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    S     I     M     U     L     A     D     O       G     R     A     N     O     N     L     I     N     E 1 PORTUGUÊS 1  A rigor, o quadro atual, marcado pela presença do Poder Judiciário na arena pública, não é novo. A novidade está em seu robustecimento, em sua pro- fusão de cores e contrastes. A constitucionalização 5 deu ensejo a uma atuação ampla por parte do Poder Judiciário e particularmente de sua corte suprema, o STF. Não é acidental que o STF seja levado a se pro- nunciar sobre tantos assuntos e menos ainda que eles digam respeito a tão ampla gama de temas. 10  A Constituição de 1988 consagrou extenso rol de direitos, conferiu condições que garantem status de poder ao Judiciário, ampliou o número de legitima- dos com acesso direto ao STF. Ademais, a expres- siva judicialização de questões políticas, econômicas 15 e sociais implicou a composição dos tribunais como arena de disputas políticas e instância decisória nal.  Maria T ereza Aina Sa dek. O Estado de S. Paulo, 31.08.200 8 (com adap- tações). Em relação ao texto acima, julgue os itens que se se- guem. 1. Depreende-se das informações do texto que a Cons- tituição de 1988 ampliou o espectro de atribuições do STF. 2.  As palavras “robustecimento” ( .3) e “ensejo” ( .5) es- tão sendo empregadas com os sentidos de embruteci- mento e estímulo, respectivamente. 3. Na linha 3, os pronomes “seu” e “sua” introduzem uma crítica ao atual Poder Judiciário. 4. Em “levado a se pronunciar” ( .7-8), o “se” indica que o sujeito da oração é indeterminado. 5. Na linha 12, o emprego de preposição em “ao STF”  justica-se pela regência de “acesso”. 6. O emprego do neologismo “judicialização” ( .14), cria- do dentro das possibilidades da língua, justica-se por expressar a ideia de que questões políticas, econômi- cas e sociais tenham se tornado questões judiciais. 1 Quer agindo de forma conservadora quer de forma progressista, é inegável o papel político do Poder Judi- ciário. O desempenho desse papel está fortemente condicionado pelo desenho institucional do STF, mas 5 também por características de seus integrantes. O perl de seus ministros faz diferença. Em outras palavras, a despeito dos incentivos a uma atuação política propi- ciada pelos parâmetros institucionais, traços individuais contam. Em consequência, a atuação da corte reete de 10 forma inequívoca se o grupo é mais ou menos homogê- neo, do ponto de vista ideológico e doutrinário; se pre- dominam comportamentos mais ou menos reservados, atitudes mais ou menos agressivas, mais ou menos sensíveis a problemas sociais; enm, importa como é 15 ocupado o espaço concedido aos atributos individuais, tanto os positivos quanto os negativos. Idem, ibidem. Com base no texto acima, julgue os itens a seguir. 7.  A substituição de “Quer (...) quer” ( .1) por “Seja (...) seja” mantém a informação original e a correção gra- matical do texto. 8. Logo após “também” ( .5), subentende-se a repetição da expressão “está fortemente condicionado” ( .3-4). 9. De acordo com o texto, a atuação do STF reete as características e os traços individuais dos ministros que o compõem. 10. Se a expressão “a despeito dos” ( .6-7) for substituída por “apesar dos”, prejudica-se a correção gramatical do período e altera-se a informação original. Texto para os itens de 11 a 20 1 Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra, mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea- nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas 5 nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais frequentes produzidas pelas pesquisas cientícas relatam não a descoberta de novos seres ou frontei- ras marinhas, mas a alarmante escalada das agres- sões impingidas aos oceanos pela ação humana. Um 10 estudo recente do Greenpeace mostra que a concen- tração de material plástico nas águas atingiu níveis iné- ditos na história. Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros quadrados da superfície dos 15 oceanos. Isso signica que a substância já responde por 70% da poluição marinha por resíduos sólidos. Veja , 05.03.2008, p. 93 (com adaptações). T endo o texto acima como referência inicial e conside- rando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 11 a 15. 11.  Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das mais conhecidas organizações não governamentais cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na melhoria das condições de vida das populações mais pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no setor secundário da economia. 12. Por se decompor muito lentamente, o plástico passa a ser visto como um dos principais responsáveis pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o movi- mento de conscientização das pessoas para que redu- zam o consumo desse material. 13. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- co que caracteriza a civilização contemporânea, é correto armar que, na atualidade, pouco ou quase nada da natureza resta para ser desvendado. 14.  A exploração c ientíca da Antártida, que enfrenta enor- mes diculdades naturais próprias da região, envolve a participação cooperativa de vários países, mas os elevados custos do empreendimento impedem que re- presentantes sul-americanos atuem no projeto. 15. Infere-se do texto que a Organização das Nações Uni- das (ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da segurança internacional, também se volta para temas que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio ambiente.

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    PORTUGUS

    1 A rigor, o quadro atual, marcado pela presena

    do Poder Judicirio na arena pblica, no novo. A

    novidade est em seu robustecimento, em sua pro-

    fuso de cores e contrastes. A constitucionalizao

    5 deu ensejo a uma atuao ampla por parte do Poder

    Judicirio e particularmente de sua corte suprema, o

    STF. No acidental que o STF seja levado a se pro-

    nunciar sobre tantos assuntos e menos ainda que

    eles digam respeito a to ampla gama de temas.

    10 A Constituio de 1988 consagrou extenso rol de

    direitos, conferiu condies que garantem status de

    poder ao Judicirio, ampliou o nmero de legitima-

    dos com acesso direto ao STF. Ademais, a expres-

    siva judicializao de questes polticas, econmicas

    15 e sociais implicou a composio dos tribunais como

    arena de disputas polticas e instncia decisria final.Maria Tereza Aina Sadek. O Estado de S.Paulo, 31.08.2008 (com adap-

    taes).

    Em relao ao texto acima, julgue os itens que se se-

    guem.

    1. Depreende-se das informaes do texto que a Cons-

    tituio de 1988 ampliou o espectro de atribuies do

    STF.

    2. As palavras robustecimento (.3) e ensejo (.5) es-

    to sendo empregadas com os sentidos de embruteci-

    mento e estmulo, respectivamente.

    3. Na linha 3, os pronomes seu e sua introduzem uma

    crtica ao atual Poder Judicirio.

    4. Em levado a se pronunciar (.7-8), o se indica que o

    sujeito da orao indeterminado.

    5. Na linha 12, o emprego de preposio em ao STFjustifica-se pela regncia de acesso.

    6. O emprego do neologismo judicializao (.14), cria-

    do dentro das possibilidades da lngua, justifica-se por

    expressar a ideia de que questes polticas, econmi-

    cas e sociais tenham se tornado questes judiciais.

    1 Quer agindo de forma conservadora quer de forma

    progressista, inegvel o papel poltico do Poder Judi-

    cirio. O desempenho desse papel est fortemente

    condicionado pelo desenho institucional do STF, mas

    5 tambm por caractersticas de seus integrantes. O perfil

    de seus ministros faz diferena. Em outras palavras, a

    despeito dos incentivos a uma atuao poltica propi-ciada pelos parmetros institucionais, traos individuais

    contam. Em consequncia, a atuao da corte reflete de

    10 forma inequvoca se o grupo mais ou menos homog-

    neo, do ponto de vista ideolgico e doutrinrio; se pre-

    dominam comportamentos mais ou menos reservados,

    atitudes mais ou menos agressivas, mais ou menos

    sensveis a problemas sociais; enfim, importa como

    15 ocupado o espao concedido aos atributos individuais,

    tanto os positivos quanto os negativos. Idem, ibidem.

    Com base no texto acima, julgue os itens a seguir.

    7. A substituio de Quer (...) quer (.1) por Seja (...)

    seja mantm a informao original e a correo gra-matical do texto.

    8. Logo aps tambm (.5), subentende-se a repetio

    da expresso est fortemente condicionado (.3-4).

    9. De acordo com o texto, a atuao do STF reflete as

    caractersticas e os traos individuais dos ministros

    que o compem.

    10. Se a expresso a despeito dos (.6-7) for substituda

    por apesar dos, prejudica-se a correo gramatical

    do perodo e altera-se a informao original.

    Texto para os itens de 11 a 20

    1 Os oceanos ocupam 70% da superfcie da Terra,

    mas at hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas

    regies mais recnditas. Segundo estimativas de ocea-

    ngrafos, h ainda 2 milhes de espcies desconhecidas

    5 nas profundezas dos mares. Por ironia, as notcias

    mais frequentes produzidas pelas pesquisas cientficas

    relatam no a descoberta de novos seres ou frontei-

    ras marinhas, mas a alarmante escalada das agres-

    ses impingidas aos oceanos pela ao humana. Um

    10 estudo recente do Greenpeace mostra que a concen-

    trao de material plstico nas guas atingiu nveis in-ditos na histria. Segundo o Programa Ambiental das

    Naes Unidas, existem 46.000 fragmentos de plstico

    em cada 2,5 quilmetros quadrados da superfcie dos

    15 oceanos. Isso significa que a substncia j responde

    por 70% da poluio marinha por resduos slidos.

    Veja, 05.03.2008, p. 93 (com adaptaes).

    Tendo o texto acima como referncia inicial e conside-

    rando a amplitude do tema por ele abordado, julgue os

    itens de 11 a 15.

    11.Ao citar o Greenpeace, o texto faz meno a uma dasmais conhecidas organizaes no governamentais

    cuja atuao, em escala mundial, est concentrada na

    melhoria das condies de vida das populaes mais

    pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no

    setor secundrio da economia.

    12. Por se decompor muito lentamente, o plstico passa

    a ser visto como um dos principais responsveis pela

    degradao ambiental, razo pela qual cresce o movi-

    mento de conscientizao das pessoas para que redu-

    zam o consumo desse material.

    13. Considerando o extraordinrio desenvolvimento cien-tfico que caracteriza a civilizao contempornea,

    correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase

    nada da natureza resta para ser desvendado.

    14. A explorao cientfica da Antrtida, que enfrenta enor-

    mes dificuldades naturais prprias da regio, envolve

    a participao cooperativa de vrios pases, mas os

    elevados custos do empreendimento impedem que re-

    presentantes sul-americanos atuem no projeto.

    15. Infere-se do texto que a Organizao das Naes Uni-

    das (ONU) amplia consideravelmente seu campo de

    atuao e, sem deixar de lado as questes cruciais

    da paz e da segurana internacional, tambm se volta

    para temas que envolvem o cotidiano das sociedades,

    como o meio ambiente.

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    Considerando as estruturas lingusticas do texto, jul-

    gue os itens seguintes.

    16. No trecho at hoje se sabe (.2), o elemento lingstico

    se tem valor condicional.

    17. O trecho muito pouco sobre a vida em suas regies

    mais recnditas (.2-3) complemento da forma ver-

    bal sabe (.2).

    18. A palavra recnditas (.3) pode, sem prejuzo para

    a informao original do perodo, ser substituda por

    profundas.

    19. O termo mas (.8) corresponde a qualquer um dos

    seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.

    20. Na linha 8, a presena de preposio em aos ocea-

    nos justifica-se pela regncia do termo impingidas.

    DIREITO CONSTITUCIONAL

    21. Os municpios no detm competncia suplementar

    para legislar sobre licitaes e contratos.

    22. Estando o cidado brasileiro de fato e de direito filiado

    a alguma entidade associativa, esta ter legitimidade

    para represent-lo judicial e extrajudicialmente, no

    havendo, por isso, necessidade de autorizao ex-

    pressa para tanto.

    23. Dentre os princpios que regem a Repblica Federa-

    tiva do Brasil em suas relaes internacionais podem

    ser citados: a concesso de asilo poltico; o repdio ao

    terrorismo e ao racismo; a defesa da paz; a no inter-

    veno e a autodeterminao dos povos.

    24. O ordenamento constitucional brasileiro veda expres-

    samente as penas de morte e de carter perptuo, res-

    salvando a possibilidade de tais reprimendas corporais

    quando de declarao de guerra, atribuio esta de

    competncia privativa do presidente da Repblica.

    25. Na confeco de autos de comunicao de priso em

    flagrante ou de inqurito policial poder o flagrado ou

    investigado ser dispensado de competente processo

    datiloscpico e fotogrfico se portar, somente, carteira

    de trabalho em bom estado de conservao, expedidarecentemente na localidade do delito sob apurao,

    sem rasuras ou indcios de falsificao.

    26. Os tratados e convenes internacionais sobre direi-

    tos humanos que forem aprovados, em cada Casa do

    Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos

    dos votos dos respectivos membros, sero equivalen-

    tes s leis complementares.

    27. De acordo com a Magna Carta, so inelegveis, no

    territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os paren-

    tes consanguneos ou afins, at o terceiro grau ou por

    adoo, do presidente da Repblica, de governador de

    estado ou territrio, do Distrito Federal, de prefeito ou

    de quem os haja substitudo dentro dos seis meses an-

    teriores ao pleito, salvo se j titular de mandato eletivo

    e candidato reeleio.

    28. Pela disciplina constitucional do Brasil, os partidos po-

    lticos somente podem receber recursos financeiros de

    entidades estrangeiras se, regularmente constitudos

    e sem pendncias com a Justia Eleitoral, obtiverem

    aprovao do correlato plano de investimentos junto

    ao Tribunal Superior Eleitoral.

    29. No Brasil, a casa asilo inviolvel do indivduo, nin-

    gum nela podendo penetrar sem consentimento do

    morador, salvo, independentemente de horrio, em

    eventuais situaes de flagrante delito, desastre, que

    exijam prestao de socorro ou fundadas em determi-

    nao judicial.

    30. Compete Unio, aos estados e ao Distrito Federal le-

    gislar concorrentemente sobre direito tributrio, finan-

    ceiro, penitencirio, econmico, agrrio e urbanstico.

    31. Os Tribunais de Contas dos Estados so entes auxilia-

    res das Cmaras Municipais no controle externo dos

    Poderes Executivos Municipais.

    32. Servidores concursados, nomeados para cargos de

    provimento efetivo, estveis aps trs anos de efetivo

    exerccio de suas funes, somente perdero o cargo

    em virtude de sentena judicial transitada em julgado.

    33. Assim que eleitos para o Congresso Nacional, seus

    membros no podero ser presos, salvo em flagrante

    de crime inafianvel.

    34. Poder a Constituio Federal ser emendada median-

    te proposta de todas as assembleias legislativas das

    unidades da Federao, manifestando-se, cada uma

    delas, pela maioria relativa de seus membros.

    35. A iniciativa de lei que disponha sobre organizao ou

    normas gerais para organizao do Ministrio Pblico

    da Unio e dos Estados privativa, respectivamente,

    do procurador-geral da Repblica e dos procuradores-

    -gerais de Justia.

    36. A medida provisria, emanada da Presidncia da Re-

    pblica em caso de relevncia e urgncia, ter fora de

    lei, dever ser imediatamente submetida ao sistema

    bicameral do Congresso Nacional e perder eficcia

    se, no prazo improrrogvel de 60 (sessenta) dias, a

    contar da publicao, no tiver sua votao encerrada

    nas duas Casas legislativas.

    37. Em vetando parcialmente algum projeto de lei, a Pre-

    sidncia da Repblica no poder, ainda que funda-

    mentadamente, limitar seu ato a alguma expresso ou

    conjunto de palavras, devendo fazer com que abranja,

    ao menos, texto integral de artigo, de pargrafo, de in-

    ciso ou de alnea.

    38. Ressalvada a competncia da Justia Eleitoral, com-

    pete privativamente aos tribunais de justia dos es-

    tados julgar juzes estaduais e promotores de justia

    estaduais por crimes comuns, como homicdio e outros

    contra a vida, e de responsabilidade.

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    39. Deparando com ato administrativo ou deciso judicial

    que contrariar smula vinculante aplicvel ou que in-

    devidamente a aplicar, o promotor de justia poder

    intentar reclamao ao Tribunal de Justia que, jul-

    gando-a procedente, anular o ato administrativo ou

    cassar a deciso judicial reclamada, e determinar

    que outra seja proferida com ou sem a aplicao da

    smula, conforme o caso.

    40. Compete Justia Militar estadual processar e julgar

    os militares dos estados nos crimes militares definidos

    em lei, as aes judiciais contra atos disciplinares mi-

    litares, ressalvada sempre a competncia do tribunal

    popular do jri, cabendo ao tribunal competente decidir

    sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da

    graduao das praas.

    DIREITO ADMINISTRATIVO

    41. A prestao de servios pblicos, a exemplo da fisca-

    lizao da ocupao de espaos urbanos, do trans-porte coletivo e do esgotamento sanitrio, poder ser

    prestada pelo Poder Pblico indiretamente, mediante

    concesso ou permisso, sempre atravs de licitao.

    42. Enquanto interessados, os municpios so colegitima-

    dos ao Ministrio Pblico para propositura de ao civil

    por improbidade administrativa, demanda que pode re-

    sultar em sanes de perda dos bens ou valores acres-

    cidos ilicitamente ao patrimnio, ressarcimento integral

    do dano, quando houver, perda da funo pblica,

    suspenso dos direitos polticos, pagamento de multa

    civil e proibio de contratar com o Poder Pblico ou

    receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios,direta ou indiretamente, ainda que por intermdio de

    pessoa jurdica da qual o agente seja scio majoritrio.

    43. A ao de improbidade (destinada aplicao de san-

    es civis a agentes pblicos, queles que induzirem,

    concorrem ou se beneficiarem de prticas mprobas),

    diferentemente da ao popular (concebida para anu-

    lao ou declarao de nulidade de atos lesivos ao

    patrimnio pblico), pode servir de instrumento legal

    busca de reparao ao errio lesado.

    44. Em tese, incorrer em ato de improbidade adminis-

    trativa que causa prejuzo ao errio o agente pblicoque dispensar licitao, no sendo ela dispensvel ou

    inexigvel.

    45. A Lei Complementar n. 101/2000 (Lei de Responsabi-

    lidade Fiscal) visa proporcionar equilbrio nas contas

    pblicas pelo cumprimento de metas de resultados en-

    tre receitas e despesas, impondo limites e condies

    para a renncia de receita e gerao de despesas com

    pessoal, seguridade, dvida, operaes de crdito,

    concesso de garantia e inscrio em restos a pagar.

    46. A extino do mandato de um prefeito, observadas as

    hipteses legais, sempre independer de deliberao

    do plenrio da Cmara de Vereadores e se tornar efe-

    tiva desde a declarao do fato ou ato extintivo pelo

    seu presidente e sua insero em ata.

    47. Um cargo pblico cujas funes so de motorista, re-

    gra geral, somente poder ser preenchido mediante

    prvia aprovao em concurso pblico de provas e

    ttulos, salvo se para sua investidura for criado por lei

    competente um equivalente cargo em comisso.

    48. A publicidade dos atos, programas, obras, servios

    e campanhas dos rgos pblicos poder ter carter

    educativo, informativo ou de orientao social.

    49. Tendo o Poder Pblico Municipal, por meio do direito

    de preempo, adquirido um imvel para o exclusivo

    fim de criao de espaos pblicos de lazer e reas

    verdes, incorre em ato de improbidade administrativa

    o prefeito que utiliz-lo com o objetivo de regularizao

    fundiria.

    50. Caracteriza o crime de corrupo ativa (delito formal)

    a mera conduta de solicitao de vantagem indevida

    pelo servidor pblico, direta ou indiretamente, ainda

    que fora da funo ou antes de assumi-la, independen-temente da efetiva percepo do benefcio solicitado,

    sem prejuzo das cominaes da Lei de Improbidade

    Administrativa.

    51. Sem prejuzo de caracterizao de ato de improbidade

    administrativa (previsto na Lei n. 8.429/1992), a consu-

    mao do crime de concusso acontece com o recebi-

    mento da vantagem indevida exigida pelo funcionrio

    pblico, direta ou indiretamente, em razo de sua fun-

    o, mesmo fora dela ou antes de assumi-la.

    52. Incorre no s em prtica de improbidade administrati-

    va em tese, mas, ainda em tese, em crime contra a Ad-ministrao Pblica o servidor da Secretaria de Estado

    da Fazenda Estadual que, com senha autorizada para

    operar banco de dados, exclui dados corretos no Sis-

    tema de Administrao Tributria simplesmente para

    gerar dano ao errio, sem o fim de obter vantagem in-

    devida para si ou para outrem.

    53. Os princpios da Administrao Pblica podem ser

    classificados em onivalentes, comuns a todos os ra-

    mos do saber; plurivalentes ou regionais, que informam

    os diversos setores em que se dividem determinada

    cincia; setoriais, comuns a um grupo de cincias,

    informando-as nos aspectos em que se interpenetram;e monovalentes, que se referem a um s campo do

    conhecimento.

    54. O ato discricionrio praticado por autoridade incompe-

    tente, ou realizado por forma diversa da prescrita em

    lei, ou informado de finalidade estranha ao interesse

    pblico, ilegtimo e nulo. Em tal circunstncia, dei-

    xaria de ser ato discricionrio para ser ato arbitrrio e

    ilegal.

    55. Na concesso patrocinada, que constitui modalida-

    de de concesso de servio pblico, instituda como

    forma de parceria pblico-privada, conjuga-se a tarifa

    paga pelos usurios e a contraprestao pecuniria do

    concedente (parceiro pblico) ao concessionrio (par-

    ceiro privado).

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    56. A Lei da Licitao diversificou os casos em que a Ad-

    ministrao pode ou deve deixar de realizar licitao,

    tornando-a dispensada, dispensvel ou inexigvel. Na

    falta do pressuposto da licitao da competio entre

    contratantes, pela natureza especfica do negcio, a

    licitao dispensvel.

    57. Nos termos da Lei n. 8.666/1993, constitui motivo para

    a resciso do contrato a no liberao, por parte da

    Administrao, de rea, local ou objeto para execuo

    de obra, servio ou fornecimento, nos prazos con-

    tratuais, bem como das fontes de materiais naturais

    especificadas no projeto, o que configuraria o fato da

    Administrao.

    58. Permisso de uso o ato unilateral, discricionrio e

    precrio pelo qual a Administrao consente na prtica

    de determinada atividade individual incidente sobre um

    bem pblico; enquanto a autorizao de uso reveste-

    -se de ato negocial, unilateral, discricionrio e precrio

    atravs do qual a Administrao faculta ao particular autilizao individual de determinado bem pblico.

    59. Todos os bens e direitos patrimoniais prestam-se a de-

    sapropriao ou expropriao, incluindo, via de regra,

    coisas mveis e imveis, corpreas e incorpreas, p-

    blicas ou privadas, alm do espao areo e o subsolo.

    60. A cassao do ato administrativo modalidade de

    anulao que, embora legtimo na sua origem e forma-

    o, torna-se ilegal na sua execuo, como, por exem-

    plo, na existncia de alvar de licena para construir,

    expedido legalmente, mas descumprido na execuo

    da obra licenciada.

    GABARITO

    LNGUA

    PORTUGUESA

    1. C

    2. E

    3. E

    4. E

    5. C

    6. C

    7. C8. C

    9. C

    10. E

    11. E

    12. C

    13. E

    14. E

    15. C

    16. C

    17. E

    18. E

    19. C

    20. C

    DIREITO

    CONSTITUCIONAL

    21. E

    22. E

    23. C

    24. E

    25. C

    26. E

    27. E28. E

    29. E

    30. E

    31. C

    32. E

    33. E

    34. C

    35. E

    36. E

    37. C

    38. C

    39. E

    40. E

    DIREITO ADMI

    NISTRATIVO

    41. E

    42. C

    43. E

    44. C

    45. C

    46. C

    47. E48. E

    49. C

    50. E

    51. E

    52. C

    53. E

    54. C

    55. C

    56. E

    57. C

    58. E

    59. C

    60. C