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VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 1 V.I.1 Crescimento endógeno I - O que aprendemos com a teoria do crescimento exógeno? Identificação da principal fonte de crescimento económico. O capital físico é um factor autónomo de acumulação. O capital humano pode também ser considerado como um factor autónomo de acumulação. As Políticas Económicas originam dinâmicas de ajustamento a que estão associados efeitos de nível permanentes e efeitos de crescimento transitórios. Essas políticas são levadas a cabo utilizando variáveis instrumento que agem sobre as taxas de investimento dos factores acumuláveis. II - O que aprendemos com a teoria do crescimento endógeno que emergiu nos anos 80? Fontes de crescimento endógeno: externalidades, por ex: resultantes da acumulação de factores, (manutenção da hipótese de concorrência pura e perfeita); sector privado de I&D (hipótese de concorrência imperfeita). O capital humano é o input crucial da actividade de I&D e é facilitador da imitação tecnológica. As Políticas Económicas geram efeitos de crescimento permanentes, ou efeitos de crescimento transitórios duráveis. As políticas são levadas a cabo utilizando variáveis instrumento que agem positivamente sobre o investimento em capital humano e sua composição, sobre o investimento em I&D e sua composição, sobre a imitação tecnológica,...

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VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 1

V.I.1 Crescimento endógeno I - O que aprendemos com a teoria do crescimento exógeno?

Identificação da principal fonte de crescimento económico.

O capital físico é um factor autónomo de acumulação.

O capital humano pode também ser considerado como um factor autónomo de acumulação.

As Políticas Económicas originam dinâmicas de ajustamento a que estão

associados efeitos de nível permanentes e efeitos de crescimento transitórios.

Essas políticas são levadas a cabo utilizando variáveis instrumento que agem sobre as taxas de investimento dos factores acumuláveis.

II - O que aprendemos com a teoria do crescimento endógeno que emergiu nos anos 80?

Fontes de crescimento endógeno: externalidades, por ex: resultantes da acumulação de factores, (manutenção da hipótese de concorrência pura e perfeita); sector privado de I&D (hipótese de concorrência imperfeita).

O capital humano é o input crucial da actividade de I&D e é facilitador da

imitação tecnológica.

As Políticas Económicas geram efeitos de crescimento permanentes, ou efeitos de crescimento transitórios duráveis.

As políticas são levadas a cabo utilizando variáveis instrumento que agem

positivamente sobre o investimento em capital humano e sua composição, sobre o investimento em I&D e sua composição, sobre a imitação tecnológica,...

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Tipologia de modelos de crescimento endógeno I – Modelos de crescimento sem I&D, concorrência perfeita: os rendimentos crescentes são externos à empresa Modelo de Paul Romer de aprendizagem pela experiência: modelo AK, 1986

Modelo de Robert Lucas de aprendizagem pelo estudo: modelo AH, 1988 Modelo de Robert Barro de provisão de bens públicos, 1990 Modelo de Sérgio Rebelo do sector de educação, 1991

II – Modelos de crescimento com I&D, concorrência imperfeita

Com diferenciação horizontal, PT=nova variedade de bens.

Modelo de Paul Romer de bens de capital, 1990 Modelo de Grossman e Helpman de bens de consumo, 1991.

Com diferenciação vertical, PT= melhoria na qualidade dos bens produzidos

Modelo de Aghion e Howitt, melhoria na produção dos bens intermédios utilizados na produção dos bens finais, 1992

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VI.2 Políticas Educativas

Definição de capital humano: o conhecimento, as aptidões, as competências e outros atributos dos indivíduos que são relevantes para a actividade económica. (OCDE, 1998). Bem económico privado: rivalidade e possibilidade de exclusão

CAPITAL HUMANO 1.capital humano básico=capacidade produtiva 2. capital humano lato =capacidade para desenvolver ou perder capacidades

Educação, experiência profissional, Educação informal

Factores familiares, societais e outros factores envolventes

Benefícios Económicos 1.Individuais (remunerações mais elevadas, menor risco de desemprego) 2. Empresas/Economia (ganhos de produtividade)

Benefícios Não-Económicos 1. Individuais (bem-estar, satisfação no emprego) 2. Social (participação na comunidade, menor criminalidade)

FONTES

Resultados

Fonte: Source: Education Policy Analysis 2002 Edition, OECD

Qualidades inatas resultantes da herança genética

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Crescimento Exógeno: Modelo de crescimento de Solow 1956 Modelo de Mankiw-Romer-Weil 1992 O Capital físico e o capital humano são factores autónomos de acumulação. Relação directa entre capital humano e crescimento económico através da produção de bens:

variações positivas da taxa de investimento em capital humano implicam variações positivas permanentes do rendimento real per capita e variações positivas transitórias da taxa de crescimento do rendimento real per capita.

Diagrama 1 - Modelo de Solow sem PT- Equilíbrio de SSG

Diagrama 2 – Dinâmica de Ajustamento (Economia sem PT)

f(k)

s.f(k) (n+δ)k

k

y

k*

y*

[s.f(k)]/k

(n+δ)

k

y

k*

y*

k 0k

>

k 0k

<

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Diagrama 3 – Efeitos de Nível Permanentes (Economia sem PT)

Diagrama 4 – Efeitos de Crescimento Transitórios (Economia com PT)

Modelo de Solow com PT Função de Produção : Cobb Douglas

( )( , ) com 10, 0 e 0 0K KK L LL

Y F K AL K ALF F F F

βα α β= = + =

> < ∧ > <

Função de Produção (em unidades de trabalho eficiente (^) ^ ^ ^ ^

^ ^' ''

y f (k); y k com 0< 1

f (k) 0, f (k) 0

α

= = α <

> <

Equilíbrio de SSG – Modelo de Solow

t

11 1

0 * e y =y*, t

* e y*

•∧ ∧ ∧ ∧ ∧

∧ ∧− −

= ⇒ = ∨

⎛ ⎞ ⎛ ⎞= =⎜ ⎟ ⎜ ⎟+ + + +⎝ ⎠ ⎝ ⎠

tk k k

s skn g n g

αα α

δ δ

lnY

t t* t**

t*

t**

yy

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Diagrama 5 – Modelo de Solow - Equilíbrio de SSG

Diagrama 6 – Efeitos de Nível Permanentes (Economia com PT)

Diagrama 7 – Efeitos de Crescimento Transitórios (Economia com PT)

(n g)k∧

+ δ +

k*

f (k)∧

s f ( k )∧

y *∧

lny

t t* t**

t* t**

yy

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Modelo de Crescimento de MRW

O capital humano é um factor de acumulação, tal significa que os indivíduos dedicam, de forma consciente, parte do seu tempo à aquisição de competências com vista a aumentarem o seu nível de capital humano o que lhes permitirá auferir salários mais elevados no futuro.

O investimento em capital humano faz-se fundamentalmente através de

educação, mas como já sabemos, há outras fontes de capital humano.

Há analogias entre o investimento em capital humano e o investimento em capital físico.

Ambos os investimentos exigem um sacrifício do consumo presente com vista ao aumento da produtividade e do consumo futuros.

No caso do capital físico, os recursos correntes são utilizados na produção de bens de capital.

No caso do capital humano, uma fracção da população em idade de trabalhar é retirada da população activa e frequenta uma instituição do sistema educativo, não produz bens de consumo.

Função de Produção Cobb-Douglas:

( )1( , , ) com + 10, 0 0, 0 0 0K KK H HH L LL

Y F K H AL K H ALF F F F F F

α βα β α β− −= = <

> < ∧ > < ∧ > <

' '' ' ''

y f (k,h)

f (k) 0, f (k) 0 ; f (h) 0, f (h) 0

∧ ∧ ∧

∧ ∧ ∧ ∧

=

> < > <

Equilíbrio de SSG Modelo de MRW

11 1

11 1

11

0 h = 0

*

*

*( )

k h

k h

k h

k

s skn g

s shn g

s sy

n g

β β α β

α α α β

α β α β

α β

δ

δ

δ

∧ ∧

− − −∧

− − −∧

− −∧

+

= ∧ ⇒

⎡ ⎤⇒ = ⎢ ⎥+ +⎣ ⎦

⎡ ⎤⇒ = ⎢ ⎥+ +⎣ ⎦

⎡ ⎤⇒ = ⎢ ⎥

+ +⎢ ⎥⎣ ⎦

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O equilíbrio de SSG com as variáveis definidas em logaritmos:

( )

( )

( )

0 =01 1ln * ln ln ln

1 1 11 1ln * ln ln ln

1 1 1

ln * ln ln ln1 1 1

• •∧ ∧

= ∧ ⇒−

⇒ = + − + +− − − − − −

−⇒ = + − + +

− − − − − −+

⇒ = + − + +− − − − − −

k h

k h

k h

k h

k s s n g

h s s n g

y s s n g

β β δα β α β α βα α δα β α β α βα β α β δα β α β α β

Diagrama 8 – Diagrama de fase, equilíbrio de SSG Crescimento endógeno Modelo de Crescimento de Lucas 1988 O capital humano acumula-se da mesma forma que o capital físico, mas ao

contrário do primeiro, o processo de acumulação de capital humano apresenta rendimentos marginais constantes do capital humano e não decrescentes. Lucas captou a maior importância do factor capital humano no sector educativo através da hipótese simplificada de ausência de capital físico.

(1 ) th u h•

= ∂ − E a acumulação de capital humano a nível individual produz uma externalidade

positiva a nível global. O conhecimento de um indivíduo permite que os outros beneficiem desse conhecimento. Quanto mais elevado for o capital humano médio, mais elevada será

h’(t)=0

k’(t)=0

h∧

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a produtividade individual. Esta externalidade é modelada na função de produção através do termo ha

µ. O capital humano médio exerce uma externalidade positiva sobre o produto que é captada pelo expoente µ.

Função de Produção

[ ]1t t t t tY AK u N h hββ µ−=

Rendimentos à escala crescentes: 1+µ>1

Taxa de crescimento de equilíbrio de longo-prazo (endógena):

(1 )(1 )1

ug β µβ

∂ − + −=

Quanto mais elevada for a externalidade, µ, mais elevada é g, coeteris paribus. Quanto mais elevada for ∂ (índice de eficiência da acumulação de capital

humano; se considerarmos capital humano educacional, aquele índice exprimirá o grau de eficiência do sistema educativo, coeteris paribus.

Quanto mais elevado for o tempo dedicado ao investimento em capital humano (1-u), mais elevada será g, coeteris paribus.

As formulações de Nelson&Phelps (1966) e Benhabib&Spiegel (1994, 2002)

Principal fonte de crescimento económico: o progresso técnico. Interacção: progresso técnico, capital humano e crescimento. Efeito do capital humano sobre o crescimento através da sua dupla influência

sobre a taxa de crescimento da produtividade total dos factores: é o input crucial da actividade de I&D e é facilitador da imitação tecnológica.

lider,t it(TFP)it 0 inov it imit it

it

A Ag a a h a h

A−⎛ ⎞

= + + ⎜ ⎟⎝ ⎠

A taxa de crescimento da produtividade total dos factores é o resultado de uma actividade deliberada de inovação e da imitação tecnológicas. A inovação tecnológica depende positivamente do capital humano,[ainovhit]. O atraso

tecnológico lider,t it

it

A AA

−⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

é uma vantagem relativa potencial do país que só se

efectiva devido ao capital humano que viabiliza a imitação tecnológica.

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Políticas de Educação baseadas nos modelos de crescimento económico 1. Capital humano factor autónomo de acumulação 1.1 Crescimento exógeno: rendimentos marginais decrescentes do factor acumulável capital humano; o sector de acumulação do capital humano não é modelado; a acumulação individual de capital humano não produz uma externalidade positiva a nível global. Variações positivas da taxa de investimento em capital humano provocarão efeitos de nível permanentes e efeitos de crescimento transitórios. 1.2 Crescimento endógeno: rendimento marginal constante do capital humano no sector de educação; a acumulação individual de capital humano produz uma externalidade positiva a nível global. Acréscimos do tempo dedicado ao estudo, aumentos de eficiência do sistema educativo produzirão efeitos de crescimento permanentes. As questões cruciais de Política Económica que devem ser formuladas segundo esta abordagem são as seguintes: Qual a afectação de recursos entre o sector educativo e o sector dos bens? Qual é a percentagem da população e com que qualificações que deve ser afectada ao sector educativo e ao sector produtor dos bens? Qual é o nível de eficiência desejado para o sector de educação? Que sistema remuneratório para os professores? Que sistema de avaliação da qualidade de ensino? Que modelo(s) de gestão das instituições do sector educativo? Limitação maior: nível agregado da análise, as taxas de retorno dos diferentes níveis de escolaridade não são determinadas. Neste quadro de análise, resta ainda uma possibilidade que é a desagregação do capital humano por níveis de escolaridade. 2. Aprendizagem pela experiência (learning-by-doing) Esta abordagem enfatiza a experiência profissional como fonte de aumentos de produtividade ao longo do tempo resultantes da aprendizagem de uma nova tecnologia através da sua utilização, estes aumentos de produtividade são limitados superiormente, cessam quando o trabalhador tiver aprendido a utilizar convenientemente a nova tecnologia (por ex. a nova máquina). Investimento→aumento do volume de produção→aumento do capital humano →aumento de produtividade

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O aumento do capital humano através de aprendizagem pela experiência, potencia aumentos de produtividade futuros porque os trabalhadores estão melhor preparados para que a empresa adopte novas tecnologias. As questões cruciais de Política Económica que devem ser formuladas segundo esta abordagem são as seguintes: O sistema educativo deverá assegurar níveis mínimos de escolaridade que possibilitem aos trabalhadores a aprendizagem através da experiência profissional. O sistema educativo adequado a esta abordagem do capital humano supõe um sistema educativo em que o peso do primário e do secundário é muito mais importante do que o terciário. 3. A interacção tecnologia, capital humano e condições económicas A inovação, a imitação e a a acumulação de capital humano são variáveis endógenas do modelo. A relação entre o capital humano e a inovação é diferente da relação entre o capital humano e a adopção de novas tecnologias. O capital humano adequado à inovação tecnológica e o capital humano adequado à imitação tecnológica são diferentes. As perguntas cruciais de Política Educativa que devem ser formuladas segundo esta abordagem são as seguintes: a) qual a percentagem da população que deve ser qualificada e com que tipo de

qualificações. b) qual a quantidade de capital humano e com que qualificações deverá ser

afectado a) ao sector educativo; b) à invenção de novas tecnologias e c) à absorção de novas tecnologias.

O sistema educativo adequado a uma sociedade de inovação dará importância ao ensino terciário e dentro deste a um subconjunto de áreas científicas e tecnológicas relacionadas directa ou indirectamente com a inovação tecnológica e com as novas tecnologias. É uma elite de cientistas, de engenheiros, ..., que se pretende formar porque o crescimento da economia dependerá das actividades de I&D por eles produzidas. Um sistema educativo com aquelas características é o resultado de políticas educativas e de investigação conjuntas. O tipo de output visado pressupõe um sistema educativo baseado na investigação científica e tecnológica, assente em centros de investigação de excelência. Já um sistema educativo adequado a uma sociedade que faça prioritariamente imitação tecnológica deverá dar um peso maior ao ensino secundário, obviamente sem descurar o ensino terciário que deverá formar engenheiros que tenham a capacidade de adaptar tecnologia importada. Algumas estatísticas sobre educação - Foram incluídos alguns quadros com estatísticas sobre capital humano educacional, cujas fontes são a base de dados de Barro&Lee (2000) e o Relatório da OCDE - Education at Glance, 2004.

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Apesar da evolução positiva dos indicadores para Portugal, resultado das políticas educativas levadas a cabo nas últimas décadas pelos governos portugueses, essa evolução não conduziu a uma melhoria da posição relativa de Portugal no conjunto de países da OCDE. É de realçar a posição relativa de Portugal no conjunto de países da OCDE. Ocupa a última posição do rank nos casos da escolaridade primária e total, e a penúltima nos casos da escolaridade secundária e terciária. (foi considerada a seguinte proxy do capital humano: número médio de anos de escolaridade i da população cm idade não inferior a 25 anos, sendo i = primária, secundária, terciária e total).

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Estatísticas de capital humano

Quadro 1 - Anos médios de escolaridade primária da população com idade não

inferior a 25 anos [Fonte: Barro&Lee 2000]

shcode country pyr60 pyr65 pyr70 pyr75 pyr80 pyr85 pyr90 pyr95 pyr99

131 Australia 6,426 6,349 6,478 6,302 6,456 6,417 6,416 6,46 6,464107 Austria 3,014 3,465 3,428 3,435 3,687 3,684 3,682 3,675 3,691108 Belgium 5,996 6,104 6,773 6,04 5,766 5,825 5,841 5,772 5,713

50 Canada 5,297 5,151 5,364 5,337 5,448 5,562 5,4 5,749 5,753110 Denmark 5,496 5,447 5,37 5,392 5,392 5,384 5,591 5,543 5,562111 Finland 4,763 4,866 5,038 5,114 5,257 5,207 5,528 5,556 5,586112 France 4,25 4,248 4,204 4,162 4,151 4,225 4,273 4,324 4,37113 Germany, West 3,635 3,626 3,618 3,554 3,63 3,657 3,655 4,462 4,435114 Greece 4,059 4,256 4,32 4,572 4,803 4,93 5,277 5,32 5,376115 Hungary 6,156 6,445 7,128 6,942 7,456 6,69 6,924 6,605 6,681116 Iceland 4,792 4,843 4,911 5,001 5,072 5,127 5,201 5,263 5,312117 Ireland 4,882 4,89 4,919 4,953 5,172 5,189 5,291 5,346 5,324118 Italy 3,649 3,76 4,043 3,863 3,432 3,536 3,642 3,753 3,83

90 Japan 4,898 4,991 4,969 5,084 5,246 5,301 5,443 5,494 5,54492 Korea 2,484 3,327 3,27 3,828 4,296 4,79 5,316 5,445 5,49660 Mexico 2,103 2,197 2,724 2,831 3,006 3,243 4,008 4,251 4,421

121 Netherlands 4,731 4,792 5,28 5,268 5,277 5,328 5,36 5,409 5,449122 Norway 4,876 4,906 5,146 5,163 5,261 5,254 5,781 6,637 6,53123 Poland 5,972 6,162 6,564 6,79 7,268 7,197 7,656 7,656 7,667124 Portugal 1,624 1,868 1,882 1,984 2,302 2,323 2,699 2,767 2,826125 Spain 3,123 3,185 4,032 3,662 3,802 3,733 4,01 4,034 4,134126 Sweden 5,134 4,961 4,491 4,878 5,19 5,233 5,295 5,578 5,587127 Switzerland 5,067 5,07 5,051 5,062 5,394 5,323 5,31 5,361 5,396129 United Kingdom 6,699 6,01 5,875 5,835 5,82 5,885 5,96 6,016 6,062

66 United States 5,265 5,643 5,787 5,614 5,862 5,803 5,78 5,83 5,797Mean 4,5756 4,6625 4,8266 4,8266 4,9778 4,9938 5,1736 5,2922 5,3202Standard Deviation 1,3394 1,2257 1,2716 1,1931 1,2272 1,1359 1,1111 1,0742 1,0519

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Quadro 2 - Anos médios de escolaridade secundária da população com idade não inferior a 25 anos

Country syr60 syr65 syr70 syr75 syr80 syr85 syr90 syr95 syr99Australia 2,597 2,54 2,942 2,855 2,898 2,961 3 3,089 3,176Austria 3,626 3,352 3,502 3,283 4,634 4,398 4,272 4,397 4,631Belgium 1,319 1,399 1,437 1,597 1,771 1,946 2,103 2,189 2,304Canada 2,564 2,423 2,916 3,417 3,827 3,867 4,02 4,198 4,335Denmark 2,939 2,919 2,927 3,063 3,227 3,452 3,922 3,721 3,853Finland 0,481 0,774 1,272 1,884 2,697 2,312 3,466 3,675 3,821France 1,464 1,533 1,566 1,764 2,362 2,763 2,938 3,181 3,449Germany, West 4,586 4,546 4,554 4,005 4,559 5,08 5,077 4,621 4,742Greece 0,486 0,587 0,712 0,908 1,455 1,683 2,043 2,316 2,605Hungary 0,357 0,408 0,571 0,749 1,081 1,205 1,387 1,501 1,657Iceland 0,723 0,914 1,165 1,476 1,816 2,133 2,416 2,685 2,948Ireland 1,444 1,418 1,454 1,565 2,185 2,378 2,755 2,927 3,084Italy 0,845 0,922 1,091 1,284 1,764 2,009 2,238 2,485 2,714Japan 1,769 2,008 1,737 2,038 2,519 2,685 3,092 3,233 3,397Korea 0,657 0,974 1,293 1,7 2,202 2,828 3,471 3,909 4,067Mexico 0,258 0,277 0,501 0,552 0,832 1,016 1,575 1,788 1,949Netherlands 0,501 0,702 2,079 2,195 2,36 2,558 2,749 2,957 3,101Norway 1,179 1,207 1,997 2,286 2,679 2,755 4,554 4,58 4,612Poland 0,646 0,674 0,793 0,978 1,173 1,322 1,648 1,725 1,824Portugal 0,282 0,331 0,511 0,729 0,867 1,114 1,407 1,492 1,714Spain 0,414 0,458 0,537 0,694 1,124 1,366 1,812 2,209 2,611Sweden 2,279 2,455 2,715 3,178 3,796 3,454 3,704 4,998 5,048Switzerland 1,939 1,965 2,947 2,927 4,335 4,206 4,202 4,368 4,488United Kingdom 0,912 1,08 1,532 1,83 1,974 2,158 2,349 2,521 2,688United States 2,87 3,023 3,317 3,587 5,088 4,826 4,769 4,856 4,842Mean 1,49 1,56 1,84 2,02 2,53 2,66 3,00 3,18 3,35Standard deviation 1,17 1,11 1,10 1,02 1,25 1,16 1,11 1,10 1,06

Fonte: Barro&Lee (2000)

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 15

Quadro 3 - Anos médios de escolaridade terciária da população com idade não inferior

a 25 anos

Fonte: Barro&Lee (2000)

country hyr60 hyr65 hyr70 hyr75 hyr80 hyr85 hyr90 hyr95 hyr99Australia 0,407 0,407 0,674 0,651 0,665 0,684 0,708 0,758 0,934Austria 0,069 0,088 0,081 0,113 0,103 0,178 0,264 0,367 0,473Belgium 0,145 0,163 0,189 0,242 0,312 0,389 0,481 0,584 0,714Canada 0,508 0,496 0,518 0,785 0,95 0,968 1,085 1,237 1,346Denmark 0,512 0,492 0,484 0,496 0,544 0,583 0,614 0,592 0,676Finland 0,129 0,142 0,193 0,229 0,376 0,436 0,486 0,592 0,731France 0,064 0,08 0,09 0,157 0,257 0,319 0,345 0,44 0,556Germany, West 0,058 0,075 0,097 0,172 0,216 0,241 0,327 0,488 0,57Greece 0,098 0,106 0,153 0,195 0,298 0,34 0,341 0,411 0,534Hungary 0,134 0,138 0,2 0,223 0,275 0,301 0,397 0,412 0,472Iceland 0,116 0,129 0,146 0,171 0,221 0,29 0,344 0,4 0,487Ireland 0,129 0,141 0,144 0,179 0,248 0,302 0,458 0,514 0,607Italy 0,066 0,083 0,081 0,134 0,128 0,211 0,282 0,362 0,459Japan 0,205 0,221 0,179 0,238 0,468 0,521 0,689 0,715 0,78Korea 0,09 0,125 0,195 0,24 0,31 0,407 0,466 0,734 0,897Mexico 0,044 0,052 0,082 0,104 0,171 0,23 0,292 0,327 0,359Netherlands 0,041 0,086 0,226 0,284 0,354 0,431 0,505 0,596 0,689Norway 0,055 0,068 0,214 0,263 0,344 0,39 0,517 0,6 0,717Poland 0,119 0,138 0,201 0,248 0,212 0,278 0,294 0,347 0,413Portugal 0,032 0,042 0,047 0,071 0,103 0,132 0,227 0,282 0,372Spain 0,106 0,108 0,116 0,136 0,223 0,219 0,263 0,374 0,509Sweden 0,235 0,24 0,26 0,385 0,483 0,53 0,572 0,658 0,723Switzerland 0,295 0,284 0,281 0,286 0,345 0,37 0,407 0,453 0,503United Kingdom 0,056 0,079 0,248 0,345 0,371 0,4 0,435 0,495 0,599United States 0,53 0,584 0,684 0,813 0,957 1,081 1,451 1,493 1,608Mean 0,17 0,18 0,23 0,29 0,36 0,41 0,49 0,57 0,67Standard deviation 0,16 0,15 0,17 0,20 0,22 0,23 0,27 0,28 0,29

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 16

Quadro 4 - Anos médios de escolaridade total da população com idade não inferior a 25 anos

Fonte:Barro&Lee (2000)

country tyr60 tyr65 tyr70 tyr75 tyr80 tyr85 tyr90 tyr95 tyr99Australia 9,43 9,30 10,09 9,81 10,02 10,06 10,12 10,31 10,57Austria 6,71 6,91 7,01 6,83 8,43 8,26 8,22 8,44 8,80Belgium 7,46 7,67 8,40 7,88 7,85 8,16 8,43 8,55 8,73Canada 8,37 8,07 8,80 9,54 10,23 10,40 10,50 11,18 11,43Denmark 8,95 8,86 8,78 8,95 9,16 9,42 10,13 9,86 10,09Finland 5,37 5,78 6,50 7,23 8,33 7,96 9,48 9,82 10,14France 5,78 5,86 5,86 6,08 6,77 7,31 7,56 7,94 8,38Germany, West 8,28 8,25 8,27 7,73 8,41 8,98 9,06 9,57 9,75Greece 4,64 4,95 5,19 5,67 6,56 6,95 7,66 8,05 8,52Hungary 6,65 6,99 7,90 7,92 8,81 8,20 8,71 8,52 8,81Iceland 5,63 5,89 6,22 6,65 7,11 7,55 7,96 8,35 8,75Ireland 6,46 6,45 6,52 6,70 7,61 7,87 8,50 8,79 9,02Italy 4,56 4,77 5,22 5,28 5,32 5,76 6,16 6,60 7,00Japan 6,87 7,22 6,89 7,36 8,23 8,51 9,22 9,44 9,72Korea 3,23 4,43 4,76 5,77 6,81 8,03 9,25 10,09 10,46Mexico 2,41 2,53 3,31 3,49 4,01 4,49 5,88 6,37 6,73Netherlands 5,27 5,58 7,59 7,75 7,99 8,32 8,61 8,96 9,24Norway 6,11 6,18 7,36 7,71 8,28 8,40 10,85 11,82 11,86Poland 6,74 6,97 7,56 8,02 8,65 8,80 9,60 9,73 9,90Portugal 1,94 2,24 2,44 2,79 3,27 3,57 4,33 4,54 4,91Spain 3,64 3,75 4,69 4,49 5,15 5,32 6,09 6,62 7,25Sweden 7,65 7,66 7,47 8,44 9,47 9,22 9,57 11,24 11,36Switzerland 7,30 7,32 8,28 8,28 10,07 9,90 9,92 10,18 10,39United Kingdom 7,67 7,17 7,66 8,01 8,17 8,44 8,74 9,03 9,35United States 8,67 9,25 9,79 10,01 11,91 11,71 12,00 12,18 12,25Mean 6,87 7,22 6,89 7,36 8,23 8,51 9,22 9,44 9,72Standard deviation 2,00 1,88 1,88 1,82 1,97 1,82 1,72 1,78 1,69

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 17

Quadro 5 Anos médios de escolaridade primária, secundária, terciária e

total da população com idade não inferior a 25 anos

country pyr60 pyr99 syr60 syr99 hyr60 hyr99 tyr60 tyr99Australia 6,43 6,46 2,60 3,18 0,41 0,93 9,43 10,57Austria 3,01 3,69 3,63 4,63 0,07 0,47 6,71 8,80Belgium 6,00 5,71 1,32 2,30 0,15 0,71 7,46 8,73Canada 5,30 5,75 2,56 4,34 0,51 1,35 8,37 11,43Denmark 5,50 5,56 2,94 3,85 0,51 0,68 8,95 10,09Finland 4,76 5,59 0,48 3,82 0,13 0,73 5,37 10,14France 4,25 4,37 1,46 3,45 0,06 0,56 5,78 8,38Germany, West 3,64 4,44 4,59 4,74 0,06 0,57 8,28 9,75Greece 4,06 5,38 0,49 2,61 0,10 0,53 4,64 8,52Hungary 6,16 6,68 0,36 1,66 0,13 0,47 6,65 8,81Iceland 4,79 5,31 0,72 2,95 0,12 0,49 5,63 8,75Ireland 4,88 5,32 1,44 3,08 0,13 0,61 6,46 9,02Italy 3,65 3,83 0,85 2,71 0,07 0,46 4,56 7,00Japan 4,90 5,54 1,77 3,40 0,21 0,78 6,87 9,72Korea 2,48 5,50 0,66 4,07 0,09 0,90 3,23 10,46Mexico 2,10 4,42 0,26 1,95 0,04 0,36 2,41 6,73Netherlands 4,73 5,45 0,50 3,10 0,04 0,69 5,27 9,24Norway 4,88 6,53 1,18 4,61 0,06 0,72 6,11 11,86Poland 5,97 7,67 0,65 1,82 0,12 0,41 6,74 9,90Portugal 1,62 2,83 0,28 1,71 0,03 0,37 1,94 4,91Spain 3,12 4,13 0,41 2,61 0,11 0,51 3,64 7,25Sweden 5,13 5,59 2,28 5,05 0,24 0,72 7,65 11,36Switzerland 5,07 5,40 1,94 4,49 0,30 0,50 7,30 10,39United Kingdom 6,70 6,06 0,91 2,69 0,06 0,60 7,67 9,35United States 5,27 5,80 2,87 4,84 0,53 1,61 8,67 12,25Mean 4,58 5,32 1,49 3,35 0,17 0,67 6,87 9,72Standard Deviation 1,34 1,05 1,17 1,06 0,16 0,29 2,00 1,69fonte: Barro&Lee2000

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 18

Quadro 6 - Ranking de países por níveis de

escolaridade

Years(+25) PYR99 SYR99 HYR99 TYR99country Rank Rank Rank Rank

Australia 4 13 3 5Austria 24 4 20 17Belgium 8 21 9 19Canada 7 7 2 3Denmark 11 9 11 9Finland 10 10 6 8France 21 11 15 21

Germany, West 19 3 14 11Greece 16 20 16 20

Hungary 2 25 21 16Iceland 18 16 19 18Ireland 17 15 12 15Italy 23 17 22 23

Japan 12 12 5 12Korea 13 8 4 6Mexico 20 22 25 24

Netherlands 14 14 10 14Norway 3 5 8 2Poland 1 23 23 10Portugal 25 24 24 25Spain 22 19 17 22

Sweden 9 1 7 4Switzerland 15 6 18 7

United Kingdom 5 18 13 13United States 6 2 1 1

fonte: Barro&Lee2000

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 19

Primary, secondary and post-secondary non-tertiary education Tertiary education

All primary, secondary and post-secondary

non-tertiary education

Primary & lower secondary education

Upper secondary education

Post-secondary non-tertiary education

All tertiary education

Tertiary-type B education

Tertiary-type A education

1 2 3 4 5 6 7 8 9

ECD countriesstralia 0,1 4,3 3,3 0,9 0,1 1,5 0,2 1,4 6,0 stria 0,5 3,9 2,6 1,3 0,1 1,2 0,1 1,1 5,8 lgium2 0,6 4,2 1,5 2,8 x(4) 1,4 x(6) x(6) 6,4

anada 0,2 3,4 x(2) x(2) x(7) 2,5 1,1 1,5 6,1 zech Republic 0,5 3,1 1,9 1,2 n 0,9 0,1 0,8 4,6 enmark 0,8 4,3 3,0 1,3 x(4,6) 1,8 x(6) x(6) 7,1 nland 0,4 3,7 2,4 1,3 x(4) 1,7 n 1,7 5,8 ance 0,7 4,2 2,7 1,5 n 1,1 0,2 0,8 6,0 ermany 0,6 3,6 2,2 1,2 0,2 1,0 0,1 1,0 5,3 eece2 x(2) 2,7 1,1 1,5 n 1,1 0,2 0,9 4,1

ungary 0,7 3,1 1,8 1,0 0,2 1,2 n 1,1 5,2 eland2 m 5,2 3,5 1,5 m 0,9 n 0,9 6,7 land n 3,1 2,3 0,7 0,1 1,3 x(6) x(6) 4,5 ly 0,5 3,7 2,2 1,4 n 0,9 n 0,9 5,3 pan 0,2 2,9 2,0 0,9 x(4,6) 1,1 0,1 1,0 4,6 rea 0,1 4,6 3,1 1,4 a 2,7 0,7 2,0 8,2 xembourg x(2) 3,6 3,6 x(2) x(2) m m m 3,6

exico 0,5 4,2 3,2 1,0 a 1,0 x(6) x(6) 5,9 etherlands 0,4 3,3 2,5 0,8 n 1,3 n 1,3 4,9 ew Zealand3 0,2 4,3 3,0 1,2 0,1 0,9 0,2 0,7 5,5 orway x(2) 4,6 3,4 1,2 x(4) 1,3 x(6) x(6) 6,4 land3 0,4 4,0 2,8 1,2 n 1,1 n 1,0 5,6 rtugal 0,3 4,2 3,0 1,2 n 1,1 m m 5,9

ovak Republic 0,5 2,7 1,6 1,1 x(4) 0,9 x(4) 0,9 4,1 ain 2 0,5 3,2 3,2 x(3) x(3) 1,2 0,2 1,1 4,9

weden 0,5 4,3 2,9 1,3 n 1,7 x(6) x(6) 6,5 witzerland 0,2 4,5 2,7 1,8 n 1,2 n. 1,2 5,3

rkey m 2,5 1,8 0,7 a 1,1 x(6) x(6) 3,5 nited Kingdom 2 0,5 3,9 1,3 2,6 x(4) 1,1 x(6) x(6) 5,5 nited States 0,5 4,1 3,1 1,0 x(6) 2,7 x(6) x(6) 7,3

ountry mean 0,4 3,8 2,5 1,3 0,1 1,3 0,2 1,1 5,5 ECD total 0,5 3,8 2,6 1,2 0,1 1,8 x(6) x(6) 6,1

rtner countriesgentina 0,4 4,0 3,1 0,9 a 1,2 0,6 0,6 6,2 azil3,4 0,4 2,9 2,4 m a m m m m

hile5 0,5 4,8 3,4 1,4 a 2,2 0,2 2,0 7,5 dia n 3,4 2,3 1,1 n 0,8 x(6) x(6) 4,2 donesia n 1,3 0,9 0,4 a 0,7 x(6) x(6) 2,0 ael 0,8 4,9 2,6 2,3 n 2,0 x(6) x(6) 8,6 maica 0,7 8,1 6,0 1,3 0,8 2,4 0,6 1,8 11,3 rdan3 n 4,3 3,7 0,6 m m m m m alaysia2 0,1 4,9 2,2 2,6 0,1 2,1 0,4 1,7 7,2 raguay2 0,1 5,2 3,1 2,1 m 1,3 0,2 1,1 m ru 0,4 2,7 2,3 0,4 m 1,1 0,2 0,9 4,2 ilippines n 4,0 3,8 0,1 0,1 1,3 x(6) x(6) 5,4

ussian Federation 0,5 1,7 m m 0,2 0,5 0,1 0,4 3,0 ailand 0,5 2,6 2,0 0,5 m 0,9 0,2 0,8 m nisia3 m 5,3 x(2) x(2) a m 1,5 m m uguay 0,4 2,4 1,8 0,5 a 0,7 x(6) x(6) 3,4 mbabwe5

n 5,6 x(2) x(2) a m m m m

ble B2.1c Expenditure on educational institutions as a percentage of GDP, by level of education (2001) m public and private sources1

ote: x indicates that data are included in another column. The column reference is shown in brackets after "x". e.g., x(2) means that data are included in column 2. Including international sources. Column 3 only refers to primary education and column 4 refers to all secondary education.Including only direct public expenditure on educational institutions. Year of reference 2000. Year of reference 2002.urce: OECD. See Annex 3 for notes (www.oecd.org/edu/eag2004).

All levels of education combined (including

undistributed and advanced research

programmes)

Pre-primary education (for

children 3 years and older)

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 20

VI.3 Políticas de I&D Ideias (Conhecimento) – bem semi-público: não-rival, com possibilidade de exclusão

Elevado Bens Rivais Bens Não-Rivais

Serviços de advogado Leitor de CD Disquete

Transmissão de TV via satélite por canais codificados

Grau de exclusão

Código ID do computador para instalação de software Manual de instruções dos armazéns Wal_Mart

Peixe do mar Insectos estéreis para controlo de pragas

Defesa Nacional I&D fundamental Cálculo

Baixo Fonte: Jones, Charles., Economic Growth, p. 74

As ideias são o output do sector de I&D que opera numa estrutura de mercado de concorrência imperfeita. As curvas de custo médio e marginal relativas ao processo produtivo de I&D podem ser representadas graficamente

1) ( ) ( )2) ( ) ; com c=Custo marginal3) lim

4) ( ) para 0 Q5) ( ) 0

Q

CT Q CF CV QCM Q CFM c

CM c

CM Q cMax c CM Q

→∞

= += +

=

> ≤ < ∞Π = − <

CM Cm

CM

c

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 21

Estamos pois em presença de um processo produtivo que apresenta rendimentos à escala crescentes. Modelo de Crescimento de Romer (1990) reapreciado por Jones (1995) Três sectores: do bem final do bem intermédio e produtor de novas ideias (conhecimento).

( )1

c o m 0 < 1 e 0 < 1 e A

YY K A L

A L A A

αα

λ φ φδ φ λ δ δ

=

= < < =O

sector produtor de novas ideias utiliza como input investigadores científicos, (LA), que inventam novas ideias à taxa δ. Relativamente a esta taxa, podemos considerar três hipóteses distintas: 1) δ é independente do stock de ideias: δ = δ 2) δ depende do stock de ideias, de tal forma que aquele aumenta a produtividade da investigação realizada no presente: δ = δΑφ com φ>0. Este efeito de spillover de conhecimento sobre a investigação corrente é denominado “sobre ombros de gigantes” (standing on giants shoulders) 3) δ depende do stock de ideias, de tal forma que diminui a produtividade da investigação no presente. Tal significa que os projectos de investigação de novas ideias são realizados por ordem crescente de dificuldade: δ = δΑφ com φ<0 . 4) Podemos ainda considerar que a produção de novas ideias vai depender do esforço colectivo dos investigadores e não do esforço individual, o que permite modelar uma externalidade resultante de duplicação; vários investigadores podem inventar a mesma ideia: λ <1. Taxa de crescimento de equilíbrio de SSG

1

(1 ) 0A

A

A

A

A L A L AAL AA g

A

λ φδλ φ

− • •

⎧ ⎫⎪ ⎪=⎪ ⎪ ⇒ − − =⎨ ⎬⎪ ⎪

=⎪ ⎪⎩ ⎭

( , ) ( , ) 1x KL F xK xLλ λ> ⇒ >

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 22

Taxa de crescimento (constante) de equilíbrio de SSG:

1Ang λφ

=−

1) A taxa de crescimento do sector de I&D (da economia) depende positivamente da taxa de crescimento dos trabalhadores empregues no sector de produção de novas ideias (n), coeteris paribus 2) A taxa de crescimento do sector de I&D (da economia) depende negativamente da externalidade de duplicação, coeteris paribus. 3) A taxa de crescimento do sector de I&D (da economia) depende positivamente da externalidade de conhecimento, coeteris paribus. O Efeito de escala do modelo de Romer, φ=1, não é plausível - A externalidade de conhecimento (originada) no sector de investigação é inferior à unidade: 0 1φ< < (Jones 1995). No modelo de Romer (1990), δ=1 e φ=1, a função de produção do sector de I&D simplifica-se:

AA LA

δ•

=

A taxa de progresso técnico é proporcional à população empregue no sector de I&D. Se a taxa de crescimento da população (ou a taxa de crescimento dos trabalhadores do sector de I&D) for positiva, a taxa de crescimento de equilíbrio aumenta . O que não foi confirmado empiricamente. O efeito de escala suposto por David Romer é demasiado elevado. Algumas consequências de Política Económica

Modelo de Romer (1990) ou análogo desde que φ=1: A Política Económica produz efeitos de crescimento permanentes. Uma política que aumente LA aumentará a taxa de crescimento da economia.

Modelo de Jones (1995) com φ<1: A Política Económica produz efeitos de nível permanentes (sobre as variáveis per capita) através de investimento no sector de I&D e efeitos de crescimento nulos em equilíbrio de longo-prazo. A dinâmica de ajustamento é muito lenta neste modelo, o que explica que sejam os efeitos de nível os relevantes para a Política Económica.

O bem económico ideia (conhecimento) é um bem semi-público. É um bem não rival e admite exclusão (grau variável consoante o tipo de ideia).

Numa economia capitalista, a actividade privada de I&D só se poderá desenvolver com um sistema de direitos de propriedade e com incentivos apropriados. As patentes garantem legalmente a exclusão por um prazo de tempo determinado.

VI. Fundamentos de Políticas Estruturais ________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________ Adelaide Duarte, Apontamentos de Política Económica, Coimbra, 2005 23

A actividade privada de I&D desenrola-se num mercado de concorrência imperfeita, o preço da nova ideia é superior ao custo marginal. O output produzido será inferior à quantidade óptima. Os DPs deverão intervir para corrigir esta distorção, por ex., através de subsídios às compras das novas ideias (cujo preço é superior ao custo marginal).

A actividade de I&D pode gerar externalidades de conhecimento, positivas ou negativas.

1) No caso de externalidade positiva, φ>0, o custo da investigação futura diminuirá e as empresas de I&D não internalizam totalmente os sobrelucos resultantes da sua actividade, o output será inferior ao output óptimo. Os DPs deverão intervir subsidiando a actividade de I&D.

2) No caso de externalidade negativa, φ<0 ο custo da investigação futura aumentará e as empresas de I&D tenderão a produzir um output superior ao nível óptimo porque antecipam que no futuro os sobrelucros decrescerão. Neste caso, os DPs deverão intervir lançando um imposto sobre a actividade de I&D corrente.

3) Efeito de duplicação, λ<1, equivale a uma externalidade negativa. 4) O efeito excedente do consumidor: o benefício para a sociedade resultante da

produção de uma nova ideia é superior ao benefício privado. Há assim um desincentivo ao investimento privado em empresas de I&D.

5) Há ainda o caso do processo de destruição criadora que não é tido em linha de conta nos modelos de Romer e de Jones em que a actividade de I&D presente produz uma externalidade negativa sobre a actividade passada.

6) A teoria do crescimento endógeno permitiu, ao caracterizar e modelar o bem ideias, que as proposições normativas de Política Económica em matéria de inovação, pelo menos, ultrapassassem a usual prescrição de subsídio à actividade de I&D.

Estatísticas de I&D – Junto se incluem algumas estatísticas de Ciência e Tecnologia e de I&D para que sejam devidamente interpretadas pelos estudantes.

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Table A.2.1. Despesa Interna Bruta em I&D como uma percentagem PIB

Gross domestic expenditure on R&D (GERD)

Países 1981 1985 1991 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Australia2 0,95 1,24 1,52 .. 1,66 .. 1,51 .. 1,53 .. .. Austria 1,13 1,24 1,47 1,56 8 1,60 1,71 1,78 1,85 1,84 1,90 1,94 Belgium .. 1,62 8 1,62 8 1,72 8 1,80 1,87 1,90 1,96 .. .. .. Canada 1,24 1,44 1,60 8 1,72 1,68 1,68 1,79 1,81 1,87 1,94 1,85 Denmark 1,06 1,21 1,64 8 1,84 1,85 1,94 2,06 2,19 .. .. .. Finland 1,17 1,55 2,03 8 2,28 2,54 2,71 2,88 3,23 3,40 3,40 .. France 1,93 2,22 2,37 2,31 2,30 2,22 8 2,17 2,18 2,18 8 2,20 .. Germany4 2,43 2,68 2,53 8 2,26 8 2,26 2,29 2,31 2,44 2,49 2,50 Greece5 0,17 0,27 0,36 8 0,49 8 .. 0,51 .. 0,67 .. .. .. Hungary .. .. 1,06 0,73 8 0,65 0,72 0,68 0,69 0,80 0,95 .. Iceland 0,64 0,74 1,18 1,57 .. 1,88 2,07 2,39 2,77 3,06 3,04 Ireland 0,68 0,77 0,93 1,28 1,32 1,29 1,25 1,22 1,15 1,17 .. Italy 0,88 1,12 1,23 8 1,00 1,01 1,05 8 1,07 1,04 1,07 .. .. Japan3 2,11 2,54 2,75 2,69 2,77 8 2,83 2,94 2,94 2,98 3,09 .. Korea .. .. 1,92 2,50 2,60 2,69 2,55 2,47 2,65 2,96 .. Mexico1 .. .. 0,22 0,31 0,31 0,34 0,38 0,43 .. .. .. Netherlands 1,79 1,99 8 1,97 8 1,99 8 2,01 8 2,04 1,94 2,02 1,94 .. .. Norway 1,17 1,48 8 1,64 1,70 8 .. 1,64 .. 1,65 .. 1,62 .. Poland .. .. .. 0,69 8 0,71 0,71 0,72 0,75 0,70 0,67 .. Portugal6 0,30 0,38 0,61 0,57 8 .. 0,62 0,69 0,75 0,79 0,83 0,78 Spain 0,41 0,53 0,84 0,81 8 0,83 0,82 0,89 0,88 0,94 0,96 .. Sweden 2,17 2,71 2,70 3,35 8 .. 3,54 .. 3,65 .. 4,27 .. Switzerland2 2,18 2,82 8 2,66 8 .. 2,73 .. .. .. 2,63 .. .. United Kingdom 2,38 2,24 8 2,07 1,95 8 1,88 1,81 1,80 1,88 1,85 1,90 .. United States 2,34 2,76 2,72 2,51 2,55 2,58 2,60 2,65 2,72 2,82 2,82 European Union 1,69 1,86 1,90 8 1,80 8 1,80 1,80 1,81 1,86 1,89 1,93 .. Total OECD7 1,95 2,26 2,23 8 2,10 8 2,13 2,15 2,17 2,20 2,25 2,33 .. 1. 1993 instead of 1991. 2. 1986 instead of 1985; 1992 instead of 1991. 3. Adjusted by OECD up to 1995. 4. Figures for Germany from 1991 onwards refer to unified Germany. 5. 1986 instead of 1985. 6. 1982 instead of 1981; 1986 instead of 1985; 1992 instead of 1991. 7. Includes Mexico and Korea from 1991, and Czech Republic, Hungary, Poland and Slovak Republic from 1995.

8. Break in series from previous year for which data are available.

Source: OECD, MSTI database, May 2003.

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