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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO E TELECOMUNICAÇÕES JOÃO GABRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA LIMA SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO Belém 2013

SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

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Com a crescente transformação do meio econômico e tecnológico fica difícil para as empresas não adotarem meios de otimizar seus processos, sejam eles gerenciais ou operacionais. Decorre daí a necessidade de buscarem ferramentas eficientes de informação para seus processos decisórios, por isso a adesão a um software capaz de levar essas informações às organizações se faz imprescindível, bem como a correta e adequada implantação do mesmo. Este trabalho tem como objetivo demonstrar e especificar o processo de análise, modelagem e implementação de um sistema de software web para gestão em projetos de pesquisa com módulos implementados para atender às seguintes necessidades: auxiliar no controle financeiro, no acompanhamento das atividades dos projetos, auxílio à reuniões na confecção digital de atas, rede social integrada para acesso rápido e compartilhamento de informações entre os usuários e um módulo de suporte à decisão com gráficos e estatísticas para melhorar a qualidade gerencial por parte dos coordenadores dos projetos. Denominado SGPP, o sistema é resultante da modelagem de processos de negócio gerenciais e foi desenvolvido em parceria com a Fábrica de Software da Faculdade de Engenharia da Computação e Telecomunicações - FCT da Universidade Federal do Pará. Foi realizado um estudo abrangente dos processos de gestão e acompanhamento de vários projetos dos laboratórios de pesquisa vinculados à FCT, para levantar as necessidades de cada tipo de projeto e em seguida um estudo para o desenvolvimento do sistema, com baixo custo de implantação, utilizando-se das mais modernas ferramentas e tecnologias de Software Livre para o seu desenvolvimento.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

FACULDADE DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO E TELECOMUNICAÇÕES

JOÃO GABRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA LIMA

SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À

DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Belém

2013

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JOÃO GABRIEL RODRIGUES DE OLIVEIRA LIMA

SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E

SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E

DESENVOLVIMENTO

Belém

2013

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como requisito para a obtenção do grau de

Engenheiro em Engenharia da Computação, do

Instituto de Tecnologia, da Faculdade de

Engenharia da Computação.

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SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À

DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Este trabalho foi julgado em ____/____/_____ adequado para obtenção do Grau de

Engenheiro da Computação, e aprovado na sua forma final pela banca examinadora que

atribuiu o conceito _____________.

_____________________________

Prof. Dr. Ádamo Lima de Santana (Orientador)

Faculdade de Engenharia da Computação

Universidade Federal do Pará

_____________________________

Prof. M. Sc Antonio Fernando Lavareda Jacob Junior (Membro)

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia

Universidade da Amazônia

_____________________________

Profª. M. Sc Liviane Ponte Rego (Membro)

Faculdade de Sistema de Informação

Universidade Federal do Pará - Campus Castanhal

_____________________________

Prof. Ádamo Lima de Santana

Diretor da Faculdade de Engenharia da

Computação da Universidade Federal do Pará

Belém

2013

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, meu ponto de equilíbrio e fonte da força,

minha grande inspiração e meu protetor que me conduziu durante toda esta caminhada,.

À minha família, por sempre estarem comigo, pelo apoio e preocupação. Em

especial a meus pais, que sempre acreditaram no meu potencial e a meu irmão, por tudo

que venceu e construiu em sua vida, sendo hoje a pessoas que mais admiro e respeito.

Ao professor e orientador Ádamo Santana pela extrema confiança que sempre

depositou no meu trabalho, pelo apoio nos momentos mais difíceis e pelo seu

conhecimento e críticas que foram de extrema importância para meu crescimento

pessoal e profissional.

Agradeço aos companheiros integrantes do Laboratório de Planejamento de

Redes de Alto Desempenho – LPRAD, em especial a Liviane, a pessoa que mais devo

gratidão, por ter confiado e acreditado no meu potencial já no primeiro mês da

graduação, e me levou para o laboratório o qual tive a oportunidade de desenvolver os

trabalhos mais importantes da minha vida até hoje. Ao Jacob e ao Carlos Natalino, pelo

apoio, amizade e os momentos de descontração. Aos demais membros do laboratório

pelo companheirismo, brincadeiras e distrações que tornaram o ambiente mais

estimulante e produtivo.

Agradeço ao Ederlon Barbosa, meu grande amigo, pelo suporte emocional, por

todas as brincadeiras e por estar sempre presente em todos os momentos, principalmente

os mais difíceis.

Agradeço a Arilene França, pelo apoio neste e em todos os outros trabalhos que

desenvolvi ao longo dos anos de graduação, pela amizade, companheirismo, carinho,

compreensão e principalmente paciência.

Enfim, a todos vocês que compartilharam comigo seus conhecimentos, carinho e

amizade, sou eternamente grato por viver no mesmo tempo em que vocês, e pelo

privilégio de tê-los conhecido. Meus mais sinceros agradecimentos. Obrigado.

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RESUMO

Com a crescente transformação do meio econômico e tecnológico fica difícil para as

empresas não adotarem meios de otimizar seus processos, sejam eles gerenciais ou

operacionais. Decorre daí a necessidade de buscarem ferramentas eficientes de

informação para seus processos decisórios, por isso a adesão a um software capaz de

levar essas informações às organizações se faz imprescindível, bem como a correta e

adequada implantação do mesmo. Este trabalho tem como objetivo demonstrar e

especificar o processo de análise, modelagem e implementação de um sistema de

software web para gestão em projetos de pesquisa com módulos implementados para

atender às seguintes necessidades: auxiliar no controle financeiro, no acompanhamento

das atividades dos projetos, auxílio à reuniões na confecção digital de atas, rede social

integrada para acesso rápido e compartilhamento de informações entre os usuários e um

módulo de suporte à decisão com gráficos e estatísticas para melhorar a qualidade

gerencial por parte dos coordenadores dos projetos. Denominado SGPP, o sistema é

resultante da modelagem de processos de negócio gerenciais e foi desenvolvido em

parceria com a Fábrica de Software da Faculdade de Engenharia da Computação e

Telecomunicações - FCT da Universidade Federal do Pará. Foi realizado um estudo

abrangente dos processos de gestão e acompanhamento de vários projetos dos

laboratórios de pesquisa vinculados à FCT, para levantar as necessidades de cada tipo de

projeto e em seguida um estudo para o desenvolvimento do sistema, com baixo custo de

implantação, utilizando-se das mais modernas ferramentas e tecnologias de Software

Livre para o seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Sistema Web, Suporte à Decisão, PHP, ZEND, HTML5, JQuery,

Gerência de Projetos.

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ABSTRACT

With the increasing transformation of the economic and technological environment is

difficult to companies don’t adopt ways to optimize their processes, whether managerial

or operational. From this arises the need to seek for efficient information tools to their

own decision processes, so adhering a software that is able to take this information to

the company is indispensable, as well as the right and proper implementation of it.This

study aims to demonstrate and specify the process of analysis, modeling and

implementation of a web management software system for research projects with

modules to assist in financial control, monitoring of project activities, support to

meetings by making digital minutes, integrated social networks for fast access and

information sharing among users and a decision support module with graphics and

statistics to improve quality management by the project coordinators. Named SGPP, the

system is the result of modeling business management processes and it was developed in

partnership with the Software Factory of the Computer Engineering and

Telecommunications College at the Federal University of Pará. It was realized a

comprehensive study of the management processes and accompaniment of many

projects of the research laboratories linked to the FCT to assess the needs of each kind

of project, then, it was realized a study for the development of the system with low

implementation costs, using the latest tools and technologies of Free Software to its

development.

Keywords: Web System, Decision Support, PHP, ZEND, HTML5, JQuery, Project

Management.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

2. REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................... 3

2.1 ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ......... 3

2.1.1 Definição de Dados, Informação e Conhecimento .......................................... 3

2.1.2 A Importância do Conhecimento e da Informação para uma Organização ..... 6

2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ........................................................................... 7

2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................. 11

2.3.1 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) .............................................................. 11

2.3.2 Sistemas Especialistas (SE) ........................................................................... 12

2.3.3 Sistemas de Informação para Executivos (SIE) ............................................ 13

2.3.4 Sistemas de Informação Gerencial (SIG) ...................................................... 13

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 16

3.1 ENGENHARIA DE SOFTWARE ......................................................................... 16

3.1.1 Definição ....................................................................................................... 16

3.1.2 Elementos da Engenharia de Software .......................................................... 16

3.2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE ................................ 17

3.3 REQUISITOS ....................................................................................................... 17

3.3.1 O Modelo do Problema ................................................................................. 18

3.3.2 Qualidade dos Requisitos .............................................................................. 18

3.3.3 Requisitos Funcionais .................................................................................... 19

3.3.4 Requisitos Não-Funcionais ............................................................................ 19

3.4 MODELAGEM DE DADOS ............................................................................... 19

3.4.1 Introdução ...................................................................................................... 19

3.4.2 Diagrama de entidade relacionamento .......................................................... 20

3.4.3 Dicionário de Dados ...................................................................................... 21

3.5 Tecnologias ........................................................................................................... 22

3.5.1 HTML5 .......................................................................................................... 22

3.5.2 HTML5 Boilerplate ....................................................................................... 23

3.5.3 CSS3 .............................................................................................................. 23

3.5.4 Bootstrap Twitter ........................................................................................... 24

3.5.5 JavaScript ...................................................................................................... 24

3.5.6 JQuery ............................................................................................................ 24

3.5.7 Ajax ................................................................................................................ 25

3.5.8 MySQL .......................................................................................................... 25

3.5.9 PHP ................................................................................................................ 26

3.5.10 Zend Framework ......................................................................................... 26

4. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA WEB DE GESTÃO ........ 27

4.1 Levantamento dos Requisitos ............................................................................... 27

4.1.1 Requisitos Funcionais .................................................................................... 27

4.1.2 Requisitos Não Funcionais ............................................................................ 28

4.2 O projeto SGPP .................................................................................................... 28

4.2.1 Justificativa .................................................................................................... 28

4.2.2 Delimitação .................................................................................................... 29

4.3 Desenvolvimento do SGPP .................................................................................. 29

4.4 Metodologia utilizada no desenvolvimento .......................................................... 30

4.5 Apresentação das telas do sistema ........................................................................ 33

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 37

APÊNDICE A – Diagrama Entidade Relacionamento ................................................... 41

APÊNDICE B – Dicionário de Dados ............................................................................ 42

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Dados e Informação. Fonte: Adaptado de Laudon (2003, p.7). ..................... 4 Figura 2 – Relação entre disponibilidade de informações e probabilidade de falha.

Fonte: Adaptado de Barretto e Pongeluppe (2006, p. 95). ............................................... 7 Figura 3 – Componentes de um Sistema de Informação. Fonte: Adaptado de O’Brien

(2003, p.10). ..................................................................................................................... 9 Figura 4 – Um modelo generalizado de um sistema de informação tradicional. ........... 11 Figura 5 – Projeto de uma base de dados. ..................................................................... 20 Figura 6 – Diagrama de Entidade Relacionamento que compõe o gerenciador

orçamentário de projetos. ............................................................................................... 21

Figura 7 – Sintaxe básica do CSS.................................................................................. 23 Figura 8 – Arquitetura representando o funcionamento das requisições do sistema. ... 31 Figura 9 – Representação dos componentes visuais da área de login disposto em

camadas. ......................................................................................................................... 32 Figura 10 – Representação dos componentes visuais da página inicial disposto em

camadas. ........................................................................................................................ 32 Figura 11 – Aparência do sistema ao ser acessado através de um celular. .................... 33

Figura 12 – Dashboard do sistema de gerenciamento. .................................................. 34 Figura 13 – Formulário de projetos. ............................................................................. 34 Figura 14 – Listagem do orçamento do projeto discriminando o que foi gasto e o valor

disponível para cada tipo de despesa. ............................................................................ 35

Figura 15 – Formulário de Atas de reuniões. ................................................................ 35

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Dados, informação e conhecimento. Fonte: Adaptado de Davenport (1998,

p.18). ................................................................................................................................. 5 Tabela 2 – Dicionário de dados da entidade projeto. ..................................................... 21

Tabela 3 – Alguns requisitos funcionais do SGPP. ........................................................ 27 Tabela 4 – Alguns benefícios esperados do SGPP. ........................................................ 29

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LISTA DE SIGLAS

AJAX Assíncrono de javascript e XML

CSS Cascading Style Sheets

CMMI Capability Maturity Model Integration

DD Dicionário de Dados

DER Diagrama Entidade e Relacionamento

FCT Faculdade de Engenharia da Computação e Telecomunicações

HTML HyperText Markup Language

IEEE Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos

PHP Hypertext Preprocessor

PMBOK Project Management Body of Knowledge

SAD Sistemas de Apoio à Decisão

SE Sistemas Especialistas

SIE Sistemas de Informação para Executivos

SIG Sistemas de Informação Gerencial

SGPP Sistema de Gerenciamento de Projetos de Pesquisa

SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados

SQL Structured Query Language

UFPA Universidade Federal do Pará

UML Linguagem de Modelagem Unificada

URL Uniform Resource Locator

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1. INTRODUÇÃO Atualmente as empresas encontram-se imersas em um ambiente globalizado e

extremamente competitivo, o mundo vive na era da informação, tal cenário força as

empresas a adotarem um processo de gestão e tomada de decisão mais eficiente. A

tecnologia da informação, por meio de infraestrutura de comunicação e de sistemas de

informação, surge como uma ferramenta de apoio ao gestor.

Neste contexto de constantes e imprevisíveis mudanças, a utilização estratégica

dos sistemas de informação, transforma-se em um fator que pode ser determinante para

que as micro e pequenas empresas possam competir em pé de igualdade com seus

concorrentes. Um SIG pode contribuir por meio da redução de custos, aumento da

produtividade, prospecção de novos nichos de mercados, melhor relacionamento com

clientes internos e externos, conhecimento do mercado de atuação e da conjuntura

econômica, dentre outros fatores que são de grande importância a toda e qualquer

organização que almeja uma maior participação e consolidação no seu mercado de

atuação.

As empresas necessitam ser eficientes e ágeis na gestão das informações, pois

dependem dessas informações para, com inteligência, sobreviver e prosperar. Nessa

conjuntura, os sistemas de informação, através das várias tecnologias disponíveis,

podem contribuir para a sobrevivência e desenvolvimento das empresas, organizando e

agilizando seus processos, promovendo alcance global, auxiliando o gerenciamento e

contribuindo para a tomada de decisões estratégicas pelos administradores,

constituindo-se em ferramenta estratégica para enfrentar e superar esses desafios.

O sistema de informação fortalece o plano de atuação das empresas, a geração

de informações rápidas, precisas e principalmente, úteis, garantindo uma estruturação de

gestão diferenciada. Além disso, melhora o processo de tomada de decisões pelos

gestores.

As informações são a sustentação de uma empresa, pois são elas que dirão como

está seu andamento, o que está bom, falho ou precisa ser melhorado. Através das

informações é que os gestores podem tomar as melhores decisões, a fim de melhorar o

desempenho da organização. Isso é confirmado por Oliveira (2002): “A informação é o

produto da análise dos dados existentes na empresa, devidamente registrados,

classificados, organizados, relacionados e interpretados em um determinado contexto,

para transmitir conhecimento e permitir a tomada de decisão de forma otimizada”.

Atualmente, as organizações buscam a tecnologia da informação para tornarem-

se cada vez mais competitivas e organizadas. Com o uso de sistemas integrados de

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informação, as empresas são forçadas a mudar de um modelo departamental para um

modelo integrado de administração e produção, assim, a cultura organizacional, deve se

adaptar para acompanhar o crescimento e agilizar processos.

Fundamentando-se nas abordagens teóricas de administração e sistemas de

informação gerenciais, assim como seu impacto no mercado e nas organizações, este

trabalho descreve as etapas para a análise, modelagem, implementação e os

componentes de um sistema web de gestão e suporte à decisão em projetos, detalhando

o processo de desenvolvimento do sistema.

Este trabalho está organizado da seguinte forma: O capítulo 2 introduz a

fundamentação teórica necessária ao entendimento do trabalho realizado trazendo uma

abordagem abrangente ao setor administrativo onde sustenta e justifica a necessidade do

desenvolvimento de sistemas de software gerenciais, assim como das bases teóricas dos

recursos tecnológicos utilizados na confecção deste trabalho. O capítulo 3 apresenta a

fundamentação teórica da primeira etapa do processo de desenvolvimento do sistema de

software. O capítulo 4 detalha como o sistema foi concebido, especificando cada

ferramenta e tecnologia utilizada, complementando com as telas do sistema e a

descrição dos recursos implementados.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

2.1.1 Definição de Dados, Informação e Conhecimento

Para explorar o estado da arte de forma mais completa, vamos, primeiramente, explanar

a respeito do conceito de dados, que para Lacombe e Heilborn (2006, p. 489) “é de um

conjunto de registros sobre fatos, passíveis de serem ordenados, analisados e estudados

para se alcançar conclusões”.

Oliveira (1996) conceitua dado como sendo qualquer tipo de elemento

identificado em sua forma bruta que isoladamente não conduz a um entendimento de

determinado fato. Os dados para Reynolds e Stair (2005) seriam constituídos por fatos

básicos, como a quantidade de horas trabalhadas em determinada semana e o nome do

funcionário e o número de peças em estoque ou pedidos.

Seguindo a mesma corrente de pensamento Laudon (2003, p. 6) entente que os

dados “[...] são correntes de fatos brutos que representam eventos que estão ocorrendo

nas organizações ou ambiente físico, antes de terem sido organizados e arranjados de

uma forma que as pessoas possam entendê-los e usá-los”.

Já o conceito de informação para Chiavenato (2003) é tudo o que possibilita

minimizar a incerteza a respeito de algo. Quanto mais precisa for a informação menor

será a incerteza. A informação permite a orientação e conhecimento em relação a algo.

Ela permite ao administrador planejar e programar o funcionamento ou comportamento

do sistema de maneira mais segura minimizando os riscos.

Na mesma linha de pensamento Gomes (2001, p. 25) define informação como

sendo “dados organizados de modo significativo agregando o conhecimento de

especialistas, sendo um subsídio útil à tomada de decisão”.

Reynolds e Stair (2005) definem informação como sendo um grupo de fatos

organizados de modo a terem um valor superior do que os fatos isoladamente teriam.

Dados e informação são muitas vezes confundidos como sinônimos, porém não

os são. O'Brien faz esta ressalva em seu livro, para o autor:

As pessoas, muitas vezes, empregam os termos dados e informação

de modo intercambiável. Entretanto, é melhor encarar os dados

como recursos de matéria-prima que são processados em produtos

acabados de informação. Logo podemos definir informação como

dados que foram convertidos em um contexto significativo e útil

para usuários finais específicos. Desta forma, os dados são

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normalmente submetidos a um processo de valor adicionado em que

sua forma é agregada, manipulada e organizada, seu conteúdo é

analisado e avaliado e é colocada em um contexto adequado a um

usuário humano. Portanto, você deve encarar a informação como

dados processados colocados em um contexto que lhes confere valor

para usuários finais específicos. (2003, p. 13).

Oliveira (1996) compartilha do pensamento de O’Brien (2003), para Oliveira

(1996) a informação seria o resultado final da análise dos dados que a empresa possui,

devidamente catalogados, classificados, agrupados e interpretado dentro de um contexto

para propagar conhecimento e possibilitar que o processo de tomada de decisão seja

feito de maneira otimizada.

A Figura 1 demostra a diferença prática entre dados e informação dentro de uma

organização. Do lado esquerdo temos dados brutos que foram registrados por um caixa

de supermercado que podem ser processados e organizados de modo a produzir

informações úteis, por exemplo, o total de unidades de detergente que foi

comercializado ou a receita total de vendas do detergente para determinada loja ou

território de vendas.

Figura 1 – Dados e Informação. Fonte: Adaptado de Laudon (2003, p.7).

A informação para Batista (2005) pode ser dividida em dois grupos: as

informações operacionais e as informações gerenciais. As informações operacionais são

geradas através das operações rotineiras na organização, em seu nível operacional e

adquiridas pelos componentes do controle interno tendo como objetivo principal manter

a empresa funcionando e conhecer sua evolução diária. As informações gerenciais são

usadas especificamente para a tomada de decisão, as decisões inerentes ao processo de

planejamento, ao controle, à formulação, ao acompanhamento de políticas e à

Page 15: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

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interpretação de resultados requerem informações adequadas. Outra característica das

informações gerenciais é que diferentes níveis de gerência precisam de diferentes tipos

de informação gerencial.

Takeuchi e Nonaka estabelecem o conceito de informação e a sua diferença em

relação ao conhecimento como:

A informação proporciona um novo ponto de vista para a

interpretação de eventos ou objetos, que torna visíveis os

significados previamente invisíveis ou ilumina conexões

inesperadas. Assim, a informação é um meio necessário ou material

para extrair e construir o conhecimento. Ela afeta o conhecimento,

acrescentando algo a ele ou reconstruindo-o. (2008, p. 56).

Por fim temos o conceito de conhecimento o qual é para Lacombe e

Heilborn(2006, p. 491) “uma mistura fluida de experiência estruturada, valores,

informações contextuais e discernimento técnico que proporciona uma referência para

avaliar e incorporar novas experiências e informações”.

O conhecimento segundo Davenport (1998) é a informação mais valiosa e,

consequentemente, mais difícil de gerenciar. É valiosa precisamente porque alguém deu

à informação um contexto, um significado, uma interpretação; alguém refletiu sobre o

conhecimento, acrescentou a ele sua própria sabedoria, considerou suas implicações

mais amplas.

A tabela 1 indica as principais diferenças entre dados, informação e

conhecimento.

Tabela 1 – Dados, informação e conhecimento. Fonte: Adaptado de Davenport (1998, p.18).

Dados Informação Conhecimento

Simples observação sobre o

estado do mundo

Dados dotados de

relevância e propósito

Informação valiosa da mente

humana

Inclui reflexão, síntese,

contexto

Facilmente obtido por

máquinas

Requer unidade de análise De difícil estruturação e

captura de máquinas

Frequentemente Quantificado Exige consenso em relação

ao significado

Frequentemente tácito

Facilmente transferível Exige necessariamente a

mediação humana

De difícil transferência

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2.1.2 A Importância do Conhecimento e da Informação para uma Organização

Para Lacombe e Heilborn (2006), com as mudanças ocorrendo em um ritmo cada vez

mais acelerado, o conhecimento tornou-se o mais importante trunfo competitivo da

organização. Saber gerir o conhecimento é um ponto vital para o sucesso empresarial. O

maior foco do conhecimento que uma organização possui está na mente de seus

próprios funcionários. Por conta disto os profissionais com elevada qualificação são

mais valorizados. O que uma organização e seus empregados sabem está no cerne da

sua forma de atuação. A importância da informação pra uma organização pode ser

entendia como:

[...] amplamente aceita, constituindo, senão o mais importante, pelo

menos um dos recursos cuja gestão e aproveitamento estão

diretamente relacionados ao sucesso desejado. A informação

também é considerada e utilizada em muitas organizações como um

fator estruturante e um instrumento de gestão. Portanto, gestão

efetiva de uma organização requer a percepção objetiva e precisa

dos valores da informação e do sistema de informação. MORESI

(2001, p. 112).

O papel da informação para Oliveira (1996) seria o de habilitar a empresa a

alcançar seus objetivos através do uso consciente dos recursos que possui a sua

disposição, dentre os quais estão inclusos os funcionários, equipamentos, materiais,

capital, tecnologia, instalações, além da própria informação.

Davenport (1998, p. 12) faz uma ressalva: “informação e conhecimento são,

essencialmente, criações humanas, e nunca seremos capazes de administrá-los se não

levarmos em consideração que as pessoas desempenham, nesse cenário, um papel

fundamental”. Logo a devemos nos preocupar não somente com o fator tecnológico,

mas também com o fator humano.

A informação é muito importante no processo de tomada de decisão, quanto

maior o for a precisão, a consistência, o grau de confiabilidade e o volume de

informação menor serão o risco e a probabilidade de falha. A figura 2 demostra a

relação entre a disponibilidade de informações e a probabilidade de falha.

Page 17: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

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Figura 2 – Relação entre disponibilidade de informações e probabilidade de falha.

Fonte: Adaptado de Barretto e Pongeluppe (2006, p. 95).

Para Barretto e Pongeluppe (2006) a certeza é oriunda da disponibilidade de

todas as informações para o administrador, mas no mundo real são raras as decisões que

atingem esse grau de certeza. O risco significa que há uma chance de falha. Nesse caso,

as decisões têm objetivos bem definidos e bom volume de informação disponível, mas

as saídas relacionadas a cada alternativa são passíveis de mudanças. No entanto, a

informação está disponível de maneira que a probabilidade de sucesso de cada

alternativa pode ser estimada.

Ainda segundo Barretto e Pongeluppe (2006) a incerteza surge no momento em

que os administradores sabem os objetivos que desejam, mas as informações sobre as

alternativas e eventos futuros são incompletas. Dessa forma, não é possível estimar a

probabilidade de dar certo ou não. A ambiguidade é a mais difícil situação de tomada de

decisões. O ponto de partida, que são os objetivos ou os problemas, não está claro e,

assim, as possíveis alternativas são difíceis de serem definidas.

2.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Na visão de Chiavenato (2003) assim como todo o tipo de organismo vivo existente, as

organizações recebem e utilizam informações que lhe ajuda a sobreviver e crescer no

ambiente em que ela está inserida. As decisões que são tomadas dentro de uma

organização devem ter o respaldo de informações precisas.

Page 18: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

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Para este processo de tomada de decisão, as organizações desenvolvem sistemas

de informações específicos para buscar, armazenar, coletar, processar e classificar

informações que podem ser crucias.

Na concepção de Laudon um sistema de informação pode ser definido como:

[...] um conjunto de componentes inter-relacionados que coleta (ou

recupera), processa, armazena e distribui informações destinadas a

apoiar a tomada de decisões, a coordenação e ao controle de uma

organização. Além de dar suporte à tomada de decisões, à

coordenação e ao controle, esses sistemas também auxiliam os

gerentes e trabalhadores a analisar problemas, visualizar assuntos

complexos e criar novos produtos. (2003, p.6).

O’Brien (2003) conceitua sistemas de informação como sendo um conjunto

organizado de hardware, software, pessoas, redes de comunicação, e recursos de dados

que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização, esses

componentes do sistema de informação podem ser observados na figura 3. As pessoas

recorrem diariamente aos sistemas de informação para se comunicar, utilizando, desde

os primórdios da civilização, uma infinidade de aparelhos físicos (hardware), instruções

e procedimentos de tratamento de informação (software), meios de comunicação (redes)

e dados armazenados (recurso de dados).

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9

Figura 3 – Componentes de um Sistema de Informação. Fonte: Adaptado de O’Brien (2003,

p.10).

Para O’Brien (2003, p. 10) todo e qualquer sistemas de informação faz-se valer

de “recursos humanos, de hardware, software, dados e recursos de rede para executar

atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle que

transformam recursos de dados em produtos de informação”.

Os sistemas de informação segundo Gomes et al (2006) constituem um requisito

primordial para que a decisão possa ser tomada de maneira automatizada. As

informações que estão em poder da empresa devem estar, preferencialmente, totalmente

integradas, e tal integração deverá ocorrer de preferência utilizando computadores em

rede, pois isso irá permitir que todo o funcionário devidamente autorizado tenha acesso

aos dados mais recentes da empresa a qualquer momento.

Filho (2000) elenca em seu livro os principais objetivos de um sistema de

informação de uma pequena empresa, que são: obter informação para subsidiar o

processo decisório, apoiar projetos, apoiar treinamentos e o aprendizado contínuo,

fazendo um monitoramento do ambiente competitivo.

Page 20: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

10

De acordo com Miller (2002) e Gomes et al (2006) os sistemas de informação

deverão possuir as seguintes características, capacidades e filosofia:

só atingirão a eficácia se possibilitarem a realização rápida de alguma atividade

com qualidade e tempo mínimo;

deverão ser flexíveis, acompanhando as mudanças que ocorrem no ambiente em

que estão inseridos;

não devem levar em conta a personalidade do usuário, mas o interesse da

organização; devem prever sempre procedimentos impessoais;

as informações deverão ser transmitidas da maneira mais rápida possível;

deverão ser desenvolvidos tendo como base um objetivo válido e prioritário, e

originar-se de informações precisas e inquestionáveis;

devem produzir informação qualificada, e não meramente redistribuir

documento;

servir simultaneamente aos usuários finais que são os tomadores de decisão e

aos participantes do processo;

consolidar a informação colhida na internet, intranets, redes externas, email,

sistemas de informações locais e próprios;

contar com uma equipe de apoio em tempo integral;

rodar em vários sistemas operacionais diferentes;

poder localizar, buscar e exibir documentos com uma variedade de formatos e

múltiplos tipos de dados;

proporcionar um fator de confiança (mensuração da validade) a cada unidade

relacionada da fonte de informações;

medir o sucesso com o fornecimento de inteligência com foco e detalhada, e não

apenas simples informação.

Um modelo generalizado de um sistema de informação pode ser visto na figura

4, nele pode-se observar a influência que o SI exerce na organização. Os dados após

serem devidamente processados servem de subsídio para a fase de planejamento, o

planejamento inicial pode ser alterado de acordo com os parâmetros de dados que foram

processados na fase de controle.

Page 21: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

11

Figura 4 – Um modelo generalizado de um sistema de informação tradicional.

Um sistema de informação bem estruturado e integrado possui o potencial de

agregar uma série de vantagens à organização, entre as quais Miller (2002) destaca:

o crescimento da consciência do papel da inteligência ao longo de toda a

organização;

o aumento da produtividade dos funcionários de inteligência, ao diminuir o

tempo gasto pesquisando informação e maximizar o tempo investido na análise;

a equipe de inteligência torna-se independente de publicações especializadas;

entrega um produto de inteligência melhorado, tornando-o mais atualizado e

acessível.

2.3 PRINCIPAIS TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

2.3.1 Sistemas de Apoio à Decisão (SAD)

Os sistemas de apoio à decisão segundo O’Brien (2003) são responsáveis por dar

suporte computacional direto aos gestores durante a tomada de decisão, por exemplo,

Page 22: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

12

um gerente de vendas pode recorrer a um pacote de planilhas eletrônicas para realizar

análise de simulação quando testa o impacto de orçamentos alternativos de marketing

sobre a previsão de venda de produtos que serão lançados.

O objetivo do sistema de apoio à decisão para Gomes et al é:

Os SAD têm como objetivo ajudar e melhorar a eficácia e produtividade de

gerentes e profissionais. São sistemas interativos e usados frequentemente por

indivíduos com pouca experiência em computação e métodos analíticos.

A diferença fundamental entre os SAD e os sistemas tradicionais está no fato de

serem os SAD flexíveis e adaptáveis às mudanças do meio ambiente e dos problemas.

Vale ressaltar que de acordo com Batista (2005) os sistemas de apoio à decisão

ainda não possuem a capacidade de tomar decisões exatas no ambiente corporativo,

atualmente tais sistemas baseiam-se em simulações ou cenários que possibilitam

múltiplas concepções do objetivo da tomada de decisão, sendo controlados

integralmente por pessoas especializadas.

Na concepção de Gomes et al (2006) os bancos de dados devem reunir todas as

informações disponíveis, fornecê-las em tempo hábil e permitir sua manipulação de

forma eficiente. O banco de modelos é constituído de modelos gerenciais, capazes de

trabalhar com os dados da organização através de resolução de problemas matemáticos,

simulações, cálculos, entre outros. O subsistema de comunicação é o agrupamento de

todos os meios de software e hardware que dão suporte ao usuário do sistema de apoio à

decisão.

2.3.2 Sistemas Especialistas (SE)

Os sistemas especialistas (SE) de acordo com O’Brien (2003, p. 25) podem fornecer

“[...]conselho especializado para tarefas operacionais, como diagnósticos de

equipamento ou decisões gerenciais, como administração de carteiras de empréstimos”.

O conceito de SE pode ser definido na visão de Batista como sendo:

[...] sistemas ligados ao campo de inteligência artificial, que utiliza o

computador para assistir, ou mesmo substituir, os tomadores de decisão. Esse tipo de

sistema trabalha com o uso de cenários, redes neurais, redes bayesianas e lógica fuzzy,

dentre outras técnicas, para tomada de decisões. (2005, p. 26).

Tais sistemas tentam replicar com perfeição, os resultados que seriam alcançados

por meio de especialistas humanos, pela utilização de um conjunto de regras para a

decisão (GOMES et al, 2006).

Os sistemas especialistas possuem quatro componentes essenciais, que segundo

Page 23: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

13

Batista (2005) e Gomes et al (2006) são:

base de conhecimento, composta de regras e fatos, em que são armazenados os

conhecimentos inerentes à área de atuação;

o mecanismo de inferência que realiza a execução dos procedimentos;

o módulo de aquisição do conhecimento, que organiza a base de conhecimentos;

um subsistema de explicação, que faz a interface com o usuário e o subsistema

de aquisição de informação integrado com o sistema de inferência.

2.3.3 Sistemas de Informação para Executivos (SIE)

Os sistemas de informação para executivos segundo Gomes et al (2006) surgiram

motivados pela necessidade específica dos altos executivos de atuarem em uma ampla

gama de negócios, e possuírem pouco tempo disponível. Os SIE, que são utilizados pela

alta cúpula organizacional, sem o auxilio de intermediários, proporcionam acesso online

direto à informações atuais sobre a organização, são desenvolvidos tendo-se em mente

os fatores críticos de sucesso e utilizam os mais atuais métodos para a geração de

gráficos, comunicações, armazenamento e recuperação de dados. O foco do EIS é

auxiliar o executivo a atingir os objetivos e mensurar o progresso.

Para O’Brien (2003) os sistemas de informação para executivos deve fornecer

informação crítica em quadros de fácil percepção para uma variedade de executivos. Os

altos executivos, por exemplo, podem utilizar terminais acionados por meio do toque

para visualizarem instantaneamente textos e gráficos que destacam setores fundamentais

de desempenho organizacional e competitivo.

2.3.4 Sistemas de Informação Gerencial (SIG)

Sistemas de informação gerencial é o processo pelo qual os dados são transformados em

informação que servirão para auxiliar a tomada de decisão organizacional, bem como

proporcionaram a sustentação administrativa para alcançar os resultados previstos

(OLIVEIRA, 1996).

De acordo com Schwartz (1970 apud Oliveira, 1996) o SIG é composto por um

conjunto de pessoas, hardware, procedimentos, documentos e comunicações que coleta,

verifica, executa processos, modifica, armazena, recupera e apresenta dados para uso no

planejamento, contabilidade, orçamento, controle e outros processos gerenciais para

diversos fins administrativos. Os sistemas de processamento de informações tornam-se

sistemas de informações gerenciais no momento em que seu foco ultrapassa uma

orientação para processamento de transação, em favor de uma orientação para a tomada

Page 24: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

14

de decisões gerenciais.

Seguindo a mesma linha de pensamento Kennevan (1970 apud Oliveira, 1996)

define sistema de informação gerencial como sendo um método organizado de prover

informações passadas, presentes e futuras, relacionadas com as operações internas e o

serviço de inteligência externa. Serve de suporte para as funções de planejamento,

controle e operação de uma empresa através do fornecimento de informações no padrão

de tempo apropriado para assistir o tomador de decisão.

Os SIG nasceram com o objetivo de tornarem-se o “sistema nervoso eletrônico”

das organizações, e na atualidade transformaram-se em sistemas muito bem estruturados

para a geração de relatórios, criação de gráficos etc. Tais sistemas possibilitam oferecer

aos gerentes, de maneira selecionada e resumida, as informações necessárias para o

entendimento da situação-problema (GOMES et al, 2006).

Tais sistemas para Batista (2005) trabalham principalmente com as informações

direcionadas aos gerentes de nível médio da empresa. Necessitam de um fluxo de

informações bem organizado para que possa funcionar de maneira eficiente.

Um sistema de informação gerencial pode, sob determinadas circunstâncias,

propiciar uma grande gama de benefícios para a empresa. Oliveira (1996) destaca as

seguintes vantagens:

minimização dos custos operacionais;

melhora no acesso às informações, proporcionando relatórios mais exatos e

rápidos, com menor esforço;

maximização da produtividade, tanto setorial como global;

elevação da qualidade dos serviços realizados e oferecidos;

melhoria na tomada de decisões, por meio do fornecimento de informações mais

rápidas e precisas;

estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão;

fornecimento de melhores projeções dos resultados de decisões;

melhoria na estrutura organizacional, por melhorar o fluxo de informações;

melhoria na estrutura de poder, proporcionando maior poder para aqueles que

entendem e controlam o sistema;

redução dos níveis hierárquicos, dos custos operacionais e da mão-de-obra

burocrática;

aumento no nível de motivação das pessoas envolvidas;

descentralização do processo de decisão da empresa;

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15

melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não

previstos, a partir das constantes mutações nos fatores ambientais;

melhor interação com os fornecedores;

melhoria das atitudes e atividades dos funcionários da empresa.

O SGPP abrange os conceitos de SAD, SIG e SIE de modo que possui diversos

recursos gerenciais. Um único módulo do sistema possui características que abrangem

vários conceitos de cada tipo de sistema de informação.

No próximo capítulo, serão abordados os conceitos teóricos de engenharia e

desenvolvimento de software.

Page 26: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

16

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para melhor compreensão das etapas desenvolvidas neste trabalho, é importante

que haja uma explanação a respeito dos fundamentos teóricos que são base do processo

de desenvolvimento de software. Nos próximos itens deste capítulo, serão apresentados

os conceitos que foram aplicados na confecção do SGPP.

3.1 ENGENHARIA DE SOFTWARE

3.1.1 Definição

São todos os processos, fases, etapas e materiais necessários para o desenvolvimento do

software, é a disciplina do conhecimento humano que tem por objetivo definir e

exercitar processos, métodos, ferramentas e ambientes para construção de software que

satisfaça necessidades de cliente e usuário dentro de prazos e custos previsíveis (DA

SILVA E VIDEIRA, 2001).

Assim a Engenharia de Software engloba: a informática, a qual trata a

informação por meio de uso de equipamentos; a ciência, que é o conjunto de

conhecimentos relativos a esta área; e o processamento de dados, que é o tratamento dos

dados por meio de máquinas.

Conforme Lobo(2009), "a engenharia dispõem de ótimos recursos para

construção de modelos de software com qualidade, padrão e arquitetura bem definidos".

Mas podemos criar um software sem utilizar as ferramentas da engenharia, correndo o

risco do resultado final ser desconhecido, precisando-se de um simples ajuste ou o caos

total, levando a perda do projeto.

3.1.2 Elementos da Engenharia de Software

De acordo com (Filho,2009), a engenharia de software pode ser definida e melhor

entendida por partes que a compõem, vejamos algumas:

Arte - "Pôr em prática uma ideia", ideia que se torna material por meio do

emprego das faculdades humanas.

Atender as necessidades humanas - O foco da engenharia é atender as

necessidades humanas, o produto desta só é justificado se este tiver valor a

alguém. A engenharia de software procura geral valor por meio dos recursos de

processamento de informação.

Conhecimentos - Alguns métodos provêm da ciência e outros da experiência

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17

prática e não apenas da pesquisa científica. Em alguns casos, muitas práticas são

adotadas porque funcionam, mesmo que ainda careça de fundamentação teórica

satisfatória.

Dispositivos e estruturas - Reúne dispositivos em estruturas capazes de

satisfazer a necessidade humana. O engenheiro de software tem um grande

desafio que é escolher e montar as estruturas de grande complexidade que a

programação dos computadores permite realizar para atender as necessidades

estimadas.

Processos - Maneiras pelas quais se realiza uma operação, segundo

determinadas normas e métodos, se baseia em uma ação sistemática, e não na

improvisação.

3.2 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Os processos de desenvolvimento de software, ou processos de software, são as diversas

fases necessárias para produzir e manter um produto de software. Requerem a

organização lógica de diversas atividades técnicas e gerenciais envolvendo agentes,

métodos, ferramentas, artefatos e restrições que possibilitam disciplinar, sistematizar e

organizar o desenvolvimento e manutenção de produtos de software.

Segundo o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), é uma

sequencia de passos executados com um determinado objetivo. Segundo o Capability

Maturity Model Integration(CMMI) - Modelo de melhoria de processo de software, é

um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas realizadas para obter um conjunto

especificado de produtos, resultados ou serviços. Na Unified Modeling

Language(UML), processo é, unidade pesada de execução concorrente, em oposição a

uma linha de execução(thread), que representa a implementação de um processo leve.

3.3 REQUISITOS O principal objetivo do levantamento de requisitos é que usuários e desenvolvedores

tenham a mesma visão do problema a ser resolvido. Nessa etapa, os desenvolvedores,

juntamente com os clientes, tentam levantar e definir as necessidades dos futuros

usuários do sistema a ser desenvolvido. Essas necessidades são geralmente

denominadas requisitos (BEZERRA, 2006).

Conforme Filho (2009), "uma boa engenharia de requisitos é um passo essencial

para o desenvolvimento de um bom produto, em qualquer caso, seja ele um produto

novo ou uma versão nova". Tem que ser assim: uma grande importância no

levantamento de requisitos e nas suas qualidades, pois estes devem atender

Page 28: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

18

perfeitamente o problema a ser resolvido com o desenvolvimento do software, sabe-se

que ao desenvolver um sistema novo, nunca este terá todos requisitos levantados e

ajustados nas primeiras liberações de versões.

3.3.1 O Modelo do Problema

O modelo do problema deve ser levantado pelos futuros usuários do sistema, estes com

um bom conhecimento sobre o negócio em questão e juntamente com os

desenvolvedores do projeto, pois através desta colaboração se tem um equilíbrio entre a

área de aplicação, o negócio, e os processos de desenvolvimento envolvidos.

Os requisitos podem alterar-se durante o processo de desenvolvimento, devido

descoberta de defeitos, detalhes insuficientes ou alterações incontornáveis, como

mudanças de legislação, mas todo esforço deve ser feito para que o modelo do problema

seja o máximo possível completo. No caso de alterações, estas devem seguir os

procedimentos de documentação do processo aplicado.

3.3.2 Qualidade dos Requisitos

Filho(2009), define qualidade como as seguintes características:

Correto - Tem de ser realmente requisito do produto.

Preciso - possuir apenas uma única interpretação.

Completo - Reflete todas as decisões de especificação tomadas.

Consistente - Não há conflitos entre nenhum subconjunto de requisitos.

Priorizado - Classificação conforme sua importância.

Verificável - Todos devem ser verificáveis.

Modificável - Sua estrutura deve permitir a mudança de maneira fácil, completa

e consistente.

Devem-se analisar os requisitos levantados em primeira instancia, para que estes

sejam validados, e se tornem de alta qualidade, completos, sem ambiguidade,

implementáveis, consistentes e testáveis.

Deve-se ter a preocupação de encontrar a melhor solução, pois às vezes aquilo

que o utilizador pede não é sempre o que ele necessita (este fato está relacionado com o

seu desconhecimento do que se pode obter de um sistema de informação). Outra questão

a considerar tem a ver com a importância de identificar não apenas as funcionalidades

atuais, mas sobretudo determinar a situação futura a atingir (DA SILVA E VIDEIRA,

Page 29: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

19

2001).

3.3.3 Requisitos Funcionais

Conforme Bezerra(2006), os requisitos funcionais "definem as funcionalidades do

sistema", ou seja as funções que o sistema deverá desempenhar no domínio do negócio

que estiver em questão.

3.3.4 Requisitos Não-Funcionais

Estes declaram as características referentes à qualidade, o desempenho e estão

relacionados às suas funcionalidades. Conforme Filho(2009), "os requisitos não-

funcionais devem ser enunciados de forma precisa e quantitativa, mesmo que seja difícil

formular valores razoáveis no levantamento dos requisitos de uma primeira versão do

produto". Alguns requisitos não-funcionais referente a qualidade: funcionalidade,

confiabilidade, usabilidade, manutenibilidade, portabilidade.

3.4 MODELAGEM DE DADOS

3.4.1 Introdução

Como em muitas aplicações de engenharia, o projeto de uma base de dados através da

técnica top down ou de refinamentos sucessivos é largamente utilizado. Ele começa pela

análise dos requisitos dos usuários finais da base de dados e da visão externa que eles

têm sobre os dados. Esta visão e requisitos dependem da aplicação pretendida da base

de dados, variam de um usuário para outro dentro da organização, e refletem suas

necessidades para o trabalho diário. A base de dados é comumente informal e

incompleta, em graus que variam com o nível de informatização da aplicação (ou da

organização)(GUIMARÃES, 2003).

Um projeto de banco de dados através da modelagem de dados consiste em

especificar os dados através de refinamentos sucessivos, mapeando os dados definidos

em um nível mais alto e abstrato para um nível menos abstrato e detalhado. Este nível

menos abstrato e detalhado consiste na especificação lógica dos dados e já em um

formato adequado ao Sistema gerenciador de banco de dados(SGBD) escolhido para a

implementação da Base de dados.

Para a modelagem de dados da base de dados do SGPP, foram necessários

muitos refinamentos dos dados e ajustes nas entidades, para se adequar a várias visões

de negócio pesquisadas, pois o propósito deste projeto é atender o maior número

possíveis de tipos de projetos, mas como existem muitas variantes de conjuntos de

dados especifico para cada projeto, a base teve de passar por muitas iterações de

Page 30: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

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correções e alterações, até que se encontra-se em um ponto estável para rodar a

aplicação. Vejamos na figura 5, um modelo de projeto para banco de dados, conforme

Guimarães(2003).

Figura 5 – Projeto de uma base de dados.

3.4.2 Diagrama de entidade relacionamento

De acordo com Guimarães (2003), "uma entidade é um objeto do mundo real que possui

existência própria e cujas características ou propriedades desejamos registrar", e um

relacionamento "é uma lista de pares de entidades, onde cada par representa uma

associação entre uma entidade de um conjunto de entidades com outra entidade do outro

conjunto e que estabelece uma interdependência entre elas". Estes relacionamentos

podem possuir cardinalidade ou multiplicidade, são elas, muitos para um(1..*:1), um

para um(1:1) e muitos para muitos(1..*:1..*). Sob o ponto de vista matemático estes

relacionamentos são representados por um sub-conjunto do produto cartesiano, que

contém todos os possíveis pares. Conforme a Figura 6, temos algumas entidades da base

de dados do SGPP referente a gestão de projetos, e seus relacionamentos onde a

entidade planotrabalho esta relacionado com a entidade rubrica e a cardinalidade deste

relacionamento é um para muitos(1:1..*), o diagrama completo do SGPP, nas iterações

de desenvolvimento atuais se encontra no APÊNDICE A.

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21

Figura 6 – Diagrama de Entidade Relacionamento que compõe o gerenciador orçamentário de

projetos.

3.4.3 Dicionário de Dados

O dicionário de dados é a ferramenta textual do modelo funcional, ela completa o

modelo gráfico, descrevendo e detalhando o conteúdo de cada componente. Neste são

detalhadas as tabelas do modelo de dados lógico do sistema. A Tabela 2 nos mostra a

definição da tabela agendamento, com seus nomes de campos, tipo de dados, chaves

estrangeiras e os comentários referente a cada campo, as demais tabelas encontram-se

no APÊNDICE B.

Tabela 2 – Dicionário de dados da entidade projeto.

CAMPO TIPO NULO EXTRA

Idprojeto INT(11) NO AUTO_INCREMENT

usuarios_idtecnico INT(11) SI -

usuarios_idcoordenador INT(11) SI -

financiador_idfinanciador INT(11) SI -

proponente_idproponente INT(11) SI -

valor VARCHAR(45) SI -

tipoprojeto VARCHAR(45) SI -

titulo VARCHAR(250) SI -

processo VARCHAR(45) SI -

Page 32: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

22

resumo TEXT SI -

edital VARCHAR(45) SI -

inicio DATE SI -

termino DATE SI -

url VARCHAR(45) SI -

apelido VARCHAR(45) SI -

3.5 Tecnologias

3.5.1 HTML5

HTML é uma abreviação de Hypertext Markup Language - Linguagem de Marcação de

Hypertexto. Resumindo em uma frase: o HTML é uma linguagem para publicação de

conteúdo (texto, imagem, vídeo, áudio e etc) na Web.

O HTML é baseado no conceito de Hipertexto, que são conjuntos de elementos –

ou nós – ligados por conexões. Estes elementos podem ser palavras, imagens, vídeos,

áudio, documentos etc. Estes elementos conectados formam uma grande rede de

informação. Eles não estão conectados linearmente como se fossem textos de um livro,

onde um assunto é ligado ao outro seguidamente. A conexão feita em um hipertexto é

algo imprevisto que permite a comunicação de dados, organizando conhecimentos e

guardando informações relacionadas. Para distribuir informação de uma maneira global,

é necessário haver uma linguagem que seja entendida universalmente por diversos

meios de acesso.

Desenvolvido originalmente por Tim Berners-Lee, o HTML ganhou

popularidade quando o Mosaic - browser desenvolvido por Marc Andreessen na década

de 1990 - ganhou força. A partir daí, desenvolvedores e fabricantes de browsers

utilizaram o HTML como base, compartilhando as mesmas convenções.

O HTML5 é a nova versão do HTML4. Enquanto o WHATWG define as regras

de marcação que usaremos no HTML5 e no XHTML, eles também definem APIs que

formarão a base da arquitetura web. Essas APIs são conhecidas como DOM Level 0.

Um dos principais objetivos do HTML5 é facilitar a manipulação do elemento

possibilitando o desenvolvedor a modificar as características dos objetos de forma não

intrusiva e de maneira que seja transparente para o usuário final. Ao contrário das

versões anteriores, o HTML5 fornece ferramentas para a CSS e o Javascript fazerem seu

trabalho da melhor maneira possível. O HTML5 permite por meio de suas APIs a mani-

pulação das características destes elementos, de forma que o website ou a aplicação

continue leve e funcional.

O HTML5 modifica a forma de como escrevemos código e organizamos a

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23

informação na página. Seria mais semântica com menos código. Seria mais

interatividade sem a necessidade de instalação de plugins e perda de performance. É a

criação de código interoperável, pronto para futuros dispositivos e que facilita a

reutilização da informação de diversas formas.

3.5.2 HTML5 Boilerplate

Boilerplate é uma poderosa e confiável categoria de ferramentas em forma de templates

criada e mantida por Paul Irish (Google) e Divya Manian. O HTML5 Boilerplate

consiste de um grupo de arquivos HTML, CSS e JavaScript, usados para iniciar um

projeto em HTML5 totalmente pré-configurado e baseado nas mais novas tecnologias.

Contém um conjunto de boas práticas para o front-end no desenvolvimento web,

incluindo configurações recomendadas de servidores web e tecnologias cross-browser,

que promovem a compatibilidade dos recursos para que funcionem em diversos

navegadores e motores de renderização.

3.5.3 CSS3

O CSS (Cascading Style Sheet), folhas de estilo em cascata, é um mecanismo simples

para adicionar estilos aos documentos Web (SILVA, 2011) que formata a informação

entregue pelo HTML. Conforme Silva (2011), "uma regra CSS é composta de duas

partes: o seletor e a declaração. A declaração compreende uma propriedade e um

valor". A sintaxe para se escrever uma regra CSS é mostrada na figura 7.

Figura 7 – Sintaxe básica do CSS.

A informação que será estilizada pode ser de qualquer natureza: imagem, texto,

vídeo, áudio ou qualquer outro elemento criado e a formatação na maioria das vezes é

visual, mas não necessariamente. O CSS prepara essa informação para que ela seja

consumida da melhor maneira possível. Atualmente, com o CSS3 – nova versão –

muitos dos resultados visuais que só poderiam ser alcançados com muito código

javascript e html, podem ser facilmente desenvolvidos apenas com o CSS.

Page 34: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

24

3.5.4 Bootstrap Twitter

Projeto open-source desenvolvido pelo Twitter e utilizado em grande escala em diversas

aplicações web, pois promove um toolkit com características de framework, onde

oferece diversos recursos desde de componentes visuais até bases CSS para a

estruturação de páginas, incluindo o conceito de responsividade, que consiste

basicamente na auto-organização do conteúdo para diversos dispositivos.

3.5.5 JavaScript

É uma linguagem de programação que é pequena, leve, orientada por objectos e multi-

plataforma. Apesar de inicialmente não ser sido desenvolvida como uma linguagem

autônoma, foi desenhada para ser fácil o seu embutimento em outros produtos e

aplicações, como navegadores web. Dentro de um ambiente-hospedeiro, a JavaScript

pode ser ligada aos objetos desse ambiente para providenciar controle programático

sobre eles (MOZILLA DEVELOPER CENTER, 2013).

Dessa maneira a linguagem JavaScript permite um controle maior na

apresentação de páginas, possibilitando recursos que não são disponíveis em HTML

(DEITEL; DEITEL; NIETO, 2003, p. 225), isto é, alinhada as tecnologias como as CSS

e se utilizando da API DOM pode-se modificar a estrutura do documento HTML em

tempo de execução.

Com a evolução do HTML5, trazendo consigo novas API's, houve uma explosão

no uso da tecnologia javascript. No GitHub, serviço de armazenamento e controle de

versão de projetos open-source, o javascript já é a linguagem mais utilizada nos projetos

hospedados neste serviço. O que antes era função de linguagens server-side, como por

exemplo consultar bancos de dados, hoje pode-se ser feito diretamente por javascript e

por rodar no lado do cliente seu processamento é muito mais eficiente, tornando-se a

base do conceito de desenvolvimento client-side, que consiste na criação de aplicações

web utilizando-se apenas as tecnologias HTML, CSS e Javascript.

3.5.6 JQuery

Apesar do Javascript ser uma linguagem poderosa, possui complexidades e

incompatibilidades dependendo do navegador. Segundo a documentação do JQuery

(2013), o JQuery é uma biblioteca que oferece uma maneira simples e fácil de escrever

JavaScript colocada ao alcance não só de programadores experientes como também de

designers e desenvolvedores com pouco conhecimento de programação.

Portanto ao utilizar Javascript em conjunto com a biblioteca JQuery, além de

diminuir a quantidade e melhorar a qualidade do código, aumenta-se a produtividade

Page 35: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

25

proporcionando tanto ao programador uma experiência mais agradável de

desenvolvimento, assim como uma melhoria significativa na interação do usuário final

com a aplicação.

3.5.7 Ajax

A palavra AJAX vem da expressão Asynchronous JavaScript and XML. É o uso

sistemático de JavaScript e XML(entre outras tecnologias) para tornar o navegador mais

interativo com o usuário, utilizando-se solicitações assíncronas de informações. Isso

quer dizer que podemos utilizar o AJAX para fazer uma solicitação ao servidor Web

sem que seja necessário recarregar a página que estamos acessando(NIEDERAUER,

2007), o SGPP utiliza esse recurso em todas as suas requisições, tornando-as mais leves

e acessíveis, que se torna muito perceptível principalmente quando o cliente não possui

uma boa conexão de internet. XMLHttpRequest é o objeto que ativamos via JavaScript

para a criação de uma comunicação assíncrona, ou seja, para estabelecermos uma

conexão independente entre o usuário e o servidor, sem que a página dependa disso para

continuar sendo utilizada. Daí vem o “A” da sigla AJAX(Asynchronous JavaScript and

XML). Ou seja o JavaScript(que está dentro de uma página HTML) envia uma

requisição XMLHttpRequest para o servidor, que retornará informações, a qual por sua

vez serão tratadas no lado cliente (NIEDERAUER, 2007). Desta forma foi possível

salvar todos os dados dos formulários sem que haja a atualização da página HTML atual

e de forma rápida, tendo o usuário apenas que digitar os dados e clicar no comando

salvar, e a mensagem de retorno da operação retorna na mesma página, sem a

necessidade de mudar de páginas, obtendo-se respostas instantâneas.

3.5.8 MySQL

Atualmente é o mais popular sistema de gerenciamento de banco de dados SQL Open

Source, é desenvolvido, distribuído e tem suporte da MySQL AB, uma

empresa comercial, fundada pelos desenvolvedores do MySQL, cujos negócios é

fornecer serviços relacionados ao sistema de gerenciamento de banco de dados MySQL.

É possível para qualquer um usar e modificar o programa. Qualquer pessoa pode fazer

download do MySQL pela Internet e usá-lo sem pagar nada. Se você quiser, você pode

estudar o código fonte e alterá-lo para adequá-lo às suas necessidades. O MySQL usa

a GPL, para definir o que você pode e não pode fazer com o software em diferentes

situações(WELLING E THOMSON, 2005)..

O servidor de banco de dados MySQL no SGPP mostrou-se é extremamente

Page 36: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

26

rápido, confiável, e fácil de usar. Possui um conjunto de recursos muito práticos e lida

com bancos de dados muito grandes de maneira muito mais rápida que as demais

soluções existentes nesta categoria de bancos de dados relacionais open-source. A

conectividade, velocidade, e segurança fazem com que o MySQL seja altamente

confiável na utilização com o SGPP.

3.5.9 PHP

É executado no lado do servidor, uma das linguagens de programação mais utilizadas na

Web para a criação de páginas dinâmicas. O código PHP pode ser embutido em uma

página HTML, apesar de que esta, atualmente, não é considerada uma boa prática de

programação,pois o ideal é que o client-side possua apenas as tecnologias client-side já

citadas como HTML, CSS e Javascript. O servidor processa esse código e retorna uma

página contendo somente HTML ao navegador do usuário. Um trecho de código PHP

deve estar entre as tags <?php (para começar o código) e ?>(para concluir), para que o

servidor Web reconheça que se trata de um código de programação e possa chamar o

interpretador PHP para executá-lo( Niederauer, 2007).

3.5.10 Zend Framework

Zend Framework é um framework para aplicações Web de código aberto, orientado a

objetos, implementado em PHP 5 e licenciado como New BSD License. Zend

Framework - frequentemente referido como ZF - foi desenvolvido para aproveitar o

máximo das características do PHP e facilitar o desenvolvimento e manutenção de

aplicações web. Isto indica que o conhecimento avançado sobre a linguagem PHP

facilita o aprendizado e uso do Zend Framework.

Page 37: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

27

4. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA WEB DE GESTÃO

4.1 Levantamento dos Requisitos Os requisitos do SGPP foram levantados através de entrevistas com gestores de projetos

e também através de pesquisas sobre outros sistemas de software para gerenciamento já

existentes no mercado, pois o objetivo geral do SGPP é disponibilizar através da web,

recursos computacionais bem refinados para informatizar os processos gerenciais de

forma que os gestores possam cadastrar, atualizar e analisar todas informações

pertinentes aos projetos.

4.1.1 Requisitos Funcionais

Conforme visto anteriormente no Capítulo 3.3.3, os requisitos funcionais definem as

funcionalidades do sistema. Os requisitos funcionais do SGPP passaram por diversas

fases de desenvolvimento e análise, pois foram definidos os principais para o

funcionamento do sistema, mas a cada revisão dos processos, estes passam por

atualizações e aprimoramentos, e muitas vezes geram novos requisitos funcionais.

Conforme a Tabela 3, temos alguns requisitos funcionais do SGPP, com sua

identificação, descrição e prioridade, sendo através desta prioridade que podemos

identificar quais recursos devem ser desenvolvidos nas primeiras iterações(etapas) do

desenvolvimento.

Tabela 3 – Alguns requisitos funcionais do SGPP.

ID DESCRIÇÃO PRIORIDADE

1 Efetuar Login Essencial

2 Cadastrar Usuário Essencial

3 Validar Acesso de Usuário Essencial

4 Alterar perfil de Usuário Importante

5 Consultar Projetos Essencial

6 Lista de Projetos Essencial

7 Excluir Projetos Essencial

8 Visualizar Orçamento Geral Importante

9 Visualizar Orçamento Específica de cada projeto Essencial

10 Inserir e alterar gastos ao projeto Essencial

11 Visualizar gastos detalhados por rubrica Essencial

12 Inserir ata de reuniões Essencial

13 Alterar/Excluir atas de reuniões Essencial

14 'Timeline' para compartilhamento de informações Importante

Page 38: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

28

4.1.2 Requisitos Não Funcionais

O SGPP é um sistema Web, desenvolvimento sobre os paradigmas client-side, sendo

assim, temos de dar grande importância aos requisitos não funcionais, já que estes

declaram as características referente à qualidade e o desempenho, e estão relacionados

às suas funcionalidades.

4.2 O projeto SGPP Este projeto visa solucionar os problemas encontrados para o gerenciamento de

projetos, controle de orçamentos e controle interno de reuniões, assim como o

compartilhamento de informações entre os grupos de pesquisa que compõe os

laboratórios da FCT, através do desenvolvimento de um sistema de software para

informatizar os processos internos, onde os coordenadores e demais perfis de usuários

possam administrar as informações referentes aos projetos, otimizando o gerenciamento

e o processo de tomada de decisão.

4.2.1 Justificativa

As microempresas, profissionais autônomos ou pequenas organizações como

laboratórios de pesquisa, em sua maioria, não contam com nenhum sistema de controle

informatizado ou o sistema é muito precário, onde em alguns casos, há somente

controles manuais a exemplo de tabelas estruturadas e planilhas. A grande maioria

destes negócios possuem grande fluxo de dados, ficando assim cada dia mais difícil o

controle manual da gestão de informações.

Apesar de existência de diversos softwares para gerencia de projetos disponíveis

no mercado, nossa proposta se baseia em alguns fatores que justificam a criação de um

novo produto de software: primeiramente vemos que as empresas de desenvolvimento e

software possuem muitos produtos legados, ou seja, reaproveitaram soluções antigas

pois é muito mais lucrativo reutilizar um produto desenvolvido em uma tecnologia

defasada do que re-implementar toda uma solução de software. O desenvolvimento do

sistema proposto neste trabalho vem fortalecer as tecnologias para desenvolvimento

web utilizadas pela Fábrica de Software da Faculdade de Engenharia da Computação e

Telecomunicações.

Do ponto de vista funcional, os projetos de pesquisa apresentam diversas

particularidades em relação a seus requisitos, que não encontram-se implementadas nos

produtos existentes no mercado, além de existir a necessidade de se ter um produto

adaptável e escalável para que novas funcionalidades sejam incluídas de acordo com as

necessidades do gestores e coordenadores de projetos.

Page 39: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

29

O uso de sistemas informatizados para controle do fluxo de informações, vem

crescendo muito nos últimos anos, tanto em grandes empresas como em pequenas

organizações. Na tabela 4, temos alguns benefícios esperados do SGPP.

Tabela 4 – Alguns benefícios esperados do SGPP.

ID Benefícios Valor para o Cliente

1 Gerenciamento de Usuários Essencial

2 Gerenciamento de Grupos de Pesquisa Essencial

3 Controle orçamentário de projetos Essencial

4 Envio de e-mail para informar a atividade de

determinado grupo

Importante

5 Controle das despesas Essencial

6 Planejamento de gastos dos projetos Essencial

7 Emissão de relatórios dos gastos do projeto Essencial

8 Visualização de gráficos Importante

9 Controle das atividades de cada membro dos projetos Essencial

10 Gerenciamento de atas de reuniões Essencial

11 Acesso Offline ao sistema Importante

4.2.2 Delimitação

O SGPP não disponibilizará na versão atual todos os tipos de gráficos que fazem parte

do módulo de suporte à decisão, assim como a impressão dos relatórios das despesas do

projeto. O sistema web armazena todos seus dados e informações no lado do cliente,

utilizando recursos de WebStorage. No entanto, na versão atual ele não faz

sincronização com o servidor de banco de dados, ou seja, novos dados não poderão ser

inseridos no momento que o sistema estiver offline, apenas consultas sobre as bases já

visualizadas anteriormente através do sistema.

4.3 Desenvolvimento do SGPP Como premissa inicial deste estudo, desenvolveu-se uma plataforma web de gestão,

onde tecnologias como HTML5, CSS3, JavaScript, PHP e MySQL foram utilizadas.

Neste item e seus subitens, aborda-se separadamente cada uma das tecnologias, no que

diz respeito ao seu histórico, e papel na constituição do modelo de plataforma web de

gestão, além dos demais aspectos intrínsecos de cada ferramenta.

A escolha de cada um dos softwares utilizados deu-se pelo critério de serem

essencialmente livres – open source - e a vasta disponibilidade de documentação e

conteúdo bibliográfico acerca dessas tecnologias, fator que contribui diretamente para o

alcance do escopo da pesquisa. Na fase de desenvolvimento, optou-se pela metodologia

de desenvolvimento da Open Web Plataform, utilizando, por exemplo, o artifício do

Page 40: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

30

elemento como Ajax para as chamadas assíncronas, WebStorage para armazenamento

local e no que se refere ao ambiente de desenvolvimento foi utilizado o software

Sublime Text 2, juntamente com o ambiente de teste baseado no servidor Web Apache.

Portanto, por meio da pesquisa substancialmente conceitual abordada no segundo e

terceiro capítulos, e na investigação das tecnologias citadas nos próximos itens deste

capítulo, buscou-se obter um modelo de plataforma web de gestão de baixo custo, que

atenda a todos os requisitos especificados.

4.4 Metodologia utilizada no desenvolvimento

Como foi citado nos tópicos anteriores, o SGPP foi desenvolvido sobre o paradigma

client-side, ou seja, seu funcionamento não depende necessariamente do servidor, esta é

uma nova abordagem no que concerne a criação de sistemas web. Este resultado foi

obtido através do uso do HTML5. Um dos seus recursos mais utilizados neste trabalho

foi o webstorage, que veio substituir os antigos 'cookies', que armazenavam

temporariamente informações dos sites acessados para que, quando acessado

posteriormente pudessem consultar informações dos usuários previamente salvas.

Em sua especificação atual, o webstorage é capaz de armazenar até 5 Mb de

dados, promovendo grande facilidade na manipulação de informações no lado do

cliente. Um exemplo de sua utilização é na renderização de páginas, onde ao acessar na

primeira vez, a página é carregada e salva localmente, ao acessar posteriormente, a

página não é mais solicitada ao servidor, apenas é lida localmente e renderizada,

melhorando consideravelmente o desempenho da aplicação. Outro exemplo de sua

utilização é na listagem do conteúdo, como por exemplo, a lista de despesas do projeto

separadas por rubricas.

Assim como no caso das páginas, no primeiro acesso a lista é carregada do

servidor para o cliente e antes de ser mostrada ao usuário, essa lista é salva no

webstorage e na próxima vez que esta mesma lista for requisitada, o conteúdo é lido

localmente apresentado ao usuário e através de uma requisição ajax, de forma

assíncrona, o sistema lê a lista do servidor e na volta substitui a anterior, dando a

impressão ao usuário que o sistema não possui latência na apresentação do conteúdo,

assim como, no caso de falta de conexão com a internet, o usuário poderá utilizar

normalmente o sistema, pois além de serem salvas no servidor, as informações também

são armazenadas no lado do cliente, como mostra a Figura 8. O SGPP é uma aplicação

que utiliza em sua totalidade do paradigma client-side, podendo, inclusive, ser

executada offline, ou seja sem a necessidade de conexão com a internet.

Page 41: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

31

O sucesso do paradigma aplicado neste trabalho se deve, principalmente, à

forma como a arquitetura foi desenvolvida. O lado do cliente é totalmente isolado e

independente do servidor, a plataforma HTM5 garante a sustentabilidade de todas as

funcionalidades necessárias para executar a aplicação independente do servidor. O lado

do servidor por sua vez é responsável apenas por duas funcionalidades: manipulação do

banco de dados e o processo de autorização e autenticação do sistema. A comunicação

entre o cliente e o servidor é feita via JSON, notação JavaScript para representar

objetos, basicamente consiste em uma string de dados, formatada de acordo com o

padrão desta notação. A principal vantagem de utilizar essa tecnologia, é a garantia do

isolamento do cliente em relação ao servidor, garantindo independência da aplicação

cliente-side.

Figura 8 – Arquitetura representando o funcionamento das requisições do sistema.

Outra questão importante foi desenvolvimento em camadas, aplicando o CSS3

para estilizar cada componente de forma individual, baseado em um conjunto de classes

CSS bem estruturadas presentes no Bootstrap Twitter, fez com que o sistema se tornasse

mais leve e muito mais agradável visualmente, na Figura 9 e na Figura 10, encontram-se

as representações deste desenvolvimento em camadas.

Page 42: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

32

Figura 9 – Representação dos componentes visuais da área de login disposto em camadas.

Figura 10 – Representação dos componentes visuais da página inicial disposto em camadas.

Atrelado ao desenvolvimento visual em camadas, utilizamos o conceito de

design responsivo, que prevê a adaptabilidade dos componentes de acordo com

dispositivo de acesso. O SGPP explora bastante este recurso, sendo assim, os usuários

poderão acessá-lo através de qualquer dispositivo, seja um computador desktop, celular

ou tablet e terão o conteúdo disposto de forma adaptada e personalizada para cada um

destes dispositivos, como mostra a Figura 11.

Page 43: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

33

Figura 11 – Aparência do sistema ao ser acessado através de um celular.

No SGPP, para o lado do servidor, o Zend foi o framework de aplicação utilizado

para receber e responder as requisições feitas ao servidor. No entanto, devido à natureza

client-side que o sistema foi desenvolvido, o Zend Framework, ficou responsável por

apenas duas funções essenciais: autenticação do sistema e controle do fluxo de

informações com o banco de dados, todas as outras funcionalidades ocorrem no lado do

cliente, aumentando significativamente o desempenho do sistema.

4.5 Apresentação das telas do sistema Na Figura 12, apresenta-se a tela inicial do sistema no momento que o usuário está

logado, consiste em um dashboard que contém informações gerais do sistema, assim

como uma timeline para compartilhamento de conteúdo entre os usuários, informações

dos grupos aos quais o usuário participa e mensagens de outros usuários.

Page 44: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

34

Figura 12 – Dashboard do sistema de gerenciamento.

A Figura 13 mostra o formulário para inserção das informações do projeto, que

foi dividido em 4 etapas para facilitar a utilização do sistema, simplificando as etapas do

cadastro.

Figura 13 – Formulário de projetos.

Na Figura 14 temos a visualização generalizada do orçamento do projeto

dividido por rubricas e na parte superior o cálculo à respeito do que foi gasto e o que

Page 45: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

35

está disponível para cada tipo de despesa.

Figura 14 – Listagem do orçamento do projeto discriminando o que foi gasto e o valor

disponível para cada tipo de despesa.

A Figura 15 apresenta o formulário para a criação de atas das reuniões, que conta

com o recurso de cronometragem, para que possa ser utilizado no decorrer da reunião,

podendo-se, a partir dessas informações, extrair conhecimentos estatísticos à respeito

das reuniões.

Figura 15 – Formulário de Atas de reuniões.

Page 46: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

36

O sistema também possui um controle de grupos de pesquisa, onde cada projeto

representa um grupo composto pelos membros do respectivo projeto. Assim sendo,

podem compartilhar informações entre si, além de proporcionar análises a respeito do

desempenho dos membros através do acompanhamento das atividades e a frequência de

colaboração e participação de cada participante do projeto.

Page 47: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

37

5. CONCLUSÃO

O uso de ferramentas eficientes de informação para auxiliar no processo decisórios das

organizações apresenta-se como um fator crucial para que as mesmas se mantenham

competitivas no mercado. O uso da informação de forma inteligente fortalece o plano de

atuação das empresas. A geração de informações rápidas, precisas e principalmente

úteis, garante uma estruturação diferenciada de gestão, além de melhorar o processo de

tomada de decisões pelos gestores.

Neste trabalho, foi proposto e implementado um sistema de gestão de projetos

com o objetivo de solucionar a problemática da necessidade de uma ferramenta eficiente

para a gestão de projetos. Dentre os seus variados recursos que foram apresentados

neste trabalho, destacamos o controle orçamentário dos projetos, pois ele tem como

objetivo suprir, principalmente, a deficiência do controle financeiro dos projetos,

outrora feito de maneira manual. Este módulo, realiza os cálculos financeiros dos

projetos provendo a facilidade de visualização de informações importantes como: Valor

Total, Valor Gasto e Valor Disponível, apresenta de maneira bastante usual, a listagem

dos gastos totais, podendo ser visualizado agrupado por tipo de gasto.

A forma a qual foram aplicados e implementados os recursos tecnológicos, foi

bastante significativa para chegar aos resultados obtidos. O uso da OpenWebPlataform

garantiu um bom desempenho ao sistema, assim como maior agilidade no processo de

implementação do sistema.

Para a produção deste trabalho, foram aplicados conhecimentos teóricos e

experiências práticas adquiridas durante as etapas de análise, estudo e levantamento

bibliográfico. Foram estudados os principais conhecimentos relacionados aos sistemas

integrados de gerenciamento, tendo ênfase neste tipo de tecnologia voltada para o

ambiente web.

Como trabalhos futuros, pretende-se aplicar técnicas de mineração de dados para

melhorar a qualidade das informações e auxiliar de forma mais eficaz no processo de

tomada de decisão, além de incluir a geração de relatórios gerenciais mais completos e

com gráficos estatísticos.

Page 48: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

38

Page 49: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

39

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Page 51: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

APÊNDICE A – Diagrama Entidade Relacionamento

Page 52: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

APÊNDICE B – Dicionário de Dados 1. despesas

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

iddespesas INT(11) NO AUTO_INCREMENT

projeto_idprojeto INT(11) SI -

usuarios_idusuarios INT(11) SI -

rubrica_idrubrica INT(11) SI -

Código INT(11) SI -

Ativo TINYINT(4) SI -

Cheque INT(11) SI -

unidades INT(11) SI -

descricao VARCHAR(255) SI -

fornecedor VARCHAR(255) SI -

Valor VARCHAR(45) SI -

Inicio DATE SI -

Termino DATE SI -

url VARCHAR(45) SI -

Local VARCHAR(255) SI -

Motivo VARCHAR(255) SI -

2. financiador

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idfinanciador INT(11) NO AUTO_INCREMENT

Nome VARCHAR(255) SI -

3. projeto

CAMPO TIPO NULO EXTRA

Idprojeto INT(11) NO AUTO_INCREMENT

usuarios_idtecnico INT(11) SI -

usuarios_idcoordenador INT(11) SI -

financiador_idfinanciador INT(11) SI -

proponente_idproponente INT(11) SI -

Valor VARCHAR(45) SI -

tipoprojeto VARCHAR(45) SI -

Titulo VARCHAR(250) SI -

Processo VARCHAR(45) SI -

Resumo TEXT SI -

Edital VARCHAR(45) SI -

Inicio DATE SI -

Termino DATE SI -

url VARCHAR(45) SI -

Apelido VARCHAR(45) SI -

Page 53: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

4. proponente

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idproponente INT(11) NO AUTO_INCREMENT

Nome VARCHAR(255) SI -

5. rubrica

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

Idrubrica INT(11) NO AUTO_INCREMENT

Tiporubrica VARCHAR(45) SI -

6. usuarios

CAMPO TIPO NUL

O EXTRA COMENTARIOS

idusuarios INT(11) NO AUTO_INCREME

NT

Nome VARCHAR(255) SI -

Email VARCHAR(45) SI -

Senha VARCHAR(45) SI -

Perfil VARCHAR(45) SI -

Facebook VARCHAR(200) SI -

first_name VARCHAR(200) SI -

last_name VARCHAR(200) SI -

Gender VARCHAR(45) SI -

idfacebook VARCHAR(200) SI -

updated_time VARCHAR(200) SI -

username VARCHAR(200) SI -

Status INT SI -

laboratorio_idlaboratorio INT SI -

vinculo_idvinculo INT SI -

7. repasses

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idrepasses INT NO AUTO_INCREMENT

datarepasse DATE SI -

valorrepasse VARCHAR(45) SI -

projeto_idprojeto INT(11) SI -

8. planotrabalho

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

Page 54: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

idplanotrabalho INT NO AUTO_INCREMENT

valor_planotrabalho VARCHAR(45) SI -

rubrica_idrubrica INT(11) SI -

projeto_idprojeto INT(11) SI -

9. agenda

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idagenda INT NO AUTO_INCREMENT

Titulo VARCHAR(45) SI -

datainicio DATE SI -

Datafim DATE SI -

descricao TEXT SI -

remetente INT(11) SI -

destinatario INT(11) SI -

prioridade INT SI -

hora DATETIME SI -

10. faq

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idfaq INT NO AUTO_INCREMENT

pergunta MEDIUMTEXT SI -

resposta TEXT SI -

usuarios_idusuarios INT(11) SI -

11. laboratório

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idlaboratorio INT NO AUTO_INCREMENT

laboratorio VARCHAR(200) SI -

sigla VARCHAR(200) SI -

coordenador VARCHAR(200) SI -

12. atas

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

Idata INT NO AUTO_INCREMENT

datacriacao TIMESTAMP SI -

datafechamento TIMESTAMP SI -

datareabertura TIMESTAMP SI -

conteudo LONGTEXT SI -

observacao LONGTEXT SI -

ultimaalteracao TIMESTAMP SI -

urlgoogledocs LONGTEXT SI -

Page 55: SISTEMA WEB PARA ADMINISTRAÇÃO, GERENCIAMENTO E SUPORTE À DECISÃO EM PROJETOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Pauta LONGTEXT SI -

Assunto MEDIUMTEXT SI -

membrosexternos MEDIUMTEXT SI -

Duração VARCHAR(45) SI -

palavraschaves MEDIUMTEXT SI -

13. usuarios_atas

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

usuarios_idusuarios INT(11) NO -

atas_idata INT NO -

Criador INT SI -

idusuarioatas INT NO AUTO_INCREMENT

Lida INT SI -

14. vinculo

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idvinculo INT NO AUTO_INCREMENT

Vinculo VARCHAR(200) SI -

15. convite

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idconvite INT NO AUTO_INCREMENT

email MEDIUMTEXT SI -

usuarios_idusuarios INT(11) SI -

16. anexo

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idanexo INT NO AUTO_INCREMENT

filename MEDIUMTEXT SI -

Filetype VARCHAR(45) SI -

Size VARCHAR(45) SI -

Path MEDIUMTEXT SI -

projeto_idprojeto INT(11) SI -

relativepath MEDIUMTEXT SI -

17. campo

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idcampo INT NO AUTO_INCREMENT

Nome VARCHAR(200) SI -

Label VARCHAR(200) SI -

Tipo VARCHAR(45) SI -

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18. despesa

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

iddespesa INT NO AUTO_INCREMENT

data_criacao DATE SI -

data_modificacao DATE SI -

projeto_idprojeto INT(11) SI -

19. rubrica_campo

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idrubricacampo INT NO AUTO_INCREMENT

rubrica_idrubrica INT(11) SI -

campo_idcampo INT SI -

obrigatorio VARCHAR(45) SI -

Mask VARCHAR(45) SI -

validator VARCHAR(45) SI -

placeholder VARCHAR(45) SI -

20. despesa_rubrica_campo

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

despesa_iddespesa INT NO -

rubrica_campo_idrubricacampo INT NO -

Valor VARCHAR(200) SI -

21. grupo

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

Idgrupo INT NO -

Nome VARCHAR(45) SI -

Tipo INT SI -

22. grupo_usuarios

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

grupo_idgrupo INT NO -

usuarios_idusuarios INT(11) NO -

23. post

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

Idpost INT NO -

data_cadastro DATETIME SI -

Post TEXT SI -

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usuarios_idusuarios INT(11) NO -

24. comentário

CAMPO TIPO NULO EXTRA COMENTARIOS

idcomentario INT NO -

comentario TEXT SI -

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post_idpost INT NO -

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