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SÃO PAULO, 04 DE MARÇO DE 2016.

SÃO PAULO, 04 DE MARÇO DE 2016. · 2016-03-04 · Agriculturas Paulistanas vai fornecer tecnologia e equipamentos para pequenos produtores e estimular a plantação de alimentos

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SÃO PAULO, 04 DE MARÇO DE 2016.

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Morcegos são bons ou ruins para a cidade? Descubra em palestra

No dia 9 de março, a Umapaz promove uma palestra para desmistificar a imagem de

que todos os morcegos se alimentam de sangue, com informações sobre a diversidade

e a importância destes animais para o Meio Ambiente, como polinizadores de plantas,

e para a Saúde Pública, como transmissores do vírus da Raiva.

São apenas 50 vagas e á preciso fazer inscrição pelo site da instituição:

A facilitação será de Adriana Ruckert da Rosa, bióloga que atua na área de

identificação das espécies de morcegos

urbanos, na Vigilância Epidemiológica, Biologia, Manejo e Controle de morcegos;

atendimento à população, orientação à população quanto ao controle, riscos e

benefícios envolvendo os quirópteros e participação em eventos enfocando a

educação em saúde pública a profissionais e crianças.

Qualquer interessado no tema pode participar. Será no dia 9, das gh às uh, na sede da

UMAPAZ, no Parque Ibirapuera, com Avenida Quarto Centenário, 1268, com entrada

para pedestres pelo portão 7A.

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Frutos do asfalto

O turista que passeia por outras cidades e que não é escravo do celular costuma

caminhar de cabeça erguida, apreendendo a paisagem. Conhecendo, usufruindo. Mas

talvez não faça o mesmo por onde mora embora haja sempre coisas a descobrir

também onde moramos.

Em São Paulo, por exemplo, ao caminhar de cabeça baixa, podem-se perder alguns

flashes de arquitetura (serão poucos, no entanto, os que valem a pena admirar), mas

principalmente uma outra riqueza urbana: a visão das árvores, pinceladas verdes e

coloridas, de muitos matizes, que são mais abundantes na cidade do que a caricatura

que fazemos dela nos faz crer.

São árvores que ficam viçosas o tempo inteiro, sempre dando cor e sombra, e que,

diante do confuso regime de estações do ano e das diferentes variedades de plantas,

terminam florindo o ano todo, cada qual em seu momento.

Entre essas árvores há também as frutíferas, que, em São Paulo, ainda sobrevivem, em

meio ao trânsito e ao asfalto, embora cada vez menos.

Não me lembro se em Paris ou em Nova York já avistei frutas no pé enquanto

caminhava pela cidade. Mas, terceiro mundo afora, lá estão elas. No Brasil, fazem

parte da paisagem urbana de cidades com natureza mais pujante – temos jacas em

Salvador, mangas em Belém. Mas o mais bacana é que mesmo na mais árida São

Paulo, se olharmos bem, as encontramos, e não somente nos bairros mais ricos.

Mesmo que ninguém as plante, os passarinhos escatologicamente vão semeando os

canteiros. E, com isso, conferem a esta cidade um atrativo muitas vezes ignorado por

turistas e moradores. (Sempre me pergunto por que nunca vejo crianças, passantes,

estudantes, passantes em geral em volta de uma pitangueira carregada... Imagino

serem os males de uma geração de moleques já criada em toscos conjuntos

habitacionais cimentados na periferia pela especulação imobiliária.)

Eu sou um consumidor atento de amoras e pitangas do asfalto. O bom delas é que,

mesmo quem anda olhando para o chão, termina encontrando-as – as manchas pretas

tingindo o solo, ou aquelas alaranjadas nas calçadas, são um sinal de que naquele

preciso local é hora de olhar para cima.

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Às vezes, infelizmente, para cima demais: as frutas mais maduras estão muito no alto.

Vontade de ter uma escadinha portátil sempre à mão, ou inventar um pau de selfie

com um cestinho na ponta.

Nos meus atuais trajetos a pé são essas, amoras e pitangas, as mais frequentes. Mas já

avistei goiabas e jabuticabas, mesmo que algumas vezes, separadas da rua por muros

ou cercas particulares.

E tem o abacateiro da vizinhança, sempre no meu caminho, majestoso em sua

admirável moradia: um canteiro na calçada, num ponto em que a ofensiva muralha

que blinda o prédio onde vivem alguns dos maiores magnatas do Brasil faz uma

respeitosa curva para não incomodar a árvore.

Durante anos caminhei para o trabalho passando diariamente diante de um majestoso

pé de uvaia. Já de manhã olhava para cima e via aquelas frutas de tez ensolarada e

babava imaginando-as com a acidez domada numa compota bem brasileira, ou numa

batidinha com boa cachaça e uma dose necessária de açúcar.

Nunca surrupiei nenhuma: elas pendiam sedutoras sobre a calçada, mas o tronco de

onde brotava a copa ficava atrás de um muro, inalcançável. E as que, do alto, iam dar

ao chão, com sua fina pele sedosa e frágil, se espatifavam.

Até que reformaram a casa e, como primeira providência, liquidaram a árvore que, se

nunca me forneceu seu fruto, me dava todo dia água na boca e uma visão mais terna e

idílica da cidade.

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Leitor Fala

Ibirapuera

O descaso com a cidade fica cada dia mais claro. Locais símbolos de São Paulo estão

cada dia em pior condição, e o parque Ibirapuera, como noticiou o Metro Jornal de

ontem na reportagem “Ibirapuera sofre com falha na manutenção”, é apenas um dos

muitos casos retratados na cidade.

A maioria dos parques na capital está em estado parecido ou, até mesmo, pior.

Calçadas quebradas e ruas sujas já fazem parte da paisagem paulistana. O pior é que

são poucas as vezes em que vemos alguma obra de manutenção ou limpeza nesses

pontos.

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Nova lei libera uso de área contaminada

Zoneamento permite que Prefeitura faça permuta desse tipo de terreno com a

iniciativa privada; medida depende de aprovação do prefeito.

O novo zoneamento pode facilitar o uso de áreas públicas consideradas contaminadas. Uma emenda aprovada na semana passada, após a votação do projeto de lei que revisa os tipos de uso e ocupação do solo de São Paulo, permite à Prefeitura fazer permuta com a iniciativa privada de terrenos subutilizados hoje pelo Município em função de sua contaminação por gases ou metais, por exemplo. A medida ainda depende da aprovação do prefeito Fernando Haddad (PT). De autoria do vereador Rubens Calvo (PMDB), o texto abre a possibilidade de a capital ganhar novas áreas públicas a exemplo da Praça Victor Civita, em Pinheiros, na zona oeste (leia mais ao lado). Segundo o parlamentar, ao menos 26 terrenos públicos, em todas as regiões da cidade, poderão ser transformados caso o prefeito Fernando Haddad sancione o texto e estabeleça um programa de recuperação desse território no Município.

A emenda determina que os bens públicos classificados como áreas contaminadas possam ser objeto de venda ou permuta desde que os recursos resultantes desses

negócios sejam destinados à implementação de equipamentos sociais ou espaços verdes. "Além da contrapartida social, ao assumir esses terrenos, a iniciativa privada fica encarregada de fazer a descontaminação adequada antes de dar nova utilização à área", explica Calvo.

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De acordo com o parlamentar, a intenção da proposta é colocar as áreas contaminadas em uso. "Às vezes, o custo da remediação é muito alto para o Município, por isso, é importante essa parceria com a iniciativa privada. Além disso, com as novas regras, não precisaremos avançar para as áreas ambientais, como está ocorrendo", diz.

Para ser viabilizada, a nova estratégia precisará ainda do aval da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), responsável pela palavra final a respeito da remediação. Com o terreno liberado do ponto de vista ambiental, o novo proprietário poderá realizar o projeto previamente informado à Cetesb. Pela legislação estadual, é a companhia que indica o que pode ou não ser feito em área já considerada contaminada.

Calvo afirma que a emenda pode ser uma solução inteligente para, por exemplo, a falta de locais com potencial para serem transformados em novos cemitérios, mesmo que no modelo vertical. "Os cemitérios de São Paulo estão lotados, não dão conta da demanda. Precisamos apresentar soluções para isso. O uso de áreas públicas contaminadas é certamente uma hipótese a ser trabalhada."

Mapa

Entre os 26 terrenos apresentados pelo vereador para justificar a apresentação da emenda estão áreas localizadas em todas as regiões da cidade, como Vila

Cachoeirinha, na zona norte, Bom Retiro, no centro, e Heliópolis, na zona sul.

O mapa indica que uma área extensa, às margens da Marginal do Tietê, no bairro da Penha, zona leste da cidade, poderia ser liberada para construção de moradia popular. O terreno, na Rua Kampala, já está classificado como Zona de Interesse Social (Zeis). Com a sanção da emenda, o local poderia ser negociado com o mercado imobiliário, que ficaria encarregado de tocar o processo de descontaminação antes de iniciar a

obra.

A proposta ainda será analisada pelo prefeito Haddad, que não declarou se vai

sancionar a emenda incorporada ao texto final. Em entrevista ao Estado na semana passada, o prefeito afirmou que vai analisar em detalhes o projeto de lei aprovado pelos vereadores. A previsão é que a lei seja publicada até meados deste mês.

Lei

Debatida na Câmara Municipal por nove meses - a versão original foi elaborada pela gestão Haddad -, a proposta de lei foi aprovada com apoio de 45 dos 55 vereadores no dia 25 de fevereiro com muitas mudanças de última hora. O texto que foi levado a plenário foi conhecido poucas horas antes da votação, por meio de publicação do Diário Oficial da Cidade. Segundo o vereador Paulo Frange (PTB), todas as alterações

foram debatidas com a sociedade em mais de 50 audiências públicas e estão em acordo com o que quer o Executivo.

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Programa da prefeitura incentiva agricultura familiar em São Paulo

Agriculturas Paulistanas vai fornecer tecnologia e equipamentos para pequenos produtores e estimular a plantação de alimentos orgânicos.

Para estimular a agricultura familiar e o plantio de produtos orgânicos na cidade, a prefeitura de São Paulo lançou ontem (2) o programa Agriculturas Paulistanas, que vai ficar sediado na subprefeitura de Parelheiros, extremo sul da capital.

A maior metrópole do país, apesar da intensa urbanização, ainda conserva um terço de seu território como área rural, em especial nos bairros de Parelheiros e Grajaú, na zona sul, onde existem mais de 400 produtores que se dedicam principalmente ao cultivo de hortaliças, em grande parte orgânicas.

Ao Seu Jornal, da TVT, o secretário municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Artur Henrique da Silva Santos, detalhou as ações e destacou a importância do programa: "Desde a compostagem de resíduos para serem utilizados como adubo orgânico, as ações envolvem também assistência técnica e equipamentos, para que os agricultores possam usar e fazer essa transição, que vai fortalecer a agricultura, o cinturão verde, impedir o avanço da especulação imobiliária e, principalmente, para a gente poder ter mais alimentos saudáveis na mesa da população de São Paulo".

Assista, aqui.

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Os equipamentos, como tratores, perfuradores de solo e roçadeiras hidráulicas, serão emprestados, sem nenhum custo, para os agricultores. O produtor José Geraldo Mineiro conta que, sem máquinas, chega a pagar R$ 100,00 por hora no aluguel de tratores.

O programa também vai atender os produtores que necessitam regularizar os documentos de seus terrenos, em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Sem esse serviço, de atualização de documentos, eles não vão conseguir acessar alguns programa, por exemplo, crédito em banco. O Incra vai oferecer esse serviço", afirma o superintendente do órgão, Wellington Monteiro. "Aqui, na região, se tiver 20% que estão com a área regularizada, é muito", conta a produtora Lia Góes de Moura que, empolgada com as novas medidas, prevê o aumento da produção: "Vai produzir muito mais. Se, antes, produzia em um, ou dois canteiros, agora vai ter condição de produzir em 10, 20 canteiros."

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“O futuro da vida selvagem está em nossas mãos”

Esse é o tema deste ano do Dia Mundial da Vida Selvagem celebrado esta quinta-feira, 3 de março; ONU e vários países vão realizar um painel de Alto-Nível para debater o

crime internacional nessa área.

A ONU celebra nesta quinta-feira, 3 de março, o Dia Mundial da Vida Selvagem. O tema desse ano é “O futuro da vida selvagem está em nossas mãos”.

A iniciativa tem uma preocupação especial com animais, por isso o sub-tema é “O futuro dos elefantes está em nossas mãos”.

Para marcar a data, a ONU, a Alemanha, o Gabão e a Tailândia em colaboração com parceiros da sociedade civil, estão organizando um Painel de Alto-Nível para debater os crimes internacionais nessa área.

A modelo Gisele Bünchen, que é embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), vai participar do encontro na sede da ONU, em Nova York. O foco do evento está nos desafios encontrados nas linhas de frente, como também os progressos e as novas iniciativas para acabar com o tráfico ilegal de vidas selvagens.

Comércio ilegal

Segundo as Nações Unidas, o tráfico ilícito de vida selvagem tem um impacto devastador sobre várias espécies consideradas vulneráveis.

Esse comércio está entre os cinco negócios ilegais mais lucrativos do mundo, avaliado em US$ 20 bilhões por ano, o equivalente a R$ 80 bilhões.

Esse processo tem um impacto negativo também sobre segurança, desenvolvimento econômico, integridade ambiental e o bem-estar da comunidade.

Ele fomenta conflitos, enfraquece o Estado de direito e alimenta a corrupção de larga escala, geralmente ligada ao crime organizado. Além disso, mina os esforços para a erradicação da pobreza e diminuiu os meios de subsistência.

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Paris terá conferência internacional sobre o vírus da zika em abril

Paris deve receber, em abril, uma conferência internacional para discutir os rumos da pesquisa sobre o vírus da zika. O anúncio foi feito por Amadou Sall, diretor científico do Instituto Pasteur em Dakar, Senegal, durante coletiva de imprensa na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas-OMS) em Washington, nesta quarta-feira (2).

A conferência está sendo organizada pelo Instituto Pasteur de Paris, pela fundação britânica Wellcome Trust, pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), entre outras entidades. “O objetivo é compartilhar os conhecimentos científicos que possam ajudar no controle da zika no Brasil e outros países afetados”, disse Sall.

Depois de uma reunião de dois dias na sede da Opas em Washington, que terminou nesta quarta-feira, pesquisadores e autoridades reforçaram a importância da colaboração internacional para lidar com a emergência do vírus da zika e os problemas de saúde potencialmente relacionados à infecção, notadamente a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré.

Os especialistas disseram, durante a coletiva que o continente americano já tem mais de 134 mil casos de zika notificados de zika e 2.765 confirmados, a maioria na América Latina e no Caribe, embora a Opas considere que estes dados conservadores, já que 80% dos infectados não apresentam sintomas.

“A necessidade urgente de desenvolver pesquisas para lidar com essa situação única requer colaboração entre todas as partes envolvidas. Todos temos que trabalhar juntos, por isso esta reunião foi uma oportunidae única” disse Lyle Petersen, diretor da Divisão de Doenças Transmitidas por Mosquitos do CDC nesta quarta-feira.

O encontro desta semana reuniu mais de 70 cientistas, incluindo representantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e autoridades de países afetados pelo vírus que atualmente já circula por 31 países e territórios.

Durante o encontro, as questões eleitas como as mais importantes de serem solucionadas pelos pesquisadores foram a criação de novas estratégias para combater o mosquito Aedes aegypti, o desenvolvimento de novas formas de diagnóstico e de vacinas, o desenvolvimento de estudos de caso-controle que forneçam evidências mais

fortes da ligação do vírus da zika com a microcefalia e o Guillain Barré e a criação de

estratégias de monitoramento nos países afetados.

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Agência mantém limite de captação de água do Cantareira para março em SP

Sabesp foi autorizada a retirar até 23 m³/s para abastecimento da Grande SP. Maior produtor de água da região, sistema abastece 5,7 milhões de pessoas.

A Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de

São Paulo (DAEE) manteve a vazão de retirada máxima de 23 m³/s do Sistema Cantareira

para abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo para março. O limite de

captação é o mesmo autorizado pelos órgãos reguladores em fevereiro. Um metro cúbico

(m³) de água corresponde a 1 mil litros.

Até esta quinta-feira (3), a média de retirada de água na Estação elevatória Santa Inês no

mês de março é de 20,27 m³/s para o abastecimento de 5,7 milhões de pessoas na Grande

São Paulo, segundo dados da Sabesp. Para a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí

(PCJ), os órgãos regulares liberaram a retirada máxima de 3,5 m³/s em março.

Um boletim da companhia apontou que a vazão transferida pela Estação Elevatória de

Santa Inês em fevereiro ficou em 19,69, m³/s ou seja, uma "economia" de mais de 3,0 m³/s

em relação à última deliberação dos órgãos federal e estadual. Mesmo assim, não houve

restrição no fornecimento de água da população, de acordo com a Sabesp.

A ANA, no entanto, tem definido limites conservadores para que o sistema se recupere e

tenha água suficiente armazenada para enfrentar o período de estiagem, a partir de abril.

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O Sistema Cantareira tem capacidade para armazenar 1.269 bilhões de litros (com duas

cotas do volume morto) e opera com 54,6% nesta quinta-feira.

Após meses de dependência da reserva técnica, o manancial saiu do volume morto no fim

de 2015 e usa, desde então, o volume útil para abastecimento. Especialistas ouvidos

peloG1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda não se recuperou da crise.

Pedidos anteriores

A vazão máxima do reservatório (23 m³/s) havia sido solicitada pela Sabesp em janeiro, mas

os órgãos reguladores decidiram manter a captação em 19,5 m³/s. Na época, a ANA

afirmou que, apesar do aumento do índice de chuva no Sistema Cantareira em dezembro e

janeiro, o manancial ainda não tinha retornado ao nível normal e defendeu que a operação

de reservatório no período de chuva deve priorizar a recuperação das represas.

Um documento enviado pela ANA ao DAEE destacava uma simulação do armazenamento

do Cantareira até dezembro de 2016, mostrando que, para garantir 20% do volume útil até

dezembro, a vazão máxima que pode ser retirada do sistema era de 19,5 m³/s em janeiro.

Segundo a companhia, a água do Sistema Cantareira era essencial "para o encurtamento

dos períodos de redução de pressão na rede de distribuição".

Redução de pressão

Desde o fim de dezembro, a companhia diminuiu, em média, sete horas diárias o período

de redução de pressão na rede na capital paulista e em cidades da Grande São Paulo. A

empresa disse que a prática é usual desde a década de 1990 para reduzir perdas por

vazamentos, mas com a crise hídrica no estado a ação de racionamento oficial foi

intensificada.

O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São

Paulo, mas hoje abastece 5,7 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado em

2014.

Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para aliviar a

sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem. Em janeiro deste ano, o

Cantareira voltou a ser o principal sistema produtor de água da Grande São Paulo.