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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
PLANO MUNICIPAL DE
SANEAMENTO BÁSICO
PREFEITURA MUNICIPAL
DE VILA VELHA
Outubro / 2014
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
PREFEITURA MUNICIPAL DE VILA VELHA
Prefeito Municipal
Rodney Miranda
Vice‐Prefeito Municipal
Rafael Favatto
Equipe de Governo
Secretaria de Assistência Social ‐ SEMAS
Giovana de Siqueira Novaes Buaiz
Secretaria de Administração ‐ SEMAD
Rogério Mattos
Secretaria de Cultura e Turismo ‐SEMCULT
Walace Millis
Secretaria de Desenvolvimento Econômico ‐ SEMDEC
Antônio Marcus Carvalho Machado
Secretaria de Desenvolvimento Urbano ‐ SEMDU
Ana Márcia Erler
Secretaria de Educação ‐SEMED
Iracy Carvalho Machado Baltar Fernandes
Secretaria de Esportes e Lazer ‐SEMEL
Alexandre Salgado
Secretaria de Finanças ‐ SEMFI
Adinalva Maria da Silva Prates
Secretaria de Governo e Articulação Institucional ‐ SEMGOV
Ana Emilia Gazel Jorge
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Secretaria de Infraestrutura, Projetos e Obras ‐ SEMIPRO
Paulo Maurício Ferrari
Secretaria de Meio Ambiente ‐ SEMMA
Jader Mutzig Bruna
Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão ‐ SEMPLA
Regis Mattos Teixeira
Secretaria de Saúde ‐ SEMSA
Andréia Passamani Barbosa Corteletti
Secretaria de Serviços Urbanos ‐ SEMSU
José Eliomar Rosa Brizolinha
Secretaria de Transporte e Trânsito ‐ SEMTRAN
Romário de Castro
Secretaria de Comunicação ‐ SEMCOM
Valéria Morgado
Equipe Técnica
Bruno Henrique Guimaraes – SEMMA Letícia Medeiros Tagarro Pelissari – SEMMA
Carla Maria Silva Vianna – SEMMA Márcia Guimarães A. da Costa ‐ SEMCULT
Celina Maria Conde Rego – SEMSA Maria Candida Ramos Donatelli ‐ SEMIPRO
Clariza Pereira Pinto – SEMSA Marjorye Boldrini da Silva – SEMMA
Eduardo Batista Pedrosa – SEMMA Paulo Cesar Possato Aragão ‐ SEMPLA
Eliane Oliveira Silva – SEMSA Rosana Brandão Leal ‐ SEMCULT
Flávia Rodrigues Maciel – SEMED
Coordenação Geral
Marjorye Boldrini da Silva – SEMMA Maria Candida Ramos Donatelli ‐ SEMIPRO
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SUMÁRIO
ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................... 8
ÍNDICE DE QUADROS ............................................................................................................... 11
ÍNDICE DE TABELAS ................................................................................................................. 12
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 13
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ................................................................. 14
2.1. ASPECTOS GERAIS MUNICIPAIS .................................................................................... 14
2.1.1. História ................................................................................................................................ 14
2.1.2. Localização e área ............................................................................................................... 14
2.1.3. Acesso .................................................................................................................................. 17
2.1.4. Saneamento Básico ............................................................................................................. 17
2.1.4.1. Saneamento Básico em localidades de pequeno porte .............................................. 21
2.1.5. Energia ................................................................................................................................. 21
2.2. ASPECTOS TURÍSTICOS ..................................................................................................... 22
2.2.1. Praias .................................................................................................................................... 22
2.2.2. Monumentos Históricos .................................................................................................... 28
2.2.3. Balneabilidade..................................................................................................................... 35
2.3. MEIO FÍSICO ......................................................................................................................... 36
2.3.1. Recursos Hídricos ............................................................................................................... 36
2.3.1.1. Hidrografia ....................................................................................................................... 36
2.3.1.1.1. Comitês de bacias hidrográficas dos Rios Santa Maria da Vitória e Jucu ............ 45
2.3.2. Clima .................................................................................................................................... 46
2.3.3. Cobertura Vegetal .............................................................................................................. 46
2.3.4. Uso e ocupação do solo ..................................................................................................... 47
2.3.5. Relevo ................................................................................................................................... 51
2.3.6. Áreas Protegidas ................................................................................................................. 51
3. INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA ...................................................................... 63
3.1. INDICADORES SOCIAIS .................................................................................................... 63
3.1.1. Saúde .................................................................................................................................... 63
3.1.2. Índice de Desenvolvimento Humano – IDHM .............................................................. 64
3.1.3. Índice de Vulnerabilidade Social – IVS ........................................................................... 66
3.1.4. Taxa de Mortalidade Infantil ............................................................................................ 66
3.2. ECONOMIA ........................................................................................................................... 66
3.3. EDUCAÇÃO .......................................................................................................................... 69
4. DADOS POPULACIONAIS ................................................................................................... 72
5. ÓRGÃOS AMBIENTAIS, LICENCIAMENTO E LEGISLAÇÃO ...................................... 74
5.1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ...................................................................................... 74
5.1.1. Licenciamento estadual ..................................................................................................... 74
5.1.1.1. Dispensa de Licenciamento ........................................................................................... 75
5.1.1.2. Licenciamento Simplificado (LS) .................................................................................. 76
5.1.1.3. Licença Ambiental de Regularização (LAR) ............................................................... 76
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
5.1.1.4. Licenciamento Geral ....................................................................................................... 76
5.1.1.5. Licença Ambiental de Regularização de Saneamento (LARS) ................................. 77
5.1.1.6. Quadro de Resumo ......................................................................................................... 77
5.2. LICENCIAMENTO MUNICIPAL ...................................................................................... 79
5.3. CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 79
5.4. OUTORGA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS ............................................................ 80
5.5. CONDICIONANTES DE OUTORGA ................................................................................ 81
5.6. LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTARES ......................................................... 82
5.6.1. Legislação federal ............................................................................................................... 82
5.6.2. Resoluções do CONAMA ................................................................................................. 83
5.6.3. Legislação Estadual ............................................................................................................ 85
5.6.4. Decretos ............................................................................................................................... 87
5.6.5. Resoluções do CONSEMA ................................................................................................ 88
5.6.6. Resoluções do CERH ......................................................................................................... 89
5.6.7 Legislação Municipal de Vila Velha ................................................................................. 89
6. CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO EXISTENTES ................... 91
6.1. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................ 91
6.1.1. Subsistema Jucu .................................................................................................................. 93
6.1.1.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta ......................................................... 93
6.1.1.2. Estações de Tratamento de Água (ETAs) .................................................................... 95
6.1.1.2.1. ETA I ‐ Vale Esperança ................................................................................................ 95
6.1.1.2.2. ETA Cobi ....................................................................................................................... 98
6.1.1.3. Reservação e Distribuição .............................................................................................. 99
6.1.2. Subsistema Caçaroca ........................................................................................................ 103
6.1.2.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta ....................................................... 103
6.1.2.2. Estação de Tratamento de Água ‐ ETA Caçaroca ..................................................... 103
6.1.2.3. Elevatória e Recalque de Água Tratada ..................................................................... 105
6.1.2.4. Reservação e Distribuição ............................................................................................ 106
6.1.3. Subsistema Ponta da Fruta .............................................................................................. 107
6.1.3.1. Estação de Tratamento de Água – ETA Ponta da Fruta .......................................... 107
6.1.3.2. Reservação de Ponta da Fruta ..................................................................................... 107
6.1.4. Participação de cada Sub Sistema .................................................................................. 108
6.1.5. Sistema de Supervisão e comando ................................................................................. 108
6.1.6. Rede de abastecimento e acessórios .............................................................................. 109
6.1.7. Ligações e hidrômetros .................................................................................................... 110
6.1.8. Qualidade da água ........................................................................................................... 110
6.1.9. Licenciamento e Outorga ................................................................................................ 114
6.2. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTES .................................................. 116
6.2.1. SES Araçás ......................................................................................................................... 120
6.2.1.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 121
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6.2.1.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 122
6.2.1.3. Estação de tratamento de esgotos (ETE Araçás) ....................................................... 123
6.2.1.4. Emissário de esgoto tratado ......................................................................................... 126
6.2.1.5. Corpo receptor ............................................................................................................... 126
6.2.2. SES Jabaeté ......................................................................................................................... 127
6.2.2.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 127
6.2.2.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 127
6.2.2.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 127
6.2.2.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 130
6.2.3. SES Jacarenema ................................................................................................................. 130
6.2.3.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 130
6.2.3.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 130
6.2.3.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 130
6.2.3.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 133
6.2.4. SES Ulysses Guimarães ................................................................................................... 133
6.2.4.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 133
6.2.4.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 133
6.2.4.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 134
6.2.4.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 138
6.2.5. SES Vale Encantado ......................................................................................................... 138
6.2.5.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 138
6.2.5.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 138
6.2.5.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE) ...................................................................... 139
6.2.5.4. Corpo receptor ............................................................................................................... 141
6.2.6. SES Ewerton Montenegro ............................................................................................... 141
6.2.6.1. Rede coletora de esgoto ................................................................................................ 141
6.2.6.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB) ................................................................ 141
6.2.7. SES Riviera Park ............................................................................................................... 141
6.2.8. Tratamento dos impactos sociais e ambientais ............................................................ 142
6.2.9. Regras para recebimento de esgoto na rede pública ................................................... 144
6.3. SANEAMENTO BÁSICO NAS COMUNIDADES RURAIS DE VILA VELHA ........ 144
6.4. INFORMAÇÕES COMERCIAIS E DE ATENDIMENTO AOS CLIENTES ............... 144
6.4.1. Atendimento a clientes .................................................................................................... 144
6.4.2. Tabela tarifária .................................................................................................................. 146
7. ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE ............................................................... 148
7.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................ 148
7.2. SISTEMA DE COLETA, AFASTAMENTO E TRATAMENTO DE ESGOTO. ........... 149
8. EVOLUÇÃO POPULACIONAL .......................................................................................... 151
9. METAS E OBJETIVOS ........................................................................................................... 156
9.1. COBERTURA DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................... 156
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9.2. PERDAS TOTAIS ................................................................................................................ 157
9.3. COBERTURA DO SERVIÇO DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO ............ 160
9.4. QUALIDADE, ATUALIDADE E REGULARIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS
....................................................................................................................................................... 161
10. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIAS ......................................................... 163
11. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO ADOTADOS .................................................. 166
11.1. COEFICIENTES DIA E HORA DE MAIOR CONSUMO ............................................ 166
11.2. CONSUMO PER CAPITA ................................................................................................ 167
11.3. COEFICIENTE DE RETORNO ESGOTO/ÁGUA ......................................................... 167
11.4. TAXA INFILTRAÇÃO...................................................................................................... 167
11.5. EXTENSÃO DE REDE DE ÁGUA .................................................................................. 167
11.6. EXTENSÃO DE REDE DE ESGOTO .............................................................................. 168
11.7. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA .................................................................. 168
11.8. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE COLETA DE ESGOTO .............................................. 169
11.9. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO .................................. 170
11.10. EVOLUÇÃO DAS ECONOMIAS E LIGAÇÕES ........................................................ 170
12. APURAÇÃO DAS NECESSIDADES FUTURAS ............................................................. 174
12.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .............................................................. 174
12.2. SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO ........................................... 178
12.3. QUANTIFICAÇÃO BÁSICA DAS NECESSIDADES FUTURAS .............................. 180
12.3.1. Sistema de Abastecimento de Água ............................................................................ 180
12.3.2. Sistema de Esgotos Sanitários ....................................................................................... 181
13. PROGRAMAS, OBRAS E AÇÕES NECESSÁRIOS PARA CUMPRIR METAS .......... 183
13.1. PROGRAMAS PRIORITÁRIOS PARA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS .................... 183
13.1.1. Sistema de abastecimento de água .............................................................................. 183
13.1.2. Sistema comercial e de gestão empresarial ................................................................. 184
13.1.3. Sistema operacional e de manutenção ........................................................................ 184
13.1.4. Sistema de esgotamento sanitário ................................................................................ 184
13.1.5. Plano de comunicação/ Educação ambiental ............................................................. 185
13.2. AÇÕES PLANEJADAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SANEAMENTO BÁSICO .......................................................................................................... 185
13.2.1. Cronogramas financeiros das necessidades planejadas ........................................... 185
13.2.1.1. Investimentos em curto prazo ................................................................................... 186
13.2.1.2. Investimentos em médio prazo ................................................................................. 187
13.2.1.3. Investimentos em longo prazo .................................................................................. 188
13.2.1.4. Tabela detalhada de investimentos .......................................................................... 189
14. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO........................................ 190
14.1. INDICADORES QUANTITATIVOS .............................................................................. 190
14.2. INDICADORES QUALITATIVOS .................................................................................. 192
14.3. INDICADORES GERENCIAIS ........................................................................................ 198
15. MOBILIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ......................................................................... 201
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Mapa de Localização e Divisão Administrativa do Município........................... 16
Figura 2 ‐ Rotas de Acesso do Município de Vila Velha ........................................................ 17
Figura 3 – Municípios do Estado Beneficiados com Investimentos do Programa.............. 20
Figura 4 ‐ Praia da Costa ............................................................................................................. 22
Figura 5 ‐ Praia da Sereia ............................................................................................................. 23
Figura 6 ‐ Praia de Itapuã ............................................................................................................ 24
Figura 7 ‐ Praia de Itaparica ........................................................................................................ 24
Figura 8 ‐ Praia da Barra do Jucu ............................................................................................... 25
Figura 9 ‐ Praia da Barrinha ........................................................................................................ 26
Figura 10 ‐ Praia da Concha ........................................................................................................ 26
Figura 11 ‐ Praia do Barrão ......................................................................................................... 27
Figura 12 ‐ Praia de Ponta da Fruta ........................................................................................... 28
Figura 13 ‐ Convento da Penha .................................................................................................. 29
Figura 14 ‐ Gruta do Frei Pedro Palácios .................................................................................. 29
Figura 15 ‐ Sítio Histórico da Prainha ....................................................................................... 30
Figura 16 ‐ Santuário Divino Espírito Santo ............................................................................. 31
Figura 17 ‐ Igreja do Rosário ....................................................................................................... 31
Figura 18 ‐ Forte São Francisco Xavier da Barra ...................................................................... 32
Figura 19 ‐ Farol de Santa Luzia ................................................................................................. 33
Figura 20 ‐ Capela Nossa Senhora dos Navegantes ................................................................ 33
Figura 21 ‐ Igreja Nossa Senhora da Glória .............................................................................. 34
Figura 22 ‐ Museu Vale ................................................................................................................ 34
Figura 23 ‐ Placa de sinalização indicando a condição de balneabilidade ........................... 36
Figura 24 ‐ Bacias Hidrográficas do Espírito Santo ................................................................. 37
Figura 25 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória .............................................. 38
Figura 26 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu .............................................................................. 38
Figura 27 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu .............................................................................. 40
Figura 28 ‐ Corredeira do Rio Jucu ............................................................................................ 41
Figura 29 ‐ Ocupação Irregular no Rio Formate ...................................................................... 42
Figura 30 ‐ Ocupação Irregular do Rio Marinho ..................................................................... 44
Figura 31 ‐ Zoneamento Urbano de Vila Velha ....................................................................... 50
Figura 32 ‐ Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira ............................................ 52
Figura 33 ‐ Parque Natural Municipal de Jacarenema ............................................................ 53
Figura 34 ‐ Monumento Natural Morro do Penedo ................................................................ 54
Figura 35 ‐ APA da Lagoa Grande ............................................................................................. 55
Figura 36 ‐ Morro do Moreno ..................................................................................................... 56
Figura 37 ‐ Lagoa de Jabaeté ....................................................................................................... 59
Figura 38 ‐ Fábrica de Chocolate Garoto ................................................................................... 68
Figura 39 ‐ Pirâmide Etária do Município ................................................................................ 73
Figura 40 ‐ Principais Unidades de Produção .......................................................................... 92
Figura 41 ‐ Canal de Aproximação e Estrutura de Captação: Subsistema Jucu .................. 93
Figura 42 ‐ Estrutura de Gradeamento: Subsistema Jucu ....................................................... 93
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Figura 43 ‐ Captação e Estação Elevatória: Subsistema Jucu ................................................. 94
Figura 44 ‐ EEAB Baixo Recalque ............................................................................................... 94
Figura 45 ‐ EEAB Alto Recalque ................................................................................................. 95
Figura 46 ‐ ETA Vale Esperança ................................................................................................. 96
Figura 47 ‐ Localização da ETA .................................................................................................. 96
Figura 48 ‐ Adutora de chegada na ETA................................................................................... 97
Figura 49 ‐ Vista da ETA ............................................................................................................. 97
Figura 50 ‐ Vistas dos Filtros ....................................................................................................... 98
Figura 51 ‐ Instrumentos de Qualidade .................................................................................... 98
Figura 52 ‐ ETA COBI .................................................................................................................. 99
Figura 53 ‐ Localização da ETA .................................................................................................. 99
Figura 54 ‐ Localização do Reservatório Boa Vista ............................................................... 100
Figura 55 ‐ Reservatório Boa Vista ........................................................................................... 100
Figura 56 ‐ Reservação Garoto .................................................................................................. 101
Figura 57 ‐ Localização do Centro de Reservação de Araçás ............................................... 102
Figura 58 ‐ Reservatório Araçás ............................................................................................... 102
Figura 59 ‐ ETA Caçaroca .......................................................................................................... 103
Figura 60 ‐ Localização ETA Caçaroca .................................................................................... 104
Figura 61 ‐ Vista do processo na ETA ..................................................................................... 104
Figura 62 ‐ Processo de Flotação na ETA ................................................................................ 105
Figura 63 ‐ Recuperação de Água de Lavagem e Desidratação de Lodo ........................... 105
Figura 64 ‐ Adutora em Arco: Rio Jucu ................................................................................... 106
Figura 65 ‐ Localização do Reservatório do Jucu ................................................................... 106
Figura 66 ‐ Localização ETA Ponta da Fruta .......................................................................... 107
Figura 67 ‐ CCO .......................................................................................................................... 108
Figura 68 ‐ Laboratório de Controle de Qualidade ............................................................... 111
Figura 69 ‐ Situação das ligações de esgoto no Bairro Coqueiral de Itaparica .................. 121
Figura 70 ‐ Localização da ETE Araçás ................................................................................... 123
Figura 71 ‐ Fluxograma do Processo de Tratamento da ETE Araçás .................................. 124
Figura 72 ‐ Detalhes ETE Araçás .............................................................................................. 125
Figura 73 ‐ Detalhes ETE Araçás .............................................................................................. 125
Figura 74 ‐ Detalhes ETE Araçás .............................................................................................. 126
Figura 75 ‐ ETE Jabaeté .............................................................................................................. 128
Figura 76 ‐ Fluxograma ETE Jabaeté ........................................................................................ 129
Figura 77 ‐ ETE Jacarenema ...................................................................................................... 131
Figura 78 ‐ Processo de Tratamento da ETE Jacarenema ..................................................... 132
Figura 79 ‐ ETE Ulysses Guimarães ......................................................................................... 134
Figura 80 ‐ Localização da ETE ................................................................................................ 134
Figura 81 ‐ Leito de Secagem da ETE ...................................................................................... 135
Figura 82 ‐ Fluxograma ETE Ulysses Guimarães .................................................................. 136
Figura 83 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães ......................................................................... 137
Figura 84 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães ......................................................................... 137
Figura 85 ‐ Vale Encantado ....................................................................................................... 139
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Figura 86 ‐ Localização da ETE Vale Encantado .................................................................... 139
Figura 87 ‐ Componentes ETE Vale Encantado ..................................................................... 140
Figura 88 ‐ Fachada CESAN de Vila Velha ............................................................................ 145
Figura 89 ‐ Gráfico Evolução Populacional ............................................................................ 152
Figura 90 ‐ Valores Adotados para cada Componente ......................................................... 159
Figura 91 ‐ Evolução de Redução de Perdas .......................................................................... 159
Figura 92 ‐ Evolução do Índice de Cobertura de Esgotamento ........................................... 161
Figura 93 ‐ Esquema Geral do Sistema Proposto no PDA .................................................... 176
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 ‐ Quadro Resumo ........................................................................................................ 61
Quadro 2 ‐ Estabelecimentos de saúde segundo Esfera Administrativa ............................. 63
Quadro 3 ‐ Licenciamento Ambiental de SAA......................................................................... 78
Quadro 4 ‐ Licenciamento Ambiental de SES. ......................................................................... 79
Quadro 5 ‐ Participação de cada Subsistema de Vila Velha ................................................. 108
Quadro 6 ‐ Norma de Qualidade de Água para Consumo Humano ................................. 112
Quadro 7 ‐ Classificação para o IQA Adotado pela CESAN ............................................... 114
Quadro 8 ‐ Certificação de Outorga ......................................................................................... 115
Quadro 9 ‐ Licenciamento Ambiental ..................................................................................... 115
Quadro 10 ‐ Dados Técnicos das ETE´S de Vila Velha ......................................................... 118
Quadro 11 ‐ Informações Relativas ao Licenciamento Ambiental no IEMA. .................... 119
Quadro 12 ‐ Estações Elevatórias em Operação ..................................................................... 122
Quadro 13 ‐ Divisão do Emissário ........................................................................................... 126
Quadro 14 – EEEB ...................................................................................................................... 127
Quadro 15 ‐ EEEB ....................................................................................................................... 133
Quadro 16 ‐ Características das EE .......................................................................................... 138
Quadro 17 ‐ Características das Principais da EEEB ............................................................. 141
Quadro 18 ‐ Principais Impactos Sócios Ambientais ............................................................ 143
Quadro 19 ‐ Controle e Redução de Perdas da CESAN ....................................................... 158
Quadro 20 ‐ Principais Ocorrências para SAA ....................................................................... 164
Quadro 21 ‐ Principais Ocorrências para SES ........................................................................ 165
Quadro 22 ‐ Reservação Prevista e Necessidade de Ampliação .......................................... 177
Quadro 23 ‐ Soluções de Tratamentos de Esgotos Localizadas e/ou Integrados .............. 179
Quadro 24 ‐ Parâmetros e Contribuições no Cálculo do IQAD........................................... 194
Quadro 25 ‐ Avaliação do IQAD .............................................................................................. 195
Quadro 26 ‐ Parâmetros no Cálculo do IQE ........................................................................... 196
Quadro 27 ‐ Avaliação do IQE .................................................................................................. 196
Quadro 28 ‐ Valores de ICA e sua Classificação .................................................................... 197
Quadro 29 ‐ Valores de IORD e sua Classificação ................................................................. 198
Quadro 30 ‐ Valores de IORC e sua Classificação ................................................................. 198
Quadro 31 ‐ Valores de IESAP .................................................................................................. 199
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 ‐ Participação Administrativo do Município da RMGV ......................................... 15
Tabela 2 ‐ Rede Municipal de Saúde ......................................................................................... 64
Tabela 3 ‐ IDH de Vila Velha ...................................................................................................... 65
Tabela 4 ‐ Índice de Vulnerabilidade Social de Vila Velha .................................................... 66
Tabela 5 ‐ Recursos Educacionais no Município ...................................................................... 69
Tabela 6 ‐ Dados Populacionais ................................................................................................. 72
Tabela 7 ‐ Situação dos Domicílios de Vila Velha .................................................................... 73
Tabela 8 ‐ Tubulações de Adução de Água Bruta ................................................................. 109
Tabela 9 ‐ Tubulações de Água Tratada .................................................................................. 110
Tabela 10 ‐ Análises Bacteriológicas e Média das Análises de Cloro Residual da Água . 113
Tabela 11 ‐ Média dos Resultados das Análises Físico‐Químicas da Água ....................... 113
Tabela 12 ‐ Vazões Outorgadas ................................................................................................ 115
Tabela 13 ‐ Informações Relativas às Estações Elevatórias de Esgoto (EEEB) .................. 118
Tabela 14 ‐ Quantitativo de Redes Coletoras Existentes ....................................................... 119
Tabela 15 ‐ Bairros Atendidos pelo Sistema de Ligações ..................................................... 120
Tabela 16 ‐ Tabela Tarifária em Vigor ..................................................................................... 146
Tabela 17 ‐ Número Estimado de Ligações e Economias de Água ..................................... 148
Tabela 18 – Evolução Populacional.......................................................................................... 151
Tabela 19 ‐ Habitantes para cada Ano ..................................................................................... 153
Tabela 20 ‐ Projeções das Populações ...................................................................................... 154
Tabela 21 ‐ Ano versus População Flutuante ......................................................................... 155
Tabela 22 ‐ Volumes Anuais ..................................................................................................... 158
Tabela 23 ‐ Projeção das Demandas de Água ......................................................................... 168
Tabela 24 ‐ Projeção das Vazões de Coleta de Esgoto ........................................................... 169
Tabela 25 ‐ Projeção das Vazões de Tratamento de Esgoto .................................................. 170
Tabela 26 ‐ Dados Atuais de Economias ................................................................................. 171
Tabela 27 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Água ..................................................... 172
Tabela 28 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Esgoto ................................................... 173
Tabela 29 ‐ Capacidade das Estações que Abastecem a RMGV .......................................... 174
Tabela 30 ‐ Sistema de Abastecimento de Água .................................................................... 180
Tabela 31 ‐ Sistema de Esgotamento Sanitário ....................................................................... 181
Tabela 32 ‐ Investimentos em Curto Prazo ............................................................................. 186
Tabela 33 ‐ Investimentos em Médio Prazo ............................................................................ 187
Tabela 34 ‐ Investimentos em Longo Prazo ............................................................................ 188
Tabela 35 – Detalhamento de Investimentos .......................................................................... 189
Tabela 36 ‐ Tabela Padrão dos Prazos de Atendimento ....................................................... 199
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
O objetivo do Plano Municipal de Saneamento Básico é apresentar o diagnóstico dos
sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, bem como propor as metas e
o Plano de Investimentos para atendimento à demanda futura de serviços, para o
horizonte de 30 (trinta) anos. Tem como finalidade a universalização do serviço público
de abastecimento de água e esgotamento sanitário com serviços e produtos de qualidade.
Proporcionar a todos, o acesso universal ao saneamento básico com qualidade, equidade
e continuidade pode ser considerado como uma das questões fundamentais do momento
atual, postas como desafio para as políticas sociais. Desafio que coloca a necessidade de
se buscar as condições adequadas para a gestão dos serviços.
A Lei n° 11.445/07, que fixou as diretrizes gerais em âmbito nacional para o saneamento
básico, e a Lei Estadual n° 9.096/08, que fixou as diretrizes estaduais, estabeleceram a
necessidade dos titulares editarem o plano municipal de saneamento básico como
condição de validade dos contratos de concessão, contemplando estudo comprovando a
viabilidade técnica e econômico‐financeira da prestação universal e integral dos serviços,
dentre outros elementos, permitindo a participação do prestador de serviços no apoio
técnico ou financeiro, conforme dispõe o art. 25, §3º do Decreto Regulamentador n°7.
217/2010. De acordo com os artigos 9º e 19º da Lei 11.445/07 a Política Pública e o Plano
de Saneamento Básico, são os instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme
esses dispositivos, a Política define o modelo jurídico‐institucional e as funções de gestão
e fixa os direitos e deveres dos usuários. O Plano estabelece as condições para a
prestação dos serviços de saneamento básico, definindo objetivos e metas para a
universalização e programas, projetos e ações necessários para alcançá‐la.
O presente trabalho constitui o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do
Município de Vila Velha, e tem como objetivo a universalização do serviço público de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, com serviços e produtos de qualidade,
em atendimento à Lei Federal 11.445/07.
O presente plano foi concebido seguindo as diretrizes do Plano Diretor de Água e do
Plano Diretor de Esgoto da região metropolitana elaborados pela concessionária dos
serviços ‐ Companhia Espírito Santense de Saneamento CESAN. As informações que
embasam os estudos envolvem os dados de operação, cadastro técnico fornecido pela
CESAN e o site da companhia e também secretarias municipais, publicações técnicas,
cadastro técnico da Prefeitura Municipal de Vila Velha e bibliografia citada.
De acordo com a Lei de Política Nacional de Saneamento (Lei 11.445/07) o presente Plano
Municipal de Saneamento Básico deve ser divulgado através de audiência pública,
colocado em consulta pública para receber sugestões, bem como ser revisto a cada 4
(quatro) anos.
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2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
2.1. ASPECTOS GERAIS MUNICIPAIS
2.1.1. História
Vila Velha é o mais antigo município do estado do Espírito Santo, Brasil. Foi fundada em
23 de Maio de 1535 com o nome de Vila do Espírito Santo pelo português Vasco
Fernandes Coutinho, donatário da Capitania do Espírito Santo, e foi sede da capitania
até 1549, quando esta foi transferida para Vitória e o município passou a ter o nome
atual. Em 1750, Vila Velha foi elevada a Distrito e, posteriormente, a município pela
Constituição Estadual de 1890, sendo somente em 1958 reconhecido oficialmente como
município de Vila Velha, até então denominado Espírito Santo.
A ocupação do município foi bem lenta até 1951, quando após a conclusão da rodovia
Carlos Lindemberg, da construção da Rodovia do Sol ao longo do litoral na década de
70, da construção da Ponte Castelo Mendonça (3ª Ponte), que encurtou
consideravelmente a distância entre a capital contribuiu para o crescimento do
município, provocando uma valorização da orla de Vila Velha e a consequente explosão
demográfica, que praticamente multiplicou por 10 a população em menos de 50 anos.
É o município mais populoso do estado (inclusive superando a capital) sendo a grande
maioria da população residente na área urbana. Está a 12 km da capital do estado e
possui 32 quilômetros de litoral, sendo praticamente todo recortado por praias, as quais
constituem importantes ícones turísticos e paisagísticos, como a Praia da Costa, de
Itapuã e de Itaparica. Por ser a cidade mais antiga do estado, possui construções do
século XVI, como o Convento da Penha e a Igreja do Rosário; do século XVII, o Forte de
São Francisco Xavier e do século XIX, o Farol de Santa Luzia.
2.1.2. Localização e área
A área de abrangência do município de Vila Velha compreende uma área político
administrativa de cerca de 210 km², representando uma participação na Região
Metropolitana da Grande Vitória de aproximadamente 9,0%. Dista aproximadamente de
12 km da capital Vitória, localizando‐se nas coordenadas de longitude oeste 40º 17’ e
latitude sul 20º 20’, limitando‐se ao norte com o município de Vitória, ao sul com
Guarapari, a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com os municípios de Viana e
Cariacica. A participação administrativa do município na Região Metropolitana da
Grande Vitória pode ser observada na Tabela 1, a seguir:
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Tabela 1 ‐ Participação Administrativo do Município da RMGV
MUNICÍPIO ÁREA (km²) PARTICIPAÇÃO (%)
Cariacica 279,9 12,0
Fundão 288,7 12,4
Guarapari 594,5 25,5
Serra 551,7 23,6
Viana 312,7 13,4
Vila Velha 210,1 9,0
Vitória 98,2 4,2
RMGV 2335,8 100
Fontes: (*) IBGE – Microdados – Censo 2010.
O município de Vila Velha é dividido em 5 regiões administrativas. A Figura 1, a seguir,
mostra o Mapa de localização e as 5 regiões administrativas do município de Vila Velha.
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Figura 1 – Mapa de Localização e Divisão Administrativa do Município
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2.1.3. Acesso
O acesso rodoviário principal é feito pelas rodovias ES 060 ‐ ES 388 e ES 471. A distância
de Vitória é de 12 km. A Figura 2 a seguir mostra as principais rotas de acesso do
Município de Vila Velha, ES ‐ DNIT.
Figura 2 ‐ Rotas de Acesso do Município de Vila Velha
2.1.4. Saneamento Básico
A Lei 11.445/07, em seu Art. 3º, define Saneamento Básico como sendo o conjunto de
serviços, infra‐estruturas e instalações operacionais de:
a) abastecimento de água potável;
b) esgotamento sanitário;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Trata‐se de serviços que podem ser prestados por empresas públicas ou, em regime de
concessão, por empresas privadas, sendo esses serviços considerados essenciais, tendo
em vista a necessidade imperiosa desse por parte da população, além da importância
para a saúde de toda a sociedade e para o meio ambiente.
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O saneamento básico tem como o seu principal objetivo zelar pela saúde do ser humano,
tendo em conta que muitas doenças podem se desenvolver quando há um saneamento
precário. A falta de saneamento básico, aliada a fatores socioeconômicos e culturais, são
determinantes para o surgimento de infecções por enteroparasitoses, sendo as crianças o
grupo que apresenta maior susceptibilidade às doenças infectocontagiosas.
Como uma questão essencialmente de saúde pública, o acesso aos serviços de
saneamento básico deve ser tratado como um direito do cidadão, fundamental para a
melhoria de sua qualidade de vida.
Nos países mais pobres ou em regiões mais carentes as doenças decorrentes da falta de
saneamento básico (viróticas, bacterianas e outras parasitoses) tendem a ocorrer de
forma endêmica e no Brasil figuram entre os principais problemas de saúde pública e
ambiental.
No Estado do Espírito Santo o serviço de saneamento básico é regulado pela Agência
Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária (ARSI), e em grande parte do
território estadual a concessionária atual dos serviços de água e esgoto é a Companhia
Espírito Santense de Saneamento ‐ CESAN.
ARSI – AGÊNCIA REGULADORA DE SANEAMENTO BÁSICO E
INFRAESTRUTURA VIÁRIA DO ESPÍRITO SANTO
Conforme a Lei Complementar 477, de 30 de dezembro de 2008, a Agência Reguladora
de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo (ARSI) tem como
competência regular, controlar e fiscalizar, no âmbito do Estado do Espírito Santo, os
serviços de saneamento básico de abastecimento de água e esgotamento sanitário, de
interesse comum e interesse local, delegados ao Governo do Estado, em conjunto com os
serviços estaduais de infraestrutura viária com pedágio.
Segundo a Lei Complementar Estadual nº 477, a ARSI deve proteger o consumidor, no
que diz respeito a preços, continuidade e qualidade da prestação dos serviços públicos
concedidos, e assegurar o cumprimento das normas legais, regulamentares e contratuais,
o atendimento do interesse público e o respeito aos direitos dos usuários.
No setor de Saneamento, a ARSI tem como finalidade regular, controlar e fiscalizar no
Espírito Santo, a prestação dos serviços de saneamento básico concedidos pelos
municípios à Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN). Além de atuar nos
municípios capixabas onde os serviços de saneamento básico são prestados pela CESAN,
a ARSI também pode exercer suas atividades nos outros municípios onde o serviço é
realizado por empresas particulares, públicas municipais ou autarquias municipais.
Dentre os serviços regulados estão: esgoto sanitário e abastecimento de água.
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Cabe à ARSI estudar a recomposição do poder aquisitivo da receita aos níveis
inflacionários, bem como repasse dos custos não administráveis, e ainda identificar os
custos dos serviços, voltados a um reposicionamento tarifário em outro patamar e capaz
de consolidar metas previstas de expansão dos serviços para o período.
COMPANHIA ESPÍRITO SANTENSE DE SANEAMENTO ‐ CESAN
Hoje, os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, são prestados no
município de Vila Velha pela Companhia Espírito Santense de Saneamento ‐ CESAN.
A CESAN é uma empresa de economia mista, enquadrada no regime jurídico de direito
privado como sociedade anônima, criada pela lei 2.282, alterada pela lei 2.295, em 1967.
A Companhia foi regulamentada pelo Decreto 2575, de 11 de setembro de 1967. O
trabalho da empresa consiste na captação, no tratamento e na distribuição de água e na
coleta e no tratamento de esgoto. Suas atividades compreendem ainda a realização de
estudos, projetos e execução de obras relativas a novas instalações e ampliação de redes.
A Cesan está presente em 52 dos 78 municípios do Espírito Santo, sendo 7 na Região
Metropolitana da Grande Vitória e 45 no interior.
Em alguns dos municípios do Estado do Espírito Santo em que atua, a CESAN executou
o Programa Águas Limpas, que teve início com recursos do Banco Mundial (BIRD) e
contrapartida da CESAN, recursos próprios, e contemplava apenas os sete municípios da
Região Metropolitana da Grande Vitória, dentre eles Vila Velha.
O Programa Águas Limpas, de 2003 a 2010, reuniu um conjunto de empreendimentos
para ampliar o abastecimento de água e os serviços de coleta e tratamento de esgoto na
Grande Vitória e no interior do Espírito Santo. Entre as obras do Programa destacam‐se a
construção de estações de tratamento de esgoto, implantação redes coletoras e
elevatórias, construção de reservatórios de água, além de muitas melhorias e ampliações
nos sistemas de produção e distribuição de água já existentes.
A Figura 3, a seguir, mostra os municípios do estado beneficiados com investimentos do
Programa.
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Figura 3 – Municípios do Estado Beneficiados com Investimentos do Programa
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2.1.4.1. Saneamento Básico em localidades de pequeno porte
A população residente em localidades distante da Sede do seu Município, sem acesso aos
serviços de saneamento prioritários, convive com situações sanitárias críticas, devido à
ausência ou precariedade de instalações adequadas para o atendimento dos serviços de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, ficam sujeitas às enfermidades e óbitos.
Essas comunidades, que tem como fonte de abastecimento de água os pequenos córregos
e nascentes, lançam seus dejetos e resíduos nesses corpos d’água, reduzindo a
disponibilidade hídrica local. Soma‐se ao problema o desmatamento, que ocasiona o
rebaixamento do lençol freático, causando um grande impacto ambiental.
A necessidade da implantação, ampliação ou realização de melhorias dos serviços de
saneamento nessas áreas especiais se faz necessário para a prevenção, controle dos
agravos da insalubridade, contribuindo para se alcançar, progressivamente, o objetivo da
universalização dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário,
em consonância à Lei Federal 11.445/07.
O abastecimento público de água, o esgotamento sanitário e as melhorias sanitárias
domiciliares e/ou coletivas de pequeno porte, merecem prioridade nesse contexto atual
de saneamento básico municipal, pois estão diretamente vinculadas as prevenções e ao
controle de doenças de veiculação hídrica nessas populações vulneráveis. Desta forma,
torna‐se indispensável, a implementação de ações de educação sanitária e ambiental,
bem como, seu monitoramento pelo poder público.
Os Distritos e principais comunidades no município de Vila Velha são Xuri, Córrego do
Sete, Jabaeté, Atlântico II, Retiro do Congo, Jaguarussu, Sol da manhã, Tanque, Ponta da
Fruta e Camboapina.
2.1.5. Energia
O Estado do Espírito Santo é a unidade da federação com o maior consumo de energia
per capita no Brasil, onde os projetos de grandes empresas como a Vale, Arcellor Mittal
Tubarão, Samarco, Aracruz Celulose e também a população são os responsáveis por esse
resultado, aliado ao surto de desenvolvimento previsto para o Estado, que impulsionará
ainda mais a demanda por energia elétrica.
A distribuição da energia elétrica no Estado fica a cargo da EDP ESCELSA, privatizada
em 1995, da Santa Maria Centrais Elétricas, e ainda ofertadas pela Aracruz Celulose e
Arcellor Mittal Tubarão. Para a RMGV, o fornecimento de energia elétrica é feito a partir
do Sistema Nacional Interligado, onde a maior parte da energia consumida na região
provém das usinas hidroelétricas (UHE) construídas na região sudeste do país, e das
usinas nucleares Angra I e II.
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A iluminação pública do município de Vila Velha beneficia praticamente todos os
espaços urbanizados, exceto as áreas de palafitas e aquelas desestruturadas para receber
a instalação com segurança de postes, transformadores e linhas de distribuição.
2.2. ASPECTOS TURÍSTICOS
O turismo é uma das atividades que mais cresce em todo o mundo, movimentando
milhares de dólares em divisas, tornando‐se referência na geração de empregos e rendas.
No Brasil, segundo a EMBRATUR, no ano de 2012, 5,7 milhões de turistas visitaram
nosso país, gerando uma receita cerca de US$ 6,6 bilhões.
Vila Velha oferece ao visitante e ao morador uma variedade de programas, belezas
naturais e históricas. Com 32 quilômetros de litoral, todo recortado de praias, o
município de Vila Velha possui os mais belos cenários do estado do Espírito Santo, onde
estão situadas as praias do município.
2.2.1. Praias
Praia da Costa
É uma das mais belas praias do Estado com suas areias douradas e águas límpidas. Fica
a apenas 3 km do centro da cidade. Urbanizada em toda sua orla por calçadão e ciclovia,
possui áreas reservadas à prática de esportes. Possui moderno sistema de iluminação
noturna que proporciona banhos noturnos, equipamento para banhos de mar para
pessoas com necessidades especiais, prática de esportes e segurança aqueles que a
frequentam. Sua orla possui excelente rede hoteleira e restaurantes de qualidade como
mostra a Figura 4, a seguir:
Figura 4 ‐ Praia da Costa
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Ilha dos Pacotes
Nesta ilha, por possuir um farol de sinalização marítima, o acesso à população não é
permitido sendo restrito ao pessoal da Marinha. A população, bem como os turistas,
utiliza a área em torno da ilha para a prática da pesca submarina e mergulho
contemplativo da fauna marinha.
Praia da Sereia
Situado no final da Praia da Costa, perto do Clube Libanês. Essa praia é a extensão norte
da Praia da Costa e está localizada entre o promontório do farol de Santa Luzia e o istmo
que a separa da Praia da Costa, Figura 5, a seguir:
Figura 5 ‐ Praia da Sereia
Praia de Itapuã
Praia de ondas fortes, águas claras e areia fofa, a preferida dos pescadores de anzol, é um
segmento da Praia da Costa, fica a 3 quilômetros do Centro. Apesar da verticalização da
orla de Vila Velha, a Praia de Itapuã ainda mantém uma pequena comunidade de
pescadores.
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Figura 6 ‐ Praia de Itapuã
Praia de Itaparica
Praia de ondas fortes, águas claras e areia fofa. A praia tem como características uma
grande quantidade de quiosques, onde o visitante pode degustar produtos da famosa
culinária capixaba como a moqueca, torta capixaba, peroá frito, mariscos, etc. A Praia de
Itaparica é uma continuidade da praia da Costa, possuindo a mesma iluminação
noturna.
Figura 7 ‐ Praia de Itaparica
Praia de Barra do Jucu
Praia de ondas fortes, águas claras e areia fofa. Praia semi deserta, oferece infraestrutura
receptiva apenas no povoado. Costuma ser procurada em sua maioria por surfistas.
Nesse trecho, o mar de águas um pouco escurecidas devido à presença da foz do rio
Jucu, apresenta‐se constantemente com ondas fortes e de repuxo não sendo dos mais
propícios para banhos.
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Figura 8 ‐ Praia da Barra do Jucu
A Barra está dividida em três praias menores, muito conhecidas entre os moradores e
frequentadores. Na foz norte do Rio Jucu a praia foi batizada pelos nativos de Barrinha,
pico de ondas fortes muito apreciadas por surfistas. Dentro do Parque de Jacarenema, ao
lado do Morro da Concha, se localiza a praia da Concha, uma exceção que oferece mar
abrigado e tranquilo. No Centro do bairro, a praia é conhecida como Barrão, onde se
concentram os atletas de bodyboard. Para os surfistas, o Pico do Cemitério, à direita
dessa praia, é uma boa pedida.
Tudo isso fica bem próximo à antiga vila de pescadores, que preserva as tradições locais.
Aliás, a região é apontada por pescadores profissionais como uma das melhores para a
pesca de arremesso. No final da tarde é possível assistir a uma revoada de garças e
aproveitar para ir até à Ponte da Madalena, que liga o Barrão à Barrinha por meio do
Parque Natural Municipal de Jacarenema. O nome da construção faz referência à música
Madalena do Jucu, eternizada na voz de Martinho da Vila e inspirada no congo da Barra.
Praia da Barrinha
Esta praia localiza‐se na margem esquerda de foz do Rio Jucu, a 12 km da sede de Vila
Velha. O acesso ao local através da Barra do Jucu foi facilitado pela construção da ponte
da Madalena. Deve‐se evitar a barra do rio, onde redemoinhos enganam os banhistas.
Possui 1 km de extensão, como mostra a Figura 9 a seguir:
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Figura 9 ‐ Praia da Barrinha
Praia da Concha
São 70 metros de areia que estão escondidos do outro lado do morro da Concha, na Barra
do Jucu. Não possui ondas e é mais propícia ao mergulho, como mostra a Figura 10 a
seguir:
Figura 10 ‐ Praia da Concha
Praia de Coral do Meio
Na parte que fica ao lado do Morro da Concha, encontra‐se uma pequena enseada de
águas esverdeadas e calmas. Seguindo‐se na direção sul/Guarapari, o mar apresenta‐se
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com ondas fortes, sendo melhor para banho durante as marés baixas. Infraestrutura
receptiva poderá ser encontrada no povoado. Em alguns trechos conta com a presença de
poucas barracas. As areias são largas, amareladas e fofas. Situada à frente do povoado da
Barra do Jucu e lado direito do Morro da Concha, encontra‐se distante 12 km ao sul de
Vila Velha e 35 km ao norte de Guarapari. Seu acesso para quem vem de Vila Velha é
feito através da Rodovia do Sol, no segundo retorno após o Posto da Polícia Rodoviária
Estadual. Daí segue‐se, através de rua não pavimentada do povoado.
Praia do Barrão
Praia propícia à prática do surf possui grande extensão de areias brancas e fofas, é reta e
adornada por corais tendo o magnífico Morro da Concha ao norte. Possui calçadão e
ciclovia. É ideal para a prática de Surf, BodyBoard e Canoagem sobre as ondas. Situada
ao norte do Morro da Concha, no balneário da Barra do Jucu, como mostra a Figura 11 a
seguir:
Figura 11 ‐ Praia do Barrão
Praia de Ponta da Fruta
O balneário abriga três praias. Do lado sul do Morro da Igrejinha os moradores chamam
a faixa de areia de Praia Rasa. Ela é bucólica e tranquila, ideal para crianças, que podem
brincar com liberdade em suas águas limpas de poucas e pequenas ondas. Mas em dia de
ressaca o mar se agita e as ondas se transformam em território livre para surfistas e
praticantes de bodyboard.
Lá existe uma colônia de pescadores tradicional, além de restaurantes que servem a
tradicional moqueca capixaba. Há dezenas de barcos ancorados na areia, excelente
cenário para uma fotografia com a família e os amigos. Além disso, o bairro tem em seu
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território parte da Praia da Baleia e na divisa com Guarapari está a Praia do Buraco,
chamada assim pelos surfistas profissionais que frequentam o local.
Figura 12 ‐ Praia de Ponta da Fruta
2.2.2. Monumentos Históricos
A cidade é considerada o berço da colonização do Espírito Santo. Sua atração mais
visitada é o Convento da Penha (1558), um dos mais antigos do Brasil.
Convento da Penha
Principal monumento religioso do Estado, o Convento da Penha começou sua história
em 1562, com Frei Pedro Palácios, quando foi construída uma capela dedicada a São
Francisco. No cume do morro, posteriormente, foi erguida a Capela das Palmeiras,
depois que, segundo a lenda, um quadro com a imagem de Nossa Senhora das Alegrias,
trazido por ele de Portugal em 1558, sumiu diversas vezes de uma gruta e só era
encontrada no alto do morro ‐ onde hoje está o convento. O quadro com a imagem de
Nossa Senhora da Penha chegou em 1569. A pequena capela teve sua primeira
modificação concluída em 1660, quando passa a ser conhecida como convento. Em 1750
foi iniciada sua ampliação, resultando em uma das mais belas construções do Brasil
Colonial. É possível subir o morro, que tem 154 metros de altitude, de carro, ou andando
pela ladeira da penitência, antigo caminho aberto pelos índios. O Convento da Penha foi
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1943.
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Figura 13 ‐ Convento da Penha
Gruta do Frei Pedro Palácios
Localizada no início da ladeira da penitência, um dos acessos ao Convento da Penha, a
gruta está embaixo de uma grande pedra. Com três metros de extensão, possui ótima
visibilidade e, segundo alguns historiadores, foi residência do Frei Pedro Palácios por
mais de seis anos, cumprindo a tradição de viver na pobreza. Era diante dessa gruta que
o frei colocava a imagem de Nossa Senhora e orava com o povo.
Figura 14 ‐ Gruta do Frei Pedro Palácios
Sítio Histórico da Prainha
Local com muita história, cercado por árvores e mar. Foi na praia que margeia o parque
que no dia 23 de maio de 1535 ancorou a caravela Glória. Nela estavam o donatário da
então Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, e outros 60 homens que
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ali fundaram a Vila do Espírito Santo. Começou, assim, a história do Estado. Hoje, o
parque conta com uma vista espetacular para a baía de Vitória e possui extenso gramado
que abriga alguns dos principais eventos da cidade, como o Festival do Chocolate, a
Festa da Cidade, Feira da Terra e Festa da Penha. No seu entorno estão construções
históricas como o Convento da Penha, a Igreja do Rosário e o Forte São Francisco Xavier
da Barra, formando o conjunto do Sítio Histórico da Prainha, onde também se encontra a
Praça Almirante Tamandaré, um belo espaço contemplativo.
Figura 15 ‐ Sítio Histórico da Prainha
Santuário Divino Espírito Santo
Idealizado e construído por Frei Firmino Matuschek, o Santuário Divino Espírito Santo,
conhecido como Santuário de Vila Velha foi inaugurado no dia 21 de abril de 1967 após
oito anos de obras.
De estilo arquitetônico basilical a construção foi considerada, na época, visionária entre
os religiosos. Frei Firmino chegou a Vila Velha no dia 7 de janeiro de 1956 e assumiu a
paróquia de Nossa Senhora do Rosário, mas a sua sede se tornou pequena e periférica
para a cidade que crescia. Era necessário construir uma nova igreja. Depois de avaliar
vários terrenos, Frei Firmino adquiriu uma área alagada, em que trafegavam canoas de
pescadores. Logo foram fincadas 139 estacas de concreto, com 8 metros de comprimento,
em que se gastaram 20 toneladas de ferro. Da Alemanha veio o dinheiro para a laje. O
restante dos recursos foi arrecadado na cidade.
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Figura 16 ‐ Santuário Divino Espírito Santo
Igreja do Rosário
É a igreja mais antiga do Estado e, talvez, do Brasil. Sua construção começou em 1535,
pelo donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho. Com a ajuda
do jesuíta Afonso Brás e do irmão leigo Simão Gonçalves, a igreja, que possui pisos de
ladrilhos hidráulicos e aspectos barrocos (adquiridos no século XVIII), recebeu o
acréscimo de uma nave maior, construída em pedra, hoje com três altares. Em 1751 o
templo ganhou em seu altar‐mor uma Pedra D´Ara, com relíquias (como os fragmentos
de ossos) dos mártires São Colombo e São Liberato, conforme Diploma do Vaticano
autenticado. Em 1950 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan).
Figura 17 ‐ Igreja do Rosário
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Forte São Francisco Xavier da Barra/380 Batalhão de Infantaria
Foi em 1535 que Vasco Fernandes Coutinho teria construído uma pequena fortificação na
base do morro da Penha. Na época era chamada de Fortaleza de São Francisco de
Piratininga. Em 1862, foi cedida à Marinha e abriga desde 1919 o 3º Batalhão de
Caçadores, hoje o 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro. O forte possui duas
salas, uma dedicada à história da colonização do Espírito Santo e outra com acervo sobre
a 2ª Guerra Mundial. Para a visita é preciso levar documento de identidade e grupos
acima de 10 pessoas precisam fazer agendamento.
Figura 18 ‐ Forte São Francisco Xavier da Barra
Farol de Santa Luzia
Inaugurado em 1871, o farol possui 17 metros de altura e está localizado em um terreno
rochoso de encosta e íngreme, na ponta de Santa Luzia. A iluminação, que inicialmente
era feita a querosene, hoje conta com lâmpadas de 3.000 watts, com alcance de 32 milhas
marítimas e sistema elétrico produzido na França. Ainda em funcionamento, o
equipamento é um dos responsáveis pela orientação da navegação na região, que
envolve o tráfego de grandes navios nos portos de Vila Velha, Tubarão e Vitória.
Pertence à Capitania dos Portos do Espírito Santo e constitui uma área de segurança. O
local encontra‐se temporariamente fechado para visitação.
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Figura 19 ‐ Farol de Santa Luzia
Capela Nossa Senhora dos Navegantes
A capela foi construída no topo de um morro em frente à Praia da Baleia, na Ponta da
Fruta. De acordo com historiadores, a igreja, erguida na década de 1940, seria o resultado
do pagamento de uma promessa de um imigrante italiano que se refugiou na região de
Ponta da Fruta, escapando da hostilidade a alemães e italianos, provocada pela
participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial.
Figura 20 ‐ Capela Nossa Senhora dos Navegantes
Igreja Nossa Senhora da Glória
A edificação foi erguida entre 1900 e 1913 na Barra do Jucu utilizando alvenaria de pedra
e cobertura de telhas com forro de madeira, recentemente substituída por PVC, além de
piso de ladrilho cerâmico.
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Figura 21 ‐ Igreja Nossa Senhora da Glória
Museu Ferroviário da Vale
O Museu Ferroviário da Vale fica na antiga Estação Pedro Nolasco, no bairro de Argolas,
Vila Velha. A estação foi construída em 1927, com o nome de Estação São Carlos. Passou
a se chamar Pedro Nolasco em 1935, em homenagem ao engenheiro responsável pela
construção da estrada de ferro Vitória a Minas. Restaurado, o prédio da antiga estação
abriga, desde 1998, o Museu Ferroviário. Reúne um rico acervo no qual sobressai a velha
Maria Fumaça, o vagão de madeira, o trólei, o telégrafo, o quepe do agente, fotografias,
entre outros.
Figura 22 ‐ Museu Vale
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2.2.3. Balneabilidade
Corpos de água contaminados por esgotos domésticos ao atingirem as águas das praias
podem expor os banhistas a organismos patogênicos. Crianças, idosos ou pessoas com
baixa resistência são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após o
banho em águas contaminadas.
A qualidade das águas é bastante influenciada pelas condições de saneamento básico
existentes nas cidades. Muitas cidades brasileiras não possuem infraestrutura de
saneamento suficiente para atender sua população. Dessa forma, o aporte de esgotos
domésticos para as praias ou outros corpos d’água se torna um fato rotineiro.
No município de Vila Velha este quadro não é diferente, entretanto a Prefeitura
Municipal vem prestando à população, desde 2001, um serviço de monitoramento da
qualidade das águas recreativas, para avaliar o risco à saúde representado pela presença
de microrganismos patogênicos nestes corpos d’água.
Em 2009, foi celebrado o Acordo de Cooperação nº 008/2009, entre a PMVV e a Secretaria
de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEAMA, por intermédio do Instituto
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA.
O Acordo de Cooperação Técnica tem por objeto a colaboração mútua entre as partes
visando o monitoramento da qualidade da água para fins de balneabilidade, incluindo
os pontos monitorados pelo município de Vila Velha/SEMMA no Programa de
Balneabilidade do IEMA. A malha amostral é composta por 15 pontos sendo as coletas
realizadas quinzenalmente entre os meses de março a novembro, e semanalmente nos
meses de dezembro, janeiro e fevereiro, em que as coletas são intensificadas devido à
maior frequência de banhistas nas praias no período de verão (Plano Verão). A avaliação
dos resultados e classificação dos locais de coleta é feita conforme padrões e critérios
estabelecidos na Resolução CONAMA Nº 274/00.
Nos lugares monitorados existem placas de sinalização indicando as condições de
balneabilidade: se a bandeira for verde a praia está própria, se for vermelha está
imprópria.
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Figura 23 ‐ Placa de sinalização indicando a condição de balneabilidade
2.3. MEIO FÍSICO
2.3.1. Recursos Hídricos
2.3.1.1. Hidrografia
O estado do Espírito Santo, para efeito da administração dos recursos hídricos é dividido
em 12 bacias hidrográficas, conforme pode ser observado na figura do Instituto Jones dos
Santos Neves – IJSN, mostrada na Figura 24 a seguir, das quais cinco são bacias de
domínio da união, ou seja, bacias que atravessam mais de um estado, e sete são bacias
estaduais, cujas nascentes e foz encontram‐se nos limites do estado.
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Figura 24 ‐ Bacias Hidrográficas do Espírito Santo
A Bacia Hidrográfica é considerada unidade territorial para implantação das Políticas
Nacional e Estadual de Recursos Hídricos.
As bacias hidrográficas dos rios Santa Maria da Vitória e do Jucu banham 10 municípios
da Grande Vitória e da região centro‐serrano e mantêm estreita dependência ambiental,
social e econômica dos seus afluentes e contribuintes. Os municípios pertencentes aos
territórios das referidas bacias são: Cariacica, Domingos Martins, Guarapari, Marechal
Floriano, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória,
como mostram as Figura 25 e 26 a seguir:
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Figura 25 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória
Figura 26 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu
Ambas as bacias apresentam múltiplos usos e tem importância fundamental para o
estado do Espírito Santo com ênfase para a Região Metropolitana da Grande Vitória.
Estas bacias abastecem quase 50% da população do Espírito Santo, além servir de
insumo para indústrias de grande porte e polos industriais e irrigação para o setor
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agropecuário, especialmente para a produção de hortifrutigranjeiros, uma das economias
mais importantes da região serrana.
Porém, a região de abrangência das bacias sofre com intenso processo de desmatamento
das áreas de nascentes e de recarga de aquíferos, queimadas, redução drástica de mata
ciliar, erosão, estradas mal planejadas, despejos de efluentes industriais, ocupação
desordenada, falta ou insuficiência de saneamento básico, gestão incipiente dos recursos
hídricos e na conservação dos recursos naturais, etc. Todos esses fatores comprometem
de maneira significativa o abastecimento dos mananciais de água das populações
urbanas e rurais da Grande Vitória.
Os principais mananciais que abastecem a Região da Grande Vitória pertencem às bacias
do Rio Jucu e Santa Maria da Vitória e este suprimento de água ocorre por meio de um
sistema integrado, isto é, um mesmo manancial abastece diferentes municípios.
Vila Velha tem sua hidrografia composta das bacias dos rios Guarapari e Jucu, cujas
áreas são de 32 e 179 km² respectivamente, destacando‐se como principais rios o Jucu e o
Una.
Rio Jucu
O Rio Jucu é um rio brasileiro da região sudeste, cuja bacia está totalmente incluída no
estado do Espírito Santo tendo como principais afluentes os denominados Jucu Braço
Norte e Jucu Braço Sul. As cabeceiras do rio Jucu encontram‐se na região montanhosa do
Estado, no Parque Estadual de Pedra Azul a aproximadamente 90 km do mar e deságua
no Oceano Atlântico, na localidade de Barra do Jucu, município de Vila Velha. Além dos
braços Norte e Sul, podem‐se citar como importantes afluentes do rio Jucu os córregos
Barcelos, Ponte, Melgaço, D’Antas, Jacarandá, Ribeirão Tijuco Preto, Biriricas, Santo
Agostinho e Congo, como mostra a Figura 27 a seguir:
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Figura 27 ‐ Bacia Hidrográfica do Rio Jucu
A extensão total dos cursos d’água da bacia do rio Jucu (segundo cartografia IBGE‐
1/50.000) soma aproximadamente 5.130 km, que drenam uma área superior a 2 mil km²,
correspondendo a uma densidade de drenagem de 2,54 km², considerada densa. Nesta
bacia estão situados, integralmente, os territórios dos municípios de Marechal Floriano,
Domingos Martins, Viana, e Vila Velha, e parcialmente os de Cariacica e Guarapari.
As atividades econômicas mais importantes da bacia do rio Jucu são a agropecuária, a
cultura de hortifrutigranjeiros, o turismo e, em menor grau, a geração de energia elétrica
e as atividades industriais. Os principais problemas encontrados na bacia do rio Jucu são:
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assoreamento, lançamento de esgoto não tratado, desmatamento, queimadas, erosão e
ocupação irregular das margens do rio.
O Rio Jucu é um rio com volume médio de água, nos trechos iniciais é rápido e com
corredeiras constantes muito utilizados para a prática de rafting. Seu encontro com o
oceano em período de maré alta provoca uma pequena pororoca. É um rio histórico, que
serviu às primeiras investigações do sertão capixaba, permitiu o desbravamento do
interior dos municípios de Vila Velha, Cariacica e Viana. O Rio Jucu recebeu esse nome
através dos índios, para os quais Jucu é uma árvore de canela. A Figura 28 mostra um
trecho do Rio.
Figura 28 ‐ Corredeira do Rio Jucu
Rio Formate
Na vizinhança da região de Caçaroca o Rio Formate se unia naturalmente ao Rio Jucu.
Porém, os jesuítas construíram um canal artificial no século XIX para transporte fluvial
de mercadorias até a baía de Vitória, ligando o Rio Jucu ao Rio Marinho e forçando este
tributário a desaguar no Rio Marinho, o qual, a rigor, era um modesto braço de
manguezal que conectava alguns córregos à baía de Vitória. No século XX outras
intervenções reforçaram a afluência do Rio Formate ao Rio Marinho.
Dessa forma, o Rio Formate, tratado aqui de forma separada, comporta‐se, na maior
parte do tempo, como tributário do Rio Marinho, mas, em condições excepcionais de
cheias, drena indistintamente para o rio Jucu e para o rio Marinho, dependendo das
condições hidrodinâmicas imperantes na área da Caçaroca, sobretudo nos trechos
denominados Braço Morto do Jucu e canal dos Jesuítas.
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A área drenada é de aproximadamente 101 km², apresentando suas cabeceiras no limite
oeste de Cariacica com o vizinho município de Viana. Esse rio representa o limite
territorial entre os dois municípios citados.
A nascente do Rio Formate localiza‐se nas proximidades da Reserva Florestal de Duas
Bocas e, desde sua nascente até desaguar no Rio Marinho, possui uma extensão total de
escoamento de cerca de 30 km. A rede de drenagem que escoa pela bacia do Rio Formate
apresenta uma extensão total de cerca de 200 km.
Dentre os afluentes do Rio Formate, o córrego Roda D’água é o principal corpo d’água
da margem esquerda, responsável por drenar uma área de pouco mais de 10 km² (10%
da bacia toda do Rio Formate). O córrego Roda D’água constitui‐se, também, num dos
principais responsáveis pela formação das fortes enxurradas que ocorrem na porção
médio‐alta da bacia do Rio Formate e que assolam a área urbana de Cariacica.
Ainda na porção médio‐alta da bacia do Rio Formate, escorre pela margem esquerda o
Córrego Trincheira, com extensão de mais de 4,5 km e área de drenagem de
aproximados 4 km², o Córrego Jaquitá, que escoa pela margem direita por uma extensão
de mais de 2,5 km e área de drenagem de aproximados 3 km², e o Córrego Montanha,
que drena uma bacia de mais de 12 km² e estende‐se por mais de 5 km.
Por fim, na porção baixa da bacia, já próximos do local onde Rio Formate deságua no Rio
Marinho, dois afluentes se destacam na margem direita, quais sejam: Córrego Areinha e
Córrego do Tanque. Na parte superior da bacia do Rio Formate predominam as
atividades rurais, enquanto que a parte inferior, caracteristicamente urbana com
ocupação irregular, como monstra a Figura 29 a seguir:
Figura 29 ‐ Ocupação Irregular no Rio Formate
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Rio Marinho
O Rio Marinho representa o limite territorial entre os municípios de Cariacica e Vila
Velha, escoando em sentido sul‐norte até desaguar na Baía de Vitória. Devido às
modificações antrópicas que culminaram com o desvio das águas do Rio Formate para a
calha do Rio Marinho (ao menos parcialmente), a área de contribuição para esse rio foi
ampliada consideravelmente. O Rio Marinho é naturalmente um curso d’água de
características fluviomarinhas, compondo parte do ambiente estuarino da baía de
Vitória.
Atualmente, parte de seu leito foi canalizada, e suas margens e leito sofreram intensas
ocupações. Há dificuldade de manter faixas de preservação permanente previstas na
legislação, evitando o comprometimento da sua calha hidráulica de escoamento. O Rio
Marinho pode ser considerado atualmente, em toda a sua extensão, impróprio para
abastecimento humano e sem condição de vida aquática, devido à carga de poluição
doméstica e industrial recebida via Rio Formate e, mais à frente, pelos efluentes dos
bairros Caçaroca, Bela Aurora e parte de Cobilândia. Suas condições são pioradas pelo
periódico represamento de suas águas pela maré na baía de Vitória.
O solo na bacia do Rio Marinho está ocupado por loteamentos urbanos com importante
densidade demográfica, sendo mais de 80% de sua bacia hidrográfica ocupada com
imóveis residenciais e industriais. Em toda sua extensão inclui os bairros: Cobi de baixo,
Cobilândia, Jardim do Vale, Jardim Marilândia, Nova América, Rio Marinho, Santa
Clara, Vale Encantado, Alzira Ramos, Bandeirantes, Bela Aurora, Bela Vista, Caçaroca,
Campo Grande, Jardim Alá, Jardim América, Jardim Botânico, Rio Marinho, Sotelândia,
Valparaíso e Vasco da Gama (Cariacica).
Na margem direita do Rio Marinho se localiza um canal denominado vala Marinho, que
se encontra atualmente desconectado do canal Marinho e com previsão de construir um
sistema de comportas automáticas que só permitiriam a conexão da vala Marinho com o
canal se os níveis deste último fossem inferiores. A delimitação de bacias nessa área é
uma tarefa muito complexa, haja vista que essa mesma vala, que se conecta
esporadicamente com o canal Marinho, corta a cidade de Vila Velha e ao Rio Aribiri, que
por sua vez deságua na Baía de Vitória em local diferente do Rio Marinho.
Assim, na margem direita do Rio Marinho não há delimitação de bacia hidrográfica bem
definida, uma vez que o comportamento e sentido do fluxo se dão em função da
magnitude do escoamento e da dinâmica da maré, podendo as vazões geradas na
margem direita do Rio Marinho, em território da cidade de Vila Velha, ora escoarem em
direção do Rio Aribiri, ora em direção do Rio Marinho. O comportamento dos
escoamentos nessa bacia deve‐se à conformação suave do terreno da bacia, onde não
supera os 5 metros de desnível total, sendo a metade desse desnível em áreas de
influência de marés.
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Já no município de Cariacica alguns afluentes da margem esquerda do Rio Marinho
drenam sobremaneira as áreas urbanas deste município.
A bacia do Rio Marinho foi subdividida em quatro sub‐bacias: Margem Direita, Córrego
Campo Grande, Margem Esquerda ao Norte do Córrego Campo Grande e Margem
Esquerda ao Sul do Córrego Campo Grande.
A Figura 30 mostra os problemas encontrados ao longo dos trechos urbanos de
tributários da margem esquerda do Rio Marinho ao norte do córrego Campo Grande e
que contribuem para inundações.
Figura 30 ‐ Ocupação Irregular do Rio Marinho
Malha Hídrica do Município de Vila Velha
A malha hídrica do município de Vila Velha apresenta a seguinte constituição:
Um corpo hídrico, o Rio Jucu, classificado estritamente como rio e que é o principal
manancial de abastecimento de água da Grande Vitória, incluindo o município de Vila
Velha. Suas principais características de vazão são:
Q90 = 12.658 l/s;
Disponibilidade Hídrica (50% de Q90) = 6.329 l/s
Q outorgada = 3.800 l/s
Um corpo hídrico, o Canal do Congo e seus tributários, outrora com características de
pequenos rios ou córregos. Atualmente podem ser classificados como parte córregos,
parte canais de drenagem. O curso principal, denominado Canal do Congo é afluente do
Rio Jucu, praticamente na foz deste na localidade de Barra do Jucu.
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Um corpo hídrico, o Rio Aribiri e seus tributários, outrora com características de
pequenos rios ou córregos. Atualmente podem ser classificados como canais de
drenagem, com características estuarinas nas regiões mais próximas de sua foz na Baía
de Vitória.
Diversos outros corpos hídricos, outrora com características de pequenos rios ou
córregos. Atualmente podem ser classificados como canais de drenagem. Os principais
são o Canal Guaranhuns e seus tributários e o Canal da Costa e seus tributários.
Nessa malha hídrica é importante ressaltar:
‐ com exceção do Rio Jucu, para os demais não há informações detalhadas sobre as
características das vazões nem sobre a qualidade da água;
‐ com exceção do Rio Jucu, os demais corpos hídricos recebem lançamentos de esgoto ʺin
naturaʺ;
‐ o Rio Aribiri e os canais Guaranhuns e da Costa são marcantemente influenciados pelos
níveis da maré, o Rio Jucu em menor escala.
2.3.1.1.1. Comitês de bacias hidrográficas dos Rios Santa Maria da Vitória e Jucu
A gestão integrada e participativa dos recursos hídricos é um dos temas mais
importantes e desafiadores da atualidade, recorrente nas agendas de diversos países e
foco das políticas ambientais em nível global. Entretanto implementar os princípios de
gestão integrada, participativa e descentralizada tem se apresentado como um desafio
para os atuais sistemas de gerenciamento de recursos hídricos.
Em 2005 iniciou‐se o processo de formação dos Comitês Santa Maria da Vitória e Jucu
tendo como base as exigências contidas na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº
9433/1997) e a Política Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Lei nº
5818/1998). Para a eleição dos representantes da diretoria e plenários provisórios foram
realizadas diversas assembleias municipais e regionais. No final de 2007 ambos os
comitês tiveram seus decretos de criação assinados pelo governador do estado e no final
de 2008 os processos eleitorais foram concluídos sendo constituídas as diretorias e
plenárias definitivas.
Atualmente, o CBH Jucu encontra‐se com a sua segunda plenária, instituída em processo
eleitoral concluído em maio de 2011 e o CBH Santa Maria da Vitória encontra‐se com o
prazo expirado para realização do processo eleitoral desde dezembro de 2010.
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2.3.2. Clima
O clima vilavelhense é caracterizado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, como tropical quente super‐úmido (tipo Aw segundo Köppen), visto situar‐se
na porção litorânea da RMGV.
A temperatura média anual de 24,7 °C com invernos secos e amenos e verões chuvosos
com temperaturas elevadas. A umidade relativa do ar de 80%. O mês mais quente,
fevereiro, tem temperatura média de 27,4 °C, sendo a média máxima de 31,8°C e mínima
de 23,1°C. E o mês mais frio, julho, de 22,1°C, sendo 26,4°C e 17,8°C as médias máxima e
mínima, respectivamente. Outono e primavera são estações de transição. São raros os
episódios de frio extremo, sendo que a temperatura mínima registrada na cidade foi de
6°C. Os ventos são constantes o ano todo, porém ocasionalmente o deslocamento de
frentes frias provoca episódios de ventos mais fortes, com rajadas atingindo velocidades
superiores a 70 km/h. Em 6 de maio de 2013, por exemplo, o rápido avanço de uma
frente fria provocou um forte vendaval em Vila Velha e outras cidades do litoral
capixaba, com rajadas de vento chegando aos 120 km/h, provocando queda de árvores e
destelhamento de centenas de casas na cidade e deixando vários bairros vilavelhenses
sem energia elétrica por várias horas em decorrência da queda de postes e danos em fios
elétricos.
A precipitação média anual é de 1.253,8 mm, sendo agosto o mês mais seco, quando
ocorrem apenas 44,6 mm. O período chuvoso, no geral, se estende de outubro até abril,
com a ocorrência de excedentes hídricos praticamente em todos os meses do período
chuvoso e, na região vilavelhense, as precipitações são consideravelmente mais elevadas.
Em dezembro, o mês mais chuvoso, a média fica em 203,3 mm. Nos últimos anos,
entretanto, os dias quentes e secos durante o inverno têm sido cada vez mais frequentes,
não raro ultrapassando a marca dos 30 °C, especialmente entre julho e setembro. Em
janeiro de 2010, por exemplo, a precipitação de chuva em Vila Velha não passou de 1,9
mm. Durante a época das secas e em longos veranicos em pleno período chuvoso
também são comuns registros de queimadas em morros e matagais, principalmente na
zona rural da cidade, o que contribui com o desmatamento e com o lançamento de
poluentes na atmosfera, prejudicando ainda a qualidade do ar.
2.3.3. Cobertura Vegetal
O recobrimento vegetal primário na RMGV apresenta consideráveis variações entre os
municípios integrantes, onde as áreas mais elevadas são cobertas predominantemente
pela floresta atlântica de planície e encosta, com espécies arbóreas densas de grande
altura e diâmetro, submata densa e presença de muitas epífitas. Já as áreas planas, com
elevações máximas da ordem de 3,0msnm (metros sobre do nível do mar), são recobertas
por vegetação conhecida como restinga. Nas áreas inundáveis há presença de
comunidades herbáceas constituídas por elementos fixos ou flutuantes, e as áreas sujeitas
à influência das marés são cobertas por manguezais. Vila Velha é um dos municípios da
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RMGV que apresenta um grau de desmatamento mais intenso, podendo‐se observar
grandes extensões de solo descoberto, ou coberto por herbáceas relativamente dispersas.
Existem, entretanto ainda algumas áreas preservadas de Mata Atlântica, de restingas e
mangues. Vila Velha é o município que apresenta a mais preocupante situação, pois as
reservas florestais remanescentes são pequenas e em número reduzido.
2.3.4. Uso e ocupação do solo
O uso do solo reflete a diversidade sócio‐espacial de atributos físicos e urbanísticos,
infraestruturas, de acessibilidade, de legalidade e de localização relativa a uma dada
região.
Nas diferentes regiões do município, há predominância do uso residencial, dividido em
tipologias que incluem palafitas, barracos, autoconstruções, sobrados, conjunto de casas
e edifícios, prédios de diversos padrões, apart‐hotéis, mansões e chácaras, com
preponderância de alta verticalização na faixa litorânea e na região central, e
predominância de casas e de baixa verticalização nas demais regiões da cidade.
O uso residencial é compartilhado com atividades de comércio, serviços, indústrias e
equipamentos religiosos, esparsamente distribuídos no interior dos bairros, mas
frequentes nas vias de maior movimento, concentrando‐se em alguns trechos que
configuram áreas de centralidade a conjuntos de bairros.
Nas áreas de centralidades são também encontrados estabelecimentos exclusivamente
comerciais e/ou de serviços, que atendem extravicinalmente em caráter mais
especializado.
Dentre as áreas de concentração consolidada podem ser citados o Centro de Vila Velha,
São Torquato, Ibes, Glória, Cobilândia e Novo México.
Ao longo das vias arteriais e sua área de influência imediata e em algumas vias coletoras,
como Rodovia Carlos Lindenberg, Rodovia do Sol, Luciano das Neves, Rodovia Darly
Santos, localizam‐se estabelecimentos de comércio e serviços variados de maior porte e
de caráter metropolitano.
Algumas áreas da cidade especializam‐se concentrando estabelecimentos de atividades
correlatas, constituindo economias de aglomeração, sendo os casos mais representativos,
a Glória no setor de confecções, São Torquato no setor automotivo, Cobilândia no setor
de apoio às atividades portuárias e o Centro de Vila Velha, configurando uma área
central que se estende da Praia da Costa até a Glória, num sentido, e da Prainha até a
Avenida Carioca, em outro, abrigando além de comércio e serviços mais diversificados e
especializados, estabelecimentos de gestão, religiosos, educacionais, sociais, culturais e
associativos.
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Nas duas últimas décadas, diversas empresas de construção civil direcionam
investimentos à produção de edifícios de alto padrão e apart‐hotéis na faixa litorânea,
impactando diretamente o mercado imobiliário nessa região, tanto no que se refere ao
padrão urbanístico quanto à valorização do preço da terra.
As ocupações mais recentes e irregulares, como a região da Grande Terra Vermelha,
Dom João Batista e Ferrinho, se localizam em áreas impróprias à ocupação – com
fragilidades ambientais – ou em situação de precariedade de infra‐estrutura e de acesso a
serviços básicos de atendimento a sua população. Nesses casos, o poder público vem
intervindo, destacando‐se o Projeto de Urbanização Integrada do Bairro Dom João
Batista, com remanejamento de habitações para outra área, o Projeto Multissetorial
integrado em Terra Vermelha, em fase de captação de recursos junto ao Banco de
Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e encaminhamentos junto ao setor
privado para resolução da área do Ferrinho.
Historicamente, a forma de ocupação urbana do município de Vila Velha ocorreu
desordenadamente e a expansão urbana ocorreu mais fortemente, a partir da década de
70.
Desde o período inicial de formação da cidade até o momento presente, uma grande
dificuldade tem sido acompanhar o crescimento, de forma a conservar o patrimônio
ambiental e compatibilizar as novas ocupações, geradas a partir do parcelamento do
solo, protegendo as redes de infra‐estrutura e permitindo a ligação e hierarquia viária.
A informalidade urbana no Município de Vila Velha atinge não apenas as áreas menos
valorizadas, mas também aquelas destinadas às populações de renda elevada. Em
função do processo acelerado de expansão urbana e de ocupação irregular do território,
Vila Velha apresenta comprometimento na qualidade urbana, além de dificuldades no
processo de gestão da cidade.
Quanto aos vazios urbanos existentes em Vila Velha, observa‐se que há um grau elevado
de adensamento nos Pólos Regionais: Central, Cobilândia e Arirbiri, tendo em
contraponto grandes glebas vazias em áreas urbanas, a exemplo da área localizada no
Vale Encantado e outras mais próximas à região de Terra Vermelha, e na parte sudoeste
do território urbano municipal, esta última sem regulamentação urbanística.
Para orientar o desenvolvimento urbano do município, em 2006 foi realizada a Revisão
do Plano Diretor Urbano do Município de Vila Velha.
O zoneamento urbano se divide em:
• Área Urbana Consolidada: Áreas que se encontram em avançado estado de
urbanização e densidade populacional. Conta com porções territoriais residenciais,
comerciais e portuárias;
Página49
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• Área Urbana de Expansão Funcional: Área de interesse logístico e portuário, com baixo
índice de ocupação;
• Área Urbana de Expansão Residencial e Turística: Área litorânea com baixa ocupação,
mas com potencial de uso residencial. Tipologia balneária;
• Área Urbana de Integração: Área livre; e com pouca população residente e com
potencial para ocupação devido à qualidade ambiental;
• Área Urbana de Estruturação: Área de fragilidade ambiental já que seu território
ocupado corresponde às áreas alagadas. Contém vazios devido à restrições de
mobilidade;
• Área Urbana de Transição: Área de transição entre o ambiente rural e o ambiente
urbano. Encontra‐se dentro do perímetro urbano;
• Área de Uso Agropecuário Restrito: Área em situação de fragilidade ambiental devido
à enorme quantidade de canais e cursos d’água da bacia de acumulação do rio Jucu.
Atividades ligadas à agricultura, pecuária e agroturismo;
• Área de Uso Agropecuário Diversificado: A qualidade do solo é altamente adequada
ao desenvolvimento da agricultura, embora grande parte de seu território seja destinada
à criação de gado;
• Área de Uso Agropecuário Diversificado: A qualidade do solo é altamente adequada
ao desenvolvimento da agricultura, embora grande parte de seu território seja destinada
à criação de gado;
• Área de Apoio Logístico: Localizada às margens da BR‐101, essa área se destina a
atividades logísticas e ao escoamento de produtos.
A Figura 31 a seguir mostra esta divisão:
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Figura 31 ‐ Zoneamento Urbano de Vila Velha
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2.3.5. Relevo
O município de Vila Velha apresenta‐se com relevo predominantemente plano, em
média 4 metros acima do nível do mar. São 32 quilômetros de litoral banhados pelo
Oceano Atlântico. Dentre as elevações, destaca‐se o Morro da Concha, elevação rochosa
situada na área litorânea, coberta com restinga; o Morro do Penedo, composto por
formações graníticas e com altitude chegando aos 135 metros de altitude; o Morro do
Moreno, que tem 164 metros de altitude e é considerado como patrimônio natural pela
lei municipal 262, de 1990, e decreto municipal 202, de 1996, abrigando importante
remanescente de mata atlântica; e o Morro da Penha, que tem 154 metros de altura e é
onde está situado o Convento da Penha, sendo então um dos locais mais visitados do
Espírito Santo.
Também existem algumas ilhas que pertencem ao território vilavelhense. A Ilha de
Itatiaia é uma ilha rochosa situada próxima à costa da Praia de Itapuã, sendo um local de
reprodução de aves marinhas como garças e andorinhas. A Ilha das Garças também é
um importante local de reprodução de algumas espécies animais, como garças e o socó‐
dorminhoco, sendo que a restinga predominante no lugar se torna propícia para a
conservação desses filhotes. Estando a 800 metros do continente, é também muito
utilizada para a pesca, porém o acesso é proibido de janeiro a março (época de
reprodução). Também há a Ilha dos Pacotes, de acesso restrito à Marinha do Brasil, que
mantém um farol de sinalização marítima.
Vila Velha possui duas bacias hidrográficas; as bacias dos Rios Guarapari e Jucu, cujas
áreas são, respectivamente, de 32 e 179 km². O Rio Jucu é o principal rio que banha o
município, nascendo na região serrana, em Domingos Martins, e desaguando no Oceano
Atlântico, em território vilavelhense. É responsável pelo abastecimento de água de 60%
da população da Região Metropolitana de Vitória. O encontro do rio com o mar forma,
em alguns períodos do ano, pequenas pororocas.
2.3.6. Áreas Protegidas
O Brasil detém em seu território a maior biodiversidade do planeta. Para proteger este
inestimável patrimônio, o País destina uma área de mais de 750.000 km² a Unidades de
Conservação ‐ UCs federais, aproximadamente 9% do Território Nacional.
O município de Vila Velha possui uma extensão territorial 232 km² onde seu território se
divide em áreas urbanizadas e áreas naturais que são definidas como: Unidades de
Conservação (UC), e Áreas de Preservação Permanentes (APP).
Na RMGV há um grande número de Unidades de Conservação e outras áreas naturais
protegidas devido à existência e conservação de inúmeras áreas ambientalmente
sensíveis, principalmente relacionadas aos estuários, complexos vilavelhanos e morros
isolados, encostas florestadas, manguezais e restingas.
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– Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira
O Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira foi criado através da Lei Municipal
Nº 4105 de 13 de novembro de 1993, e apresenta área de 168,30 hectares. Ele está
localizado no bairro Glória, às margens do canal da Baía de Vitória, na foz do Rio Aribiri,
e apresenta pequenas elevações graníticas, destacando‐se o Morro da Manteigueira onde,
no início do século XX, existia uma casa com a arquitetura semelhante a uma
manteigueira, dando origem ao nome atual do Parque.
O Parque abriga fragmentos da Mata Atlântica, em estágios inicial, médio e avançado de
regeneração, e de seus ecossistemas associados, tais como, o brejo herbáceo e o
manguezal na foz do Rio Aribiri, formando um mosaico paisagístico atraente. Apesar de
estar localizado em uma área urbana, abriga rica e variada fauna.
A vegetação pode ser herbácea ou arbustiva, com ocorrência de árvores nas fendas das
rochas com altura de até 5‐6 metros, sendo comum a ocorrência de Pita (Fourcroya
gigantea), Gravatá (Vriesea marítima), Cactos (Pilosocereus arrabidae, Cereus fernambucensis,
Coleocephaloscereus fluminensis), Quaresmeira (Tibouchina), Capim gordura (Melinis
minutiflora), aroeira (Schinus terebintifolius), entre outras.
Devido à elevada carga de esgotos despejada pelo Rio Aribiri a fauna do manguezal está
bastante modificada. Neste tipo de ambiente podem ser encontrados o caranguejo
(Ucides cordatus), o Guaiamum (Cardisoma guanhumi), os siris (Callinectes spp.), Chama‐
maré (Uca spp.) e o Aratu (Goniopsis cruentata).
Figura 32 ‐ Parque Natural Municipal Morro da Manteigueira
– Parque Natural Municipal de Jacarenema
Criado pelo Decreto Nº 033/03 e ratificado pela Lei 4.999/2010 – Código Municipal de
Meio Ambiente, o parque tem uma área de 346,27 hectares e fica localizado na zona
costeira do bairro Barra do Jucu. A área do Parque compreende a Praia da Barrinha, o
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costão rochoso do Morro da Concha, o manguezal na foz do Rio Jucu, diferentes
formações de vegetação de restinga e vegetação ciliar às margens do Rio Jucu, formando
um mosaico paisagístico atraente e de fundamental importância ecológica.
Apesar das ações predatórias ocorridas nos últimos anos, a área ainda possui
características privilegiadas pela sua geografia, contemplando remanescentes de restinga
que, no passado, cobriam toda a extensão do litoral capixaba. Abriga amostras
significativas da fauna regional, englobando a vida animal do mangue, aves e mamíferos
de médio porte.
Em virtude da proximidade das Ilhas de Itaparica e Itatiaia com a foz do Rio Jucu, essa
região tornou‐se o local adequado à reprodução de garças e andorinhas do mar, além de
constituir em fonte de alimento para os bandos e seus filhotes.
Em função da tendência ao endemismo animal e vegetal e por contemplar uma área
representativa de restinga, uma extensão significativa da área do Parque é identificada
como Área de Preservação Permanente (APP). Tal atributo em conjunto à beleza cênica
do Parque, marcada pelo encontro do rio com o mar, se torna um local propício à
implantação de um polo de integração homem‐natureza, como um atrativo para o
desenvolvimento do turismo ecológico e da educação ambiental, dentro de uma
perspectiva preservacionista.
Figura 33 ‐ Parque Natural Municipal de Jacarenema
– Monumento Natural Morro do Penedo
O Morro do Penedo, localizado às margens da baía de Vitória, consiste de um maciço
rochoso litorâneo, de formação granítica e gnáissica. Apresenta em torno de 132 metros
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de altitude e relevo forte ondulado e escarpado, consistindo em um monumento natural
de referência turística e cultural para todo o Estado do Espírito Santo.
Quantos aos aspectos naturais, a formação rochosa do Morro do Penedo é composta por
vegetação remanescente de Mata Atlântica, bioma que se localiza sobre a imensa cadeia
montanhosa litorânea que ocorre do Oceano Atlântico, reside nas Serras do Mar e da
Mantiqueira, abarcando os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito
Santo (RIZZINI, 1997). O mesmo autor cita o termo Scrub para essas formações
vegetacionais de Mata Atlântica que se apresentam sempre verdes em manchas
dispersas e ocorrem nas rochas da orla marítima.
Figura 34 ‐ Monumento Natural Morro do Penedo
– APA da Lagoa Grande
A Lagoa Grande, situada em Ponta da Fruta, Vila Velha, consiste em uma área natural
muito utilizada pela comunidade local e por visitantes para atividades recreativas.
Trata‐se de uma lagoa costeira formada por avanços e recuos do nível do mar (regressão
e transgressão marinha), que abriga espécies de moluscos, crustáceos, peixes e outras
espécies animais e vegetais que se desenvolvem dentro e nas imediações da Lagoa.
Dentre as espécies de peixes encontradas na Lagoa, destacam‐se a traíra (Hoplias
malabaricus) e o acará (Geophagus brasiliensis), dentre as aves são bastante encontrados nas
imediações da Lagoa o quero‐quero (Vanellus chilensis), joão‐de‐barro (Furnarius rufus),
jacupemba (Penelope sp), coruja‐buraqueira (Speotyto cunicularia). Quanto aos mamíferos,
em estudos realizados no entorno da Lagoa, foram levantados gambá (Didelphis aurita),
tatu‐galinha (Dasypus novemcinctus), Callithrix geoffroyi (sagüi‐da‐cara‐branca).
Em função do seu potencial ambiental e turístico o Município de Vila Velha criou uma
Área de Proteção Ambiental (APA) envolvendo a Lagoa Grande e seu entorno,
totalizando aproximadamente 3.000 ha.
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Segundo a cobertura aerofotogramétrica realizada pela MAPLAN (2001), a Área de
Preservação Permanente (APP) da Lagoa Grande e seu entorno abrange uma área de
1.704.348,07 m².
Figura 35 ‐ APA da Lagoa Grande
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP
Morro do Moreno
O Morro do Moreno localiza‐se na Praia da Costa, Vila Velha, possui altitude máxima de
189,9m (metros) (IJSN, 1990). Segundo a cobertura aerofotogramétrica realizada pela
MAPLAN (2001), a Área de Preservação Permanente (APP) do Morro do Moreno
abrange uma área de 580.647,98 m².
De acordo com EMCAPA (1999) trata‐se de um maciço rochoso litorâneo, de formações
graníticas e gnáissicas. O relevo caracteriza‐se como montanhoso, forte, ondulado e
escarpado, com topo anguloso, vertentes côncavas e convexas. Os tipos de solos são os
cambissólicos distróficos e litólicos (IJSN, 1979).
A cobertura vegetal que compõe este ambiente trata‐se de remanescente de Mata
Atlântica ou Floresta Pluvial Montana, bioma que se localiza sobre a imensa cadeia
montanhosa litorânea que ocorre ao longo do Oceano Atlântico, reside nas Serras do Mar
e da Mantiqueira, abarcando os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Espírito Santo (RIZZINI, 1997). O mesmo autor cita o termo Scrub para estas formações
vegetacionais de Mata Atlântica que se apresentam sempre verdes em manchas
dispersas e ocorrem nas rochas da orla marítima. Nas partes mais altas e de maior
declividade do maciço o difícil acesso proporcionou um bom estado de conservação da
vegetação, com estratos arbustivos e arbóreos e presença de epífitas.
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Em 14/09/1984 o biólogo Paulo César Vinha coletou sobre a rocha no Morro do Moreno
uma planta com cerca de 50 cm de altura, pertencente à família Gesneriaceae.
Posteriormente, o pesquisador a Chauteus a descreveu como espécie nova,
denominando‐a de Sinigria agaensis.
Os registros faunísticos da região são escassos, mas de acordo com informações pessoais
do biólogo Jacques Passamani existem importantes espécies de aves consideradas
sensíveis em relação à perturbação do equilíbrio em seu ambiente natural, como: Ceryle
torquata (martim pescador matraca), Sprotylo cunicularia (coruja buraqueira), Egretta thula
(garça branca pequena), Dacnis cayana (saí‐azul) e Gnorimopsar chopi (melro). Dentre os
mamíferos, destaca‐se o Callithrix geoffroyi (sagui da cara branca).
A PMVV contratou uma empresa para realizar o diagnóstico ambiental da área
objetivando estabelecer a categoria de Unidade de Conservação a ser instituída.
Figura 36 ‐ Morro do Moreno
Morro do Cruzeiro
O Morro do Cruzeiro, também conhecido como Sítio Correia, com 88.393,79m2, localiza‐
se entre os bairros Jardim Colorado, Santos Dumont, Jardim Guadalajara, Brisamar e
Guadalupe. Trata‐se de um maciço rochoso, integrante da paisagem urbana da Grande
Vitória, com cobertura vegetal representada por remanescente de Mata Atlântica.
A cobertura vegetal que compõe este ambiente trata‐se de remanescente de Mata
Atlântica ou Floresta Pluvial Montana, bioma que se localiza sobre a imensa cadeia
montanhosa litorânea que ocorre ao longo do Oceano Atlântico, reside nas Serras do Mar
e da Mantiqueira, abarcando os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e
Espírito Santo (RIZZINI, 1997).
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Atualmente, a área apresenta‐se em estágio de recomposição vegetal, com formações de
macega (vegetação herbácea, tipicamente invasora), capoeira (vegetação arbustiva e
arbórea) e formações em estágio mais avançado de regeneração.
Morro do Jaburuna
O Complexo do Morro do Jaburuna localiza‐se no bairro Jaburuna, Vila Velha. Segundo
a cobertura aerofotogramétrica realizada pela MAPLAN (2001), a área protegida do
Complexo do Morro do Jaburuna abrange uma área de 723.121,49 m².
Trata‐se de três maciços rochosos litorâneos, denominados Jaburuna, Soares e Inhoá, de
formações graníticas e gnáissicas, com altitude variando de 138 a 156 metros.
Destacamos a seguir as principais Leis pertinentes à área:
Art. 2º, da Lei Nº 4771/65 (Código Florestal) – Consideram‐se de Preservação Permanente
as florestas e demais formas de vegetação natural situadas no topo de morros, montes,
montanhas e serras; nas encostas ou parte destas com declividade superior a 45º,
equivalente a 100% na linha de maior declive.
Resolução CONAMA Nº 303/02 – Constitui Área de Preservação Permanente (APP) a
área situada no topo de morros e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de
nível correspondente a dois terços da altura mínima da elevação em relação à base.
Morro do Convento
O Morro do Convento localiza‐se em Prainha, Vila Velha e constitui um importante
monumento natural, paisagístico e histórico‐cultural, fazendo parte das áreas de
remanescentes da Mata Atlântica do Espírito Santo.
Regulamentado pelo Art. 2º, da Lei Nº 4771/1965 e ratificado pela Lei Nº 12651/2012
(Código Florestal) que considera de Preservação Permanente as florestas e demais
formas de vegetação natural situadas no topo de morros encostas ou parte destas com
declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive.
O Santuário da Penha abrange uma área de 632.226 m² que abriga também um
fragmento de Mata Atlântica que é cuidadosamente preservada por meio de parceria
com a iniciativa privada. O morro apresenta 160 m de altitude e é um dos locais mais
visitados do Estado, pois em seu cume foi edificado no século XVI, o Convento da Penha.
Trata‐se de um maciço rochoso litorâneo, de formações graníticas e gnáissicas. O relevo
caracteriza‐se como montanhoso, forte, ondulado e escarpado, com topo anguloso,
vertentes côncavas e convexas. Os tipos de solos são os cambissólicos, distróficos e
litólicos.
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A cobertura vegetal desse ambiente é constituída por remanescente de Mata Atlântica ou
Floresta Pluvial Montana em estágios médio e avançado de regeneração. Dentre as
espécies vegetais encontradas na área destacam‐se: Pau d’alho (Gallesia integrifolia), Ipê
amarelo (Tabebuia riodocensis), Louro (Cordia trichotoma), Araçá da mata (Eugenia
involucrata), cajasão, Pau sangue, Guapuruvú, Ipesão, Louro, Manjolo, Angico branco,
Quina preta, dentre outros.
Como representantes da fauna habitante e visitante do Morro do Convento destacam‐se
o Sagui‐da‐cara‐branca (Callithrix geoffroyi) e o Saí‐azul (Dacnis cayana), além de Gambá,
Preguiça, Faisão, dentre outras.
Dada à importância das áreas de Mata Atlântica, destacando‐se a manutenção da
biodiversidade, a UNESCO declarou as áreas de Mata Atlântica do Estado do Espírito
Santo como Reserva da Biosfera.
Morro de Argolas
Regulamentado pelo Art. 2º, da Lei Nº 4771/1965 e ratificado pela Lei Nº 12651/2012
(Código Florestal) que considera de Preservação Permanente as florestas e demais
formas de vegetação natural situadas no topo de morros encostas ou parte destas com
declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive.
Localizado no bairro Argolas, apresenta Bioma Mata Atlântica.
Morro do Pão Doce
Regulamentado pelo Art. 2º, da Lei Nº 4771/1965 e ratificado pela Lei Nº 12651/2012
(Código Florestal) que considera de Preservação Permanente as florestas e demais
formas de vegetação natural situadas no topo de morros encostas ou parte destas com
declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive.
Localizado no bairro São Torquato, apresenta Bioma Mata Atlântica.
Morro da Ucharia
Regulamentado pelo Art. 2º, da Lei Nº 4771/1965 e ratificado pela Lei Nº 12651/2012
(Código Florestal) que considera de Preservação Permanente as florestas e demais
formas de vegetação natural situadas no topo de morros encostas ou parte destas com
declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive.
Localizado no bairro Prainha, apresenta Bioma Mata Atlântica.
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Lagoa de Jabaeté
A Lagoa de Jabaeté (Figura 37) é um patrimônio ambiental, de rara beleza, com grande
potencial turístico, localizada em Barra do Jucu, Vila Velha, a poucos quilômetros do
centro urbano.
Figura 37 ‐ Lagoa de Jabaeté
Trata‐se de uma lagoa costeira formada por avanços e recuos do nível do mar (regressão
e transgressão marinha), que abriga espécies de moluscos, crustáceos, peixes e outras
espécies animais e vegetais que se desenvolvem dentro e nas imediações da Lagoa.
Muitas são as lendas e histórias envolvendo a Lagoa de Jabaeté. Moradores da região em
torno da Lagoa de Jabaeté relatam casos de aparições assombrosas, mulheres gigantes,
caravelas que teriam naufragado em suas águas, tesouros de piratas e bola de fogo.
Segundo a cobertura aerofotogramétrica realizada pela MAPLAN (2001), a área
delimitada da Lagoa de Jabaeté abrange uma área de 3.402.037,69 m².
A PMVV contratou uma empresa para realizar o diagnóstico ambiental da área
objetivando estabelecer a categoria de Unidade de Conservação a ser instituída.
Lagoa de Jacuném
Regulamentado pelo Art. 2º, da Lei Nº 4771/1965 e ratificado pela Lei Nº 12651/2012
(Código Florestal) que considera de Preservação Permanente as florestas e demais
formas de vegetação natural situadas ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água
naturais ou artificiais. A Lagoa tem uma área de 100,00 ha.
Localizada na Ponta da Fruta, apresenta Bioma Mata Atlântica, e ecossistema de
Restinga.
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Lagoa Encantada
A Lagoa Encantada situa‐se em Vale Encantado, Vila Velha, em área de drenagem do rio
Aribiri, constituindo‐se, dessa forma, parte integrante da bacia desse rio.
A Lagoa constitui um dos poucos ambientes da região que abriga espécies da fauna
aquática (moluscos, peixes) e outras espécies animais e vegetais que se desenvolvem
dentro e nas imediações da Lagoa.
Em função de sua importância natural como recurso hídrico, abrigando fauna e flora
características, o Município de Vila Velha, com o auxílio do trabalho de cobertura
aerofotogramétrica, realizada pela MAPLAN (2001), demarcou a área protegida de
Lagoa Encantada, abrangendo a lagoa e seu entorno, com área de 1.194.804,85 m².
O Quadro 1 a seguir apresenta resumidamente as informações acerca das principais
áreas naturais do Município de Vila Velha.
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Quadro 1 ‐ Quadro Resumo
ÁREA
NATURAL CATEGORIA ÁREA LOCALIZAÇÃO LEGISLAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Morro da
Manteigueira
Parque
Natural
Municipal
168,30
ha Glória
Lei Municipal
N.º 4105/03
Lei Municipal
nº 4.999/2010.
∙ Abriga fragmentos
de Mata Atlântica,
brejo herbáceo e
manguezal;
∙ Fauna rica e variada,
com espécies
ameaçadas de
extinção;
∙ Atividades de uso
público
desenvolvidas como
Educação Ambiental
e Ecoturismo;
∙ Atividades
conflitantes como
caça, pesca, captura
de animais silvestres,
desmatamento entre
outros.
Jacarenema
Parque
Natural
Municipal
346,27
ha Barra do Jucu
Decreto
Municipal N.º
026/08
Apresenta diferentes
formações de
vegetação de restinga,
vegetação ciliar às
margens do Rio Jucu
e manguezal;
Lei Estadual
N.º 5427/97
Abriga amostras
significativas da
fauna regional, com
espécies ameaçadas
de extinção;
Decreto
Municipal Nº
033/03
Atividades como
Educação Ambiental
e Ecoturismo
desenvolvidas por
ONGs ambientalistas;
Lei Municipal
nº 4.999/2010.
∙ Atividades
conflitantes como
caça, pesca, coleta de
plantas, capturas de
animais, queimadas,
atropelamento de
animais, deposição de
lixo, entre outros.
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ÁREA
NATURAL
CATEGORIA ÁREA LOCALIZAÇÃO LEGISLAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Morro do
Penedo
Monumento
Natural
Municipal
187.888,90
m² Capuaba
Lei Municipal
N.º 4930/10
Lei Municipal
nº 4.999/2010.
∙ Consiste de um
maciço rochoso
litorâneo;
∙ Possui
remanescentes de
Mata Atlântica e
vegetação rupestre,
com diversificada
fauna e flora e
espécies ameaçadas
de extinção;
∙ O Parque não
possui infraestrutura
e não há atividades
de uso público
sistematizadas;
∙ Atividades
conflitantes como
atividades portuárias
no entorno da
unidade, poluição
hídrica, queimada,
entre outros.
Lagoa
Grande
Área de
Proteção
Ambiental
2.725,2 ha Ponta da Fruta
Lei Municipal
N.º 5019/10
Decreto
Municipal Nº
046/06
Lei Municipal
nº 4.999/2010.
Inclui as APP’s das
lagoas costeiras:
Jacuném, Interlagos I
e II e Lagoa Grande;
∙ Abriga uma
diversidade de
espécies animais;
∙ Abriga também
formações de Mata
Atlântica, Várzea,
Vegetação de
Restinga, pastagens e
pequenas áreas
agrícolas;
∙ Atividades
conflitantes como
extração mineral,
despejo de esgoto,
desmatamento e
queimada, entre
outros.
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3. INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA
3.1. INDICADORES SOCIAIS
3.1.1. Saúde
O município de Vila Velha possui 578 estabelecimentos de saúde cadastrados no CNES
(Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), sendo a maior parte de
estabelecimentos privados (Quadro 03).
O Quadro 2 a seguir, mostra os estabelecimentos de saúde segundo Esfera
Administrativa em Vila Velha no ano de 2013:
Quadro 2 ‐ Estabelecimentos de saúde segundo Esfera Administrativa
ESFERA
ADMINISTRATIVA QUANTIDADE PORCENTAGEM (%)
Estaduais 9 1,6
Privados 537 93
Municipais 32 5,4
TOTAL 578 100
Fonte: CNES, DataSus, MS, 2013.
A Gestão da Atenção Básica Ampliada é feita de forma plena pelo Município, sendo
condição de gestão do Sistema Único de Saúde. Dessa forma, o serviço de saúde de Vila
Velha é responsável pelo controle da tuberculose, hipertensão e diabete, a eliminação da
hanseníase, ações de saúde bucal, de saúde da criança e de saúde da mulher. A rede
municipal de saúde conta com 35 estabelecimentos para atender a demanda da Atenção
Básica conforme mostrada no Tabela 2 a seguir:
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Tabela 2 ‐ Rede Municipal de Saúde
EQUIPAMENTOS QUANTIDADE
Central Municipal de Regulação 1
Central Odontológica 1
Centro de atenção Psicossocial CAPS AD 1
Centro de Controle de Zoonoses 1
Centro de Especialidades Odontológicas CEO 1
Centro de Referência em DST AIDS e Hepatites
Virais
1
Centro de Saúde 1
Centro Municipal de Atenção Secundária mais
saúde
1
Centro Regional saúde do Trabalhado CEREST 1
Hospital Municipal 1
Posto de Saúde 1
Programa de Combate à Dengue 1
Programa de Saúde Bucal 1
Pronto Atendimento 2
Secretaria Municipal de Saúde 1
Unidade de Saúde Família 2
Unidade de Saúde 15
Vigilância Sanitária 2
FONTE: Estabelecimentos Municipais de Saúde – 2013 ‐ Fonte: CNES, DataSus, MS, 2013.
3.1.2. Índice de Desenvolvimento Humano – IDHM
O índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Vila Velha em 2010 é
0,800. O município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Muito Alto
(IDHM entre 0,8 e 1).
Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com
crescimento de 0,131), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991 e 2000, a
dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de
0,126), seguida por Longevidade e por Renda, com mostra a Tabela 3 a seguir:
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Tabela 3 ‐ IDH de Vila Velha
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
Evolução
Entre 2000 e 2010‐ O IDHM passou de 0,709 em 2000 para 0,800 em 2010 ‐ uma taxa de
crescimento de 12,83%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o
IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 31,27% entre
2000 e 2010.
Entre 1991 e 2000 ‐ O IDHM passou de 0,611 em 1991 para 0,709 em 2000 ‐ uma taxa de
crescimento de 16,04%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o
IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 25,19% entre
1991 e 2000.
Entre 1991 e 2010 ‐ Vila Velha teve um incremento no seu IDHM de 30,93% nas últimas
duas décadas, abaixo da média de crescimento nacional (47%) e abaixo da média de
crescimento estadual (46%). O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância
entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em
48,59% entre 1991 e 2010.
Ranking
Vila Velha ocupa a 40ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil,
sendo que 39 municípios (0,70%) estão em situação melhor e 5.526 municípios (99,30%)
estão em situação igual ou pior. Em relação aos 78 outros municípios de Espírito Santo,
Vila Velha ocupa a 2ª posição, sendo que apenas 1 município (1,28%) está em situação
melhor e 77 municípios (98,72%) estão em situação pior ou igual.
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes ‐ Vila Velha ‐ ES
IDHM e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,48 0,60 0,73
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 49,68 59,48 71,67
% de 5 a 6 anos na escola 52,70 65,88 87,91
% de 15 a 17 anos nos finais do fundamental ou com
fundamental completo 65,83 16,64 88,72
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 42,47 59,64 66,62
% de 18 a 20 anos com médio completo 25,66 40,80 53,66
IDHM Longevidade 0,69 0,78 0,86
Esperança de vida ao nascer 66,33 72,02 76,84
IDHM Renda 0,69 0,76 0,81
Renda per capita 597,41 877,60 1.211,79
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3.1.3. Índice de Vulnerabilidade Social – IVS
A Tabela 4 a seguir, mostra a evolução do índice de vulnerabilidade social de Vila Velha.
Tabela 4 ‐ Índice de Vulnerabilidade Social de Vila Velha
Vulnerabilidade Social ‐ Vila Velha ‐ ES
Crianças e Jovens 1991 2000 2010
Mortalidade Infantil 34,03 18,80 10,86
% de crianças de 4 a 5 anos fora da escola ‐ 46,74 21,29
% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 9,85 6,02 3,25
% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem
trabalham e são vulneráveis à pobreza ‐ 8,83 6,33
$ de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,20 0,27 0,12
% de 15 a 17 anos que tiveram filhos 4,15 4,62 5,17
Taxa de atividade ‐ 10 a 14 anos ‐ 5,91 4,06
Família
% de mães chefes de família sem fundamental
completo e com filhos menores de 15 anos 12,22 11,73 10,75
% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e
dependentes de idosos 1,45 1,35 0,91
% de crianças extremamente pobres 6,83 4,95 1,77
Trabalho e Renda
% de vulneráveis à pobreza 36,65 27,39 15,74
% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental
completo e em ocupação informal ‐ 30,95 20,20
Condição de Moradia
% de pessoas em domicílios com abastecimento de
água e esgotamento sanitário inadequados 0,83 1,59 0,42
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
3.1.4. Taxa de Mortalidade Infantil
Em 2013 o coeficiente de mortalidade infantil foi de 9,77 a cada mil crianças menores de
um ano de idade, sendo que 99,7% do total de nascidos vivos tiveram seus partos
assistidos por profissionais qualificados de saúde e a taxa de natalidade foi de 6.447
nascidos vivos.
3.2. ECONOMIA
De acordo com dados do IBGE, relativos a 2011, o PIB do município era de R$ 7.240.296
mil. O produto interno bruto per capita era de R$ 17.244,79.
Ainda de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade possuía,
no ano de 2011, 14.23 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes.
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Havia 120.631 trabalhadores classificados como pessoal ocupado total e destes 100.723
categorizavam‐se em pessoal ocupado assalariado. Os salários juntamente com outras
remunerações somavam R$ 1.594.873 mil. com salário médio mensal de todo município
de 2,3 salários mínimos.
A agricultura, que serviu como sustento de Vila Velha por muito tempo, desde a época
da fundação da cidade, perdeu força no decorrer do século XX, dando lugar ao comércio,
ao turismo e a indústria.
Setor primário
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Vila Velha. De todo o produto
interno bruto da cidade, R$12.171 é o valor adicionado bruto da agropecuária.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, o município contava
com cerca de 17.490 bovinos, 520 equinos, 10 asininos, 130 muares, 5.623 suínos, 295
caprinos, 400 ovinos e 2.825 aves. Também foram produzidos 10.020 quilos de mel de
abelha.
Também se destaca a pesca marítima, sendo que existem cerca 548 embarcações
cadastradas, com uma média mensal de 250 toneladas de pescado capturado.
Na lavoura temporária são produzidos principalmente a cana‐de‐açúcar (5.400 toneladas
produzidas e 100 hectares cultivados), a mandioca (675 toneladas produzidas e 45
hectares plantados), o milho (38 toneladas rendidas e 25 hectares cultivados) e o feijão
(32 toneladas rendidas e 40 hectares plantados). Já na lavoura permanente destacam‐se o
coco (366 mil frutos produzidas e 70 hectares colhidos), a borracha em forma de látex
coagulado (239 toneladas produzidas e 199 hectares colhidos), a laranja (93 toneladas
produzidas e 13 hectares cultivados), o café (50 toneladas rendidas e 25 hectares
cultivados) e o palmito (16 toneladas produzidas e 11 hectares colhidos).
Setor secundário
A indústria, atualmente, é o segundo setor mais relevante para a economia do município.
Os R$ 1.513.311 do produto interno bruto municipal são do valor adicionado bruto da
indústria (setor secundário). A indústria ganhou força na cidade a partir da instalação da
fábrica da Chocolates Garoto, que foi fundada em agosto de 1929, sendo hoje uma das
maiores do país. Além da Garoto, a cidade se destaca e tem potencialidade nas áreas da
indústria de comércio exterior e sistema portuário, de indústrias leves (alimentos,
confecções e bebidas), e da construção civil. A Figura 38 a seguir, mostra a fábrica de
chocolate Garoto.
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Figura 38 ‐ Fábrica de Chocolate Garoto
O Terminal Portuário de Vila Velha é um dos maiores do sudeste brasileiro, sendo que o
Espírito Santo é considerado como uma área privilegiada para o desenvolvimento da
atividade, por localizar‐se na porção central do Brasil e ter fácil conexão com o resto do
país. Dele são exportados, para vários estados e países, produtos siderúrgicos, mármores
e granito, café, automóveis, granéis sólidos, bobinas de papel e celulose.
Setor terciário
A prestação de serviços rende R$4.285.070 ao produto interno bruto municipal, sendo
que atualmente é a maior fonte geradora do produto interno bruto vilavelhense,
representando 72,44% do lucro anual médio da cidade. No setor terciário os destaques
são o comércio e o turismo. Grande parte dos estabelecimentos comerciais de Vila Velha
são micro e pequenas, sendo que elas foram responsáveis por 73% das contratações de
trabalho com carteira assinada em agosto de 2012 na cidade. Até outubro de 2012, havia
11.850 empreendedores individuais cadastrados no município. Alguns projetos
realizados pela prefeitura, em parceria com o estado ou com o Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), visam incentivar e orientar o trabalho do
micro e pequeno empresário.
Os principais pontos comerciais são as diversas feiras livres de Vila Velha, presentes em
vários pontos da cidade; o chamado Pólo de Moda da Glória, situado no bairro Glória,
reunindo mais de 1.300 lojas distribuídas em várias ruas e dezenas de galerias onde se
encontram bijuterias, bolsas, cintos, moda praia, roupas em jeans, malhas e tecidos; além
do centro da cidade e ao longo da orla marítima. Nas avenidas situadas na orla também
se concentram a grande maioria das pousadas, hotéis e restaurantes das mais variadas
classes econômicas.
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3.3. EDUCAÇÃO
No município, em 2014, 0,3% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino
fundamental. A taxa de conclusão, entre jovens de 15 a 17 anos, era de 66,62%.
Caso queiramos que em futuro próximo não haja mais analfabetos, é preciso garantir que
todos os jovens cursem o ensino fundamental. O percentual de alfabetização de jovens e
adolescentes entre 15 e 24 anos, em 2010, era de 99,1%.
No Estado, em 2010, a taxa de frequência líquida no ensino fundamental era de 85,0%.
No ensino médio, este valor cai para 49,9%.
O Espírito Santo no ano 2013 apresentou valores crescentes de distorção idade‐série em
relação à etapa frequentada. No município de Vila Velha temos a taxa de distorção
idade‐série de 21,24 % nos anos iniciais e 34,24% nos anos finais do ensino Fundamental.
Comparativamente o Estado do Espírito Santo apresenta um a taxa de distorção idade ‐
série nos anos iniciais de 18,91% para os anos iniciais e de 41,98 % para os anos finais do
Ensino fundamental, segundo Censo Escolar 2013/SEDU/GEIA/SEE/ 2013. Já na rede
privada de ensino encontramos a realidade de 2,27 % e 7,42% respectivamente. De
maneira geral o município apresenta do 1º ao 9º ano uma distorção de 26,65%. Desta
maneira observamos que a medida que se avança nos níveis de ensino, esta distorção é
elevada.
O IDEB é um índice que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil,
aplicado a crianças da 4ª e 8ª séries, podendo variar de 0 a 10.
O IDEB nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino fundamental em
escolas públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas particulares, as notas médias
foram, respectivamente, 6,5 e 6,0. No município de Vila Velha os resultados do IDEB
foram 5,1 e 4,1, respectivamente.
Os recursos educacionais existentes no município para atender a comunidade
compreendem instituições da rede pública municipal e estadual e da rede privada,
atendendo desde ao ensino infantil até o ensino superior, conforme resumidos na Tabela
5 a seguir:
Tabela 5 ‐ Recursos Educacionais no Município
TIPO DA INSTITUIÇÃO QUANTIDADE
Escolas Municipais de ensino 94
Escolas Estaduais de ensino 28
Instituições de ensino superior 12
Instituições de ensino 83
Total 217
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
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Atividades Sustentáveis presentes na Educação
No ano de 2014 a Secretaria de Educação como apoio das Secretarias de Serviços
Urbanos e Meio Ambiente implementou um plano piloto de coleta seletiva junto às
escolas municipais como estratégia de sensibilização para as políticas públicas de
resíduos sólidos no município, utilizando para isto, carros especiais na coleta dos
recicláveis e os encaminhando para uma associação de catadores presente no município,
que os reencaminhará a indústria de reciclagem, gerando renda a estas populações que
vivem da coleta, as tirando da rua e educando formal e informalmente a população e os
alunos sobre a importância do retorno consciente destes materiais. Inicialmente nove
escolas entre Unidades de Educação infantil e Ensino fundamental, serão contempladas,
abordando alunos de 1 a 14 anos e também o público da EJA (educação de Jovens e
adultos). A Secretaria aguarda maior estruturação e organização da referida Associação,
para que aumente sua capacidade de suporte de recebimento de recicláveis, bem como
provisionamento de maior número de carros coletores especiais, para que todas as
escolas do Município possam fazer parte deste projeto, tão importante para minimização
dos impactos causados por resíduos sólidos ao meio ambiente.
A Secretaria de Educação conta também com a participação de 40 (quarenta) escolas no
Programa do Governo Federal PDDE‐Escolas sustentáveis, que recebem neste ano de
2014 valores entre R$ 8.000,00 e R$ 12.000,00, para desenvolvimento de projetos
sustentáveis por elas planejados, contemplando e respeitando suas especificidades
regionais‐locais.
A horta escolar se faz presente no Município em 32 de suas Unidades escolares, unindo a
teoria estudada nas salas de aula convencionais, com a prática diária do plantio e da
observação e da pesquisa de campo. Além de ser um fator motivador para a mudança de
hábitos alimentares na escola. Este Projeto no ano de 2013, foi considerado pelo Conselho
Estadual de Segurança alimentar como modelo a ser implementado nas demais unidades
educacionais do Estado do Espírito Santo.
A Secretaria Municipal de Educação também possui parcerias com ONGs do Município,
para auxílio na revegetação e resgate da importância de ecossistemas litorâneos,
localizados nas orlas das praias de Itapuã, Itaparica e da Costa, conscientizando alunos
do entorno e suas famílias sobre a importância do cercamento da orla, e suas implicações
benéficas no cotidiano da população.
Palestras com diferentes Institutos e órgãos de conservação ambiental, voltados aos mais
variados setores foram oferecidas aos mais de 3000 professores da Rede Municipal de
Vila Velha, objetivando uma cidade mais limpa, participativa e sustentável.
Parcerias com o Ministério Público foram feitas no ano de 2013 para proposição de
projetos de recuperação de áreas públicas, em regiões de risco social, próximas a
Unidades de Ensino Municipais.
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Em 2012, segundo o Censo Escolar, o grau de cobertura no Ensino Fundamental foi
superior a 98%, para faixa etária de 7 a 14 anos;
A taxa de frequência líquida no Estado em 2012, segundo IBGE, na faixa etária de 06 a 14
anos, ou seja, no Ensino Fundamental chegava a 91,9% e de 15 a 17 – Ensino Médio era
de 54,9%.
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4. DADOS POPULACIONAIS
Em 2010, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 414.420 habitantes, sendo que 199.083 habitantes eram homens e
215.337 habitantes mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 412.402 habitantes viviam
na zona urbana e 2.018 na zona rural. Já segundo estatísticas divulgadas em 2013, a
população municipal era de 458.489 habitantes, sendo o segundo mais populoso do
estado (atrás apenas de Serra) e o 48º mais populoso do Brasil, apresentando uma
densidade populacional de 2 195,62 habitantes por km². A Tabela 6 a seguir, mostra
dados dos últimos censos.
Tabela 6 ‐ Dados Populacionais
População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização – Vila Velha ‐ ES
População População
(1991)
% do
Total
(1991)
População
(2000)
% do
Total
(2000)
População
(2010)
% do
Total
(2010)
População total 264.417 100,00 345.326 100,00 414.586 100,00
População
residente
masculina
127.276 48,13 165.649 47,97 199.146 48,03
População
residente feminina
137.142 51,87 179.677 52,03 215.440 51,97
População urbana 263.394 99,61 343.986 99,61 412.575 99,51
População rural 1.024 0,39 1.340 0,39 2.011 0,49
Taxa de
Urbanização
‐ 99,61 ‐ 99,61 ‐ 99,51
Fonte: PNUD, Ipea e FJP
A Figura 39 a seguir, mostra a pirâmide etária do município segundo o IBGE 2010.
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Figura 39 ‐ Pirâmide Etária do Município
A Tabela 7 a seguir, mostra a quantidade e a situação dos domicílios segundo o censo de
2010‐ IBGE
Tabela 7 ‐ Situação dos Domicílios de Vila Velha
Tipo Nº
Domicílios particulares ocupados 134.556
Domicílios particulares não ocupados 22.225
Domicílios coletivos 123
Domicílios coletivos com morador 74
Domicílios coletivos sem morador 49
Média de moradores em domicílios particulares
ocupados 3,08
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5. ÓRGÃOS AMBIENTAIS, LICENCIAMENTO E LEGISLAÇÃO
Os órgãos ambientais que atuam sobre o município são:
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Seama) ‐
www.seama.es.gov.br
Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) ‐ www.iema.es.gov.br
5.1. LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O licenciamento ambiental está previsto na Lei Federal nº 6.938/1981, que dispõe sobre a
Política Nacional do Meio Ambiente, sendo definido como um procedimento pelo qual o
órgão ambiental competente permite a localização, instalação, ampliação e operação de
empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais e/ou sejam
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou que causem degradação
ambiental.
A Licença Ambiental é o ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar
e operar empreendimentos ou atividades que utilizem os recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental.
5.1.1. Licenciamento estadual
No Estado do Espírito Santo, conforme a Lei Complementar nº 248/2002, o Instituto
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) é responsável por planejar,
coordenar, executar, fiscalizar e controlar as atividades de meio ambiente, dos recursos
hídricos estaduais e dos recursos naturais federais, cuja gestão tenha sido delegada pela
União. A seguir são listadas algumas legislações importantes a serem consideradas no
processo de licenciamento junto ao IEMA.
• Decreto Estadual nº 1.777‐R, de 08 de janeiro de 2007 ‐ dispõe sobre o Sistema de
Licenciamento e Controle das Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio
Ambiente, denominado SILCAP;
• Instrução Normativa nº 12/2008 e 001/2012 ‐ dispõem sobre a classificação de
empreendimentos e a definição dos procedimentos relacionados ao licenciamento
ambiental simplificado e dispensados de licenciamento;
• Instruções Normativas n° 11/2008 e 10/2010 ‐ dispõem sobre o enquadramento das
atividades potencialmente poluidoras e/ou degradadoras do meio ambiente com
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obrigatoriedade de licenciamento ambiental junto ao IEMA e sua classificação quanto ao
potencial poluidor e porte;
• Decreto Estadual nº 3212‐R/2013 ‐ dispõe sobre as diretrizes, para a regularização e o
controle ambiental das atividades de saneamento e dá outras providências.
No SILCAP é previsto os seguintes tipos de licença ambiental: Licença Simplificada (LS),
Licença Ambiental de Regularização (LAR), Licença Prévia (LP), Licença de Instalação
(LI), Licença de Operação (LO) e Licença Ambiental de Regularização de Saneamento
(LARS).
5.1.1.1. Dispensa de Licenciamento
Estão enquadrados como atividades dispensadas de licenciamento, no âmbito do
saneamento:
Captação de água sem canal de adução ou interferência no canal do corpo hídrico;
Estações de Tratamento de Água (ETA) até 20 L/s;
Reservatórios de água tratada, redes, elevatórias, boosters e adutoras de água;
Redes coletoras de esgoto;
Estação elevatória, coletor tronco e/ou tubulação de recalque de esgoto até 200 L/s.
É importante ressaltar que a referida dispensa não isenta a obrigatoriedade de obtenção
de outorga para captação de água ou lançamento de efluentes, quando couber, e somente
é válida se obedecidos os requisitos abaixo:
I. Não prever intervenção, ocupação ou uso de qualquer forma de Áreas de
Preservação Permanente;
II. Obedecer ao que ditam as Leis e normas vigentes, especialmente no que se refere aos
distanciamentos mínimos em relação a corpos hídricos, estradas e rodovias, sem prejuízo
da observância dos limites fixados para Áreas de Preservação Permanente em
legislação/normatização própria.
III. Não poderão ser ocupadas áreas alagadas e/ou alagáveis e/ou que apresentem
alguma condição geológica que ofereça risco aos moradores (deslizamento de barrancos
e/ou rochas, riscos de erosão, fraturas em rochas ou outros);
IV. A ocupação somente poderá se dar em área urbana e/ou em loteamentos
consolidados assim reconhecido pela municipalidade ou devidamente licenciados (com
Licença de Instalação ou Operação conforme o caso) pelo órgão ambiental competente,
que possuam, no mínimo, os seguintes equipamentos de infraestrutura urbana:
a) Malha viária com sistema de escoamento e/ou canalização de águas pluviais;
b) Rede pública de abastecimento de água potável;
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c) Rede pública de esgotamento sanitário.
5.1.1.2. Licenciamento Simplificado (LS)
Estão enquadrados nesta modalidade empreendimentos ou atividades utilizadoras de
recursos ambientais consideradas de baixo impacto ambiental que se enquadrem nas
Classes “S” e “I”, segundo classificação empregada em instruções normativas do IEMA,
como:
Estação elevatória, coletor tronco e/ou tubulação de recalque de esgoto de 200,0L/s
até 1000,0L/s de vazão;
Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), sem lagoa(s) com vazão até 50,0L/s;
Estação de Tratamento de Água (ETA) de 20,0L/s até 500,0L/s de vazão;
Obras de microdrenagem (redes de drenagem de águas pluviais) com diâmetro da
tubulação menor que 1000,0 mm.
5.1.1.3. Licença Ambiental de Regularização (LAR)
Estão enquadrados nesta modalidade empreendimentos em operação, qualquer que seja
o tipo ou porte, onde há necessidade de adequação física ou operacional da unidade.
A LAR é um compromisso firmado entre o empreendedor e o órgão ambiental, no qual,
por meio de um Termo de Compromisso Ambiental (TCA), são estabelecidas
condicionantes a serem cumpridas até o fim de um prazo máximo de 2 (dois) anos, não
havendo possibilidade de renovação. Findado este prazo, é obrigatório o requerimento
da licença ambiental pertinente, a depender do tipo e porte do empreendimento segundo
a Instrução Normativa nº 012/2008.
5.1.1.4. Licenciamento Geral
As atividades sujeitas ao licenciamento geral devem solicitar, em tempo hábil, Licença
Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO), cumprindo as
condicionantes definidas pelo Órgão Ambiental.
No rito do Licenciamento Ambiental, a Licença de Instalação deverá sempre ser
solicitada previamente à execução das obras e seu início é dependente da emissão desta
licença. O início de qualquer obra de implantação ou reforma, antes da emissão da
Licença de Instalação, poderá gerar ações do Órgão Ambiental competente, que podem
resultar em multas e responsabilização do Administrador Público.
Uma vez concluída a construção da unidade (ou ainda em vistas do término das obras
ou mesmo em prazo determinado em condicionante anterior), deverá ser requerida a
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Licença de Operação, cuja emissão irá conceder ao empreendedor o direito de início das
atividades de operação do empreendimento.
5.1.1.5. Licença Ambiental de Regularização de Saneamento (LARS)
A LARS é um ato administrativo pelo qual o órgão ambiental emite uma única licença
para empreendimentos ou atividades que já estejam em funcionamento ou em fase de
implantação, respeitando, de acordo com a fase, as exigências aplicáveis. Também
estabelece condições, restrições e medidas de controle ambiental, visando à adequação
ambiental da atividade de saneamento, sempre em concordância com o Plano de Ação
de Regularização apresentado – de acordo como instruído pelo Decreto nº 3212‐R/2013.
Estão enquadrados na LARS as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e de Água
(ETAs) em instalação (estrutura física em execução ou em desenvolvimento de serviços
preliminares de engenharia) ou em operação, conforme Decreto Estadual nº 3212‐R/2013.
5.1.1.6. Quadro de Resumo
Conforme apresentado nos tópicos anteriores, existem diferentes condições para o
licenciamento ambiental no que tange aos setores de água e esgoto. Assim sendo, os
Quadros 3 e 4 a seguir foram preparados para resumir a situação atual do licenciamento
ambiental de Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e de Esgotamento Sanitário
(SES), respectivamente, no Espírito Santo:
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Quadro 3 ‐ Licenciamento Ambiental de SAA
Legislação e Normas Regulamentares
Legislação Federal
Rede de
Distribuição,
Estação
Elevatória,
Booster,
Adutora e
Reservatório
Captação ETA (Vazão)
Lei nº 12.305 ,de 02/08/2010: Institui a Política
Nacional de Resíduos Sódios, altera a Lei 9605
de 12 de Fevereiro de 1998; e dá outras
providências.
Disponível em:
<http://www.leidireto.com.br/leu‐12305.html>
Acesso em: 16 de Novembro de 2011
Todas Sem
Canal
Com
Canal ≤ 200 l/s
> 200 l/s
e ≤ 500
l/s
> 500 l/s
1. Lei nº 11.445, de 05/01/2007: Estabelece
diretrizes nacionais para o saneamento básico;
altera as Leis nº 6.766, de 19 de Dezembro de
1979, 8.036, de 11 de Maio de 1990, 8.666, de 21
de Junho de 1993, 8.987, de 13 de Fevereiro de
1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de Maio de
1978; e dá outras providências.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007
‐2010/2007/Lei/L11445.htm>
Acesso em: 04 de Novembro de 2011
x x x
2. Lei nº 11.428 de 22/12/2006: Dispõe sobre a
utilização e proteção da vegetação nativa do
Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004
‐2006/2006/Lei/L11428.htm>
Acesso em: 16 de Novembro de 2011
x
3. Lei nº 9.985, de 18/07/2000: Regulamenta o art.
225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição
Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades
de Conservação da Natureza e dá outras
providências.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L998
5.htm>
Acesso em: 04 de Novembro de 2011
x
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Quadro 4 ‐ Licenciamento Ambiental de SES.
Sistema de Esgotamento Sanitário ‐ SES
Unidades
Rede
Coletora
Estação Elevatória, Coletor
Tronco e Tubulação de Recalque ETE (Vazão)
Todas ≤ 200 l/s > 200 l/s e
≤ 1000 l/s > 1000 l/s
≤ 50 l/s
Exceto com
lagoa(s)
≤ 50 l/s
Com
lagoa(s)
> 50 l/s
Dispensado x x
LS x x
LP,LI/Lo e/ou LAR x x x
5.2. LICENCIAMENTO MUNICIPAL
Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vila Velha (SEMMA/VV) o
controle e o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local,
ou de outras atividades que lhe forem delegadas, ouvido, quando legalmente couber, os
órgãos ambientais da esfera estadual e federal.
Conforme o Decreto Municipal Nº 025/2014, o licenciamento ambiental das
atividades/empreendimentos potencialmente poluidores ou degradadores do meio
ambiente conterá as seguintes modalidades de licença: Licença Municipal Simplificada
(LS), Licença Municipal Ambiental de Regularização (LMAR), Licença Municipal Prévia
(LMP), Licença Municipal de Instalação (LMI) e Licença Municipal de Operação (LMO).
Cabe destacar que os conceitos e critérios limitantes para o emprego das modalidades de
licença municipal de Vila Velha são idênticos/equivalentes aos das licenças estaduais, já
citadas.
5.3. CONDICIONANTES AMBIENTAIS
As Licenças Prévia, de Instalação, de Operação e de Regularização normalmente são
acompanhadas por condicionantes ambientais. Estas, por sua vez, representam
exigências do órgão ambiental competente que deverão ser cumpridas em sua totalidade
e no prazo estabelecido. Qualquer negligência em seu cumprimento poderá ser passível
de advertência e/ou multa, na forma da lei. Portanto, o gerenciamento das
condicionantes ambientais deverá ser objeto de muita atenção por parte dos
administradores das licenças ambientais.
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5.4. OUTORGA DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS
A outorga de uso de recursos hídricos é um dos instrumentos das Políticas Nacional e
Estadual de Recursos Hídricos (Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997, e Lei
Estadual nº 5.818, de 29 de dezembro de 1998, respectivamente), mediante o qual o poder
público outorgante faculta ao outorgado (usuário requerente) o direito de uso dos
recursos hídricos superficiais e subterrâneos, por prazo determinado, nos termos e nas
condições expressas no respectivo ato administrativo. De forma geral, corresponde ao
documento que assegura ao usuário o direito de utilizar os recursos hídricos.
Compete à Agência Nacional de Águas (ANA), outorgar o direito de uso de recursos
hídricos em corpos de água de domínio da União. Por outro lado, para corpos de água
de domínio estadual, no âmbito do Estado do Espírito Santo, compete ao IEMA outorgar
o direito de uso de recursos hídricos.
Estão sujeitos à outorga pelo Poder Público os usos de recursos hídricos:
I. Derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para
consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II. Extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo
produtivo;
III. Lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos,
tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
IV. Aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V. Outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em
um corpo de água, como por exemplo: pontes, obras hidráulicas (tais como soleira de
nível, diques, obras de canalização, retificação e desvio de leito de cursos de água),
serviços de dragagem, entre outros.
No Espírito Santo, os critérios gerais sobre a outorga de direito de uso de recursos
hídricos de domínio estadual foram estabelecidos por meio da Resolução Normativa do
Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) nº 05, de 7 de julho de 2005. Já os
critérios técnicos e procedimentos administrativos encontram‐se especificados nas
seguintes Instruções Normativas:
Instrução Normativa nº 19/2005 – estabelece os procedimentos administrativos e
critérios técnicos referentes à outorga de direito de uso de recursos hídricos de
domínio estadual;
Instrução Normativa nº 07/2006 – estabelece os critérios técnicos referentes à
outorga para diluição de efluentes em corpos de água superficiais do domínio do
Estado do Espírito Santo;
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Página81
Instrução Normativa nº 11/2007 – estabelece metas progressivas de melhoria de
qualidade de água para fins de outorga para diluição de efluentes em cursos de
água de domínio do Estado do Espírito Santo;
Instrução Normativa nº 02/2012 – estabelece procedimentos administrativos
complementares referentes à Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos
para lançamento de efluentes provenientes dos sistemas de tratamento de esgoto
sanitário, em corpos de água superficiais de domínio do Estado do Espírito Santo;
Instrução Normativa nº 10/2013 – adota a Declaração de Uso de Recursos Hídricos
emitida pelo Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH),
como documento obrigatório à formalização de requerimento de outorga.
5.5. CONDICIONANTES DE OUTORGA
A partir da análise de Portarias de Outorga emitidas pelo Instituto Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), no período de 2008 a 2013, verificou‐se que, para
as atividades de captação de água e lançamento de efluentes em corpos hídricos do
município de Vila Velha, são condicionantes típicas:
I. Implantação de estação fluviométrica imediatamente a montante do ponto de
captação, monitoramento diário das vazões do curso de água e envio de relatório anual
ao IEMA com os dados obtidos;
II. Monitoramento diário das vazões captadas e envio de relatório anual ao IEMA com
os dados obtidos;
III. Apresentar laudos laboratoriais de monitoramento da qualidade do efluente
lançado, abrangendo o parâmetro Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), conforme
critérios técnicos estabelecidos pela Instrução Normativa IEMA nº 02/09, sendo que
deverão ser realizadas, no mínimo, 4 (quatro) campanhas anuais, sendo uma a cada
trimestre, durante a vigência da Portaria de Outorga. Os relatórios contendo os laudos
laboratoriais deverão ser encaminhados ao IEMA anualmente;
IV. Apresentar laudos laboratoriais de monitoramento da qualidade do corpo receptor, a
montante e a jusante do ponto de lançamento, abrangendo o parâmetro DBO, conforme
critérios técnicos estabelecidos pela Instrução Normativa IEMA nº 02/09, sendo que
deverão ser realizadas, no mínimo, 4 (quatro) campanhas anuais, sendo uma a cada
trimestre, durante a vigência da Portaria de Outorga. Os relatórios contendo os laudos
laboratoriais deverão ser encaminhados ao IEMA anualmente.
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5.6. LEGISLAÇÃO E NORMAS REGULAMENTARES
5.6.1. Legislação federal
1. Lei n° 12.305, de 02/08/2010: Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a
Lei 9605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.leidireto.com.br/lei‐12305.html>. Acesso em: 16 nov 2011.
2. Lei nº 11.445, de 05/01/2007: Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de
1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no
6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007‐2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso
em: 04 nov 2011.
3. Lei n° 11.428, de 22/12/2006: Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa
do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004‐2006/2006/Lei/L11428.htm>. Acesso
em: 16 nov 2011.
4. Lei nº 9.985, de 18/07/2000: Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da
Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza e dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9985.htm> Acesso em: 04 nov 2011.
5. Lei nº 9.795, de 27/04/1999: Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política
Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=321>. Acesso em: 04
nov 2011.
6. Lei nº 9.605, de 12/02/1998: Dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>. Acesso em: 04 nov 2011.
7. Lei nº 9.433, de 08/01/1997: Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX
do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de
1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm>. Acesso em: 04 nov 2011.
8. Lei n° 7.803, de 18/07/1989: Altera a redação da Lei n° 4.771, de 15 de setembro de
1965, e revoga as Leis n°s 6.535, de 15 de junho 1978, e 7.511, de 7 de julho 1986.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=557>.
Acesso em: 16 nov 2011.
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Página83
9. Lei nº 6.938, de 31/08/1981: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus
fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>. Acesso em: 04 nov 2011.
10. Lei nº 6.766, de 19/12/1979: Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras
Providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6766.htm>. Acesso em: 04 nov 2011.
11. Lei nº 4.771, de 15/09/1965: Institui o novo Código Florestal. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L4771.htm>. Acesso em: 04 nov 2011.
5.6.2. Resoluções do CONAMA
12. Resolução CONAMA nº 430, de 13/05/2011: Dispõe sobre condições e padrões de
lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março
de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente ‐ CONAMA Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em: 07
nov 2011.
13. Resolução CONAMA n° 428, de 17/12/2010: Dispõe, no âmbito do licenciamento
ambiental sobre a autorização do órgão responsável pela administração da Unidade
de Conservação (UC), de que trata o § 3º do artigo 36 da Lei nº 9.985 de 18 de julho
de2000, bem como sobre a ciência do órgão responsável pela administração da UC
no caso de licenciamento ambiental de empreendimentos não sujeitos a EIA‐RIMA e
dá outras providências. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=641>. Acesso em: 02
ago 2011.
14. Resolução CONAMA nº 397, de 03/04/2008: Altera o inciso II do § 4o e a Tabela X do
§ 5o, ambos do art. 34 da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente ‐
CONAMA n° 357, de 2005, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições
e padrões de lançamento de efluentes. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=563>. Acesso em: 07
nov 2011.
15. Resolução CONAMA n° 396, de 03/04/2008: Dispõe sobre a classificação e diretrizes
ambientais para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências.
Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=562> .
Acesso em: 16 nov 2011.
16. Resolução CONAMA n° 380, de 31/10/2006: Retifica a Resolução CONAMA n°
375/06 – Define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto
gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e
dá outras providências. Disponível em:
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
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Página84
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=514>. Acesso: 16 nov
2011.
17. Resolução CONAMA n° 375 de 29/08/2006: Define critérios e procedimentos, para o
uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto
sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=506>. Acesso em: 16
nov 2011.
18. Resolução CONAMA nº 371, de 05/04/2006: Estabelece diretrizes aos órgãos
ambientais para o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de
recursos advindos de compensação ambiental, conforme a Lei no 9.985, de 18 de
julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza – SNUC e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res06/res37106.pdf>. Acesso em: 01 jul
2011.
19. Resolução CONAMA nº 369, de 28/03/2006: Dispõe sobre os casos excepcionais, de
utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a
intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente – APP.
Disponível em
<http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/conama_res_cons_2006_369_supres
sao_de_vegetacao_em_app.pdf>. Acesso em: 01 jul 2011.
20. Resolução CONAMA n° 337, de 09/10/2006: Dispõe sobre licenciamento ambiental
simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=507> Acesso em: 02
ago 2011.
21. Resolução CONAMA nº 357, de 17/03/2005: Dispõe sobre a classificação dos corpos
de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
Disponível em <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459>.
Acesso em: 07 nov 2011.
22. Resolução CONAMA n° 344, de 25/03/2004: Estabelece as diretrizes gerais e
procedimentos mínimos para avaliação do material a ser dragado em águas
jurisdicionais brasileiras, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.mpes.gov.br/anexos/centros_apoio/arquivos/10_21641553503172008_R
ESOLU%C3%87%C3%83O%20N%C2%BA%20344,%20DE%2025%20DE%20MAR%C
3%87O%20DE%202004%20(Estabelece%20as%20diretrizes%20gerais%20e%20os%20
procedimentos%20m%C3%ADnimos%20para%20a%20avalia%C3%A7%C3%A3o%2
0do%20material%20a%20ser%20dragado%20em%20%C3%A1guas%20jurisdicionais
%20brasileiras).pdf>. Acesso em: 16 nov 2011.
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Página85
23. Resolução CONAMA n° 313, de 29/10/2002: Dispõe sobre o Inventário Nacional de
Resíduos Sólidos Industriais. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=335>. Acesso em: 16
nov 2011.
24. Resolução CONAMA nº 307, de 17/07/2002: Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30702.html>. Acesso em: 01 jul
2011.
25. Resolução CONAMA nº 303, de 20/03/2002: Dispõe sobre parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html>. Acesso em: 07 jul
2011.
26. Resolução CONAMA nº 302, de 20/03/2002: Dispõe sobre os parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de
uso do entorno. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30202.html>. Acesso em: 07 jul
2011.
27. Resolução CONAMA nº 237, de 22/12/1997: Regulamenta os aspectos de
licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente.
Disponível em <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>.
Acesso em: 07 jul 2011.
28. Resolução CONAMA nº 005, de 15/06/1988: Dispõe sobre o licenciamento de obras
de saneamento básico. Disponível em
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=69>. Acesso em: 07 jul
2011.
5.6.3. Legislação Estadual
29. Lei 9096/2008, de Estabelece as Diretrizes e a Política Estadual de Saneamento Básico
e dá outras providências. Disponível em
<http://www.arsi.es.gov.br/download/Lei9006.pdf>. Acesso em 08 de julho de 2014.
30. Lei nº 9.685, de 23/08/2011: Altera dispositivos da Lei nº 7058/2002 (Fiscalização relativa ao Meio Ambiente). Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=80801>. Acesso em 07
nov 2011.
31. Lei n° 9.531, de 15/09/2010: Institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas ‐
PEMC, contendo seus objetivos, princípios e instrumentos de aplicação. * Com veto
parcial. Republicada no D.O. de 17/09/2010. Disponível em:
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
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Página86
http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0195312010.doc
. Acesso em: 16 nov 2011.
32. Lei n° 9.505, de 11/08/2010: Dispõe sobre alteração da Lei nº 9.462, de 11.6.2010, que instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação ‐ SISEUC. Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=66227>. Acesso em: 02
ago 2011.
33. Lei N° 9.462, de 11/06/2010: Institui o Sistema Estadual de Unidades de Conservação
‐ SISEUC e dá outras providências. Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=66224>. Acesso em: 02
ago 2011.
34. Lei nº 9.265, de 16/07/2009: Institui a Política Estadual de Educação Ambiental e dá
outras providências. Disponível em
<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0192652009.do
c>. Acesso em: 02 ago 2011.
35. Lei n.º 9.264, de 16/07/2009: Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e dá outras providências correlatas. Disponível em
<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0192642009.do
c>. Acesso em: 04 nov 2011.
36. Lei n° 7.943, de 16/12/2004: Dispõe sobre o parcelamento do solo para fins urbanos e
dá outras providências. * Revoga a Lei nº 3384/80. Disponível em:
http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0179432004.doc
. Acesso em: 16 nov 2011.
37. Lei nº 7.058, de 18/01/2002: Dispõe sobre a fiscalização, infrações e penalidades relativas à proteção ao meio ambiente no âmbito da Secretaria de Estado para
Assuntos do Meio Ambiente. Disponível em
<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0170582002.do
c>. Acesso em: 08 jul 2011.
38. Lei n° 6.295, de 26/07/2000: Dispõe sobre a administração, proteção e conservação
das águas subterrâneas do domínio do Estado e dá outras providências. Disponível
em
<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0162952000.do
c>. Acesso em: 08 jul 2011.
39. Lei n° 6027, de 15/12/1999: Dispõe sobre o uso e comercialização de motosserras.
Disponível em:
<http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0160271999.do
c>. Acesso em: 16 nov 2011.
40. Lei n° 5.818, de 29/12/1998: Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos,
institui o Sistema Integrado de Gerenciamento e Monitoramento dos Recursos
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
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Página87
Hídricos, do Estado do Espírito Santo ‐ SIGERH/ES, e dá outras providências.
Disponível em <http://www.iema.es.gov.br/web/Lei_5818.htm>. Acesso em: 08 jul
2011.
41. Lei n° 5.361, de 30/12/1996: Dispõe sobre a Política Florestal do Estado do Espírito Santo e dá outras providências. Disponível em
<http://www.idaf.es.gov.br/Download/Legislacao/DRNRE%20‐
%20LEI%20N%C2%B0%205.361,%20de%2030%20de%20dezembro%20de%201996.p
df>. Acesso em: 08 jul 2011.
42. Lei n° 3.582, de 03/11/1983: Dispõe sobre as medidas de proteção, conservação e
melhoria do meio ambiente no Estado. * O FUPAM/ES, criado por esta Lei, foi
extinto pela Lei nº 4210/88. Disponível em:
http://governoservico.es.gov.br/scripts/portal180_1.asp?documento=0135821983.doc.
Acesso em: 16 nov 2011.
43. Lei Complementar nº 248, de 28/06/2002: Cria o Instituto Estadual de Meio Ambiente
e Recursos Hídricos – IEMA e dá outras providências.
5.6.4. Decretos
44. Decreto nº 2830‐R, de 19/08/2011: Dispõe sobre os critérios e especificações para aquisição de bens e serviços com vista ao consumo sustentável pela Administração
Pública Estadual direta e indireta, autárquica e fundacional e dá outras
providências.
45. Decreto n° 1.266‐R, de 23/08/2011: Dá nova redação ao artigo 6º do Decreto 4.344‐N,
de 07 de outubro de 1998 e revoga o Decreto nº 732‐R, de 04 de junho de 2001.
Disponível em http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41724>.
Acesso em: 07 nov 2011.
46. Decreto n° 2828‐R, de 15/08/2011: Altera Decreto nº. 1.777‐R, de 17 de janeiro de 2007. Disponível em:
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=80659>. Acesso em: 30
ago 2011.
47. Decreto n° 7404 de 23/12/2010: Regulamenta a Lei n° 12. 305, de 2 de agosto de 2010,
que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial
da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação
dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007‐2010/2010/Decreto/D7404.htm>.
Acesso em: 16 nov 2011.
48. Decreto n° 1.777‐R, 17/01/2007: Dispõe sobre o Sistema de Licenciamento e Controle
das Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente denominado
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Página88
SILCAP. Disponível em
<http://www.portodevitoria.com.br/Site/LinkClick.aspx?fileticket=q7TlskWi1rg%3D
&tabid=580&mid=1402&language=pt‐BR>. Acesso em: 08 jul 2011.
49. Decreto nº 4.489‐N, de 13/07/1999: Regulamenta a construção de barragens, represas
e reservatórios no Estado do Espírito Santo. Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41673>. Acesso em: 30
ago 201
50. Decreto nº 4.344‐N, 07/10/1998: Regulamenta o Sistema de Licenciamento de
Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente, denominado SLAP,
com aplicação obrigatória no Estado do Espírito Santo. Disponível em
<http://www.idaf.es.gov.br/Download/Legislacao/DRNRE%20‐
%20DECRETO%20N%C2%BA%204.344,%20de%207%20de%20outubro%20de%2019
98.pdf>. Acesso em: 08 jul 2011.
51. Decreto n° 750, 10/02/1993: Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata
Atlântica, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.ibama.gov.br/flora/decretos/750_93.pdf>. Acesso em: 16 nov 2011.
5.6.5. Resoluções do CONSEMA
52. Resolução CONSEMA 002, de 27/07/2011: Altera a Resolução CONSEMA 001/2008,
de 19/03/2008. Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=80206>. Acesso em: 30
ago 2011.
53. Resolução CONSEMA 001, de 27/07/2011: Considera a presente Resolução como
instrumento hábil a delegação de competência aos Municípios habilitados para
procederem ao licenciamento ambiental municipal das atividades que ultrapassem
do porte previsto na Resolução 001/2010, ou as que situada em área de preservação
permanente. Disponível em:
54. Resolução CONSEMA nº 001, de 19/03/2008: Dispõe sobre a redefinição dos
procedimentos para o licenciamento ambiental dos empreendimentos enquadrados
como classe simplificada tipo “S” nos termos da legislação em vigor. Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41762>. Acesso em: 08
jul 2011.
55. Resolução CONSEMA nº 001/2007, de 15/02/2007: Dispõe sobre os critérios para o
exercício da competência do Licenciamento Ambiental Municipal e dá outras
providências. Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=41761>. Acesso em: 08
jul 2011.
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Página89
5.6.6. Resoluções do CERH
56. Resolução CERH n° 021, de 01/08/2008: Acrescenta os incisos IV, V e o § 5° no art. 1°, e revoga o art. 2° da Resolução Normativa do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos – CERH N.° 017, de 13 de março de 2007. Disponível em:
<http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp>. Acesso em: 16 nov 2011.
57. Resolução CERH nº 017, de 13/03/2007: Define os usos insignificantes em corpos de água superficiais de domínio do Estado do Espírito Santo. Disponível em
<http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=38476>. Acesso em: 08
jul 2011.
58. Resolução CERH n° 014, 04/10/2006: Altera a redação dos artigos 19, 20 § 1° e 24, bem como acrescenta o parágrafo único ao artigo 24, todos da Resolução Normativa
CERH n° 005, 07 de julho de 2005. Disponível em:
<http://www.meioambiente.es.gov.br/default.asp>. Acesso em: 16 nov 2011.
59. Resolução CERH nº 005, de 07/07/2005: Estabelece critérios gerais sobre a Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos de domínio do Estado do Espírito Santo.
Disponível em <http://admin.es.gov.br/scripts/adm005_3.asp?cdpublicacao=38488>.
Acesso em: 08 jul 2011.
5.6.7 Legislação Municipal de Vila Velha
60. Decreto nº 257, de 29/07/2011: Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal
de Meio Ambiente – COMMAM. Disponível em
http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/D2572011.html>
61. Lei n° 5.116, de 19/05/2011. Dispõe sobre alterações nas Leis nº 3.375, de 14.11.1997 ‐ Código Tributário Municipal, nº 4.864, de 29.12.2009, nº 5.051, de 29.12.2010,
regulamenta o art. 76 e seguintes da Lei nº 4.999, de 15.10.2010 – Código Municipal
de Meio Ambiente, e dá outras providências. Disponível em
<http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/L51162011.html>.
62. Decreto n° 025, de 07/02/2014: Regulamenta o Capítulo III ‐ Do Licenciamento
Ambiental – do Livro II, da Lei nº 4.999, de 20.10.2010, que “Institui o Código
Municipal do Meio Ambiente, dispõe sobre a política de Meio Ambiente e sobre o
Sistema Municipal do Meio Ambiente para o Município de Vila Velha”. Disponível
em: <http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/D862011.html>
63. Lei nº 4.999, de 15/10/2010: Institui o Código Municipal do Meio Ambiente, dispõe
sobre a Política de Meio Ambiente e sobre o Sistema Municipal do Meio Ambiente
para o Município de Vila Velha. Disponível em
http://www.legislacaoonline.com.br/vilavelha/images/leis/html/L49992010.html
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64. Lei no. 4785, de 06/07/2009: Dispõe sobre a obrigatoriedade da ligação da canalização do esgoto das edificações à rede coletora pública e dá outras providências.
65. Decreto no. 205/2009, de 19/10/2009: “Regulamenta a Lei no. 4.785, de 06 de julho de
2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade da ligação da canalização do esgoto das
edificações à rede coletora pública e dá outras providências”.
66. Decreto no. 225, de 10/11/2009: Retifica o parágrafo 3º, do Decreto no. 205/2009, de 19/10/2009, que “Regulamenta a Lei 4.785, de 06 de setembro de 2009, que Dispõe
sobre a obrigatoriedade da ligação da canalização do esgoto das edificações à rede
coletora pública e dá outras providências”.
67. Lei no. 5.252, de 02/01/2012: Institui o Programa Municipal de Coleta, Reciclagem de
Óleos e Gorduras Usadas de Origem Vegetal e Animal, no âmbito do Município de
Vila Velha.
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Página91
6. CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE SANEAMENTO EXISTENTES
6.1. SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Em seu estado natural, a água, na maioria das vezes, não atende aos requisitos de
qualidade para fins potáveis. A presença de substâncias orgânicas, inorgânicas e
organismos vivos tornam necessária a aplicação de métodos de tratamento desde o mais
simples até sistema avançado de purificação. Portanto, o tratamento de água tem por
finalidade a remoção de partículas finas em suspensão e em solução presentes na água
bruta, bem como a remoção de microorganismos patogênicos.
A atual operadora dos sistemas é a CESAN.
Em Vila Velha os sistemas de abastecimento implantados utilizam a água captada em
mananciais superficiais. Em face da degradação dos mananciais e a necessidade de
atendimento aos requisitos de potabilidade da água as concepções iniciais de alguns
sistemas têm sido modificadas.
A água bruta captada no manancial, por gravidade ou por recalque, ao passar pelas
etapas de tratamento, é reservada e distribuída à população em conformidade com as
exigências da Portaria nº 2914/2011. As Estações de Tratamento de Água (ETA) existentes
foram concebidas como Sistema Convencional ou Filtração Direta ou Flotação.
Os sistemas produtores de água existentes se diferenciam entre sistemas integrados, que
atendem a mais de um município, e sistemas isolados ou independentes, que abastecem
apenas um município.
Os dois sistemas integrados que abastecem a RMGV são: Sistema Jucu, que dispõe de
três Estações de Tratamento de Água – ETA: Vale Esperança, Caçaroca e Cobi, com
capacidade total de 4,7 m³/s; e Sistema Santa Maria da Vitória, que dispõe de duas
estações de tratamento (Santa Maria e Carapina), com capacidade de tratamento de água
de 2,8 m³/s.
O Sistema Jucu é o responsável pelo abastecimento de Vila Velha.
Na Figura 40 a seguir, que segue estão identificados esquematicamente os mananciais, as
principais unidades de produção (captação, estações elevatórias, adutoras e estações de
tratamento de água) que são responsáveis pelo transporte da água bruta captada nos
mananciais que abastecem a população de Vila Velha.
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Figura 40 ‐ Principais Unidades de Produção
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6.1.1. Subsistema Jucu
Implantado em 1977, é constituído por: Captação, Adutoras, Elevatória de Baixa Carga,
Elevatória de Alta Carga e Estações de Tratamento de Água ‐ ETAs Vale Esperança e
Cobi.
Cabe ressaltar que o subsistema Jucu não atende apenas ao município de Vila Velha,
participando também no abastecimento dos municípios de Vitória, Cariacica e Viana.
6.1.1.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta
As Figuras 41, 42 e 43 a seguir, mostram a captação do subsistema Jucu está instalada na
região de Caçaroca no Município de Vila Velha, distante 6.790 metros da foz do Rio Jucu.
Figura 41 ‐ Canal de Aproximação e Estrutura de Captação: Subsistema Jucu
Figura 42 ‐ Estrutura de Gradeamento: Subsistema Jucu
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Figura 43 ‐ Captação e Estação Elevatória: Subsistema Jucu
Para o controle e manutenção de seu nível, foi implantada, ao longo da seção do rio, uma
barragem de nível tipo enrocamento.
Desde o ano de 1995, a capacidade máxima da captação e adução do subsistema é de
4.560 L/s.
As águas do rio seguem pelo canal de aproximação para um poço de sucção, sobre o
qual estão instalados 5 conjuntos moto bombas de eixo vertical com potência de 850 CV
cada. Esta unidade tem função de promover a adução da água bruta no primeiro trecho
do percurso, sendo assim denominado de Baixo Recalque ou Baixa Carga, como
mostram a Figura 44 a seguir:
Figura 44 ‐ EEAB Baixo Recalque
Uma adutora, denominada Adutora de Baixo Recalque, composta por duas tubulações
de aço com diâmetros de 1.280 mm e 1.000 mm e aproximadamente a 5.500 metros de
extensão, conduz a água recalcada pela Elevatória de Baixo Recalque até um novo poço
de sucção, sob o qual está instalada a Elevatória de Baixo Recalque.
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Esta elevatória é composta de 6 conjuntos moto bombas de eixo vertical com potência de
1.100 CV cada. Está localizada nas proximidades do Canal do Rio Marinho, no Bairro
Cobilândia.
Desta elevatória partem duas adutoras que conduzem a água bruta até as Estações de
Tratamento de Água: ETA I ‐ Vale Esperança e ETA II – Cobi. A adutora que serve à ETA
Vale da Esperança (ETA I) é composta por duas linhas paralelas com diâmetros de 1.500
e 1.200 mm e extensão de 2.200 m. Para a ETA Cobi (ETA II) a tubulação tem DN 900 mm
e extensão de 1.800 metros, como mostram a Figura 45 a seguir:
Figura 45 ‐ EEAB Alto Recalque
6.1.1.2. Estações de Tratamento de Água (ETAs)
O Subsistema Jucu conta com as ETAs Vale Esperança, Caçaroca e Cobi totalizando uma
produção média de 4.695 L/s, conforme descrito abaixo:
6.1.1.2.1. ETA I ‐ Vale Esperança
Localizada no município de Cariacica, é também conhecida como ETA Engº Helder Faria
Varejão, foi construída em 1977 com capacidade de produção inicial de 1.500 L/s por
meio de processo convencional de tratamento, com os módulos de coagulação,
floculação, decantação, filtração, desinfecção, correção de pH, fluoretação, e não possui
sistema de recuperação de água de lavagem ou desidratação do lodo. como mostra a
Figura 46 a seguir:
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Figura 46 ‐ ETA Vale Esperança
A Figura 47 a seguir, mostra a localização da ETA:
Figura 47 ‐ Localização da ETA
Em 1995 foi ampliada para 3.300 L/s, com a construção de uma nova unidade com
capacidade de 1.800 L/s. Esta nova unidade utiliza como processo de tratamento a
coagulação, floculação e filtração direta descendente, eliminando a fase de decantação.
Possui ainda os módulos de desinfecção, correção de pH e fluoretação, como mostra a
Figura 48 a seguir:
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Figura 48 ‐ Adutora de chegada na ETA
A capacidade nominal de tratamento deste sistema é de 4.200 L/s. Da vazão média
produzida 34,3% é distribuída para Vila Velha, como podemos obervar nas Figuras 49,
50 e 51 a seguir:
Figura 49 ‐ Vista da ETA
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Figura 50 ‐ Vistas dos Filtros
Figura 51 ‐ Instrumentos de Qualidade
6.1.1.2.2. ETA Cobi
Também conhecida como ETA II, foi construída em 1953, com capacidade de produção
de 1.000 L/s por meio de um processo convencional de tratamento, ou seja, com os
módulos de coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, correção de pH,
fluoretação, e não possui sistema de recuperação de água de lavagem ou desidratação do
lodo. Da vazão média produzida 17 % é distribuída para Vila Velha, como podemos
observar na Figura 52 a seguir:
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Figura 52 ‐ ETA COBI
O Plano Diretor de Água existente previa a desativação desta unidade. Porém, em 2005,
a ETA Cobi foi reformada e integrada ao subsistema Jucu de forma permanente.
A Figura 53 a seguir, mostra a localização da ETA:
Figura 53 ‐ Localização da ETA
6.1.1.3. Reservação e Distribuição
Até recentemente, o Subsistema Jucu contava, em sua área de atuação, com apenas um
reservatório denominado Boa Vista, localizado no bairro de mesmo nome e com
capacidade de 2.300 m³, como mostra a Figura 54 a seguir:
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Figura 54 ‐ Localização do Reservatório Boa Vista
O reservatório Boa Vista foi implantado na década de 70 e tinha como área de
abrangência o conjunto residencial Coqueiral de Itaparica, então o maior condomínio
residencial do país. A seguir observamos na Figura 55 o reservatório:
Figura 55 ‐ Reservatório Boa Vista
Reservação ETA Vale Esperança
Na ETA Vale Esperança localiza‐se o Reservatório de mesmo nome. Do tipo semi
apoiado e composto de 2 câmaras de 10.000 m³ cada uma, totalizando a capacidade de
20.000 m³ de reservação.
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Centro de Reservação Garoto
Composto de 2 câmaras de 5.000 m³ cada, totalizando 10.000 m³, adutora DN 500 para
alimentação do Booster Garoto, com 3 unidades de 125 CV de potência cada, e recalque
no mesmo diâmetro até o Reservatório Garoto. A distribuição é realizada inicialmente
por meio de uma adutora DN 700 mm até Estrada Jerônimo Monteiro.
A Figura 56 a seguir, localiza o Centro de Reservação Garoto.
Figura 56 ‐ Reservação Garoto
Centro de Reservação Araçás
Composto de duas câmaras de 3.250 m³ cada, totalizando 6.500 m³, é do tipo apoiado. A
Figura 57 a seguir, mostra a localização do centro de Reservação Araçás.
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Figura 57 ‐ Localização do Centro de Reservação de Araçás
Figura 58 ‐ Reservatório Araçás
É alimentado pelo Booster Araçás, que é composto por 2 unidades motobomba de 75 CV
de potência cada. Uma linha de recalque em DN 400 mm chega até o Reservatório
Araçás.
Em 2009 foi realizado reforço na Rodovia Carlos Lindenberg com a construção de
aproximadamente 1800 m de adutora DN 800 mm para melhoria do abastecimento de
Vila Velha.
Também em 2009 foi construída adutora DN 500/400 para reforço de abastecimento do
Reservatório Boa Vista.
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6.1.2. Subsistema Caçaroca
Foi implantado para abastecer a região da Barra do Jucu e Terra Vermelha, quando da
criação deste bairro. Atualmente, abastece o município de Vila Velha ao sul do Rio Jucu,
até o limite de Ponta da Fruta. Através de uma linha alimentadora, abastece ainda a
região de Caçaroca na confluência dos municípios de Cariacica, Vila Velha e Viana. Mais
recentemente, sua influência está chegando até o Bairro Coqueiral, no município de
Viana.
O Subsistema Caçaroca foi implantado em 1994, com capacidade inicial de produção de
200L/s. Recentemente, em 2009, o sistema foi ampliado e tem a capacidade de 393 L/s, A
ampliação se deve à implantação de processo de tratamento denominado flotação. É
composto de Captação, Adução, Elevatórias, Estação de Tratamento e Reservação.
6.1.2.1. Captação, Elevatórias e Adução de Água Bruta
Implantada em anexo à captação do subsistema Jucu utiliza a estrutura deste para
alimentação de seu poço de sucção.
Sob este poço de sucção encontram‐se dois conjuntos moto bomba de eixo vertical com
potência de 175 CV cada, e capacidade de recalque de 500 L/s. Esta unidade foi
recentemente ampliada com obra do programa Águas Limpas.
Uma adutora de Água Bruta composta de tubulação de FºFº , DN500 mm e comprimento
de 90 metros, transporta a água bruta até a ETA Caçaroca.
6.1.2.2. Estação de Tratamento de Água ‐ ETA Caçaroca
A ETA foi implantada em 1994 com capacidade inicial de produção de 200 L/s e processo
de filtração direta com floculação, como mostram as Figuras 59 a seguir:
Figura 59 ‐ ETA Caçaroca
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Em 2009 a concepção do tratamento da ETA Caçaroca foi modificada para flotação e sua
capacidade foi ampliada para 395 L/s. Atualmente coleciona em seu processo de
tratamento os módulos de coagulação, floculação, flotação, filtração, desinfecção,
correção de pH e fluoretação.
A Figura 60 a seguir, mostra a localização e unidades da ETA Caçaroca:
Figura 60 ‐ Localização ETA Caçaroca
É uma obra atualizada, em consonância com as questões ambientais e legislações atuais.
Da vazão média produzida, 82,0 % é distribuída para Vila Velha. A seguir, podemos
observar os processos da ETA Caçaroca.
Figura 61 ‐ Vista do processo na ETA
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Figura 62 ‐ Processo de Flotação na ETA
Com a reforma e ampliação foi ainda introduzida uma unidade de reutilização da água
de lavagem com desaguamento do lodo para posterior disposição adequada.
Figura 63 ‐ Recuperação de Água de Lavagem e Desidratação de Lodo
6.1.2.3. Elevatória e Recalque de Água Tratada
A elevatória de água tratada é composta de 3 (2 +1R) conjuntos moto bomba de eixo
horizontal com potência de 300 CV cada, com capacidade de 340 L/s, que eleva a água
tratada até o Reservatório Barra do Jucu.
A adutora de água tratada que transporta a água da EEA até o Reservatório é composta
de duas linhas paralelas de DN 400 mm, construída em FºFº. Nesta adutora há uma
travessia especial em arco sobre o Rio Jucu, como mostra a Figura 64 a seguir:
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Figura 64 ‐ Adutora em Arco: Rio Jucu
6.1.2.4. Reservação e Distribuição
O Centro de Reservação Barra do Jucu tem capacidade de 2.600 m³. Está localizado em
cota superior a 60 m e por este motivo abastece todo subsistema por gravidade.
A distribuição do reservatório Barra do Jucu é realizada por meio de três adutoras DN
400 que abastecem os Bairros Santa Paula e Barra do Jucu, Grande Terra Vermelha até o
reservatório Ponta da Fruta.
A Figura 65 a seguir, mostra a localização do reservatório Barra do Jucu:
Figura 65 ‐ Localização do Reservatório do Jucu
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6.1.3. Subsistema Ponta da Fruta
Este sistema foi implantado em 1987 sendo composto por captação, tratamento,
reservação e distribuição. É constituído por três poços tubulares profundos com
capacidade de produção de aproximadamente 37 L/s assim distribuídos: poço Rodovia
11,5 L/s, poço da Eva 12,3 L/s e poço ETA 13,2 L/s.
O Plano Diretor preconizou a interligação do Balneário Ponta da Fruta e adjacências ao
Subsistema Caçaroca, através da implantação da adutora de água tratada DN 400 mm,
com extensão aproximada de 12.000 m e desativação do sistema de poços.
Atualmente o Subsistema Ponta da Fruta não está em funcionamento, mas, passará a ser
um Setor do Subsistema Caçaroca, sendo possível sua reativação caso exista a
necessidade de aumento de produção.
6.1.3.1. Estação de Tratamento de Água – ETA Ponta da Fruta
A ETA Ponta da Fruta é composta de unidades para correção de pH, desinfecção e
fluoretação, e está localizada na entrada principal de acesso a Ponta da Fruta, como
mostra a Figura 66 a seguir:
Figura 66 ‐ Localização ETA Ponta da Fruta
A ETA Ponta da Fruta não possui sistema de recuperação de água de lavagem ou
desidratação do lodo.
6.1.3.2. Reservação de Ponta da Fruta
Tem capacidade de 150 m³, está localizado junto à ETA.
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6.1.4. Participação de cada Sub Sistema
O Quadro 5 a seguir mostra a participação de cada subsistema no abastecimento de Vila
Velha:
Quadro 5 ‐ Participação de cada Subsistema de Vila Velha
Mananciais Subsistema Sistema
Participação no
abastecimento
do município
Outros
municípios
atendidos
Rio Jucu
Jucu Vale Esperança 76%
Cariacica,
Viana, Vitória
Cobi 9% Vitória
Caçaroca Caçaroca 15% Cariacica,
Guarapari
6.1.5. Sistema de Supervisão e comando
Foi implantado pela Concessionária atual um Sistema de Supervisão por Telemetria e
Telecomando dos Sistemas de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de
Vitória, que permite a transmissão de informações em tempo real dos sistemas de
abastecimento de água para um programa de computador. As informações são
convertidas em um banco de dados a partir do qual ações podem ser planejadas e
estabelecidas metas com vistas à minimização dos problemas relacionados com
abastecimento ou perdas de água.
A Figura 67 a seguir representa a tela do sistema de controle do sistema CCO:
Figura 67 ‐ CCO
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O sistema de telemetria/telecomando é um instrumento de gestão que permite o
ajustamento da produção e distribuição de água em função da demanda e a redução das
perdas de água. Além disso, contribui para melhoria no atendimento aos clientes e reduz
os custos operacionais.
6.1.6. Rede de abastecimento e acessórios
A Tabela 8 a seguir, mostra que no município de Vila Velha estão assentadas 15.750 m
de tubulações de adução de água bruta cujos diâmetros variam de 100 a 1.800 mm.
Tabela 8 ‐ Tubulações de Adução de Água Bruta
Diâmetro (mm) Extensão (m)
PVC Aço FC
100 306 1.486
450 118
900 1.588
1.000 5.531
1.200 483
1.300 5.523
1.500 487
1.800 230
TOTAL 306 13.960 1.486
Fonte: CESAN/Divisão de Cadastro e Arquivo Técnico/junho/2014
O município de Vila Velha conta com tubulações de distribuição de água tratada em
quase toda área urbana municipal, com extensão de 1.252 km, cujos diâmetros variam
entre 20 e 1000 mm, conforme mostra a Tabela 9 a seguir:
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Tabela 9 ‐ Tubulações de Água Tratada
DIÂMETRO EXTENSÃO (m)
(mm) PVC F0F0 F0G0 AÇO FC
20‐50 816.873 5.756 8787 3.583
75 132.002 1.794 1.065 34
100 100.057 2.956 1.150 1.094
150 29.422 34.351 287
200 8.765 28.803
250 2.178 32.354 1.889
300 285 19.924
350 2.255
400 36.301
500 6.842
600 4.400
700 2.067
800 6.192
1000 1.926
TOTAL 1.089.797 185.921 11.002 1.889 4.998
Fonte: CESAN/Divisão de Cadastro e Arquivo Técnico/junho/2014
6.1.7. Ligações e hidrômetros
Os ramais prediais são em sua maioria executados em PVC e, segundo o histórico de
manutenção, respondem pelo maior percentual de perdas físicas do sistema.
Inexiste um padrão de instalação de ligações e cavaletes. Em sua grande maioria os
cavaletes não possuem caixa de proteção.
6.1.8. Qualidade da água
Para garantir a qualidade da água produzida nas Estações de Tratamento de Água, os
profissionais técnicos de operação da ETA trabalham em regime de escala de até 24 horas
diárias, e além das atividades diretas de operação do processo de tratamento da água,
realizam também a cada 2 horas análises da qualidade da água por ela recebida e
produzida levando‐se em conta os parâmetros: pH, Turbidez, Cor, Flúor, Cloro,
Alumínio, o controle operacional é realizado, entre outros, por meio de Jar‐Test, Taxa de
Filtração e Taxa de Expansão de Filtros, como mostra a Figura 68 a seguir. Mensalmente
são realizadas aproximadamente 1.440 (um mil e quatrocentos e quarenta) análises
físico‐químicas por ETA.
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Figura 68 ‐ Laboratório de Controle de Qualidade
O Quadro 6 a seguir, apresenta o significado de alguns parâmetros que são analisados
para atendimento a Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde – Norma de Qualidade
da água para o consumo humano.
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Quadro 6 ‐ Norma de Qualidade de Água para Consumo Humano
Parâmetros Significados
Turbidez
Característica que indica o grau de transparência da água. A Portaria
2914/2011 recomenda o valor máximo permitido de 5,0 NT para água
distribuída.
Cor aparente
Característica que mede o grau de coloração da água. A Portaria
2914/2011 recomenda o valor máximo permitido de 15,0 mg Pt ‐ Col/L
para água distribuída
Cloro Residual Livre A Portaria 2914/2011 recomenda o valor mínimo de 0,2 mg Cl/L e o
máximo permitido é de 0,5 mg Cl/L para água distribuída.
pH
Indica o quanto a água é ácida (pH baixo) ou alcalina (pH alto). É um
importante parâmetro para o tratamento de água e a manutenção de
boas condições de canalização. A Portaria 2914/2011 recomenda o valor
mínimo de 6,6 e o máximo permitido é de 9,5 para água distribuída
Coliformes totais
São bactérias que indica a possível presença de micro‐organismos
patogênicos na água e, não necessariamente, representa problemas para
saúde. A legislação permite a presença de Coliforme totais em função
da população abastecida. A Portaria 2914/2011 permite que em sistemas
que coletem mais que 40 amostras por mês apresente resultados
positivos para até 5% das amostras coletadas.
Escherichia coli
Indicador microbiológico utilizado para medir eventual contaminação
de água por material fecal que pode ou não vir a veicular micro‐
organismos que afetam a saúde do homem.
De acordo com o Art. 40º da Portaria nº 2914/2011 “os responsáveis pelo controle da
qualidade da água de sistemas ou soluções alternativas coletivas de abastecimento de
água para consumo humano, supridos por manancial superficial e subterrâneo, devem
coletar amostras semestrais da água bruta, no ponto de captação, para análise de acordo
com os parâmetros exigidos nas legislações específicas, com a finalidade de avaliação de
risco à saúde humana”.
A quantidade total e média dos resultados das análises da água tratada na rede de
distribuição para atender a Portaria nº 2914/2011, bem como relatórios anuais por
município são sistematicamente disponibilizados no site da CESAN www.cesan.com.br.
A CESAN atende aos quesitos do Decreto 5440/05, sobre as informações dos serviços
prestados aos consumidores.
A Tabela 10 a seguir mostra o total de análises bacteriológicas e média das análises de
cloro residual da água tratada na rede de distribuição do município de vila velha para
atender a portaria 2914/2011, no ano de 2013.
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Tabela 10 ‐ Análises Bacteriológicas e Média das Análises de Cloro Residual da Água
Mês
(2013)
Total de Análises Exigidas Total de Análises Executadas *Total
Amostras
Positivas para
Colif. Totais
Detectadas
Nº máximo
permitido de
amostras com
presença de
Colif. Totais
Quantidade
Amostras c/
Contaminação
Consecutiva
*Média
de
Cloro Micro
Biológico
Cloro
Residual
Micro
Biológico Cloro Residual
Jan 284 284 314 315 2 14 0 1,3
Fev 284 284 307 297 2 14 0 1,2
Mar 284 284 300 297 3 14 0 1,2
Abr 284 284 310 310 3 14 0 1,4
Mai 284 284 318 324 2 14 0 1,5
Jun 284 284 325 307 5 14 0 1,4
Jul 284 284 315 315 5 14 0 1,4
Ago 284 284 311 311 4 14 0 1,4
Set 284 284 305 305 2 14 0 1,4
Out
Nov 284 284 311 311 13 14 4 1,3
Dez 284 284 301 303 15 14 4 1,3
Os Parâmetros acima possuem determinação diária, de acordo com a Portaria 2914/2011.
A Tabela 11 a seguir mostra a quantidade total e média dos resultados das análises
físico‐químicas da água tratada na rede de distribuição do município de Vila Velha para
atender a portaria 2914/2011, no ano de 2013:
Tabela 11 ‐ Média dos Resultados das Análises Físico‐Químicas da Água
Mês
(2013)
Total de análises Média dos Resultados
Exigidas Executadas
Cor Turbidez pH Cor Turbidez pH Cor Turbidez pH
Jan 75 284 0 146 312 141 6 1,63 6,71
Fev 75 284 0 120 307 117 6 1,74 6,6
Mar 75 284 0 126 296 121 9 3,7 6,55
Abr 75 284 0 120 304 116 8 2,14 6,44
Mai 75 284 0 118 322 117 4 1,04 6,48
Jun 75 284 0 116 319 116 6 1,77 6,42
Jul 75 284 0 117 311 116 5 1,31 6,44
Ago 75 284 0 114 306 114 2 0,74 6,59
Set 75 284 0 116 299 114 4 1,2 6,56
Out
Nov 75 284 0 113 306 107 4 1,65 6,29
Dez 75 284 0 123 296 123 6 1,98 6,27
Os Parâmetros acima possuem determinação diária, de acordo com a Portaria 2914/2011.
A frequência de coleta e análise em cada município é proporcional ao número de
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habitantes abastecidos conforme determinação da Portaria 2914/2011 do Ministério da
Saúde.
Índice de Qualidade da Água – IQA
Para garantir a qualidade da água distribuída a Concessionária mantém um laboratório
central, no qual é realizado um serviço de monitoramento diário da água por ela
distribuída em toda a Região da Grande Vitória. Este monitoramento compreende desde
a coleta de aproximadamente 1800 amostras em cerca de 280 pontos de coleta na Região
da Grande Vitória, até a realização de análises Físico‐Químicas, Microbiológicas e Hidro
biológicas perfazendo um total de 20.000 análises mensais.
Com o objetivo de se determinar o percentual de conformidade dos resultados analíticos
para os parâmetros cor, turbidez, cloro residual, fluoreto e coliformes totais são
realizados o cálculo do Índice de Qualidade da Água Distribuída, onde o número total
das análises referenciadas anteriormente é dividido pelo total de amostras que
atenderam aos padrões estabelecidos na Portaria Nº 2914/2011. O percentual obtido é
comparado com as faixas apresentadas no quadro 08, permitindo a classificação do IQA.
Nos últimos doze meses o IQA para o município de Vila Velha foi de 97,38.
O Quadro 7 abaixo, mostra as faixas de classificação para o IQA:
Quadro 7 ‐ Classificação para o IQA Adotado pela CESAN
Índice de Qualidade ‐ IQA
Classificação Faixa (%)
Excelente Acima de 96% de todas as análises aceitáveis
Bom Entre 90% e 95,99% de todas as análises aceitáveis
Aceitável Entre 85% e 89,99% de todas as análises aceitáveis
Ruim Entre 70% e 84,99% de todas as análises aceitáveis
Muito Ruim Menor que 70% de todas as análises aceitáveis
FONTE: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)/CESAN
6.1.9. Licenciamento e Outorga
Praticamente toda a água que abastece o município de Vila Velha vem do Rio Jucu.
No Quadro 8 a seguir, é apresentada a situação da outorga do Rio Jucu em conformidade
com as exigências da Legislação Federal e Estadual de Recursos Hídricos.
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Quadro 8 ‐ Certificação de Outorga
MUNICÍPIO MANANCIAL OUTORGA
Cariacica, Vila
Velha, Viana e
Vitória
Rio Jucu
Situação Número Data
Certificado 036/2008 01/02/2008
A avaliação dos pedidos de outorga do direito de uso de recursos hídricos requereu a
análise quanto à disponibilidade hídrica, que por sua vez precisou conter a avaliação dos
limites outorgáveis estabelecidos pela legislação de recursos hídricos vigente no Espírito
Santo e da demanda de água existente na bacia. Para outorga do uso da água o IEMA
adota como vazão de referência a vazão com permanência de 90% (Q90).
Para estimar a quantidade de água superficial das bacias e respeitar os critérios de
outorga, foi realizado estudo denominado Regionalização de Vazões no ES. Assim, foi
possível estimar as vazões de referência. Nos cálculos foram consideradas as áreas de
drenagem em cada seção de captação de água nos mananciais de interesse.
A Tabela 12 a seguir apresenta as vazões outorgadas para a captação no Rio Jucu,
válidas por um período de 12 anos. De acordo com os critérios de outorga, a
disponibilidade hídrica outorgada é de 3.800 L/s.
Tabela 12 ‐ Vazões Outorgadas
Captação de Água Vazão de Referência Q90 (l/s)Disponibilidade Hidríca
50%
Vazão
Outorgada
(l/s)
Rio Jucu 12.658 Q90 (l/s)
3.800 6.329
A situação do Licenciamento Ambiental dos Sistemas e Subsistemas de abastecimento de
água (SAA) de Vila Velha – ES é apresentada no Quadro 9 a seguir:
Quadro 9 ‐ Licenciamento Ambiental
Sedes Urbanas ETA Situação do Licenciamento Ambiental
Cariacica, Vila
Velha e Vitória Vale Esperança
Processo nº 46584293 – Requerimento de Licença Ambiental de
Regularização
Vila Velha e
Vitória Cobi
Processo nº 44475225 – Requerimento de Licença Ambiental de
Regularização
Vila Velha Caçaroca Processo Nº33438188 – Licença de Operação Nº15/2012
Cariacica, Vila
Velha e Vitória
Ponta da Fruta
(desativada)
Processo nº 39059073 – Requerimento de Licença Ambiental de
Regularização
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Com base nos estudos de demandas pode‐se concluir que a outorga de captação do Rio
Jucu é mais que suficiente para atendimento do município de Vila Velha mesmo se
levarmos em consideração que essa captação atende não só Vila Velha mais também
Cariacica, Viana, Vitória e parte de Guarapari.
6.2. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS EXISTENTES
Os principais agentes poluidores de águas nas áreas urbanas são os esgotos, que na
maioria das vezes são lançados diretamente nos corpos de água. A falta de tratamento
dos esgotos sanitários e condições adequadas de saneamento podem contribuir para a
proliferação de inúmeras doenças parasitárias e infecciosas além da degradação do corpo
da água.
Considerando a necessidade de despoluir os recursos hídricos e proteger a saúde da
população, as companhias de saneamento vêm investindo, com recursos próprios ou
com apoio de instituições de financiamento, no sentido de aumentar a cobertura de
coleta e tratamento de esgoto.
O esgoto que sai das residências é coletado nas redes e encaminhado para as Estações
Tratamento de Esgoto (ETE) para promover o seu tratamento reduzindo os riscos de
poluição do meio ambiente. No processo de tratamento é gerado um resíduo, rico em
matéria orgânica, denominado “Lodo de Esgoto”.
As estações de tratamento de esgoto (ETE) foram concebidas com diferentes tecnologias.
No município de Vila Velha as tecnologias utilizadas para tratamento do esgoto são:
Lodo Ativado, Reator Anaeróbio + Lagoa Facultativa, Lodo Ativado / Aeração
prolongada, Reator Anaeróbio+Biofiltro Aerado e Fossa / Filtro. Cada método de
tratamento apresenta características próprias e o volume de lodo produzido é variável.
O esgoto que sai das residências é conduzido através de redes coletoras, por gravidade
ou por recalque, até a ETE onde passa inicialmente por tratamento preliminar para
remoção dos resíduos sólidos grosseiros. A partir daí o esgoto passa por um processo de
biodegradação, isto é, decomposição da matéria orgânica pela ação dos micro‐
organismos. Após esse processo o esgoto é separado em duas fases: líquida, denominado
de efluente líquido, e sólido, denominado lodo de esgoto. Todos os resíduos (lodo e
sólidos grosseiros) após deságue são enviados para Aterro Sanitário.
O Sistema de Esgotamento Sanitário existente no Município de Vila Velha é constituído
por um rede coletora com cerca de 381,4 km de extensão, 31 elevatórias de esgoto bruto
(EEEB) e 5 estações de tratamento ETEs. Essa estrutura comporta os seguintes sistemas
de esgotamento sanitário – SES: Araçás, Jabaeté, Jacarenema, Ulysses Guimarães, Vale
Encantado e Ewerton Montenegro.
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Cabe ressaltar que todas as estações elevatórias de esgoto operam com vazão superior a
sua capacidade máxima.
Em Vila Velha muitas ruas já estão com a rede implantada e em condições de uso. No
entanto, por falta de conscientização alguns moradores resistem em efetuar sua ligação,
especialmente aqueles que dispõem de um sistema individual de tratamento. Na maioria
dos casos o esgoto está ligado à rede de drenagem, e segue diretamente para um canal de
escoamento, por isso, em época de fortes chuvas há uma mistura da água pluvial com o
esgoto, o que não é adequado do ponto de vista ambiental e sanitário. A prefeitura de
Vila Velha por meio da Secretaria de Meio Ambiente tem fiscalizado os moradores, com
base na lei municipal Nº4.785/2009 e em parceria com o Ministério Público Estadual, que
prevê ação contra os mais munícipes reincidentes. Com o objetivo de ampliar o índice de
atendimento vem se desenvolvendo várias ações através do Programa “Se Liga na
Rede”, que visa mobilizar a população beneficiada pelos sistemas de esgotamento
sanitário a efetivar as ligações dos imóveis à rede pública coletora de esgoto implantada
na Grande Vitória.
O programa é atividade prioritária da CESAN e tem como meta efetuar 80 mil ligações,
que serão disponibilizadas com o fim do Programa Águas Limpas, até 2014 na Grande
Vitória.
Segundo as informações obtidas cerca de 51% da população já tem a rede de coleta à
disposição à porta de seus lotes. Porém, apenas 37% da população está conectada. São
215.041 habitantes em 18.184 ligações e 52.820 economias que dispõem de rede para
efetuar a ligação, mas somente 141.815 habitantes já fizeram a ligação.
O Quadros 10 e a Tabela 13 a seguir apresentam informações referentes às estações de
tratamento de esgoto e estações elevatórias de esgoto bruto e extensão e rede em
operação no município de Vila Velha. Além disso, o Quadro 11, apresenta também a
situação em termos de licenciamento ambiental e outorga de lançamento.
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Quadro 10 ‐ Dados Técnicos das ETE´S de Vila Velha
ETE Tipo de Tratamento Vazão
Nominal (l/s)
Eficiência
Média (%)
Araças Lodos Ativados, oxidação
biológica e clarificação
400 95
Jabaeté Lodos Ativados com aeração
prolongada
15 71
Ulisses
Guimarães
Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente e Biofiltro Aerado
30 93
Vale
Encantado
Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente e Lagoa
Facultativa
9,57 83,56
Jacarenema Sistema Fossa Filtro 1,80 (n/d)
A Tabela 13 a seguir, mostra informações relativas às estações elevatórias de esgoto
bruto em operação.
Tabela 13 ‐ Informações Relativas às Estações Elevatórias de Esgoto (EEEB)
Sistema EEEB
(quantidade)
Araçás e Ulisses Guimarães 23
Jabaeté 2
Jacarenema 0
Ulysses Guimarães 4
Vale Encantado 2
Riviera Park 5
O Quadro 11 a seguir mostra as informações relativas ao licenciamento ambiental e
outorga de lançamento.
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Quadro 11 ‐ Informações Relativas ao Licenciamento Ambiental no IEMA.
ETE Situação do Licenciamento Ambiental da
Estação
Situação da Outorga de
Lançamento
Araçás Processo Nº22216022 – LO Nº 122/2014
Renovação válida até 28/05/2018
Processo nº 39783812
Certificado Portaria 225 de
04/06/2008
Vale Encantado Sistema não licenciado Não Iniciado
Jabaeté Sistema não licenciado Processo nº 51628171
Ulysses
Guimarães
Processo Nº304812 ‐ Requerimento de
Renovação LO em 14 de Maio de 2008
Processo Nº60411473 – Requerimento de
LARS nos termos do decreto 3212‐R/2013
Processo nº 41121031
Certificado Portaria 380 de
10/05/2010
Jacarenema Sistema não licenciado Não Iniciado
O sistema de esgotamento Vila Velha possui ainda 1 estação de tratamento (ETE Riviera
Park ) e 5 estações elevatórias que estão concluídas, mas não estão em operação.
Dessa forma são 6 estações de tratamento e 36 estações elevatórias no total.
A Tabela 14 a seguir mostra o quantitativo de Redes Coletoras Existentes por Sistemas
Existentes:
Tabela 14 ‐ Quantitativo de Redes Coletoras Existentes
Sistema Quantidade
Araçás 324.085,00
Rio Marinho/Vale Encantando 8.365,00
Ulysses Guimarães 25.704,00
Bandeirante/Baixo Marinho (Nova América) 4.251,00
Jabaeté 9.664,00
Jacarenema 3.062,00
Riviera Park 6.307,00
Total 381.438,00
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6.2.1. SES Araçás
O sistema de esgotos sanitários Araçás, implantado pelo PRODESPOL e PRODESAN,
atende a 36 bairros e é composto por rede coletora e estações elevatórias e a estação de
tratamento de esgotos Araçás. É o maior sistema em operação atualmente em Vila Velha.
A Tabela 15 a seguir mostra os bairros atendidos pelo sistema e as ligações existentes:
Tabela 15 ‐ Bairros Atendidos pelo Sistema de Ligações
Bairros
Número de
Ligações de
Esgoto
Bairros
Número de
Ligações
de Esgoto
Araçás 982 João Goulart 503
Aribiri 155 Jockey de Itaparica 317
Ataíde 124 Normília da Cunha 1
Barramares 62 Nossa Senhora da Penha 1
Boa Vista I 43 Nova América 179
Boa Vista II 31 Nova Itaparica 207
Brisamar 60 Novo México 673
Centro Vila Velha 1166 Olaria 143
Cocal 789 Praia da Costa 983
Coqueiral Itaparica 24 Praia das Gaivotas 720
Cristóvão Colombo 803 Praia da Itaparica 678
Divino Espírito 478 Primeiro de Maio 1
Dom João Batista 801 Residencial 193
Garoto 25 Rio Marinho 263
Glória 630 Santa Inês 786
Guaranhuns 286 Santa Mônica 397
Ibes 669 Santa Mônica Popular 1.017
Ilha dos Ayres 195 Santa Paula II 284
Ilha dos Bentos 375 Santos Dumont 10
Itapuã 1656 São Conrado 17
Jabaeté 927 Soteco 1.153
Jaburuna 122 Ulisses Guimarães 589
Jardim Asteca 420 Vale Encantado 16
Jardim Colorado 534 Vila Guaranhuns 160
Jardim Guadalajara 258 Vila Nova 874
Jardim Guaranhuns 289 TOTAL 22.117
Fonte: Sincop/CESAN,2014.
Observa‐se que em grande parte dos bairros, em especial Coqueiral de Itaparica, já
existem redes coletoras de esgoto porém com baixa adesão. Estima‐se que a cobertura
total de rede no município seja de 51%, mas a taxa de imóveis conectados à rede é de
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apenas 37%, ou seja, o serviço de coleta já existe e é disponibilizado mas a população não
aderiu ao sistema. Enfatizando a necessidade de políticas públicas de incentivo à ligação,
educação ambiental e fiscalização.
Na Figura 69 é apresentado parte do cadastro das redes existentes e as respectivas
ligações no Bairro Coqueiral de Itaparica. Os “pontos pretos com linha verde” significam
ligações de esgoto executadas. Observa‐se que na Rodovia do Sol já existe rede coletora
porém poucas moradias fizeram suas respectivas ligações.
Figura 69 ‐ Situação das ligações de esgoto no Bairro Coqueiral de Itaparica
O Programa Águas Limpas concluiu as obras de interligação de redes coletoras da Praia
da Costa e Adjacências (Bacia B13) e finalizou a implantação do Sistema de Esgotamento
Sanitário do bairro Araçás e adjacências e Complementação da Bacia B13.
A bacia de esgotamento sanitário do SES ‐ Vila Velha, B13, é composta por 18 (dezoito)
sub‐bacias ‐ (SBA, SBB, SBC, SBD,SBE, SBF, SBG, SB H, SBI, SBJ, SBL, SBM, SBN, SBO,
SBP, SBQ, SBR, SB S).
6.2.1.1. Rede coletora de esgoto
A rede coletora de esgotos do SES Araçás possui 324.085 metros de extensão, incluindo
grande parte das redes já concluídas pelo Programa Águas Limpas.
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6.2.1.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB)
O Sistema Araçás possui 22 estações elevatórias em operação conforme descrito Quadro
12 abaixo:
Quadro 12 ‐ Estações Elevatórias em Operação
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Todas as 22 estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).
As estações elevatórias EEE VVL, EEE VVQ, EEE VVS, EEE GAIVOTA, EEE VVR, EEEE
B1, EEE B4, EEE B5 e EEE ITAPARICA apresentaram problemas de inundação quando
das últimas chuvas (janeiro/fevereiro de 2014).
Apresentaram problemas de operação as elevatórias EEE B3, EEE B4, EEE B5 e EEE
ITAPARICA.
6.2.1.3. Estação de tratamento de esgotos (ETE Araçás)
A ETE Araçás opera pelo processo UNITANK de lodos ativados, através de reator
biológico aerado, com remoção de nitrogênio e tem capacidade nominal de 400 L/s.
A Figura 70 a seguir mostra a localização da ETE Araçás:
Figura 70 ‐ Localização da ETE Araçás
As unidades componentes da ETE são: grades grossas e mecanizadas, caixa de areia,
rosca transportadora, reator biológico aerado com remoção de nitrogênio, digestor e
adensador de lodos, sistema de dosagem de polímero, centrífuga, sopradores,
ultravioleta e sistema de controle de odores.
A Figura 71 a seguir mostra o fluxograma do processo de tratamento da ETE.
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Figura 71 ‐ Fluxograma do Processo de Tratamento da ETE Araçás
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No período entre outubro/2012 a setembro/2013 a ETE apresentou uma eficiência média
de 94% em termos de remoção de DBO, lançando no corpo receptor um efluente com
uma DBO média de 9,28 mg/L.
Apesar de estar apresentando boa eficiência de tratamento, informações recentes dão
conta que a ETE Araçás vem experimentando dificuldades operacionais relacionadas
com sua hidráulica quando a vazão se aproxima da nominal ‐ 400L/s. A seguir, as
Figuras 72, 73 e 74 mostram mais detalhes da ETE Araçás:
Figura 72 ‐ Detalhes ETE Araçás
Figura 73 ‐ Detalhes ETE Araçás
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Figura 74 ‐ Detalhes ETE Araçás
6.2.1.4. Emissário de esgoto tratado
Após o processo de tratamento, o efluente da ETE – Araçás é conduzido por gravidade,
através de tubulação de esgoto tratado e disposição final até o Rio Jucu.
Um difusor imerso na calha do rio Jucu promove a dispersão dos esgotos tratados. O
emissário está dividido em dois trechos: terrestre e submerso, como mostra o Quadro 13
a seguir:
Quadro 13 ‐ Divisão do Emissário
TRECHO EXTENSÃO DIÂMETRO/MATERIAL
Terrestre 2.725,31 DN 900/FºFº TK7
Submerso 14,69 DE 680/PEAD
Difusor 35 DE 700/PEAD
TOTAL 2775
Ao longo do emissário no trecho terrestre há quatro dispositivos de proteção da linha
(ventosa) e quatro dispositivos para limpeza e manutenção (descarga).
6.2.1.5. Corpo receptor
O corpo receptor é o Rio Jucu e o ponto de lançamento está localizado nas coordenadas
geográficas: 361.637 m E / 7.743.880 m N (Z 24K, Datum WGS 84).
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6.2.2. SES Jabaeté
O sistema de esgotos sanitários Jabaeté atende o bairro Residencial Lagoa de Jabaeté com
667 ligações de esgoto. A ETE Jabaeté está em fase de ampliação para aumento da
capacidade nominal para 30 L/s.
O Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (PDES) prevê a desativação desta ETE sendo o
esgoto recalcado para a ETE Ulisses Guimarães.
6.2.2.1. Rede coletora de esgoto
A rede coletora de esgotos que atende o Bairro Residencial Lagoa de Jabaeté tem
extensão total de 14.590 metros.
6.2.2.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB)
O sistema conta com 2 estações elevatórias em operação conforme o Quadro 14 abaixo:
Quadro 14 – EEEB
EEEB
Bombas Q
(l/s)
Hman
(mca)
RECALQUE FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO
Nº POT. (CV)
MARCA/ MODELO
Ø (mm)
MAT EXT. (M)
Origem/Destino
JABAETÉ I
1+1R
10
KSB KRT E 80-
20BR/34XG
20
100
100
FºFº
120
Reunir
esgotos/ ETE Jabaeté
Próximo a Lagoa
Jabaeté
JABAETÉ II
1+1R
1,5
2
100
100
FºFº
360
Reverter parte esgotos/ PV
Residencial Lagoa
de Jabaeté
As duas estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).
6.2.2.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE)
A ETE Jabaeté opera pelo processo de lodo ativado por aeração prolongada com
capacidade nominal de 30 L/s. A ETE Jabaeté, cuja localização é mostrada na Figura 75 a
seguir e está em fase de ampliação e terá a capacidade nominal incrementada em 20
litros/segundo. As unidades componentes da ETE são: caixa de chegada, gradeamento,
caixa de areia, tanque de aeração, decantador secundário e leitos de secagem.
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Figura 75 ‐ ETE Jabaeté
No período entre outubro/2012 a setembro/2013 a ETE apresentou uma eficiência média
de 68% em termos de remoção de DBO, lançando no corpo receptor um efluente com
uma DBO média de 131,67 mg/L.
O Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (PDES) previu a desativação da ETE Jabaeté.
O esgoto atualmente a ela afluente será recalcado para ser tratado na ETE Ulysses
Guimarães.
A Figura 76 a seguir, mostra o fluxograma do processo de tratamento da ETE
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Figura 76 ‐ Fluxograma ETE Jabaeté
Página 130
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6.2.2.4. Corpo receptor
O corpo receptor é o Córrego Jabaeté (afluente do Rio Jucu) e o ponto de lançamento está
localizado nas coordenadas geográficas: 359.752 m E / 7.738.889 m N (Z 24K, Datum
WGS 84).
6.2.3. SES Jacarenema
O Sistema de Esgotamento Sanitário de Jacarenema foi projetado para atender o
Conjunto Residencial Agesandro da Costa Pereira, atualmente conhecido por
Jacarenema e foi implantado com recursos do FAT ‐ Fundo de Amparo ao Trabalhador.
O condomínio é constituído em três áreas, sendo Jacarenema I com 108 residências,
Jacarenema II com 84 residências e Jacarenema III com 96 residências, num total de 288
casas residenciais.
Atualmente o conjunto é atendido por 282 ligações de esgoto.
6.2.3.1. Rede coletora de esgoto
A rede coletora possui extensão total de 3.062 metros.
6.2.3.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB)
Não há elevatórias neste sistema
6.2.3.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE)
A ETE Jacarenema opera pelo processo de tanque séptico ‐ filtro biológico com
capacidade nominal de 1,8 L/s.
A Figura 77 a seguir. mostra a localização da ETE Jacarenema.
Página 131
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Figura 77 ‐ ETE Jacarenema
As unidades componentes da ETE são: caixa de areia, gradeamento, tanque séptico e
filtro anaeróbio.
Neste sistema não é feito monitoração de DBO.
A Figura 78 a seguir mostra o processo de tratamento utilizado na ETE:
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Figura 78 ‐ Processo de Tratamento da ETE Jacarenema
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6.2.3.4. Corpo receptor
O efluente final é lançado em um córrego sem nome (lança na drenagem) e o ponto de
lançamento está localizado nas coordenadas geográficas: 360.669 m E / 7.741.781 m N (Z
24K, Datum WGS 84).
6.2.4. SES Ulysses Guimarães
O sistema de esgotos sanitários Ulysses Guimarães atende os bairros Ulysses Guimarães
(540 ligações) e João Goulart (ainda em fase de adesão ao sistema). Possui rede coletora
com extensão de 5,9 km, 4 estações elevatórias e uma estação de tratamento de esgotos.
6.2.4.1. Rede coletora de esgoto
A rede coletora de esgotos atende os bairros Ulysses Guimarães e João Goulart, tem
extensão total de 5.867 metros.
6.2.4.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB)
O sistema possui 4 estações elevatórias conforme mostra o Quadro 15 a seguir:
Quadro 15 ‐ EEEB
EEEB
Bombas Q
(l/s)
Hman
(mca)
RECALQUE
FUNÇÃO
LOCALIZAÇÃO
Nº POT. (CV)
MARCA/ MODELO
Ø (mm)
EXT. (m)
Origem/ Destino
Lograd. Bairro
ULYSSES GUIMARÃES I
1+1R
10
Flygt CP
3127
20
11,3
200
840
Reverter/
U. Guimarães/
ETE
R. Luiz
Gonzaga
Ulisses Guimarães I
ULYSSES GUIMARÃES II
1+1R
12,5
ABS
15
250
1170
Reverter parte da coleta / própria
R.
Marcelino
Ulysses Guimarães II
JOÃO GOULART I
1+1R
2
ABS EJ80
Reverter/ J. Goulart/
ETE
Av.
Vasco Alves
João Goulart I
JOÃO GOULART II
1+1R
3
SPV
Reverter/ J.
Goulart/ ETE
Av.
Getúlio Vargas
João Goulart II
Todas as 4 estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).
Página 134
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6.2.4.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE)
A ETE operava pelo processo de lagoas de estabilização no tipo sistema australiano
constituída por uma lagoa anaeróbia seguida de uma lagoa facultativa com capacidade
nominal de 14,40 L/s. Recentemente, este processo foi substituído por reator anaeróbio
de fluxo ascendente (UASB) seguido de biofiltro submerso aerado. A fase sólida, segue
para aterro sanitário após processo de desaguamento em leitos de secagem, como mostra
a Figura 79 a seguir:
Figura 79 ‐ ETE Ulysses Guimarães
Figura 80 ‐ Localização da ETE
Página 135
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Atualmente, a ETE é constituída das seguintes unidades: dois reatores anaeróbios de
fluxo ascendente (UASB), dois biofiltros aerados submersos, dois decantadores
secundários, quatro reatores ultravioleta, leitos de secagem e queimador de gás
capacidade nominal de 30 L/s.
Como pré tratamento estão instalados gradeamento, caixas de areia, separador de
água/óleo.
O lodo extraído do processo é disposto em leitos de secagem, de onde, após o deságue,
segue para a destinação final adequada ema aterro sanitário, como mostra a Figura 81 a
seguir:
Figura 81 ‐ Leito de Secagem da ETE
A Figura 82 a seguir mostra o fluxograma do processo de tratamento da ETE.
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Figura 82 ‐ Fluxograma ETE Ulysses Guimarães
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
No período entre julho/2011 a junho/2012 a ETE apresentou uma eficiência média de 94%
em termos de remoção de DBO, lançando no corpo receptor um efluente com uma DBO
média de 9,92 mg/L.
Com a implantação do novo sistema de tratamento, a unidade do tipo sistema
australiano deverá ser usada como área de deposição de material proveniente de
limpeza de rede de esgoto, para promover seu aterramento, conforme documento Plano
de Desativação da ETE Ulysses Guimarães apresentado a órgão ambiental (IEMA) ainda
em fase de avaliação, conforme mostram as Figuras 83 e 84 a seguir:
Figura 83 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães
Figura 84 ‐ Vista da ETE Ulysses Guimarães
Página 138
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
6.2.4.4. Corpo receptor
O efluente final é lançado no Canal do Congo (afluente do Rio Jucu) e o ponto de
lançamento está localizado nas coordenadas geográficas: 359.752 m E / 7.738.839 m N (Z
24K, Datum WGS 84).
6.2.5. SES Vale Encantado
O sistema de esgotos sanitários Vale Encantado foi implantado pelo PROSEGE –
Programa de Ação Social em Saneamento e atende parte do bairro Vale Encantado, com
7 ligações de esgoto, e parte do bairro Rio Marinho com 119 ligações de esgoto,
perfazendo um total de 126 ligações. O sistema é composto por rede de coleta, duas
estações elevatórias e estação de tratamento de esgotos tipo reator anaeróbio, seguida de
lagoa facultativa.
6.2.5.1. Rede coletora de esgoto
A rede coletora de esgotos atende parcialmente os bairros Vale Encantado e Rio Marinho
e possui extensão total de 8.588 metros.
6.2.5.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB)
O Quadro 16 a seguir, mostra as características das estações elevatórias:
Quadro 16 ‐ Características das EE
EEEB
BOMBAS Q (l/s)
Hman
(mca)
RECALQUE FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO
Nº POT. (CV)
Ø (mm)
MAT EXT (M)
Origem/ Destino
Lograd. Bairro
RIO MARINHO
1+1R
20
7,57
150
FºFº
225
Reverter
esgotos Rio Marinho/
EEEB Vale Encantado
R. Itapina
Rio
Marinho
VALE ENCANTADO
1+1R
40
54,89
20,5
250
FºFº
133
Reverter
esgotos Vale Encantado junto os da EEEB Rio
Marinho/ ETE
R. Águia
Branca/ R. Barra Nova
Vale
Encantado
As 2 estações elevatórias encontram‐se subdimensionadas (sobrevazão).
Página 139
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6.2.5.3. Estação de tratamento de esgoto (ETE)
A ETE opera pelo processo de reator anaeróbio seguido de uma lagoa facultativa com
capacidade nominal de 9,57 L/s, como mostra a Figura 85 a seguir:
Figura 85 ‐ Vale Encantado
Figura 86 ‐ Localização da ETE Vale Encantado
O Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (PDES) previu a desativação desta ETE, sendo
o esgoto recalcado para o SES Araçás.
As unidades componentes da ETE são: caixa de areia, gradeamento médio, um reator
anaeróbio de fluxo ascendente (UASB), seguidos por uma lagoa facultativa e leitos de
secagem, ilustrados na Figura 87 a seguir:
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Figura 87 ‐ Componentes ETE Vale Encantado
Página 141
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No período entre julho/2011 a junho/2012 a ETE apresentou uma eficiência média de 85%
em termos de remoção de DBO, lançando no corpo receptor um efluente com uma DBO
média de 26,25 mg/L.
6.2.5.4. Corpo receptor
O efluente final é lançado no Córrego do Carrefour (afluente do Rio Aribiri) e o ponto de
lançamento está localizado nas coordenadas geográficas: 359.140 m E / 7.747.131 m N (Z
24K, Datum WGS 84).
6.2.6. SES Ewerton Montenegro
O sistema de esgotos sanitários Ewerton Montenegro atende o Loteamento Ewerton
Montenegro. O SES Ewerton Montenegro é composto somente por rede coletora e uma
elevatória, conforme descrito nos itens posteriores. Funciona, desta forma, como se fosse
uma sub‐bacia cuja vazão é revertida pela EEE para a ETE Araçás.
6.2.6.1. Rede coletora de esgoto
A rede coletora de esgotos do SES Ewerton Montenegro tem uma extensão de 775m.
6.2.6.2. Estação elevatória de esgoto bruto (EEEB)
O SES Ewerton Montenegro possui 01 estação elevatória localiza‐se na Rua Principal do
loteamento. As características principais da EEEB podemos observar no Quadro 17 a
seguir:
Quadro 17 ‐ Características das Principais da EEEB
EEEB
BOMBAS
Q
(l/s)
Hman
(mca)
RECALQUE FUNÇÃO LOCALIZAÇÃO
Nº
Ø (mm)
MAT EXT (M)
Origem/ Destino
Lograd. Bairro
EWERTON MONTENEGRO
1+1R
1
10
100
FºFº
280
Reverter esgotos
Loteamento/ ETE Araças
Principal do loteamento
Loteamento
Ewerton Montenegro
6.2.7. SES Riviera Park
O sistema de esgotamento sanitários Riviera Park atende o loteamento Riviera Park
Residence. Possui rede coletora, uma estação de tratamento e 5 estações elevatórias. A
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
capacidade nominal da ETE é 4,0 l/s atendendo uma população de projeto de 1.248
habitantes.
Ainda não existem contribuições de esgotos no sistema Riviera Park.
6.2.8. Tratamento dos impactos sociais e ambientais
Buscando aprimorar a forma de tratar os impactos sociais e ambientais que surgem no
processo de execução de sua atividade de coleta, tratamento e disposição final do esgoto
o Quadro 18 a seguir, mostra como estão sendo gerenciados os principais impactos
Sociais e Ambientais.
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Quadro 18 ‐ Principais Impactos Sócios Ambientais
IMPACTOS GERENCIAMENTO
Execução de obras
Tendo como premissa a legislação vigente e procedimentos do Instituto Estadual de Meio Ambiente,
desde a fase de projeto, orientações são fornecidas aos responsáveis pela execução das obras quanto à
correta destinação dos resíduos gerados no processo da construção civil. Quando ocorre a disposição dos
resíduos de forma inadequada é solicitada sua remoção e correta destinação.
Foi desenvolvido Plano de Comunicação Social que permite o relacionamento contínuo entre as
comunidades e as empresas envolvidas nas obras de intervenção. A ação prioritária é esclarecer à
população sobre as atividades a serem implantadas pelo empreendimento e contribuir para eliminar
e/ou amenizaras possíveis insatisfações geradas.
Através de parcerias com instituições públicas, escolas, organizações comunitárias e ambientais são
estabelecidos canais diretos com população para divulgação das melhorias decorrentes da implantação
de SAA ou SES. São realizadas palestras, exposições, feiras educativas, semanas culturais, eventos
culturais nas comunidades, seminários, encontro de lideranças comunitárias, reuniões informativas com
moradores, capacitação de agentes comunitários de saúde e de meio ambiente, capacitação de
professores, cinema na comunidade, visitas técnicas às obras, visitas monitoradas às Estações de
Tratamento de Água e de Esgoto, abordagens domiciliares e divulgação do Call Center para registro de
reclamações.
Não conformidade
de efluentes de
ETE
O monitoramento da qualidade dos efluentes das ETEs é uma prática operacional rotineira cuja
frequência de coleta de amostras e parâmetros a serem analisados estão estabelecidos em Plano de
Monitoramento. Nesse plano também está previsto o monitoramento de alguns corpos d’água, conforme
exigência do Órgão Ambiental e legislação vigente.
No caso dos efluentes das ETEs, se detectada não conformidade legal, é realizado diagnóstico. Uma vez
detectada a origem da não conformidade, providencias são tomadas pela área operacional.
Resíduos do SES
Os resíduos grosseiros e areias originados na operação e manutenção dos Sistemas de Esgotamento
Sanitário – SES (redes coletoras, elevatórias, unidades preliminares de ETEs) bem como os lodos gerados
nas ETEs, que são de responsabilidade direta ou indireta da CESAN, são dispostos em aterros sanitários
licenciados ambientalmente. Um desses aterros participa do Programa de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL)
Lodo de ETE
Na busca por uma alternativa ambientalmente correta para disposição do lodo gerado nas ETEs está
sendo implantada uma unidade piloto de produção de biossólidos (lodo de ETE higienizado com cal)
para uso na agricultura.
Sonoro e visual de
elevatórias
Na fase de projeto, em função de situações específicas, algumas Estações Elevatórias são concebidas de
forma que a emissão de ruídos atenda no mínimo às exigências contidas na legislação. Além disso,
visando minimizar o impacto visual, algumas são concebidas de tal forma que sua estrutura
arquitetônica se integre à paisagem local.
Acidentes‐sinistros As ocorrências são acompanhadas por uma equipe de assistentes sociais que, assessoradas pela área
técnica, definem os procedimentos a serem adotados para o atendimento ao reclamante, podendo
envolver remanejamento dos moradores, ressarcimento dos bens avariados e assistência médica.
Odor
Quando detectado, pela força de trabalho ou pela comunidade, odores desagradáveis nas Estações de
Tratamento de Esgoto (ETE) e Estações Elevatórias de Esgoto Bruto (EEEB) é elaborado um diagnóstico.
Uma vez detectada a origem do odor, ajustes são realizados e em alguns casos são instaladas redes de
percepção de odor, de forma interativa com a comunidade. Em algumas situações específicas, já na fase
de projeto, são previstas unidades de tratamento de odor.
Lançamento de
esgoto “in natura”
devido a não
conexão à rede
coletora
Equipes da CESAN percorrem os bairros buscando identificar a disponibilidade de rede e não conexão
por parte da população. Após a elaboração de relatório é realizada reunião com as comunidades para
mostrar onde existe disponibilidade de rede, os benefícios da conexão do esgoto à rede coletora, bem
como as providências que serão adotadas pela empresa de saneamento. Baseando‐se na legislação, a
CESAN oficializa o pedido de conexão ao dono do imóvel por meio de notificação, com prazo de
sessenta dias. Nova abordagem é feita para verificar o atendimento, positivo ou negativo, a notificação.
Quando positivo, imediatamente é implantada a tarifa. Quando negativo, é solicitado apoio junto ao
Órgão Ambiental Municipal ou Ministério Público.
Elaboração e execução de Plano de Ligação de Esgoto visando mostrar para a população os benefícios em
termos de qualidade de vida e de saúde, bem como a valoração do imóvel. A metodologia baseia em
ações informativas e educativas, além da formalização de parcerias com prefeituras municipais e
Ministério Público.
Lançamento
indevido de água
de chuva na rede
de esgoto
Campanhas de esclarecimento para a população sobre a diferença entre redes de esgoto e redes de
drenagem e as consequências quanto ao uso indevido das redes.
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6.2.9. Regras para recebimento de esgoto na rede pública
A Norma 5490/2013 estabelece regras para o despejo de esgoto não doméstico na rede
instalada com o objetivo de evitar impactos como obstrução na rede, corrosão das
tubulações, ou aparecimento de bactérias multirresistentes nas estações de tratamento,
ou mesmo produtos químicos que possam afetar o tratamento.
Esta Norma 5490/2013 foi elaborada tendo como base a Resolução 008/10 da Agência
Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo – ARSI. A
Resolução estabelece que “os despejos que, por sua natureza, não puderem ser lançados
diretamente na rede pública coletora de esgoto, deverão, obrigatoriamente, ser tratados
previamente pelo usuário titular, às suas expensas e de acordo com as normas vigentes”.
6.3. SANEAMENTO BÁSICO NAS COMUNIDADES RURAIS DE VILA VELHA
Vila Velha possui 53% de área rural ou 111 km² de área. Cerca de 0,50 % do total da
população do município, ou seja, 2.018 habitantes conforme dados do último censo do
IBGE, se localizam na área rural o que representa uma densidade demográfica de 18
hab/km² bastante baixa.
A baixa densidade ocupacional dificulta de sobremaneira o acesso aos sistema oficiais de
abastecimento de água e esgotamento sanitário levando a soluções individualizadas e/ou
de pequeno porte quer seja para o abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Deverão ser implementados planos de ação para as comunidades rurais de maneira a
garantir o acesso à água de qualidade e a coleta e tratamento dos esgotos. Existem
diversos tipos de soluções individualizadas e/ou coletivas que podem e devem ser
adotadas, mas que deverão ser implementadas após estudo prévio.
Para a elaboração dos projetos hidráulico‐sanitários de estações de tratamento de esgoto
deverão seguir as normas técnicas brasileiras, em especial a NBR 12.209 – ABNT.
Também deverão ser implementados programas de controle e monitoramento da
qualidade das águas disponibilizadas à população, além de programas de educação
ambiental evitando‐se dessa forma possíveis problemas de contaminação.
6.4. INFORMAÇÕES COMERCIAIS E DE ATENDIMENTO AOS CLIENTES
6.4.1. Atendimento a clientes
O atendimento ao público é feito presencialmente na agência localizada à Rua Henrique
Moscoso, nº 1.375, Loja 2, próximo à Pracinha de Vila Velha, como mostra a Figura 88 a
seguir:
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Figura 88 ‐ Fachada CESAN de Vila Velha
Os principais canais de contado do cliente com a operadora são o telefone 115 e a agência
virtual, no site www.cesan.com.br, de onde se disponibilizam consultas de débitos
anteriores, emissão de segunda via de contas, solicitação ligação de água e esgoto, além
de outros serviços.
A Central de Atendimento ao Cliente funciona 24 horas, todos os dias da semana, para
solicitar serviços, informações, fazer reclamações ou denúncias.
Entre as facilidades que a Central de Atendimento disponibiliza estão:
Informações sobre aferição de hidrômetro;
Remanejamento de endereço;
Informações sobre débitos em conta corrente;
Informações sobre ligação de água e esgoto;
Informações sobre suspensão de abastecimento de água a pedido do Cliente;
Informações sobre separação de ligação de água;
Informações sobre segunda via da conta de água;
Denúncia de by pass (gato e/ou irregularidade na rede);
Reclamação de falta de água e vazamento de esgoto na rua;
Solicitação de carro‐pipa;
Informação sobre consumo.
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Unidade móvel de atendimento
A Concessionária dispõe de uma unidade móvel de atendimento nos bairros com o
objetivo de diminuir o deslocamento dos clientes que buscam o atendimento. São
oferecidos todos os serviços prestados pelos escritórios de atendimento, como
solicitações de ligação de água e esgoto, 2ª via de conta, parcelamentos de dívida, revisão
de conta, alteração de conta, alteração de nome, avisos de vazamentos de água ou esgoto,
entre outros.
6.4.2. Tabela tarifária
A ARSI é responsável por analisar o pleito da concessionária referente ao reajuste de
tarifas dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. O estudo baseia‐
se na apuração dos custos incorridos no período de análise a fim de se chegar a um
índice de reajuste que repasse para a tarifa os efeitos inflacionários que impactam na
sustentabilidade econômica e financeira da Concessionária.
A fórmula utilizada para a apuração do índice de reajuste tarifário busca preservar o
poder aquisitivo da receita da empresa que tende a ser impactado por pressões
inflacionárias apuradas via índice de preços, além da evolução e repasse dos custos não
administráveis. Trata‐se de um modelo já praticado por outras Agências Reguladoras do
setor de saneamento básico. A metodologia utilizada pela ARSI nos reajustes de tarifas
de abastecimento de água e esgotamento sanitário, prestado pela CESAN ‐ foi aprovada
através de consulta pública 001/2011.
A Tabela 16 a seguir, mostra a tabela tarifária em vigor com validade até 31 de Julho de
2014.
Tabela 16 ‐ Tabela Tarifária em Vigor
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Tarifa Social
A Tarifa Social é um desconto que vai incidir sobre as tarifas de água e esgoto dos
imóveis classificados na categoria RESIDENCIAL cujos moradores sejam beneficiários
do Programa Bolsa Família do Governo Federal ou que recebam o Benefício de Prestação
Continuada da Assistência Social – BPC (art. 20 da Lei Nº 8.742, de 07/12/1993):
I. Desconto de 60% para a parcela de consumo de água até 15 m³.
II. Desconto de 20% para a parcela do consumo compreendida entre 16 m³ e 20 (vinte) m³
Pagamento de faturas
As faturas de água e serviços da podem ser pagas em Bancos, Casas Lotéricas, Agências
dos CORREIOS, Caixas Eletrônicos, nos sites dos bancos conveniados e na Rede de
agentes arrecadadores.
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7. ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE
7.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Os sistemas de captação e tratamento de água estão em boas condições de operação e
manutenção, salvo algumas ações pontuais em adutora de água bruta, estrutura de
reservatórios e algumas estruturas civis nas ETA.
Nas ETA uma maior automação das dosagens e de medidores on line de qualidade,
poderia ser considerada. Destaque‐se também a necessidade de maior segurança com os
sistemas de cloração e a ausência em algumas unidades de sistema de recuperação de
água de lavagem e desidratação de lodo. Há também a necessidade de se concluir os
procedimentos administrativos necessários junto ao IEMA para obtenção das licenças
ambientais das ETA Vale Esperança e Cobi.
Algum reforço de rede e adução de água tratada se faz necessário. A instalação de
Válvulas Redutoras de Pressão (VRP) juntamente com automação e telemetria, também
deve ser considerada.
Segundo dados extraídos do SNIS o número estimado de ligações e economias de água
em Vila Velha em 2011, encontra‐se registrado na Tabela 17 a seguir. Há informações de
ainda existir mais de 3.700 ligações inativas.
Tabela 17 ‐ Número Estimado de Ligações e Economias de Água
CATEGORIASÁGUA
LIGAÇÕES ECONOMIAS
Residencial 86.221 154.698
Comercial 5.133 7.934
Industrial 330 359
Pública 1.061 1.179
TOTAL 92.744 164.170
Os números declarados no SNIS permitem concluir que a cobertura de abastecimento de
água total no município é de aproximadamente 96%, sendo que na área urbana é de
100%. Entende‐se como cobertura o atendimento à população que contribui para o
faturamento da companhia.
Neste trabalho, para efeito de cálculo das demandas e das estruturas necessárias para a
prestação dos serviços, será somente considerada cobertura sobre a população urbana do
município, ou seja em 100% até o final de plano.
Vale desde já destacar que ocorre em algumas áreas isoladas na área urbana do
município e em algumas épocas do ano, intermitência no abastecimento de água, ou seja
o fator “regularidade de abastecimento” comprometido.
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De acordo com a Portaria Nº 2914/2011 intermitência é a interrupção do serviço de
abastecimento de água, sistemática ou não, que se repete ao longo de determinado
período, com duração igual ou superior a seis horas em cada ocorrência.
Atualmente, segundo a concessionária os bairros que apresentam alguma intermitência
são: Praia da Costa, Boa Vista, Ataíde e Aribiri. Sendo que nos dois últimos a
intermitência ocorre nas regiões de cota elevada.
As perdas, cuja redução sempre é o maior desafio na maioria das companhias de
abastecimento, parecem estar controladas. Conforme apresentado no capitulo 9, item 9.2
– Perdas Totais, do presente documento.
7.2. SISTEMA DE COLETA, AFASTAMENTO E TRATAMENTO DE ESGOTO.
De maneira geral, o sistema está bem operado e mantido.
Como ponto crítico, a enorme quantidade de ligações factíveis, com os clientes
resistentes à adesão ao sistema coletor. Expondo ao risco de contaminações e de poluição
ao meio ambiente.
Outro ponto crítico é a necessidade de providenciar as licenças ambientais de algumas
estações de tratamento de esgoto. Cita‐se aqui que as Estações de Vale Encantado,
Jabaeté e o Sistema de Jacarenema, que ainda não possuem Licença Ambiental.
Não há informações sobre as estatísticas de manutenção/obstrução de rede e ramais, de
forma que não há como concluir sobre o estado atual da rede de coleta. Sabe‐se que o
cadastro técnico necessita ser atualizado.
O principal problema observado no sistema de esgotamento sanitário está relacionado
com situação das estações elevatórias, pois algumas delas estão localizadas em áreas
sujeitas a alagamentos quando ó índice pluviômetro for maior. Por exemplo, 9 estações
elevatórias apresentaram problemas de inundação quando das últimas chuvas ocorridas
no início do ano de 2014, e 4 apresentaram algum tipo de problemas relacionados a
paralisação. Dessa forma, é necessário adequar as estações à esse tipo de situação,
principalmente protegendo a parte elétrica a fim de evitar acidentes e paralisações por
períodos longos.
No curto prazo deverão ser realizados estudos específicos para redimensionar as
estações elevatórias levando em conta a situação atual e futura. Estima‐se que, dentro de
um horizonte de projeto de 30 anos, a população fixa de Vila Velha passe dos atuais
436.000 para 550.000 aproximadamente, ou seja, uma crescimento de 114.000 pessoas.
Esse crescimento populacional acarretará em aumento dos esgotos gerados e
consequentemente no agravamento da situação atual das estações elevatórias.
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Outro ponto relevante está relacionado a questão das contribuições indevidas de águas
de chuva nos esgotos. Como é comum em sistemas de esgotamento sanitário, e em Vila
Velha não é diferente, existem problemas relacionados à contribuição clandestina de
água de chuva no esgoto.
O sistema brasileiro de esgotamento sanitário opera com o chamado separador absoluto,
ou seja, água de chuva e esgoto não se misturam. Porém observa‐se que em dias de
chuva mais intensa ocorre o extravasamento de esgoto em alguns pontos das redes
coletoras do município. Isso se deve aos lançamentos clandestinos de água de chuva na
rede coletora. Como a rede coletora não está dimensionada para esse acrescimento de
vazão ocorre o extravasamento dos esgotos muitas vezes pelo tampão dos poços de
visita outras vezes dentro de residências localizadas em cotas mais baixas.
Esses extravasamentos causam graves problemas operacionais ao sistema, e ambientais
para a população e para o meio ambiente.
Outro ponto importante é que contribuições clandestinas acarretam em elevação dos
custos operacionais, uma vez que o sistema estará transportando e tratando também
água de chuva ao invés de somente esgoto sanitário.
O combate aos lançamentos clandestinos deverá ser feito de maneira conjunta com o
poder público (prefeitura), concessionária (operador do sistema) e população.
É fundamental que o poder público coloque em execução política pública de educação
ambiental orientando os usuários/população das práticas que podem e não podem ser
executadas, esclarecendo a população dos riscos envolvidos.
Importante destacar que o inverso também ocorre, ou seja, lançamento de esgoto em
galerias de águas pluviais. Em muitos casos, onde as galerias de águas pluviais foram
implantadas antes das redes coletoras de esgoto as ligações de esgoto foram executadas
diretamente nas tubulações de águas pluviais porem, quando da implantação das redes
coletoras de esgotos, essas ligações não foram desfeitas e o esgoto continua sendo
lançado nas galerias acarretando na contaminação do meio ambiente.
Caberá a concessionária dos serviços elaborar e executar plano de caça‐lançamentos
clandestinos onde, por meio de testes específicos (fumaça, corante, televisionamento,
etc.), identifique os possíveis lançamentos clandestinos e elabore estudos para elimina‐
los.
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8. EVOLUÇÃO POPULACIONAL
No Plano Diretor de Esgoto, concluído em 2009, havia sido projetada a evolução
populacional que norteou as demandas daquele trabalho. Nele o período do horizonte
do estudo compreendeu um intervalo de 35 anos, iniciando então em 2000 e finalizando
em 2035.
As projeções populacionais foram realizadas através do método de componentes, o qual
incorpora as informações sobre as tendências da mortalidade, da fecundidade e da
migração extraídas dos censos de 1991 e 2000.
Este método baseia‐se na interação das variáveis demográficas e pressupõe o
acompanhamento das coortes de pessoas através da construção de tábuas de vida.
Uma das principais vantagens desse método em comparação com os métodos globais de
projeção é que ele permite a estimativa da população por faixa etária; além disso,
possibilita um maior controle das variáveis que afetam o crescimento populacional o que
é fundamental para o planejamento na medida em que permite estimar demandas
sociais.
Para o município de Vila Velha esta metodologia resultou na estimativa de crescimento
exposta na Tabela 18 a seguir:
Tabela 18 – Evolução Populacional
ANO POPULAÇÃO ANO POPULAÇÃO
2000 345.351 2018 486.454
2001 353.446 2019 492.840
2002 361.730 2020 499.309
2003 370.209 2021 504.271
2004 378.886 2022 509.282
2005 387.767 2023 514.343
2006 395.917 2024 519.454
2007 404.238 2025 524.616
2008 412.734 2026 527.945
2009 421.409 2027 531.295
2010 430.266 2028 534.666
2011 437.521 2029 538.059
2012 444.899 2030 541.473
2013 452.402 2031 543.454
2014 460.031 2032 545.441
2015 467.788 2033 547.436
2016 473.929 2034 549.438
2017 480.151 2035 551.447
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Em 2010, o IBGE realizou novo censo que acusou para o município de Vila Velha a
população de 414.586 habitantes. Comparando‐se com o número obtido na estimativa
populacional do Plano Diretor de Esgoto para o mesmo ano de 2010, encontra‐se 430.266,
ou seja, menos de 16.000 habitantes, o que corresponde a 3,6%.
Neste trabalho, para o horizonte de estudo de 30 anos e iniciando em 2014, será
necessária a projeção até o ano de 2043.
Procurou‐se então corrigir a pequena diferença apontada no censo de 2010, e refazer a
estimativa de crescimento, utilizando a mesma inclinação da curva do Plano Diretor de
Esgoto (PDE), de modo que se obtivessem curvas semelhantes.
A Figura 89 a seguir mostra o resultado deste procedimento.
Figura 89 ‐ Gráfico Evolução Populacional
Desta forma, estaremos adotando neste trabalho os números de habitantes para cada ano
resultantes desta equação, expressos então na Tabela 19 a seguir:
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Tabela 19 ‐ Habitantes para cada Ano
ANO POPULAÇÃO ANO POPULAÇÃO
2010 414.586 2027 510.348
2011 421.898 2028 514.355
2012 429.833 2029 518.164
2013 436.523 2030 521.768
2014 442.704 2031 525.164
2015 448.771 2032 528.347
2016 454.719 2033 531.313
2017 460.540 2034 534.057
2018 466.227 2035 536.577
2019 471.774 2036 538.870
2020 477.175 2037 540.931
2021 482.422 2038 542.758
2022 487.510 2039 544.349
2023 492.432 2040 545.702
2024 497.183 2041 546.814
2025 501.756 2042 547.687
2026 506.146 2043 548.321
Segundo os dados do IBGE 2010, a urbanização da cidade é alta, perto de 99,5%. Para a
estimativa da população urbana, foi considerada que esta taxa de urbanização
permanecerá inalterada até o final do plano.
A Tabela 20 a seguir, explicita a população urbana em cada ano:
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Tabela 20 ‐ Projeções das Populações
Ano População
Total
Taxa
Crescimento
Taxa
Urbanização
População
Urbana
Fixa
2.015 448.771 1,325% 99,500% 446.572
2.016 454.719 1,280% 99,500% 452.491
2.017 460.540 1,235% 99,500% 458.283
2.018 466.227 1,190% 99,500% 463.942
2.019 471.775 1,145% 99,500% 469.462
2.020 477.175 1,100% 99,500% 474.837
2.021 482.422 1,055% 99,500% 480.058
2.022 487.510 1,010% 99,500% 485.121
2.023 492.432 0,965% 99,500% 490.019
2.024 497.183 0,920% 99,500% 494.747
2.025 501.756 0,875% 99,500% 499.297
2.026 506.146 0,830% 99,500% 503.666
2.027 510.348 0,785% 99,500% 507.847
2.028 514.355 0,741% 99,500% 511.835
2.029 518.164 0,696% 99,500% 515.625
2.030 521.768 0,651% 99,500% 519.211
2.031 525.164 0,606% 99,500% 522.591
2.032 528.347 0,561% 99,500% 525.758
2.033 531.313 0,516% 99,500% 528.710
2.034 534.057 0,472% 99,500% 531.440
2.035 536.577 0,427% 99,500% 533.948
2.036 538.870 0,382% 99,500% 536.230
2.037 540.931 0,338% 99,500% 538.280
2.038 542.758 0,293% 99,500% 540.098
2.039 544.349 0,249% 99,500% 541.682
2.040 545.702 0,204% 99,500% 543.028
2.041 546.814 0,160% 99,500% 544.135
2.042 547.687 0,112% 99,500% 545.003
2.043 548.300 0,100% 99,500% 545.613
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O Plano Diretor de Esgoto citado também fez projeções para a população flutuante no
município.
A análise da população flutuante é importante em um plano diretor de esgotos na
medida em que há necessidade de se avaliar o impacto decorrente da presença dessa
população sobre a geração de efluentes.
A estimativa e a projeção da população flutuante tiveram como base duas análises: os
dados de domicílios de uso ocasional provenientes do censo demográfico e pesquisa
sobre características da população que visita a região.
Vila Velha foi destacada neste plano por não possuir caráter turístico tão marcante.
Para estimar a população flutuante de uma região é importante conhecer as
características do turismo local, tendo em vista a existência de diferenças na taxa média
de ocupação, considerando‐se a sazonalidade se ela é semanal ou anual. Nos casos em
que a sazonalidade é semanal a ocupação média dos domicílios de uso ocasional se
aproxima da ocupação média dos residentes. Já na sazonalidade anual, como a ocupação
concentra‐se nos meses de férias ou nas festas de fim de ano, a ocupação é sensivelmente
maior. Do ponto de vista do abastecimento a sazonalidade semanal implica em pico de
consumo no fim de semana e a sazonalidade anual transfere o pico de consumo para os
meses de férias.
O resumo deste estudo está representado na Tabela 21 a seguir:
Tabela 21 ‐ Ano versus População Flutuante
Ano 2010 2015 2020 2025 2030 2035
População flutuante 42.068 45.340 50.081 53.419 55.423 57.426
Apesar de que o acréscimo da população flutuante seja significativo (cerca de 10% da
população total,), neste trabalho ele não será considerado pelos seguintes motivos:
As grandes estruturas de ETE, linhas de recalque, EEE, etc., foram dimensionadas
tomando em consideração a população fixa e flutuante.
As novas extensões de rede e as novas ligações têm pouca influência com a
população flutuante.
Outro fator que sofre a influência da população flutuante é o faturamento dos
diferentes meses do ano. Porém não conhecemos os histogramas mensais de
volumes e valores faturados. Os números que conhecemos são os extraídos do
SNIS, que informa valores anuais totais, ou seja, que já incorporam os consumos e
faturamento da população flutuante.
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9. METAS E OBJETIVOS
A proposição para a modernização do sistema de água e esgoto no município será
estruturada em obediência à Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, em especial
no que preconiza os princípios fundamentais da prestação de serviço: a universalização
do acesso, a integralidade, a eficiência e sustentabilidade econômica, a utilização de
tecnologias apropriadas, a transparência das ações, o controle social e a qualidade e
regularidade.
O foco será a reordenação dos sistemas de abastecimento de água e de esgotos sanitários
de modo a adequar seus componentes na forma proposta, para atender às demandas
atuais e futuras e complementando‐os se necessário. Também serão revistos os processos
administrativos e de gestão, pensando no atendimento da população nos próximos 30
anos previstos para este projeto.
As principais metas a serem alcançadas são:
Manter a universalização de atendimento em abastecimento de água;
Universalizar o atendimento em coleta e tratamento de esgoto;
Diminuir o índice de perdas totais;
Garantir a segurança, qualidade e regularidade nos serviços prestados;
Minimizar riscos de contaminação ambiental por efluentes da ETAs e da ETEs;
Preservação dos recursos hídricos locais.
Neste trabalho, para efeito de cálculo das demandas e das estruturas necessárias para a
prestação dos serviços, será somente considerada cobertura sobre a população urbana do
município, ou seja em 100% até o final de plano.
Atualmente os principais corpos d’água que abastecem a Grande Vitória, o Jucu e o
Santa Maria, estão sendo objeto de estudos para receberem nova classe de
enquadramento, o que precisa ser entendido não somente como classificação, mas como
um instrumento de planejamento.
9.1. COBERTURA DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Os números declarados no SNIS permitem concluir que a cobertura de abastecimento de
água total no município é de aproximadamente 96%, sendo que na área urbana é de
100%. Entende‐se como cobertura o atendimento à população que contribui para o
faturamento da concessionária. Esse índice deve manter‐se em 100% para a área
urbana.ou seja os investimentos devem acompanhar a evolução populacional. A
qualidade da água fornecida deve atendar aos padrões da ANVISA e CONAMA.
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A intermitência, que atualmente ocorre em Praia da Costa, Boa Vista, e nas regiões
elevadas de Ataíde e Aribiri, deverá ser combatida. Considerando que ela ocorre em
algumas áreas isoladas na área urbana do município e em algumas épocas do ano, tem‐
se como meta a eliminação dos pontos de intermitência. Para isso será necessária a
construção de reservatórios e setorização dos mesmos.
Nos locais em que frequentemente ocorre o rompimento de rede, deverá ser avaliada a
necessidade de substituição da tubulação.
9.2. PERDAS TOTAIS
Em sistemas públicos de abastecimento, do ponto de vista operacional, as perdas de
água são consideradas correspondentes aos volumes não contabilizados. Estes englobam
tanto as perdas físicas, que representam a parcela não consumida, como as perdas não
físicas, que correspondem à água consumida e não registrada.
As perdas físicas originam‐se de vazamentos no sistema, envolvendo a captação, a
adução de água, o tratamento, a reservação, a adução de água tratada e a distribuição,
além de procedimentos operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede
quando estes provocam consumos superiores ao estritamente necessário para operação.
As perdas não físicas originam‐se de ligações clandestinas ou não cadastradas,
hidrômetros parados ou que submedem, fraudes em hidrômetros e outras. São também
conhecidas como perdas de faturamento, uma vez que seu principal indicador é a
relação entre o volume disponibilizado e o volume faturado.
A redução das perdas físicas permite diminuir os custos de produção ‐ mediante redução
do consumo de energia, de produtos químicos e outros ‐ e utilizar as instalações
existentes para aumentar a oferta sem expansão do sistema produtor.
A redução das perdas não físicas permite aumentar a receita tarifária, melhorando a
eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro do prestador de serviços.
No caso de Vila Velha, os dados disponíveis são insuficientes para uma definição
detalhada do índice de perdas, visto que o índice de hidrometração é pouco menor que
100% e não se sabe exatamente o grau de submedição destes equipamentos graças à sua
idade média elevada. Além disso, os consumos são desconhecidos para as ligações não
hidrometradas, o que denota a impossibilidade de se fazer uma apuração da situação
real do sistema de abastecimento de água quanto às perdas efetivas. Acrescente‐se a
estes fatores, o desconhecimento do funcionamento dos macromedidores instalados.
Atualmente a concessionária vem fazendo investimentos significativos em ações e
diretrizes previstas no Plano Diretor de Controle e Redução de Perdas, conforme
apresentado no Quadro 19 a seguir.
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Quadro 19 ‐ Controle e Redução de Perdas da CESAN
ATIVIDADES
Ações Básicas
Setorização
Cadastro Técnico
Macromedição
Sistemas de Gestão
Desenvolvimento de Recursos Humanos
Ações de Suporte
Telemetria e Telecomando do Sistema e de Grandes Clientes
Gestão da Qualidade dos Materiais
Novos Critérios de Projetos de Engenharia e Obras
Ações de Combate a
Perda Real
Gerenciamento da Infraestrutura
Controle Ativo de Vazamentos
Controle de Pressão e de Nível de Reservatório
Agilidade e Qualidade na Eliminação do Vazamento
Ações de Combate a
Perda Aparente
Reduzir o Erro de Medição
Melhoria do Sistema Comercial
Universalização da Micromedição
Regularizar as Ligações Clandestinas
Pesquisa Sistemática e Regularização de Fraudes
Vistoria em Ligações Inativas
Segundo o SNIS os volumes anuais de abastecimento de água, conforme a Tabela 22
abaixo, são:
Tabela 22 ‐ Volumes Anuais
VOLUMES (1000 m3/ano)
MACROMEDIDO CONSUMIDO
41.474 29.369
Dos dados da Tabela 22, pode‐se concluir que as perdas totais do sistema são de 29,2%.
É um índice reconhecidamente baixo, pois a média brasileira em 2010 e 2011 foi de
38,8%, segundo a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.
Como o balanço hídrico do sistema é desconhecido, adotou‐se para efeito deste trabalho
que o índice de perdas totais esteja quase que igualmente distribuído entre perdas reais e
aparentes, porém com uma tendência a que as perdas reais sejam levemente superiores.
Assim, a Figura 91 a seguir demonstra os valores adotados para cada componente das
perdas.
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Figura 90 ‐ Valores Adotados para cada Componente
Com os dados explicitados na figura anterior, se observa que para se obter tais índices, o
volume efetivamente consumido, ou seja, o volume que realmente chega nas economias,
é 34.881 mil m³/ano.
Este volume, divididos pela população atendida em 2013 (100% da população urbana),
ou seja 434.383 habitantes, produzem como per capita 220 l/hab.dia como volume
consumido, número que julgamos compatível com o atual estado do sistema. Este é o per
capita que será utilizado nas projeções.
A Figura 92 a seguir demonstra a evolução de redução de perdas totais proposta para
este plano. Destaca‐se que os índices estão calculados entre os volumes disponibilizados
e volumes micromedidos.
Figura 91 ‐ Evolução de Redução de Perdas
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O gráfico de perdas representa a meta de redução de perdas totais, de 29,2% para 25%, e
redução das perdas aparentes, de 15% para 12% nos primeiros anos, ambas estabilizadas
a partir do ano 2019.
DEFINIÇÕES DO SNIS:
Volume de água consumido ‐ Volume anual de água consumido por todos os usuários,
compreendendo o volume micromedido (AG008), o volume de consumo estimado para as
ligações desprovidas de hidrômetro ou com hidrômetro parado, acrescido do volume de água
tratada exportado para outro prestador de serviços. Não deve ser confundido com o volume de
água faturado, pois para o cálculo deste último, os prestadores de serviços adotam parâmetros
de consumo mínimo ou médio, que podem ser superiores aos volumes efetivamente
consumidos. Unidade: 1.000 m³/ano.
Volume de água macromedido ‐ Valor da soma dos volumes anuais de água medidos
por meio de macromedidores permanentes: na(s) saída(s) da(s) ETA(s), da(s) UTS(s) e do(s)
poço(s), bem como no(s) ponto(s) de entrada de água tratada importada, se existirem. Unidade:
1.000 m³/ano.
9.3. COBERTURA DO SERVIÇO DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO
O Sistema de Esgotamento Sanitário existente no Município de Vila Velha no Município
de Vila Velha é constituído por redes coletoras, elevatórias de esgoto bruto (EEEB) e
estações de tratamento ‐ ETE. Esta estrutura comporta os seguintes sistemas de
esgotamento sanitário – SES: Araçás, Jabaeté, Jacarenema, Ulysses Guimarães e Vale
Encantado.
Segundo dados da concessionária, estão sendo realizadas ações para ampliar o índice de
atendimento, que visa mobilizar a população beneficiada pelos sistemas de esgotamento
sanitário a efetivar as ligações dos imóveis à rede pública coletora de esgoto implantada
na Grande Vitória.
O programa é atividade prioritária da concessionária e tem como meta efetuar 80 mil
ligações, que serão disponibilizadas com o fim do Programa Águas Limpas, até 2014 na
Grande Vitória (não foram disponibilizados dados específicos do município de Vila
Velha). Estão ainda previstas a possibilidade das obras de ligações serem gratuitas para
pessoas que recebem pelo Programa Bolsa Família, pelo Benefício de Prestação
Continuada ou moram em áreas de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).
De acordo com a concessionária cerca de 51% da população já tem a rede de coleta à
disposição à porta de seus lotes. Porém, apenas 37% da população estão conectadas.
Na Figura 93 a seguir é mostrada a evolução do índice de cobertura de esgotamento
sanitário proposto neste plano:
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Figura 92 ‐ Evolução do Índice de Cobertura de Esgotamento
As metas ilustradas no gráfico acima preveem os serviços de coleta e tratamento de
esgoto passando por dois saltos relevantes no atendimento à população, o primeiro no
ano 2018 com o atingimento de 80% no atendimento e o segundo no ano 2030 com a
universalização.
9.4. QUALIDADE, ATUALIDADE E REGULARIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS
Além dos itens quantitativos listados, há que se considerar como metas os índices de
qualidade e regularidade dos serviços prestados.
Impedir a falta da de água parcial ou generalizada, a intermitência e as descontinuidades
constantes deve ser uma das principais metas para o operador. Devem‐se estabelecer
planos de compromissos para regularização do abastecimento, resolvendo problemas
estruturais (falta de infraestrutura adequada) e criando planos de contingência até a sua
regularização.
A condição de regularidade pressupõe a garantia do fornecimento de água ininterrupto
na quantidade necessária, bem como coleta e afastamento de esgoto sem extravasamento
ou refluxo.
A condição de atualidade pressupõe na garantia de que a capacidade dos sistemas de
abastecimento de água e esgotamento sanitário seja adequada para o atendimento à
demanda por serviços, bem como para a modernidade das técnicas, equipamentos e
instalações.
A modernidade das técnicas implica em utilização de tecnologia adequada à realidade
do sistema, devendo o prestador manter‐se atualizado com relação a novas tecnologias
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de processos, analisando a sua adequabilidade e viabilidade de implantação no sistema
público de água e esgoto.
Para os clientes, é importante que o prestador de serviço tenha infraestrutura para
atender aos usuários de forma presencial, telefônica e eletrônica; cabe à agência
reguladora estabelecer normas e procedimentos, definir os tempos de atendimento
máximos para cada tipo de demanda e elaborar pesquisas qualitativas e quantitativas de
satisfação dos clientes no mínimo a cada dois anos, visando melhorias no atendimento e
na prestação dos serviços.
Estas metas estarão definidas no capítulo que trata de “indicadores”, embora as ações
para tal cumprimento já tenham sido contempladas no plano de ações.
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10. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA E EMERGÊNCIAS
As ações de contingência contemplam todas as hipóteses acidentais identificadas, suas
conseqüências e medidas efetivas para o desencadeamento das ações de controle. Sua
estrutura contempla os procedimentos e recursos, humanos e materiais, de modo a
propiciar as condições para adoção de ações, rápidas e eficazes, para fazer frente aos
possíveis acidentes causados durante a operação dos serviços de água e esgotamento
sanitário, anomalias operacionais e imprevisíveis que surgirem.
As ações buscam descrever as estruturas disponíveis e estabelecer as formas de atuação
da Operadora em exercício tanto de caráter preventivo como corretivo procurando
elevar o grau de segurança e a continuidade operacional das instalações afetas aos
serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Na operação e manutenção
dos sistemas de abastecimento de água e de esgotos sanitários do município efetuado
pela operadora em exercício serão utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão
no sentido de prevenir ocorrências indesejadas por meio de controles e monitoramentos
das condições físicas das instalações e dos equipamentos visando minimizar ocorrências
de sinistros e interrupções na prestação dos serviços.
Em caso de ocorrências atípicas, que extrapolem a capacidade de atendimento local, a
Operadora em exercício deverá dispor de todas as estruturas de apoio com mão de obra,
materiais, equipamentos, de suas áreas de manutenção estratégica, das áreas de Gestão,
Projetos e de toda área que se fizerem necessárias, inclusive áreas de suporte como
comunicação, marketing, suprimentos e tecnologia da informação dentre outras, visando
a correção dessas ocorrências atípicas, para que os sistemas de abastecimento de água e
de esgotamento sanitário do município tenham a segurança e a continuidade
operacional.
As ações de caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir grau adequado de
segurança aos processos e instalações operacionais evitando descontinuidade. Como em
qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de situações
imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral, e os de saneamento em
particular, são planejados respeitando‐se determinados níveis de segurança resultados
de experiências anteriores e expressos na legislação ou em normas técnicas.
A Operadora em exercício disponibilizará os instrumentos necessários para atendimento
as situações de contigências e a estrutura de responsabilidade para tomada de decisão
durante uma situação de emergência. Além disso, deve estabelecer procedimentos que
permitam agilizar as ações com eficácia nos locais onde ocorrer os imprevistos,
reduzindo ao mínimo o perigo potencial de lesões, mortes, danos à propriedade, ao meio
ambiente e a toda coletividade. Deverá ainda, informar e estabelecer os procedimentos
corretos a serem tomados em caso de emergências diversas.
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No caso dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário do município
de Vila Velha foram identificados os principais tipos de ocorrências, as possíveis origens
e as ações a serem desencadeadas, mostrados nos quadros que seguem.
O Quadro 20 a seguir mostra as principais ocorrências, origem e ações de contingência
para os Sistemas de Abastecimento de Água.
Quadro 20 ‐ Principais Ocorrências para SAA
OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES DE CONTINGÊNCIA
FALTA D’ÁGUA
GENERALIZADA
Inundação das captações de água com
danificação de equipamentos
eletromecânicos / estruturas.
Deslizamento de encosta /
movimentação do solo / solapamento de
apoios de estruturas com
arrebentamento da adução de água
bruta.
Interrupção prolongada no
fornecimento de energia elétrica nas
instalações de produção de água.
Vazamento de cloro nas instalações de
tratamento de água.
Qualidade inadequada da água dos
mananciais.
Ações de vandalismo.
Verificação e adequação de
plano de ação às
características da
ocorrência.
Comunicação à população /
instituições / autoridades /
Defesa Civil.
Comunicação à polícia.
Comunicação à operadora
de energia elétrica.
Deslocamento de frota de
caminhões tanque.
Controle de água disponível
em reservatórios.
Reparo das instalações
danificadas.
Implementação de rodízio
de abastecimento.
Implementação do PAE
cloro.
FALTA D’ÁGUA
PARCIAL OU
LOCALIZADA
Deficiências de água nos mananciais.
Interrupção temporária no fornecimento
de energia elétrica nas instalações de
produção de água.
Interrupção no fornecimento de energia
elétrica em setores de distribuição.
Danificação de equipamentos de
estações elevatórias de água tratada.
Danificação de estruturas de
reservatórios e elevatórias de água
tratada.
Rompimento de redes e linhas adutoras
de água tratada.
Ações de vandalismo.
Verificação e adequação de
plano de ação às
características da
ocorrência.
Comunicação à população /
instituições / autoridades.
Comunicação à polícia.
Comunicação à operadora
de energia elétrica.
Deslocamento de frota de
caminhões tanque.
Reparo das instalações
danificadas.
Transferência de água entre
setores de abastecimento.
O Quadro 21 a seguir mostra as principais ocorrências, origem e ações de contingência
para os Sistemas de Esgotamento Sanitário.
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Quadro 21 ‐ Principais Ocorrências para SES
OCORRÊNCIA ORIGEM AÇÕES DE CONTINGÊNCIA
PARALISAÇÃO DA
ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE
ESGOTO
Interrupção no fornecimento de energia
elétrica nas instalações de tratamento.
Danificação de equipamentos
eletromecânicos / estruturas.
Ações de vandalismo.
Comunicação à operadora
de energia elétrica.
Comunicação aos órgãos de
controle ambiental.
Comunicação à polícia.
Instalação de equipamentos
reserva.
Reparo das instalações
danificadas.
EXTRAVASAMENTOS
DE ESGOTOS EM
ESTAÇÕES
ELEVATÓRIAS
Interrupções no fornecimento de energia
elétrica nas instalações de
bombeamento.
Danificação de equipamentos
eletromecânicos / estruturas.
Ações de vandalismo.
Comunicação aos órgãos de
controle ambiental.
Comunicação à polícia.
Instalação de equipamentos
reserva.
Reparo das instalações
danificadas.
ROMPIMENTO DE
LINHAS DE
RECALQUE,
COLETORES TRONCOS
Desmoronamentos de taludes e/ou
paredes de canais.
Erosões de fundo de vales.
Rompimento de travessias.
Comunicação aos órgãos de
controle ambiental.
Reparo das instalações
danificadas.
OCORRÊNCIA DE
RETORNO DE
ESGOTOS EM IMÓVEIS
Lançamento indevido de águas pluviais
em redes coletoras de esgoto.
Obstruções em coletores de esgoto.
Comunicação à vigilância
sanitária.
Execução dos trabalhos de
limpeza.
Reparo das instalações
danificadas,
Grande parte da mitigação destes riscos está contemplada no Plano de Ações.
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11. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO ADOTADOS
Os dados que balizaram o presente estudo foram obtidos junto à Prefeitura Municipal de
Vila Velha e CESAN, e através de pesquisas junto a consultores e técnicos especializados.
Quaisquer esclarecimentos ou complementos que se façam necessários, especialmente os
eventuais ajustes neste relatório decorrentes de informações que venham a ser prestadas
ou complementadas pela CESAN, serão incorporadas após análise em revisões
posteriores.
Adotou‐se a população como o parâmetro de referência para as projeções. Sobre os
valores de população, ano a ano, foram aplicados os demais parâmetros de cálculo
(índices, coeficientes, taxas, etc.) obtendo‐se, então, os consumos e as demandas futuras
de água bem como as vazões de esgoto coletadas e veiculadas (acrescidas da vazão de
infiltração).
Alguns parâmetros atuais foram adotados como constantes para todo o período do
prognóstico, enquanto outros foram impostos como variáveis de acordo com os critérios
e motivos expostos.
11.1. COEFICIENTES DIA E HORA DE MAIOR CONSUMO
Os consumos de água, como se sabe, variam ao longo do tempo em função de demandas
concentradas e de variações climáticas. Os coeficientes de dia e hora de maior consumo
refletem, respectivamente, os consumos máximo diário e máximo horário ocorridos em
um ano, período este ao qual se associa o denominado consumo médio.
Para a apuração destes coeficientes é necessário que existam dados de vazões produzidas
ao longo de pelo menos um ano, com registros de suas variações diárias e horárias.
Como não há estes registros, não é possível se fazer uma apuração da real situação local.
Com a falta de elementos para apuração destes coeficientes, usualmente adotam‐se os
coeficientes bibliográficos e recomendados pelas normas técnicas da ABNT, que são:
Coeficiente de Dia de Maior Consumo: K1 = 1,20
Coeficiente de Hora de Maior Consumo: K2 = 1,50
Estes são, portanto, os coeficientes adotados neste trabalho.
Obtido o consumo médio anual, obtém‐se o consumo máximo diário pela multiplicação
do consumo médio por K1, e o consumo máximo horário pela multiplicação do consumo
máximo diário por K2.
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11.2. CONSUMO PER CAPITA
Quando tratamos do índice de perdas, demonstramos que o atual consumo per capita
provável é 220 l/hab.dia.
O valor de consumo per capita pode sofrer alterações em função de diversos fatores ‐
dentre os quais o preço da água, a mudança do perfil sócio‐econômico da população, a
mudança de hábitos da população, etc. Entretanto, quando a intermitência do sistema
estiver sanada, certamente haverá mudança de hábitos de consumo.
Desta forma, foi definida a conservação do volume efetivamente consumido per capita
com os atuais 220 litros por habitante por dia durante todos os anos do plano.
11.3. COEFICIENTE DE RETORNO ESGOTO/ÁGUA
A relação usualmente adotada no setor é de 80%, valor este recomendado pelas normas
técnicas da ABNT. Para este estudo, admitiremos o mesmo valor: Cr = 80%
11.4. TAXA INFILTRAÇÃO
Esta taxa é determinante para uma melhor estimativa das vazões de esgotos veiculadas
pelo sistema. Conceitualmente, representa a vazão de água do subsolo ou de chuva
infiltrada nas redes coletoras, coletores‐tronco, interceptores e emissários por suas juntas
e PVs.
Os valores usuais praticados atendem à recomendação da norma da ABNT e dependem
das características locais do lençol freático e do tipo de solo, bem como do material
utilizado na rede coletora. Normalmente, situam‐se na faixa de 0,05 a 0,5 L/s/km de rede.
Valores mais baixos são praticados em áreas com lençol freático profundo e tubulações
de PVC.
Para efeito de cálculos estaremos utilizando 0,15 L/s.km
A extensão per capita da rede de esgoto adotada, que gerou os valores dos quadros
seguintes, serão explanadas oportunamente na sequência deste trabalho.
11.5. EXTENSÃO DE REDE DE ÁGUA
Os dados atuais de rede de água e de ligações totais resultam em perto de 14 metros de
rede por ligação de água.
Porém, consideramos que a cidade está adensada e, portanto, para novas ligações será
necessária extensão mais reduzida de rede.
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Para as novas redes, estabeleceu‐se por critério que as extensões para as novas ligações
seguiriam sempre o mesmo índice de 10 metros/por ligação até o ano 30. A quantidade
resultante, bem como o referencial metros/ligação, encontra‐se projetada na tabela de
quantidades.
11.6. EXTENSÃO DE REDE DE ESGOTO
Para o dimensionamento de rede utilizou‐se o indicador de 21 metros para cada nova
ligação, que é a relação atual. Devido a existência de redes instaladas e de ligações
factíveis, foi considerado que esta relação irá decair até a relação 10m/ligação (ano 7), ou
seja a mesma utilizada à media obtida para rede de água.
11.7. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA
Tabela 23 ‐ Projeção das Demandas de Água
Ano
POPULAÇÃO
PROJETO
(hab)
ATENDIMENTO
ÁGUA
POPULAÇÃO
ABASTECIDA
(hab)
VAZÃO MÉDIA
MICROMEDIDA
(L/S)
VAZÃO
MÉDIA
CONSUMIDA
(L/s)
ÍNDICE DE
PERDAS
TOTAIS
VAZÃO
MÉDIA
PRODUZIDA
(L/s)
VAZÃO DIA
> CONSUMO
(L/s)
2014 440.535 100,00% 440.535 ‐ ‐ 29,2% ‐ ‐
2015 446.572 100,00% 446.572 943 1.065,00 28,50% 1.319,00 1.503,89
2016 452.491 100,00% 452.491 958 1.079,00 27,80% 1.327,00 1.523,66
2017 458.283 100,00% 458.283 973 1.093,00 27,10% 1.334,00 1.543,43
2018 463.942 100,00% 463.942 987 1.106,00 26,40% 1.342,00 1.561,78
2019 469.462 100,00% 469.462 1.002 1.119,00 25,70% 1.348,00 1.580,14
2020 474.837 100,00% 474.837 1.015 1.131,00 25,00% 1.353,00 1.597,09
2021 480.058 100,00% 480.058 1.028 1.145,00 25,00% 1.371,00 1.616,86
2022 485.121 100,00% 485.121 1.041 1.159,00 25,00% 1.388,00 1.636,63
2023 490.019 100,00% 490.019 1.053 1.173,00 25,00% 1.404,00 1.656,40
2024 494.747 100,00% 494.747 1.065 1.187,00 25,00% 1.421,00 1.676,16
2025 499.297 100,00% 499.297 1.077 1.200,00 25,00% 1.436,00 1.694,52
2026 503.666 100,00% 503.666 1.089 1.213,00 25,00% 1.451,00 1.712,88
2027 507.847 100,00% 507.847 1.100 1.225,00 25,00% 1.466,00 1.729,82
2028 511.835 100,00% 511.835 1.110 1.237,00 25,00% 1.480,00 1.746,77
2029 515.625 100,00% 515.625 1.121 1.248,00 25,00% 1.494,00 1.762,30
2030 519.211 100,00% 519.211 1.130 1.259,00 25,00% 1.507,00 1.777,84
2031 522.591 100,00% 522.591 1.140 1270,00 25,00% 1.520,00 1.793,37
2032 525.758 100,00% 525.758 1.149 1.280,00 25,00% 1.532,00 1.807,49
2033 528.710 100,00% 528.710 1.158 1.289,00 25,00% 1.543,00 1820,20
2034 531.440 100,00% 531.440 1.166 1.298,00 25,00% 1.554,00 1.832,91
2035 533.948 100,00% 533.948 1.173 1.307,00 25,00% 1.564,00 1.845,62
2036 536.230 100,00% 536.230 1.181 1.315,00 25,00% 1.574,00 1.856,91
2037 538.280 100,00% 538.280 1.187 1.322,00 25,00% 1.583,00 1.866,80
2038 540.098 100,00% 540.098 1.193 1.329,00 25,00% 1.591,00 1.876,68
2039 541.682 100,00% 541.682 1.199 1.336,00 25,00% 1.599,00 1.886,57
2040 543.028 100,00% 543.028 1.204 1.342,00 25,00% 1.606,00 1.895,04
2041 544.135 100,00% 544.135 1.2091 1.347,00 25,00% 1612,00 1.902,10
2042 545.003 100,00% 545.003 1.213 1.351,00 25,00% 1.618,00 1.907,75
2043 545.613 100,00% 545.613 1.217 1.356,00 25,00% 1.623,00 1.914,81
2044 546.224 100,00% 546.224 1.220 1.359,00 25,00% 1.627,00 1.919,05
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
11.8. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE COLETA DE ESGOTO
Tabela 24 ‐ Projeção das Vazões de Coleta de Esgoto
Ano
POPULAÇÃO
PROJETO
(hab)
ATENDIM
ESGOTO
POPULAÇÃO
ESGOTADA
(hab)
VAZÃO MÉDIA
MICROMEDIDA
(L/S)
VAZÃO MÉDIA
COLETADA
S/INFILTRAÇÃO
(L/s)
EXTENSÃO
DA REDE
(m)
VAZÃO DE
INFILT.
(L/s)
VAZÃO
MÉDIA DE
ESGOTO
(L/s)
VAZÃO
MÁXIMA
DIÁRIA
(L/s)
VAZÃO
MÉDIA
ESGOTO
TRATADO
(L/s)
2014 440.535. 40,00% 176.214 ‐ ‐ 381.438 ‐ ‐ ‐ ‐
2015 446.572 50,00% 223.286 302 273 451.220 68 341 396 341
2016 452.491 60,00% 180.996 373 336 519.407 78 414 481 414
2017 458.283 68,00% 229.142 475 427 618.404 93 520 605 520
2018 463.942 80,00% 278.365 581 520 725.609 109 629 733 629
2019 469.462 80,00% 319.234 670 598 823.076 123 722 841 722
2020 474.837 80,00% 379.870 806 713 960.998 144 858 1.000 858
2021 480.058 81,00% 384.046 813 725 990.162 149 873 1.019 873
2022 485.121 81,00% 388.097 825 736 1.020.403 153 889 1.036 889
2023 490.019 81,00% 396.915 848 756 1.063.257 159 915 1.066 915
2024 494.747 81,00% 400.745 860 767 1.096.983 165 931 1.085 931
2025 499.297 81,00% 404.431 873 778 1.132.537 170 948 1.104 948
2026 503.666 81,00% 407.969 882 786 1.167.216 175 961 1.118 961
2027 507.847 85,00% 411.356 891 794 1.203.875 181 975 1.134 975
2028 511.835 90,00% 414.586 900 802 1.242.722 186 988 1.148 988
2029 515.625 93,00% 438.281 953 849 1.337.380 201 1.050 1.220 1.050
2030 519.211 98,00% 467.290 1.018 907 1.411.272 212 1.119 1.300 1.119
2031 522.591 98,00% 486.010 1.061 945 1.459.530 219 1.164 1.353 1.164
2032 525.758 98,00% 515.243 1.126 1.004 1.533.540 230 1.234 1.435 1.234
2033 528.710 98,00% 518.136 1.135 1.011 1.542.794 231 1.243 1.444 1.243
2034 531.440 98,00% 521.105 1.143 1.018 1.551.559 233 1.251 1.455 1.251
2035 533.948 98,00% 523.269 1.150 1.025 1.559.783 234 1.259 1.464 1.259
2036 536.230 98,00% 525.505 1.157 1.031 1.567.494 235 1.266 1.472 1.266
2037 538.280 98,00% 527.514 1.164 1.037 1.574.665 236 1.273 1.480 1.273
2038 540.098 98,00% 529.296 1.170 1.043 1.581.319 237 1.280 1.489 1.280
2039 541.682 98,00% 530.848 1.176 1.048 1.587.437 239 1.286 1.496 1.286
2040 543.028 98,00% 532.167 1.181 1.052 1.593.014 239 1.291 1.501 1.291
2041 544.135 98,00% 533.252 1.185 1.056 1.598.053 240 1.296 1.507 1.296
2042 545.003 98,00% 534.103 1.189 1.060 1.602.566 240 1.300 1.5012 1.300
2043 545.613 98,00% 534.701 1.193 1.063 1.606.529 241 1.304 1.517 1.304
2044 546.224 98,00% 535.300 1.196 1.066 1.609.979 242 1.307 1.521 1.307
Página 170
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
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11.9. PROJEÇÃO DAS VAZÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Tabela 25 ‐ Projeção das Vazões de Tratamento de Esgoto
Ano
POPULAÇÃO
PROJETO
(hab)
ATENDIMENTO
ESGOTO
POPULAÇÃO
ESGOTADA
COM
TRATAMENTO
(hab)
VAZÃO
MÉDIA DE
ESGOTO
(L/s)
VAZÃO
MÁXIMA
DIÁRIA
(L/s)
VAZÃO
MÉDIA
ESGOTO
TRATADO
(L/s)
2014 440.535 40% 176.214 ‐ ‐ ‐
2015 446.572 50% 223.286 341 396 341
2016 452.491 60% 180.996 414 481 414
2017 458.283 68% 229.142 520 605 520
2018 463.942 80% 278.365 629 733 629
2019 469.462 80% 319.234 722 841 722
2020 474.837 80% 379.870 858 1.000 858
2021 480.058 81% 384.046 873 1.019 873
2022 485.121 81% 388.097 889 1.036 889
2023 490.019 81% 396.915 915 1.066 915
2024 494.747 81% 400.745 931 1.085 931
2025 499.297 81% 404.431 948 1.104 948
2026 503.666 81% 407.969 961 1.118 961
2027 507.847 85% 411.356 975 1.134 975
2028 511.835 90% 414.586 988 1.148 988
2029 515.625 93% 438.281 1.050 1.220 1.050
2030 519.211 98% 467.290 1.119 1.300 1.119
2031 522.591 98% 486.010 1.164 1.353 1.164
2032 525.758 98% 515.243 1.234 1.435 1.234
2033 528.710 98% 518.136 1.243 1.444 1.243
2034 531.740 98% 521.105 1.251 1.455 1.251
2035 533.948 98% 523.269 1.259 1.464 1.259
2036 536.230 98% 525.505 1.266 1.472 1.266
2037 538.280 98% 527.514 1.273 1.480 1.273
2038 540.098 98% 529.296 1.280 1.489 1.280
2039 541.682 98% 530.848 1.286 1.496 1.286
2040 543.028 98% 532.167 1.291 1.501 1.291
2041 544.135 98% 533.252 1.296 1.507 1.296
2042 545.003 98% 534.103 1.300 1.512 1.300
2043 545.613 98% 534.701 1.304 1.517 1.304
2044 546.224 98% 535.300 1.307 1.521 1.307
11.10. EVOLUÇÃO DAS ECONOMIAS E LIGAÇÕES
A Tabela 26 a seguir mostra os dados atuais das economias:
Página 171
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tabela 26 ‐ Dados Atuais de Economias
ÁGUA
CATEGORIAS LIGAÇÕES % ECONOMIAS %
Residencial 86.221 92,97 154.698 94,23
Comercial 5.133 5,53 7.934 4,83
Industrial 330 0,36 359 0,22
Pública 1.061 1,14 1.179 0,72
TOTAL 92.745 100,00 164.170 100,00
As Tabelas 27 e 28 sintetizam a evolução do número de economias e ligações de
abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Tomou‐se como base a população a ser atendida a cada ano e adotou‐se para a redução
da densidade (habitantes por domicílio) do atual índice 2,81 para 2,70 no ano 30, ou seja
as famílias estão constituídas cada vez com menos membros, fenômeno mostrado pelos
Censos do IBGE.
Os dados do quadro acima também demonstram que as economias chamadas de não
residenciais (comerciais, industriais e públicas) são 5,77% das totais. Para se calcular a
evolução de economias não residenciais atendidas, adotou‐se que este percentual até o
final de plano.
Por fim, para chegar ao número de ligações, partiu‐se do índice economias/ligações
atuais 1,8 e o mantivemos até o final de plano. Para as economias e ligações de esgoto
partiu‐se dos índices atuais, mas que com a evolução do atendimento de igualam aos
índices apresentados para o abastecimento de água.
Levando‐se em conta que a atual cobertura de esgoto encontra‐se concentrada na região
central da cidade, onde normalmente se dá uma maior incidência de casas comerciais, é
lógico pensar que com a universalização, a cobertura de esgoto, se estenderá para os
bairros onde se também já concentram as ligações residenciais.
Desta forma, foi prevista uma involução do índice de outras economias, até que se iguale
aos índices adotados para abastecimento de água e seguindo desta forma até o final de
plano.
As tabelas seguintes mostram a evolução das economias e ligações adotadas neste plano.
Página 172
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
EVOLUÇÃO DE ECONOMIAS– ÁGUA
Tabela 27 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Água
Ano
População
Total
(hab)
Atendimento
ÁGUA (%)
População
Atendida
ÁGUA
(hab.)
Hab/Econ
ÁGUA
(hab/econ)
EconRes/Econ
Total ÁGUA
(%)
No
Economias
ÁGUA
No ECON
ÁGUA Cat.
Residencial
No ECON
ÁGUA Cat.
Residencial
Soc
No ECON
ÁGUA
Cat.
Comercial
No ECON
ÁGUA
Cat.
Industrial
No ECON
ÁGUA
Cat.
Público
2014 440.535 100% 440.535 2.810 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
2015 446.572 100% 446.572 2,803 91,2 164.265 149.862 4.927 7.938 359 1.179
2016 452.491 100% 452.491 2,796 90,7 166.808 151.347 5.838 8.061 365 1.197
2017 458.283 100% 458.283 2,790 90,2 169.315 152.776 6.772 8.182 370 1.215
2018 463.942 100% 463.942 2,780 89,7 171.784 154.143 7.730 8.302 376 1.233
2019 469.462 100% 469.462 2,780 89,2 174.213 155.453 8.710 8.419 381 1.250
2020 474.837 100% 474.837 2,770 89,2 176.595 157.579 8.829 8.534 386 1.267
2021 480.058 100% 480.058 2,760 89,2 178.932 159.664 8.946 8.647 391 1.284
2022 485.121 100% 485.121 2,750 89,2 181.219 161.704 9.060 8.758 396 1.301
2023 490.019 100% 490.019 2,750 89,2 183.454 163.698 9.172 8.866 401 1.317
2024 494.747 100% 494.747 2,740 89,2 185.634 165.644 9.281 8.971 406 1.332
2025 499.297 100% 499.297 2,730 89,2 187.756 167.536 9.387 9.074 411 1.348
2026 503.666 100% 503.666 2,730 89,2 189.819 169.379 9.490 9.173 415 1.362
2027 507.847 100% 507.847 2,720 89,2 191.818 171.161 9.590 9.270 420 1.377
2028 511.835 100% 511.835 2,710 89,2 193.754 172.888 9.687 9.364 424 1.391
2029 515.625 100% 515.625 2,710 89,2 195.623 174.556 9.781 9.454 428 1.404
2030 519.211 100% 519.211 2,700 89,2 197.422 176.161 9.871 9.541 432 1.417
2031 522.591 100% 522.591 2,690 89,2 199.149 177.703 9.957 9.624 436 1.429
2032 525.758 100% 525.758 2,680 89,2 200.802 179.178 10.040 9.704 439 1.441
2033 528.710 100% 528.710 2,680 89,2 202.380 180.584 10.119 9.781 443 1.453
2034 531.440 100% 531.440 2,670 89,2 203.879 181.924 10.193 9.853 446 1.463
2035 533.948 100% 533.948 2,660 89,2 205.299 183.190 10.264 9.922 449 1.474
2036 536.230 100% 536.230 2,660 89,2 206.636 184.384 10.331 9.986 452 1.483
2037 538.280 100% 538.280 2,650 89,2 207.891 185.503 10.394 10.047 455 1.492
2038 540.098 100% 540.098 2,640 89,2 209.060 186.546 10.453 10.103 457 1.501
2039 541.682 100% 541.682 2,640 89,2 210.143 187.512 10.507 10.156 460 1.508
2040 543.028 100% 543.028 2,630 89,2 211.137 188.400 10.556 10.204 462 1.515
2041 544.135 100% 544.135 2,620 89,2 212.042 189.207 10.602 10.247 464 1.522
2042 545.003 100% 545.003 2,610 89,2 212.857 189.934 10.642 10.287 466 1.528
2043 545.613 100% 545.613 2,610 89,2 213.581 190.580 10.679 10.322 467 1.533
2044 546.224 100% 546.224 2,600 89,3 214.212 191.228 10.716 10.357 468 1.538
Página 173
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
EVOLUÇÃO DE ECONOMIAS– ESGOTO
Tabela 28 ‐ Evolução de Economias e Ligações de Esgoto
Ano
População
Total
(hab.)
Atendimento
ESGOTO (%)
População
Atendida
ESGOTO
(hab.)
Hab/Econ
ESGOTO
(hab./econ.)
Econ.Res./Econ.
Total ESGOTO
(%)
No
Economias
ESGOTO
No ECON
ESGOTO
Cat.
Residencial
No ECON
ESGOTO
Cat.
Residencial
Soc
No ECON
ESGOTO
Cat.
Comercial
No ECON
ESGOTO
Cat.
Industrial
No ECON
ESGOTO
Cat.
Público
2014 440.535 40% 176.214 2,810 93,00 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
2015 446.572 50% 223.286 2,803 93,20 53.096 49.487 1.592 1.690 76 251
2016 452.491 60% 180.996 2,796 92,50 65.492 60.581 2.292 2.194 99 326
2017 458.283 68% 229.142 2,790 91,80 83.270 76.444 3.330 2.929 132 435
2018 463.942 80% 278.365 2,780 91,10 101.594 92.554 4.571 3.744 169 556
2019 469.462 80% 319.234 2,780 90,40 117.011 105.780 5.850 4.508 203 670
2020 474.837 80% 379.870 2,770 90,20 139.837 126.136 6.991 5.622 254 834
2021 480.058 81% 384.046 2,760 90,00 141.985 127.788 7.099 5.946 269 883
2022 485.121 81% 388.097 2,750 89,83 144.103 129.442 7.205 6.277 283 896
2023 490.019 81% 396.915 2,750 89,63 148.015 132.661 7.400 6.694 303 957
2024 494.747 81% 400.745 2,740 89,43 150.092 134.222 7.504 7.040 318 1.008
2025 499.297 81% 404.431 2,730 89,20 152.130 135.702 7.606 7.390 334 1.098
2026 503.666 81% 407.969 2,730 89,20 153.802 137.193 7.690 7.471 338 1.110
2027 507.847 85% 411.356 2,720 89,20 155.422 138.638 7.771 7.550 341 1.122
2028 511.835 90% 414.586 2,710 89,20 156.991 140.038 7.849 7.626 345 1.133
2029 515.625 93% 438.281 2,710 89,20 166.332 148.371 8
316 8.080 365 1.200
2030 519.211 98% 467.290 2,700 89,20 177.736 158.542 8.886 8.634 391 1.283
2031 522.591 98% 486.010 2,690 89,20 185.267 165.260 9.263 9.000 407 1.337
2032 525.758 98% 515.243 2,680 89,20 196.849 175.591 9.842 9.562 433 1.421
2033 528.710 98% 518.136 2,680 89,20 198.395 176.970 9.919 9.638 436 1.432
2034 531.440 98% 521.105 2,670 89,20 199.865 178.281 9.993 9.709 439 1.443
2035 533.948 98% 523.269 2,660 89,20 201.256 179.522 10.062 9.777 442 1.453
2036 536.230 98% 525.505 2,660 89,20 202.567 180.692 10.128 9.840 445 1.462
2037 538.280 98% 527.514 2,650 89,20 203.798 181.790 10.189 9.900 448 1.471
2038 540.098 98% 529.296 2,640 89,20 204.944 182.812 10.247 9.956 450 1.479
2039 541.682 98% 530.848 2,640 89,20 206.005 183.758 10.300 10.007 453 1.487
2040 543.028 98% 532.167 2,630 89,20 206.980 184.627 10.349 10.055 455 1.494
2041 544.135 98% 533.252 2,620 89,20 207.868 185.420 10.393 10.098 457 1.500
2042 545.003 98% 534.103 2,610 89,20 208.667 186.132 10.433 10.137 459 1.506
2043 545.613 98% 534.701 2,610 89,20 209.375 186.765 10.468 10.171 460 1.511
2044 546.224 98% 535.300 2,600 89,20 210.085 187.400 10.503 10.205 461 1.516
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12. APURAÇÃO DAS NECESSIDADES FUTURAS
As necessidades futuras, estimadas de acordo com os critérios antes expostos, estão
condensadas nos quadros apresentados a seguir. Destaca‐se que as “ampliações”
correspondem ao atendimento de novas demandas e as “substituições” correspondem às
necessidades para conservação dos sistemas existentes em condições ótimas de uso e
operação.
12.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Preliminarmente à apresentação da evolução das necessidades de produção e das
unidades que a compõem, é muito importante observar que o PDA data do ano 2000, e
que ao longo dos anos, as demandas então consideradas, podem ter sofrido modificações
devido a diversos fatores, como por exemplo, hábitos de consumo, índices de perdas,
população flutuante, etc.
A Tabela 29 a seguir mostra a capacidade das Estações de Tratamento que abastecem à
RMGV.
Tabela 29 ‐ Capacidade das Estações que Abastecem a RMGV
SUBSISTEMA ETA CAPACIDADE
NOMINAL (L/s)
CAPACIDADE
MÁXIMA (L/s)
JUCU Vale Esperança 3300 4000
Cobi 900 900
Subtotal 4200 4900
CAÇAROCA Caçaroca 395 396
Subtotal 395 396
TOTAL 4595 5296
Os sistemas produtores atendem não somente ao Município de Vila Velha, mas também
a outros que compõem a RMGV.
A ETA Cobi, que segundo o Plano Diretor seria desativada, foi reformada em 2005,
tendo sua capacidade de produção mantida em 900 L/s, o que provavelmente deverá
modificar as ações propostas, especificamente para o item produção de água. O PDA
previa em 2020, entre outras ações, melhorias de ampliação da ETA Vale Esperança em
mais 1000 L/s, ampliação da 3ª adutora do Baixo Recalque DN 1.300 m e instalação de
mais um conjunto moto‐bomba no Alto Recalque P = 1.100cv.
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O Plano Diretor também preconizou a integração dos subsistemas Caçaroca e Ponta da
Fruta, com água produzida pelo Subsistema Caçaroca. O Subsistema Caçaroca foi
recentemente ampliado e melhorado através do Projeto Águas Limpas. As obras
seguiram o escopo preconizado no Plano Diretor e forneceram respaldo no sentido de
solucionar os problemas de abastecimento da região, inclusive possibilitando a absorção
do subsistema Ponta da Fruta. O funcionamento deste subsistema com capacidade para
suprir adequadamente a demanda requerida, elimina qualquer sobrecarga eventual do
subsistema Jucu, permitindo a concessionária redirecionar o atendimento e consolidar as
setorizações na distribuição.
Desta forma, para uma avaliação mais concreta das necessidades futuras do sistema
produtor, seria necessária a atualização de consumo das demais cidades que dele se
beneficiam além de considerar o incremento de produção proporcionado pela ETA Cobi.
A Figura 94 a seguir mostra o esquema geral dos sistemas propostos no PDA e suas
principais unidades planejadas para o Município de Vila Velha.
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Figura 93 ‐ Esquema Geral do Sistema Proposto no PDA
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Reservação
Para o Subsistema Jucu o Plano Diretor de Água previa a subdivisão em 6 setores
caracterizados por seus respectivos centros de reservação, conforme relacionado a
seguir:
Centro de reservação Garoto, totalizando 15.000 m³;
Centro de reservação Araçás, totalizando 8.000 m³;
Centro de reservação Garrido, totalizando 12.000 m³;
Centro de reservação Morro Marinho, totalizando 6.500 m³;
Centro de reservação Alan Kardec, totalizando 7.500 m³;
Centro de reservação Boa Vista, totalizando 5.300 m³.
Destes ainda não foram implantados os reservatórios Garrido, Morro Marinho e Allan
Kardec.
Para o Subsistema Caçaroca/Ponta da Fruta o Plano Diretor prevê ampliação em 4.100 m³
do Centro de Reservação Barra do Jucu totalizando 6.700 m³ e para o Centro de
Reservação Ponta da Fruta a construção de 3.000 m³ de reservação, totalizando 3.150 m³.
O Quadro 22 a seguir mostra a reservação prevista e necessidade de ampliação:
Quadro 22 ‐ Reservação Prevista e Necessidade de Ampliação
SISTEMA RESERVATÓRIO TIPO ATUAL
(m³)
PREVISTO
(m³)
IMPLANTA
R (m³)
JUCU
Boa Vista Apoiado 2.300 5.300 3.000
ETA Vale
Esperança
Apoiado 20.000
Garoto Apoiado 10.000 15.000 5.000
Araçás Elevado 6.500 8.000 1.500
Allan Kardec 7.500 7.500
Morro Marinho 6.500 6.500
Garrido 12.000 12.000
CAÇAROC
A
Barra do Jucu Apoiado 2.600 6.700 4.100
PONTA DA
FRUTA
Ponta da Fruta Apoiado 150 3.150 3.000
41.550 64.150 42.600
Independentemente desta previsão, dimensionados para cumprir a setorização proposta,
e ainda considerando que o plano diretor de água não tinha o alcance de 2043, tal qual
este trabalho, para o dimensionamento da reservação futura foi utilizado o cálculo
normalmente usado por projetistas, ou seja, 1/3 da demanda máxima horária.
Considerando ainda que a reservação deverá absorver os picos devido à população
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flutuante, a capacidade necessária foi acrescida em 10 %, que é o percentual resultante do
Plano Diretor de Esgoto.
A capacidade suplementar está explícita na tabela de necessidades futuras, adiante.
Distribuição
Para a melhoria do sistema de distribuição do Município de Vila Velha estão previstos
reforços em linhas tronco, setorização da distribuição a partir dos centros de reservação e
ampliação/melhoria na micro distribuição.
Nessa premissa, estão previstos planos de setorização, plano de substituição de redes,
ramais e cavaletes, eliminação de manchas de abastecimento além do crescimento
vegetativo, com objetivo de melhoria contínua no sistema de distribuição de água com a
minimização das perdas nos setores.
Com a implantação do Sistema de Reservatório Morro Marinho será necessária uma
linha adutora ‐ AAT DN 500/400 mm.
Com a implantação do sistema de Reservação Vila Garrido será necessária uma linha
adutora AAT DN600 MM (1.290 m).
Com a implantação do Sistema de Reservação Allan Kardec (Ibes) será necessária uma
linha adutora AAT DN 400 mm.
Também será necessária a implantação do Booster Ibes (2+ 1 de 60 CV).
12.2. SISTEMA DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO
A solução ótima de projeto definida para o sistema de esgotamento sanitário do
Município de Vila Velha resultou das avaliações técnica, econômica e ambiental
efetuadas no Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana da
Grande Vitória, considerando‐se o aproveitamento com melhorias e/ou ampliações de
unidades existentes, descarte de outras unidades existentes julgadas obsoletas,
ineficientes e/ou muito deficitárias, além da complementação de novas unidades.
No contexto geral do Plano Diretor, o sistema de esgotamento sanitário do Município de
Vila Velha será constituído de 03 (três) sistemas, identificados pelas respectivas estações
de tratamento de esgotos: SES Araçás, SES Ponta da Fruta e SES Ulysses Guimarães.
A proposição do Plano Diretor inclui soluções de tratamento de esgotos localizadas e/ou
integradas, nestes casos quando envolvem a reversão dos esgotos para tratamento em
sistemas de outros Municípios integrantes da RMGV, conforme síntese do Quadro 23 a
seguir:
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Quadro 23 ‐ Soluções de Tratamentos de Esgotos Localizadas e/ou Integrados
SISTEMA
PROPOSTO
SISTEMA/
SUBSISTEMA
AFLUENTE
TRATAMENTO POPULAÇÃO
ATENDIDA PROCESSO VAZÃO (L/s) CAPACIDADE (L/s)
ATUAL PROPOSTO TRATADA
ATUAL
PLANEJADA
2040
ATUAL PROPOSTA
2040
2040
ARAÇÁS
Araçás
Lodo
Ativado
UNITANK
Lodo Ativado
UNITANK +
Precipitação
Química de
Fósforo +
Ultrafiltração
212,95
825,00
400,00
920,00
425.487
Vale Encantado
Reator
Anaeróbico
+ Lagoa
Facultativa
Reversão para
ETE Araçás
3,00
92,00
9,57
47.782
TOTAL ‐ 917,00 ‐ 473.269
PONTA DA
FRUTA
Ponta da Fruta Lodos
Ativados com
Nitrificação e
Desnitrificação
e Decantadores
Secundários
‐
82,00
‐
130,00
42.002
Área Norte de
Guarapari
Reversão para
Ponta da Fruta
‐ 48,00 ‐ 24.307
TOTAL ‐ 130,00 ‐ 66.309
ULYSSES
GUIMARÃES
Ulysses
Guimarães
Reator
UASB +
Biofiltro
Lodos
Ativados com
Nitrificação e
Desnitrificação
e Decantadores
Secundários
9,64
57,00
20,00
170,00
29.122
Jabaeté Lodos
Ativados
com
Aeração
Prolongada
Reversão para
ETE Ulysses
Guimarães
‐
82,00
10,00
42.145
Jacarenema Fossa Filtro
Biológico
‐ 29,00 1,80 14.722
TOTAL ‐ 168,00 ‐ 85.989
OBS: O sistema Bacia Argolas será revertido para o Sistema Bandeirantes no município de Cariacica.
FONTE: Adaptado de Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Região Metropolitana da
Grande Vitória ‐ CESAN/Consórcio Figueiredo Ferraz – JNS.
As tabelas a seguir explicitam as necessidades globais e as ampliações necessárias para o
futuro.
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12.3. QUANTIFICAÇÃO BÁSICA DAS NECESSIDADES FUTURAS
12.3.1. Sistema de Abastecimento de Água
Tabela 30 ‐ Sistema de Abastecimento de Água
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12.3.2. Sistema de Esgotos Sanitários
Tabela 31 ‐ Sistema de Esgotamento Sanitário
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Note‐se que nas duas tabelas anteriores, ao final, as colunas se referem à quantidade de
rede e ligações que ficarão ao custo da operadora.
Para rede e ligações de água, por já estar o atendimento universalizado, considerou‐se
como custo da operadora 100% das extensões de rede e 50% das ligações. Os outros 50%
serão cobrados dos usuários no momento que pedem a ligação.
Para a rede do sistema de esgotamento sanitário se considerou 100% como custo da
operadora até se atingir o ano 2025. Deste ponto e até o final deste plano a operadora
absorve 50% dos custos. Os 50% restantes ficarão a cargo de loteamentos que devem
construir e entregar a rede à operadora, e ligações pedidas que superem os 15 metros
previstos no regulamento.
Para ligações a operadora deverá assumir 50% dos custos, referentes à ligações sociais, e
planos de expansão.
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13. PROGRAMAS, OBRAS E AÇÕES NECESSÁRIOS PARA CUMPRIR METAS
A fase de elaboração de um plano de ação consiste em objetivo natural depois de
concluído o diagnóstico do saneamento básico.
Assim, a metodologia aplicada para o prognóstico utiliza‐se de subsídios técnicos que
permitam projetar as necessidades de infraestrutura para os segmentos componentes do
saneamento básico. Seu desenvolvimento tem como base duas fontes de informações
distintas:
• Informações resultantes do Diagnóstico de Saneamento Básico;
• Projeções populacionais para o horizonte de planejamento.
As combinações das demandas oriundas do diagnóstico dos sistemas e das projeções
populacionais são tratadas como medidas de mitigação, melhoria, ampliação e
adequação da infraestrutura de saneamento, tendo como objetivo a universalização dos
serviços. Basicamente, as demandas para a universalização dos serviços de saneamento,
bem como para a garantia de sua funcionalidade dentro dos padrões adequados de
qualidade, segurança à população em termos de saúde pública e proteção ao meio
ambiente, são resultantes de fontes de informações do diagnóstico e demandas oriundas
das projeções populacionais. No primeiro caso, o uso do diagnóstico se dá especialmente
ao atendimento das demandas qualitativas.
Por outro lado, as demandas quantitativas são resultantes das planilhas de projeções,
onde o incremento populacional, e consequentemente as demandas decorrentes
requerem progressão aos índices de atendimento para a universalização dos serviços,
que se apresentam como base para os resultados. Assim, os resultados do diagnóstico
agora passam a fornecer os subsídios para as intervenções nos segmentos do saneamento
básico.
As demandas quantitativas provêm da planilha de projeções e demandas que serão
detalhadas adiante.
A resultante dos trabalhos até esta etapa compreende a formatação de um cenário
classificado como “Desejável”, pois tem em seu contexto a condição de universalização
dos serviços atendendo as demandas no horizonte de 30 anos.
13.1. PROGRAMAS PRIORITÁRIOS PARA OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS
13.1.1. Sistema de abastecimento de água
Neste estágio de planejamento estão visualizadas as seguintes proposituras:
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Reformas, modernização e ampliação da captação, tratamento e adução, buscando o
atendimento permanente às demandas de consumo;
Estabelecimento de plano de redução de perdas no abastecimento;
Sistematização de substituição de hidrômetros, considerando vida útil de cinco anos
para estes dispositivos. Inadmissão de ligações novas desprovidas de hidrômetros;
Reativação do plano de macromedição;
Substituição sistemática de redes antigas e ligações prediais e suas ampliações com
redimensionamento;
Planejamento e monitoramento do crescimento vegetativo da distribuição;
Substituição/ renovação de máquinas e equipamento em fim de vida útil;
Garantir que a água tratada e distribuída atenda a legislação vigente; Programas de caça‐fraudes e ligações clandestinas, entre outros.
13.1.2. Sistema comercial e de gestão empresarial
Recadastramento de clientes;
Implantação de sistema de georreferenciamento;
Planos de comunicação/educação ambiental.
13.1.3. Sistema operacional e de manutenção
Ampliação e readequação do laboratório já visando análises para o esgoto;
Modernização de máquinas e equipamentos para agilidade na prestação de serviço;
Implantação de sistema de automação e controle operacional das unidades;
13.1.4. Sistema de esgotamento sanitário
Neste estágio de planejamento estão visualizadas as seguintes proposituras:
Implantação de um sistema de tratamento de esgotos capaz de atender a 100% da
população do município até o final de plano;
Ampliação do sistema de coleta, tratamento e destino final buscando o atendimento
permanente às demandas;
Implantação de programas de combate aos lançamentos clandestinos de água de
chuva no esgoto e vice‐versa;
Substituição sistemática de redes antigas e ligações durante o horizonte deste plano.
Garantir a qualidade do efluente gerado nas ETEs em conformidade com a legislação
vigente.
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13.1.5. Plano de comunicação/ Educação ambiental
Planejamento que contemple uma gama de recursos necessários para a divulgação do
plano de hidrometração e de novas tarifas, educação ambiental, estudos do meio
ambiente, programas de estimulo a adesão (ligação à rede existente), entre outras.
13.2. AÇÕES PLANEJADAS PARA A UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
SANEAMENTO BÁSICO
As ações foram divididas por prazo de implantação, a saber:
Ações de Curto Prazo
Compreenderão as ações imediatas necessárias para sanar as deficiências de
funcionamento dos sistemas de água, bem como adequar as características técnicas dos
sistemas à demanda atual proporcionando condições técnico/financeiras para pôr em
prática o plano de investimentos previsto. Estão concentradas entre os anos 2014 a 2017.
Ações de Médio Prazo
São as necessárias para manter em perfeito funcionamento os sistemas de água e esgotos
já adaptados, além de implantar novos investimentos de maneira a atender às demandas
de médio prazo. Estão concentradas entre os anos 2018 a 2028.
Ações de Longo Prazo
Consistem nas ações necessárias para reparar/adequar/manter os sistemas de água e
esgotos ao longo de trinta anos, sendo que algumas ações devem ser iniciadas nos
primeiros anos de implantação do Plano. Os investimentos que devem ser constantes
durante todo o plano também estão contemplados aqui. Estão concentradas entre os
anos 2028 a 2043.
13.2.1. Cronogramas financeiros das necessidades planejadas
Os quadros seguintes resumem os valores de investimentos e os divide segundo a
prioridade em curto, médio e longo prazo:
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13.2.1.1. Investimentos em curto prazo
Tabela 32 ‐ Investimentos em Curto Prazo
ANO1 ANO2 ANO3 ANO4
CURTO PRAZO
Total Curto Prazo 410.738,3
INVESTIMENTOS EM ÁGUA 68.265,0 13.906,4 25.310,4 17.091,9 11.956,3
INVESTIMENTOS EM ESGOTO 330.309,9 51.010,6 112.909,4 107.735,8 58.654,1
INVESTIMENTOS OUTROS 12.163,4 4.017,4 3.248,6 2.882,4 2.015,0
TOTAL INVESTIMENTOS ‐ ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4
MELHORIAS DOS SISTEMAS ATUAIS 14.290,8 7.022,1 4.773,6 2.095,1 400,0
MELHORIAS SISTEMA ÁGUA 8.837,4 4.653,0 3.023,4 761,0 400,0
MELHORIAS SISTEMA ESGOTO 1.100,0 ‐ 550,0 550,0 ‐
MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC. E MANUT. 2.502,4 1.117,4 601,0 784,1 ‐
MELHORIAS SISTEMA ATENDIMENTO /COMERCIAL 1.851,0 1.251,7 599,3 ‐ ‐
EXPANSÃO DOS SERVIÇOS 351.248,7 55.240,3 122.442,3 111.123,6 62.442,4
EXPANSÃO ÁGUA 25.446,1
4.984,2 10.905,4 4.822,9 4.733,6
EXPANSÃO ESGOTO 325.802,6 50.256,1 111.536,9 106.300,8 57.708,9
RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES 37.448,8 5.038,6 12.219,2 12.408,0 7.783,0
RENOVAÇÃO ÁGUA 33.981,5 4.269,1 11.381,7 11.508,0 6.822,7
RENOVAÇÃO ESGOTO 3.407,3 754,5 822,5 885,1 945,3
RENOVAÇÃO OUTROS 60,0 15,0 15,0 15,0 15,0
ESTUDOS E PROJETOS 7.750,0 1.633,3 2.033,3 2.083,3 2.000,0
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
13.2.1.2. Investimentos em médio prazo
Tabela 33 ‐ Investimentos em Médio Prazo
ANO5 ANO6 ANO7 ANO8 ANO9 ANO10 ANO11 ANO12 ANO13 ANO14 ANO15
MÉDIO PRAZO
Total Médio
Prazo 422.527,10
INVESTIMENTOS EM ÁGUA 100.877,6 14.533,6 10.920,7 10.782,8 8.232,5 8.153,3 8.066,7 9.319,7 7.877,7 7.774,2 7.665,9 7.550,4
INVESTIMENTOS EM ESGOTO 316.034,4 67.727,3 16.639,3 16.187,4 21.288,9 18.262,2 19.341,6 20.528,4 20.925,0 12.834,8 71.368,4 30.931,3
INVESTIMENTOS OUTROS 5.615,0 1.615,0 1.015,0 115,0 115,0 115,0 1.965,0 115,0 115,0 115,0 115,0 215,0
TOTAL INVESTIMENTOS ANO 5 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ANO 11 ANO 12 ANO 13 ANO 14 ANO 15
MELHORIAS DOS SISTEMAS ATUAIS 1.437,5 93,8 1.343,8
MELHORIAS SISTEMA ÁGUA 1.437,5 93,8 1.343,8
MELHORIAS SISTEMA ESGOTO ‐
MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC. E MANUT. ‐
MELHORIAS SISTEMA ATENDIMENTO
/COMERCIAL ‐
EXPANSÃO DOS SERVIÇOS 342.145,3 74.351,0 19.351,4 18.756,3 23.696,1 20.512,1 21.423,9 22.438,0 22.654,1 14.376,5 72.655,0 31.930,8
EXPANSÃO ÁGUA 47.715,9 7.639,0 4.539,8 4.435,1 4.324,8 4.209,9 4.089,2 3.964,8 3.834,5 3.700,0 3.561,6 3.417,3
EXPANSÃO ESGOTO 294.429,4 66.712,1 14.811,7 14.321,3 19.371,4 16.302,2 17.334,7 18.473,3 18.819,6 10.676,5 69.093,4 28.513,6
RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES 75.544,2 8.024,9 8.129,7 8.228,8 5.840,3 5.918,5 7.849,5 6.081,3 6.163,7 6.247,4 6.394,3 6.665,8
RENOVAÇÃO ÁGUA 51.724,3 6.894,7 6.287,1 6.347,7 3.907,8 3.943,4 3.977,6 4.011,2 4.043,2 4.074,1 4.104,3 4.133,1
RENOVAÇÃO ESGOTO 21.605,0 1.015,3 1.827,6 1.866,2 1.917,5 1.960,1 2.006,9 2.055,1 2.105,5 2.158,3 2.275,0 2.417,7
RENOVAÇÃO OUTROS 2.215,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 1.865,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0
ESTUDOS E PROJETOS 3.400,0 1.500,0 1.000,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
13.2.1.3. Investimentos em longo prazo
Tabela 34 ‐ Investimentos em Longo Prazo
ANO16 ANO17 ANO18 ANO19 ANO20 ANO21 ANO22 ANO23 ANO24 ANO25 ANO26 ANO27 ANO28 ANO29 ANO30
LONGO PRAZO
Total Longo
Prazo 220.960,32
INVESTIMENTOS EM ÁGUA 98.053,5 7.524,3 7.304,1 8.973,2 7.037,5 6.896,5 6.843,4 6.600,0 6.445,3 6.285,5 6.121,9 5.954,3 5.784,0 5.609,2 5.434,4 5.240,0
INVESTIMENTOS EM ESGOTO 120.131,8 16.193,8 22.751,6 6.934,6 6.832,7 6.728,0 6.618,0 6.505,0 6.389,5 6.269,4 6.145,6 6.019,3 5.889,8 5.756,7 5.623,3 5.474,9
INVESTIMENTOS OUTROS 2.775,0 65,0 65,0 65,0 65,0 1.915,0 65,0 65,0 65,0 65,0 140,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0
TOTAL INVESTIMENTOS
MELHORIAS DOS SISTEMAS
ATUAIS 187,5 93,8 ‐ ‐ ‐ ‐ 93,8 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
MELHORIAS SISTEMA ÁGUA 187,5 93,8 ‐ ‐ ‐ ‐ 93,8 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
MELHORIAS SISTEMA ESGOTO
MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC.
E MANUT.
MELHORIAS SISTEMA
ATENDIMENTO /COMERCIAL
EXPANSÃO DOS SERVIÇOS 82.538,0 15.011,2 21.234,2 7.038,9 4.956,7 4.668,4 4.371,6 4.072,2 3.767,8 3.455,5 3.140,4 2.820,2 2.497,6 2.170,2 1.844,5 1.488,6
EXPANSÃO ÁGUA 33.337,8 3.270,0 3.117,2 4.761,4 2.802,0 2.639,0 2.471,2 2.302,3 2.129,8 1.953,1 1.775,1 1.594,1 1.411,8 1.226,6 1.042,7 841,4
EXPANSÃO ESGOTO 49.200,2 11.741,2 18.117,1 2.277,5 2.154,7 2.029,4 1.900,4 1.770,0 1.638,0 1.502,4 1.365,3 1.226,1 1.085,8 943,6 801,8 647,3
RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS
INSTALAÇÕES 137.634,9 8.628,0 8.836,4 8.883,9 8.928,5 10.821,1 9.011,0 9.047,8 9.082,0 9.114,3 9.242,1 9.168,3 9.191,2 9.210,7 9.228,2 9.241,2
RENOVAÇÃO ÁGUA 64.528,3 4.160,5 4.186,9 4.211,8 4.235,4 4.257,4 4.278,4 4.297,7 4.315,5 4.332,4 4.346,8 4.360,1 4.372,2 4.382,6 4.391,8 4.398,6
RENOVAÇÃO ESGOTO 70.931,6 4.452,6 4.634,5 4.657,1 4.678,1 4.698,7 4.717,6 4.735,1 4.751,5 4.767,0 4.780,3 4.793,2 4.804,0 4.813,2 4.821,5 4.827,6
RENOVAÇÃO OUTROS 2.175,0 15,0 15,0 15,0 15,0 1.865,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0
ESTUDOS E PROJETOS 600,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE VILA VELHA / ES
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
13.2.1.4. Tabela detalhada de investimentos
Tabela 35 – Detalhamento de Investimentos ANO1 ANO2 ANO3 ANO4 ANO5 ANO6 ANO7 ANO8 ANO9 ANO10 ANO11 ANO12 ANO13 ANO14 ANO15 ANO16 ANO17 ANO18 ANO19 ANO20 ANO21 ANO22 ANO23 ANO24 ANO25 ANO26 ANO27 ANO28 ANO29 ANO30
PREÇO TOTAL 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042 2043MELHORIAS DOS SISTEMAS ATUAIS 15.915,8 7.022,1 4.773,6 2.095,1 400,0 - 93,8 - - - - 1.343,8 - - - - 93,8 - - - - 93,8 - - - - - - - - - MELHORIAS SISTEMA ÁGUA 10.462,4 4.653,0 3.023,4 761,0 400,0 - 93,8 - - - - 1.343,8 - - - - 93,8 - - - - 93,8 - - - - - - - - -
750,0 225,0 300,0 225,0 453,4 136,0 181,3 136,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 500,0 500,0
2.000,0 600,0 600,0 400,0 400,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 2.500,0 1.250,0 1.250,0 3.509,1 1.754,5 1.754,5
750,0 187,5 187,5 93,8 93,8 93,8 93,8
MELHORIAS SISTEMA ESGOTO 1.100,0 - 550,0 550,0 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 500,0 250,0 250,0 350,0 175,0 175,0 250,0 125,0 125,0
MELHORIAS DESENVOLV. OPERAC. E MANUT. 2.502,4 1.117,4 601,0 784,1 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 1.502,4 450,7 601,0 450,7 1.000,0 666,7 333,3
MELHORIAS SISTEMA ATENDIMENTO /COMERCIAL 1.851,0 1.251,7 599,3 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 40,0 20,0 20,0
120,0 48,0 72,0 1.691,0 1.183,7 507,3
EXPANSÃO DOS SERVIÇOS 775.931,9 55.240,3 99.062,3 88.233,6 62.442,4 74.351,0 19.351,4 18.756,3 23.696,1 20.512,1 21.423,9 22.438,0 22.654,1 14.376,5 51.025,0 31.930,8 15.011,2 21.234,2 7.038,9 4.956,7 4.668,4 4.371,6 4.072,2 3.767,8 3.455,5 3.140,4 2.820,2 2.497,6 2.170,2 1.844,5 1.488,6 EXPANSÃO ÁGUA 106.499,7 4.984,2 10.905,4 4.822,9 4.733,6 7.639,0 4.539,8 4.435,1 4.324,8 4.209,9 4.089,2 3.964,8 3.834,5 3.700,0 3.561,6 3.417,3 3.270,0 3.117,2 4.761,4 2.802,0 2.639,0 2.471,2 2.302,3 2.129,8 1.953,1 1.775,1 1.594,1 1.411,8 1.226,6 1.042,7 841,4
10.800,0 - 6.000,0 - - 3.000,0 - - - - - - - - - - - - 1.800,0 - - - - - - - - - - - - 87.723,9 4.569,0 4.496,8 4.420,9 4.339,4 4.252,6 4.161,2 4.065,5 3.964,2 3.858,9 3.748,4 3.634,2 3.514,7 3.391,6 3.264,6 3.132,3 2.997,6 2.857,4 2.714,8 2.568,6 2.418,8 2.265,4 2.110,3 1.952,2 1.790,5 1.626,9 1.461,5 1.294,2 1.124,6 955,7 771,2
7.975,8 415,2 408,6 402,0 394,2 386,4 378,6 369,6 360,6 351,0 340,8 330,6 319,8 308,4 297,0 285,0 272,4 259,8 246,6 233,4 220,2 205,8 192,0 177,6 162,6 148,2 132,6 117,6 102,0 87,0 70,2
EXPANSÃO ESGOTO 669.432,2 50.256,1 88.156,9 83.410,8 57.708,9 66.712,1 14.811,7 14.321,3 19.371,4 16.302,2 17.334,7 18.473,3 18.819,6 10.676,5 47.463,4 28.513,6 11.741,2 18.117,1 2.277,5 2.154,7 2.029,4 1.900,4 1.770,0 1.638,0 1.502,4 1.365,3 1.226,1 1.085,8 943,6 801,8 647,3 137.340,0 - 45.780,0 45.780,0 - - - - - - - - - - 45.780,0 - - - - - - - - - - - - - - - - 500.055,0 48.674,0 63.465,0 58.158,0 55.148,5 63.535,5 13.985,5 13.447,0 18.189,0 15.307,0 16.276,5 17.345,5 17.671,0 9.448,0 20.631,5 25.233,0 10.390,5 16.032,5 2.015,5 1.907,0 1.796,0 1.682,0 1.566,5 1.449,5 1.329,5 1.208,0 1.085,0 961,0 835,0 709,5 572,5 32.037,2 1.582,1 2.291,9 2.362,8 2.560,4 3.176,6 826,2 874,3 1.182,4 995,2 1.058,2 1.127,8 1.148,6 1.228,5 2.681,9 3.280,6 1.350,7 2.084,6 262,0 247,7 233,4 218,4 203,5 188,5 172,9 157,3 141,1 124,8 108,6 92,3 74,8
RENOVAÇÃO PERIÓDICA DAS INSTALAÇÕES 250.627,8 5.038,6 12.219,2 12.408,0 7.783,0 8.024,9 8.129,7 8.228,8 5.840,3 5.918,5 7.849,5 6.081,3 6.163,7 6.247,4 6.394,3 6.665,8 8.628,0 8.836,4 8.883,9 8.928,5 10.821,1 9.011,0 9.047,8 9.082,0 9.114,3 9.242,1 9.168,3 9.191,2 9.210,7 9.228,2 9.241,2 RENOVAÇÃO ÁGUA 150.234,0 4.269,1 11.381,7 11.508,0 6.822,7 6.894,7 6.287,1 6.347,7 3.907,8 3.943,4 3.977,6 4.011,2 4.043,2 4.074,1 4.104,3 4.133,1 4.160,5 4.186,9 4.211,8 4.235,4 4.257,4 4.278,4 4.297,7 4.315,5 4.332,4 4.346,8 4.360,1 4.372,2 4.382,6 4.391,8 4.398,6
7.500,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 91.736,6 2.088,5 8.444,1 8.532,6 4.309,7 4.352,2 4.393,8 4.434,4 2.237,0 2.256,5 2.275,3 2.293,4 2.310,9 2.327,7 2.344,2 2.359,8 2.374,9 2.389,1 2.402,7 2.415,5 2.427,7 2.439,0 2.449,5 2.459,1 2.468,3 2.476,2 2.483,5 2.490,1 2.495,7 2.500,7 2.504,3 40.149,3 1.690,9 1.715,5 1.739,6 1.763,3 1.786,5 1.130,8 1.144,6 1.158,1 1.171,3 1.184,0 1.196,5 1.208,4 1.220,0 1.231,1 1.241,8 1.252,0 1.261,7 1.271,0 1.279,7 1.288,0 1.295,7 1.302,9 1.309,6 1.315,7 1.321,2 1.326,2 1.330,7 1.334,4 1.337,7 1.340,4 10.848,2 239,7 972,1 985,8 499,8 505,9 512,6 518,7 262,7 265,7 268,3 271,3 273,9 276,4 279,0 281,5 283,6 286,1 288,2 290,2 291,7 293,8 295,3 296,8 298,4 299,4 300,4 301,4 302,4 303,5 304,0
RENOVAÇÃO ESGOTO 95.943,8 754,5 822,5 885,1 945,3 1.015,3 1.827,6 1.866,2 1.917,5 1.960,1 2.006,9 2.055,1 2.105,5 2.158,3 2.275,0 2.417,7 4.452,6 4.634,5 4.657,1 4.678,1 4.698,7 4.717,6 4.735,1 4.751,5 4.767,0 4.780,3 4.793,2 4.804,0 4.813,2 4.821,5 4.827,6 15.000,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0 500,0
6.845,8 15,0 19,5 24,1 29,3 35,8 93,6 98,2 104,0 108,6 114,4 119,6 125,5 131,3 145,0 161,2 336,1 357,5 360,1 362,1 364,7 366,6 368,6 370,5 372,5 373,8 375,7 377,0 377,7 379,0 379,6 74.098,0 239,5 303,0 361,0 416,0 479,5 1.234,0 1.268,0 1.313,5 1.351,5 1.392,5 1.435,5 1.480,0 1.527,0 1.630,0 1.756,5 3.616,5 3.777,0 3.797,0 3.816,0 3.834,0 3.851,0 3.866,5 3.881,0 3.894,5 3.906,5 3.917,5 3.927,0 3.935,5 3.942,5 3.948,0
RENOVAÇÃO OUTROS 4.450,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 1.865,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 1.865,0 15,0 15,0 15,0 15,0 115,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 150,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 350,0 70,0 70,0 70,0 70,0 70,0 450,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0 15,0
3.500,0 1.750,0 1.750,0
11.750,0 1.633,3 2.033,3 2.083,3 2.000,0 1.500,0 1.000,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 10.000,0 500,0 1.500,0 2.000,0 2.000,0 1.500,0 1.000,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0
1.500,0 1.050,0 450,0 250,0 83,3 83,3 83,3
1.054.225,5 68.934,3 118.088,4 104.820,1 72.625,4 83.875,9 28.574,9 27.085,2 29.636,4 26.530,5 29.373,3 29.963,1 28.917,7 20.724,0 57.519,3 38.696,6 23.783,0 30.120,7 15.972,8 13.935,2 15.539,5 13.526,4 13.170,0 12.899,8 12.619,9 12.407,4 12.013,5 11.713,8 11.405,9 11.097,7 10.754,9
PROJETOS TÉCNICOSPLANO DE COMUNICAÇÃO
Total Geral (R$ Mil)
EQPTOS LABORATÓRIOMÓVEIS E UTENSÍLIOSMÁQUINAS E FERRAMENTAS
ESTUDOS E PROJETOSPROGRAMA DE CONTROLE E REDUÇÃO PERDAS
RAMAIS PREDIAIS DE ESGOTOREDE COLETORAS
SOFTWARES
REDE DE DISTRIBUIÇÃO E ADUTORASHIDROMETROS LIGAÇÕES
RENOVAÇÃO ELETROMECÂNICA
RAMAIS PREDIAIS
RENOVAÇÃO ELETROMECÂNICA
LIGAÇÃO COMPLETA (com HDs)
ETESREDE COLETORAS/ EEE/LR
RESERVAÇÃOREDE E ADUTORAS DE DISTRIBUIÇAO
CRONOGRAMA FINANCEIRO (x 1.000 R$)
BOOSTERS E ELEVATÓRIA A.T. HIDROMETROS ( PARALIZADOS E ONDE NÃO HÁ) RESERVAÇÃOSETORIZAÇÃO E VRPMACROMEDIÇÃOADEQUAÇÕES DE ANÉIS DE DISTRIBUIÇÃOAUTOMAÇÃO E TELEMETRIA
ETEsELEVATÓRIASLINHAS DE RECALQUE
CADASTRO TÉCNICO REDES ÁGUAAQUISIÇÃO MAQUINAS E FERRAMENTAS
IMPLANTAÇÃO/ RECUPERAÇÃO DE AGÊNCIAS SOFTWARE DE GESTÃO COMERCIALRECADASTRAMENTO COMERCIAL
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14. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
Os serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário serão prestados
com base nos seguintes princípios fundamentais:
a) A prestação adequada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário,
satisfazendo as condições de Continuidade, Regularidade, Generalidade, Atualidade,
Eficiência e Cortesia. Visando assegurar a adequada prestação dos serviços, estes
deverão ser prestados de forma a atingir níveis e metas de cobertura e qualidade no que
se refere ao abastecimento de água e de esgotamento sanitário, buscando sempre
alcançar e manter a universalização do acesso.
b) Os níveis de serviço aqui apresentados têm a finalidade de assegurar que as
necessidades em água e esgotos dos habitantes sejam satisfeitas adequadamente, e
também que o meio ambiente da região seja preservado e protegido.
c) As exigências de cumprimento das metas de qualidade de serviço ao longo do período
de projeto resultarão em significativas melhorias nos níveis de serviços. Para atingir
essas metas de melhorias, o plano de ação para a adequação nos sistemas de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, que será detalhado adiante, deverá ser
aplicado.
De forma a potencializar os objetivos destacados anteriormente recomenda‐se que o
acompanhamento das atividades contidas no plano de ação, serviços e obras, se utilize
indicadores que permitam uma avaliação simples e objetiva do desempenho dos serviços
de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
A seguir destacamos os indicadores e as metas que devem ser atendidos pelo prestador
dos serviços de água e esgotos que sugerimos para a avaliação da efetividade do plano
de ação. Porém, vale ressaltar que além deles deverão ser efetuados outros registros de
dados operacionais e de desempenho financeiro dos serviços a fim de permitir a geração
dos indicadores definidos pelo art. 53 da Lei no 11.445/07.
Os indicadores definidos estão divididos em Quantitativos, Qualitativos e Gerenciais.
14.1. INDICADORES QUANTITATIVOS
Os indicadores quantitativos dizem respeito à cobertura pretendida e se traduzem em
números precisos que devem ser conseguidos, como se vê a seguir.
Cobertura do sistema de abastecimento de água
A cobertura do sistema de abastecimento de água será apurada pela expressão seguinte:
CBA = (NIL x 100) / NTE
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Onde:
CBA ‐ cobertura pela rede distribuidora de água, em porcentagem;
NIL ‐ número de imóveis ligados à rede distribuidora de água, constante no
cadastro comercial da prestadora de serviço;
NTE ‐ número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal.
Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação ‐ NTE não
serão considerados os imóveis não ligados à rede distribuidora, localizados em
loteamentos cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações frente
à legislação vigente, à Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e ao
prestador, e ainda, não serão considerados os imóveis abastecidos exclusivamente por
fontes próprias de produção de água.
Cobertura do sistema de coleta de esgoto sanitário
A cobertura pela rede coletora de esgotos será calculada pela seguinte expressão:
CBCE = (NIL x 100) / NTE
Onde:
CBCE ‐ cobertura pela rede coletora de esgoto, em porcentagem;
NIL ‐ número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto, constante do cadastro
comercial da prestadora de serviço;
NTE ‐ número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal.
Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação ‐ NTE não
serão considerados os imóveis não ligados à rede coletora localizados em loteamentos
cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações frente à legislação
vigente, à Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e ao prestador. Não serão
considerados ainda na NTE os imóveis cujos proprietários recusem a ligação à rede
coletora.
Cobertura do sistema de tratamento de esgoto sanitário
A cobertura pelo tratamento de esgotos será calculada pela seguinte expressão:
CBTE = (NILT x 100) / NTE
Onde:
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CBTE ‐ cobertura pelo tratamento de esgoto, em porcentagem;
NILT ‐ número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto com tratamento,
constante do cadastro comercial da prestadora de serviço;
NTE ‐ número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal;
Na determinação do número total de imóveis ligados à rede coletora de esgotos ‐ NILT
não serão considerados os imóveis ligados a redes que não estejam conectadas a
coletores tronco, interceptores ou outros condutos que liguem os esgotos a uma
instalação adequada de tratamento.
Na determinação do número total de imóveis edificados na área de prestação ‐ NTE não
serão considerados os imóveis não ligados à rede coletora localizados em loteamentos
cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações frente à legislação
vigente, à Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e ao prestador. Não serão
considerados ainda na NTE os imóveis cujos proprietários recusem a ligação à rede
coletora.
Condições limitantes para metas de atendimento
Dentro das áreas objeto deste Plano, o atendimento das metas de cobertura estará
condicionado a fatores limitantes como o de Densidade Mínima, que se define como o
número de usuários mínimos por extensão de rede (distribuidora ou coletora) a ser
atendida, nos seguintes termos:
Para rede de água, a densidade mínima será de 1 (uma) ligação para cada 15m
(quinze metros);
Para rede de esgoto, a densidade mínima será de 1(uma) ligação para cada 12m
(doze metros).
14.2. INDICADORES QUALITATIVOS
Os indicadores qualitativos definem‐se por parâmetros a ser respeitados, e que terão
uma margem percentual de conformidade e atendimento, como se vê a seguir.
Qualidade dos produtos
A qualidade dos produtos se define pelos parâmetros legais de potabilidade da água a
ser distribuída e pelo grau necessário dos parâmetros do efluente tratado dos esgotos
conforme as exigências legais do corpo receptor.
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Qualidade da água distribuída
IQAD – Índice de Qualidade da Água Distribuída
O sistema de abastecimento de água, em condições normais de funcionamento, deverá
assegurar o fornecimento da água demandada pelos usuários do sistema, garantindo o
padrão de potabilidade estabelecido na Portaria nº 2914/11 do Ministério da Saúde, ou
outras que venham substituí‐la.
A qualidade da água da será medida pelo Índice de Qualidade da Água Distribuída ‐
IQAD.
Este índice procura identificar, de maneira objetiva, a qualidade da água distribuída à
população. Em sua determinação são levados em conta os parâmetros mais importantes
de avaliação da qualidade da água, que dependem, não apenas da qualidade intrínseca
das águas dos mananciais, mas, fundamentalmente, de uma operação correta, tanto do
sistema produtor quanto do sistema de distribuição. O índice é calculado a partir de
princípios que privilegiam a regularidade da qualidade da água distribuída, sendo o
valor final do índice pouco afetado por resultados que apresentem pequenos desvios em
relação aos limites fixados.
O IQAD será calculado com base no resultado das análises laboratoriais das amostras de
água coletadas na rede de distribuição de água, segundo um programa de coleta que
atenda à legislação vigente e seja representativa para o cálculo adiante definido.
Para garantir essa representatividade, o número de amostras analisadas para cada
parâmetro, bem como suas frequências, devem ser no mínimo as definidas pelos anexos
XII e XIII da portaria MS 2914/11.
Para apuração do IQAD, o sistema de controle da qualidade da água a ser implantado
pelo operador deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de análises
laboratoriais que permita o levantamento dos dados necessários, em laboratório próprio
ou terceirizado, mas que, porém atendam aos artigos 21 e 22 da secção V da mesma
portaria.
O período de apuração do IQAD será mensal, utilizando os resultados das análises
efetuadas no mês anterior.
O IQAD é calculado como a média ponderada dos percentuais de conformidade de cada
um dos parâmetros constantes no quadro que se segue, considerados os respectivos
pesos.
O Quadro 24 seguinte mostra os parâmetros e suas contribuições no cálculo do IQAD.
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Quadro 24 ‐ Parâmetros e Contribuições no Cálculo do IQAD
PARÂMETRO SÍMBOLO CONDIÇÃO EXIGIDA PESO
Bacteriologia CT Ausência de Coliformes Totais em amostras
de 100 ml
0,30
Cloro Residual Livre CRL Maior que 0,2 mg/L e menor que 2 mg/L 0,20
Turbidez NTU Menor que 1 NTU (Unidade Nefelométrica
de Turbidez)
0,10
Fluoreto Fl Maior que 0,7 mg/L e menor que 0,9 mg/L 0,10
Alumínio Al Menor que 0,2 mg/L 0,10
Ferro Fe Menor que 0,3 mg/L 0,10
Cor UC Menor que 5 unidades platina/cobalto de cor 0,05
pH pH Maior que 6,0 e menor que 9,5 0,05
O percentual de atendimento de cada um dos parâmetros do quadro será obtido,
utilizando o número de amostras “conformes” e o número de amostras analisadas.
Determinada o percentual de atendimento para cada parâmetro, o IQAD será obtido
através da seguinte expressão:
IQAD = 0,30%(CT) + 0,20%(CRL) + 0,10%(NTU) + 0,10%(FL) + 0,10%(AL) + 0,10%(FE) +
0,05%(UC) + 0,05%(pH)
Onde:
%(CT) = percentual de conformidades para as coliformes totais.
%(CRL) = percentual de conformidades para o cloro residual livre;
%(NTU) = percentual de conformidades para a turbidez;
%(FLR) = percentual de conformidades para os fluoretos;
%(AL) = percentual de conformidades para o alumínio;
%(FE) = percentual de conformidades para o ferro;
%(COR) = percentual de conformidades para a cor;
%(pH) = percentual de conformidades para o pH;
A apuração mensal do IQAD não isenta o operador de suas responsabilidades em
relação a outros órgãos fiscalizadores e ao atendimento a outros parâmetros e
frequências presentes á legislação vigente.
Outros parâmetros poderão ser incluídos se seus valores obtidos em análises anteriores
indicarem a necessidade de um monitoramento mais efetivo.
A qualidade da água distribuída será classificada de acordo a média dos valores do
IQAD dos últimos 30 (trinta) dias, em consonância com o quadro a seguir:
O Quadro 25 seguinte mostra a avaliação do IQAD:
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Quadro 25 ‐ Avaliação do IQAD
VALORES DO IQAD CLASSIFICAÇÃO
IQAD < 80% Ruim
80% ≤ IQAD < 90% Regular
90% ≤ IQAD < 95% Bom
IQAD ≥ 95% Ótimo
A água distribuída será considerada adequada se a média dos IQADs apurados nos
últimos 3 meses for igual ou superior a 90% (conceito “bom”), não devendo ocorrer
nenhum valor mensal inferior a 80% (conceito “ruim”), sendo ainda desejável nenhuma
ocorrência do conceito “Ruim”, e ao menos duas no conceito “Ótimo”.
IQE ‐ Eficiência do tratamento de esgoto
A qualidade dos efluentes lançados nos cursos de água naturais será medida pelo índice
de qualidade do efluente ‐ IQE.
Esse índice procura identificar, de maneira objetiva, os principais parâmetros de
qualidade dos efluentes lançados.
O IQE será calculado com base no resultado das análises laboratoriais das amostras de
efluentes coletadas no conduto de descarga final das estações de tratamento de esgotos,
segundo um programa de coleta que atenda à legislação vigente e seja representativa
para o cálculo adiante definido.
A frequência de apuração do IQE será mensal, utilizando os resultados das análises
efetuadas nos últimos 3 (três) meses.
Para apuração do IQE, o sistema de controle de qualidade dos efluentes a ser implantado
pelo prestador deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de análises
laboratoriais que permitam o levantamento dos dados necessários, além de atender à
legislação vigente.
O IQE é calculado como o percentual de análises em conformidade com a legislação
CONAMA 357/05 e 430/11 e, bem como as exigências técnicas das Licenças Ambientais,
regidas pela Resolução CONAMA 237/97.
O Quadro 26 a seguir mostra os parâmetros e suas contribuições no cálculo do IQE:
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Quadro 26 ‐ Parâmetros no Cálculo do IQE
PARÂMETRO SÍMBOLO CONDIÇÃO EXIGIDA PESO
Demanda bioquímica de oxigênio DBO Menor que 120 mgO2/L 0,500
Óleos e graxas O&G Menor que 100 mg/L 0,250
Materiais sedimentáveis SS Menor que 1 mL/L 0,250
O IQE é a somatória dos produtos dos pesos pelo percentual de análises conformes para
cada parâmetro, conforme a expressão abaixo:
IQE = 0,25 x %(SS) + 0,25 x %(OG) + 0,50 x %(DBO)
onde:
%(SS) – percentual de análises “conforme” para materiais sedimentáveis;
%(OG) ‐ percentual de análises “conforme” para substâncias solúveis em hexana;
%(DBO) ‐ percentual de análises “conforme” para demanda bioquímica de
oxigênio.
A apuração mensal do IQE não isenta o prestador da obrigação de cumprir
integralmente o disposto na legislação vigente, nem de suas responsabilidades perante
outros órgãos fiscalizadores.
O Quadro 27 a seguir mostra a avaliação do IQE:
Quadro 27 ‐ Avaliação do IQE
VALORES DO IQE CLASSIFICAÇÃO
IQE < 70% Inadequado
70% ≤ IQE ≤ 80% Adequado Regular
IQE > 80% Adequado Satisfatório
Continuidade e regularidade no abastecimento de água
A continuidade é definida como a não interrupção do fornecimento de água. A
regularidade refere‐se ao fornecimento de água nas condições adequadas de pressão e
quantidade. Nos termos do marco de regulamentação dos serviços, permite‐se a
interrupção no fornecimento nos casos previstos na Lei Federal 11.445/07 (artigo 40), que
disciplina as situações de emergência, de manutenções e interrupções programadas e da
inadimplência do usuário.
A continuidade no fornecimento de água será avaliada pelo número de reclamações de
falta de água imprevistas por mil ligações e excetuadas as paradas programadas.
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A regularidade, no item relativo às condições adequadas de pressão, também será
avaliada pelo número registrado de reclamações de insuficiência de água, excetuadas as
intervenções programadas. A regularidade, no tocante à quantidade ofertada, será
avaliada pelo volume disponibilizado (macro medido) a partir da unidade de
tratamento, comparado pelo volume micro‐medido nos hidrômetros e mais as perdas
admissíveis.
O ICA será calculado através da seguinte expressão:
ICA = (NRFA / NLA) x 1000
onde:
ICA ‐ índice de continuidade do abastecimento de água imprevista;
NRFA ‐ n° de reclamações de falta de água justificadas (exclui, por exemplo,
reclamações de clientes cortados por falta de água);
NLA ‐ n° de ligações de água.
O Quadro 28 seguinte mostra os valores de ICA e sua classificação:
Quadro 28 ‐ Valores de ICA e sua Classificação
VALORES DO ICA CLASSIFICAÇÃO
ICA ≥ 2,5/1000 LigA Inadequado
2,5/1000 LigA < ICA ≤ 2,0/1000 LigA Adequado Regular
ICA < 2,0/1000 LigA Adequado Satisfatório
O ICA deverá ser inferior a 2,0 reclamações por 1.000 (mil) ligações de água.
Continuidade do sistema de afastamento de esgoto sanitário
A continuidade do sistema de coleta de esgotos sanitários será medida pelo número de
desobstruções de redes coletoras e ramais prediais que efetivamente forem realizadas
por solicitação dos usuários.
O prestador deverá manter registros adequados tanto das solicitações como dos serviços
realizados.
Qualquer que seja a causa das obstruções, a responsabilidade pela redução dos índices
será do prestador, seja pela melhoria dos serviços de operação e manutenção da rede
coletora, seja através de mecanismos de correção e campanhas educativas por ela
promovidos, de modo a conscientizar os usuários do correto uso das instalações
sanitárias de seus imóveis.
Dois indicadores medirão a eficiência da operadora para neste quesito:
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IORD Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares deverá ser apurado mensalmente e
consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de ramais realizadas no
período por solicitação dos usuários e o número de imóveis ligados à rede, no primeiro
dia do mês, multiplicada por 10 mil;
O Quadro 29 seguinte mostra os valores de IORD e sua classificação:
Quadro 29 ‐ Valores de IORD e sua Classificação
VALORES DO IORD CLASSIFICAÇÃO
IORD ≥ 500 Inadequado
300 < IORD ≤ 500 Adequado Regular
IORD < 300 Adequado Satisfatório
IORC Índice de obstrução de redes coletoras, será apurado mensalmente e consistirá
na relação entre a quantidade de desobstruções de redes coletoras realizadas por
solicitação dos usuários e a extensão desta em quilômetros, no primeiro dia do mês,
multiplicada por mil.
O Quadro 30 seguinte mostra os valores de IORC e sua classificação:
Quadro 30 ‐ Valores de IORC e sua Classificação
VALORES DO IORC CLASSIFICAÇÃO
IORC ≥ 50 Inadequado
30 < IORC ≤ 50 Adequado Regular
IORC < 30 Adequado Satisfatório
Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de esgotos
sanitários e o prestador não tiver efetivo poder de controle sobre tais casos, não serão
considerados, para efeito de cálculo dos índices IORD e IORC, os casos de obstrução e
extravasamento ocorridos durante e após seis horas da ocorrência de chuvas.
14.3. INDICADORES GERENCIAIS
Os indicadores gerenciais medirão a eficiência e cortesia na prestação de serviços, no
atendimento ao público e no controle de perdas no sistema.
Eficiência na prestação do serviço e no atendimento ao público.
IESAP Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público.
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O IESAP será calculado anualmente com base na média mensal da avaliação de cada um
dos fatores indicativos do desempenho do prestador quanto à adequação de seu
atendimento às solicitações e necessidades dos usuários, conforme a fórmula:
IESAP = NOSAT/NOSEM
Onde:
NOSEM – Número de OS (ordem de serviços) emitidas
NOSAT – Número de OS atendidas dentro do prazo
A Tabela 36 com tabela padrão dos prazos de atendimento dos serviços é apresentada a
seguir:
Tabela 36 ‐ Tabela Padrão dos Prazos de Atendimento
SERVIÇO PRAZO PARA ATENDIMENTO
DA SOLICITAÇÃO
Nova ligação de água 15 dias úteis
Reparo de vazamentos na rede ou ramais de água 24 horas
Regularização de falta d’água local ou geral 24 horas
Restabelecimento do fornecimento de água após
regularização de débitos – Por corte no cavalete
48 horas
Restabelecimento do fornecimento de água após
regularização de débitos – Por supressão
72 horas
Ocorrências relativas à ausência ou má qualidade
da água
8 horas
Nova ligação de esgoto 15 dias úteis
Desobstrução de redes e ramais de esgotos 48 horas
Recomposição da pavimentação após serviços 10 dias úteis
Ocorrências relativas ao atendimento comercial 12 horas
O Quadro 31 a seguir mostra os valores de IESAP e sua classificação:
Quadro 31 ‐ Valores de IESAP
VALORES DO IESAP CLASSIFICAÇÃO
IESAP ≤ 70% Inadequado
70% < IESAP ≤ 80% Adequado Regular
IESAP > 80% Adequado Satisfatório
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Controle de perdas no sistema
As perdas no sistema de abastecimento de água devem ser medidas e controladas para
verificar a eficiência do sistema de controle operacional implantado e garantir que o
desperdício dos recursos naturais seja o menor possível, ajudando a garantir o
cumprimento do requisito da modicidade das tarifas.
IPD Índice de perdas de água no sistema de distribuição.
IPD (%) = (VTD ‐ VMM) x 100 / VTD
onde:
VTD É o volume total de água potável disponibilizado para abastecimento, em
metros cúbicos, efluente das unidades de produção em operação no sistema de
abastecimento de água, medidos através de macro medidores.
VMM somatória dos volumes de água micro medido pelos hidrômetros das
unidades consumidoras, em metros cúbicos.
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15. MOBILIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
A educação ambiental e mobilização social devem ser compreendidas como estratégia de
ação permanente, para o fortalecimento da participação e controle social, respeitados as
peculiaridades locais e, assegurando‐se os recursos e condições necessárias para sua
viabilização.
A educação ambiental deve focar no desenvolvimento de ações de sensibilização e
orientação junto à população beneficiada pelos serviços, e deve ocorrer em todas as
etapas da implantação e operação dos sistemas, de forma processual e permanente,
sendo necessário o desenvolvimento de práticas educativas no ambiente formal e não‐
formal.
Nesse contexto, fica evidente a importância da Educação Ambiental, a qual exerce o
papel fundamental de esclarecer o que é saneamento e de despertar para a
responsabilidade de todos com as questões socioambientais.
Para tanto, torna‐se necessário atuar junto às escolas da área de abrangência dos
empreendimentos, visando o apoio à adesão, uso e conservação dos sistemas. As ações
educativas objetivam sensibilizar a comunidade escolar quanto às perspectivas da região
em que vivem enfocando o saneamento ambiental e recursos hídricos.
Da mesma forma, as comunidades beneficiadas pelos investimentos, deverão ser
envolvidas, através de ações educativas em saneamento ambiental com o objetivo de
minimizar os impactos das obras, como também, estimular a adesão do imóvel ao
sistema.
Nos serviços de esgotamento sanitário a resistência da população em conviver com os
impactos da implantação dos sistemas, como sua operação e tarifação, tem sido um
problema constante, principalmente por falta de envolvimento da população em sua
gestão, não compreendendo a importância dos serviços e sua necessidade visando
minimizar os impactos ambientais.
Para tanto, a metodologia qualitativa se apresenta‐se como uma alternativa para elucidar
as interações dinâmicas entre as características individuais e comunitárias.
Encontros com professores, palestras em escolas, orientação individual ao estudante,
abordagem domiciliar, eventos em datas alusivas ao meio ambiente, além de visitas às
ETA e ETE abrangendo a todos os níveis de ensino e a todos os imóveis beneficiados são
estratégias adotadas. Nesse sentido, é essencial a exploração de temas como: saneamento
ambiental e qualidade de vida, importância da água, poluição e contaminação dos
recursos hídricos, utilização inadequada dos poços freáticos ou artesianos, sistema de
tratamento de água, uso correto da água tratada, limpeza da caixa dʹágua, tratamento e
destino adequado dos esgotos domésticos, lançamento indevido de óleo usado nas redes,
adesão aos sistemas e os benefícios advindos dos mesmos.
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Os projetos deverão envolver além de escolares e comunidades, outras instituições e/ou
organizações não governamentais, engajando a sociedade para garantir a continuidade e
permanência no processo educativo estimulando o fortalecimento de parcerias na
formação de equipes que atuem como agentes multiplicadores iniciando e/ou ampliando
a abordagem de questões relativas ao tema.
Busca‐se, através das ações desenvolvidas, aperfeiçoar o uso dos sistemas operados,
além de possibilitar uma abordagem ambiental, visando à promoção da saúde humana e
a conservação do meio físico e biótico, além de envolver os diversos elementos que
participam do processo, contribuindo para maior eficácia dos trabalhos desenvolvidos.
Compreender as questões ambientais para além de suas dimensões biológicas, químicas
e físicas, enquanto questões sociopolíticas exige a formação de uma “consciência
ambiental” e a preparação para o exercício da cidadania, como processo constituinte de
novas relações dos seres humanos entre si e deles com a natureza.
A efetiva implementação do Plano Municipal de Saneamento, com suas metas e
orientações, deve ser acompanhada pela sociedade junto ao executivo municipal, para
isso são necessárias ações de mobilização social sempre que um novo investimento for
iniciado. Quanto à efetiva participação popular na avaliação dos serviços prestados,
existe um número significativo de entidades de níveis federal, estadual e municipal com
atribuição de regular e fiscalizar serviços públicos, algumas das quais apresentam certa
interface com a regulação da prestação de serviços de saneamento, tais como:
‐ Regulação de outorga de água: Agência Nacional das Águas (ANA) e Instituto
Estadual de Meio Ambiente (IEMA);
‐ Regulação de Meio Ambiente: Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA),
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA); Conselho
Municipal de Meio Ambiente (COMMAM);
‐ Qualidade da água: Ministério da Saúde (MS) e Centros de Vigilância Sanitária;
‐ Aspectos técnicos: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
‐ Defesa do consumidor: Ministério Público e PROCON.
No caso do Estado do Espírito Santo, que possui uma Agência Reguladora, a ARSI, a
ouvidoria dela é o setor mais indicado para atendimento aos usuários do serviço público
de saneamento básico, abrangendo abastecimento de água e esgotamento sanitário. É um
canal direto com o cidadão que tem como função receber, apurar e solucionar as
opiniões, reclamações e sugestões dos usuários, buscando o aprimoramento da
qualidade da prestação dos serviços regulados.
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A articulação entre os diversos órgãos e entidades envolvidas com a regulação da
prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário impõe‐se como
fundamental para que os resultados sejam conseguidos, buscando o aperfeiçoamento e a
melhoria qualidade da prestação do serviço.