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SIM-P
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Síndrome Inflamatória
Multissistêmica Pediátrica
(SIM-P)
associada à COVID-19
SIM-P
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Síndrome Inflamatória
Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) Associada à Covid-19
Introdução
Poucos dados são conhecidos sobre a apresentação clínica da COVID-19 na faixa pediátrica [1].
Revisões sistemáticas sugerem que o quadro clínico é leve, com sintomas mais brandos que em
adultos, com muitos casos de crianças com infecção assintomática [2,3]. O registro de formas graves
de COVID-19 nessa faixa etária é menos comum e parece associar-se à preexistência de morbidades
crônicas, tais como doenças cardiológicas, respiratórias e reumatológicas [3]. Mais recentemente, têm
sido relatadas séries de casos graves de crianças ou adolescentes, previamente hígidos, que
apresentam uma síndrome inflamatória multissistêmica [1].
Dados observacionais sugerem que a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P)
seja uma síndrome pós-infecciosa, pois acontece até cerca de 4 semanas após a infecção aguda pelo
novo coronavírus [4]. Contudo, ainda faltam evidências robustas que confirmem essa associação com a
COVID-19 [1]. Ela também é chamada de síndrome inflamatória multissistêmica associada
temporalmente à COVID-19, relacionada à COVID ou pós-COVID, e foi descrita na Itália [5], Reino
Unido [6,7] nos EUA [8] e em países da América Latina. A SIM-P compartilha manifestações
semelhantes com a Doença de Kawasaki, Síndrome de ativação macrofágica e à Síndrome do Choque
Tóxico [5].
Quadro clínico
O quadro clínico da SIM-P inclui febre de início súbito (39º a 40ºC) e sintomas inespecíficos,
como vômitos, dor abdominal, diarreia, hiperemia conjuntival e evolução para insuficiência circulatória,
com necessidade de cuidados intensivos [6]. Os sintomas podem começar semanas após a infecção
pelo SARS-COV-2. A criança pode ter sido infectada por um contato assintomático e, em alguns casos,
nem criança nem seus cuidadores sabem que foram infectados [9].
As manifestações clínicas e laboratoriais são descritas no quadro 1.
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Quadro 1. Manifestações clínicas e laboratoriais da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica.
Cardiovascular: disfunção miocárdica, arritmias, miocardite, pericardite, aneurismas
coronarianos, hipotensão arterial e choque cardiogênico. Pode ocorrer alterações no
eletrocardiograma e no ecocardiograma (comprometimento da função do ventrículo
esquerdo e anormalidades da artéria coronária, como dilatação ou aneurisma,
regurgitação da válvula mitral e derrame pericárdico). Troponina e N-terminal do
peptídeo natriurético tipo B (NT-proBNP) podem estar aumentados.
Renal: doença renal aguda. Conforme evolução do caso pode ser necessário diálise.
Respiratória: dispneia, taquipneia e hipoxemia.
Hematológica: trombose (localizada ou sistêmica), anemia, leucopenia, linfopenia,
plaquetopenia e coagulopatia de consumo. Linfadenopatia. Marcadores de
coagulopatia aumentados, como tempo de protrombina (TP) e tempo de
tromboplastina parcial ativado (TTPa). D-dímeros podem estar elevados.
Gastrointestinal: dor abdominal, vômito e diarreia.
Mucocutânea: edema e fissura de lábios, língua em framboesa, eritema de orofaringe,
conjuntivite, exantema polimórfico, vesículas e eritema pérnio.
Neurológica: cefaleia, letargia, convulsões e psicose.
Febre persistente (duração média de quatro a seis dias).
Serosite (pequenas efusões pleurais, pericárdicas e ascíticas).
Pode evoluir para insuficiência respiratória aguda e síndrome da disfunção de
múltiplos órgãos.
Hipoalbuminemia.
Hepatite ou hepatomegalia. Enzimas hepáticas e LDH ligeiramente elevadas.
Hipertrigliceridemia.
Provas de atividade inflamatória, como proteína-C-reativa (PCR), velocidade de
hemossedimentação (VHS), procalcitonina e ferritina aumentadas.
Aumento de citocinas pró-inflamatórias, principalmente IL-1, IL-2, IL-6, IL-7, anti-TNF
alfa e fator estimulador de colônias de granulócitos.
Fonte: [1,2,3,4,10,11,12]
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Definição de caso
Os critérios diagnósticos propostos pelo MS foram baseados nos critérios da Organização
Mundial da Saúde e se encontram no quadro 2. Os profissionais de saúde devem considerar a
possibilidade de SIM-P em qualquer causa de óbito de criança ou adolescente com indícios de infecção
por SARS-CoV-2 [10,13]:
Quadro 2. Definição de caso para Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica.
Caso que foi hospitalizado ou óbito com:
Presença de febre elevada (considerar o mínimo de 38,0° C) e persistente (≥ 3 dias) em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos.
E
Pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: - Conjuntivite não purulenta ou erupção cutânea bilateral ou sinais de inflamação muco
cutânea (oral, mãos e pés);
- Hipotensão arterial ou choque;
- Manifestação de disfunção miocárdica, valvulite ou anormalidades coronárias
(incluindo achados do ecocardiograma ou elevação de Troponima/NT-proBNP);
- Evidência de Coagulopatia (por TP, TTPa, D-dímero elevados);
- Manifestações gastrointestinais agudas (diarreia, vômito ou dor abdominal).
E Marcadores inflamatórios elevados, VHS, PCR ou procalcitonina, entre outros.
E Afastadas quaisquer outras causas de origem infecciosa óbvia de inflamação, incluindo sepse bacteriana, síndrome de choque estafilocócica, ou estreptocócica.
E Evidência de COVID-19 (biologia molecular, teste antigênico ou sorológico positivos) ou história de contato com caso de COVID-19.
Comentários Adicionais: Podem ser incluídos crianças e adolescentes que preencherem
critérios totais ou parciais para a síndrome de Kawasaki ou choque tóxico, com histórico de
COVID-19.
Fonte: Adaptado pelo Ministério da Saúde, com base na definição de caso da OPAS/OMS, validada pela Sociedade
Brasileira de Pediatria, Sociedade Brasileira de Cardiologia e Instituto Evandro Chagas [10].
Notificação
Devido ao aumento do número de casos, a partir do dia sete de agosto de 2020 o Ministério da
Saúde (MS) tornou obrigatória a notificação dos casos de SIM-P por meio do preenchimento da
notificação diretamente no formulário online https://is.gd/simpcovid, em até 24 horas [9, 10].
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Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial da SIM-P inclui:
sepse bacteriana: febre, choque e elevação dos marcadores inflamatórios;
síndrome de Kawasaki: a SIM-P geralmente afeta crianças mais velhas e adolescentes.
As manifestações gastrointestinais, disfunção miocárdica e choque são raramente
observadas nos quadros de síndrome de Kawasaki;
síndrome da pele escaldada: mais comum em crianças menores de 5 anos;
síndrome do choque tóxico estafilocócico e estreptocócico: testes microbiológicos
podem ser necessários para fazer o diagnóstico diferencial;
síndrome de ativação macrofágica: quando grave, envolve múltiplos órgãos, causa
citopenias, alterações da função hepática, manifestações neurológicas e elevação dos
níveis de ferritina acima de 500 ng/mL, geralmente ocorre associada a doença
autoimunes e neoplasias [7,10,11].
Avaliação laboratorial e complementar
São recomendados os seguintes exames:
exames laboratoriais para identificar evidência de inflamação: PCR, VHS, procalcitonina, fibrinogênio, D-dímero, ferritina, LDH, IL-6;
teste de RT-PCR ou Teste de Antígeno para SARS-COV-2;
sorologia para SARS-CoV-2, mesmo na presença de RT-PCR ou teste de antígeno positivo. Realizar antes da administração de imunoglobulina;
ecocardiograma;
eletrocardiograma;
enzimas cardíacas (CK-MB) ou troponina;
BNP ou NT-proBNP;
hemocultura, para descartar sepse bacteriana ou síndrome do choque tóxico estafilocócico ou estreptocócico;
outros testes para avaliação do envolvimento multissistêmico devem ser considerados de acordo com o quadro clínico do caso, assim como testes para diagnósticos diferenciais.
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Manejo
Crianças e adolescentes com sintomas sugestivos de SIM-P e que estejam em bom estado geral
e com exames laboratoriais que não indiquem a presença de quadro inflamatório e cardiológico podem
ser acompanhadas ambulatorialmente, com reavaliação em 24 a 48 horas [17].
A internação está indicada nos casos suspeitos que apresentam sintomas moderados ou graves e
naqueles em que existem indícios de risco para complicações, tais como descritos no quadro 3.
Quadro 3. Sinais e sintomas moderados a graves de SIM-P.
sinais vitais anormais (taquicardia, taquipnéia, hipotensão arterial);
choque séptico;
dificuldade respiratória;
evidência de envolvimento cardíaco;
alterações neurológicas (por exemplo, estado mental deprimido, exame neurológico
anormal, convulsões);
dor abdominal intensa ou vômitos (incapacidade de tolerar via oral);
evidência clínica ou laboratorial de desidratação;
evidência laboratorial de lesão renal aguda, lesão hepática aguda ou coagulopatia;
condição médica subjacente que pode colocar a criança em risco aumentado de
complicações (por exemplo, imunodeficiência, doenças cardíacas ou pulmonares);
incapacidade de retornar para acompanhamento;
sinais de síndrome de Kawasaki (completa ou parcial).
Fonte: [10,11,13,14,15,16]
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O tratamento hospitalar deve ser realizado em locais que possuem infraestrutura com unidade
intensiva pediátrica, com o objetivo de minimizar a incidência de sequelas e diminuir a mortalidade, e
consiste em: [11,17,18,19,20,21,22]
Medidas de suporte ventilatório, inotrópico e fluidoterapia.
Antibioticoterapia empírica de forma imediata em pacientes com choque e sinais de
sepse.
Uso de imunoglobulina endovenosa (IGEV) deve ser considerado nos pacientes com
apresentações moderadas e graves e nos pacientes que preenchem critérios completos
ou parciais para a síndrome de Kawasaki e/ou síndrome de ativação macrofágica.
Considerar também seu uso na síndrome do choque tóxico refratária ao tratamento
convencional. A dose é de 1-2 g/kg, em infusão endovenosa contínua de 12 horas. A
IGEV pode ser repetida nos casos refratários à primeira dose.
Uso de corticoide em casos graves deve ser considerado, junto com uso de
imunoglobulinas e nos pacientes refratários infusão de IGEV.
Terapias antivirais da SARS-CoV-2 no tratamento de SIM-P são incertas e não estão
indicadas, a princípio.
Ácido acetil salicílico (AAS): indicadas em SIM-P com manifestações da síndrome de
Kawasaki e/ou trombocitose (≥ 450.000/µL). Dose: 30 a 50 mg/kg/dia. A dose deve ser
diminuída para 3 a 5 mg/kg/dia (máximo 80 mg/dia) assim que a criança estiver sem
febre por 48 horas. Essa dose deve ser mantida até que o número de plaquetas esteja
normal e haja confirmação de coronárias sem anormalidade com, no mínimo, 4 semanas
do diagnóstico. Evitar em pacientes com plaquetas ≤ 80.000/µL.
Enoxaparina: associar ao AAS quando houver aneurismas coronarianos com z-score ≥
10. Deve ser mantida por tempo indefinido. Em casos de SIM-P com evidência de
trombose ou disfunção ventricular (fração de ejeção < 35%), deve ser mantida por, no
mínimo, 2 semanas após a alta hospitalar.
Milrinona ou dobutamina estão indicados em pacientes com sinais de baixo débito
sistêmico ou insuficiência cardíaca e com disfunção ventricular, desde que a pressão
arterial sistêmica ainda esteja adequada.
A epinefrina em infusão contínua deve ser o medicamento de escolha em casos de
disfunção do ventrículo esquerdo e hipotensão arterial sistêmica.
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Após a alta hospitalar é necessário manter acompanhamento ambulatorial dos casos devido ao
prognóstico pouco claro e ao risco de progressão da manifestação cardíaca.
Declaração de Óbito por SIM-P
O médico deve descrever claramente a sequência de diagnósticos no Bloco V da declaração de
óbito (DO), com letra legível e sem utilização de siglas. O espaço CID não deve ser preenchido já que
esse processo é destinado aos codificadores dos serviços de estatística dos municípios.
As causas da morte na Parte I do Bloco V devem seguir sequência lógica de acontecimentos,
de baixo para cima, da causa básica à terminal, com apenas um diagnóstico por linha. A Parte II é
destinada a comorbidades ou outras condições que contribuíram para a morte, porém não entram na
cadeia de acontecimentos da Parte I.
Codificação da causa de morte
Após o preenchimento da DO, é realizada a codificação da causa básica do óbito, baseada na
CID-10, pelos codificadores que trabalham nas secretarias municipais e estaduais de saúde.
A Organização Mundial de Saúde ainda não estabeleceu um código da 10ª Revisão da
Classificação Internacional de Doenças (CID-10) para servir de marcador da SIM-P. Portanto, o
Ministério da Saúde recomenda a utilização temporária dos seguintes códigos:
M30.3 - Síndrome de linfonodos mucocutâneos [Kawasaki], que deve ser utilizado como
marcador para a codificação de SIM-P no âmbito do Sistema de Informações sobre Mortalidade
(SIM), no contexto da COVID-19.
Também devem ser utilizados os códigos já padronizados para COVID-19, que devem ser
alocados na mesma linha do atestado:
B34.2 - Infecção pelo coronavírus de localização não especificada + U07.1 - Covid-19, vírus
identificado; ou
B34.2 - Infecção pelo coronavírus de localização não especificada + U07.2 - Covid-19, vírus não
identificado.
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Exemplos:
Figura 1. Caso confirmado de COVID-19 + SIM-P.
Fonte: Ministério da Saúde (2020) [23].
Figura 2. Caso suspeito de COVID-19 + SIM-P.
Fonte: Ministério da Saúde (2020) [23].
Considerando que a informação sobre o óbito confirmado ou suspeito por COVID-19 é uma
prioridade na emergência de saúde pública de importância nacional (ESPIN), o Ministério da Saúde
solicita que a DO seja digitada em até 48 horas após a data de ocorrência do óbito e que o envio dos
lotes ocorra semanalmente.
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Referências:
1. World Health Organization. Department of Communications. Clinical management of COVID-19: interim guidance. Geneva: WHO; 2020 May 27 [citado em 14 Jun 2020]. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/clinical-management-of-covid-19.
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3. Mehta NS, Mytton OT, Mullins EWS, Fowler TA, Falconer CL, Murphy OB, et al. SARS-CoV-2 (COVID-19): What do we know about children? A systematic review. Clin Infect Dis 2020:ciaa556. Disponível em: https://doi.org/10.1093/cid/ciaa556.
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6. Riphagen S, Gomez X, Gonzalez-Martinez C, Wilkinson N, Theocharis P. Hyperinflammatory shock in children during COVID-19 pandemic. Lancet 2020;395:1607-8.
7. Whittaker E, Bamford A, Kenny J, Kaforou M, Jones CE, Shah P, et al. Clinical Characteristics of 58 Children With a Pediatric Inflammatory Multisystem Syndrome Temporally Associated With SARS-CoV-2. JAMA 2020;324(3):259-69. https://doi.org/10.1001/jama.2020.10369.
8. Cheung EW, Zachariah P, Gorelik M, Boneparth A, Kernie SG, Orange JS, et al. Multisystem Inflammatory Syndrome Related to COVID-19 in Previously Healthy Children and Adolescents in New York City. JAMA 2020;234(3):294-6. https://doi.org/10.1001/jama.2020.10374.
9. Centers for Disease Control and Prevention. Information for Healthcare Providers about Multisystem Inflammatory Syndrome in Children (MIS-C) [Internet]. Atlanta: CDC; 2020 [citado em Jun 2020]. Disponível em: https://www.cdc.gov/mis-c/hcp/.
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11. Belhadjer, Zahra, Meot M, Bajolle F, et al. "Acute heart failure in multisystem inflammatory syndrome in children (MIS-C) in the context of global SARS-CoV-2 pandemic." Circulation Ago 2020;142(5):429-36. Disponível em: https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.120.048360.
12. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Infectologia, de Reumatologia, de Cardiologia, de Terapia Intensiva, e de Emergência: Nota de alerta. Notificação obrigatória no Ministério da Saúde dos casos de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) potencialmente associada à COVID-19. Rio de Janeiro: SBP; 2020 [acesso em Ago 2020]. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22682b-NA_-_NotificacaoObrigatoria_no_MS_dos_SIM-Covid19.pdf.
13. European Centre for Disease Prevention and Control Pediatric. Rapid risk assessment: paediatric inflammatory multisystem syndrome and SARS-CoV-2 infection in children. Stockholm: ECDC; 2020. Disponível em: https://www.ecdc.europa.eu/en/publications-data/paediatric-inflammatory-multisystem-syndrome-and-sars-cov-2-rapid-risk-assessment.
14. Dolhnikoff M, Ferreira Ferranti J, de Almeida Monteiro RA, et al. SARS-CoV-2 in cardiac tissue of a child with COVID-19-related multisystem inflammatory syndrome [published online 2020 Aug 20]. Lancet Child Adolesc Health 2020. Doi:10.1016/S2352-4642(20)30257-1.
15. World Health Organization. Multisystem inflammatory syndrome in children and adolescents temporally related to COVID-19. Scientific brief. Geneva: WHO; 2020 [acesso em Ago 2020]. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/multisystem-inflammatory-syndrome-in-children-and-adolescents-with-covid-19.
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TelessaúdeRS-UFRGS
Porto Alegre, publicado em 17 de Setembro de 2020.
Elaboração de Texto:
Sara Kvitko de Moura
Ana Cláudia Magnus Martins
Luíza Emília Bezerra de Medeiros