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Gênero, Sexualidade e Educação. (Guacira Lopes Louro) (p. 79-92).

Slides semana 4

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Gênero, Sexualidade e

Educação. (Guacira Lopes Louro) (p. 79-

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Quer tal revisarmos um

pouco o que estudamos até

agora?

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A escolarização dos corpos e da mente

“O prédio escolar informa a todos/as a sua razão de existir. Suas marcas, seus símbolos e arranjos arquitetônicos “fazem sentido”, instituem múltiplos sentidos, constituem distintos sujeitos” (p. 79)

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“Os sentidos precisam estar afiados para que sejamos capazes de ver, ouvir, sentir as múltiplas formas de constituição dos sujeitos implicados na concepção, na organização e no fazer cotidiano escolar” (p. 80)

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“Nem o tempo, nem o espaço escolar não são distribuídos, nem usados do mesmo modo por todas as pessoas” (p. 80).

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Escola, lugar de ganhar (ou perder) tempo:

Lazer, laser, neg(ócio), aprendizagem, namorados/as, mudanças, (in)exclusões, eles/elas, vidas que se entrecruzam, códigos, línguas, quebras, regras, submundo, micromundo, raça, classe, etnia, sexualidade e gênero.

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“Gestos, movimentos, sentidos são produzidos no espaço escolar e incorporados por meninos e meninas. Tornam-se, portanto, parte de seus corpos. Ali se aprende a olhar e a se olhar; a ouvir e a se ouvir; a falar e a se calar; se aprende a preferir. Todos os sentidos são treinados, fazendo com que cada um e cada uma conheça os sons, os cheiros e os sabores “bons”e decentes e rejeite os indecentes. Aprenda o que, a quem e como tocar (ou, na maior parte das vezes, não tocar) (...) tudo atravessado pelas diferenças” (p. 81).

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É tão lindo (A Turma do Balão Mágico). Se tem bigodes de foca Nariz de tamanduá Parece meio estranho, hein? Também um bico de pato E um jeitão de sabiá Mas se é amigo Não precisa mudar E é tão lindo Deixa assim como está E eu adoro, adoro Difícil é a gente explicar Que é tão lindo! Se tem bigodes de foca Nariz de tamanduá E orelhas de camelo, né tio! Mas se é amigo de fato A gente deixa como ele está É tão lindo, não precisa mudar É tão lindo é tão bom de se gostar E eu adoro É claro Bom mesmo é a gente encontrar Um bom amigo São os sonhos verdadeiros Quando existe amor Somos grandes companheiros Os três mosqueteiros Como eu vi no filme É tão lindo, não precisa mudar É tão lindo deixa assim como está

E eu adoro e agora Eu quero poder lhe falar Dessa amizade que nasceu Você e eu Nós e você Vocês e eu E é tão lindo - Tio - Hein? - É legal ter um amigo, né? - É maravilhoso Mesmo que ele tenha Bigodes de foca e até um nariz de tamanduá - E orelhas de camelo tio, lembra? - Orelhas de camelo? - É tio - É mesmo, orelhas de camelo! Mas é um amigo, né? - É - Então não se deve mudar.

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“O processo de ‘fabricação’ dos sujeitos é continuado e geralmente muito sutil, quase imperceptível” (p. 82)”.“Olhar atento às práticas cotidianas nas quais os sujeitos são construídos. (...) Desconfie do que é tomado como natural” (p. 82).”“A separação deve ser encarada sempre como natural?”

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Gênero e sexualidade1.A partir da compreensão sobre as diferenças corporais e sexuais, culturalmente se cria na sociedade, ideias e valores sobre o que é ser homem ou mulher. Esta diferenciação se denomina representações de gênero. 2.Infelizmente, as questões de gênero têm ligação direta com a disposição social de valores, desejos e comportamentos no que tange à sexualidade.

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gênero e sexualidade na escola

1. Escola - Extensão da sociedade, uma instituição “formadora” de opiniões. 2. Reflexão sobre as diferenças na escola, especialmente no que se refere aos termos sexualidade, sexismo e homofobia, procurando compreender como eles interferem no cotidiano escolar.

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Gênero1.“[...]uma operação de classificação cultural[...]” (ALBEERNAZ e LONGHI, 2009, p.83), significa reafirmar que através da cultura usamos o gênero para pensar o que é ser homem e o que é ser mulher, sendo que a educação desempenha importante papel nesse sentido.2.Gramaticalmente, designa o meio de classificar fenômenos, fazer diferenças entre masculino e feminino.3.Em uma perspectiva acadêmica, o termo abrange a importância dos grupos humanos e os simbolismos de cada época. 4.A formação histórica do conceito está diretamente relacionada à adoção do termo pelas feministas americanas que almejavam uma forma de qualificar as diferenças presentes no sexo, antes trabalhadas nas academias como “questões de mulher” ou “estudos sobre mulher” e passam a usar a expressão no seu sentido literal “[...]como uma maneira de referir-se à organização social da relação entre os sexos[...]” (SCOTT, 1996, p.1).5.A discussão em torno de gênero perpassa pela observação que fazemos das relações sociais, no trabalho, no lazer, na política, enfim, convivemos permanentemente com relações de dominação, com relações de poder. Entende-se então que o gênero é ainda uma das primeiras formas de distribuir e significar o poder, sendo que o que é classificado como masculino tende a ser mais forte, superior e poderoso; ao passo que o que é considerado feminino é visto como mais fraco, com menos poder e por isso deve ficar sob a esfera de proteção e de submissão ao masculino. (ALBEERNAZ e LONGHI, 2009)

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6. São relações construídas a partir de inúmeros fatores, entre eles, a educação no que tange a separação de meninos e meninas em mundos distintos. É a partir de uma perspectiva diferenciada que o masculino se sobrepõe ao feminino e gradativamente vai transformando meninos em sujeitos dominadores ou em “machos”.7. Segundo Louro (1997) e Braga (2007), o termo gênero passou a ser usado com o propósito de marcar as diferenças entre homens e mulheres, que não são apenas de ordem física e biológica. Para as autoras, a diferença sexual anatômica não pode ser pensada de forma isolada das construções sociais e culturais da qual fazem parte.

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Identidade de gênero O  psicólogo  John  Money  (1921-2006)  nos diz  que  esta  vai  além do  sexo  como marca genital  englobando  o  ser  masculino  e feminino. Para ele a criança aprenderia a ser menino ou menina como aprendia a falar. A natureza  faria  apenas  a  criação  e  a sociedade estabeleceria as normas, ou seja, ele  inverte  o  sinal  sexual,  e  estampa  no corpo  de meninos  a  noção  de  que  “não  se nasce homem” (TORRES, 2010).

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Identidade sexualNeste  contexto,  a  formação  da  identidade pessoal  serve  como  base  para  a  formação  de uma  identidade sexual (GUIMARÃES,  1995), visto  que  esta  se  fundamenta  na  percepção individual sobre o próprio sexo, evidenciado no papel de gênero assumido nas relações sexuais como pontua Heilborn  (2004,  p.  43)  “[...]  essa identidade opera motivada por uma orientação erótica espontânea  [...]  ”.  Já os papéis  sexuais vêm a ser as formas de agir, pensar, padrões de comportamento  criados  e  regulados  pela sociedade e suas instituições.

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Observamos então que, a identidade de gênero compreende os papéis sexuais, bem como tende a defini-los de acordo com o modelo social. Para Louro (1999), é “através do aprendizado de papéis” que “[...] cada um/ a deveria conhecer o que é considerado adequado (inadequado) para um homem ou para uma mulher [...]”, o que não levaria em conta as diferentes formas de masculinidade e de feminilidade e as “complexas redes de poder” que constituem hierarquias entre os gêneros. 

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Os estereótipos sociais na constituiçãos das identidades de gênero

Na identidade de gênero são estabelecidos pela sociedade diferentes valores, padrões de comportamento, características ditas como “naturais” ao sexo feminino. Esses estereótipos são histórico e culturalmente formados e modificados. Tudo que foge a essas características consideradas “ideais” sofre um processo, às vezes oculto, de discriminação. Os estereótipos são crenças socialmente compartilhadas a respeito dos membros de uma categoria social, que se referem às suposições sobre a homogeneidade grupal e aos padrões comuns de comportamento dos indivíduos que pertencem a um mesmo grupo social.

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Então, expressões como “é típico de mulher esse sentimento”, “isto é para homem”, revelam o mais genuíno sexismo expresso na mais cabal forma estereotipada.  Existem também estereótipos que são reforçados pelo senso comum, constituídos sobre imagens rotuladas, símbolos pejorativos, na maioria das vezes explicitando situações de violência e de desprezo, de forma mais intensa sobre a mulher.

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Sexualidade O  conjunto  de  processos  sociais  que  produzem  e  organizam  a expressão do desejo e o gozo dos prazeres corporais, orientados a sujeitos do sexo oposto, do mesmo sexo, de ambos os sexos, ou a si mesmo  (a).  Este  vem a  ser  também um  conceito  cultural  que diz respeito  à  forma  como  cada  ser  vivencia  e  significa  o  sexo,  indo além  do  determinismo  naturalista  como  defende  Foucault  (1997, p.100).[...]  não  se  deve  conceber  [a  sexualidade]  como  uma  espécie  de dado da natureza que o poder é tentado a pôr em xeque, ou como um domínio obscuro que o saber tentaria, pouco a pouco, desvelar. A sexualidade é o nome que se pode dar a um dispositivo histórico: não a uma realidade subterrânea que se apreende com dificuldade, mas à grande rede da superfície em que a estimulação dos corpos, a  intensificação dos prazeres,  a  incitação ao discurso,  a  formação do  conhecimento,  o  reforço  dos  controles  e  das  resistências, encadeiam-se uns aos outros, segundo algumas grandes estratégias de saber e de poder.

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A sexualidade é considerada, neste contexto, como um “fato social” no sentido de condutas, como origem da identidade além de ser um campo a ser explorado cientificamente. É deste ponto de vista, em que as relações de gênero têm fundamentação em categorizações impregnadas na ordem social, que se permite relacionar não só a posição das mulheres, de maneira subordinada, mas também a relação entre sexualidade e poder.

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Disponível em: >monografias.brasilescola.com/pedagogia/relacoes-genero-sexualidade.htm<. Data da consulta: 23/07/2013.