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SIES Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária QSES Questionário de Sócias e de Sócios dos Empreendimentos Econômicos Solidários GUIA DE APLICAÇÃO

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SIES Sistema Nacional de Informações em

Economia Solidária

QSES Questionário de Sócias e de Sócios dos

Empreendimentos Econômicos Solidários

GU

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MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

Secretaria Nacional de Economia Solidária

Departamento de Estudos e Divulgação

SIES

Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária

Maio de 2013

Secretaria Nacional de Economia Solidária Departamento de Estudos e Divulgação - DED

Esplanada dos Ministérios - Bloco F – sala 347 Brasília – Distrito Federal – CEP 70.059-900

Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Grupo de Pesquisa em Economia Solidária e Cooperativa Av. Unisinos, 950 – São Leopoldo – Rio Grande do Sul – CEP 93.022-000 - Tel.: (51) 3591-1193

Contatos:

Geral: [email protected] / Administrativo: [email protected]

QSES

GUIA DE APLICAÇÃO

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I – O Projeto SIES

1 Contexto do Projeto ............................................................................................................................. 4

2 A pesquisa amostral através de questionário ...................................................................................... 8

CAPÍTULO II - Aspectos gerais do QSES

1 Visão Geral ......................................................................................................................................... 12

2 Sorteio aleatório dos EES ................................................................................................................... 14

3 Orientações éticas e postura profissional .......................................................................................... 15

4 Abordagem do entrevistado .............................................................................................................. 15

CAPÍTULO III - Aplicação do Questionário

1 Contatos iniciais e Plano de Trabalho ................................................................................................ 17

2 Sorteio dos entrevistados ................................................................................................................... 18

3 Realização da entrevista ..................................................................................................................... 20

4 Digitação e revisão do QSES ............................................................................................................... 23

CAPÍTULO IV - Aspectos administrativos

1 Plano de Trabalho............................................................................................................................... 27

2 Custeio de despesas e pagamentos ................................................................................................... 28

3 Aspectos contratuais .......................................................................................................................... 29

ANEXOS

Tabela de números aleatórios e instruções para o sorteio de sócias/os .............................................. 30

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CAPÍTULO I

O PROJETO SIES

1 Contexto do Projeto

O Projeto SIES é desenvolvido pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em

convênio com a Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES). Sua execução

está a cargo do Grupo de Pesquisa em Economia Solidária e Cooperativa (Grupo

Ecosol), vinculado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS). O

nome por extenso do projeto – Ampliação, Consolidação, Análise e Disseminação dos

Dados do Sistema de Informações em Economia Solidária (SIES) – menciona os seus

objetivos gerais sinteticamente. Trata-se de um Projeto de abrangência nacional,

cujas atividades iniciaram em 2011, de acordo com os termos do Edital 05/2010 da

SENAES, no qual a Proposta apresentada pelo Grupo Ecosol foi selecionada. A decisão

de realizá-lo foi tomada de comum acordo com o Fórum Brasileiro de Economia

Solidária (FBES), que vem apoiando sua execução. A concepção geral do Projeto, em

particular do Questionário a ser aplicado, foi discutida e aprovada em diversas

reuniões da Comissão Gestora Nacional (CGN), encarregada de acompanhar e emitir

as orientações gerais para o desenvolvimento do SIES, apresentado a seguir.

O Projeto SIES compreende tarefas de análise de consistência e consolidação das

bases de dados do segundo Mapeamento Nacional da Economia Solidária,

relacionadas aos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), às Agências de

Apoio e Fomento (AEF) e às Políticas Públicas de Economia Solidária (PPES). Comporta

também uma pesquisa nacional por amostragem, através da aplicação do QSES –

Questionário de Sócias e de Sócios de Empreendimentos Econômicos Solidários –,

assunto principal tratado neste Guia. Estão previstos vários estudos sobre as

informações coletadas junto aos EES e aos seus participantes. Por fim, o Projeto

deverá contribuir com a disseminação das informações do SIES e de suas análises por

meio de um Portal Virtual, de sistemas informacionais de apoio aos processos

organizativos da Economia Solidária, de publicações e de eventos.

A pesquisa, através do QSES, complementa o Mapeamento Nacional de Economia

Solidária, que teve sua segunda edição realizada entre 2010 e 2013. Com os dados

dessa nova pesquisa não só será possível conhecer mais profundamente os

integrantes do quadro social dos empreendimentos solidários, como também saber as

razões de sua opção pela Economia Solidária, os benefícios que ela lhes traz, suas

expectativas e suas aspirações. Assim, o sentido da Economia Solidária poderá ser

compreendido a partir de um ponto de vista fundamental: o de seus protagonistas.

1.1 Mapeamento Nacional

Em 2003, a SENAES e o FBES assumiram a tarefa de realizar um mapeamento da

Economia Solidária no Brasil, com o objetivo de proporcionar maior visibilidade e

articulação a ela e de oferecer subsídios à formulação de políticas públicas.

O primeiro mapeamento foi realizado em 2005, tendo registrado, em sua primeira

etapa, aproximadamente 18 mil empreendimentos; em 2007, pois, a base de dados

foi ampliada com um mapeamento complementar, chegando-se a quase 22 mil

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empreendimentos em todo o Brasil. E o segundo mapeamento, como mencionado, foi

realizado entre 2010 e 2013, tendo abrangido, além dos EES, as EAF e as PPES.

Segundo a SENAES, os principais objetivos do mapeamento são:

identificar e caracterizar a Economia Solidária no Brasil;

fortalecer a organização e integrar redes de produção, comercialização e

consumo;

promover o comércio justo e o consumo ético;

subsidiar a formulação de políticas públicas;

dar visibilidade à Economia Solidária, para fins de reconhecimento e apoio

público; e

facilitar a realização de estudos e pesquisas.

O mapeamento deu origem ao Sistema de Informações em Economia Solidária

(SIES), permitindo que milhares de EES de base coletiva e autogestionária fossem

identificados e caracterizados. O SIES veio preencher uma lacuna em termos de

conhecimento sobre a realidade da Economia Solidária no Brasil, tornando-se

importante instrumento para o planejamento de políticas públicas e permitindo o início

do reconhecimento e dimensionamento de uma realidade social e econômica até

então não captada pelas pesquisas oficiais no Brasil.

Até o Mapeamento, a inexistência de informações abrangentes e sistematizadas

sobre a Economia solidária conduziu a maior parte das pesquisas a uma abordagem

eminentemente qualitativa. Estudos comparativos deram maior qualidade teórica e

analítica a essa produção, à medida que a Economia Solidária integrou-se à agenda de

pesquisa de centros de referência. Entretanto, quase não se conheciam estudos

fundamentados em bases empíricas razoavelmente representativas da Economia

Solidária, no sentido de caracterizar o perfil das suas iniciativas e refletir suas

tendências predominantes. Isto agora é possível e terá grandes benefícios com o

segundo Mapeamento e com a pesquisa amostral por meio do QSES.

1.2 Os Empreendimentos Econômicos Solidários no SIES

De acordo com o Termo de Referência do SIES, Empreendimentos Econômicos

Solidários (EES) são organizações com as seguintes características:

empreendimentos coletivos (com dois ou mais sócios), suprafamiliares e com atuação econômica permanente;

na forma de associações, cooperativas, empresas autogestionárias, grupos de produção, clubes de troca etc., cujos participantes exercem a gestão coletiva das atividades e da alocação dos seus resultados;

com ou sem registro legal, prevalecendo a existência real ou a vida regular da organização;

que realizam atividades econômicas de produção de bens, de prestação de serviços, de fundos de crédito (cooperativas de crédito e fundos rotativos populares), de comercialização (compra, venda e troca de insumos, produtos e

serviços) e de consumo solidário;

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singulares ou complexas (as organizações econômicas complexas são centrais

de associação ou de cooperativas, complexos cooperativos, redes de empreendimentos e similares).

Seguindo esse conceito, 21.859 EES foram incluídos no primeiro Mapeamento. Em

grandes linhas, podem ser assim caracterizados: 51,8% dos EES são associações;

36,5%, grupos informais; e 9,7%, cooperativas. As atividades coletivas mais comuns

são a produção (63,3%), a comercialização (59,6%), o uso coletivo de equipamentos

produtivos (49,9%) e a prestação de serviços (27%).

Atividades típicas do espaço rural predominam na Economia Solidária, fato a ser

considerado contrabalançando a tendência a vê-la como um fenômeno principalmente

ligado à escassez ou à precarização do trabalho urbano: 54,9% dos EES dedicam-se à

agricultura, pecuária, pesca ou extrativismo; os demais, repartem-se entre a

produção e a prestação de serviços em setores de alimentação, confecções e

calçados, artesanato, indústria de transformação, coleta e reciclagem e, ainda, crédito

e finanças. A zona rural corresponde à atuação de 48% dos EES, enquanto 34,5%

declaram atuar em zona urbana e 17%, em ambas.

Quanto ao porte, 24% dos EES possuem até 30 sócios, enquanto no extremo

oposto registra-se pequeno percentual (1,7%) com mais de 500 associados. Ao redor

de 19,7% dos EES possuem menos de seis sócios trabalhando regularmente no

empreendimento e 59,3% possuem até 30 trabalhadores dentro do seu quadro social.

Já ao se contabilizarem unicamente os trabalhadores não sócios, 70,8% dos EES que

os empregam (14,9% do total) possuem até cinco trabalhadores e apenas 5,4%

possuem mais de 30 trabalhadores não sócios. Predominam as faixas de seis a

quinze, para os trabalhadores sócios, e de um a cinco, para os trabalhadores não

sócios. A população envolvida nos EES ultrapassa 1,6 milhões de pessoas, com ampla

predominância de sócios sobre trabalhadores não sócios.

Essa população trabalha em variados setores econômicos e compreende desde

pessoas dedicadas ao extrativismo e à pesca, até profissionais de nível superior,

atuando cooperativamente. Predominam os pequenos agricultores, sendo também

expressiva a presença de trabalhadores urbanos em ocupações tipicamente informais,

na área de serviços ou de artigos com baixo valor agregado.

O SIES promoveu o primeiro e o segundo mapeamentos, assim como promoverá a

pesquisa amostral através do QSES, por estar orientado pelas seguintes diretrizes:

1º formulação e aperfeiçoamento de conceitos técnicos e indicadores que

possibilitem verificar a abrangência e potencialidades da Economia Solidária,

possibilitando sua incorporação em estudos, censos e levantamentos realizados

pelas instituições públicas de pesquisa e informação;

2º fortalecimento da organização da Economia Solidária, atendendo demandas

específicas de identificação e conhecimento a seu respeito nos territórios, o

desenvolvimento de catálogos de entidades e produtos, a promoção de redes

de intercâmbio etc.;

3º participação de representações dos principais atores da Economia Solidária

(empreendimentos, entidades de apoio, assessoria e fomento e gestores

públicos) no processo de implantação e disseminação do SIES;

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4º progressividade na implantação do SIES, com possibilidade de ampliação da

base de informações para atender demandas territoriais e novas variáveis identificadas posteriormente à implantação do Sistema;

5º confiabilidade das informações, que deverá orientar o processo de formulação

dos instrumentos de coleta, análise e disseminação de informações;

6º divulgação adequada e fidedigna dos resultados do SIES, como um direito da

sociedade de acesso às informações e como obrigação dos órgãos públicos que

realizam estudos, pesquisas e diagnósticos, proporcionando a visibilidade da

Economia Solidária e a transparência necessária do processo do mapeamento;

7º segurança no uso autorizado das informações, impedindo qualquer tipo de

constrangimento aos informantes.

1.3 A Unisinos

A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) está localizada no município de

São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, e há mais de quatro décadas vem se dedicando a

estudar e promover alternativas econômicas baseadas na solidariedade e na

cooperação, como o associativismo, o cooperativismo e a Economia Solidária. O seu

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais – PPGCS abriga uma Linha de

Pesquisa sobre esses temas, intitulada Sociedade, Economia e Emancipação, e o

Grupo de Pesquisa em Economia Solidária e Cooperativa. Desde 1993, em sua

maioria, as pesquisas sobre a Economia Solidária realizaram-se em parceria com

organizações sociais e públicas, tais como a Cáritas - RS, a Secretaria Municipal de

Produção, Indústria e Comércio de Porto Alegre e a Secretaria Nacional de Economia

Solidária.

O Grupo de Pesquisa em Economia Solidária e Cooperativa iniciou suas atividades

em 1994, registrando-se no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq em 1999. Além

de sucessivas pesquisas empíricas relacionadas aos empreendimentos solidários no

Rio Grande do Sul, coordenou a primeira pesquisa nacional sobre a Economia

Solidária, da qual participaram universidades de nove Estados do país, com apoio e

Coordenação institucional da Rede Unitrabalho. Pesquisas posteriores focalizaram

questões relacionadas à viabilidade dos empreendimentos, ao impacto das práticas de

autogestão sobre a subjetividade dos trabalhadores e às características dos

empreendimentos geradoras de efeitos positivos sobre a equidade, entre outros

temas. As últimas pesquisas do Grupo focalizaram os dados do primeiro Mapeamento

da Economia Solidária no Brasil. Coube ao Grupo participar da elaboração do Plano de

Análise Geral dos Dados do Mapeamento, bem com de sua execução, em 2006.

Participam do Projeto SIES os seguintes integrantes do Grupo Ecosol e da Unidade

Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação da Unisinos:

Luiz Inácio Gaiger – Coordenador

Patrícia Kuyven – Especialista em Estatística

Cláudio Ogando – Assistente de Pesquisa

Aline Pedron – Assistente Administrativa

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Gislaine von Hohendorff, Karen Silva dos Reis, Mateus Tiago Führ Müller,

Sabrina Stieler Teixeira e Sylvio Antônio Kappes – Bolsistas de Iniciação Científica.

2 A pesquisa amostral através de questionário

O objetivo geral do Projeto SIES, como já mencionado, é promover a ampliação

da base de dados, com a caracterização dos sócios e das sócias integrantes dos EES,

e a disseminação dos resultados do Sistema Nacional de Informações em Economia

Solidária, por meio de estudos setoriais e do desenvolvimento de canais de divulgação

de informações e análises.

Seus objetivos específicos são:

1. analisar e garantir a consistência e a confiabilidade da base de dados do SIES

atualizada em 2013, constituída por informações sobre EES, EAF e PPES;

2. ampliar o SIES através de pesquisa amostral nacional sobre o perfil dos

participantes (sócias e sócios) dos EES, focalizando, entre outros temas, os

impactos de sua participação na Economia Solidária;

3. analisar os dados do SIES referentes aos EES e à pesquisa amostral acima

referida, mediante estudos setoriais relativos a características populacionais

(categorias sociais, povos e comunidades), segmentos econômicos e cadeias

produtivas da Economia Solidária, objetivando maior compreensão da

diversidade dos EES, dos seus fatores de gênese e das suas condições gerais e

específicas de desenvolvimento e viabilidade; e

4. disseminar os resultados do SIES, por meio do aperfeiçoamento de sistemas de

informações referenciadas geograficamente sobre a Economia Solidária,

publicações impressas e digitais, portal web, encontros nacionais e mecanismos

de difusão internacional.

As características dos EES e de seus integrantes têm sido objeto de encontros, de

estudos e de análises, particularmente mediante explorações do SIES. Neste, ainda

não existem informações abrangentes e sistemáticas sobre os participantes dos EES,

devendo-se por enquanto inferir as suas principais características do perfil geral dos

empreendimentos. A concepção da pesquisa amostral por meio de questionário

(QSES) teve início quando, por ocasião do segundo Mapeamento, percebeu-se a

necessidade de avançar no conhecimento do perfil das sócias e dos sócios desses

empreendimentos de forma direta, mais ampla e conclusiva. A pesquisa foi então

concebida a partir de um questionário de coleta que permitisse:

1. identificar as características individuais e familiares dos sócios e das sócias de

EES registrados no SIES;

2. analisar os fatores motivadores da participação nos EES e as correspondentes

formas de atuação econômica, social e política dos sócios e das sócias;

3. identificar os benefícios proporcionados pela participação nos EES e na

Economia Solidária em geral, analisando as principais mudanças observadas

nas condições de vida dos sócios e das sócias dos EES; e

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4. fornecer diretrizes e orientações para a formulação e o aperfeiçoamento de

políticas, de programas e de ações que visem o fortalecimento dos EES,

inclusive de acesso ao crédito para suas atividades produtivas, para o fim de

produzir efeitos sobre a melhoria das condições de vida dos participantes nas

iniciativas de Economia Solidária.

Dessa forma, o QSES deve coletar informações sobre os seguintes tópicos:

perfil social e econômico, individual e familiar, dos sócios e das sócias dos empreendimentos;

fontes de rendimentos e relações entre a unidade familiar e as atividades nos empreendimentos;

participação social e política na Economia Solidária e em outros espaços,

mudanças decorrentes da participação na Economia Solidária.

É tecnicamente possível integrar o sistema de identificação dos EES, utilizada

durante o segundo Mapeamento, com o sistema de identificação dos QSES. Assim, as

informações recolhidas junto aos sócios e às sócias dos EES poderão ser comparadas

àquelas já coletadas sobre os respectivos EES, multiplicando as alternativas de gestão

e de análise dos dados.

Alguns tópicos incorporados ao QSES provêm de pesquisas nacionais de referência

sobre assuntos similares, especialmente as realizadas pelo IBGE. Alguns elementos de

conteúdo foram colhidos através de 35 entrevistas realizadas com participantes da IV

Plenária Nacional da Economia Solidária, em 2008. Para chegar à versão final do

QSES, dois pré-testes foram realizados em 2012, no Rio Grande do Sul e em Brasília;

no segundo caso, durante a V Plenária Nacional de Economia Solidária. Pôde-se

avaliar, além da eficácia das questões e da metodologia de aplicação, o entendimento

da linguagem do QSES por parte dos empreendedores solidários de diversas regiões

do Brasil.

2.1 Análises dos dados da pesquisa amostral

Como já ressaltado, as análises de consistência das bases de dados se articulam

naturalmente com os estudos sobre as informações registradas pelo SIES, necessários

a quem deseja promover a Economia Solidária e a quem deseja conhecê-la mais

profundamente.

Estes estudos terão como tópicos principais:

as características gerais dos EES e as mudanças principais em relação ao primeiro Mapeamento;

a elaboração de tipologias dos EES com base em critérios sociais e econômicos;

os processos de gênese e de desenvolvimento dos EES;

as cadeias produtivas e as alternativas de fortalecimento da Economia Solidária.

No tocante à base de dados a ser gerada pela aplicação do QSES, os tópicos em

destaque são os seguintes:

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perfis econômico, social, político e cultural das sócias e dos sócios e de seus

núcleos familiares;

relações entre condições de vida, estratégias de sobrevivência, expectativas e aspirações individuais e familiares e participação nos EES; e

impacto da participação nos EES sobre a vida das sócias e dos sócios.

2.2 Atividades do entrevistador

Participam da pesquisa mais de 60 entrevistadores, atuando em quinze Estados do

Brasil, nas cinco grandes Regiões. Seu trabalho consiste em aplicar os questionários

indicados em seu Plano de Trabalho, o que compreende:

capacitar-se para a aplicação do QSES, o uso do Sistema virtual incorporado ao website do Projeto (Portal SIES), a revisão do Lote de EES a seu encargo, a elaboração do seu Plano de Trabalho e a realização de contatos com os EES e

os informantes sorteados para responder ao QSES;

planejar-se detalhadamente acerca do seu trabalho de campo, através da

elaboração do seu Plano de Trabalho, com previsão de viagem e respectivo orçamento;

contatar-se presencialmente e à distância com os EES, para fins de

apresentação da pesquisa e agendamento das visitas e entrevistas;

contatar-se com as sócias e os sócios sorteados, para fins de agendamento e

de realização das entrevistas de aplicação do QSES;

revisar os QSES aplicados e posterior transmissão digital das respostas e

demais informações através do Portal SIES;

corrigir a digitação do QSES, quando solicitado pela Coordenação; e

despachar por correio postal (via AR) os QSES impressos cuja transmissão

digital foi certificada pela Coordenação da Pesquisa.

O entrevistador deverá elaborar seu Plano de Trabalho com base nas informações

disponibilizadas pela Coordenação do Projeto e em seu conhecimento sobre a região

correspondente ao Lote a seu encargo (distâncias, rotas de acesso etc.), motivo pelo

qual o desempenho da função de entrevistador requer a leitura atenta do material

relativo ao QSES (este Guia de Aplicação, o próprio QSES etc.). As aplicações do

QSES, consoante ao Plano de Trabalho do entrevistador e compreendendo o conjunto

de tarefas acima sumariadas, deverão ser finalizadas até 31 de agosto de 2013.

2.3 Trabalho de Campo

O trabalho de campo começa no contato com o empreendimento. Em um primeiro

momento, a Coordenação entrará em contato com cada EES a ser visitado, para dar

conhecimento da pesquisa e obter seu consentimento inicial, além de verificar os

dados de contato e os meios de acesso ao local de funcionamento ou sede do EES.

Depois, o entrevistador deverá entrar em contato com o EES e agendar com

antecedência a visita. No contato, será marcada a visita em horário e local conhecido,

de preferência na sede do EES. Recomenda-se localizar e conferir corretamente, com

antecedência, o endereço dos EES a ser visitado. O entrevistador deverá visitar cada

um dos EES que constarem do seu Lote de pesquisa.

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No momento de aplicar o QSES, o entrevistador deverá identificar-se junto aos

informantes, apresentando o seu crachá e a Carta de Apresentação fornecida pela

Coordenação. As entrevistas seguirão rigorosamente as instruções desse Guia, no que

se refere à postura profissional e ética e às orientações gerais de preenchimento do

QSES, detalhadas a seguir.

Realizada a entrevista e estando ainda no local, o entrevistadorfará uma revisão

do QSES aplicado, verificando se todas as questões foram devidamente respondidas.

Se não, deve-se completar a aplicação. Se alguma questão deixou de ser respondida

por falta de informações no momento da entrevista, o entrevistador buscará os meios

adequados para que a resposta seja obtida posteriormente, através de contato

telefônico, do acesso a documentos ou, em último caso, de uma nova visita.

2.4 Sistema QSES

A Pesquisa conta com um dispositivo virtual no endereço sies.ecosol.org.br, o

Portal SIES. Suas finalidades são múltiplas: divulgação de informes, consulta de dados

para a elaboração do Plano de Trabalho, digitação do QSES, monitoramento das

tarefas realizadas, contatos com a Coordenação etc.

A maior parte dessas funções encontra-se em uma área de acesso restrito do

Portal SIES: o Sistema QSES. Nele, ao realizar o login como entrevistador, é possível

visualizar os grupos de EES a serem visitados, ou Lotes, a lista e a localização dos EES

a serem visitados e os seus contatos. A partir daí, é possível elaborar o Plano de

Trabalho com o roteiro de deslocamentos. Para ter acesso ao Sistema QSES, antes da

Capacitação serão fornecidos o login e a senha de acesso de cada entrevistador.

Após a aplicação do QSES, também mediante inserção da senha, o entrevistador

ingressará em sua área de trabalho do Portal para digitar a versão eletrônica do QSES

aplicado. O preenchimento da versão eletrônica, apoiado por um gabarito de controle,

será de responsabilidade do entrevistador, não podendo ser transferida a terceiros.

Esta cláusula se aplica a todas as atividades do entrevistador, que jamais poderão ser

delegadas sem autorização expressa da Coordenação.

No Sistema QSES será possível acessar a versão digital deste Guia, documentos

de apoio ao uso do Sistema e tabelas de auxílio para o preenchimento do QSES. O

Sistema contará ainda com uma seção de esclarecimentos sobre dúvidas frequentes.

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CAPÍTULO II

ASPECTOS GERAIS DO QSES

1 Visão Geral

A finalidade do QSES, ao ser dirigido a membros associados dos EES, é conhecer o

seu perfil e avaliar as mudanças provocadas pela participação de trabalhadores,

produtores e consumidores na Economia Solidária. Os dados servem à aferição das

condições de vida pessoais e familiares dos associados, em aspectos considerados

usualmente pelas estatísticas oficiais e pelos estudos de referência sobre o tema,

além das transformações advindas pela participação nos EES e nas atividades gerais

da Economia Solidária. Busca-se também aferir as percepções dos informantes sobre

essas vivências.

O QSES foi então concebido a partir dos seguintes objetivos:

identificar as características individuais e familiares dos sócios e das sócias de

EES registrados no SIES;

analisar os fatores motivadores da participação nos EES e as correspondentes formas de atuação econômica, social e política dos sócios e das sócias;

identificar os benefícios proporcionados pela participação nos EES e na Economia Solidária em geral, analisando as principais mudanças observadas

nas condições de vida dos sócios e das sócias dos EES;

fornecer diretrizes e orientações para a formulação e o aperfeiçoamento de políticas, programas e ações que visem ao fortalecimento dos EES, inclusive

de acesso ao crédito para suas atividades produtivas, visando à melhoria das condições de vida dos participantes nas iniciativas de Economia Solidária.

A elaboração do QSES toma como referência as principais pesquisas de base

nacional no Brasil, tais como a ECINF (Economia Informal Urbana), a POF (Pesquisa

de Orçamentos Familiares) e a PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios).

As questões destinadas a estimar as mudanças provocadas pela participação na

Economia Solidária são formuladas a partir de situações concretas, vivenciadas como

importantes pelos informantes.

O QSES está estruturado em Seções e Blocos.

Inicia-se com informações sobre o EES amostral a que pertence o entrevistado,

dados de identificação e de contato deste e outros parâmetros técnicos de controle da

aplicação do QSES. A seguir, ainda nesta etapa introdutória, apresenta o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que o informante deve conhecer antes de

responder ao QSES, desde que manifeste sua concordância. Caberá ao entrevistador

(preferencialmente) deixar que o TCLE seja lido pelo entrevistado, ler ele próprio o

TCLE ou explicá-lo didaticamente, se o entrevistado assim preferir.

O entrevistador deve ter conhecimento prévio do conteúdo do TCLE para saber

explicar sem dificuldade e com clareza o seu conteúdo e dirimir as dúvidas do

entrevistado. Três vias do TCLE estão encartadas no QSES. A primeira, logo no início,

deverá ser mantida no QSES, sendo completada e assinada ao final da aplicação, pois

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se destina à Coordenação da Pesquisa. As outras duas encontram-se nas páginas

centrais do QSES e deverão ser destacadas; uma ficará com o entrevistador, e a

outra, com o entrevistado, sendo também ambas completadas e assinadas após a

aplicação.

Na primeira Seção do QSES, é feita uma caracterização do entrevistado, com

perguntas gerais sobre sua vida, como idade, religião, escolaridade, número de filhos

etc. A seguir, tomam-se informações sobre a unidade domiciliar do entrevistado,

como localização do seu local de moradia, pessoas que ocupam o mesmo domicílio,

posição do entrevistado na estrutura do núcleo familiar etc.

A segunda Seção é dedicada a atividades e rendimentos do entrevistado, externos

ao EES amostral do qual o sócio ou a sócia faz parte e em razão do qual foi sorteado

para a Pesquisa. Caso o associado não tenha nenhuma atividade econômica além da

desenvolvida no EES, essa Seção não precisará ser preenchida, mas deverá sê-lo caso

o entrevistado realize qualquer outra atividade remunerada fora do EES, em emprego

formal ou informal, dentro ou fora da Economia Solidária. Assim, caso atue

economicamente em outro EES, diferente do amostral, o entrevistado deverá

responder às questões com vistas a essa atividade econômica.

A terceira Seção do QSES é destinada às atividades do entrevistado no EES

amostral, isto é, naquele em que foi sorteado. Mesmo que o entrevistado não tenha

aquele EES como a fonte de sua renda principal (um ESS de troca ou de crédito, por

exemplo), é sobre ele que deverá descrever suas atividades nesta Seção.

Por tratar da atividade desenvolvida pelo entrevistado dentro do EES amostral

sorteado, esta é a Seção principal do QSES. Por isso, pois, ela se subdivide em Blocos,

de acordo com as cinco principais atividades econômicas realizadas pelos EES. Na

questão 53 é perguntado: “Qual é a sua principal atividade no empreendimento?”. A

partir da resposta a entrevista é direcionada para um dos seguintes Blocos: 3.1 -

Troca; 3.2 - Comercialização; 3.3 - Trabalho remunerado; 3.4 - Poupança ou crédito;

3.5 - Consumo ou uso de infraestrutura.

A quarta Seção diz respeito à participação social e política do entrevistado,

buscando compreender sua trajetória da atuação política e social, antes e durante a

participação no EES, seja no próprio movimento de Economia Solidária ou em outras

formas de ação coletiva.

Por fim, a quinta e última Seção do QSES busca apreender percepções subjetivas

do entrevistado acerca de questões e realidades vinculadas à Economia Solidária. Ao

contrário das outras seções, nesta não serão feitas perguntas, mas afirmações diante

das quais o entrevistado manifestará sua concordância ou discordância. As afirmações

foram extraídas de encontros de lideranças de Economia Solidária e representam

pontos de eventual consenso ou discórdia sobre aspectos importantes da Economia

Solidária e da vida nos EES.

Ao final da aplicação, ainda no local da entrevista, deve-se fazer cuidadosa revisão

do preenchimento e proceder à assinatura e à entrega do TCLE. Além disso,

recomenda-se tirar uma fotografia do entrevistado, com sua permissão, para compor

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um álbum de imagens da Pesquisa. Tais imagens serão divulgadas no Portal SIES e

nas peças impressas e digitais de disseminação dos resultados.

Orientações específicas sobre a aplicação das questões e sobre o preenchimento

estão incorporadas ao próprio QSES. Devem ser estudadas atentamente, antes de se

iniciar a aplicação. Dúvidas eventuais devem ser esclarecidas logo que possível, em

consulta aos documentos de apoio ou à Coordenação.

2 Sorteio aleatório dos EES

Para a definição preliminar do nível de representatividade da amostra de EES, foi

utilizada a base de dados do SIES de 2007 (versão Unisinos), onde constam 21.855

EES e 1,6 milhões de sócias/os. Por se tratar de uma pesquisa sobre os integrantes

dos EES, o critério principal é o número de sócias e de sócios de cada EES, região,

Estado etc.

A amostra foi estipulada em 3000 entrevistas. As estratificações por Unidades da

Federação (UF) e por porte dos EES estabeleceram uma margem de erro de 1,8%

(Nacional) e de 5% nas grandes Regiões, com nível de confiança de 95%. Isto

significa, por exemplo, que se na amostra for observado que 56% dos entrevistados

são mulheres, podemos estimar com probabilidade de acerto de 95% que na

população de sócias/os de todos os EES há um percentual de mulheres que pode estar

entre 54,2% e 57,8%.

Porém, a inexistência ou insuficiência de candidatos ao papel de entrevistador em

todas as Unidades da Federação excluiu a hipótese de realização da pesquisa em todo

o território nacional. Por razões metodológicas e operacionais, somadas a aspectos

financeiros, algumas UF ficaram liminarmente excluídas. Isso reorientou a pesquisa e

o Plano Amostral para a seleção de UF conforme três critérios gerais: a) suficiência e

adequação de entrevistadores qualificados; b) total de EES mapeados e contribuição

para o segundo Mapeamento; c) qualidade presumível dos dados, em função do

percentual de EES mapeados no segundo Mapeamento, em relação ao primeiro.

Sendo assim, foi necessário adaptar o número total de pessoas a entrevistar aos

EES das UF selecionadas, aumentando o número de EES e de entrevistas por UF. Uma

vez definidos os critérios prévios e tendo-se segurança de sua viabilidade, levando-se

em conta o plano amostral, foi realizado um sorteio aleatório dos EES em cada UF

selecionada. Além disso, sortearam-se EES suplentes, prevendo-se a eventualidade de

não ser possível aplicar o QSES em alguns casos.

A seguir, os EES sorteados foram agrupados em Lotes, conforme sua proximidade

territorial. A composição definitiva dos Lotes será discutida entre os entrevistadores

de cada UF durante o Encontro de Capacitação, no qual se espera chegar a um acordo

a respeito. Posteriormente, poderão ocorrer ajustes, durante o processo de contato e

confirmação dos EES, prévio à finalização dos Planos de Trabalho. Cada entrevistador

ficará vinculado a um Lote, composto de EES e de QSES, devendo então elaborar

Planos de Trabalho relacionados a esse subconjunto.

O número de associados a serem entrevistados por EES varia com o seu porte. Se

o EES tiver de 3 a 9 sócios, serão entrevistados dois associados; se tiver entre 10 e

19 sócios, serão aplicados três questionários; se de 20 a 49 sócios, seis sócios serão

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entrevistados; se de 50 a 99 sócios, igualmente seis sócios; por fim, se entre 100 a

499 sócios, serão aplicados oito questionários no EES.

3 Orientações éticas e postura profissional

O entrevistador é o representante do Projeto SIES junto aos EES pesquisados e a

seus membros. Para garantir a confiabilidade e a transparência no processo de coleta

de informações, deverá observar as seguintes orientações:

guardar sigilo dos dados que pesquisa. As informações prestadas ao Projeto SIES possuem caráter confidencial e somente podem ser utilizadas para os

fins previstos no Termo de Referência do Projeto. O entrevistador não deverá mencionar fatos sobre as pessoas pesquisadas, nem permitir que os QSES e as anotações referentes aos EES sejam vistos por pessoas estranhas ao

Projeto SIES, inclusive parentes, amigos e membros de outros EES;

despertar a confiança e o interesse das pessoas pesquisadas, tratando-as com

cortesia e com respeito às suas posições. Para isso, é preciso ser discreto na aparência e cordato no relacionamento com as pessoas entrevistadas, criando um clima favorável à entrevista;

em nenhuma situação forçar os entrevistados a responderem uma questão. Se for o caso, cabe ao entrevistador tentar convencer o informante, sempre com

cortesia, mostrando a importância de sua participação para o conhecimento da realidade da Economia Solidária e destacando a garantia do sigilo em relação às informações prestadas;

não induzir respostas para adequá-las ao conteúdo do QSES. É importante considerar as respostas que não estejam contempladas nas alternativas

previstas em cada uma das questões. Existe sempre o espaço para “Outra Resposta”, que poderá ser utilizado. Na revisão dos QSES pela Coordenação, essas respostas poderão ser esclarecidas, verificando se, de fato, não se

enquadram nas alternativas existentes. Em qualquer caso, deve-se respeitar o conteúdo expresso pelas pessoas entrevistadas;

evitar que prevaleçam seus conceitos pessoais, concepções político-ideológicas ou expectativas oriundas de outras experiências ou participações em pesquisas; e

não demonstrar, pelo tom de voz ou por expressão facial, surpresa ou desaprovação diante de respostas dadas. O informante deverá ser ouvido com

atenção e respeito.

4 Abordagem do entrevistado

O alcance dos resultados satisfatórios ou desejados pelo Projeto SIES depende da

boa coleta de informações. A dificuldade de acesso a alguns EES dificulta a realização

de várias visitas para a coleta de informações. Daí a importância de preparar com

antecedência a visita a cada EES e a aplicação do QSES a cada entrevistado, bem

comodo cuidado na revisão do QSES, ainda no local da entrevista. Durante a aplicação

do QSES, deverão ser observadas as seguintes orientações:

o entrevistador deve comparecer na hora e no local previamente agendado,

com todos os instrumentos pessoais de identificação (crachá e Carta de Apresentação) e com os instrumentos necessários à coleta das informações:

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o este Guia de Aplicação;

o exemplares do QSES em quantidade suficiente;

o canetas azul e vermelha, para uso e de reserva;

o calculadora (ou celular com este dispositivo);

o máquina fotográfica (ou celular com este dispositivo); e

o caderno de campo para anotações adicionais.

a entrevista deverá ter início com a apresentação pessoal do entrevistador. Segue-se uma apresentação rápida do Projeto SIES e desta pesquisa amostral (seus objetivos, abrangência nacional etc.);

poderão ser feitos questionamentos sobre o vínculo institucional da Pesquisa. Nesses casos, devem ser prestadas informações sobre a SENAES e a parceria

com a Unisinos;

esclarecer principalmente que as informações em nenhuma hipótese serão utilizadas para outros fins, pela Unisinos ou pelo Governo, jamais vindo em

prejuízo do EES ou do entrevistado;

fazer ainda uma breve apresentação geral do QSES, com seus conteúdos. Em

alguns casos, as pessoas entrevistadas poderão solicitar uma explicação mais completa e detalhada do QSES antes de iniciar a entrevista, o que deve ser

feito. No entanto, por razões metodológicas os entrevistados não devem ler o QSES, nem responder às questões e marcar as respostas eles próprios;

fazer a leitura ou explicar o conteúdo do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE), conforme as orientações constantes no QSES;

se a pessoa entrevistada não compreender uma pergunta ou se as respostas

dadas por ela forem totalmente incoerentes com o que se pretende saber, o entrevistador poderá traduzir a pergunta em linguagem mais compreensível tomando o devido cuidado para não alterar o seu conteúdo específico. Mas,

atenção: em nenhum caso o entrevistador deve expressar que a resposta não está correta ou que as pessoas entrevistadas não compreenderam a pergunta.

É necessária máxima habilidade, para evitar constrangimentos;

as dúvidas em relação às respostas dadas devem ser anotadas no campo Observações, ao final do QSES, para posterior avaliação com a Coordenação;

o preenchimento do QSES deve ser feito em letra legível, com caneta azul e não deve causar dúvidas de interpretação, assegurando-se o entrevistador de

que as informações coletadas não sofram distorções na revisão ou digitação. No caso de alguma retificação que rasure o texto e possa criar dúvida posterior, utilizar a caneta de tinta vermelha; e

ao despedir-se cordialmente, agradecendo pela valiosa colaboração, deve-se ressaltar que o andamento da pesquisa e os resultados serão informados

progressivamente no Portal SIES. Igualmente, deve-se salientar que tanto a SENAES quanto a Unisinos, através da Coordenação da Pesquisa, permanecem à disposição para prestar esclarecimentos e informações.

A orientação mais importante para a correta aplicação do QSES é o seu estudo

prévio, que terá início no Encontro de Capacitação, mas precisará ser continuado com

a leitura atenta das questões e instruções.

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CAPÍTULO III

APLICAÇÃO DO QSES

1 Contatos iniciais e Plano de Trabalho

O primeiro contato com os EES amostrais será feito pela Coordenação. A partir daí

ficará confirmada a localização de cada EES, bem como sua disponibilidade para

participar da Pesquisa, além do fato de estar em atividade normal. Caso contrário,

outros EES, já escolhidos por sorteio como suplentes, serão contatados, repetindo-se

o processo. O avanço dessas tratativas será informado a cada entrevistador, de modo

que possa prosseguir com o planejamento das suas ações de campo. Caberá também

ao entrevistador, sempre que possível, tomar essas iniciativas, buscando contatos

diretos com os EES ou com organizações locais da Economia Solidária, como Fóruns

Regionais, Incubadoras e órgãos públicos. Para auxiliar tais ações, indicadas a seguir,

várias informações e ferramentas de ajuda foram criadas no Sistema QSES, ficando

disponíveis no Portal SIES, como se detalhará adiante.

Após a confirmação do EES como participante da Pesquisa, o entrevistador deverá

entrar em contato, pessoalmente, por telefone ou por e-mail, a fim de apresentar-se,

explicar os procedimentos da pesquisa e agendar sua visita com antecedência. Nesses

contatos, é importante verificar como o EES organiza o seu cadastro de sócios e como

se pode realizar o sorteio aleatório dos mesmos, de acordo com o número previsto na

metodologia amostral. Sempre que possível do ponto de vista prático, será altamente

conveniente fazer o sorteio dos entrevistados à distância. Desse modo, ao deslocar-se

até o EES, o entrevistador poderá imediatamente encontrar e entrevistar os sócios,

sobretudo se eles puderem comparecer em um local de fácil acesso, como a sede do

EES. Dias de assembleia ou de encontro geral dos sócios são os mais recomendáveis.

A colaboração do EES é decisiva nessas ações, já que pode encarregar-se do contato

com os sócios e dos agendamentos, ou então repassar os contatos dos mesmos para

o entrevistador.

Para realizar o sorteio à distância, será preciso solicitar uma lista dos associados

do EES, que pode ser enviada por e-mail ou, quando não forem muitos, informada por

telefone. O entrevistador então fará o sorteio, como explicado na próxima seção, e

comunicará ao EES e, quando possível, diretamente aos sorteados, solicitando sua

participação na pesquisa. Em seguida, agendará as entrevistas, buscando o momento

e local mais convenientes para os entrevistados.

Recomenda-se localizar e conferir corretamente, e com antecedência, o endereço

e as referências para a localização do EES e dos sócios sorteados. A visita deverá ser

planejada com antecedência, evitando desperdícios de tempo e de recursos. Sempre

será melhor combinar visitas a EES ou sócios próximos, elaborando roteiros de saída a

campo que racionalizem o trabalho.

Tendo em mãos as confirmações dos EES e dos entrevistados, sobretudo a sua

disponibilidade para participar da pesquisa, o entrevistador pode elaborar o seu Plano

de Trabalho, relativo a uma parte ou à totalidade do seu Lote. O Plano é constituído

por uma previsão detalhada das saídas de campo e por um orçamento de despesas

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relacionadas a cada saída, conforme se detalha no Cap. IV. A previsão das saídas de

campo detalhará os dias de viagem e as localidades a visitar, relacionando-as com os

EES do Lote do entrevistador e com os respectivos QSES.

Cada Plano de Trabalho pode abranger todo o trabalho de campo previsto, de

acordo com o Lote do entrevistador, ou parte do mesmo. Assim, cada entrevistador

deverá elaborar de um a três Planos de Trabalho, com a condição de serem todos

executados até 31 de agosto de 2013. É recomendado que a pesquisa inicie-se pelos

EES mais próximos, para que se adquira na prática o método de agendamento, de

sorteio e de aplicação do QSES.

O Plano de Trabalho deve estar confirmado com os agendamentos realizados, mas

ainda assim alterações imprevistas podem ser inevitáveis. Modificações desta ordem

devem ser comunicadas à Coordenação e obterem sua anuência, antes de serem

executadas pelo entrevistador. Em caso de urgência, será necessário utilizar o meio

mais rápido de comunicação, normalmente o telefone. Antes de iniciar-se sua

execução, o Plano será avaliado e autorizado pela Coordenação, de modo que o

entrevistador necessita fazer essas previsões de tempo em seu planejamento, já que

a aprovação do Plano não é automática.

Mesmo com esforço, poderão advir situações em que o agendamento torna-se

impossível ou acaba sendo anulado. As razões principais são: o EES deixou de existir;

o EES não foi localizado ou não respondeu mais aos contatos; o EES se recusou a

participar da pesquisa. Nesses casos, o entrevistador informará o fato à Coordenação,

que substituirá aquele EES por outro de características semelhantes, se possível da

mesma região, sorteado previamente como suplente. Em casos de maior dificuldade,

não havendo mais suplentes, a Coordenação da Pesquisa autorizará a pesquisa em

um novo EES. O tipo de EES visitado – Lista Inicial, Suplente ou Novo - deverá ser

registrado no Campo 3 do QSES.

O esforço de agendamento implica ajustes sucessivos, de modo a conciliar datas e

viagens. Se esse trabalho for bem realizado, o entrevistador se sentirá mais seguro e

confiante para suas viagens longas e deslocamentos curtos. O trabalho de contato e

agendamento é, portanto, fundamental. Por isso, visando a um bom planejamento,

calcula-se um mês como prazo necessário para a elaboração do Plano de Trabalho,

antes do trabalho de campo propriamente dito. O objetivo, concretamente, é garantir

que o entrevistador chegue ao local das entrevistas e os sócios o estejam esperando.

Esta etapa do trabalho deverá se iniciar logo após a Capacitação. Sendo assim, o

primeiro mês será utilizado preferencialmente para as ligações, agendamentos e

planejamento; os dois meses seguintes, para as saídas de campo.

2 Sorteio dos entrevistados

Antes de entrar em contato para preparar suas visitas de campo, o entrevistador

deve estudar os EES do seu Lote, verificar suas principais características (como o

número de sócios), sua localização e o total de pessoas a sortear e a entrevistar.

Caso se trate de um EES com poucos sócios e esses trabalhem no próprio local,

deve o entrevistador avaliar com o EES a possibilidade de todos estarem presentes na

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visita, para a realização do sorteio e, quando viável, para a imediata aplicação do

QSES aos sorteados.

Caso se trate de um EES com muitos associados, convém solicitar-lhe o envio da

lista de sócios por e-mail ou correio. Isto evita uma visita ao EES apenas para fazer o

sorteio e permite que se aproveite a viagem para o contato com os entrevistados.

Neste caso, o entrevistador fará o sorteio em seu local de trabalho e marcará a

aplicação do QSES diretamente com os entrevistados, em local e hora que lhes sejam

convenientes (sede do EES, residência, sindicato etc.). Caso não seja possível obter

esta listagem previamente, o entrevistador irá ao EES para esse fim. Neste momento,

pois, fará o sorteio, tomará conhecimento dos meios de contato dos sócios sorteados

e agendará as entrevistas, sempre que possível aproveitando a mesma viagem.

Alguns EES menores possuem uma lista dos sócios; outros, geralmente informais,

não possuem. No caso de não possuírem esta listagem, o entrevistador deve elaborar

a lista no momento da visita, indagando o nome dos associados. Depois disso, fará o

sorteio.

É importante lembrar que da listagem devem constar todos os sócios do EES, não

somente os presentes. Quando isto não for possível, por desconhecimento dos nomes

de alguns sócios, valerá então uma lista informal, procurando-se sempre que seja o

mais abrangente possível.

Assim, a lista obtida poderá ser de três tipos, em ordem de preferência: a) Lista

institucional do EES, apresentada pessoalmente ao entrevistador ou remetida a ele; b)

Lista informal, mas completa, feita na presença do entrevistador ou enviada a ele; c)

Lista dos sócios acessíveis (isto é, daqueles que foram lembrados ou cuja residência e

contatos são conhecidos), elaborada durante a visita ou, em certos casos, enviada ao

entrevistador. O tipo de lista empregada deverá ser assinalado no Campo 4 do QSES.

Para o sorteio, o entrevistador deverá:

numerar a lista de nomes (tomando cuidado para não rasurar documentos do

EES sem autorização) ou simplesmente deixar a lista organizada, ordenando as páginas e mantendo-as sempre na mesma ordem;

atribuir um número para cada sócia ou sócio, sendo que o primeiro nome recebe número 1; o segundo nome, o número 2 e assim por diante, de forma

que cada nome listado tenha seu número de identificação para o sorteio. Caso não seja possível numerar os sócios um a um, por ser uma lista muito longa ou para não rasurá-la, a contagem será feita mentalmente, conforme os

números já então sorteados, seguindo-se a ordem dos nomes e das páginas da listagem;

ao número de QSES a serem aplicados no EES, indicado na área de trabalho do entrevistador no Portal SIES, o sorteio deverá acrescentar mais sócios, a fim de servirem como suplentes, se necessário, cumprindo esse papel sempre

os últimos nomes sorteados. Tem-se então a tabela da página 20, a seguir, que define o total de sócios a serem sorteados, segundo o porte do EES.1

1 A quantidade de QSES listados para aplicação em alguns EES pode ser ligeiramente inferior à Tabela, em razão de

ajustes feitos no Plano Amostral, ao arredondarem-se os valores obtidos para números inteiros.

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seguir as instruções da Tabela de Números Aleatórios, em anexo, que garante

um sorteio estatisticamente representativo dos entrevistados.

Quando houver alguma interferência do EES no sorteio, no sentido de preferir um

sócio a outro, explicar a importância dos procedimentos aleatórios para que, no total,

os entrevistados representem estatisticamente toda a população de sócias e de sócios

dos EES. Para evitar problemas nessa hora, é importante esclarecer o EES, nos

primeiros contatos, sobre a metodologia da Pesquisa.

Caso algum associado não faça mais parte do EES, não aceite responder ou por

algum motivo não seja possível realizar com ele a entrevista, deve-se lançar mão do

primeiro suplente, a seguir, do segundo e, após, dos demais. É recomendado, logo

após o sorteio, anotar os contatos de todos os sorteados, pois isso facilitará o

agendamento posterior. Não havendo mais suplentes disponíveis, a Coordenação da

Pesquisa deverá ser consultada, a fim de orientar a escolha de um novo entrevistado

ou considerar aquele QSES como Impossibilitado. A categoria do entrevistado – Lista

Inicial, Suplente ou Novo – deverá ser registrada no Campo 5 do QSES.

A categoria Novo deve ser registrada no QSES por iniciativa do entrevistador, com

a devida explicação no Campo Observações do QSES, quando suceder uma situação

muito particular: uma interferência do grupo familiar da pessoa sorteada, que designa

outra pessoa para responder o QSES (por exemplo: o marido tomando a frente de sua

esposa). Caso não seja possível demover o grupo familiar dessa decisão e, sendo a

nova pessoa indicada também sócia do mesmo EES, a troca deve ser aceita. O

princípio que se impõe, nesse momento, é de que ninguém deve assumir o papel de

informante estando contrariado ou sob qualquer tipo de constrangimento. Da mesma

forma, a Pesquisa não deve causar intromissão ou desconforto no grupo familiar.

3 Realização da entrevista

É importante relembrar que o entrevistador deverá identificar-se, apresentando

seu crachá de identificação e a Carta de Apresentação, e explicar de que trata a

pesquisa, caso ainda não o tenha feito. Antes de iniciar as perguntas propriamente

ditas, será preciso ler ou explicar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE), conforme já explicado, e preencher os campos da primeira página do QSES.

Ressalta-se a importância de escolher um lugar apropriado para a entrevista, de

preferência silencioso, confortável e sem a presença de terceiros que possam

Total de sócios do

EES

Total de QSES a

aplicar

Total de sócios

suplentes

Total de sócios a

sortear

3 a 9 2 3 5

10 a 19 3 3 6

20 a 49 6 5 11

50 a 99 6 5 11

100 a 499 8 7 15

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constranger o entrevistado ou interferir indevidamente nas respostas. O tempo

disponível para a entrevista deve ser suficiente. Interrupções da entrevista e sua

retomada posterior são possíveis, mas não devem ser a regra, por razões práticas e

metodológicas. Quando a entrevista não iniciar ou não terminar na primeira visita,

deve-se marcar o item correspondente do Campo 6 do QSES, prestando-se atenção a

isso também ao preencher o Campo 8. Situações assim devem ser registradas nas

Observações, ao final do QSES. A princípio, quando a entrevista não for concluída até

a terceira visita, o QSES deverá ficar incompleto, dando-se ciência à Coordenação.

A entrevista deve seguir rigorosamente as orientações deste Guia e as instruções

existentes no próprio QSES, no que se refere à postura profissional e ética e aos

procedimentos para formular as perguntas e preencher as respostas. Além do que foi

mencionado nas páginas anteriores e do que consta no QSES, cabem as seguintes

orientações:

o QSES contém instruções sobre cada questão e, além disso, apresenta um Gabarito de Controle, no início e no fim, com a finalidade de evitar qualquer

tipo de esquecimento ou falha na aplicação;

toda situação anormal, como interferências durante a aplicação, negativa do entrevistado em seguir respondendo ou respostas inusuais, deve ser anotada

ao final do QSES, no campo Observações. Quando se tratar de problemas com questões específicas, indicar o número correspondente;

aplicar o QSES formulando as perguntas em linguagem coloquial. Explicá-las didaticamente com outras palavras quando o entrevistado mostrar dificuldades de entendimento, com a ressalva de manter-se fiel ao conteúdo das mesmas e

de não induzir as respostas;

conduzir a aplicação como uma conversa progressiva, anunciando quando há

uma mudança de assunto, comentando a importância da experiência e das opiniões do entrevistado e assim por diante. Usar de empatia, identificar sinais

de cansaço no entrevistado, fazer pausas e retomadas etc.;

preencher o QSES sempre de forma legível, para evitar problemas de transcrição e digitação. Especial atenção merecem os registros descritivos a

serem feitos nos espaços em branco, para que estejam completos e evitem qualquer dúvida posterior;

sendo aplicada uma pergunta, nunca a resposta pode ficar em branco, pois sempre existe uma alternativa a ser marcada, inclusive nos casos em que o entrevistado declarar não saber a resposta ou prefira não responder;

algumas perguntas aceitam apenas uma alternativa, enquanto outras aceitam múltiplas respostas. Nesses casos, há sempre uma orientação no próprio

QSES;

apenas nos casos expressamente indicados no QSES é possível pular questões ou Blocos de questões, em função das respostas dadas previamente pelo

entrevistado. É muito importante ficar atento a essas remissões. Há um alerta em negrito indicando o procedimento adequado. Nesses casos, deve-se

redobrar a atenção sobre a obrigatoriedade ou não de resposta nas questões seguintes;

preencher as resposta numéricas utilizando algarismos arábicos e as formas

de notação usuais. Assim, no caso de valores em Reais (R$), utilizar pontos e vírgulas nas cifras escritas (ex.: R$ 1.560,80);

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nas questões que requerem cálculos, deve-se fazê-los juntamente com o

entrevistado, orientando-o quando necessário para que os valores citados correspondam às perguntas. Usar a calculadora, exceto nos cálculos muito simples, e não utilizar convenções habituais, como o cálculo da remuneração

em salários-mínimos;

as respostas sobre tipos de atividades econômicas ou de ocupação profissional

exigem detalhamento, do contrário não será possível classificar as respostas nas tabelas correspondentes;

aplicado o QSES, preencher tão logo possível os campos em que se devem

inserir códigos da CNAE-ES (Classificação Nacional de Atividades Econômicas da Economia Solidária) e da CBO (Classificação Brasileira de Ocupações),

fazendo-o no QSES impresso antes de digitá-lo. Consultar as tabelas de apoio do Portal SIES, que podem ser baixadas para o uso em computador pessoal;

a diferença entre a opção Não Sei (NS) e a opção Prefiro Não Declarar (PND)

às vezes é sutil. Nos casos em que o entrevistado demora a responder ou dá sinais de desconforto, convém apurar qual das duas situações se aplica, sem

jamais constrangê-lo. Pode-se lembrar, por exemplo, que ele tem o direito de pular perguntas, quando não estiver a par do assunto, não se lembrar da

resposta ou achar melhor omitir sua opinião;

algumas questões apresentam as alternativas Inc. e Comp., que significam Incompleto e Completo. Após obter a resposta à pergunta principal, deve-se

indagar a respeito (por exemplo, os anos escolares cursados, na Questão 25) e marcar a opção correspondente;

o último Bloco do QSES, no qual o entrevistado manifesta sua concordância ou discordância com as afirmações feitas, deve ser conduzido com calma, sem apressar as respostas. Além das opções Não Sei e Prefiro Não Declarar, a

opção Nem Concordo, Nem Discordo pode às vezes ser a mais adequada. Nesse Bloco, as afirmações devem ser todas lidas literalmente, evitando-se

usar outras palavras. Toda explicação, quando solicitada pelo entrevistador, deve manter-se ao máximo dentro do texto do QSES;

quando dúvidas de aplicação não forem sanadas ou se repetirem, deve-se

consultar o material de apoio do Portal SIES ou consultar a Coordenação. Por essa razão, recomenda-se digitar os QSES por blocos, após cada saída de

campo, pois dúvidas podem surgir nesse momento e problemas podem ser identificados no processo de revisão. Assim, se poderá evitar que certas inconsistências de preenchimento tornem-se vícios incorrigíveis à medida que

o volume de QSES aumenta.

De maneira geral, o contato entre os entrevistadores e a Coordenação deve ser

permanente, mas principalmente nas primeiras semanas, permitindo análise e

retroalimentação do trabalho de campo.

O trabalho de digitação do QSES será abordado na próxima Seção. Antes disso, é

importante observar que o QSES segue padrões de formato convencionais, que

facilitam sua aplicação e favorecem o tratamento e a análise posterior da base de

dados:

CÓDIGO DO QSES

O código do QSES é único. Ele é composto pelo número do Lote, pelo número do

EES no segundo Mapeamento e pelo número da entrevista (Ex.: 01-06359-01).

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Convém sair a campo com os códigos anotados, assinalando-os no Campo 1 do QSES

impresso, no momento da entrevista.

NUMERAÇÃO

A numeração de certas categorias especiais de respostas é sempre a mesma,

independentemente do número de alternativas, sendo esta numeração também

encontrada no QSES digital. Os principais casos são:

0. Não (nenhum, nada, etc.)

88. Outra resposta: ___________________________________________________

99. Não sei (NS)

999. Prefiro não declarar (PND)

TIPOS DE PERGUNTA

É importante diferenciar os tipos de perguntas do QSES, pois implicam condutas

específicas do entrevistador, incluindo alguns casos especiais de leitura das respostas:

Pergunta simples: pergunta interrogativa, na qual não se devem ler as opções.

Pergunta confirmatória: são perguntas em que é possível prever ou saber a resposta, mas é necessário sempre confirma-la com o entrevistado;

Leitura – resposta múltipla: ler todas as opções de resposta, já que podem ser respondidas afirmativamente;

Leitura seletiva – resposta múltipla: ler as alternativas de resposta que sejam coerentes com as respostas dadas anteriormente;

REMISSÕES

Existem dois tipos de remissões no QSES: Siga e Passe. A primeira indica que se

deve prosseguir normalmente para a próxima questão; a segunda, que se deve pular

para a questão indicada.

CNAE-ES

A CNAE é a Classificação Nacional de Atividades Econômicas. A CNAE-ES é

específica para a Economia Solidária e detalha algumas das suas atividades, por

serem muito frequentes, mas não incluídas na CNAE, como Catador de material

reciclável ou Artesanato com material reciclável.

CBO

A CBO é a Classificação Brasileira de Ocupações e tem por finalidade a

identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios. Tanto

quanto a CNAE, é uma tabela oficial de uso corrente e segue padrões internacionais.

4 Digitação e revisão do QSES

No Portal SIES, como já foi mencionado, há um conjunto de instrumentos virtuais

de apoio ao trabalho do entrevistador, sendo o seu uso indispensável para várias

tarefas, principalmente a digitação do QSES e sua revisão, sempre que solicitada pela

Coordenação do Projeto. O Sistema QSES, situado no endereço sies.ecosol.org.br, é

acessado por meio de um login e de uma senha pessoal para cada entrevistador.

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Dentro do Sistema QSES, o entrevistador poderá:

gerenciar seus dados pessoais;

visualizar os EES de seu Lote e os QSES correspondentes, inclusive através da

ferramenta Google Maps, que permite a visualização geográfica e facilita o planejamento das saídas de campo e a elaboração do Plano de Trabalho; e

preencher e gerenciar os seus questionários, até sua homologação final pela Coordenação do Projeto.

Para ter acesso à área restrita do Sistema QSES, deve-se utilizar página de login

do Portal, informando o nome de usuário e a senha de entrevistador cadastrada

previamente. Ao fazer login no sistema, o entrevistador será direcionado para uma

página com uma visão geral sobre seu trabalho e alguns links de ajuda. Nessa tela, é

possível acompanhar seu progresso com os questionários, até a conclusão do Lote.

Acessando o menu Dados de Acesso, ao lado esquerdo da tela, é possível inserir

ou atualizar dados pessoais de acesso ao sistema, como e-mail e cadastro de senha.

Após finalizar a alteração dos dados, deve-se clicar no botão Salvar, localizado na

parte inferior esquerda da tela.

Acessando o menu Meus EES, ao lado esquerdo da tela, é possível ter uma lista

dos EES com dados de contato e de localização. Essa lista corresponde ao Lote de EES

e QSES de cada entrevistador. Nessa página é exibida a localização dos EES no mapa,

seus endereços e telefones, bem como informações sobre entrevistas feitas e, ainda,

tem-se a opção de imprimir as informações.

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25

Acessando o menu Questionários Preenchidos, ao lado esquerdo da tela, é

possível ter uma lista com os QSES preenchidos no Sistema e um breve balanço da

situação de cada um, como barra de progresso e opções de gerenciamento.

Para iniciar o preenchimento de um novo QSES aplicado, deve-se clicar no menu

Preencher novo questionário. Selecione o EES ao qual está ligado o QSES e clique no

botão Iniciar.

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Todo QSES adicionado ao Sistema corresponde a um QSES previamente

cadastrado no Lote e que ainda não foi aberto, ou seja, do qual não foi iniciado o

preenchimento. Isto quer dizer que apenas QSES atribuídos previamente a cada EES

que compõe o Lote podem ser preenchidos. Por isso, qualquer problema de insucesso

na execução do Plano de Trabalho que afete a composição do Lote deve ser discutido

com a Coordenação do Projeto, antes de prosseguir o trabalho de campo ou a

digitação dos QSES.

Os status para o gerenciamento dos QSES são:

Aberto – o QSES foi adicionado pelo entrevistador para preenchimento;

Selado - o QSES foi enviado à Coordenação para avaliação;

Concluído e Aceito - o QSES foi aprovado pela Coordenação;

Requer revisão – o QSES foi reencaminhado ao entrevistador para revisão;

Impossibilitado - o QSES foi invalidado pelo entrevistador, para análise e

decisão da Coordenação;

Para continuar a preencher ou alterar a digitação, a partir do menu Questionários

preenchidos, escolha o QSES a ser continuado e clique no link Continuar. O

preenchimento será retomado a partir do último ponto em que foi interrompido e

salvo anteriormente. Ao ser direcionado para a tela de preenchimento do QSES, pode-

se salvar o que foi preenchido até o momento e continuar mais tarde, de onde se

parou. Após o preenchimento do QSES, o Sistema apontará se falta alguma questão a

ser preenchida.

Caso tenha completado todo o QSES e tenha certeza de que não fará mais

nenhuma modificação, o entrevistador deverá clicar no botão Selar Questionário. Para

selar um QSES, a partir do menu Questionários preenchidos, escolha na lista um

QSES que pretende selar. Na página do questionário, selecione a opção Selado, no

menu Situação. Após isso, clique no botão Salvar. Utilize essa opção apenas quando

tiver a certeza que o QSES não precisará sofrer mais nenhuma modificação, pois ele

somente poderá ser alterado, depois que estiver neste status, mediante liberação do

preenchimento pela Coordenação.

Para remover ou invalidar um QSES, a partir da página dos QSES preenchidos,

escolha na lista um QSES. Na página do QSES, selecione a opção Impossibilitado, no

menu Situação. Após isso, clique no botão Salvar. Esta ação supõe contatos e acordos

prévios com a Coordenação da Pesquisa.

Ao receber QSES selados, a Coordenação irá conferir os dados. Caso o QSES seja

aprovado, seu status será alterado para Concluído e Aceito. Para qualquer QSES

enviado como selado, a Coordenação poderá decidir que o entrevistador deve revisá-

lo, em vez de aprovar o QSES imediatamente. Nesse caso, ao reabrir o QSES, em seu

topo aparecerá um alerta. Devem-se fazer as alterações necessárias no QSES e, a

seguir, selá-lo, para que seja enviado novamente à Coordenação para análise.

Quando houver problemas com o EES ou com o QSES, impedindo a sua aplicação

ou seu aproveitamento, o entrevistador marcará o QSES como Impossibilitado. Neste

caso, a depender das circunstâncias, um novo EES ou QSES será inserido no Sistema,

em substituição ao anterior.

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27

CAPÍTULO IV

ASPECTOS ADMINISTRATIVOS

1. Plano de Trabalho

O Plano de Trabalho é o instrumento que registra e apresenta o planejamento das

tarefas de responsabilidade de cada entrevistador, servindo por isso como elo com a

Coordenação da Pesquisa, do ponto de vista do acompanhamento do trabalho, do seu

custeio financeiro e do pagamento dos QSES aplicados, digitados e revisados. A sua

elaboração pode ser visualizada em três etapas:

1.1 Definição do Lote

Na primeira etapa, o objetivo é a definição do Lote de cada Entrevistador, isto é,

do conjunto de EES (com seus respectivos QSES) que lhe corresponde. No Encontro

de Capacitação, será apresentado um zoneamento prévio dos EES sorteados em cada

UF. Reunidos em equipes estaduais, os entrevistadores analisarão a localização de

cada EES, as vias de acesso e possíveis roteiros de deslocamento, com o objetivo de

estabelecer seus Lotes individuais. Essas propostas de Lote serão examinadas em

conjunto, para eventuais ajustes e definições que estejam pendentes.

A seguir, em um prazo de aproximadamente 10 dias, os Lotes serão inseridos no

Sistema QSES, facultando ao entrevistador visualizar seus EES, ver os meios de

contato dos mesmos, examinar suas localizações e as rotas de acesso. Apoiado pela

Coordenação, a quem compete em princípio fazer o contato inicial com os EES, deverá

contribuir e estar atento à confirmação dos EES que efetivamente participarão da

pesquisa, bem como de sua substituição por suplentes, quando necessário. Essa

atividade deve estender-se até meados de junho, até que o Lote esteja definido.

1.2 Elaboração do Plano de Trabalho

Esse trabalho pode iniciar já na primeira etapa, completando-se a seguir. Trata-se

de utilizar o modelo de Plano de Trabalho disponível no Sistema QSES para detalhar

os itinerários das saídas a campo, com suas datas e respectivas metas (visitas iniciais,

aplicação do QSES, etc.). Para isso, será imprescindível contatos prévios com os EES,

agendando-se as atividades, confirmando-se os locais de encontro, etc.

Ao mesmo tempo, o entrevistador deverá preencher a Planilha Orçamentária

(aba Previsão) na qual especifica os gastos previstos para cada saída de campo, além

de despesas gerais, como ligações telefônicas. Observará para isso as especificações

técnicas e os limites orçamentários apresentados a seguir. Em caso de dúvida, fará

consultas aos documentos de ajuda e à Coordenação.

O Plano de Trabalho e a Planilha Orçamentária podem referir-se a todo o Lote, ou

a partes deste, nesse caso dividindo-se no máximo em três Planos, a serem

elaborados e apresentados sequencialmente. O primeiro Plano (ou Plano único) deve

ser enviado por e-mail à Coordenação até 28/06, devendo esse envio ser antecipado

sempre que for possível. Entre a data de envio do Plano, sua aprovação pela

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Coordenação e o depósito de diárias para custear o trabalho de campo, devem-se

prever dez dias. Necessidades de ajustes no Plano poderão alongar esse prazo.

Viagens aéreas necessitam de um prazo de 20 dias para sua emissão.

O Plano de Trabalho e a Planilha Orçamentária fazem parte de um único arquivo

Excel, nomeado genericamente de Plano_Orcam.xls. Ao criar o seu Plano e enviá-lo, o

entrevistador deve adicionar seu sobrenome ao final (ex. Plano_Orcam_Ogando.xls).

Ao elaborar a Prestação de Contas, deve renomear o mesmo arquivo, acrescentando a

sigla exec ao final (ex. Plano_Orcam_Ogando_exec.xls), nele aportando os ajustes e

as atualizações das atividades e despesas efetuadas.\

1.3 Execução e Relatórios

Uma vez aprovado e estando os valores de custeio transferidos para a conta do

entrevistador, inicia-se a execução do Plano de acordo com as previsões. Imprevistos

e dificuldades deverão ser relatadas à Coordenação, procedendo-se aos ajustes

necessários, quanto às tarefas e ao custeio. Ao mesmo tempo, o entrevistador deve ir

preparando o Plano de Trabalho seguinte, de modo que sua aprovação coincida com o

término do Plano anterior.

Considera-se que um Plano de Trabalho foi concluído quando os QSES previstos

foram Homologados pela Coordenação e, ao mesmo tempo, a Planilha Orçamentária

(aba Executado) foi enviada à Coordenação da Pesquisa, contabilizando as despesas

efetivamente realizadas, acompanhadas dos devidos comprovantes digitais. A partir

desse momento, serão feitos os pagamentos pelos QSES aplicados.

2. Custeio de despesas e pagamentos

O custeio das despesas indicadas e aprovadas na Planilha Orçamentária será feito

através de Diárias, pagas quinzenalmente por transferência bancária. O pagamento do

trabalho do entrevistador, proporcional ao número de QSES aplicados, será feito após

a conclusão de cada Plano de Trabalho, sempre mensalmente. O último pagamento

apenas será realizado quando a Coordenação receber todos os QSES impressos, a

serem enviados por correio (modalidade AR) pelo entrevistador.

Por razões legais, o recebimento das diárias fica condicionado ao recibo de diária.

Esse recibo, já preenchido, será enviado por e-mail para o entrevistador, para que o

assine, digitalize e devolva à Coordenação. Logo a seguir, a via original do recibo

deverá ser enviada por correio.

Serão financiados os seguintes itens, com seus respectivos valores máximos:

Hospedagem / R$ 80,00 (em casos de pernoite durante saídas de campo)

Refeições (almoço e jantar) / R$ 20,00

Lanches / R$ 10,00 (café da manhã fora do hotel, paradas longas, etc.)

Passagens rodoviárias (valores conforme Plano de Trabalho aprovado)

Gasolina / R$ 0,29/Km rodado (conforme itinerários do Plano de Trabalho)

Telefone / R$ 100,00 (conforme Plano de Trabalho)

Passagens aéreas (adquiridas pela Coordenação, conforme Plano de Trabalho)

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29

Táxi (conforme previsões do Plano de Trabalho)

Correio / R$ 60,00 (para envios de documentos e dos QSES impressos)

A comprovação das despesas é condição indispensável para a aprovação do Plano

de Trabalho seguinte e para o pagamento dos QSES aplicados. Deve ser feita através

do envio de cópias digitalizadas das notas, recibos, canhotos de embarque e

passagens, seguido do envio por correio (via AR) dos documentos originais.

Havendo divergência entre os valores pagos e as despesas comprovadas, a maior

ou a menor, as devidas compensações serão feitas nas transferências bancárias

posteriores. Na previsão e execução orçamentária, o entrevistador fica comprometido

com a boa-fé e com os princípios de economia e parcimônia no emprego dos recursos.

3. Aspectos contratuais

O contrato entre a Unisinos e o entrevistador seguirá a modalidade de Prestação

de Serviços, devendo ser assinado, em três vias, durante o Encontro de Capacitação.

Os pagamentos serão feitos por meio do Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA),

estando limitados a três pagamentos, feitos mensalmente.

Para celebrar o contrato, o entrevistador deverá atender às seguintes condições:

possuir número de PIS;

possuir CPF válido;

possuir conta bancária corrente em seu nome;

não possuir pendência com a Receita Federal.

Pagamentos via RPA implicam desconto de 20%, a título de contribuição para o

INSS. Para o entrevistador não sofrer esse desconto, indevidamente, no momento do

pagamento é necessário que envie uma declaração ou documento, comprovando que

a contribuição já é realizada. O comprovante deverá ser digitalizado e enviado por e-

mail à responsável administrativa do Projeto.

ENDEREÇO ELETRÔNICO PARA ENVIO DE DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS

Aline Pedron: [email protected]

ENDEREÇO POSTAL PARA ENVIO POR CORREIO

Aline Pedron

Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

Av. Unisinos, 950 – 93.022-000 – São Leopoldo, RS

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I - Tabela de Números Aleatórios e instruções para o sorteio de sócias/os

1º. Tendo em mãos a lista de nomes dos sócios, atribuir um número a cada um, pela ordem da lista. Cada sócio deverá ter um número de identificação para o sorteio;

2º. Verificar o número de sócios a sortear, incluindo os suplentes, de acordo com a Tabela da página 20;

3º. A cada novo EES do seu Lote, seguir para a próxima coluna da tabela, iniciando pela esquerda (EES1). Caso o Lote tenha mais de 20 EES, para o 21º EES voltar a

utilizar a primeira coluna, ou seja, EES1;

4º. Se o número de sócios do EES é de no máximo 9, utilize apenas o 1º dígito de cada linha, começando pela primeira linha; caso o dígito não corresponda a um sócio existente, passe para a próxima linha;

Se o número de sócios é de 10 a 99, utilize apenas os dois primeiros dígitos, começando pela primeira linha; caso o dígito não corresponda a um sócio existente, passe para a próxima linha; caso não atinja o número de sócios sorteados até o final da coluna, passe para a coluna seguinte;

Se o número de sócios é de 100 a 499, utilize os três dígitos, começando pela primeira linha; caso o número não corresponda a um sócio existente, passe para

a próxima linha; caso não atinja o número de sócios sorteados até o final da coluna, passe para a coluna seguinte;

5º. Tendo em mãos o número de identificação dos sócios para o sorteio, ver os nomes sorteados e comunicar à direção do EES, para fins de contato, ou para os sócios

presentes na reunião, para agendamento das entrevistas e, quando possível, aplicação imediata do QSES.

EES1

EES2

EES3

EES4

EES5

EES6

EES7

EES8

EES9

EES10

EES11

EES12

EES13

EES14

EES15

EES16

EES17

EES18

EES19

EES20 677

751

944

194

171

996

964

266

536

024

191

702

300

401

482

078

125

794

344

484

585

041

690

566

647

660

984

765

562

145

983

080

906

786

313

241

156

241

989

309

908

226

969

687

298

725

902

670

216

217

821

025

507

822

026

514

628

668

399

388

473

463

376

208

171

016

014

256

377

188

017

231

172

183

383

204

316

250

333

352

116

223

346

047

080

292

077

343

126

320

008

287

177

254

325

480

236

341

243

232

473

242

315

106

490

228

149

181

482

423

377

398

006

072

085

223

362

426

149

425

185

060

075

041

024

025

153

072

091

158

185

149

172

136

162

037

005

023

179

195

099

175

108

158

016

122

157

079

026

167

180

165

091

091

163

079

027

041

098

084

014

026

089

163

134

035

150

124

184

084

091

184

032

095

112

119

179

026

029

155

188

195

062

129

073

086

003

119

111

063

173

028

019

155

156

106

054

132

072

135

927

818

287

465

753

815

398

628

294

032

702

273

964

571

777

929

958

019

137

963

036

051

843

502

724

648

651

059

845

565

785

678

412

312

045

408

257

132

638

403

086

984

386

945

214

635

364

147

020

980

428

085

738

638

478

565

492

771

717

939

031

293

181

816

430

965

055

761

653

571

351

409

107

268

580

562

330

128

200

975

201

882

195

859

219

197

788

858

451

995

737

930

448

276

041

772

962

040

497

845

Exemplo1 -EES número 3 do Lote, com 6 sócios deve iniciar pela coluna EES3 e pegar somente o primeiro dígito de cada linha até ter 5 números; serão eles: entrevistados (6, 3) suplentes ( 1, 2, 5).

Exemplo2 - EES número 16 do Lote, com 125 sócios deve iniciar pela coluna EES16 e pegar cada linha até ter 15 números; serão eles: entrevistados (78, 37, 79, 119, 106, 125, 5, 27) suplentes (54, 23, 41, 26, 19, 40, 98).

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ANOTAÇÕES