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    O Portal da Construo

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    Guia Tcnico

    Segurana e Higiene noTrabalho

    Volume I - Princpios Geraisum Guia Tcnico de O Portal da Construo

    www.oportaldaconstrucao.com

    Outubro de 2007

    Copyright O Portal da Construo, todos osdireitos reservados.

    Este Guia Tcnico no pode ser reproduzido oudistribudo sem a expressa autorizao de

    O Portal da Construo.

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    ndice

    Introduo ..................... 3

    Preveno e Proteco ................ 4

    Acidentes de trabalho ..................... 5

    Riscos Profissionais .................... 7

    No prximo Volume .............. 9

    Sobre os autores deste Guia Tcnico .... 10

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    1. Introduo

    Falar de Segurana no Trabalho (ST) em Portugal falar doDecreto-Lei 441/91, de 14 de Novembro. Esse diplomaconsagrou e enquadrou o regime jurdico da segurana, higienee sade no trabalho, preenchendo um vazio jurdico at aexistente.

    A necessidade do Estado portugus legislar nesta matria erapremente: por um lado, nos anos 80 do sculo passado,houve um aumento substancial da ocorrncia de acidentes detrabalho e doenas profissionais; por outro, a entrada do nossopas na ento Comunidade Econmica Europeia obrigou aoacompanhamento da legislao europeia j produzida.

    Com o D.L. 441/91 oficializou-se uma mudana de paradigmana forma de encarar a Segurana do Trabalho no nosso pas:Preveno passou a ser a palavra chave. As entidadesempregadoras passaram a ser obrigadas a cumprir com osprincpios essenciais de preveno, e a implementar planos ousistemas de Higiene e Segurana no Trabalho (SHT) queabrangessem todos os seus trabalhadores.

    O novo quadro tinha como linhas mestras os seguintes

    princpios:

    - O empregador responsvel pela preveno;

    - Os riscos so mltiplos. Nem todos os riscos sofsicos;

    - A preveno o pilar base da segurana e assenta emprincpios gerais;

    - O trabalhador uma componente essencial da polticae cultura organizacional.

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    2. Preveno e

    Proteco

    Assim, identificao de riscos, exerccios de evacuao,materiais de primeiros socorros, medidas de protecocolectiva, entre outros, foram termos que, com o novo

    paradigma, deixaram de ser apenas palavras ao vento epassaram a ser realidades palpveis na maioria das empresasportuguesas.

    Este o primeiro volume de uma srie produzida por O Portalda Construo sobre Segurana e Higiene no Trabalho.Mensalmente, iremos publicar um fascculo sobre um campoespecfico desta rea.

    Este primeiro volume ser a excepo. Aqui apresentaremos osprincpios e fundamentos da Segurana e Higiene no Trabalho,onde iremos focar alguns pontos que sero mais aprofundados

    em prximas edies.

    O que a preveno? E como, objectivamente, se distingue daproteco, palavra forte do paradigma anteriormente em vigorem Portugal? Quais so as implicaes da utilizao de um ououtro sistema numa empresa, com vista eliminao/diminuio dos riscos?

    Na verdade, preveno e proteco so duas realidadescomplementares e no exclusivas. A primeira pode ser definidacomo conjunto de medidas e aces cautelares tendentes aeliminar ou limitar as consequncias de um acidente antes queeste se produza; a segunda, por seu turno, entendida comoo conjunto de medidas e aces destinadas a preservar ouminimizar as consequncias de um acidente quando esteacontece.

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    3. Acidentes deTrabalho

    Os princpios gerais de preveno so os seguintes:

    - Evitar/eliminar os riscos inerentes ao local detrabalho;

    - Avaliar com rigor os riscos no anulveis;

    - Diagnosticar a origem dos factores de risco e as suasconsequncias;

    - Combater os riscos na sua origem;

    - Adaptar o trabalho ao homem, e no o inverso.

    Se certo que qualquer sistema de ST no pode descurar

    nenhuma dos dois conceitos, tambm relevante frisar que, sea preveno for bem efectuada, no ser necessrio colocar prova os mecanismos de proteco empregues (embora estestenham sempre de ser empregues).

    A Lei 100/97, de 13 de Setembro, que aprova o novo regimejurdico dos acidentes de trabalho e doenas profissionaisapresenta as seguintes definies para acidente de trabalho e

    local de trabalho:

    Acidente de TrabalhoAquele que se verifique no local e tempo de trabalho,produzindo, directa ou indirectamente, leso corporal,perturbao funcional ou doena de que resulte reduo nacapacidade de trabalho ou de ganho, ou a morte.

    Local de TrabalhoLocal onde possa ocorrer o acidente de trabalho. No caso deocorrer acidente no trajecto casa-trabalho, considera-seacidente de trabalho.

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    O conceito de acidente de trabalho conjuga trs elementosfundamentais que se tm de verificar cumulativamente:

    - elemento espacial local de trabalho;

    - elemento temporal tempo de trabalho;

    - elemento causal efeito entre o evento e a leso.

    As consequncias dos acidentes de trabalho tm repercussesnos trs intervenientes na relao laboral (trabalhador,entidade empregadora e Estado).Para o trabalhador, podem manifestar-se quer a nvelpessoal, quer a nvel laboral:

    PsicolgicasAlteraes do comportamento e de hbitos de vida, diminuioda qualidade de vida, por exemplo.

    FsicasRepercusses permanentes, tais como deficincias motoras.Interrupo ou reduo da actividade fsica.

    EconmicasCustos no suportados pelas seguradoras ou sistemas decomparticipao de acidentes. Perda de parte da remuneraodurante o perodo de ausncia do posto de trabalho.

    Para a entidade empregadora, os acidentes de trabalhopodem acarretar as seguintes consequncias:

    - perda do trabalhador em termos provisrios oupermanentes;

    - diminuio da produo;

    - acrscimo de contribuio para o regime de protecosocial;

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    4. Riscosprofissionais

    - investimento em informao/formao, aostrabalhadores;

    - indemnizaes, coimas e custas judiciais econsequncias penais;

    - aumento do prmio de seguro;

    - custos administrativos inerentes ao tratamento doacidente;

    - prejuzos materiais e do equipamento;

    - danos na imagem de qualidade.

    Como perceptvel, para as empresas, as consequncias dosacidentes de trabalho esto intimamente relacionadas com oscustos. Estes podem ser directos (por exemplo, perda dotrabalhador em termos provisrios ou permanentes) ouindirectos (danos na imagem de qualidade). normal o pesodos custos indirectos ser muito maior que os dos directos.

    No existe algo como a segurana absoluta mas podemosreduzi-la a nveis aceitveis, reduzindo os riscos, atravs dautilizao de mecanismos de proteco e preveno, quedevero acompanhar as exigncias sociais e a evoluotecnolgica.

    Risco a probabilidade de ocorrncia de danos sobre pessoasou bens, resultantes da concretizao de uma determinadacondio perigosa, em funo:

    - da probabilidade de ocorrncia de uma determinadacondio perigosa;

    - do grau de gravidade dos danos consequentes.Estes danos podem ser materiais, ambientais e, emcasos extremos, humanos.

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    4.1 Avaliao de riscos

    Mas para sabermos que riscos teremos que enfrentar, h quesaber avali-los. A avaliao de riscos um processodinmico, directamente relacionado com o desenvolvimentodas condies de trabalho e evoluo tecnolgica.

    O processo de avaliao de riscos tem dois grandes objectivos;

    - estimar a magnitude do risco para a sade esegurana dos trabalhadores, decorrentes das circunstnciasem que o perigo pode ocorrer no local de trabalho;

    - obter a informao necessria para que o empregador

    rena as condies ideais para para poder tomar uma decisosobre o tipo de medidas de preveno e proteco a adoptar.

    Este processo consiste em duas etapas, a anlise de riscos ea valorao de riscos.

    4.1.1 Anlise de riscos

    A anlise de riscos procede caracterizao global do objectoou alvo de estudo. Este pode ser:

    - uma tarefa ou uma sequncia de tarefas;

    - um local ou posto de trabalho;

    - um equipamento;

    - a fonte do risco;

    - a probabilidade de ocorrncia;

    - a extenso do risco;

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    5. No prximovolume

    - o potencial de dano do risco.

    Para que a anlise de riscos seja efectuada correctamentedever efectuar-se uma recolha exaustiva de informao sobreo objecto em estudo. Estes so os principais itens a considerar:

    - legislao;

    - fichas de segurana;

    - dados estatsticos;

    - relatos de experincia de trabalhadores;

    - auditorias de segurana;

    - aplicao de mtodos e sistemas de segurana.

    4.1.2 Valorao de riscos

    A valorao do risco o processo que permite a elaborao dejuzos de valor sobre a aceitabilidade do risco tendo em contacritrios scio-econmicos ou ambientais. No fundo, acomparao dos valores obtidos na fase de anlise de riscos, oque se pode considerar um referencial de risco aceitvel.

    A estimativa, seja esta quantitativa ou qualitativa, dos riscospreviamente identificados proporciona uma srie de variveisdeterminantes para a o processo de deciso da entidadeempregadora:

    - o conhecimento sobre a sua magnitude;

    - a sua caracterizao;

    - a permisso de seleccionar as medidas de prevenomais adequadas s caractersticas do risco, do trabalho e daspessoas expostas;

    - a possibilidade de introduzir correces ao objecto deestudo, de forma a eliminar ou reduzir o factor de risco.

    O prximo volume ser intitulado Locais e Postos deTrabalho. No perca, no incio do ms de Novembro, emexclusivo n' OPortal da Construo.

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    Sobre os autoresdeste Guia

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    O PORTAL DA CONSTRUO um portal agregador decontedos relacionados com as reas de construo civil,arquitectura e engenharia civil.

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