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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ALINE TEIXEIRA MACIEL E SILVA SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE ÉSTERES DERIVADOS DO BORNEOL Belo Horizonte 2014

SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE ÉSTERES DERIVADOS DO …

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

ALINE TEIXEIRA MACIEL E SILVA

SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE ÉSTERES DERIVADOS DO BORNEOL

Belo Horizonte

2014

UFMG/ ICEx/ DQ 1005a

D 545a

ALINE TEIXEIRA MACIEL E SILVA

SÍNTESE E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DE ÉSTERES DERIVADOS DO BORNEOL

Belo Horizonte

2014

Dissertação apresentada ao Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Química – Química Orgânica.

.

Silva, Aline Teixeira Maciel e

Síntese e avaliação biológica de ésteres derivados

do borneol [manuscrito] / Aline Teixeira Maciel e

Silva. 2014.

[xii], 146 f. : il.

Orientadora: Grácia Divina de Fátima Silva.

Coorientadora: Roqueline Rodrigues Silva.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de

Minas Gerais. Departamento de Química.

Inclui bibliografia.

1. Química orgânica - Teses 2. Ésteres – Teses 3.

Produtos naturais – Teses 4. Síntese orgânica – Teses

I. Silva, Grácia Divina de Fátima, Orientadora II.

Silva, Roqueline Rodrigues, Coorientadora III. Título.

CDU 043

S586s

2014

D

O trabalho descrito nesta dissertação

foi realizado sob orientação da Professora

Doutora Grácia Divina de Fátima Silva e co-

orientação da Professora Doutora Roqueline

Rodrigues Silva.

O trabalho descrito nesta

dissertação foi desenvolvido sob a

colaboração da professora Doutora

Lucienir Pains Duarte.

“...e esta é a vitória que vence o mundo: a

nossa fé .”

1 Jo. 5:4

Dedico este trabalho à minha querida avó

Maria Margarida Maciel e Silva.

Agradecimentos

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por sempre se fazer presente na minha vida, guiando meus

passos e me abençoando em todas as minhas escolhas. A Ti, Senhor, toda minha

gratidão!

Aos meus pais Arlinda e Luiz por todo o amor, apoio e incentivo. Aos meus

irmãos Camilla e André pelo carinho e amizade.

À minha avó Margarida e minha tia Dé que nunca mediram esforços para que eu

pudesse realizar os meus sonhos. Tenho certeza que sem a ajuda de vocês eu jamais

teria chegado até aqui.

À Professora Drª. Grácia Divina de Fátima Silva pela contribuição com seus

conhecimentos e por todos estes anos de convivência tão agradável.

À Professora Drª. Roqueline Rodrigues Silva por sua colaboração, sugestões e

discussões que contribuíram para meu crescimento científico e pessoal.

À Professora Drª. Lucienir Pains Duarte, obrigada por sempre estar disposta a

ajudar e pelas contribuições ao longo destes seis anos de convivência. Você é um

exemplo de uma profissional dedicada e compromissada com o ensino e com o

conhecimento. Serei eternamente grata a você por tudo!

Aos Professores Dr. Sidney Augusto Vieira Filho (Bibo) e Dr. Daniel Crístian

Ferreira Soares pela amizade e discussões que muito contribuíram para meu

crescimento.

Aos Professores Dr. Marcelo Henrique dos Santos, Drª. Jacqueline Aparecida

Takahashi, Dra. Ana Lúcia Tasca Gois Ruiz, Drª. Ana Lúcia Teles Rabello pela

realização dos testes biológicos.

À minha querida “aluna” Laila, por me ajudar com tanta dedicação e

compromisso. Obrigada por tudo!

Aos Professores Fernando Carazza (in memoriam) e Adriana Akemi Okuma por

terem iniciado o trabalho com o borneol.

Agradeço a colaboração do Professor Ângelo de Fátima e a doutoranda Débora

pela contribuição para a realização das sínteses no reator de micro-ondas.

Agradecimentos

Aos examinadores, pela participação na banca de mestrado e por contribuírem

para essa dissertação.

Aos amigos de laboratório: Grasi, Vinícius, Fernando, Vanessa, Josana, Débora,

Fernanda, Larissa, Carol, Dani, Nathany, Jeff, Jailton e Mariana pelo convívio,

companheirismo e amizade.

À Comunidade Apostólica pelas contínuas orações e pelo carinho que

transmitem a mim.

À minha amiga Betânia pelo carinho, apoio e por transmitir tanta alegria nos

momentos que precisei. Aos amigos do time (Lê, Carol e Bruno), que mesmo distantes

torceram por mim!

Aos Professores do Departamento de Química da UFMG, pelos conhecimentos

transmitidos e aos técnicos pela assistência.

Ao Departamento de Química e a Universidade Federal de Minas Gerais, pela

oportunidade de realização deste trabalho.

À CAPES pelo apoio financeiro.

Enfim, a todos que de alguma forma contribuíram para realização deste trabalho,

MUITO OBRIGADA!

Sumário

SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS...................................................................................... i

ÍNDICE DE ESQUEMAS.................................................................................. x

ÍNDICE DE TABELAS...................................................................................... xi

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS....................................... xiii

RESUMO.......................................................................................................... xvi

ABSTRACT...................................................................................................... xvii

INTRODUÇÃO

Produtos naturais como fonte de novos fármacos........................................... 01

A classe dos terpenos...................................................................................... 05

Substâncias derivadas dos terpenos................................................................ 08

OBJETIVOS

Objetivos do trabalho........................................................................................ 11

CAPÍTULO 1: SÍNTESE DOS ÉSTERES DO BORNEOL

1.1 Parte Experimental..................................................................................... 12

1.1.1 Materiais e Métodos................................................................................ 12

1.1.2 Procedimentos......................................................................................... 13

1.1.2.1 Obtenção dos ésteres derivados do borneol........................................ 13 1.1.2.1.a Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP (KANE et al., 2004, adaptado)........................................................... 13 1.1.2.1.b Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando SOCl2 (MIRANDA, 2007).............................................................................. 14 1.1.2.1.c Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP com irradiação por micro-ondas........................................................ 14

1.1.3 Descrição dos ésteres obtidos................................................................ 16

1.1.3.1 Hexanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (1)...................... 16

1.1.3.2 Octanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (2)....................... 17

1.1.3.3 Decanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (3)...................... 18

1.1.3.4 Duodecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (4)................ 19

1.1.3.5 Tetradecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (5).............. 20

Sumário

1.1.3.6 Hexadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (6).............. 21

1.1.3.7 Octadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (7)............... 22 1.1.3.8 Ácido 4-oxo-4-[(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila]oxi] butanoico (8)......................................................................................................... 23

1.1.3.9 Succinato de bis(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (9).................. 24 1.1.3.10 4-{Isopropil[isopropilamino)carbonil]amino}-4-oxobutanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (10).......................................... 25

1.1.3.11 Benzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (11).................... 26

1.1.3.12 4’-Metoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (12)...... 27

1.1.3.13 Isopropilcarbamato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (13)..... 28 1.1.3.14 3’,4’-Dimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (14)..................................................................................................... 29 1.1.3.15 3’,4’,5’-Trimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (15)..................................................................................................... 30

1.1.3.16 3’,5’-Dinitrobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (16)... 31

1.1.3.17 3’,5’-Dinitrosalicilato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (17).... 32

1.1.3.18 Nicotinato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (18).................... 33

1.1.3.19 4’-Aminobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (19)....... 34

1.1.3.20 2’-Acetilbenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (20)........ 35

1.2 Resultados e Discussão............................................................................. 36

1.2.1 Síntese dos ésteres................................................................................. 40

1.2.2 Síntese e caracterização dos ésteres graxos.......................................... 42

1.2.3 Síntese e caracterização dos ésteres aromáticos................................... 60

CAPÍTULO 2: ESTUDO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA

2.1 Introdução Geral......................................................................................... 72

2.2 Atividade Antimicrobiana............................................................................ 73

2.2.1 Introdução................................................................................................ 73

2.2.2 Teste antimicrobiano............................................................................... 74 2.2.2.1 Avaliação da atividade antimicrobiana em ensaio de CIM (Concentração Inibitória Mínima)......................................................... 75

2.2.2.2 Metodologia.......................................................................................... 76

2.2.2.3 Resultados e discussão........................................................................ 78

2.3 Atividade Antiproliferativa........................................................................... 80

2.3.1 Introdução................................................................................................ 80

2.3.2 Teste antiproliferativo.............................................................................. 82

2.3.2.1 Resultados e discussão........................................................................ 83

2.4 Atividade Anti-inflamatória.......................................................................... 86

2.4.1 Introdução................................................................................................ 86

Sumário

2.4.2 Teste anti-inflamatório............................................................................. 87

2.4.2.1 Metodologia.......................................................................................... 87

2.4.2.1.1 Avaliação da atividade anti-inflamatória: edema de pata induzido por carragenina.................................................................................

88

2.4.2.2 Resultados e discussão........................................................................ 88

2.5 Atividade Leishmanicida............................................................................. 91

2.5.1 Introdução................................................................................................ 91

2.5.2 Teste leishmanicida................................................................................. 92

2.5.2.1 Metodologia.......................................................................................... 92

2.5.2.1.1 Método colorimétrico empregando o reagente MTT......................... 93

2.5.2.2 Resultados e Discussão....................................................................... 94

CONCLUSÃO............................................................................................... 96

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................... 98

ANEXO........................................................................................................... 107

Índice de Figuras i

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Obtenção do ácido acetilsalicílico (aspirina). (Foto: Richard Webb)................. 02

Figura 2: Catharanthus roseus (vinca) e estrutura química das substâncias

vincristina e vimblastina. (Foto: P. Schönfelder)...............................................

03

Figura 3: Estrutura química do paclitaxel e do docetaxel........................................... 04

Figura 4: Estrutura química do trans-cariofileno e do -humuleno............................ 05

Figura 5: Mecanismo simplificado da biossíntese dos monoterpenos cíclicos

borneol e cânfora. As estruturas sombreadas em azul correspondem

aos intermediários comuns à biossíntese de todos os monoterpenos

cíclicos.........................................................................................................

07

Figura 6: Estrutura do ácido betulínico e do bevirimat............................................... 08

Figura 7: Benzoatos do Borneol sintetizados por Corrêa et al., 2012........................ 09

Figura 8: Salicilato de bornila sintetizado por Vasconcelos et al., 2012..................... 10

Figura 9: Deslocamento de sinal do hidrogênio H2 observado quando ocorre

formação do éster.......................................................................................

43

Figura 10: Espectro na região do IV do éster 9 (KBr)................................................. 46

Figura 11: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do composto 9 em

CDCl3.........................................................................................................

46

Índice de Figuras ii

Figura 12: Estrutura do composto 9........................................................................... 47

Figura 13: Espectro na região do IV do éster 8 (KBr)................................................. 48

Figura 14: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 8 em CDCl3........................ 49

Figura 15: Espectro na região do IV do éster 10 (NaCl)............................................. 51

Figura 16: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3...................... 51

Figura 17: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3 52

Figura 18: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 10 em CDCl3....................... 53

Figura 19: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 10 em CDCl3.......................... 53

Figura 20: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3.........................................................................................................

54

Figura 21: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3.........................................................................................................

55

Figura 22: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3......................................................................................................... 56

Figura 23: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3.........................................................................................................

57

Figura 24: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 10 em CDCl3........... 58

Figura 25: Fragmentos do composto 10..................................................................... 58

Índice de Figuras iii

Figura 26: Estrutura proposta para o composto 10.................................................... 59

Figura 27: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3. 63

Figura 28: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3. 64

Figura 29: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 13 em CDCl3....................... 64

Figura 30: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 13 em CDCl3.......................... 65

Figura 31: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.........................................................................................................

66

Figura 32: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.........................................................................................................

67

Figura 33: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.........................................................................................................

68

Figura 34: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.........................................................................................................

68

Figura 35: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 13 em CDCl3........... 69

Figura 36: Estrutura proposta para o composto 13.................................................... 70

Figura 37: Fotos dos micro-organismos avaliados..................................................... 75

Figura 38: Estimativa de incidência de câncer no Brasil em 2014 por região............ 81

Índice de Figuras iv

Figura 39: Medicamento Taxol® (Paclitaxel)............................................................... 81

Figura 40: Efeito do borneol e seus ésteres na proliferação de células tumorais...... 85

Figura 41: Reação de redução do MTT a Formazan.................................................. 93

Figura 42: Espectro na região do IV do éster 1 (ATR)............................................... 108

Figura 43: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3........................ 108

Figura 44: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3... 109

Figura 45: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 1 em CDCl3......................... 109

Figura 46: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 1 em CDCl3............................ 110

Figura 47: Espectro na região do IV do éster 2 (ATR)............................................... 110

Figura 48: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 2 em CDCl3........................ 111

Figura 49: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 2 em CDCl3......................... 111

Figura 50: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 2 em CDCl3............................ 112

Figura 51: Espectro na região do IV do éster 3.......................................................... 112

Figura 52: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 3 em CDCl3........................ 113

Figura 53: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 3 em CDCl3......................... 113

Figura 54: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 3 em CDCl3............................ 114

Índice de Figuras v

Figura 55: Espectro na região do IV do éster 4.......................................................... 114

Figura 56: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 4 em CDCl3........................ 115

Figura 57: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 4 em CDCl3......................... 115

Figura 58: Expansão do subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 4 em CDCl3....... 116

Figura 59: Espectro na região do IV do éster 5 (ATR)............................................... 116

Figura 60: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3........................ 117

Figura 61: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3... 117

Figura 62: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 5 em CDCl3......................... 118

Figura 63: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 5 em CDCl3............................ 118

Figura 64: Espectro na região do IV do éster 6 (ATR)............................................... 119

Figura 65: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 6 em CDCl3......................... 119

Figura 66: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 6 em CDCl3......................... 120

Figura 67: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 6 em CDCl3............................ 120

Figura 68: Espectro na região do IV do éster 7 (ATR)............................................... 121

Figura 69: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3........................ 121

Índice de Figuras vi

Figura 70: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3.. 122

Figura 71: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 7 em CDCl3........................ 122

Figura 72: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 7 em CDCl3........................... 123

Figura 73: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 8 em CDCl3........................ 123

Figura 74: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 8 em CDCl3........................... 124

Figura 75: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 9 em CDCl3........................ 124

Figura 76: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 9 em CDCl3........................ 125

Figura 77: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 9 em CDCl3........................... 125

Figura 78: Espectro na região do IV do éster 11 (ATR)............................................. 126

Figura 79: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3...................... 126

Figura 80: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3 127

Figura 81: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 11 em CDCl3...................... 127

Figura 82: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 11 em CDCl3......................... 128

Figura 83: Espectro na região do IV do éster 12 (NaCl)............................................ 128

Figura 84: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3...................... 129

Figura 85: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 12 em CDCl3...................... 129

Índice de Figuras vii

Figura 86: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 12 em CDCl3......................... 130

Figura 87: Espectro na região do IV do éster 13........................................................ 130

Figura 88: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3...................... 131

Figura 89: Espectro na região do IV do éster 14........................................................ 131

Figura 90: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3...................... 132

Figura 91: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3 132

Figura 92: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 14 em CDCl3...................... 133

Figura 93: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 14 em CDCl3......................... 133

Figura 94: Espectro na região do IV do éster 15 (ATR)............................................. 134

Figura 95: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 15 em CDCl3...................... 134

Figura 96: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 15 em CDCl3...................... 135

Figura 97: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 15 em CDCl3......................... 135

Figura 98: Espectro na região do IV do éster 16 (ATR)............................................. 136

Figura 99: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 16 em CDCl3...................... 136

Figura 100: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 16 em

CDCl3........................................................................................................

137

Índice de Figuras viii

Figura 101: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 16 em CDCl3..................... 137

Figura 102: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 16 em CDCl3........................ 138

Figura 103: Espectro na região do IV do éster 17 (KBr)............................................. 138

Figura 104: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 17 em CDCl3.................... 139

Figura 105: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 17 em CDCl3..................... 139

Figura 106: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 17 em CDCl3........................ 140

Figura 107: Espectro na região do IV do éster 18 (NaCl)........................................... 140

Figura 108: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 18 em CDCl3.................... 141

Figura 109: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 18 em CDCl3..................... 141

Figura 110: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 18 em CDCl3........................ 142

Figura 111: Espectro na região do IV do éster 19...................................................... 142

Figura 112: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 19 em CDCl3.................... 143

Figura 113: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 19 em CDCl3..................... 143

Figura 114: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 19 em CDCl3........................ 144

Figura 115: Espectro na região do IV do éster 20...................................................... 144

Índice de Figuras ix

Figura 116: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 20 em CDCl3.................... 145

Figura 117: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 20 em CDCl3..................... 145

Figura 118: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 20 em CDCl3........................ 146

Índice de Esquemas x

ÍNDICE DE ESQUEMAS

Esquema 1: Mecanismo da reação de esterificação de Steglich…………………… 37

Esquema 2: Rearranjo 1,3 do intermediário O-acil-isouréia...................................... 37

Esquema 3: Reação com participação do DMAP....................................................... 38

Esquema 4: Mecanismo da reação com SOCl2......................................................... 39

Esquema 5: Ácidos utilizados na esterificação do borneol......................................... 40

Esquema 6: Reação de obtenção do derivado do ácido p-metoxibenzoico………… 62

Esquema 7: Proposta de mecanismo para formação do composto 13......................

70

Índice de Tabelas xi

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Rendimento e tempo de reação nas diferentes metodologias para

obtenção dos ésteres do borneol…………………………………………….. 41

Tabela 2: Dados de RMN e de IV dos ésteres 1 – 10................................................ 44

Tabela 3: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado

do ácido succínico......................................................................................

45

Tabela 4: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 10 e

comparação com dados de RMN 13C do borneol.......................................

59

Tabela 5: Dados de RMN e de IV dos ésteres 11 – 20.............................................. 61

Tabela 6: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado

do ácido p-metoxibenzoico…………………………………………………….

62

Tabela 7: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 13 e

comparação com dados de RMN 13C do borneol.......................................

71

Tabela 8: Amostras utilizadas no teste antimicrobiano.............................................. 77

Tabela 9: Avaliação biológica do borneol e seus ésteres........................................... 79

Tabela 10: Valores de concentração (GI50 em μg/mL) necessários para inibir a

proliferação de células em 50%.................................................................

84

Tabela 11: Média, erro padrão da média e percentual de inibição do edema de

pata em relação ao controle negativo (P<0,05)........................................

89

Índice de Tabelas xii

Tabela 12: Atividade biológica do borneol e seus ésteres testados em dose única

20 g mL-1...................................................................................................

95

Abreviaturas, siglas e símbolos xiii

ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

– Deslocamento químico ºC – Graus Celsius 1D – Uma dimensão 2D – Duas dimensões 786-0 – Linhagem de células de carcinoma de rim AINEs – Anti-inflamatórios não esteroides ATCC – American Type Culture Collection ATR – Attenuated Total Reflection (Reflectância Total Atenuada) BHI – Broth Heart Infusion CC – Cromatografia em Coluna CCD – Cromatografia em Camada Delgada CDTN/CNEN – Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear / Comissão Nacional de Energia Nuclear CI50 – Concentração da substância em teste que inibe 50% do crescimento celular CPQBA – Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas COSY – “Correlation Spectroscopy” d – Dupleto ddd – Duplo dupleto duplo DEPT135 – Distortionless Enhancement by Polarization Transfer 135 DIC – Di-isopropilcarbodi-imida DIU – N’,N’-Di-isopropiluréia DMAP – 4-Dimetilaminopiridina

Abreviaturas, siglas e símbolos xiv

DOX – Doxorrubicina DQ – Departamento de Química Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz HaCaT – Célula humana normal de queratinócitos hept – Hepteto HIV – Human immunodeficiency virus HMBC – Heteronuclear Multiple Bond Correlation Spectroscopy HSQC – Heteronuclear Single Quantum Coherence Spectroscopy HRMS-ESI – High Resolution Mass Spectra using Electrospray Ionization HT-29 – Linhagem de células de carcinoma de cólon humano IC50 – Concentração da substância em teste que inibe 50% do crescimento celular IMO – Irradiação de Micro-ondas IV – Infravermelho J – Constante de acoplamento K562 – Linhagem de células de tumor de medula óssea LAREMAR – Laboratório de Ressonância Magnética de Alta Resolução m – Multipleto MCF-7 – Linhagem de células de tumor de mama MIC – Mínima Concentração Inibitória MO – Micro-ondas NCI-ADR/RES – Linhagem de células de tumor de ovário resistente a múltiplos fármacos NEPLAM – Núcleo de Estudo de Plantas Medicinais NO – Óxido Nítrico

Abreviaturas, siglas e símbolos xv

oct – Octeto OMS – Organização Mundial da Saúde OVCAR-3 – Linhagem de células de tumor de ovário humano ppm – Partes por milhão Rf – Fator de retenção RMN – Ressonância Magnética Nuclear RMN de 13C – Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13 RMN de 1H – Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio s – Simpleto sl – Sinal largo SNC – Sistema Nervoso Central t – Tripleto td – Tripleto duplo TMS – Tetrametilsilano UFC – Unidades Formadoras de Colônias UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais UNIFAL – Universidade Federal de Alfenas Unicamp – Universidade Estadual de Campinas

Resumo xvi

RESUMO

Os terpenos e seus derivados representam compostos de grande interesse para

os pesquisadores em função do grande potencial como fonte de novos fármacos.

Neste trabalho foram sintetizados ésteres a partir do terpeno borneol utilizando

duas metodologias (DIC/DMAP e SOCl2). Também foi avaliada a irradiação de micro-

ondas, para obter estes compostos, em ausência de solvente. Foram sintetizados 20

ésteres do borneol, dentre eles 18 não estão descritos na literatura. Algumas das

reações conduzidas sob irradiação com micro-ondas e na ausência de solvente

levaram a produtos de rearranjo. Os ésteres do borneol tiveram suas estruturas

elucidadas através de métodos espectrométricos e espectroscópicos. O meio reacional

no qual se utilizou DIC/DMAP e irradiação de micro-ondas, em menor tempo

proporcionou os melhores rendimentos.

Os compostos sintetizados foram submetidos a testes de avaliação de sua

atividade como antimicrobiano, leishmanicida, antiproliferação celular e anti-

inflamatório. Os melhores resultados no teste antimicrobiano foram encontrados para

4’-metoxibenzoato de bornila, 3’,4’-dimetoxibenzoato de bornila e 3’,4’,5’-

trimetoxibenzoato de bornila. Não foi observado nenhum efeito leishmanicida

significativo produzido pelos ésteres do borneol submetidos ao teste. Em relação à

atividade antiproliferativa, os compostos octanoato de bornila, benzoato de bornila e

3’,4’,5’-trimetoxibenzoato de bornila apresentaram resultados mais promissores, com

efeitos citotóxicos para as linhagens de células de câncer de ovário (OVCAR-3), ovário-

resistente (NCI-ADR/RES), mama (MCF-7), medula óssea (K562) e rim (786-0). No

teste de atividade anti-inflamatória, o hexanoato de bornila, octanoato de bornila,

tetradecanoato de bornila, hexadecanoato de bornila, octadecanoato de bornila,

benzoato de bornila, 3’,5’-dinitrobenzoato de bornila e nicotinato de bornila foram

aqueles que proporcionaram melhor redução do edema induzido por carragenina.

Abstract xvii

ABSTRACT

The terpenes and its derivatives represent compounds of great interest to

researchers because of the great potential as a source of new drugs.

In this work, esters from the terpene borneol were synthesized using two

methodologies (DIC/DMAP and SOCl2). It was also evaluated the microwave irradiation

to obtain these compounds, without the use of solvent. It was synthesized 20 borneol

esters, among them 18 are not described in the literature. Some of the reactions

conducted under microwave irradiation and in the absence of solvent, led to products of

rearrangement. The borneol esters had their structures elucidated through

spectroscopic and spectrometric methods. The reaction condition in which were used

DIC/DMAP and microwave irradiation, in less time produced better yields.

The synthesized compounds were subjected to assays to evaluate its activity as

antimicrobial, leishmanicidal, cellular antiproliferation and anti-inflammatory. The best

results on the antimicrobial assays were found for bornyl 4’-methoxybenzoate, bornyl

3’,4’-dimethoxybenzoate and bornyl 3’,4’,5’-trimethoxybenzoate. It was not observed

significative leishmanicidal effect produced by the borneol esters subjected to assay. In

relation to the antiproliferative cells assays, bornyl octanoate, bornyl benzoate and

bornyl 3’,4’,5’-trimethoxybenzoate showed more promising results, with cytotoxic effects

to cell lines of ovarian cancer (OVCAR-3), ovarian-resistant (NCI-ADR/RES), breast

(MCF-7), bone marrow (K562) and kidney (786-0). In the anti-inflammatory assays, the

bornyl hexanoate, bornyl octanoate, bornyl tetradecanoate, bornyl hexadecanoate,

bornyl octadecanoate, bornyl benzoate, bornyl 3’,5’-dinitrobenzoate and bornyl

nicotinate were those that provided better reduction in the edema induced by

carrageenin.

Introdução 1

INTRODUÇÃO

Produtos naturais como fonte de novos fármacos

Ao longo dos tempos os seres humanos têm contado com a natureza para

atender as suas necessidades básicas. As plantas, em particular, formam a base de

diversos sistemas tradicionais de medicina, com os primeiros registros que datam de

cerca de 2600 a.C., que documentam o uso de aproximadamente 1000 substâncias

derivadas de plantas, na Mesopotâmia. Os gregos e os romanos contribuíram

substancialmente para o uso e desenvolvimento racional de drogas a partir de plantas.

Dioscórides, um médico grego (40-90 d.C.), registrou com precisão a coleta, o

armazenamento e o uso de ervas medicinais durante suas viagens com exércitos

romanos (CRAGG E NEWMAN, 2013).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 80% da

população em alguns países asiáticos e africanos dependem da medicina tradicional

para cuidados de saúde primários. Os tratamentos à base de plantas são a forma mais

popular da medicina tradicional e são altamente lucrativos no mercado internacional. O

mercado global de produtos à base de plantas deve chegar a R$ 10 trilhões em 2050

(KHAZIR et al., 2014; CHAUDHARY E SINGH, 2011).

Em 1804, Friedrich Sertürner foi o primeiro a isolar o alcaloide morfina da

papoula (Papaver somniferum), fato que marcou uma busca constante por outros

medicamentos a partir de plantas. Em 1824, Pierre-Jean Robiquet isolou a codeína

(antitussígeno) também da papoula. Porém, o marco histórico no processo de

desenvolvimento da indústria farmacêutica mundial foi a descoberta da salicina por

Raffaele Piria em 1829 a partir da planta Salix alba. A primeira modificação estrutural

realizada foi a partir da salicilina, que levou à obtenção do ácido salicílico em 1839. A

partir do ácido salicílico, Felix Hoffman sintetizou a aspirina (ácido acetilsalicílico) em

1897 (Figura 1, pág 2). Nasceu então a famosa e poderosa indústria farmacêutica da

Alemanha e também a primeira patente que se tem conhecimento na área de

medicamento (CALIXTO E SIQUEIRA JR, 2008).

Introdução 2

Salix alba

Figura 1: Obtenção do ácido acetilsalicílico (aspirina). (Foto: Richard Webb).

Fonte: http://www.forestryimages.org. Acesso em: 02/01/2012.

A descoberta de várias substâncias utilizadas no tratamento do câncer está

ligada ao uso de plantas na medicina tradicional. Os primeiros agentes derivados de

plantas que avançaram para o uso clínico no tratamento do câncer foram os alcaloides

vinblastina e vincristina, isolados da planta Catharanthus roseus (vinca) (CRAGG et al.,

2009) (Figura 2, pág. 3). A planta inicialmente foi investigada por ser utilizada pela

população de Madagascar como hipoglicemiante. Porém, foi observado durante os

estudos da vinca que seus extratos levavam a granulocitopenia, em consequência da

supressão da medula óssea dos animais. A confirmação da atividade em modelos

experimentais de leucemia e linfoma levou ao isolamento dos alcaloides que,

atualmente, são de grande utilidade no tratamento de linfoma de Hodgkin, sarcoma de

Kaposi, câncer de ovário e testículos e leucemia linfoblástica aguda infantil (BRANDÃO

et al., 2010).

OH

OHO

O

OH

OH

Salicilina1829

HO

OH

Ácido Salicílico1839

O

OH

Ácido acetilsalicílico1897

O OH

O

O

Introdução 3

Figura 2: Catharanthus roseus (vinca) e estrutura química das substâncias vincristina e

vimblastina. (Foto: P. Schönfelder).

Fonte: http://www.biologie.uni-regensburg.de/Botanik/Schoenfelder/ Acesso em: 03/01/2014.

O paclitaxel (Figura 3, pág. 4), um terpeno extraído a partir da casca de Taxus

brevifolia (Taxaceae), também confirma o sucesso de produtos naturais na descoberta

de novas drogas. O paclitaxel foi isolado pela primeira vez em 1971, por Wall e

colaboradores, nos Estados Unidos. Nenhum agente anticancerígeno natural teve um

impacto tão grande sobre o tratamento do câncer como o paclitaxel (KHAZIR et al.,

2014). O paclitaxel foi o primeiro composto descoberto capaz de inibir a divisão celular

pela despolimerização dos microtúbulos, um mecanismo de ação até então

desconhecido. Ele é comercializado pela companhia americana Bristol-Meyer Squibb

com o nome de Taxol® e atualmente está disponível como medicamento em mais de 60

países (SOUZA, 2004). O paclitaxel tem sido utilizado no tratamento do câncer,

principalmente o de ovário e mama (KHAZIR et al., 2014).

Diversos derivados semi-sintéticos têm sido desenvolvidos a partir do paclitaxel.

O primeiro aprovado para utilização clinica foi o docetaxel (Figura 3, pág. 4), que

demonstrou atividade significativa em diversos tipos de tumores, e um padrão de

toxicidade diferente do seu composto de origem. No entanto, os dois compostos

NH

N

OH

O

O

O N

N

R

H

OO

OH

O

O

H

Vincristina; R=CH3

Vimblastina; R=CHO

Introdução 4

aprovados possuem certas limitações, que os cientistas ainda estão tentando superar

através da síntese de outros análogos. Modificações nas estruturas destes compostos

têm sido feitas com o objetivo de se descobrir novos agentes com maior citotoxicidade

em tumores resistentes, baixa toxicidade e maior solubilidade (KHAZIR et al., 2014).

.

Figura 3: Estrutura química do paclitaxel e do docetaxel.

Cragg e Newman analisaram as fontes de novos medicamentos ao longo do

período de 01/1981 a 12/2010. Eles observaram que 69% dos anti-infecciosos

(compostos que englobam os agentes antibacterianos, antifúngicos, antiparasitários e

antivirais) são derivados de produtos naturais ou são compostos inspirados em

produtos naturais. Já na área do tratamento do câncer, esse número é ainda maior,

correspondendo a 75% dos medicamentos (CRAGG E NEWMAN, 2013).

Um exemplo nacional de medicamento desenvolvido a partir de estudos com

plantas é o Acheflan®, um anti-inflamatório tópico totalmente desenvolvido no Brasil. O

laboratório Aché, uma das maiores indústrias farmacêuticas da América do Sul, após

O

N

O

O

OH

O OOH

O

H

O

C6H5

O

O

O

OH

H

O

O

N

O

O

OH

HO OOH

O

H

O

C6H5

O

O

O

OHH

O

Paclitaxel

Docetaxel

Introdução 5

vários anos de pesquisas, lançou em 2005 este produto. A descoberta foi feita a partir

da planta conhecida como “erva baleeira” (Cordia verbenacea). Do óleo essencial desta

planta foram isolados dois compostos ativos, responsáveis pela ação anti-inflamatória

relatada, o -humuleno e o trans-cariofileno (Figura 4) (PASSOS et al., 2007;

FERNANDES et al., 2007; QUEIROZ et al., 2009). Fica claro a partir desse exemplo

como a biodiversidade pode auxiliar a indústria de países emergentes na descoberta

de novos compostos para o tratamento de diversas doenças existentes.

Figura 4: Estrutura química do trans-cariofileno e do -humuleno.

Além de serem fonte de novas drogas, os produtos naturais têm inspirado o

desenvolvimento da química orgânica sintética, levando a avanços em metodologias de

síntese e possibilitando a criação de análogos do composto original com propriedades

farmacológicas melhoradas (HARVEY, 2008).

A classe dos terpenos

Com base na sua estrutura e na origem biossintética, os produtos vegetais

podem ser classificados em diferentes grupos, tais como os terpenos, alcaloides e

compostos fenólicos (CROTEAU et al., 2000).

Os terpenos estão entre a classe mais estruturalmente variada dos produtos

vegetais. Todos os terpenos são derivados da fusão repetitiva de uma unidade de

isopreno (C5H8) e o número de unidades determina a sua classificação (MOSES, et al.,

2013). Os terpenos com 10 unidades de carbono (C10) são chamados de

monoterpenos e foram os primeiros compostos a serem isolados a partir da terebintina

trans-cariofileno -humuleno

Introdução 6

(resina líquida obtida de coníferas) na década de 1850. Os monoterpenos são

conhecidos como componentes voláteis das essências das flores e dos óleos

essenciais de ervas e especiarias. Em geral, são isolados por processo de destilação

ou extração e encontra uso industrial considerável em indústria de flavorizantes e

perfumes (CROTEAU et al., 2000).

A síntese de todos os monoterpenos passa por um mecanismo comum, iniciado

pela formação de um cátion geranila (Figura 5, pág. 7). Este intermediário sofre

isomerização, ciclizações até a reação final, que geralmente é finalizada através da

perda de um próton ou a adição de um nucleófilo (DEGENHARDT et al., 2009). Os

monoterpenos borneol e cânfora são formados através do intermediário difosfato de

bornila (CROTEAU E KARP, 1977). Neste processo, uma enzima terpeno sintase

catalisa a formação do difosfato de bornila a partir do cátion de bornila. O produto é

então hidrolisado ou oxidado, levando à formação de borneol ou cânfora,

respectivamente (Figura 5, pág. 7) (CROTEAU E KARP, 1979).

O borneol é um monoterpeno bicíclico presente no óleo essencial de numerosas

plantas medicinais das famílias Dipterocarpaceae (Dipterocarpus turbinatus tree),

Lamiaceae (Rosmarinus officinalis e Salvia officinalis), Valerianaceae (Valeriana

officinalis) e Asteraceae (Matricaria chamomilla) (HORVÁTHOVÁ et al., 2009). Na

medicina popular chinesa, o borneol é empregado para diversos fins, como por

exemplo, tratamento da dor de garganta, aftas, feridas, queimaduras e infecções da

pele (LIU et al., 2011). Ele também tem sido frequentemente encontrado em muitos

medicamentos populares para o tratamento de doenças do Sistema Nervoso Central

(SNC), tais como a doença de Alzheimer e Acidente Vascular Cerebral (YU et al.,

2013).

Muitos estudos mostram que o borneol possui ação analgésica, anti-inflamatória,

antioxidante, antibacteriana e cicatrizante (CANDAN et al., 2003; HORVÁTHOVÁ et al.,

2009; LIU et al., 2011; BARRETO, 2013). Além disso, diversas publicações têm

mostrado que o borneol aumenta a penetração de drogas através da pele e da córnea

(CUI et al., 2011; QI et al., 2013, JINGJING et al., 2012) e acelera a abertura da

barreira hemato-encefálica, aumentando a distribuição de drogas no tecido cerebral

(YU et al., 2013).

Introdução 7

Figura 5: Mecanismo simplificado da biossíntese dos monoterpenos cíclicos borneol e

cânfora. As estruturas sombreadas em azul correspondem aos intermediários comuns

à biossíntese de todos os monoterpenos cíclicos.

OPP

10

1

23

4

5

6

78 9

OPP

difosfato de geranila cátion geranila

OPP

difosfato de trans-linalina

OPP

difosfato de cis-linalina

isomerização

cátion linalina

fechamento 6,1

cátion -terpinila

fechamento 3,7

cátion bornila

OPP

difosfato de bornila

OPP

OPP

OH

borneol cânfora

OH2O

O

Introdução 8

Substâncias derivadas dos terpenos

Devido às diversas atividades atribuídas aos terpenos, muitos estudos vêm

sendo conduzidos no sentido de se obter derivados destes compostos e testá-los frente

a diversos alvos biológicos (BORGATI, 2013; CORRÊA et al., 2012).

Um dos exemplos de grande êxito na obtenção de derivados de terpenos é o

antiviral bevirimat, um análogo do triterpeno pentacíclico ácido betulínico (Figura 6). O

bevirimat é o primeiro composto de uma nova classe de terapia antirretroviral,

conhecido como inibidores de maturação do vírus HIV (SMITH, et al,. 2007).

Kashiwada e colaboradores (1996) isolaram o ácido betulínico de Syzigium claviflorum

e observaram a moderada atividade anti-HIV do composto. Porém, quando foi realizada

a modificação na cadeia lateral do ácido, com a adição de um grupo na posição 3, a

atividade do novo composto mostrou ser 1000 vezes maior que do acido betulínico

(KASHIWADA, et al., 1996).

Devido à necessidade cada vez maior de novos agentes antirretrovirais com

novos mecanismos de ação, a fim de prevenir a resistência do vírus HIV e fornecer

terapias alternativas para aqueles pacientes que não conseguem ou não toleram os

medicamentos existentes no mercado, o bevirimat mostra-se como uma esperança, já

que apresenta um mecanismo de ação novo, diferente de todas as drogas utilizadas

para tratamento do HIV.

Ácido betulínico Bevirimat

Figura 6: Estrutura do acido betulínico e do bevirimat.

HO

OH

O

H

O

O

OH

O

HO

O

H

Introdução 9

Corrêa e colaboradores relataram a síntese de dois benzoatos do borneol

(Compostos 1 e 2, Figura 7) e estes apresentaram considerável atividade in vitro contra

as formas epimastigotas do Trypanosoma cruzi. O composto 1, quando testado com

concentração igual 100 µg/mL, inibiu mais de 98% do crescimento do parasita após

72h de incubação. Na mesma concentração, o composto 2 inibiu completamente a

proliferação do parasita. O IC50/72h encontrado para 1 e 2 foram 10,1 e 12,8 µg/mL,

respectivamente. O IC50/72h do benzonidazol (padrão utilizado) para T. cruzi foi de 2,5

µg/mL (CORRÊA et al., 2012).

Figura 7: Benzoatos do Borneol sintetizados por Corrêa et al., 2012.

Vasconcelos e colaboradores também estudaram a atividade biológica de um

derivado do borneol. No estudo realizado, o éster salicilato de bornila (Figura 8, pág.

10) foi sintetizado e avaliado frente às atividades de toxicidade e anti-inflamatória

(VASCONCELOS et al., 2012). Como resultado do teste realizado, os pesquisadores

observaram que não houve sinal de toxicidade aguda do éster nos animais estudados.

Além disso, o derivado do borneol apresentou boa atividade anti-inflamatória,

relacionada possivelmente com a diminuição de mediadores como prostaglandina E2

(PGE2), óxido nítrico (NO) e citocinas pró-inflamatórias.

O

O

R2

R1

R3

1: R1 = R2 = R3 = OCH3

2: R1 = R2 = R3 = H

1

2

4

7

14

16

8 9

11

Introdução 10

Figura 8: Salicilato de bornila sintetizado por Vasconcelos et al., 2012.

Devido às diversas atividades já atribuídas ao borneol e o fato de existirem

poucos estudos com derivados deste monoterpeno, propõe-se sintetizar derivados

desta molécula e avaliar a atividade farmacológica dos mesmos.

O

O OH

Objetivos 11

OBJETIVOS DO TRABALHO

Sintetizar e caracterizar os ésteres derivados do borneol utilizando duas

metodologias diferentes;

Avaliar o rendimento e eficácia das metodologias utilizadas;

Avaliar in vitro a atividade leishmanicida, antimicrobiana e antiproliferativa

dos compostos sintetizados;

Avaliar a atividade anti-inflamatória in vivo dos ésteres sintetizados.

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 12

1 SÍNTESE DOS ÉSTERES DO BORNEOL

1.1 Parte Experimental

1.1.1 Materiais e métodos

Nesse trabalho, a purificação dos produtos obtidos da síntese foi realizada por

cromatografia em coluna (CC), utilizando sílica gel 60 (0,063-0,2mm, Macherey-Nagel)

como fase estacionária. Os solventes empregados como fase móvel foram hexano,

clorofórmio e acetato de etila (puros ou combinados e em ordem crescente de

polaridade).

Para acompanhamento das reações foram executadas análises de

cromatografia em camada delgada (CCD). Na preparação das cromatoplacas utilizou-

se como fase estacionária sílica gel 60G (0,045mm, Merck) na espessura de

aproximadamente 0,25 mm; como fase móvel utilizaram-se os solventes hexano,

clorofórmio e acetato de etila (puros ou combinados). Como reveladores usou-se

vanilina perclórica (solução de vanilina etanólica a 1% (p/v) e ácido perclórico a 3%

(v/v), misturados na proporção de 1:1), seguido por aquecimento em estufa a 130 ºC.

As temperaturas de fusão não corrigidas foram determinadas em aparelho

Microquímica MQAPF-302.

Espectros de absorção na região do infravermelho foram obtidos utilizando o

espectrômetro modelo Spectrum One Perkin Elmer do Laboratório de Química

Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da UFMG. Este possui dispositivo ATR,

permitindo que o espectro seja obtido diretamente da amostra sólida ou oleosa, sem a

necessidade do uso de pastilha. Também foi utilizado o espectrômetro Shimadzu IR-

408 do Departamento de Química, UFMG, neste caso utiliza-se pastilhas de KBr [1%

(m/m)] ou janela de NaCl e o espectrômetro Nicolet, modelo Nexus 470 da Thermo

Scientific do Laboratório de Química de Nanoestruturas de Carbono do CDTN/CNEN.

O equipamento está acoplado a um microscópio Nicolet Centaurus com uma ampliação

de 10 vezes, com amostra aplicada diretamente em janela de silício.

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 13

Os espectros de RMN de 1D e 2D foram obtidos em espectrômetros Bruker

Avance DPX-200 e DRX-400 do Laboratório de Ressonância Magnética de Alta

Resolução (LAREMAR) do Departamento de Química, UFMG. Os solventes

deuterados utilizados encontram-se indicados em cada caso. Os deslocamentos

químicos () foram registrados em ppm usando tetrametilsilano (TMS) como padrão de

referência interna e as constantes de acoplamento (J) dadas em Hz.

Os espectros de massas de alta resolução foram obtidos em Espectrômetro de

Massas com Fonte de Ionização Electrospray (ESI-MS) modelo SHIMADZU LC-ITTOF

(Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG).

A numeração utilizada na nomenclatura dos compostos segue a regra da

IUPAC, porém a utilizada nas estruturas químicas não segue a regra da IUPAC. As

estruturas foram numeradas de modo a auxiliar na atribuição e no detalhamento dos

dados espectroscópicos.

Os ácidos empregados para a síntese dos ésteres foram aqueles disponíveis no

laboratório (Esquema 5, pág. 40).

1.1.2 Procedimentos

1.1.2.1 Obtenção dos ésteres derivados do borneol

1.1.2.1.a Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP (KANE

et al., 2004, adaptado)

Foram solubilizados, sob agitação magnética, em um balão de fundo redondo

acoplado a um tubo contendo cloreto de cálcio, 3 mmol do ácido, 1 mmol de borneol e

uma quantidade catalítica de DMAP (0,25 – 0,33 mmol) em diclorometano, (exceto para

o ácido succínico (Tabela 3, pág. 45), onde as concentrações foram alteradas). Após

10 minutos foram adicionados a esta mistura, sob banho de gelo, 3 mmol de DIC. A

mistura foi mantida sob agitação magnética, à temperatura ambiente, e o

desenvolvimento da reação foi seguido por CCD. Após o fim da reação evaporou-se o

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 14

solvente da mistura em evaporador rotatório. Os produtos obtidos foram purificados por

cromatografia em coluna.

1.1.2.1.b Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando SOCl2 (MIRANDA,

2007)

Foram adicionados, sob agitação magnética, em um balão bitubulado, 2 mL

(27,5 mmol) de SOCl2 e 3 mmol do ácido. O balão foi acoplado a um condensador de

bolas com terminação ligada a um tubo com cloreto de cálcio. A mistura foi mantida sob

agitação magnética e refluxo durante 3 horas. Após o fim da reação, o excesso de

SOCl2 foi removido com o auxílio de uma bomba de vácuo, acoplada a 2 tubos imersos

em nitrogênio líquido. Após remoção total do SOCl2, adicionaram-se 1 mmol de borneol

ao balão e 2 mL de tolueno. A mistura foi mantida sob agitação magnética e refluxo e o

desenvolvimento da reação foi seguido por CCD. Após o fim da reação adicioram-se

lentamente, 5 mL de solução aquosa de bicarbonato de sódio (NaHCO3) 5% (p/v) ao

balão. A mistura reacional foi levada para o funil de separação e foi lavada três vezes

com clorofórmio (3 x 25 mL). Em seguida, a fase orgânica foi lavada com 20 mL de

água destilada, posteriormente com 30 mL de solução de bicarbonato de sódio 5%

(p/v) e por fim com 20 mL de água destilada. Esta fase foi colocada em contato com

sulfato de sódio anidro, filtrada e, finalmente, o solvente foi destilado em evaporador

rotatório. O material obtido foi purificado por cromatografia em coluna (CC), conduzindo

ao éster de interesse.

1.1.2.1.c Obtenção dos ésteres derivados do borneol utilizando DIC/DMAP com

irradiação por micro-ondas

Adicionaram-se em um balão de fundo redondo 3 mmol do ácido, 1 mmol de

borneol e uma quantidade catalítica de DMAP (0,25 – 0,33 mmol) na ausência de

solvente. A mistura foi mantida sob banho de gelo e, em seguida, foram adicionados 3

mmol de DIC. A mistura reacional foi submetida à irradiação de micro-ondas (IMO) em

um reator DISCOVER CEM®. As condições empregadas foram: temperatura de 25, 70,

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 15

130 ou 170 ºC (indicada em cada caso), potência de 250 watts, tempo de rampa: 2

minutos, tempo de irradiação de micro-ondas: 3 ou 5 minutos, em agitação máxima e

tubo aberto. Após o término da IMO o bruto da reação foi purificado por cromatografia

em coluna.

Na Tabela 1 (pág. 41) encontram-se os rendimentos, as condições e o tempo de

reação para cada produto obtido.

Apenas os produtos 11 (benzoato de bornila, pág. 26) e 15 (3,4’,5’-

trimetoxibenzoato de bornila, pág. 30) estão descritos, os demais são inéditos na

literatura.

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 16

1.1.3 Descrição dos ésteres obtidos 1.1.3.1 Hexanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (1)

Fórmula Molecular: C16H28O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (ATR, cm-1): 1160, 1175, 1454, 1782, 2873, 2954.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,4, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-

1,87 (m, 1H) 1,78-1,56 (m, 4H), 1,35-1,16 (m, 6H), 0,99 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,93-0,91

(6H, H9 e H16), 0,87 (s, 3H, H8), 0,83 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,1 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),

45,1 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,4 (C13), 28,1 (C5), 27,2 (C14), 24,9 (C6), 22,3

(C15), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,9 (C16), 13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 275,1987; encontrado: 275,1922; erro: 23,6

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 2 h T. a. DIC/DMAP 1 3 62 103

2 Tolueno 26 h Refluxo SOCl2 1 3 36 91

3 - 3 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 51 85

4 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 76 126

5 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 61 102

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15

1

7

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 17

1.1.3.2 Octanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (2)

Fórmula Molecular: C18H32O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (ATR, cm-1): 1160, 1175, 1732, 2873, 2933, 2954.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,92-4,85 (m, 1H, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-1,87 (m, 1H) 1,76-1,60 (m,

4H), 1,29 (sl, 10H, H13 ao H17), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,91-0,87 (9H, H18, H9 e

H8), 0,83 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,2 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),

44,9 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,7 (C13), 29,1 (C14), 29,0 (C15), 28,1 (C5), 27,1

(C16), 25,2 (C6), 22,6 (C17), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C18), 13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 303,2300; encontrado: 303,2387; erro: 28,7

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 1 h T. a. DIC/DMAP 1 3 79 144

2 Tolueno 29 h Refluxo SOCl2 1 3 44 125

3 - 3 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 83 153

4 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 87 160

5 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 93 175

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17

1

7

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 18

1.1.3.3 Decanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (3) Fórmula Molecular: C20H36O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (KBr, cm-1): 1160, 1178, 1456, 1736, 2856, 2926, 2956.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3,4, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-

1,87 (m, 1H) 1,76-1,59 (m, 4H), 1,27 (sl, 14H, H13 ao H19), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3),

0,91-0,87 (9H, H20, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,2 (C11), 79,6 (C2), 48,7 (C7), 47,8 (C1),

44,9 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,9 (C13), 29,5 (C14), 29,3 (C15), 29,3 (C16), 29,2

(C17), 28,1 (C5), 27,1 (C18), 25,2 (C6), 22,7 (C19), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C20),

13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 331,2613; encontrado: 331,2563; erro: 15,1

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 3 h T. a. DIC/DMAP 1 3 85 171

2 Tolueno 17 h Refluxo SOCl2 1 3 34 80

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 92 186

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 95 194

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19

1

7

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 19

1.1.3.4 Dodecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (4)

Fórmula Molecular: C22H40O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (Si, cm-1): 1025, 1160, 1180, 1736, 2854, 2925.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,4, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-

1,87 (m, 1H) 1,78-1,59 (m, 4H), 1,26 (sl, 18H, H13 ao H21), 0,99 (d, 1H, J = 3,4, H3),

0,91-0,87 (9H, H22, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 174,0 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),

45,0 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,9 (C13), 29,6 (CH2), 29,5 (CH2), 29,3 (CH2), 29,2

(CH2), 28,1 (C5), 27,2 (CH2), 25,2 (C6), 22,6 (CH2), 19,7 (C9), 18,8 (C8), 14,0 (C22),

13,4 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 359,2926; encontrado: 359,2956; erro: 8,3

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 14 h T. a. DIC/DMAP 1 3 72 157

2 Tolueno 19 h Refluxo SOCl2 1 3 43 95

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 82 82

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 76 171

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21

1

7

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 20

1.1.3.5 Tetradecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (5)

Fórmula Molecular: C24H44O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (ATR, cm-1): 721, 1024, 1159, 1177, 1247, 1734, 2853, 2923, 2953.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,92-4,85 (m, 1H, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-1,87 (m, 1H) 1,69-1,61 (m,

4H), 1,26 (sl, 22H, H13 ao H23), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,91-0,87 (9H, H24, H9 e

H8), 0,83 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,1 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),

45,1 (C4), 36,9 (C3), 34,8 (C12), 32,0 (C13), 29,7 (CH2), 29,5 (CH2), 29,4 (CH2), 29,2

(CH2), 28,1 (C5), 27,2 (CH2), 25,2 (C6), 22,7 (CH2), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C24),

13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 387,3239; encontrado: 387,3294; erro: 14,5

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 2 h T. a. DIC/DMAP 1 3 82 194

2 Tolueno 24 h Refluxo SOCl2 1 3 17 62

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 89 213

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 87 213

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23

1

7

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 21

1.1.3.6 Hexadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (6)

Fórmula Molecular: C26H48O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (ATR, cm-1): 721, 1024, 1159, 1177, 1734, 2853, 2922.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3, J3 = 10, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,00-1,87

(m, 1H) 1,69-1,60 (m, 4H), 1,26 (sl, 26H, H13 ao H25), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3), 0,90-

0,87 (9H, H26, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,2 (C11), 79,6 (C2), 48,7 (C7), 47,8 (C1),

44,9 (C4), 36,9 (C3), 34,7 (C12), 31,9 (C13), 29,7 (CH2), 29,6 (CH2), 29,5 (CH2), 29,4

(CH2), 29,3 (CH2), 29,2 (CH2), 28,1 (C5), 27,1 (CH2), 25,2 (C6), 22,7 (CH2), 19,7 (C9),

18,9 (C8), 14,1 (C26), 13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 415,3552; encontrado: 415,3561; erro: 2,2

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 1 h T. a. DIC/DMAP 1 3 73 186

2 Tolueno 47 h Refluxo SOCl2 1 3 36 140

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 77 196

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 82 212

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23 25

1

7

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 22

1.1.3.7 Octadecanoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (7)

Fórmula Molecular: C28H52O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (ATR, cm-1): 721, 1159, 1176, 1734, 2852, 2922.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,92-4,85 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,4, J3 = 9,8, H2), 2,43-2,27 (m, 3H, H3 e H12), 2,01-

1,87 (m, 1H) 1,76-1,59 (m, 4H), 1,26 (sl, 30H, H13 ao H27), 0,98 (d, 1H, J = 3,4, H3),

0,91-0,87 (9H, H28, H9 e H8), 0,83 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 174,1 (C11), 79,6 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),

45,1 (C4), 36,9 (C3), 34,8 (C12), 32,0 (C13), 29,7 (CH2), 29,5 (CH2), 29,4 (CH2), 29,2

(CH2), 28,1 (C5), 27,2 (CH2), 25,2 (CH2), 22,7 (CH2), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 14,1 (C28),

13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 443,3865; encontrado: 443,4183; erro: 71,7

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 19 h T. a. DIC/DMAP 1 3 65 182

2 Tolueno 47 h Refluxo SOCl2 1 3 41 175

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 85 234

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 92 253

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23 25 27

1

7

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 23

1.1.3.8 Ácido 4-oxo-4-[(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-il)oxi] butanoico (8)

Fórmula Molecular: C14H22O4

Aspecto: sólido branco

Condições da Reação:

Faixa de temperatura de fusão: 50-52 °C

IV (KBr, cm-1): 642, 804, 1018, 1160, 1182, 1328, 1386, 1714, 1738, 2882, 2928, 2954,

2988, 3448.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,93-4,89 (m, 1H, H2), 2,67 (sl, 4H, H12, H13), 2,42-2,27 (m, 1H), 1,97-1,65 (m, 3H)

1,35-1,15 (m, 3H), 1,00 (d, 1H, J = 3,2, H3), 0,90 (s, 3H, H9), 0,87 (s, 3H, H8), 0,82 (s,

3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 178,1(C14), 172,3 (C11), 80,5 (C2), 48,8 (C7),

47,8 (C1), 44,8 (C4), 36,6 (C3), 29,2 (C12), 29,1 (C13), 28,0 (C5), 27,0 (C6), 19,7 (C9),

18,8 (C8), 13,4 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M - H]-: 253,1440; encontrado 253,1428; erro: 4,6 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 26 h T. a. DIC/DMAP 1 5 35 58

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

OH

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 24

1.1.3.9 Succinato de bis(1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (9)

Fórmula Molecular: C24H38O4

Aspecto: sólido branco

Condições da Reação:

Faixa de temperatura de fusão: 75-77 °C

IV (KBr, cm-1): 1022, 1156, 1212, 1352, 1386, 1456, 1730, 2876, 2956, 3446.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,94-4,87 (ddd, 2H, J1 = 2,2, J2 = 3,2, J3 = 10, H2, H2’), 2,65 (s, 4H, H12, H12’), 2,42-

2,27 (m, 2H), 1,99-1,60 (m, 8H) 1,36-1,16 (m, 6H), 1,02-0,93 (dd, 2H, J1 = 3,4, J2 =

10,2, H3, H3’), 0,90 (s, 6H, H9, H9’), 0,87 (s, 6H, H8, H8’), 0,83 (s, 6H, H10, H10’).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 172,4 (C11, C11’), 80,3 (C2, C2’), 48,8 (C7,

C7’), 47,8 (C1, C1’), 45,0 (C4, C4’), 36,7 (C3, C3’), 29,7 (C12, C12’), 28,1 (C5, C5’),

27,2 (C6, C6’), 19,7 (C9, C9’), 18,9 (C8, C8’), 13,5 (C10, C10’).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 413,2668; encontrado 413,2700; erro: 7,7 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 26 h T. a. DIC/DMAP 2 1 20 155

2 - 3 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 2 4

3 - 5 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 17 44

O

O

2

4

6

8

10

9

11 12'

1

7

O

O1'

2'

6'

10'

4'

7'8'9'

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 25

1.1.3.10 4-{Isopropil[isopropilamino)carbonil]amino}-4-oxobutanoato de 1,7,7

trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (10)

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Fórmula Molecular: C21H36N2O4

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (NaCl, cm-1): 1022, 1170, 1366, 1386, 1456, 1524, 1662, 1704, 1732, 2878, 2956,

2970, 3314.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

7,63-7,61 (sl, 1H, H20), 4,94-4,86 (ddd, 1H, J1 = 2,2, J2 = 3,3, J3 = 10, H2), 4,52-4,32

(hept, 1H, J = 6,8, H17), 4,10-3,86 (oct, 1H, J = 7, H16), 2,73 (sl, 4H, H12, H13), 2,41-

2,25 (m, 1H, H3), 1,93-1,84 (m, 1H, H6) 1,79-1,72 (m, 1H, H5), 1,69-1,65 (m, 1H, H4),

1,31-1,24 (m, 2H, H5 e H6), 1,38 (d, 6H, J = 6,6, H18), 1,19 (d, 6H, J = 6,6, H19), 1,02-

0,95 (dd, 1H, J1 = 3,3, J2 = 10,2, H3), 0,87 (s, 3H, H9), 0,90 (s, 3H, H8), 0,82 (s, 3H,

H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 173,5 (C11), 172,2 (C14), 154,0 (C15), 80,5

(C2), 48,9 (C7), 47,9 (C1 e C17), 45,0 (C4), 42,8 (C16), 36,6 (C3), 30,5 (C13), 29,8

(C12), 28,0 (C5), 27,2 (C6), 22,4 (C19), 20,8 (C18), 19,7 (C9), 18,8 (C8), 13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 403,2573; encontrado 403,2655; erro: 20,3

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 - 3 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 20 50

2 - 5 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 17 44

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 26

1.1.3.11 Benzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (11)

Fórmula Molecular: C17H22O2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (ATR, cm-1): 710, 978, 1112, 1270, 1451, 1714, 2879, 2953.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

8,07 (d, 2H, J = 6,8, H13, H13’), 7,60-7,41 (m, 3H, H14, H14’ e H15), 5,16-5,08 (ddd,

1H, J1 = 2, J2 = 3, J3 = 9,8, H2), 2,56-2,40 (m, 1H, H3), 2,21-2,07 (m, 1H, H6) 1,86-1,74

(m, 2H), 1,46-1,27 (m, 2H), 1,17-1,08 (dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,6, H3), 0,97 (s, 3H, H9),

0,92 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,8 (C11), 132,7 (C-15), 130,9 (C12), 129,5

(C13 ou C14), 128,3 (C13 ou C14), 80,5 (C2), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,0 (C4), 36,9

(C3), 28,1 (C5), 27,4 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 281,1517; encontrado: 281,1525; erro: 2,8

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 4 h T. a. DIC/DMAP 1 3 59 99

2 Tolueno 17 h Refluxo SOCl2 1 3 3 8

3 Tolueno 30 h Refluxo SOCl2 1 3 26 68

4 Tolueno 100 h Refluxo SOCl2 1 3 6 13

5 - 3 min 122 °C DIC/DMAP com MO

1 3 62 107

6 - 5 min 122 °C DIC/DMAP com MO

1 3 81 140

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14`

15

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 27

1.1.3.12 4’-Metoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (12)

Fórmula Molecular: C18H24O3

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (ATR, cm-1): 696, 770, 848, 1032, 1102, 1118, 1168, 1280, 1510, 1606, 1712, 2838,

2880, 2954.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

8,02 (d, 2H, J = 9, H13 e H13’), 6,93 (d, 2H, J = 8,8, H14 e H14’), 5,13-5,05 (ddd, 1H, J1

= 2,2, J2 = 3,2, J3 = 10, H2), 3,86 (s, 3H, H16), 2,54-2,38 (m, 1H, H3), 2,19-2,06 (m, 1H,

H6), 1,88-1,72 (m, 2H), 1,45-1,22 (m, 2H), 1,15-1,06 (dd, 1H, J1 = 3,5, J2 = 13,6, H3),

0,96 (s, 3H, H9), 0,91 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 166,6 (C11), 163,3 (C15), 131,5 (C13, C13’),

123,5 (C12), 113,6 (C14, C14’), 80,2 (C2), 55,4 (C16), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,1 (C4),

37,0 (C3), 28,1 (C5), 27,5 (C6), 19,8 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 311,1623; encontrado 311,1609; erro: 4,5 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 24 h T. a. DIC/DMAP 1 3 30 57

2 Tolueno 31 h Refluxo SOCl2 1 3 5 14

3 - 3 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 56 105

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 15 29

5 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 50 95

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

O

15

16

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 28

1.1.3.13 Isopropilcarbamato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (13)

Fórmula Molecular: C14H25NO2

Aspecto: sólido branco

Condições da Reação:

Faixa de Temperatura de Fusão: 63-65 °C

IV (Si, cm-1): 1087, 1259, 1546, 1708, 1683, 2876, 2954, 3298.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

4,85-4,80 (m, 1H, H2), 4,48 (sl, 1H, H14) 3,91-3,68 (m, 1H, H12), 2,41-2,26 (m, 1H,

H3), 1,94-1,82 (m, 1H, H6), 1,79-1,71 (m, 1H, H5), 1,67-1,63 (m, 1H, H4), 1,25-1,23 (m,

2H, H5 e H6), 1,16 (d, 6H, J = 6,4, H13, H13’), 1,01 (d, 1H, J = 3,1, H3), 0,90 (s, 3H,

H8), 0,86 (s, 3H, H9), 0,84 (s, 3H, H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 156,3 (C11), 79,9 (C2), 48,8 (C7), 47,8 (C1),

45,0 (C4), 43,1 (C12), 36,9 (C3), 28,1 (C5), 27,2 (C6), 23,1 (C13, C13’), 19,7 (C9), 18,8

(C8), 13,5 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 262,1783; encontrado 262,1834; erro: 19,4

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 13 20

2 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 17 28

3 - 3 min 170 °C DIC/DMAP com MO

1 3 12 19

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 29

1.1.3.14 3’,4’-Dimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (14)

Fórmula Molecular: C19H26O4

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (Si, cm-1): 763, 1025, 1114, 1177, 1224, 1271, 1290, 1453, 1514, 1601, 1710, 2878,

2954.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

7,73-7,68 (dd, 1H, J1 = 1,8, J2 = 8,4, H17), 7,58 (d, 1H, J = 2, H13), 6,90 (d, 1H, J = 8,4,

H16), 5,13-5,06 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3,4, J3 = 9,8, H2), 3,94 (s, 6H, H18, H19), 2,55-

2,39 (m, 1H, H3), 2,18-2,05 (m, 1H, H6) 1,84-1,71 (m, 2H), 1,48-1,23 (m, 2H), 1,16-1,08

(dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,8, H3), 0,97 (s, 3H, H9), 0,92 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,6 (C11), 153,1 (C15), 148,9 (C14), 123,7

(C12), 123,4 (C17), 112,5 (C16), 110,5 (C13), 80,4 (C2), 56,1 (C18 e C19), 49,2 (C7),

47,9 (C1), 45,2 (C4), 37,0 (C3), 28,2 (C5), 27,5 (C6), 19,8 (C9), 19,0 (C8), 13,6 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 341,1729; encontrado 341,1703; erro: 7,6 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 72 h T. a. DIC/DMAP 1 3 77 161

2 Tolueno 43 h Refluxo SOCl2 1 3 23 47

3 - 3 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 51 106

4 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 60 127

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

O

15

18

O

19

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 30

1.1.3.15 3’,4’,5’-Trimetoxibenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (15)

Fórmula Molecular: C20H28O5

Aspecto: sólido branco

Condições da Reação:

Faixa de Temperatura de Fusão: 69-71 °C

IV (ATR, cm-1): 767, 873, 1122, 1228, 1333, 1415, 1586, 1708, 2836, 2952.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

7,32 (s, 2H, H13, H13’), 5,12-5,07 (m, 1H, H2), 3,92 (s, 9H, H16, H17 e H18), 2,54-2,42

(m, 1H, H3), 2,16-2,05 (m, 1H, H6) 1,81-1,75 (m, 2H), 1,47-1,26 (m, 2H), 1,12 (d, 1H, J

= 13,6, H3), 0,98 (s, 3H, H9), 0,92 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,4 (C11), 152,9 (C14, C14’), 142,2 (C15),

126 (C12), 106,8 (C13, C13’), 80,7 (C2), 60,9 (C17), 56,2 (C16 e C18), 49,1 (C7), 47,9

(C1), 45,0 (C4), 37,0 (C3), 28,1 (C5), 27,5 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 371,1834; encontrado 371,1892; erro: 15,6

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 5 h T. a. DIC/DMAP 1 3 54 123

2 Tolueno 72 h Refluxo SOCl2 1 3 35 122

3 - 3 min 170 °C DIC/DMAP com MO

1 3 82 193

4 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 80 182

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

O

15

16O

17

O

18

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 31

1.1.3.16 3’,5’-Dinitrobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (16)

Fórmula Molecular: C17H20N2O6

Aspecto: sólido branco

Condições da Reação:

Faixa de Temperatura de Fusão: 145-147 °C

IV (ATR, cm-1): 702, 729, 822, 913, 1286, 1302, 1343, 1541, 1723, 2879, 2956, 3018.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

9,23 (t, 1H, J = 2,1, H15), 9,15 (d, 2H, J = 2, H13 e H13’), 5,27-5,20 (m, 1H, H2), 2,62-

2,46 (m, 1H, H3), 2,14-2,01 (m, 1H, H6) 1,88-1,80 (m, 2H), 1,58-1,36 (m, 2H), 1,21-1,12

(dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,8, H3), 0,99 (s, 3H, H9), 0,95 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 162,7 (C11), 148,7 (C14, C14’), 134,6 (C12),

129,3 (C13, C13’), 122,2 (C15), 83,2 (C2), 49,3 (C7), 48,1 (C1), 44,9 (C4), 36,8 (C3),

28,1 (C5), 27,4 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,7 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M+H]-: 349,1400; encontrado 349,1408; erro: 2,3 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 1 h T. a. DIC/DMAP 1 3 84 381

2 Tolueno 19 h Refluxo SOCl2 1 3 7 27

3 - 3 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 56 128

4 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 75 174

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NO2

NO2

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 32

1.1.3.17 3’,5’-Dinitrosalicilato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (17)

Fórmula Molecular: C17H20N2O7

Aspecto: sólido laranja

Condições da Reação:

Faixa de Temperatura de Fusão: 135-136 °C

IV (KBr, cm-1): 720, 742, 806, 1086, 1178, 1262, 1338, 1352, 1454, 1546, 1622, 1682,

1710, 2884, 2958, 3098.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

12,93 (s, 1H, H13), 9,03 (1H, H15), 8,97 (1H, H17), 5,28-5,23 (m, 1H, H2), 2,60-2,48

(m, 1H, H3), 2,09-1,98 (m, 1H, H6), 1,89-1,83 (m, 2H), 1,55-1,37 (m, 2H), 1,14 (1H,

H3), 0,99 (s, 3H, H9), 0,96 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 168,3 (C11), 159,9 (C13), 138,2 (C16), 137,8

(C14), 129,7 (C17), 126,5 (C15), 116,2 (C12), 84,6 (C2), 49,3 (C7), 48,1 (C1), 44,7

(C4), 36,6 (C3), 28,0 (C5), 27,3 (C6), 19,6 (C9), 18,8 (C8), 13,6 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M - H]-: 363,1192; encontrado 363,1191; erro: 0,3 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 21 h T. a. DIC/DMAP 1 3 41 97

2 Tolueno 24 h Refluxo SOCl2 1 3 traços -

3 - 3 min 170 °C DIC/DMAP com MO

1 3 13 16

4 - 5 min 170 °C DIC/DMAP com MO

1 3 21 25

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

NO2

NO2

OH

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 33

1.1.3.18 Nicotinato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (18) Fórmula Molecular: C16H21NO2

Aspecto: óleo incolor

Condições da Reação:

IV (NaCl, cm-1): 702, 740, 1024, 1124, 1286, 1302, 1590, 1718, 2880, 2954, 3040,

3054.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

9,26-9,25 (sl, 1H, H13), 8,80-8,76 (dd, 1H, J1 = 1,8, J2 = 4,8, H15), 8,34-8,28 (td, 1H, J1

= 1,8, J2 = 8,0, H17), 7,44-7,37 (dd, 1H, J1 = 4,8, J2 = 8,0, H16), 5,19-5,12 (ddd, 1H, J1 =

2, J2 = 3,2, J3 = 9,8, H2), 2,57-2,41 (m, 1H, H3), 2,17-2,03 (m, 1H, H6), 1,84-1,74 (m,

2H), 1,50-1,26 (m, 2H), 1,18-1,09 (dd, 1H, J1 = 3,6, J2 = 13,8, H3), 0,98 (s, 3H, H9),

0,93 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3):C (ppm): 165,5 (C11), 153,2 (C13), 150,9 (C15), 136,9

(C17), 126,8 (C12), 123,2 (C16), 81,2 (C2), 49,2 (C7), 48,0 (C1), 45,0 (C4), 36,9 (C3),

28,1 (C5), 27,4 (C6), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + H]+: 260,1651; encontrado 260,1651; erro: 0 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 3 h T. a. DIC/DMAP 1 3 72 123

2 Tolueno 40 h Refluxo SOCl2 1 3 10 26

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 43 73

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 60 101

5 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 38 64

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

N

13

17

16

14

15

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 34

1.1.3.19 4’-Aminobenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (19)

Fórmula Molecular: C17H23NO2

Aspecto: sólido branco

Condições da Reação:

Faixa de Temperatura de Fusão: 114-115 °C

IV (Si, cm-1): 773, 1120, 1172, 1286, 1311, 1598, 1630, 1681, 2954, 3369, 3478.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

7,87 (d, 2H, J = 8,6, H13, H13’), 6,65 (d, 2H, J = 8,6, H14, H14’), 5,10-5,02 (ddd, 1H, J1

= 2,2, J2 = 3,4, J3 = 9,8, H2), 4,06 (sl, 2H, H16), 2,52-2,36 (m, 1H, H3), 2,19-2,06 (m,

1H, H6), 1,80-1,71 (m, 2H), 1,40-1,23 (m, 2H), 1,14-1,05 (dd, 1H, J1 = 3,4, J2 = 13,8,

H3), 0,96 (s, 3H, H9), 0,90 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 166,9 (C11), 150,7 (C15), 131,6 (C13, C13’),

120,7 (C12), 113,8 (C14, C14’), 79,8 (C2), 49,1 (C7), 47,9 (C1), 45,1 (C4), 37,0 (C3),

28,2 (C5), 27,5 (C6), 19,8 (C9), 19,0 (C8), 13,6 (C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 296,1626; encontrado 296,1581; erro: 15,2

ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 96 h T. a. DIC/DMAP 1 3 24 43

2 Tolueno 18 h Refluxo SOCl2 1 3 0 0

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 7 13

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 6 11

5 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 8 15

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NH2

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 35

1.1.3.20 2’-Acetilbenzoato de 1,7,7 trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ila (20)

Fórmula Molecular: C19H24O4

Aspecto: sólido branco

Condições da Reação:

Faixa de Temperatura de Fusão: 53-54 °C

IV (Si, cm-1): 669, 1081, 1194, 1263, 1722, 1776, 2882, 2955.

RMN de 1H (200 MHz, CDCl3, H (ppm), multiplicidade, integração, J (Hz), atribuição):

8,05-8,00 (dd, 1H, J1 = 1,6, J2 = 7,8, H14), 7,60-7,51 (td, 1H, J1 = 1,8, J2 = 7,6, H16),

7,36-7,27 (td, 1H, J1 = 1,2, J2 = 7,6, H15), 7,13-7,08 (dd, 1H, J1 = 1,0, J2 = 8,0, H17),

5,11-5,03 (ddd, 1H, J1 = 2, J2 = 3,2, J3 = 10, H2), 2,53-2,39 (m, 1H, H3), 2,36 (s, 3H,

H19), 2,14-2,00 (m, 1H, H6), 1,81-1,72 (m, 2H), 1,44-1,26 (m, 2H), 1,14-1,05 (dd, 1H, J1

= 3,4, J2 = 13,8, H3), 0,95 (s, 3H, H9), 0,90 (s, 6H, H8 e H10).

RMN de 13C (50 MHz, CDCl3): C (ppm): 169,5 (C18), 164,5 (C11), 150,8 (C13), 133,4

(C15), 131,4 (C17), 125,9 (C14), 124,0 (C12), 123,8 (C16), 80,8 (C2), 49,1 (C7), 47,9

(C1), 45,0 (C4), 36,8 (C3), 28,1 (C5), 27,4 (C6), 21,1 (C19), 19,7 (C9), 18,9 (C8), 13,6

(C10).

HRMS (ESI): m/z calculado - [M + Na]+: 339,1572; encontrado 339,1571; erro: 0,3 ppm.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodologia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Quant. (mg)

1 CH2Cl2 96 h T. a. DIC/DMAP 1 3 10 21

2 Tolueno 22 h Refluxo SOCl2 1 3 5 16

3 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 traços -

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 9 19

5 - 5 min 130 °C DIC/DMAP com MO

1 3 8 16

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

O

O

1819

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 36

1.2 Resultados e Discussão

Todos os ésteres foram sintetizados através de duas metodologias distintas,

onde foram avaliados o tempo de reação, temperatura, rendimento e a eficiência do

uso da irradiação de micro-ondas na preparação destes.

As metodologias avaliadas seguem mecanismos de reações distintos. A primeira

metodologia aplicada utiliza a DIC (di-isopropilcarbodi-imida) como reagente de

acoplamento e o DMAP (4-dimetilaminopiridina) como catalisador. Esta reação é

conhecida como esterificação de Steglich (LAUE e PLAGENS, 2005) e consiste no uso

de um reagente de acoplamento que ao reagir com o ácido carboxílico forma um

intermediário (O-acil-isouréia), que apresenta reatividade semelhante ao anidrido

correspondente do ácido carboxílico. O mecanismo desta reação está descrito no

Esquema 1 (pág. 37). Na primeira etapa da reação a DIC desprotona o ácido

carboxílico 1. Em seguida, a DIC protonada 3, que apresenta um carbono com grande

caráter eletrofílico, é atacada pelo carboxilato 2, originando a O-acil-isouréia 4. Após

uma nova protonação deste intermediário, há uma adição nucleofílica do álcool 5 ao

carbono carbonílico de 6, levando à formação do éster protonado 7 e conduzindo à

eliminação da N´,N´-di-isopropiluréia (DIU) (excelente grupo abandonador). Após

desprotonação de 7, obtém-se o produto desejado 8

Quando a reação ocorre na presença de nucleófilos fortes, tais como aminas, há

uma rápida adição deste nucleófilo ao intermediário protonado O-acil-isouréia (6),

levando à obtenção do produto desejado. Entretanto, para nucleófilos mais fracos,

como álcoois, onde a esterificação ocorre de maneira mais lenta, existe a possibilidade

de um rearranjo 1,3 do intermediário O-acil isouréia (6) resultando na N-acil-isouréia

(10), o que impossibilita a reação com o álcool (Esquema 2, pág. 37). Assim, o uso de

DMAP (um nucleófilo mais forte que o álcool) impede que esta reação paralela ocorra

(Esquema 3, pág. 38), pois esta base substitui o grupo O-acil-uréia como grupo

abandonador, formando a nova espécie acilante 11. Esta nova espécie, que não pode

formar produtos secundários de rearranjo, reage rapidamente com o álcool, conduzindo

à formação do éster 8 (RODRIGUES, 2011).

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 37

Esquema 1: Mecanismo da reação de esterificação de Steglich.

Esquema 2: Rearranjo 1,3 do intermediário O-acil-isouréia.

C

HN

N

O

O

R

H

N

O

N

H

O

R

N

O

R

O

N

H

69

10

H- H

OR

O

H

C NN

OR

O

C NN

H1 32

C

HNRCOOH

-RCOO4

R1 OHOR

O

5 67

R1

H

C

NH

O

NH

DIU

DMAP

-DMAP

-DIU

OR

O

8

R1

DIC

N

O

O

R

C

HN N

O

O

R

H

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 38

Esquema 3: Reação com participação do DMAP.

Para as reações utilizando-se DIC e DMAP foi avaliado o uso da irradiação de

micro-ondas na preparação dos ésteres. Inicialmente, todos os ésteres foram

submetidos a 3 minutos de reação; porém, observou-se que para alguns deles o tempo

era insuficiente para consumir todo o borneol do meio reacional. Assim, aumentou-se o

tempo de reação para 5 minutos para obter melhores rendimentos.

Como a reação no reator de micro-ondas ocorre na ausência de solvente, faz-se

necessário que um dos reagentes esteja na forma líquida para que ocorra maior

contato entre as substâncias do meio reacional, levando a formação do produto

desejado. Portanto, como a maior parte dos reagentes eram sólidos à temperatura

ambiente, foi necessário o aquecimento da reação para que ocorresse a fusão de um

dos reagentes. A temperatura da reação variou de acordo com o ácido utilizado, sendo

observado bons rendimentos à temperatura de 70 °C, mesmo não sendo essa

temperatura correspondente ao ponto de fusão da maioria dos ácidos utilizados.

C

HN

N

O

O

R

H

+

N

N

- DIU

N

N

OR

N

N

R O

R1 OH- DMAPH+

R

O

O

R1

6DMAP 11

8

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 39

Na segunda metodologia avaliada, utiliza-se o cloreto de tionila (SOCl2) com o

objetivo de produzirmos um cloreto de acila (cloreto de ácido), para posterior adição do

álcool. O mecanismo dessa reação consiste no ataque nucleofílico da hidroxila do

ácido ao enxofre polarizado, com a saída do íon cloreto, formando o composto 1

(Esquema 4). Logo após, ocorre desprotonação de 1, seguida de ruptura de ligação,

levando à formação do cloreto de acila 2 e dióxido de enxofre 3. Em seguida, com a

adição do álcool ao meio reagente, ocorre um ataque nucleofílico da hidroxila alcoólica

ao carbono altamente polarizado do cloreto de ácido, originando o intermediário 4.

Finalmente, há saída de cloreto e desprotonação, levando à formação do éster 5. Um

dos maiores problemas desta reação é a instabilidade do cloreto de ácido formado

durante o mecanismo, pois, sendo uma espécie muito reativa, pode ocorrer sua

hidrólise pela umidade do ar, levando a formação do ácido carboxílico de origem.

Esquema 4: Mecanismo da reação com SOCl2.

OH +

S

O

Cl Cl

- Cl-

S

O

Cl

- H+

R

O R

O

O

H

S

O

ClR

O

O

R Cl

O

1

+

2

3R1 OH

R1

O

H

O

ClR

R1

O

H

O

R

+Cl-

- H+

R1

O

O

R

4

5

S

O O

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 40

1.2.1 Síntese dos ésteres

Para síntese dos ésteres derivados do borneol foram utilizados dezessete

ácidos, sendo oito graxos e nove aromáticos (Esquema 5). Destes, foi possível obter 20

ésteres, sendo 18 inéditos. Os rendimentos das reações variaram de 02 a 95% (Tabela

1, pág. 41). Os melhores resultados foram obtidos utilizando os reagentes DIC/DMAP

com irradiação de micro-ondas, uma vez que o tempo de reação diminuiu

consideravelmente e os rendimentos foram satisfatórios.

Esquema 5: Ácidos utilizados na esterificação do borneol.

As reações conduzidas com SOCl2 apresentaram rendimentos muito inferiores

quando comparados ao DIC/DMAP. Isso se explica devido à formação do cloreto de

ácido, uma espécie muito instável que é facilmente hidrolisada na presença de

umidade no ar. Assim, como as reações de esterificação conduzidas por esta

metodologia não foram realizadas em atmosfera inerte, pode-se concluir que o cloreto

de ácido formado retornava ao ácido original, diminuindo os rendimentos destas

reações.

De todos os ésteres sintetizados, apenas o benzoato de bornila (11) e 3’,4’,5’-

trimetoxibenzoato de bornila (15) não são inéditos.

+

OH

A ou B

O

O

R

A= DIC/DMAP (com ou sem micro-ondas)B= SOCl2

R= -(CH2)4CH3

-(CH2)6CH3

-(CH2)8CH3

-(CH2)10CH3

-(CH2)12CH3

-(CH2)14CH3

-(CH2)16CH3

-(CH2)2COOH

RCOOHou

ArCOOH

Ar=

OMe

OMe

OMe

OMeMeO

NO2O2NNO2O2N

OH N

NH2

OMeO

O

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 41

Tabela 1: Rendimento e tempo de reação nas diferentes metodologias para obtenção dos ésteres do borneol

* Em todas as reações foram utilizados a proporção de 1 mol borneol para 3 mol do ácido, exceto para ácido Butanodioico (Ver tabela 3, pág. 45). a Os produtos encontram-se descritos por números, a estrutura de cada um deles está descrita no item 1.1.3.

b Tempo de reação entre cloreto de ácido e o borneol. O tempo para formar o cloreto de ácido foi padronizado em 3h (MIRANDA, 2007).

c A reação conduzida por essa metodologia foi realizada sob temperatura ambiente.

d A reação conduzida por essa metodologia foi mantida em aquecimento, sob refluxo.

Acido Carboxílico

Metodologias

DIC/DMAP (sem IMO) *, c

DIC/DMAP (com IMO) * SOCl2 *, d

Tempo

(h)

Rendimento/

(Produto) a

3 minutos 5 minutos Tempo

b

(h)

Rendimento

(Produto) a Temperatura

(°C)

Rendimento

(Produto) a

Temperatura (°C)

Rendimento

(Produto) a

Hexanoico 2 62 / (1) 25 51 / (1)

70 61 / (1) 26 36 / (1) 70 76 / (1)

Octanoico 1 79 / (2) 25 83 / (2)

70 93 / (2) 29 44 / (2) 70 87 / (2)

Decanoico 3 85 / (3) 70 92 / (3) 70 95 / (3) 17 34/ (3)

Dodecanoico 14 72 / (4) 70 82 / (4) 70 76 / (4) 19 43 / (4)

Tetradecanoico 2 82 / (5) 70 89 / (5) 70 87 / (5) 24 17 / (5)

Hexadecanoico 1 73 / (6) 70 77 / (6) 70 82 / (6) 47 36 / (6)

Octadecanoico 19 65 / (7) 70 85 / (7) 70 92 / (7) 47 41 / (7)

Butanodioico

26 20 / (9) 70 0

25 17 / (9)

17 / (10) 46 8 / (9)

26 35 / (8) 25 20 / (10) 2 / (9)

Benzoico 4 59 / (11) 122 62 / (11) 122 81 / (11)

17 3 / (11)

30 26 / (11)

100 6 / (11)

p-metoxibenzoico 24 30 / (12) 130 56 (12) 130 50 / (12)

31 5 / (12) 70

15 / (12) 13 / (13)

3,4-dimetoxibenzoico 72 77 / (14) 130 51 / (14) 130 60 / (14) 43 23/ (14)

3,4,5-trimetoxibenzoico 5 54 / (15) 170 82 / (15) 130 80 / (15) 72 35 / (15)

3,5-dinitrobenzoico 1 84 / (16) 130 56 / (16) 130 75 / (16) 17 / (13)

19 7 / (16)

2-hidroxi-3,5-dinitrobenzoico 21 41 / (17) 170 13 / (17) 12 / (13)

170 21 / (17) 24 - / (17)

Nicotínico 3 72 / (18) 70 43 / (18) 70 60 / (18)

40 10 / (18) 130 38 / (18)

p-aminobenzoico 96 24 / (19) 70 7 / (19) 70 6 / (19)

18 0 130 8 / (19)

Acetilsalicílico 96 10 / (20) 70 - / (20) 70 9 / (20)

22 5 / (20) 130 8 / (20)

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 42

1.2.2 Síntese e caracterização dos ésteres graxos

Para obtenção dos ésteres de cadeia graxa foram utilizados oito ácidos, que

seguem uma série homóloga na qual se varia o número de carbono na cadeia graxa,

com exceção do ácido butanodioico (succínico), que apresenta dois grupos carboxila

na sua estrutura. Os rendimentos dos ésteres obtidos variaram de 20 a 85%, utilizando-

se DIC/DMAP sem IMO (Tabela 1, pág. 41). Quando foi utilizada a metodologia do

cloreto de tionila, os rendimentos foram muito inferiores (8 a 44%). O uso de

DIC/DMAP com IMO forneceu melhores rendimentos (2 a 95%), e menor tempo de

reação (3 e 5 minutos) quando comparados com cloreto de tionila (17 a 47 horas) e

DIC/DMAP sem IMO (1 a 26 horas).

Para as reações conduzidas sob irradiação de micro-ondas, não foi observado

grande diferença nos rendimentos quando se utilizou 3 minutos ou 5 minutos de

aquecimento. Como os ácidos graxos possuem baixo ponto de fusão, 3 minutos de

aquecimento já foram suficientes para que houvesse fusão de todo material de partida.

Para os ácidos hexanoico e octanoico, utilizou-se em um primeiro momento a

temperatura de 25 °C, uma vez que estes são líquidos a temperatura ambiente e,

portanto, não seria necessário o aquecimento para que ocorresse a sua fusão. Porém,

foi observado para o ácido hexanóico um rendimento abaixo do obtido pela

metodologia DIC/DMAP sem IMO. Assim, decidiu-se aquecer a reação a 70 °C para

observar se haveria um aumento na formação do produto.

Todos os ésteres obtidos foram caracterizados utilizando espectroscopia de IV,

RMN de 1H e 13C e espectrometria de massas.

Alguns sinais observados nos espectros no IV e de RMN de 1H e 13C são

fundamentais para a caracterização e confirmação da formação dos ésteres graxos:

a) deslocamento do sinal do hidrogênio (H2) ligado ao carbono carbinólico

para região mais desblindada do espectro em relação ao borneol (Figura

9, pág. 43);

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 43

b) aparecimento do espectro de RMN de 13C dos sinais correspondentes ao

carbono carbonílico do éster (~174 ppm) e a cadeia alifática do ácido (~29

ppm);

c) presença de uma banda intensa no espectro no IV, referente ao

estiramento da ligação C=O de éster (~1730 cm-1).

Nos espectros de todos os derivados graxos sintetizados foi possível observar

os sinais característicos que comprovavam a obtenção do produto desejado (Tabela 2,

pág. 44). Todos os compostos obtidos são inéditos na literatura.

Figura 9: Deslocamento de sinal do hidrogênio H2 observado quando ocorre formação

do éster.

Como os ésteres de cadeia graxa apresentam grande similaridade estrutural,

será discutida detalhadamente apenas a caracterização dos ésteres derivados do ácido

succínico. A caracterização dos demais produtos foi feita de modo semelhante e seus

dados espectroscópicos encontram-se descritos no item 1.1.3 (pág. 16).

ppm (t1)5.0005.0505.1005.1505.200

5.1

34

5.1

24

5.1

17

5.1

07

5.0

84

5.0

74

5.0

68

5.0

58

1.0

0

ppm (t1)3.9003.9504.0004.0504.100

4.0

39

4.0

31

3.9

97

3.9

89

3.9

82

1.0

0

Borneol Éster

OH

H

O

O

R

H

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 44

Tabela 2: Dados de RMN e de IV dos ésteres 1 – 10

Composto

RMN de 1H

H (ppm)

RMN de 13C

C (ppm)

IV

(cm-1)

H-C-O C=O C=O

1 4,92-4,85 (ddd) 174,1 1732

2 4,92-4,85 (m) 174,2 1732

3 4,92-4,85 (ddd) 174,2 1710

4 4,92-4,85 (ddd) 174,0 1736

5 4,92-4,85 (m) 174,1 1734

6 4,92-4,85 (ddd) 174,2 1734

7 4,92-4,85 (ddd) 174,1 1734

8 4,93-4,89 (m) 172,3 1738

9 4,94-4,87 (ddd) 172,4 1730

10 4,94-4,86 (ddd) 173,5 1732

Para todos os ésteres sintetizados, foi utilizado excesso do ácido numa

quantidade três vezes maior que o álcool. Porém, para o ácido succínico foram

avaliadas outras quantidades de reagente, uma vez que este substrato apresenta dois

grupos carboxila passíveis de esterificação. Portanto, devido à possibilidade de

ocorrerem a adição do álcool em ambas carboxilas do ácido, decidiu-se utilizar primeiro

um excesso do álcool em relação ao ácido (Condição 1, Tabela 3, pág. 45). Nesta

reação, foi observada a formação de dois produtos. Um deles apresentou um Fator de

Retenção (Rf) maior que o Borneol (material de partida) e o outro um Rf menor que o

Borneol.

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 45

Tabela 3: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado do

ácido succínico

Após purificação em coluna cromatográfica foi possível isolar apenas o

composto que apresentou maior Rf. Este se apresentou como óleo incolor, solúvel em

clorofórmio. O espectro na região do IV (Figura 10, pág. 46) de 9 apresenta bandas

em 2956 cm-1 característica de estiramento assimétrico da ligação CH de grupos CH2

de compostos alifáticos. A banda em 1730 cm-1 é característica de estiramento de

ligação dupla CO de éster. Não foi observada nenhuma banda correspondente a

estiramento OH, ou CO de ácido. Para espectros obtidos com pastilha de KBr, pode-se

observar uma banda larga em torno de 3400 cm-1, que caracteriza estiramento OH de

água, uma vez que o KBr é muito higroscópico, sendo muito difícil mantê-lo seco

(BARBOSA, 2007). Isto foi observado no espectro do éster 9, onde verificamos uma

banda em 3446 cm-1.

Na expansão do espectro de RMN de 1H (Figura 11, pág. 46) de 9 observou-se

um duplo dupleto duplo (ddd) em H 4,94-4,87 (J1 = 2,2, J2 = 3,2, J3 = 10), integrando

para um hidrogênio, que foi atribuído ao hidrogênio do carbono carbinólico H2, que

acopla com os hidrogênios H6, H3 e H3 respectivamente (Figura 24, pág. 58). Em

H 2,66 observou-se um simpleto, integrando para dois hidrogênios. Este sinal foi

atribuído aos hidrogênios metilênicos H12 e H12’ vizinhos à carbonila.

Condição Solvente Tempo Temp. Metodo-

logia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Produto

1 CH2Cl2 26 h T. a. DIC/DMAP 2 1 20 9

2 CH2Cl2 26 h T. a. DIC/DMAP 1 5 35 8

4 Tolueno 46 h Refluxo SOCl2 2 1 8 9

5 - 3 min 70 °C DIC/DMAP com MO

1 3 0 -

6 - 3 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 2 e 20 9 e 10

7 - 5 min 25 °C DIC/DMAP com MO

1 3 17 e 17 9 e 10

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 46

3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

Wavenumber (cm-1)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

%T

ransm

itta

nce

3446

2956

2876

1730

1456

1386

1352

1242

1212

1156

1140

1112

1022

980

888

826

Figura 10: Espectro na região do IV do éster 9 (KBr).

Figura 11: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do composto 9 em CDCl3.

ppm (t1)1.001.502.002.50

2.6

52

2.4

25

2.4

07

2.3

85

2.3

76

2.3

57

2.3

37

2.3

17

2.3

07

2.2

89

2.2

67

1.9

94

1.9

84

1.9

49

1.9

29

1.9

12

1.8

87

1.8

59

1.8

00

1.7

76

1.7

55

1.7

37

1.7

17

1.6

89

1.6

67

1.6

46

1.5

98

1.3

63

1.3

51

1.3

40

1.2

93

1.2

87

1.2

72

1.2

55

1.2

41

1.2

12

1.1

84

1.1

64

1.0

18

1.0

01

0.9

75

0.9

50

0.9

32

0.8

97

0.8

69

0.8

27

1.9

0

1.1

0

3.9

7

1.6

0

3.1

4

3.0

0

3.4

0

3.3

6

ppm (t1)4.8004.8504.9004.950

4.9

44

4.9

33

4.9

28

4.9

17

4.8

94

4.8

83

4.8

78

4.8

67

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 12'

1

7

O

O1'

2'

6'

10'

4'

7'8'9'

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 47

A análise do espectro de RMN de 13C e do subespectro DEPT135 (Figuras 76 e

77, pág. 125) indicou a presença de 12 sinais, sendo dois referentes à carbono

metínico, quatro à carbono metilênico, três à carbono metílico e três à carbono não

hidrogenado.

O fato do espectro de RMN de 13C apresentar apenas um sinal em C 172,4

permite sugerir que o éster 9 apresentou esterificação em ambas as carbonilas do

ácido succínico, uma vez que não foi observado nenhum sinal de carbono carboxílico

de ácido no RMN de 13C. A presença de apenas um sinal integrando para 2 hidrogênios

em H 2,66 também confirma essa hipótese, uma vez que o produto dissubstituído leva

à um composto simétrico, onde ambos hidrogênios (H12 e H12’) teriam um mesmo

deslocamento (simpleto) no espectro de RMN de 1H.

Para confirmação da estrutura do composto obtido foi importante a utilização da

espectrometria de massas de alta resolução com ionização por electrospray (HRMS-

ESI) em modo positivo. Este experimento mostrou a presença de um pico de massa

sobre carga (m/z) para o íon [M + Na]+: 403,2700, que está bem próximo da massa

exata teórica [M + Na]+: 403,2668, erro: 7,7 ppm, o que confirmou a estrutura proposta

para 9 (Figura 12). Assim, após análise, verificamos que o espectro de RMN de 1H

(Figura 11, pág. 46) para a substância 9 não estava com as integrais de acordo com a

estrutura proposta. Portanto, os valores das integrais dos sinais foram dobrados (Figura

75, pág. 124), já que a molécula apresenta plano de simetria, e por isso, os sinais dos

hidrogênios são equivalentes entre si.

O composto 9 também foi obtido quando se utilizou o SOCl2, porém com

rendimento inferior ao obtido com DIC/DMAP (Entrada 4, Tabela 3, pág. 45).

Figura 12: Estrutura do composto 9.

Para avaliar o efeito da concentração do ácido na obtenção do éster, utilizou-se

uma concentração maior deste em relação ao álcool (Condição 2, Tabela 3, pág. 45). A

O

O

2

4

6

8

10

9

11 12'

1

7

O

O1'

2'

6'

10'

4'

7'8'9'

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 48

reação também ficou por 26 horas à temperatura ambiente e obteve-se um produto (8)

com 35% de rendimento.

O produto 8 apresentou-se como sólido branco, com Rf menor que o borneol e

faixa de fusão de 50-52 °C. No espectro no infravermelho (IV) (Figura 13) de 8

observou-se uma banda intensa em 1738 cm-1 característica do estiramento de ligação

C=O de éster e uma banda também intensa em 1714, característica de estiramento de

ligação C=O de ácido. Em 3448 cm-1 observou-se uma banda larga, característica de

estiramento da ligação O-H. Em 1328 cm-1 foi observado uma banda intensa referente

ao estiramento da ligação C-O.

3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

Wavenumber (cm-1)

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

%T

ransm

itta

nce

3448

2988 2

954

2928

2882

1738

1714

1422

1328

1182

1160

1114

1018

996

926

804

642

Figura 13: Espectro na região do IV do éster 8 (KBr).

A análise do espectro de RMN de 1H (Figura 14, pág. 49) de 8 mostrou a

presença de um multipleto em H 4,93-4,89, integrando para um hidrogênio, o qual

corresponde ao hidrogênio H2 do carbono carbinólico. Em H 2,67 observou-se a

presença de um sinal largo, integrando para quatro hidrogênios, correspondendo aos

hidrogênios H12 e H13.

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

OH

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 49

Figura 14: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 8 em CDCl3.

O espectro de RMN de 13C e subespectro DEPT135 (Figuras 73 e 74, págs. 123

e 124) indicou a presença de 14 sinais, sendo dois referentes à carbono metínico, cinco

à carbono metilênico, três à carbono metílico e quatro à carbono não hidrogenado.

Observou-se a presença de dois sinais de carbono carbonílico, em C 178,1 e 172,3, o

que evidenciou a formação do éster em apenas uma carboxila do ácido succínico. A

análise do espectro de massas de alta resolução com ionização por electrospray

(HRMS-ESI) em modo negativo de 8 confirmou a estrutura proposta. O experimento

mostrou a presença de um pico de massa sobre carga (m/z) para o íon [M - H]-:

253,1428, que está bem próximo da massa exata teórica [M - H]-: 253,1440, erro: 4,6

ppm.

A síntese do éster derivado do ácido succínico através da metodologia utilizando

DIC/DMAP com uso da IMO também forneceu compostos diferentes (Condições 6 e 7,

Tabela 3, pág. 45). Quando a reação foi aquecida a 70 °C (Condição 5), não houve

formação de nenhum produto e observamos decomposição do ácido, uma vez que a

reação tornou-se escura e na placa cromatográfica visualizou-se a mancha

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

34

4.8

86

2.6

72

2.4

23

2.4

06

2.3

83

2.3

77

2.3

55

2.3

37

2.3

15

2.2

88

2.2

68

1.9

74

1.9

31

1.9

14

1.8

96

1.8

72

1.8

42

1.7

57

1.7

38

1.6

92

1.6

72

1.6

53

1.3

51

1.2

86

1.2

60

1.2

31

1.2

08

1.1

76

1.1

57

1.0

12

0.9

96

0.8

97

0.8

71

0.8

22

0.0

00

1.0

0

4.3

4

1.1

4

3.4

4

2.7

2

2.9

13.1

93.1

7

0.9

6

ppm (t1)4.7504.8004.8504.9004.9505.0005.050

4.9

34

4.8

86

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

OH

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 50

correspondente apenas ao borneol. Assim, a síntese foi novamente realizada, sob

temperatura ambiente, variando-se apenas o tempo de reação.

A irradiação usando apenas 3 minutos (Condição 6, Tabela 3, pág. 45) forneceu

2 produtos, com 20% e 2% de rendimento. O produto minoritário foi identificado através

dos dados de RMN 1H e 13C do como sendo o composto 9. O produto obtido em maior

quantidade (10), após a caracterização através de RMN de 1H, 13C e DEPT-135,

apresentou sinais que não eram compatíveis com nenhum dos compostos esperadas

(compostos 8 e 9).

O composto 10 foi obtido como um óleo transparente e solúvel em clorofórmio.

O espectro na região do IV (Figura 15, pág. 51) de 10 apresenta absorção em 3314 cm-

1 característica de estiramento de ligação NH de amida, em 2970 cm-1 característica de

estiramento assimétrico da ligação CH de grupos CH3, em 2878 cm-1 característica de

estiramento simétrico da ligação CH de grupos CH2 de compostos alifáticos, em 1732

cm-1 característica de estiramento de ligação C=O de éster, em 1704 e 1662 cm-1

característica de estiramento da ligação C=O de amida e de deformação angular da

ligação NH, em 1524 cm-1 características de deformação angular da ligação NH de

grupo amida, em 1456 e 1386 cm-1 características de deformação angular de CH2 e

CH3 (BARBOSA, 2007).

No espectro de RMN de 1H de 10 (Figura 16 e 17, págs. 51 e 52) observou-se

um sinal largo em H 7,62, integrando para 1H, um duplo dupleto duplo em H 4,94-4,86

(J1 = 2,2, J2 = 3,3, J3 = 10); integrando para 1H, característico de hidrogênio ligado a

carbono carbinólico (H2); um hepteto em H 4,42 (J = 6,8), integrando para 1H, um

octeto em H 3,98 (J = 7), integrando para 1H. Observou-se ainda, três simpletos em H

0,90, 0,87 e 0,82, correspondentes a três metilas e dois dupletos em H 1,38 (J = 6,6) e

1,19 (J = 6,6), integrando para seis hidrogênios cada, correspondentes a quatro

metilas. Também verificou-se a presença de cinco multipletos em H 2,41-2,25, 1,93-

1,84, 1,79-1,72, 1,69-1,65, 1,31-1,24, todos integrando para 1H; houve também, um

duplo dupleto em H 1,02-0,95 (J1 = 3,3, J2 = 10,2), integrando para 1H.

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 51

3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400

Wavenumber (cm-1)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

%T

ransm

itta

nce

3314

2970

2956

2878

1732

1704

1662

1524

1456 1386

1366

1300

1252

1180

1170

1162

1138

1114 1022

996

982

814

640

444

Figura 15: Espectro na região do IV do éster 10 (NaCl).

Figura 16: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3.

ppm (t1)1.02.03.04.05.06.07.0

7.6

34

7.6

31

7.6

25

7.6

16

7.6

06

7.2

69

4.9

38

4.9

27

4.9

21

4.9

11

4.8

88

4.8

77

4.8

72

4.8

61

4.5

24

4.4

90

4.4

56

4.4

22

4.3

88

4.3

55

4.3

21

4.1

00

4.0

65

4.0

32

3.9

99

3.9

64

3.9

30

3.8

97

3.8

64

2.7

30

2.4

10

2.3

93

2.3

71

2.3

61

2.3

42

2.3

22

2.3

02

2.2

93

2.2

75

2.2

53

1.9

33

1.9

13

1.8

96

1.8

72

1.8

43

1.7

92

1.7

79

1.7

58

1.7

41

1.7

19

1.6

91

1.6

73

1.6

52

1.3

99

1.3

66

1.3

10

1.2

98

1.2

90

1.2

77

1.2

69

1.2

55

1.2

39

1.2

10

1.1

77

1.0

22

1.0

04

0.9

68

0.9

53

0.9

35

0.9

22

0.8

99

0.8

71

0.8

23

1.0

0

1.0

9

1.1

2

4.0

2

1.1

2

3.1

13.3

22.2

63.3

83.2

0

1.3

3

1.2

4

1.1

1

1.3

41.5

3

2.9

32.9

03.2

8

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 52

Figura 17: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 10 em CDCl3.

A análise do espectro de RMN de 13C (Figura 18, pág. 53) e do subespectro

DEPT-135 (Figura 19, pág. 53) de 10 indicou a presença de 18 sinais de carbono,

sendo dois sinais com intensidades bem diferentes, isto fica nítido no espectro

DEPT135. Destes, cinco sinais correspondem a carbono metílico, cinco a carbono

metilênico, quatro a carbono metínico e quatro a carbono não hidrogenado. Os sinais

em C 173,5 (CO), 172,2 (CO) e 154,0 (CO) foram atribuídos a carbono carbonílico e o

sinal em C 80,5 foi atribuído a um carbono carbinólico. Os sinais mais intensos em C

22,4 e C 20,8 foram atribuídos a dois carbono metílico cada um.

A observação no espectro de RMN de 1H dos sinais em H 7,62, 4,42 e 3,98 que

não estão presentes no espectro dos compostos 8 e 9, aliado à presença de dois sinais

de carbono metílico em C 22,4 e C 20,8, dois sinais de carbono metínico em C 42,8 e

C 45 e três sinais de carbono carbonílico em C 173,5, 172,3 e 154 no espectro de

RMN de 13C, sugeriu um composto totalmente diferente dos compostos 8 e 9.

ppm (t1)1.02.03.04.05.0

4.9

38

4.9

27

4.9

21

4.9

11

4.8

88

4.8

77

4.8

72

4.8

61

4.5

24

4.4

90

4.4

56

4.4

22

4.3

88

4.3

55

4.3

21

4.1

00

4.0

65

4.0

32

3.9

99

3.9

64

3.9

30

3.8

97

3.8

64

2.7

30

2.4

10

2.3

93

2.3

71

2.3

61

2.3

42

2.3

22

2.3

02

2.2

93

2.2

75

2.2

53

1.9

33

1.9

13

1.8

96

1.8

72

1.8

43

1.7

92

1.7

79

1.7

58

1.7

41

1.7

19

1.6

91

1.6

73

1.6

52

1.3

99

1.3

66

1.3

10

1.2

98

1.2

90

1.2

77

1.2

69

1.2

55

1.2

39

1.2

10

1.1

77

1.0

22

1.0

04

0.9

68

0.9

53

0.9

35

0.9

22

0.8

99

0.8

71

0.8

23

1.0

0

1.1

2

4.0

2

1.1

2

3.1

13.3

2

2.2

63.3

83.2

0

1.3

3

1.2

4

1.1

1

1.3

41.5

3

2.9

32.9

03.2

8

ppm (t1)3.904.004.104.204.304.404.50

4.5

24

4.4

90

4.4

56

4.4

22

4.3

88

4.3

55

4.3

21

4.1

00

4.0

65

4.0

32

3.9

99

3.9

64

3.9

30

3.8

97

3.8

64

1.1

2

1.1

1

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 53

Procedeu-se, então, a uma análise detalhada dos espectros de RMN 1D e 2D de 10 a

fim de se elucidar a estrutura química do composto obtido.

Figura 18: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 10 em CDCl3.

Figura 19: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 10 em CDCl3.

ppm (t1)050100150

173.

518

172.

177

153.

976

80.5

04

77.6

72

77.0

37

76.4

02

48.9

01

47.8

77

44.9

72

42.8

43

36.6

36

30.4

78

29.8

45

28.0

38

27.1

73

22.4

24

20.7

88

19.7

18

18.8

55

13.4

81

-0.0

0000

ppm (t1)01020304050607080

80.5

05

47.8

57

44.9

71

42.8

43

36.6

37

30.4

77

29.8

44

28.0

37

27.1

74

22.4

23

20.7

89

19.7

18

18.8

54

13.4

80

-0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 54

No mapa de correlações HSQC (Figura 20), o sinal em H 4,90 mostrou

correlação com o sinal em C 80,5. Esses sinais foram atribuídos a H2 e C2. Os sinais

de hidrogênio de H3 a H10 foram atribuídos aos seus respectivos átomos de carbono

no mapa de contornos HSQC (Figuras 20 e 21, pág. 55), após comparação com dados

de RMN de 13C descritos na literatura (BRIGGS et al., 1971) para o borneol (Tabela 4,

pág. 59). As correlações feitas para os sinais de carbono do anel bicíclico foram: o sinal

em C 36,6 (C3) mostrou correlação com sinal em H 2,32 e 0,98 (H3), sinal em C 45,0

(C4) mostrou correlação com sinal em H 1,67 (H4), sinal em C 28,0 (C5) mostrou

correlação com sinal em H 1,74 e 1,23 (H5), sinal em C 27,2 (C6) mostrou correlação

com sinal em H 1,90 e 1,29, sinal em C 18,8 (C8) mostrou correlação com sinal em H

0,90, sinal em C 19,7 (C9) mostrou correlação com sinal em H 0,87 e, por fim, sinal em

C 13,5 (C10) mostrou correlação com sinal em H 0,82 (H10).

Figura 20: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3.

ppm (t2)2.503.003.504.004.505.00

10

20

30

40

50

60

70

80

90ppm (t1)

C-2/H-2

C-17/H-17

C-16/H-16

C-3/H-3C-12/H-12

C-13/H-13

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 55

A partir dos sinais atribuídos de C1 a C10 procedeu-se a análise do mapa de

contornos HMBC (Figuras 22 e 23 págs. 56 e 57) para atribuição dos sinais de carbono

restantes na molécula.

O sinal em H 4,90 (H2) apresentou correlação com os sinais em C 27,2 (C6)

(Figura 22, pág. 56) e C 173,5 (C11) (Figura 23 pág. 57). No mapa de contornos

HMBC o sinal em C 173,5 (C11) apresentou correlação com o sinal em H 2,73. O sinal

de hidrogênio em H 2,73 também apresentou correlação com um carbono carbonílico

em C 172,2 (C14) (Figura 22, pág. 56). No mapa de contornos HSQC foram atribuídos

os sinais para os carbonos metilênicos C12 e C13 em H 2,73 (Figura 21).

Figura 21: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3.

ppm (t2)1.001.502.002.50

10

20

30

40

50

ppm (t1)

C-12/H-12

C-13/H-13

C-3/H-3

C-6/H-6C-5/H-5

C-4/H-4

C-18/H-18C-19/H-19

C-10/H-10

C-8/H-8

C-9/H-9

C-3/H-3

C-6/H-6 C-5/H-5

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 56

No mapa de contornos HMBC, o sinal do carbono carbonílico em C 172,2 (C14)

apresentou correlação com o sinal em H 4,42 (H17). O sinal de hidrogênio H17

também apresentou correlações com um carbono metílico em C 20,8 (C18) e com um

carbono não hidrogenado em C 154,0 (C15) (Figura 22). No mapa de contornos HSQC

foi atribuído o sinal para H18 em H 1,38 (Figura 21, pág. 55) e para o carbono metínico

C17 em C 47,9.

No mapa de contornos HMBC, o sinal em H 3,98 (H16) correlacionou-se com o

sinal do carbono metílico em C 22,4 (C19) (Figura 22). No mapa de contornos HSQC

foram atribuídos os sinais para H19 em H 1,19 e para o carbono metínico C16 em C

42,8 (Figura 21, pág. 55).

Figura 22: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3.

ppm (t2)1.02.03.04.05.0

0

50

100

150

ppm (t1)

H-2/C-6

H-17/C-18

H-17/C-15

H-17/C-14

H-16/C-19

H-12/C-13

H-13/C-12

H-12 e H13/ C-11 e C-14

H-6/C-5

H-5/C-6

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 57

No mapa de contornos COSY (Figura 24, pág. 58), o sinal de hidrogênio em

H7,62 (H20) apresentou correlação com o sinal em H3,98 (H16). O sinal de

hidrogênio em H4,90 (H2) apresentou correlação com os sinais de hidrogênio em

H2,32 (H3) e H0,98 (H3). O sinal em H4,42 (H17) apresentou correlação com o

sinal em H1,38 (H18). O sinal de hidrogênio em H3,98 (H16) apresentou correlação

com o hidrogênio em H1,19 (H19). O sinal de hidrogênio em H2,32 (H3) apresentou

correlação com o sinal de hidrogênio em H1,67 (H4).

Figura 23: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 10 em

CDCl3.

ppm (t2)4.404.504.604.704.804.90

165.0

170.0

175.0

ppm (t1)

H-2/C-11

H-17/C-14

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 58

Figura 24: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 10 em CDCl3.

Devido ao alto valor de deslocamento do hidrogênio H20 (H7,62), ao

desdobramento do seu sinal no espectro de RMN de 1H (sinal largo) e bem como o fato

do seu sinal não apresentar correlação com nenhum carbono no mapa de contornos

HSQC, pode-se inferir que H20 está ligado a um átomo de nitrogênio.

Assim, após análise dos espectros de RMN 1D e 2D do composto 10, chegou-se

nos seguintes fragmentos do produto:

Figura 25: Fragmentos do composto 10.

ppm (t2)1.02.03.04.05.06.07.0

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

6.0

7.0

8.0

ppm (t1)

H-20/H-16

H-2/H-3

H-2/H-3

H-17/H-18

H-16/H-19

H-3/H-4H-2/H-6

?

N

H

17

1818

16

19

19

20

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

12 14

O

15

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 59

Através da análise dos fragmentos encontrados para o composto 10, observou-

se que os grupos isopropila presentes nessa molécula só poderiam ter se originado do

reagente DIC. Sabendo-se que pode ocorrer o rearranjo do intermediário 1,3 O-acil-

isouréia, resultando na N-acil-isouréia (Esquema 2, pág. 37), foi proposta a estrutura

abaixo para o composto 10 (Figura 26), que está de acordo com todos os dados de

RMN encontrados.

Figura 26: Estrutura proposta para o composto 10.

Tabela 4: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 10 e comparação

com dados de RMN 13C do borneol

Nº Borneol Composto 10 Tipo de carbono

H HMBC COSY

1 47,8 47,9 C

2 77,3 80,5 CH 4,94-4,86 6 3

3 38,7 36,6 CH2 2,41-2,25; 1,02-0,95

4 44,9 45,0 CH 1,69-1,65

5 28,1 28,0 CH2 1,79-1,72; 1,31-1,24

6 25,7 27,2 CH2 1,93-1,84; 1,31-1,24 5

7 49,3 48,9 C

8 18,5 18,8 CH3 0,90

9 20,0 19,7 CH3 0,87

10 13,1 13,5 CH3 0,82

11 173,5 C

12 29,8 CH2 2,73 11, 13, 14

13 30,5 CH2 2,73 12, 14

14 172,2 C

15 154,0 C

16 42,8 CH 3,98 19, 20

17 47,9 CH 4,42 18, 15, 14

18 20,8 2CH3 1,38 17

19 22,4 2CH3 1,19

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

N

O

N

H17

1818

1512 14

16

19

19

20

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 60

Foi observado que o aumento no tempo de irradiação para 5 minutos (Condição

7, Tabela 3, pág. 45) também forneceu 2 produtos, ambos com 17% de rendimento.

Um dos produtos apresentou Rf maior que o borneol e, após a caracterização através

de RMN de 1H, 13C e DEPT135, pode-se concluir que se tratava do composto 9. O

segundo composto, apresentou Rf menor que o borneol e após comparação com

dados de RMN de 1H, 13C e DEPT-135 verificou-se que o produto era correspondente

ao composto 10. Portanto, um aumento no tempo de radiação aumentou a proporção

do produto dissubstituído em relação ao produto obtido por rearranjo. Isto

possivelmente ocorre, pois, o aumento no tempo de irradiação favorece uma maior

dispersão do DMAP no meio reacional, o que diminui a ocorrência de reações

paralelas.

1.2.3 Síntese e caracterização dos ésteres aromáticos

Na síntese dos ésteres aromáticos foram utilizados nove ácidos, sendo oito com

anel arila, contendo diferentes substituintes doadores e retiradores de densidade

eletrônica no anel, e um com anel piridímico. A partir destes ácidos sintetizou-se 10

compostos. Os rendimentos obtidos para os ésteres variaram de 10 a 84%, utilizando-

se DIC/DMAP sem IMO (Tabela 1, pág. 41). Quando foi utilizada a metodologia do

cloreto de tionila, os rendimentos foram muito inferiores (3 a 35%). O Uso de

DIC/DMAP com IMO forneceu bons rendimentos (6 a 81%) e menor tempo de reação

(3 e 5 minutos) quando comparados com cloreto de tionila (17 a 100 horas) e

DIC/DMAP sem IMO (1 a 96 horas).

Os ésteres aromáticos foram caracterizados por espectroscopia no

Infravermelho (IV), Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H, 13C, subspectro

DEPT135, ponto de fusão (quando aplicado) e espectrometria de massas de alta

resolução. Os sinais característicos do espectro no IV e de RMN que comprovaram a

formação dos produtos estão descritos na Tabela 5 (pág. 61) e se caracterizam por:

a) deslocamento do sinal do hidrogênio (H2) ligado ao carbono carbinólico do

borneol para região mais desblindada do espectro;

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 61

b) aparecimento no espectro de RMN de 1H dos sinais correspondentes aos

hidrogênios do anel aromático;

c) aparecimento do espectro de RMN de 13C dos sinais correspondentes ao

carbono carbonílico do éster (~166 ppm) e os sinais correspondentes aos

carbonos aromáticos;

d) presença de uma banda intensa no espectro no IV, referente ao estiramento

da ligação C=O de éster (~1710 cm-1).

Tabela 5: Dados de RMN e de IV dos ésteres 11 – 20

Na síntese dos ésteres aromáticos também foi verificada a formação de

subproduto quando se utilizou irradiação de micro-ondas para obtenção do éster

derivado do ácido p-metoxibenzoico. De acordo com a Tabela 6 (pág. 62), quando se

utilizou a temperatura de 70 °C (Condição 4), foi verificada a formação de mais de um

produto (Esquema 6, pág. 62).

Composto

RMN de 1H

H (ppm)

RMN de 13C

C (ppm)

IV

(cm-1)

H-C-O C=O C=O

11 5,16-5,08 (ddd) 166,8 1714

12 5,13-5,05 (ddd) 166,6 1712

13 4,85-4,80 (m) 156,3 1708

14 5,13-5,06 (ddd) 166,6 1710

15 5,12-5,07 (m) 166,4 1708

16 5,27-5,20 (m) 162,7 1723

17 5,28-5,23 (m) 168,3 1710

18 5,19-5,12 (ddd) 165,5 1718

19 5,10-5,02 (ddd) 166,9 1681

20 5,11-5,03 (ddd) 164,5 1722

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 62

Esquema 6: Reação de obtenção do derivado do ácido p-metoxibenzoico.

Tabela 6: Condições de reação usada na tentativa de obtenção do éster derivado do

ácido p-metoxibenzoico

No espectro de RMN de 1H do produto majoritário (12) (Figura 27, pág. 63)

verificou-se a presença de um duplo dupleto duplo em H 5,13-5,05 (J1 = 2,2, J2 = 3,2,

J3 = 10), integrando para um hidrogênio, atribuído ao hidrogênio do carbono carbinólico

(H2). Em H 8,02 (J = 9 Hz), observou-se um dupleto, integrando para dois hidrogênios,

o qual corresponde aos hidrogênios do anel aromático (H13 e H13’). Em H 6,93 (J =

8,8 Hz), verificou-se a presença de um dupleto, integrando para dois hidrogênios, que

foi atribuído aos hidrogênios H14 e H14’ do anel aromático. O simpleto em H 3,86,

integrando para três hidrogênios, corresponde aos hidrogênios H16 do grupo metoxila.

O espectro de RMN de 13C (Figura 85, pág. 129) revelou a presença de

dezesseis sinais, sendo dois destes sinais com maior intensidade, e o subespectro de

13C DEPT135 (Figura 86, pág. 130) mostrou a presença de onze sinais. Assim, a

Condição Solvente Tempo Temp. Metodo-

logia Borneol (mmol)

Ácido (mmol)

Rend. (%)

Produto

1 CH2Cl2 24 h T. a. DIC/DMAP 1 3 30 12

2 Tolueno 31 h Refluxo SOCl2 1 3 5 12

3 - 3 min 130 °C DIC/DMAP

com MO 1 3 56 12

4 - 5 min 70 °C DIC/DMAP

com MO 1 3

15 e 13

12 e 13

5 - 5 min 130 °C DIC/DMAP

com MO 1 3 50 12

OH

+

O

HO

OMe3

3 DIC

DMAP (cat)

5 min IMO

70°C

12

+13

15% de rendimento

13% de

rendimento

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

OMe

15

16

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 63

molécula apresentou quatro sinais correspondentes a carbono metílico, três a carbono

metilênico, quatro a carbono metínico e cinco a carbono não hidrogenado. Portanto, a

análise dos espectros não deixaram dúvidas quanto a obtenção do produto desejado

12.

Figura 27: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3.

Após a obtenção dos espectros de RMN de 1H, 13C e DEPT135 (Figuras 28, 29 e

30, págs. 64 e 65) do composto obtido com menor rendimento (13), observou-se que

estes não apresentavam sinais correspondentes aos hidrogênios e carbono

aromáticos; no entanto, apresentavam os sinais referentes ao borneol esterificado,

indicando a formação de um subproduto.

No espectro de RMN de 1H de 13 (Figura 28, pág. 64) observou-se a presença

de um multipleto em H 3,91-3,68, integrando para um hidrogênio, cujo sinal não era

compatível com a estrutura esperada de 12. Verificou-se um dupleto em H 1,16 (J =

6,4 Hz), integrando para seis hidrogênios, indicando a presença de duas metilas.

Também se observou a presença um sinal largo em H 4,48, integrando para um

hidrogênio e a ausência do sinal dos hidrogênios do anel aromático e da metoxila.

ppm (t1)1.001.502.002.503.003.50

3.8

62

2.5

40

2.5

22

2.5

00

2.4

91

2.4

72

2.4

52

2.4

32

2.4

22

2.4

04

2.3

83

2.1

93

2.1

50

2.1

30

2.1

12

2.0

86

2.0

57

1.8

80

1.8

49

1.8

34

1.8

13

1.7

95

1.7

74

1.7

47

1.7

25

1.6

35

1.4

53

1.4

42

1.3

88

1.3

49

1.3

17

1.3

08

1.2

88

1.2

56

1.2

22

1.1

52

1.1

34

1.0

83

1.0

66

0.9

64

0.9

07

1.0

6

1.0

9

1.4

3

6.0

2

3.1

5

3.1

4

0.9

5

1.1

2

1.3

8

1.2

0

ppm (t1)7.007.508.00

8.0

39

7.9

94

7.2

61

6.9

50

6.9

06

2.1

3

2.1

0

ppm (t1)

5.0005.0505.1005.150

5.1

28

5.1

17

5.1

12

5.1

02

5.0

78

5.0

68

5.0

63

5.0

52

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

OMe

15

16

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 64

Figura 28: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3.

Figura 29: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 13 em CDCl3.

ppm (t1)1.001.502.002.503.003.504.004.50

4.8

51

4.8

13

4.8

03

4.4

89

4.4

83

3.9

08

3.8

81

3.8

48

3.8

15

3.7

81

3.7

47

3.7

14

3.6

83

2.4

11

2.3

95

2.3

72

2.3

44

2.3

26

2.3

05

2.2

78

2.2

58

1.9

45

1.8

87

1.8

49

1.8

19

1.7

95

1.7

91

1.7

48

1.7

28

1.7

07

1.6

74

1.6

54

1.6

34

1.2

56

1.2

28

1.1

78

1.1

46

1.0

51

1.0

35

0.9

81

0.9

66

0.9

02

0.8

63

0.8

45

0.9

8

1.0

2

6.1

5

1.3

3

1.2

6

0.8

5

1.1

8

2.3

7

1.0

0

2.8

83.0

02.7

0

1.0

1

ppm (t1)050100150

156.

332

79.9

32

77.6

35

77.0

00

76.3

65

48.7

98

47.7

70

45.0

15

43.0

80

36.8

86

28.1

13

27.2

18

23.1

08

19.7

47

18.8

54

13.4

62

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 65

ppm (t1)1020304050607080

79.9

32

45.0

13

43.0

76

36.8

82

28.1

08

27.2

14

23.1

04

19.7

40

18.8

47

13.4

50

Figura 30: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 13 em CDCl3.

A análise do espectro de RMN de 13C (Figura 29, pág. 64) e do subespectro

DEPT135 (Figura 30) de 13 indicou a presença de apenas treze sinais de carbono.

Destes, quatro sinais correspondem a carbono metílico, três a carbono metilênico, três

a carbono metínico e três a carbono não hidrogenado. O sinal intenso em C 23,11 foi

atribuído a dois carbonos metílicos.

Como os dados dos espectros de RMN de 1H e de 13C indicavam a formação de

um éster diferente do já obtido (composto 12), procedeu-se a uma análise detalhada

dos espectros de RMN 1D e 2D de 13 a fim de se elucidar a estrutura química do

composto.

Os sinais de carbono de 1 a 10 foram atribuídos por comparação com o material

de partida (borneol) e estão descritos na Tabela 7 (pág. 71). Observou-se que o

composto 13 apresentou apenas 13 sinais de carbono, sendo dez correspondentes ao

anel bicíclico.

Os sinais de hidrogênio de H1 a H10 foram atribuídos aos seus respectivos

átomos de carbono no mapa de contornos HSQC, uma vez que os sinais de carbono

do borneol já eram conhecidos.

No mapa de correlações HSQC (Figura 31 e 32, págs. 66 e 67), o sinal em H

4,82 mostrou correlação com o sinal em C 79,9. Esses sinais foram atribuídos a H2 e

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 66

C2. O sinal em C 36,9 (C3) mostrou correlação com sinal em H 2,32 e 1,01 (H3), sinal

em C 45,0 (C4) mostrou correlação com sinal em H 1,65 (H4), sinal em C 28,1 (C5)

mostrou correlação com sinal em H 1,75 e 1,24 (H5), sinal em C 27,2 (C6) mostrou

correlação com sinal em H 1,88 e 1,24, sinal em C 18,8 (C8) mostrou correlação com

sinal em H 0,90 (H8), sinal em C 19,7 (C9) mostrou correlação com sinal em H 0,86 e,

por fim, sinal em C 13,5 (C10) mostrou correlação com sinal em H 0,84 (H10).

Figura 31: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.

ppm (t2)1.502.002.503.003.504.004.50

10

20

30

40

50

60

70

80

ppm (t1)

C-2/H-2

C-12/H-12

C-3/H-3

C-6/H-6C-5/H-5

C-4/H-4

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 67

Figura 32: Expansão do mapa de contornos HSQC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.

No mapa de contornos HMBC (Figuras 33 e 34, pág. 68), o sinal do carbono em

C 156,3 (C11) apresentou correlação com o sinal em H 4,82 (H2). O sinal de

hidrogênio H2 também apresentou correlações com um carbono metílico em C 13,5

(C10) e com um carbono metilênico em C 27,2 (C6), conforme esperado. O sinal em H

1,16 (H13 e H13’) correlacionou-se com o sinal do carbono metílico em C 23,1 (C13 e

C13’) e com o sinal do carbono metínico em C 43,1 (C12).

ppm (t2)0.700.800.901.001.101.201.30

10.0

15.0

20.0

25.0

30.0

35.0

40.0ppm (t1)

C-13/H-13

C-10/H-10

C-6/H-6

C-5/H-5

C-3/H-3

C-6/H-6

C-5/H-5

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 68

Figura 33: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.

Figura 34: Expansão do mapa de contornos HMBC (400 MHz) do composto 13 em

CDCl3.

ppm (t2)1.02.03.04.05.0

50

100

150

ppm (t1)

H-2/C-6

H-2/C-10

H-2/C-11

H-10/C-2

ppm (t2)0.700.800.901.001.101.201.30

10

20

30

40

50

ppm (t1)

H-10/C-2

H-13'/C-13

H-8/C-1H-10/C-1

H-10/C-8H-9/C-8

H-13/C-12

H-13/C-13'

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 69

ppm (t2)0.01.02.03.04.05.0

0.0

1.0

2.0

3.0

4.0

5.0

ppm (t1)

H-12/H-13 e H-13'

H-2/H-3

H-2/H-3

H-14/H-12

H-3/H-4

No mapa de contornos COSY (Figura 35), o sinal de hidrogênio em H4,48

(H14) apresentou correlação com o sinal em H3,80 (H12) e este último por sua vez,

correlacionou-se com os sinais da metila H13 e H13’ (H 1,16). O sinal de hidrogênio

em H4,82 (H2) apresentou correlação com os sinais de hidrogênio em H 2,32 (H3) e

1,01 (H3). O sinal de hidrogênio em H2,32 (H3) apresentou correlação com o

hidrogênio em H1,65 (H4).

Figura 35: Mapa de contornos COSY (400 MHz) do composto 13 em CDCl3.

O sinal largo em H 4,48 (H14) corresponde a hidrogênio ligado a átomo de

nitrogênio, uma vez que este sinal não apresenta correlação com nenhum carbono no

mapa de contornos HSQC.

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 70

Após a análise dos mapas de contornos HSQC, HMBC e COSY foi possível

definir a estrutura abaixo, do composto 13.

Figura 36: Estrutura proposta para o composto 13.

A formação deste produto só pode ser justificada pela presença de água residual

na reação. O intermediário 6 pode ter sofrido um ataque nucleofílico pelo borneol no

carbono nitrogenado (altamente eletrofílico), originado o composto A (Esquema 7). Em

seguida, há prototropismo e eliminação do ácido, conduzindo a formação do composto

B, que por sua vez sofre hidrólise, levando a formação do composto C. Após a

transferência de próton (prototropismo) neste intermediário, ocorre eliminação de

isopropilamônio D e formação do éster 13.

Esquema 7: Proposta de mecanismo para formação do composto 13.

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

C

NH

N

OO

R

H

6

R1 OHC

NH

NHO

O

R

O

H R1

A

C

NH

NHO

O

R O

R1

pt

-RCOOHRCOOH

H

C

NH

HN

O

R1

B

H2OC

NH

NH

O

R1

OH

H

pt

C

NH

NH

O

R1

O

HH

C

HN H3N

O

R1

O

+

Composto 13

C

D

Capítulo 1: Síntese dos ésteres do borneol 71

O composto 13 também foi obtido na reação com ácido 3,5-dinitrobenzoico com

17% de rendimento e com o ácido 2-hidroxi-3,5-dinitrobenzoico, com 12% de

rendimento (Tabela 1, pág. 41).

Tabela 7: Dados de RMN 1D e 2D (400 MHz, CDCl3) do composto 13 e comparação

com dados de RMN 13C do borneol

Nº Borneol Composto 13 Tipo de carbono

H HMBC COSY

1 47,8 47,8 C

2 77,3 79,9 CH 4,85-4,80 6, 10, 11 3

3 38,7 36,9 CH2 2,41-2,26; 1,01 4

4 44,9 45,0 CH 1,67-1,63

5 28,1 28,1 CH2 1,79-1,71; 1,25-1,23

6 25,7 27,2 CH2 1,88; 1,25-1,23

7 49,3 48,8 C

8 18,5 18,8 CH3 0,90 1

9 20,0 19,7 CH3 0,86 8

10 13,1 13,5 CH3 0,84 1, 8

11 156,3 C

12 43,1 CH 3,91-3,68 13, 13’

13 23,1 2CH3 1,16 13, 13’, 12 14

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 72

2 ESTUDO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA

2.1 Introdução Geral

Os ésteres derivados do borneol foram submetidos aos seguintes estudos de

atividade biológica:

atividade antimicrobiana (antibacteriana e antifúngica);

atividade antiproliferativa;

atividade anti-inflamatória;

atividade leishmanicida.

Para os testes realizados, não foram avaliadas as atividades de todos os

ésteres, uma vez que os ensaios foram realizados de acordo com a disponibilidade dos

laboratórios parceiros. Assim, muitas substâncias ainda não haviam sido sintetizadas

e/ou caracterizadas, e por isso não foram enviadas para os estudos de atividade

biológica.

As estruturas, os rendimentos e as metodologias utilizadas para a obtenção dos

compostos testados estão descritos na Parte Experimental, item 1.1.3, pág. 16.

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 73

2.2 Atividade Antimicrobiana

2.2.1 Introdução

As infecções bacterianas e fúngicas são responsáveis por um enorme número

de doenças e encargos sociais. Há milhões de pessoas afetadas por doenças

infecciosas atribuídas a bactérias e fungos em todo o mundo (DANISHUDDIN et al.,

2012).

O grande marco no tratamento das infecções bacterianas ocorreu com a

descoberta da penicilina, em 1928, por Alexander Fleming. Entretanto, o seu uso como

agente terapêutico somente foi introduzido nos anos 1940. Após o processo de

industrialização da penicilina, especialmente em consequência da Segunda Guerra

Mundial, foi observado um rápido crescimento na descoberta e desenvolvimento de

novos antibióticos (sintéticos e naturais) (WHO, 2013c; GUIMARÃES et al., 2010).

Diversos antibióticos foram descobertos no período de 1940 a 1960. A maior

parte foi obtida a partir de triagens de produtos naturais, como os -lactâmicos

(cefalosporina), aminoglicosídeos (estreptomicina), tetraciclinas (clortetraciclina),

macrolídeos (eritromicina), entre outros. Neste mesmo período, apenas três derivados

sintéticos foram introduzidos no mercado: isoniazida, trimetropim e metronidazol

(GUIMARÃES et al., 2010).

O período de 1960 a 1980 foi marcado pela entrada no mercado dos antibióticos

semi-sintéticos, análogos aos antibióticos naturais já existentes. A maioria deles foram

obtidos a partir de protótipos naturais microbianos, como derivados -lactâmicos

(análogos de penicilina e cefalosporina, ácido clavulânico, aztreonam), análogos da

tetraciclina e derivados aminoglicosídicos (gentamicina, tobramicina, amicacina).

(FERNANDES, 2006; GUIMARÃES et al., 2010).

A partir dos anos 1980 houve uma redução na identificação de novos protótipos

antibióticos. Muitas publicações recentes têm documentado o fato de que, apesar dos

problemas crescentes relacionados à resistência dos agentes patogênicos aos

antimicrobianos, o número de novos antibióticos introduzidos no mercado tem

mostrado uma queda acentuada ao longo das últimas décadas, com apenas cinco

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 74

novos agentes antibacterianos aprovados para uso clínico nos EUA entre 2003 e 2007

(MOELLERING JR, 2011).

A falta de interesse dos grandes laboratórios farmacêuticos em agentes

antibacterianos está relacionada a inúmeros fatores, incluindo a diversidade de

antimicrobianos genéricos disponível no mercado, que ainda são considerados primeira

opção de terapia por muitas autoridades de saúde pública. Além disso, a duração do

tratamento com agentes antibacterianos é limitada, quando comparado a drogas

utilizadas para o tratamento do câncer, doenças neurológicas ou cardiovasculares; o

que significa uma menor rentabilidade para a indústria farmacêutica. Além disso,

algumas doenças, em geral, apresentam medicamentos com preços mais elevados,

como é o caso daqueles utilizados no tratamento do câncer (MOELLERING JR, 2011;

BUSH et al., 2011).

Além do declínio na descoberta de novos fármacos, outro grande problema

associado à terapia antimicrobiana é o aumento crescente da resistência dos

patógenos. Prescrições de antibióticos inadequados ou desnecessários, o uso

excessivo de antibióticos na pecuária e na agricultura e a falta de adesão dos pacientes

ao período de tratamento são os principais contribuintes para o surgimento de

resistência a antibióticos (GLICKMAN E SAWYERS, 2012; BOLOGA et al., 2013).

Devido à crescente ameaça de patógenos multirresistentes há uma necessidade

cada vez maior de desenvolver novas terapias para o tratamento de doenças

microbianas. Assim, buscando a identificação de novas substâncias com atividade

antimicrobiana, os ésteres derivados do borneol foram submetidos a testes frente a

diferentes micro-organismos.

2.2.2 Teste antimicrobiano

O teste foi realizado pelo grupo da Professora Drª Jacqueline Aparecida

Takahashi no Laboratório Biotecnologia e Bioensaios, do Departamento de Química da

Universidade Federal de Minas Gerais. Para a realização dos experimentos foram

utilizadas culturas das bactérias Gram-negativas Escherichia coli (ATCC 25922) e

Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e bactérias Gram-positivas Staphylococcus

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 75

aureus (ATCC 25923) e Streptococcus sanguinis (ATCC 49456), e do fungo

leveduriforme Candida albicans (ATCC 18804) (Figura 37).

Escherichia coli1 Pseudomonas aeruginosa2

Staphylococcus aureus3 Streptococcus sanguinis4 Candida albicans5

Figura 37: Fotos dos micro-organismos avaliados.

Fonte:, acesso: 17/01/2014 1 http://www.wired.co.uk/news/archive/2013-04/23/e-coli-fuel

2 http://globalmedicaldiscovery.com/key-scientific-articles/the-effects-of-hyperosmosis-or-high-ph-on-a-

dual-species-biofilm-of-enterococcus-faecalis-and-pseudomonas-aeruginosa-an-in-vitro-study/attachment/pseudomonas-aeruginosa-bacteria-sem/ 3 http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=11181

4 http://stepha.myweb.uga.edu/strepsanguisjpg.jpg

5 http://albicans-candida.blogspot.com.br/2008/11/oi.html

2.2.2.1 Avaliação da atividade antimicrobiana em ensaio de CIM (Concentração

Inibitória Mínima)

Os testes foram realizados em meio de cultura caldo BHI (Broth Heart Infusion)

utilizando placas de 96 micropoços e um leitor de placa de Elisa (492 nm). Avaliou-se a

inibição do crescimento dos micro-organismos desafiados comparando a turbidez do

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 76

meio com aquela obtida no meio em que não houve adição dos compostos (controle

positivo: inóculo + meio BHI). Utilizou-se concentrações crescentes de cada uma das

amostras testadas.

2.2.2.2 Metodologia

As amostras foram pesadas e solubilizadas em dimetilsulfóxido (DMSO),

resultando em uma solução com concentração de 12,5 mg/mL. Pipetaram-se 40 µL

desta solução para um frasco contendo 960 µL de meio de cultura BHI (solução de

trabalho). Foi preparado um pré-inóculo no qual as bactérias (leveduras) estocadas em

tubos de ensaio foram transferidas com alça de platina e inoculadas em tubos de

ensaios contendo 3,0 mL de meio de cultura BHI (Brain Heart Infusion, Infuso de

cérebro e coração). Em seguida, os tubos foram incubados em estufa a 37 ºC por 18 h.

Com o auxílio de uma micropipeta, 500 µL do pré-inóculo bacteriano foram transferidos

para tubos de ensaio contendo 4,5 mL de água destilada estéril. Os tubos foram

homogeneizados e a concentração ajustada comparando-se com o tubo 0,5 da escala

de McFarland de turbidez padrão (108 UFC/mL), obtendo-se assim, os inóculos

bacterianos utilizados no teste.

Os testes foram realizados em placas de 96 micropoços, em triplicata. Em cada

poço foram adicionados 100 µL do meio de cultura BHI. No poço 1 foram adicionados

também 100 µL da solução de trabalho. Homogeneizou-se a solução e 100 µL foram

transferidos para o próximo poço e assim sucessivamente. Desprezaram-se os 100 µL

finais. Foram testadas 8 concentrações de cada amostra (500 g, 250g, 125 g,

62,5g, 31,2g, 15,6g, 7,8g, 3,9g). A seguir, 100 µL do inóculo do micro-

organismo a ser testado foram adicionados a cada poço. Foram realizados dois

controles, um para controle de crescimento do micro-organismo, no qual não houve

adição da solução de trabalho (para verificar a viabilidade celular) e o branco, em que

não se adicionou o inóculo bacteriano (para se eliminar o efeito da coloração da

solução de trabalho). Uma placa controle contendo 100 µL de meio de cultura BHI e

100 µL de água destilada estéril foi adicionada ao experimento como de controle de

esterilidade do meio de cultura BHI.

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 77

As microplacas foram submetidas à primeira leitura em leitor de placa de Elisa

(492 nm) imediatamente após a execução do experimento (leitura a 0h).

Posteriormente, foram incubadas em estufa a 37 ºC e após 24 h foi realizada nova

leitura das mesmas, encerrando o teste.

Tabela 8: Amostras utilizadas no teste antimicrobiano

O grau de resistência ou sensibilidade das bactérias e da levedura frente às

amostras testadas foi determinado pela presença ou ausência de inibição; quanto

maior a inibição, menor a turbidez do meio. Os resultados encontrados para as

amostras testadas na leitura de 24 h estão apresentados na forma de Tabela (Tabela 9

pág. 79) onde está descrito os valores de CIM50 (concentração da amostra necessária

para inibir 50% do crescimento dos micro-organismos). Os testes foram realizados em

triplicata e a percentagem de inibição dos compostos foi calculada a partir da

comparação das médias de absorção das amostras com o branco.

Composto Identificação

1 Hexanoato de bornila

2 Octanoato de bornila

3 Decanoato de bornila

4 Dodecanoato de bornila

5 Tetradecanoato de bornila

6 Hexadecanoato de bornila

7 Octadecanoato de bornila

8 Monossuccinato de bornila

9 Succinato de bis-bornila

10 4-{Isopropil[isopropilamino)carbonil]amino}-4-oxobutanoato de

bornila

11 Benzoato de bornila

12 4’-Metoxibenzoato de bornila

14 3’,4’-Dimetoxibenzoato de bornila

15 3’,4’,5’-Trimetoxibenzoato de bornila

16 3’,5’-Dinitrobenzoato de bornila

17 3’,5’-Dinitrosalicilato de bornila

18 Nicotinato de bornila

21 Borneol

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 78

2.2.2.3 Resultados e discussão

No resultado do teste biológico foi observada a menor concentração dos

compostos que inibiu 50% do crescimento do microrganismo (CIM50). Eles estão

descritos na Tabela 9 (pág. 79), onde é possível verificar que os melhores resultados

(com CIM50 menor) são dos compostos 12, 14 e 15, que correspondem aos ésteres

contendo anel benzênico com substituinte doador de densidade eletrônica (grupo

metoxila). Logo, pressupõe-se que esse grupo deve ser o responsável pela eficácia do

composto contra o micro-organismo.

Da série dos ésteres graxos, apenas o composto 4 apresentou atividade, com

uma CIM50 igual a 500 g/mL contra Pseudomonas aeruginosa. O composto 10

manifestou CIM50 igual a 500 g/mL para Candida albicans, não mostrando atividade

significativa para nenhuma das bactérias testadas. Os compostos 12, 14 e 15 foram os

que apresentaram os resultados mais significativos. Para o composto 12 foi observado

baixo valor de CIM contra todos os micro-organismos testados. A substância 12

mostrou ter menor valor de CIM contra Streptococcus sanguinis, onde apresentou

mesmo valor que a droga de referência (CIM = 62,5 g/mL). Contra Staphylococcus

aureus (CIM = 125 g/mL), Escherichia coli (CIM = 250 g/mL) e Candida albicans

(CIM = 250 g/mL), também foi observado atividade do composto 12.

O composto 14 manifestou mesmo valor de CIM que o controle positivo contra

Escherichia coli (CIM = 62,5 g/mL). Para este composto também foi observado

atividade contra Candida albicans, Staphylococcus aureus, Streptococcus sanguinis e

Pseudomonas aeruginosa (CIM = 125 g/mL). O composto 15 apresentou resultado

promissor contra Escherichia coli (CIM = 250 g/mL). Contra Staphylococcus aureus

(CIM = 62,5 g/mL) e Streptococcus sanguinis (CIM = 62,5 g/mL) o composto 15

apresentou o mesmo valor de inibição que a droga de referência.

De acordo com os resultados obtidos, foi possível observar que o tamanho na

cadeia graxa não exerce influência na atividade biológica, uma vez que os ésteres de

cadeia graxa não tiveram resultados satisfatórios no teste realizado.

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 79

Tabela 9: Avaliação biológica do borneol e seus ésteres

S. aureus = Staphylococcus aureus (ATCC 25923), E. coli = Escherichia coli (ATCC 25922), P. aeruginosa = Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853), S. sanguinis = Streptococcus sanguinis (ATCC 49456), C. albicans = Candida albicans (ATCC 18804). AMP = ampicilina (controle positivo para bactérias, exceto P. aeruginosa, pois apresenta resistência), MIC = miconazol (controle positive para C. albicans).

Amostra Valores de CIM50 (μg/mL)

S. aureus E. coli P. aeruginosa S. sanguinis C. albicans

1 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

2 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

3 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

4 > 500 > 500 500 > 500 > 500

5 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

6 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

7 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

8 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

9 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

10 > 500 > 500 > 500 > 500 500

11 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

12 125 250 500 62,5 250

14 125 62,5 125 125 125

15 62,5 250 > 500 62,5 > 500

16 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

17 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

18 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

21 > 500 > 500 > 500 > 500 > 500

AMP 62,5 62,5 > 500 62,5 -

CIM - - - - 62,5

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 80

2.3 Atividade Antiproliferativa

2.3.1 Introdução

O câncer é uma doença que se caracteriza pelo crescimento desordenado das

células do corpo. Quando estas células sofrem mutações que afetam na regulação da

divisão celular, elas passam a se multiplicar de maneira ilimitada, levando a formação

de tumores. Essas células em proliferação, consequentemente, se transformam em

células malignas, que invadem outros tecidos (metástase) (SAHA E KHUDA-BUKHSH,

2013).

Apesar dos avanços significativos na pesquisa biomédica durante as últimas

décadas, o câncer continua a ser uma das principais causas de morbidade e

mortalidade no mundo, com uma probabilidade de prevalência crescente. Estima-se

que a incidência de 12,7 milhões de novos casos em 2008 (FERLAY et al., 2010) vai

subir para 21,4 milhões de casos em 2030 (WHO, 2011). Assim, é necessário

encontrar novos medicamentos e tratamentos para ultrapassar esta projeção.

O investimento do Ministério da Saúde na assistência aos pacientes com câncer

no Brasil foi de R$ 2,1 bilhões no ano de 2012, crescimento de 26% em relação a 2010.

A previsão é que, até 2014, o valor alocado no fortalecimento do atendimento em

oncologia chegue a R$ 4,5 bilhões (INCA, 2013a). No Brasil, estima-se que em 2014

haverá 576 mil novos casos de câncer. Destes, a região onde há maior previsão de

incidência é a Sudeste, representada por cerca de 300 mil casos (Figura 38, pág. 81).

São esperados que 70% dos casos descritos para homens sejam correspondentes a

câncer de próstata e 56% dos casos nas mulheres seja de câncer de mama (INCA,

2013b).

Por causa dos efeitos secundários observados com múltiplos quimioterápicos de

origem sintética, pesquisadores estão se concentrando cada vez mais em

medicamentos derivados de produtos naturais. De 1981 a 2010, produtos naturais e

seus derivados foram a fonte de 41% de novos medicamentos, destes 79,8%

correspondem a drogas aprovadas para o tratamento do câncer (NEWMAN E CRAGG,

2012).

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 81

Entre as substâncias derivadas de produtos naturais aprovadas para o

tratamento do câncer está o paclitaxel (Taxol®, Figura 39), um derivado terpenoide

obtido a partir das cascas do caule de espécies de Taxus (LI E VEDERAS, 2009). O

paclitaxel é empregado em tratamentos de neoplasias como o câncer de mama e de

ovário (AJIKUMAR et al., 2008). Outra substância utilizada é a vincristina (Oncovin®),

um alcaloide obtido da planta Catharanthus roseus que, atualmente, é de grande

utilidade no tratamento de linfoma de Hodgkin, sarcoma de Kaposi, câncer de ovário,

testículos e leucemia (BRANDÃO et al. 2010)

Figura 38: Estimativa de incidência de câncer no Brasil em 2014 por região. Fonte:

MS/INCA/ Estimativa de Câncer no Brasil, 2013.

Figura 39: Medicamento Taxol® (Paclitaxel).

Fonte: https://ttc.nci.nih.gov/about/success_taxol.php. Acesso em: 18/01/2014.

Muitos estudos mostram que vários monoterpenos são eficazes na prevenção e

tratamento de câncer. Entre estes, os monoterpenos monocíclicos D-limoneno e o

Incidência em homens

Incidência em mulheres

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 82

álcool perílico são conhecidos por inibir o desenvolvimento do câncer de mama, fígado,

pele, pulmão e cólon. Monoterpenos, tais como carveol, uroterpenol, e sobrerol

mostraram atividade contra carcinomas mamários. (AJIKUMAR, et al. 2008).

Devido à relativa semelhança entre as células malignas e as células normais do

corpo, o grande desafio para o tratamento do câncer é a busca de medicamentos que

apresentem seletividade para células tumorais. Assim, como não existem estudos que

relatem o efeito de ésteres de borneol contra células cancerígenas, decidiu-se testar

estas moléculas e avaliar o seu potencial.

2.3.2 Teste antiproliferativo

Os testes de atividade antiproliferativa foram realizados pelo grupo de pesquisa

da Dra. Ana Lúcia Tasca Gois Ruiz, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas,

Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp. Foram avaliados nove compostos frente

a seis linhagens de células cancerígenas: MCF-7 (mama), NCI-ADR/RES (ovário

resistente a múltiplos fármacos), 786-0 (rim), OVCAR-3 (ovário), HT29 (colorretal), K-

562 (medula óssea) e uma linhagem de célula humana normal: HaCaT (queratinócito).

Os compostos foram testados em quatro concentrações distintas (0,25; 2,5; 25 e

250 g/mL) e a doxorrubicina (DOX) foi empregada como controle positivo (DOX 0.25–

250 μg/mL). A proliferação celular foi determinada através da quantificação do

conteúdo protéico das amostras através de um teste com sulforrodamina B (MONKS et

al., 1991). Em cada avaliação foram realizadas medidas espectrofotométricas no tempo

zero (T0; início da incubação) e 48 horas após a incubação, tanto das células-controle

(C; não-tratadas) quanto das células expostas aos compostos-teste (T). A proliferação

celular foi determinada empregando-se a equação 100x[(T-T0)/(C-T0)].

Os resultados do teste são apresentados em forma de gráfico de porcentagem

de crescimento em função da concentração da amostra testada, para cada uma das

linhagens de células testadas. As concentrações efetivas denominadas GI50 (do inglês

growth inhibition, concentração necessária para interromper em 50% o crescimento

celular), foram calculadas para todas as amostras através da regressão não linear,

utilizando-se software Origin (SHOEMAKER, 2006).

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 83

2.3.2.1 Resultados e discussão

O ensaio antiproliferativo permite avaliar a atividade antitumoral através da

exposição de células tumorais humanas, em fase exponencial de crescimento, a

diferentes concentrações da amostra e verificar se essa exposição induziu uma

interrupção na taxa de crescimento sem morte celular (atividade citostática, valores

positivos no gráfico) ou se provocou a morte celular (atividade citotóxica, valores

negativos no gráfico). São considerados seletivos os compostos que apresentarem

comportamento diferenciado sobre uma determinada linhagem celular em detrimento

das demais testadas.

Na Tabela 10 (pág. 84) estão descritos os valores de GI50 determinados para os

compostos testados. Os compostos 5, 6, 7 e 16 não apresentaram efeito relevante

contra nenhuma das linhagens de células testadas (GI50 > 250 μg/mL). Os derivados 2,

11 e 15 foram mais seletivos contra K562. O composto 11 foi 9 vezes mais potente

para linhagem de célula cancerígena (K562) do que para célula humana normal

(HaCaT).

O éster 15 foi o derivado mais potente para todas as linhagens de células

avaliadas. Como pode ser observado na Tabela 10, ele foi 2,4 vezes mais potente do

que a droga de referencia DOX em inibir o crescimento de células NCI-ADR/RES e 120

vezes menos seletivo do que a DOX para a linhagem de células humanas normais

(HaCat). Isto mostra uma maior seletividade do composto 15 para a célula

cancerígena.

Uma comparação entre o composto 11 e o borneol contra as células NCI-

ADR/RES e 786-0 mostra que o composto não esterificado (borneol) foi inativo, porém

a introdução de anel aromático na sua estrutura resultou em um aumento de 4 vezes

na sua atividade antiproliferativa. Quando comparamos o composto 11 com o composto

15, que apresenta grupos doadores de densidade eletrônica no anel aromático (-OMe),

verificamos um aumento de 9 vezes na atividade contra as células cancerígenas.

Na Figura 40 (págs. 84 e 85) são mostrados os gráficos da porcentagem de

crescimento celular após 48 horas de incubação das células cancerígenas com os

compostos-teste. Os compostos 1, 5, 6, 7 e 16 apresentaram somente efeito citostático

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 84

contra todas as linhagens de células em todas as concentrações empregadas.

Diferentemente, os ésteres 2, 11 e 15 apresentaram efeitos citotóxicos na

concentração de 250 mg/mL para algumas linhagens estudadas (Figuras 39; págs. 84-

85).

Tabela 10: Valores de concentração (GI50 em μg/mL) necessários para inibir a

proliferação de células em 50%

a Células tumorais: MCF-7 (mama); NCI-ADR/RES (ovário com fenótipo de resistência a múltiplos

fármacos); 786-0 (rim); OVCAR-3 (ovário); HT-29 (colorretal); K562 (medula óssea). Célula normal: HaCat (queratinócitos); b Controle positivo.

10-3

10-2

10-1

100

101

102

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

enta

ge

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A2

0,25 2,5 25 25010

-310

-210

-110

010

110

2

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

enta

ge

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A3

0,25 2,5 25 250

Linhagem Celular

a

DOX b Borneol

Éster 1

Éster 2

Éster 5

Éster 6

Éster 7

Éster 11

Éster 15

Éster 16

MCF-7 0,044 >250 7,4 29,2 >250 >250 >250 25,3 18,1 >250

NCI-ADR/RES

6,7 >250 250 25,7 >250 >250 >250 26,1 2,8 >250

786-0 0,092 >250 >250 29,4 >250 >250 >250 25,3 3,1 >250

OVCAR-3 0,27 5,3 19,7 25,4 >250 >250 >250 26,6 3,0 >250

HT29 0,26 111,5 >250 108,4 >250 >250 >250 12,1 8,5 >250

K562 0,31 83,7 10,2 9,5 >250 >250 >250 2,8 2,6 >250

HaCat 0,040 >250 17,0 26,6 >250 >250 >250 25,9 4,8 >250

Composto 2 Composto 1

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 85

10-3

10-2

10-1

100

101

102

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

enta

ge

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A5

0,25 2,5 25 25010

-310

-210

-110

010

110

2

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

enta

ge

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A4

0,25 2,5 25 250

10-3

10-2

10-1

100

101

102

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

enta

ge

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A1

0,25 2,5 25 25010

-310

-210

-110

010

110

2

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

enta

ge

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A7

0,25 2,5 25 250

10-3

10-2

10-1

100

101

102

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

en

tag

e

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A6

0,25 2,5 25 25010

-310

-210

-110

010

110

2

-100

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

Gro

wth

Perc

enta

ge

Concentration (g/mL)

MCF7

NCI/ADR-RES

786-0

OVCAR-3

HT29

K-562

HaCaT

A8

0,25 2,5 25 250

Figura 40: Efeito do borneol e seus ésteres na proliferação de células tumorais

humanas.

Composto 7

Composto 6 Composto 5

Composto 15

Composto 11

Composto 16

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 86

2.4 Atividade Anti-inflamatória

2.4.1 Introdução

A inflamação é uma reação do organismo a infecções e danos teciduais.

Quando não há um equilíbrio entre os efeitos benéficos da cascata inflamatória e o seu

potencial para destruição de tecidos, pode ocorrer o desenvolvimento de doenças, tais

como: a asma crônica, artrite reumatóide, esclerose múltipla e psoríase (SIMMONS,

2006).

As principais drogas utilizadas clinicamente são os fármacos anti-inflamatórios

não-esteróides (AINEs) e os corticóides. Mesmo sendo as drogas mais comumente

utilizadas em doenças inflamatórias, os AINEs podem causar efeitos adversos graves

no trato gastrointestinal, além de insuficiência renal e broncoespasmos (RANG et al.,

2007). Na maior parte, eles atuam inibindo a atividade de ciclo-oxigenases (COX-1 e

COX-2), inibindo assim a síntese de prostaglandinas (PG) e tromboxano (TX)

(VASCONCELOS, et al., 2012).

Na literatura são descritos diversos monoterpenos com atividade anti-

inflamatória, como linalol e seu éster acetato de linalila (PEANA et al., 2002).

Recentemente, Vasconcelos e colaboradores (2012) descreveram a atividade anti-

inflamatória de um éster derivado do borneol (salicilato de bornila). Foi mostrado que o

éster sintetizado apresentou propriedades anti-inflamatórias, como: redução na

produção de mediadores eicosanoides, inibição da via da bradicinina e redução dos

níveis de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β e IL-6), sem interferir nos níveis de

IL-10. O éster também reduziu a migração dos neutrófilos para o foco inflamatório,

através de redução da síntese de NO (óxido nítrico) pelos macrófagos. Contudo, não

existem relatos da atividade anti-inflamatória de outros ésteres do borneol. Assim,

decidiu-se investigar a atividade do borneol e de 10 derivados como potenciais agentes

anti-inflamatórios.

Para avaliar a atividade dos ésteres foi realizado o estudo de edema de pata em

camundongos, que utiliza como agente inflamatório a carragenina. A resposta

edematogênica é um dos sinais do processo inflamatório decorrente do aumento da

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 87

permeabilidade vascular, que ocorre na microcirculação, devido à ação dos mediadores

liberados (RANG et al., 2007).

A carragenina é um polissacarídeo extraído de algas, que induz resposta

inflamatória local mensurável. É o modelo de edema de pata mais utilizado para se

avaliar o efeito anti-inflamatório de drogas. Apresenta duas fases inflamatórias e uma

terceira não característica. Na primeira hora, logo após injeção da carragenina, há

aumento da permeabilidade vascular mediada por histamina e serotonina. Na segunda

hora, o aumento da permeabilidade é resultado da liberação de cininas. Na terceira

hora, o aumento da permeabilidade vascular ocorre devido à ação das prostaglandinas

(DI ROSA, GIROUD e WILLOUGHBY, 1971).

2.4.2 Teste anti-inflamatório

Inicialmente, avaliou-se a atividade anti-inflamatória de 10 ésteres sintetizados e

do borneol. A indometacina, um conhecido anti-inflamatório, foi empregado como

controle positivo. Esses experimentos foram realizados no Laboratório de Fitoquímica e

Química Medicinal da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal

de Alfenas, em colaboração com o Professor Dr. Marcelo Henrique dos Santos.

2.4.2.1 Metodologia

Para realização do teste foram utilizados camundongos Swiss (25-35g) obtidos

no biotério da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) e concedidos após

aprovação do trabalho pelo Comitê de Ética dessa Instituição (Protocolo 488/2013). Os

animais foram tratados com ração comercial e água “ad libitum”, garantida sua

adaptação por 7 dias em sala climatizada a 23 2 ºC, com ciclo claro-escuro de 12 h, e

em caixas de polipropileno adequadas à sua manutenção. Foram privados de comida

durante cerca de 12 horas antes do experimento. Ao término dos experimentos, os

animais foram sacrificados por inalação de halotano.

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 88

As substâncias testadas foram suspensas em solução de carboximetilcelulose

(CMC; 0,5% p/V). A indometacina foi solubilizada em tampão TRIS e solução salina na

proporção 1:1.

2.4.2.1.1 Avaliação da atividade anti-inflamatória: edema de pata induzido por

carragenina

O edema de pata dos animais foi induzido pela injeção de 40 µL de carragenina

(2% p/v) em salina estéril e administrada na região subplantar da pata direita de

camundongos swiss machos (n = 8). Uma hora antes da injeção de carragenina os

animais receberam tratamento com o borneol e seus ésteres (1, 2, 5, 6, 7, 8, 11, 15, 16

e 18). As substâncias testadas foram administrados (v.o.) na dose de 20 mg/kg, ou

indometacina (10 mg/kg, v.o.), ou veículo (10 mL/kg de CMC). O volume da pata

direita do animal foi determinado antes da administração da carragenina, e após uma,

duas, três e quatro horas da administração da carragenina, pela imersão da pata até a

região tíbio-társica com o uso de um pletismômetro.

Os resultados foram demonstrados através da média e erro padrão da média.

Análise de variância (ANOVA) seguida do teste Scott-Knott foi utilizada para medir o

grau de significância (p < 0,05).

2.4.2.2 Resultados e discussão

Na Tabela 11 (pág. 89) está apresentado o resultado do edema induzido por

carragenina. Na primeira hora os compostos 1, 2, 5, 6, 7, 11 e 18 foram capazes de

inibir o edema de pata. Na hora 2 os ésteres 1, 2, 11, 16 e a indometacina (controle

positivo) reduziram o edema da pata. Já na terceira hora, os ésteres 5, 6, 11 e 18 e a

indometacina foram capazes de inibir o edema. Na última hora testada, apenas os

compostos 6, 11 e a indometacina apresentaram inibição no edema de pata.

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 89

Tabela 11: Média, erro padrão da média e percentual de inibição do edema de pata em

relação ao controle negativo (P<0,05)

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de significância de 5%. O número entre parênteses indica o percentual de inibição do aumento do volume em relação ao veículo (controle negativo).

Tratamento

Volume da pata (mL)

1 h 2 h 3 h 4 h

Veículo 0,049±0,004a 0,058±0,007b 0,067±0,006b 0,065±0,010a

Borneol 0,038±0,005a

(23) 0,051±0,005a

(12) 0.055±0,006a

(18) 0,055±0,004a

(15)

Composto 1 0,026±0,006a

(47) 0,029±0,006a

(49) 0,041±0,005a

(39) 0,043±0,05a

(33)

Composto 2 0,026±0,005a

(47) 0,034±0,006a

(41) 0,051±0,003a

(24) 0,046±0,005a

(29)

Composto 5 0,028±0,010a

(43) 0,052±0,010b

(9) 0,038±0,008a

(43) 0,053±0,009a

(18)

Composto 6 0,029±0,007a

(41) 0,038±0,007a

(34) 0,037±0,009a

(44) 0,034±0,010a

(47)

Composto 7 0,027±0,007a

(45) 0,046±0,007b

(20) 0,049±0,006a

(28) 0,053±0,007a

(18)

Composto 8 0,037±0,004a

(25) 0,062±0,006b

(0) 0,057±0,008b

(16) 0,053±0,005a

(18)

Composto 11 0,025±0,007a

(49) 0,022±0,005a

(63) 0,040±0,007a

(41) 0,024±0,004a

(63)

Composto 15 0,032±0,004a

(34) 0,058±0,008b

(0) 0,065±0,009b

(4) 0,049±0,010a

(25)

Composto 16 0,031±0,005a

(36) 0,033±0,006a

(43) 0,048±0,006a

(29) 0,042±0,008a

(35)

Composto 18 0,021±0,006a

(57) 0,036±0,004a

(37) 0,40±0,005a

(41) 0,039±0,009a

(39)

Indometacina 0,030±0,006a

(39) 0,031±0,005

(46) 0,041±0,004a

(39) 0,031±0,008a

(53)

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 90

O borneol e os compostos 8 e 15 não foram capazes de inibir o edema em

nenhuma das horas testadas. Já os ésteres de cadeia graxa apresentaram

porcentagens de redução do edema bem parecidas nas horas avaliadas, o que indica

que o tamanho da cadeia não influenciou na atividade biológica destes compostos.

Dentre todos os compostos testados, o composto 11 (benzoato de bornila) foi o

éster mais promissor, apresentando porcentagem de inibição do edema maior que a

droga referência em todas as horas avaliadas.

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 91

2.5 Atividade Leishmanicida

2.5.1 Introdução

As leishmanioses são um grupo de doenças causadas por protozoários do

gênero Leishmania. Existem três tipos principais de leishmaniose: visceral, muitas

vezes conhecida como calazar, que representa a forma mais grave da doença, com

aproximadamente 100% de taxa de mortalidade em indivíduos não tratados;

leishmaniose cutânea, a forma mais comum, sendo caracterizada por lesões

ulcerativas em áreas expostas (braços, pernas, entre outras) e a mucocutânea,

compreendendo lesões que destroem parcial ou totalmente a mucosa nasal e oral,

gerando deformidades (SOARES-BEZERRA et al., 2004).

A doença afeta principalmente pessoas na África, Ásia e América Latina e está

associada à desnutrição, deslocamento da população, condições precárias de

habitação, sistema imunológico fraco e falta de recursos (WHO, 2013a). Uma análise

recente mostra que mais de 98 países e territórios são endêmicos para leishmaniose.

Os dez países com as maiores contagens de casos de leishmaniose cutânea são:

Afeganistão, Argélia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Etiópia, Irã, Peru, Sudão e Síria, e,

juntos, representam 70 a 75% da incidência global estimada. No Brasil, apenas no ano

de 2012, foram reportados 23.793 novos casos de leishmaniose cutânea (WHO,

2013b).

A transmissão da doença para o homem (e também a outros mamíferos) ocorre

através da picada de um mosquito-palha, que pertence ao gênero Lutzomia. Parasitas

da Leishmania sp. existem sob duas fases morfológicas: uma forma amastigota

intracelular, dentro dos fagócitos mononucleares dos hospedeiros mamíferos e uma

forma promastigota extracelular, no trato digestivo de seu inseto vetor (MITROPOULOS

et al. 2010; ZUCCA E SAVOIA, 2011).

Por mais de 60 anos os antimoniais pentavalentes (Sb5+) tem sido os fármacos

de primeira escolha no tratamento da leishmaniose, mas o surgimento de cepas

resistentes tem limitado a sua utilidade. Alternativamente, a anfotericina B lipossomal,

pentamidina, miltefosina e paromomicina (CROFT E COOMBS, 2003) estão

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 92

disponíveis, mas a sua utilização é limitada devido à toxicidade e alto custo do

tratamento (CHAWLA E MADHUBALA, 2010).

A procura por novas drogas com atividade elevada e específica é muito

importante, especialmente nos países onde essa doença constitui um grave problema

de saúde pública (DA SILVA MOTA et al., 2009). Assim, buscando a identificação de

novas substâncias com atividade leishmanicida, o borneol e seus ésteres foram

submetidos a testes frente ao parasita causador da doença.

2.5.2 Teste leishmanicida

O teste foi realizado pelo grupo da Professora Drª. Ana Lúcia Teles Rabello do

Laboratório de Pesquisas Clínicas do Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação

Oswaldo Cruz (Fiocruz). Na realização dos experimentos foram testados o borneol e 10

ésteres na concentração de 20 μg/mL contra formas amastigotas de Leishmania (L.)

amazonensis.

2.5.2.1 Metodologia

Formas amastigotas de L. amazonensis (cepa IFLA/BR/196/PH-8) foram obtidas

a partir de lesões de hamsters experimentalmente infectados. Os parasitas foram

incubados durante 9 dias a 26 °C em meio Schneider, tamponado a pH 7,2. As formas

promastigotas foram estimuladas a se diferenciarem em formas amastigotas com o

aumento da temperatura de incubação para 32 °C e a redução do pH do meio para 6,0.

Após 7 dias, sob estas condições, mais de 90% dos parasitas encontravam-se na

forma amastigota. A concentração dos parasitas foi ajustada para 1×108 cells mL-1. Em

placas de 96 poços foram adicionados 90 L da solução contendo os parasitas e 10 L

das soluções contendo as amostras e a droga padrão (0.2 g mL-1 Anfotericina B -

Fungisone Bristol-Myers Squibb, Brasil). As placas foram incubadas a 32 °C durante 72

h e o número de parasitas foi estimado utilizando o método colorimétrico do MTT

(brometo de 3-[4,5-dimetil-tiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazólio) (TEIXEIRA et al., 2002). Os

resultados foram calculados a partir das Absorvância medidas, usando a fórmula [1-

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 93

(Absexp/Abscontr)]×100, que expressa a porcentagem de morte do parasita em relação

ao grupo controle (sem droga). Todas as amostras foram testadas em duplicata.

2.5.2.1.1 Método colorimétrico empregando o reagente MTT

O ensaio de MTT é utilizado para determinar a viabilidade celular, quantificando

o quanto o MTT (um sal de coloração amarela) presente no meio foi reduzido pela

atividade metabólica celular de enzimas desidrogenases mitocondriais, levando a

formação de cristais de formazan de cor azul-púrpura, que se acumulam no citoplasma

celular (Figura 41) (DENIZOT E LANG, 1986). Dessa maneira, a quantidade de

formazan medida por espectrofotometria é diretamente proporcional ao número de

células viáveis.

Figura 41: Reação de redução do MTT a Formazan.

NN

NN

S

N

Br

Desidrogenase

Mitocondrial

N NH

NN

S

N

Formazan

azul-púrpura

MTT

amarelo

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 94

2.5.2.2 Resultados e Discussão

O dados mostraram que nenhum dos ésteres testados apresentou resultados

satisfatórios. Os ésteres testados e as porcentagens de morte dos parasitas estão

listados na Tabela 12 (pág. 95).

As substâncias avaliadas não apresentaram porcentagens elevadas de morte do

parasita. Todos os resultados estão abaixo do obtido para a droga padrão (AMB, 85%

de morte). O éster que obteve maior porcentagem de morte foi o 11, com resultado

igual a 18%.

O ensaio trata-se de uma triagem, feito com dose única de 20 μg/mL das

amostras. Assim, como nenhuma das amostras mostrou atividade maior que 70%, não

foi realizado outro teste para avaliar o CE50 (Concentração Efetiva que causa a morte

de 50% dos parasitas) das amostras.

Capítulo 2 : Estudo da atividade biológica 95

Tabela 12: Atividade biológica do borneol e seus ésteres testados em dose única 20 g

mL-1

a Anfotericina B: controle positivo do teste (20 g mL-1)

Composto Absorvância

1 Absorvância

2 Média

Morte Parasita (%)

Borneol 0,821 0,850 0,836 8

1 0,811 0,808 0,810 11

2 0,787 0,786 0,787 14

5 0,769 0,808 0,788 13

6 0,765 0,756 0,760 16

7 0,801 0,799 0,800 12

8 0,853 0,827 0,840 8

11 0,729 0,765 0,747 18

15 0,825 0,799 0,812 11

16 0,808 0,864 0,836 8

18 0,823 0,825 0,824 10

ANF a

0,135 85

Conclusão 96

CONCLUSÃO

Neste trabalho foram sintetizados 20 ésteres derivados do borneol, sendo 18

inéditos. Dentre essas substâncias, 10 foram obtidas a partir de ácidos graxos e 10 a

partir de ácidos aromáticos.

Duas metodologias (SOCl2 e DIC/DMAP) foram utilizadas na obtenção dos

derivados do borneol. Além disso, para as reações conduzidas utilizando-se

DIC/DMAP, foi avaliado o efeito do uso da irradiação de micro-ondas, na ausência de

solvente, na obtenção dos ésteres. Foram observados melhores rendimentos e menor

tempo de reação quando se utilizou o reagente DIC/DMAP com irradiação de micro-

ondas. As sínteses conduzidas com SOCl2 apresentaram menores rendimentos e maior

tempo de reação. Todos os ésteres obtidos foram caracterizados utilizando métodos

espectrométricos e espectroscópicos.

Para as reações feitas na ausência de solvente, foi observada a formação de

produtos obtidos por rearranjo, cujas estruturas foram elucidadas através das técnicas

de RMN de 1H e 13C, HMBC, HSQC e COSY.

Alguns produtos obtidos foram submetidos a teste de atividade antimicrobiana,

antiproliferativa, anti-inflamatória e leishmanicida. No teste antimicrobiano foram

avaliadas 18 substâncias frente a 5 micro-organismos (S. aureus, E. coli, P.

aeruginosa, S. sanguinis, C. albicans). Os ésteres 4’-metoxibenzoato de bornila e

3’,4’,5’-trimetoxibenzoato de bornila apresentaram atividade promissora contra S.

aureus e S. sanguinis. O éster 3’,4’-dimetoxibenzoato de bornila mostrou bons

resultados contra todos os micro-organismos testados. Para o teste leishmanicida

(contra formas amastigotas de L. amazonensis) nenhuma das substâncias avaliadas

apresentou porcentagens elevadas de morte do parasita. No teste anti-inflamatório, dos

11 compostos testados, aqueles que apresentaram atividade foram os ésteres:

hexanoato de bornila, octanoato de bornila, tetradecanoato de bornila, hexadecanoato

de bornila, octadecanoato de bornila, benzoato de bornila, 3’,5’-dinitrobenzoato de

bornila e nicotinato de bornila. Dentre estes, o composto benzoato de bornila foi o mais

eficiente em inibir o processo edematogênico, apresentando resultados mais

satisfatórios que a droga de referência (indometacina). Para atividade antiproliferativa,

Conclusão 97

foram avaliadas nove substâncias frente a seis linhagens de células tumorais humanas

e uma linhagem de célula humana normal. As substâncias hexanoato de bornila,

tetradecanoato de bornila, hexadecanoato de bornila, octadecanoato de bornila e 3’,5’-

dinitrobenzoato de bornila apresentaram somente efeito citostático contra todas as

linhagens de células. Já os ésteres octanoato de bornila, benzoato de bornila e 3’,4’,5’-

trimetoxibenzoato de bornila apresentaram efeitos citotóxicos para as linhagens de

células de câncer de ovário (OVCAR-3), ovário-resistente (NCI-ADR/RES), mama

(MCF-7), medula óssea (K562) e rim (786-0).

De modo geral observou-se que o aumento da cadeia carbônica nos ésteres

graxos não influenciou a atividade biológica. Já na série dos ésteres aromáticos, a

presença de grupo doador de elétrons favoreceu a atividade biológica.

Como os testes de atividade biológica não foram realizados com todas as

substâncias sintetizadas, pretende-se posteriormente avaliar a atividade destes

derivados.

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Anexos 107

ANEXO: ESPECTROS

Anexos 108

Figura 42: Espectro na região do IV do éster 1 (ATR).

Figura 43: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3.

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

46,0

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

101,0

cm-1

%T

2954

2873

2356

1732

1454

1377

1306

1245

1175

1160

1140

1112

1096

1021

994

981

956

940

915

886 823 733

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

25

4.9

14

4.9

08

4.8

97

4.8

75

4.8

64

4.8

58

4.8

47

2.4

33

2.4

16

2.4

10

2.3

93

2.3

83

2.3

49

2.3

13

2.2

75

2.0

10

1.9

98

1.9

65

1.9

44

1.9

27

1.9

03

1.8

74

1.7

80

1.7

59

1.7

41

1.6

88

1.6

68

1.6

41

1.6

23

1.6

01

1.5

65

1.3

51

1.3

36

1.3

15

1.2

98

1.2

93

1.2

80

1.2

68

1.2

55

1.2

38

1.2

27

1.2

14

1.1

81

1.1

60

0.9

95

0.9

78

0.9

27

0.9

06

0.8

73

0.8

27

1.0

0

1.0

0

1.1

3

6.4

5

4.4

2

5.9

93.3

13.0

4

3.0

0

ppm (t1)4.8504.9004.950

4.9

25

4.9

14

4.9

08

4.8

97

4.8

75

4.8

64

4.8

58

4.8

47

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15

1

7

Anexos 109

Figura 44: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 1 em CDCl3.

Figura 45: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 1 em CDCl3.

ppm (t1)1.001.502.00

2.4

33

2.4

16

2.4

10

2.3

93

2.3

83

2.3

49

2.3

13

2.2

75

2.0

10

1.9

98

1.9

65

1.9

44

1.9

27

1.9

03

1.8

74

1.7

80

1.7

59

1.7

41

1.6

88

1.6

68

1.6

41

1.6

23

1.6

01

1.5

65

1.3

51

1.3

36

1.3

15

1.2

98

1.2

93

1.2

80

1.2

68

1.2

55

1.2

38

1.2

27

1.2

14

1.1

81

1.1

60

0.9

95

0.9

78

0.9

27

0.9

06

0.8

73

0.8

27

1.1

3

6.4

5

4.4

2

5.9

9

3.3

1

3.0

4

3.0

0

0.8

0

ppm (t1)050100150

174.1

36

79.6

33

77.6

76

77.0

41

76.4

06

48.8

32

47.8

49

45.0

81

36.9

31

34.7

49

31.3

79

28.1

27

27.2

36

24.8

73

22.3

47

19.7

50

18.8

90

13.8

93

13.4

91

-0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15

1

7

Anexos 110

Figura 46: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 1 em CDCl3.

Figura 47: Espectro na região do IV do éster 2 (ATR).

ppm (t1)01020304050607080

79.

634

45.

084

36.

933

34.

750

31.

381

28.

130

27.

239

24.

875

22.

348

19.

750

18.

891

13.

894

13.

492

0.0

00

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

53,0

55

60

65

70

75

80

85

90

95

101,0

cm-1

%T

2954

2933

2873

1820

1732

1455

1418

1378

1306

1246

1175

1160

1140

1113

1097

1024

995

981

940

915

887

824

733

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15

1

7

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17

1

7

Anexos 111

Figura 48: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 2 em CDCl3.

Figura 49: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 2 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

22

4.9

12

4.9

07

4.8

97

4.8

73

4.8

63

4.8

48

2.4

31

2.4

14

2.3

49

2.3

13

2.2

75

2.0

08

1.9

98

1.9

62

1.9

45

1.9

27

1.9

02

1.8

74

1.7

59

1.7

40

1.6

88

1.6

68

1.6

45

1.6

31

1.6

03

1.2

90

0.9

94

0.9

77

0.9

06

0.8

73

0.8

27

0.0

00

1.0

0

1.0

79.0

63.0

7

3.1

3

1.1

9

4.6

3

10.5

1

ppm (t1)050100150

174

.222

79.

570

77.

660

77.

025

76.

391

48.

754

47.

792

44.

942

36.

865

34.

753

31.

715

29.

133

28.

961

28.

071

27.

148

25.

178

22.

611

19.

722

18.

861

14.

065

13.

503

0.0

000

0

ppm (t1)4.8004.8504.9004.9505.000

4.9

22

4.9

12

4.9

07

4.8

97

4.8

73

4.8

63

4.8

48

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17

1

7

Anexos 112

Figura 50: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 2 em CDCl3.

3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

Wavenumber (cm-1)

5

10

15

20

25

30

35

40

%T

ransm

itta

nce

2956

2928

2856

1736

1456

1376

1306

1248 1178 1160

1114

1026

996

Figura 51: Espectro na região do IV do éster 3 (KBr).

ppm (t1)1020304050607080

79.5

70

44.9

42

36.8

66

34.7

52

31.7

15

29.1

32

28.9

60

28.0

70

27.1

49

25.1

79

22.6

12

19.7

22

18.8

60

14.0

64

13.5

02

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17

1

7

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19

1

7

Anexos 113

Figura 52: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 3 em CDCl3.

Figura 53: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 3 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

23

4.9

13

4.9

06

4.8

96

4.8

74

4.8

63

4.8

57

4.8

46

2.4

32

2.4

14

2.3

92

2.3

82

2.3

63

2.3

47

2.3

11

2.2

74

2.0

09

1.9

98

1.9

64

1.9

45

1.9

27

1.9

02

1.8

74

1.7

59

1.7

41

1.7

19

1.6

88

1.6

67

1.6

45

1.6

19

1.5

94

1.2

69

0.9

94

0.9

77

0.9

06

0.8

73

0.8

27

0.0

00

1.0

0

3.1

6

1.2

4

1.0

5

3.0

89.1

3

4.4

0

14.4

3

ppm (t1)050100150

174.2

22

79.5

73

77.6

64

77.0

29

76.3

94

48.7

57

47.7

95

44.9

47

36.8

72

34.7

58

31.8

75

29.4

70

29.3

02

29.2

79

29.1

79

28.0

75

27.1

55

25.1

88

22.6

76

19.7

25

18.8

64

14.1

04

13.5

09

0.0

00

ppm (t1)4.7504.8004.8504.9004.9505.000

4.9

23

4.9

13

4.9

06

4.8

96

4.8

74

4.8

63

4.8

57

4.8

46

1.0

0

ppm (t1)0.7500.8000.8500.9000.9501.000

0.9

94

0.9

77

0.9

06

0.8

73

0.8

27

1.0

5

3.0

8

9.1

3

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19

1

7

Anexos 114

995

.1102

5.5

111

3.4

115

9.7

118

0.0

125

2.2

130

5.1

137

7.1

145

5.4

173

6.3285

4.3

292

5.4

d19

-0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

%T

ran

sm

itta

nc

e

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Wav enumbers (cm-1)

Figura 54: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 3 em CDCl3. Figura 55: Espectro na região do IV do éster 4.

ppm (t1)01020304050607080

79.5

72

44.9

43

36.8

70

34.7

56

31.8

73

29.4

67

29.3

01

29.2

76

29.1

76

28.0

73

27.1

53

25.1

86

22.6

75

19.7

23

18.8

62

14.1

03

13.5

08

-0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19

1

7

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21

1

7

Anexos 115

Figura 56: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 4 em CDCl3.

Figura 57: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 4 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

25

4.9

14

4.9

08

4.8

97

4.8

75

4.8

65

4.8

59

4.8

48

2.4

32

2.4

15

2.3

92

2.3

82

2.3

64

2.3

46

2.3

10

2.2

73

2.0

11

2.0

00

1.9

66

1.9

47

1.9

29

1.9

04

1.8

75

1.7

79

1.7

59

1.7

41

1.7

20

1.6

88

1.6

70

1.6

45

1.6

28

1.5

93

1.2

62

0.9

95

0.9

78

0.9

06

0.8

73

0.8

27

0.0

00

3.0

0

0.8

4

4.3

8

1.3

1

1.1

08.7

42.7

7

17.7

8

ppm (t1)50100150

174.0

46

79.5

71

77.6

35

77.0

00

76.3

66

48.7

92

47.8

05

45.0

50

36.8

90

34.7

44

31.8

99

29.5

84

29.4

84

29.2

88

29.1

80

28.0

88

27.2

04

25.1

79

22.6

49

19.7

04

18.8

43

14.0

18

13.4

48

ppm (t1)4.8504.9004.950

4.9

25

4.9

14

4.9

08

4.8

97

4.8

75

4.8

65

4.8

59

4.8

48

0.8

4

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21

1

7

Anexos 116

Figura 58: Expansão do subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 4 em CDCl3.

Figura 59: Espectro na região do IV do éster 5 (ATR).

ppm (t1)20304050607080

79.5

71

45.0

56

36.8

92

34.7

44

31.8

97

29.5

84

29.4

80

29.2

91

29.1

75

28.0

90

27.2

10

25.1

80

19.7

03

18.8

44

13.4

45

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

58,0

60

65

70

75

80

85

90

95

101,0

cm-1

%T

2953

2923

2853

1734

1455

1376

1305

1247

1177

1159

1113

1081

1024

994

981

956

916

886

824

721

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21

1

7

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23

1

7

Anexos 117

Figura 60: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3.

Figura 61: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 5 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

23

4.9

13

4.9

07

4.8

97

4.8

74

4.8

64

4.8

48

2.4

31

2.4

13

2.4

10

2.3

91

2.3

81

2.3

46

2.3

10

2.2

73

2.0

09

1.9

99

1.9

64

1.9

45

1.9

28

1.9

03

1.8

74

1.6

87

1.6

67

1.6

15

1.2

59

0.9

94

0.9

77

0.9

06

0.8

73

0.8

27

0.0

00

1.0

0

3.1

5

0.9

2

1.1

2

3.0

78.8

4

22.0

8

4.2

0

ppm (t1)1.001.502.002.50

2.4

31

2.4

13

2.4

10

2.3

91

2.3

81

2.3

46

2.3

10

2.2

73

2.0

09

1.9

99

1.9

64

1.9

45

1.9

28

1.9

03

1.8

74

1.6

87

1.6

67

1.6

15

1.2

59

0.9

94

0.9

77

0.9

06

0.8

73

0.8

27

3.1

5

0.9

2

1.1

2

3.0

7

8.8

4

22.0

8

4.2

0

ppm (t1)4.8004.8504.9004.9505.000

4.9

23

4.9

13

4.9

07

4.8

97

4.8

74

4.8

64

4.8

48

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23

1

7

Anexos 118

Figura 62: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 5 em CDCl3.

Figura 63: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 5 em CDCl3.

ppm (t1)050100150

174.1

32

79.6

19

77.6

73

77.0

38

76.4

03

48.8

32

47.8

49

45.0

80

36.9

32

34.7

95

31.9

61

29.6

74

29.5

36

29.3

65

29.2

24

28.1

31

27.2

44

25.2

26

22.7

05

19.7

51

18.8

92

14.0

82

13.5

01

-0.0

0000

ppm (t1)1020304050607080

79.6

19

45.0

84

36.9

33

34.7

95

31.9

61

29.6

73

29.5

30

29.3

72

29.3

23

29.2

20

28.1

32

27.2

47

25.2

27

22.7

05

19.7

49

18.8

90

14.0

80

13.4

99

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23

1

7

Anexos 119

Figura 64: Espectro na região do IV do éster 6 (ATR).

Figura 65: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 6 em CDCl3.

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

57,0

60

65

70

75

80

85

90

95

101,0

cm-1

%T

2922

2853

1734

1455

1377

1305

1250

1177

1159

1113

1024

994

981

956

886

823

721

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

21

4.9

11

4.9

06

4.8

96

4.8

72

4.8

62

4.8

57

4.8

46

2.4

30

2.4

13

2.4

10

2.3

92

2.3

83

2.3

46

2.3

10

2.2

73

1.9

97

1.9

63

1.9

43

1.9

26

1.9

01

1.8

73

1.6

87

1.6

66

1.6

46

1.6

26

1.6

03

1.2

56

0.9

93

0.9

76

0.9

05

0.8

72

0.8

26

0.0

00

1.0

0

3.1

59.3

20.9

1

3.1

2

1.1

6

4.3

6

26.6

6

ppm (t1)4.8004.8504.9004.950

4.9

21

4.9

11

4.9

06

4.8

96

4.8

72

4.8

62

4.8

57

4.8

46

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23 25

1

7

Anexos 120

Figura 66: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 6 em CDCl3.

Figura 67: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 6 em CDCl3.

ppm (t1)050100150

174.2

34

79.5

72

77.6

60

77.0

25

76.3

90

48.7

55

47.7

93

44.9

41

36.8

69

34.7

60

31.9

43

29.6

75

29.6

20

29.5

12

29.3

75

29.3

04

29.1

79

28.0

73

27.1

52

25.1

87

22.7

05

19.7

21

18.8

62

14.1

25

13.5

10

0.0

0000

ppm (t1)01020304050607080

79.5

72

44.9

42

36.8

70

34.7

60

31.9

44

29.6

92

29.6

21

29.5

13

29.3

77

29.3

05

29.1

80

28.0

76

27.1

54

25.1

88

22.7

08

19.7

23

18.8

63

14.1

27

13.5

12

0.0

04

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23 25

1

7

Anexos 121

Figura 68: Espectro na região do IV do éster 7 (ATR).

Figura 69: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3.

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

56,0

60

65

70

75

80

85

90

95

101,0

cm-1

%T

2922

2852

1734

1455

1376

1305

1249

1176

1159

1113

1023

994

981

957

885

824

720

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

25

4.9

14

4.9

08

4.8

97

4.8

75

4.8

64

4.8

59

4.8

48

2.4

31

2.4

14

2.3

91

2.3

82

2.3

63

2.3

45

2.3

09

2.2

72

2.0

10

1.9

99

1.9

65

1.9

45

1.9

28

1.9

03

1.8

75

1.7

58

1.7

40

1.7

19

1.6

87

1.6

66

1.6

28

1.5

92

1.2

56

0.9

94

0.9

77

0.9

06

0.8

73

0.8

26

0.0

00

1.0

0

1.1

2

3.1

4

1.0

1

30.1

0

9.2

83.2

2

4.3

9

ppm (t1)4.8004.8504.9004.950

4.9

25

4.9

14

4.9

08

4.8

97

4.8

75

4.8

64

4.8

59

4.8

48

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23 25 27

1

7

Anexos 122

Figura 70: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 7 em CDCl3.

Figura 71: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 7 em CDCl3.

ppm (t1)1.001.502.002.50

2.4

31

2.4

14

2.3

91

2.3

82

2.3

63

2.3

45

2.3

09

2.2

72

2.0

10

1.9

99

1.9

65

1.9

45

1.9

28

1.9

03

1.8

75

1.7

58

1.7

40

1.7

19

1.6

87

1.6

66

1.6

28

1.5

92

1.2

56

0.9

94

0.9

77

0.9

06

0.8

73

0.8

26

1.1

2

3.1

4

1.0

1

30.1

0

9.2

8

3.2

2

4.3

9

ppm (t1)050100150

174.0

97

79.6

21

77.6

73

77.0

39

76.4

04

48.8

44

47.8

57

45.1

05

36.9

42

34.7

96

31.9

71

29.7

14

29.5

40

29.3

77

29.2

31

28.1

40

27.2

59

25.2

32

22.7

08

19.7

54

18.8

95

14.0

74

13.5

00

0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23 25 27

1

7

Anexos 123

Figura 72: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 7 em CDCl3.

Figura 73: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 8 em CDCl3.

ppm (t1)20304050607080

79.6

21

45.1

10

36.9

44

34.7

96

31.9

70

29.7

24

29.5

35

29.3

82

29.3

26

29.2

29

28.1

41

27.2

63

25.2

32

22.7

07

19.7

53

18.8

93

14.0

71

13.4

95

ppm (t1)050100150

178.

145

172.

338

80.4

91

77.6

35

77.0

00

76.3

65

48.7

60

47.7

82

44.8

12

36.5

89

29.2

49

29.0

62

27.9

65

27.0

44

19.6

64

18.7

98

13.4

07

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13 15 17 19 21 23 25 27

1

7

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

OH

Anexos 124

Figura 74: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 8 em CDCl3.

Figura 75: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 9 em CDCl3.

ppm (t1)1020304050607080

80.4

91

44.8

12

36.5

87

29.2

48

29.0

61

27.9

63

27.0

42

19.6

65

18.7

96

13.4

06

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.9

44

4.9

33

4.9

28

4.9

17

4.8

94

4.8

83

4.8

78

4.8

67

2.6

52

2.4

25

2.4

07

2.3

85

2.3

76

2.3

57

2.3

37

2.3

17

2.3

07

2.2

89

2.2

67

1.9

94

1.9

84

1.9

49

1.9

29

1.9

12

1.8

87

1.8

59

1.8

00

1.7

76

1.7

55

1.7

37

1.7

17

1.6

89

1.6

67

1.6

46

1.5

98

1.3

63

1.3

51

1.3

40

1.2

93

1.2

87

1.2

72

1.2

55

1.2

41

1.2

12

1.1

84

1.1

64

1.0

18

1.0

01

0.9

75

0.9

50

0.9

32

0.8

97

0.8

69

0.8

27

0.0

00

3.7

8

2.1

9

7.9

2

6.2

65.9

76.7

8

2.0

0

6.4

3

2.9

0

ppm (t1)4.8504.9004.950

4.9

44

4.9

33

4.9

28

4.9

17

4.8

94

4.8

83

4.8

78

4.8

67

2.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11 13

1

7

O

OH

O

O

2

4

6

8

10

9

11 12'

1

7

O

O1'

2'

6'

10'

4'

7'8'9'

Anexos 125

Figura 76: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 9 em CDCl3.

Figura 77: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 9 em CDCl3.

ppm (t1)050100150

172.4

48

80.2

81

77.6

66

77.0

32

76.3

97

48.8

49

47.8

51

44.9

86

36.7

56

29.6

67

28.0

65

27.2

04

19.7

27

18.8

60

13.4

97

-0.0

0000

ppm (t1)01020304050607080

80.2

80

44.9

87

36.7

56

29.6

68

28.0

66

27.2

05

19.7

26

18.8

60

13.4

98

-0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11 12'

1

7

O

O1'

2'

6'

10'

4'

7'8'9'

Anexos 126

Figura 78: Espectro na região do IV do éster 11 (ATR).

Figura 79: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3.

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

34,5

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100,0

cm-1

%T

3064

2953

2879

1714

1602

1585

1479

1451

1390

1377

1367

1313

1300

1270

1175

1112

1069

1045

1026

1016

987

978

956

937

916

888

857

825

805

780

686

675

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.08.0

8.0

84

8.0

50

8.0

42

7.6

00

7.5

93

7.5

63

7.5

27

7.4

84

7.4

46

7.4

12

7.2

59

5.1

58

5.1

48

5.1

43

5.1

32

5.1

09

5.0

99

5.0

94

5.0

83

2.5

59

2.5

42

2.5

20

2.5

11

2.4

92

2.4

72

2.4

51

2.4

43

2.4

24

2.4

02

2.2

06

2.1

64

2.1

45

2.1

28

2.1

01

2.0

71

1.8

58

1.8

43

1.8

23

1.8

04

1.7

83

1.7

58

1.7

38

1.6

11

1.4

67

1.4

57

1.4

02

1.3

59

1.3

25

1.3

17

1.2

96

1.2

67

1.2

56

1.1

66

1.1

49

1.0

98

1.0

81

0.9

71

0.9

18

0.0

00

1.0

0

1.0

5

1.0

7

2.4

2

1.1

32.9

26.1

4

2.0

7

0.4

3

2.0

1

3.1

1O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14`

15

Anexos 127

Figura 80: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 11 em CDCl3.

Figura 81: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 11 em CDCl3.

ppm (t1)1.001.502.002.50

2.5

59

2.5

42

2.5

20

2.5

11

2.4

92

2.4

72

2.4

51

2.4

43

2.4

24

2.4

02

2.2

06

2.1

64

2.1

45

2.1

28

2.1

01

2.0

71

1.8

58

1.8

43

1.8

23

1.8

04

1.7

83

1.7

58

1.7

38

1.6

11

1.4

67

1.4

57

1.4

02

1.3

59

1.3

25

1.3

17

1.2

96

1.2

67

1.2

56

1.1

66

1.1

49

1.0

98

1.0

81

0.9

71

0.9

18

1.0

5

1.0

7

1.1

3

2.9

2

6.1

4

2.1

9

2.3

6

ppm (t1)050100150

166.8

28

132.7

41

130.9

32

129.5

21

128.3

33

80.5

40

77.6

61

77.0

26

76.3

91

49.1

14

47.9

00

45.0

24

36.9

31

28.1

11

27.4

19

19.7

40

18.9

37

13.6

22

0.0

00

ppm (t1)7.407.507.607.707.807.908.008.108.20

8.0

84

8.0

50

8.0

42

7.6

00

7.5

93

7.5

63

7.5

27

7.4

84

7.4

46

7.4

12

2.0

1

3.1

1

ppm (t1)5.0005.0505.1005.1505.200

5.1

58

5.1

48

5.1

43

5.1

32

5.1

09

5.0

99

5.0

94

5.0

83

1.0

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14`

15

Anexos 128

Figura 82: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 11 em CDCl3.

3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

Wavenumber (cm-1)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

%T

ransm

ittance

2954

2880

2838

1712

1606

1582

1510

1456

1420

1376

1316

1302

1280

1258

1234

1168

1118

1102

1032

988 9

80

888

848

798

770

696

634

616

582

512

Figura 83: Espectro na região do IV do éster 12 (NaCl).

ppm (t1)050100

132.7

39

129.5

18

128.3

30

80.5

37

45.0

20

36.9

28

28.1

08

27.4

16

19.7

39

18.9

33

13.6

19

0.0

00

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14`

15

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

O

15

16

Anexos 129

Figura 84: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 12 em CDCl3.

Figura 85: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 12 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.08.0

8.0

39

7.9

94

7.2

61

6.9

50

6.9

06

5.1

28

5.1

17

5.1

12

5.1

02

5.0

78

5.0

68

5.0

63

5.0

52

3.8

62

2.5

40

2.5

22

2.5

00

2.4

91

2.4

72

2.4

52

2.4

32

2.4

22

2.4

04

2.3

83

2.1

93

2.1

50

2.1

30

2.1

12

2.0

86

2.0

57

1.8

80

1.8

49

1.8

34

1.8

13

1.7

95

1.7

74

1.7

47

1.7

25

1.6

35

1.4

53

1.4

42

1.3

88

1.3

49

1.3

17

1.3

08

1.2

88

1.2

56

1.2

22

1.1

52

1.1

34

1.0

83

1.0

66

0.9

64

0.9

07

1.0

0

2.1

3

1.0

6

1.0

9

1.4

3

6.0

23.1

5

3.1

4

2.1

0

0.9

51.1

2

1.3

8

1.2

0

ppm (t1)050100150

166.5

86

163.2

94

131.5

17

123.5

12

113.6

21

80.1

69

77.6

72

77.0

37

76.4

02

55.4

35

49.1

29

47.8

98

45.1

13

36.9

88

28.1

50

27.4

79

19.7

64

18.9

55

13.6

19

0.0

00

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

O

15

16

Anexos 130

108

7.5

125

9.2

134

4.8

145

4.5

154

6.4

168

3.0

170

8.5

287

5.9

295

4.3

329

7.8

* d7b s ol2

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

%T

ran

sm

itta

nc

e

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Wav enumbers (cm-1)

Figura 86: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 12 em CDCl3.

Figura 87: Espectro na região do IV do éster 13 (ATR).

ppm (t1)050100

131.5

15

113.6

23

80.1

69

55.4

36

45.1

16

36.9

90

28.1

52

27.4

84

19.7

66

18.9

56

13.6

18

-0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

O

15

16

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

Anexos 131

763

.2

991

.3102

5.5

111

4.2

113

3.5

117

7.5

122

3.7

127

1.4

129

0.3

130

1.7

134

5.4

141

5.8

145

2.6

146

2.1

151

3.7

160

1.1

170

9.9

287

8.1

295

3.6

* A 41 sol

82

84

86

88

90

92

94

96

98

100

%T

ran

sm

itta

nc

e

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Wav enumbers (cm-1)

Figura 88: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 13 em CDCl3.

Figura 89: Espectro na região do IV do éster 14.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.0

4.8

51

4.8

13

4.8

03

4.4

89

4.4

83

3.9

08

3.8

81

3.8

48

3.8

15

3.7

81

3.7

47

3.7

14

3.6

83

2.4

11

2.3

95

2.3

72

2.3

44

2.3

26

2.3

05

2.2

78

2.2

58

1.9

45

1.8

87

1.8

49

1.8

19

1.7

95

1.7

91

1.7

48

1.7

28

1.7

07

1.6

74

1.6

54

1.6

34

1.2

56

1.2

28

1.1

78

1.1

46

1.0

51

1.0

35

0.9

81

0.9

66

0.9

02

0.8

63

0.8

45

0.0

00

0.9

8

1.0

2

6.1

5

1.3

3

1.2

6

0.8

5

1.1

8

2.3

7

1.0

0

2.8

83.0

02.7

0

1.0

1

ppm (t1)4.004.505.00

4.8

51

4.8

13

4.8

03

4.4

89

4.4

83

3.9

08

3.8

81

3.8

48

3.8

15

3.7

81

3.7

47

3.7

14

3.6

83

0.9

8

1.0

2

1.0

0

N

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

H

12

13

13'

14

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

O

15

18

O

19

Anexos 132

Figura 90: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3.

Figura 91: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 14 em CDCl3

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.0

7.7

31

7.7

22

7.6

89

7.6

80

7.5

79

7.5

69

7.2

71

6.9

22

6.8

80

5.1

34

5.1

24

5.1

17

5.1

07

5.0

84

5.0

74

5.0

68

5.0

58

3.9

41

2.5

48

2.5

30

2.5

08

2.4

99

2.4

80

2.4

60

2.4

39

2.4

30

2.4

12

2.3

90

2.1

84

2.1

42

2.1

23

2.1

05

2.0

79

2.0

48

1.8

42

1.8

22

1.8

03

1.7

83

1.7

56

1.7

35

1.7

14

1.6

59

1.4

85

1.4

75

1.4

64

1.4

53

1.4

36

1.4

00

1.3

58

1.3

25

1.3

16

1.2

96

1.2

57

1.2

27

1.1

62

1.1

45

1.0

93

1.0

76

0.9

72

0.9

16

0.0

00

1.0

0

0.9

8

1.0

2

1.0

3

1.0

5

2.1

3

2.7

3

3.0

85.9

2

0.9

9

1.1

0

6.1

5

ppm (t1)1.001.502.002.503.003.504.00

3.9

41

2.5

48

2.5

30

2.5

08

2.4

99

2.4

80

2.4

60

2.4

39

2.4

30

2.4

12

2.3

90

2.1

84

2.1

42

2.1

23

2.1

05

2.0

79

2.0

48

1.8

42

1.8

22

1.8

03

1.7

83

1.7

56

1.7

35

1.7

14

1.6

59

1.4

85

1.4

75

1.4

64

1.4

53

1.4

36

1.4

00

1.3

58

1.3

25

1.3

16

1.2

96

1.2

57

1.2

27

1.1

62

1.1

45

1.0

93

1.0

76

0.9

72

0.9

16

6.1

5

1.0

3

1.0

5

2.1

3

1.1

8

2.7

3

3.0

8

5.9

2

ppm (t1)7.007.50

7.7

31

7.7

22

7.6

89

7.6

80

7.5

79

7.5

69

7.2

71

6.9

22

6.8

80

0.9

8

0.9

9

1.0

1

ppm (t1)5.0005.0505.1005.150

5.1

34

5.1

24

5.1

17

5.1

07

5.0

84

5.0

74

5.0

68

5.0

58

1.0

0

ppm (t1)1.0501.1001.150

1.1

62

1.1

45

1.0

93

1.0

76

1.1

0

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

O

15

18

O

19

Anexos 133

Figura 92: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 14 em CDCl3.

Figura 93: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 14 em CDCl3.

ppm (t1)050100150

166.6

06

153.1

12

148.8

92

123.7

43

123.4

48

112.4

70

110.5

48

80.3

85

77.6

94

77.0

59

76.4

24

56.0

90

49.2

02

47.9

37

45.1

84

37.0

12

28.1

82

27.5

46

19.7

77

18.9

81

13.6

34

-0.0

0000

ppm (t1)050100

123

.451

112

.481

110

.557

80.

386

56.

092

45.

188

37.

015

28.

184

27.

549

19.

778

18.

981

13.

631

-0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

O

15

18

O

19

ppm (t1)7.007.508.00

8.0

39

7.9

94

7.2

61

6.9

50

6.9

06

2.1

3

2.1

0

Anexos 134

Figura 94: Espectro na região do IV do éster 15 (ATR).

Figura 95: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 15 em CDCl3.

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

40,0

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

98,0

cm-1

%T

2952

2836

1991

1708

1586

1504

1465

1456

1433

1415

1377

1366

1333

1280

1228

1188

1174

1122

1044

1020

997

958

944

919

887

873

847

826

767

745

726

676

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.0

7.3

25

7.2

68

5.1

20

5.0

77

3.9

18

2.5

38

2.5

33

2.4

82

2.4

74

2.4

68

2.4

22

2.1

56

2.0

96

2.0

48

1.8

09

1.7

48

1.6

52

1.4

74

1.4

07

1.3

63

1.3

20

1.2

59

1.1

52

1.0

84

0.9

76

0.9

22

0.0

00

1.0

0

1.9

4

0.9

2

8.8

7

3.0

75.6

9

2.2

1

2.4

4

1.4

5

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

O

15

16O

17

O

18

Anexos 135

Figura 96: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 15 em CDCl3.

Figura 97: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 15 em CDCl3.

ppm (t1)050100150

166.4

24

152.9

39

142.1

67

125.9

70

106.7

92

80.7

02

77.6

72

77.0

37

76.4

01

60.9

33

56.2

39

49.1

20

47.8

84

44.9

92

36.9

24

28.1

09

27.4

70

19.7

34

18.9

47

13.6

60

0.0

00

ppm (t1)050100

106.

836

80.7

02

60.9

31

56.2

50

45.0

07

36.9

28

28.1

12

27.4

78

19.7

36

18.9

48

13.6

57

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

O

15

16O

17

O

18

Anexos 136

Figura 98: Espectro na região do IV do éster 16 (ATR).

Figura 99: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 16 em CDCl3.

4000,0 3600 3200 2800 2400 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 650,0

69,5

72

74

76

78

80

82

84

86

88

90

92

94

96

98

98,9

cm-1

%T

3108

2956

2879

1723

1628

1599

1541

1455

1343

1302

1286

1172

1113

1071

1045

1013

988

975

926

913

886

842

822

773

729

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.08.09.0

9.2

45

9.2

35

9.2

24

9.1

53

9.1

43

7.2

67

5.2

71

5.2

62

5.2

57

5.2

46

5.2

23

5.2

13

5.1

98

2.6

16

2.5

99

2.5

77

2.5

68

2.5

48

2.5

29

2.5

08

2.4

99

2.4

80

2.4

59

2.1

38

2.1

21

2.1

17

2.0

93

2.0

73

2.0

55

2.0

29

2.0

11

1.8

83

1.8

64

1.8

26

1.8

05

1.5

81

1.4

89

1.4

16

1.3

71

1.3

61

1.2

10

1.1

93

1.1

41

1.1

24

0.9

95

0.9

51

0.0

00

1.0

0

1.0

4

1.0

6

1.0

6

9.0

6

2.0

2

2.7

0

0.9

11.7

4

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NO2

NO2

Anexos 137

Figura 100: Expansão do espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 16 em CDCl3.

Figura 101: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 16 em CDCl3.

ppm (t1)1.001.502.002.50

2.61

6

2.59

9

2.57

7

2.56

8

2.54

8

2.52

9

2.50

8

2.49

9

2.48

0

2.45

9

2.13

8

2.12

1

2.11

7

2.09

3

2.07

3

2.05

5

2.02

9

2.01

1

1.88

3

1.86

4

1.82

6

1.80

5

1.58

1

1.48

9

1.41

6

1.37

1

1.36

1

1.21

0

1.19

3

1.14

1

1.12

4

0.99

5

0.95

1

1.04

1.06

1.06

9.06

2.02

2.70

ppm (t1)050100150

162.7

57

148.7

13

134.5

61

129.2

99

122.2

29

83.2

06

77.6

68

77.0

33

76.3

98

49.3

09

48.1

48

44.9

05

36.7

93

28.1

00

27.4

44

19.7

13

18.8

95

13.6

65

-0.0

0000

ppm (t1)1.1001.1501.200

1.2

10

1.1

93

1.1

41

1.1

24

1.0

6

ppm (t1)9.1009.1509.2009.2509.300

9.2

45

9.2

35

9.2

24

9.1

53

9.1

43

0.9

1

1.7

4

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NO2

NO2

Anexos 138

Figura 102: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 16 em CDCl3.

3800 3600 3400 3200 3000 2800 2600 2400 2200 2000 1800 1600 1400 1200 1000 800 600

Wavenumber (cm-1)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

%T

ransm

itta

nce

3098

2958

2884

2360

1768

1710 1

682

1622

1546

1454

1390

1352

1338

1262

1232

1178

1140

1086

976

936 920

806 742

720

710

694

524

Figura 103: Espectro na região do IV do éster 17 (KBr).

ppm (t1)050100

129.2

93

122.2

24

83.2

03

44.9

01

36.7

90

28.0

96

27.4

40

19.7

09

18.8

93

13.6

63

-0.0

0000

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NO2

NO2

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

NO2

NO2

OH

Anexos 139

Figura 104: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 17 em CDCl3.

Figura 105: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 17 em CDCl3.

ppm (t1)0.05.010.0

12.9

27

9.1

16

9.0

31

8.9

70

8.8

84

7.2

68

5.2

79

5.2

32

2.5

99

2.5

82

2.5

76

2.5

71

2.5

47

2.5

35

2.4

82

2.4

80

2.0

95

2.0

41

2.0

24

1.9

96

1.9

79

1.8

92

1.8

78

1.8

29

1.5

51

1.5

18

1.4

50

1.4

23

1.4

07

1.3

98

1.3

73

1.3

70

1.2

37

1.1

40

0.9

88

0.9

61

-0.0

0000

1.0

0

1.0

0

2.7

95.8

7

1.1

61.0

8

1.2

92.3

0

2.4

4

1.0

1

ppm (t1)50100150

168.3

08

159.8

95

138.1

80

137.7

87

129.7

26

126.5

10

116.2

46

84.5

98

77.6

35

77.0

00

76.3

65

49.3

02

48.1

57

44.7

38

36.5

72

27.9

79

27.3

12

19.6

36

18.8

11

13.6

22

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

NO2

NO2

OH

ppm (t1)8.808.909.009.109.20

9.1

16

9.0

31

8.9

70

8.8

84

1.1

6

1.0

8

Anexos 140

Figura 106: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 17 em CDCl3.

3500 3000 2500 2000 1500 1000 500

Wavenumber (cm-1)

5

10

15

20

25

30

35

40

45

%T

ransm

itta

nce

3054

3040

2954

2880

1718

1590

1574

1476

1454

1420

1326

1302

1286

1234

1194

1124

1088

1024

1014

978

888

826

782

740

702

620

Figura 107: Espectro na região do IV do éster 18 (NaCl).

ppm (t1)50100

129.

730

126.

514

84.5

98

44.7

35

36.5

69

27.9

76

27.3

08

19.6

34

18.8

07

13.6

19

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

NO2

NO2

OH

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

N

13

17

16

14

15

Anexos 141

Figura 108: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 18 em CDCl3.

Figura 109: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 18 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.08.09.0

9.2

64

9.2

61

9.2

54

8.7

98

8.7

89

8.7

73

8.7

65

8.3

40

8.3

31

8.3

21

8.3

01

8.2

92

8.2

81

7.4

38

7.4

14

7.3

98

7.3

74

7.2

72

5.1

94

5.1

84

5.1

78

5.1

68

5.1

45

5.1

34

5.1

28

5.1

19

2.5

74

2.5

56

2.5

33

2.5

24

2.5

05

2.4

86

2.4

64

2.4

55

2.4

37

2.4

15

2.1

72

2.1

45

2.1

28

2.1

09

2.0

90

2.0

64

2.0

30

1.8

39

1.8

05

1.7

79

1.7

57

1.7

37

1.4

98

1.4

87

1.4

76

1.4

46

1.4

27

1.4

22

1.3

70

1.3

31

1.3

22

1.3

01

1.2

73

1.2

56

1.1

80

1.1

62

1.1

11

1.0

93

0.9

77

0.9

26

0.0

00

1.0

0

0.9

9

1.0

1

1.0

1

1.0

3

1.0

9

1.1

3

2.4

7

1.2

33.0

35.9

5

2.3

8

ppm (t1)50100150

165.

472

153.

256

150.

894

136.

900

126.

793

123.

225

81.2

56

77.6

39

77.0

00

76.3

71

49.1

92

47.9

67

45.0

32

36.8

97

28.0

75

27.4

16

19.6

91

18.8

77

13.5

62

ppm (t1)5.1005.1505.200

5.1

94

5.1

84

5.1

78

5.1

68

5.1

45

5.1

34

5.1

28

5.1

19

1.0

0

ppm (t1)8.7508.800

8.7

98

8.7

89

8.7

73

8.7

65

0.9

2

ppm (t1)8.3008.350

8.3

40

8.3

31

8.3

21

8.3

01

8.2

92

8.2

81

0.9

6

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

N

13

17

16

14

15

ppm (t1)9.2209.2309.2409.2509.2609.2709.2809.2909.300

9.2

64

9.2

61

9.2

54

0.9

1

ppm (t1)7.3507.4007.450

7.4

38

7.4

14

7.3

98

7.3

74

0.9

9

Anexos 142

773

.6

112

0.1

117

2.2

128

6.4

130

0.5

131

1.2

132

1.1

137

9.9

145

3.6

151

9.1

157

1.3

159

8.5

163

0.4

168

1.2

295

4.0

336

9.0

347

8.3

* A 13 sol

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

90

95

100

%T

ran

sm

itta

nc

e

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Wav enumbers (cm-1)

Figura 110: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 18 em CDCl3.

Figura 111: Espectro na região do IV do éster 19.

ppm (t1)50100150

153

.251

150

.904

136

.903

123

.222

81.

254

45.

054

36.

897

28.

089

27.

420

19.

697

18.

889

13.

554

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

N

13

17

16

14

15

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NH2

Anexos 143

Figura 112: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 19 em CDCl3.

Figura 113: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 19 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.08.0

7.8

95

7.8

52

7.2

62

6.6

72

6.6

29

5.1

01

5.0

90

5.0

84

5.0

74

5.0

52

5.0

41

5.0

35

5.0

25

4.0

57

2.5

23

2.5

05

2.4

83

2.4

74

2.4

55

2.4

35

2.4

14

2.4

05

2.3

87

2.3

65

2.1

95

2.1

86

2.1

50

2.1

31

2.1

13

2.0

87

2.0

58

1.8

02

1.7

83

1.7

63

1.7

34

1.7

12

1.4

48

1.4

37

1.4

26

1.3

96

1.3

62

1.3

41

1.3

25

1.3

09

1.2

99

1.2

79

1.2

54

1.2

33

1.1

38

1.1

21

1.0

69

1.0

52

0.9

56

0.9

05

0.8

96

0.0

00

1.0

0

1.9

4

2.0

9

2.0

9

2.9

31.2

2

1.0

6

1.0

7

2.3

5

2.5

1

6.0

4

ppm (t1)050100150

166.

895

150.

713

131.

559

120.

758

113.

845

79.7

81

77.6

73

77.0

38

76.4

04

49.1

19

47.8

77

45.1

55

37.0

16

28.1

65

27.5

06

19.7

78

18.9

66

13.6

12

-0.0

0000

ppm (t1)4.9505.0005.0505.1005.150

5.1

01

5.0

90

5.0

84

5.0

74

5.0

52

5.0

41

5.0

35

5.0

25

1.0

0

ppm (t1)1.0501.1001.150

1.1

38

1.1

21

1.0

69

1.0

52

1.2

2

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NH2

Anexos 144

669

.0677

.9703

.7751

.6

914

.4101

1.5

104

3.3

108

0.9

111

4.1

113

4.5

116

0.5

119

3.7

126

2.7

130

4.6

136

7.4

145

1.2

148

3.8

160

6.9

171

2.1

172

2.4

176

7.1

177

6.6

288

1.7

295

5.2

a11

93

94

95

96

97

98

99

100

101

102

%T

ran

sm

itta

nc

e

500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Wav enumbers (cm-1)

Figura 114: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 19 em CDCl3. Figura 115: Espectro na região do IV do éster 20.

ppm (t1)50100

131.

558

113.

846

79.7

81

45.1

57

37.0

19

28.1

67

27.5

09

19.7

79

18.9

67

13.6

14

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13'

13

14

14'

15

NH2

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

O

O

1819

Anexos 145

Figura 116: Espectro de RMN de 1H (200 MHz) do éster 20 em CDCl3.

Figura 117: Espectro de RMN de 13C (50 MHz) do éster 20 em CDCl3.

ppm (t1)0.01.02.03.04.05.06.07.08.0

8.0

48

8.0

40

8.0

09

8.0

01

7.5

96

7.5

87

7.5

57

7.5

49

7.5

18

7.5

10

7.3

57

7.3

51

7.3

19

7.3

13

7.2

81

7.2

75

7.2

60

7.1

27

7.1

22

7.0

87

7.0

82

5.1

10

5.1

00

5.0

94

5.0

83

5.0

60

5.0

50

5.0

44

5.0

34

2.5

31

2.5

14

2.4

64

2.4

44

2.4

22

2.4

13

2.3

95

2.3

61

2.1

38

2.0

94

2.0

76

2.0

57

2.0

32

2.0

01

1.8

08

1.7

90

1.7

69

1.7

46

1.7

25

1.6

10

1.4

43

1.4

33

1.3

79

1.3

36

1.3

02

1.2

56

1.1

37

1.1

20

1.0

68

1.0

51

0.9

52

0.9

04

0.0

00

1.0

0

1.0

0

1.1

1

2.9

85.9

2

3.0

01.0

8

2.1

7

2.5

2

1.2

5

0.9

6

1.0

0

1.0

2

ppm (t1)50100150

169.5

16

164.5

41

150.7

86

133.4

33

131.4

18

125.8

68

124.0

44

123.8

09

80.7

70

77.6

35

77.0

00

76.3

65

49.0

75

47.9

42

45.0

27

36.8

40

28.1

08

27.4

47

21.0

88

19.7

14

18.8

89

13.5

60

ppm (t1)8.0008.050

8.0

48

8.0

40

8.0

09

8.0

01

0.9

6

ppm (t1)7.107.207.307.407.507.60

7.5

96

7.5

87

7.5

57

7.5

49

7.5

18

7.5

10

7.3

57

7.3

51

7.3

19

7.3

13

7.2

81

7.2

75

7.2

60

7.1

27

7.1

22

7.0

87

7.0

82

1.0

0

1.0

0

1.0

2

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

O

O

1819

Anexos 146

Figura 118: Subespectro DEPT135 (50 MHz) do éster 20 em CDCl3. ppm (t1)

50100

133.

435

131.

419

125.

869

123.

809

80.7

70

45.0

27

36.8

41

28.1

08

27.4

47

21.0

89

19.7

16

18.8

88

13.5

62

O

O

2

4

6

8

10

9

11

1

7

13

17

16

14

15

O

O

1819