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Boletim produzido pela Jornal junior para o SIMTVD
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Artigos
Com a TV digiral, investidores poderão
acompanhar as movimentações do mercado
na tela da televisão p. 3
EntrEvistA
André Barbosa, o assessor especial da Casa Civil conta como o governo avalia os
primeiros passos da TV digital p. 3
Artigos
Mesa de debate discute o tema “Tecnologias educacionais para a Televisão Digital” e aposta na
TV como arma na educação nacional p. 6
A abertura do 1º Simpósio Inter-nacional de Televisão Digital (SIMTVD), no dia 18/11, con-
tou com a presença do prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho, do diretor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP (FAAC), Ro-berto Deganuti, e com o presidente da comissão organizadora do Simpó-sio, Juliano Maurício de Carvalho.
Juliano destacou a necessidade de desenvolvimento de tecnologia e produções para a comunidade brasil-eira e a vocação da universidade pública na geração de conteúdo e profissionais do meio.
Logo depois da abertura, o SIMTVD teve início com a palestra do consultor do Fórum Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), Euzébio Tresse, que abordou o tema “Pan-orama da Televisão Digital no Brasil:
perspectivas e embates”Tresse comentou a necessidade
da criação de uma nova tecnologia fr-ente à superação da tecnologia analógi-ca. Ele destacou os benefícios para os “telespectadores digitais”, como a pos-sibilidade de realizarem serviços de bancos e comerciais, por exemplo, por meio do controle remoto, a inclusão so-cial com a disponibilidade de alta quali-dade de imagem para toda a população e a inclusão digital por meio da ligação entre a televisão e internet.
“Por ser gratuita, a televisão digital é uma ferramenta que ajuda na democ-ratização da alta qualidade que possui, além de ter a opção de qualidade de resolução inferior para a população de menor poder aquisitivo, tendo a mesma programação que os ricos vão ter”, afir-mou o consultor do SBTVD.
Sobre a interatividade, Tresse afir-
mou que “em curto prazo a intera-tividade pode ser usada em ensino a distância e no governo eletrônico e que terá, logicamente, o papel de entretenimento para o telespecta-dor.” Ele afirmou também que “a nossa interatividade é a melhor que tem no mercado e é 100% nacio-nal, sendo produzida pelas nossas universidades. É por isso que eu fico super contente pelo curso de pós-graduação da UNESP.”
De acordo com o Tresse, a tele-visão digital já está disponível em 18 capitais brasileiras - mais o dis-trito federal -, além de estar pre-sente em alguns países da América Latina como a Argentina, Chile, Peru e Venezuela. Ele destaca que a busca em desenvolver a Televisão Digital é, sobretudo, “uma forma de preparar-se para o futuro.”
Perspectivas da TV Digital inicia SIMTVD
Gabriel Maia Salgado
BolEtim informAtivo nº 0 BAuru, dEzEmBro dE 2009
Juliano de Carvalho, Roberto Deganuti e Rodrigo Agostinho
Foto: Ana Paula Machado
Diretor de ProjetosDouglas Calixto
Diretor de Recursos HumanosCristiano Pavini
Diretor FinanceiroMurilo Tomaz
Diretor PresidenteDiogo Zambello
Assessoria de Comunicação Renato Oliveira
diretora de marketingMarina Mazzini
Suplente Marketing Davi Rocha
Suplente Assessoria de ComunicaçãoAriani Barbalho
Suplente Recursos HumanosDanielle Mota
Secretária Daniela Penha
EdiçãoCristiano Pavini
Elita Jarcem
DiagramaçãoElita Jarcem
Projeto GráficoGiovana Penatti
Coordenação GráficaAna Paula Campos
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Como está a situação da televisão digital no Brasil? Qual a sua
ligação com os outros paí-ses de America Latina? De que forma está o mercado e qual é a função que os estudantes de jornalismo deverão desenvolver nes-sa questão? Estas e outras perguntas foram respon-didas na mesa redonda “Padrão do Sistema Digital Brasileiro: a convergência e a interatividade em multi-plataformas”.
Luis Valle, diretor de pós-graduação de TV Di-gital da Universidade de Palermo (Argentina) abriu a palestra destacando as vantagens deste novo ve-ículo. Disse que “a quali-dade da imagem e som e a facilidade do uso da In-ternet são os pontos que a destacam do resto”.
O argentino ressaltou a grande importância de países da América Latina (como Argentina, Chile, Peru e Venezuela) segui-rem o modelo do sistema digital brasileiro. Para ele, em nossa região “a TV Digi-
tal servirá para que grande parte da população dê um pulo até a integração”. Com bom humor, Valle afirmou que “como no futebol, aqui também nos enfrentare-mos para ver quem cobrirá (com o sinal da TV Digital) todas as cidades mais rapi-damente”.
Helio Fernandez, da TV Globo, falou sobre a visão do mercado neste setor. Afirmou que, se a interativi-dade é a nova oportunidade de desenvolvimento, o im-portante ainda é o conteúdo ofertado ao público. Neste sentido, advertiu sobre o risco de que os links que aparecerem na tela ofus-quem a imagem. Fernandez ressaltou a mobilidade ofe-recida pela TV digital no ce-lular como o novo caminho a ser percorrido.
Já Salustiano Fagundes, diretor da HXD Interative Televisão, forneceu dados para comprovar que esta-mos na “época do entre-tenimento”. Segundo ele, 90% da população recebe 10 salário mínimos e 75% tem celular. “Essa classe
baixa está procurando con-teúdo agregado que per-mita a integração”, afirmou Fagundes.
Guido Lemos, professor da Universidade Federal de Paraíba (UFPB), explicou a importância do projeto mi-ddleware Ginga, adotado como padrão no Sistema Brasileiro de Televisão Di-gital. “O Ginga vai fazer a intermediação entre o har-dware e as aplicações in-terativas como, por exem-plo, serviços bancários, compras pela TV, envio de opiniões aos programas em tempo real e muito mais”, sintetizou o professor.
No final, Salustiano Fa-gundes recomendou, para os alunos da UNESP que gostariam de trabalhar nessa área, que produzam novos conteúdos especiali-zados para TV digital. “Já tem desenvolvimento, está faltando saber como usar esta tecnologia. Aí é onde os alunos deveriam passar mais horas no laboratório gerando conteúdos inde-pendentes da TV tradicio-nal”, concluiu.
Sistema Digital Brasileiro Interatividade e ginga: o futuro da TV
Cristian García de Álamo
PROEX
3BolEtim informAtivo nº 0 BAuru, dEzEmBro dE 2009
Assessor especial da Casa Civil traça perspectivas da TV Digital no Brasil
O último dia de atividades do SIMTVD teve em uma das palestras o tema “Produção Digital em Sistemas Fechados de Televisão: A experiência
BM&F BOVESPA”. O coordenador do centro de tele-visão da BM&F BOVESPA, Ricardo Resende, expôs a popularização da Bolsa com o apoio da TV digital. Já Eduardo Bicudo, coordenador de tecnologia da Bolsa, mostrou como fornecer estrutura necessária para rea-lizar transmissões diárias a várias emissoras do Brasil e do mundo.
O funcionamento da TV digital na Bolsa é relati-vamente simples. A BM&F BOVESPA fornece todos os equipamentos para transmissão ao vivo e de graça. Seis câmeras e transmissões via fibra óptica ou satélite são exemplos do que está disponível aos veículos. As emissoras podem cobrir todas as ações da Bolsa de perto e não têm interferência alguma de conteúdo. “Em troca a BM&F BOVESPA ganha a divulgação. Há a estimativa de que se a gente tivesse que pagar por esse espaço nas te-
vês, o gasto seria de 15 milhões de reais.” afirma Ricardo Resende, que também é jornalista.
Com a incorporação da internet, da telefonia celular e das transmissões de TV, os tempos das “brigas” entre corretores dos pregões da BM&F BOVESPA acabaram. “O que a gente está fazendo é único no mundo. Forne-cer estrutura de graça para emissoras transmitirem ao vivo de dentro da bolsa. É um cenário além da infor-mação.” garante Eduardo Bicudo, também membro do Sistema Brasileiro de TV Digital, SBTVD.
Emissoras como Bloomberg, BandNews, GloboNews, RecordNews, Canal do Boi e canal Rural utilizam os equipamentos da Bolsa para enviar informações perso-nalizadas aos telespectadores. “Por exemplo, o Canal do Boi ou Canal Rural são canais especializados em agronegócio e a notícia do agronegócio está lá dentro. É um nicho a ser explorado.” lembra Ricardo Resende.
Atualmente, a BM&F BOVESPA dá suporte a sete emissoras, que transmitem nove horas de programas relacionados à Bolsa todos os dias.
Como o governo avalia esses quase dois anos de TV Digital no Brasil?
Olha, avaliamos com bastante sucesso, porque a gente já está em 28 cidades. É o processo mais rápido de im-plantação de TV digital no mundo. Nós aproveitamos, evidentemente, o conhecimento de outros sistemas também para ganhar experiência. Es-peramos que o nosso padrão saia do analógico para o digital, e que isso ocorra dentro do prazo, ou até antes que 2016, para cobrir todo país e efe-tivamente implantar todos os progra-mas que queremos implantas. Temos um sistema de softwares de códigos e tabelas importantes, que é o mais de-senvolvido do mundo, e que foi desen-volvido no Brasil, pois estamos neces-sitando melhorar e implantar, porque isso é um processo. Eu acho que a TV digital é um sucesso. Em países como o nosso ele vai ser fundamental para a inclusão digital. Já é reconhecido em alguns países da América Latina, que ado-taram o mesmo sistema o que é uma vitória para nós. Já estamos em países como Chile, Argentina, Peru, Venezuela e estamos indo para o Paraguai e Bolívia, e também é pos-sível chegarmos ao Equador e Cuba. Vamos também para a América Central, Costa Rica, República Dominicana. E agora
dia 29, estamos indo para a África, para que os países desse continente como o Malawi, o Zimbaué, Moçambique, Ango-la, África do Sul, poderem também integrar essa família do sistema brasileiro . Isso é uma prova do grande sucesso que estamos fazendo.
Como as iniciativas públicas e privadas estão trabalhando juntas para a implantação da TV digital?
Nós temos pontos de vistas um pouco diferente. A iniciativa priva-da tem o que a gente chama de time to marker. Ela tem um tempo para fazer com que seus modelos sejam rentáveis, o que é diferente do ponto de vista público, que é de servir e fazer serviços públicos
para melhorar a vida das pessoas. Não que uma coisa não esteja ligada com a outra. Mas são, às vezes, interesses que tem tempos diferentes. Nós estamos procurando no fórum adequar tudo isso, ter programas no qual a interatividade sirva ao entretenimento, ao lazer, aos modelos de nego-cio, como jornalismo, futebol, e outras coisas. E ao mesmo tempo, sirva também para medicina, educação, segurança e para empregabilidade. São sistemas que podem ser tra-balhados em conjunto, mas que tem objetivos diferentes.
Entrevista com André Barbosa
Bolsa de Valores em tempo real direto da telinha Acompanhar suas ações nunca foi tão fácil
Renan Simão
Foto: Ana Paula Machado
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Juliana Santos
SIMTVD discute os desafios da televisão digital brasileira
Interatividade poderá promover a inclusão social
“ESTAMOS PREPARADOS PARA A CO-MUNICAÇÃO
INTERATIVA?”
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Antonio Carlos de Jesus, James Görgen, André Barbosa e Fernando Dias
Foto: Ana Paula Machado
Na manhã do dia 19 o I Simpósio Interna-cional de Televisão
Digital (SIMTVD) teve sua primeira mesa temática, abordando “Comunicação, Produção de Conteúdos e Políticas Públicas: desa-fios para a Televisão Digital no Brasil”. Os palestran-tes foram Fernando Dias, presidente da Associação Brasileira de Produtoras Independentes (ABPI-TV), André Barbosa, consultor da Casa Civil, e James Görgen, representante da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.
Um dos pontos principais da discussão foi a inclusão social, que poderá ser al-cançada por meio da intera-tividade que a TV Digital irá proporcionar. André Barbosa ressaltou a importância do uso do novo padrão de tele-visão como serviço público, e usou como exemplo o fato de que uma senhora que mora no interior do Piauí poderá marcar uma consul-ta médica pela TV Digital.
Além disso, Barbosa ava-liou como “um sucesso” a implementação do padrão digital na transmissão da TV brasileira, que teve inicio há quase dois anos. No entan-to, questionou os presentes no debate: “Estamos prepa-rados para a comunicação interativa?”.
James Görgen afirmou que o objetivo do ministé-rio na TV Digital é trabalhar equilibrando o pensamento dos vários meios (cinema, televisão, games, telefonia,
entre outros) para produção de conteúdos voltados prin-cipalmente para a dimen-são cidadã. Ele ressaltou o uso da TV digital como um meio de cuidar da memória da pro-dução audiovisual brasileira.
Já o presiden-te da ABPI – TV, Fernando Dias, comentou sobre as dificuldades que as produtoras independentes possuem frente as emissoras que produzem seu próprio conteúdo. Ele criticou tam-bém a legislação, “que pouco regulamenta as produções”.
Mas Fernando afirmou que a associação acredita
que projetos como o de in-teratividade e multiplatafor-mas, a PL 29 (projeto que abre o mercado de TV por assinatura às operadoras
de telefonia e cria cotas de produ-ção nacional na progra-mação), e o incentivo da ANCINE ( A g ê n c i a N a c i o n a l do Cinema)
possam ajudar a produção independente.
Outro ponto debatido foi o software de intera-ção na TV Digital, o Ginga, desenvolvido por alunos da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Universi-dade Federal da Paraíba (UFPB). Foi ressaltada a importância de produzir-mos tecnologia própria, e não importando, como acontece na maioria das vezes no Brasil. A constru-ção desse software passa por algumas divergências técnicas que envolvem empresas de tecnologia, governo, emissoras de TV e os próprios desenvolve-dores do sistema.
O consenso entre os palestrantes foi que a TV Digital proporcionará a oportunidade de melhorar a televisão pública no Brasil, deixando-a mais democráti-ca e próxima da população.
Televisão digital da Unesp: entre a teoria e a práxis As dificuldades e os benefícios da TV Unesp
BolEtim informAtivo nº 0 BAuru, dEzEmBro dE 2009 5
Helena Ometto
No dia 20, o SIMTVD teve a mesa de discussão sobre “Cidades Digitais”. Os convidados para o debate foram os professores José Luis Bizzele (Unesp), Leonardo Mendes (Unicamp) e Marce-lo Zuffo (USP).
Os professores explicaram o que seriam as cidades digitais, dando enfo-que às vantagens que o projeto pode trazer para os municípios de pequeno, médio e grande porte. De acordo com Marcelo Zuffo, as cidades digitais “tra-tam-se de um uma infra-estrutura de informação, comunicação e serviços”.
Leonardo Mendes, professor res-ponsável pelo projeto de instalação de infovias municipais, contou que esse projeto começou a ser desenvolvido na Unicamp e agorarecebe propostas
de várias prefeituras interessadas pela rede de comunicação. As infovias mu-nicipais são redes de alto desempenho, que interligam as cidades e são dividas em dois modelos de instalação: o não rentável, que é direcionado à comu-nidade, e o rentável, que é o modelo adotado pelas empresas.
As infovias distribuem internet banda larga - 100 MB - e sistema de telefonia. A TV Digital também está sendo estudada para fazer parte do projeto, mas os professores ainda não têm previsão de quando será incorpo-rada à rede, pois ela é “um pouco mais complicada de ser distribuída”, afirmou Zuffo.
Mendes comentou que o intuito do projeto é “levar internet banda larga
para as classes C, D e E a um custo de vinte reais para cada um”. Leo-nardo explicou que esse é o valor de instalação da internet, e que a partir disso o seu uso é gratuito.
José Luis falou que o país tem que “investir na mudança de pa-radigma”, acrescentando que “ne-nhum político é burro. Se ele (o político) vê a oportunidade de me-lhorar a vida de seu eleitor, ele vai considerar”.
Mendes explicou que os custos se dão basicamente com a ins-talação, sendo que todo o gasto - ligações locais, interurbanas e internacionais - que os consumido-res possam ter ficaria nas mãos da prefeitura.
Cidades Digitais Larissa Lotufo Internet e sinal digital em qualquer hora e lugar
A mesa temática “Televisão digi-tal da Unesp: entre a teoria e a práxis” contou com Antonio
Carlos de Jesus, diretor da Televi-são Unesp (TVU), Érika Dios, editora chefe de jornalismo, Willians Balan, o responsável pela programação, Fer-nando Geloneze, responsável pelo design das transmissões e José Car-los Lúcio Correa, responsável técnico, todos eles funcionários da TVU.
Os debates giraram em torno da implantação da televisão digital da Unesp, com discussões e esclareci-mentos sobre questões políticas que travaram o projeto. Antonio Carlos de Jesus disse que o processo já deveria ter se concretizado há muito tempo, “mas os interesses políticos não per-mitiram”.
O professor afirmou também que houve algumas polêmicas dentro da própria universidade em relação à implantação. Segundo ele, alguns docentes acham que o projeto de-veria esperar a concretização da tec-
nologia digital. Ele afirma também “que, para se desenvolver uma uni-versidade e um país é necessário, em primeiro lugar, ousadia”.
Também foram abordadas as di-ferentes áreas de implantação da TVU, desde o panorama geral e os trâmites políticos, passando pela pro-gramação e discussão de conteúdos que atendessem à base cultural e educativa, fatores essenciais a uma emissora universitária, além do jor-nalismo, que deverá atender às ques-tões públicas.
Érika Dios disse que “as produ-ções jornalísticas estão sendo pen-sadas para serem um diferencial, nós não queremos fazer nada exata-mente como as pessoas estão ven-do no ar, não queremos fazer mais do mesmo. Não estamos querendo promover uma ruptura, mas sim re-volucionar o jornalismo no sentido de fazer diferente, com transparência e pluralidade. Queremos causar impac-to na população de forma que sejam
surpreendidas e queiram ver mais.”Com relação aos investimentos,
Antonio Carlos de Jesus esclareceu que a sustentabilidade sempre foi o ponto principal do projeto: “Com os apoios culturais e convênios já fir-mados está assegurado o constan-te aperfeiçoamento tecnológico da emissora sem gastos para a reitoria, além de assegurar os estágios para os acadêmicos da Unesp.” A TVU abrirá a oportunidade 40 estágios para os estudantes da Unesp, em to-dos os níveis e áreas. O edital será divulgado em breve.
Perguntado se a TVU será um di-ferencial da Unesp, o diretor respon-deu: “Sempre confiei nisso, a reitoria entendeu dessa forma também. Ela vem trazer um diferencial à univer-sidade, mas também ser espaço de formação de profissionais de alto ní-vel.
A inauguração da TVU está pre-vista para o primeiro semestre de 2010.
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Última palestra do evento retomou acertos e as dificuldades a serem superadas
O Encerramento do primeiro Simpósio Internacional de TV Digital aconteceu no dia 20 de novembro. A finalização do evento contou com a presença do presidente organizador Juliano Maurício de Carvalho e da coordenadora adjunta Maria Cristina Gobbi.
Na palestra foram retomados os grandes pontos do evento, relembrando a dificuldade e o desafio em realizá-lo. A professora Maria Cristina Gobbi afirmou que o Simpó-sio permitiu que a UNESP “marcasse presença” no cenário da produção de tecnologia digital, exibindo trabalhos de muita qualidade.
A respeito de um panorama final sobre o acontecimen-to desse ano, a professora Gobbi disse: “O saldo foi muito positivo e que a própria comunidade aqui presente nos
cobrou no bom sentido a possibilidade do segundo SI-MTVD, eu acredito que o saldo seja bastante positivo, en-tão a idéia é manter essa mesma estrutura para o próximo evento.” A professora também espera para o ano que vem que a TV Digital da UNESP já esteja em funcionamento.
Durante o encerramento o mestrando Renan Xavier foi chamado à frente para que o professor Juliano o agrade-cesse formalmente. Renan, que é o coordenador do LECO-TEC trabalhou também na organização desse evento.
“O evento foi um importante espaço de produção e de reflexão na área da comunicação e da tecnologia e in-sere a UNESP de Bauru num lugar importante” afirmou o professor e idealizador do SIMTVD Juliano Maurício de Carvalho.
A segunda mesa de debates do SIMTVD, realizada no dia 19 de novembro, debateu o tema “Tecnologias educacio-nais para a Televisão Digital”. A mesa foi composta pelo diretor da Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED), Fernando Spanhol, pela professora doutora da Universidade de Lima (Peru) Maria Teresa Queroz, e por Márcio Pereira, do canal Futura.
A discussão principal foi definir como a TV Digital poderá auxiliar na educação à distância. A maior preo-cupação de todos os profissionais foi quanto ao conteúdo que irá ser trans-mitido, uma vez que a tecnologia já é algo real e possível. No futuro, a TV Digital será um suporte ao professor e haverá uma mudança no paradigma do ensino. Fernando Spanhol afirmou que “os professores que não se adaptarem as mudanças tecnológicas ficarão de fora do mercado”. Ele acrescenta que “a maior diferença entre a TV Digital e a analógica é o conteúdo”.
Como a TV é uma grande influen-ciadora nas escolas, a preocupação dos participantes da mesa foi se os meios de comunicação atendem as neces-sidades do ensino. A professora Maria Teresa explicou que “é preciso redobrar a atenção no uso da TV Digital, para que esta não seja mais um artefato tecnológico. A TV é usada nos dias atuais como um entretenimento, mas ela pode ser aproveitada para um meio de conhecimento.
Além disso, deve haver políticas públicas que permitam um maior acesso da população à TV Digital e pensar na convergência educativa que ela pode proporcionar”.
Márcio Pereira afirmou que a televisão deve ser usada para alavancar a educação e que a TV Digital deve fa-zer uso de redes sociais para a multiplicação do conheci-
mento. “A televisão é um instrumento que agrega ações, por isso a TV Digi-tal deve ser mais uma ferramenta no auxílio da difusão do conhecimento”, afirmou.
As mudanças que vão ocorrer com a TV Digital são: vídeo sem fantasma e ruído, melhor qualidade na recepção, melhor qualidade do áudio, recepção móvel e portátil, novos públicos e pos-sibilidade de multiprogramação. Com os aparelhos portáteis, os novos pú-blicos serão as pessoas que estão nos trens, metrô, trânsito, etc. Essa será uma grande oportunidade para divul-gar conteúdo educativo.
A TV Digital irá proporcionar um auxílio na educação com a interatividade, uma vez que as pessoas poderão fazer simulados de provas com o controle remoto da televisão, e poderão testar o que foi aprendido, por exemplo, no Telecurso 2000. Márcio Pereira afirmou que “na TV Digital não muda tudo, só aumentam as ferra-mentas”, ou seja, ela será apenas uma aliada para promo-ver a educação.
Profissionais discutem tecnologias para a TV Digital TV poderá ser utilizada para alavancar educação
“é prEciso rEdoBrAr A AtEnção no uso dA
tv digitAl, pArA quE EstA não sEjA mAis um ArtEfAto tEcnológico. ElA
podE sEr AprovEitAdA pArA um mEio dE conhEcimEnto”
Camila Franco
Simpósio é encerrado com “saldo positivo”
Vanessa Cancian