majorados em 20%. Em todas as Simulações 01 consideraram-se a existência dos

reservatórios Duas Pontes e Pedreira.

4.1.1.1 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 01A – 1,7 m³/s (SIM 01A)

Esta Simulação considera, para efeito de balanço hídrico, uma captação no ponto A1

(Reservatório Pedreira) de 1,70 m³/s para abastecer os municípios do tramo Leste,

através dos seguintes trechos: A1-B1, B1-C3, C3-C2, C2-D2. A Figura 4.1 a seguir

apresenta o traçado da Simulação 01A.

Figura 4.1 – Representação do Traçado da Simulação 01A

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A Figura 4.2 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 1,70 m³/s para 2,04 m³/s no ponto de captação A1. Inclui, também, as principais

informações do pré-dimensionamento, tais como o comprimento dos trechos, o

diâmetro das tubulações e a capacidade nominal de cada estação elevatória.

Figura 4.2 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 01A

Analisando a Figura 4.2 verifica-se que o trecho A1-B1 é o que apresenta maior vazão

no Tramo Leste, isto é, 2,04 m³/s, já que é a partir deste trecho que escoa a vazão para

os municípios atendidos nesta simulação. Para bombear esta vazão nos 20,8 km entre

os pontos A1 e B1, será necessária uma estação elevatória com potência de 7.671 cv e

uma tubulação de 1.500 mm de diâmetro.

A partir do ponto B1 a vazão é reduzida para 1,07 m³/s, uma vez que parte desta será

destinada para atender às demandas urbanas do município de Campinas. Deste ponto

(B1) em diante a tubulação passa para um diâmetro de 1.200 mm, sendo necessária

uma estação elevatória com potência de 1.698 cv para que a vazão chegue até o

próximo ponto (C3).

No ponto C3, parte da vazão é destinada para o município de Vinhedo. Neste ponto se

faz necessária uma estação elevatória com potência de 2.268 cv, responsável por

impulsionar 0,84 m³/s em uma tubulação com diâmetro de 900 mm nos 21,4 km de

distância até o próximo ponto (C2).

O ponto C2, localizado junto à captação principal do município de Jundiaí no rio

Jundiaí-Mirim, se trata apenas de um rebombeamento. Neste local se faz necessária

uma estação elevatória com potência de 1.426 cv, destinada para rebombear os

mesmos 0,84 m³/s em uma tubulação de 900 mm, porém por mais 20,2 km de

distância, para o atendimento às demandas urbanas dos municípios de Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista.

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4.1.1.2 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 01B – 1,5 m³/s (SIM 01B)

Esta simulação é similar a apresentada anteriormente (SIM 01A), tendo como diferença

a vazão captada no ponto A1 (Reservatório Pedreira), a qual é reduzida de 1,7 m³/s

para 1,5 m³/s. Em termos de traçado, não há qualquer alteração em relação àquele

mostrado no mapa da SIM 01A.

A Figura 4.3 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 1,50 m³/s para 1,80 m³/s no ponto de captação A1. Inclui, também, as principais

informações do pré-dimensionamento, tais como o comprimento dos trechos, o

diâmetro das tubulações e a capacidade nominal de cada estação elevatória.

Figura 4.3 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 01B

Analisando a Figura 4.3 verifica-se que o trecho A1-B1 apresenta a maior vazão no

Tramo Leste, com 1,80 m³/s, já que é a partir deste trecho que escoa a vazão para os

municípios atendidos nesta simulação. Para bombear esta vazão nos mesmos 20,8 km

entre os pontos A1 e B1, será necessária uma estação elevatória com potência

reduzida para 6.621 cv, mas demandando novamente uma tubulação de 1.500 mm de

diâmetro.

A partir do ponto B1 a vazão é reduzida para 1,07 m³/s, uma vez que parte desta será

destinada para atender às demandas urbanas do município de Campinas. Deste ponto

(B1) em diante a tubulação passa para um diâmetro de 1.200 mm, sendo necessária

uma estação elevatória com potência de 1.698 cv para que a vazão chegue até o

próximo ponto (C3), a 15,1 km de distância.

Nesta simulação 01B, no ponto C3, parte da vazão é destinada para o município de

Vinhedo. Neste ponto se faz necessária uma estação elevatória com potência de 2.268

cv, responsável por impulsionar 0,84 m³/s em uma tubulação com diâmetro de 900 mm

nos 21,4 km de distância até o próximo ponto (C2).

O ponto C2, localizado junto à captação principal do município de Jundiaí no rio

Jundiaí-Mirim, se trata apenas de um rebombeamento. Neste local se faz necessária

uma estação elevatória com potência de 1.426 cv, destinada para rebombear os

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mesmos 0,84 m³/s em uma tubulação de 900 mm, porém por mais 20,2 km de

distância, para o atendimento às demandas urbanas dos municípios de Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista.

Nota-se que, em relação à SIM 01A, há diferenças apenas na vazão e na potência do

trecho A1-B1, sendo todos os demais idênticos nessa SIM 01B.

4.1.1.3 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 01C – 1,0m³/s (SIM 01C)

Esta Simulação 01C é similar tanto à SIM 01A quanto à SIM 01B, porém, nesse caso, a

diferença é que a captação no ponto A1 (Reservatório Pedreira) passa a ser de 1,00

m³/s.Trata-se da menor vazão possível captada sem que ocorra déficit de atendimento

às demandas nos municípios pertencentes a área de estudo. Ou seja, abaixo desta

vazão e nesta configuração, os déficits de atendimento às demandas urbanas ficariam

superiores aos 5% tolerados.

A Figura 4.4 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões do balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando de 1,00 m³/s

para 1,20 m³/s no ponto de captação A1. Inclui, também, as principais informações do

pré-dimensionamento, tais como o comprimento dos trechos, o diâmetro das

tubulações e a capacidade nominal de cada estação elevatória.

Figura 4.4 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 01C

Analisando a Figura 4.4 verifica-se que o trecho A1-B1 apresenta a maior vazão no

Tramo Leste, isto é, 1,20 m³/s, já que é a partir deste trecho que escoa a vazão para os

municípios atendidos por esse trecho. Para bombear esta vazão nos 20,8 km entre os

pontos A1 e B1, será necessária uma estação elevatória com potência de 4.556 cv,

com uma tubulação de 1.200 mm de diâmetro.

A partir do ponto B1 a vazão é reduzida para 1,07 m³/s, uma vez que parte desta será

destinada para atender às demandas urbanas do município de Campinas. Deste ponto

(B1) em diante a tubulação mantém o diâmetro de 1.200 mm, sendo necessária uma

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estação elevatória com potência de 1.698 cv para que a vazão chegue até o próximo

ponto (C3), a 15,1 km de distância.

No ponto C3, parte da vazão é destinada para o município de Vinhedo. Neste ponto se

faz necessária uma estação elevatória com potência de 2.268 cv, responsável por

impulsionar 0,84 m³/s em uma tubulação com diâmetro de 900 mm nos 21,4 km de

distância até o próximo ponto (C2).

O ponto C2, localizado junto à captação principal do município de Jundiaí, é apenas um

local de rebombeamento. Para tanto, necessita de uma estação elevatória com

potência de 1.426 cv, destinada para rebombear os mesmos 0,84 m³/s em uma

tubulação também de 900 mm, porém por mais 20,2 km de distância, para o

atendimento às demandas urbanas dos municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea

Paulista.

Da mesma forma que a SIM 01B, esta SIM 01C difere da SIM01A apenas na vazão e

potência do trecho A1-B1 que, neste caso, pode utilizar tubulação de menor diâmetro

(1.200 mm contra 1.500 mm das anteriores). Os demais trechos (B1-C3, C3-C2 e C2-

D2) são idênticos nas três simulações.

A Tabela 4.1 a seguir resume as informações do pré-dimensionamento da Simulação

01 e suas três variações (SIM 01A, SIM 01B e SIM 01C).

Tabela 4.1 - Composição de Trechos e Elevatórias da Simulação 01

Trecho Simulação

Dimensionamento

Vazão Total

Diâmetro Vel. Extensão Desnível

Geométrico AMT

Potência Hidráulica Requerida

(m³/s) (D) (mm) (v) (m/s) (L) (km) (m) (mca) (cv)

A1-B1

SIM 01A – 1,7 m³/s

2,04 1.500 1,15 20,8 196,9 226 7.671

B1-C3 1,07 1.200 0,95 15,1 74,6 95 1.698

C3-C2 0,84 900 1,32 21,4 102,0 162 2.268

C2-D2 0,84 900 1,32 20,2 44,8 102 1.426

A1-B1

SIM 01B – 1,5 m³/s

1,80 1.500 1,02 20,8 196,9 221 6.621

B1-C3 1,07 1.200 0,95 15,1 74,6 95 1.698

C3-C2 0,84 900 1,32 21,4 102,0 162 2.268

C2-D2 0,84 900 1,32 20,2 44,8 102 1.426

A1-B1

SIM 01C – 1,0 m³/s

1,20 1.200 1,06 20,8 196,9 228 4.556

B1-C3 1,07 1.200 0,95 15,1 74,6 95 1.698

C3-C2 0,84 900 1,32 21,4 102,0 162 2.268

C2-D2 0,84 900 1,32 20,2 44,8 102 1.426

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17

Analisando a Tabela 4.1 verifica-se que, de maneira geral, ao alterar a vazão de

captação no ponto A1 de 2,04 m³/s para 1,80 m³/s não ocorrem mudanças

significativas em nenhum dos trechos, à exceção da potência hidráulica requerida no

ponto A1, que passa de 7.671 cv (SIM 01A) para 6.621 cv (SIM 01B). O mesmo ocorre

com maior intensidade na SIM 01C, onde no ponto A1 seria necessária uma estação

elevatória com uma potência de 4.556 cv, mas permitindo utilizar uma tubulação com

diâmetro de 1.200 mm no trecho A1-B1. As três simulações mantiveram resultados

idênticos nos demais trechos (B1-C3, C3-C2 e C2-D2) do Tramo Leste.

4.1.2 Pré-Dimensionamentos Associados à Simulação 02

Essa simulação, também com o objetivo de oferecer subsídios para as análises, foi

subdividida em outras 3 (três), nas quais o atendimento às demandas e os custos

associados foram analisados considerando três vazões distintas captadas e aduzidas

no ponto A1 – 1,70 m³/s, 1,50 m³/s e 1,00 m³/s. Esta simulação se assemelha na forma

estrutural à Alternativa 3, Esquema 3 do estudo original do SARPCJ; no entanto,

considera a novas regras impostas pela outorga no Sistema Cantareira.

Para as três variações apresentadas utilizou-se uma captação adicional no ponto C1

para atender os municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista (representados

pelo ponto D2), com uma capacidade de 0,55 m³/s.

Destaca-se que para cada uma das vazões utilizadas, para efeito de pré-

dimensionamento, os valores foram majorados em 20%.

Em todas as Simulações 02 consideraram-se a existência dos reservatórios Duas

Pontes e Pedreira.

4.1.2.1 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 02A – 1,7 m³/s (SIM 02A)

Esta Simulação considera, para efeito de balanço hídrico, uma captação no ponto A1

(Reservatório Pedreira) de 1,70 m³/s para abastecer exclusivamente o município de

Campinas, trecho A1-B1. Destaca-se que para o trecho C1-D2, nesta e nas demais

Simulações 02, a vazão permaneceu igual, ou seja, 0,55 m³/s. A Figura 4.5 a seguir

apresenta o traçado da Simulação 02A, semelhante àquele da Alternativa 3, Esquema

3 do estudo original do SARPCJ, com captação nos pontos A3 (Tramo Oeste) e nos

pontos A1 e C1 (Tramo Leste).

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Figura 4.5 – Representação do Traçado da Simulação 02A

A Figura 4.6 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 1,70 m³/s para 2,04 m³/s no ponto de captação A1 e de 0,55 m³/s para 0,66 m³/s no

ponto de captação C1. Inclui, também, as principais informações do pré-

dimensionamento, tais como o comprimento dos trechos, o diâmetro das tubulações e

a capacidade nominal de cada estação elevatória.

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Figura 4.6 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 02A

Analisando a Figura 4.6 verifica-se que para aduzir uma vazão de 2,04 m³/s entre o

ponto A1 (Reservatório de Pedreira) e o ponto B1 (para retirada do município de

Campinas), ou seja, 20,8 km (superando o maciço que separa o rio Jaguari do rio

Atibaia neste traçado), se faz necessária uma estação elevatória com potência de

7.671 cv e uma tubulação de 1.500 mm.

Já a captação no ponto C1, destinada ao atendimento dos municípios de Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista (representados pelo ponto de entrega D2), necessita de uma

estação elevatória com potência de 2.466 cv e uma tubulação de 900 mm para aduzir

uma vazão de 0,66 m³/s vencendo os 29,1 km de distância.

4.1.2.2 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 02B – 1,5m³/s (SIM 02B)

Esta simulação é similar à apresentada anteriormente (SIM 02A), sendo a única

diferença a vazão captada no ponto A1 (Reservatório Pedreira), passando de 1,70 m³/s

para 1,50 m³/s. Em termos de traçado, não há qualquer alteração em relação àquele

mostrado no mapa da SIM 02A.

A Figura 4.7 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 1,50 m³/s para 1,80 m³/s no ponto de captação A1 e de 0,55 m³/s para 0,66 m³/s no

ponto de captação C1. Inclui, também, as principais informações do pré-

dimensionamento, tais como o comprimento dos trechos, o diâmetro das tubulações e

a capacidade nominal de cada estação elevatória.

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20

Figura 4.7 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 02B

Analisando a Figura 4.7 verifica-se que para aduzir uma vazão de 1,80 m³/s entre o

ponto A1 (Reservatório Pedreira) e o ponto B1 (junto à captação do município de

Campinas no rio Atibaia), se faz necessária uma estação elevatória com potência de

6.621 cv e uma tubulação de 1.500 mm, para vencer o maciço entre o rio Jaguari e o

rio Atibaia, configurando um traçado de 20,8 km de comprimento.

Já a captação no ponto C1, destinada ao atendimento dos municípios de Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista (representados pelo ponto de entrega D2), necessita de uma

estação elevatória com potência de 2.466 cv e uma tubulação de 900 mm para aduzir

uma vazão de 0,66 m³/s em 29,1 km de distância, sendo idêntico à configuração da

SIM 02A anterior.

4.1.2.3 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 02C – 1,0 m³/s (SIM 02C)

A simulação 02C é similar tanto à SIM 02A quanto à SIM 02B, sendo a única diferença

que a captação no ponto A1 (Reservatório Pedreira) passa a ser de 1,00 m³/s. Trata-se

da menor vazão possível a ser captada sem que ocorra déficit de atendimento às

demandas nos municípios pertencentes a área de estudo. Ou seja, abaixo desta vazão

e nesta configuração, os déficits de atendimento às demandas urbanas ficariam

superiores aos 5% tolerados.

A Figura 4.8 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 1,00 m³/s para 1,20 m³/s no ponto de captação A1 e de 0,55 m³/s para 0,66 m³/s no

ponto de captação C1. Inclui, também, as principais informações do pré-

dimensionamento, tais como o comprimento dos trechos, o diâmetro das tubulações e

a capacidade nominal de cada estação elevatória.

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Figura 4.8 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 02C

Analisando a Figura 4.8 verifica-se que para aduzir uma vazão de 1,20 m³/s entre o

ponto A1 (Reservatório de Pedreira) e o ponto B1 (para retirada do município de

Campinas), se faz necessária uma estação elevatória com potência de 4.556 cv e uma

tubulação de 1.200 mm, para aduzir essa vazão ao longo dos 20,8 km de comprimento.

Já a captação no ponto C1, destinada ao atendimento dos municípios de Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista (representados pelo ponto de entrega D2), necessita de uma

estação elevatória com potência de 2.466 cv e uma tubulação de 900 mm para aduzir

uma vazão de 0,66 m³/s em 29,1 km de distância, sendo idêntico à configuração das

SIM 02A e SIM 02B anteriores.

4.1.2.4 Simulação 02B – 1,5 m³/s com adicional às Industrias – SIM 02B IND

Como apresentado no Relatório R.01, dentre as variantes da Simulação 2 estudadas,

a que apresentou melhores resultados em termos de balanço hídrico foi a SIM 02B –

1,5 m³/s. Por esse motivo, através de uma análise de tentativa e erro, verificou-se,

ainda, o potencial que os reservatórios Duas Pontes e Pedreira teriam em atender, por

exemplo, as demandas industriais.

Neste contexto, nesta variante (SIM 2B) adicionou-se uma demanda de 3,5 m³/s (valor

obtido por meio do método de tentativa e erro, considerando-se que o atendimento às

demandas urbanas e agrícolas, e as garantias de vazão nos postos de controle não

fossem afetadas) alocada imediatamente a jusante das barragens Duas Pontes (1,5

m³/s) e Pedreira (2,0 m³/s) com o objetivo de avaliar um possível crescimento da

indústria para o horizonte de fim de plano (2045).

Após incluir esta nova demanda (3,5 m³/s) no modelo, verificou-se que esse acréscimo

de demanda industrial não traz significativos prejuízos no atendimento às demandas

dos municípios da área de estudo, já que os déficits de atendimento se mantiveram

dentro dos parâmetros aceitáveis.

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Uma vez que as vazões de captação nos pontos A1 e C1 não sofreram alterações, o

pré-dimensionamento desta Simulação (SIM 02B IND) apresenta os mesmos

resultados da SIM 02B, sem nenhuma alteração.

A Tabela 4.2 a seguir resume as informações do pré-dimensionamento da Simulação

02 e suas três variações (considerando a igualdade entre a SIM 02B e a SIM 02B IND

para efeitos práticos).

Tabela 4.2 - Composição de Trechos e Elevatórias da Simulação 02

Trecho Simulação

Dimensionamento

Vazão Total

Diâmetro Vel. Extensão Desnível

Geométrico AMT

Potência Hidráulica Requerida

(m³/s) (D) (mm) (v) (m/s) (L) (km) (m) (mca) (cv)

A1-B1 SIM 02A – 1,7 m³/s

2,04 1.500 1,15 20,8 196,9 226 7.671

C1-D2 0,66 900 1,04 29,1 172,1 224 2.466

A1-B1 SIM 02B – 1,5 m³/s

1,80 1.500 1,02 20,8 196,9 221 6.621

C1-D2 0,66 900 1,04 29,1 172,1 224 2.466

A1-B1 SIM 02C – 1,0 m³/s

1,20 1.200 1,06 20,8 196,9 228 4.556

C1-D2 0,66 900 1,04 29,1 172,1 224 2.466

Analisando a Tabela 4.2 verifica-se que, de maneira geral, ao alterar a vazão de

captação no ponto A1 de 2,04 m³/s para 1,80 m³/s não ocorrem mudanças

significativas em nenhum dos trechos, à exceção da potência hidráulica requerida no

ponto A1, que passa de 7.671 cv (SIM 02A) para 6.621 cv (SIM 02B). O mesmo ocorre

com maior intensidade na SIM 02C, onde no ponto A1 seria necessária uma estação

elevatória com uma potência de 4.556 cv, mas permitindo utilizar uma tubulação com

diâmetro de 1.200 mm no trecho A1-B1. O trecho C1-D2 não sofre mudanças em

nenhuma das variantes desta simulação.

Vale destacar que, nestas condições aqui simuladas, os municípios de Valinhos,

Louveira e Vinhedo não são beneficiados diretamente pelo SARPCJ, pois têm suas

demandas atendidas de forma satisfatória (déficits inferiores a 5%), em função da nova

outorga do Sistema Cantareira, que disponibiliza mais vazão para a região de

Campinas, reduzindo, desta forma, a pressão junto às captações existentes.

4.1.3 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 03 (SIM 03)

Nesta Simulação a captação no ponto A1 do Tramo Leste não existe, uma vez que

neste caso o reservatório proposto pela SANASA seria o responsável por atender às

demandas urbanas do município de Campinas. Os cálculos de pré-dimensionamento

para as estruturas hidráulicas associadas ao reservatório proposto pela SANASA não

foram realizados, uma vez que não existem estudos consolidados apresentando as

informações necessárias para tal análise.

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23

O atendimento às demandas urbanas dos municípios de Campo Limpo Paulista e

Várzea Paulista (ambos representados pelo ponto D2), nesta simulação, se dá por

meio de uma captação no ponto C1, que para efeito de modelagem, possui uma

capacidade de 0,55 m³/s. A Figura 4.9 a seguir apresenta o traçado da Simulação 03.

A identificação do reservatório SANASA no mapa se trata de uma localização

aproximada, uma vez que se desconhecem as coordenadas exatas de onde será

localizada barragem.

Nesta simulação os reservatórios Duas Pontes e Pedreira não foram considerados

como existentes, conforme instruído pelo Termo de Referência.

Figura 4.9 – Representação do Traçado da Simulação 03

A Figura 4.10 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 0,55 m³/s para 0,66 m³/s no ponto de captação C1. Inclui, também, as principais

informações do pré-dimensionamento, tais como o comprimento do trecho, o diâmetro

da tubulação e a capacidade nominal da estação elevatória.

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Figura 4.10 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 03

Analisando a Figura 4.10 verifica-se que para aduzir uma vazão de 0,66 m³/s entre o

ponto C1 (Rio Atibaia) e o ponto D2 (representando o ponto de entrega dos municípios

de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista), ou seja, 29,1 km à frente, é necessária

uma estação elevatória com capacidade de 2.466 cv e uma tubulação de 900 mm.

O pré-dimensionamento da estrutura hidráulica para atendimento ao município de

Campinas, como já mencionado, depende de estudos mais específicos, tais como,

definição do traçado, planta e perfil entre barragem proposta e o ponto de entrega de

água bruta, para então conduzir visitas a campo para selecionar alternativas de traçado

e de travessias, definir elementos de engenharia e orçamentos das obras hidráulicas e

da solução de alimentação de energia elétrica, permitindo comparação sob aspectos

técnicos, econômicos e ambientais nas mesmas bases do SARPCJ. Portanto, a Tabela

4.3 resume as informações do pré-dimensionamento aqui possível a partir da

Simulação 03, isto é, do trecho C1-D2, uma vez que a solução de atendimento ao

município de Campinas seria independente.

Tabela 4.3 - Composição do Trecho e Elevatória da Simulação 03

Trecho Simulação

Dimensionamento

Vazão Total

Diâmetro Vel. Extensão Desnível

Geométrico AMT

Potência Hidráulica Requerida

(m³/s) (D) (mm) (v) (m/s) (L) (km) (m) (mca) (cv)

C1-D2 SIM 03 0,66 900 1,04 29,1 172,1 224 2.466

4.1.4 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 04 (SIM 04)

Nesta Simulação a captação no ponto A1 se destina a atender os municípios do Tramo

Leste através dos trechos A1-B1, B1-C3, C3-C2 e C2-D2, com exceção de Campinas,

que é abastecido pelo reservatório proposto pela SANASA. Para efeito de modelagem,

a captação no ponto A1 (Reservatório Pedreira) tem uma capacidade de 0,90 m³/s. A

Figura 4.11 a seguir apresenta o traçado da Simulação 04.

Destaca-se que nesta simulação somente o reservatório Pedreira foi considerado como

existente.

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Figura 4.11 – Representação do Traçado da Simulação 04

A Figura 4.12 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando de 0,90 m³/s para 1,08 m³/s no ponto de captação A1. Inclui, também, as principais informações do pré-dimensionamento, tais como o comprimento dos trechos, o diâmetro das tubulações e a capacidade nominal de cada estação elevatória.

Figura 4.12 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 04

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Conforme ilustrado na Figura 4.12, o trecho A1-B1 é o que apresenta maior vazão no

Tramo Leste, isto é, 1,08 m³/s, já que é a partir do ponto A1 que se escoa a vazão para

os municípios atendidos por esse trecho. Para bombear esta vazão nos 20,8 km até o

próximo ponto (B1), é necessária uma estação elevatória com potência de 4.017 cv e

uma tubulação de 1.200 mm de diâmetro.

A partir do ponto B1 a vazão é mantida (1,08 m³/s) – uma vez que, diferentemente das

demais simulações, o atendimento ao município de Campinas se dá através do

reservatório proposto pela SANASA, cuja adução até aquele município não é aqui

definida nem dimensionada. Para continuar do ponto B1, é necessária uma estação

elevatória com potência de 1.719 cv para rebombear esta vazão até o próximo ponto

(C3), 15,1 km adiante.

Para esta simulação 04, no ponto C3, parte da vazão é destinada para o município de

Valinhos e parte para Vinhedo. Neste ponto é necessária outra estação elevatória com

potência de 2.268 cv, responsável por impulsionar 0,84 m³/s em uma tubulação com

diâmetro de 900 mm nos 21,4 km de distância até o próximo ponto (C2).

O ponto C2, localizado junto à captação principal do município de Jundiaí no rio Jundiaí-

Mirim, consiste apenas de um rebombeamento. Neste local é necessária uma estação

elevatória com potência de 1.426 cv, destinada para rebombear os mesmos 0,84 m³/s em

uma tubulação de 900 mm, porém por mais 20,2 km de distância, para o atendimento às

demandas urbanas dos municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista. A Tabela

4.4 a seguir resume as informações dos pré-dimensionamentos da Simulação 04, que não

inclui o atendimento a Campinas, cuja solução seria independente.

Tabela 4.4 - Composição de Trechos e Elevatórias da Simulação 04

Trecho Simulação

Dimensionamento

Vazão Total

Diâmetro Vel. Extensão Desnível

Geométrico AMT

Potência Hidráulica Requerida

(m³/s) (D) (mm) (v) (m/s) (L) (km) (m) (mca) (cv)

A1-B1

SIM 04

1,08 1.200 0,95 20,8 196,9 223 4.017

B1-C3 1,08 1.200 0,95 15,1 74,6 96 1.719

C3-C2 0,84 900 1,32 21,4 102,0 162 2.268

C2-D2 0,84 900 1,32 20,2 44,8 102 1.426

4.1.5 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 05 (SIM 05)

Nesta Simulação, assim como a SIM 03, não há captação no ponto A1, uma vez que o

reservatório proposto pela SANASA é o responsável por atender às demandas urbanas

do município de Campinas. O que difere esta simulação é o fato de se considerar como

existente o reservatório Pedreira enquanto que o reservatório Duas Pontes é

considerado como inexistente.

O atendimento às demandas urbanas dos municípios de Campo Limpo Paulista e

Várzea Paulista (ambos representados pelo ponto D2) se dá por meio de uma captação

no ponto C1, que para efeito de modelagem, possui uma capacidade de 0,55 m³/s.

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A Figura 4.13 a seguir apresenta o traçado da Simulação 05. Destaca-se que a

identificação do reservatório proposto pela SANASA no mapa se trata de uma

localização aproximada, uma vez que se desconhecem as coordenadas exatas de

onde será localizada a barragem.

Figura 4.13 – Representação do Traçado da Simulação 05

A Figura 4.14 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 0,55 m³/s para 0,66 m³/s no ponto de captação C1. Inclui, também, as principais

informações do pré-dimensionamento, tais como o comprimento do trecho, o diâmetro

da tubulação e a capacidade nominal da estação elevatória.

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Figura 4.14 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 05

Conforme a Figura 4.14, para aduzir uma vazão de 0,66 m³/s entre o ponto C1 (Rio

Atibaia) e o ponto D2 (representando os municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea

Paulista), a uma distância de 29,1 km, é necessária uma estação elevatória com

potência de 2.466 cv e uma tubulação de 900 mm.

O pré-dimensionamento da estrutura hidráulica para atendimento ao município de

Campinas, como já mencionado, seria independente do SARPCJ, dependendo de

estudos mais específicos, tais como, definição do traçado, planta e perfil entre a

barragem proposta e o ponto de entrega de água bruta. Portanto, a Tabela 4.5 resume

as informações do pré-dimensionamento da Simulação 05, isto é, trecho C1-D2

(idêntico ao que foi possível determinar na SIM 03 anterior).

Tabela 4.5 - Composição do Trecho e Elevatória da Simulação 05

Trecho Simulação

Dimensionamento

Vazão Total

Diâmetro Vel. Extensão Desnível

Geométrico AMT

Potência Hidráulica Requerida

(m³/s) (D) (mm) (v) (m/s) (L) (km) (m) (mca) (cv)

C1-D2 SIM 05 0,66 900 1,04 29,1 172,1 224 2.466

4.1.6 Pré-Dimensionamento Associado à Simulação 06 (SIM 06)

Esta Simulação se assemelha às Simulações 03 e 05, isto é, considera o reservatório

proposto pela SANASA atendendo o município de Campinas e não considera captação

no ponto A1. Neste caso, o atendimento às demandas urbanas dos municípios de

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista (ambos representados pelo ponto D2)

também se dá por meio de uma captação no ponto C1 que, para efeito de modelagem,

possui uma capacidade de 0,55 m³/s. Porém, nesta simulação considera-se como

existente apenas o reservatório Duas Pontes e considera-se como inexistente o

reservatório Pedreira.

A Figura 4.15 a seguir apresenta o traçado da Simulação 06. Destaca-se que a

identificação do reservatório proposto pela SANASA no mapa se trata de uma

localização aproximada, uma vez que se desconhecem as coordenadas exatas de

onde será localizada a barragem.

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Figura 4.15 – Representação do Traçado da Simulação 06

A Figura 4.16 a seguir exibe a representação unifilar do Tramo Leste desta simulação

com as vazões consideradas no balanço hídrico majoradas em 20%, ou seja, passando

de 0,55 m³/s para 0,66 m³/s no ponto de captação C1. Inclui, também, as principais

informações do pré-dimensionamento, tais como o comprimento do trecho, o diâmetro

da tubulação e a capacidade nominal da estação elevatória.

Figura 4.16 – Unifilar para Pré-Dimensionamento a partir da Simulação 06

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Conforme é mostrado na Figura 4.16, para aduzir uma vazão de 0,66 m³/s entre o

ponto C1 (Rio Atibaia) e o ponto D2 (representados pelos municípios de Campo Limpo

Paulista e Várzea Paulista), a 29,1 km de distância, é necessária uma estação

elevatória com potência de 2.466 cv e uma tubulação de 900 mm.

O pré-dimensionamento da estrutura hidráulica para atendimento ao município de

Campinas, como já mencionado, depende de estudos mais específicos, tais como,

definição do traçado, planta e perfil entre a barragem proposta e o ponto de entrega de

água bruta. Portanto, a Tabela 4.6 resume as informações do pré-dimensionamento da

Simulação 06, isto é, trecho C1-D2 (idêntico ao que foi possível determinar nas SIM 03

e SIM 05 anteriores).

Tabela 4.6 - Composição do Trecho e Elevatória da Simulação 06

Trecho Simulação

Dimensionamento

Vazão Total

Diâmetro Vel. Extensão Desnível

Geométrico AMT

Potência Hidráulica Requerida

(m³/s) (D) (mm) (v) (m/s) (L) (km) (m) (mca) (cv)

C1-D2 SIM 06 0,66 900 1,04 29,1 172,1 224 2.466

Resumo dos Orçamentos

Assim como no estudo original do SARPCJ, neste novo estudo, a estimativa de custo

das simulações também foi realizada considerando-se o custo de cada estrutura

hidráulica (adutoras e estação elevatória). Como indicado no item 4 anterior, as

estimativas de custo decorreram do pré-dimensionamento que levam em conta as

vazões calculadas pelo AcquaNet majoradas em 20%, as plantas perfil do terreno, a

altura manométrica, a necessidade de desapropriações, o custo das subestações,

seguros e demais custos que envolvem as obras civis.

A seguir é apresentado, para cada uma das simulações estudadas, o custo total de

implantação da infraestrutura hidráulica, o custo de implantação da infraestrutura

elétrica, o custo de operação e o custo de manutenção, ou seja, o CAPEX e o OPEX.

Custo de Implantação

Tomando por base o estudo original do SARPCJ, as estimativas de custo abrangeram,

neste estudo, recálculos de parte dos orçamentos de alguns trechos anteriormente

estudados, nos quais agora há diferenças que impactam tanto a infraestrutura

hidráulica quanto a infraestrutura de alimentação elétrica das elevatórias do Tramo

Leste, uma vez que a solução do Tramo Oeste permaneceu inalterada. Como

mencionado anteriormente, nas simulações 03, 04, 05 e 06 não há elementos

suficientes para orçar integralmente os custos nas mesmas bases de detalhamento

conceitual do estudo original do SARPCJ.

5.1.1 Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica

Para permitir comparação de resultados deste novo estudo com o estudo original do

SARPCJ, utilizaram-se as mesmas fontes de dados unitários, alterando-se apenas os

pré-dimensionamentos conforme os novos resultados da modelagem e cálculo do

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balanço hídrico, agora considerando condições bem mais favoráveis quanto à

disponibilidade hídrica no rio Atibaia, por exemplo, em função da nova outorga do

Sistema Cantareira.

As informações sobre os valores por metro dos tubos de aço, de acordo com o

diâmetro e com as espessuras de parede (associadas às pressões às quais as

tubulações serão submetidas), foram obtidas do trabalho publicado pela Sabesp em

janeiro de 2014, denominado “Estudo de Custos de Empreendimentos”, da

Superintendência de Gestão de Empreendimentos – TE, e do Departamento de

Valoração de Empreendimentos – TEV (Sabesp, 2014).

As informações sobre os valores associados às potências das estações elevatórias de

água bruta advêm do Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região

Metropolitana de São Paulo (PDAA – RMSP) de 2006, o qual apresenta um

levantamento das curvas de custos das obras do Sistema Adutor Metropolitano (SAM)

(Sabesp, 2006).

Os valores ali contidos foram atualizados para fevereiro de 2016 (a mesma data base

utilizada no estudo original), utilizando como referência o índice Nacional de

Construção Civil – INCC, o que implicou em majorar os valores calculados em

15,408%.

Da mesma forma, como há trechos que podem ser vencidos com diâmetros

relativamente menores, foram utilizados os mesmos valores obtidos à época do estudo

original com cotação de custos junto a fabricantes de tubos de ferro fundido em classes

K7 (para pressões de até 210 metros de coluna d’água) e K9 (para pressões entre 210

e 290 metros de coluna d’água). As tubulações de ferro fundido mostram-se mais

econômicas do que as de aço até para diâmetros da ordem de 1.200mm (demandando

juntas de travamento interno), e certamente para diâmetros comerciais menores do que

1.200mm, mas não são fabricadas no Brasil com preços competitivos em diâmetros

maiores.

Em função do perfil de terreno a ser vencido por cada trecho de adutora, quando as

tubulações de aço se mostravam mais econômicas do que as de ferro fundido (e/ou

demandavam diâmetros maiores do que os disponíveis em tubulações de ferro fundido

no mercado brasileiro), foram novamente verificadas as condições de otimização de

espessura de paredes, permitindo diminuir significativamente os orçamentos nestes

trechos. Da mesma forma, foram escolhidos os materiais das adutoras – se em aço ou

em ferro fundido, selecionando-se sempre o de menor valor.

O custo total de implantação do que é possível estimar para cada uma das simulações

realizadas, e os respectivos custos parciais, são apresentados de forma resumida nas

Tabela 5.1 a Tabela 5.6, na sequência.

Nestas são identificadas, nas diversas colunas, os trechos e a simulação a que se

referem, o material selecionado (aço ou ferro fundido, o primeiro já otimizado quanto à

espessura de sua parede e o segundo já com a classe adequada e com o travamento

de juntas adequado), bem como o diâmetro e a vazão a ser transportada no trecho.

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O parâmetro “extensão” descreve o quanto do trecho se desenvolve em terra (com

valores menores para implantação) ou asfalto (com valores maiores, pois é necessário

demolir o asfalto existente e, depois de instalada a adutora, recompor o pavimento

conforme as condições originais de projeto). São identificados, também, os

comprimentos de travessias por método não destrutivo (MND) e aéreas (que podem

ser consideradas com cavaletes autoportantes ou sobre estruturas de pontes treliçadas

ou penduradas em pontes rodoviárias ou ferroviárias existentes). A maioria dos

comprimentos se refere aos trechos em terra ou em asfalto, sendo os comprimentos

das travessias relativamente pequenos, estimados a partir do detalhamento das visitas

a campo e do estaqueamento realizados ao longo do processo do estudo original do

SARPCJ.

Em seguida, considera-se a necessidade de abertura de estradas de acesso (com

concepção de sub-base e leito carroçável de tráfego dedicado à construção e à

manutenção da adutora, não prevendo sua complementação com capeamento ou

pavimentação final para outros usos), obviamente apenas onde não há estradas de

acesso disponíveis. São apresentadas, também, as quantidades de travessias por

MND e aéreas, permitindo uma melhor visão da ordem de magnitude do desafio a ser

vencido em cada trecho.

São apresentados, então, os custos por metro linear do serviço de assentamento das

adutoras em trechos em terra e em asfalto. No caso de serviços de instalação de

adutoras de grande porte em vias asfaltadas, as operações necessárias são: demolição

do asfalto, abertura e escoramento de vala (com ou sem rebaixamento de lençol

freático), assentamento da adutora e do lastro de areia na faixa de segurança

(incluindo a aquisição e o transporte da areia da jazida até a obra), retirada de

escoramentos, cobertura e fechamento da vala com a devida compactação do solo,

transporte de materiais excedentes até bota-fora licenciado, e refazimento do asfalto e

sinalização horizontal eventualmente pré-existente no local demolido. No caso de

trechos em terra, não é necessário demolir nem recompor o asfalto, o que diminui o

custo do metro linear do serviço, também fortemente proporcional ao porte da adutora

(quanto maior o diâmetro, maior a vala, maiores as quantidades de materiais e maiores

os custos também dos serviços, e não apenas do material em si – tubulações de aço,

ferro fundido e peças especiais como descargas e ventosas, por exemplo).

Para as travessias em MND e aéreas, foram estabelecidos preços por metro linear que

foram multiplicados pelas respectivas quantidades e extensões, resultando em colunas

adicionais para sua execução (de forma completa, e não por metro linear, como é o

caso das tubulações, que constituem a grande maioria da extensão de cada trecho).

O custo total apresentado nas Tabelas 5.1 a 5.6 citadas é apresentado em termos de

valores de materiais (as tubulações em si, com suas peças especiais, nos materiais

especificados trecho a trecho), os valores de serviço (incluindo todos os custos de

assentamentos, em terra ou em asfalto, somados às travessias em MND e aéreas),

perfazendo o subtotal da adutora.

Na sequência, são apresentados os custos estimados das estações elevatórias de

água bruta, obtidos mediante curvas de custos do Sistema Adutor Metropolitano (SAM)

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da Sabesp (Sabesp, 2006), incluindo muito mais elevatórias de pequeno porte e

poucos exemplos de elevatórias tão grandes quanto estas, o que acarreta incertezas a

serem minimizadas nas fases de projetos básico e executivo de engenharia).

São apresentados os valores da subestação de energia e de novas linhas de

transmissão de alta tensão (LT), que a partir de uma certa potência, passa a ser um

elemento de custo mais vultoso4, ao contrário de subestações de potências menores,

cujos custos se aproximam àqueles de cabines primárias com transformadores de

pequeno porte em indústrias ligadas à rede comercial de energia.

São apresentados, também, os valores associados às desapropriações – mais baixos

em áreas rurais (onde se aplicam preços de “terra nua” como referência padrão do

Estado de São Paulo), bem como as desapropriações em áreas urbanas, com base em

valores por metro quadrado obtidos por contatos junto a imobiliárias das respectivas

cidades onde tais elevatórias se localizam.

Com isso, são somados os valores totais por trecho (penúltima coluna à direita), sobre

os quais incidem custos de seguro do tipo “Engineering All-Risks” (seguros de

cobertura de riscos totais de engenharia, que são de 1% dos valores para obras

lineares (adutoras e linhas de transmissão) e 1,5% dos valores para obras localizadas

(estações elevatórias e subestações).

Ressalta-se, novamente, que sob o ponto de vista funcional e comparativo, as Tabelas

5.1 e 5.2 incluem todos os trechos necessários para o SARPCJ nas respectivas

simulações, enquanto que as Tabelas 5.3 a 5.6 não incluem as captações, elevatórias

e linhas de adução referentes ao trecho necessário para atender à demanda de

Campinas a partir da nova barragem proposta pela SANASA em bases semelhantes à

definição de traçados, perfis e estaqueamento realizadas para os trechos originalmente

incluídos no escopo.

4 Como regra geral, adotou-se a necessidade de nova subestação com nova linha de transmissão (LT)

de alta tensão (138 kV) para elevatórias com potência acima de 4.000 cv localizadas em pontos afastados de subestações existentes, como é o caso do ponto A1, no pé da barragem Pedreira. À época do estudo original do SARPCJ, as concessionárias de energia indicaram tal necessidade por prudência, uma vez que as consultas formais às concessionárias e à ANEEL – que cobram por tais estudos – foram deixadas para a fase de elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia.

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Tabela 5.1 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 01

Trecho Simulação

1 Material

Vazão Diâmetro

da Adutora

Extensão Estrada de

Acesso Nº de MND

Nº de Aérea

Potência da EE

Custo Serviço/m Custo de Execução Custo Total Implantação (com

seguro) Terra Asfalto MND Aéreo Total Terra Asfalto MND Aérea Material Serviço Subtotal Adutora

Elevatória Subestação

e LT Desapropriação

Total Trecho

(m³/s) (mm) (km) (km) (m) (m) (km) (R$) (cv) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)

A1-B1 SIM 1A Aço 2,04 1.500 19,30 1,50 30,00 100,00 20,80 1.414.308 1 3 7.671 1.990,24 2.279,38 1.215.600 3.120.000 153.510.350 47.580.709 201.091.059 89.126.240 18.112.000 445.876 308.775.174 312.377.009

B1-C3 SIM 1A FºFº 1,07 1.200 12,70 2,40 250,00 140,00 15,14 3 5 1.698 955,18 1.228,67 6.234.000 3.108.000 41.037.410 24.421.574 65.458.984 12.402.144 692.800 12.000 78.565.929 79.416.943

C3-C2 SIM 1A Aço 0,84 900 1,10 20,31 345,00 40,00 21,40 10 2 2.268 889,55 1.118,86 7.631.000 664.000 48.882.208 32.003.100 80.885.308 15.314.842 746.800 16.520.000 113.466.950 114.516.728

C2-D2 SIM 1A Aço 0,84 900 0,00 20,20 395,00 192,50 20,20 14 10 1.426 889,55 1.118,86 9.222.600 3.195.500 38.225.175 35.019.147 73.244.322 10.787.768 671.800 10.000.000 94.703.890 95.608.226

SIM 1A 595.511.943 601.918.906

A1-B1 SIM 1B Aço 1,80 1.500 19,30 1,50 30,00 100,00 20,80 1.414.308 1 3 6.621 1.990,24 2.279,38 1.215.600 3.120.000 153.510.350 47.580.709 201.091.059 84.465.472 17.924.000 445.876 303.926.407 307.455.509

B1-C3 SIM 1B FºFº 1,07 1.200 12,70 2,40 250,00 140,00 15,14 3 5 1.698 955,18 1.228,67 6.234.000 3.108.000 41.037.410 24.421.574 65.458.984 12.402.144 692.800 12.000 78.565.929 79.416.943

C3-C2 SIM 1B Aço 0,84 900 1,10 20,31 345,00 40,00 21,40 10 2 2.268 889,55 1.118,86 7.631.000 664.000 48.882.208 32.003.100 80.885.308 15.314.842 746.800 16.520.000 113.466.950 114.516.728

C2-D2 SIM 1B Aço 0,84 900 0,00 20,20 395,00 192,50 20,20 14 10 1.426 889,55 1.118,86 9.222.600 3.195.500 38.225.175 35.019.147 73.244.322 10.787.768 671.800 10.000.000 94.703.890 95.608.226

SIM 1B 590.663.175 596.997.406

A1-B1 SIM 1C FºFº 1,20 1.200 19,30 1,50 30,00 100,00 20,80 1.414.308 1 3 4.556 955,18 1.228,67 894.000 2.220.000 56.394.723 24.806.261 81.200.984 74.972.591 17.924.000 445.876 174.543.452 176.731.260

B1-C3 SIM 1C FºFº 1,07 1.200 12,70 2,40 250,00 140,00 15,14 3 5 1.698 955,18 1.228,67 6.234.000 3.108.000 41.037.410 24.421.574 65.458.984 12.402.144 692.800 12.000 78.565.929 79.416.943

C3-C2 SIM 1C Aço 0,84 900 1,10 20,31 345,00 40,00 21,40 10 2 2.268 889,55 1.118,86 7.631.000 664.000 48.882.208 32.003.100 80.885.308 15.314.842 746.800 16.520.000 113.466.950 114.516.728

C2-D2 SIM 1C Aço 0,84 900 0,00 20,20 395,00 192,50 20,20 14 10 1.426 889,55 1.118,86 9.222.600 3.195.500 38.225.175 35.019.147 73.244.322 10.787.768 671.800 10.000.000 94.703.890 95.608.226

SIM 1C 461.280.220 466.273.157

Tabela 5.2 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 02

Trecho Simulação

2 Material

Vazão Diâmetro

da Adutora

Extensão Estrada de

Acesso Nº de MND

Nº de Aérea

Potência da EE

Custo Serviço/m Custo de Execução Custo Total Implantação (com

seguro) Terra Asfalto MND Aéreo Total Terra Asfalto MND Aérea Material Serviço Subtotal Adutora

Elevatória Subestação

e LT Desapropriação

Total Trecho

(m³/s) (mm) (km) (km) (m) (m) (km) (R$) (cv) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)

A1-B1 SIM 2A Aço 2,04 1.500 19,30 1,50 30,00 100,00 20,80 1.414.308 1 3 7.671 1.990,24 2.279,38 1.215.600 3.120.000 153.510.350 47.580.709 201.091.059 89.126.240 18.112.000 445.876 308.775.174 312.377.009

C1-D2 SIM 2A FºFº 0,66 900 16,50 12,97 120,00 0,00 29,10 1.599.515 12 0 2.466 725,01 929,40 4.276.800 0 73.911.631 29.892.109 103.803.740 16.180.976 746.800 323.192 121.054.708 122.346.662

SIM 2A 429.829.882 434.723.670

A1-B1 SIM 2B Aço 1,80 1.500 19,30 1,50 30,00 100,00 20,80 1.414.308 1 3 6.621 1.990,24 2.279,38 1.215.600 3.120.000 153.510.350 47.580.709 201.091.059 84.465.472 17.924.000 445.876 303.926.407 307.455.509

C1-D2 SIM 2B FºFº 0,66 900 16,50 12,97 120,00 0,00 29,10 1.599.515 12 0 2.466 725,01 929,40 4.276.800 0 73.911.631 29.892.109 103.803.740 16.180.976 746.800 323.192 121.054.708 122.346.662

SIM 2B 424.981.114 429.802.171

A1-B1 SIM 2C FºFº 1,20 1.200 19,30 1,50 30,00 100,00 20,80 1.414.308 1 3 4.556 955,18 1.228,67 894.000 2.220.000 56.394.723 24.806.261 81.200.984 74.972.591 17.924.000 445.876 174.543.452 176.731.260

C1-D2 SIM 2C FºFº 0,66 900 16,50 12,97 120,00 0,00 29,10 1.599.515 12 0 2.466 725,01 929,40 4.276.800 0 73.911.631 29.892.109 103.803.740 16.180.976 746.800 323.192 121.054.708 122.346.662

SIM 2C 295.598.159 299.077.922

Tabela 5.3 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 03

Trecho Simulação

3 Material

Vazão Diâmetro da

Adutora

Extensão Estrada de

Acesso Nº de MND

Nº de Aérea

Potência da EE

Custo Serviço/m Custo de Execução Custo Total Implantação (com seguro)

Terra Asfalto MND Aéreo Total Terra Asfalto MND Aérea Material Serviço Subtotal Adutora

Elevatória Subestação e

LT Desapropriação Total Trecho

(m³/s) (mm) (km) (km) (m) (m) (km) (R$) (cv) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)

C1-D2 SIM 3 FºFº 0,66 900 16,50 12,97 120,00 0,00 29,10 1.599.515 12 0 2.466 725,01 929,40 4.276.800 0 73.911.631 29.892.109 103.803.740 16.180.976 746.800 323.192 121.054.708 122.346.662

SIM 3 121.054.708 122.346.662

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

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35

Tabela 5.4 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 04

Trecho Simulação

4 Material

Vazão Diâmetro da

Adutora

Extensão Estrada de

Acesso Nº de MND

Nº de Aérea

Potência da EE

Custo Serviço/m Custo de Execução Custo Total Implantação (com seguro)

Terra Asfalto MND Aéreo Total Terra Asfalto MND Aérea Material Serviço Subtotal Adutora

Elevatória Subestação e

LT Desapropriação Total Trecho

(m³/s) (mm) (km) (km) (m) (m) (km) (R$) (cv) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)

A1-B1 SIM 4 FºFº 1,08 1.200 19,30 1,50 30,00 100,00 20,80 1.414.308 1 3 4.017 955,18 1.228,67 894.000 2.220.000 56.394.723 24.806.261 81.200.984 72.424.835 17.684.000 445.876 168.225.696 173.901.688

B1-C3 SIM 4 FºFº 1,08 1.200 12,70 2,40 250,00 140,00 15,14 3 5 1.719 955,18 1.228,67 6.234.000 3.108.000 41.037.410 24.421.574 65.458.984 12.519.572 692.800 12.000 78.683.357 79.536.132

C3-C2 SIM 4 Aço 0,84 900 1,10 20,31 345,00 40,00 21,40 10 2 2.268 889,55 1.118,86 7.631.000 664.000 48.882.208 32.003.100 80.885.308 15.317.077 746.800 16.520.000 113.469.185 114.518.997

C2-D2 SIM 4 Aço 0,84 900 0,00 20,20 395,00 192,50 20,20 14 10 1.426 889,55 1.118,86 9.222.600 3.195.500 38.225.175 35.019.147 73.244.322 10.787.768 671.800 10.000.000 94.703.890 95.608.226

SIM 4 455.082.127 463.565.043

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

Tabela 5.5 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 05

Trecho Simulação

5 Material

Vazão Diâmetro da

Adutora

Extensão Estrada de

Acesso Nº de MND

Nº de Aérea

Potência da EE

Custo Serviço/m Custo de Execução Custo Total Implantação (com seguro)

Terra Asfalto MND Aéreo Total Terra Asfalto MND Aérea Material Serviço Subtotal Adutora

Elevatória Subestação e

LT Desapropriação Total Trecho

(m³/s) (mm) (km) (km) (m) (m) (km) (R$) (cv) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)

C1-D2 SIM 5 FºFº 0,66 900 16,50 12,97 120,00 0,00 29,10 1.599.515 12 0 2.466 725,01 929,40 4.276.800 0 73.911.631 29.892.109 103.803.740 16.180.976 746.800 323.192 121.054.708 122.346.662

SIM 5 121.054.708 122.346.662

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

Tabela 5.6 - Custos de Implantação da Infraestrutura Hidráulica em Reais – Simulação 06

Trecho Simulação

6 Material

Vazão Diâmetro da

Adutora

Extensão Estrada de

Acesso Nº de MND

Nº de Aérea

Potência da EE

Custo Serviço/m Custo de Execução Custo Total Implantação (com seguro)

Terra Asfalto MND Aéreo Total Terra Asfalto MND Aérea Material Serviço Subtotal Adutora

Elevatória Subestação e

LT Desapropriação Total Trecho

(m³/s) (mm) (km) (km) (m) (m) (km) (R$) (cv) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$) (R$)

C1-D2 SIM 6 FºFº 0,66 900 16,50 12,97 120,00 0,00 29,10 1.599.515 12 0 2.466 725,01 929,40 4.276.800 0 73.911.631 29.892.109 103.803.740 16.180.976 746.800 323.192 121.054.708 122.346.662

SIM 6 121.054.708 122.346.662

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

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36

5.1.2 Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica

Em cada uma das Simulações estudadas foram calculados os custos de implantação

das elevatórias, do Centro de Controle Operacional (CCO), subestação e linha de

transmissão de alta tensão (138 kV), quando for o caso, baseado nos mesmos dados

utilizados no estudo original do SARPCJ, conforme pode ser visto da Tabela 5.7 à

Tabela 5.12. No custo TOTAL de Infraestrutura Elétrica foram incluídos os seguros

para as obras, que são de 1,5%, sobre o valor estimado para a execução, para as

obras localizadas, e de 1% para as obras lineares.

O custo de CCO foi considerado como sendo idêntico àquele dos 8 esquemas da

Alternativa 3 do estudo original do SARPCJ. No caso de elevatórias passíveis de

alimentação em circuito de média tensão (13,8 kV), assumiu-se que a eventual

construção de novos circuitos recai sobre os custos de distribuição, conforme praxe do

Sistema Elétrico, motivo pelo qual são mantidos apenas custos de linhas de

transmissão de alta tensão (138 kV) nas elevatórias de maior porte e/ou isoladas de

circuito de alta tensão existentes. Estes demandam subestações dedicadas de maior

porte, enquanto as elevatórias de menor porte e/ou localizadas junto a áreas servidas

por rede de distribuição de energia utilizam subestações de pequeno porte, do tipo

“cabines primárias” de rebaixamento. Os unifilares elétricos considerados são os

mesmos do estudo original do SARPCJ.

Ressalta-se que, mesmo com a redução substancial da potência necessária em

algumas elevatórias (tais como de 7.671 cv para a elevatória do trecho A1-B1 nas

simulações 01A e 02A para 4.556 cv para a elevatória nas simulações 01C e 02C), foi

recomendado manter-se o arranjo de subestação dedicada e nova linha de transmissão

em 138 kV (LT de alta tensão), mantendo-se apenas para as elevatórias com potências

inferiores a 4.000 cv a alimentação em 13,8 kV (circuitos de distribuição de energia

comuns, sem novas linhas de transmissão de alta tensão).

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37

Tabela 5.7 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 01

Trecho Simulação

1

Vazão Total Diâmetro Potência Elétrica

Requerida

Potência da EE

Local da Elevatória Concessionária

de Energia Tensão

Fornecimento Subestação

Subestação - Custo

Linhas de Transmissão

Período de Operação

(2020)

Período de Operação

(2025)

Período de Operação

(2030)

Período de Operação

(2035)

Período de Operação

(2040)

Período de Operação

(2045)

(m³/s) (mm) (kVA) (cv) Município CPFL (kVA) Nº/PotTrafo (R$) (R$) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia)

A1-B1 SIM 1A 2,04 1.500 6.528 7.671 Campinas Paulista 138 2x10 MVA 14.582.000 3.530.000 10,22 10,50 10,71 10,86 10,96 9,59

B1-C3 SIM 1A 1,07 1.200 1.445 1.698 Campinas Paulista 13,8 2x2 MVA 692.800 14,46 14,38 14,36 14,35 14,28 14,99

C3-C2 SIM 1A 0,84 900 1.930 2.268 Valinhos/Vinhedo Piratininga 13,8 2x2,5 MVA 746.800 14,75 14,74 14,75 14,73 14,64 15,27

C2-D2 SIM 1A 0,84 900 1.214 1.426 Jundiaí Piratininga 13,8 2x1,5 MVA 671.800 14,75 14,74 14,75 14,73 14,64 15,27

SIM 1A

Subtotal 16.693.400 3.530.000

CCO 1.075.900

TOTAL 21.299.300

A1-B1 SIM 1B 1,80 1.500 5.634 6.621 Campinas Paulista 138 2x7,5 MVA 14.394.000 3.530.000 11,11 11,42 11,68 11,84 11,93 10,66

B1-C3 SIM 1B 1,07 1.200 1.445 1.698 Campinas Paulista 13,8 2x2 MVA 692.800 14,47 14,39 14,38 14,37 14,28 14,99

C3-C2 SIM 1B 0,84 900 1.930 2.268 Valinhos/Vinhedo Piratininga 13,8 2x2,5 MVA 746.800 14,76 14,74 14,78 14,74 14,65 15,27

C2-D2 SIM 1B 0,84 900 1.214 1.426 Jundiaí Piratininga 13,8 2x1,5 MVA 671.800 14,76 14,74 14,78 14,74 14,65 15,27

SIM 1B

Subtotal 16.505.400 3.530.000

CCO 1.075.900

TOTAL 21.111.300

A1-B1 SIM 1C 1,20 1.200 3.877 4.556 Campinas Paulista 138 2x7,5 MVA 14.394.000 3.530.000 14,75 15,20 15,48 15,70 15,85 14,98

B1-C3 SIM 1C 1,07 1.200 1.445 1.698 Campinas Paulista 13,8 2x2 MVA 692.800 14,47 14,40 14,34 14,34 14,32 14,97

C3-C2 SIM 1C 0,84 900 1.930 2.268 Valinhos/Vinhedo Piratininga 13,8 2x2,5 MVA 746.800 14,75 14,74 14,73 14,70 14,67 15,25

C2-D2 SIM 1C 0,84 900 1.214 1.426 Jundiaí Piratininga 13,8 2x1,5 MVA 671.800 14,75 14,74 14,73 14,70 14,67 15,25

SIM 1C

Subtotal 16.505.400 3.530.000

CCO 1.075.900

TOTAL 21.111.300

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38

Tabela 5.8 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 02

Trecho Simulação

2

Vazão Total Diâmetro Potência Elétrica

Requerida

Potência da EE

Local da Elevatória Concessionária

de Energia Tensão

Fornecimento Subestação

Subestação - Custo

Linhas de Transmissão

Período de Operação

(2020)

Período de Operação

(2025)

Período de Operação

(2030)

Período de Operação

(2035)

Período de Operação

(2040)

Período de Operação

(2045)

(m³/s) (mm) (kVA) (cv) Município CPFL (kVA) Nº/PotTrafo (R$) (R$) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia)

A1-B1 SIM 2A 2,04 1.500 6.528 7.671 Campinas Paulista 138 2x10 MVA 14.582.000 3.530.000 4,34 4,38 4,45 4,51 4,57 2,41

C1-D2 SIM 2A 0,66 900 2.099 2.466 Itatiba Paulista 13,8 2x2,5 MVA 746.800 15,75 15,91 16,01 16,12 16,21 16,78

SIM 2A

Subtotal 15.328.800 3.530.000

CCO 1.075.900

TOTAL 19.934.700

A1-B1 SIM 2B 1,80 1.500 5.634 6.621 Campinas Paulista 138 2x7,5 MVA 14.394.000 3.530.000 4,45 4,49 4,58 4,64 4,69 2,50

C1-D2 SIM 2B 0,66 900 2.099 2.466 Itatiba Paulista 13,8 2x2,5 MVA 746.800 15,74 15,92 16,00 16,11 16,22 16,56

SIM 2B

Subtotal 15.140.800 3.530.000

CCO 1.075.900

TOTAL 19.746.700

A1-B1 SIM 2C 1,20 1.200 3.877 4.556 Campinas Paulista 138 2x7,5 MVA 14.394.000 3.530.000 4,77 4,78 4,86 4,91 4,99 2,81

C1-D2 SIM 2C 0,66 900 2.099 2.466 Itatiba Paulista 13,8 2x2,5 MVA 746.800 15,71 15,89 15,98 16,08 16,20 16,53

SIM 2C

Subtotal 15.140.800 3.530.000

CCO 1.075.900

TOTAL 19.746.700

Tabela 5.9 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 03

Trecho Simulação 3

Vazão Total Diâmetro Potência Elétrica

Requerida

Potência da EE

Local da Elevatória Concessionária

de Energia Tensão

Fornecimento Subestação

Subestação - Custo

Linhas de Transmissão

Período de Operação

(2020)

Período de Operação

(2025)

Período de Operação

(2030)

Período de Operação

(2035)

Período de Operação

(2040)

Período de Operação

(2045)

(m³/s) (mm) (kVA) (cv) Município CPFL (kVA) Nº/PotTrafo (R$) (R$) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia)

C1-D2 SIM 3 0,66 900 2.099 2.466 Itatiba Paulista 13,8 2x2,5 MVA 746.800 15,39 15,66 15,72 15,78 15,86 16,44

SIM 3

Subtotal 746.800

CCO 1.075.900

TOTAL 1.822.700

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

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39

Tabela 5.10 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 04

Trecho Simulação 4

Vazão Total Diâmetro Potência Elétrica

Requerida

Potência da EE

Local da Elevatória Concessionária

de Energia Tensão

Fornecimento Subestação

Subestação - Custo

Linhas de Transmissão

Período de Operação

(2020)

Período de Operação

(2025)

Período de Operação

(2030)

Período de Operação

(2035)

Período de Operação

(2040)

Período de Operação

(2045)

(m³/s) (mm) (kVA) (cv) Município CPFL (kVA) Nº/PotTrafo (R$) (R$) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia)

A1-B1 SIM 4 1,08 1.200 3.419 4.017 Campinas Paulista 138 2X5 MVA 14.154.000 3.530.000 13,48 14,17 14,51 14,72 14,87 15,00

B1-C3 SIM 4 1,08 1.200 1.463 1.719 Campinas Paulista 13,8 2x2 MVA 692.800 13,46 14,15 14,50 14,70 14,86 14,98

C3-C2 SIM 4 0,84 900 1.930 2.268 Valinhos/Vinhedo Piratininga 13,8 2x2,5 MVA 746.800 14,70 14,71 14,66 14,63 14,58 15,11

C2-D2 SIM 4 0,84 900 1.214 1.426 Jundiaí Piratininga 13,8 2x1,5 MVA 671.800 14,70 14,71 14,66 14,63 14,58 15,11

SIM 4

Subtotal 16.265.400 3.530.000

CCO 1.075.900

TOTAL 20.871.300

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

Tabela 5.11 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 05

Trecho Simulação 5

Vazão Total Diâmetro Potência Elétrica

Requerida

Potência da EE

Local da Elevatória Concessionária

de Energia Tensão

Fornecimento Subestação

Subestação - Custo

Linhas de Transmissão

Período de Operação

(2020)

Período de Operação

(2025)

Período de Operação

(2030)

Período de Operação

(2035)

Período de Operação

(2040)

Período de Operação

(2045)

(m³/s) (mm) (kVA) (cv) Município CPFL (kVA) Nº/PotTrafo (R$) (R$) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia)

C1-D2 SIM 5 0,66 900 2.099 2.466 Itatiba Paulista 13,8 2x2,5 MVA 746.800 15,42 15,69 15,78 15,86 15,95 16,35

SIM 5

Subtotal 746.800

CCO 1.075.900

TOTAL 1.822.700

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

Tabela 5.12 - Custos de Implantação da Infraestrutura Elétrica – Simulação 06

Trecho Simulação 6

Vazão Total Diâmetro Potência Elétrica

Requerida

Potência da EE

Local da Elevatória Concessionária

de Energia Tensão

Fornecimento Subestação

Subestação - Custo

Linhas de Transmissão

Período de Operação

(2020)

Período de Operação

(2025)

Período de Operação

(2030)

Período de Operação

(2035)

Período de Operação

(2040)

Período de Operação

(2045)

(m³/s) (mm) (kVA) (cv) Município CPFL (kVA) Nº/PotTrafo (R$) (R$) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia) (h/dia)

C1-D2 SIM 6 0,66 900 2.099 2.466 Itatiba Paulista 13,8 2x2,5 MVA 746.800 15,46 15,69 15,80 15,92 15,99 16,41

SIM 6

Subtotal 746.800

CCO 1.075.900

TOTAL 1.822.700

Obs.: Com base nos dados disponíveis não é possível elaborar o pré-dimensionamento e tampouco a estimativa de custo do atendimento a Campinas a partir da barragem proposta pela SANASA.

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40

Custo de Operação

Como no estudo original do SARPCJ, os custos de operação foram calculados

considerando as despesas com a mão-de-obra necessária e com a energia elétrica

consumida e instalada, para as estações elevatórias e para o CCO, para o período de

2020 a 2045.

A Tabela 5.13 a seguir apresenta os custos com as equipes para cada unidade além

dos custos horários de cada profissional. Esses dados são os mesmos utilizados no

estudo original do SARPCJ, obtidos junto à Sabesp.

Tabela 5.13 - Custos Mensais de Mão-de-Obra para Operação

Unidade Profissional Jornada (h/dia)

Custo horário sem

insalubridade (R$/h)

Custo horário com

insalubridade (R$/h)

Carga horária mensal

(h)

Valor mensal sem

insalubridade (R$)

Valor mensal com

insalubridade (R$)

Quantidade de

profissionais

Total mensal

(R$)

EE

(C

ada)

Ajudante de manutenção ou ajudante geral

6 17,53 22,64 126 2.209,26 2.853,14 2 5.706,29

Rasteleiro 6 21,18 26,29 126 1.082,34 3.311,96 2 6.623,92

Subtotal 12.330,21

CC

O (Ú

nic

o)

Engenheiro Pleno

8 124,11 - 168 6.814,08 - 1 20.851,08

Engenheiro (R.S.-31) / B

8 48,72 - 168 2.674,56 - 1 8.184,15

Auxiliar técnico

8 23,72 - 168 1.302,00 - 1 3.984,12

Técnico (tecnólogo)

8 38,95 - 168 2.138,64 - 3 19.632,72

Auxiliar administrativo

8 24,64 168 1.352,78 1 4.139,52

Subtotal 56.791,59

Em seguida, a Tabela 5.14 apresenta os custos de operação para todas as

simulações. Os resultados são mostrados com intervalos de 5 anos, mas o custo total

considerou a soma dos 26 anos de operação.

Destaca-se que são apresentados custos de operação daqueles que puderam ser

definidos, ou seja, as simulações 01A, 01B, 01C, 02A, 02B, 02C. No caso específico

das simulações 03, 04, 05 e 06, não foi possível pré-dimensionar nem determinar os

custos de operação de parte da solução, que corresponde ao atendimento do município

de Campinas por meio da nova barragem proposta pela SANASA, no rio Atibaia, uma

vez que não existem informações suficientes para tal.

Como as novas regras da outorga do Cantareira não afetam a configuração do Tramo

Oeste do SARPCJ, apenas as informações referentes ao Tramo Leste estão aqui

apresentadas.

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41

Tabela 5.14 - Custos de Operação

Operação

Simulação

Extensão

Total

(km)

Tramo Leste

Total (R$.106) Trechos

Quinquênio Ano

2020-2024

(R$.106)

2025-2029

(R$.106)

2030-2034

(R$.106)

2035-2039

(R$.106)

2040-2044

(R$.106)

2045

(R$.106)

SIM 1A 77,54 A1-B1, B1-C3, C3-C2, C2-D2 100,43 101,54 102,49 103,08 103,25 19,88 530,68

SIM 1B 77,54 A1-B1, B1-C3, C3-C2, C2-D2 97,48 98,54 99,62 100,12 100,17 19,50 515,44

SIM 1C 77,54 A1-B1, B1-C3, C3-C2, C2-D2 93,45 94,53 95,18 95,704 95,98 19,15 494,00

SIM 2A 49,90 A1-B1, C1-D2 45,79 46,19 46,64 47,06 47,46 7,76 240,89

SIM 2B 49,90 A1-B1, C1-D2 43,40 43,78 44,23 44,61 44,99 7,43 228,44

SIM 2C 49,90 A1-B1, C1-D2 38,53 38,82 39,16 39,44 39,82 6,92 202,68

SIM 3 29,10 C1-D2 24,06 24,45 24,53 24,63 24,74 5,11 127,52*

SIM 4 77,54 A1-B1, B1-C3, C3-C2, C2-D2 84,94 87,24 88,27 88,87 89,28 18,19 456,78*

SIM 5 29,10 C1-D2 24,10 24,49 24,63 24,74 24,87 5,09 127,91*

SIM 6 29,10 C1-D2 24,16 24,49 24,65 24,82 24,92 5,11 128,14*

* Obs. Os valores apresentados não incluem os custos de operação envolvendo o atendimento do município de

Campinas a partir da nova barragem proposta pela SANASA.

Custo de Manutenção

Os custos de manutenção foram realizados de acordo com os dados do estudo original

do SARPCJ, novamente para o período de 2020 a 2045. Considerou-se os mesmos

como sendo equivalentes a 1% do custo de implantação, a cada ano, e a cada 10 anos

foram incluídos mais 5% do mesmo valor para suprir as reposições dos materiais

hidráulicos, mecânicos e elétricos. Esses resultados são apresentados na Tabela 5.15

para o Tramo Leste, na Tabela 5.16 para o CCO e na Tabela 5.17 para o custo total de

manutenção.

Mais uma vez, ressalta-se que tais custos, nos casos das simulações 03, 04, 05 e 06

não incluem o atendimento ao município de Campinas a partir da nova barragem

proposta pela SANASA, no rio Atibaia. Embora os custos associados ao CCO possam

incluir tal novo conjunto de elevatória e adutora, o mesmo não ocorre com a operação e

a manutenção em si, pois como no caso dos custos de implantação, não há definição

de traçado origem-destino capaz de permitir a identificação de planta e perfil para

dimensionamento nos mesmos moldes do que foi feito para todos os outros trechos do

SARPCJ, tanto no estudo original quanto no presente estudo.

Da mesma forma, não há alterações em relação ao estudo original do SARPCJ quanto

ao Tramo Oeste, motivo pelo qual o mesmo não foi incluído na presente análise.

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Tabela 5.15 - Custos de Manutenção Tramo Leste

Manutenção Tramo Leste - Período / Ano (Valores em Reais – R$.106)

Total

(R$.106) Simulação Quinquênio Ano

2020-2024 2025-2029 2030-2034 2035-2039 2040-2044 2045

SIM 1A 30,15 30,15 60,30 30,15 60,30 6,03 217,08

SIM 1B 29,90 29,90 59,81 29,90 59,81 5,98 215,31

SIM 1C 23,37 23,37 46,73 23,37 46,73 4,67 168,25

SIM 2A 21,79 21,79 43,58 21,79 43,58 4,36 156,89

SIM 2B 21,54 21,54 43,09 21,54 43,09 4,31 155,12

SIM 2C 15,01 15,01 30,02 15,01 30,02 3,00 108,06

SIM 3 6,17 6,17 12,34 6,17 12,34 1,23 44,43*

SIM 4 23,23 23,23 46,46 23,23 46,46 4,65 167,27*

SIM 5 6,17 6,17 12,34 6,17 12,34 1,23 44,43*

SIM 6 6,17 6,17 12,34 6,17 12,34 1,23 44,43*

* Obs. Não inclui os custos de manutenção envolvendo o atendimento a Campinas a partir da nova barragem

proposta pela SANASA

Tabela 5.16 - Custos de Manutenção CCO

Manutenção CCO - Período / Ano (Valores em Reais – R$)

Total Simulação

Quinquênio Ano

2020-2024 2025-2029 2030-2034 2035-2039 2040-2044 2045

SIM 1A 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324

SIM 1B 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324

SIM 1C 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324

SIM 2A 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324

SIM 2B 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324

SIM 2C 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324

SIM 3 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324*

SIM 4 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324*

SIM 5 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324*

SIM 6 53.795 53.795 107.590 53.795 107.590 10.759 387.324*

* Obs. Assumiu-se que, independente do atendimento a Campinas (pelo SARPCJ conforme simulações 01A, 01B,

01C, 02A, 02B e 02C, e pela nova barragem proposta pela SANASA conforme Simulações 03, 04, 05 e 06), os

custos de manutenção do CCO não variam, pois são substancialmente menores do que os custos de manutenção

dos elementos de infraestrutura, de ordem de magnitude bem maior.

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43

Tabela 5.17 - Custo de Manutenção Total

Manutenção Total Manutenção - Período / Ano (Valores em Reais – R$.106) Total

(R$.106) Tramo Leste

+ CCO Simulação

Quinquênio Ano

2020-2024 2025-2029 2030-2034 2035-2039 2040-2044 2045

SIM 1A 30,20 30,20 60,41 30,20 60,41 6,04 217,47

SIM 1B 29,96 29,96 59,91 29,96 59,91 5,99 215,69

SIM 1C 23,42 23,42 46,84 23,42 46,848 5,99 168,33

SIM 2A 21,84 21,84 43,69 21,84 43,69 4,37 157,28

SIM 2B 21,60 21,60 43,20 21,60 43,20 4,32 155,50

SIM 2C 15,06 15,06 30,12 15,06 30,12 3,01 108,44

SIM 3 6,22 6,22 12,45 6,22 12,45 1,24 44,82*

SIM 4 23,29 23,29 46,57 23,29 46,57 4,66 167,66*

SIM 5 6,22 6,22 12,45 6,22 12,45 1,24 44,82*

SIM 6 6,22 6,22 12,45 6,22 12,45 1,24 44,82*

* Obs. Não inclui os custos de manutenção envolvendo o atendimento a Campinas a partir da nova

barragem proposta pela SANASA.

Custos Totais de Implantação, Operação e Manutenção das Simulações

A seguir é apresentado um resumo dos custos totais (hidráulica e elétrica) de

implantação, operação e manutenção de cada uma das simulações estudadas (Tabela

5.18), lembrando que aqui se apresentam apenas os custos totais especificamente do

Tramo Leste, uma vez que o Tramo Oeste não sofreu alterações em relação ao estudo

original do SARPCJ, em função das novas regras da outorga do Sistema Cantareira e

tampouco em razão da nova barragem proposta pela SANASA para o atendimento às

demandas urbanas do município de Campinas, cujos custos de implantação, operação

e manutenção não constam do escopo do estudo original do SARPCJ e tampouco

deste estudo, não permitindo sua estimativa nas mesmas bases dos demais trechos e

elevatórias.

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Tabela 5.18 - Custos Totais de Implementação (com seguro e impostos), Operação e Manutenção

Simulação

Tramo Leste CCO Subtotal (Tramo Leste + CCO) Total

(R$.106) Implantação (R$.106)

Operação (R$.106)

Manutenção (R$.106)

Implantação (R$.106)

Operação (R$.106)

Manutenção (R$.106)

Implantação (R$.106)

Operação (R$.106)

Manutenção (R$.106)

SIM 1A 601,92 530,68 217,08 1,08 17,04 0,39 602,99 547,71 217,47 1.368,17

SIM 1B 597,00 515,44 215,31 1,08 17,04 0,39 598,07 532,47 215,69 1.346,24

SIM 1C 466,27 494,00 168,25 1,08 17,04 0,39 467,35 511,04 168,63 1.147,02

SIM 2A 434,72 240,89 156,89 1,08 17,04 0,39 435,80 257,93 157,28 851,00

SIM 2B 429,80 228,44 155,12 1,08 17,04 0,39 430,88 245,48 155,50 831,86

SIM 2C 299,08 202,68 108,06* 1,08 17,04 0,39 300,15 219,72 108,44 628,32

SIM 3 122,35* 127,52* 44,43* 1,08 17,04 0,39 123,42* 144,56* 44,82* 312,80*

SIM 4 463,57* 456,78* 167,27* 1,08 17,04 0,39 464,64* 473,82* 167,66* 1.106,12*

SIM 5 122,35* 127,91* 44,43* 1,08 17,04 0,39 123,42* 144,95* 44,82* 313,19*

SIM 6 122,35* 128,14* 44,43* 1,08 17,04 0,39 123,42* 145,18* 44,82* 313,42*

* Obs.: Como observado anteriormente, os custos totais de implementação das simulações 03, 04, 05 e 06, não

consideram os custos associados a implantação da barragem proposta pela SANASA, uma vez que não existem

dados disponíveis.

Comparação das Alternativas

O estudo original do SARPCJ selecionou a Alternativa 3, Esquema 1 como solução

recomendada, ainda que custasse mais do que outros esquemas desta mesma

Alternativa 3, pois foram ponderados critérios econômicos (50% de peso), técnicos

(25% de peso) e ambientais (25% de peso).

Após o término do estudo original do SARPCJ, no entanto, foram redefinidas as regras

operacionais do Sistema Cantareira (em função da renovação de sua outorga, em maio

de 2017), e foi proposta uma nova barragem pela SANASA, no rio Atibaia, a jusante da

captação principal do município de Campinas, para atendimento exclusivo deste

município.

Assim, como indicado anteriormente neste Relatório R.02, foram realizadas novas

simulações de cálculo de balanço hídrico (Relatório R.01), divididas e organizadas em

seis possibilidades – 6 simulações. Como 4 destas 6 simulações dependem de

informações ainda não disponíveis para permitir comparações completas, optou-se por

expandir o rol de simulações com informações completas, aumentando o total geral

para 10 simulações, visando testar a nova melhor solução para o Tramo Leste do

SARPCJ (uma vez que a solução do Tramo Oeste não se altera com tais novas

condições).

Usando os mesmos critérios do estudo original do SARPCJ, nessas 10 simulações

foram avaliadas, na medida do possível, os aspectos econômicos, técnicos e

ambientais, cujos resultados são apresentados na sequência.

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45

Critérios Técnicos

A avaliação das simulações quanto ao critério técnico considerou os seguintes

aspectos:

• Executivo – classificação quanto à dificuldade para execução da obra, sendo “fácil” (nota 1), “médio” (nota 2) e “difícil” (nota 3), abrangendo:

✓ Servidão / desapropriação;

✓ Perfil e acessórios das adutoras;

✓ Necessidade de novos acessos.

• Qualitativo

✓ Quanto maior a garantia de atendimento dentro do limite tolerado de falhas,

maior a nota;

✓ Quanto melhor o equilíbrio na depleção dos níveis dos reservatórios Duas

Pontes e Pedreira (menor “ociosidade relativa”), menor a nota.

• Ponderação das variáveis dos aspectos Executivo e Qualitativo;

✓ Executivo: 70% do total;

✓ Qualitativo: 30%, sendo 15% para cada tema (limite de falhas e “ociosidade

relativa”).

a) Aspecto Executivo

A Tabela 6.1 a seguir apresenta a Avaliação Técnica Executiva das Simulações 1 e 2,

ponderando as notas em função das dificuldades de (i) servidão e desapropriação; (ii)

perfil e acessórios e, (iii) Acesso.

Tabela 6.1 – Avaliação Técnica Executiva das Simulações 1 e 2

Trecho

Implantação

Subtotal

Simulação

i ii iii SIM 01 SIM 02

i Servidão e Desapropriação

Nota Nota Nota Nota Nota

ii Perfil e Acessórios A1-B1 3 3 3 9 9 9

iii Acessos B1-C3 1 2 1 4 4 -

C3-C2 1 2 1 4 4 -

Dificuldades Fácil 1

C2-D2 1 1 1 3 3 -

Médio 2

C1-D2 2 3 3 8 - 8

Difícil 3

TOTAL 20 17

Analisando a Tabela 6.1 verifica-se que os trechos foram avaliados quanto ao nível de

dificuldade para sua implantação, considerando os seguintes tópicos:

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• i = servidão e desapropriação: avaliada a existência de áreas a desapropriar ou

que serão usadas em servidão, pois os processos para liberação dessas áreas

são demorados;

• ii = perfil e acessórios: quanto mais dispositivos (descargas, ventosas etc.) a

serem instalados, mais demorada é a obra, pois mais testes são necessários;

• iii = acesso à obra: foram penalizados os trechos mais distantes do viário

existente (que demandam construções de novos acessos).

Considerando os aspectos técnicos executivos, a Simulação 2 e suas variantes foram

as que apresentam melhores resultados sob este critério.

b) Aspecto Qualitativo

Para avaliar o aspecto qualitativo realizou-se uma avaliação dos déficits de

atendimento às demandas urbanas dos municípios envolvidos nas Simulações 1 e 2, e

o critério utilizado foi manter tais atendimentos dentro do limite aceitável, isto é, no

máximo 5% de déficits. Ou seja, quanto menor a frequência de déficits dentro do limite

aceitável, melhor o nível de atendimento às demandas. A Tabela 6.2 a seguir mostra

os déficits de atendimento das demandas urbanas nas variantes das simulações 1 e 2.

Tabela 6.2 – Déficit de Atendimento das demandas urbanas das Simulações 1 e 2

Simulação Município % do tempo abaixo da

demanda Déficit acumulado dos

municípios (%)5 Ranking

SIM

UL

ÃO

01 S

IM

01

A

Campinas 2,55

2,84 1° Campo Limpo Paulista 2,35

Várzea Paulista 2,55

Vinhedo 0,78

SIM

01

B Campinas 2,65

2,94 2° Campo Limpo Paulista 2,35

Várzea Paulista 2,45

Vinhedo 0,78

SIM

01

C

Campinas 3,24

3,53 3° Campo Limpo Paulista 2,35

Várzea Paulista 2,55

Vinhedo 0,78

SIM

UL

ÃO

02

SIM

02

A Campinas 2,65

3,73 4° Campo Limpo Paulista 1,96

Várzea Paulista 1,96

SIM

02

B Campinas 2,65

3,73 4° Campo Limpo Paulista 1,96

Várzea Paulista 1,96

SIM

02

C Campinas 3,33

4,41 6° Campo Limpo Paulista 1,96

Várzea Paulista 2,06

Analisando a Tabela 6.2, verifica-se que em todas as simulações a porcentagem do

tempo abaixo da demanda, ou seja, os déficits, foram mantidos inferiores a 5%,

demonstrando que todas as simulações apresentam resultados satisfatórios sob este

aspecto. No entanto, ao avaliar o déficit acumulado dos municípios, parâmetro utilizado

para realizar o “ranking” das Simulações, a mais vantajosa é a SIM 01A e a menos é a

SIM 02C (todas ainda estando abaixo dos 5% - déficit assumido como sendo aceitável).

5 Para obtenção do déficit acumulado dos municípios que compõem cada uma das simulações, o modelo AcquaNet permite

transformar o conjunto de municípios em uma única demanda e verificar a frequência na qual a demanda requerida foi atendida de forma integral. O não atendimento em qualquer um dos 1.020 meses resulta em um déficit, cuja somatória corresponde ao déficit total acumulado.

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47

Outra análise do ponto de vista qualitativo foi realizada verificando os períodos de

“ociosidade relativa” dos reservatórios Duas Ponte e Pedreira, para os quais foram

atribuídas notas referentes à melhor utilização dos volumes (quanto mais simultânea a

depleção de ambos, melhor).

A Tabela 6.3 apresenta o período em que o volume máximo dos reservatórios Duas

Pontes e Pedreira é mantido.

Tabela 6.3 – Volume máximo mantido pelos Reservatórios Duas Pontes e Pedreira

Simulação Frequência Máxima do Volume Total do Reservatório

Pedreira (%) Duas Pontes (%) ∆ (%)

SIM 01A 69,71 52,06 17,65

SIM 01B 69,80 52,06 17,74

SIM 01C 70,10 52,06 18,04

SIM 02A 72,94 52,06 20,88

SIM 02B 72,94 52,06 20,88

SIM 02C 73,33 52,06 21,27

Analisando a Tabela 6.3 verifica-se que o reservatório Pedreira consegue manter seu

volume máximo (38,34 Mm³) variando entre 69,71% e 73,33% do tempo, a depender

da simulação, dentro dos 1.020 meses considerados. Já o reservatório Duas Pontes

mantém o volume máximo (55,88 Mm³) igual em todas as simulações, isto é, 52,06%

do tempo ou 531 meses. Afora estes períodos os reservatórios passam a deplecionar,

como pode ser observado na Figura 6.1, que mostra os gráficos das curvas de

permanência dos dois reservatórios (Duas Pontes e Pedreira) para as três variantes da

simulação 01 (A, B e C) e da simulação 02 (A, B e C).

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48

Figura 6.1– Deplecionamento dos reservatórios Pedreira e Duas Pontes na SIM01 e SIM 02

69

,71

%

52

,06

%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mm

³

% do tempo (1020 meses)

Curva de Permanência - Operação dos Reservatórios -SIM 01A

Res. Pedreira Res. Duas Pontes

Depleção Res. Pedreira Depleção Duas Pontes

69

,80

%

52

,06

%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mm

³

% do tempo (1020 meses)

Curva de Permanência - Operação dos Reservatórios -SIM 01B

Res. Pedreira Res. Duas Pontes

Depleção Res. Pedreira Depleção Duas Pontes

70

,10

%

52

,06

%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mm

³

% do tempo (1020 meses)

Curva de Permanência - Operação dos Reservatórios -SIM 01C

Res. Pedreira Res. Duas Pontes

Depleção Res. Pedreira Depleção Duas Pontes

72

,94

%

52

,06

%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mm

³

% do tempo (1020 meses)

Curva de Permanência - Operação dos Reservatórios - SIM 02A

Res. Pedreira Res. Duas Pontes

Depleção Res. Pedreira Depleção Res. Duas Pontes

72

,94

%

52

,06

%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mm

³

% do tempo (1020 meses)

Curva de Permanência - Operação dos Reservatórios - SIM 02B

Res. Pedreira Res. Duas Pontes

Depleção Res. Pedreira Depleção Res. Duas Pontes

73

,33

%

52

,06

%

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

50,00

55,00

60,00

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Mm

³

% do tempo (1020 meses)

Curva de Permanência - Operação dos Reservatórios - SIM 02C

Res. Pedreira Res. Duas Pontes

Depleção Res. Pedreira Depleção Res. Duas Pontes

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49

Analisando os gráficos constantes na Figura 6.1 anteriormente apresentada, percebe-

se que os regimes de deplecionamento dos reservatórios ocorrem de forma muito

semelhante entre si, apesar de existir um desiquilíbrio na depleção ao comparar as

variantes da mesma simulação. Portanto, optou-se por apresentar apenas os

resultados referentes a este aspecto e considerá-los no critério de julgamento como

empate técnico entre todas as simulações 01 (A, B e C) e 02 (A, B e C).

Cabe ressaltar que o comportamento dos regimes de deplecionamento dos

reservatórios Duas Pontes e Pedreira é, nestas Simulações 1 e 2 (com suas variantes

A, B e C provendo resultados virtualmente idênticos) menos “equilibrado” do que

aqueles que se conseguia alcançar no estudo original do SARPCJ com a Alternativa 3 -

Esquema 1. Ali, os reservatórios tinham tendência a deplecionar de forma parecida, em

tempos possivelmente simultâneos. No caso das Simulações 1 e 2 aqui estudadas, o

reservatório Duas Pontes fica menos tempo cheio, mas depleciona de forma mais

suave no tempo, enquanto o reservatório Pedreira fica mais tempo cheio, mas

depleciona mais rapidamente.

No estudo original do SARPCJ, obtiveram-se resultados semelhantes a esses em

outros esquemas não selecionados (Alternativa 3 - Esquema 3), otimizáveis em função

de fazer variar a composição de vazões a jusante dos reservatórios nos rios

Camanducaia e Jaguari entre 8,0 m³/s e 10,0 m³/s em cada um, de modo a respeitar a

restrição de manter 18,0 m³/s após a confluência do rio Camanducaia no rio Jaguari.

No presente caso, com a maior disponibilidade de água a jusante do Sistema

Cantareira, a variação de vazão entre o Camanducaia e o Jaguari a jusante dos

reservatórios Duas Pontes e Pedreira não depende tanto de onde o SARPCJ capta

vazões para atender a Campinas (ponto A1) e Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista

(ponto A1 ou ponto C1); depende, na verdade, das regras de disponibilidade de água

para forçar alocações de vazão que permitem atender às restrições associadas à

outorga e às regras de operação do Sistema Cantareira.

Assim, sob esta parte dos aspectos técnicos, as soluções agora apontadas são

inferiores àquela da alternativa selecionada no estudo original do SARPCJ, quando

havia menos água disponível no rio Atibaia e era possível mudar os esquemas de

captação e adução para fazer com que os reservatórios Duas Pontes e Pedreira

deplecionassem de forma mais parecida e simultânea. Mesmo assim, as soluções aqui

analisadas (SIM 01A, 01B, 01C, 02A, 02B e 02C) permitem alcançar resultados

adequados, mantendo os níveis de falhas de abastecimento dentro dos limites

tolerados, respeitando as restrições de vazão a ser garantida na confluência do rio

Camanducaia no rio Jaguari, e fazem bom uso das novas regras da outorga do

Sistema Cantareira, ainda que causem depleções nem sempre simultâneas e

semelhantes nos reservatórios das barragens Duas Pontes e Pedreira.

Critérios Econômicos

O critério econômico levou em conta os custos de implantação (CAPEX) e de operação

e manutenção (OPEX), conforme abaixo.

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50

Custos de Implantação (CAPEX)

• Base em projeto conceitual de engenharia, escala 1:10.000 (com otimização de espessuras das adutoras em aço);

• Estimativas de custos de implantação das captações, elevatórias, adutoras, subestações e linhas de transmissão (138 kV, onde necessário), incluindo desapropriações, servidões e novos acessos.

Custos de Operação (OPEX)

Fixos • Custo da mão de obra para operação das Estações Elevatórias e CCO, conforme arquivo da Sabesp denominado “Banco de Preços de Serviços de Engenharia Consultiva” de fevereiro de 2016.

Variáveis • Consumo de energia nas elevatórias, com tarifas das concessionárias locais reguladas pela ANEEL.

A análise do aspecto econômico se deu somente para as Simulações 1 e 2 (cada qual

com três variantes), uma vez que se desconhecem os custos associados à implantação

do reservatório proposto pela SANASA e da nova captação necessária para o

atendimento das demandas urbanas de Campinas. Como em todas as variantes não

houve mudanças no Tramo Oeste, ou seja, permaneceram os mesmos valores

apresentados no estudo original do SARPCJ, para efeito de análise, optou-se por não

exibir os dados deste Tramo.

A seguir, na

Tabela 6.4, são apresentados os resultados referentes aos Aspectos Econômicos,

obtidos a partir das análises que consideraram os mesmos critérios do estudo original

do SARPCJ (atualizados para o ano de 2016). Analisando a

Tabela 6.4 verifica-se que a simulação que apresenta menor custo, somando o CAPEX

e o OPEX, é a Simulação 2C, ocupando a primeira posição no “ranking”.

Estendendo um pouco mais a análise dos aspectos econômicos, a Figura 6.2 e a

Figura 6.3, demonstram, respectivamente, as vazões de projeto e o total de

investimentos para atendimento das demandas urbanas para as Simulações 1 e 2

(únicas passíveis de serem analisadas sob esta dimensão), por meio do gráfico de

elbow. A Tabela 6.5, na sequência, apresenta os resultados das respectivas figuras de

forma tabulada.

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51

Tabela 6.4 – Resultados do Aspecto Econômico

Simulação

TRAMO LESTE CCO Subtotal

Total (R$) Ranking Implantação (R$) Operação (R$) Manutenção (R$)

Implantação (R$)

Operação (R$) Manutenção

(R$) Implantação (R$) Operação (R$) Manutenção (R$)

SIM 1A 601.918.906 530.676.336 217.078.130 1.075.900 17.037.478 387.324 602.994.806 547.713.814 217.465.454 1.368.174.074 6°

SIM 1B 596.997.406 515.436.849 215.306.390 1.075.900 17.037.478 387.324 598.073.306 532.474.327 215.693.714 1.346.241.347 5°

SIM 1C 466.273.157 493.999.217 168.245.661 1.075.900 17.037.478 387.324 467.349.057 511.036.696 168.632.985 1.147.018.737 4°

SIM 2A 434.723.670 240.891.889 156.887.845 1.075.900 17.037.478 387.324 435.799.570 257.929.367 157.275.169 851.004.107 3°

SIM 2B 429.802.171 228.442.886 155.116.106 1.075.900 17.037.478 387.324 430.878.071 245.480.364 155.503.430 831.861.865 2°

SIM 2C 299.077.922 202.683.212 108.055.376 1.075.900 17.037.478 387.324 300.153.822 219.720.690 108.442.700 628.317.212 1°

Figura 6.2 - Vazões de Projeto para suprir os Déficits de Atendimento às demandas urbanas Figura 6.3 – Total de Investimentos para suprir os Déficits de Atendimento às demandas urbanas

Sem Invest.

Sem Invest. Sem Invest.

Sem Invest.

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52

Tabela 6.5 – Resumo dos aspectos de projeto e econômico das Simulações 1 e 2

Simulação Município Sigla Demanda de 2045 (m³/s)

Vazão Média Fornecida à

Demanda (m³/s)

Vazão de Projeto (m³/s)

% do tempo abaixo da demanda

CAPEX + OPEX (R$∙106)

Sem Invest.

Campinas CAM 3,592 3,469 0,00 5,10 0,00

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista CLP + VPT 0,311 e 0,393 0,152 e 0,246 0,00 100,00* 0,00

Vinhedo VIN 0,285 0,282 0,00 1,86 0,00

SIM

UL

ÃO

01

SIM

01

A

Campinas CAM 3,592 3,533 2,04 2,55 1.085,44

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista CLP + VPT 0,311 e 0,393 0,307 e 0,389 0,84 2,55 201,49

Vinhedo VIN 0,285 0,284 1,07 0,78 81,24

SIM

01

B

Campinas CAM 3,592 3,532 1,80 2,65 1.068,04

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista CLP + VPT 0,311 e 0,393 0,307 e 0,389 0,84 2,55 198,26

Vinhedo VIN 0,285 0,284 1,07 0,78 79,94

SIM

01

C

Campinas CAM 3,592 3,525 1,20 3,24 909,99

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista CLP + VPT 0,311 e 0,393 0,307 e 0,389 0,84 2,55 168,92

Vinhedo VIN 0,285 0,284 1,07 0,78 68,11

SIM

UL

ÃO

02

SIM

02

A Campinas CAM 3,592 3,534 2,04 2,65 717,77

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista CLP + VPT 0,311 e 0,393 0,307 e 0,389 0,66 1,96 133,24

SIM

02

B Campinas CAM 3,592 3,532 1,80 2,65 701,62

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista CLP + VPT 0,311 e 0,393 0,307 e 0,389 0,66 1,96 130,24

SIM

02

C Campinas CAM 3,592 3,525 1,20 3,33 529,95

Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista CLP + VPT 0,311 e 0,393 0,307 e 0,389 0,66 2,06 98,37

* 100% do tempo abaixo da demanda significa atendimento parcial da demanda total requerida, ou seja, nos 1.020 meses analisando pelo balanço hídrico, em nenhum

deles a vazão disponível para os municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista atendeu 100% da demanda, isto é, 0,311 m³/s e 0,393 m³/s, respectivamente. A

vazão média fornecida neste período (1.020 meses) foi de 0,152 m³/s para Campo Limpo Paulista e 0,246 m³/s para Várzea Paulista.

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53

Analisando a Figura 6.2 verifica-se que o déficit de atendimento às demandas urbanas

do município de Campinas corresponde a 5,10% do tempo ao não considerar uma

vazão adicional do reservatório Pedreira, mesmo com as novas regras de operação do

Sistema Cantareira, isto é, sem investimentos. Quando se considera tais aportes

provenientes daquele reservatório para atender de forma compartilhada (Simulações 1)

ou exclusiva (Simulações 02) às demandas urbanas do município de Campinas, os

ganhos no atendimento, em ambas as simulações e suas variantes, permanecem

praticamente iguais, demonstrado por meio da sobreposição das curvas. As duas

simulações passam de aproximadamente 3,2% para 2,5%, conforme aumenta-se a

vazão captada. Ou seja, há um aumento relativamente grande de vazão para uma

diminuição relativamente pequena do déficit de atendimento.

Avaliando ainda a Figura 6.2, percebe-se que os municípios de Campo Limpo Paulista

e Várzea Paulista (curva incompleta no gráfico mas representado de forma numérica

na Tabela 6.5) apresentam 100% de déficit no atendimento às demandas urbanas (%

do tempo abaixo da demanda), tanto nas Simulações 1 quanto nas Simulações 2, ao

não considerar o SARPCJ e mesmo com as novas regras do Sistema Cantareira. Isso

se deve, como já mencionado, pelo fato de não se ter vazão suficiente para que as

demandas destes municípios sejam atendidas 100% do tempo, em nenhum dos 1.020

meses. O fato de apresentar 100% de déficit não significa ausência total de

atendimento das demandas urbanas; pelo contrário, demonstra, apenas, que a

demanda total requerida em nenhum momento (dentre os 1.020 meses considerados

no Balanço Hídrico) foi atendida de forma plena. Observando a Tabela 6.5, verifica-se

que “sem investimento” a vazão média fornecida durante todo o período foi de 0,152

m³/s e 0,246 m³/s, para uma demanda urbana de 0,311 m³/s e 0,393 m³/s,

respectivamente, para os municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista. Ao

considerar uma vazão adicional de 0,660 m³/s para estes municípios (aduzida através

do Trecho C1-D2), os déficits são reduzidos consideravelmente, passando a ficarem

entre 2,0% e 3,0%. Ou seja, a vazão do SARPCJ resolve o problema de abastecimento

destes dois municípios, nas condições estudadas.

O município de Vinhedo, considerado apenas nas Simulações 1, é o que possui melhor

atendimento às demandas, mesmo sem os investimentos do SARPCJ. Destaca-se que

este município apresentou pequenos ganhos com a nova outorga do Sistema

Cantareira, o que talvez possa ser uma vantagem ao ponto de não precisar do

SARPCJ. Nas Simulações 1, que consideram atendimento a este município, seja qual

for a vazão, os ganhos são iguais (déficits abaixo de 1,0% do tempo, mesmo nas

Simulações 2, nas quais Vinhedo é atendida pelas captações existentes, e não mais

pelo SARPCJ).

Analisando a Figura 6.3 é possível identificar os custos de investimento (CAPEX +

OPEX) de cada um dos trechos das Simulações 1 e 2, em função do déficit de

atendimento às demandas urbanas. Destaca-se que estes valores foram obtidos a

partir da simulação financeira realizada no estudo original do SARPCJ, que considerou

um pró-rata dos custos totais de implementação de cada Simulação em função do

volume total utilizado por cada município para o período de 1.020 meses (período total

analisado no balanço hídrico). Ou seja, identificaram-se os volumes acumulados de

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cada um dos municípios, isto é, o volume complementar que cada um necessitaria

obter do SARPCJ para o atendimento às demandas urbanas durante todo o período e,

dividiu-se pelo volume total requerido de todos os municípios juntos. A partir deste

volume e dos custos totais, obteve-se o custo parcial de implementação dos trechos,

por município (de forma similar aos cômputos financeiros realizados no estudo original

do SARPCJ).

A Figura 6.3 também mostra que, especificamente, para o município de Campinas, as

Simulações 1 e 2 e suas variantes “A” e “B” apresentaram ganhos semelhantes no

déficit de atendimento às demandas. Por outro lado, em ambas as Simulações a

variante “C” é a que apresenta menor custo. Ao comparar, ainda, as duas variantes “C”

das Simulações 1 e 2, percebe-se que os déficits de atendimento às demandas estão

muito próximos, enquanto que a SIM 02C é 46% menos onerosa para mesma vazão

(1,2 m³/s).

Para os municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista, ao analisar a

Simulação 1 e suas variantes, os custos estão muito próximos. No caso da Simulação

2 e suas variantes, existe uma pequena diferença de custos entre a SIM 02C e as SIM

02 A e B.

Por outro lado, ao comparar a SIM 01C com a SIM 02C, especificamente no trecho que

atende os municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista (C1-D2), verifica-se

que as Simulações 01C e 02C proporcionam um atendimento às demandas de forma

semelhante e adequada, porém a SIM 02C tem um custo 46% menor.

O município de Vinhedo, que recebe água somente nas Simulações 1, demanda um

investimento total que varia de R$ 81 a R$ 73 milhões (a depender da vazão captada

no reservatório Pedreira – ponto A1), para sair de um déficit de 1,86% (sem

investimentos) para um de 0,78%, seja qual for o investimento. Ou seja, trata-se de

uma obra onerosa para um município que possui uma demanda de 0,285 m³/s e um

déficit baixo (já menor do que 2,0% mesmo sem SARPCJ). Já nas Simulações 2

(vazão captada no reservatório Pedreira para atendimento exclusivo de Campinas) o

município de Vinhedo continuaria com a sua captação no rio Atibaia e com um déficit

aceitável (novamente abaixo de 2,0%), não sendo atendido pelo SARPCJ.

Analisando de forma conjunta todos os resultados referentes aos aspectos

econômicos, porém, agora de forma mais detalhada, verifica-se que a Simulação 02C é

que apresenta menores custos, provendo ganhos relativamente próximos, quando

comparada às demais. As incertezas no trecho C1-D2 quanto às desapropriações

(identificadas no estudo original do SARPCJ) não parecem ser suficientes para

desqualificar de forma técnica ou econômica esta Simulação, que nas condições de

atendimento às novas regras operacionais associadas à nova outorga do Sistema

Cantareira, apresenta resultados mais satisfatórios do que aqueles do estudo original

do SARPCJ.

Caso se deseje reduzir ainda mais os déficits de atendimento às demandas urbanas do

município de Campinas, ou seja, passar de 3,24% (SIM 02C) para 2,65% (SIM 02A),

seria necessário conduzir uma análise específica para o município, isto é, se vale a

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55

pena investir mais R$ 187 milhões, correspondendo a 26% a mais do que precisaria

ser investido na SIM 02C, para obter um ganho de 18% nos déficits, já dentro dos

limites tolerados (abaixo de 5,0%) e menor do que o déficit identificado no estudo

original do SARPCJ (com outorga antiga do Sistema Cantareira), que era de 3,92% do

tempo.

Assim, é possível concluir que a SIM 02C provê resultados bons, a custos mais

limitados, ao passo que o investimento adicional associado às configurações

decorrentes da SIM 02A e 02B, por exemplo, não produzem resultados tão superiores.

Critérios Ambientais

O TR original deste estudo não previa a inclusão de critérios ambientais na

comparação de alternativas, mas para garantir maior consistência com o estudo

original do SARPCJ, optou-se por incluir também os aspectos ambientais na presente

análise.

O critério ambiental é composto, da mesma forma que no estudo original do SARPCJ,

pela avaliação dos impactos ambientais e pela avaliação dos impactos sociais.

a) Avaliação dos Impactos Ambientais

A Avaliação de Impactos Ambientais foi feita considerando o tamanho das áreas com:

• Supressão de vegetação (ha);

• Interferência com Áreas de Preservação Permanente – APP (ha) e;

• Interferência com Unidades de Conservação – UC (ha).

Adicionalmente, analisou-se como impacto ambiental o “Volume Escavado”, isto é, os

volumes de terra e de areia que necessitam serem movimentados para os

assentamentos das tubulações, aspecto esse tratado na Norma Técnica SABESP NTS

226 (Sabesp, 2005), como “Faixa de Segurança6 para Obras Lineares”. Para este

aspecto, adotou-se no critério de ponderação um peso igual a 30%; os outros 70% se

referem ao agrupamento dos impactos ambientais que considera o tamanho das áreas.

A Tabela 6.6 a seguir apresenta a classificação adotada para indicar a magnitude dos

impactos sobre os parâmetros ambientais avaliados.

Tabela 6.6 – Classificação de Magnitude dos Impactos Referentes aos Parâmetros Ambientais Avaliados

Supressão de Vegetação (ha) Intervenção em APP (ha) Intervenção em UC (ha) ≤ 10,00 ≤ 25,00 ≤ 30

10,01 a 15,00 25,01 a 29,00 ≥ 30,01

≥ 15,01 ≥ 29,01

Conforme apresentado na Tabela 6.6 os critérios adotados para a análise dos impactos

referentes à “Supressão de Vegetação” foram:

6 Faixa de Segurança: é a área do terreno ao longo da tubulação, de largura definida em função do seu diâmetro.

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56

(i) Até 10 ha foi considerada de baixo impacto (verde);

(ii) De 10,01 a 15,00 ha foi considerado de médio impacto (amarelo); e

(iii) Acima de 15,01 ha foi considerada de alto impacto (vermelho).

Para o parâmetro “Supressão de Vegetação” a ADA se manteve nos 14 metros de

largura de faixa proposta para as adutoras, todavia, a área de supressão considerada

variou de 7 a 14 metros em função do seu entorno – urbano ou rural, respectivamente.

Os critérios adotados para a análise de “Intervenção em APP” foram:

(i) Até 25,00 ha foi considerado de baixo impacto (verde);

(ii) De 25,01 a 29,00 ha foi considerado de médio impacto (amarelo); e

(iii) Acima de 29,01 ha foi considerado de alto impacto (vermelho).

Os critérios adotados para o parâmetro “Intervenção em Unidades de Conservação”

foram:

(i) Até 30,00 ha foi considerado de baixo impacto (verde); e

(ii) Acima de 30,01 ha foi considerado de médio impacto (amarelo).

Para este parâmetro levou-se em consideração, na avaliação, o fato de que as

Unidades de Conservação que se sobrepõem à área diretamente afetada (ADA),

definida no estudo original do SARPCJ, para todas as possibilidades de traçados são

de Uso Sustentável, menos restritivas quanto ao uso e ocupação do solo, e não de

Proteção Integral, as quais são mais restritivas ao seu uso e ocupação. Sendo assim, a

classificação de alto impacto, neste caso, não se aplica.

b) Avaliação dos Impactos Sociais

A Avaliação de Impactos Sociais foi feita considerando o tamanho das áreas como:

• Desapropriação (total), rural e urbana (ha); e

• Faixas de servidão (área “non-ædificandi”), rurais e urbanas (ha).

A Tabela 6.7 a seguir apresenta a classificação adotada para indicar a magnitude dos

impactos sobre os parâmetros sociais avaliados. Da mesma forma como foi feito para

os parâmetros ambientais, considerou-se que, quanto maior a intervenção, maior o

impacto.

Tabela 6.7 – Classificação de Magnitude dos Impactos Referentes aos Parâmetros Sociais Avaliados

Uso da Faixa não edificável e/ou de servidão de passagem: urbana e rural (ha)

Desapropriações: urbana e rural (ha)

Urbano Rural Urbano Rural

≤ 10,00

≤ 30,00 ≤ 0,20 ≤ 1,00

≥ 30,01 0,21 a 0,60 1,01 a 1,20

≥ 0,61 ≥ 1,21

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57

Conforme apresentado na Tabela 6.7 os critérios adotados para a análise dos impactos

referentes a “Faixa não edificável e/ou de servidão de passagem” consideraram a

distinção entre interferência sobre o meio urbano ou sobre o meio rural. Os critérios

adotados para as interferências em Faixa não Edificável (“non-ædificandi”) e/ou de

servidão de passagem sobre o meio urbano:

(i) Até 10,00 ha foi considerada de médio impacto (amarelo);

Os critérios adotados para as interferências em “Faixa não edificável e/ou de servidão

de passagem sobre o meio rural” (“non-ædificandi”) foi:

(i) Até 30,00 ha foi considerada de baixo impacto (verde); e

(ii) Acima 30,01 ha foi considerada de médio impacto (amarelo).

Já os critérios adotados para desapropriações variam conforme sua inserção em área

urbana ou rural. Na área urbana, desapropriações de até 0,2 ha são consideradas de

baixo impacto (verde), entre 0,21 e 0,6 ha são consideradas de médio impacto

(amarelo), e acima de 0,61 ha, de alto impacto (vermelho). Nas áreas rurais, o baixo

impacto (verde) se restringe a áreas de até 1 ha, entre 1,01 e 1,2 ha correspondem a

médio impacto (amarelo), e acima de 1,21 ha, são de alto impacto (vermelho).

Quanto à pontuação referente à Avaliação Ambiental, segundo o Relatório de

Viabilidade Ambiental (RVA) do estudo original do SARPCJ, foram adotadas as

seguintes definições:

• Quanto menor o impacto, maior a pontuação;

• Quanto maior a pontuação, maior a viabilidade ambiental;

• A nota final foi obtida utilizando uma escala de zero a cem para cada tipo de avaliação, conforme ponderação apresentada no RVA do estudo original do SARPCJ.

Para efeitos de ponderação, como as diferenças entre os esquemas e as alternativas

resultam numericamente pequenas (e as grandezas dos impactos são relativamente

pequenas quando comparadas a projetos como barragens e reservatórios, por

exemplo), as quantidades impactadas nos diversos aspectos foram classificadas nas

categorias de “Alto Impacto”, “Médio Impacto”, “Baixo Impacto” e “Sem Impacto”. Para

o cômputo de identificação das simulações mais (ou menos) viáveis sob critério

ambiental, foi considerada a seguinte ponderação:

• “Alto Impacto” – unidades assim classificadas foram multiplicadas por 1 =

pontuação somada ao esquema;

• “Médio Impacto” – unidades assim classificadas foram multiplicadas por 2 =

pontuação somada ao esquema;

• “Baixo Impacto” – unidades assim classificadas foram multiplicadas por 4 =

pontuação somada ao esquema;

• “Sem Impacto” – unidades assim classificadas foram multiplicadas por 10 =

pontuação somada ao esquema.

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Desta forma, quanto maior a soma do esquema, mais este será viável sob aspectos de

impactos ambientais e sociais.

Destaca-se que para as simulações 3, 4, 5 e 6 não foi possível realizar esta avaliação,

uma vez que não existem elementos construtivos referentes ao reservatório SANASA,

que possibilitem tal análise. A avaliação considerando os impactos socioambientais se

pautaram nas simulações 1 e 2. Uma vez que todas as variações pertencentes a

simulação 1 apresentam os mesmos impactos, assim como as variações da simulação

2, optou-se por apresentar os resultados de forma agrupada, conforme mostra a

Tabela 6.8.

Cabe ressaltar que, como as soluções do SARPCJ originalmente estudadas, os

impactos ambientais são relativamente limitados nas obras localizadas (estações

elevatórias e subestações), assim como nas obras lineares (adutoras e dispositivos de

proteção e linhas de transmissão). Além disso, na seleção de traçado, é importante

lembrar que todos os caminhamentos foram definidos com base em mapas e imagens

de satélite, após o que todos foram vistoriados em campo por equipe de engenharia e

de avaliação ambiental, sendo otimizadas as soluções de travessias para minimizar os

impactos sobre APPs e as necessidades de supressão de vegetação e de interferência

com Unidades de Conservação, ajustando-se traçados para definição final de planta e

do perfil de todas as soluções em todos os trechos. Finalmente, não menos importante,

a solução recomendada no estudo original do SARPCJ foi objeto de sobrevoo com

“drone” para obtenção de imagens aéreas e filmagem detalhada de todos os pontos

notáveis.

Assim, o que aqui se descortina é um rol de soluções de engenharia de impactos

ambientais e sociais relativamente limitados, talvez menores ainda do que aqueles da

solução do SARPCJ proposta no estudo original.

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Tabela 6.8 – Resultados dos Aspectos Ambientais

Simulação

Supressão de

Vegetação (ha)

Intervenção em APP

(ha)

Intervenção em Unidades

de Conservação

(ha)

Servidões e Desapropriações (ha) Resultado da Análise de Viabilidade

Servidões de Passagem

Desapropriações Vermelho Amarelo Verde Sem

Impacto Nota Final

Urbana Rural Urbana Rural (alto) (médio) (baixo)

1A, 1B e 1C 13,83 29,31 58,56 - 23,98 0,73 1,00 2 2 2 1 24

2A, 2B e 2C 14,04 25,14 53,08 - 39,54 0,20 1,00 0 4 2 1 267

Obs.: nota final = ("alto x 1") + ("médio x 2") + ("baixo x 4") + ("sem impacto x 10")

Legenda:

Supressão de Vegetação (ha) Intervenção em APP (ha) Intervenção em UC (ha)

≤ 10,00 ≤ 25,00 ≤ 30

10,01 a 15,00 25,01 a 29,00 ≥ 30,01

≥ 15,01 ≥ 29,01

Uso da Faixa não edificável e/ou de servidão de passagem: urbana e rural (ha) Desapropriações: urbana e rural (ha)

Urbano Rural Urbano Rural

≤ 10,00

≤ 30,00 ≤ 0,20 ≤ 1,00

≥ 30,01 0,21 a 0,60 1,01 a 1,20

≥ 0,61 ≥ 1,21

7 Destaca-se que no estudo original do SARPCJ, nenhuma alternativa atingiu 26 pontos no critério ambiental. O valor máximo obtido naquele estudo pelas Alternativa 1,

Esquema 3 e Alternativa 3, Esquemas 1, 2, 5 e 6, foi de 24 pontos.

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Apesar das Simulações 2 apresentarem resultados melhores quando comparadas às

Simulações 1, buscou-se, por meio dos aspectos construtivos, avaliar na dimensão

ambiental outras interferências que ocasionassem impactos significativos no meio, uma

vez que desta forma, seria possível identificar qual das variantes das simulações 02

(2A, 2B ou 2C) é mais vantajosa dentre as três variantes (A, B e C) estudadas.

Portanto, além dos aspectos já apresentados anteriormente, optou-se por analisar

também: as áreas de bota fora, essenciais para descarte dos resíduos provenientes da

escavação, neste caso originários das valas para assentamento das tubulações e; a

necessidade de jazidas de areia, fundamentais para obtenção de tal material para o

assentamento da tubulação (distribuição das pressões e absorção dos golpes de aríete

na tubulação durante a operação, a despeito da inclusão de dispositivos específicos

para este fim ao longo das mesmas).

Por meio do “Volume Escavado”, buscou-se identificar os espaçamentos mínimos que

devem ser adotados para os diferentes diâmetros de tubulação, para que fosse

possível dimensionar o volume escavado e o volume de areia para cada um dos

trechos pertencentes às simulações. A partir destes volumes, que estão diretamente

relacionados à necessidade de “bota fora” e de jazidas de areia, respectivamente,

verificou-se o montante total destes para cada uma das simulações e suas variantes.

Os resultados obtidos para a Simulação 01 e suas variantes estão apresentados na

Tabela 6.9. Destaca-se que tal avaliação se deu somente para o Tramo Leste, uma vez

que em todas as simulações o Tramo Oeste permaneceu inalterado.

Tabela 6.9 – Volume Escavado e de Areia dos Pré-dimensionamentos Associados à Simulação 01

SIMULAÇÃO 01A

Tramo/Trecho Distância (m) Diâmetro (mm) Volume Escavado (m³) Volume de Areia (m³)

LESTE

A1-B1 20.800 1.500 195.520 158.763

B1-C3 15.100 1.200 119.290 102.212

C3-C2 21.400 900 139.100 125.486

C2-D2 20.200 900 131.300 118.449

TOTAL 585.210 504.911

SIMULAÇÃO 01B

Tramo/Trecho Distância (m) Diâmetro (mm) Volume Escavado (m³) Volume de Areia (m³)

LESTE

A1-B1 20.800 1.500 195.520 158.763

B1-C3 15.100 1.200 119.290 102.212

C3-C2 21.400 900 139.100 125.486

C2-D2 20.200 900 131.300 118.449

TOTAL 585.210 504.911

SIMULAÇÃO 01C

Tramo/Trecho Distância (m) Diâmetro (mm) Volume Escavado (m³) Volume de Areia (m³)

LESTE

A1-B1 20.800 1.200 170.560 147.036

B1-C3 15.100 1.200 119.290 102.212

C3-C2 21.400 900 139.100 125.486

C2-D2 20.200 900 131.300 118.449

TOTAL 560.250 493.183

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Analisando a Tabela 6.9 verifica-se que o volume total escavado e de areia das

variantes A e B pertencentes à Simulação 01 apresentam resultados iguais, mesmo

ocorrendo uma variação na captação do ponto A1, passando de 2,04 m³/s para 1,80

m³/s, respectivamente. Isso se deve à inexistência de mudança no diâmetro da

tubulação ao reduzir tal vazão captada, uma vez que o diâmetro indicado suporta tal

variação de vazão. A mudança no diâmetro e consequentemente no volume escavado

e de areia ocorre na Simulação 01C, onde há uma redução de 5% e 3%,

respectivamente. Ou seja, considerando este parâmetro, dentre as variantes desta

simulação, a que causaria menor impacto no meio ambiente seria a SIM 01C, uma vez

que necessitaria de menos área para “bota fora” e menor quantidade de areia para

assentamento da tubulação.

Do mesmo modo, os resultados obtidos para a Simulação 02 e suas variantes estão

apresentados na Tabela 6.10.

Tabela 6.10 - Volume Escavado e de Areia dos Pré-dimensionamentos Associados à Simulação 02

SIMULAÇÃO 02A

Tramo/Trecho Distância (m) Diâmetro (mm) Volume Escavado (m³) Volume de Areia (m³)

LESTE A1-B1 20.800 1.500 195.520 158.763

C1-D2 29.100 900 189.150 170.637

TOTAL 384.670 329.401

SIMULAÇÃO 02B

Tramo/Trecho Distância (m) Diâmetro (mm) Volume Escavado (m³) Volume de Areia (m³)

LESTE A1-B1 20.800 1.500 195.520 158.763

C1-D2 29.100 900 189.150 170.637

TOTAL 384.670 329.401

SIMULAÇÃO 02C

Tramo/Trecho Distância (m) Diâmetro (mm) Volume Escavado (m³) Volume de Areia (m³)

LESTE A1-B1 20.800 1.200 170.560 147.036

C1-D2 29.100 900 189.150 170.637

TOTAL 359.710 317.673

Analisando a Tabela 6.10 verifica-se que o volume total escavado e de areia das

variantes A e B pertencentes à Simulação 02 apresentam resultados iguais mesmo

ocorrendo uma variação na captação do ponto A1, passando de 2,04 m³/s para 1,80

m³/s, respectivamente. Como já mencionado, também neste caso não existe uma

mudança de diâmetro da tubulação ao reduzir tal vazão captada.

A mudança no diâmetro e consequentemente no volume escavado e de areia ocorre na

Simulação 02C. Ou seja, considerando este parâmetro, dentre as variantes desta

simulação a que causaria menor impacto no meio ambiente seria a SIM 02C, uma vez

que necessitaria de menos área para “bota fora” e menor quantidade de areia para

assentamento da tubulação.

Dentre as variantes apresentadas nas Simulações 1 e 2, a que causaria menor impacto

considerando o volume escavado, ou seja, necessitando de menos espaço no “bota

fora”, e menor quantidade de areia para assentamento da tubulação, ainda, seria a SIM

02C.

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Outro impacto que vale a pena avaliar é aquele causado pela necessidade de

transportar os volumes, tanto o excedente solo escavado destinado para o “bota fora”

como o de areia para assentamento das tubulações, uma vez que acarretam danos ao

meio ambiente por meio da emissão de poluentes atmosféricos pelos veículos de

transporte. Tendo em vista esta nova dimensão de análise, a Tabela 6.11 apresenta

um resumo dos volumes escavados e do volume de areia necessário, com destaque

especial para o volume a ser transportado, resultante da soma dos dois volumes

anteriormente discutidos.

Tabela 6.11 – Resumo dos volumes escavados, de areia e de transporte

Simulações Volume

Escavado (m³) Volume de Areia

(m³) Volume Total de Transporte (m³)

SIM 01A 585.210 504.911 1.090.121

SIM 01 B 585.210 504.911 1.090.121

SIM 01C 560.250 493.183 1.053.433

SIM 02A 384.670 329.401 714.071

SIM 02B 384.670 329.401 714.071

SIM 02C 359.710 317.673 677.383

Analisando a Tabela 6.11 verifica-se, que a SIM 02C é a que apresenta menor volume

a ser transportado. Comparando as duas variações que apresentaram os menores

volumes, a SIM 02C tem um volume a ser transportado 64% menor que a SIM 01C.

Isso se deve especialmente pelo fato da SIM 02C não envolver a utilização dos trechos

B1-C3, C3-C2 e C2-D2.

Alternativa Selecionada

Para identificar a alternativa que apresenta os melhores resultados seguiu-se,

inicialmente, com o processo de ponderação para os critérios técnicos e ambientais –

por apresentarem mais de um aspecto – para que fosse possível chegar a uma nota

final por critério. Para o Critério Técnico, adotou-se para o aspecto executivo um peso

de 70% e para o aspecto qualitativo um peso total de 30%, sendo, 15% para o déficit e

os outros 15% para depleção dos reservatórios, idêntico ao procedimento adotado no

estudo original do SARPCJ. Portanto, para se obter o resultado parcial para o Critério

Técnico, deve-se realizar o cálculo de ponderação, que é a razão entre a nota dada ao

aspecto (obtida por meio de um ranqueamento) e o seu peso, conforme exemplificado

a seguir, na Fórmula (1).

Rct = (Aspecto Executivo x 70%) + [(Déficit x 15%) + (Depleção x 15%)] (1)

Onde:

Rct = resultado parcial para o Critério Técnico.

Uma vez que o Critério Econômico não possui mais de um aspecto, o peso adotado foi

de 100%, ou seja, a sua nota parcial corresponde ao seu posicionamento do “ranking”.

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No estudo original do SARPCJ, o Critério Ambiental contava apenas com o aspecto

“Ambientais e Sociais”. No entanto, procurando identificar quais das Simulações (2A,

2B e 2C) apresentam-se como variantes mais vantajosas ao considerar este critério,

buscou-se, neste novo estudo, uma análise nova que pudesse aprimorar a avaliação.

Portanto, optou-se por considerar o aspecto “Volume Escavado”, já detalhado

anteriormente. Ou seja, para obter a nota parcial para o Critério Ambiental, adotou-se

para o aspecto “Ambiental e Social” um peso igual a 70% e para o aspecto “Volume

Escavado”, um peso igual a 30%. Para se chegar à nota parcial para este critério,

deve-se realizar o cálculo de ponderação, que é a razão entre a nota dada ao aspecto

(obtida por meio de um ranqueamento) e o seu peso, conforme exemplificado a seguir,

na Fórmula 2.

Rca = [(Aspecto Ambiental e Social x 70%) + (Volume Escavado x 30%) (2)

Onde:

Rca = resultado parcial para o Critério Ambiental.

Todos os resultados, para cada uma das Simulações, considerando os cálculos

apresentados anteriormente, estão mostrados a seguir na Tabela 6.12.

Tabela 6.12 – Resultados parciais das simulações para os critérios técnico, econômico e ambiental

Simulação

CRITÉRIO TÉCNICO CRITÉRIO ECONÔMICO

– Nota Parcial

CRITÉRIO AMBIENTAL

Aspecto Executivo

Aspecto Qualitativo Nota

Parcial

Aspecto Ambiental e Social

Volume Escavado

Nota Parcial Déficit Depleção

SIM 01A 4 1 1 3,10 6 2 5 2,90

SIM 01B 4 2 1 3,25 5 2 5 2,90

SIM 01C 4 3 1 3,40 4 2 4 2,60

SIM 02A 1 4 1 1,45 3 1 2 1,30

SIM 02B 1 4 1 1,45 2 1 2 1,30

SIM 02C 1 6 1 1,75 1 1 1 1,00

A partir dos resultados parciais dos critérios apresentados na Tabela 6.12, buscou-se

obter a nota final dos critérios Econômicos, Técnicos e Ambientais, por meio de uma

nova distribuição de pesos, isto é, para cada um dos critérios adotou-se um novo peso,

variando entre 0 e 100%, de forma idêntica àquela do estudo original do SARPCJ. Ou

seja, distribui-se os diferentes pesos para os critérios estudados, de modo que a soma

dos 3 (três) não superassem os 100%. O resultado desta análise é apresentado na

Tabela 6.13.

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Tabela 6.13 – Resultados com Variação da Ponderação dos Critérios

Tipo de Ênfase Peso por critério Ranking

Econômico Ambiental Técnico 1º lugar 2º lugar 3º lugar

Peso Econômico

(Menor Custo)

100% 0% 0% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

90% 5% 5% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

80% 10% 10% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

70% 15% 15% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

60% 20% 20% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

Equilibrado (Até Tripartite)

50% 25% 25% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

40% 30% 30% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

34% 33% 33% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

33% 34% 33% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

33% 33% 34% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

Técnico-Ambiental

(Pouco Peso Econômico)

30% 35% 35% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

20% 40% 40% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

10% 45% 45% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

2% 49% 49% SIM 02C SIM 02B SIM 02A

0% 50% 50% SIM 02A, SIM 02B e SIM 02C

Ao realizar este exercício, utilizou-se três tipos de ênfase, provendo agrupamentos com

caraterísticas similares, fazendo com que a escolha entre as Simulações seja a mais

confiável possível. O fato é que esta distribuição, realizada no estudo original do

SARPCJ, não surtiu o mesmo efeito neste novo estudo, pois, como pode ser observado

na Tabela 6.13, não há mudança de posição no ranking quando se varia o peso dos

critérios econômico, ambiental e técnico em praticamente todos os cenários.

No estudo original do SARPCJ, conforme se variava o peso econômico (menor custo),

tripartite (equilibrado) ou técnico-ambiental (pouco peso econômico), a alternativa

indicada como a melhor no “ranking” mudava paulatinamente, o que não ocorre no

presente caso, no qual a SIM 02C aparece sistematicamente como a melhor no

“ranking”, independentemente do tipo de ênfase.

As ênfases equilibradas (por exemplo: “tripartite”) indicam a SIM 02C como a melhor do

“ranking” seja qual for o peso; e o mesmo acontece quando se dá ênfase ao aspecto

econômico. Somente quando se considera peso igual a zero para o critério econômico,

é que ocorre um empate entre todas as variantes da Simulação 2. Destaca-se que em

nenhum momento as Simulações 1 se apresentam entre as três posições melhor

avaliadas.

Ou seja, a análise dos dados gerados através de resultados consistentes com a

tipologia de ponderação, leva a concluir que a Simulação 02C é a melhor solução

técnica, econômica e ambiental, quando comparada às demais.

Configuração Final com o Tramo Leste e Tramo Oeste

Sendo a Simulação 02C a melhor solução para o SARPCJ no contexto da nova outorga

do Sistema Cantareira, conforme resultados da análise técnica, econômica e ambiental,

optou-se por apresentar os aspectos técnicos e construtivos, conforme a Tabela 6.14 a

seguir, e um resumo econômico, com os valores de implantação, operação e

manutenção, desta Simulação (Tabela 6.15, mais adiante).

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65

A Tabela 6.14, apresenta, para cada trecho, a localização da captação e estação

elevatória, o local onde será entregue a água bruta vinda do SARPCJ, a potência

requerida em cv e, por fim, a vazão máxima a ser aduzida.

Tabela 6.14 – Configuração do SARPCJ Conforme a Simulação 02C

Tra

mo

Trecho Extensão

(km) Local da Captação e Estação

Elevatória Local Entrega

Potência Requerida

(cv)

Vazão Total (m³/s)

Leste

A1-B1 20,80 Pé da barragem Pedreira, entre Pedreira e Campinas

Captação de Campinas no rio Atibaia

4.556 1,20

C1-D2 29,10 Junto à captação de Jundiaí no rio Atibaia, no município de Itatiba

Captação de Campo Limpo Paulista

2.466 0,66

Oeste

A3-B2 7,90 Junto à captação do Sistema Boa Esperança, da Sabesp, em Paulínia

Antiga captação de Paulínia

851 0,53

B2-C4 12,61 Junto à antiga captação de Paulínia, hoje desativada, no rio Atibaia

ETA Boa Esperança em Hortolândia

421 0,17

B2-C5 18,41 Junto à antiga captação de Paulínia, hoje desativada, no rio Atibaia

Reservatório com captação de Nova Odessa

533 0,20

O primeiro trecho do Tramo Leste (A1-B1) possui uma extensão de 20,80 km, fazendo-

se necessária a instalação de uma estação elevatória, no pé da barragem Pedreira,

com uma potência de 4.556 cv, responsável por aduzir uma vazão de até 1,20 m³/s

destinada ao município de Campinas. Já o segundo trecho (C1-D2), com 29,10 km de

extensão, precisará de outra captação e de outra estação elevatória, neste caso junto à

captação de Jundiaí no rio Atibaia, no município de Itatiba, com uma potência de 2.466

cv, para aduzir 0,66 m³/s até o município de Campo Limpo Paulista.

Já o Tramo Oeste capta uma vazão de 0,53 m³/s no ponto localizado junto à captação

atual do Sistema Boa Esperança (da Sabesp), no rio Jaguari, no município de Paulínia.

No seu primeiro trecho (A3-B2), com extensão de 7,90 km, deverá ser construída uma

nova estação elevatória de 851 cv, para que parte desta vazão seja levada até a antiga

captação de Paulínia no rio Atibaia.

O segundo trecho do Tramo Oeste (B2-C4) tem 12,61 km de extensão, sendo

necessária outra estação elevatória, do tipo “booster” (em linha na própria adutora),

com uma potência de 421 cv, localizada junto à antiga captação de Paulínia, hoje

desativada, no rio Atibaia. Este trecho deverá transportar até 0,17 m³/s até a ETA Boa

Esperança, no município de Hortolândia.

Por fim, o último trecho do Tramo Oeste (B2-C5), possui uma extensão de 18,41 km e

precisará de uma terceira estação elevatória localizada, também, junto à antiga

captação de Paulínia, porém, neste caso, com uma potência de 533 cv, responsável

por aduzir até 0,20 m³/s ao reservatório onde, atualmente, o município de Nova Odessa

faz uma de suas captações.

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66

A Tabela 6.15 a seguir apresenta o resumo econômico da Simulação 02C,

considerando os custos de implantação que foram apresentados na Tabela 6.4 anterior

(que ocorrem uma única vez, durante as obras), somados aos custos de operação e

manutenção de todo o sistema, computados pela soma, em valores correntes dos

custos anuais de operação e manutenção (conforme descritos no item 6.4 anterior),

para o horizonte de planejamento de 2045, que se confunde com a vida útil dos

elementos do SARPCJ.

Tabela 6.15 – Resumo Econômico da Simulação 02C

Tramo Trecho Implantação Operação Manutenção

(R$∙106) % (R$∙106) % (R$∙106) %

Leste A1-B1 176,73 45,16 73,03 23,09 63,82 45,18

C1-D2 122,35 31,27 129,65 40,99 44,24 31,32

Subtotal 299,08 76,43 202,68 64,08 108,06 76,49

Oeste

A3-B2 27,64 7,06 42,46 13,42 9,95 7,04

B2-C4 26,37 6,74 17,83 5,64 9,49 6,72

B2-C5 37,16 9,50 36,29 11,47 13,38 9,47

Subtotal 91,17 23,30 96,58 30,53 32,82 23,23

CCO 1,08 0,28 17,04 5,39 0,39 0,27

Total 391,32 100 316,3 100 141,26 100,00

Observando a Tabela 6.15, é possível verificar que, considerando o CCO, o custo de

implantação é de R$ 391,32 milhões (sendo R$ 299,08 milhões para o Tramo Leste e

R$ 91,17 milhões para o Tramo Oeste). Já o custo de operação, a valores correntes,

para o período de 2020 a 2045, é de R$ 316,30 milhões, e o custo de manutenção, no

mesmo período é de R$ 141,26 milhões, para o SARPCJ como um todo (Tramo Leste

e Tramo Oeste).

Destaca-se que os valores apresentados para o Tramo Oeste (Tabelas 6.14 e 6.15)

não se alteram em nenhuma das Simulações anteriormente apresentadas, já que a

nova outorga do Sistema Cantareira não interfere de forma significativa na

disponibilidade hídrica daquela região.

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Conclusões e Recomendações

O Sistema Adutor Regional das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí

(SARPCJ) é um empreendimento de segurança hídrica associado às barragens Duas

Pontes e Pedreira, situadas respectivamente nos rios Camanducaia e Jaguari. Tanto as

barragens quanto o SARPCJ foram identificados e originalmente previstos no Plano

Diretor de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista

(DAEE, 2013), inserindo-se em uma das áreas de maior conflito hídrico do Estado de

São Paulo.

O SARPCJ visa prover segurança hídrica para os municípios das bacias PCJ que não

tenham acesso aos rios diretamente beneficiados pelas barragens Duas Pontes e

Pedreira, aumentando sua área de influência para as bacias dos rios Atibaia, Capivari e

Jundiaí. Especificamente, o objetivo do SARPCJ é atender regionalmente as demandas

urbanas de municípios que, até 2045, tenham esgotado as disponibilidades de suas

fontes de captações superficiais.

O estudo original de viabilidade técnica, econômica e ambiental do SARPCJ (DAEE,

2016) foi desenvolvido, entretanto, quando ainda imperavam as regras da outorga

antiga do Sistema Cantareira, datadas de 2004. Quando da revisão das mesmas em

2017 (ANA/DAEE, 2017), as disponibilidades asseguradas a jusante do Sistema

Cantareira, especialmente nos rios Atibaia e Jaguari, aumentaram, com potencial de

modificar a configuração selecionada no estudo original do SARPCJ. Adicionalmente, a

SANASA deu início ao estudo de viabilidade de uma nova barragem de regularização

exclusiva para Campinas, no rio Atibaia, a jusante da sua principal captação atual.

Com base nestas duas novas condições, o DAEE contratou o presente estudo visando

verificar seus efeitos na configuração selecionada do SARPCJ originalmente estudado,

sistema este que consiste em uma obra com elevado custo econômico.

Foram propostas e realizadas 6 (seis) simulações com o modelo AcquaNet, das quais 4

(quatro) dependem de informações não disponíveis sobre como a SANASA levaria

água da nova barragem por ela proposta ao ponto de entrega, junto às ETAs 3 e 4 de

Campinas, para efeito de comparação com o SARPCJ. Isso impede comparar os

resultados das novas simulações após o recálculo dos respectivos balanços hídricos,

em termos de obras de engenharia, ainda que em nível conceitual avançado, como foi

feito no estudo original do SARPCJ (todos os trechos com traçados com plantas e

perfis definidos a partir de Modelo Digital de Terreno baseado em imagens aéreas em

escala 1:10.000 datadas de 2011).

Adicionalmente, observou-se, nos resultados do Relatório R1 (aqui resumidos na

Tabela 3.1 anterior), que a introdução da barragem proposta pela SANASA e a

subtração das barragens Duas Pontes e/ou Pedreira geram resultados inferiores no

balanço hídrico, aumentando os índices de falhas em relação àqueles das simulações

que as consideram como existentes, ainda que abaixo dos 5% considerados aceitáveis.

Isso indica que tais arranjos anulam parte dos benefícios advindos das novas regras da

outorga do Sistema Cantareira.

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Em contrapartida, observando-se que as Simulações 1 e 2 permitiam comparação

direta com os resultados do estudo original do SARPCJ, optou-se por expandir estas

duas simulações em seis variantes, diminuindo as vazões mínimas de balanço hídrico

e verificando, por tentativa e erro, o comportamento das falhas resultantes por todos os

municípios da área de estudo ao longo dos 1.020 meses, da mesma série histórica

utilizada nas modelagens do estudo original.

Com base nisso, para estas novas duas simulações, cada uma com três variantes, os

resultados de vazões do balanço hídrico foram majorados em 20% para evitar o

impacto da tarifa horo-sazonal (implicando aumento de capital no investimento e

economia na operação que, no setor de saneamento, é reconhecidamente

compensatória). Assim, os pré-dimensionamentos de trechos do estudo original do

SARPCJ foram refeitos sempre que os novos resultados dos cálculos do balanço

hídrico destas simulações adicionais indicassem vazões diferentes.

A configuração original do SARPCJ nas condições da outorga do Sistema Cantareira

de 2004 se dividia em um Tramo Oeste e um Tramo Leste. O primeiro corresponde

praticamente a uma expansão com uma derivação do atual Sistema Boa Esperança da

Sabesp, cuja configuração neste novo estudo não sofre alterações em relação àquela

do estudo original do SARPCJ. Já o Tramo Leste, que originalmente atendia a

Campinas, Vinhedo, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista, teve oportunidades

claras de mudança.

No estudo original do SARPCJ, por uma série de razões técnicas e ambientais, dentre

as 3 alternativas que se desdobravam em 16 esquemas possíveis, selecionou-se um

sistema – Alternativa 3 - Esquema 1 – que não era o mais econômico, mas provia

resultados melhores do que os demais frente às condições estudadas. Este foi

selecionado em detrimento de outros como a Alternativa 3 - Esquema 3, de menor

custo, mas de resultados técnicos ligeiramente inferiores.

Entretanto, as mudanças das condições de estudo, principalmente as novas regras

operacionais do Sistema Cantareira, estabelecidas pela nova outorga (ANA/DAEE,

2017), alteraram de maneira relevante o quadro. No presente estudo, com esta nova

condição, as 3 variantes da Simulação 1 reproduzem, de maneira geral, a configuração

da Alternativa 3 - Esquema 1 (com variações da vazão aduzida para menos, mantendo

as falhas de abastecimento nos níveis tolerados), ao passo que as 3 variantes da

Simulação 2 (variando igualmente as vazões aduzidas para menos, controlando o nível

de falhas dentro dos limites tolerados), emula aproximadamente a configuração da

Alternativa 3 - Esquema 3.

O que se observa, no entanto, é que, com as novas condições impostas pela outorga,

os resultados em termos de falhas ao longo do rio Atibaia ficam mais favoráveis aos

municípios que ali buscam água para seu abastecimento, permitindo, como se vê nas

Simulações 2, que o município de Vinhedo use sua captação até o final de plano para

atender às demandas projetadas para 2045, sem depender do SARPCJ. Nas

Simulações 1, no entanto, como a configuração do SARPCJ passa por Vinhedo, este

município retira parte da água das adutoras, e não apenas de sua captação, com

outras parcelas de vazão alocadas pelo modelo para maior folga de atendimento em

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alguns dos municípios ao longo do rio Atibaia, com resultados relativamente próximos

àqueles das Simulações 2, sempre dentro dos limites tolerados.

Conforme mostrado no presente estudo, a configuração física associada às Simulações

2 é substancialmente mais econômica do que aquela associada às Simulações 1. Se

no estudo original do SARPCJ alertava-se quanto a vantagem econômica do Esquema

3 da Alternativa 3 – mais econômico – em relação ao Esquema 1 desta mesma

Alternativa 3 – mais caro, mas com resultados tecnicamente melhores, aqui a situação

se descortina diferente: graças às novas regras do Sistema Cantareira, as

configurações das variantes das Simulações 2 provêm resultados mais satisfatórios do

que outrora fazia a Alternativa 3 - Esquema 3 do estudo original do SARPCJ, mas com

custos ainda menores do que aquela. Os custos resultantes das configurações das três

variantes das Simulações 1 são comparáveis aos custos da Alternativa 3 - Esquema 1

(selecionada no estudo original do SARPCJ), mas provêm resultados melhores do que

aqueles devido ao impacto das novas regras da outorga revisada do Sistema

Cantareira.

Assim, nas variantes de simulação com vazões menores (os valores mínimos para

manter as falhas dentro dos limites tolerados), verificou-se a suficiência de uma

captação de 1,2 m3/s no pé da barragem Pedreira para atendimento exclusivo a

Campinas, envolvendo o trecho chamado de A1-B1 tanto no estudo original quanto

neste estudo, e outra captação de 0,66 m3/s para atender a Campo Limpo Paulista e

Várzea Paulista (cujos sistemas de abastecimento são integrados) junto à atual

captação do DAE Jundiaí no rio Atibaia, envolvendo o trecho chamado de C1-D2 no

estudo original e neste.

O trecho A1-B1, com 20,8 km de comprimento, envolve uma transposição desafiante

entre o rio Jaguari e o rio Atibaia, em um local onde o maciço do divisor de águas é

elevado (mais de 200 metros de altura manométrica total), demandando grande

potência de elevatória – da ordem de 7,7 mil cv de potência (e, em consequência,

soluções complexas de sua alimentação elétrica: nova subestação, e nova linha de

transmissão de 138kV). Ademais, seu ponto de entrega é distante e no contra fluxo do

rio Atibaia, encarecendo a solução de engenharia por falta de opções. No estudo

original, uma variante em túnel para vencer o maciço foi estudada, mas foi descartada

por não se mostrar vantajosa em relação à opção de uma adutora acompanhando o

perfil do maciço do divisor de águas entre o rio Jaguari e o rio Atibaia.

Nas Simulações 1, o SARPCJ avançaria seu Tramo Leste no mesmo traçado daquele

da Alternativa 3 - Esquema 1 (anteriormente selecionada como melhor, mesmo sendo

mais cara), suprindo água para Vinhedo (no ponto C3) em alguns momentos. Todavia,

para garantir toda sua funcionalidade, demanda a derivação no ponto B1, dos trechos

B1-C3, C3-C2 e C2-D2, resultando em 56,7 km adicionais de comprimento de

adutoras, com mais três elevatórias de médio porte (1,7 mil cv, 2,3 mil cv e 1,4 mil cv,

passíveis de alimentação em circuitos de distribuição de energia em 13,8kV). Nem

mesmo a redução de vazões estudada nas variantes B e C (em relação à variante A,

sempre igual à do estudo original do SARPCJ) permitiu reduzir os custos, ainda que

provendo bons resultados técnicos. Com tal redução de vazões, há redução na

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potência instalada na primeira elevatória (caindo de 7,7 mil cv para 4,6 mil cv), mas

isso não dispensa a solução elétrica mais sofisticada para sua alimentação. O

problema é que as capacidades das demais elevatórias se mantêm, assim como o

diâmetro das tubulações necessárias, ao longo de uma extensão considerável,

encarecendo o empreendimento.

Na configuração das Simulações 2 não é necessário estender o SARPCJ além do

ponto B1 (entrega junto à captação atual de Campinas no rio Atibaia), mantendo-se o

trecho A1-B1 (traçado idêntico ao das Simulações 1) pois, como dito acima, o

município de Vinhedo pode se beneficiar diretamente da maior disponibilidade de água

no rio Atibaia (decorrente da nova outorga do Sistema Cantareira) para explorar sua

captação até 2045. Nesse caso, o atendimento a Campo Limpo Paulista e Várzea

Paulista (cujo sistema é interligado), continua demandando ação imediata para suprir

um déficit que se mostra crônico, inclusive com possível demanda reprimida já no

momento atual.

Aqui, lança-se mão de uma nova captação no ponto C1, no rio Atibaia, usando o trecho

C1-D2 (similar à Alternativa 3 - Esquema 3 do estudo original do SARPCJ), de traçado

sinuoso, demandando vencer pontos altos e atravessando propriedades rurais que

precisam ser identificadas para minimizar os riscos de insegurança nos processos de

obtenção das servidões de passagem e eventuais processos de desapropriação nos

casos de serem necessários dispositivos localizados ao longo da adutora, como

Tanques de Amortecimento Unidirecionais (TAU), ventosas e descargas. Isso foi

alertado no estudo original do SARPCJ como um fator de desvantagem da Alternativa 3

- Esquema 3 (descartado, mesmo sendo mais econômico), em relação ao traçado da

Alternativa 3 - Esquema 1 (selecionado, mesmo sendo mais dispendioso). Ocorre que,

no estudo original, a qualidade técnica dos resultados era diferente: a configuração

mais cara permitia resultados efetivamente melhores, hoje mais fáceis de se obter em

função da nova outorga do Sistema Cantareira.

No presente estudo, a maior disponibilidade de água decorrente da nova outorga do

Sistema Cantareira neutraliza em grande parte tais diferenças, mas permite reduzir

substancialmente os custos quando se usa uma associação dos trechos A1-B1 para

atender a Campinas e C1-D2 para atender a Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista

de forma integrada.

Assim, a despeito de haver incertezas quanto ao sucesso na obtenção de servidões e

desapropriações no trecho C1-D2, os resultados obtidos em termos de redução de

falhas são substancialmente melhorados em função das novas regras da outorga do

Sistema Cantareira e, da mesma forma, parte da vazão (para Campinas) pode ser

diminuída, reduzindo os custos da solução de engenharia do Tramo Leste.

De forma análoga, o regime de depleção dos reservatórios Duas Pontes e Pedreira

deixa de ser similar, passando a ser diferente entre os dois reservatórios, como ocorria

na Alternativa 3 – Esquema 3. Isso não representa, no entanto, uma perda qualitativa

significante.

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Na seleção de alternativas (comparando as duas Simulações em suas seis variantes),

ao se aplicar os mesmos critérios do estudo original do SARPCJ, decidiu-se incluir uma

avaliação ambiental nos mesmos moldes e critérios adotados no estudo citado. No

entanto, buscando identificar com maior acurácia qual variante da Simulação 2 se

apresenta mais vantajosa, incluiu-se, então, um aspecto adicional, relativo à diminuição

da necessidade de escavação de valas (cujos excedentes de materiais precisam ser

transportados e destinados em um “bota fora” licenciado pelas autoridades ambientais),

e necessidade de areia para assentamento das tubulações. Com esse aspecto de

“volume escavado” foi possível verificar que a Simulação 02C apresenta sempre

melhores resultados do que as demais aqui estudadas.

Aplicados os mesmos critérios de ponderação técnica, econômica e ambiental do

estudo original do SARPCJ, essa configuração da Simulação 02C é sistematicamente

melhor do que as demais aqui estudadas, além de ser mais econômica – cerca de R$

300 milhões para o Tramo Leste com o Centro de Controle Operacional – CCO, mesmo

quando se minimiza o peso do critério econômico na ponderação.

Assim, com esta nova configuração, mantêm-se as recomendações do estudo original

do SARPCJ em termos institucionais, permitindo-se aprofundar os projetos de

engenharia e os estudos para obtenção das licenças ambientais necessárias para

viabilizar esta configuração associada à Simulação 02C, mantendo-se o Tramo Oeste

como no estudo original do SARPCJ.

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